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Ie ne fay rien

sans

Gayeté

(Montaigne, Des livres)

Ex Libris

J o s é M i n d l i n

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I. 1'info M onte iro | | .1. M K ei re iia   < <- fjwtlH-

ALMANAQUE

D O

"PORTUGAL"

I.uzo-Brazih*n<

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M Y P O G R A P H IA M I R A N - O A ^ I

I V ( I S M V « I  ii «ratei»

Antônio H de Miranda

{i.X   i N

v

- 1 ° «*«» N o v e m b r o

Executa  todo o  qualquer traba

lho typographico, encadernação,

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pécie.

Preço»   O H   mais  ranoavr i* a  qual-

nuer estabelecimento eoiiirenere.

Vendas só a dinheiro

PARÀ-BELEM

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u

<•• Ano n i n o n S n

  • '• •••

 hmm  de Castro

  1918

— 3 T ~

  U I l B ^ d U

  . |.

  pinto Monteiro  ~

7

F~

ti.

n

í

A L M A N A Q U E

- D O —

" P O R T U G A L "

Luzo-Brazileiro

PABA  1918

Publicação ilustrada, cientif ica,

charadistica, literária

  e

  infor-

n iaçõis  de interesse geral.  = ^

PARA-BRAZIL

Impresso

  na Typ.

  MIRANDA

Antônio'

 H«

  de Miranda

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Toda a correspondência  rela

tiva ao Almanaque, deve

  ser

endereçada á Redação " P O R

T U G A L "  - P a r á - B r a z l l . =

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Z^—T

  r~rnr

5 A o r o m p e r c T a u r o r a

 >

N

ÓS estamos na aurora da vida. I? ainda

de sobre os paramos distantes onde o

sol costuma aparecer, que nós falamos.

O almanaque pYezente não é uma publi

cação orijinal, é um almanaque vulgar—nada

no mundo é mais orijinal, nem mesmo um

elixir de longa vida.

N ad a prometemos, porque nada nos pro

meteram :  temos a convicção de que este lívri-

nho continuara circulando todos os anos, ex-

cluzivamente por nossa vontade e esforços,

pois pensamos ser este um dos mais úteis im

pressos dos tipos de Guttemberg.

G aran tim os ap enas que cada ano passado,

o Almanaque do  PORTUGAL—luzo-brazileiro

compensará melhor os 2.000 Rs. despendidos.

Bon jour e até ao ano.

• ^ p

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farâMgSMM

t f?

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* #

^ K ^ j ^ ^ d ^ j S ^

.^à&L. 4f e ^ . 2ÉS.

/Vf\ «IR   íflS  ífR

mmmmmmmmmilimmmíi

Expediente geral

Colaboração

Toda a colaboração que diga respeito á

pa rte l iterária do Alm atiaque do

  P O R T U G A L ,

 deve

ser remetida á  Redação do "Portugal"— Pará-

Brazil.

  Não é necessário citar rua e numgro, pois

o jornal

  Portugal,

  orgam da colônia portugueza,

é conhecido em todo o Brazil, mormente no

Norte. A colaboração em proza ou verso deve

ser pequena (uma pajina no máximo) e fica ao

alvitre da direção o publical-a ou não.

Os orijinais devem ser enviados até 30 de

Junho de cada ano, afim de se proceder á seleção.

Novas publicaçõis

Com este t i tulo publicaremos anualmente

detalhadas notas sobre as publicaçõis de qual

quer espécie que nos sejaíif enviadas.

Nos domínios de Oedipo

O Almanaque do  PORTUGAL—luzo-brazi

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Almanaque do PORTUGAL •=•=• *9*»

rezum ida agora, m as am pla e bem coordenad a

nos anos sequentes.

T o d a a correspondênc ia pa ra esta secção

(orijinais ou decifraçõis) de ve ser rem etid a a

Jocastro— Redação do PORTUG AL— Pará-Brazü

—até ao dia 30 de Junho no máximo.

Inst i tuiremos este ano apenas um prêmio:

uma obra encadernada magnificamente de Blasco

Ibanez, Daudet ou Zola, que ficará á escolha do

vencedor, não só o autor, como o titulo do livro.

Este prêmio será conferido aquele que primeiro

nos enviar todas as decifraçõis, cuja data veri

ficaremos pelo carimbo postal.

Não se acei tam charadas  sincopadas, afere-

zadas, em terno,  apocopadas,  aumentativas e elé

tricas.

As listas de decifraçõis devem vir escritas

dum só lado e somado o total.

Colaboração em verso

T o d a a colaboração em verso referente á

parte literária do "Almanaque", deve ser endere

çada a

 Jopim— Redação do PORTUG AL— Parar

Brazil.

  E' conveniente avizar que quem não sou

ber regras métricas faça o favor de não enviar

este gênero de trabalhos.

^m -

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• i t l I l l t l i l l l l l i l I I l l l i i l f i f l l l f l l l l l t l i l l l i l l i l M l l l i l l i i i i i i r t i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i t i i t t i i i t i i f t i i i i i i »

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i i m i t i i i i t

O G R A N D E H O T E L , si tu ad o n o p o n t o m ais con -

;, > .corr ido d a c ida de , cuja . co ns tru cçã o,

e in t e r r e no i so l a do , oc c upa ndo todo um qua r t e i r ã o ,

obedMjt f j a todos os r equ is i tos modernos

de a rch i te t i í r a , acc om m od açõ es è hy gie ne , o f fe rece

' todo o confor to dese jáve l ao v ia jan te .

Q u a r t o » m o b i l a d o s c o m t o d o o c u i d a d o   e  e l e p i c i a

: ,  L u x u o s o S a lã o d e R e c e p ç ã o

'

  R e s t a u r a n t e a m p lo o v e n t i l a d o . — A m o r í c a n - B a r . — V a s t a s T e r r a s s s s .

In s t a l la ç õ e s s a n i tá r i a s d e p r im e i r a o r d e m .

C o s in ha e u r o p éa - El e v s d o r "-T e n n i s C o ú r t"

Ponto de

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  para todas as direcções

—   C e n t r o   d o s   t h e a t r o s   e   c a s a s   d e   É e r s õ i s   —

P r e ç o s r r í o d i c o s

Fazem-se concessões especiaes para famíl ias

ou longa es tadia .

O « Gr an d e Ho te l» é o ma io r

e ma i s imp o r t an t e d o No r t e d o B r az i l

e o único que apresenta a fe ição e confor to

1

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E n d .   T e l e g r . A R T A N C A R — T e l è p h o n e 3 9 T — C a i x a P o s t a l 6 6 0

C ó d i g o s : A . B . C . 5 . u > E d i t . , l i e b e r ' s , S i m p l e x   e  R i b e i r o

Teixeira, Mart ins & C.

a

proprietários

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G r a n d e F a b r i c a d e M o v e i s

- D E

J. S. de F re itas & C

Um a das m ais importantes secções das  Grandes

Fabricas Freitas Dias

M o b i l i á r i o s p a r a t o d o s   n   m i s t e r e s : s i l a s , d o r m i t o r i u , v a ra n d a s ,

g a b i n e t e s , e t c r í p t e r i n   e  c a s a s c o m m s rc ia s s .

M o v e i s c o m m u n s   e d o l » o , e m m a d e ir a s fin a s d o P a r i

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«•••ItltttlItMIttf

H I I M I M a i M M I M l i t M I l t t t i t e M S I I I M t t i l l l l M I t M I M H M » »

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igi8 ===== Almanaque  do  PORTUGAL

C o r t e z , Coelho  & C .

a

CASA

 BANCARIA

R u a  16 de Novembro , 44—Pará

CALENDÁRIO

-j-i JANEIRO

 | - j -

'*  • ? ' • ' •  'I * f  1____J

X

i

  —

 Terça

  —

 Circuncizão

 do

  Senhor.

2 —

 Quarta—S

;

  Izidqro, B, M.

3 —

 Quinta—S.

  Antero,

 P. M.

4—Sexta—S. Gregorio, B. Quarto minguante.

5—

Sábado

—S. Siniião Èstelita.

6 — D O M I N G O — D ia  de Reis,  -  \

7—Segunda—S. Teodorol Àbrem-se  os  tribu

nais

 e

  permitem-se cazam.—solenes.

8—  Terça —  S.  Lourenço Justiniano.

9—

 Quarta—S.

  Julião,

 M.

  r

  .

IO — Q u i n t a— S .  Paulo, S.  Gonçalo d'Amarante.

j i —

 Sexta— S.  Hijino.

12—Sábado—S.  Sátiro, M. Lua  nova.

1 3 — D O M I N G O — S

 to.  Hilário, B.

14—

Segunda-r-S.

  Felix

 de

 Nole,

 M.

1 5

 —

 Terça

—Sto. Amaro,

 Ab.

16 — Quarta

—Os

  Ss.

 Mártires

 de

 Marrocos.

17 — Quinta—Sto. Antão, M.

18—Sexta—Ss. Leonardo, Beatriz  e Margarida.

19—

^Sábado

—S. Çanuto,

 M.  Quarto,crescente.

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IO

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

1918

GARAGE

  "COELHO"

Telephones 356, 514 e 595

21 —

Segunda—

  Sta. Ignez, V. M.

22 —

 Terça

 — S . V icente .

23 - - -

Q u a r t a

—S. Raimundo, Sto. ' I ldefonso.

2 4 —

Q u i n t a

—Nossa Senhora da Paz .

2 5 —

S e x t a

—A conversão de S. Paulo, Ap.

2 6 —

S á b a d o —

S. Policarpo, B. M.

27—

  D O M I N G O —

 (Sephtag.)  S, Joã o Chrys. Lua

cheia

2 8 — S e g u n d a — S. Cirilo, B

29

 —

 Terça-^-S.

  Francisco de Sales.

30

 — Q uarta —

 S. Felijc, S t a M artinh a.

31

 —Q mnia—

K

S.

  Pe dro No laspo, M.

-J  1918

FEVEREIRO

r?j?

28 Dias $-

1 —

S e x t a —

Sto. Inácio, B. M. Sta. Brijida.

2— Sábado—Purificação dé N. Senhora.

3 — D O M I N G O —

(Sexag)

  S. Braz.

  Quarto ming.

4 —

Seg u n d a

—Sto. André Corsind, B.

5 —

 Terça—

Sta. A gu eda, V-, S. Ped ro Batista

e seus 23 comp.

-6 —  Quarta — As C ha ga s dé ̂ Cristo, S ta . Do-

rotéa.

  j

7 —Quinta—S.

  Ro m ualdo , Ab., S. R icardo .

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a

9

i8

 ===== Almanaque

 do

 PORTUGAL

 = = =

  xx

Corte^ Coelho  & C.

a

C A S A B A N C A R I A

R u a 18 de N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

q —^Sd^bàdo-^-Sià,

  Apdl<?ma, V. M.

:io ^Iw líIlSfG O —

{QumojStà , .

  Escolast ica,S.Gui

lherme.

I I

  —

Seg-tmda

—S. Lázaro,

  B.

 Lua

  nova.

12— Terça— (En tmdo)  Ss.  Eulalia, Luciò.

-73—

Quarta

(ÇwÊzas)

  S.  Gregor io  l i , Sta. Ca*

thar ina

  de

  Ricçi

  a B.

 Verediana.

iA—Qtiwta

—S. ValentSm.  '";  '

1 5 —

S e x t a —

T r a s l .

 de Sto.

 A"n'ton.io,

 Ss.

  Faus t i -

110 e Jovi ta , Mm.

.16 —

Sábado

—Sto. Porârio, M„

17 -rr D O M I N G O —

 (i.

a

  de

  Quaresma)  S.

  Faus t ino

xh—Segunda—

S. Teotonio  t v  prior  da  San ta

Cruz, Coimbra).

  ^aSfio * cresc

19—

Terça

—Ss. Çonrado, Honoratot Valerio.

20 —

 Q uarta

—Ss. Eleuterio, Euquerio

21 —

Q u i n t a

—S. Maximiafio

22 —

Sex ta

—A Cadeira de S. Pedro em Antioqu ia,

23 —

Sábado

—Ss. Pedro Damião

 e

  Lázaro, monje.

24

 — D O M I N G O — S .

  Pretextato.

25 —

S e g u n d a

—S. Cezario.

2 6 —

Terça

—S. Torqua to .

  Lua

  cheia,

2 7 —

Q u a r t a

—Ss. Leandro, For tunata .

28 —

 Q uinta

— Trasl. de S to. À go stinh o, S. R om ão>

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í2  =  Almanaque  do  PORTUGAL  = = '9*8

GARAGE "COELHO"

Telephones 356, 514 e 595

1918

M A R Ç O

P

Sf Dias

¥

i —

 Sexta—

-Ss. Eu do xía, Ad rião

r

 M.

2—

Sábado —

 S, Sim píicío, P.

3

 —

 D O M I N G O — S .  Emiteríoi e S. Martinho.

4—  Segunda—

S. Cazemiro, S.  Lúcio.

5 —

Terça

 —

 S . Teofilo.

  Quarto minguante.

6

 — Q uarta—

Ss. Cirflio, O Jegario  e  Coleta.

7 — Q u i n t aT-S. Tomaz d"Aquino.

8—

 Sexta—

  S. João de  Deus.

9 — S á b a d o — Sta. Ffahcísca Romana,

i o — D O M I N G O — S .

  Mílitão e seus 39 comp, Mm.

11

 — Segunda—Ss.

  Constantino  e  Firmino.

12

 —Terça

—Ss. Eulojío

 e

 G regorio.

 Lua

 nova.

13 — Quarta—Ss.

  Ro drigo, Eufrazia;  o B. Ro-

jeriò.

14

 —Q uinta—

Trasl.  de S. Boaventura. Sta . Ma

tilde.

15 —

 Sexta—

S.

  Zacarias,  S.

  Longuinhos .

16—

 Sábado—

Ss. Abraão  e  Ciriaco.

17  — D O M I N G O

  — (Lázaros)

  S. Patrício, A p. da Ir

landa.

18— Segunda—

  S.

  Gabriel Arcanjo,

  S.

  Narcizo

19—  Terça—

S.

  Jozé.

  Q uarto crescente.

20—

  Quarta—

S.

  M artin ho Dtnniense.

•21 — Q uinta—S. Bento.  Começa o  Outono.

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igiS

  A lm anaque do P O R T U G A L = = 13

Cortez, Coelho

  &

 C.

a

CASA BANCARIA

R u a 1S d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

23 —

Sábado—S.

  Felix, S. Libera

 to.

24  — D O M I N G O — (Ramos) S. A ga pito ; S . Marcos.

25 —

 Segunda

  —

 Anunciação de N oss a, S enhora

26

 — Terça

—Ss. Brairiiô, Manuel e Ludjero.

27  — Q uarta— (Trevas)Sto.  Alexandre. Lua cheia

28—

Quinta—(Endoençcà)

  S s. Ba raquias e Do-

rotéa.

29—  Sexta

(PaixãoJ

  Ss . Eu staqu io e V itoriano

30 —

Sábado—(Aleluia)

  S . Jò ãó Climáeo.^

31—DOMING©  — (Páscoa)  Ss. Benjamin, Guido

e Balbína.

A B R I L

^

•5J 1918 iÕ D iãsl f

1 —

S e g u n d a

—Ss. Hugo e Macar io .

2 —

Terça

—S. Francisco de Paula.

3 —

Q u a r t a

—Ss. Afiano e Pancracio.

4 —

Q u i n t a

—Sto. Ambrozio .

  Quarto minguante.

5 — S e x t a —S. Vicente Ferrer .

6 —

Sábado

—Ss. Celestino'e Marcelino.

7—DOMINGO— (PasWsÊã

  S.

  Epifanio.

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1 4

A l m a n a q u e

  d o P O R T U G A L = = = = Ü ? f ?

G A R A G E  "COELHO"

Te ie phoné s 356 , 514 e 595

i o —

 Q uarta—

Sto. Ezequiel.

i i —

Q u i n t a —

S. Leão Magno.

  Lua nova.

1 2 —

S e x t a

—Ss. Coàstantino Júlio e Victor.

13 — Sábado —  Hermenejildo.

14 — DOMINGO—{Bom

  Pastor)

  S. Tiburcio e S.

Lamberto .

1 5 —

S e g u n d a

—Ss. Bazilio,-Bento Labra e Eu-

tiquio.

  r~

16 —

Terça

—S. Frutuozo, Sta. Engracia.

17 — Q u a r t a — Ss. Aniceto e Elias.

18

 —

 Q uinta—

-Sto. Apolonio.

  Quarto crescente.

1 9 —

Sex ta —

  Ss.  Jorje e Leão

20—

Sá b a d o —

Ss. Marcelino e Serviliano.

* 2 r—D O MIN G O —St o .  Anselmo.

22 — Seg u n d a—Ss. Apeles, Caio e Leonidas.

23 —

Terça—

S. Jorje.

24 —

Qu a r ta

—Ss. Alexandre, Fidèlio de Sigmar-

fugen.

2 5—

Qu in ta

  — S.  Adriano.

2 6 — S e x t a —S. Pedro de Rates .  Lua cheia.

27—

Sábado

 — Ss.

  Antemio, Tertul iano e To-

ribio.

28— DOMINGO

 —Ss.

  Didim o, Pau lo da Cru/..

2 9 —

S e g u n d a — S s .

  Hugo e Rober to .

30—

  Terça—Ss. Eutropjo, Máximo, Peregrino,

Catarina de Sena. "

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7/21/2019 004071 Completo

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i g i 8

Almanaque do PORTUGAL

15

Cortez, Coelho &C.

a

CASA BANCARIA

R u a

  16 de Novembro, 44—Pará

1918

MAIO

"^F

31 D ias  $-

i

  —Quarta

—Ss. Filipe e Thiago.

2—

Quinta

—Ss. Atanazio, Mafalda.

3—Sexta—Sto. Alexandre.  Quarto minguante..

4—Sábado—Sta. Monica.

5 — D O M I N G O — C o n v e r s ã o  de>Sto. Agostinho.

o —

Segunda

—S. João Damaseeno.

  -

t

7 — Terça—Ss. Agostinho, Estanislau.

8—Quarta—Ss. Cebrino, Deziderjo e Elada.

9—

Quinta

(Ascenção)

  S. Gregorio Nazian-

-  zeno.

io —

 Sexta

—Ss. Antônio, Aureliano.

  Lua nova.

i i —Sábado—Sto. Anastácio.

t2  — D O M I N G O — S s .  Achileu, Epifanio.

13 —Segunda—N. Senhora dos Mártires.

1 4 —  Terça—S. Bonifácio.

15—

Quarta

—Ss. Indaleto, Isidro.

16—

Quinta

—Ss. Honorio, João Nepomuceno.

17—Sexta—S.

  Pascoal Bailão.  Quarto cr esc.

18 —Sábado— Ss . Felix de Cantalicio, Venancio

1 9 — D O M I N G O — ( E s p i r i t o  Santo)  Ss . Ciriaco,

Pedro Celestino.

  "•'

 %

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16

Almanaque  do

  P O R T U G A L ^ ^

  W *

GARAGE  "COELHO"

Telephones 356, 514 e 595

22—

  Quarta—

  Ss . Romão , E imha .

  #

2 3—  Quinta—  S.

  Bazilio, S. Dizideno.

24 — Sexta—  Ss. Cláudio, Donacianol*-

25

 — Sábado—

  S.  Bonifácio.

  Lm cheia.

26

  — D O M I N G O —  (Santíssima Trindade)

  S. Agos

tinho.

27 —

Segunda

— Páscoa do Esp. Santo.

28

 — Terça—  S.

  Germano.

29

 —

 Q uarta

 S.

  Cirilio, Máximo.

30

 — Q uinta

— (

Corpo de Deus)

  S. Fernando

31 — Sexta—   S.. Petroirila.

r—j-i JUNHO

ü\

  1918 { Li I I

  [80DÍM[S.

1 — Sábado—  S.  Fi<rmo.  Quarto minguante.

2 — D O M I N G O — S t o .  Erasmo, S. Marcelino de

Jezus

3 — Segunda—  S s. Ceeilio, Clotilde, Ovidio.

4

  Terça

— S s. A lexan dre, Fran cisco, C araciolo.

5—

Q u a r t a

—Ss. Bonifácio, Marciano.

6

 —Q uinta—

  S& Clamáio, Noberto.

7 — Sexta—{Coração de Jezus) S.

  Giberto.

8  —Sábado—  Ss . Salust iano, Severino.

9 —DOMINGO—

 S.

  Ju l iano .

  Lud nova.

10— Segundar—Ss.  Evremuaido, Margarida rai

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igi8 = =  Almanaque do  PORTUGAL =====  17

Cortez, Coelho  & C.

a

CASA BANCARIA

R u a

  18 de

 N o v e r h b r o , 4 4 — P a r á

ii—

Terça

— S.

  Bernabé. >

12— Quarta—Ss.  Adolfo, Onofre.

13—

Quinija-^-Sto.

  Antônio de  Lisboa.

14—

Sexta-~o$,

-. Bazilio M agno .

15— Sábado—Ss. Constantino, Modesto.

16—DOMINGO—S.

  João de  Rejis.

  Quarto cresc.

17— Segunda—Ss. AntOnip, Bonifácio.

18—

Terça

—Sto. Agostinho

 de

  Cantuaria.

19—

Quarta

— Ss. Ger.vazio, Ju lia na

  de

 F alconeri .

20—

Quinta

—Ss. Silverio, Ronmaldo.  ,

21—

Sexta

—S. Luiz Gonzaga.

  Começa

 o

  inverno

22— Sabado—S.  Paulino

23—DOMINGO—Ss.

  Agripina, Jaime

24—

 Segunda

—Nascimento

  de [S.

  João Batista.

Lua cheia

25—

Terça

—S. Guilherme,  S. Prospero

26 — Quarta—Sto. Antelmo,  Ss.  João  e  Paulo.

27—

Quinta

—Sto. Ladis lau, rei da  Hungr ia .

28—

Sexta

—S. Leão

  II, Sta.

 B enigna

29—

Sábado—S.

  Pedro  e S. Paulo, Ap.

3 0 — D O M I N G O - ^ - S S .  Marcai, Emiliana.

J U L H O

?f?

-> |  1918 , 81 D ias[$.

1— Segunda—S. Júlio.  Quarto minguante.

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i 8

Almanaque  d o  PORTUGAL =====

  J

9 ^

G A R A G E

  "COELHO"

Te le phone s 356 , 514 e 595

3 —

Q u a r t a

— S . An a to l i o , S . J ac in to .

4 —

Q u i n t a

— S ta . I záb e l d e P o r tu g a l .

5 —

S e x t a

— S s . A tan az io , I r en e .

6 — Sá b a d o —  S s .  Anje la e Domingas .

7 — D O M I N G O — S t a .  Pulquer ia , S . Cláudio .

8 — S e g u n d a —Ss. Procopio e Cel ina .  Lua nova.

9 — T e r ç a —S. Cir i lo .

1 0 —

Q u a r t a

—S. Január io , M; S ta . Amél ia .

11 —

 Q uinta

—Ss. Cip r iano e Sa bi no .

1 2 —

S e x t a

— S s . F e l i x e J o ão Gu a lb e r to .

13— Sábado—Sto Anac le to .

1 4 — D O M I N G O — S s .

  Boaventufa , Jus to , Paulo .

1 5 — S e g u n d a—S. Camilo de Lel is .  Quarto crrsc.

16 —

Terça

—Ss. S izenando e Va len t im.

1 7 —

Q u a r t a

—Sto. Ale ixo .

r 8 — Q u i n t a —S. Freder ico ; S ta . Mar inha

1 9 —

S e x t a

—S. Vicen te de Pau lo .

20 — Sábado — S . E l i a s ,

  prof.;

  S . J e r o n im o Emi -

l i an o , S t a . M ar g a r id a .

2 1 — D O M I N G O — S s .  S ecu n d in o e V i to r .

2 2 — S e g u n d a —Ss. P la tão e Mar ia Mada lena .

2 3 —

T er ça

— S s . Ap o l in a r io , L ib o r io .

  Lua cheia

2 4 — Q u a r t a — S s . B e r n a r d o e D io g o .

2 5 —

Q u i n t a —

S. Cr i s tóvão S . T iago .

2 6 — S e x t a — S s .  E r a s t o , G e r m a n o e O l í m p i o .

27 — Sábado —Ss. Auré l io e Na taJ ia .

2 8 — D O M I N G O — S s .

  Ce l so , Eus taqu io e Inocenc io

2 9 — S e g u n d a — S t a .  M ar t a , S to . O lav o .

30—  Terça—

S. Rufino.

  Q uarto minguante.

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- igiS Almanaque

  do

  P O R T U G A L

  = = ií>

Cortez. Coelho & C

;

a

CASA BANCARIA

R u a

  18 de

 N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

••>

  1918

AGOSTO

« 7 ^

3 1 D i s »  i*.

i

  — Q uinta

—Ss. Le on is , Pe dro  ad

  vincula.

2 —

S e x t a

— S s . A f o n so M e L i g w i o

  e

  E s t e v ã o .

3 —

S á b a d o —

I n v e n ç ã o

  de S to .

 E s t e v ã o .

4 — D O M I N G O — S .

  D o m i n g o s  de  G u s m ã o .

5 — S e g u n d a — S s . M e n i o  e  O s v a l d o .

6 —

T e r ç a —

T r a n s f i g u r a ç ã o  de  C r i s t a

7 — Q u a r t a — S t o . A l b e r t o ,  S.  C a e t a n o  Lua  nova.

8 —

Q u i n t a —

S. C i r i aco

  e

  s eu s co mp .

9 —

S e x t a

— S s . R o m ã o , V e r i d i a h o .

t o — S á b a d o — S s .  D o m i c i a n o L o u r e n ç o .

I I - - D G M Í N G O — S .  Tiburcio, Sta. Suzana.

1 2 — S e g u n d a — S ta . C la r a ,  S.  N u m i d i c o .

1 3 —

T er ça

— S . Hip o l i t o , C as s i an o ,

1 4 —

Q u a r t a

— S t o . E u z e b i o

  Quarto crescente.

1 5 — Q u i n t a — A s s u n ç ã o  de  Nossa Senhora.

1 6 —

S e x t a

— S s . R o q u e , J a c i n t o .

17—

 Sábado—S.

  M a m e d e ,

 M.

1 8 — D O M I N G O — S .

  C la r a  de  M o n t e - F a l c o .

1 9 —

S e g u n d a

— S . ' Lu iz .  *

2 0 — T er ça — S s : B e r n a r d o * J o aq u im.

21 — Q uarta

— S s. A n as t ác io , M ax im i l i an o .

Page 30: 004071 Completo

7/21/2019 004071 Completo

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ao Almanaque do PÓR TU GA LJ==-==^J^

S

G A R A G E " CO ELHO "

Telephones 356, 514 e 595

24—

Sábado—

S. Bartolomeu, Ap.

25—DOMIN&O—S.  Luiz, rei de França.

26—

Segunda

—S. Zeferino, P. M.

27—

 Terça—

S.yjosé de CalazatíS,.

28— Quarta—Sto. Agostinho.

29—

 Quinta

— Degolação de S. João Batista. Quar

to minguante

30—

Sexta

—Sta. Roza de Lima.

31—

Sábado

—S. Raimundo de Nonato.

•í

1918

-f-i SETEMBRO

 A

80 Dias f

1 — D O M I N G O — S t o .  Emidio.

2—

Segunda

—Estevão Ricardo.

3—

Terça

—Sta. Eufemia.

A—Quarta

— Sta. Roza de Viterbo.

5—Quinta—Sto.

  A ntônio , M.

6 —

Sexta—

Sta. Libania .

  Lua nova.

7  Sábado—Ss.  Jo ão d e Nicomedia, Anastácio.

8—DOMINGO—Nátiv idade  de Nossa Senhora.

9—

Segunda—S.

  Serjio.

10—

 Terça—S.

  Nicolau Tolent ino.

11

 — Quarta— Sta.

  Teodfira.

X2—Quinta—Ss.

  Auta, Jnvencio.

il—Sexta-r-Ss.  Fi l ipe, Am ado.  Quarto crescente.

14—

Sábado—

Ezaltação de Santa Cruz, Ss. Cor-

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IQI8  = = Almanaque dò PORTUGAL ===== 21

• | ' , • 1 _ _ J  ;  .  Z  ~ -

C o r t e z , C o e l h o

  &

  G

a

,-

CASA BANCARIA

R u a 1 8 d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

15—DOMINGO--—Ss.

  Domingos Soriano, Nico-

medes.

16 —

Segunda—

Trai. de S. Vicente.

17—

Terça

—Ss. L am b er to , 'p |d ro d 'Arbués;

18— Quarta—Si  Jozé de Cupertino.

19—

Quintár^Hj^

  Januário. Sta. Constaaça.

20—

Sexta

—SJ Eustaquip.

21—

Sábado

—Si Mateus.

 Lua  cheia.

 Começa a p ri

mavera.

22—DoMiNbo-T-S. Maurício e seus comp.

23—

Segunda

—S. Lino, Sta. Tecla.

24—

Terça—

Nossa Senhora das Mefcês.

25- r

 Quarta

—Ss. Firmino Herculano.

26—

Quinta\—S.

  Cipriano, Sto. Euzebio.

27j—

Sexta

—Ss. Cosme, Damião.

28V—

Sábado

—S. Venceslau.

  Quarto minguante.

29—DOMINGO—Ss.

  Miguel Arcanjo, Petronio.

30—

Segunda—S.

  Jeronimo.

«*

1918

1

O U T U B R O

4-

'

31

 D ias

 U.

1—-Terça—Ss.  Veríssimo, Máxima e Julia.

2— Quarta—Os Anjos da Guarda. Ss. Ligrio e

Teofilo.

3—

Quinta

—Ss. Cândido, Deziderío.

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22  sssssss Almanaque  do  PORTUGAL  - ~~ 19

1

*

GARAGE "COELHO"

Telephones 356, 514 e 595

5—

Sábado

—S; Plácido.

  Lua nova.

6 — D O M I N G O — S .

  Bruno.

7—

Segunda—O

  rozário de N. Senhora.

8— Terça—Sta,. Brijida.

9—

 Q uarta—

Ss. Abrão, Andronico.

io—

Q u i n t a

—S. Francisco de Borja.

i i—

S e x t a —

Ss. Firmino, Germano e Nicazio.

12—

Sábado

—S. Ciprianb.

  Quarto crescente.

13—DOMINGO—Ss.  Daniel e Eduardo.

14—

Segunda—Ss.

  Calísto, Gaudencio.

15—

Terça—

 S. Te reza de Jezus.

16— Quarta-^-Ssv  Florentino, Galo.

17—

 Q uinta

—S. André de Creta.

18—

Sexta—S.

  Lucas Evanjelista.

19—

 Sábado—S.

  Pedro de Alcântara.

20—DOMINGO—S.

  João Cancio, S. Iria  Lua cheia

21—Segunda—Ss.

  H ilar íão , Leona rdo é Celina.

22— Terça—Sto. Euzebio, Sta. Maria Salomé.

23—

Quar ta—

S. Felix Graciano.

24—

Quin ta—

S. Rafael Arcanjo.

25—

Sexta—

Ss. Crispim, Crispiniano.

z6~~Sabado

—Ss. Amandio e Luciano.

27—DOMINGO—Sto.

  Elesbão.  Quarto minguante.

28—Segunda—Ss.

  Ju da s Tad eu e Sim ão.

29—

Terça—

Ss. Feliciano e Narciza.

30—

 Quarta—Ss.

  Anjelo e ^rsenio.

31—

Quinta—Ss.

  Afonso Rodrigues é Quintino.

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xgi8

Almanaque do  PORTUGAL

* 3

Cortez,

 Coelho & C

a

C A S A B A N C A R I A

Ru a 1 8 de N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

*í  1918 *

NOVEMBRO

'/p

HO  D ias

K

i—

Sexta

Todos os Santos.

2—

Sábado—

Comemoração  dos  Fieis Defuntos.

3—DOMINGO—Ss.

  Benigno, Humberto.

4—

Segunda

—S. Carlos Borromeu  e Sta. Mo

desta.  Lua  nova

  ...

5^-

Terça

—S. Zacarias e Sta. Iza bel .

6 — Quarta—Ss. Gregorio

  e

  Leonardo.

7—

Quinta—

Ss. Amandio  e  F lbrehc ia

8—

Sexta

 Ss.

  Deodato  e  Godolfredo.

9—

Sábado

—Ss. Raimundo

  e

  T e d o r a

I O — D O M I N G O — S t o .

  André Avelino,

l i— Seg u n d a—S. Mar t inho ,

  B.

 Quarto crescente.

12—

Terça

—Ss, Diógo  e  Mart inho.

13—

Quarta—

Ss. Brice, Didacio  e  Eujenio, B.

14— Quin ta—Trasladação

 de S.

  Paulo.

15—

Sexta—S.

  Leopoldo.

16—

Sábado

—Sto. Edmundo."

1 7 — - D O M I N G O — S .

  Gregorio.

18—

Segunda

—Ss. Hi ldo  e  Mande.

19— Terça—-Sta. Izabel."Lua cheia.

20—

Quarta

—S. Fel ix de Valois.

21—

Quinta

—Aprezentação de N.  Senhora .

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24

  ===== A l m a n a q u e d o P O R T U G A L — " *9-<&

_i~:

GARAGE

  "COELHO"

Telephones 356, 514 e 595

23— Sábado-  Ss. Clemente, Felicidade.

24—DOMINGO—S.

  Es tanis lau Kostka .

25— Segunda—S. Catarina.

26—

Terça

—S. Conradò.

  Q uarto minguan te.

27—

Quarta—

Sta. Margarida de Saboia.

28—

  Quinta—

S. Gregorio III , Sto. Hilár io.

29—

Sexta—

Ss. Saturnino e Ida.

30— Sábado—S. André, AposWlo e S. Justino.

1

  1 - i D B Z E M B R O   A  1

1918   | U " ^ """D 81 D ias

1

  Dias £

1 — D O M I N G O —

( I . °  Domingo

  do

 Advento)

  S. E loi.

2— Segunda—S. Leoncio.

3—

Terça

—S. Francisco Xavier .

  Lua nova.

4— Quarta—Ss. Armando e Barbora.

5—

Quinta

—Ss. Dalimano e Sebas.

6 —

Sexta

—Ss. Nicolau e Dionizia.

7—

Sábado*—

Sto. Ambrozio.

8

  DOMINGO—

Imaculada

  Conceição de Nossa

Senhora.

9—

Segunda

—Sta. Valeria d 'Aquitania.

10—

  Terça—

S.. Melquiades.

  Quarto crescente.

11— Quarta— Ss. Damasco, Daniel .

12—  Quinta—

S. Justino, S. Corentino.

13— Sexta— Ss. Alberto e Odilia.

14—

Sabado^-Ss.

  Agnelo e Nicacio.

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7/21/2019 004071 Completo

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igi8 =—i— Almanaque do PORTUGAL = = 25

Cortez, Coelho & C

a

CASA BANCARIA

R u a 1 8 d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

16 — Segunda^-Ss.  Adão e Adelaide.

17—7>^«-^§ | |Bar to lomeu de Geminianp,

18—(?««r&Mj8kEsperidâo.

  Lua cheia.

19—

Qu in ta — ^m

  Adjunto e Dario.

20—

Sexta

—S.TÍomingos de Silos.

21— Sábado—S. Tome.  Começa o Estio.

22—DOMINGO-V-SS.

  Flaviano e Honorato.

23—

Segunda

—Ss. Dagoberto e Servulo.

24—  Terça

— S.

  Gregorio.

  -,-

25—

Quarta

Nasc. Cristo Quarto minguante-

26— Quinta—Ss. Dionizio e Estevão.

27-^Sexla

—S. João Evanjelista.

28—

Sábado

—Sto. Abel.

29—DOMINGO—S:

  Tomaz de Cantuari .

30—

Segunda—

Ss. Hilário, Sabino.

31— Terça—Ss. Silvestre e Paulina.

Todos os portuguezes

d e v e m

A s s i n a r o j o r n a l

P O R T U G A L

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7/21/2019 004071 Completo

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I N F O R M A Ç Õ I S Ú T E I S

T A R I F A P O S T A L

liei num. 2210 de 28 de D ezembro de 190»

üiuim

 ít

 mmpwlenii

C artas b ilh ete s . . . .

Bi lhete-postal s imples

Bilhete-postal duplo .

Amostras

Manuscritos . . .

Encomendas . . .

Jornais e revistas

» »

Prêmio de rej isto

Avizf i de receçâo.

Irnil

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15 gr. ou fração

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1 0 0 - »

Cartas

CART A

  é todo o papel cerrado, cujo conteúdo não se

pode verif icar sem violação, com sobrescrito indicando o

des tina tári o e o lo ga r d o de sti no . -"*"

As cartas não franqueadas ou insuf ic ientes serão ex-

pedidaí pelo Correio, cobrando-se do dest inatário o dobro

da taxa devida, que será representada por se los especiais

A mesma taxa dupla será cobrada do remetente no cazo

de restituição.

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ig i8 s s s s s A lm anaque do P O R T U G A L = = 27

Manuscritos

MANUSCRITO   é tod a; a peç a ou docu m ento, escrito

ou dezenhado, no todo ou éfti parte, sem caráter de comu

nicação atual ou pessoal.

«Cada maço de man uscritos- n | p po de exceder ao

pezo de dois quilogram^s, nem aprezentar em qualquer doá

lados dimensão superior a 45 centímetros, sa"lvo sé forem

autos judiciais, cazo em que não terão limite de dimensãonem de pezo.' Quando os manuscritos forem aprezentados

em fôrma de cilindro ou rolo, o diâmetro não pôde exce

der de 10 centímetros, nem o comprimento ser maior de 75

centímetros.

Impressos

IMPRESSOS,

  sáo reproduçõ is feitas em papel, p erg a-

minho, pano, tela, cartão, chapa, lamina ou bloco por meio

"

 da tipografia, litografia,; fotografia, auto grafia , g ravu ra oupor quaisquer outros processos mecânicos fáceis de reconhe

cer, como

 :

  cromografíá," poligrafia, ectografia, pa pirog ra -

fia, velocigrafia e a policopia, sem caráter de correspondên

cia atual e pessoal.

Os maços

 , de

  impressos não podem exceder ao pezo

máximo de dois quilogramas, nem aprezentar em qualqueV

dos lados dimensõis superiores a 45 centímetros, exceto

quando forem expedidos em rolo, cazo em que o compri

mento não excederá 75 centímetros e o diâmetro de 10 cen

tímetros, salvo quando se trata de uma só obra e a mala

comportar o volume.

Jornais e Revistas

Para effeito -da redução da taxa, são considerados

 •

i.°  J O R N A I S E R E V I S T A S — a s  publicaçõis impressas,

diárias ou periódicas, de um certo formato, em folhas avul

sas ou borrachadas, destinadas a difundir informaçõis de

interesse geral sob re factos e sob re as sun tos po líticos, literários ou científicos e distribuídas, pelo -menos uma vez

por trimestre, com título especial repetido em cada publi

cação, em dia certo ou prazo antecipadamente fixado ;

; • 2.0  S U P L E M E N T O S — os  impressos cujos textos, da mesma

natureza que os jornais e publicaçõis periódicas a que se

referem, por falta de espaço, tempo ou por comodidade,

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28 ===== A l m a n a q u e d o P O R T U G A L *

d o s e m f o l h a s d e s t a c a ,

  ^ ^ T S ^ f S t S S í

das folhas principais e guardando a me»

d a ta ̂ S S a * J ° S S & * l *  P -

o d Í c a S

  - « *

  d

-

t inadaa exctuzivamente a anúncios.

A m o s t r a s

São os fragmentos de artigos e objetos desirmana

dos ou incompletos, destinados a mostrar o todo de que fa-

zem parte ou a qualidade e t ipo; de um produto, cotntan-

to que não reprèzentem valor mercantil ou que o tenham

perdido por meio de inutilização. Consideram-se também

como am ostras as m atéria s filam entozas, os grão s, sementes,

estacas, raízes, bulbos, folhas ou flores secas, farinhas, sa-

bõis ou art igo s sem elhantes, q ua nd o remetidos em tâo pe

qu en a qu antid ad e qu e não possam ser objeto de comer

cio.  Os tubos de soro cuja preparação e acondicionamento

os tenham tornados inofensivos, serão também admitidos

á tarifa de amostras. De igual vantajem participarão as cha

ves .izoladas.

As amo stras nã o pode m peza r m ais de 350 gramas,

nem ter dimensõis superiores a 30 centímetros de compri

m en to, 20 de la rg u ra e 10 de altura. Se o volume tiver a

fôrma

  v

dé cilindro ou rolo, os limites serão de 30 centíme

tros de comprimento e 15 de diâmetro.

E n c o m e n d a s i n t e r n a s

E N C O M E N D A S

  são pequenos objetos com valor mer

cantil. As encomendas não podem ter p'ezo superior a três'

quilogramas, nem dimensõis excedentes á 40 centímetros

de comprimento, 20 de largura e 20 de altura. Se aprezen-

tarem a fôrm a de cilindr o ou rolo,- po de rão ter 30 centíme

tros de com prime nto e 15 de diâ m etro.

O rejisto das encomendas é obrigatório.

O b j e t o s a g r u p a d o s

E ' pe rmitido reu nir em um só volume obietos de

na ture za diversa, ficando os volumes sujeitos á

  ta™ A

n

objeto

  de correspondência n ' e le contido que a t i v e r ^ « i ^

Se no volume houver encomenda será obrigatór io   o re

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i

9

t8  ~ Almanaque do P O R T UG AL «easaa: 2#

Encom endas «para P ortug al

P ezo máximo 3 quilog.; taxa 4 frs. 85 cent.; dimensõis

o

m

,6o

  em qualquer face, salvo bengalas, guarda-chuvas,

plantas e mapas enrolados, que poderão ter dimensõis

mai-grces, i

m

,o5.

Assinatura de jornais, revistas e outras

publicaçõis periódicas

Todas as adtninistraçõts, sub-administraçõts e ajen-

cias de i.«, 2.» e 3.

a

  classe poderão receber dinheiro

para assinaturas da jornais, revistas e outras publicaçõis

periódicas feitas noljBrazil mediante prêmio de 2 °/o sobre

o preço da assinatura do periódico e 1 ° o sobre o prêmio

para transferencia do dinheiro.

O prêmio de 2 °/o poderá ser pago pela redação ou

pelo proprietário da publicação, cuja assinatura é tomada

quando o Correio seja intermediário da publicação, ou, no

cazo negativo, pelo propri^assinante.

Valores

CARTAS—As

  cartas com valor declarado, além da

taxa relativa á classe e ao pezo do objeto e do  prêmio fixo

de 200 réis de cada rejistro, pagam m ais 2 °/o do valor'

n'elas  incluído, nas seguintes proporçõis:

Até 10I000. 200 réis

Mais de io$ooo a isf oo o 300 »

* i5$ooo a 2ofooo. . . , . 400 »

» » 2o$ooo a 2 5 I 0 0 0 . . . . . 500 »

e assim por diante, acrescentando sempre 100 réis pòr 5I000

réis.

  Valor máximo 300I000 réis.

ENCOMENDAS — As encomendas com declaração

de valor ficam sujeitas, além da taxa de porte e do prêmio

fixo de 200 réis, á comissão de 3 % do valor declarado,

não podendo a dita comissão ser inferior a 300 réis, do

modo seguinte:

Até iofooo. 300 réis

Mais de iofooo a isfooo

i$$ooò  a 2oJfaoo

ao$ooo a 25I000

25I000 a 30I000

30I000 a 35$ooo

450

600

75o

900

i | o so

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3 0 A l m a n a q u e  do^PO^TUOALj^Z-^^-

e assim  por  d ian te, ac r e sc e n tand o . se m pr e  .

5

o réi. po,

5$ooo r é i s . Va lor máximo 5°°*** '

  r

^

o r e s

  ,w  v a t e » - n o m i -

V A L E S  N A C I O N A I S - O s  tomau

  ^ ^

nais

  ou ao

  por tador — pagar ão

  um

 premi

  ,

g u i n t e t a b e l a :

  é i s

Até 25$ooo

  6QO t

'

  S

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.  2JU000  : : • • . - '

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* 300*000

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»  400*000

  -/

  3*°°°

n  500*000 . . . , . . ' • -.,-•'•  ^50500  »

»  600*000 . . .• ,

 

. • -.». « • - 4*°oo

•  700*000 . . . . . * ; ••* -?> - T 4*5°°

800*000 ....

 .ir»í-

:

*-.-?•

  5*°oo  »

900*000  j

 .  5*500

  »

»  1:000*000

  6*000  »

e assim

  por

  d iante , acrescentand o

  500

  réis

  por

  100*000

réis

  ou

 fração d 'esta qua ntia.

O   valor máximo  de  cada vale nominal será:  de 2:000$

réis quando t iver

  de ser

  p a g o

  na

  D iretoria, Adm inistraçõis

e Sub-Administraçõis; 1:000*000 réis

  nas

  Ajencias

  de 1.*

c lasse ; 500I000 ré is ,

  nas

 Sucursais

  e

  Ajencias

  de 2.

a

 classe

e

  de

  200*000 réis ,

  nas

 ajenc ias

  de

  '3.** cl ass e au tor izada s.

V A L E S  AO P O R T A D O R  E  T E L E G R A F I C O S  — Valor má

ximo : 500*000 ré is  nas Ad ministraçõis  de i.

a

  e 2.» classes;

200*000 réis

  nas

  outras Administraçõis

  e

  Sub-Administra-

ç õ i s ;  100I000 réis  nas  Suc ur sa i s  e  Ajencias  de i.f  classe

e 50*000

  nas de 2.

a

 e

  3." c lasses.

Os vales telegráficos

 pagarão, a lém

  dos

 prê m ios acima

a taxa

  do

  te legrama , conforme

  a

  tarifa respetiva.

V A L E S I N T E R N A C I O N A I S  — Todas as repartiçôis au

tor izadas pagam e  emitem vales contra  os segu intes paizes .

A lem anh a, Áu stria, Beljica, Bo snia, Bulg ária, Cana

dá,  Chile , Ej ito, França, Grão-Bretanha, Grécia, Holanda,

I tá l ia , Japão, Luxemburgo, Noruega, Portugal , Suissa

  e

Tunis .

As impor tânc ias e n tr e gue s

  ao

  Correio para

  a

  con

versão

  em

 vale postal internac ional , serão sem pre

  em

  moe

da brazi le ira, convert idas

  ao

 c a m b i o

  do dia.

Os vales posta is in ternac ionais serão val idos

  até ao

4.

0

  mez,

  contando-se

  da

  data

 de sua

 e missão , po de n do

 ser

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-*-g

r

8 ===== Almanaque do P O R T UG AL ===== 31

meiro, prescrevendo no fim de um ano,, a co nta r da da ta

«de sua emissão ou revalidação.

Pagam 25 cen timos por 50 francos ou fração e m ais

150 réis se se dezeja aviso de pagamento.

-. O valor máximo de cada vale £ de 1:000 francos ou

seu equivalente.

E x p r e s s o s

Pa ra que um objeto de correspondência procede nte

de qualquer repartição postal, seja entregue logo após a

chegada da  mala,  por carteiros expressos, pagará o reme

tente, além de todas as demais taxas a qae esteja sujeito

o objeto. 500 a 2*000 réis, conforme a distancia. O objeto

em que não fêr satisfeita integralmente qualquer das taxas

será entregue pelos meios ordinários, ainda que tenha pago

a taxa especial. O serviço de entrega de expressos está or

gan izado nas capitais* de todos os Es tado s {sede de adm i

nistraçõis), e nas ajencias de i.

a

  classe.

Correspondência oficial

A correspondência oficial está sujeita ás seguintes

taxas.

Ofícios ou ca rtas 100 réis po r 25 gr s.

Manuscr i tos , amos t ras e

-encomendas 50 » * 50

Impressos 10 » » 50 »

Os selos para franquia d'essa espécie de correspon

dê nc ia serão fornecidos ás Repartiçô is federais m ed ian te

requizição dos respetivos chefes.

As taxas das correspondências estadoais e municia

pais serão pagas em selos ordinários.

Somente a correspondência postal pôde tranzitar

sem selo.

I M P O S T O D O S E L O

  S

Selo de documentos

Continuará a ser aplicado na fôrma e segundo as

prescriçõis da lejislação em vigor, com as seguintes mo-

dificaçõis.

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32 • A l m a n a q u e d o P O R T U G A L = = 191&

*V

 pa ga nd o-se 25 veze s o v alor t io selo , de 60 'liar

da data em que o mesmo se tornou devido ;

e)

  pagando-se 50 vezes o valor do se lo, de 60 dias por

deante a contar da data da emissão.

A inutilizaçâo do selo

A estampi lha deve ser inut i l izada com a dat#e ass i

natura, escritas parte n o pap el e parte n o se lo, d e m od o

que uma e outra f iquem lançadas «por c ima das mesma*;

estampi lhas» . Os documentos , portanto , em que es es tam

pilha é colocada sobre a data e a assinatura depois de es

critas estas, evidentemente não estão se lados pela fôrma

regulamentar .

O se lo proporc ional é cobrado da fôrma seguinte :

Até o valor de 20 0* 00 0 40 0 réis

D e m ais d e 2 0 0* 0 00 a té 4 0 0* 0 90 . . . ; . . . 8 0 0 »

*

  •••

 4 0 0 * 0 0 0

  *

  6 0 0 * 0 0 0 . . . . .

  1*200

  -

» » 1 6 0 0 * 0 0 0 » 8 0 0 * 0 0 0  1*600  »

» » » 8 00 *0 00 » 1 .000*000 2*0 00 »

E assim por diante , cobrando-se mais 2*000 por

1.000*000 ou fracção d'esta quantia.

Atos e papeis sujeitos ao selo proporcional

Apól ices de seguro de v ida e das companhias de se

gur o Mutuo .

Bilhetes á ordem

Cartas de ordem

Cartas de f iança

Cartas de credito e abono

Contas assinadas

Contas correntes (quando demandadas)

Contas de venda dos le i loeiros

Contratos de arrendamento ou locação.

Contratos de f iançaContratos de soc iedade comerc ia l

D is trates de soc ieda de com erc ia l

E ndossos de t i tu lo se m pr az o

Escr i tos á ordem

Escr i tura de h ipoteca

Faturas assinadas

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I O I 8  = = = == A l m a n a q u e d o P O R T U G A L  '•• 3 3

P a pe i s e m que houve r p r ome ssa ou ob r iga ç ã o de pa

ga m e n to ou t r espa s se a inda q ue t e n ha m a f ô r m a de r e c ibos ,

c a r t a s ou qua lque r ou t r a f o r ma .

P r o c u r a ç õ i s   in rem própria

Rec ibos que dec la rem por con ta de pessoa d i fe ren te

d a q u e o r d e n a o p a g a m e n t o

Te r mos de r e sponsa b i l i da de na A l f ânde ga pa r a de s

pa c hos

T i tu lò s de e mpr é s t imo de d inhe i r o

Tí tu los de depoz i to ex t ra - jud ic ia l

Transferencia de t í tu los da divida put í l ica

Transfe rênc ias de açõ is de companhias .

Atos e papeis sujeitos ao selo fixo

Alvará de m ora tór ia 4*400

A r qu iva m e n to de c on t r a to s e d i s t r a to s na s J u n

tas C om erc iai s . . ,*»_ 11 *0 00

A r q u i v a m e n t o d e E s t a t u t o s d e S o c i e d a d e s a n ô

n imas 11*000

Bilhetes sani tár ios , de l ivre pra t ica  1*000

Car ta de ca ixe i ro de sp ach an te ; 55*0 00

Car ta de com erc ian te 246*000

C arta d e co rre to r -.. . 143* 000

Ca r t a de de s pa c ha n te 77*000

Ca r t a de in t e r p r e t e ^21*0 00

C ar ta de le i loe iro 143*000

C ar ta d e h ab il i t a çã o d e c om e rc ia n te . . . . . . . 2 2* 000

Car ta de bac hare l ou do ut or 253*000

Ca r ta de den t i s ta 25*300

Car ta de en jen he i ro 104*500

Car ta de pa r te i ra 24*500

Car ta de fa rma cêut ico 121*000

Ce r t idõ i s de e z a m e de p r e pa r a tó r io s *30o

Condic i l ios *6oo

C on he cim en tos d e car ga , ca da via JS300

E s c r i to s p a r t i c u l a r e s o n p o r i n s t r u m e n t o p u b l i c o * 6 o o

F a tu r a s , c on ta s ou no ta s de me r c a do r i a s ve nd i

da s a d inh e i r o e t od a s a s v i a s / c a da um a . *300

Gu arda- l iv ros , titu lo de no m ea çã o 22*000

G ua r da N a c iona l . V . P a t e n te s

I nsc r i ç õ i s pa r a e z a me de p r e pa r a tó r io s  . . . . " .  5*500

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34

Alm a n a q u e d o P OR TUGAL =====

  W *

P assaporte e portaria para viajar . . *3°<>

P atentes da G uarda Na cional: ^

Coronel ou comandante superior f ^

Tenente-coronel 5oo*OQi

Major 400WW

Capitão 2oofooo

P rimeiro tenente 150*000

Segun do tenente 100*000

P etiçõis ás autoridades federais. . *6oo

Primeiras vias das notas pelas quais se fazem os

despachos nas Alfândegas 2*000

ProcuraçÕis e substabelecimentos públicos ou

particulares 2*000

R ecibos sem declaração de valor $300

Recibos particulares e outras declaraçõis, qual

quer que seja a forma empregada para

expressar recebimento de 25*000 ou mais. *3oo

As suas duplicatas, triplicatas ou outras vias deverão esr

igualmente seladas.

Recibos de prestaçõis pagas aos Clubes que ven

dem mercadorias *3oo

Recibos passados por bancos ou cazas comerci

ais de dinheiros depozitados em c/c $300

Rejistro de marcas de fabricas nas Juntas Com-

merciais 11*000

R equerimento ás autoridades federais *6oo

Termo de abertura e encerramento de livros dos

comerciantes e farmacêuticos (verba) . . . 6*600

Termos de responsabilidade assinados nas Alfân

degas para resalvas 2*000

T ermos de vistorias de embarcaçõis 11*000

Testamentos *6oo

Vales e quaisquer documentos que tenham os ca-

rateristicos de recibo, e todas as suas vias. *300

D I A S F E R I A D O S

í.°  de Janeiro — Comemoração de fraternidade Uni

versal, Descobrimento do Rio de Janeiro.

24 de Fevereiro

 —

 Aniversário da Constituição da R e

publica. ^

21 de Abril—Commemoraçiat do Suplício de Tira-

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I 9 I

8 '• Almanaque do P O R T UG AL ' 35

13 de Maio — A n ive r sá r io da a bo l i ç ã o da - e sc r a v a tu r a .

14 de Julho—Comemoração da R e p ub l i c a F r a n c e z a

e da l i be r da de e i nde pe ndê nc ia dos povos a me r i c a nos .

7  de Setembro— Independência; d o B raz il.

4.  12  de Outubro — D e sc obe r t a da A m e r ic a .

2 de Novembro — C o m e m o r a ç ã o d o s m o r t o s .

15-

  de Novembro—Aniversário d a pr o cl am aç ão d a

Re pub l i c a .

/

  de Dezembro

 — C o n s a g r a d o á a u t o n o m i a d a P á t r i a

P o r t u g u e z a .

D I A S F E R I A D O S N O S E S T A D O S

Amazonas;—1  d e m a r ç o , A b e r t u r a d o C o n g r e s s o .—

1 de ju lho , P r ime i r a Cons t i t u i ç ã o dá Es t a do .—10 de ju lho

Ema nc ipa ç ã o dos e sc r a vos .—5 de se t e mbr o , E le va ç ã o á c a t e

go r ia de prov ínc ia em 1850 .—21 de no ve m bro , a de zã o á '

Re pub l i c a .

Pará:—21 de ju nh o , P r oc la m a ç ã o d a Cons t i t u i ç ã o .—

15 de ago s to , Ad ezão a Ind ep en dê nc ia do Braz i l .—1 6 de

nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .

Maranhão: — 28 d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i

ç ã o .—18 de nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .

Piauí:—24 de j a ne i r o , P r o m ulg a ç ã o d a Co ns t i t u i

ç ã o .—16 de nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .

Ceará: — 1 2 d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i ç ã o .

—16 de nove mbr o , A de z ã o á Re pub l i c a .

Rio Grande do Norte:—19 de m a r ç o , I n s t a l a ç ã o do

g o v e r n o r e p u b l i c a n o d e A n d r é d e A l b u q u e r q u e M a r a n h ã o ,

em 1817.—7 de abr i l , Promulgação da Const i tu ição^-—12 de

j u n h o , M o r t e d o P a d r e M i g u e l J o a q u i m d e A l m e i d a C a s t ro ,

conhec ido por f re i Migue l inho em 1817 .

Paraíba:— 5 d e a g o s t o , ' ' F e s t a d a P a d r o e i r a N . S .

das Neves .

Pernambuco:— 2 7 d e j a n e i r o , R e s t a u r a ç ã o d e P e r n a m

buc o ,

  d o d o m í n i o h q l a n d e z , e m 1 6 5 4. — 1 7 d e j u n h o , P r o

m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i ç ã o . — 1 0 d a n o v e m b r o , P r i m e i r o b r a

do da Re p ub l i c a , da d o po r Be r n a r do V ie i ra de M e lo , e m

1710, em Olinda.

Alagoas:—"15 d e m a r ç o , I n s t a l a ç ã o da i .

a

  A sse mble a

P r ov ide nc ia l .—11 de junho , P r omulga ç ã o da Cons t i t u i ç ã o .

—16 de se t e mbr o . Cr i a ç ã o da P r ov ínc ia .

Serjipe:—18 de m a io , P r o m ulg a ç ã o d a Co ns t i t u i ç ã o .

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36

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L   - =

  I Q l 8

e x p u l s ã o d o s p o r t u g u e / . e s e m 1 S 2 3 . - 7 d e n o v e m b r o , R e v o

luçã o em 1837 (Sa bin ad a) . ,

Espirita Santo:-*yâe  m a i o , P o v o a m e n t o d o t e r n t o - ,

r i o d o E s t a d o . — 1 2 d e j u n h o , E z e c u ç ã o d e D o m i n g o s J o z é *

M a r t i n s e m

  8 i 7 . —

 28 de ag os t o , Fe s ta de N . S . da  Penlia.

— 20 d e n o v e m b r o , A d e z ã o á R e p u b l i c a . — 2 5 d e d e z e m b r o .

Na taL

Distrito Federai:—   20 de j ane i ro , F un da çã o d a C ida

d e d o R io de J a n e ir o . . -., ^

5 .

  Paulo:—8 de ju l ho , I ns ta l a ção d o CongressoCCons-

t i t u i n t e . — 1 5 d e d e z e i h b r o , R e s t a u r a ç ã o d a l e g a l i d a d e .

Paraná:  — 7  d e a b r i l , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s t i t u i ç ã o .

-16 de dezembro , I ns ta l ação da P rov ínc ia em 1853 .

Sta.

  Catarina:— 11 d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o ns

t i t u i ç ã o . — 1 7 d e n o v e m b r o , A d e z ã o á R e p u b l i c a .

Rio Grande do Sul— 1 4 d e j u l h o , P r o m u l g a ç ã o d a C on s

t i t u i ç ã o . — 2 0 d e s e t e m b r o , R e v o l u ç ã o r e p u b l i c a n a e m 1 8 5 3 .

Minas Gerais:—-15  d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s

t i tu i ção .

Mato Grosso:—15 de ago s to , P r om ul ga çã o da Cons

t i t u i ç ã o . — 9 d e d e z e m b r o , A d e z ã o á R e p u b l i c a .

Goiaz:— i d e j u n h o , P r o m u l g a ç ã o d a C o n s ti tu i ç ã o .

C H A R A D A S ( m e t a g r a m a )

(Varia a incial)

Na embarcação levei uma pedra para dar

de prenda a um grupo de pessoas e, por gracejo,

levei uma vazilha, a qual dei a um pateta.—7-4.

CASTRO, PINTO

  & C.

a

E L A N unc a acei tare i por m arido um ho

mem cuja fortun a tenha* m en os de oito zeros.

E L E — O ' que rida a m inha -é toda fe ita de

zeros.

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1918

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

37

Tabela de prêmios das Companhias

de Seguros Marítimos

R i s c o s m a r í t i m o s « f l u v i a i s

MERCADORIAS

De Belém a Manaus e vice-versa -

a Ca c hoe i r a —Rio P u r ús .

a S . A n t ô n i o — R i o M a d e i r a .

a F o z d o T a r a u a c á — R i o J u r u à . .

» a Iqu i toa -Sol im õis

* pa ra c ima d o s po nto s sup ra , a flu

en tes d 'esses r ios e to do o RioN e g r o . . . . .

  <

pa r a o S u l da Re pub l i c a , Eu r opa ,

America do Nor te e vice-versa ,

;

De Be lém para o Ba ixo Amazonas , I lhas e

C a m e t á .

R an ch o e m erca do r ias de ida e vo l ta .

Me r c a do r i a s c om ba lde a ç ã o pa r a l a nc ha s e ba -

te lõ is nos pontos te rmina is dos Ba ixos

r ios , nas épocas de vazante

GÊNEROS

D e M an au s pa ra Be lém . .

Ca c hoe i r a —Rio P u r ús , pa r a Be lé m.

> S . A n t ô n i o — R i o M a d e i r a

» F o z d o T a r a u a c á — R i o J u r u á , p a r a B e lé m

» I q t i i t o s—Rio S o l imõ i s , pa r a Be lé m

P r o c e d e n te s d ' a l é m dos po n t os sup r a , dos

a f lue n te s e de todo o R io N e gr o pa r a

Belém .

D o Ba ixo A m a z o na s , I l ha s e Ca m e tá pa r a

Be lém (As taxas supra te rão a d iminuição

de 1/4 % p ar a os gê ne ro s qu e f ica rem em

Ma na us )

MOEDA E VALOR

D e Be lém a M an au s , I lha s e Ca m etá e v ice-

Perda

total

7r/

2

1

3 / 4 .

1

1

1/2 •

1 1 / 4

1/2

|

1 ,

3 / 4

1

  '

1

1/2

Todos

os riscos

T

I l /2

2

3/4

I

2 l /2

2 l / 2

_*.

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3*

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

1918

R i s c o s m a r í t i m o s  e  f l u v i a i s

Perda

total

De B e lé m a qualquer outro por to e vice-versa

(papel)

De B e lé m  a  Manaus , I lhas c  Cametá e  vice-

versa (metal)

D e B e l é m a qualquer o utro pe rto e vice-versa

(metal)  .

F R E T E »

Pára esta c lasse de seguros vigorarão as taxas

contra perda total.

CASCOS DE EMBARCAÇélS

Os seguros sobre cascos serão tomados medi

ante ajuste prévio, após ezame da embar

cação ,

  afim  de  ser estabelecida a taxa de

acordo com o  sen estado e  cortdiçõis.

Riscos contra fogo

P R É D I O S - ,

D e pedra, cal , t i jolos, em con struçã o

 ~

  .

» pedra

 e

  cal , ízola do s

» t ijolos e  tabique

'  madeira e  e n c h i m e n t o .

* madeira somente .

1 4

1/4 •

T o d M

N r i t e o »

Ano

ESTABELECIMENTOS:

D e fazendas , m iudezas , jó ias , p ianos , ca lçados ,

c hapé us

» estivas, ferrajens, hotéis, restaurantes, bo

tequins , mercear ias , depoz i tos de move is .

w £  '

  a r m a z e n 8  d e

 «viamentos, li

de madeiras, fannacíaTTEítL estâncias

Ne

3/8

J/5

i/4

3/8

1/4

3/8

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igx8

Almanaque do PORTUGAL

39

R i sco s co n t ra f o g o

Tipografias, teatros, depozitos de aguardente,

de exploz ivos , com venda de fogos artifi

ciais .

DEPOZITOS:

De mercadorias sem inflamaveis. . .

»

  gêneros e mercador ias com inflamaveis .

» explozivos ou a rti gos de fácil c ombustão

MOVEIS:

Jóias, roupas, moveis de uzo doméstico em

re z i den c i a p a r t i c u l a r . . .

CASCOS:

Cascos de embarcaçõis estacionadas no qua

dro ou encalhadas

Mez -

1/32

1/16

1/4

1/6

Anno

3/4

2

1/4

3/8

3/4

1/4

1 1/2

O B S E R V A Ç Õ I S

I—A expressão todos  os  riscos nSo cobre o risco de barataria, pre

visto pela ixttra  A)  da  cláusula primeira  da  apólice.

II—Os prêmios para

  o sul da

  Republica, Europa

  e

  America

 do

Norte referem-se  a  embarques  em  vapores transatlânticos.

III--A Companhia  nSo  toma seguros  em lanchas, alvarengas e  bate-

15is  a  reboque,  a nSo ser nas  épocas  de  vazante,  dos pontos

terminais  dos  baixos rias para cima—para  as  mercadorias de

subida  que aí  forem batdeadas—e  até  esses pontos terminais—

para  os  gêneros trazidos pelas embarcaçSis auxiliares, afim  de

serem embarcados  em  vapores.  Em  vista d*isto, todos os  g ê ne

ros entrados  de primeiro  de  Mato  a 31 de O utubro de cada ano ,

pagarSo  a  taxa  de 1,5 0/0,  como presumíveis  de  terem sido

baldeados.

IV—Nos seguros

  de

  mercadorias devem

  ser

 especificados separada

mente  o  valor  dos fretes  e o do  lucro esperado.

V—Sempre  que um  prédio  fôr  ocupada  por  diversos estabeleci

mentos  de  natureza diferente, prevalecerá para  os  efeitos n'ele

existentes incluzivè para  a do  próprio prédio,  a  taxa  do que

envolver maior risco.  ,

VI—Nío  ha prêmio  de  valor inferior  a  2$ooo.

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4

o = s * = A l m a n a q u e  do  P O R T U G A L

  = = = = =

  19**

Cortez,

 Coelho

  & C.

a

CASA BANCARIA

R u a

  18 de

  N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

T h e W e s t e r n T e l e g r a p h

C o m p a n y L i m i t e d

- M l l l t m i f t  -

T r a v e s s a C a m p o s S a l l e s

 n.

 1-PARÁ

Tarifa por  palavra  a  partir  de Belém

Serviço interior

M a r a n h ã o ,

  200

  r é i s ; Ce a r á

  e Rio

  G r a n d e

  do

  N or t e ,

500;

  P a r a íb a , P e r n a m b u c o  e  A l a g o a s ,  600;  Ser j ipe , Baía

e E s p i r i t o S a n t o ,  850; Rio de  J a n e i r o , M i n a s G e r a is , São

P a u l o , G o i a z , M a t o G r o s s o , P a r a n á , S a n t a C a t a r i n a  e Rio

G r a n d e

 do Sul.

 1.000.

T a x a f i x a  por  c a d a t e l e g r a m a .

S e r v i ç o e x t e r i o r

A le ma r iha , Be l j i c a , F r a nç a , G r a n - Br e t a nha  e Ho

l a nda , f r a nc os ,

  3,25;

 D i n a m a r c a ,

  3,62;

 H e s p a n b a , * 3 , 6 o ;

  Ita-

ü a .

  3.55;

  N o r u e g a

  e

  S ué c ia ,

  3,72;

  P o r t u g a l ,

  3,70;

  Rússia

d a E u r o p a ,

  3,95;

 S u i s sa ,

 3,50.

America. do Norte

y

  L u i z i a n a

  e

  Te xa s , f r a nc os

  4,25;

 O u t r o s E s t a d o s ,

 4,45.

America  do Sul

U r ugua i , f r a nc os  2,25;  A r j e n t ina ,

  2,75;

  P a r a g u a i ,

3,05;  P e r u — L i m a

  e

  Ca lau ,

  3,55;

  Bol ivia ,

  4,80;

  Equador ,

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I O I 8  • ' Almanaq ue do PO RTU G AL

  - •  • •

  41

O e qu iva le n te  do  f ranao  é f ixa do pe l a Re p a r t i ç ã o G e

ra l  dos  t e lé g ra f o s c a d a t r h n e s t r e . - ^ O è t e l e g r a m a s a p r e -

z e n t a d o s ' n a s E s t a ç õ i s d o T e l é g r a f o N a c i o n a l o n d e  a  C o m

p a n h i a  não t e n h a E s t a ç ã o , d e v e m t r a z e r  a  s e g u in t e i nd ic a

ç ã o :

 — V i a W e s t e r n .

T E L É G R A F O S

A capi ta l

  do

 E s t a d o

  do

 P a r á e s tá , i nd i r e t a m e n te ,

  li

g a d a  com t o d a s as  es taçõis te legraf icas  do  m u n d o , ' h a v e n

do a c o r do e n t r e  as co m pan hia s te legra f icaá.

TELÉGRAFO NACIONAL

O edifício  é  s i t u a d o  no

 1.9,'andar

 do p r é d i o  da e squ i

n a  da  Travessa  Sã»  Ma,tqus  e Rua 15 de  N o v e m b r o . As

t a xa s ,

  pa r a c ada pa lavra , s âo : -~>-Te legrama pa r t i cu la r

  no

B r a z i l : — D e n t r o   do  Es t a do , $100 ; I de m e n t r e do i s, a  t rês

Es ta dos , $200 ; I de m

  de

 m a i s

  de 3

  E s t a d o s , Í 3 0 0 . T a x a

 es

t a d u a l : — O G o v e r n a d o r  do E s t a d o  tem  a b a t i m e n t o  de 75

°/o . Taxa  de  i m p r e h s a : — g à r a q u a l q u e r p o n t o  do  Brazi l ,

$025.  P a r a todo s e sses t e l e g r a m a s a,cima m e n c io na do s  ha

uma taxa f ixa  de $ 6 0 0 por  t e l e g r a ma .

TELÉGRAFO

  SEM FIO

O Te legr f t fo Nac iona l expede te legramas pe lo se r t i

f i o :—A té S a n t s r è m, $600 ;  Até  M a n a u s , $ 9 0 0 ;  Até  ou t r a

qua lque r e s t a ç ã o , 1 Í500 ; Essa s e s t a ç õ i s

  são :

  P o r to V e lho ,

X a p u r i ,

  R io

  Br a nc o , S e n a M a du r e i r a , Cr uz e i r o

  do Sul e

V i la S e a b r a . P a r a I qu i to s  ç  L i m a  ha um a  t a x a ç ã o e spe c ia l

s e n d o : - r - E m l í n g u a p o r t u g u e z a ,  fr.  3 , 9 0 = 2 1 8 2 5 ;  E m  l ín

g u a h e s p a n h o l a ,  fr.  3 , 2 o = 2 $ 4 o o . O e x p e d i e n t e é  no edif icio

do Te légra fo Nac iona l .

TELÉGRAFO   DA ESTRADA  DE  FERRO DE- BRAGANÇA

S e r v indo va r i a s l oc a l ida de s , pa ga - se  por um  t e l e g r a m a  or

d i n á r i o

  de 20

  p a l a v r a s

  o

  p r e ç o

 de

  i f o o o ;

  o

  e xc e s so

 de pa

lavrão  até 30  1 Í 5 0 0 ,  de 40  2$oop ,  etc ; o  t e l e g r a m a  ur-

j e n t e  até 30  pa l a v r a s 3$ooò ; D e po i s  das 6  h o r a s  da  t a r d e

a t a x a  é  d u p l a  da m e n c io n a d a  na  t a be la .  E ' o  m e s m o p r e

ç o p a r a q u a l q u e r e s t a ç ã o

  da

  E s t r a d a

  de

  F e r r o . P a r a

  co

m od ida d e "pub l ic a , -a D i r e to r i a  da E s t r a d a  de F e r r o  de  Bra

g a n ç a m a n t é m  uma a jen cia te legràf ica  á  T r a v e s s a C a m p o s

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42

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

19x8

TH E WESTERN TEI . K G RA PH CO M PA N V LI M I TED

" ( í B f c E G R A F O   I N G LEZ)

Comunicação certa e rápida com todas as partes do

mundo. E' a seguinte a tabela de preços, a partir de Belém.

"

DE ST I N O

Pinhe iro

M osq ueiro . . . .

Sour e

Ca m etá . .

B reves . . . * , , .

Curralinho

G u r u p á

Mac apá

C haves . . .

Maz agão .

Prainha

Monte Ale gr e

Santarém . . . . .

Alemquer

P arintins . . .

Óbidos

Itacoatiara . .

Manaus

P M )

 aistra

$260

$260

$260

$530

I 5 3 0

* 5 3 °

$790

I 7 9 0

i $ o 5 o

1I050

1*050

i $ 3 i o

i $ 3 i o

i $ 5 8 o

1I840

1I340

2I360

2$630

P R E T E R I D O

hf 11

fúmu

--

5$ooo

5 $ o o o

5 $ o o o

5$ooo

5$ooo

5$3oo

5$30°

5Í300

6$6oo

6$6oo

7 Í 9 0 0

9$200

9$2O0

11$800

13 Í200

t O N H

W

  P * » "

$500

$500

$500

$500

I 5 0 0

*53<>

Í530

$53<>

$660

$660

$790

Í920

I920

i fSoo

i$32o

A B O O T H L I N E

Preço de passajens

Para Liverpool— de i.

a

  classe £ 33 a £ 36 e 30^000—

Im posto Brazileiro. D e 3.*» classe, 18 5I000— incluzive imposto.

  Para Lisboa

 —

 i.

a

  classe de £ 28 a £ 30 e |0$ooo—Im

posto Brazileiro; 3.-» classe,165*000—incluzive imposto.

Para New  York

—1 »  classe, 432*000; Imposto (Americano)

20*000; Idem (Brazileiro) 30* 000 ; 3,* classe 200 *00 0; Im

posto Americano, 20*000; Idem Brazileiro, 5*000.  Para

Barbados—1.*  classe, 192Í000; Imposto Brazileiro, 20*000;

a

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1 0 I

8 = s Almanaque, do PORTUGAL

  •=====•*

  43

Depoz i to , £ 7 .  Para Iquitos— i.

a

  c lasse , £ 13 ; id a e v o l ta i 23 ;

I mpos to Br a z i l e i r o , 30*000 ; 3

a

  c la sse , £ 6 .10 .0 ; Impos to

Braz i le i ro , 5*000 .  Para Manaus—i.

a

  c lftsse , io o $ o o o ; Id a e

vol ta , 165*000; Impos to Braz i le i ro , 2*000; 3 -

a

  c lasse , 45$;

I mpos to Br a z i l e i r o ,  1*400.  Para Maranhão

1

— i.

3

-  c lasse , 50*;

I m p o s t o B r a z i l e i r o ,  1*500;  x.» c lasse , 25 *0 00 ; Im p o st o *8oo .

Para Ceará—\?  c lasse , ie o fo p o ; Imposto , , 2*o0o

4

; 3 * c lasse,

3 5 * 0 0 0 ; I m p o s t o , i $ r o a

Fretes sobre os principais produtos de exportação

Para Liverpool—  Cas tanh a— 100/- ( cem sh i l l ings) p o t

tone la da de pe z o . Ca c a u—5o/ - po r t one la da de pe z o . Bor r a

cha*—70/-

 po r t on e la da de 40 pé s c úb ic os .  Para New

  York

Borracha—34 cen tavos por pé cúbico . Cacau—3*3 cen tavos

po í c e m l ib r a s . Ca s t a nha —125 c e n ta vos po r c e m l ib r a s .

G A R À G E

  "COELHO"

Tdephones 356, 514 e 595

Todos os portuguezes

d e v e m

A s s i n a r o j o r n a l

P O R T U G A L

• « i i •

  m

  ii 1 1 1 1 1 — ^ — ^ — ^ j ^ ^ ^

Orgam da colônia luza no Norte do Brazil

'  • • — • — ' •  1 1 .--.11111n . 1 — . . ~

  | t

  .,

Cortez,

 Coelho

 ;&(>

CASA BANCARIA

R u a 1 8 d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

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a .  F-

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Dr. Lauro Sodré

( G o v e r n a d o r d o E s t a d o d o P a r á )

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- S H $ - -S H S - ~ $ H $- - 3 M 6 -

(Governador do Estado do Pará)

BRIMOS  a nossa primeira pajina literária—^

^a de

  honor

—com o retrato de S. Exc. o

dr. 'L,auro Sodré, digníssimo governador deste

Estado.

O homenajeado de hoje não é nma vã fi

gura na política ou na reprezentação diplomá

tica do Brazil: não, ele é o expoente máximo da

ultima geração nos faustos públicos do paiz, ele

é o grande político para quem a política não re-

prezenta apenas tima fonte de vis interesses e

sim a melhor forma de congregar idéias altanei-

ramente praticas e bemfázejas, que redobrem em

beneficio dé todos.

Iyauro Sodré não é apenas o governador

no Pará, o senador na Capital Federal; é sim o

idolo do povo paraense, o ezerriplo vivo dos seus

colegas no Senado—lejitimo filho do Brazil que

honra a pátria que

  o

s

  viu nascer.

Alma bondozamente carateristica, que atra-"

vessou por entre as mizerias humanas da vida

sempre incólume, não se deixando manchar pela

lama que quazi sempre atinje o homem de alta

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4

8

Almanaque do PORTUGAL ===== ioi8

O q u e é a v i d a ?

A vida é o mal. A expressão ult ima da vida

terreste é a vida humana, e a vida dos homens

cifra-se numa batalha enezoravel de apetites,

num tumulto dezordenado de egoísmo que se en-

trechocam, rasgam, dilaceram.

O progresso marca a distancia que vai do

salto do t igre que é de 10 metros ao curso da

da bala que é de vinte quilômetros. A fera a dez

passos perturba-nos.

O homem é a fera dilatada.

Nunca os abismos das ondas pariram mons

tro eq uiv alen te ao nav io d e g uerra, com as es-

camas do aço, os intestinos de bronze, e olhar

de relâmpago e as bocas hiantes-pavorozas , ru-

j indo metrálha, mast igando labaredas , vomitan

do morte.

. . .A pátria pre-istorica do atlantazauro es

magava o rochedo. As dinamites do químico es-

toiram montanhas como nozes. Se a peza do

mastodonte escuvava em cedro, o canhão Krupp

rebenta baluartes e t r incheiras .

Uma víbora envenena um homem, mas um

homem sozinho arraza uma capital .

Os grandes monstros não chegam verda

deiramente na época secundaria, aparecem na

ult ima como o homem. Ao pé dum Napoleão,um megalozauro é uma,formiga.

Os lobos da velha Europa t rucidam algu

mas dúzias de viandantes , emquanto milhõis de

mizeraveis caem de fome e de abandono, sacrifi

cados á soberba dos principes, á mentira do cor-

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igi8 ===== Almanaque do PORTUGAL e 49

em que vivemos. Uns nascem para rezes, outros

para verdugos. Uns jantam, outros são jantados.

Ha criaturas lôbregas, vestidas de trapos,

minando montes, e criaturas esplendidas, cober

tas de oiro e de veludo, radiadas ao sol. No co

fre do banqueiro" dormem pobrezas m etaíiza das.

H a hom ens que ceiam n um a noite, um ba irro

fúnebre de mendigos. Enfeitam gargantas de

cortezans rozarios de esmeraldas e diamantes,

bem mais sinistros e lutuozos, que razarios de

craneos ao peito de selvajens.

Vivem quadrúpedes em estrebarias de már

more, e agonizantes párias em alfurjas infetas

roidos de "vermes.

A latrina de Vanderbilt custou aldeolas de

mizeraveis. E nisto os palácios devorarem pocil

gas,  todo o «boulevàrd» grandiozo, reclama um

quartel, um cárcere, uma forca.

O deus milhão não dijere sem a guilhotina

de sentinéla. Os homens repartem o globo como

os abutres o carneiro.

Maior abutre, maior quinhão.

Homens que teem impérios, homens que

não teêm lar.

Os pés mimozos das jmncezas delizam lu-

zentes de oiro por alfombras, e os pés va ga bu nd os

calçam, sangrando rochedos hirtos e matagais.

Bebem ch am pan ha alg un s cavalos de es

porte, uzam aueis de br ilh an tes alg un s cais de

regaço, e algumas creaturas por falta de uma

côdea acendem fogareiros para morrer. Bendito

o oxido de carbone que ezala paz e esquecimeáto

E a natureza fica insensível ao drama bár

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50 ===== A lm ana que do PO R T U G A L

  I Q l 8

bes,  dezasítres, iniqu idad es, deix am -na indiferente

e inconsciente como o rochedo imóvel bulindo-

lhe a aza duma vespa. O clamor atroador de

todas as an gu st ias não arran ca um ai da imen-

sidad e. inezorav el.

A aurora sorri com o mesmo esplendor aos

campos de batalha ou berço infantil, e as erva^

gulozas não distinguem a podridão de Locusta

da podridão de Joana de Are.

G U E R R A J U N Q U E I R O

Aquele que acredita em falsos elojios reco

nhece o seu nenhum merecimento .

A

 mulher e

 o

 poeta

P <

São os dois entes mais parecidos da natu

reza, o poeta e à mulher namorada; vêem, sen

tem, pensam, falam, como a outra gente não vê,não sente, não pensa nem fala.

Na maior paixão, no mais acrizolado afeto

do homem que não é poeta, entra sempre o seu

tan to ^ a vil proza h u m an a: é l iga sem o que

se não lavra o mais fino,do seu oiro.

A mulher não; a mulher apaixonada deve

ras,

  sublima-se, idealiza-se logo, toda ela é poe-

zia,

  e

  não ha dor fizica, interesse material, nem

deleites sensuais que a façam descer ao pozitivo

da ezistencia prozaica.

A L M E I D A G A R R E T T .

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I 9

i8 ,. Alm anaque   do  P O R T U G A L

  •

  •  51

D r R o d r i g u e s A l v e s

(Candidato á prezidencia da Republica Brazileira)

E ' c a n d i d a t o ' á p r ez id en c i a d a R e p u b l i ca

Brazi le i ra no quat r iên io v indouro , o s r . d r . Rodr i - '

g u es A lv es , n o me b as t an t e co n h ec id o e aca t ad o

na pol í t ica Brazi le i ra . S . Exc .

a

  já ezerceu com o

maio r t ino e c r i t é r io o ca rgo de governador de

S . Pau lo , o ' que lhe g ran je oupar te da f ama que

ora disfruta .

O « A l m a n a q u e d o

  P O R T U G A L »

  sente-se feliz

em es t amp ar o r e t r a to d e S . Ex c .

a

Pa ra um_ coração ap a ix on ad o a m aio r dôr

é não se sen t i r capaz de sa t i s fazer ao coração

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5 2

Almanaque  do  P O R T UG AL - 1918

E p i z o d i o F e t i c h i s t a

Foi nas mar jens do Zanibe/ .e . Um chefe

n e g r o , p o r n o m e L u b e n g a , q u e r i a , n a s v é s p e r a s

de en t ra r em gu er ra com um chefe v iz inho , co

m u n ica r co m o s eu D eu s , co m o s eu M u lu n g u

(que era , como sempre , um seu avô d iv in izado) .

O reca do ou ped ido , po rém , (pie dez e jav a m an

d a r á s u a D i v i n d a d e , n ã o . s e p o d i a t r a n s m i t i r

a t r av éz d o s F e i t i c e i r o s e d o s eu çe r emo n ia l , t ão

c r av es e co n f id en c ia i s m a t é r i a s co n t in h a . Qu e

f e z L u b e n g a ?

Gr i t a p o r u m es c r av o : d á - lh e o r ecad o ,

l e n t a m e n t e , p a u z a d a m e n t e , a o o u v i d o : v e r i f i c a

b em q u e o e s c r av o t u d o co mp r een d e r a , t u d o r e -

t i v e r a : e i m e d i a t a m e n t e a r r e b a t a u m m a c ha d o,

decepa a cabeça do esc ravo , e b rada t r anqü i la

m en te — «par te» .— A a l m a do esc rav o Ia foi, como

u m a c ar ta lac ra da e se lad a , d i r e i ta pa ra o ceu,

ao M u lu n g u . M as d 'a i a in s ta n te s o chefe ba te

u m a p a l m ad a a fli ta n a t e s t a , ch am a á p r e s s a o u

t ro esc ravo , d iz - lhe ao ouv ido ráp idas pa lav ras ,

a g a r r a o m a c h a d o , s e p a r a - l h e a c a be ç a :— « V a i »

E s q u e c e r a - l h a a l g u m d e t a l h e n o s eu pe di

d o a o M u l u n g u . . . o s e g u n d o e s c r a v o e ra um

« p o s t e s c r i p t u m » .

E Ç A D K Q U E I R O Z .

Charada (novissima)

Ao Anacleto, Filho

J u n to á p l a n t a , n a i l h a , h a v i a o u t r a p l an

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í   O   r e m é d i o m a i s s e g u r o p a r a c u r a r

I O   P A L Ü D I S M O

|  é a  S E Z O N A L

\ (Fo rmula do Dr. Silva Rozado

\  '  ,

I

  O seu

  e x t r a o r d iná r io po de r c u r a t ivo ma n i f e s -

: t a - s e p r o n t a m e n t e - p o r q u e  o  - s e g r e d a  da  f o r mu la

\  r ç su l tou do p r o f un do c on he c im e n to qu e  o  i n v e n t o r

I

  do

 S E Z O N A L

  possue a c e r c a do ' pa lüd i smo nò"Br a -

[  zíl e e s p e c i al m e n t e  nas reg jõçs do No r te . ;

s  O

  S E Z O N Á L

  a p r e sê n ta - se  soh a  f o r m a  de

| P r a g e a s p r a t e a d a s  e  ence r ra p r inc íp ios ac t ivos de

: me d ic a me n tos c a pa z e s de  de s t r u i r l ogo  no p r i m e i r o

| dia,  os  ge r m e ns que oc a s iona m  as  F e b r e s , de sobs -

| t ru indo ,

  ao

 HieSíBô tèfn po , ó'fig ád'6

  é ò

  b í ç o .

  C u r a i r v o s c o m

 o

  S E Z O N A L

B a l s a m o

  d o d r

N a h i r

VINHO FIALHO

( l o d o - í a n i c o p o l y g l y c e r o p h ó s p h a t a d o )

Me dic a ç ã o r a c iona l  de  toijos  os  casos  de l im

pha t i sn io , t ube r c u lose , de b i l i da de , a ne mia  e  nas con

valescenças . IndicadtJ com' propir iedade ao dês&ivol

vif flènto das crean ças , pe las ót i m as qu al ià kd çs m e,

d icà t í ién tosas  de que_ se re ve ste  á  sua c ompos iç ã o f e -  I

i i z .

  E s t i m u l a m e t ò d i c a m è n t e  6  c é r e b r o  e p r e v i n e o

e xgo . t a n ie n tó p r a t i c o .  Qs  m a is r ep u t ad os c l ín icos

d i s t i n g u e m

  o  V I N H O F I A L H O

  com jus ta p re fe

r e nc ia r e c e i t a ndo - o  na s m o lé s t i as  em   que tem logar

a sua e xc e le n te a c ç ã o r e c a ns t i t u in t e ?  tohiCâ.

, — M e d i c a m e n t o

e x t e r n o , m a t a n -

do i t i s fán tanea-

m e n t e q u a l q u e r  dor.  C u r a  o  r e u m a t i s m o '

  :

ãr£Ípuí-ir

e m us cu la r ag u do OU c ron icp ,

 as

  pa ra l i s ia s , hev ra t -

gias ,

  go ta s , sc ia t ica , beri-bei-i^ e tc . ' I n d ic a d o pe los  \

m e l h o r e s m é d i c o s .  ' I

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NOVO ESPECIF ICO

C o n t r a I c l e r í c i a

  o

  I n f l a m a ç õ e s

  d o

  F í g a d o

  e d o

  B a c o :

BOLDOIN

Cura eficazmente osfcngo rgitatnentds, as manifes

tações conseqüentes do impaludismo e regulariza

harmonicamente a função do intestino.

Peitoral do dr. Nahir ~

P

K e T m

alivio imediato, debelando as tosses em 24 horas.

Cura radicalmente:—Bronchites, resfriadós, ca-

tarros, influenza, gripe, astm a e coq uelu ch e. E' um

poderoso antiseptico 'pulmonar.

0

maior successo  de  cura  , S £ t í

febres intermitentes—realiza-se com o

  L IC O R A N -

T I - P A L U D O S O   do dr. Silva Ro sad o.

iJebela em absoluto a caeliexia palnstre e os en-

gorgitamentos do figado e do baço.

R e g u l a d o r d o d r . N a h i r

• V e r d a d e i r o

a l i v i o d a s s e

nhoras e a mais

preciosa combinação medicamentosa para a sua saú

de.  Tônico e sedativo uterino, cura as hem orrag ias

e eólicas, regulariza o fluxo menstrual, evitando as

dores que quasi sempre o precedem. Útil em todas

as afeções do utero e dos ovarios.

Depurativo do dr. Nahyr

Cura syphilis, reumatismo articular e  muscular,

escrofulas, dartros, bubões, tumores, doenças do fí

gad o e rins, e todas as moléstias proven ientes da

impureza do .sangue. E ' composto somente de plan

tas d a riquíssima flora do Brazil.

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U D I C O M P A N H E I R O I N D I S P E N S Á V E L

Diz-se

  num

  r if ão a n t ig o

 :

— « J u n t o

  ao

  h o m e m e s t á

  o

  p e r i g o » .

P o r é m c o m o

  a

  e x p e r i ê n c i a

  é a

  m e s t r a

  da

v i d a , t o d a

  a

  g e n t e r e p e t e a g o r a :

A exper iênc ia d iz -nos ,

 com

 f i r me z a

 :

—«Le va r a s

  o

  D E R M O L , se m p re c om t ig o ,

Q u e

 dé

  p e r i g o s

  te

  l ib ra , como amigo ,

E , mui tas doenças cura , com ce r teza .

O DERMOL é um, grande remédio num

pequeno vidro.

Muitos ferimentos, por mais insignifican--

tes que pareçam, podem causar a morte; mas

o DERMOL aplicado a tempo, faz a cura

imediata. Picadas e mordeduras venenosas,

golpes, pancadas, excoriações, herpes, dartos,

manifestações do ácido úrico, etc. etc, só o

DERMOL pode curar com segurança.; e tan

to assim que

E ' m o d a

  já, por

  t o d a

  a

  p a r t e , t o d a g e n t e

  <

C om pra r D E R M O L ,  e tel-o a m ã o sem e s t a r d oe n te .

Grandes Criminosos Ocultos

H á m u i t a s d o e n ç a s a t r i b u í d a s

 ao

 ác ido úr ico ,

 mas

a

  sua

  causa es tá

 nos

  r ins , cuja função

  é

  t i r a r

 do

  s a n

g u e p r o d u t o s  que  de ve m  ser  e l imina dos .

Q u a n d o  os  r ins e s tão doentes t i r am  do  s a n g u e

e le me n tos ne c e s sá r io s

  ao

  o r g a n i s m o

  e

  a b a n d o n a m

 os

q u e

  lhe são

 n o c i v o s ; a p a r e c e n d o e n t ã o

  as

  mani fes ta

ções

  do

  ác ido úr ico

 por

  vá r ia s fo rmas ,

  ou à

  p e r d a

 de

a lbumina açúcar , fos ía tóS ,

  etc. etc. O uso do B L E -

N O L e vi ta

  e

  c u r a

 as

 d o e n ç a s

 dós

 r in s , s e ndo t a m bé m

o ún ic o r e mé d io

  de

  c on f i a nç a pa r a

  as

  d o e n ç a s

  das

m u c o s a s

  dos

  ó r gã os gé n i to - u r iná r io s : ç d r r in i e n tos

 de

qua lque r e spé c ie  nos h o m e n s  ou nas Sen hora s , inf la

m a ç õ e s  e  c o r r i m e n t o s  do  út ero , inf la ínações, ca ta rco

e a re ias  da  b e x i g a  ou  dos . r ins , p ro s ta t i te , etc.

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Ü M N O V O R E M É D I O J A R A O S O L H O S

Como o a c a so é o a u to r de toda s a s de sc obe r t a s

n i n g u é m d e v e a d m i r a r - s e d e q u e u m r e m é d i o u s a d o

p r i m e i r o p a r a u m a s d o e n ç a s v e n h a t e r a i n d a m e l h o r

a p l i c a ç ã o pa r a ou t r a s . S uc e de a s s im c om f r e qüê nc ia

na me d ic ina . P o i s e s t á p r ova do j á , po r mi lha r e s de

e xp e r i ê n c ia s f r e qü e n te s e suc e s s iva s , q ue o m e lho r

r e mé d io pa r a a s vá r i a s i n f l a ma ç õe s dos o lhos e da s

pá lp e b r a s , é a L in da c u t i s , c om a qu a l s e m o lh a m os

o lhos á von ta de .

Nas aftalmias purutenlas aplicam-se pequenos pachos de

algodão molhados em Lindacutis, que se deixara sobra os

olhos fechados até enchugarem. (Molham-se pelo lado que

poisa sobre os olhos e aplicam-se tantas vezes quantas

se quiser; nos dois olhos ao mesmo tempo, ou em cada um,

alternadamente, quando se precisa da vista desimpedida).

Q u e m m o l h a r o s o l h o s t o d o s o s d i a s c o m u m a s

go ta s de L in da c u t i s nu nc a so fr e do s o lho s n e m d a v is ta .

E'. indispensável para quem precisa ler ou eacrever da noite.

' - • • ' • ' - . . . . .

Um Remédio sem igual

Receitado e elogiado por todos os medicou especialistas.

Ifntatl, Malta e

 rM«nntl(Dliit«,

 —  Um   tf riin prata  MHMH

T od os o s m é d ic o s qu e se t e e m de d ic a d o a o e s

t u d o e t r a t a m e n t o d a L E P R A o u M O R F É I A s a b e m

q u e o Ó L E O D E C H A U L M O O G R A é o m e l h o r o u

ún ic o r e mé d io pa r a a t a l doe nç a , nã o obs t a n te a d i

f i c u lda de da sua a p l i c a ç ã o , po r nã o se r t o l e r a do pe lo

, e s tô m a g o na dose e t e m po ne c e s sá r io s pa r a o t r a t a

m e n t o .

P o r é m a g o r a t o d o s r e c e i t a m c o m a g r a d o o E l i -

x i r de Ch a u lm oo gr a , a dm i r á ve l a s soc ia ç ã o do Ó leo

de Cha u lmoogr a a um l íqu ido e upé t i c o , a g r a da ,ve l e

t ô n i c o , n ã o e m u l s i o n a d o , m a s d iv i d i d o i n t i m a m e n t e

po r um p r oc e sso novo , e spe c ia l , do f a r m a c ê u t i c o

H E N R I Q U E E . N . S A N T O S , a u m e n t a n d o a ss im a

sua a c t iv ida de f i s io lóg ic a , de modo que p r oduz uma

c ur a pe r f e i t a na m a io r p j y t e dos . ca sos, e u m a me

lho r a c ons ide r á ve l nos c a sos ma i s r e b e ld e s ; nã o só

da mo r f é i a c om o d e p n t r a s m o lé s t i a s de pe l e , na s

q u a i s s e j a i n d i c a d o o Ó l e o d e C h a u l m o o g r a .

O s c o m p o i i e n t e s . p r i n e i p a o e d o K lixir de Ciiaul-

moogra de Hefti-fqae Santos Hão:  Óleo de Chanlmoog-rn. Cn-

codilato dé sódio. Bfearbimato.de sócio, Extrato

  A »

  Malsapnr-

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tgi8 =s=s5s Almanaque do PORTUGAL = = = 53

O

 DINHEIRO

(PARODIA)

Dinheiro meu gentil que te partiste

Tão cedo da aljibeira descontente,

Repouza no credor^eternamente

E viva cá meu èokç sempre triste.

Se aí, no logar para onde fugiste,

Memória da aljibeira se consente,

Não esqueças aquele fogo ardente

Que sempre nela tão forte sentiste.

E se vires que pôde merecer-te

A saudade que ainda me ficou

Da punjente dôr que tive em perder-te^

Hoga ao credor que de mim te auzentou

Tão cedo ás minhas mãos venha trazer-te

Quão cedo de meu

  bolso

 te levou.

J. PINTO MONTEIRO

Um comerciante morre de repente no mo

mento de fechar uma carta dirijída a um,dos

seus correspondentes.

Ôs empregados julgaram ser necessária re-

metel-a ao seu destino e um deles escreve este

post escriptun:

Escritas estas linhas

 de

 próprio punho, morri

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54 = A lm an aq ue do PO R T U G A L 1918

A l e m - s e r t ã o

Ao J. M. Ferreira de Castro

Foi pelo São João:

A noite era l inda, a lua de um brilhante

diafano sedutor, cobria com o seu dolente pra

teado as revoltozas águas do Madeira.

As gaivotas voando, sol tavam agudos gri

tos,

  procurando pouzar nas alvas praias formadas

pela vazante do rio.

Um igarité, tr ipulado por quatro remeiros,singrava velozmente sobre as águas. Nessa pos

sante embarcação viajávamos eu e o meu nobre

amigo Jacques Costa, que iamos passar o «São

João» em Humai tá .

Eram vinte horas , quando apor tamos na

quela cidade.

Momentos depois eu e Jacques passeiava-

mos de braços entrelaçados apreciando a grande

aji tação que reinava nessa bela noite nas amplas

avenidas locais.

Chegamos em frente a rezidencia do comen

dador Monteiro e a animação era maior que nos

outros bairros: fogueiras, pistolas, foguetinhos,

busca-pés, fogos de variadas cores, surjiam lé

pidos.

Lá dentro, no grande e luxuozo salão, um

piano tocava á saudosa memória da «Viuva Ale

g r e » . . .

Cinco ou seis pares, dançavam e na rua,

em frente ao prédio, uma multidão de rapazes

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igi8 Almanaque do POR TUG AL 55

ros e matracas, ao redor.de um

  Bumbd.

  Made-

moiselles e cavalheiros debruçados no peitòril da

janela, aplaudiam

  Pai Francisco

  ao passar, faceto

e graciozo, ao lado da ELEGANTE MãiCatharinã  ...

T u d o festa e alegria e eu e Jacqu es, fruiamos

com prazer todo aquele movimento.

Os nossos juvenis coraçõis jurando sincera

aliança, sentiam-se felizes por estarmos juntos.

Hoje, que me vejo lonje dele lembro-me

com saudades, do passado que tanto nos uniu e

formou entre nós uma amizade fraternal e inque-

brantavel.

É' que nesse tempq lutávamos pela vida . . .

Amazonas-Rio Madeira-Paraizo

João Antônio Fernandes

Cazar sem amar é professar o mais respeitável de

todos os sentimentos, cazar sem amor é um suicídio moral.

Os desgraçados que contraem este laço por frio cal

culo,  nunca terão lua de mel.

O matrimônio teve por baze o afeto mutuo de dois

coraçõis.

Os seres unidos por este suave laço, reduzem os pe-

zares da vida á metade e centuplicam as felicidades.

G U E R R A J U N Q U E I R O

ENIGMA

Ao Pamplona

Se do meu todo que é pérola

A penúltima cambiar,

Em mulher, ave e -cidade

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56

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

19x8

Formula de procuração

Qualquer pessoa {maior) em gozo dos direitos

civis e políticos, poderá passar procuração de pró

prio punho.

A formula é a seguinte :

Pela prezente procuração, por mim feita e

assinada, nomeio e constituo meu bastante pro

curador (nesta ou onde fôr) o Sr. F para o

fim especial de (aqui se declara o fim a que é

 des

tinada),

  podendo para este fim reprezentar-^me

 em

juizo ou fora dele, requerer tudo que julgar  con

veniente e a bem dos meus interesses, recorrer,

alegar,

  prestar lícitos juramentos, dar recibos ou

quitaçõis, uzando de todos os poderes em direito

permitidos, incluzive substabekcer esta, o que tudo

darei por firme e vàliozo.

Data

Assina

Firma reconhecida

Selo de

2 $ 0 0 0

Federal

tura

Para substabelecer bastará escrever á marjem

o seguinte:

Substabeleço na pessoa de F

  .

  os

  p

0

d

efes

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Dr. Bernardino Machado

( E x - p r e z i d e n t e d a R e p u b l i c a P o r t u g u e z a )

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5 8

Almanaque do PORTUGAL = = =

  I0

-<8

Dr Bernardino Machado

( E x - p r e z i d e n t e d a R e p u b l i c a P o r t u g u e z a )

• / • Dr. Bernardino M achad o, ex-prezidente

^ ' da Repu blica Por tug ue za é um a das figu

ras que mais se destacou no principio do atual

rejimem.

Propagandista ardorozo e conscio, Bernar

dino Machado desde que foi par e ministro do

Reino, ao ver a ilegalidade de tal espécie de go

verno, pendeu para uma nova forma consti tuci

onal , que redimi-se para sempre Portugal nobre

e valorozo.

Implantou-se a Republica e Bernardino

Machado foi nomeado embaixador portuguez no

Rio de Janeiro e com tanta maestr ia dezempe-

nhou este cargo que, quando de regresso a Por

tugal, o povo foi recebel-o ao cais, com as mai

ores manifestaçõis de admiração e carinho.Os dezordenados factos de Pimenta de

Castro influíram bastante para que Manuel de

Arriaga, o primeiro prezidente da Republica, pe

disse a sua eliminação do governo, e então o

povo portuguez escolheu acertadamente a Ber

nardino Machado.

Homem de fina tempera, alia á sua alma

bondoza, profundos conhecimentos de soeiolojia.

C h a r a d a s (mefistofelica)

Mira-se no espelho o rapaz, antes de comer

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X

gi8 , Almanaque do PORTUG AL  •  59

P r o p a g a n d a P o r t u g u e z a

P r a i a s — F u r a d o u r o

Intentemos uma viagem. Dura uma horaaproximadamente este passeio. Larguemos Ovar,

com as altas chaminés das suas diversas fabri

cas de vidro, de conservas, de cortumes e com

os seus caminhos de ferro e tomamos a estrada

do Furadouro. Um carro puchadoa bois e pro-

licimo á chegar á vila, carregado de mexoalho,

geme nos seus eixos. O sol ainda baixo envia

raios dispersos atravez dos pinheiros qUe marji-

nam a estrada. Um cheiro a folhas-de eucaliptos,

a chorõis e a água salgada chega tênue até ali.

Aproximamo-íios: o caminho está a meio. Mu

lheres, vestidas de grossas lãs, chapelinho mitra-

do na cabeça, gigas dentadas salientemente nos

extremos- debaixq do braço, fachas rodeando e,m

muitas voltas a cintura, descalças, cruzam a es

trada, cantando ou falando mutuamente em bom

timbre.

O sol vai-se elevando pouco a pouco, os

raios já deixam de atravessar a caule para atra

vessarem a copa dos pinheiros. O cheiro á agUa

marítima perpetua-se. Dezaparecem agora os pi

nheiros e em duas filas, semelhando as colunas

dos ,claustros,_marjinam a via eucaliptos grossos,

luzentes, macios, tão altos que parecem finos, de

rarn^jern transparente, deixando ver atravez da

copa pedaços do azulino ceu do Furadoro. Atra

vessa a estrada, ou antes a estrada atravessa a

na de S. Paio da Torreira. Barracas dispersam-

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6o

Almanaque do PORTUGAL -**== *9*8

se pelas marjens, ao lonje adivinham-se velas

de barcaças, de barcos e botes.

A água cristalina, deixa espelhar a ponte e

pedaços dos sobranceiros galhos de eucaliptos

e correndo em calmaria arrasta folhas amarelas

pela velhice que as obrigou a deixarem a arvo-

re-mãi . O. cheiro da á g u a m arí t im a perpetuo u-se

os pulm õis respiram dilatad os. A arajem é eterna,

como eterno é o bulicio das folhas e dos galhos,

que ela própria move. Dezaparecem os últ imos

eucaliptos, cazas artísticas, com jardins na frente,

palmeiras em leque aos lados, seguem-se de es

paço a espaço.

Principia o ruido dos sapatos na areia, ou

ve-se o espraiar das ondas e avista-se lá no alto

da ru a C entral a capela pad roeira. A s cazas unem-

se,  evoluem-se os jardins na frente.

Furadouro, apezar de pequena, é uma linda

praia . Tem ruas muitas , bem al inhadas, as cazas

na maior parte de pedra são de gosto art íst ico.

Diversos hotéis e cassinos oferecem perenes dis-

traçõis aqueles, que não se contentam só com a

Natureza. Entre estes deve-se destacar o hotel

Cerveira, dum aprimoradíssimo gosto e si tuado

na rua principal. Tem duas capelas, uma feita e

acabada, mas pequena, a outra, espaçoza, mas a

concluir, ou antes a reparar. Diversas fabricas

de conservas acentuam o seu nome de praia sa

dia, comercial e elegante, destacando-se entre

elas a «V arina», pro pried ade da firma B ran dão

& C.

a

. Esta fabrica que vizi tamos quando ainda

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xqi%   s s s = A lmanaque do PORTUGA L ==s*ss 6r

«_

aparelhos modernissimos, dezafiando as conje-

neres francezas.

A's seis horas da manhã. O mar, o imenso

mar, está alvo de espuma, o sol ainda não apa

receu. Na praia estendem-se sem linha pequenas

cazitas de madeira pintada, assemelhando-se ás

guaritas do caminho de ferro. Senhoras, saem

delas,  vestidas de roupa preta com listas bran

cas, em cam inho ao m ar. A s m ais levam pe la m ão

as crianças que,

  profissionais,

  tomam e metem-

nas debaixo da primeira onda a espraiar-sé.

Veem-se cantas pequenas, vermelhas, abrindo a

boca e muitas encarnadas, chorarem, porque to

maram um bôa doze de água salgada.

Nos extremos da praia, barcos de grandes

bicos á popa e á proa, e com dizefes carateristi-

cos,  como: «Fé em Deus», «Milagre de Santo

Antônio», «Deus me guie», etc. Geralmente estes

nomes, são acompanhados de figuras

 Ae

  santos,

tornando-se verdad eiramen te sing ulare s pela «ma

estria» do pintor. Grandes rolos de cordame

amontoam-se em cima da rede á pôpá. Remos

enormes pendem das beiras tocando com as ex

tremidades na areia. Os barcos vão largar. Ho

mens de carapuça embarcam. As mulheres áju-

dam-nos, heroicamente, mas como uma heroici-

dade costumada. Momentos depois o sol apare

ce paralelo á água, as famílias retiram-se pouco

a pouco e os barcos, alem, parecem um escuro

pequeninissimo numa folha de papel azul.

Cinco horas da tarde. Os barcos já regres

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62

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L ===== i9» «

sentadas em grupos de trez ou mais, ou menos,

fazem pocinhos na areia, conversam, respiram

alegremente, olham a imensidade do azul encres-

pado das agúas. Outras sujeitando-se a molharem

os sapatos correm a beira-mar, na busca de con

chas e de búzios.

Nos extremos, bois são acorrentados á cor

da da rede a puchar do mar, arras tam-na até no

cimo da praia, volvem outra vez á beira, para

tornarem a subir. A azafama do pçscado nos ex

tremos, emquanto no meio os olhares languidos

da mocidade distraída, estendem-se atravez de

tan ta: simplicidade, d e ta n ta m ara vi lha da deuza

Natura .

D o « P O R T U G A L »

J. Ift. Ferreira de Castro

^ _ .

—A' quantos anos pede esmola neste si t io?

—Ha vinte anos, senhor.

: ,—Pois duranjte todo esse tempo tenho-o visto com

uma criança nos braços. Tenha a bondade de dizer-me se

é a iüesin,a

Todos os portiiguez.es 

d e v e m

A s s i n a r o j o r n a l

P O R T U G A L

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D r . M a r t i n s P i n h e i r o

(Intendente Municipal)

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64 = = A lm anaq ue do PO RT U G A L =====* *9i8

D r - M a r t i n s P i n h e i r o

( I n t en d en te M u n ic ip a l )

E i s u m d o s h o men s d e v a lo r n o s f a s to s d a

p o l í t i c a n o r t i s t a : S . Ex e .

a

  o s n r . M ar t i n s P in h e i

ro ,  I n t e n d e n t e m u n i c i p a l a i n d a d o t e m p o d o g o

v e r n ad o r d r . En eas M ar t i n s , o d r . M ar t i n s , P i

n h e i r o , a p e z a r d o s d e s m a n d o s c o m e t i d o s p o r

aq u e l a au to r id ad e , s o u b e s a i r d e l e s i n có lu m e , o

que é f r i zan te , dada a mane i ra e a s a t i s f ação com

q u e o d r . L a u r o S o d r é o c o n s e r v o u n o m e s m o

ca r g o , q u e S . Kx c .

a

  d e z e m p e n h a co m s a p iê n c i a

e ca r in h o .

S e n a d o r e s t a d o a l é d e v e r a s a p r e c i a d o en

t r e s eus co r re l i j ionar ios , a s s im como o é por todo

o p o v o p a r aen s e , em g e r a l .

F igura de rea l pres t i j io e cr i té r io , a e le , hu

m i l d e m e n t e e m b o r a , c o n s a g r a a s u a h o m e n a j e m ,

a d i r e ç ã o d o « A l m a n a q u e d o   P O R T U G A L »

Charadas (novíss imas)

O s ina l f e i to sem graça , p roduz tu rba-

ção.—2,2.

A t u a p a l h o ç a t e m a r a n h a ? E n t ã o n ã o f a ç o

a  t roca .—2,1 .

P a r á - B e l e m   M O N T E L I M A

O s h o m e n s q u a n d o s e e n c o n t r a m f a l a m d e

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ig i8

Alm an aq u e do P O R T UG AL 65

Dr João Coelho

O dr . João Coelho

é uma das f iguras po

l í t icas mais e in ev i

d en c i a n e s t e Es t ad o .

E s p i r i t o v e r d a d e i

r a m e n t e d e m o c r a t a , S .

E x c .

a

  a l ia a re t idão de

cará te r um pro fundo

c o n h e c i m e n t o d a s b a -

z i l i c a s l e i s g o v e r n a

men ta i s .

I n t e n d e n t e d e B e

l ém e d ep o i s g o v e r n a

d o r d e s t e Es t ad o , q u e r n u m, q u e r n o u t r o ca r g o

S . Exc .

a

  m os t ro u ta 'n ta co m pe tên cia e ze lo qu e o

povo paraense acos tumou-se a amal -o e conservar

em redor do seu nome uma aureo la de r espe i to .

Hoje o dr . João Coelho re t i rou-se da v ida

pub l ica á v ida p r ivada , v ivendo em descanso na

v i la San ta I zabe l , ma is aconchegado as s im aos

do tes da na tu reza .

O « A l m a n a q u e d o

  P O R T U G A L -

  sen te-se bem

em pre s ta r e s ta s iuse ra hom ena jem a S . Exc .

a

Charada (novíssima)

Sobre a mula ve io pa ra aqu i o  peixe .—2,1.

Belém

P A N - P O N - P U M

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66 = = A lm an aq ue do P O R T U G A L ^ - • 19x8

COMO SÃO FEITOS OS JORNAIS

O jornal esse indispensável companheiro

do homem civilizado, tem sofrido atravez do

tempo modificaçõís extraordinárias. Algumas cu-

riozidades a este respeito se encontram coleci

onadas :

Em 1829 o  Atlas,  de Londres,_publicou um

numero que media i

m

,6o de largura e i

m

,30 de al

tura; em 1858

  The Constellation,

  de Nova York,

publicou, por ocazião da festa escolar da inde

pendência americana, um suplemento de forma

to de 2

m

,46 por i

m

,78. Cerca de 1850 o Courrier

dcs Baigneurs

  e

  La Naide

  eram impressos em

papel impermeável para poderem ser l idos du

rante o banho; houve depois um

  Grand fournal

do formato de

  i

m

,25

 por

 iy",qo

  impresso em pano

branco que depois de ser lido podia servir de

toalha para as mãos.

Um jornal , / /

  Fazzoleto,

  depois de lido, po

dia servir de lenço, como o seu titulo inculcava;

outro, o  Giornale per fumatori,  era im pres so em

papel de cigarro. No primeiro dia deste século foi

publicado em Madrid um jornal luminozo, inti

tu lado

  Luminária,

  qu e tendo em pre gad o enxofre

na compozição dos carateres, podia ser lido no es

curo.

E finalmente houve ainda um jornal quedepois de lido podia ser comido

Este ,  realmente, era o que nos servia. . .

P O R T U G A L — é o j o r n a l p o r t u g u ê s

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i g i8 A lm a n aq u e d o P O R T U G A L

67

D r . X D i o n i z i o B e n t e s

- t l l l l t l M l I I -

Com o máximo prazer estampamos o re

trato do Exm.°Snr, Dr. Dionizio Bentes, reputado

medico em Belém, político de incontestável valor

e orador de elegância rara.

A atestar fortemente o que acima dizemos

está por certo o tempo em que S. Exc.

à

  foi inten

dente' de Belém, que deixou frizantes provas do

seu valor e sapiência.

Um

 inimigo

 éo trabalhe.

—-Homem, ninguém te ve por parte alguma. Onde

te metes?

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68  =====  Almanaque do PORTUGAL = = ^

Receitas úteis

Creme de Baunilha

Ferve-se um litro de leite com p i bocado

de baunilha e cem gramas de assucar. Tira-se

do lume quando estiver a ferver, e deixa-se es

friar. Tomam-se em seguida tíez gemas de ovos

e uma clara, bate-se tudo e deita-se no leite já

frio,

  havendo cuidado em mexer. Passa-se por

uma peneira fina, deita-se em casquinhas própri

as e cozinha-se em banho-maria. Um litro de

leite dá para oito casquinhas.

As descobertas da ciência

O medico norte-americano Gordon Edwards

descobriu ultimamente um novo processo de

anestezia local com a apl icação do quinino, o

qual permite a extração de balas dos feridos, sem

dôr, durante o efeito da anestezia, que dura quatro horas.

Uns liebretis de Metz aprezentaram-se rei* marechal

Ferte, que negou-se a recebel-os dizendo com  i:::i<>  humor:

—Não quero receber ninguém dos malvados que ma

taram Cristo.

—Senhor marechal, disseram que lhe trazem um pre

zente <íe quatro mil rublos.

—Olá que entrem, por cer to-não o conheciam quan-

o crucificaram.

A mulher é uma iguaria digna de deuzes

quando o diabo não a tempera.

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Grande Fabriea a Vapor

=-i=UE =

C I G A R R O S

  E

  B E N E F I C I A I

  D E

  F U M O S

" G I R A F A "

A installação mais hygienicamente montada do Paiz,

com apparelhos modemissimps adaptados

ao tabaco do Pará

e que podem produzir diariamente:—

600.000 Cigarros de vários typos.—30.000

Pacotes de 25 gj-ammas de tabaco.—

2.600 kilos de tabaco beneficiado.-'4.000 Latas

de diversos tamanhos, para tabacos

(tampa dupla).

^condicionamento

  de p rime ira ordem nesta lataria

podendo

  ainda ser utilissima ao

  comprador

Tem cons tan te depos i to dos espec i -

aes c igar ros do seu fabr ico :—

CLUB,  GIRAFA, GABY, ARGENTINOS,

PRIMA-MISTURA,

PRIMA-CAPORAL, 31 e PACHÁ

N o v i d a d e s p a r a 1 9 1 8

i- i /

"47"—Optimos cigarros refractarios ao mofo devido  o  seu isola

mento (limoíaçãe nossa),

"R E I D E PAUS"—Especiaas cigarros exclusi

vamente fabricados para  o Amazonas,

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pria para a extracção da nicotina.

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N I C O L A U   D A   C O S T

S C

1

R u a d a I n d u s t r i a 8 1 . C a ix a P o s t a l 6 2 2 . — P A R Á

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J.R. da S ilva Fontes

REPRESENTAÇÕES

Coiiitóssõcs

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I 9 I

8 = = Almanaque do PORTUGAL ===== 69

E v o c a n d o

Adeus tu me disseste comovida,

arfatido; o colo branco e perfumado.

Adeus... eu respondi com a voz sumida

e o coração chorando ,desgraçado...

1

Naquela breve e traste despedida,

fitando o teu semb|a»te dezolado,

uma escaldante lagrima sentida

rolou-me pelo rosto macerado;.

E eu que

 fiquei»-

 sozinho, soluçante,

numa agonia louca e torturante,sentia o coração de dôr sangrando,

E hoje penço nesta soledade

emquanto sinto, vendb-te distante,

que não ha dôr maior que a da saudade

Belém, 6 de dezembro de 1917.

L I N D O L F Q

  M E S Q U I T A .

S U D O M A

CONTO

(Conde lieon Tolstpi)

— 0 0 ^ 0 * —

. No distrito de

  P S K O V

  ha um pequeno rio,

Sudoma, e ás marjens duas montanhas, face a

face.

Sobre uma dessas mpntanhas havia anti

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7 0

Almanaque do PORTUGAL ===•= 19x8

Sobre a outra , julgavam, em outras épocas ,

os slavos.

Contam os ant igos que, em tempo remoto,

desde o céo àquela montanha baixava uma ca

deia e que o justo podia tocar, porém era inas-

cesivel ao culpado.,.

Um homem pediu dinheiro a outro—refe

re quem o sabe,—e o devedor negou a divida;

ele e o credor foram levados á montanha e ali

receberam ordem de tocar a corrente.

O credor levantou a mão e tocou-a.

O outro,—mais claramente,—o devedor, era

coxo.

Levantando-se es tendeu a sua mule ta : pa ta

com mais facilidade chegar á cadeia; alcançou-á,

com efeito, o que cauzou admiração a todos os

circunstantes .

Como é que ambos t inham razão?

Consistia em que a muleta era ôça e o tram-

poliheiro ha v ia colocado o din he iro no seu interior;'

Quando suspendeu a muleta , es ta continha,

a

  importância da divida, e com o pensamento

devolvia o dinheiro ao seu dono.

E is aqu i como po ud e ajir a cadeia, e o

modo com que poude enganar a todo o mundo.

Porém, a partir de aquele dia, a cadeia as

cendeu ao céo para nunca mais tornar a descer .

Pelo menos, assim o afirmam os antigos.

Trad . de

  H E N R I Q U E A M O E D O

C O R R E S P O N D Ê N C I A

Prim eira carta.—Quando o torne a encontrar dou-lhe

um pontapé.. . aonde pôde supor.

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1 9 1 8

  i Almanaque do

  PORTUGAL

 = = =

  71

Saudades da minha Aldeia

(Rdcordaçõis

  á*n

  infância)

f U l f l f t l » »

Longos anos são decorridos que, bem cri

ança, parti da remota aideia onde nasci, Bem

remota, mas, das mais pitorescas de Monsão»

d'essè Minho em que a natureza foi pródiga, do-

tajado-o de belezas e encantos que, sem contesta

ção,  é o jardim de Portugal. Aos 12 .anos ainda

incompletos, levaram-m e à Lisboa. Ali pe rm a

neci na atribulada vida do comercio, d'esse co

mercio retrodago, em que o çaixeiro éra uma

maquina de mõto-contino.

Anos após, rezolvi matar saudades e parti

a visitar o lugar onde nasci, abraçar minha velha

e santa Mãi, meus parentes íntimos e meus ami-

guinhos de infância. Poucos eucontrei, seguiram

o mesmo destino meu. Os poucos dias que me

restavam de licença, dezejéi aproveital-os, apre

ciando o quanto é belo e sublime o ali perma

necer. E admirável o viver d'es§e bom povo , a

tranqüilidade de espirito, o alvorecer das m an has

pnmaveris, o canto maviozo do rouxinol, o asso

biar inebnante do melro—relojio de spe rtad or dos

preguiçozos. Rezolvi aproveitar essas poucas

horas de folga, e intentei dar alguns passeios

nos amplos p m he ira is,. preciozissimos para" a

saude_algo abalada. Fui mais alem, sobi penhas

cos,

  afim de diáfrutar o inajestozo panorama do

Minho liquido em suas ondulaçõis serenas, mar-

uadas por uma magnifica estrada de

  macdan.

iodo o portuguez, que se diz viajado è que não

tenha feito o percurso de Viana do Castelo a

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72

Almanaque do PORTU GA L '

  *9&

gaço;— nada de bom viu, na da de agra dá ve l apre

ciou. Terminado minha l icença parti com sau

dades,

  mas rezignado, cumprir o meu dever. Um

raio de luz e uma esperança de vitoria, de justiça,

ia surjir: a imancipação da classe caixeiral, suas

rega lias de cidadõis l ivres, su as ho ras de repouzo.

O triumfo éra nosso, depois de tantas lutas. Já

ezis t iam horas de folga que deviam ser ut i lmente

aprovei tadas .

Em face do explendor conquis tado esque

c i-me embora m om en tane am en te das saudades

de minha Aldeia.

E tudo isto se passou em 1888

Quantos anos já são decorridos-

26 /12 /917 .

ANTÔNIO MARTINIANO PEREIRA

'1

GARAGE  "COELHO"

Te lephones 356 , 514 e 595

P O R T U G A L - é o j o rn a l p o r tu g ue z

de rna io r c i r cu lação no Braz i l .

C ha r a da ( a n t iga )

(Aos dicifradores Paraenses)

Achas que é sacri f íc io

Entrar por este orifício?-2

Po i s bem:—segura meu braço -2

e segue-me, faz o que eu faço . . .

E se achares constranj imento

Marco novo ad i amento .

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I 0 I

8 ===== A lm ana qu e do PO R T U G A L - 73

C o r o n e l J o z é J ú l i o d e A n d r a d e

O E s t a d o d o P a r á

d ev e b a s t a n t e a o .s r .

Coronel José Júl io de

Andrade não só como

influente polít ico, co

m o ,  e m u i to m a i s , g r an

de d e s b r a v a d o r d as

mar jens amazôn icas .

Probo e intel i jente , o

h o mem d e q u em t r a t a

mos soub e be m al to so

l idif icar o seu nome,

como bem al to soube

c ap ta r as s i m p a t i a s

que goza de todos a-

queles a quem ele di s t in gu e com a sua am izad e.

E é com pleniss im a sat is fação es pir i tu al

que publicamos o seu retrato , cer tos , embora, de

ir encontrar por óbice a modéstia do snr. Coro

nel Jozé Júlio d'Andrade.

Charada (nov í s s ima)

Ao Sabino Durais

Xa povoação indi jena uma le t ra só bas ta

para escrever o nome do tambor:—2,1.

Pará

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74 Almanaque do PORT UG AL  =====  1918

A N Ô I S C E L E B R E S

A prezença de uni anão deve produzir em

todo o coração nobre um profundo sentimento de

piedade: rir-se ante tamanha disformidade é ser

cruel.

A historia nos refere, antigamente, que a

prezença de um anão consti tuía uni prazer para

os reis e t i tulares, que os t inham sempre consigo,

vivendo em seus palácios e proporcionando-lhes

um a fama tran sm itida de ger açã o em geração.

Por es tas circunstancias tem havido anõis

celebres.

—Jeffery Hudson, pertenceu a Carlos I e

Henriqueta de França .

Nasceu em Dakham em 1619, e aos dez anos

tendo apenas 18 polegadas de altura, foi admi

t ido ao serviço do duq ue de B uch ingh am , e quan

do se celebrou a boda de Carlos I com Henri

queta de França, o anão Jeffery foi aprezentado

á meza dentro de um queijo.

—O anão Wybrand Lolkes nasceu na Ho

landa, em 1750; aprendeu o oficio de relojoeiro;

cazou com uma formoza mulher que o acompa

nhava a toda a parte.

Ezibiu-se-em circos e teatros, logrando re

unir uma pequena fortuna.

—Também foi notável Nicolás Ferri (Bebê).

Ao nascer em Placines, nos Vorges, media nove

polegadas e pezava doze onças. Morreu aos 23

anos,  es tando ao serviço do duque Estanis lau de

Lorena. O seu esqueleto foi depozitado na Bibli

oteca Real de Nancy.

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3918

Almanaque  ão  PORTUGAL

75

A n t ô n i o A g o s t i n h o S o b r i n h o

O 131611 a m i g o

I Antônio A gosti

nho So brinh o n ão

lé um nomedesco-

jnhec ido no me ie

I comercial do Nor-

I t e .  No Pará e Ma-

H

  naus tornou-se ra-

Ipidamente apon-

ltado pela sua fer

renha guerra ao

comercio rotinei

r o .

  Geren te

  e

  sócio

da caza A go stinho

da Silva & C

a

, osr .

A n t ô n i o A g o s t i

nho Sobrinho, fez

dum estabeleci

mento regular e

algo freqüentado,

bastissimos e luxuozos armazéns, frequentadissi-

mos e conhecidos agora ao extráFho.

Todos se lembram ainda de sua orijinal e

grande propaganda ao motor FERRO que lhe

valeu vender dezenas desses aparelhos por se

mana.

Ho mem sup erio rm en te forte e corajozo, ele

sozinho seria capaz de re-edificar todo o comercio

antigo, comquanto isso fosse útil á coletividade.

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7 6

  = • Almanaque do P O R T U G A L — ^ J » * f

Interessante apoteose

a uma polemica charadis t ica

\ m ísteríoza ar te de decifrar ch ara da s *

.eus acólitos, não produz apenas diversão espi

ri tual nem ta m po uc o só o conhecer-se alguns

termos exóticos e outros que, mesmo sem ser exó

ticos,  não os conhecemos, apezar ali dos gramati

cais de Câ ndido de Figu eire do e Jo ão Ribeiro.

Ela produz muito mais , concorre mesmo

para o dezenvolvimento de amizades reciprocas,

quando não amores. . . semi-mitolojicos.

Senão veremos: O dr . Miguel Augusto

d'OHveíra, o celebre

  D'Klaia,

  do «Lu zo» h a anos

que vinha mantendo cerrada polemica com I).

Adelaide Arnaud e seu irmã Olímpia Arnaud.

Pois bem: sabem os leitores a apoteoze a

essa polemica?

O   D'Elaia  apezar de viver em Jaboatão,

Pernambuco, acaba de contratar cazamento com

a seuhori ta Adelaide Arnaud que mora em For

taleza, no Ceará.

Nem mesmo a distancia os separou.. . e de

pois digam que charadas . . . são charadas .

Até Cupido as compreende

J O C A S T K O

— M a s o s r . d ou to r n ã o m e d i s se , qu e p r o c u r a s s e ev i

t a r t o da a e m oç ã o f o r t e ?

—D e f a c to , pa r a a sua e n f e r mida de , na da ma i s a r r i s

cado .

—P ois c omo se l e mbr ou de me ma nda r a c on ta t - s i a

m a n h ã ?

V S . é p a t r io ta ?

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I9i8 «ssass Almanaque do PORTU GAL = = = 77

LAGBIMA

Eu perguntei o que era amor á roza,

«E'

  como nós; corola aveludada,

«De uma côr atraente, vòlutuoza,

«Porém, toda de espinhos circundada».

Os malmequeres brancos consultei

Sobre sé sim ou não éra eu amado;

Uma por uma as folhas arranquei

E d'um malmequer branco desfolhado

Aiderradeira respondeu-me: «Não »

Banhou-me de pranto^o coração...

Se é fraqueza chorar nos seus amores,

Lagrimas verte o monte, que é granito

E o céu, o próprio céu, que é infinito,

Chora .também no cálice das flores i

B U L H Ã O   P A T O

Bendita seja a flor

(Ao grande coração  da mulher portugueza)

«Nem ele h a coiza m ais irmã , mais gêm ea.

«Que o murmurar duma prece

*E o rujir du m a blasfêm ia...

(Do livro

  Sombra de Fumo)

Sen hora s N os vossos lábios,— o nom e de,

Portugal,—tem o ritmo das baladas e a doçura

relijioza das «matinas».

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78 = = Almanaque  do  P O R T UG AL 1918

está rezando alguém—no brando e çiciante mur

múrio que ensina ás almas o místico sabor das

aladas sinfonias do azul, das melopéias ideais dos

arcanjos e dos serafins

E' cântico e é prece; hino triunfal da alvo

rada eterna, e «Missa Nova» duma fé sempre

em botão.

Quando vós o dizeis ,—nós sentimos que al

guém o eleva, e alguém o desdobra e entoa na

olímpica e divina brivação, incomensuravel e

vaga do brado infinito da voz dos séculos

E ' gên io e é ca nd ur a; á g ui a enlev ada a fe

r i r as a l turas ,—virtude dominadora curvando,

amarfanhando iras .

Anciedade e quiétude.

Beijo virtual da essência 'do amor, e grito

fremente a ruj i r vinganças

E ' v oz de irm ã dizend o ao gu er re iro «Parte »;

voz de noiva dizendo ao amante «Vence »; e voz

de mãi clamando a lucta «Pára »

N ão h a lábio s com o os vossos p ar a nos di

zer bem o nome de Por tugal

:\

N em h a m ais pe reg rino s coraçõis pára o

entender, no subtil queixume de cruciantes ma-/

guas—(que é como suave,"piedoza reza)—quando

o diz a boquita inocente da orfandade.

Ouvi;—é a creança loira e linda de Portu

gal,—que sofreu

Eu trago-vos pela mão o filho do soldado

m orto, em cujo o lha r macio m al pa lp ita a inda a

v izão m agu ada de . he ro í smos e de b ra v u rà s , -

1

que pára o fazerem homem livre, dum paiz l ivre

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giôi

  m

  : Almanaque do P O R T UG AL - 79

A mais casta expressão dà de sven tura, nu m

gemido brando qué nial sé advinha, mal se sen

te...  e só se alcança m uito lonje, ao fundo do

futuro..

E' o filho do herói què lutou e caiu d'aifma

á cara, no solo extranho dá França—honrando

a nacionalidade e en lutan do o lar, — pá ra qu e

haja beijos felizes na vossa boca, sorrizos meigos

no vosso olhar Contente,—um terno espozo a

vosso lado,—e uma pátria glorificada a ser gran

de,  e a ser a nobre Pátria dos filhos do vosso

amor infinito.

Vem da lenta estrada do infortúnio, cança-

do e triste, cheio da tocante aneiedade que ajita

a aza incerta das aves sem ninho,—á busca dum

afago de vossa alrfla piedpza e santa

Traz os pequeninos lábios ofegantes—(vir-

jens do primeiro beijo e das primeiras falas),—

a abrir-se na rubra dôr eloqüente «de quem quer

dizer... e não sabe dizel-a ainda »

Nos rasgados, brilhantes olhos de exclama-

tivo olhar tão doce,—os sorrizos melancólicos,

mudam em oculto pranto, a maguà de ser pe

quenino e não ter pai,—a saudade (que ele antes,

advinha

 dó

 que sente)—de o ter tido é de o perd er

A linda eabecita de cabelos d'oiro—que o

sol d'aldeia tanta vez beijou, parece recordar-lhe

anciozamente a caricia perdida e abrazada dou

tros beijos d'amòr,—a explendente imajem dal-

guem a quem em vão procura,—dalguem por

quem chora e por quem sofre—e o não ouve, e

o não afaga .. .

E' a suprema dôr dá inocência que eu vos

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8o = = A lm anaque do P O R T U G A L - '

  W *

Vem da enlutada Terra Por tugueza e tem

a cândida suavidade das súpl icas mais sagradas

E' a orfandade

Um gesto, um virtuozo sorrizo gentil issi-

mo e uma flor,—inda ha pouco inundaram de luz

em Portugal , a cerrada t reva do horizonte dos

filhos dos heróis tombados.

A alma clemente e piedoza da mulher por

tugueza fremiu nos maiores encantos e edificou

enternecidamente o azi lo r idente da santa pro

videncia—á desventura dos pequeninos.

Amparáe-qs vós também no Pará

Um sorrizo e uma flor para os orfans da

guerra.

Uma cazita branca a alvejar no povoada,

com pão lá dentro—e o.vosso carinho, o vosso

amor espiri tual a inundal-a de perenes afagos.

Já vicejam e en trea bre m as rozas é as bo-

ninas; as violetas redolentes são saudozas do

mimo dos vossos dedos

Colhei-as piedozamente.

Erguei-as do chão e dái-as pelos órfãos

Eevantai-as ao Céu

Bemditas sejam as flores

JoÃo Gix

  J Ú N I O R

As mulheres que sabem chorar são felizesnos amores, porque contristando os coraçÕiSsdos

maridos, dos noivos ou dos-namorados, acáibam

por dominal-os.

V . S . é p a t r i o t a ?

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I 9 I

8 : A lman aq u e do P O R T UG AL  ••  ' ' " 8 i

P a r á - M e d i eo

D r . . A . c i l i n o d e L e ã o

E ' - n o s s o b r emau e i r amen te g r a to i l u s t r a r a s

paj inas do «Almanaque do   P O R T U G A L »  com o

retrato do dr . Aci l ino de Leão, medico de gran

de nomeada no nor te do Brazi l .

O hom ena jea do de ho je não é exc luz iv ã

m en te o fiz ico f rio e s is t em átic o, é ta m b é m o

l i te ra to que sen te pulsar o expoente da ar te é o

polem is ta v igo rozo , o jor na l i s t a de va lor :

— Dig a-m e* p o r t e i r a , m o ra n es t a caza o s n r . X ?

— A g o r a e ^ t á s e m u d a n d o . . .

— E n t ã o . . . v a i m u d a r . . .

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82 = = Almanaque do PORTUGAL "9

1 8

D e s t i n o s . . •

Em frente á Sc, n um banco de avenida,

vi-me sentado, por acazò, um dia;

e pensava, sorrindo de ironia,

nos opostos destinos desta vida.

Em breve a praça se tornou florida

de noivos um cortejo aparecia

emquanto, ao lonje, qual vizão sombria,

caminhava uma freira entristecida

Toda

  de.

 branco, a noiva entrou

  110

  templo...

toda de preto, a freira (triste ezemplo /)

sufocada, uma lagrima enxugou .

E emquanto a noiva o coração abria

para o Amor,

num convento, estéril, fria,

a freira, para o Amor, o seu fechou

  /

J. Eustaquio de Azevedo

CHARADA (novíssima)

Era branco o horizonte, quando alem avis

tei a planta.—3, 1.

Belem-Pard

S A R J E N T O   L I M A

O amor é como o cris ta l ; qualquer passada

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IOI8

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

83

OS G R A ND E S I N D U S T R I A I S

Jozé <fOliveira Jordão

. S e r i a ce r t amen te u n i

g r an d e l ap s o

  se,

 j u n t o ao s

clichês

  que inse r imos dos

m a i s r e p u t a d o s m e m b r o s

d a p o l í t i c a e l i te r a t u r a

luzo-brazileira, não adju-

vassemos t ambém o de

a lg u m in d u s t r i a l, h o m en s

que t an to concor rem pa-

I  r a a p rosper idade m ate

r ial dum paiz. E neste

cazo es tá o nosso ami

go e amigo l ia i do   P O R

T U G A L ,  Exm.° Sr . Jozé

d '01ivei ra Jordão , a lma

de

  elite,

 bondoza e ca ra te r i s t i ca m en te p ro gre s s i s

ta, industrial pro bo e de c o n sa g ra d o s afetos na

sociedade paraense.

C H A R A D A ( e n i g m át i c a )

—Ao egrejio Pamplona-

S'iuda  t en s a lg u m a e s p ' r an ça

de a segunda possuir , -2

t 'nganas- te ; só a a lcança

Ouem a pr ima não sent i r . . . 1 -2

Vorque—valha já a verdade —

se és o todo que eu lamento

em q u an to p r im a t i v e re s

n ã o t e r á s c o n t e n t a m e n t o .

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84 ===== A lm a na qu e do P O R T U G A L = = • 1918

A   ( J . V L Ó P K

Ou er e í s v iv e r u ma v id a d es r eg r ad a , i n i / . e r -

r i m a

  ê

  t o r p e ? O u e r e í s p e n e t r a r n a s e n t r a n h a s d o ;

i n f e r n o ? O u e r e i s p a l m i l h a r i t e n e r a n o s e s p i n h o -

zo s ? Qu e r e i s q u e v o s ch amem d e h ip ó c r i t a s , d e

u zu r a r io s , d e b an d id o s ? Qu e r e i s f en ece r á mín

gu a , á fom e e cá se de ? A pr az -v os t r i lh a r um ca

m i n h o i g n o m i o z o ? E s t a i s d i s p o s t o s a o u v i r a s

in ju r i a s d a s o c i ed ad e e a r emo er u m s em n u mer o

d e a l e iv o z i a s ao v o s s o n o me e á v o s s a h o n r a?

Ou er e i s s e i a r r a s t ad o s a u ma p r i zão ? Qu e r e i s s e r

t axados de r éos , de in fames , de ve lhacos , de pa

t i f e s ? Deze j a i s v e r d e s r e s p e i t ad as a s memó r i a s

d o s v o s s o s an t ep as s ad o s ? Qu e r e i s s e r ap o c l ad o s

co m o s m a i s r e l e s p r ec o n c e i t o s d o i n u n d o ? Qu e

r e i s v iv e r n u m ch a r co d e c r im es , n u m v a l e d e

l ag r imas , n u m in f in i t o mar d e co i za s s em n ex o ?

Al f im , q u e r e i s s e r e t e r n amen te i n f e l i z e s ?

C u m p r i s e v e r a m e n t e a s l e i s d a s o c i e d a d e .

J . P I N T O M O N T E I R O

A D V O G A D O — G u a r d a t u d o q u e h o u v e r d e v alo r, e

en t r eg a m e a s ch av es .

C R I A D O — P o r q u e s e n h o r ?

A D V O G A D O E s s e l a d r ã o q u e e u d e f e n d i n a s e m a n a

p as s ad a e q u e fo i ab s o lv id o . . .

C R I A D O — S i m . . .

A D V O G A D O — P o i s . . . h a d e v i r a q u i d a r - m e o s a g r a

d e c i m e n t o s .

A m e n i n a q u e e u n a m o r o

E q u e m e q u e r m u i t o b e m

T e m u m s o rr iz o q u e e n c a n t a

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I 9 I

8 , '" Almanaque do PORTUG AL ===== 85

C o r t e z , C o e l h o & - C .

a

C A S A B A N C A R I A

R u a 1B d e N o v e m b r o , 4 4 — P a r á

Charada (antiga)

Ao Club Infernal

Depois de ler seu enigma,—1

Me lembrei íogo do Zeca,

O nosso bom redator,

Mas este não é careca.

Perdi dias' de -trabalho

E mui noites de soneca,

Quazi que arranco os cabelos,

Quazi que fico careca.

Agora que estou cançado,"

Tive um belo pensamento

Como está na hora da boia,

Vou pegar meu alimento—2

Queiram esperar um pouco,

—Façam-me essa gentileza—

Que eu do almoço, só posso

Ttazer-vos a sobremeza.

P I N T O

  M O N T E I R O

—Não se pode sair do cfúartel. Tenho ordem verbal

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86

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L _

Os gatos do reverendo

_ _ . - « • • » - • — — •

O u e r o d i z e r - vos , r e p e t in do o q u e m e f oi c on ta do a

- r a ue o v igá r io de S a n ta M on ic a , o r e ve r e n do Bal-

r a z a o p o - 3 ^ .

  p a r a t 0 (

j o s o s a n im a i s , m a l t r a t a , c om t an ta

d e r n m a n i d a d e o s g a t o s i n o f e n s i v o s .N e m se mpr e f o i a s s im.

O v i g á r i o d e S a n t a M o n i c a , h o m e m d e g r a n d e s vir

tud es , u m sa n t o , na o p in ião "das ov e lha s do v içoz o apri sco ,

n ã o t i n h a p r e o c u p a ç õ i s s e n ã o d e p i e d a d e e d e b r a n d u r a .

T r a z i a o s o lhos se m pr e e r g u id os o u pa r a o c é u , na s o r as de

o r a ç ã o , ou pa r a a v inha que f a z i a umá sombr a a p r a z íve l á

f r en t e d a v a r a n d a d o p r e s b i t e r i ò , m a s e r a h o m e m e t i n h a « m a

ma n ia : o s ga to s . A nda va m a s dúz ia s pe l a c a z a , de todos o s

t a m a n h o s , d e t o d a s a s c o r e s ; b i c h a n o s m a c o b r i o s d o r m i a m

v o l u t u o z a m e n t e e n r o s c a d o s s o b r e a s c a d e i r a s ; g a t a s lu bri-

c a s pa s s e a va m f a c e i ra s pe lo s c a m inh os do j a r d im , miando,

rec lam os im pu dic os , e a ,pe t iza da , em ca r r e r ia s tr afegai )

p i ih ha a c a z a e m a lvo r oç o q ue b r a n do a l ouç a , r a sga nd o ín-

fo l ios , ch eg an do , á s ,vezes, á p rofan açã o , com o u m pequeni

no ma l t e z que f o i , uma ma nhã , e nc on t r a do a do r mi r e n t r e

a s pa j in a s do Missal , j u s t a m e n te c om o e va n je lho de S.

L u c a s .

O r e v e r e n do , p i e d oz o e m e ig o , n ã o t e ve a n imo de

espancar o b icho , tão grac iozo es tava que e le o comparo t t ;

a o Co r de i r o , c o m pa r a ç ã o qu e lhe va l e u um long o j e jum   €

m u i t a s c a m a n d u l a s e t e r ç o s . N ã o m a l t r a t o u , c o m t u d o , en

xo tou - o e nunc a ma i s de ixou o Missa l a o a l c a nc e dos ga t i -

n h o s . E s s a m a n i a n ã o p o d i a c o m p r o m e t e r o v e n e r a n d o p as

to r a o s o lho s d e D e us , ma s c om pr o m e t i a - o a os o lhos dos

c r i a d os . O s c o z in he i r o s n ã o i a m a l é m d o p r im e i r o d i a no

p r e s b i t e r iò , e, c o m o o v igá r io p r e f e r i a a os ho m e n s o s s eus

DICÜOS,

  a nda va se mpr e e m l t t t a c om a c r i a da ie m, se ndo

A W ? « ™ ;

e S  o b n

»

a d o  a

  ba ter o seu bife e a coar o ca ldo.

£ ™ r « r i í " * ? -

d e t o m a r e

* « *» ca ça ro k s, ' despedif fln-

p r e s b i t e r i ò u m r a o a z o ? - f H ^

  d w

' P

o r é m

* . a P - e z e n t o u - s e n . >

s i m p a t i z o u c o m e l e

  d

°

  C a m

P °

  e

  °

  v i

S

a r i

° *

  «nal o viu,

— G o s t a d e g a t o s , r a p a z >

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Alm a n a q u e d o P OR TUGAL  •s ssss 87

O maganão cantou bem, conq uistando o vigário que,

logo, com um p ch ii pc hii afavel-reunia n a sala a sua bi

charia.

0 criado, entermecido, babando-se de gozo, afa

gou-os, tomou-os ao colo e foi uma lida para que os dei

xasse. Aléip dó amor pelos gatos o rapazola, entendia de

temperos como n inguém . As cabidelas que fazia, as fam ozas

de vinha d'alhos, as suculentas sopas. Fora um achado de

cididamente. E uma vida nova começou.

Na cozinha, porem, junto ao fogão, o rapazola en

costara

 uma.

 boa vara de marm èleiro. Os gatos, senhores da

caza,

 invadiam

 os

 dominios do cozinheiro, po rque o rapazola

costumava atrail-os, engodando-os com pedaços de carne,

e quando os via juntos pronunciava bem alto;

—«Em nome de D eus» é assistia-lhes de m arm èleiro

jílgarío. A' primeira vergastada saíam pelo pomar fofa, a

bom correr. E todos os dias, duas, trez vezes, a mesma cena.

Pchii pchii pchii um pedaço de carne e m armèleiro rijo.

Por fim já o rapazola não fazia uzo da vara; bastava que

dissesse: «Em nome de Deus»

 

para que os gatos tom assem

nlmo.

  Quando os viu -assim amestrados, o fapazola, com

pondo uma fizionomia trajica, dirijiu-se áo vigário, que lia

á sombra aprazível da süa vinha:

—Sr. vigário

O reverendo levantou os olhos e vendo as feiçõis de

compostas do rapaz estremeceu:

—Que tens homem? Que tens?—Ah seu vigário acabo de descobrir um a çouza

horrível. ' 7

—Hein? Uma co nz a ho rríve l E nt ão q ue é? Diz-e

-'Vossa reverendissima tem-em caza uma lejião de

diabos ' -

—Credo, ra pa z Co mo ? Uma lejião de diabos? Em

nome do Padre... e o vigário persignou-se.

—Seus gatos. São diabos, reverendo; diabos e dos

mais danados.,

—Diabos meus gatos? ^

—Juro-lhe, sr. vigário.- E se vossa reverendissima

quer a prova chame-os aqui? chame-os todos.

—Mas. . .

— Chame-os, sr. vigário, Eu escondo-me e vossa reve

rendissima verá.

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88 ===== Almanaque do PO RTU GAL *9*>

F or a m c he ga ndo , c om in i a dos t r i s t e s , t odos o s b i c ha -

nos,

  m a c r o b ios e pe t i z e s , e r e u n i r a m - se em to r n o do po d r e

q u e m a s t i g a v a c o n j u r e s .

 Es t ã o todo s s r . v ig á r io ?

— T o d o s .

M e s m o d e o n d e e s t a v a o r a p a z o l a p r o n u n c i o u :

- E m n o m e d e D e u s

F o i u m a d e b a n d a d a h o r r í v e l ; e m m e n o s d e u n i s e

g u n d o t o d a a b i c h a r i a , g a l g a n d o o m u r o d a h o r t a , p a s s a r a

a o c a mpo f u j indo c omo l e b r e s c o r r ida s .

O v i g á r i o , b o q u i - a b e r t o , t r e m i a .

— E n t ã o , s r . v i g á r i o ? E n t ã o ? q u e l h e d i z i a e u ? . . .

D e sse d i a e m d ia n te o r a pa z o la nã o t e ve ma i s r e c e io

de que lhe de z a pa r e c e s se o a s sa do e o v igá r io , que t i nha a

ve r da de i r a ma n ia dos ga to s , t o r nou - se p io r que um c f io

( sa lvo se ja ) . Em vendo um b ichano enfurece - se e va i a ss i s

t i n do d e pe d r a ou d e be ng a la e s e m pr e c om a s m e sm a s pa

l a v r a s :

—Já me i lud i s t e uma ve z , c a na lha ; ma s a go r a f i a

mais f ino.

E os ga to s f o je m do r e v e r e n do c om o o d i a b o da c ruz .

E a i t e e m a r a z ã o po r que o p i e doz o v igá r io de S a n ta

M o n i c a , t ã o m e i g o p a r a o s a n i m a i s , m a l t r a t a e p e r s e g u e o s

ga tos ino f e ns ivos .

O c a z o e s t á c on ta do c omo o ouv i c on ta r .

C oelho N eto.

Fala o homem:

Em cada fio do cabelo da mulher ha um

raio de beleza.

Respos ta da mulher :

Em cada fio do cabelo do homem ha um

castelo de ignorância.

GARAGE  "COELHO"

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i g i 8

Almanaque do PO RTU GA L 89

D r . S o u z a C a s t r o

O Ex .

m o

  S r . Dr . An ton ino de Souza Cas t ro

não é um nome desconhecido no Brazi l . Cl in ico

de g rande nomeada e po l í t i co sem macu la , con

segu iu impor - se r ap idamente não só aos seus

cl ientes como, e muito mais , aos seus correl igio

nários de ideas.

C o mo in t en d en te mu n ic ip a l , S . Ex c .

a

  de i

xou pa te n t e o seu p ro fundo co nh ec im en to po l í

t ico e elevado cr i tér io .

Luiz X IV leu a Bo i leau u ns versos qu e ha via escr i to ,

e pediu- lhe o seu parecer sobre e les .

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90  =====  Almanaque do PORTUGAL •=== 19x8

P L A N O A L E M Ã O

Foi descoberto um tal Bolo-Pachá nos Es-

tados-Unidos, com a missão de comprar certos

jornais para fazerem propaganda da paz—á ale

mã—é claro.Os contabilistas de New York descobriram

a ezistencia de 10 milhõis de libras, destinadas

a Bernstorff d ur an te a gu er ra E st e cidadão era

o embaixador da Alemanha nos Estados-Unidos

antes da guerra. O plano estendia-se pela Fran

ça e Itália também, onde se teem feito inquéri

tos e prizõis.

Os alemãis, comprando essas gazetas, ti

nham em vista convulsionar as tropas e povo

aliados, para não lutarem.

A espionajem e propaganda alemã são for

midáveis, porque os germanofilos no seio dos ali

ados também são formidáveis de perversão e

ganância .

E n i g m a

Ao meu amigo Raimundo O. Moreira

Uma bela nave tomei

Para na prima navegar,

Ao lonje, porem, vi surjir

Um cruzador na água do mar

Logo ent re i num compart imento

—O que forma a parte segunda—

E aproei então para a

  cidade,

Onde havia grande barafunda.

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i g i 8

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

çp.

C o r o n e l A n t ô n i o d e A l b u q u e r q u e

O sr. -coronel Antô

n i o d e A l b u q u e r q u e ,

n ão é ap en as o co mer c i a n t e d e g r a n d e v i -

z ã o ,   d e r e t e n t i v a m a -

r a v i l h o z a N ã o é a p e

n a s o h o m e m q u e c o m

os seu s esforços in au

d i t o s s e l ev an to u r ap i

d a m e n t e , s e m t r e p i d a

ç ã o ,

  s em d es f a l ec im en -

t o .   E l e é t a m b é m , e

mu i to j o e i r ad o , o ami

go s incero da t e r ra

que o v iu nascer , a

g r a n d e t e r r a d ê I r a

cema , a F lo r en ça b r a

z i l e i r a . E l e é o g r a n d e p r o p u g n a d o r p e l a t e r r a

em que l abu ta , pe lo be rço de seus f i lhos .

B e i l - o p r o c u r a n d o o m á x i m o d e z e n v o l v i -

m e n t o a o E s t a d o d o P a r á , a i n d a h a p o u c o t r a b a

l h a n d o a í a n o z a m e n t e p e l a c o n s t r u ç ã o d u m a e s -

t r ad a - f e r r êa n o R io X in g u . .

A s n o s s a s h o m e n a j e n s .

C h a r a d a (mefistofelica)

Qu em s ab e s e a d o en ça d o s v e j e t a i s n ão a t a

co u d es t a b an d a o ca ld o d a can a? - 3 .

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92 = = Almanaque do PORT UG AL ===== 1918

T H l ^ Z X

—...como posso acreditar nisso, mãi?

Fe

  em quem? Em Deus? Na Providencia?

já sabe que não creio.. . Nos homens? Se tives

se nascido e vivido numa ilha dezerta e só os

conhecesse por tradição, talvez.

A   Esperança  só podia tel-a em mim... se o

homem pudesse ajir l ivremente.

A

  Caridade

  então, não é virtude, é um X:

trez pessoas distintas que se separam conforme

o caráter do ind ivíd uo : por orgulho— favorecendo

para ezibir-nos ante os outros, por vingança—

sendo o solicitante conhecido, por ignorância —

crendo na recompensa de Deus.

— Meu filho, ha pessoas qu e auxiliam cle-

zinteressadamente. . .

— E' ainda ignorâ ncia. M as deixemo-nos

disto;  creia a senhora, que já é velhinha, quanto

a mim. . . impossível

J . M . F E R R E I K A D E C A S T R O

Charadas ( caza i s )

Todo o indivíduo que anda mal vestido

tem corcunda.-2.

O ho m em tra ta com disvelo esta planta.-4

O pássaro tem os olhos de côr azul celes-

te-2.

Belém

S O L O N A M A N C I O D E L I M A

Os homens falam da mulher melhor do que

pensam; as mulheres, procedem para com eles

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igi8 ===== Alm anaque do PORTUGAL ===== 93

Camilo agradece um ehapeu

«SEIDE, 26-3-85—Exm.° Snr . Henr ique

Coutinho.-^O chapéu apenas tem um defei to,

irremediável: é o seu destino para uma cabeça

que está a passar a craneo, de todo estranha ás

modas e ás influencias atmosféricas.

Quando eu era uma verdadeira cabeça, bem

encabelada e frizadá, um chapéu desta elegância,

tão conforme ao meu ideal naquele tempo, seria

a minha gloria, e talvez á imortalidade do cha

péu, uma imortalidade de seis mezes, gozada e

passeada entre a Praça.Nova e o jardim de S.

Lázaro. Alem disso, seria um estimulo de inde

lével gratidão ao art ista generozo e amigo, que

assim manifestava a sua simpatia. Hoje, porem,

de tudo isso que fui e que o tempo foi passando

a outros, o que me resta é o coração para o re

conhecimento e uma enerjica vontade de provar

a V. Ex.

a

  que muito quizera traduzir em factos

estas banalissimas expressõis, que apenas demonstram o meu interesse pela sua felicidade.—

De V. Ex.

a

  amigo obrigadissimo, Camilo Caste

lo Branco».

—Esta carta foi escrita por Camilo Castelo

Branco ao snr . H en riq ue Coutinho, prop rietár io

da «Chapelaria Universal», no Porto, agradecen-'

do um chapéu que este senhor tinha ofefecido

ao escritor.

Contra o  impaludismo  inveterado só o  SEZONAL

C HA RADA (mefistofelica)

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94

  '•

 Almanaque do PORTU GA L ' 1918

F O L K - L O R E

Etimolojia da palavra "Urucubaca"

*~Este termo que a imprensa fluminense po

pularizou ha tempos, no Rio, causticando os fei

tos ridículos da administração Hermes, não

tem a orijem qu e lh e quizeram em pre star, nos

seus jorn ais, os re da tor es de d ois gr an de s diá

rios daquela capital.

O primeiro dos respetivos aludidos, entre

outras explicaçõis diz: «Para suavizar a árdua

tarefa dos futuros historiadores e futuros filolo-

gos,

  vim os exp licar a orijem do famijerado vocá

bulo.  Tem a sua raiz em «Urubu» e «cumba-

ca» nome de um peixe azarento muito conheci

do e tam bém m ui to tímido dos pescado res de

Santa Cruz.»

« O Im pa rcial» , u m dos diários citados, des

toan do d esta rotina, expressa-se d a seg ui nte fôr

ma: «Manda, porém,al ia ldade que confessemos

haver uma explicação diferente, que convém

apurar .

Segundo esta, o vocábulo foi criado não

por u m pescador d e Santa-Cru z, m as por um

carroceiro portuguez da pravêa que tendo-se-lhe

encravado a roda no-asfalto, achou que estava

perseguido pelos dois piores bichos da fauna

nacional : o «Urubu», portador do caiporismo e

a «vaca», (baca) cuja significação está intima

m ente l igada ao v ocábulo parlamen tar— « ava

calhado. »

Ap ezar da nossa m ediocridade no assum-

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Igi8 s s s = A lmanaqu e do PORTUG AL ===== 95

dois an im ais cujos n ôm çs l igado s parecem ter

concorrido para a formação do vocábulo.

No, no rte do Brazil o termo «u rucu baca »

é m uito uz ua l e significa feitiço, orijinado , ao

qu e parece, de «u rú » e «ca baç a», dois açafates

indispensáveis ás mulheres

 do"

 campo, on de teem

dep ozitad o as me zinh as, rozarios e cordõis m i-

lagrozos.

Deixáramos aqui um traço azul como in

dicando a nossa opinião, cabendo pois, aos nos

sos «folkloristas

»

  o direito de inv estiga rem o

problema da «urucubaca ,» demonst rando qualq

principio etimolojico de mais fundamento.

S. Benedito^—Ponte Nova

Maranhão. -

JUVENTINO MAGAEHÃIS.

__ » _

E N I G M A ( f ig ura do )

Ao amigo P in to Monte i ro

JOCASTRO

(Belém)

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96 A lm an aqu e do PO R T U G A L • 19x8

Enigma

Oferecido ao Snr. Jozé M aria Ferreira de Castro

Muito bem,

  seu

  Zé-Maria

Venha ter um trabalhinho,

De ver este rio corrente

Transformar-se em passarinho.

O todo tem cinco letras,

D u a s  d'elas  consoantes,

As outras trez, ou uma só

Vogais ; mui to pe tulantes

Leia com toda atenção,

Este enigma caprichozo,

Que ainda pode ser lagoa

E um peixinho saborôzo.

Se quizer ler ás avessas

O todo d'esta  embrulhada;

Ainda pode ser bebida

De arroz, bem preparada.

Pergunte já ao «índio Arara»

Como sou irmão terrível,

M esmo m ag ro e pequenino,

Vencer-nos é impossível.

Mande pois, a solução

Para o seu inesquecível.

Rio Madeira

Nova Estrela

DEOMAR JOZÉ RIBEIRO

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V.

 Ex.

cia

 é

  portuguez?

V Ex.

cia

  interessa-se pela

vida portugueza?

Assine, então

  o

  jornal

P O R T U G A L

Orgam portuguez

 de

  maior

circulação no Brazil.

ASSINATURAS

Ano

Semestre

BELÉM

R s .

1

INTERIOR

 E

  ESTADOS

Ano

Semestre

Encha

e remeta-o

o "coüpon"

R s .

> >

do

IO$000

6$ooo

I2$000

7$ooo

verso

á R e d a ç ã o d o P O R T U G A L

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igi8 = = = Almanaque do PORTUGAL 97

Sabes quem é o avarento?

E' o homem.. . Não,

nã o .é o ho m em : é de

h u m a n a c a r n e u m

monstro, um pesti len-

Ito;

  ser rapa ce que pre-

Iza mais o dinheiro

que a si próprio; des-

lgra ça do capaz de es-

Iganarc f i lho de t rez

Iniezes por lhe quebrar

lum prato que cus-

ltou dois vintén s, no-

Ijento molho de carne

lsem decrepitude—aoS

cincoenta, aos sessen

ta, aos oitenta anos,

diz trabalhar p 'ra ve

lhice que já chegou,

mas que ele não vê—;

truão pro nto a ve nd er a virjindad e da filha por

alg um as m oedas; t ig re para quem mil rezes

üno rtas é na d a e o pedaço roido pelo ra to é m ui

to— hom em a quem m ilhõis de contos repre-

zenta nin ha ria e o tostão dado a esmoler sim

boliza a ruina.

E ' o ho m em , se lhe cabe este epiteto, bruto ,

sem cultura,—o homem que só vê no cemitério

a rique za dos mau zoleu s e a m izeria das cam

pas e não en xe rga o principio-mo rte, que é igu al

para todos.

E ' o ho m em cuja razão de vida é o dinh ei

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g8 ===== Almanaque do PO RTU GAL - 1918

de nada lhe valerão qua nd o o m aquinism o hu

mano tiver de paralizar.

E o rizo exte rtuo zo, o disco gra va do pa ra os

sensatos verem a peçonha aniquiladora e dezu-

nificante do capital.

J . M . F E R R E I R A D E C A S T R O

C H A R A D A S ( m é t a g r a m a s )

Ao

 "cumprido"

  Pepa Rodrigues

(Varia a 4.")

A tua felecidade é oriunda do inferno.-4 ,2.

(Varia a 3.»)

No apozento interno da igreja encontrei

este senhor com um cão.—4, 4.

* - (V aria a 5.

a

)

O homem é seguro.—5, 2.

A\ ca rta de desq uite foi en co nt rad a no bair

ro dos judeus.—5, 2.

M A C I S T K

\

E N I G M A

A o E l m a n o Q u e i r o z

Cidade sou da Turquia

Com cinco letras formada,

Mas se ler inversamente

Em nada fico alterada.

S O L O N A M A N X I O D E L I M A

—Mimi, não se mete os dedos no nariz . . .

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i g t 8

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

99

0 m e u r e t r a t o

«Aqueles  q u e  mais  r i-

em, s ão  aqueles cujo  co

lação mais

  sofre».

.MÁXIMO GOKKI

E ' e s t e o m e u r e t r a t o . V e d e - o b e m ' ;

F i ta i -o , sem rece io , mas f i tá i -o

S e m ód io , s e m ma l i c i a e s e m de sdé m,

'Tal se estivesses a fazer enswio.

•Q ua l o de z a b r oc ha r da f lo r e m ma io ,

TS iz onho , a l e g r e , poé t i c o : po r e m

E a z e i a g o r a f o r t e c o m o u m r a i o

A v is ta e e .n tão ve re i s a dor também,

E ' e s te o meu re t ra to . Da fo l ia

"Um quadro na tura l em s imples côr : :

O ca rn ava l , só , em fo togra f ia .

E ' o q u a d r o m i s t e r i o z o d u m p i n t o r :

D e n t r o da mi to lo j i c a a l e g r i a ,

S o m e n t e e z i s te d ô r e m u i t a d ô r .

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roo = = =

  A lm a n aq u e d o P O R T U G A L = = = 1918

Bom sistema de festejar

aniversários dos amigos

Conhecido comerciante de Belém no dia do

seu aniversário recebeu a seguinte carta:

«Amigo e Sr. ***. Tenho o prazer de ocumprimentar pela passajem do seu natalicio e

oxalá que essa data se repita por inúmeras vezes.

Aproveitando esta magna data para a sua ezis-

tencia e dezejando fazer no meio de alguns ami

gos um brinde pela sua prosperidade, peço que

me envie Rs. 2o$ooo para comprar algumas gar

rafas de cerveja. Sempre seu amigo etc. (seguia

a assinatura).

—Vai sem comentários.

Charadas (novíssimas)

Oi: ao meu  amigo Dê Jota Ribeiro

Esta bebida e o peixe só se preparam n'este

vazo;-2,

  2

cujo vazo, era sorte minha, conduzil-o no

rio da Russia,-2 2.

e d'onde eu tro ux e o anim al, o pezo e o

selo.-2,

  2.

Nova Estrela  Í N D I O A R A R A

«Não vos habitueis a considerar as dividas

só como um inconveniente; achareis que são

uma calamidade. Tratai primeiro que tudo de

não d ever nada a ning uém . T en do o que t i ver

des,

  gastai sempre menos do que tendes».

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• • • • • • • • • • • • I M I I I I I I M I 1 I I I I I H 1 M I . M , 1 , 1 , , , , , . , , , , , , , , , , , , , , ,  .„  .1111,111 l l l  ,.

C O M P A N H I A C O M M E R C I O E N A V E G A Ç Ã O

  |

A pa r do g ra nd e de - ;

s e n v o l v i m e n t o d a n a v e - j

gação mundia l , que es - j

t a Co m pa n h ia t e m t ido |

nos u l thuqs a nnos , a -  \

v u l t a , i n c o n t e s t á v e l -

ine n te o g r a nde c om- ;

m eijcio d o :

- SA L j

c o m o p r o p r i e t á r i a d a s [

g r a n d e s s a l i n a s d e :

M O S S O R Ó e M A C A U , j

S H

:

.

  -W T  B ,   "o-"-*'—TV

1

  a G p m pkd h ia Com me r - |

*

 

Í3R« ™ /*  ...  c io e N a v e g a , ç ã o n ã o [

tei ji r iva l , em toda a A m er ick do Sul nó sup pr im en to :

d e s s e p r o d u c t o . :

•'• • O t y p o

  U Z I N A ,

  o ma is co ns um ido , é exce l - [

l e n t e e s em c om pe t id o r n a s s a lga s de pe sc a do s e. de :

c a ça o u p á r a c o s i n h a , s e n d o t a m b é m m u i t o e m p r e g a d o :

n a ^ n g o r d à d o g a d o e n a i n d u s t r i a d e l a c ti c in i o s , e t c . :

A **G õmpa nh ià t a mbé m e xpor t a o s t ypos

  E X T R A ,

, „ „ , ,

  sa l f in iss ím o. .em vidro s , , " :

p a r a

/

m e z a , ass i ta co m o o typ"o igrosso p ar a ge lo e i

sa lg a de cou ros . :

H a a jn da ou t r o s t ypo s c om o o t r i t u r a d o e o f ino nã o :

lav ad os , e o b ru to , q u e a.-C om pan hia *""""' :

T ;

  ta m bé m pô d e exporta r. .'- :

P e d i d o s á C 0 M P A H H 1 A C O M M E R C I O E N A V E G A Ç Ã O   j

d â i xa p os ta l 4 8 2 R io d e Ja n e i ro . '

  \

ou c£>m o ag en te exc lus ivo p a r a o N or te do Bra s i l :  \

A . C h e r m o n t

51-Boulevard: d a  Repubtica-51  }

1 . anda r . :

Caixa postal 252 Telèphone 387 |

B e l é m — P a r á — B r a s i l  \

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• i i i i i i i i i i n i i i i i t i i i i i i n i i i i n i i i i i i i i i i « i i i t t i i i n n i i i i i i n i i i i i i i n i n i i i i i i i i i i i i i i i i n i i i m m i

CASA

 "TIGRE"

- - ~ . jn « n i í n n - •

Bóulevárd da Republica, 81

R E C E B E   D O S   P R I H C 1 P A E S C E N T R O S P R O D U C T O R E S :

T abaco de molho em arrobas,

Fumo de corda em rolos,

Charutos sortidos,

Cachaça, Álcool,

V I N H O V E R D E

  E

  D Ó L A R E S

Papel Zig-Zag em resmas e em caixas,

Outros

 papeis, etc, etc.

FILI L

A v e n i d a I n d e p e n d ê n c i a

  n.

  4 3 ,

  j .

Caixa postal num. 56

  7

  .E ndereço te l , TIGRE

Usá-se código Ribeiro

Martins,

  Irmão

  & C.

B E L E M - F ^ A F I ^ B R A Z I L

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A G È N Q I A '

Lopes Pereira j

R u a 13 de M a io n s . 7 1 - 7 3 - 7 5

( E s q u i n a

  d l

  t c a v i t i i C a m p e * S t t f t t l

i| Telph. n. 3 4 6 Caixa Postal n. 8 4

G r a n d e C a s a   d e   L e i l õ e s

Fundada em T885

t A p r i m e i r a e a m a i s a n t i g a d o N o r t e •

d o B r a z i l

Rs ta agencia encarrega-se da

venda em lei lão,

de tudo concernente á profissão de le i lo

eiro,  p re s t an do ímm edia t a

co nt a de -venda.

T a m b é m i p f o r m a q u e m c o m p r a

q u a l q u e r q u a n t i d a d e

de m oveis , no vos e usa do s ,

pi an o s, cofres de ferro, etc et c, assim com o |

quem dá d in he i ro sob hvpo theca

de bens de raiz,

ou cauçã o d e t í tulos , a ju ro s m ódicos.

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íçi8 ===== Almanaque do PORTUG AL = 101

Var ias v izõ i s da guer ra

- « - » . » .  -, ,

Segundo a opinião alemã, os Estados-Uni-

,dos prolongarão a guerra em vez de a encurtar.

fE

1

  o

  que dizem alguns soldados aleraãis,

prizioneiros das recentes batalhas. A Alemanha

compreende que não pode conquistar os aliados,

e po r isso^ está pr ep ar ad a pa ra pr o lon g ar esta

guerra até que os seus inimigos, por sua parte,

se Convençam do m esmo, e u m a paz, sem ane xa-

íiçãp ou ind en izaçõ is seja e ntã o nego ciad a.

'•: U m cazo curiozo é que, os sold ados alem ãig

nada receiam dqs Estados-Unidos. Um   deles, in

terrogado pelos francezes que o t inham aprizio-

nado,_

 disse qu e nem sabia que, ps Esta do s-U ni-

dos t inh am declarado guerra á A lem an ha , q ue

já eram tantas as naçõis inimigas que, quando

uma nova se ajuritava a elas, não lhes derperta-

va isso o minimo interesse.

Um outro soldado alemão prizioneiro dis

se que em vista da grande distancia que ha en

tre os Estados-Unidos e a França, levará quazi

?dois anos prim eiro qu e se ach e um m ilhão de

, |ropas americanas em terreno francez, e daqui

até lá, a Alemanha terá dois milhõis de recrutas

ISiovos^ e por conseguinte seria mais valiozo para

um a paz breve, se a A m erica se tivesse c onse r~

Vado neutra, uzando toda

1

* a su a influencia em

harmonizar as naçõis envolvidas no atual con

flito.

C H A R A D A (m efistofelica)

E st a p lan ta á no ite confunde-se com outra.-3

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ioa Almanaque do PORTU GA L "

  » '

  i<>t8

H I K O B R A Z I L E I R O

(A ser cantado com * muilca do mesmo

de Franclteo Manual da Silva)

A g r a n d e m e m ó r i a d e F l o r i a m ) P e i x o t o

  e

  d e R i o B r i n c o

Lucilante o cruzeiro, que fulgura,

No teu céu,   o Brazil, e alem reluz

Mais novo  brilho faz descer da altura,

E esparje. ovante, promissora luz

E' que emfulva alacridade,

Dominando, gracil do sul ao norte,

Canta a tua liberdade,

Augusta Pátria,

  *

Independência ou morte /*

ó grande Pátria altaneira, Brazil

Foste o sonho do gênio altipotente

De uma raça alteroza e vencedora, /

Que, alto, a cruz arrancou do céu luzente,

  -

Para erguel-a na selva encantadora I

E s

  o

 seio

 fecundo e portentozo,

Onde canta o trabalho, amor, bravura,

ó paiz sem egual, paiz ditozo...

Terra bemdita

  e

  fulgurante,

Ao sol radiozo, á luz febril,

Onde em carmes de gloria o mar vibrante,

Rem umura... Brazil t

Maravilha da terra americana,

Dada ao mundo por Deus que todo o mande,*

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1918 = = • = Alm anaque do PORTUGAL =sss= 103

O teu céu «tem mais

 estrelas'»

  t

Tuas selvas mais perfumes,

As cascatas, ma is queixum es...

São mais belas

Da vida aspiraçõis, que  -em  ti rezumes t

Excelsa Pátria, altaneira, Brazil.

f

Esse éstema dulcissimo de gloria,

O teu simbàio de paz, crença e

  valor-

Do Ipiranga rezume a tua historia,

Entre

  Os

  Andes, o Prata e o Equador

Pátria, irmã das naçõis, por sobre a terra

Seja o brio o teu culto e alma o direito

A chama eterna que te abraze o peito  /

Quando o teu grito,

  acazo,

  em guerra

Erguer-se heróico e varonil,

O mar em gloria, cante em gloria a serra,

Grande Pátria... Brazil

Paçá, 2 de Setembro de 191.7.

AUGUSTO MEIRA

' • , — —

  Í . I I

  • • . — - - • • - - -

Receitas úteis

P ara dezapareoer os soluços

En ch e-se um a colher de assucar, deita-se-

Ihe dentro algumas gotas de qualquer qual ida

de de vinagre e toma-se em seguida.

Os soluços terminam rapidamente.

Para inflamações e corrimentos das

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«H ===== Almanaque do P O R T UG AL ===== igiff

S - A I J X ^ L D E S

T ar d e l indíssima aque la, em qu an to o sol

morna por traz do matagal, os pássaros canta

vam estridulos suaves. . . Teu pai rio-se falan

do,

  e tu, com a face pendida, a olhar para bai

xo,

  pensavas, talvez, na ventura.

Eras então, brev.e e alijera como as borbo

letas em torno dos rozais.

Eu , apaixon ado, con tem plava-te meigamen^

te com um a tam an ha alegria a m e inu nd ar a al

ma, emquanto tu, amor, pálida e mimoza como

um lindo lirio tinhas no seio uma anciã asso-

berbante, um dezejo inconfessável.

Q uand o teus pais, bons  , velhinhos, num a

caricia entonteantei te falaram em meu amor e

nas palavras que lhes disse, lembro-me ainda a

admiração que finjiste, essa doce hipocrizia que

te subia aos lábios: «ele nunca me falou em tal,

desconhecia o seu amor-  • • »

Depois quan do as tardes m orriam, extre

ma-unção de afetos, nos uniamos ao vão da ja

nela onde os jasm ineiros erguiam -se tepidos e

perfumozos â baloiçarem-se com asbrizas, como

uma chama subindo dos refolhos d'alma, arden

te,  a abrir-se nos lábios em rizos perenes, como

bolhas pequeninas á flor das águas, ali nos ficá

vamos longo tempo. '•

Sa ud ade s Doces saudades que andais ago

ra m e provocan do a alm a eu vos bendigo, eu

vos amo com fervor, doces evocaçõis dos tempos

felizes que voaram

Limoeiro— Pernambuco.

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I9 i 8

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

105

Coronel Luiz Dias da Silva

U m dos, m a i s i m p o r t a n t e s c o m e r c i a n t e s n a

p r a ç a g o z a n d o d e i n e g u a l a v e l e s t i m a e n t r e o s

seus co legas .

Espi r i to f i rme, coração nobre , cu jo cará ter

d ign i f i ca todo o seu passado de au reo ladas v i to

r i a s n o r a m o d e n eg o c io q u e ab r aço u , o i l u s t r e

co r o n e l D ia s d a S i l v a d e s t aca - s e t amb ém p e lo s

s eu s d o t e s e s p i r i t u a i s , d o q u e ma i s d e u ma v ez

t em d ad o p r o v a n o s e l ev ad o s ca r g o s q u e n a s u a

a t i v i d a d e b r i l h a n t e m e n t e v e m o c u p a n d o .

N a d e c l a r a ç ã o a m o r o z a o q u e m a i s o p r i m e

a consc iênc ia é d ize r uma verdade .

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106  = A lma naqu e do  P O R T U G A L  =====  1918

L O G O G R I F O

Paia ser decifrado pelos veteranos colegas

Solou. Milcno A. Lima c quem se julgar forte.

E u s i n t o g r a n d e s a u d a d e

Da c idade ido la t rada , -5-13-3-13

On d e b r in q u e i t o d a i n f â n c i a

Com um f ie l camarada .

H o j e , p o r e m , q u e d e s g r a ç a

Es to u aq u i d e s p r ezad o ,

E u m v azo t r ab a lh an d o - 1 - 4 - 1 3

P ' r a s e r n o t emp lo emp r eg ad o . - Q- i2 - i3

Nem ao menos um Senhor -12-3 -4 -6 -7 -8

T e n h o a q u i c o m o p a r e n t e , - i - 3 - i 2 - g - i o

Por tan to se i que a loucura-9-13-11-12-13

M e m a t a r á b r e v e m e n t e .

R eco r d a r t an t a s d e l i c i a s

Do meu to r rão puro e amado , -g -2 -3 - ioE s ab e r q u e mo r r o aq u i

S in to o p u lm ão in f lamad o .

B e l e m - P a r á

S A R J E N T O L I M A

C H A R A D A S ( c a z a i s )

Ao Ferreira de Castro (Jocastro)

Na rede de a r ras ta r e spe te i um gar fo de

ferro-2.

Be lém

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TQI8  = =

  A l m a n a q u e

  do

  P O R T U G A L

  — 107

P O R T U G A L P O L I T J C C

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108 A lm an aq ue do  PORTUGAL ===== 191S

P0RTUGALJ0L1TIC0

• ? : .  tlfoiix» Ipojfa

K' s em d u v id a o h o m em m a í s en e rj ico d a

p o l í t i c a r e p u b l i c a n a p o r t u g u e z a . G r a n d e a p ó s t o

lo da Repub l ica an tes de la consumada , fo i depo is

d i s so e levado a es tad i s ta . Mui to conhec ido por

seus a tos , quer em Por tugal quer no ex t rau je i ro»

f o i a in d a h a p o u co co n d eco r ad o em Hes p an h a

pelo rei Affonso XIII .

B A R O M E T R O F Á C I L

I f l M I M I l l l -

P o n h a - s e u m a s a n g u e - s u g a e m u m g a rr af a

com água a té aos dois te rços e fechada com unia

ca pa r a la , pa ra qu e o a r possa p en e t ra r no in

ter ior .

Mude-se a água de o i to em oi to d ias , se o

tempo es t ive r quen te , e de qu inze em qu inze

dias na es tação fresca ou fr ia .

  s

A

  s a n g u e - s u g a a n u n c i a :

Bom tempo fixo— quando se co ns er va r en

ro lada sobre s i mesma no fundo da gar rafa .

Chuva

—.quando- sair d 'agua e conservar-se

t r an q ü i l a .

Tempestade próxima

—se es t iv er fora d 'ag ua

e a t i rar -se de um lado para out ro , Como a j i tada

p o r m o v i m e n t o s c o n v u l s i v o s .

Vento —se

  nada de um lado para ou t ro ,

co m v iv ac id ad e .

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igi8 Almanaque do PORTUGAL = = 109

Nem o sofrimento melhora o.mau

«*•*

Lembram-se todos da figura perversa do

M estre Escola , um a criação he di on da de Eujenio

Sue,  nos «Mistérios de Paris».

Foi precizo vazar-lhe os olhos, para que

houvesse uma esperança de que esse monstro

deixasse de praticar o mal, mas ele reuniu-se

com a Coruja e os dois continuaram nos seus

crimes.

Marat, depois que saiu duma prizão na Rus-

suiaj onde sofreu martírio longo, como conta A.

Dumas, tornou-se peior do que era e fez o mal

que poude á humanidade .

Es te ,

  em plena mocidade cego, vivia num

mixto de intrigas, calúnias, ódios e trapaças.

Foi tão cruelmente ferido e pensais que se

tornou brando, que se arrependeu das suas mal-

dades? Qual

l

Nas trevas continuou aquele espiri to com

as mesmas infâmias.

Est 'outro era perdulário, gastou tudo lou

camente. Amanhã, porem, a fortuna lhe dará um

pequeno pecúlio.

Imajinais que as necessidades sofridas o

contem ?

Qual Tudo dissipa em dois días.

O avarento conta os anos.que tem e diz

qu al es tou em idade já m uito avançada, não po

derei viver muito. Mas pensais que ele recua

ante as suas extorçõis ?  •

Não,  *ele as continua com a mesma cruel

dade, com a mesma impassibil idade.

H om en s h a que vivem nas igrejas e são

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tio = = Alm anaque do PORTUG AL ===== 1918

O infelizm ente é as sim : a dôr, o sofrimen

to não melhora o homem, não lhe tira os defeitos.

Vede como é este ser a quem as duras li-

çõis nãò servem. *

O e fala-se em instruç ão e fala-se em reli-

j ião '

Como é difícil conhecer entes que trazem

uma mascara nas faces e cujos coraçõis ocultam

o veneno mais perigozo

O só por exceção o m au deixa de ser m au ;

qu er cada dia enriqu ecer m ais, qu er desça á mi-

zeria, viva feliz ou desgraçado, gema ou ria, tem

sempre na alma a perversidade, a ambição o

orgulho.

..9.

  IJuiz

Maranhão

J O Z É A U G U S T O C O R R Ê A

Antônio Silvino, o famijerado

bandido, é germanofílo

U m red ator da «G azeta da Pesqueira»,

Pern am bu co, teve u m a entre vista com o 'celebre

cangaceiro Antônio Si lvino.

O bandido disse estat plenamente radiante,

pois tinha a certeza da vitoria alemã e muito

havia de rir-se quando o Brazil estivesse sob o

domínio teutonico. Disse mais que os métodos

alemãis sobre qualquer gênero, eram os melho

res do m un do e q ue o. Brazil jam ais cheg aria

aos pés da Alemanha.  1

O m e l h o r v i n h o t ô n i c o <'• o V I N H O

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igr8 Almanaque do PORTUG AL ===== n i

r

L o r d K i t c h e n e r

n ã o m o r r e u

O «Liverpool Eco» recebeu ha tempos dos

srs.  A. Letton, Percival & C.

a

, corretores de se

guros, um carta, que os telegramas ja anuncia

ram, e cujo conteúdo ezato é este:

«Recebemos, sábado passado, um pedido

de taxas de prêmio de seguradores do Lloyd,

para cobrir o r isco seguinte: Lord Kitchener es

tava vivo no dia 31 de Agosto de 1917; a obri

gação da prova incumbe ao segurado e deve ser

fornecida no prazo de três mezCs a data dá assi

natura da paz. Enviamos "hoje mesmo aos nos

sos ajentes de Lo nd res a ordem de colocar

io.òoo libras, esterlinas a cinco schillings por

cem libras, prêmio que fixaremos».

Este pequeno avizo deu uma nova fé aos

milhares e milhares de inglezes que estão firme

mente convencidos que Lord KitcheUer, reco

lhido após o naufrajio do «Hámpshire», ainda

hoje vive.

O pedido de seguro proposto pelos srs . A.

Le tton , P ercival and C.° m ostra com tudo que

  as

pessoas de negóc ios calculam qu e as prob abili

dades de vida do grande herói inglez são, ape

zar d a lend a, bem peq uen as, pois^ qu e à tax a do

prêmio não é senão de cinco schillings por cem

libras,  o que é o mesmo que 2 1/2 por mil.

Em que se bazeia a crença dos partidários

da ezistencia de Kitchener? Ha duas lendas di

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n a  A lm a n aq ue do P O R T UG AL i 1 91 8

Inglaterra que-adora os mistérios dessa espécie

em volta de uma meza girante na meia obscu-

ridade de uma sessão espirita.

A primeira versão quer que Kitchener, mi-

lagrozamente salvo, mas gravemente ferido, fora

conduzido á Rússia, onde se encontra ainda num

hospital . Mas é impossível aos propagadores

desta versão dar um explicação, uma semelhan

ça de prova.

A o utra lenda quer que  o « H am pshire» não

fora destruído por uma mina, como dizia a ver

são oficial, m as por um su bm arin o. Ü ína parte

da equipajem foi salva. Entre os sobreviventes

encon tra-se o m are ch al qu e, feito prizioneiro,

se acha atualmente na Alemanha.—Certo ou não

aí fica a nota. O que é certo é que em Portugal

muitos anos e até séculos, se esperou D. Sebas

tião e ele nunca apareceu.

Charadas (novíss imas)

Ao Anacleto Pamplona, ao Amador

e  ao fino poeta  J. Pinto Monteiro

Foi com segredo que o homem inventou a

maquina.-4, 1.

r

  O páss aro vive ízolado, ven do pa star o ca

vai 0.-2, 1.

E' ihvizivel na China este instrumento.-i, 1.

Pará-Belem.

F L I M A

Está calculado que os Estados-Unidos gas

taram no primeiro ano de guerra a importância

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ig i8 ===== Almanaque do PORTUGAL   = =  113

Dr. Leonidas Albuquerque

L e o n i d a s A l b u q u e r q u e è u m m o ç o p r e p a -

r a d i s s i m o e q u e a t u a l m e n t e c u r s a c om o m a i o r

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i i

4

  A l m a n a q u e d o P O R T U G A L 1918

de foi ainda creança, em busca da luz da ciên

cia e do saber.

Filho do grandiozo orn am en to do nosso co

m ercio, o Ex m °. Sr. Coronel A nto nft d'Albu

qu erqu e, o joven Leo nidas A lbuqu erque com o

o seu revelador talento tem satisfeito plenamen

te a educaçã o m odelar qu e lhe rezervo u o seu

projenitor.

O «A lmanaque do

  P O R T U G A L »

  tem espe

ranças de ainda algum dia ter por colaborador

a Leonidas Albuquerque.

E N I G M A

A o

  a m i g o

  J o c a s t r o

Tens f am a ca ro Jocas t ro

De m u i to bom caçado r ,

Po r i sso , vê se tu m a ta s

E s t e b i c h i n h o v o a d o r .

Qua t ro s í l abas o t odo

E '  h o m e m , p r i m a e s e g u n d a .

Como tu é t e rce i ra e quar ta ,

Sem t e r n i s so ba ra funda .

Procura os t eus ca lep inos ,

Bota a baixo a l ivrar ia

Que va i s t e r a l gum t r aba lho

Conv es fa ve de ar re l i a ,

Q u e '

 no novo c on t i n en t e ,

Encont ra-se a luz do d ia .

Rio-Madeira

Ntn<a Estrela.

M A N U E I , S A B I X O D U R A I S

A verdade conduz-nos ao tribunal, á cadeia

e ás vezes até á morte.

A mentira, ao contrario, livra-nos de um

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IQI8

  = = A lm a n a q u e do P O R T U G A L

" 5

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n ó = = = A lm a na qu e do P O R T U G A L . 1918

D r . A n t ô n i o J o a q u i m d a S i l v a R o z a d o

a ^ * ^ » - — —

E' com incomensuravel prazer espiri tual

que publicamos o ret rat o do Exm ." Sn r. dr. An

tônio Joaquim da Silva Rozado.

Clinico de incontestável valor e que tem o

nome aureolado de vitorias na ciência de Escu-

lapio,

  o dr. Silva Rozado também foi figura de

brilhante destaque na polít ica paraense.

In ten de nte de Belém, cum priu com tanto

zelo e carinho esse cargo, que até hoje nin gu ém

ha que lhe regateie louvores.

A direção do «A lmanaq ue do   P O R T I G A L »

sente-se honrada ilustrando as pajinas deste anu-

ario com o retrato de S. Exc.

a

C h a r a d a s ( a n a g r a m a s )

Ao inelito Pamplona

O fruto está no cesto.—4, 2.

N a beira do cam inho enco ntrei a ave co

mendo um grilo.-4, 3.

A palavra não abranje a medída.-5, 2.

Belém

  MACISTK

CHARADA (antiga)

Ao Bem-querido (Ovar)

A minha prezente herdade-2

Confina co'a do Galeno-1

E abranje

  enorme

  terreno

No qual governo á vontade.

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igi8 ===== Almanaque do PORTUGA L = = 117

A nova imperatriz da Áustria

* v

Muito pouco se sabe. da nova impera'triz da

Áustria. A sua ascendência é em parte portu

gueza e em parte franceza.

Fo i ed uc ad a nu m conv ento- na -ilha de

Wight, onde as freiras francezas beneditinas de

Solesm e fundaram um a caza, depois da expu l

são dás Ordens reli j iozas da França; e duas de

suas irmãs são freiras. Os seus irmãos, os prín

cipes de B orb on -Pa rm a são oficiais do ezercito

belga, e portanto estão combatendo contra o

r

im -

perio de Habsburgos.

O nome da imperatr iz é Zi ta , nome de ork

jem italiana.

' , i,

A N E D O T A

 — Dois propagand is tas-viajantes

de Companhias de Seguro de Vida, um america

no e out ro inglez expl icavam mutuamente o mé

todo de suas respectivas companhias.

—O nosso sistema-^-diz o britânico—é sem

duvida insuperável. Dar-lhe-ei uma idéa de l i

berdade de proceder que uza a nossa empreza:

se o segurado morre de noite, a viuva, logo de

m anhã, recebe o im po rte do seguro, podendo

aproveital-o ainda para efetuar o enterro.

— Re alme nte é um bom sis tema— objeta o

ianquee—mas nós somoè mais rápidos nestes ca-

zos.

  Ha apenas dois mêzes, uni dos nossos cli

entes,

  que habitava no andar 37 do prédio onde

funciona a nossa companhia, que é no 3

0

 andai:,

teve a desgraça de Cair da janela e-ao passar á

altu ra das nossa s oficinas o diretor apro veitou

esta circu nstan cia pa ra e ntreg ar-lhe o chequ e do

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n 8

  = = =

  Almanaque

  do

  P O R T U G A L

  = = 1918

Um herói desconhecido

Guilherme Maun, maquinis ta dos caminhos

de ferro francezes, conduzia  um  comboio  á  esta

ção de  Furness Abbey, quando Uma fagulh a des

pedida  da  maquina  lhe  pegou fogo  ás  roupas..

O maquinis ta

  ia

  despir-se quando reparou

 que

outro comboio vinha  em  sentido oposto  o que

apenas t inha tempo

  de

  m u d a r

  a

  direção

 do seu

trem  e  léval-o  á  estação afim  de  evi tar  um  cho

que.  Estoico, continuou  no seu  posto, emquan

to a's  chamas  lhe  devoravam  o  corpo, que  horas

depois, quando estava evitado  o  perigo,  era ca

dáver.

R E C E I T A Ú T I L

Remédio contra a tosse crônica.—Tome-se to

das  as  noites, ao deitar,  uma  infuzão concen tra

da  de  flores de mam oeiro. E ste med icamento é,

além disso, eficacissimo  na  coqueluche. Durante

o tra tam en to deve evitar-se com er frutas aze

das, etc.

Mrs.  Marion N. H orwi tz  foi  eleita prefeito

da cidade

 de

  Mosrehaven, es tada

 de

 Flórida,

 Es-

tados-Unidos, mas  contra  sua  vontade . E' a  pri

meira mulher eleita para  tal  cargo. Mrs, Hor

witz

 ha uns

  seis mezes

 que

 seguiu

 da

  Filadélfia

*para dezenvolver

 5:000

  acres de  terreno  em uma

Sua propriedade,

  dos

  quais

  já

  2:000 cultivados.

Para golpes, pancadas

 e

 picadas

 ve

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I

9

I 8  ===== Alm anaque do PORTUG AL = = = 119

O milagre de Fát ima como industr ia

Como todos sabem, no dia 13 de cada mez

na Vila de Ourem, em Portugal, uns pequenos

pastores diziam ver aparecer a Nossa Senhora.

O cazo correu o paiz e varias pessôâã foram

assistir ao milagre. Vários comerciantes de San

tarém foram ao logaf onde aparecia á santa, cor

taram o carvalho onde pela primeira vez foi vista,

coiyluziram-no para a cidade, enCerraram-no num

recinto e quem o quizesse ver t inha que pagar

10 centavos.

Já que a santa não se expunha, expunha-

se,

 p o rta n to , o ped estal. -,

Entre homens cazados

— E '  como te digo. O homem mais feliz foi

Adão.

  —

—Porque Eva vivia núa?

—Nada disso?

— Porqu e n ão traba lhav a? Porque vivia no

Éden ?

—Nada disso.

—Então hão sei .

—Ora não sabes. Era um homem feliz por

que não teve sogra.

C H A R A D A (novíssima)

A fogueira da olaria devorou os manti-

mentos.-2-2.

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120 Almanaque do P O R T UG AL   IQX8

R E C E I T A Ú T I L

Remédio contra sarnas.— E' fac ilimo e eficaz o

remédio que vamos apontar e que qualquer pô

de prep arar em sua caza. Em pre gu e-se minio

com azeite doce, na proporção de i do primeiro

para 3 do segundo, ferva-se em vazo de barro,

até adquirir côr negra.

Aplique-se este un g u en to por 3 noites, es-

fregando-se bem com ele todo o corpo; na quar

ta noite tome-se um banho geral de herva mo-

larinha, e m ude-se de ro up a, tan to da cama,

como de vestir.

Charada (antiga)

Ao Car los Fa ra ldo

Foi-se ag or a arb us to ?. . . e a fio-2

Irão outros em quantidade,- i

Se não prender o vadio

Que assaltou a nossa herdade

F .

  LIMA

O s s e l v i e o l a s a m a z ô n i c o s

N o Am azonas ainda ezis tem gran des t ri -

bus de índios, destacando-se entre estes os Pa-

rintintins, que habitam á marjem direita do Rio

Madeira.

Os Parintintins são ferozes e raro é o ano

qu e não atacam os log ares cen trais dos serin

gais ;  ateiando fogo nas barracas, inuti l izando

roças e tudo que lhes caem ás mãos, matando

os seringueiros ou suas famílias, sempre que os

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i g i 8 ===== A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

1 2 1

Pronto meu... professor

O estudiozo menino Amadeu Lopes, fi lho

do nosso prezado amigo, sr. Francisco Lopes e

que estuda atualmente no colejio Amazônia, com

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n a

  =====

  A lm a n aq ue do P O R T U G A L = = r$i8

A  vingança da porta

Era um habito antigo que de tinha:

Entrar dando com a porta nos batentes.

— «Çue te fez esta porta?» A mulher vinha

E interrogava. Ele, cerrando os dentes:

-«Nada/ Traze o jantar*. Mas á noitinha

Calmava-se. Feliz, os inocentes

Olhos revê da filha, e a cabecinha

Lhe afaga, a rir, com ambas as mãos trementes.

Um a vez, ao tornar a caza, quando,

Erguia a aldraba, o coração lhe fala:

— « E n tr a mais devagar... '» Para hezitando...

Nisto,  nos goüzos ranje a velha porta:

Ri-se, escancarasse. E ele vê na sala

A mulher como doida c a filha morta,...

Á t B J B R T O D E O U V R I R A

As unhas e o caráter

Qu an d o lo n g as e a f i l ad as , a s u n h as i n d i cam

im aj ina ção e poez ia , am or á a r t e e . . . á p reg u iç a ;

l o n g as e ch a t a s , s ab ed o r i a e r azão ; l a r g as e cu r

t a s ,

  có le ra , a spereza , gos to pe las ques tõ i s , con

t r ad ição e t e imoz ia ; bem co lo r idas , v i r tude , s aú

d e,

  cora jem e l ib er da d e; d u ra s e f ra je is, ra iva ,

c r u e l d a d e ; r e c u r v a s , h i p o c r i z í a , m a l i g n i d a d e ; m o

les,

  deb i l idade f i z icae in te lec tua l ; cu r tas e rozeas

an t e j u n to á ca r n e , b e s t i a l i s m o è l i b e r t i n a j em .

D ' o n d e u m co n s e lh o a q u em s e caza r :

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ig i8 = = A l m an aq ue do P O R T U G A L

123

A n t ô n i o M a r t i n i a n o P e r e ir a , a n t i g o re p u

b l i ca no , u m a da s f igu ras m ais s a l i en tes da co lô

n ia luza no Pa rá e va l iozo co labo rad or do «Por

t u g a l » .

Fo i p rez iden te da soc iedade Benef icen te

« V a s co d a G a m a » , o c u p a n d o a t u a l m e n t e i d ên

t i co l o g a r d a « Tu n a Lu zo C o mer c i a l» , p a r a o

q u e o e l e j e r am u l t imamen te e cu jo ca r g o v a i d e

s e m p e n h a r p e l a t e r c e i r a v e z n e s t a a g r e m i a ç ã o

recrea t iva que já lhe confer iu o t i tu lo de «sócio

b e n e m é r i t o » .

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« 4 " Alm anaque do POR TUGA L • 1918

vido  á sua  popular democrac ia» t endo  a  carate--

rizal-o  u m a  p r i m a q u a l i d a d e :  a  modés t i a .

E s t a m p a n d o

  o

  prezente , f r ízamos

  com a to

de reconhec imen to  ao  i lust re colega pela amiza

d e e x p o n t a n i a  e  dez in t e ressada  c o m q u e h o n r a o s

di re tores des te a lmanaque .

E S T U D O A N A T Ô M I C O

E n t r e i n o a n f i t e a t r o d a c i ê n c i a

A t r a í d o p o r m e r a f a n t a z i a ,

E m e a p r o u v e e s t u d a r a n a t o m i a

P o r d a r u m n o v o p o s t o á i n t e h j e n c i a .

D i s c o r r i a c o m t o d a a s a p i ê n c i a

O l e n t e , n u m a m e z a , o n d e j a z i a

U m a i m ó v e l m a t é r i a , h u m i d a e f r i a

A q u e o u t r ' o r a a n i m a r a h u m a n a e s s ê n c i a .

F o r a u m a m e r e t r i z ; o r o s t o b el o

P u d e , t i m i d o , o l h a l - o c o m r e s p e it o

P o r e n t r e a s o n d a s n e g r a s d o c a b e l o ;

A c o n v i t e d o l e n t e , c o n t r a

  feito,

R a s g u e i - a c o m a p o n t a d o e s c a l p e l o ,E . . . n ã o v i c o r a ç ã o d e n t r o d o p e i t o .

ADKMNO

  FONTOURA

Charadas (novíss imas)

Na ilha eziste esta espécie de planta.-a, i-

Cauza enfado ver na montanha um tourão

 1, 2.

Quando fui a uma rejião da Patagônia, le

vei o Nilo como intercessor-3, 1, 2.

Belém

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E S M E R A L D A P A R A E N S E

R u a C o n s e l h e i r o J o ã o A l f r e d o . I f l - C

A c a s a   que  m a i s b a r a t o v e n d e j ó i a s , r e l ó g i o s

d e a l g i b e i r a ; e que c o n ce r t a os m e s m o s .

A casa qué mais barato ,..,,

faz concertos^ tantQ em  àui^r**

como em

• p r a t a ,

  1

Encarnam-se imagens, doura-se

  e

 prateiq-se  qual

quer

  metal,

  com a  máxima perfeição.

Concertam-se machinas

 de

 costura, gramo phones,

caixa

  de

  musica, óculos

 e

  pince-nez.

Compra-se ouro

  e

  prata.

 —

 Paga-se

  bem.  {

A t o d o s   o s   I r e p z e s   a   E s m e r a l d a P a r a e n s e

o f i e r e c e r é   u m   b r i n d e .

T o d o s   á  " E s m e r a l d a P a r a e n s e "

i

A unicá casa   que  fabr ica  com  p e r fe iç ã o me

d a l h a s s p o r t í v a s

  e

  v e n d e i m a g e n s ,

  jfl

g r a m o p h o n e s   e  d is c o s .

O s p r o p r i e t á r i o s : R o c h a M a r t i n s

  &

  G o m p .

agradecem antecipadamente

a vossa visita, porque não temem com

petidores.

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# I I I ( I l l f l l l l t l l l ( t l l I l l t l l l t l I t l l « l « l t l f H l l l l l l l l t t l l l l l t e > l l l > l l i l l l l t * t l * f l f f l l l l l f t l l l t l l l ( l i l l l l t *

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  • 5 J ?

S a p a t a r i a C a r r a p a t o s o

Praça Visconde Rio Branco

• R A R A

Depos i tár ios dos res is ten tes

ca lçados .

C l a r k , I p i r a n g a , B r i s t o l e B e b ê

Exigir estas marcas

• \

Vendas pór atacado 1.' andar

P r e ç o s f i x o s

C A S A F I L I A L

Rua Conselheiro João Alfredo n. 98

Denominada C a s a C l a r k

Especialistas

  em

 calçados

  Luiz XV  -  Sempre os

últimos figurinos.

XJXTXÍX

  v i s i t a a

F S. Carrapatoso & C.

J

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igi8 • Alm anaque do  P O R T U G A L =====  125

M u l l i e r e s r u s s a s

Desde muitos anos as mulheres russas pra

ticam a medicina,- a advocac ia, e com g ra nd e

proficiência.

Um grande n-umero de russas têm-se espe

cializado em minas; outras na construção de es

tradas de ferro—-profissão de vital im po rtâ nc ia

para a Rússia; outras estudam e dedicam-se ao

estabelecimento dé canais e á secçãp de águas.

Mui tas mulheres ocupam cargos importan

tes no Ministério de Agricultura. Outras forma

das em a rqu itetu ra, não se con tentam em ser

dezenhistas, mas teem oportunidade de ezecutar

os plano s que, im ajinam . N a R ússia nã o se teem

desconsideração pela mulher profissional, como

acontece nos paizes latinos. Em nenhum outro

paiz ela está tan to em pé de igu ald ad e com o

homem.

C argos de confiança nos bancos são-lhes

oficialmente concedidos, oferecendo op or tun ida de ás especialistas em finanças. Agora a Duma

Munic ipal de Ekater imburgo deu igualdade de

direito ás mulheres.

C H A R A D A

  (novíss ima)

Na freguezia do Porto eziste uma lindíssi

ma arvore.—2, 1.

Belém

  M I L E N O

  A.

  L I M A

O volume que encerra a lista, dos alemãis

mortos na guerra atual, eleva-se já a 22 mil pa-

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126 ===== Alm anaqu e do- P O R T U O A L = 1918

MARIA

Ela perguntou-me, sorr indo:

-—Si n ão m e cha m asse M aria, qu e nom e

gostarias que eu t ivesse?

—Só um nome te convém: o teu, porque,

sendo teu é, por certo, o m ais fo rm o zo . . .

—M eu D eu s Que m adrigal tão ve lho

Estou a falar-te seriamente, não faças versos da

velha escola

Supõi que não sabes como eu me chamo.

Como te a rran jada s tu para achares um nome

digno de mim e que ao mesmo tempo te agra

dasse ?

— Fa cilm ente , re spo nd i eu ; das cinco coi-

zas mais belas do mundo tomaria uma letra, e,

combinando-as, formaria o teu nome.

E quais são, meu amigo, essas coizas?

—Conta pelos dedos: ó mar

— Porque ?

—Porque é tão majestozo e tão docementetraidor como o

  raio*

 doWteus olhos div ino s

— E depo is? '*

—A aurora.

—Porque?

—Porque.é tão rozada e tão graciozacomo

.0 sorrizo dos teus lábios:

— Depois ?

—A roza.

— Porque ?

—Porque é a expressão da tua boca.

—Cont inua . . .

—Segue o mez de abril .

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xoi8 ===== Almanaque do PORTUG AL • 127

nissimas que envolvem o teu seio de arminho e

os teus braços de jaspe.

—E por u l t imo?

—A açúcena, que é branca como essas espa-

du as alab astr in as e as tua s pequenas mãos de

neve, que eu quizera calcar de beijos.

— A estas hoje de um lirismo a toda pro

v a V am os a ver : de cada um a dess as coizas to

m aras . .. ""

— U m a le tra : M do mar, A da aurora, R

da rosa, I d o mez de abril e A da açucena.

Ela sol tou uma gargalhada .

—Mas ,

  exclamou por fim, se não me enga

no,

  com essas letras formarás o meu próprio nom e :  M a r i a

— N ã o

En gan as-te , p orque o teu nome

ad ora do é o único dig no de ti . . . e, si não, per

gu nta -o ao m ar, á auro ra, ás rozas, ao mèz de

abril e ás açucenas. .

Catulle Mendes

A S A R T E S N O . J A P Ã O •

Os colecionadores de objetos de arte, que

vizitam o Japão» encontram   ali; o seu parafco,

pois em nenhum paiz eziste tão grande varieda

de de produção artíst ica. Os amadores de qua

dros extaziam-se dian te da pi nt ur a dos velhos

mestres japonezes, ou das estampas coloridas.de 

épocas mais modernas. .

Os que se interessam pela escultura deli

ciarão nas vizitas aos velhos templos, onde ezis*

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128 ===== Almanaque do PORTUGAL = = 1918

especialmente  os  velhos bronzes, e  pelos xarõis

de fascinante beleza

  que são a

  gloria

  do

  Japão.

E  o  viajante que  dezeje adquirir pequenas recor-

daçõis  de  viajem,  ali  encontra campo maior que

em outro lugar: porcelanas  de  diversas espécies

e épocas, biombos, marfins esculpidos, sedas bor

dadas, objetos

  de

  pra ta ,

 etc.

RECEITA UTHL

• »

Btoinhas  de coco. — 1  libra

  de

  assucar refi

nado,  uma  quar ta  de  mante iga lavada ,  1  coco

ralado,

  1

 prato

  de

  gom a peneirada,

  1 ovo; une-

se

 bem a

  massa

  e

  enrola-se sobre

  uma

  taboa,tendo-se o  cuidado  de  esfregar esta com a  fari

n h a

  de

  t r igo para

  não

  grudar, cortam-se então

as broinhas  e  deitam-se  nas  folhas  com  farinha

de trigo para

1

 não  pega r  e  pod er tirar-se bem,

depois de  frias.

ENIGMA (figurado)

CRE

Pará-Belem.

M A C I S T E

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i gi8 ===== A lman aq u e d o P O R T UG AL = = 129

(Do Hamlet , de Shakspeare)

Duvida que não haja um eèu profundo

e um inferno onde geme a falsidade;

duvida da mentira e da verdade;

duvida das mizerias deste mundo;

não ereias neste sòl, elàro e jueundo;

não ereias que entre nós reine a vaidade;

não ereias nas angustias da orfandade

e na prece final do moribundo...

Duvida que na terra a morte é vida;

que não haja no mundo mal e dôr;

que não haja uma ult ima jazida. . .

Que m'importa ? Não ereias que na flor

haja espinhos, Ofélia, sim, duvida,

—mas ereias sempre e sempre neste amor

J . EUSTAQUIO DE AZEVEDO

C H A R A D A   ( a l e x a n d r i n a )

A o g r a n F a r a l d o

E u c o n h e ç o u m j a r d i n e i r o

Qu e é mes t r e n a s u a a r t e .

C o m es t é t i c a , r ep a r t e

As plantas no seu canteiro.- ;- ; .

A M A D O R

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130

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

1918

—> •"-„_?

J

'X

L a d y G o d i v a

1

C e r t o c o n d e n o r m a n d o , a s s o l a d o r e h i r s u t o ,

S e n h o r t r a d i c i o n a l d ' u m a c i d a d e i n g l e z a ,

Q u e r e n d o u m p r a t o d ' o i r o a m a i s n a s u a m e / a

L a n ç a r a s o b r e o p o v o u m p e z a d o t r i b u t o .

N ã o p o d i a p a g a l - o o b u r g o i r r e z o l u t o :

Era a ru ina , e ra a fome . E desva i rada , aceza ,

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i gi 8 A l m a n a q u e d o P O R T U G A L = = = 131

Ma s a s po r t a s de f e r r o , immove i s e pe z a da s ,

N ã o se a b r i a m. E o povo , e r gue ndo a s mã os c r i spa da s ,

Ca nç a va - se a b r a da r , a u iva r , a so luç a r . . .

Ca ía a ta rde . O so l quebra ra a neve f r ia ,

A o s o p é d a m o n t a n h a o b r u g o a d o r m e c i a ,

C o m o u m c a c h o r r r o a o s p é s d ' u m a a r c a t u m u l a r .

I I

D e n t r o d a f o rt a le z a , e n t r e t a n t o , r o d e a d o

D e da lmá t i c a s de d ' o i r o e c a pe los ve r me lhos ,

O c onde r e ju r a va á f é dos Eva n je lhos

•Q ue o bu r go pa ga r i a o t r i bu to l a nç a do .

Tudo o a p la ud iu . S ome n te , a lva e l o i r a , a s e u l a do

• S e e r g ue u l a dy G od iv a ; e p r os t r a da d e joe lhos ,

D e f e nde ndo c ondo ída a s c r i a nç a s e o s ve lhos ,

G e m e u : — « S e n h o r O p o v o é j á t ã o d e s g r a ç a d o

P or que o nã o l i be r t a i s d ' e s se t r e me ndo impos to? »

En tã o , o c onde o lhou a e spoz a , r o s to a r o s to ,

E ve ndo- a c a s t a , humi lde , e xc l a mou c omo um r e i :

«L, ibe r to -o se amanhã tu fo res , rua em rua .

S o b r e u m c a v a l o , b r a n c o , i n t e i r a m e n t e n u a »

E l a b a i x o u o s o l h o s e m u r m u r o u : — « I r e i » .

I I I

N a s c e u p o » f im o s o l . B r a n c a e n u a — q u e i m p o r t a

S e é g lo r ioz a a nu de z qu a n do se é c a s t a e be l a —

S obr e um c a va lo b r a nc o , e m r e do i r a da se l a ,

C o m o q u e m a t r a v e s s a u m a c i d a d e m o r t a ,

G od iva , no c l a r ã o d iv ino que a t r a nspo r t a ,

O s br aç os sob re o se io , o cab e lo a envolve l -a ,

Pe rcor reu todo o burgo e fo i de v ie la em v ie la .

S e m qu e a v i sse n in gu é m , se m se a b r i r um a po r t a .

R e v o a v a m - l h e e m r e d o r , b a n d o s d e p o m b a s b r a n c a s ;

E o so l , cobr indo d 'o i ro as suas rózeas ancas ,

V e s t i a - lhe a nude z de f o r ma s v i r j i na i s . . .

Q ua ndo e m f im r e g r e s sou , l o i r a , c a lma , mode s t a ,

O bá r ba r o se nhor be i jou - a sob r e a t e s t a ,

E o s t r i b u t o s d ' e n t ã o n ã o s e p a g a r a m m a i s .

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132

Almanaque do

  P O R T U G A L

1918

OS CORRESPONDENTES

D O " P O R T U G A L "

O retrato acima é do competente coronel do

ezercito portuguez, snr. Jozé Bernardino de Sou

za R om an o, íntelijente e esforçado correspon

den te em Lisboa do jornal

  « P O R T U G A L » ,

  orgam

da colônia portugueza no Norte do Brazil.

C h a r a d a (mefistofelica)

Peixe da Povoa, compozição poética.. . ás

santas e fruta apreciada-3

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D

 CYRIO

Grande fabrica de,,yejas e artefâ«tos "de cera

NOSSA. SENHORA DE NAZAJtETH

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; © A R T Ê F A C T O S   de CERA

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.•-""'"

  ' 40 Rio de

  J a n e i ro d e i g o S

Esta casa es tá hab i l í t ada -a faze r cõfH toda

 a

 jgier-

  -

„ - {

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  ^ •

í g i i t a n d ' õ p e r f e i t a m e n t e

  às

  mQ j | s t i a s .

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Diversos tamanhos . .4e «e tes de í -pr i i í i e i r a . qua j idád je

sç m faze r fuma^a,^ sem , . .vergar

  e sem

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Trav.  7 de Setembro,  4

Caixa postal 434

Endereço Telegraphico, Beré

PARÁ-BELEM

I

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igi8 = = Almanaque do PORTUG AL ===== 133

Curiozidades dos gênios

L A U D S E E R ,

  aos dez anos, era um dezenhís-

ta admirável ;

BuíwER-LiTTON, romanciçta inglez, autor

de

  Os últimos dias de Pompeia

  e dè outros livros

notáveis, escrevia baladas aos cinco anos e aos

quinze publicava  Ismael, Contos do Oriente  d o u

tras poezias;

R E Y N O L D S ,

  celebre pintor, aos oito anos fez

um dezenho perfeito do edifício dò seu colejio;

IVEIBNITZ,

  notável filozofo alemão, criador

da teoria optimista* com a mesma idade aprendeu, sozinho, latim e aos doze começou o grego;

M A C A U L E Y ,

  com oito aiios, já hav ia escri

to um

  Com pêndio de H istoria Universal

  e um

poema em três cantos;

DÁNTE, aos nove anos, dedicou um soneto

a Beatriz;

HETASTASTd, improvizava aos dez anos;

GoETHE, sabia escrever em .diversas lin-

guas antes de ter dez anos;

T E N N Y S O N ,

  com doze anos, escreveu • u m

poem a épico de seis m il l inha s e aos qu artozè

um dr am a em versos, im peca velm ente metrifi

cados ;

R A F A E L ,  já era celebre aos quatorze anos;

F E N E L O N ,

  pregou um excelente sermão aos

quinze;

V Í T O R H U G O ,

  escreveu  Irtamene  com a

mesma idade;

G A U L E U ,  com dezenove anos, descobriu o

izocronimo do pêndulo na catedral de Piza;

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134

  =====

  Almanaque do POR TUG AL » iQt8

aos três an os; aos oito, t inh a já l ido m uita s

obras nessa l íngua; aos dez, aprendeu latim eaos

doze,

  começou a estudar a fundo o lojica esco-

lastica e, finalmente,

W B E N ,

  inventou um ins t rumento as t ronô

mico e dedicou-se ao latim, quando contava qua

tro anos, apenas.

R E C E I T A Ú T I L

'

 Bolo

 majestozo.—2  gemas de ovo e i clara

bat idas com i colher de manteiga, a chicarasde

assucar, a de farinha de trigo, i de araruta ou

m aizena, e i de leite, soda, su m o de limão, ca

nela, etc, bate-se bem, assa-se em forminhas e

em forno quente.

CHÁ—CAFÉ—CHOCOLATE

Na Inglaterra , ha anos, o governo queren

do verificar Q efeito des tas trez beb idas no org a

nismo humano, ordenou que se desse a trez ho

mens condenados á morte, a um chá, a outro ca

fé e ao outro chocolate, como alimentação ex-

cluziva.

A experiência não deixou contentes os que

gostavam dessas bebidas.

O qu e tom ava excluziva m ente chá, ficou

esqu elético, pálido, res seq uid o; o do café ficou

doido e õ do chocolate ficou com a pele cheia

de vermes.

Pessimismo

— Entre dez ho m ens ha vinte

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i g i 8 = • = A l m a n a q u e d o P O R T U G A L •• 135

A o H o m e m

AJ. M . Ferreira de Castro

Porque buscas um bem constantemente,

uma sombra quejbje e se esvaneçe,

porque tentas

  o

 furor avaramente,o vinho do prazer que te entontece ?

Se na vida iluzoria tudo mente,

se a perfídia e a calunia o mundo tece,

envohendo nas teias, habilmente,

quem no gozo o inimigo desconhece...

Hom em que tentas alcançar o Rào,

fazet do inferno um

  doce

 paraizo,

fóje, recua, pois a Dôr v€m perto /

Se da límpida e simples gota d'agua,

nascem, o rio, o mar, assim a Magua

brota de Pronto dum sorrizo incerto,

S E R J I Q p L I N D E N S E

R E C E U A Ú T I L

Beijinhos de moço

  bela.  — 3 copos de* calda

grossa, 3 copos de .leite, 39 gemas de ovos, mis

turam -se b em , passam-se por um pano e vão

para um tachinho, com 3 colheres de manteiga

lavada, levam-se ao fogo mexendo-se bem até

ficar grosso, vai em cálice com canela por cima.

Os homens compl icam e aumentam os ape

ti tes e necessidades, de maneira que para satis-

fazerem-se, teem de vender a própria vida.

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136 ===== Almanaque do PORTUGAL = =  191*

Socialismo

O lem a do socialismo, como o definiu

G uáta vo H erv é, é a abolição do m ilitarismo, a

abolição do capital , a ex tinção da prop riedad e

particular, a união perfeita dos seres trabalhan

do todos para. todos, sub ordin ado s ás m esm asleis e obedecendo aò mesmo principio de Igual

dade e de Fra ternidade humanas .

E ' a esta s bazes qu e Se cinjem os su pre

mas aspiraçôis dos espíri tos superiores que la-

bu tam na conqu ista 'de reivindicaçõís  _ sociais,

procurando abater essas estúpidas barreiras que

separam -os povos, fraccííUh-ando a humanidade,

como se esta não formasse uma única família.

Não é nem hoje, nem amanhã que se con

seguirá estabelecer a perfeita harmonia nas so

ciedades, cessando com os inaceitáveis precon

ceitos de raça, dê nacionalidade e de classe, mas,

nu m futuro, ainda q ue lonjinquo, ha de imp erar

o mutuaKsmo universal .

Q uand o, realizado este sublime

  desideratum,

terminarão essas lutas injentes em que se assas

s ina m ,m ilhare s e m ilhares d 'individuos, m uitas

vezes devido a simples caprichos ou á imbecili

dade das chancelarias.

A abolição da força armada será absoluta

e portanto dezaparecerá a éjide do capital e das

reg alia s de privilejio. A caba-se assim com o es-

pezinhamento dos fracos pelos poderozos.

A organização social obedecerá aos sagra

dos princípios da Justiça, e da Igualdade e da

Fra te rn idade humanas .

Funchal— Madeira.

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i ç iS

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

137

^ ^ .

B»lLi||-||lE

1

Manuel i to , in teressante f i lh inho do sr . Henr ique

M onte iro , já fa lec ido , de sua d ign a espoza sen ho ra D.

Ju l ia Te ixe ira da Costa , e sob r inh o que r ido do nosso com

pan he i ro de redação , J . P in to M onte i ro .

M â i c f i lh inho v ivem em Po rtug al , no logar de

nominado Frende , nas mar jens do r io Douro .

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i

3

8 ===== Almanaque do PORT UGAL 19*8

KXIGMA

Ao En/filio Savartl

Seis letras contem o todo,

distribuídas em três pares,

escritas em seus lugares,

fazendo o trama do engodo.

Também com duas consoantes

poder-se-á escrever

o termo que aqui vai ver

Com um par de letras chibantes.

Se ha complicação no fim,

no principio também ha:

a dificuldade está

nas duas partes, emfim.

Vê bem; Com um par ou três pares,

com duas letras ou seis,

não vai da primeira vez:

—um doce se decifrares

M O N T E C R E S P O

C H A R A D A S (novissiniàs)

Dado que

  na ilha dezenvolva a teze.. .-i , .2.

.. . sobre a igreja, o queixo e sequiozo,-i, 2

terá a sorte da ave que comeu sal quimi-

CO.-2,

  2 .

S. Luiz— Maranhão.

Z I L D O

  FÁBIO MACIEL

.1 ' i i

  n

  •• 1 1 — - — — • 1 •

R e m é d i o e x t e r n o c o n t r a a s d o r e s , B A L -

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i g i 8

Almanaque do PORTUGAL

139

NA SE

D o secu lar c a m p a n a -

rio escapou para lonje o

som bronzeado do s ino

grande a n u n c i a n d o a

missa das seis.

Ela t ranspunha o l i

m iar qua ndo a ul t im a ba

dalada emudeceu e, á di

reita, estendendo o bra

ço gracil e forte, curvou

a mão sobre a concha

d'aguà ben ta, tateou a su

perfície, m olh an do a s ge

m as dos seus rozados de

dos e num lijeifo movi

m en to fez o sina l da cruz.

Aveludando. o passo en

caminhou-se para o altar

predileto, ajoelhando.

O rend llhado a rtístico do seu véu ne gro

emoldurava-lhe o rosto branco como o marfim,

e ao abrir, rezando , a sua peq uen ina boca, os lá

bios pareciam duas pétalas vermelhas, espalma

das num leito da mais pura neVe.

A igreja não estava de toda i luminada, ape

nas as luzes da ara em que ajoelhara, rompiam

debilmente a obscuridade do templo, que ferin-

do-a em cheio, quando abria os olhos, nas suas

pupilas brilhavam infinitos pontos luminozos,

com o se neles os fui gores d os cirios lap id as sem

bri lhantes .

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140 = = = Alm anaque do PORTUG AL " iÇift

tremorezinhos nefvozos com piedoza meiguice

Ouvia as leituras com a cabeça baixa, er

guendo o busto de arcaicas l inhas, quando co

meçava o sermão, e cravando os olhos profun

damente negros na imajem de Jezús fixava-a de-

moradamente no extazis arrebatado de sua alma

virjem.O fumo de alecrim perfum ando o â m bito

do templo, formou sobre a sua cabeça um espes

so nimbo que ela esfarrapou ao levantar-se, per-

signando-se pela ult ima vez.

E mergulhou na enorme massa de crentes

qu e term inav am da missa, perden do-a o m eu

olhar indiscreto.

E' possível que esta formoza donzela, en

treg an do todo o seu coração a fé, não deten ha

livre uma parcela para o culto do amor?

H E N R I Q U E A M O K D O

R I I C L T T A Ú T I L

P a r a l i m p a r o s d e n t e s *

Pega-se um pouco de sal e com uma esco

va fricionam-se os dentes qpe ficarão mais alvos

do que com qualquer qualidade de pasta. Alem

disso o sal é um bom evitador da carie e outras

moléstias nas genjivas.

A corporção do aço dos Es tado s-U nid os te

ve,  em 1914, um lucro de $27,000,000; em J915,

$275,000,000; e nos p rim eiros 6 m ezes  áo  cor

re nt e ano , $300,000,000 de dó lares ap rox im ad a

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i g i 8

Almanaque do PORTUGAL

141

A R M A D A P O R T U G U E Z A

A c a n h o n e i r a " I b o " e

 O

  s e u c o m a n

da n te e m 1916

ENIGMA

'Ao dr. S ilvestre V alente

Dizem prima com segunda 1

O mesmo que diz terceira.

No belo te rmo redunda

O todo da barulheira .

Vam os, va m os valentõis ,

Quero vel-os de  regresso

Da caçada aos 3 leõis,

Com a solução que vos peço.

Maranhão.

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142 Almanaque do PORTUGAL ===== 1918

A   c o n t e m p o r a n e i d a d e   l i t e r á r i a d o   P a r á

— • ^ « » ~ . —

(Principais literatos e  suas obras)

AUGUSTO  MEIRA—Advogado,  poeta e pro-

zador. Publicou:  Eis o livro, Corintos,  etc.

J.

  EUSTAQUIO

  D 'AZEVEDO—Jorna l i s t a ,

 poe

ta e escritor. Publicou:  Muza Elétrica, A Irmã

Celeste, A Viuva, Vindimas, Dedos de Proza,

 etc.

Tem a publicar:

  Antolojia Amazônica.

IVUCIDIO  FREITAS—Advogado e poeta. Pu

blicou:

  Vida Obscura,

 etc.

ALBANO

  V I E I R A — P o e t a .

  Tem a publicar:

Ombrais de Rozas.

LUCILIO  F E N D E R — P o e t a .  Publicou:  Carta

de A B C

 e

  Os Nehengaibas.

J.  PINTO MONTEIRO

  —

  Poeta e jornalista.

Tem a publicar:  Coração de Noiva, Vingança do

Operário,

 etc.

ROCHA  M O R E I R A — J o r n a l i s t a  e poeta. Pu

blicou:

  Pan, Torre do Sonho,

  etc.

MECENAS ROCHA

 — Escritor — Publicou:

Cambiantes, O Prmcipe Encantado, Sangue La

tino,

  etc.

J. M.  F E R R E I R A  DE CASTRO—Jornalista e

escritor. Publicou:

  Criminozo por ambição, Alma

Luzitana,

  etc. Tem a publicar:

  Vinagre Concen

trado, Horas Nostaljicas,

  etc.

DR. INÁCIO MOURA  —

  Enjenheiro. Publi

cou:  De Belém a S.Jaão de Araguaya, Álbum

do Trincentenario,

  etc.~

ROMEU  MARIZ—Jornalista  e poeta. Publi

cou:

  Limbo,

  etc.

FRANKLIN  P ALMEIR A—J o rn a l i s t a  e poeta.

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igi8 = = Almanaque do PORTUGAL ===== 143

D ' A R T Á G N A N  CRU Z---Advogado

 e prozador.

Publicou:  Agostinas.

C A R L O S B. DE

  SOUZA—Jornal ista

  e proza

dor. Publicou:  Arco íris,  etc.

D E J A R D

  DE  MENDONÇA—Advogado,  jorna

lista e poeta. Publicou:

  Evanjelho de meu filho,

etc.

E L M A N O   QUEIROZ—Poeta .  Publicou:

  Ma-

linas.

G R A Ç A L I M A

 •-—

 Poeta. Publicou:  Farrapos.

QtTBíRÓz

  D ' A L B U Q U E R Q U E

 — Poeta. Publi

cou:  Átomos.

P A U L I N O  DE

  BRITO—Jornal i s t a ,

  filologo e

advogado. Publicou: Gramática da LinguaPortu

gueza,

 etc. -

C A R L O S  NASCIMENTO—Poeta ,  advogado e

filologo. Publicou: A Lingua. Nacional,  etc.

F E R R E I R A   DOS SANTOS— Filologo,

 jornalis

ta, lente.

R E M I J I O

  FERNANDEZ—Advogada ,

  jornalista

e poeta.

  (

G E N A R O

  P O N T E  E

  SOUZA—A dvogado,

  jor

nalista e autor teatrah

F. DA  C O S T A B U L H Ã O

(Organizador)

RECEITA ÚTIL

Pára fazer  dezaparecer as  verrugas.

—Ponhâ-

se a macerar durante 3 dias a casca dum limão em

meio copo de bom*vinagre branco, que seja for

te.

 Molherií-se as verrugas durante cinco ou seis

dias com esse liquido e se verá como dezapare-

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144 • a Almanaque do PORTUGAL " 1918

O homem que se afoga— Socorro Acu dam -

me.

O Policia—Isso é serio ou o snr. reprezen-

ta para o cinema?

CHARADA (antiga)

No momento da par t ida—1

Junto da arvore, na estrada,—2

Disseste com voz maguada

Hei de escrever-te querida.

E eu vivo desprezada

Injustamente esquecida;

Q ue

  missiva

  demorada

Que promessa fementida

I R E N E , A F L O R Z I N H A

Fílozofia dumí.. pau d'agua—Quando a gen

te está molhado assim por fora, o melhor é mo

lhar também por dentro.

— O'  X u a n ?

—An?

—Xá dormes ?

—Non.

—Empres ta -me um tos tão :

—Xá durmo, xá.

O mundo é assim dividido: 99 insensatos

para um iniciado.

O PORTUGAL publica os aniversários dos

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i g i 8

A l m a n a q u e d o

;

  P O R T U G A L

145

General Serzedelo Correia

Um idolo no altar

da Republica Brazi leira

A R e p u b l i c a t a m b é m t e m o s s e u s i d o l o s

com o as re lij-iõ is os seu s r i t o s a b n e g a d o s . F a

l a n d o d a p e r s o n a l i d a d e d e s t e g r a n d e h o m e m ,

des ta no táve l f igu ra , e scapa- se -nos a expres são

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146 = = A l m a n aq u e d o P O R T U G A L ===== 1918

das maiores notabil idades que a Republica pou

de conceber.

Ele,  cercado pela inveja, pelo despeito—

nunca deixou de ser «aq uillo»q ue lhe estava

traçado pela força do D estin o. Foi, e é o super-

hoineni da Republica Brazileira. Os mais eleva

dos cargos de responsabilidade do paiz lhe fo

ram confiados. Como ministro da Fazenda, ao

tempo de Floriano Peixoto, o  «  marechal de fer

ro», .ele postou-se á po rta do tezouro com o um

leão bravio, am pu tand o a m ão da gatun ajem

administrativa que pretendia desmoralizar o go

verno de Floriano; e por isso, com o dinheiro

do erário publico, sustentou toda a comoção in-

testina de Rio Grande e nunca o Tezouro dei

xou de fechar com saldos fabulozos dia a dia.

Como ministro de exterior, coube-lhe a ta

refa h onroz a de pre pa rar o terren o pa ra a liber

dade do clero honrado, e ainda por isso quando

em sua viajem a Roma, o Papa descendo do Qui-

rinal, veiu receber com toda a sua Caza sacra, o

maior filho do Brazil.

Como,ministro da agricultura e do interior,

cum ulat ivam ente, e le sal ientou o gran de papel

da ex pa nsã o com ercial-econom ica do paiz, e,

abrindo o seu gabinete ao industrial brazileiro,

am pa ro u a ind us tria nacio nal, e eil-o forte e al

t ivo assombrando os olhos do observador comer-

cialista das outras naçõis civilizadas.

Finalmente ocupou os maiores cargos po

li t icos que a R epub lica pode do ar a um hom em

da força de espirito que é este. . .

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1918 ==  Almanaque do PORTUG AL . 147

am eaçad a n um a conjestao de fogo; pela influ

encia patriótica que, do seu peito forte, se eleva

ao mais elevado lugar no altar da pátria de Sil

va Jardim o Rio Branco.

Belém,  IÇIJ

A N Í B A L D U A R T E

T o r p e d o r a d i o - a u t o m a t i e o

Foi experimentado, ha pouco tempo, em

prezença do seu inventor, M. G us tav e G ab et e

do general de Ia Roque, antigo diretor de art i

lharia no m inistério da m arinh a, um torped o

radio-automatico. O lançamento á água d'este

novo ettjenho de guerra, ao mesmo tempo ter

rível e maravilhozo, deu-se no arsenal de Cons

trução em C halon-su r-Sáon e. O torped o é diriji-

do de lonje po r on das elétricas em itidas d'um

j

posto de terr a ou d a bord o d'um navio. ,

A grande capacidade do enjenho permite

carregal-o com novecentos kilos de explozivos

em logar dos noventa" que comportam os atuais

torpedos, o qu e o torn a realm en te terrível nos

seus efeitos destruidores.

O torpedo mede nove metros do compri

mento e peza quatro mil kilos.  \

0 conceito

  patriotismo

  tem sido invertido

e por isso h a qu em com preenda qu e «ser pa

triota» é ser, implicitamente, inimigo dos que

não pertencem ao seu paiz.

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148 Almanaque do PORTUG AL =   *  1918

A

  r e f o r m a o r t o g r á f i c a p o r t u g u e z a

e m d e z m a n d a m e m t o s

Para evitar dúvida a tipografos, re-

vizores, jo rnalistas incipientes e a

quem dezejar elucidação sumária eútil, sobre a decretada reforma orto

gráfica.

i .°—Não se duplicam consoantes. Portanto,

beleza, aprovar, imediato, abade, Melo, Matos,

Mota.

2.

0

—Simplificam-se e substituem-se os gru

pos  ph, th, rh, ch  (com valor de  k)  — Portanto ,

ftlozofia,

 'teatro,

  reumatismo, quimera, química, co-

rografia.

3.

0

—Não  se emprega

  y,

  nem

  k.

  nem

  v ,

Portanto ,

  lira, martírio, calendário, V enceslau.

Excetuam-se só os vocábulos derivados de no

mes próprios estranjeiros, como

  byroniano, kan-

tismo.  wiclefitas.

, 4.0—Dentro dos vocábulos não se escreve

  h.

—Portanto ,

  aderente, inibir, inabú, compreeender,

inumano...

5.

0

—Os

  ditongos orais

  ae, do, éo, oé,

 substi

tuem-se por  ai, au, eu, oi.—Portanto,  pai, pais,

jornais, marau, chapéu, herói, anzóis.

6

o

—Evitam-se consoantes inúteis .—Portan

t o ,

  escrita,

 escritor,

 escultura,

  louvá-lo,

  ouvimo-lo...

Excetuam-se os cazos, em que a consoante,

em bora se não pronun cie, tem a u ti l idade de si

gnificar qu e é a be rta a vo ga i qu e a prec ede ,

como em

  exceptuar, rectidão, redacção , direcção,

actor,

  etc, e nos vocábulos das mesmas famílias:

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igi8 ===== Almanaque do PORTUGAL = = 149

7.

0

—O  pronome pessoal enclitico

  Io

 liga-*se

aos verbos por um traço.—Portanto,

  faze-lo e eu

não posso

 faze-lo;

  louvá-lo; ouvi-lo...

8.°—O  emprego do

  s

 e do

  z

  é regulado pela

etimolojia e pelas tradiçõis da l ingua.—Portan

to ,

  português, francês, cortês, ffeguês, defesa, em

presa;

  e, ao mesmo tempo,

 natureza, beleza, civili

zar, realizar, organizar, vez, talvez...

  Em cazo de

duvida, ha ainda o recurso dos bons dicionários

e vocabulários, organizados depois que è conhe

cida en tre nó s a ciência da lingua jem , isto é, no s

últimos v inte ' ou trin ta anos.

i9.°—Escreve-se

  igreja, idade, igual.

A centua m -se graficamen te todos os vocá

bulos exdrúxulos .^-Portanto,

  pálido, túmulo, cri-

sàntemo,

 lévedo,

 hipódromo, velódfomo, diária, Áfri

ca... A centuam -se os hom ógrafos não homofó-

nicos, pois há

  sede

  e

  sede, governo

  e

  governo, dú-

 

vida

  e

  duvida,

  etc. O acento grave pertence ás

vogàis, não tônicas. Po rtanto,  còrado, pregador,

pegado...

  E tamb ém se pode em preg ar para des

fazer dito ng o, como em

  proibir, miüdamente; e

para mostrar que

  o u

  se pron un cia depois de

  g

ou

  q

  como em

  agüentar, freqüente...

  (quando

convenha reprezentar a pronuncia, especialmen

te no ensino primário).

E ste s dez m an da m en tos se cifram em dois;

não perder de vista os cazos aqui consignados;

e, qu an to aos m ais, co ntin ua r a escrever como

escreviam os mestres.

C Â N D ID O D E F I G U E I R E D O

1 0 .0 0 0 réis simplesmente dá para V- S>. ter

uma assinatura do jornal P O R T U G A L , durante

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150 1— Almanaque do PO RTU GAL 19*8

L O G O G R I F O

Ao Jocas t ro

s

Talhados pelos dest inos

para irmãos,—vivem unidos,

ao som de festivos hinos,

ou nos combates renhidos. '

O mesmo povo, sincero—4-7-10-5-9

Livre, altaneiro e feliz,—15-5-1-7-2-14-6.

faz valer—forte e severo—10-7-13-12-6-3-2.

o nome de seu paiz —8-14-11-2-5-3*

Talhados pelos dest inos

para i rmãos—vivem unidos,

ao som de festivos hinos,

ou nos combates renhidos

MONTECRESPO

Charada (novíssima),

A o V a l d e m a r L o p e s

Querer bem sem alegria é muito penozo.

—2-2.'

Pará

Belém.

M O N T E L I M A

Na porta sentei-me,

Pedi água e pedi pão.

Finjindo ser pobre, quando

Queria beijar-lhe a mão.

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i g i 8

Almanaque do PORTUGAL

151

Corone l He rme l ino Con t re i ras

N ã o p o d i a o  « A l m a n a q u e  do

  PORTUGAI .»

  d e ixa r de pu

b l i c a r

  em

  s u a s p a j i n a s

  o

  r e t r a t o

 do

  E x m . °

  Sr.

  c o r o n e l H e r

m e l i n o C o n t r e i r a s .

  E

  nã o po d ia po r q t i e s e r i a

  uma

  falta

  de

c o r t e z i a  a um  h o m e m  que  t a n t o  tem t r a b a l h a d o p a r a  o p r o

g r e s s o i n d u s t r i a l  e  m o r a l  da  A m a z ô n i a .

S ó c om * t e m p e r a de r e j ide z fixa e i na l t e r a ve lm e n te c op io -

za de benef ic ios á s r e j iõ i s ac rea nas , p od ia leva r a c a b o a o b r a de

a d e a n t a m e n t o   que S . Ex .

a

 v e m f r i z a n d o n a q u e l e s l o g a r e s .

O c o m e r c i o a m a z o n i c o d e v e - l h e i n ú m e r o s s e r v i ç o s , que

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I 5

2 ===== Almanaque do PO RTU GAL • 1918

TEMPl̂ STADK

Rujia  a  tempestade. Impetuozos

Mil raios flamejantes  e co léricos,

Fendem o  espaço frio, e  tormentozos

Rouquejam como leõis, monstros, famelicos.

A natureza, os seres receiozos,

Os astros no infinito, bem pulquericos

Recolhiam-se, escuzos, duvidozos,

Da atmosfera, aos âmbitos afelicos.

Na amplidão misterioza da ezistencia

Lutando, com vigor arrebatado,

Vejo entre os riscos feros da procela,

Anciozos de queimar e co'inclemencia

T u d o e  todos. . . ao peito aconchegado,

Também meu coração qual, náu sem vela.

Pará.

A M É R I C O A M O E D O .

E N I G M A

Ao João Urso

Se na minúscula planta

Meter-lhe, lesto, um H

Fica grande, grande  e m a i s :

Caza ou depozi to . . .—Olá . . .

. . .onde se guardam cereais .

A. P.

 F.

Para ictericia  e doenças  do fígadoBOL-

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i g i 8

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

153

0 estimado panfletista brazileiro

sr. Dnimond Nogueira, apanhado pelo lápis do caricaturista

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154 ===== A lm an aq ue d o  P O R T U G A L ig i«

O v e n t r e d e u m e z e r e i t o

D eco r r id o s e s t e s q u a t r o an o s d e g u e r r a , é in

t e r e s s a n t e v e r o q u an to d e a l im en to s q u e o eze r

e i to f rancez co ns um iu de sde o d ia 2 de A go s to

de 1914 a igual dia e mez do ano de 1917*

10:000:000 sacos de far inha de 100 qui los ca

da u m pa ra o f ab r ico ap ro x im a d o de 2 b i l iõ i s de

raçõis de pão de 700 gramas , 250:000:000 qui los

de ca rne de vaca ; 1:600:000  carneiros ; 170:000 por

co s p a r a a p r e p a r açã o d e ch o u r i ço s , p r ezu n to s ,

e t c ;  97:500:000 qu i lo s de a ssu ca r ; 65:000:000 q ui

los de café ; 40 :000:000 qui los de ar roz; qu inhen

tos mi lh õ i s de qu i los de l eg u m es secos ( e rv i

l h a s ,

  fei jõis , e tc . ) 26:000:000 qui los de massas al i

men t íc ias ; 45 mi lhõ i s de qu i los de ca rne de va

ca em conserva; 5 :500:000 qui los de pe ixe sa lga

do;  6:700:000 he c to l i t ro s de vi nh o; e 350:000 de

a g u a r d e n t e .

P a r a o s u s t en to d o s cav a lo s e d a s m u a r e s

a o s e r v i ç o d a F r a n ç a c o n s u m i r a m - s e , d u r a n t e o s

do is pr im ei ro s an os de gu er ra , 1:100 q ui lo s de

aveia e mais 15:000:000 de quin ta is de feno .

N o t r i b u n a l :

P A R A R I R

— J u i z : C o m o s e c h a m a ?

— R é u : P r ó c o p i o A l o n z o .

— J u i z : O n d e m o r a ?

— R é u : C o m m e u i r m ã o .

— J u i z : O n d e m o r a s e u i r m ã o ?

— R é u : M o r a c o m i g o .

— J u i z : M a s o n d e m o r a m o s d o i s .

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A S S I N A T U R A S

C A P I T A L

A n o

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S e m e s t r e

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—<™ -f'̂ —-^^IIIIIIIUIH— — .. 5

i u n O PORTUGAL publica |

;.dos seus assinantes todas í

as notas e iríformà]çõis que lhe pedi- I

rem.*Fornece gratuitamente eicplicaçOis f

sobre serviço militar, comercial, po- f

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D E

SABINO

  S ILVA

Typographia Enc^dernaçãçi

Rua C. João Alfredo ri. 86

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Objectos de electo^placte e A r

t i g o s d e B a z a r

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P H A R M A C I A E D R O G A R I A B E I R Ã O

— D E - -

C A R V A L HO L E I T E St C .

A

Rua Conselheiro João Alfredo n.   1 0 3

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I

 

de Café qu inado Be i rão—Cura rad ica l e

I in ( i r

  r a

P ' d

a

  4 js febres de m au caracter. E' o me-

Lll l t l l

  i i i

o r

  reitftdio ha 25 an no s conh ecido na Ama

zônia. Também se prepara em pijnlas.

f r  J d e C a m a p ú B e i rã o ou p ílu las do mesmo.

L l l x l l

  —

P a r a c x l r a

  ^

a

  '

c t e r

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c

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a

  preta e amarella, in-

InlIAII  cbação e inflainmação do fígado e baç o.

Bei rão—Para doenças de senhoras .

Regulariza os períodos mensaes, evi

ta as cç%as uterjna», cotubate as he-

m o rr h a g ía s ' ou çgcassez do fluxo mensal, as flores

brancas, etc.

D A I - I A M I

  d

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P

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  B e i r ão creosotadcH -E? um doa

I fillulul

  P

r e

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a r a d o s m a

'

s

  populares e conhecidos

I UIMflUI  j ,

e

ia

  s u a

  efficacía na s doenças do pe ito :

bronchites, tosses, asthma é resfriamentos.

T i N - h i r n

  M i l a g r o s a B e i r ã o

  — D e ,

  extraordinário

I i n i u l 3

  e f f e

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c I i a m e n t

os .

IIIIIUIII

  , }

o r e s

  do estômago, vômitos, flatulencias,falta de appetite, etc.

de Guaraná Beirão—Composto de Puchu-

ry e Marupá—combate as desigterias, eólicas,

hemorrhoides, diarrhéíi infecoiosa ou não,

cólera, colerína e infecções intestinaes.

I I

L Iod O - tan ico -G lyce rop ho sph a tád S Beirão

• IfinO

  ~

S t , b s

t i

t u e  c o n

* vantagem o óleo dé ficado

IIIIIIU

  , j

e

 bacalhau e as Emulsões, pois é .u m po

deroso tônico para lymphaticos e irachitícos, de um

sabor agradá vel. Tarabem se prepa ra em Xarope .

" ' B ei rã o— E ' comparado ao mais

finíssimo P<Íd' Arroz , sen do seu

custo bar^tissinio.

 f

Aviam-se receituarios com proficencia, asseio

f

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igi8 = = = Almanaq ue do PO R^*|0ÁE/ ===== 155

Entre o túmulo e o berço ha apenas uni

traço de união.

— — 1 • • • — ; • •• •• - , • , . • — — . . . . . . . . . . — . t f . .

Filozofia moderna—Quando não tiveres que

comer, súicida-te.

C H A R A D A (an t ig a )

A o R u b e n s

Quem t iver reputação^-2

De afàmado charadis ta;— 1 \

Terá deste a solução

Para o ano, em sua lista.

" " • CA RLÇS FÁ RA LD O

'" 1  y

  :

  ; : -

A h p sr a proibe m uit as vezes o que a lei

•permite. ,

S E N E C A

E s c r e v e r i n v i z i v e l

Corta-se um lim ão , . mólh^-se a pe na

 ,e

 es-

*creve-se. Deixa -se secar o pap el e envia -se ao

{destinatário, a quem já se recom endo u que p as

se o papel sobre a' cham a du m a vela . ou dum

fósforo, afim da escrita aparecer nitida, como se

fosse escrita com tinta preta.

O marido. —  E ' um a delicia esta cozinheira.

-Tão calada que se chega a pensar que não ha

ninguém na cozinha

-.

  A mulher.

— E-nãb ha mesm o. Disse-me dois

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156

  =====

  A l m a n a q u e

  d o

  P O R T U G A L  • •  1918

SEM IMPORTÂNCIA..

Uma senhoríta paraense, respondendo ao «questioná

rio» duma revista carioca, expressou-se assim, numa das va

riadas linhas:

«

 O animal qu e eu prefiro » . . .

. ( R es pos t a ) . . .

  Pássaros

  que cantam.

S e o s a n i m a i s j á s ã o a v e s

Q u e c a n t a m - be lo s c a n f i a r e s ,

A s c a n o a s s e r ã o n a v e s

Q u e j i n g a m e m a l t o s m a r e s .

A s m o ç a s c á d o P a r á

« P a s s a r ã o » d o S u t a s e r ;

E a s c a r i o c a s d e l á ?

I s s o é o q u e f a l t a s a b e r .

S e i d u m c a c h o r r o q u e m i a

E d u m g a t i n h o q u e l a t e ;

E n ã o h a ( s e m h e r e z i a )

T a n t o c a n t o r s e m s e r v a t e ?

E p o z - s e l o g o n a p i s t a

D o d i r e t o r d a r e v i s t a ,

O d i r e t o r d o M u z e u ,

Q u e h a s e i s d i a s j á n ã o J a n t a

P a r a d e s c o b r i r q u e m l h e d e u

O t a l a n i m a l q u e c a n t a . . .

E s e n ã o é o d i r e t o r ,

S ó p o d e r á s e r o a u t o r . . . "

A l g u é m a c h a r á i n c r í v e l

O q u e v e n h o d e d i z e r ;

M a s s e n a d a é i m p o s s í v e l ,

— T u d o p ô d e a c o n t e c e r .

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igi8  Almanaque do PORTUGAL = = 157

A

  educação nada tem com a instrução e a

instrução

 nada tem com a educação.

Charadas  (novíssimas)

A medida,

 4,

 ruim para conter o humor viscozo:-i-i

J osé compre o tecido pelo qual tomo intere&e.-i-i

O acontecimento do Liborio,  deu-se na caza rustica.-2-2

C á está o homem perspicaz

  -2-2

A aparência exterior do alho, nada se parece com pe

dra miúda  -2-r

S agrada é a mulher que mora nesta cidade.-2-3

T ú, unicamente fumas cachimbo, para ficares ador-

mecido.-i-2

R f de Maria para fazer chacota.-2-2

O homem de que te falei, é amigo deste homem e tem

um golpe na cara.-i-i.

Belém  ,

R A F A E L  MORENO

O

  homem crente em seres sobrenaturais,

liga-se  instintivamente ao fantástico, fujiqdo ás

analizes

  ezijidas pelo espirito perfeito. Ou se é

relijiozo

 e escravo ou ilezo de preconceitos e li

vre.

A. J. GONÇALVES

Quem

  quer mais do que lhe convém, per

de o que quer e o que tem.

Cumulo—Arrancar  com um pé de cabra, o

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158 = = Almanaque do PORTUGAL '

  W**

C H A R A D A ( a n t i g a )

— A' J a n d i ra

Prezadissima colega,

Descançada da refrega

do «Luzo Brazileiro»,

Eu pensei que até prá o ano

Ninguém falasse em charada;

No entanto

  seu

  E lmano

me disse todo brejeiro—a

«Vem aí um almanaque

Para nos matar do achaque

E terá confecção tão meandrada'

Q ual do relojio as peças»— que em bru lhad a

A charada segundo me parece,

E ' um belo passatempo que enobrece;

E com ela agradam-se as mulheres

Sem lhes fazer o  fliri  óü pé d'Alferes.

P Ê P A

  R O D R I G U E S

C H A R A D A ( a n t i g a )

Aos «Mo rerras»

Consta que um submarino,

Da França n 'uma enseada—2,

De.aiodo o mais assassino,

Julgando o Direi to um nada,

Fez fogo contra a cidade

Cauzando pânico horrível—2

Do «boche» a ferocidade

Igualar é impossível

E , se d 'entre os ha bita nte s algué m não pereceu,

Tremendo de j>avor, por cefto se escondeu.

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igi8

Almanaque

  d o

  PORTUGAL

159

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i 6 o

A l m a n a q u e d o P O R T U G A L

1918

E Z A L T A Ç A O

Em te u o lha r de e s t r e l a s pa lp i t a n t e s

c in t i l a ndo num va l l e de t e r nu r a ,

ha luzes que eu jamais f i t a ra dan tes . . .

E eu , que pe rd ido e r inava em senda escura ,

f iz -me o aváro fe l iz desses d iamantes ,

que e u e nc on t r e i num va l l e de t e r nu r ^ .

E nesse o lha r t r avesso de c r iança

nasceu meu sonho de fe l ic idade .* .

T o r t u r a n t e e s u b t i l , c o m o a s a u d a d e ,

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i gi8 ===== A lman aq u e do P O R T UG A L = = = 161

Er a o me u sonho . O t e u a mor , que r ida ,

r e f l e t indo e m minha a lma a tua ima je m,

f a l a ndo- m e , c om in t im a l i ngua je m ;

da s de l i c i a s ma i s i n t ima s da v ida

O t e u a mor . . . To r tu r a s dp pa s sa do ,

f u tu r o e m f lo r a b r indo - se r i z onho .

A mor que f a z do so f r ime n to um sonho ,

e faz da v ida um pereha l no ivado .

Er a o t e u be i jo . . . Eu , t r e mu lo , s e n t indo

a minha boc a un ida á t ua boc a ,

e o me u l á b io be i j a ndo um r os to l i ndo ;

e tu , f r anz in a e pá l ida , a m ão . f r ia ,

c a be los de sg r e nha dos , c omo louc a ,

se n t indo a e s t r e me c e r , c omo e u se n t i a ,

a m i n h a b o c a u n i d a a t u a b o c a . . .

E r a - n i e a v ida uma e x ta z e ine b r i a n te ,

com a vulupia das aves e das f lores . . .

Vivi, ta lvez, um século de amores,. ,

u m a l u a d e m e l n a q u e l e i n s t a n t e .

E r a o me u sonho de f e l i c ida de ,

che io de v ida , p leno de a legr ia ,

que e u s in to a go r a , c omo nã o se n t i a

e q u e s e r á m a i s t a r d e u m a s a u d a d e . . .

E I , M A N O Q U E I R O Z

Z I

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IÕ2

Almanaque

  do

  PORTUGAL

191O

r

í

°—i,K

TOTAL

CHARADISTICO

^ 6 9 ^

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-•5%-g-

  - S H S - - $ H g - - - 3 H $ -

Indiee dos colaboradores

( A N O D E 1 9 1 8 )

PjS.

A

Adelino F on to ur a 124

A. J. G on çalv es 157

Alberto  d'OhVeira  122

Alm eida G arre t t 50

A m ado r.. 83^ 116 e 129

• Am érico A m oe do . 152

Anibal D u art e 145

A ntônio M artinian o Pereira 7*

A. P. F 152

A ug usto M eira 102

B

Belzeb uth (do Club Infe rna l) 93

Bulhão Pa to 77

C

Çalderon 68

Câ ndido de Figu eiredo i49

Carlos F ar al d o 155

Castro, Pinto & C

a

  36

C atulle M ende s 126

Coelho N eto 86

D

Dem o (do Club Infe rna l) 119

D eom ar Jozé Ribeiro 96

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164 —' Almanaque do PORT UG AL = = = 1918

PTS.

E

E ça de Qu eiroz 52

Elm ano Queiroz 160

F

F .

  da Costa B ulhão 143

£• <*eC 55

  e

  75

,F. L im a 112 e 120

G

G uerra Jun qu eiro 48 e 55

H

H en riq ue Am oedo 69 e 139

I

índio Arara

  I O O

Iren e, a F lo rz inha -£44

J

J. Co sta V ale 52

J. E us ta qu io d'Azevedo 82 e 129

J. F o n ta n a da Silv eira 147

J - H   :  II

J. M. F er re ira de Ca stro 59, 92 e 97

João Antônio Fern and es 54

João Gi l Júnior

  \

  77

Jo ão Pereira 72

Joc astro * 76 e 95

Johnson

  I O O

Jop imo

  I 5

6

Jozé Augusto Corrêa

  I O

q

Jozé Miranda

  Tri/1

J. p. F

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i g i 8

Almanaque do PORTUGAL

i65

PjS.

L

Lindolfo M esqu ita 69

M

M aciste , 98, r i 6 e 128

M adame M aintenon 51

M anuel Sa bino D ura is 114

M ileno A. L im a '. 90 e 125

M ontecrespo 138 e 150

M onte L im a 64 e 150

P

Padre Pedro

  v

  58

Pan-po n-pu n >.... 65.

Pepa Ro drigu es 158

R

Rafael M oreno 157

S

Salima 106

Sarjento Lim a 82 e 106_

S at an (do Club Inferna l) 101

Semi-tolo , 73

Seneca 155

Serjio O lind ense .\ 135

Silvio da Rocha

  ;

  136

Solon A m ancio de L im a 92, 98 e 124

U  l

U m asn astic o.. . . . 132

Z

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166 aasasa Alm anaque do P O R T UG A L ===== 1918

Almanaque do PORTUGAL

Em vir tude dum contrato qu» t ínhamos

com urna tipografia pa ra a impressão deste al-

inanàcjue e contrato este que não se cumpriu,

só agora é que nos foi possível fazer circular

esta publicação.

"Um mez de Hiferença, apenas...

Mas para o ano, entretanto, esta salada

será preparada e temperada muito a tempo.

ERRATAS CHARADISTICAS

Na charada de Amador  a pajinas

  83,

 saiu

no 4.

0

  verso a numeração errada. Em vez de

1-2, como está, é apenas 2.

— T am bé m por erro de paj inação saiu a

pajinas 36 uma charada publicada cujo logar

não era ali e sim na parte  Variedades,  que

principia apoz a publicação do retrato do dr.

Lauro Sodré.

5^s^

"f

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ü à t f O ü A i O U L U L T R A M A R I N O

f i l i a l

  n o

  P a r á : — R u a

  15 d e N o v e m b r o . 5 3

( •s q u i n a d a tr a v . S . M a t h e u i )

iues e  c r d e n s t e l e g r a p h i c a s s o b r e t o d c s  o s

p a i z e s d o m u n d o .

Les e i i d a s a s

a l d e i a s

C o b r a n ç a s d e l e t r a s e m t o d o e B r i z i l

e t o n t a » c a u c io n a d a s p o r a p ó l ic e s o u o u t ro s p i p e i s d e c r e d i to

a s

  á

  c o b r a n ç a s o b r e

  o

 B r a z il o u e i t r a n g e i r o .

^réditos  na E uropa e America C artas de cre

dito s obre qualquer paiz.

Cobrunça; df juros e

  dividendos,

  t impra, venda •

de títulos, mediante

 módica

  com missão

C o b r a n ç a d e a l u g u e i s s o b

  a jus te e spec ia l .

A bertu ra le dep ósitos em P

Itália, Suissa. Ing

e Amenca do

  W >

T a b e l i ã d e j u r o s

  e m

  d e p ó s i t o s

  m

  F i l i a l

  d *

  P a r á

A pi

A pi

A p r a s o i / l c i

C o n t a s c o r r e n t e s l i m i t a d a s d e R s . 5 0 $ a t é O s . 1 0 : 0 0 0 $ ,

 4

  a o a n n o

T a b e l i ã   d e  j u r o s  e m .  d e p ó s i t o s   e m   L i s b o a  e  F i l i a l  n o  P  r ta

l e i t e s p o r i n t e r n e d i o d a F i l i e i d e F e r i

A' ordem

\ pr.i

li

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M

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