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LA PAGE DES LECTEURS - unesdoc.unesco.orgunesdoc.unesco.org/images/0010/001054/105418f.pdf · Julio C. Valiente Travailleur social Concepción (Paraguay) PASSER LE MESSAGE Diego D

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L A P A G E D E S L E C T E U R S

S O U R C E S U N E S C O N ° 8 8 / M A R S 1 9 9 7

2. . . . . .

Je voudrais vous félici-ter pour votre revue. C’est l’un desmeilleurs moyens que possède votre orga-nisation internationale pour faire passer desinformations sur ses réalisations.

Sources UNESCOest accessible sur

Internet

dans les rubriques:new ou publications

à notre adresse:http://www.unesco. org

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INCITATIONSBert WaburtonHomme d’affaires à la retraiteLighgow, Nouvelle-Galles-du-SudAustralie

On pourra me rétorquer que ces mesu-res ne sont pas loin d’être répressives ouqu’elles empiètent sur les libertés indivi-duelles. Mais le sens civique et le bien-êtrede tous ne sont-ils pas à ce prix?

PLUS QUE«FAIRE AVEC»Julio C. ValienteTravailleur socialConcepción (Paraguay)

PASSER LE MESSAGEDiego D. OrellanaCuenca (Équateur)

DES ÉLÈVESAUX CHERCHEURSIbrahima MagassoubaSecrétaire généralCommission nationale guinéenne pour l’UNESCOConakry

VULGARISATIONCarlos IzquierdoCentre national pour l’améliorationde l’enseignement de la scienceCaracas (Venezuela)

J’ai lu avec intérêt vo-tre dossier du n° 84 intitulé «Eau douce,eau trouble, eau rare». Il est grand tempsde s’intéresser à l’utilisation que nous fai-sons de cette précieuse ressource. Bravo!Vous en présentez les enjeux sans semer lapanique, ce qui fait peut-être la une desjournaux mais ne débouche sur aucun dé-bat ni action.

Il y a toutefois un aspect de la questionque vous ne soulevez pas: changer les ha-bitudes et comportements des gens n’estjamais simple et exige le plus souventqu’on les y encourage, surtout dans les paysriches où l’eau «coule de source»: elle estpropre et abondante. On fait marcher unlave-vaisselle à moitié vide, on laisse cou-ler les robinets, les baignoires sont de vé-ritables piscines...

Le fait d’être obligé de mettre la mainau porte-monnaie est généralement lemeilleur des encouragements. Autrementdit, le prix de l’eau devrait refléter sa va-leur réelle et des incitations financièresproposées à ceux qui en font la meilleureutilisation. Parallèlement, les gouverne-ments seraient bien avisés d’investir dansde grandes campagnes publicitaires mon-trant aux gens comment utiliser moinsd’eau chez eux. Il existe toute une gammede gestes simples qui permettent de dimi-nuer la consommation d’eau: changer lesjoints régulièrement, utiliser une pomme dedouche qui répartit l’eau doucement et ré-gulièrement...

Les campagnes qui manient la carotteet le bâton peuvent donner d’excellentsrésultats. Prenez celle menée en Nouvelle-Galles-du-Sud à propos de l’alcool au vo-lant: contrôle au moyen de l’alcotest, lour-des amendes et large publicité non seule-ment sur les peines encourues, mais aussisur une autre façon d’aller boire un verreavec des amis. Cette campagne a considé-rablement diminué le nombre de morts surla route et radicalement modifié les com-portements. Les gens continuent à sortir,mais ils laissent leur voiture au garage etprennent un taxi, un autobus fourni spécia-lement par le club ou le pub, ou désignentl’un d’entre eux qui restera sobre!

Permettez-moi de vousdire combien j’apprécie le travail réalisépar Sources et je crois que tous vos lec-teurs partagent mon avis sur l’importancede cette publication.

À 38 ans, j’en ai déjà passé 16 à tra-vailler avec des organisations paysannespour promouvoir le développement com-munautaire. Ma région est éminemmentagricole, dans un département qui est sansdoute le plus pauvre du pays. Et pourtant,il existe des expériences intéressantes nonseulement pour «faire avec», mais surtoutpour tenter d’améliorer les conditions devie des populations.

Votre publication nouspermet d’informer l’ensemble de nos lec-teurs que sont les jeunes élèves, étudiants,enseignants, chercheurs, hommes de cul-ture et de médias, ONG, etc.

✉✉✉ Je lis toujours votre ma-gazine avec beaucoup d’intérêt et il s’avèred’une grande utilité dans mon travail, tantdans le domaine de l’éducation que danscelui de la vulgarisation scientifique à laradio et dans d’autres médias: depuis 21ans, je produis quotidiennement une émis-sion intitulée «Vie et science», ainsi que,depuis 11 ans, un programme hebdoma-daire «Enfance et avenir».

Merci à tous les collaborateurs de Sour-ces qui savent lui donner vie durablement.

À L A U N E

Tou s l e s a r t i c l e s s on t l i b r e s d e t ou tdroit de reproduction. L'envoi à la rédactiond'une copie de l'art ic le reproduit seraitappré c i é . Le s pho to s sans l e s i gne ©sont d i spon ib les gra tu i tement pour lesméd i a s s u r s imp l e demande ad re s s éeà l a r éda c t i on .

Pages 6 à 16

PAGE ET IMAGES . . . . . . . . . . . . 4

FAITS ET GESTES . . . . . . . . . . . . . 5

S O M M A I R E

P L E I N C A D R E

S O U R C E S U N E S C O

Rédaction et diffusion: SOURCES UNESCO, 7 placede Fontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tél. (33 1) 45 68 1673. Fax: (+33 1) 45 68 56 54 .Ce mensuel, destiné à l'information, n'est pasun document officiel de l'UNESCO.ISSN 1014 5494

Couverture:Photo © Hien Lam Duc

À SUIVRE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

S O U R C E S U N E S C O N ° 8 8 / M A R S 1 9 9 7

ENFANTS DE LA RUE:

QUELLES PORTESDE SORTIE?

PLANÈTE:

Culture• MIRACLES OU RÉALISME? . . . . . . .18

Science et paix• DE L’ATOME AUX BACILLES . . . . . . . 20

Éducation• SI JEUNESSE SAVAIT... . . . . . . . . . 22

Éducation• «ÉVEILLER LES CONSCIENCES» . . . .23

À l’abri de la violencede la rue.

À quand une renaissanceculturelle à l’Est?

Demain,la guerre biologique?

3. . . . . .

DONNER ET SE DONNER« . . . I l n o u s f a u t d é b u s q u e r l e s c a u s e s p r o f o n d e s d e s

p ro b l è m e s m o n d i a u x e t n o u s e f f o r c e r, e n a g i s s a n t a v e c

i m a g i n a t i o n e t p e r s é v é r a n c e , d ’ é t o u f f e r l e s c o n f l i t s à l a

r a c i n e o u , m i e u x e n c o r e , d e l e s p r é v e n i r. L a p r é v e n t i o n :

v o i l à l a v é r i t a b l e v i c t o i r e . . . S a v o i r p o u r p r é v o i r. P r é v o i r

p o u r p r é v e n i r. A g i r à t e m p s , a v e c r é s o l u t i o n e t c o u r a g e . . .

« . . . E n 1 9 8 9 , u n s y s t è m e s ’ e s t e f f o n d r é p a r c e q u e , f o n d é

s u r l ’ é g a l i t é , i l a v a i t o u b l i é l a l i b e r t é . L e s y s t è m e a c t u e l ,

f o n d é s u r l a l i b e r t é , r i s q u e d e c o n n a î t r e l e m ê m e s o r t s ’ i l

o u b l i e l ’ é g a l i t é e t l a s o l i d a r i t é . . . C ’ e s t p o u r q u o i l a m o r a l e

- e t l ’ i n t é r ê t - n o u s c o m m a n d e d e r e n f o r c e r s u r t o u s l e s

f r o n t s l a l u t t e c o n t r e l ’ e x c l u s i o n e t l a m a r g i n a l i s a t i o n . . .

« . . . P a i x , d é v e l o p p e m e n t e t d é m o c r a t i e f o r m e n t u n t r i a n g l e

i n t e r a c t i f . C h a c u n d e c e s t r o i s é l é m e n t s e s t t r i b u t a i r e d e s

d e u x a u t r e s . S a n s d é m o c r a t i e , p a s d e d é v e l o p p e m e n t

d u r a b l e : ( l e s d i s p a r i t é s d e v i e n n e n t i n s u p p o r t a b l e s e t

d é b o u c h e n t s u r l a c o n t r a i n t e e t l a d o m i n a t i o n ) . . .

« . . . L’ é d u c a t i o n e s t l a c l é d e l ’ i n d i s p e n s a b l e c h a n g e m e n t

d ’ o r i e n t a t i o n d ’ u n m o n d e o ù l ’ é c a r t q u i n o u s s é p a r e l e s

u n s d e s a u t r e s , e n t e r m e s d e r i c h e s s e s m a t é r i e l l e s e t d e

s a v o i r, n e c e s s e d e s e c r e u s e r a u l i e u d e s e c o m b l e r. . .

« . . . C e t t e t r a n s f o r m a t i o n p r o f o n d e q u i , d e l a s u j é t i o n e t

d e l ’ e n f e r m e m e n t , m è n e à l ’ o u v e r t u r e e t à l a g é n é r o s i t é ,

c e t t e m u t a t i o n a x é e s u r l a c o n j u g a i s o n p a r t o u s e t a u

q u o t i d i e n d u v e r b e « p a r t a g e r » , c l é d ’ u n a v e n i r d i f f é r e n t ,

n e p o u r r a a d v e n i r s a n s l a j e u n e s s e . . .

« . . . L a r e n o n c i a t i o n g é n é r a l i s é e à l a v i o l e n c e r e q u i e r t

l ’ e n g a g e m e n t d e t o u t e l a s o c i é t é . E l l e e s t l ’ a f f a i r e n o n d u

g o u v e r n e m e n t , m a i s d e l ’ É t a t , n o n d e q u e l q u e s d i r i g e a n t s ,

m a i s d e l ’ e n s e m b l e d e l a s o c i é t é . . . P o u r c h a n g e r, l e

m o n d e a b e s o i n d e t o u t l e m o n d e . L’ h e u re e s t à l ’ a c t i o n . . .

I l s ’ a g i t d e r é a g i r, c h a c u n d a n s l a m e s u re d e s e s m o y e n s .

N o u s n e p o u v o n s n o u s c o n t e n t e r d e r e g a r d e r c e q u e f a i t

l e g o u v e r n e m e n t . I l n o u s f a u t r e n o n c e r à u n e p a r t i e d e c e

q u i e s t à n o u s . I l f a u t d o n n e r, i l f a u t s e d o n n e r. . . »

E x t r a i t s d e l a d é c l a r a t i o n d e F e d e r i c o M a y o r s u r

« L e d r o i t d e l ’ ê t r e h u m a i n à l a p a i x » , j a n v i e r 1 9 9 7 .

P A G E S E T I M A G E S

S O U R C E S U N E S C O N ° 8 8 / M A R S 1 9 9 7

4. . . . . .

Les publications et pério-diques de l’UNESCO sonten vente dans les librairiesdes Éditions UNESCO auSiège, ainsi que par l’inter-médiaire des agents devente dans la plupart despays. Ils peuvent être con-sultés dans chaque Étatmembre dans une biblio-thèque dépositaire del’UNESCO.Informations et commandesdirectes par courrier, fax ouInternet: Éditions UNESCO,7 Place de Fontenoy, 75352Paris 07 SP. Tel: (+33 1) 0145 65 43 00 - Fax (+33 1)01 45 68 57 41. Internet:http://www. unesco.org/publishing. En France surMinitel: 3615 UNESCO.

LIVRES

PÉRIODIQUES

REVUE INTERNATIONALEDES SCIENCES SOCIALESC’est l’«état des lieux» d’une«discipline en pleine efferves-cence» que dressent deuxnuméros de cette revue: la

FORMATION DE BASEET TRAVAILÀ quelles initiatives économi-ques des organisations de baseont-elles recours pour résoudrelocalement les problèmes depauvreté? Quelles nouvellescompétences sont nécessairespour rendre viables et durablesces «expériences alternatives detravail dans les zones marginali-sées et périphériques»? Peut-ony voir l’émergence de forma-tions socio-économiquesnouvelles en marge du «marchéunique»? Que doivent faire leséducateurs et organisationsd’action locale dans la luttecontre l’exclusion sociale et ladégradation des conditions detravail?Au terme d’une recherche dedeux ans menée dans le cadre

des projets ALPHA de l’Institutde l’UNESCO pour l’éducation,basé à Hambourg (Allemagne),une vingtaine de spécialistes de12 pays proposent des réponsesconcrètes en poursuivant unobjectif commun: «assurer dansl’immédiat la survie, tout enrenforçant, pour les individus etles communautés dont ils sontmembres, la volonté, lacompétence et le pouvoird’exprimer ses choix, de choisirses voies et de les suivre».

● ALPHA 96 - Formation debase et travail, sous la directionde Jean-Paul Hautecœur.Ministère de l’éducation duQuébec/Institut de l’UNESCOpour l’éducation, 1996. Prix:130 FF.

BESOINS ÉDUCATIFSSPÉCIAUX«J’ai commencé à penserdavantage aux caractéristiquesindividuelles de mes élèves et àde nouvelles façons de traiterchacun d’eux», raconte unenseignant chilien, fort del’expérience acquise lors d’un

atelier de perfectionnement enéducation spéciale. Perçujusque dans les années 70comme un monde à partrépondant aux besoins desélèves considérés commehandicapés, cet enseignements’intéresse aujourd’hui à tousceux qui, dans les «écolesordinaires», progressent pluslentement que les autres.Ce guide propose aux forma-teurs d’enseignants desstratégies visant à mieux gérerles besoins de ces enfants et àprendre en charge tous lesélèves. Il fait aussi le biland’initiatives menées dans unedizaine de pays, comme celledont a bénéficié cet instituteurchilien.

● Les besoins éducatifsspéciaux en classe. Guide pourla formation des enseignants,par Mel Ainscow. ÉditionsUNESCO, 1996. Prix: 110 FF.

Les articles réunis dans cenuméro témoignent de ladiversité de ces musées, enraison de la personnalité dechaque peintre et de ses centresd’intérêt: à Haïfa (Israël), lemusée dédié au Français Mané-Katz disparu en 1962; à Zala(Hongrie), celui consacré àl’œuvre de Mihaly-Zichy (1827-1906); à Coyoacan (Mexique),la maison natale de Frida Kahlo(1907-1954); enfin, la galerieMarianne-North (1830-1890)aux Kew Gardens (Royaume-Uni), où chaque détail a étéconçu par l’artiste elle-même quialla jusqu’à se préoccuper desavoir si «du thé ou du cafépourra être servi (aux visiteurs)»!

LE COURRIER DE L’UNESCOTanger, New York, Bombay, LaPaz, Marseille ou Vancouver...Leur point commun? Toutes cesvilles ont une histoire «scandéepar l’arrivée de vagues successi-ves d’immigrants, venus de tousles horizons», rappellent leséditorialistes du numéro de marsconsacré à ces Villes-carrefours.Qu’elles soient des cités por-tuaires, des centres industrielsou financiers, abritent quartiersrésidentiels et, non loin,bidonvilles, ou soient tout cela àla fois, «chacune d’elles a finipar concevoir une manière bienà elle de gérer ses violencespour en tirer de la vitalité», etdevenir ainsi «les poumons dela modernisation de leur pays».

géographie. Qu’on l’appellel’étude de la Terre, des interac-tions entre l’humanité et sonenvironnement, ou des proces-sus spatiaux et leur évolution,toutes ces définitions ont encommun «la curiosité que lesêtres humains ont toujoursmanifestée pour la nature et lescaractéristiques de la planètequ’ils habitent, et dont ilsutilisent et transforment lesressources».Le n° 150 s’intéresse à la«dimension environnementale»de la géographie et analyse lesrelations que les hommesentretiennent avec le mondephysique ainsi que les transfor-mations qu’ils lui font subir: despremiers procédés cartographi-ques à la télédétection; del’introduction de l’agriculture àl’avènement de l’ère industrielleet son «essaimage à denouveaux espaces». Le prochainnuméro sera axé sur «lesprocessus sociétaux dans uncontexte géographique».

MUSEUM INTERNATIONALLes «musées monographiques»,auxquels est consacré le n° 191de cette revue, honorent lamémoire d’un créateur: ils

évoquent les lieux où il a vécu,tirant «son inspiration de lamagie du lieu, du paysageenvironnant». On en recenseplus de 600 dans 39 pays. Sion leur reproche parfois d’isolerl’artiste de ses prédécesseurs etde ses contemporains, ilss’attachent en réalité à «rendrecompte de son parcours et desinfluences qu’il a subies, mieuxqu’il n’est permis à un muséeencyclopédique de le faire».

F A I T S E T G E S T E S

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JIRI GRYGAR À L’ASSAUTDE L’IRRATIONNEL

CIGARETTES, WHISKY ET ...MALA SALGADO

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T ravailler à l’Institut tchéco-slovaque d’astronomie aurait

dû combler Jiri Grygar, lui qui, à13 ans, enregistrait sa premièrepluie de météores. Mais la politi-que a bouché son horizon: en1980, ses supérieurs l’ont prati-quement «enfermé dans l’insti-tut», le coupant de tout contact

avec l’extérieur: il avait refuséd’entrer au parti communiste.

Il trouve refuge dans un la-boratoire de physique des bassestempératures où il rêve de télé-détection à infrarouge pour dres-ser la carte du ciel. Petit à petit, ils’en rapproche à la faveur d’unemutation dans un laboratoire dephysique des hautes températu-res, où il imagine les origines del’univers. Mais son «big bang» àlui, il en fait l’expérience non seu-lement en pratiquant la sciencemais en la vulgarisant: il réaliseune série d’ouvrages et d’émis-sions de radio intitulées «Me-teor», «une île au milieu del’océan des médias de propa-gande... Les gens étaient avidesde ce type d’information. Ilsvoyaient bien que nous disions lavérité et se montraient réceptifs».

Depuis, la «révolution de ve-lours» a repoussé la marée des cen-seurs et Grygar lutte aujourd’hui

contre celle des «émissions de di-vertissement pseudo-scientifi-ques». Ses efforts lui ont valu lePrix Kalinga de vulgarisationscientifique de l’UNESCO qui luisera remis, ainsi qu’à l’astrophy-sicien indien Jayant V. Narlikar,à New Delhi (Inde) le 31 mars.

«Mon rôle a changé, expli-que-t-il. Sous le régime commu-niste, les scientifiques faisaientpartie des quelques élus en con-tact avec le monde extérieur.Nous tentions de partager l’infor-mation pour aider une nation op-pressée à garder courage.»Aujourd’hui, Grygar se voit da-vantage comme un «protecteur»public luttant contre les assautsde «l’irrationnel»: «Nous avonsplus de 30.000 charlatans préten-dant guérir par une radiationspéciale qui émanerait de leursmains ou en dressant la carte dece qu’ils appellent ‘les zones pa-thogènes’ des maisons. C’est unevraie catastrophe depuis que l’onraconte que Vaclav Havel a dé-ménagé sa chambre à coucher àcause des mauvaises ondes!»Sans parler des «ennemis tradi-tionnels» des astronomes, les as-trologues qui, désapprouvés autemps des communistes, sont trèsdemandés aujourd’hui.

Ces «forces destructrices» sesont emparées de l’audiovisuel.En tant que président du Conseiltchèque de la télévision, Grygartente d’y faire contrepoids. Touten poursuivant ses émissions deradio, conférences et publica-tions, il étend ses activités, créantdes associations comme la So-ciété sceptique tchèque. «Onpourrait l’appeler la société deSisyphe: nous avons une luttesans fin à mener».

Amy OTCHET

Avec un diplôme universitairede son Sri Lanka natal et une

maîtrise de lettres d’une univer-sité américaine, Mala Salgado sepréparait à devenir sociologue.Après moult publications, elle fi-nit par trouver sa voie dans la dé-mographie, précisément les liensentre fécondité et travail des fem-mes. En 1989, la démographie desa propre famille a fait un bonden avant et rejailli sur son travail:après un premier fils, elle atten-dait des jumeaux!

Mais il ne lui a pas fallu long-temps pour reprendre son métier,bien que dans une autre direction:auprès du Centre d’informationsur l’alcool et la drogue (ADIC),un organisme non gouvernemen-tal. Grâce à une bourse del’UNESCO de 1.500 dollars, ellevient d’achever une étude sur lesprogrès du centre et ses difficul-tés.

«Plus de 60% de la popula-tion adulte du Sri Lanka boit etfume. Les enfants commencentgénéralement vers l’âge de 14ans», constate Mala, en montrantdu doigt les campagnes publici-taires sans précédent des fabri-cants de tabac et d’alcool. Sanssurprise: «la consommation dimi-nue dans les pays industrialisés,donc cette industrie s’attaque aumonde en développement.»

S’apprêtant à contre-attaquerpar une action préventive dans lesécoles, l’ADIC s’est trouvé con-fronté à une résistance à laquelleil ne s’attendait pas: des ensei-gnants pressés d’allumer une ci-garette avec leur apéritif du soir.Autre surprise: l’enthousiasmedes enfants. «Au lieu d’utiliserl’approche classique de la leçonsur les risques pour la santé, nousavons fait perdre à la drogue sonprestige, en aidant les enfants de

12 à 16 ans à ne pas se laisserduper par les mythes véhiculéspar la publicité qui laisse enten-dre qu’il faut boire et fumer pours’amuser.»

Ces enfants, qui voyaientleurs pères, par exemple, con-sommer environ 30% du revenufamilial en cigarettes et en alcool,ont été tout disposés à former des«groupes d’action» qui, pour con-trer la publicité, ont collé leurspropres affiches et autocollantsdans les écoles, les magasins, lesautobus et même à la maison.Dans les villes de Matara etHambanto, ils ont demandé auxdéputés de restreindre le nombrede débits de boisson; à Watte-gama, deux écoles ont réussi à

retirer des magasins toutes lespublicités sur le tabac.

Leur plus grande bataille, ill’ont livrée sur le terrain de cri-cket de Colombo où s’étalaient,lors des matches scolaires, lespanneaux d’affichage tant redou-tés. Mais cette fois, ils ont dû ac-cepter un compromis: des drapspour recouvrir les panneaux pen-dant ces matches-là. Leur pro-chaine bataille? «Demandez doncaux enfants», suggère Mala.

A. O.

● Intervenant devantl’«American Council onEducation», le SECRÉTAIREGÉNÉRAL DE L’ONU, KofiAnnan, a insisté sur l’impor-tance cruciale de l’éducationpour la paix et souligné le rôle à

cet égard de l’UNESCO, «l’undes avocats de l’éducation et del’alphabétisation parmi les plusécoutés dans la communautéinternationale».Certes, «pour parvenir à lastabilité politique il faut avant

tout un citoyen informé, pourassurer le progrès économiqueun ouvrier qualifié et pourinstaurer la justice sociale unesociété éclairée». Mais surtout,«la manière dont nous édu-quons les jeunes et les dirigeants

de demain doit aussi changer.Les jeunes ont plus besoin quejamais d’aide pour interpréter etcomprendre l’environnementdans lequel ils vivent» et «sepréparer à assumer leur rôle...de citoyens responsables».

CRÉER AVEC SES MAINS AIDEÀ REMETTRE SUR LE CHEMIN

DE L’APPRENTISSAGE DES ENFANTSQUI ONT SOUVENT ACCUMULÉ

LES ÉCHECS SCOLAIRES ET PEINENTÀ SE CONCENTRER (Photo G. Cerallin,

Écoles Sans Frontières)

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je suis tenté de répondre que ce n’est paslà où ils sont le plus; c’est là où on en parlele moins, avertit Stéphane Tessier, chargéde mission au Centre international de l’en-fance et de la famille. Aujourd’hui, toutesles grandes villes, dans le monde en déve-loppement et les États en transition maisaussi dans les pays industrialisés, fonction-nent en excluant des enfants.» Dans cesderniers, ils sont moins visibles car rapi-dement placés dans des foyers et des insti-tutions spécialisées.

Mais les mailles de ces «filets de sécurité»se distendent sous le coup des politiquesnéolibérales en vigueur. «Le phénomène desenfants de la rue est un problème d’enver-gure dans de nombreux pays d’Europe»bien qu’il soit souvent «mal reconnu», «malcompris» et «nié», a conclu une enquête duConseil de l’Europe. Aux États-Unis, ils se-raient 750.000 à un million, selon le socio-logue Irving Epstein.

L’école, qui les gare dans des classesau rabais ou les exclut, ne leur est d’aucunsecours. «Au lieu de reconnaître la forcede la culture de la rue et les compétences

Le doss ie r du mo is

7. . . . . .

Les enfants de la rue n’ont pas leur place dans la société des grands. Négligés, battus, chassés de chezeux, emprisonnés abusivement (p. 9), ils sont même assassinés par centaines dans des villes commeSao Paulo (p. 12-13). Et l’école, incapable - ou peu soucieuse? - de répondre à leur demande spécifique,n’est pour eux qu’un échec supplémentaire (voir ci-dessous).Pour réapprendre à être en société, ces enfants ont besoin d’une prise en charge intégrale que les ONGfournissent aujourd’hui mieux que quiconque. Au Mexique, la fondation Juconi parvientà les réintroduire dans le système d’apprentissage formel (p. 10) tandis qu’au Sénégal, une écolecoranique atypique leur enseigne, avec les moyens du bord, un métier (p. 11).Mais toute action de ce type est condamnée si elle ne s’appuie pas sur les compétences d’éducateursqualifiés, qui font défaut à Bucarest (p. 14), et sur l’aide des familles, si difficile à gagner à Ho ChiMinh Ville (p. 15). Et à condition d’être formée et contrôlée, la police, qui les côtoie au jour le jour,peut aussi les aider au lieu de leur nuire (p. 16).

Ce n’est pas seulement parce qu’on n’apas de logement qu’on se retrouve

dans la rue, explique le père Patrick Giros,fondateur de l’association française «Auxcaptifs la libération». C’est parce qu’on aété rejeté de mille manières.» Les enfantsde la rue ont accumulé une série d’échecs.Le premier est presque toujours familial.Négligés, battus, ils substituent la violencede la rue à celle de leurs parents. Contraintsde gagner de l’argent, ils finissent par quit-ter des «familles station-service» où ilsn’ont plus leur place. L’échec scolaire ar-rive immanquablement dans la foulée.

Ils sont ainsi des millions à vivre auxfrontières d’une société qui leur est inac-cessible. Combien exactement? Toujoursplus, affirment les travailleurs sociaux. Leschiffres n’ont d’ailleurs guère de sens. Toutdépend de ce que l’on entend par «enfantde la rue», qui recouvre des réalités diffé-rentes: ceux qui y travaillent et ne rentrentchez eux qu’épisodiquement (les plus nom-breux), ceux qui y vivent 24 heures sur 24,et les fugueurs. Selon l’Unicef, ils seraientplus de 100 millions, dont près de la moi-tié en Amérique latine. «Mais lorsqu’on medemande où le problème est le plus grave,

ENFANTS DE LA RUE:QUELLES PORTES DE SORTIE?

que l’on doit acquérir pour y survivre,l’éducation formelle encourage les enfantssans abri à se fondre dans le système sco-laire existant, sans l’adapter à leurs be-soins spécifiques», remarque Epstein dansun récent article de la revue ComparativeEducation. Selon lui, seules les ONG par-viennent pour l’instant à les aider sur leplan éducatif. Pourtant, leurs efforts sontsouvent tenus pour marginaux par les gou-vernements des pays en développement.

«En quoi le cas de ces enfants est-ilsingulier au point de mériter un traitementspécial?, poursuit-il. La réponse est con-tenue dans la culture si particulière de larue dont les valeurs, qui forment un toutcohérent, sont totalement contraires à cel-les pratiquées à l’école.» Pour spécifiquequ’elle soit, cette culture n’en est pas moinsstandardisée, mondialisée, identique d’unbout à l’autre de la planète. «Dans les mé-tropoles de plus d’un million d’habi-tants, l’organisation de l’espace public estpartout la même, les repères culturels tra-ditionnels étant strictement limités auxliens familiaux et scolaires, rappelle Tes-sier. On retrouve l’idéologie de la consom-mation, du marché et on peut regarder à

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«Tous les enfants, tous les adolescents doivent avoir accès à l’éducation fondamen-tale. Les pauvres, les enfants des rues et les enfants qui travaillent ne doivent subiraucune discrimination dans l’accès aux formations.» C’est pour répondre à l’arti-cle 3 de la déclaration adoptée en 1990 à l’issue de la Conférence de Jomtien quel’UNESCO développe le Programme pour l’éducation des enfants en détresse:enfants de la rue, exploités, handicapés, victimes de guerre, jeunes marginalisés.

La campagne de collecte de fonds lancée en Allemagne en 1992 pour le finan-cer a jusqu’ici permis de recueillir quelque 10 millions de dollars. Ces fonds, dontbénéficient des projets dans toutes les régions du monde, sont essentiellement des-tinés à éduquer et former les enfants, améliorer la formation des éducateurs de rueet des forces de l’ordre, réhabiliter ou construire des abris.

peu près les mêmes feuilletons dans les vi-trines des magasins de télévision.» Autrespoints communs, les enfants de la rue vi-vent en bandes et ont besoin d’argent poursurvivre. Ils vendent donc ce qu’ils ont: leurforce de travail, leur docilité, leur immu-nité pénale et leur corps. «Des enquêtes ontmontré qu’un à deux salaires minimum parmois passent entre leurs mains. Mais ilsn’ont pas la possibilité de l’épargner, parcequ’ils le dépensent rapidement ou se le fontpiquer.» Les «carrières» des enfants de larue, de Bogota à Kinshasa, en passant parManille ou Los Angeles, sont ainsi très si-milaires. Petits, ils sont utilisés par les plusgrands pour des tâches exposées: faire leguet, transporter des messages, de la dro-gue, etc. Ensuite, il faut qu’ils deviennentdes caïds pour échapper à la police, auxmafias, aux bandes rivales.

Beaucoup sont ravagés par la droguedès 15 ans et 80% à 90% de ceux qui vi-vent dans la rue en ont consommé à unmoment ou à un autre. Ils respirent de lacolle, des solvants ou du monoxyde de car-bone, au moyen d’un sac en plastique fixéaux pots d’échappement des voitures. Lesplus «riches» s’achètent un peu de crack.«Ils vous disent qu’ils se droguent pouroublier leur misère et que de toute façonils vont bientôt mourir.»

C’est cette même incapacité à se pro-jeter dans l’avenir, cette valorisation «trèsfortement identificatrice» de la notion dedanger, de prise de risque, qui, alliée auxexigences des «clients», les poussent à re-fuser les préservatifs et en fait une popula-tion très touchée par le sida. Nerveux, ins-tables, totalement individualistes, habituésà se dévaloriser, perdus dans un désert af-fectif et moral, ils ne doivent finalement

leur survie qu’à ce qui contribue à leséloigner toujours davantage de «la sociéténégociée», non violente.

Sont-ils, pour autant, irrécupérables?Les efforts déployés par les milliers d’as-sociations et d’ONG qui maillent la villedes pauvres prouvent que beaucoup peu-vent s’en sortir. À condition qu’on leur endonne les moyens. La première exigenceest de former des «médiateurs», qui recon-naissent ces enfants en tant que citoyenset soient familiers de leur univers: les édu-cateurs de rue. Ils savent décrypter leurcomportement, communiquer avec eux etles orienter vers les services sociaux adé-quats.

Les policiers ont également un rôle àjouer. «Quand tout le monde a déserté leszones ‘à risque’, ils se retrouvent en pre-mière ligne, souligne Tessier. Il faut biensûr dénoncer les assassinats, les torturesdont une minorité se rend coupable maisil est très important pour l’avenir de nepas toujours les associer à ces exactions.Il faut leur apprendre à aborder les ga-mins sans entrer dans la spirale de la pro-vocation. En délégitimant la police, oncrée un vide et qui l’occupe? Les extré-mistes religieux et les mafias, qui arriventavec un ‘package’ de valeurs fortes et del’argent.» Comme les éducateurs, les po-liciers devraient savoir orienter les enfantsvers les structures capables de les convain-cre qu’ils ont encore une place dans la so-ciété.

À partir de là, un long apprentissagepeut commencer. Il exige des enfants unebonne dose de volonté et des éducateursun suivi individuel, une persévérance et uninvestissement affectif considérables. Pourréapprendre aux enfants à jouer, à se tenir

ou parler correctement, à respecter lesautres, ils font appel à des matières prati-ques, incluant souvent une initiation aucommerce ou à un métier, et à toutes lesactivités fondées sur la créativité: théâtre,mime, danse, dessins, photo, vidéo, etc. Lesplus durs ont besoin d’un traitementpsychothérapeutique et les pauvres, c’est-à-dire presque tous, d’une aide matériellepour compenser leur manque à gagner,puisqu’ils travaillent moins ou plus du toutdans la rue.

Ce processus a d’autant plus de chan-ces d’aboutir qu’il implique les familles,quand elles sont identifiables, ce qui esttrès souvent le cas. L’expérience prouveque le degré de coopération familiale con-ditionne presque tout le reste, à commen-cer par la réinsertion dans le système clas-sique - scolaire ou d’apprentissage. «Lespréoccupations éducatives doivent se con-centrer aussi bien sur ce qui se passe à l’ex-térieur des murs de l’école qu’à l’inté-rieur», insiste Epstein. Ces efforts doiventaussi s’accompagner d’une sensibilisationde l’opinion publique, qui oscille entre in-différence et hostilité à l’égard des enfantsde la rue.

«Il ne faut pas oublier que la populationest souvent leur principal ennemi», rappelleTessier. Dans certains pays, où l’on consi-dère l’enfant comme un petit sous-adultetaillable et corvéable à merci, il s’agit nonmoins que de réformer, en profondeur, unsystème culturel ancestral. Au Brésil, unemobilisation médiatique et associative sansprécédent a débouché sur une petite révo-lution: dans un pays où les commerçantscontinuent de payer des «escadrons de lamort» pour les abattre, les enfants de la ruese sont retrouvés au cœur du débat politi-que. En juin 1990, le nouveau Statut de l’en-fant et de l’adolescent a remplacé le Codedu mineur, utilisé sous la dictature commeinstrument de répression tandis que des«conseils tutélaires» ont été chargés de vé-rifier son application. Mais ce premier pasreste «très abstrait», résume Tessier.Comme ailleurs, rien ne changera vraiment,sur le terrain, tant que les enfants de la rueresteront «rejetés de mille manières», autre-ment dit que «la démocratie sociale seraun leurre».

Sophie BOUKHARI

L’ U N E S C O , AV E C L E S E N FA N T S

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A 14 ans, Ricardo Josephs passe sesjournées à traîner dans les rues du Cap

(Afrique du Sud). Il fait la manche auprèsdes touristes et mendie un peu de nourri-ture dans les restaurants, passe ses nuits surles pas de porte des magasins et se réchauffeau contact d’une dizaine de garçons, labande avec qui il «traîne, pour se défendreet par amitié.»

Ricardo fait partie des quelque 4.000 en-fants qui survivent dans les rues du Cap.Jusqu’ici, les autorités locales n’en faisaientpas grand cas. Depuis 20 ans, seuls deuxrefuges leur étaient destinés. Mais un nou-veau centre de formation devrait ouvrir d’icifin 1997. En attendant, les enfants peuventse laver, consulter un médecin et se voirdispenser un minimum d’éducation dans uncentre communautaire. Il existe égalementle «Ons Plek Shelter», en partie financé parl’UNESCO, exclusivement réservé auxfilles. Car bien que 80% des enfants de larue du Cap soient des garçons, le nombrede celles-ci augmente à mesure que la pros-titution enfantine se développe.

«Je ne suis pas un ‘garçon à louer’, se dé-fend Ricardo. Certains de ceux qui viventdans la rue sont bien traités par leur ‘ré-gulier’ et pensent qu’ils peuvent bien vivreen profitant des riches. Mais je ne suis pashomosexuel, j’ai une petite amie.» Ricardoest né dans la ville rurale de George, à en-viron 600 km du Cap. Il a fui son foyer il ya quatre ans: son beau-père l’avait tellementbattu qu’il avait perdu connaissance. «Mamère me manque mais elle n’a jamais rienfait pour m’aider, raconte-t-il. Son mari estplus important que ses enfants. Je ne re-tournerai jamais à la maison.»

À son corps défendant, Ricardo est unhabitué de la prison locale, Pollsmoor. «J’ysuis allé trois fois depuis que je vis dans larue, explique-t-il avec un haussement d’épau-les. J’ai aussi été retenu au poste de policede nombreuses fois. Je n’ai pas peur de laprison mais je ne veux pas y retourner.»

Pourtant, une larme coule le long de sonvisage lorsqu’on lui demande si des garçonsplus âgés ont abusé de lui sexuellement. «Ilsm’ont battu, c’est tout ce qu’ils m’ont fait,rien d’autre. Les grands nous persécutent.Ils volent notre nourriture, nos couvertures,

et nous n’y pouvons rien.» Ricardo expli-que que la première fois qu’il est allé àPollsmoor, il a partagé une cellule avec desadultes, démentant ainsi les affirmations duministère des services correctionnels quisoutient que les enfants sont mis à part.Selon Ricardo, les prisons ne dispensentaucun enseignement. Les enfants sont en-fermés 23 heures par jour. Une heure estconsacrée aux exercices en plein air, dansune cour de béton fermée.

«La dernière fois que j’y suis allé,c’était un peu mieux. Il y avait la télé dansnotre cellule tous les deux jours.» Il n’ajamais été condamné. Tous ses passagesont été ceux d’un détenu en attente de

P o r t r a i t s

SANS TOIT NI DROITSRicardo, au Cap, Ravin, à New York, n’ont plus de place chez eux. Le premier a fui un beau-pèreviolent, le second s’est fait chasser par sa mère, droguée.

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jugement. Comme de nombreux enfantsdans cette situation, il n’aurait pas dû êtreincarcéré puisqu’il n’était accusé d’aucuncrime sérieux. En effet, les amendementsapportés en mai dernier à la loi sur le ser-vice correctionnel stipulent que les procèsd’adolescents ne peuvent être reportés deplus de 14 jours ni les enfants accusés decrimes mineurs emprisonnés avant leurprocès. Le problème, c’est que les enfantsincarcérés se joignent à des gangs de pri-sonniers; en fait, c’est après leur arresta-tion qu’ils découvrent la véritable crimi-nalité.

Rehana ROSSOUWau Cap

«Je m’appelle Ravin. Je suis né à New York le 25 octobre 1975. Depuis que j’ai 15 ans,je n’ai pas arrêté d’être dans le système et d’en sortir. Comme on dit dans la police, j’ai‘fait banquette’: j’ai passé quatre jours dans la rue, en janvier 1992.«Ma mère avait un problème de drogue. Elle dealait. On en trouvait dans tout l’appar-tement, jusque dans les divans, partout. Mes professeurs savaient que ça n’allait pasavec elle. Elle achetait la drogue avec l’argent versé par les services sociaux. Un après-midi, elle a menacé de me frapper. J’en ai parlé à mon conseiller d’orientation qui a dità ma mère qu’elle serait poursuivie. À ce moment-là, elle m’a dit de prendre mes affai-res et de partir. Elle ne voulait plus de moi à la maison. C’était l’époque des tempêtes deneige. Je suis resté dans l’entrée de son immeuble, sans nourriture, sans argent, sansrien. Je me suis emmitouflé dans mon manteau mais les fenêtres étaient ouvertes. J’étaisparalysé par le froid, affaibli, ma tête tournait. Je suis resté là après l’école, cette nuit-là,le jour suivant, encore une nuit, le deuxième jour jusqu’à trois heures environ.«Une voisine est venue pour vérifier le toit et m’a vu. Je n’arrêtais pas de trembler. Elle nevoulait pas s’en mêler mais elle m’a dit: ‘mon garçon, va te chercher quelque chose àmanger’. J’ai pris son argent et je me suis acheté trois tranches de pizza et quelquechose pour les faire descendre.«J’étais trop mal pour aller à l’école. J’avais l’adresse du refuge que m’avait donnéemon conseiller d’orientation mais j’avais mal au pied. J’ai marché jusqu’à l’hôpital, oùils m’ont dit que j’avais des engelures.«Ils m’ont mis en psychiatrie parce qu’ils croyaient que j’allais me tuer. J’y avais pensé,surtout à cause de ma mère. Mais je suis sorti le lendemain, avec le pied dans le plâtre.«J’ai atterri à Covenant House* mais j’ai continué à retourner chez ma mère. Après tout,c’est ma mère. Ma sœur, qui vit à Colorado Springs, la connaît bien et m’a dit de laquitter. Elle a été plus intelligente que moi mais comme je suis le seul garçon, je suis plusproche de ma mère.«Finalement, je suis bien allé à Colorado Springs et j’ai trouvé un boulot dans uneépicerie. Je gagnais de l’argent mais, après à peu près un an, j’ai appris que ma mèreétait malade et je suis retourné chez elle pour l’aider. Ça n’a pas marché. J’ai traînéd’un endroit à un autre et à Covenant House.«Là-bas, un homme m’a dit qu’on finit toujours par toucher le fond. Ensuite, il faut toutreprendre à zéro et corriger le problème. Je recommence à zéro. J’ai toujours beaucoupde colère en moi mais je la détourne à mon profit.»

* Une ONG qui offre un toit et un «environnement stable» aux jeunes de la rue afinqu’ils puissent poursuivre leurs études et apprendre un métier.

Recueilli par Patrice ADCROFTà New York

JAMA IS P LUS CHEZ MOI

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Pour la Fondation Juconi, à Puebla, toutcommence par «l’opération amitié». À

deux heures de Mexico, cette ville de deuxmillions d’habitants «entourée de 11 Étatspauvres et marginalisés est une étape versla capitale», explique Alison Lane, la di-rectrice. «Selon nos observations, il yaurait 120 à 150 enfants de la rue à Pue-bla et plusieurs milliers d’enfants tra-vailleurs.» Créée 1989, la Fondation, quibénéficie du soutien de l’UNESCO depuis1992, en a aidé plus de 2.000.

Ainsi, pour entrer en contact avec eux,les éducateurs «se présentent, montrent desphotos sur Juconi, sans plus. Jour aprèsjour, ils reviennent les voir, leur proposentun sandwich, une boisson, une partie defoot.» Au bout de quelques mois, ils éva-luent leurs carences, leur niveau d’appren-tissage et leur état psychologique. Ils sé-lectionnent ceux qui ont le plus besoin deleurs programmes. «Nous ne pouvons pastous les aider et retenons en priorité ceuxqui ne vont pas du tout à l’école. Nous sa-vons d’autre part qu’un enfant qui a passéplus de trois ans dans la rue est très diffi-cilement ‘récupérable’.»

La fondation distingue trois catégories d’en-fants à risques - ceux qui vivent dans la rue,ceux qui y travaillent (notamment aux car-refours et aux arrêts de bus) et ceux qui sontvendeurs au marché.

Les enfants qui travaillent dans les rues,filles et garçons, ont de grandes difficultésà lire, écrire ou même s’exprimer en espa-gnol qui, parfois, n’est pas leur langue ma-ternelle. Ils sont pris en charge à domicile.Les éducateurs (28 professionnels aidésd’une centaine d’étudiants stagiaires), quitravaillent avec des réseaux d’écoles, decentres d’apprentissage et d’entreprises,tentent de les remettre à niveau pour lesréintroduire dans le système. Il doiventdonc réduire le temps passé dans la rue.Pour combler ce manque à gagner, ils es-sayent de leur trouver des petits boulotsdans un milieu professionnel protégé et lesfont bénéficier de bourses: nourriture, four-nitures, uniforme et coût du transport jus-qu’à l’école. Parallèlement, ils recréent unenvironnement familial stable en travaillantavec les parents, le plus souvent la mère:

plus de 50% de ces enfants vivent dans desfoyers monoparentaux. «Nous aidons leschefs de famille à gérer leurs revenus. Nousleur apprenons à respecter des horaires, àbien se présenter et les accompagnons àdes entretiens d’embauche. Nous agissonsaussi sur le fonctionnement de la famille:comme les enfants rapportent de l’argent,

ils jouent les caïds. En retournant à l’école,ils reprennent en général d’eux-mêmes leurrôle d’enfant.»

Ceux qui travaillent sur le marché sontplus faciles à intégrer à une démarche degroupe: ils forment une population relati-vement homogène et concentrée au mêmeendroit. Les plus motivés fréquentent le«centre de jour» qui en accueille 170 à 180par an, quatre à cinq heures par jour. Orga-nisés par groupes d’âge, ils peuvent suivreun programme d’enseignement élémentaireet profiter de divers services: aide alimen-taire, douches, dispensaire... Ils font aussil’apprentissage de gestes élémentaires - selaver, manger, se protéger des maladies, etc.«Tous ces enfants ont un problème d’ex-pression, de communication. Grâce à lamusique, au mime, au théâtre et aux mou-vements, nous leur apprenons à identifierleurs émotions et à prendre conscience deleur corps.» Là encore, les parents sontimpliqués. En plus de cours d’alphabétisa-tion, ils apprennent à planifier leurs achats,composer un menu équilibré ou encore te-nir une maison.

La démarche de la fondation vis-à-visdes enfants qui vivent dans la rue, pres-qu’exclusivement des garçons, est toutautre. Elle se fonde sur un contact et un

suivi individuel et vise à les réintégrer dansleur famille, elle aussi traitée. «Ils en onttous une mais ne la supportent plus. Laplupart ont été victimes de négligence etcertains d’abus physiques et mentaux trèsgraves.» En attendant de pouvoir retour-ner chez eux, ces enfants de 5 à 17 ans sonthébergés à la «Casa Juconi»: une vingtaine

à la fois, 18 mois au maximum. Là, ils bé-néficient du même type de prestationsqu’au centre de jour (suivi scolaire, loisirset expression corporelle, entretien de lamaison, etc.) avec un soutien psychologi-que renforcé (psychothérapies de groupeou individuelles). Les éducateurs les réu-nissent chaque soir dans le cadre d’ateliersoù ils s’efforcent d’évacuer «l’angoisse fa-miliale». Ceux qui n’y parviennent pas, ouque leur famille continuent de rejeter, sontconfiés à d’autres foyers.

Après avoir quitté la fondation, et pen-dant un à trois ans, «nous suivons leur sco-larité, vérifions qu’ils se développent nor-malement et tentons de renforcer l’unitéfamiliale.» Sur les 580 mineurs pris encharge en 1996, seuls 116 sont retournés àla rue. «Lorsqu’il y a échec, c’est que nousn’avons pas obtenu la coopération de lafamille. Pour ces enfants, remonter la penteest un processus long et tortueux. Il y en aun qui a fugué huit fois de la Casa Juconi.À chaque fois, nous avons réussi à le ra-mener vers nous, jusqu’à ce qu’il acceptenotre programme. Les enfants de la ruesont très mobiles. Parfois, nous ne les re-trouvons jamais.»

S. B.avec Aurora VEGA à Puebla

Éduca t ion de base

FAMILLES, JE VOUS AIMEPour que les enfants de la rue retrouvent l’école et réapprennent la vie en société, la fondation Juconi,au Mexique, cherche à remplir une condition sine qua non: restaurer l’unité familiale.

À DOMIC I L E

L E S E N F A N T ST R AV A I L L E U R SS O N T P R I S E NC H A R G E C H E ZE U X , AV E CL E U R S F R È R E SE T S Œ U R S( P h o t oF o n d a t i o nJ u c o n i ) .

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A 18 ans, Coda Nguer est l’un des plusvieux pensionnaires du daara (école

coranique) de Malika, où il est entré à neufans. Confié par sa mère à cette institutionsituée à une vingtaine de km au nord-est deDakar, il a préféré accepter un poste de sur-veillant sur place, après cinq années d’ap-prentissage de la menuiserie, plutôt qu’af-fronter le monde extérieur.

Construit en 1980, le daara a été créépar des femmes «choquées de voir des cen-taines de ‘talibés’ (élèves des écoles cora-niques) dans la rue, sans attache et totale-ment démunis», explique Catherine Koaté,l’une des membres fondatrices.

Pour la majorité des parents, l’éduca-tion arabo-islamique est un devoir sacré;parmi les plus pauvres, certains y voientun moyen de se débarrasser de trop nom-breuses bouches à nourrir. Selon une ré-cente étude de l’UNESCO, elle concerneaujourd’hui 80% des enfants, qui fréquen-tent un réseau de plus de 3.000 daaras,alors qu’il n’existe que 2.434 écoles pri-maires formelles dans le pays. Mais ellesemploient des méthodes rétrogrades et lesprogrammes s’y limitent à une instructionreligieuse rudimentaire en arabe. Lestalibés, souvent astreints à la mendicité,sont plus d’un millier à Dakar à assurerainsi leur pain quotidien et l’entretien deleur marabout.

Pour Mme Koaté, le déclic s’est fait lors-que celui qui arrosait le jardin de sa mèreest mort. «Il mangeait n’importe quoi et aété victime d’une intoxication alimentaire.Il aurait suffi que son marabout donnel’alerte pour le sauver.» Aujourd’hui, sondaara - subventionné par l’État et d’autresbailleurs de fonds dont l’UNESCO depuis1995 - abrite quelque 120 pensionnaires,dont des filles, admises comme externesdepuis cinq ans. Certains ont été directe-ment recrutés dans la rue, d’autres confiéspar leurs parents, leurs tuteurs, ou par desservices publics. Tous arrivés entre cinq etneuf ans, les deux tiers sont internes.

Pour leur fournir une éducation de base,le daara de Malika a su allier tradition etmodernité: les élèves continuent à recevoirun enseignement coranique mais suiventaussi un cursus général en trois langues:

arabe, wolof - la langue locale la plus cou-rante - et français. «Il faut être pragmati-que et penser avant tout à l’intérêt de l’en-fant. Au Sénégal, le français est un pluspour trouver du travail.» Selon le maîtrede la classe de CM2, Abdou Khadré Séné,«le niveau n’est pas moins bon que dansles autres écoles de la capitale.» Il est vraiqu’il ne s’occupe que de 11 élèves. «Lamoitié, au moins, devrait être reçue au con-cours d’entrée au collège.» Une performancequand on sait qu’à l’échelle nationale, seuls10% des effectifs du primaire y réussissent.

Mais que faire de ceux qui échouent?Il ne sortiront pas du daara sans un bagageminimum. Dès leur plus jeune âge, l’écoleles initie en effet aux travaux des champs,à l’horticulture et à l’aviculture. Alors queles matinées sont consacrées aux cours, lesélèves peuvent, l’après-midi, cultiver lelopin planté de produits maraîchers,

s’occuper des arbres fruitiers et du pou-lailler: environ 700 bêtes y sont élevéespour être vendues à des particuliers ou àdes restaurateurs des environs. En géné-ral, les plus grands sont responsables despetits et de l’entretien du matériel. Certainsont pris goût à ces activités et ont ensuitepassé les concours donnant accès à une for-mation plus poussée en horticulture.

D’autre part, l’atelier de menuiserie dudaara permet de former une quinzained’apprentis de 14 à 17 ans. Après avoirfonctionné sans équipement, faute demoyens, il s’est doté il y a un an environdes outils nécessaires. Pendant trois ans,un maître menuisier venu de Saint-Louis

y initie une première vraie promotion à lafabrication de meubles. Comme El HadjCiss, qui a arrêté l’école après le CE2, laplupart rêvent de se mettre à leur compte.Mais bien peu réuniront la somme néces-saire aux investissements de départ. Dotésd’une formation solide, ils trouveront sansdoute à se placer comme apprenti dans depetites entreprises, pour un salaire dérisoire.Les meilleurs s’en sortiront en prenant descommandes en cachette de leur patron.

Catherine Koaté est consciente des dif-ficultés qu’ils rencontreront pour s’insérersur un marché du travail saturé, d’autantque les menuisiers ne manquent pas sur laplace de Dakar. Mais le nouvel atelierqu’elle voudrait ouvrir en électricité-télé-phone-télévision ne peut pas fonctionnerfaute... d’électricité: le daara, qui s’ali-mente grâce à l’énergie solaire, n’est pasencore raccordé au réseau. Les services de

la ville invoquent le coût trop élevé del’opération du fait de «l’isolement» del’établissement.

L’avenir des talibés de Malika est doncloin d’être assuré. Quelques «anciens» ontpassé leur baccalauréat et entamé des étu-des supérieures, d’autres vivent de leurcommerce ou ont émigré. Mais la majoritévivote, de débrouille en petits boulots.Quelques-uns, rares, reviennent même de-mander de l’aide au daara. Pourtant, un ac-quis demeure: qu’ils soient étudiants, ap-prentis ou chômeurs, aucun ne tend plus lamain dans la rue.

Aminata TOURÉà Dakar

LA DIGNITÉ TOUJOURS, UN EMPLOI PARFOIS

A p p re n t i s s a g e

À Dakar, des enfants doivent mendier pour les maîtres de leur école coranique. Celle ouverte dansla banlieue en recueille pour leur dispenser un enseignement de base et une formation professionnelle.

C O M B I E NP O U R R O N T

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Le plus jeune avait moins d'un an, le plus vieux 21. Ces 48 enfants des misérables favelas des banlieues de Saoou victimes de balles perdues. Leurs photos ont été recueillies lors d'une enquête menée par deux journalistes p

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o Paulo ont été, comme des milliers d'autres, assassinés par les mafias de la drogue et des policiers,pour l'imprimeur brésilien Burti, puis publiées dans son calendrier 1997.

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«MON ENFANT CONTRE DE L’ARGENT»Au Viet Nam, enseignants et volontaires usent de trésors de patience et de mille et un détourspour négocier avec les familles le retour des enfants travailleurs à l’école.

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L’obs tac l e f am i l i a l

On les appelle «buôi doi» («poussièresde vie»). Les enfants de la rue, selon

les ONG, seraient 50.000 à Ho Chi MinhVille. Mais ils restent presque toujours encontact avec un membre de leur famille.

La plupart sont exclus d’un systèmescolaire «qui enregistre un taux d’abandonde 20% par an dans les quartiers pauvreset qui, à l’image du Viet Nam, fonctionneà plusieurs vitesses», selon Nelly Le Priol,une volontaire de l’ONG Écoles sans fron-tières (ESF) qui coordonne sur le terrain leprogramme «Écoles d’espoir» de l’associa-tion Christina Noble. Avec le soutien del’UNESCO depuis 1993, il a permis deformer des maîtres et de réhabiliter 13 éco-les informelles créées pour les plus pau-vres par des bénévoles ou d’anciens ensei-gnants mis au rancart par le régime, et en-cadrées par les comités populaires et autresassociations paragouvernementales.

E N B A S D E L’ É C H E L L EL’objectif du programme est de permettreaux enfants de réintégrer le système sco-laire «officiel» ou un centre de formation.«Les écoles d’espoir, où les enseignantssont rarement qualifiés, se situent tout enbas de l’échelle dans une configuration qui,en schématisant, compte quatre échelons,ajoute Nelly Le Priol. Au-dessus, il y a lePho Câp, les écoles publiques ‘alternati-ves’ qui dispensent, souvent gratuitement,une éducation de base de 10 heures parsemaine; puis le Pho Thong, les écolespubliques formelles, et enfin les établisse-ments privés ou semi-privés. Plus l’écoleest de qualité, plus les droits sont élevés.»

Les enfants de la rue ne fréquentent niles unes ni les autres. «À 16 ou 17 ans, cer-tains n’ont pas envie de se retrouver avecdes petits pour apprendre à lire.» Mais cesont plutôt les familles qui les en détour-nent. Souvent parce qu’elles ne peuvent paspayer les frais, parfois parce que leurs pa-piers ne sont pas en règle (si elles ont quittésans autorisation leur zone de résidencepour aller travailler en ville, par exemple),presque toujours parce qu’elles font l’équa-tion: enfants scolarisés égal manque à ga-gner.

Or ces familles ne disposent que de 15à 20 dollars par mois pour «acheter le riz»et, souvent, rembourser des emprunts

qu’elles ont contractés à des taux usurai-res, de l’ordre de 30% par mois.

«Les enseignants vont régulièrementles voir mais elles se laissent rarement con-vaincre, constate Nelly Le Priol. J’ai vuune mère répondre qu’elle préférait en-voyer sa fille se prostituer plutôt qu’àl’école. C’est un marchandage: mon en-fant contre de l’argent.» Pour décider lesrécalcitrants, ESF a testé deux formules.Soit faire servir des repas aux enfants lesplus pauvres par l’intermédiaire des clubsde femmes, soit conseiller les familles etleur verser une allocation pour qu’ellesaméliorent leur état nutritionnel. «Alors

qu’a priori, nous préférions la première,la seconde s’est avérée efficace, rapporteMaïté Barrès, chargée de mission à ESF.Non seulement davantage d’enfants ontrattrapé leur retard staturopondéral maisles parents venaient régulièrement aux réu-nions mensuelles organisées par les ensei-gnants, à l’issue desquelles l’allocationétait versée.» Ces réunions ont beaucoupcompté pour accroître la motivation desparents. «Au début, ils ne participaient pasdu tout. Puis petit à petit, une confiances’est établie. Dans un quartier, certains semontrent même réticents quand les enfantspeuvent être réintégrés dans le Pho Câp.»Ils doivent pourtant s’y résoudre car lesécoles d’espoir ne sont pas éternelles. «Unjour, on les rasera toutes. C’est déjà prévusur le papier.»

Le programme distribue également desbourses d’études et développe un volet

microcrédit pour permettre aux femmes delancer des activités génératrices de reve-nus qui bénéficieront aussi aux enfants.«De ce point de vue, c’est un échec, recon-naît Maïté Barrès. On a réussi à améliorerla situation de certaines familles mais ellesont rarement réinvesti en faveur des en-fants, en leur payant une inscription dansune école formelle, des cahiers ou unenourriture plus riche.» Sans parler des dif-ficultés liées au partenariat obligé avec lescomités populaires, paralysantes dans cer-tains quartiers, les petits emprunts (envi-ron 37 dollars remboursables en trois moisavec un taux de 2% par mois) ont surtout

permis de parer aux coups durs: achat demédicaments, réparations de la maison,remboursement d’un usurier pressant. «Ily a même eu une petite maligne pourreprêter cet argent à un taux plus élevé!»,raconte Nelly Le Priol.

Ces efforts en direction des familles,qui demandent «un investissement humaintrès lourd et un suivi individuel», laisse-ront-ils des traces? «Si les parents ont étéréceptifs à un moment, il en restera tou-jours quelque chose», estime Maïté Bar-rès. Le taux d’abandon scolaire dans lesécoles d’espoir (8% à 12%) est un autresigne positif. «Mais le résultat le plus en-courageant est sans doute le travail qui apu être réalisé avec les services de l’édu-cation et les écoles publiques pour réinté-grer une centaine d’enfants dans le systèmeofficiel.»

S. B.

C O M B I E NR A P P O R T E -R A I E N T - I L S ÀL E U R F A M I L L ES ’ I L SN ’ É T A I E N T P A SL À ? ( P h o t oE S F C h r i s t i n aN o b l e ) .

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15. . . . . .

DE L’ENFERMEMENT À L’ÉVEILÀ Bucarest, les éducateurs, autrefois simples gardiens, ont tout à apprendre pour prendre en charge,d’une manière plus libérale, les enfants de la rue.

Forma t i on des éduca teu rs

Des gosses qui ne savent pas jouer!».Lorsque Elena a décidé de devenir

éducatrice pour les enfants de la rue en1993, elle n’aurait jamais cru que l’une deses tâches les plus ardues serait de leur ap-prendre à jouer. «Certains avaient passéjusqu’à quatre ans dans la rue. Lorsqu’ilssont arrivés ici, au centre d’accueil Gavro-che, ils ne savaient pas à quoi sert une four-chette ou une brosse à dents, ni que faired’un jouet», explique-t-elle.

«En Roumanie, les enfants de la ruesont le produit de la difficile période detransition que traverse le pays», souligneRodica Caciula, directrice de l’ONG Équi-libre-Roumanie. En fait, le phénomène apris naissance bien avant, sous le régimede Ceaucescu, à la confluence de sa politi-que nataliste et de la misère de la popula-tion. Les enfants non désirés ont alors gon-flé les rangs des orphelinats et d’institu-tions «aussi fermées que des prisons, oùils étaient formés pour être utiles à l’in-dustrie», explique Mme Caciula. Après lachute de Ceaucescu, ils se sont échappésde leurs centres d’internement et ont étérejoints par d’autres, qui fuient des famillesappauvries par les réformes économiques etsouvent violentes. À Bucarest, 1.500 à 3.000enfants vivraient dans les rues, les gares etles égouts, fétides mais chauds en hiver.

O U V E RT E S«Aujourd’hui, l’État ne dispose plus desmêmes instruments, poursuit Mme Caciula.Les maisons d’enfants sont ouvertes. Leproblème, c’est qu’il n’existe aucune for-mation pour les éducateurs de rue qui ytravaillent; sans programmes stimulants,ils ont beaucoup de mal à tenir les enfants.»Le seul stage de formation qui leur ait ja-mais été proposé s’est déroulé d’octobre1993 à février 1994. Mis sur pied par l’as-sociation française Équilibre et financé parl’UNESCO, il a été proposé au personnelde toutes les maisons d’enfants de la ruede Bucarest, une cinquantaine de person-nes dont 70% de femmes. «Il nous a per-mis de regarder les enfants autrement, demieux comprendre leur comportement», ré-sume Aurel Cristescu, du centre de triCiresarii, où la police dépose aussi bien lesdélinquants que les jeunes vagabonds. Lesinstructeurs y pratiquaient jusque-là «une

prise en charge d’ordre carcéral» et ne dis-posaient d’aucun moyen d’animation édu-cative, selon Patricia Dhont, qui a coor-donné la formation. Plusieurs d’entre euxl’ont très vite abandonnée: 39 instructeurssur 57 ont participé à plus de cinq séances,sur les 24 organisées. Sans doute leurs cer-titudes étaient-elles trop brutalement ébran-lées; «je croyais tout savoir et maintenant

je me rends compte que je ne sais rien»,avoue l’un d’eux. Certains de ses collèguesont renoncé à l’explication de réactions vio-lentes par l’hérédité. «Au nom de la géné-tique, les comportements des enfants étaientenvisagés comme peu modifiables et n’in-terrogeaient pas leur responsabilité d’édu-cateurs», note Patricia Dhont, qui ajouteque les participants étaient «très deman-deurs d’explication des comportements».

S’aidant de jeux de rôle, de vidéos, deséances d’observation et des explicationsde psychologues, ils ont appris à les mettreen relation avec les carences affectives desenfants et à chercher les moyens de lescombler, en recréant une ambiance degroupe, presque familiale. «Je ne veux plussubir la monotonie de mon travail mais lerendre plus dynamique, y compris lesaprès-midi de pluie», affirme George, quia appris à utiliser l’art, la littérature, les jeuxet le sport pour animer son centre. «Au dé-but, je ne savais pas comment m’y prendrepour maîtriser les accès d’agressivité desenfants, surtout ceux qui s’étaient droguésà la colle», se souvient Elena. Elle saitaujourd’hui «qu’il suffit le plus souvent de

leur parler doucement, les caresser, leurfaire sentir la chaleur et l’affection». Lestage lui a également apporté des notionsde sociologie, de droit et l’a familiariséeavec la brigade des mineurs.

Trop courte, incomplète, la formationn’a pourtant pas tout résolu: les participantsont regretté l’absence de rencontres avecdes médecins et d’initiation aux activités

manuelles. Ils ont aussi déploré qu’elle aitété sanctionnée par une simple attestation.«Ils n’ont déjà pas de satisfaction maté-rielle. Si au moins, ils recevaient un di-plôme reconnu, ils auraient une motiva-tion professionnelle pour continuer», re-grette la directrice de Gavroche, MarilenaButtu. Selon elle, près de la moitié de ceuxqui ont suivi le stage ont abandonné la pro-fession depuis, généralement pour desemplois mieux payés. Leur salaire men-suel - autour de 25 dollars - est bien infé-rieur au salaire moyen (60 dollars) et guèreplus élevé que le minimum (17 dollars).

«L’apprentissage des éducateurs doitêtre poursuivi à tout prix, insiste RodicaCaciula. En attendant, un Guide du tra-vailleur social financé par l’UNESCO de-vrait paraître en juin en roumain, anglaiset français. «Nous avons organisé cetteformation pour montrer la voie. Mais ilfaut continuer, apprendre à faire de la pré-vention, assurer une formation continueaux éducateurs, exposés à une usure psy-chologique constante.»

Mihaela RODINAà Bucarest

D É S O R M A I S ,I L P O U R R A

Q U I T T E R L EC E N T R E

Q U A N D I L L EV O U D R A

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Dans les pays en transition comme lenôtre, passer d’une police politique

à une police citoyenne est une étape clésur le chemin de la démocratie», affirmeGisalio Cerqueira Filho. Ce politologuebrésilien sait de quoi il parle: il a dû re-tourner à son laboratoire de l’Universitéfédérale de Rio de Janeiro après avoir coor-donné un programme d’éducation de lapolice aux droits des enfants de la rue.

L’enjeu n’est autre que leur vie même:une proportion non négligeable des milliersde crimes d’enfants et d’adolescents com-mis chaque année au Brésil (45.469 de1979 à 1994, de source officielle) est im-putable à des policiers. À Sao Paulo parexemple, selon le ministère public, ils sontresponsables du quart de ces assassinats.Les liens souterrains entre le narcotrafic,les escadrons de la mort et certains milieuxpoliciers font peser des soupçons sur l’en-semble de la profession. En fait, des poli-ciers terrorisent les habitants au lieu de lesrassurer, alors qu’ils sont sans doute lesderniers représentants de l’État qui attei-gnent les favelas les plus misérables.

C’est pour tenter de les initier à un autrerôle, celui de médiateur entre des enfantsen situation d’extrême précarité et le restede la société - en particulier la justice et lesstructures éducatives - qu’une faculté futspécialement créée en 1993 pour la forma-tion et le perfectionnement des «techniciensde l’ordre public» et agents de police mili-taire de l’État de Rio.

Avec l’appui de l’UNESCO et en col-laboration avec les quatre principales uni-versités de la ville, 4.000 policiers (soitenviron 10% des effectifs totaux mais 60%des officiers) y ont suivi des cours qui de-vaient les conduire à reconnaître les enfantsexclus comme des Brésiliens à part entière,et non plus comme d’encombrants parasi-tes. Des professeurs de diverses disciplines

- histoire, psychologie, philosophie, socio-logie, etc. - insistaient sur l’histoire cultu-relle de la famille afrobrésilienne, la plu-part des habitants des favelas étant de cetteorigine. Ils proposaient aussi des cours surla législation, les liens entre polices civi-les et militaires et les origines de la tor-ture.

Parallèlement, des efforts d’assainisse-ment de l’appareil sécuritaire étaient en-trepris: des policiers ont comparu devantles tribunaux pour avoir exercé des violen-ces à l’encontre de femmes et d’enfants.Certains ont été condamnés, d’autres dé-mis de leurs fonctions. De même, les in-cursions de la police dans les favelas étaientlimitées. «Mais on s’est aperçu qu’il estdifficile de changer les choses sans lesmédias, poursuit Cerqueira. Or à Rio, leprincipal complexe audiovisuel, TV Globo,était contre nous. Tout le travail que nousfaisions la journée était annihilé le soirquand les policiers regardaient la télé, dontdes émissions véhiculaient le message: ilest impossible de travailler à Rio sans exer-cer une répression dure contre lesAfrobrésiliens.»

Quel bilan dresser de cette expérience, in-terrompue en 1995 suite à un changementde majorité parlementaire dans l’État deRio? «Nous avons eu des résultats ponc-tuels mais il faut être réaliste: les policiersétaient très nombreux à s’opposer à notrepolitique. Globalement, ils sont plus deman-deurs d’armes sophistiquées que d’éduca-tion aux droits de l’homme.» Une partie dela classe politique et de la société ne de-mande qu’à les entendre. Face aux récen-tes avancées juridiques dans le domaine dela protection des mineurs, elle réclamel’abaissement de la responsabilité pénale à16 ans, voire 14, au lieu de 18.

Mais la nécessité de réformer la ma-nière dont les forces de l’ordre traitent lesenfants n’est pas une spécificité carioca.Elle s’impose aussi, entre autres, au Pérou,où plus de 11.000 enfants vivraient dans larue. La Police nationale et l’ONG suédoiseRädda Barnen y développent depuis avril1994, avec le soutien de l’UNESCO, desmodules d’éducation à distance destinésaux officiers de 15 régions du pays.

Intitulée «Prise en charge et suivi desenfants et adolescents», cette formationd’un an comporte huit mois d’études théo-riques et la rédaction d’un rapport, qui doitsoumettre des approches, actions et métho-des de travail novatrices. Quatre modulessont proposés aux étudiants: les problèmesspécifiques des enfants et adolescents, lalégislation, la psychologie et le travail so-cial, la politique de vigilance à exercer. Lesétudiants sont suivis individuellement etleurs «devoirs» commentés et notés. Lescours, disent-ils, leur ont surtout permisd’actualiser leurs connaissances en droit,et, pour 54% d’entre eux, de revoir leurattitude à l’égard des enfants. «Nous lesabordons désormais sous un angle plusconstructif, moins répressif», estime unofficier de Huancayo. «Le cours m’a ap-porté une autre vision du mineur, qui n’estpas seulement un objet de tutelle mais aussiun sujet de droit, renchérit un commandantde Lima. La police est gardienne des va-leurs; or l’une des plus importantes est laprotection de l’enfance.»

Jusqu’ici, le programme a touché 1.147officiers. Il a été étendu fin 1996 aux sous-officiers. Il pourrait même déborder lesfrontières péruviennes. Les directeurs char-gés de la formation professionnelle de lapolice de plusieurs pays d’Amérique latinese réuniront à Lima à la fin de l’année pouren décider.

S. B.

DANS LA RUE, AVEC LES ENFANTS. Celivre présente 18 projets de réinsertion desenfants de la rue (UNESCO/BICE, 1995).

FLEURS DE POUSSIÈRE, ENFANTS DE LARUE EN AFRIQUE est un ouvrage de

sensibilisation aux aspects éducatifs duproblème (UNESCO, 1993).

EXPOSITION PÉDAGOGIQUE ITINÉ-RANTE. 16 panneaux thématiques mis àdisposition gratuitement par l’UNESCO.

Format ion de la po l i ce

MEURTRIERS OU MÉDIATEURS?Plusieurs pays d’Amérique latine réalisent l’urgence de former la police aux droits des enfantsde la rue. Exemples du Brésil et du Pérou, qui s’y emploient avec plus ou moins de succès.

ENFANTS DE LA RUE, ENFANTS EXPLOI-TÉS. Ce dépliant explique les grands axesde travail de l’UNESCO sur le sujet.

ON NE VOIT BIEN QU’AVEC LE CŒUR(voir ci-contre).

POUR EN SAVO I R P L U S . . .

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Enfants en détresse sous le regard et la plumede photographes et poètes célèbres.

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Prix: 120 FF Disponible à la Librairie de l’UNESCO,ou par chèque à adresser au:

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To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

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Le professeur Dahrendorf aurait-il raison?Cet éminent sociologue d’origine alle-mande, actuellement directeur du St Antony’sCollege d’Oxford, avait avancé le pronos-tic suivant: si les pays d’Europe centrale etorientale qui se sont libérés de la dictaturedu parti unique ont eu besoin de six moispour changer de régime politique, il leurfaudra six ans pour transformer leur écono-mie et au moins 60 avant de voir renaître lavie culturelle et intellectuelle ainsi que lasociété civile.

À l’issue de la conférence organisée àBudapest, fin janvier, sous l’égide del’UNESCO, Iván Vitányi, un vieux routierde la politique culturelle hongroise, a con-testé les thèses du sociologue, sans rien en-lever à ses mérites. Selon le Président dela Commission culturelle du Parlementhongrois, il est possible que la transitionéconomique nécessite plus de six ans. Tou-tefois, les chances d’une renaissance cul-turelle sont meilleures que Dahrendorf nele prédisait, parce que dans ces pays entransition, le niveau de la culture est plusélevé que celui de l’économie. Une invitéepragoise n’a pas hésité à ajouter que, deVarsovie à Tallin, de Budapest à Zagreb,de Prague à Kiev, la culture générale deshabitants était plus développée qu’àl’Ouest.

On pourrait longuement débattre pour sa-voir si cette qualité est mesurable ou si cegenre de comparaison a un sens. Person-nellement, je partage plutôt l’opinion deYehudi Menuhin. Le violoniste m’a dit unjour que sans les compositeurs hongroisBéla Bartók et roumain Georges Enesco,c’est-à-dire sans les cultures d’Europe cen-trale et orientale, la culture européenne se-rait amputée. Or, pour de nombreux inter-venants, ces cultures risquent de s’effondrersous le fardeau économique de la transition.

Vitányi a souligné qu’il faudrait répon-dre aux défis quotidiens posés par les res-trictions financières et que l’enjeu était desavoir si les pays de la région vont passerdu socialisme au capitalisme tout en res-tant sous-développés ou si, une fois sur lechemin du redressement, ils vont pouvoirespérer atteindre un jour le niveauoccidental. Or les lamentations et les

prévisions apocalyptiques sont légion. Ledirecteur de l’un des plus importants insti-tuts de sondage de Hongrie a indiqué queles dépenses individuelles consacrées àl’achat de livres et de billets de cinéma ontchuté de quatre cinquièmes depuis la fin desannées 80, ce qui signifie que les exclus dulivre et du film sont de plus en plus nom-breux.

D’après la spécialiste tchèque citée plushaut, ce sont les petites bibliothèques quicourent le plus grand danger dans son pays.Quant à la littérature pour enfants, naguèreflorissante en République tchèque, elle aquasiment disparu.

Le fait est là: le nouveau budget centraltchèque consacre 6% de moins à la cultureque l’année précédente. «Et personne nenous dit comment remettre la main sur ces6%», explique Dana Ryslinkova, directriced’institut à Prague, ajoutant qu’à son avisla culture du commun des mortels est plusmenacée en Europe centrale et orientale queles hautes sphères culturelles, encore quecela dépende des pays. Un expert britanni-que spécialisé en management culturel a eneffet évoqué le célèbre Bolchoï, lui aussiau bord de la faillite. En Lituanie, a expli-qué un intervenant, les écrivains et les pein-tres n’ont même plus les moyens de s’ache-ter du papier et de la toile... De là à prévoirl’Apocalypse, il n’y a qu’un pas: la culturecentre-européenne aux multiples racinesdépérira et, comme l’a affirmé un invité deDresde, une fois son identité perdue, sediluera dans l’océan du «Mac Donaldisme».

La situation est, certes, alarmante etnous avons toutes les raisons d’être pessi-mistes. Mais si les 120 spécialistes de 23pays ne s’étaient réunis au bord du Danubeque pour faire ce constat, alors l’UNESCO,le ministère hongrois compétent, la com-mission nationale hongroise pourl’UNESCO, le Conseil de l’Europe, laCommission européenne et la Fondationeuropéenne Mozart auraient organisé laconférence en vain. Se contenter d’exposerune liste de griefs, aussi justifiés soient-ils,ne résout rien et ne peut que charger l’at-mosphère. Robert Fitzpatrick, professeur àl’Université Columbia (États-Unis), a remar-qué à juste titre que le monde postsocialiste

«M É M O I R E S D ’ A N G K O R » , uneexpo s i t i o n s u r l a c ap i t a l e d e s Khmer s duIXe au XVe s i è c l e s , a é t é p r é s en t ée àl ’UNESCO du 23 j anv i e r au 11 f é v r i e r.Ba s - r e l i e f s , f r on t on s , f r i s e s e t s t a t ue s d e st emp l e s é t a i en t expo sé s à t r a ve r s d euxp ro c édé s o r i g i naux qu ’ un s i è c l e d et e chno l og i e s épa r e : l e s mou l age s r éa l i s é spa r l e s p r em i e r s c he r cheu r s f r an ça i s auX IXe e t l e s pho t og raph i e s pano ram ique s ,d ’ une d i z a i ne de mè t r e s pou r c e r t a i n e s ,r é su l t a t d ’ une p r oue s s e t e c hn i que m i s e aupo i n t pa r une équ i pe un i v e r s i t a i r ea l l emande .

Pa r a i l l e u r s , l ’ I COM ( Con se i l i n t e r na t i ona lde s musée s ) v i en t d e r é éd i t e rl ’ ouv rage P I L LAGE À ANGKOR , qu ip r é s en t e , pho t o s e t d e s c r i p t i on s à l ’ a ppu i ,l e s ob j e t s v o l é s au dépô t d e l a Con se r va -t i on d ’Angko r, a f i n d e mob i l i s e r l e sp r o f e s s i onne l s e t l e g r and pub l i c p ou r l er e t ou r de c e s p i è c e s .G râ c e à l a p r em iè r e pa ru t i on en 1993 ,s i x ob j e t s v endu s en s a l l e s d e s v en t e son t é t é l o c a l i s é s , d on t c e r t a i n s d é j àr e s t i t u é s au Cambodge .

☛ I C O M 1 , r u e M i o l l i s ,F - 7 5 7 3 2 P a r i s c e d e x 1 5

MIRACLES OU RÉALISME?Artistes et décideurs débattent des menaces que la situationéconomique en Europe centrale et orientale fait peser sur la culture.

C u l t u r e

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est en train de vivre des changements dra-matiques. La politique culturelle renaît par-tout de ses cendres mais les responsabilitéssont à redéfinir. Un haut fonctionnaire hon-grois de la culture a appelé à adopter un«nouveau réalisme» à l’égard du sévèreprocessus de transition. À son avis, il fautreconnaître que les pays centre-européensdont le PIB équivaut à celui de la Turquie

ne peuvent pas bénéficier d’une offre cul-turelle identique à celle des Pays-Bas. Ainsi,sous l’égide de ce «nouveau réalisme», le«consommateur» devrait payer plus cherpour tenir compte des coûts réels de la cul-ture. À long terme, une contribution dumonde des affaires et des particuliers de-vra venir s’ajouter aux subventions del’État.

Mais le problème est très complexe:qu’entend-on par «long terme», que fairedes institutions et activités culturelles dontl’explosion générale des prix menace l’exis-tence? Ce même fonctionnaire a estimé quela Hongrie vit actuellement une époque devéritables miracles, parce que, vu le niveaudes ressources, au moins la moitié de la vieculturelle aurait dû déjà disparaître. Je nepense pas qu’il ait raison. L’époque est celled’une transition pénible plutôt que de mi-racles.

De plus, les restrictions financières dansle domaine de la culture ne sont pas incon-nues dans d’autres régions du monde. Nousn’en sommes pas consolés, mais devrionsvoir plus loin que le bout de notre nez: l’in-tervenant américain n’a pas manqué de no-ter que, pendant la réunion de Budapest, leCongrès américain débattait d’une suppres-sion éventuelle de la subvention fédéraledes Arts. De même, notre région n’est pasla seule où le nombre d’auditeurs de

concerts a baissé. Aux Etats-Unis on redouteaussi que les salles de concerts ne se trans-forment en «clubs de mélomanes du troi-sième âge». Les jeunes s’intéressent en ef-fet de moins en moins à la musique classi-que.

Alain Coblence, président de la Fonda-tion européenne Mozart - l’unique organismeprivé à soutenir directement la réunion de

Budapest - pense que le financement de laculture traverse une crise profonde dans toutle monde occidental et met en garde les hom-mes politiques contre l’illusion du laissez-faire. De nombreux participants ontd’ailleurs souligné que l’État devrait jouerun rôle important dans le maintien de la cul-ture et la sauvegarde des identités nationa-les: la culture est trop importante pour êtreconfiée au seul marché. Mais il ne peut pasnon plus faire face tout seul: vraisemblable-ment, seule une structure à plusieurs com-posantes - monde des affaires, particuliers,sphère non lucrative plus organisée - pourraréinsuffler de la vie aux anciennes culturesd’Europe centrale et orientale. La preuve:les nouveaux centres commerciaux multina-tionaux ont, eux aussi, une fonction cultu-relle. Duna Plaza, le nouvel ensemble com-mercial de Budapest, abrite librairies et sal-les de cinéma.

Il se peut que les porte-parole de la cul-ture doivent suivre le conseil de De Gaulle:il faut prendre la tête des mouvements quandils deviennent inévitables. Et donner ainsipeut être raison à l’intervenant britanniquequi, contrairement à Dahrendorf, donnait 20ans et non 60 à la culture d’Europe centraleet orientale pour rattraper la vitesse occiden-tale.

József MARTINà Budapest

Qua t r e c ha i r e s UNESCO on t é t é i n s t i t u ée sen RUSS I E l o r s d ’ une v i s i t e du D i r e c t eu rgéné ra l , du 9 au 14 f é v r i e r : s u r l ac u l t u r e de pa i x e t l a d émoc ra t i e àl ’Un i v e r s i t é d ’ É t a t pou r l e s human i t é s ;l ’ é du ca t i on human i t a i r e d e s m i l i t a i r e s àl ’ A cadém ie Zhukov sk i ; l a t e c hno l og i e del ’ i n f o rma t i on à l ’ I n s t i t u t d e t e c hno l og i eé l e c t r on i que (Mo s cou ) ; l e s a s pe c t ss o c i aux , l é gaux e t é c o l og i que s dudéve l oppemen t du rab l e à l ’Un i v e r s i t éd ’ É t a t d e Novo s s i b i r s k . À c e t t e o c c a s i on ,un c en t r e de f o rma t i on de s j ou rna l i s t e s aé t é i naugu ré à Mo s cou . C r éé ave c l es ou t i en de l ’UNESCO , i l d i s p en se ra unen se i gnemen t en ma t i è r e d ’ i n f o rma t i que ,p u b l i c i t é e t g e s t i o n .

Des initiatives locales se multiplientpour explorer de nouvelles voies quimènent à l’ÉDUCATION POUR TOUS.Cinq d’entre elles sont présentéesdans une vidéo de 15 mn intituléeAtteindre l’éducation : au El Salvador,où tous participent à la gestion del’école; dans des villages isolés deThaïlande et du Sénégal, avec desprogrammes ancrés dans la traditionlocale, en Haute-Égypte où les classessont suivies à 80% par des filles; auNouveau-Brunswick (Canada), où unecentaine de communautés prennent encharge des adultes illettrés.

☛ D i s p o n i b l e e n a n g l a i s , f r a n ç a i s ,e s p a g n o l , a r a b e , r u s s e e t c h i n o i s

D i v i s i o n d e l ’ a u d i o v i s u e lO f f i c e d e l ’ i n f o r m a t i o n d u p u b l i c

C u l t u r e

Q U E L AV E N I RP O U R L ET H É Â T R E

A LT E R N A T I FS L O V A Q U E ?

( P h o t o ©t o u s d r o i t s

r é s e r v é s ) .

To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

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«L’ eau r emp l a c e ra l e p é t r o l e c ommep r i n c i pa l d é t ona t eu r de c on f l i t s i n t e r na -t i onaux » , a p r ono s t i qué Adnan Bad ran ,D i r e c t eu r géné ra l ad j o i n t , l o r s d ’ unecon f é r en c e qu ’ i l a donnée à l ’UNESCO l e4 f é v r i e r s u r l e t h ème «L ES EAUXTRANSFRONT I ÈRES : pe r s pe c t i v e s d epa i x ou de c on f l i t s » . De s 200 «s ou r c e spo t en t i e l l e s d e c on f l i t » , i l s ’ e s t c on c en t r ésu r c e l l e s « qu i r equ i è r en t d è s ma i n t enan tl a c oopé ra t i on i n t e r na t i ona l e » : l a me rd ’A ra l , l e J ou rda i n e t l e N i l ( v o i rS o u r c e s , n° 8 3 e t 8 4 ) a i n s i q u e l e sba s s i n s du Mékong , d e l ’ E uph ra t e e t duT i g re , que s e pa r t agen t re s pe c t i v emen ts i x pay s d ’A s i e e t t r o i s du Moyen -O r i en t .

Pendant 16 jours, 35 JEUNES EXPLO-RATEURS, partis d’Argentine sur unnavire russe, ont collecté des donnéesscientifiques en Antarctique, «dernierendroit non pollué de notre planète»,selon Robert Swan, envoyé spécial del’UNESCO pour l’environnement, quidirigeait l’expédition. L’équipe, qui aregagné Buenos Aires le 1er février,était composée de jeunes de 25 pays,dont certains de groupes ethniques oureligieux différents d’Afrique du Sud,Bosnie, Irlande du Nord, Israël,Palestine ou Tchéchénie. Son objectif:surmonter les différences pour faireface ensemble aux nombreux défis del’expédition.

«En tant que scientifiques, nous devons as-sumer la responsabilité de nos découver-tes et innovations. Et surtout , avoir cons-cience qu’elles peuvent être utilisées pourle meilleur comme pour le pire et nous ef-forcer d’exercer un contrôle sur l’usage quien est fait», estime Yehiel Becker. Ce pro-fesseur à l’École internationale UNESCO-Université hébraïque de biologie molécu-laire et de microbiologie a organisé, avecle soutien de l’Organisation, le deuxième

colloque international sur «la science auservice de la paix», tenu à Jérusalem du 20au 23 janvier.

L’un des thèmes de cette rencontre étaitle danger de guerre biologique. Une quin-zaine de pays sont soupçonnés de chercherà mettre au point des armes de ce type etcertains y ont déjà réussi. Ils pourraientainsi lancer sur leurs adversaires des ogi-ves bourrées, par exemple, de bacilles dela maladie du charbon.

«Nul ne connaît le nombre exact d’ogi-ves ainsi équipées, mais on l’estime à plu-sieurs milliers», constate Jonathan Levy,étudiant en médecine à la NorthwesternUniversity (États-Unis), qui a présenté aucolloque une communication sur ses re-cherches. «La guerre biologique n’est pasun fait nouveau. Pendant la deuxièmeguerre mondiale, des recherches considé-rables ont été menées, dans les deux camps,pour utiliser les maladies comme moyensd’extermination rapide. Toutefois, seuls lesJaponais sont allés jusqu’à expérimenterleurs découvertes sur des êtres humains.Ils lâchaient un prisonnier de guerre en

rase campagne, larguaient une bombe por-teuse du bacille du charbon et attendaientde voir combien de temps il mettrait à mou-rir. Dix mille prisonniers ont péri de cettefaçon.»

La première tentative pour interdire lesarmes biologiques remonte à 1925 avec leProtocole de Genève sur les gaz toxiques,mais il a fallu attendre près d’un demi-siè-cle pour qu’un autre instrument législatifvoie le jour, avec la signature en 1972 par

138 États de la «Convention sur l’interdic-tion de la mise au point, de la fabricationet du stockage des armes bactériologiques(biologiques) ou à toxines et sur leur des-truction». «Certains pays, comme les États-Unis et la Grande-Bretagne, ont effective-ment fermé des sites. En revanche, beau-coup d’autres - plus d’une centaine - dontla Russie, l’Égypte, l’Iran, l’Irak et laChine, bien que signataires de la Conven-tion, ne l’ont pas ratifiée», constate ArturoFalaschi, directeur du Centre internationalde génie génétique et de biotechnologie deTrieste (Italie).

Pour les scientifiques présents au col-loque, les armes biologiques font peser surla paix dans le monde une menace plusgrande que les armes nucléaires ou chimi-ques. On les appelle souvent «la bombeatomique du pauvre», car dès lors que l’onpossède l’agent pathogène et l’installationnécessaire, le coût de production est rela-tivement faible, jusqu’à quelques francs pardose mortelle. «Non seulement elles sontbon marché, précise Levy, mais elles ontl’horrible avantage de pouvoir décimer des

«Pe r f e c t i onne r s a p r op r e app ro che en l ac on f r on t an t à d ’ au t r e s » : t e l e s t l ’ o b j e c t i fdu p r o j e t P EDDRO (M i s e en r é s eau del ’ i n f o rma t i on dan s l e doma ine del ’É D U C AT I O N P R É V E N T I V E c o n t rel ’ abu s de s d r ogue s ) c r é é en 1993 pa rl ’UNESCO e t l a Commi s s i on eu ropéenne . Àc e j ou r, 173 i n s t i t u t i on s d e 124 pay s yp a r t i c i p e n t . L e s d e u x o r g a n i s a t i o n s o n ts i gné un a c c o rd l e 20 j anv i e r v i s an t àé la rg i r l e ré seau à des rég ions mo insreprésen tées , l e s É ta t s a rabes no tamment .

DE L’ATOME AUX BACILLESComment maîtriser les risques de guerre biologique?Des scientifiques en débattent.

S c i e n c e e t p a i x

P L U S I E U R SM I L L I E R SD ’ O G I V E SS E R A I E N TÉ Q U I P É E SD ’ A R M E S

B I O L O G I Q U E S( P h o t o ©

G A M M A /C h a r l e s

J i n g ) .

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Q u ’ e s t - c e q u e l ’U N E S C OA U J O U R D ’ H U I ? Pou r s e s 50 an s ,l ’O rgan i s a t i on a f a i t pa ra î t r e uneb ro chu re , t r è s r i c h emen t i l l u s t r é e , s u r l e st emps f o r t s d e s on h i s t o i r e , l e s g r ande sf i gu r e s qu i l ’ on t pa r t agée , s e s i n s t i t u -t i on s , s e s pa r t ena i r e s , s on a c t i on , s e so r i en t a t i on s à l ’ aube du t r o i s i èmem i l l é n a i r e , q u i d o i v e n t a v o i r «u n c a p e tun s eu l : l a pa i x . . . au quo t i d i en , au s e i nde s s o c i é t é s e t en t r e l e s pay s . L’ édu ca -t i on , l e s s c i en c e s , l a c u l t u r e e t l ac o m m u n i c a t i o n n ’ o n t d e v a l e u r q u e s ie l l e s c on t r i buen t à l ’ a t t e i nd r e » , c ommel e s ou l i gne en gu i s e d ’ i n t r odu c t i on l eD i re c t eu r géné ra l , F ede r i c o Mayo r.

populations entières sans détruire les vil-les.» De plus, les avancées technologiques,telles que les techniques de reconstitutionde molécules d’ADN, pourraient rendre cesarmes encore plus meurtrières.

Les scientifiques se sont donc demandécomment maîtriser le monstre qu’ils ontcontribué à créer. Débat animé, car leursopinions divergeaient sur la meilleure fa-çon de s’y prendre.

I N S P E C T I O N SPour Falaschi, il faut effectuer des inspec-tions dans les pays soupçonnés de fabri-quer des armes biologiques: «Nous savonsqu’en dépit de la convention, Saddam Hus-sein possédait 25 missiles SCUD munisd’armes biologiques pendant la guerre duGolfe. Il est donc clair que sans ratifica-tion universelle des accords, il ne peut yavoir de sécurité. Mais il nous faut aussidisposer de systèmes d’inspection. Il estquasiment impossible de fabriquer des ar-mes biologiques sans laisser de trace. Unenouvelle technique permet de détecter unemolécule isolée d’ADN. Ainsi, on peut aisé-ment suivre à la trace le bacille du char-bon par la présence de son ADN. On uti-lise à cet effet des filtres humides que l’onapplique sur les surfaces suspectéesd’avoir été en contact avec une arme bio-logique ou des filtres à air pour obtenir lamême information. Ces méthodes peuventtransformer la chasse aux armes biologi-ques... L’ONU doit à mon avis aider à as-surer la ratification de la convention et lesactivités d’inspection pour en vérifier l’ap-plication.»

D’autres scientifiques, comme KennethBerns, président de la société américainede microbiologie, pensent que le meilleurmoyen de mettre fin à la prolifération desarmes biologiques serait de soumettre à uneréglementation stricte les institutions quimènent des recherches sur les maladies

infectieuses.«Un institut de recherche areçu une commande de bacille de la peste,raconte-t-il. Après avoir expédié le produitdemandé, les chercheurs ont été pris dedoute et ont alerté les autorités. Il s’estavéré que l’auteur de la commande étaitmembre d’une milice d’extrême droite.C’est ainsi que le gouvernement américaina entrepris d’édicter des règlements pourstopper les velléités de terrorisme inté-rieur.»

Pour d’autres participants, la promotionde la paix entre voisins est le seul moyend’en finir avec les armes biologiques. Se-lon Abed Al Nasser, originaire de Gaza, quiachève actuellement ses études de méde-cine à l’Université hébraïque, «la maladiene fait pas de distinction entre un Juif et unArabe. Les peuples vivant dans cette par-tie du monde sont si étroitement imbriquésqu’en cas de largage d’une bombe porteused’une arme biologique, aucun habitant dela région, qu’il soit Jordanien, Palestinienou Israélien, ne serait épargné. La coopéra-tion est indispensable pour parer au danger».

Quoi qu’il en soit, tous les scientifiquesprésents ont approuvé la proposition deYehiel Becker d’inviter les universités dumonde entier à prévoir, lors de la remisedes diplômes scientifiques, une prestationde serment, à l’instar de celui d’Hippocratepour les médecins. Cinq étudiants, qui ontpris part au colloque, ont entrepris d’en ré-diger le texte. Par ailleurs, tous les partici-pants ont signé une déclaration adressée àl’UNESCO (voir encadré).

«Avec l’adoption de la Déclarationpour la paix et l’instauration d’un serment,a conclu Becker, nous essaierons de faireen sorte que les diplômés des disciplinesscientifiques s’appliquent à l’avenir à met-tre leur art au service de la paix et non dela guerre.»

Dina SHILOHà Jérusalem

Comment revaloriser l’ENSEIGNEMENTTECHNIQUE ET PROFESSIONNEL?Quelles passerelles instituer avecl’enseignement général? Sous quelleforme les entreprises doivent-elles êtreimpliquées? Une quinzaine d’expertsont débattu de ces questions lorsd’une réunion internationale sur «ledéveloppement des relations entrel’enseignement technique et profes-sionnel et le monde du travail»,organisée à Tokyo (Japon) du 3 au 6février. Ils ont notamment recommandéun système de formation en alternances’appuyant sur des mécanismes decoopération flexibles avec les entrepri-ses, une solide formation des ensei-gnants, initiales et en cours d’emploi,ainsi que l’utilisation de matérielsmultimédias.

À l’issue du colloque, les participants ont appelé «tous les individus et toutes les institutions qui travaillentdans le secteur scientifique et œuvrent pour la science» à faire en sorte que «les activités et les réalisationsscientifiques ne soient utilisées qu’à des fins pacifiques et dans l’intérêt de l’humanité»; ils ont souhaitéque «soient assurées la libre circulation et la diffusion de l’information et des connaissances scientifiques,et que l’espace scientifique demeure ouvert et voué à la libre expression des idées».

La déclaration recommande également que «des efforts soient entrepris pour élaborer le texte d’unserment par lequel les jeunes scientifiques s’engageraient, au moment de recevoir leur diplôme, à mettre‘la science au service de la paix’».

LA DÉCLARATION DE JÉRUSALEM

S c i e n c e e t p a i x

☛ S e r v i c e d e l a d o c u m e n t a t i o nO f f i c e d e l ’ i n f o r m a t i o n d u p u b l i c

To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

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«P E T I T E E N FA N C E E N A F R I Q U EFRANCOPHONE» e s t l e t h ème d ’ undo cumen t r é c emmen t pub l i é pa r l ’UNESCO .Su r l a ba s e d ’ une enquê t e r éa l i s é e dan s15 pay s , i l p r é s en t e un é t a t d e s l i e ux dec e qu i s e f a i t e t pa r qu i dan s l e doma inede s s o i n s e t d e l ’ é du ca t i on de l a p r imeen fan ce . En c omp l émen t e s t é ga l emen tpa ru un modu l e de f o rma t i on pou r l er e c y c l age de s p e r s onne l s d ’ en cad r emen td e l a p e t i t e e n f a n c e .

☞ Un i t é «Le j eune en fan t e t l e m i l i eu fami l i a l »

D e n o m b r e u x J E U N E S , s a t u r é s d ’ i m a g e ss ouven t v i o l en t e s , s ouha i t en t p r é s en t e r àl a t é l é v i s i on l eu r s h i s t o i r e s dan s l eu rl angage aud i ov i s ue l . L e r é s eau det é l é v i s i on a l l emand ZDF a dé c i d é d ’ yc on t r i bue r. C ’ e s t a i n s i qu ’ i l a f ou rn i , p a rl e b i a i s du Fond s s pé c i a l d e l ’UNESCOpou r l a j e une s s e , 500 c a s s e t t e s v i d éopou r l e s ém i s s i on s d e s pay s de s Ba l kan sà l ’ i n t en t i on de s j e une s , a i n s i qu ’ unet ab l e de mon tage pou r l e nouveau« cana l - j e une s » de Cuba , pou r un mon tan tt o t a l d e p l u s d e 26 .000 do l l a r s .

Des représentants d’ONG, décideurs,universitaires et responsables étu-diants, se sont retrouvés à l’UNESCO,du 10 au 12 février, autour du thème«Enseignement supérieur: les consé-quences des transformations socialespour l’EMBAUCHE DES DIPLÔMÉS». Ilsont débattu de la formation pouracquérir «le savoir professionnel ettechnique, et le savoir vivre». Danscette optique, Hanan Ashrawi, ministrede l’enseignement supérieur del’Autorité palestienne, a jugé essentielde considérer «l’éducation aux droitsde l’homme, la démocratie, la paix etla justice sociale, non pas comme unediscipline abstraite, mais comme unprincipe d’action».

La Crimée est, pour l’ONU, «une région oùcouvent des tensions séparatistes, ethniqueset nationalistes qui pourraient, à moinsd’être enrayées, faire de cette péninsule enmer Noire une zone de conflit».

Pour les désamorcer, l’UNESCO alancé un projet d’éducation et de formationdestiné aux jeunes marginalisés, en parti-culier tatares.

A c c u s é sd’avoir colla-boré avec lesAllemands pen-dant la guerre,un grand nom-bre d’entre euxfurent déportéspar Staline en1944. Ils ontcommencé à re-venir en 1991,lorsque la Cri-mée a retrouvéle statut de ré-publique auto-nome au sein del’Ukraine. En-viron 250.000personnes sont déjà rentrées chez elles, etl’on en attend encore à peu près autant.Mais depuis que ce pays a accédé à l’indé-pendance en 1991, l’économie de la Cri-mée, fondée sur l’agriculture, la construc-tion navale, l’industrie légère et le tourisme,menace de s’effondrer. Le chômage aug-mente de façon vertigineuse et touche 50%des personnes de retour d’exil.

S’adressant à deux communautés épar-pillées sur les collines des environs deSimferopol, la capitale, où un grand nom-bre de Tatares viennent se réinstaller, leprojet de l’UNESCO offre à environ unmillier de jeunes une formation dans touteune gamme de compétences pour leur per-mettre de se prendre en main.

«La stabilité de la Crimée dépend dansune large mesure de la façon dont les jeu-nes perçoivent leur avenir, observe MarcGilmer, spécialiste du programme àl’UNESCO. L’éducation et l’emploi sontles clés pour renverser la situation.»

Entamé en juillet dernier, ce projet de10 mois s’adresse aux jeunes capables «dediriger et motiver, ainsi que d’agir en

coordination avec le personnel du projet».Il offre aussi à des jeunes sans emploi de15 à 25 ans des cours de couture, tricot,travail du cuir, mécanique automobile, ré-paration de téléviseurs ou informatique.Pour multiplier les débouchés, l’équipe duprojet négocie avec le ministère de l’édu-cation une homologation officielle des

cours.Deux cen-

tres commu-nautaires ontété ouverts etservent delieux de ren-contre pourdes personnesd’ethnies dif-férentes. Poure n c o u r a g e rl’esprit com-munautaire, oninvite les jeu-nes, filles etgarçons, à par-ticiper à desactivités spor-tives ou des

productions artisanales, à rejoindre ungroupe de danse.

« Nous souhaitons tirer parti du savoirqui existe déjà dans les communautés, ex-plique Marc Gilmer. La moitié de la popu-lation étant constituée de personnes âgées,nous leur proposons de transmettre leursconnaissances et savoir-faire à la jeunegénération. Dans la mesure du possible, lepersonnel est recruté, à titre bénévole, ausein des communautés. »

Le projet s’inscrit dans le cadre d’unprogramme mis en place par le gouverne-ment ukrainien, le Programme des NationsUnies pour le développement et le Bureaudes Nations Unies pour les services d’ap-pui aux projets. D’un coût de 15 millionsde dollars sur cinq ans, il se consacre auxproblèmes de santé, de logement, d’édu-cation, d’infrastructures et aux droits del’homme. S’il donne de bons résultats,l’ONU espère le voir servir de modèle dansd’autres pays confrontés à des problèmesanalogues de réintégration et de conflitcivil.

É d u c a t i o n

SI JEUNESSE SAVAIT ...En Crimée, où couvent de multiples conflits civils, l’UNESCO offreune formation aux jeunes exclus.

L E Ç O N D ’ A N G L A I S A U LY C É E T E C H N I Q U E D E S I M F E R O P O L ( P h o t o U N O P S / R . M a s s e y ) .

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P L A N È T E

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SOURCES UNESCO est un mensuel publié par l'Or-ganisation des Nations Unies pour l'éducation, lascience et la culture [tél: (+33 1) 45 68 16 73; fax:(+33 1) 45 68 56 54]. Les éditions en anglais et enfrançais sont entièrement produites au Siège; l' édi-tion en espagnol avec le Centre UNESCO de Catalo-gne, Mallorca 285,08037 Barcelone, Espagne; l’édi-tion en chinois avec l'Agence XINHUA, 57 XuanwumenXidajie, Beijing, Chine; l'édition en portugais avec laCommission nationale pour l'UNESCO, Avenida InfanteSanto No 42 - 5°, 1300 Lisbonne, Portugal.

Responsable de la publication: R. Lefort. Rédac-teurs: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet. Secré-taire de rédaction: C. Mouillère. Version espa-gnole : E. Kouamou (Barcelone), L. Sampedro,(Paris). Mise en page: G. Traiano, F. Ryan. Se-crétariat et diffusion: D. Maarek.

Photogravure et impression dans les Ateliers del'UNESCO. Distribution par les Services spécialisésde l'UNESCO.

T i l on i a n ’ e s t qu ’ un de s nombreux v i l l a ge sdu Ra j a s t han , au no rd - oue s t d e l ’ I nde .Ma i s l ’ ex t r ao rd i na i r e de c e v i l l a geo rd i na i r e , c ’ e s t qu ’ i l e s t l e s i è ge duCen t r e de t r a va i l s o c i a l e t d e r e che r chequ i , d epu i s 25 an s , me t un œuv re unp l an de déve l oppemen t g l oba l a ve c e tpou r l e s pauv r e s d e s z one s r u r a l e s .

S ou s l e t i t r e L E COL L ÈGE AUX P I EDSNUS , OU L E SAVO IR DÉMYST I F I É , l ed e r n i e r n u m é r o d e l a s é r i e É d u c a t i o np o u r t o u s , e n f a i r e u n e r é a l i t é p r é s e n t es e s mu l t i p l e s r éa l i s a t i on s : c r éa t i on de 40c r è c h e s , 1 5 0 «é c o l e s d e n u i t » d a n s 8 9v i l l a ge s ( c a r l e s en f an t s t r a va i l l e n t a ve cl eu r s pa r en t s p endan t l a j ou rnée ) , s an sc omp te r l a f o rma t i on d ’ en s e i gnan t s ,d ’ agen t s s an i t a i r e s ou de mé can i c i en s .

«Chers parents, il ne suffit pas d’enfanterpour mériter le titre de père ou de mère!Un enfant ne grandit pas comme de l’herbesauvage...». Ce message de DéogratiasNitiema, 12 ans, élève d’un lycée de Oua-gadougou, a donné le ton du Sommet ré-gional sur les droits de l’enfant, l’éduca-tion et le développement, organisé dans lacapitale burkinabé du 17 au 21 février parl’UNESCO et la Fondation pour l’enfance,basée en France. Premier d’une série deconférences sur ce thème, il a réuni unedouzaine de «premières dames» ou leursreprésentantes ainsi que des ONG.

Le message de Déogratias s’adressaitaussi aux décideurs: «Autorités coutumiè-res et religieuses, sachez que nous réali-sons que vous avez joué un rôle dans le re-tard de la scolarisation des enfants». L’ac-cusation a fait mouche. «Mais aujourd’hui,les choses évoluent», a rétorqué LaveléNaaba, «ministre de l’information» duRoyaume Mossi, le «gouvernement» tra-ditionnel qui coexiste avec celui de l’État.

«Il y a des changements dans les coutu-mes. Beaucoup de chefs traditionnels sontdes intellectuels; ils ont été scolarisés etvoient l’importance de l’éducation.»

Et pourtant, les statistiques sont alar-mantes. En Afrique au sud du Sahara, letaux de scolarisation dépasse rarement 30%à 40%. Au Burkina Faso, jusque dans lesannées 80, il stagnait à 25%. Grâce auxefforts de l’État et des ONG, il avoisineaujourd’hui les 40%. Mais ce taux globalcache la gravité de la situation des filles(10% sont scolarisées). Une situation quiprévaut dans d’autres pays de la région:

Mali, Mauritanie, Niger, Sénégal ou Tchad.La volonté politique d’y remédier est ma-nifeste, du moins publiquement. La plu-part des États africains ont signé les con-ventions internationales sur les droits del’enfant. En 1990, à Addis-Abeba, chefsd’États et de gouvernements ont adopté laCharte africaine des droits et du bien-êtrede l’enfant, dont l’article 11 proclame ledroit à l’éducation. Mais pour la majoritédes participants, l’inefficacité des systèmeséducatifs africains est en grande partie dueau fossé entre l’éducation dite «moderne»,héritée de la colonisation, et l’organisationet le mode de pensée de la société africaine.

En outre, les échecs scolaires et l’ab-sence de débouchés pour les diplômés ontfini par convaincre les parents que l’écolepeut être un cul-de-sac. Les difficultés éco-nomiques et les coupes dans les budgets del’éducation compliquent encore la chose.

Le sommet n’a pas débouché sur desréponses toutes faites. Il a néanmoins faitavancer les droits de l’enfant, en particulier

celui de l’éducation, le remettant à l’ordredu jour de l’agenda politique, et nourri ledébat public. L’enjeu est d’importance: prèsde la moitié de la population au sud du Sa-hara a moins de 20 ans. L’avenir est entreles mains de la jeunesse.

Comme l’a fait remarquer HalidouOuédraogo, président du Mouvement bur-kinabé des droits de l’homme et des peu-ples: «Il nous faut éveiller les consciencessur l’importance de l’éducation... et il y abeaucoup à faire.»

Bamba BOGNA YAYAà Ouagadougou

«ÉVEILLER LES CONSCIENCES»Malgré des progrès depuis 10 ans, l’Afrique subsahariennen’investit toujours pas assez, ou pas assez bien, dans l’éducation.

É d u c a t i o n

U N E N F A N T S U RT R O I S E S TS C O L A R I S É E NA F R I Q U ES U B S A H A R I E N N E ;P R E S Q U ET O U J O U R S U NG A R Ç O N ( P h o t oU N E S C O / P a u lA l m a s y ) .

À Dakar (Sénégal), du 21 au 25 avril, un séminaire sur L’ÉDUCATION ET LE SIDA dans les

pays africains francophones réunira des représentants de ministères de l’éducation et de la santé ainsi que

d’ONG pour passer en revue les actions de sensibilisation et de prévention de cette épidémie. Le Comité

intergouvernemental de la Décennie mondiale du DÉVELOPPEMENT CULTUREL (1988-1997)

se réunira au Siège, du 21 au 25 avril, pour examiner le suivi des activités à la fin de la décennie. La

JOURNÉE MONDIALE DU LIVRE ET DU DROIT D’AUTEUR sera célébrée

le 23 avril par l’ensemble du système des Nations Unies. Réunis à Milton Keynes (Royaume-Uni), du 27 au

29 avril, des experts des techniques de lecture, programmation informatique et enseignement à distance

exploreront les «ENVIRONNEMENTS PÉDAGOGIQUES VIRTUELS et le rôle de

l’enseignant». À Dakar, du 28 au 30 avril, une conférence régionale sur la promotion des VALEURS

DE LA TOLÉRANCE réunira des chefs religieux, décideurs et représentants d’ONG. Les institu-

tions des Nations Unies célébreront le 3 mai la JOURNÉE MONDIALE DE LA LIBERTÉ

DE LA PRESSE. La coopération en matière de gestion des ressources naturelles et de limitation de

l’érosion côtière du nord et du centre de l’OCÉAN INDIEN OCCIDENTAL sera le thème d’un

comité régional de la Commission océanographique intergouvernementale, réuni à Mombasa (Kenya) du 6 au

10 mai. Le Comité exécutif de la campagne internationale pour le Musée de Nubie à Assouan et le Musée

national de la CIVILISATION ÉGYPTIENNE au Caire se réunira à Assouan du 12 au 15 mai.

Le monde arabe et la SOCIÉTÉ DE L’INFORMATION sera au centre des débats d’un collo-

que à Tunis, du 4 au 8 mai. Y seront examinées les stratégies nationales permettant d’élargir l’accès aux

nouvelles technologies, compte tenu des implications socioculturelles, juridiques et éthiques.

(Les dates ne sont données qu’à titre indicatif)

Les médias peuvent jouer un rôle clé dans les processus de démocratisation et de retour à la paix. Le

PROCHAIN DOSSIER présentera des activités qu’appuie l’UNESCO dans ce secteur.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○À S U I V R E○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

U N E S C OSOURCES