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1 LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DE ESPÉCIES OLEAGINOSAS PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL NA RESERVA EXTRATIVISTA DO CAPANÃ GRANDE – MUNICÍPIO DE MANICORÉ-AM EQUIPE: Ires Paula de Andrade Miranda (Coordenadora); Afonso Rabelo; Edelcílio Barbosa; José Ferreira Ramos; Felipe França de Morais; José Guedes de Oliveira. Projeto realizado na RESEX Capanã Grande no Município de Manicoré-AM, financiado com recursos CT- Agro/MCT/CNPq/028/2004.

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LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DE ESPÉCIES OLEAGINOSAS PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL NA RESERVA EXTRATIVISTA DO CAPANÃ GRANDE – MUNICÍPIO DE MANICORÉ-AM

EQUIPE:

Ires Paula de Andrade Miranda (Coordenadora); Afonso Rabelo; Edelcílio Barbosa; José Ferreira Ramos; Felipe França de Morais; José Guedes de Oliveira. Projeto realizado na RESEX Capanã Grande no Município de Manicoré-AM, financiado com recursos CT-Agro/MCT/CNPq/028/2004.

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CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA A presente proposta constitui-se em um projeto de pesquisa interinstitucional e multidisciplinar, o qual enfatizou a valorização dos produtos florestais, incluindo o seu uso como fonte energética alternativa renovável e visando colaborar na implantação de um desenvolvimento sustentável na Amazônia e para o Programa de Universalização da Energia do Governo Federal. O projeto foi apresentado como resultado de uma reflexão conjunta de 3 Coordenações do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e pesquisadores do Departamento de Eletricidade da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), do Institut de Recherche pour le Développement (IRD)-França e Embrapa de Roraima. Além do objetivo de oferecer um estudo experimental de opções tecnológicas concretas, de valorização energética renovável, a proposta visou, ainda, o aperfeiçoamento dos processos de coleta e beneficiamento de frutos e sementes, para extração do óleo.

Todas as etapas foram acompanhadas por pesquisadores e técnicos que observaram os impactos sócio-ambientais, e indicaram as ações de minimização que demonstrem o valor da "floresta de pé", em especial na Reserva Extrativista do Capanã Grande, no Município de Manicoré, Estado do Amazonas. Estas opções deveram ser praticáveis tecnologicamente sem serem incompatíveis do ponto vista estratégico, ambiental e sócio-econômico. A partir da idéia de valorizacão integrada dos produtos vegetais, pretendeu-se avançar sobre o terreno teórico no que diz respeito ao estabelecimento de conhecimentos científicos sobre as possibilidades de manejo sustentado da área em estudo. Na Amazônia, cerca de 30% da população, encontra-se aglomerada em pequenas vilas ou núcleos populacionais isolados. Para estas comunidades, o quadro que prevalece é uma situação de baixas condições de vida. Um dos problemas mais graves, ocorre no âmbito energético onde a demanda reprimida e os frequentes racionamentos de energia elétrica, além de reduzirem a qualidade de vida, impedem a instalação de indústrias de beneficiamento, que elevariam o valor dos produtos regionais renováveis. Em consequência, a busca por melhores condições sócio-econômicas, tem como única alternativa a extração predatória e rápida das riquezas naturais, as quais invariavelmente, resultam na destruição acelerada dos ecossistemas locais. A floresta densa, com plantas e animais que não foram sequer inventariados, vem sendo substituída por culturas temporárias e pastagens sem futuro. Dentre os vários produtos que a floresta pode fornecer, destacam-se as plantas oleaginosas, que podem oferecer uma gama de produtos não

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somente destinados a alimentação básica da população, como também seus sub-produtos, os quais seguramente podem constituir a base de um modelo de desenvolvimento tecnológico e industrial auto-sustentado. O conhecimento sobre plantas nativas úteis da Amazônia remonta desde a época pré-colombiana, quando grupos indígenas conseguiram domesticar através de estratégias de “adensamento” de espécies nativas, como os grandes castanhais (Meggers,1987; Lescure, 1995).

As Reservas Extrativistas são espaços territoriais destinados à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis, por populações extrativistas. Elas são criadas em áreas que possuam características naturais ou exemplares da biota que possibilitem a sua exploração sustentável, sem prejuízo da conservação ambiental. O alcance dos objetivos do modelo de unidade de conservação Reserva Extrativista depende fundamentalmente da participação das comunidades. Trata-se de um processo totalmente participativo, no qual é a própria comunidade quem decide solicitar a criação da Reserva, e delimita o Plano de Manejo Florestal e Uso Múltiplo da Reserva, documento esse que direciona o uso e a conservação dos recursos naturais da unidade.

A área de estudo proposta neste projeto, a Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande, é uma unidade de conservação de uso indireto criada por Decreto de Criação em 3 de junho de 2004, e abrange uma área de 304.146,28 ha. A Reserva situa-se no município de Manicoré, no Estado do Amazonas, e é delimitada ao norte pelo rio Amapá, ao sul pelo igarapé Capanã, a leste pelo rio Madeira e a oeste pela BR-319.

Segundo o Relatório do Levantamento Sócio-Econômico e Ambiental do Lago do Capanã Grande, realizado pelo IBAMA em 2003, existem na unidade 127 famílias perfazendo aproximadamente 903 pessoas, distribuídas em sete comunidades organizadas: Ponta do Campo, Santa Civita, Nossa Senhora de Fátima, Jutaí, São Raimundo, São Sebastião de Samaúma e Bom que Dói. A comunidade do lago do Capanã Grande é representada por uma Central das Associações Agro-extrativistas do Lago, que abrange cinco associações menores representativas das comunidades do Capanã. Ainda de acordo com o Relatório, 99% da população da Reserva é originária da região do Lago e apenas 1% de outras localidades. Apesar da grande mobilidade da população de uma comunidade para outra, observou-se o desejo por parte dos moradores em permanecer na região do lago do Capanã Grande.

Todas as comunidades, exceto Bom que Dói, possuem escolas. A escola de Ponta do Campo é a única que oferece ensino fundamental completo; as demais vão somente até a 4ª série. No entanto, o grau de escolaridade na Reserva permanece baixo, ressaltando-se o alto índice de

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analfabetismo. A atividade extrativa, além de principal responsável pela economia

local, seja pela tímida comercialização de alguns produtos, ou pelo uso direto na alimentação e na construção de casas e embarcações, possui também um papel importante na manutenção da etnocultura das comunidades do Capanã Grande.

Dentre os produtos extrativos de maior relevância, podemos citar algumas espécies frutíferas como: castanha do Brasil, tucumã, açaí, bacaba, cacau, cupuaçu e pupunha, além de algumas plantas medicinais, oleaginosas, essências e ornamentais, e muitas espécies de peixes, como a aruanã, o tambaqui, a pirarara e o pirarucu. A dieta alimentar é complementada com algumas espécies, como: catitu, queixada, veado, cutia, paca e alguns macacos.

A agricultura não representa uma atividade econômica expressiva, sendo praticado, basicamente, o cultivo da mandioca visando à produção de farinha e 50% da produção é consumida internamente e o resto é destinado à comercialização ou troca por outros produtos.

Embora exista uma gama de produtos extrativos destinados à subsistência das famílias do Capanã, não há geração de fração excedente para comercialização, refletindo o baixo aproveitamento desses recursos pelos moradores da área. Por outro lado, alguns moradores do Capanã se concentram na exploração comercial de poucas espécies (castanha, borracha e algumas frutas), ignorando outras tantas alternativas que podem gerar renda com a sua exploração adequada.

A sustentabilidade da atividade de extrativismo está diretamente relacionada com a diversidade dos recursos manejados. Quanto maior o leque de opções de produtos, maiores as possibilidades de obtenção de renda ao longo do ano, e menores são os impactos gerados no ecossistema. Esse projeto teve a intenção de orientar e fornecer subsídios para a elaboração do futuro Plano de Manejo Florestal e de Uso Múltiplo da Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande. As oleaginosas amazônicas apresentam vantagens como fontes naturais, por serem renováveis e abundantes, além de terem cultivo e produção não poluente, favorecendo o não esgotamento do solo (Morón-Villarreyes, 1993). Alguns autores classificaram mais de 120 espécies oleaginosas nativas da Amazônia (cerca 23 famílias botânicas), mostrando que o fruto de muitas delas não comestíveis são bastante promissores na aplicação industrial (Pesce, 1941; Pryde & Cowan, 1971; Jaocs, 1980; Mourão et

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al., 1981; Bahia, 1982; Calvin, 1985; Nothenberg, 1987; Weyne, 1987; Morón-Villarreyes, 1991). POTENCIAL DOS ÓLEOS VEGETAIS

De acordo com Morón-Villarreyes (1993), apenas 5% dos óleos usados na indústria brasileira são de origem vegetal, procedentes dos frutos de culturas agronômicas introduzidas como o dendê (Elaeis guineensis Jacq ) e côco (Cocos nucifera Linn.). Com exceção do pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) que sofreu exploração industrial, porém não racional na Amazônia, os outros óleos são explorados na medicina popular como o da copaíba (Copaifera multijuga Hayne) e andiroba (Carapa guyanensis Aublet).

A biodiversidade da região amazônica somente poderá ser utilizada de forma sistematizada por meio de uma proposta transparente de uso econômico da biodiversidade, preocupando-se com a manutenção da cobertura vegetal. Como alternativa, é de suma importância considerar esses parâmetros para espécies que tem sido submetidas a exploração extrativista. A preocupação da preservação, faz com que haja um compromisso de vinculação ciência e produção, importante para a expansão de modelos tradicionais e de novas tecnologias. Para a utilização de fontes de energia renovável, faz-se necessário favorecer o uso direto pelas populações amazônicas, associadas à produção e comercialização de produtos regionais. ESPÉCIES DE INTERESSE ECONÔMICO PROMISSORAS Dentre as oleaginosas que apresentam potencial para exploração industrial do óleo dos frutos, figuram a andiroba (Carapa guianensis Aublet) que apresenta características comparáveis às dos óleos animais atualmente utilizados em aditivos de lubrificação e de fluidos de corte de metais (Leite et al.,1993). Outro produto com potencial oleífero é a copaíba (Copaifera multijuga Hayne) a qual o óleo está sendo pesquisado como inibidor de corrosão; o mesmo é utilizado em estilo artesanal na proteção de ferramentas metálicas (Morón-Villarreyes, 1993). Outras oleaginosas como o babaçu (Orbignya phalerata Mart), dendê (Elaeis guineensis Jacq), tucumã (Astrocaryum aculeatum Meyer), pupunha (Bactris gasipaes Kunth), caiaué (Elaies oleifera Kunth), seringa (Hevea brasiliensis (H.B.K) Muell. Arg.), patauá (Jessenia

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bataua Burret), piquiá (Caryocar villosum (Aubl.) Pers.), bacaba (Oenocarpus bacaba Mart.), castanha do Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K) entre outras, demonstraram eficiência como combustíveis alternativos ao diesel (Mourão et al.,1980). As vantagens de algumas oleaginosas com relação a não depredação por práticas extrativistas, está relacionada a impraticabilidade do beneficiamento de sua madeira, como é o caso das palmeiras. Estas plantas encontram-se entre os recursos vegetais mais úteis para o homem amazônico, incluindo os povos indígenas, que delas obtém grande parte de seu sustento e moradia, além de múltiplos objetos que satisfazem suas necessidades materiais (Anderson,1978; Guillaumet,1987; Balick,1988; Boom,1988; Kahn & De Granville, 1992; Galeano,1992). Para o aproveitamento do potencial econômico das palmeiras regionais e incorporação à lista de cultivos comerciais, torna-se necessária a ampliação de estudos básicos e aplicados para um melhor conhecimento sobre sua diversidade, ocupação no ecossistema, evolução, adaptação, e desenvolvimento de métodos adequados para o manejo e utilização de seu potencial (Miranda et al., 2001, 2003). As pesquisas referentes à semente são de grande importância na prática comercial, visto que as palmeiras, em sua maioria, são propagadas através das mesmas, principalmente aquelas que não apresentam perfilhos. Pinheiro & Araújo Neto (1985,1987) defendem que estudos descritivos da germinação das sementes de palmeiras são importantes para o conhecimento completo do processo germinativo e básico para o desenvolvimento técnico eficiente de produção de mudas. Com relação a esse aspecto, destacam-se os trabalhos de Jordan (1970), Pinheiro & Araújo Neto (1985); Queiroz (1986) e Belin & Queiroz (1987).

Na tentativa de contribuir na prospecção vegetal e uma política de manejo sustentável e exploração racional, os estudos florísticos, ecológicos e do rendimento em condições naturais das oleaginosas poderão oferecer alternativas de organização e distribuição de renda socialmente equilibrada às comunidades na RESEX Capanã Grande (AM).

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Figura 1. RESEX Lago do Capanã Grande. Fonte: IBAMA/MMA

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OBJETIVO Realizar levantamentos quantitativos das espécies oleaginosas nativas com potencial para produção de biodiesel na Reserva Extrativista do Capanã Grande (Resex Capanã), no Município de Manicoré, Estado do Amazonas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS -Identificar e catalogar espécies oleaginosas por meio de estudos botânicos e fenológicos; -Caracterizar os parâmetros físicos, químicos, nutricionais e energéticos dos óleos e sub-produtos obtidos a partir das espécies escolhidas; -Estudar métodos e processos para a coleta e utilização de sementes, observando os aspectos técnicos, econômicos, ambientais e sócio-culturais; -Seleção e manejo de espécies oleaginosas; -Propor formas de utilização integrada dos sub-produtos da cadeia produtiva do biodiesel. -Questionário sócio-econômico das populações da RESEX. METAS -Estabelecer procedimentos de identificação e manejo de sistemas de cultivo para exploração das oleaginosas visando garantir a sustentabilidade da matéria-prima de acordo com as condições edafo-climáticas e tipos de vegetação; -Identificar os produtos extrativistas utilizados pela populações da RESEX; -Promover o uso de produtos e sub-produtos de oleaginosas, visando atender pequenos produtores e agro-indústria na região; -Apresentação dos resultados em Workshop específico e publicações em revistas indexadas; livros; relatório final com recomendações.

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METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE AÇÃO AVALIAÇÃO DA BIODIVERSIDADE A análise quantitativa e qualitativa das oleaginosas das florestas primárias foram realizadas por meio de 5 transectos de 1ha de 20x500m cada (Gentry, 1982). Todos os indivíduos com altura maior ou igual a 10cm foram mapeados. Os parâmetros avaliados foram: altura, diâmetro, forma de vida, tipo de habitat, abundância, dominância, índice de valor de importância (IVI), índice de valor de importância ampliados (IVIA), índice de agregação das espécies, composição florística e determinações taxonômicas. Foram aplicados índices para avaliar a densidade das espécies na área de estudo. Foram selecionados indivíduos para coleta de sementes e pólen. Na vegetação secundária os mesmos parâmetros foram avaliados em 10 transectos de 5 x 50m. SELEÇÃO E MANEJO DAS ESPÉCIES OLEAGINOSAS Nesta etapa, foram definidas as espécies a serem estudadas, considerando que serão manejadas aquelas com maior produção de óleo. Trabalhou-se com as espécies que ocorrem com elevada abundância e freqüência por unidade de área. Durante a exploração um número razoável de frutos (1.000 a 2.000) serão coletados das melhores matrizes, considerando as características fenotípicas, para testes de qualidade dos óleos pelo Laboratório de Engenharia da UFAM. ESTUDOS DE PADRÕES DE TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO A LONGO PRAZO DE RECURSOS GENÉTICOS ATRAVÉS DE BANCO DE PÓLEN E SEMENTE. Para o estudo deste parâmetro foram coletados o pólen antes da antese masculina de acordo com a metodologia utilizada por Miranda (1986,1993). Será feita a determinação da viabilidade do pólen e das sementes bem como a análise dos parâmetros de crescimento,

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estabelecendo com isso as espécies mais promissoras para programa de cultivo (Jordan, 1970). PROPOR FORMAS DE UTILIZAÇÃO INTEGRADA DA BIODIVERSIDADE Serão utilizados questionários junto à comunidade local e avaliação do uso da terra pelas comunidades locais, o tempo de utilização das mesmas e finalmente após a conclusão da pesquisa sugerir formas de utilização e manejo dos produtos regionais. EXPERIÊNCIA DA EQUIPE COM A TEMÁTICA DO EDITAL GRUPO EXECUTOR

O grupo “Estudo de Palmeiras da Amazônia” possui experiência comprovada na Coordenação e como membros de equipe de projetos interinstitucionais e multidisciplinares enfatizando fontes de fomento como o PPD-G7, PNOPG/CNPq e outras fontes. Os resultados apresentados nestas experiências estão refletidos nos livros: “Frutos de Palmeiras da Amazônia” e “Ecossistemas Florestais em Áreas Manejadas na Amazônia”. Além de Projetos de Pesquisa relacionados abaixo, os quais renderam publicações em capítulos de livros e revistas indexadas nos últimos cinco anos. Projeto: Caracterização dos Ecossistemas Florestais de Áreas Manejadas com Cultivo de Dendê. Origem: PPD-G7 Atuação: A proponente atuou como Coordenadora Projeto: Impactos ambientais das atividades agro-silvipastoris sobre ecossistemas amazônicos e opções de sustentabilidade. Origem: PPG-G7 Atuação: A proponente atuou como Participante Projeto: Domesticação de germoplasma silvestre de camu-camu Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh para uso em agroindústria na

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Amazônia. Origem: PPD-G7 Atuação: A proponente atuou como Participante Projeto: Crescimento e incremento de uma floresta de terra firme manejada experimentalmente e ecofisiologia de suas espécies comerciais. Origem: PPD-G7 Atuação: A proponente atuou como Participante Projeto: Aspectos biológicos de palmeiras amazônicas com potencial econômico. Origem: PNOPG/CNPq Atuação: A proponente atuou como Coordenadora Projeto: Recursos vegetais da Reserva Florestal Walter Egler, Manaus, Amazonas, Brasil Origem: PNOPG/CNPq Atuação: A proponente atuou como Participante Projeto: Inseticidas vegetais de Meliaceae para controle de pragas de produtos alimentícios. Origem: PTU/CNPq Atuação: A proponente atuou como Participante GRUPO COLABORADOR O grupo possui experiência em desenvolvimento comunitário, plantação e operação de óleos vegetais. Instalação, operação e manutenção de redes elétricas e de grupos geradores de comunidades isoladas e micro usinas, extração de óleos vegetais para o aproveitamento racional e sustentável dos recursos naturais locais e possuindo projetos aprovados em Agências de Fomento na produção sustentável de biodiesel.

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DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS ESPERADOS E PERSPECTIVAS DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS (TECNOLÓGICOS, CIENTÍFICOS, ECONÔMICOS, SOCIAIS E AMBIENTAIS) -Conhecimento da diversidade florística das áreas de mata primária secundária e caracterização botânica das espécies. -Difundir informações técnico-científicas de forma integrada e pulverizada. -Desenvolver bases tecnológicas através da implantação de projetos experimentais integrados visando o uso econômico da biodiversidade. -Publicação em revistas indexadas e exposições de trabalhos em congressos. -Resgatar e difundir o conhecimento das potencialidades regionais, de forma a subsidiar a implantação de uma política florestal que contemple a aproveitamento racional e valorização da biomassa tropical da Região amazônica. -Promover o uso de produtos e sub-produtos de oleaginosas visando atender pequenos produtores e agroindústrias na região. -Promover workshop para apresentar os resultados obtidos no desenvolvimento do projeto e propor formas de aproveitamento integrado das espécies escolhidas. -Formação de recursos humanos. DESCRIÇÃO DOS INDICADORES QUANTITATIVOS -Disponibilizar o número e a distribuição das espécies de oleaginosas da área de estudo. -Criação de um banco de dados de oleaginosas da Reserva Extrativista de Capanã Grande. -Incremento do acervo do herbário do INPA e outros herbários nacionais das espécies catalogadas.

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OUTROS PROJETOS FINANCIADOS ATUALMENTE Criação de um banco de pólen de plantas medicinais da Amazônia PNOPG/CNPq. (em fase de conclusão). Coordenadora: Ires Paula de Andrade Miranda, Dra. RESULTADOS Foram inventariados em 5 hectares estudados as oleaginosas nativas e as espécies utilizadas na produção extrativista do Município (Figura 2). Foram coletados frutos de Orbignya phalerata (babaçu) e incorporados no Departamento de Eletricidade da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), para o processo de obtenção de óleos promissores para biocombustíveis alternativos.

Figura 2 . Estabelecimento dos transectos na RESEX Capanã Grande.

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Constatou-se no levantamento do primeiro hectare 133 indivíduos perfazendo um total de 50 espécies incluindo oleaginosas. Das espécies mais abundantes encontradas Orbingnya phalerata (babaçu) apresentou 45 indivíduos produtivos, seguida por Euterpe precatoria (açaí do amazonas) com 30 indivíduos produtivos e Astrocaryum aculeatum (tucumã) e Virola calophylla com 3 respectivamente (Tabela 1, Figura 3). Tabela 1. Total de espécies, abundância absoluta (indivíduos/1 ha) e frequência relativa (%) das oleaginosas na comunidade de Comunidade Sta. Cívica em Capanã Grande.

Abundância

Número Espécies Absoluta Relativa

(Individuos/1 ha) (%)

1 Andira trifoliolata Ducke 1 0.75

2 Aniba burchellii Kostermns 1 0.75

3 Aniba rosaeodora Ducke 1 0.75

4 Aniba williamsii O.C. Schmist 1 0.75

5 Astrocaryum aculeatum Mey. 3 2.26

6 Astrocaryum murumuru Martius 1 0.75

7 Brosimum rubescens Taub. 1 0.75

8 Brosimum utile (Kunth) Pittier 2 1.50

9 Caryocar villosum (Aubl.) Pers. 1 0.75

10 Chrysophyllum prieurii A. DC. 1 0.75

11 Chrysophyllum sanguinolentum Bae. 1 0.75

12 Clarisia racemosa Ruiz & Pav. 1 0.75

13 Copaifera multijuga Hayne 1 0.75

14 Duguetia stelechantha (Diel.) R.E.Fr 1 0.75

15 Eschweilera atropiata Mori 1 0.75

16 Eschweilera grandiflora (Aubl.) Sa. 1 0.75

17 Eschweilera sp. 1 0.75

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18 Euterpe precatoria Mart. 30 22.56

19 Guarea sp. 1 0.75

20 Himatanthus sucuuba (Spruce) Woo 1 0.75

21 Iryanthera juruensis Warb. 1 0.75

22 Lecythis prancei Mori 1 0.75

23 Licaria guianensis Aubl. 1 0.75

24 Machaerium hoehneanum Ducke 1 0.75

25 Micropholis splendens Gil. ex Aubr. 1 0.75

26 Oenocarpus bacaba Mart. 2 1.50

27 Oenocarpus bataua Martius 1 0.75

28 Onychopetalum amazonicum R.E.Fr. 1 0.75

29 Orbignya phalerata Mart. 45 33.83

30 Osteophloeum phatyspermum Warb. 1 0.75

31 Parkia pendula (Willd.) Walp. 1 0.75

32 Perebea mollis Hub. mollis 1 0.75

33 Pouteria guianensis Aubl. 1 0.75

34 Protium aracouchini (Aubl.) March. 1 0.75

35 Protium cf. flavilatex T.D. Penn. 1 0.75

36 Protium divaricatumEngl. 2 1.50

37 Protium opacum Swart. opacum 1 0.75

38 Pseudolmedia laevis (R e P.) Macbr 1 0.75

39 Socratea exorrhiza (Mart.) Wendl. 1 0.75

40 Swartzia ingifolia Ducke 2 1.50

41 Theobroma speciosum Willd. 2 1.50

42 Theobroma spruceanum Bernoulli 1 0.75

43 Theobroma subincanum M. in Bur. 1 0.75

44 Theobroma sylvestris (Aubl.) 2 1.50

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Don.

45 Trattinnickia rhoifolia Willd. 1 0.75

46 Vantanea guianesis (Aubl.) Ducke 1 0.75

47 Virola calophylla Warb. 3 2.26

48 Virola spruceanum Engl. 1 0.75

49 Virola theiodora Warb. 1 0.75

50 Vismia guianensis (Aubl.) Choisy 1 0.75

Total geral 50 espécies 133 indivíduos 100.00 %

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17

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Orbignya phalerata Euterpe precatoria Astrocaryum aculeatum Virola calophylla

Espécies mais abundantes

Tota

l de

indi

vídu

os

Figura 3. Levantamento das espécies com maior abundância em 1 hectare realizado na Comunidade Santa Cívita, Município de Manicoré-AM.

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Miranda et. al. (2008), constaram em 7 comunidades ribeirinhas da região amazônica densidades de indivíduos de Euterpe precatoria (açaí do Amazonas) variando de 226 a 91 indivíduos por hectare o que demonstra a especificidade da espécie por determinados ambientes (Figura 4).

Figura 4. Indivíduo de Euterpe precatoria Martius na RESEX Capanã Grande Município de Manicoré-AM.

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No segundo hectare levantado foram mapeadas as palmeiras com potencial agro-industrial nas áreas inventariadas. Constatou-se que Euterpe precatoria (açaí do Amazonas) foi a espécie com maior número de indivíduos (92) seguido por Orbignya phalerata (babaçu) (17) Astrocaryum murumuru (murumuru) (3) Maximiliana maripa (inajá) (2) e Oenocarpus bacaba (1) apresentados na Tabela 2 e Figura 5. Tabela 2. Abundância absoluta e relativa dos indivíduos de palmeiras amostrados na RESEX Capanã Grande (Manicoré-AM.). Abundância Número Espécies Absoluta Relativa

(Individuos/1 ha) (%)

1 Astrocaryum murumuru Martius 3 2.61

2 Euterpe precatoria Mart. 92 80.00

3 Maximiliana maripa (Aubl.) Drude 2 1.74

4 Oenocarpus bacaba Martius 1 0.87 5 Orbignya phalerata Martius 17 14.78

Total 5 espécies 115 indivíduos 100.00

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20

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Astrocaryum murumuru Euterpe precatoria Maximiliana maripa Oenocarpus bacaba Orbignya phalerata

Espécies

Tota

l de

indi

vídu

os

Figura 5. Abundância absoluta de indivíduos amostrados em 1 hectare de floresta na Reserva Extrativista Capanã Grande (Município de Manicoré-AM).

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21

A Tabela 3 e Figura 6 apresentam os resultados do levantamento floristico de plantas de interesse econômico do terceiro hectare amostrado nas áreas estudadas da RESEX Capanã Grande. Observa-se que a palmeira Astrocaryum murumuru (murumuru) destaca-se com maior número de indivíduos (23) seguido por Euterpe precatoria (17), Hevea guianensis (18), Scheelea phalerata (11), Hevea brasiliensis (4) e Copaifera multijuga (2). Das plantas amostradas obteve-se um total de 65 indivíduos e abundância relativa de 100% da área de 1 hectare. Tabela 3. Relação de espécies amostradas em 1 hectare na Comunidade Ponta do Campo da RESEX do Capanã Grande no Município de Manicoré-AM. Abundância Número Espécies Absoluta Relativa (Individuos/1 ha) (%) 1 Astrocaryum murumuru Mart. 23 35.38 2 Copaifera multijuga Hayne 2 3.08 3 Euterpe precatoria Mart. 17 26.15 4 Hevea brasiliensis Müll. Arg. 4 6.15 5 Hevea guianensis Aubl. 8 12.31 6 Scheelea phalerata Burret 11 16.92

Total 6 espécies 65 indivíduos 100.00

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22

0

5

10

15

20

25

Astrocaryummurumuru

Copaifera multijuga Euterpe precatoria Hevea brasiliensis Hevea guianensis Scheelea phalerata

Espécies

Tota

l de

indi

vídu

os

Figura 6. Inventário do número de indivíduos das espécies de valor econômico mais abundantes na RESEX do Capanã Grande no Município de Manicoré-AM.

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Foi realizado o levantamento de 1 hectare dos indivíduos de Bertholletia excelsa na RESEX do Capanã Grande, na qual a referida espécie é uma das principais economia extrativista da região (Figura 7). No presente inventário constatou-se o número de 26 indivíduos adultos e 22 jovens perfazendo um total de 48 plantas por hectare. Observou-se que do ponto de vista econômico considera-se uma alta densidade de indivíduos para uma exploração sustentável e isto significa que deverá ser aplicado um plano de manejo para maior revitalização desse produto na região (Tabela 4, Figura 8). Segundo Cymerys et. al. (2005), em áreas de castanhais nativos esses autores citam de 1 a 5 árvores adultas por hectare sendo que na Reserva Extrativista Chico Mendes no Acre os mesmos autores indicam densidades de 1 a 4 árvores por hectare. Na Floresta Nacional Caxuanã citam os autores 10 a 12 por hectare e m Trombetas-PA uma densidade de 15 árvores por hectare.

Figura 7. Indivíduo de Bertholletia excelsa (Castanha do Brasil) nativa da RESEX Capanã Grande.

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24

20

21

22

23

24

25

26

27

N˚. Jovens N˚. Adultos

Bertholletia excelsa (castanha do Brasil)

Tabela 4. Total de indivíduos Bertholletia excelsa (Castanha do Brasil) inventariadas na RESEX Capanã Grande no Município de Manicoré-AM .

Castanha do Brasil N˚. plantas Jovens N˚. de plantas Adultas

Indivíduos 22 26

Total geral

48

Figura 8. Densidade de indivíduos inventariados de Bertholletia excelsa (castanha do Brasil) na RESEX Capanã Grande no Município de Manicoré-AM .

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Com relação ao quinto inventario de 1 hectare realizado na RESEX do Capanã Grande levantou-se a densidade de Hevea brasiliensis (seringueira) constatando-se a incidência de 62 indivíduos adultos por hectare dessa espécie de valor econômico extrativista (Figura 9). Souza et. al. (2005) citam que em ambientes naturais do Estado do Acre encontra-se até 3 indivíduos de seringueira por hectare enquanto que na região do Tapajós (Pará) considerada uma região de tradição do cultivo da seringueira estes autores citam plantios em torno de 700 indivíduos por hectare.

Figura 9. Indivíduo de Hevea brasiliensis (H.B.K) Muell. Arg. (seringueira) na RESEX Capanã Grande no Município de Manicoré-AM .

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A Tabela 5 e Figura 10 apresentam as 6 espécies de interesse econômico mais abundantes na RESEX do Capanã Grande. Pode-se constatar que Euterpe precatoria (açaí do Amazonas) figura como a primeira espécie em densidade de indivíduos (92) seguida por Hevea brasiliensis (seringueira) com 62 indivíduos, Bertholletia excelsa (castanha do Brasil) com 48, Orbignya phalerata (babaçu) com 45, Astrocaryum murumuru (45) e Scheelea phalerata (urucuri) com 11 indivíduos, perfazendo um total de 303 indivíduos das espécies utilizadas pela população da RESEX Capanã Grande. Tabela 5. Espécies mais abundantes em 5 hectares nos inventários realizados na RESEX Capanã no Município de Manicoré-AM.

Espécies Total de indivíduos Euterpe precatoria 92 Hevea brasiliensis 62 Bertholletia excelsa 48 Orbignya phalerata 45 Astrocaryum murumuru 45 Scheelea phalerata 11

Total 303

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27

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Euterpe precatoria Hevea brasiliensis Bertholletiaexcelsa

Orbignya phalerata Astrocaryummurumuru

Scheeleaphalerata

Espécies mais Abundantes

Tota

l de

Indi

vídu

os

Figura 10. Espécies mais abundantes em 5 hectares inventariados na RESEX Capanã no Município de Manicoré-AM.

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PESQUISA PONTUAL DE DADOS SOCIO-ECONÔMICOS DE 7 COMUNIDADES DA RESEX CAPANÃ GRANDE PLANTAS CULTIVADAS

EXTRATIVISMO CORTE DE ÁRVORES

PRODUÇÕES ALTERNATIVAS

Macaxeira, mandioca, cheiro verde, cebolinha, banana, abacaxi, laranja, coco, cará limão, cana-de-açúcar, verduras e plantas medicinais.

castanha, seringa, copaíba, andiroba, açaí, sorva e pesca.

Em virtude do projeto do INCRA para a construção de moradias algumas árvores tem sofrido corte para construção. Não há comercialização de madeiras

Criação de abelhas silvestres sem ferrão. Em uma comunidade utiliza-se o aproveitamento do fruto de babaçu de maneira artesanal para alimentação de frangos. Da palmeira jacitara são utilizadas fibras para confecção de “tipiti” para processamento da mandioca.

Vale ressaltar que no momento da execução do projeto foi verificado que não havia nenhum projeto agropecuário em execução nas comunidades (Figura 11). Verificou-se também um movimento da comunidade com relação a posse de áreas da Reserva entre a população tradicional e a população indígena.

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Figura 11. Comunidade Jutaí RESEX Capanã Grande.

Figura 12. Entrevista sobre os recursos utilizados para a subsistência das comunidades da RESEX com a presença do Sr. Ló (seta) presidente da comunidade Santa Civita.

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Figura 13. Reunião com as lideranças da comunidade Jutaí da RESEX Capanã Grande, para obtenção dos dados sócio-econômicos relatados pelo presidente da comunidade Rogério Magalhães (seta).

Figura 14. Pescado, um dos produtos de subsistência mais utilizados na comunidade Jutaí RESEX do lago do Capanã Grande.

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Figura 15. Vista panorâmica da comunidade Santa Civita RESEX do Lago do Capanã Grande.

Figura 16. Sr. Quintino um dos mais antigos seringueiros da RESEX Capanã Grande executando procedimentos inerentes à retirada do látex da seringueira (Hevea brasiliensis (H.B.K) Muell. Arg. ).

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Figura 17 (A e B). Comunidade Santa Civita com maior densidade populacional de crianças na faixa etária de 1 a 12 anos de idade.

A

B

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Figura 18. Cultivo de mandioca consorciado com abacaxi (A) para a fabricação de farinha (B); produtos de subsistência da comunidade Santa Civita da RESEX Capanã Grande.

A

B

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Figura 19. Seringueira Hevea brasiliensis (H.B.K) Muell. Arg., um dos produtos extrativistas (A e B) que formam a base da economia da RESEX Capanã Grande.

B

A

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Figura 20. A castanheira Bertholletia excelsa H.B.K produto extrativista (A e B) base da economia da RESEX Capanã Grande.

B

A

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Figura 21. Comunidade São Raimundo, uma das 7 comunidades visitadas na RESEX Capanã Grande (A e B).

B

A

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Figura 22. Produtos de avicultura suinocultura com forte tendência na comunidade São Raimundo RESEX Capanã Grande (A e B).

A

B

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Figura 23. A atividade de meliponicultura começa a constituir-se como parcela inovadora na economia de algumas comunidades como São Raimundo e Santa Civita da RESEX Capanã Grande (A e B).

A

B

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Figura 24. O cultivo de plantas medicinais e hortaliças como alfavaca, malva e cebolinha, comuns nas comunidades da RESEX Capanã Grande (A e B).

A

B

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Figura 25. Babaçu (Orbignya phalerata Barb. Rodr.) palmeira oleaginosa com grande densidade na RESEX Capanã Grande (A e B).

A

B

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Figura 26. (A) Pesquisa de dados sócio-econômicos das comunidades da RESEX e (B) projeto do INCRA em parceria com o IBAMA, para a construção de moradias das famílias das 7 comunidades da RESEX.

B

A

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Figura 27. (A) Vista panorâmica da lago do Capanã Grande e (B) área dos inventários florísticos.

B

A

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Figura 28. Meio de locomoção da equipe para acesso as 7 comunidades estudadas da RESEX Capanã Grande (A) e (B).

B

A

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AGRADECIMENTOS A equipe do LABPALM-INPA agradece a colaboração das famílias Rego, Gomes e Freitas na pessoa dos senhores Clovis Rêgo (Ló) e Quintino. Aos técnicos do IBAMA de Manicoré Altair e Rose Batista. Aos servidores do IBAMA-Manaus Leonardo e Marina. Ao Dr. Henrique Pereira Superintendente Regional do IBAMA-Manaus e a todos que direto e indiretamente contribuíram para sucesso da referida pesquisa.