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ISSN 1518-8558 www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 08 Agosto, 2015 PÔSTER NA CONTRACAPA Conheça os avanços que o projeto Link BR2 vai oferecer à aviação militar. Esquadrão Poti retoma treinamento de navegação entre obstáculos e de combate aéreo. (Pág. 06) De devedor à propri- etário de imóveis. O exemplo de quem adotou a disciplina e o rigor com as contas. (Pág. 13) Como o serviço à Pátria oferece oportunidades aos jovens. (Pág. 05) SOMOS TODOS SOLDADOS OPERACIONAL SEU DINHEIRO Esquadrilha da Fumaça retoma agenda e volta a encantar o público. Saiba como foram os dois anos de implantação operacional e logística para voltar a fazer acrobacias no céu com uma nova aeronave: o A-29 Super Tucano. (Págs. 08 e 09) ELA VOLTOU! FOTO: SGT JOHNSON / CECOMSAER

NOTAER - Agosto de 2015

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ELA VOLTOU!

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ISSN 1518-8558www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 08 Agosto, 2015

PÔSTER NA CONTRACAPA XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXPÔSTER NA CONTRACAPA Conheça os avanços que o projeto Link BR2 vai oferecer à aviação militar.

Esquadrão Poti retoma treinamento de navegação entre obstáculos e de combate aéreo. (Pág. 06)

De devedor à propri-etário de imóveis. O exemplo de quem adotou a disciplina e o rigor com as contas. (Pág. 13)

Como o serviço à Pátria oferece oportunidades aos jovens. (Pág. 05)

SOMOS TODOS SOLDADOS

OPERACIONAL SEU DINHEIRO

Esquadrilha da Fumaça retoma agenda e volta a encantar o público. Saiba como foram os dois anos de implantação

operacional e logística para voltar a fazer acrobacias no céu com uma nova aeronave: o A-29 Super Tucano. (Págs. 08 e 09)

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2 Agosto - 2015

CARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A.

ExpedienteO jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Editora: Tenente Jornalista Jussara Peccini (MTB 01975SC)Editora adjunta: Tenente Jornalista Cyn-thia Fernandes (MTB 2607GO)

Repórteres: Tenentes Jornalistas Cynthia Fernandes, Danielli Gruppi, Evellyn Abelha, Flávia Cocate, Flávio Nishimori, Gabrielli Dala Vechia, Humberto Leite, Iris Vasconcellos, Jussara Peccini, Lorena Molter, Raquel Alves, Raquel Sigaud e Ta-ciana Moury; e Tenentes Relações Públicas Camilla Barbieri e Brenda Alvarez.

Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná.

Revisão: Cynthia Fernandes, Gabrielli Dala Vechia, Evellyn Abelha, Flávio Nishimori e Humberto Leite.

Diagramação e infográfi cos: Subofi cial Cláudio Ramos; Sargentos Emerson Linares, Santi ago Moraes e Lucemberg Nascimento.

Tiragem: 30.000 exemplares. Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte. Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

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ou crítica?

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Quer ver sua unidade no NOTAER?

Aguardamos seu email [email protected]

Comandante da Marinha conhece os produtos do CECOMSAER

Esta edição do Notaer está pontuada por reportagens cujos assuntos são dignos de comemoração. O primeiro de-les, sem dúvidas, é o retorno da Esquadrilha da Fumaça. Depois de mais de dois anos em treinamento para a im-plantação da aeronave A-29 Super Tucano, a Fumaça vol-tou a encantar o público com suas manobras arrojadas pe-los céus do Brasil. Já há inclu-sive uma agenda de demons-trações. No próximo dia 23, a Esquadrilha se apresenta nos Portões Abertos da Academia da Força Aérea (AFA).

No mesmo dia 23, ce-lebramos o Dia da Inten-dência. Nesta edição, duas reportagens destacam o trabalho efetuado na área contábil e operacional.

Não poderíamos deixar também de exaltar o Dia do Soldado, celebrado em 25 de agosto, tema de uma de nos-sas reportagens. A FAB conta hoje com cerca de 24 mil sol-dados. Além de proporcionar a esses jovens a oportunidade de uma carreira militar, a For-ça Aérea também se preocu-pa com o futuro deles após o término do serviço ati vo. Por isso, vários projetos, como o Pronatec, em parceria com outros órgãos do governo fe-deral, são desenvolvidos para qualifi cá-los e oferecer mais condições para regressarem ao mercado de trabalho.

Outro assunto digno de co-memoração é a consolidação da FAB TV. Em três anos de ati -vidades, conseguimos ati ngir a marca de mais de 7 milhões

de visualizações. Mas não pa-ramos por aí. Os programas foram reformulados e trazem novidades, como a mudança de cenários. Faço aqui o con-vite para que as organizações militares acessem a FAB TV, utilizem esse material e di-vulguem, pois é o trabalho de cada um de nós que está retra-tado nas reportagens.

Também queremos incen-ti var o estudo. O ITA está com inscrições abertas para o vesti -bular 2016. É um insti tuto de excelência e fundamental para

Retomada e oportunidades

o futuro do País. Os projetos de estudantes e professores des-critos aqui podem inspirar jo-vens a optar pela engenharia.

Além desses assuntos, preparamos matérias sobre educação fi nanceira, a histó-ria de superação do militar que vai atravessar o Canal da Mancha e o exercício binacio-nal entre Brasil e Colômbia.

Boa leitura!

Brig Ar Pedro Luís FarcicChefe do CECOMSAER

O golpe conhecido como “pirâmide financeira” não saiu da pauta e conti nua sen-do aplicado Brasil afora com variações que vinculam a par-ti cipação no sistema de consu-mo de algum ti po de serviço ou material, ou ainda, sob a forma de uma fi delização, semelhante àquelas empregadas em programas ou clubes.

Mas o que é

uma pirâmide fi nanceira? É um esquema em que o indiví-duo faz um único pagamento e recebe a promessa de que, de alguma forma, irá receber benefícios exponenciais de outras pessoas como recom-pensa.

Os esquemas do ti po pi-râmide fi nanceira rece-

bem este nome em razão da forma

como o siste-ma é re-

presen-tado

graficamente. Os recém--ingressos formam a base. Os que possuem mais tempo consti tuem o topo. O sucesso é fundamentado no recruta-mento de novos adeptos que obrigatoriamente realizam o pagamento de uma determi-nada quanti a de dinheiro aos “sócios” anti gos.

O problema é que, para ninguém perder dinheiro, o ci-clo teria que ser interminável, o que é impossível, uma vez que o número de pessoas será sem-pre limitado. Como consequên-cia, o esquema dura pouco e as promessas não se cumprem. Quando a cadeia quebra, a maioria das pessoas perde tudo o que aplicou, com exce-ção do idealizador do golpe e de algumas poucas pessoas.

O recrutamento de novos membros consiste no con-vencimento e na criação, por meio de referências, testemu-nhos e informações falsas, da ilusão de que ele irá ganhar muito dinheiro.

Fica o alerta: pirâmide fi -nanceira consti tui crime con-tra a economia popular, ti pi-fi cada no inciso IX, art. 2º, da Lei 1.521/51.

A recomendação é de não parti cipar de empreendimen-tos dessa natureza e sempre realizar uma pesquisa sobre a empresa que oferece o ser-viço nos órgãos de defesa do consumidor. Em resumo, fi que atento às ofertas de lu-cro fácil e em curto prazo de tempo. (Centro de Inteligên-cia da Aeronáuti ca)

Não caia na promessa do dinheiro fácil

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Em essência, somos todos soldados. Do mais anti-

go ao mais moderno militar da Força Aérea Brasileira, o compromisso é o mesmo: dedicar-se inteiramente ao serviço da Pátria, inclusive, se preciso for, com o sacrifí cio da própria vida.

Aos soldados também cabe o esforço braçal, o traba-lho árduo, o cumprimento efe-ti vo de todas as ordens emana-das. Certamente, os mais de 24 mil soldados do nosso efeti vo devem ser lembrados em 25 de agosto, mas tal forma de encarar o serviço militar deve ser inerente a todos os homens e mulheres que vestem uma farda. Por esse moti vo, o Dia do Soldado deve ser comemo-rado por todos, dos recrutas aos ofi ciais-generais.

Comemorar o servir nos faz refl eti r sobre a vida mili-tar, sobre o orgulho que da-mos à sociedade, às nossas famílias e a nós mesmos. E, no mês de julho, durante os Jogos Pan-Americanos reali-zados no Canadá, discuti u-se sobre a conti nência à Bandei-ra Nacional prestada pelos atletas militares. Nada po-deria ser melhor para reno-varmos nossa compreensão sobre este gesto.

A saudação tí pica dos mi-litares, mais que um item dos nossos regulamentos, repre-senta o respeito à nossa Pá-tria e à nossa Bandeira. Ouvir nosso Hino e ver o verde e amarelo no topo é, sem dúvi-da, moti vo de orgulho.

Orgulho, aliás, é o que de-vemos ter por nossos atletas militares. Dos 590 competi -

dores brasileiros nos jogos Pan-Americanos, 123 eram militares, sendo 39 da Força Aérea Brasileira. E não esta-mos tratando apenas de atle-tas convocados - fundamen-tais para elevar o nome e os valores das Forças Armadas - mas também de sargentos e ofi ciais de carreira.

Esses notáveis resulta-dos são excelentes, e repre-sentam uma pequena parte do nosso trabalho. Nossas atividades operacionais, mesmo que algumas vezes mais discretas que um pódio, continuarão a pleno vapor neste segundo semestre. Já em julho ti vemos mais uma Operação Ágata, e também o exercício de defesa aérea binacional Colbra, realizado em parceria com a Colômbia. Para os próximos meses, te-mos agendadas as Operações Atlânti co e Perbra, além de inúmeros exercícios opera-cionais de nossas unidades aéreas, terrestres e de apoio.

Tudo isso, a dedicação do soldado, as medalhas dos atletas e as aeronaves em ação, ocorrem graças ao esforço prestado por aque-les que também são funda-mentais para a Força Aérea Brasileira: os intendentes. No dia 23 de agosto, Dia da Intendência, queremos reconhecer o papel destes profissionais que contri-buem para encontrarmos alternativas para aumentar a eficiência na gestão.

Sigamos juntos, traba-lhando lado a lado para cum-prirmos a missão consti tucio-nal da Força Aérea Brasileira.

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PALAVRAS DO COMANDANTE

Por uma só força

Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz RossatoComandante da Aeronáutica

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PORTÕES ABERTOS

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Mais de 30 mil pessoas passaram pela Base Aérea de Campo Grande (BACG) para conhecer de perto as aeronaves da FAB. As sete toneladas de alimentos, arrecadadas nos dias 04 e 05 de ju-lho, foram doadas para insti tuições cadastradas no serviço de assistência social da base.

“Desde pequeno eu venho ao quartel e já estou acostumado. Gosto muito das Forças Ar-madas”, contou Gabriel Guedes, de oito anos, que enfrentou o vento e o frio de cerca de 10 °C.

Para o Comandante da Base, Coronel Po-ti guara Vieira Campos, além de aproximar a população da instituição, o evento funcio-na como uma prestação de contas. “É muito importante que a Força Aérea Brasileira abra seus portões para que as pessoas possam co-nhecer o trabalho dos militares e como os re-cursos são aplicados”, afi rma.

Programe-se para os próximos:

Agosto:23 Agosto – Academia da Força Aérea (Pirassununga – SP)

Setembro:12 – Base Aérea de Brasília (DF)

Outubro:04 – Campo de Marte (SP) e Base Aé-rea de Manaus (AM)10 – Base Aérea de Santa Maria (RS)12 – Base Aérea de Canoas (RS)18 – Base Aérea de Florianópolis (SC)

Novembro:08 – Base Aérea de Salvador (BA)

BRIGADEIRO DO AR MAURÍCIO AUGUSTO SILVEIRA DE MEDEIROSNatural de Montes Claros (MG).

Praça de 02/03/1980, tendo sido de-clarado Aspirante em 12/12/1986.

Principais cargos: Assessor Mili-tar da Aeronáutica na Vice-Presidên-cia da República; Vice-Presidente da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica; Adjunto do Adido de Defesa e Aeronáutico junto à Embai-xada do Brasil na França e na Bélgi-ca; Assessor Parlamentar e Chefe da Divisão de Relacionamento com o Legislativo da Assessoria Parlamen-tar do Comandante da Aeronáutica

(ASPAER); Chefe da Seção de Mate-rial na Implantação do Esquadrão Guardião (2º/6º GAV) e Chefe da Seção de Manutenção do Segundo Esquadrão do Grupo de Transporte Especial (GTE-2); Chefe da Seção de Programação e Controle do Esqua-drão Orungan (1º/7º GAV) e Ins-trutor de voo do Esquadrão Rumba (1º/5º GAV).

Horas de voo: Possui mais de 4.500 horas de voo.

Principais condecorações: Or-dem do Mérito da Defesa (Grau Ofi -

cial); Ordem do Mérito Aeronáuti co (Grau Cavaleiro); Ordem do Mérito Militar (Grau Ofi cial); Ordem do Mé-rito Naval (Grau Oficial); Medalha Militar de Ouro com passador de Ouro; Medalha Mérito Santos-Du-mont; Medalha Mérito Tamandaré; Medalha do Pacifi cador; Medalha Intendente Antônio Lemos e Men-ção Destaque Operacional Ouro do COMGAR.

Cargo designado: Subdiretor de Pessoal Militar da Diretoria de Admi-nistração do Pessoal (DIRAP).

MAJOR-BRIGADEIRO DO AR SÉRGIO DE MATOS MELLO

Natural do Rio de Janeiro (RJ). Pra-ça de 07/03/1977, tendo sido declarado Aspirante em 09/12/1983.

Principais cargos: Subdiretor de Fiscalização e Contratos e Subdiretor de Aeronaves da Diretoria de Material Aeronáuti co e Bélico (DIRMAB); Dire-tor do Parque de Material Aeronáuti -co dos Afonsos (PAMA-AF); Chefe da Quarta Subchefi a do Comando-Geral de Apoio (COMGAP); Diretor do Par-que de Material Aeronáuti co de Reci-

fe (PAMA-RF); Chefe da Divisão Técni-ca do Parque de Material Aeronáuti co de São Paulo (PAMA-SP); Chefe da Divisão Técnica e Administrati va da Comissão Aeronáuti ca Brasileira em Washington; Chefe da Primeira e da Segunda Subchefia do COMGAP e Chefe da Seção de Logísti ca do Pri-meiro Grupo de Comunicações e Con-trole (1º GCC).

Horas de voo: Possui mais de 4.000 horas de voo.

Principais Condecorações: Meda-lha Militar de Ouro; Medalha Mérito Santos-Dumont; Ordem do Mérito Ae-ronáuti co (Grau Comendador); Meda-lha Mérito Tamandaré; Ordem do Mé-rito Naval (Grau Comendador); Menção Destaque Logísti co Prata; Medalha do Pacifi cador e Medalha da Polícia Militar do Estado de Pernambuco.

Cargo designado: Presidente da Comissão de Desportos da Aeronáu-tica (CDA).

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Enfrentar a distância com determinação

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Acompanhe a série sobre a rotina dos

soldados da Aeronáutica no Instagram.com/fab_ofi cial

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“Nunca pensei em desis-ti r”. Foi com essa determina-ção que o Cabo Mário Eder Rocha, de 23 anos, conquis-tou nova graduação. Enfren-tou a distância de casa para fazer a formação de Soldado de Segunda Classe, na Base Aérea de Belém (BABE). Após um ano, o militar estudou e passou a Soldado de Primeira Classe e, um ano depois, foi aprovado numa segunda pro-va e se formou Cabo.

Em maio deste ano, o Cabo Mário fez a prova para sargento da Escola de Es-pecialistas de Aeronáutica (EEAR) e está em primeiro lugar no cadastro de reserva para a especialidade de en-fermagem. “Minha expecta-ti va agora é fazer o curso de sargento, terminar o curso de enfermagem e trabalhar para evoluir”, completou.

A partir do dia 25 de agosto

assista ao programa FAB em Ação especial sobre os soldados

A emoção está estampada no olhar e na foto (ao lado)

da família. José Gabriel da Silva Ignácio foi premiado como Sol-dado Padrão por ter apresen-tado conduta e desempenho elevados durante o curso de formação, realizado pelo Pri-meiro Comando Aéreo Regio-

nal (I COMAR), em Belém (PA). “Estou muito emocionado, pois desde criança meu sonho era entrar na Força Aérea e servir à Pátria. Pretendo seguir carreira aqui”, disse.

Atualmente, a Força Aé-rea Brasileira (FAB) conta com cerca de 24 mil soldados que

servem em unidades do País em diversas áreas. São milita-res indispensáveis ao cumpri-mento da missão das Forças Armadas. A carreira se inicia aos 18 anos com o alistamento militar obrigatório, cuja forma-ção proporciona ao jovem o aprendizado de valores como disciplina, organização, amor à Pátria, solidariedade e per-severança, entre vários outros que orientam suas ati vidades dentro e fora do quartel.

Segundo o Coronel de In-fantaria Paulo César Milaré, Comandante do Batalhão de Infantaria da Aeronáuti ca Es-pecial de Brasília (BINFAE-BR), é nítido ver a mudança dos jovens que ingressam nas For-ças Armadas como soldados. “Na primeira semana, durante a reunião com os pais, eles já notam essa mudança de com-portamento. O soldado passa a valorizar mais a família, os nossos valores em termos de cidadania e na parte militar também”, conclui.

Ao lado da família, Soldado João Gabriel é homenageado em Belém

Soldado: orgulho para família e amigosFAB conta com mais de 24 mil soldados em diversas unidades no Brasil

CARREIRA

Trabalha de dia e estuda à noite

Essa oportunidade fez a diferença na vida de Cleiton José Souza Silva, que tem 23 anos, e está há quatro anos e meio servindo na Base Aérea de Campo Grande (BACG). O soldado fez o curso Básico de Manutenção de Aerona-ves (BMA) e atualmente tra-balha no Esquadrão Flecha (3°/3°GAV). Diariamente ele atua fazendo a manutenção pneumáti ca e de combustí vel das aeronaves A-29, próprias daquele Esquadrão.

A roti na de Cleiton é tra-balhar durante o dia e, à noi-te, ir para a faculdade onde cursa o 4° semestre de Direi-

to. Para ele, estar na faculda-de é a realização pessoal de um sonho de dar um futuro melhor para os pais. Cleiton tem a intenção de perma-necer na Força Aérea até ser promovido a cabo, e aproveitar todo este tempo para estudar e pagar sua faculdade. “O esforço e a persistência são os focos principais para quem quer alcançar um fu-turo melhor. Eu acredito q u e a pessoa que se

esforça sempre consegue alcançar seus objeti vos”, diz

Cleiton a outros sol-dados que tam-bém desejam seguir uma car-reira de sucesso.

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Os helicópteros AH-2 Sa-bre, do Esquadrão Poti

(2°/8° GAV), de Porto Velho (RO), blindados e armados com um canhão de 23 mm capaz de disparar até 3 mil tiros por minuto, voltaram a realizar o treinamento de combate aéreo em junho.

Entre 1996 e 2010, quando era equipada com helicópteros H-50 Esquilo e sediado em Re-cife, a unidade chegou a exe-cutar este ti po de exercício até contra jatos AT-26 Xavante.

Agora, o AH-2 tem como vantagens os sistemas ele-tro-óti cos de busca de alvos, além do fato de o canhão ter torreta móvel. “Em quase to-das as aeronaves o sistema de armas é alinhado com o eixo da aeronave, enquanto com o Sabre é possível ali-nhar o canhão com o alvo,

Sabres retomam navegação entre obstáculos e combate aéreoAeronaves empregadas pelo Esquadrão Poti têm blindagem, sistemas eletro-óticos e armamento pesado

sem a necessidade de mano-brar a aeronave”, diz o Ma-jor Rômulo Amaral, ofi cial de operações.

O objetivo desse treina-mento de combate aéreo é atuar em cenários de baixa altura, como na proteção de uma força tare-fa em missão CSAR (leia mais na reportagem abaixo). Se a blindagem e o ar-mamento composto por canhão, mísseis e fogue-tes já capacitava os 12 AH-2 da FAB a defender outras aerona-ves de ameaças vindas de solo, agora, a proteção também vai incluir eventuais interceptado-res. “A aeronave permite esse ti po de voo e possui um arma-mento capaz”, explica o major.

A fase inicial dos treina-mentos envolve combates 1x1, um AH-2 contra outro. Depois, é a hora dos combates 2x1 e, na fase avançada, com-

bates contra outros ti pos de aeronaves, como os

caças A-29 Super Tucano.

As tripula-ções treinam as manobras clás-sicas de comba-

te aéreo com o objetivo de sair da

linha de tiro de outra aeronave e colocar o alvo

ao alcance do armamento do AH-2.

Característi cas - As mano-bras específicas do combate aéreo com helicópteros são inspiradas nos manuais da Aviação de Caça, porém, com característi cas específi cas para

os helicópteros. A principal dife-rença é a velocidade: helicópte-ros não passam dos 300 km/h, ao contrário dos caças, que podem alcançar os 2 mil km/h. Por outro lado, um helicóptero é capaz de reduzir, rapidamente, a velocidade, o raio de curva e manobrar próximo ao solo.

Navegação entre obstácu-los - Em julho, o Poti retomou a navegação NOE (Nap of the Earth). A técnica consiste em voar na mais baixa altura pos-sível, contornando obstácu-los do terreno, como árvores, morros e torres. O objeti vo é garanti r o princípio da surpre-sa e diminuir a possibilidade de detecção por radares inimi-gos, ou mesmo de localização visual. Essa furti vidade aumen-ta a possibilidade de sucesso em uma missão sobre territó-rio hosti l.

Foram quase 120 horas de voo para aperfeiço-

ar as técnicas de busca e salvamento em combate

(CSAR) da Força Aérea Brasi-leira. O exercício operacional realizado na Base Aérea de Campo Grande, nos meses de

junho e julho, reuniu diversos esquadrões de todo Brasil.

Um dos principais objeti -vos foi padronizar a doutrina

para que todas as unidades envolvidas possam atuar jun-tas. “São nessas atividades conjuntas que eliminamos as possíveis diferenças, além de aperfeiçoar as técnicas empre-gadas”, explicou o coordena-dor geral do exercício, Coronel Eduardo Rodrigues da Silva.

Para resgatar um militar em território inimigo, uma força tarefa é montada com aeronaves de escolta, resga-te, reconhecimento e equipes de operações especiais. Na simulação, eles enfrentaram desafi os como ameaças inimi-gas vindas tanto do ar quanto do solo. O CSAR envolve voo de formatura, escolta, infi ltra-ção, exfi ltração aérea e guia-mento aéreo avançado.

“As técnicas são verifi-cadas e avaliadas. A partir disso, é possível medir a eficiência de nossos equi-

Exercício reuniu mais de 10 esquadrões e 350 militares em Campo Grande (MS)

Militares treinam busca e salvamento em combate

pamentos e tripulações”, afirmou o Chefe de Doutri-na da Segunda Força Aé-rea (II FAE), Capitão João Carlos Perpétua Barbosa. O exercício também per-mite alterar e/ou atualizar a doutrina de acordo com as situações vivenciadas na execução das missões, além de sintonizar com o que está acontecendo no cenário mundial.

Quem foi: os helicóp-teros AH-2 Sabre, H-60 Black Hawk, H-36 Caracal, H-34 Super Puma e H-1H, além de caças A-29 Super Tucano, aeronaves SC-105 Amazonas e E-99. Também fi zeram parte os Grupos de Defesa Anti aérea (GDAAE), o Primeiro Grupo de Comu-nicações e Controle (1° GCC) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS).

Baixe esta e outras fotos de aeronaves da FAB no

fl ickr.com/portalfab

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Brasil e Colômbia testam coordenação aérea e interceptação na fronteiraQuarta edição do exercício incrementa medidas de confiança mútua. Os dois países utilizam os mesmos procedimentos

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SEGURANÇA ALIMENTAR

As forças aéreas do Brasil e da Colômbia simularam

a invasão de suas fronteiras por aeronaves desconheci-das durante a quarta edição do exercício binacional COL-BRA. A ati vidade operacional que busca incrementar me-didas de confi ança mútua foi realizada em São Gabriel da Cachoeira, a cerca de 850 km de Manaus (AM), e em Letí -cia, na Colômbia, no período de 13 a 17 de julho.

“Adquirimos bastante coordenação aérea entre as duas forças. Realmente, é um treinamento bem importante para a luta contra um inimigo em comum: o narcotráfi co”, declarou o Coronel Jairo Her-nando Orjuela Arelavo, Co-mandante do Grupo Aéreo do Amazonas (GAAMA), unidade da Força Aérea Colombiana.

As simulações de entra-das ilegais de aeronaves nos

Às cinco da manhã a massa já estava sendo sovada e

os pães começavam a tomar forma. Uma hora e meia de-pois, as 500 unidades estavam prontas para serem servidas

“Food truck” da selva

espaços aéreos ampliam o grau de controle de Tráfegos Aéreos de Interesse (TAI) na faixa de fronteira e treina pro-cedimentos de coordenação para ações de defesa aérea.

Cada ciclo de treinamento envolve três momentos: a in-vasão, o reconhecimento e a interceptação. Os dois países uti lizaram os mesmos proce-dimentos. Uma aeronave des-conhecida ingressa no espaço aéreo, simulando ser um in-vasor. Em seguida, a aeronave de controle e alarme em voo percebe o movimento aéreo e aciona os meios que estão em alerta no solo. Nesse momen-to, os interceptadores são acio-nados e decolam para identi fi -car a aeronave desconhecida. A ati vidade é concluída simu-lando o pouso obrigatório do avião interceptado, escoltado pela aeronave de caça, respon-sável pela defesa aérea.

Destacamento - Localiza-do próximo à fronteira do Bra-sil com a Colômbia, o Destaca-mento de Aeronáuti ca de São Gabriel da Cachoeira (DASG) tem papel estratégico para defesa e logísti ca. Subordina-do ao Séti mo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), tem a missão de apoiar as unidades aéreas desdobradas que es-ti verem realizando exercícios operacionais na área.

COLBRA

aos 300 militares do exercício Caiçara 2015. Metade deles em treinamento nos estágios de engenharia e intendência operacionais, pela primeira vez realizados em conjunto.

Conheça o treinamento e a preocupação de quem prepara as refeições em exercícios e treinamentos

A produção pioneira de pães no local do acampa-mento, realizada na cozinha industrial sobre rodas, o Ro-domapre, foi só parte do tra-balho para servir 900 refei-ções diárias (café da manhã, almoço e jantar).

A principal preocupação dos 35 militares da equipe de alimentação é o cuidado com a higiene e limpeza para evitar contaminação, que pode provocar intoxicação e outras doenças. As regras e os protocolos fazem parte da formação dos novos militares do estágio.

Por isso, há atenção espe-cial na armazenagem, tempe-ratura e modo de preparação

para que todas as refeições sejam servidas com quali-dade. “Sempre trabalhamos com os protocolos que a AN-VISA rege. Tudo dentro da legislação”, explica a Tenente Nutricionista Luciene Pinhei-ro Seixas.

Na roti na diária de segu-rança sanitária está a coleta de 100 a 200 gramas de cada alimento servido nas refei-ções. O material é congelado para ser analisado em caso de surgir problemas. Além disso, na entrada do refeitório a equipe de apoio disponibiliza estrutura para todos os mili-tares higienizarem as mãos.

Cozinha sobre rodas - O Módulo de Alimentação a

Pontos Remotos (Rodomapre) é usado para produção e pre-paração das refeições que são servidas aos militares durante ati vidades operacionais em lo-cais afastados.

Além disso, dá suporte ao Exército Brasileiro (EB) na lo-gísti ca de suprimento dos seus Pelotões de Fronteira, em cum-primento ao Plano de Apoio à Amazônia (PAA), função funda-mental e diretamente ligada à defesa das fronteiras brasilei-ras. “Em breve, também, entra-rá em operação a nossa nova Seção de Contraincêndio, que apoiará aeronaves militares em situação de emergência”,

complementa o Comandante do DASG, Tenente Valmir Gon-zaga Ferreira.

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Cerca de 50 manobras são realizadas a cada demonstração

45 minutos é o tempo total de duração das apresentações

18 pilotos se envolve-ram no projeto de im-plantação do A-29

O projeto de implantação operacional e logísti ca da nova aeronave levou 27 meses

O primeiro A-29 Super Tucano foi entregue ao EDA no fi nal de 2012

A velocidade durante as manobras varia entre 160 km/h e 560 km/h

O show aéreo está de volta

FUMAÇA

A fumaça mais conhecida do Brasil já está pronta para

colorir o céu de várias cidades do País e do mundo. Depois de mais de dois anos, a Esquadri-lha da Fumaça retoma os tra-balhos com a missão de divul-gar o trabalho da Força Aérea Brasileira e estreitar laços com o público apresentando um show aéreo. A primeira apre-sentação pública aconteceu em Maringá (PR), no mês de julho, e arrancou suspiros de mais de 6 mil pessoas, em duas demonstrações. A próxima já está agendada para o dia 23 de agosto na Academia da Força Aérea (AFA).

“É uma satisfação mui-to grande poder voltar a ter contato com a população e levar a imagem da Força Aé-rea. Muito bom sentir esse carinho com a Esquadrilha. É motivo de muita alegria pra nós”, declara o líder do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), Tenente-Coronel Marcelo Gobett .

As manobras foram assu-midas por um novo protago-nista: o A-29 Super Tucano. O display de demonstração passou por adaptações, em virtude das característi cas de performance da nova aero-

nave. Enquanto isso, todo o EDA, que conta com 68 mili-tares – entre graduados e ofi -ciais - também passou por um treinamento para o aperfeiço-amento da equipe.

Passo a passoForam 27 meses de tra-

balho, incluindo 765 missões de perfi l acrobáti co dedica-das exclusivamente ao pro-grama de implantação ope-racional e logísti ca do A-29 Super Tucano. O período foi dividido em fases, desde a instrução teórica sobre o novo avião até os testes da execução das manobras em diferentes regiões do Brasil. A substituição do T-27 Tu-cano envolveu 18 pilotos e também impôs capacitação aos mecânicos e preparação da parte de logísti ca.

Nos 45 minutos de apre-sentação, incluindo as passa-gens de reconhecimento dos pontos, são realizadas cerca de 50 manobras no ar. Para cada uma delas há uma faixa de ve-locidade que varia entre 160 km/h, considerada baixa para o avião, até 560 km/h, próxima da máxima da aeronave.

As manobras começa-ram a ser testadas a 5 mil pés de altura (1.524m) até

o tempo total de duração das apresentações

serem executadas a 300 pés (91 m), como são realizadas nas demonstrações. “Foi um trabalho minuncioso, gradu-al e planejado”, ressalta o Oficial de Operações, Major Álvaro Escobar.

Os novos fumaceirosCada apresentação da Fu-

maça é realizada por sete aero-naves A-29 Super Tucano, cada uma com um piloto a bordo. As posições do display – líder, ala

direita, ala esquerda, ferrolho, ala direita externa, ala esquer-da externa e isolado – contam com dois aviadores responsá-veis que se revezam.

Para o Tenente-Coronel Gobett , a seleção dos pilotos da Fumaça é bastante criterio-sa e requer grande experiên-cia em voo. “Para se candidatar

a piloto do

EDA, os profissionais precisam ter

1.500 horas de voo, sendo 800 delas como instrutor da

Academia da Força Aé-rea (AFA) ou do Esquadrão

Joker (2º/5º GAV). Por meio de conselho operacional, são escolhidos os candidatos mais qualifi cados e que apresentam perfi l mais compatí vel à mis-são da Esquadrilha da Fuma-ça”, explica o Comandante.

Além dos 13 pilotos, há a equipe de solo - os chamados “Anjos da Guarda” – responsá-vel por garanti r a segurança e a disponibilidade das aeronaves, bem como a efi ciência das ta-refas administrati vas. FO

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8 Agosto - 2015

O show aéreo está de volta

FUMAÇA

A fumaça mais conhecida do A fumaça mais conhecida do A Brasil já está pronta para colorir o céu de várias cidades do País e do mundo. Depois de mais de dois anos, a Esquadri-lha da Fumaça retoma os tra-balhos com a missão de divul-gar o trabalho da Força Aérea Brasileira e estreitar laços com o público apresentando um show aéreo. A primeira apre-sentação pública aconteceu em Maringá (PR), no mês de julho, e arrancou suspiros de mais de 6 mil pessoas, em duas demonstrações. A próxima já está agendada para o dia 23 de agosto na Academia da Força Aérea (AFA).

“É uma satisfação mui-to grande poder voltar a ter contato com a população e levar a imagem da Força Aé-rea. Muito bom sentir esse carinho com a Esquadrilha. É motivo de muita alegria pra nós”, declara o líder do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), Tenente-Coronel Marcelo Gobett .

As manobras foram assu-midas por um novo protago-nista: o A-29 Super Tucano. O display de demonstração passou por adaptações, em virtude das característi cas de performance da nova aero-

nave. Enquanto isso, todo o EDA, que conta com 68 mili-tares – entre graduados e ofi -ciais - também passou por um treinamento para o aperfeiço-amento da equipe.

Passo a passoForam 27 meses de tra-

balho, incluindo 765 missões de perfi l acrobáti co dedica-das exclusivamente ao pro-grama de implantação ope-racional e logísti ca do A-29 Super Tucano. O período foi dividido em fases, desde a instrução teórica sobre o novo avião até os testes da execução das manobras em diferentes regiões do Brasil. A substituição do T-27 Tu-cano envolveu 18 pilotos e também impôs capacitação aos mecânicos e preparação da parte de logísti ca.

Nos 45 minutos de apre-sentação, incluindo as passa-gens de reconhecimento dos pontos, são realizadas cerca de 50 manobras no ar. Para cada uma delas há uma faixa de ve-locidade que varia entre 160 km/h, considerada baixa para o avião, até 560 km/h, próxima da máxima da aeronave.

As manobras começa-ram a ser testadas a 5 mil pés de altura (1.524m) até

serem executadas a 300 pés (91 m), como são realizadas nas demonstrações. “Foi um trabalho minuncioso, gradu-al e planejado”, ressalta o Oficial de Operações, Major Álvaro Escobar.

Os novos fumaceirosCada apresentação da Fu-

maça é realizada por sete aero-naves A-29 Super Tucano, cada uma com um piloto a bordo. As posições do display – líder, ala display – líder, ala display

direita, ala esquerda, ferrolho, ala direita externa, ala esquer-da externa e isolado – contam com dois aviadores responsá-veis que se revezam.

Para o Tenente-Coronel Gobett , a seleção dos pilotos da Fumaça é bastante criterio-sa e requer grande experiên-cia em voo. “Para se candidatar

a piloto do

EDA, os profissionais precisam ter

1.500 horas de voo, sendo 800 delas como instrutor da

Academia da Força Aé-rea (AFA) ou do Esquadrão

Joker (2º/5º GAV). Por meio de conselho operacional, são escolhidos os candidatos mais qualifi cados e que apresentam perfi l mais compatí vel à mis-são da Esquadrilha da Fuma-ça”, explica o Comandante.

Além dos 13 pilotos, há a equipe de solo - os chamados “Anjos da Guarda” – responsá-vel por garanti r a segurança e a disponibilidade das aeronaves, bem como a efi ciência das ta-refas administrati vas.

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Além de Pirassununga (SP), algumas cidades receberam os treinamentos do EDA, entre elas, Anápolis (GO), Natal (RN) e Santa Maria (RS)

“Os meus pais me de-ram a educação, a FAB me deu a profi ssão e a Fumaça me fez amar muito o que faço. Estou convicto que cumpri a minha missão e estou 100% realizado”, afi rma o Subofi cial Robson Bortholin, encarregado de manutenção do EDA. O tom de despedida também é de realização profi ssional. O graduado participou da últi ma missão fora de sede durante a primeira demons-tração do Super Tucano, no interior do Paraná.

O subofi cial que já re-alizou inúmeras viagens com a Fumaça, ingres-sou na equipe no fi nal de 1998, na Ofi cina de Mo-tores e Hélices. Na época,

a equipe operava o T-27 Tucano nas cores verme-lho e branco. O Subofi cial Bortholin incrementou a equipe com a experiên-cia já adquirida na AFA, por dez anos.

O comprometi mento e o bom relacionamento com todos é um dos le-gados deixados em 16 anos dedicados integral-mente à Esquadrilha da Fumaça. Para a próxima apresentação, agendada no dia 23 de agosto em Pirassununga (SP), o grad-uado assume uma nova posição. “Eu estarei lá do lado de fora, aplaudindo e vendo esse espetáculo. Vou me tornar um fã da Fumaça”, acrescenta.

“A Fumaça me fez amar muito o que faço”

Sustentabilidade

Serviço: como solicitar uma demonstração aéreaPara solici-

tar uma de-monstração, é

necessário enviar um ofício assinado

ao CECOMSAER com ante-cedência mínima de quatro meses, mencionando nome, endereço, data do evento, telefone para contato e pú-

Para a nova fase, o Super Tucano adotou fumaça ecolo-gicamente correta. Graças a um estudo da equipe, um novo óleo foi desenvolvido para que a queima não agrida a camada de ozônio nem contribua com o aquecimento global.

“A fumaça é muito im-portante não só pelo tra-çado que faz durante as

manobras realizadas pelas aeronaves, facilitando a vi-sualização por parte do pú-blico, como serve de refe-rência para os pilotos que, em voo, têm a ajuda na identificação da posição dos outros aviões durante uma demonstração”, afirma o Chefe da Seção de Material do EDA, Major Especialista

em Aviões Márcio Apareci-do Tonisso.

A preocupação com o pú-blico também foi considerada na mudança. A nova fumaça é mais densa e mantém mais tempo as escritas no céu.

Os tanques de óleo de fumaça foram instalados nas asas, onde eram armazena-dos os cartuchos de munição.

blico esti mado. Recomenda-se sugerir outras datas para a de-monstração, em caso de uma impossibilidade do atendimen-to na data solicitada.

Após deliberação do Co-mando da Aeronáutica, o CECOMSAER confirmará a aprovação ou não da solici-tação junto ao solicitante,

com antecedência de 30 dias da demonstração. Vale lembrar que as exibições da Esquadrilha da Fumaça são públicas, gratuitas e de caráter institucional, não cabendo, portanto, asso-ciações com propósito co-mercial ou de propaganda políti co-parti dária.

necessário enviar

Veja as fotos da primeira apresentação, realizada em Maringá (PR), no álbum do facebook.com/aeronauti caofi cial

#1 LÍDER

#2 ALA DIREITA

#6 ALA DIREITA EXTERNA

#4 FERROLHO

#7 ISOLADO

#3 ALA ESQUERDA

#5 ALA ESQUERDA EXTERNA

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Nos Jogos Pan-Ameri-canos, realizados no Cana-dá entre 10 e 26 de julho, a delegação brasileira contou com 39 atletas de alto rendi-mento da FAB.

Veja os resultados con-quistados até o fechamento desta edição:

Ouro O Coronel Julio Almei-

da conquistou a medalha na pistola de ar 50 metros do ti ro esporti vo.

Com uma arrancada es-petacular na últi ma volta, a Sargento Juliana dos Santos conquistou o primeiro lugar na corrida de 5km ao con-cluir a prova em 15m45s97.

Prata A dupla formada pelos

Sargentos Daniel Paiola e Hugo Arthuso conquistou

PAN-AMERICANO. Militares da FAB conquistam medalhas para o Brasil

uma medalha inédita para o Brasil no badminton.

O Sargento Ronald Julião fi cou com a prata no lança-mento de disco.

Bronze Ainda no badminton,

o Sargento Alex Tjong conquistou o terceiro lu-gar na dupla mista com Lohaynny Vicente.

Os Sargentos Daniel Xavier e Bernardo Oliveira ajudaram a equipe do tiro com arco a subir ao pódio.

Já o Sargento Gideoni Monteiro conquistou o bronze na prova combi-nada de ciclismo de pista Omnium.

Acompanhe as cobertu-ras da FAB em tempo real no Twitt er @portalfab

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Sargentos Arthuso e Paiola ganham medalha inédita no Pan

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ESPORTE E SUPERAÇÃO

10 Agosto - 2015

O Major Adherbal Treidler de Oliveira, 45 anos, do

Parque de Material Aeronáu-ti co dos Afonsos (PAMA-AF), vai realizar em setembro um dos maiores desafi os do es-porte: a travessia a nado do Canal da Mancha. Ele preten-de fi nalizar o trajeto de 34 km entre o sul da Inglaterra e o norte da França em 11h para se tornar o 21º brasileiro a completar a prova.

A travessia, conhecida como o ‘Everest’ da natação, é realizada apenas entre os meses de julho e setembro. Mesmo sendo verão por lá, o militar tem na baixa tem-peratura da água um dos principais obstáculos. A va-riação térmica fica entre 13 e 18 graus, mas a sensação é de 10 graus. O militar terá que nadar apenas de sunga (sem o traje de neoprene). “São as mesmas condi-ções encontradas na época da primeira travessia, em 1875”, explica.

Outro desafi o é a corrente-za, que muda de direção a cada seis horas. “O trajeto não é em linha reta. Então, quanto mais rápido eu for, menor será meu zigue-zague”, complementa.

Moti vação - Desde 2014, quando decidiu realizar a prova, o militar treina quatro horas diárias. Duas vezes por dia em piscina e aos sábados no mar. Também tem acom-panhamento com nutricio-nista e psicólogo. “A prova é 70% mental e 30% fí sica. Para isso é preciso muita disciplina e nunca pensar em desisti r”, explica o major.

Mas nem sempre foi as-sim. Houve uma época em que o desânimo dominava a vida do militar. Em 2012, ele enfrentou problemas familia-res, como a separação da es-posa e a necessidade de criar os quatro fi lhos sozinho. Ga-nhou sobrepeso, chegando a quase 100 kg. O esporte ressurgiu como solução para os problemas. “Eu nadava quando era mais novo. Era muito competi ti vo. Após 24 anos, a natação reapareceu na minha vida”, conta.

Preparação - Como par-te do treinamento, o militar realizou em julho a travessia aquáti ca do trecho “Leme ao Pontal” no Rio de Janeiro. A largada foi às 2 horas da ma-

nhã e terminou às 11h23min, totalizando 34 km em 9 horas e 23 minutos.

A correnteza é semelhante a que será enfrentada na Euro-pa. “Foi fundamental para tes-tarmos o plano de alimentação e os intervalos das paradas, por exemplo”, comenta.

Saúde mental e bem-es-tar - De acordo com estudo do IBGE publicado em 2014, 11 milhões de brasileiros já foram diagnosticados com depressão. Mais da metade (52%) usa medicamento.

Segundo a Tenente Psicó-loga Ariane de Lima Brito, a depressão caracteriza-se pela tristeza, pensamentos nega-ti vos e está associada à perda social para o sujeito. A ati vi-dade física ajuda a vencer a doença porque libera diversas substâncias que provocam um estado de euforia natural, além da melhora progressiva da ima-gem de si mesmo. “A práti ca de esportes auxilia na redução da ansiedade, tensão e sintomas depressivos”, explica.

Militar da FAB vai realizar prova conhecida como o

‘Everest’ da natação

Na travessia de 34 km do Canal da Mancha, ele vai enfrentar

correntezas e sensação térmica de 10ºC

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11Agosto - 2015

SERVIÇO RELIGIOSO

Trabalho de capelães militares conquista fiéis dentro e fora dos muros dos quartéis

Em viagem pela Améri-ca Lati na para visitar Equa-dor, Bolívia e Paraguai, o Papa Francisco cruzou o espaço aéreo do País em duas ocasiões. Em ambas, enviou mensagem aos brasileiros recebidas pelos Quarto e Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aé-reo (CINDACTA IV e II), em Manaus (AM) e Curitiba (PR), respecti vamente.

Na primeira saudação, desejou renovar a aproxi-mação e o afeto pelo povo brasileiro. Ela foi captada pela controladora de trá-fego aéreo que há quatro anos trabalha no CINDAC-TA IV, Sargento Karoline Santos. “Nunca esperava passar por uma situação como essa. No nosso tra-balho controlamos todas as aeronaves com o mes-mo padrão, mas quando há pessoas importantes a bordo, como o Papa, é muito emocionante. Foi muito gratificante”, res-salta. “Vou recordar deste momento para sempre”, complementou a militar.

Na segunda, em re-gresso ao Vati cano, desejou ao Brasil um futuro sereno e feliz para seus fi lhos.

Pontífice envia mensagens aos brasileiros

TRÁFEGO AÉREO

Em Pernambuco, o Padre Joselito Freire também revo-lucionou. Designado em 2004 para a capela Nossa Senhora do Loreto, investi u no trabalho além dos muros da Base Aérea do Recife (BARF).

“Comecei a fazer palestras nas comunidades e visitas nas vilas militares. Também cele-brava missas em outros bair-ros e sempre convidava para conhecer a capela da Base”, afi rma Joselito ao descrever o início do trabalho. Formou pequenos grupos de evangeli-zação, refl exão na bíblia, além de promover encontros de ca-sais e famílias.

Os civis foram chegando, os militares também e depois as famílias. “A capelania mili-

Com carisma, alegria e bom humor, o Padre Val-

mir Silvano mudou a roti na da capela Nossa Senhora das Graças, localizada na Vila Mi-litar, próxima à Base Aérea do Galeão (BAGL), unidade para a qual foi designado em 2013.

Das 30 pessoas que costu-mavam frequentar as missas aos fi nais de semana, a capela passou a receber 400, muito além da capacidade de 100 lugares. “Eles assistem pelas janelas laterais”, relata o Te-nente Valmir. Para acomodar os 5 mil parti cipantes, a missa

de 30 de julho foi transferida para a Quadra da Escola de Samba da Ilha do Governador.

O padre segue a sugestão do Papa Francisco que reco-menda métodos criati vos para atrair os fi éis. “Levo muita mú-sica e um bom conteúdo. Para tocar o coração, é preciso ser acessível e moderno”, relata. Valmir acredita que o fato de também ser militar facilita no contato com a tropa. “Por fazer parte deste mundo, fi ca mais fácil para entender os desafi os e aconselhá-los. Adotar a mes-ma linguagem também ajuda.”

tar passou a ser uma forma de integração entre a socie-dade e as Forças Armadas”, afirma. Hoje são realizadas quatro cerimônias aos domin-gos. Mas é no louvor realiza-do nas noites de quarta-feira que o público é recorde. O evento reúne 2 mil pessoas e teve que ser transferido para a capela do clube.

“Ele faz com que a família parti cipe junta da celebração”, destaca a empresária Sandra Romeiro, que frequenta a ca-pela há nove anos, sobre o di-ferencial do trabalho do padre.

Leia mais sobre “A fé far-dada” na edição 242 da Aero-visão: fab.mil.br/publicacao

Os capelães têm um pa-pel importante na caserna, que é a orientação espiritu-al. “Procuramos servir nas dificuldades do dia a dia, escutar e levar consolo”, ex-plica o Pastor Paulo Albrecht que trabalha no Séti mo Co-mando Aéreo Regional (VII COMAR), em Manaus (AM).

O pastor afirma que no ambiente militar a va-riedade de contextos e de experiências é maior do que numa igreja local. “A sensibilidade pastoral precisa estar mais aguça-da para identificar as ne-

cessidades e auxiliar

de forma efetiva”, avalia.Para o Sargento Edison

Luiz de Oliveira, ir aos cul-tos virou roti na. Ele era ca-tólico e passou a frequen-tar a igreja evangélica para acompanhar a namorada. “Sinto-me muito acolhido e me identi fi co com a manei-ra do Pastor Paulo pregar, que é bem didáti ca”, conta o militar que compara a comunidade da capelania

evangél ica militar a uma famí-lia.

Orientação espiritual Integração com a sociedade

Padre Valmir usa música e linguagem acessível para falar com fi éis

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GESTÃO TECNOLOGIA

12 Agosto - 2015

Uma equipe do ITA levou a medalha de prata no Ro-cket Design, uma competi ção mundial de foguetes univer-sitários de sondagem, que ocorreu no fi nal de junho em Green River, região de deser-to no oeste dos EUA. A equi-pe foi a única a representar o Brasil e competi u com outras 46 insti tuições de ensino su-perior de todo o mundo. O primeiro lugar fi cou com o Massachusetts Institute of Technology (MIT).

“A competi ção avalia dois aspectos: projeto e voo. O fo-guete dos alunos do ITA ati n-giu 2,2km a uma velocidade máxima de 758km/h. Com certeza, foi um grande resul-tado”, diz um dos professo-

Nanossatélite do ITA é destaque no maior encontro científico da América Latina

Vestibular de 2016. Inscrições vão até 15/09

O Insti tuto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que

oferece graduação em cursos de engenharia e é localizado em São José dos Campos (SP), está com inscrições abertas

Em meados de junho, a presidente Dilma Rousseff rece-beu o Relatório Preliminar sobre as Contas do Governo, ela-borado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Dentre os

números apresentados, um dado chama a atenção: o Comando da Aeronáuti ca (COMAER) está entre as seis

insti tuições que não ti veram restrições na conformi-dade contábil no Exercício de 2014. Ao todo, são

avaliados, nesse quesito, 33 órgãos superiores do Poder Executi vo Federal.

O COMAER vem repeti ndo o feito desde que o TCU passou a adotar este modelo de

relatório, em 2011. Segundo o documento, a ausência de restrições signifi ca que as infor-mações registradas no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) têm qualidade. “Em regra,

restrição contábil signifi ca existência de erros ou pendências que prejudicam a qualidade dos dados no SIAFI”, explica o Major Giovanni Magliano Júnior, da Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáuti ca (SEFA).

A SEFA avalia que o excelente de-sempenho é resultado do constante acompanhamento e do atendimento às

dúvidas provenientes das unidades gesto-ras. Desde 2007, a organização mantém o

MCA 172-3 (Digital), um manual de procedi-mentos para auxiliar os responsáveis

pela contabilidade e, em 2013, instituiu o prêmio Destaque Execução Contábil, a fim de

reconhecer boas práti cas e performances das Unida-

des do COMAER. “O resultado é

excelente, sendo refl exo do trabalho

conjunto entre a SEFA e as demais unidades, bem como de treinamentos, de diálogos e de atendimento às demandas dos Gestores”, avalia o Major Nelson Barreto

Costa, também da SEFA.

Dos 33 órgãos avaliados, Aeronáutica está entre os seis que não tiveram restrições na conformidade contábil em 2014

Comando da Aeronáutica volta a ser destaque em relatório do TCU

para o vesti bular 2016 até o dia 15 de setembro. As pro-vas de inglês, português, ma-temáti ca, fí sica e química de-vem acontecer entre os dias 15 e 18 de dezembro.

Foguetes. Projeto universitário fica em 2º lugar em competição nos Estados Unidos

res, Tenente-Coronel Lester de Abreu Faria.

A equipe foi formada por 14 alunos de diversos estágios da graduação e da pós-gradu-ação e o projeto foi desenvol-vido de forma extracurricular pelos estudantes. “A moti va-ção vem da paixão de cada um de nós por foguetes e da união da equipe em prol da missão”, afi rma um dos integrantes do grupo, Rodrigo Marins.

O ITA está prestes a lançar seu primei-

ro cubesat, o ITASAT, que é um nanossatéli-te de órbita baixa – ou seja, deve atingir uma altitude entre 400km e 700km. Com cinco experimentos a bordo, será lançado no primei-ro trimestre de 2016 a partir de uma base nos Estados Unidos.

No mês passado, entre os dias 12 e 18 de julho, o ITASAT foi um dos projetos apre-sentados na 67ª Reu-nião Anual da Socie-dade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o maior even-to científico da Améri-ca Latina, realizado em São Carlos (SP). “Nosso objetivo é mostrar aos alunos de ensino médio e graduação que esse tipo de pesquisa existe no País e é desenvol-vida por estudantes”, explica um dos pesqui-sadores envolvidos com o projeto, Luis Felipe de Paula Santos.

Page 13: NOTAER - Agosto de 2015

13Agosto - 2015

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Reúna a família e decidam juntos o que cortar.

Pratique a avareza. Neste caso não é pecado.

Renegocie dívidas. Troque as mais caras (cheque especial e cartão de crédito) pelas mais

baratas (empréstimo consignado e crédito pessoal).

Pesquise preços antes de comprar qualquer produto no supermercado

Saiba esperar. Compre à vista.

Cinco passos para sair do

vermelho

Quem está com muitas dí-vidas precisa reagir para

voltar ao equilíbrio. E isso é possível. A regra é simples: cortar despesas. Dependen-do do tamanho da conta, vender bens é uma saída. Po-rém, em casos menos sérios o recomendado é fazer cortes

radicais na lista de consumo, separando o que é essencial daquilo que pode ser dispen-sado em tempos de escassez.

Embora pareça difí cil se privar de algum conforto, é possível viver sem TV a cabo, roupas novas, salão de be-leza, cerveja com os amigos

Acredite: sempre há saída para os endividados

Os juros do cartão de cré-dito rotati vo são os mais al-tos do mercado, seguidos do cheque especial e do cartão de crédito parcelado (quan-do o cliente paga o mínimo da fatura e negocia com o banco o saldo devedor).

Para se ter uma ideia, uma dívida de R$ 1 mil no rotativo pode chegar a R$ 7 mil em um ano. Já a mesma dívida contratada no empréstimo pessoal consignado para fun-cionários públicos chegaria a R$ 1.880,00.

A lista divulgada pelo Ban-co Central com a taxa de juros por insti tuição fi nanceira no perído de 25/06 a 01/07 des-

te ano mostra que a variação das taxas de juros do cartão de crédito rotati vo fi ca entre 70,39% a 706,10% ao ano, enquanto a do crédito pesso-al consignado público vai de 21,23% a 88% ao ano.

De acordo com o mestre em economia, Major Inten-

dente Nodgi Goya-na Gomes Junior, o emprésti mo con-signado é um parti -cular alento ao tra-balhador. Ele ajuda quem precisa qui-

tar dívidas de juros altos. “Mas a intenção é sair dele depois, o crédito consignado é também uma dívida. A pessoa tem que planejar sair do emprésti mo e iniciar investi mentos”, alerta.

Juros do cartão de crédito rotativo ultrapassam 700%

JUROS

Variação das taxas do cartão de crédito

rotativo vai de 70,39% a 706,10%

no bar. Outra opção é tentar aumentar a receita: se houver um talento dentro de casa, como artesanato ou culinária, porque não explorá-lo?

Renegociar contas atrasa-das também é um caminho. A grande maioria das empre-sas está disposta a discuti r os

Cortar despesas, renegociar dívidas e fugir dos juros do cartão de crédito são as principais ações

O exemplo de quem superou a crise

Um sargento da FAB, de 41 anos, que prefere não se identi fi car, mostra que é possível sair das dí-vidas. No início da carrei-ra como soldado, ele não pensava no futuro e gasta-va todo o salário. Acabava de pagar um emprésti mo e já contratava outro. Não planejava as fi nanças pes-soais. Terminou o curso de sargento, casou-se pela pri-meira vez e conti nuou com o mesmo perfi l. Depois de passar oito anos difíceis, resolveu mudar de vida.

“Minha mãe me em-prestou um dinheiro e qui-tei toda a dívida do cartão de crédito. Fui morar com um amigo, pagando pouco, mas ainda ti nha a dívida da moto e do cheque especial. Já não tinha mais limite para pegar empréstimo consignado”, relembra.

Um dinheirinho a mais

fez diferença. Quando foi promovido ao posto de Se-gundo Sargento, conseguiu pagar a dívida do cheque especial e devolver o di-nheiro que a mãe havia lhe emprestado. Começou a namorar sua atual esposa. Sonharam juntos a cons-trução da casa própria. Fi-caram cinco anos sem fa-zer uma viagem de férias e conseguiram se estabilizar. “A leitura de um livro [O se-gredo da mente milionária] me fez agir e comprometer 30% da minha renda co-migo mesmo, poupando”, comparti lha o aprendizado de quem saiu do saldo ne-gati vo para proprietário de cinco imóveis.

Para animar aqueles que têm dificuldade de passar por privações para reequili-brar o orçamento, o sargen-to declara que vale a pena cortar gastos para viver mais tranquilo depois. “Se você demorou dez anos para fi-car endividado, mas tomou a decisão de viver confor-me o que ganha, ainda que demore outros dez anos, conseguirá sucesso na vida fi nanceira”.

casos, oferecendo descontos atrati vos para que a dívida seja quitada. Ao renegociar, o con-sumidor precisa estar atento a dois fatores: as parcelas do refinanciamento cabem no orçamento para não se tornar nova dívida? As vantagens ofe-recidas pelo credor são reais?

tranquilo depois. “Se você demorou dez anos para fi-car endividado, mas tomou a decisão de viver confor-me o que ganha, ainda que demore outros dez anos, conseguirá sucesso na vida fi nanceira”.

DívidasJuros

Bancos

Empréstimo consignado é alternativa aos altos juros

Pense, você pode viver sem:

Vestibular de 2016. Inscrições vão até 15/09

A TV a cabo, que você usa para assisti r a ape-nas alguns programas só de vez em quando.

O pacote caro de celular, do qual você só usa a internet.

O cafezinho diário na padaria que poderia ser feito em casa.

As roupas e os sapatos novos que acabam por abarrotar o seu armário.

Bares e restaurantes caros ou frequentar o salão de beleza toda semana.

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Page 14: NOTAER - Agosto de 2015

Colisões em solo podem ser tão catastróficas quanto os acidentes em voo

Equipe da Agência Força Aérea entrevista jornalista Alexandre Garcia

14 Agosto - 2015

COMUNICAÇÃO

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Uma incursão em pista ocorrida em 1977, no aero-porto de Tenerife - nas Ilhas Canárias (Espanha), resultou no maior acidente aéreo da história da aviação mundial. A colisão em solo entre dois Boeing 747 causou a morte de 583 passageiros e tripulantes.

Apesar das lições de Tene-rife, anos depois outras duas incursões em pista resultaram em acidentes de dimensões catastrófi cas. A colisão do voo 3352 da Aerofl ot com veículos de manutenção durante o pou-so, em 1984, e o acidente em solo envolvendo o MD-87 SE--DMA da Scandinavian Airlines

e o Citati on II D-IEVX, em 2001, permanecem como os maiores desastres aéreos já ocorridos na Rússia e na Itália.

Os relatos acima demonstram que colisões em solo podem ser tão graves quanto em voo. Por isso é im-portante compre-ender o que é uma incursão em pista.

De acordo com a Or-ganização de Aviação Civil Internacional (OACI), isso é defi nido como “qualquer ocor-rência em um aeródromo en-volvendo a presença incorreta

de aeronave, veículo ou pessoa na zona protegida de uma su-perfí cie reservada aos pousos e decolagens de aeronaves.”

Mesmo com a evolu-ção tecnológica usada

pela aviação mun-dial, a melhor pre-venção continua sendo manter ele-vado nível de aten-

ção em todos os pro-cedimentos. E isso não

se restringe aos pilotos.Veja as dicas que devem

ser observadas nas operações de solo:1. Saber onde estão, por onde e para onde vão os movimentos

dentro da área do aeródromo;2. Manter o conceito de cabine estéril nas operações de táxi, decolagem e pouso;3. Monitorar a comunicação rádio e estabelecer uma ima-gem mental das ati vidades do aeroporto;4. Pensar antes de transmiti r e fazê-lo de forma clara e conci-sa, seguindo a fraseologia pa-drão;5. Cotejar todas as instruções recebidas, incluindo seu código de chamada;6. Fazer a verifi cação visual do eixo de aproximação antes de ingressar ou cruzar a pista;7. Quando operando em loca-

A A A segurança segurança segurança

das operações das operações das operações sempre deve ter sempre deve ter sempre deve ter prioridade sobre prioridade sobre prioridade sobre a conveniência a conveniência a conveniência operacionaloperacionaloperacional...

Ao ultrapassar a marca de 7 milhões de visu-

alizações e completar três anos de veiculação, a FAB TV busca se reinventar para levar o melhor ao seu públi-co. Cenários mais atrati vos, maior interati vidade e novos apresentadores estão entre as reformulações do canal hospedado na web.

Com sete programas jor-nalísticos, além de videocli-pes e storytellings, em sua grade de veiculação sema-nal, o canal engloba temas como os principais aconte-cimentos na FAB. O objetivo é mostrar à sociedade brasi-leira as atividades desenvol-vidas pela instituição para cumprir a missão de defesa

Com mais de 7 milhões de visualizações, FAB TV busca se reinventar ao completar 3 anos

lidades desconhecidas, uti lizar sempre o diagrama do aeró-dromo antes de iniciar o táxi e antes do pouso;8. Estar alerta ao movimento de veículos e pedestres e che-car constantemente o exterior da cabine;9. Taxiar com cautela e velo-cidade reduzida em aeródro-mos congestionados e nos quais não está familiarizado;10. Ler atentamente as In-formações Aeronáuticas Oficiais (NOTAM) dos aero-portos de saída, destino e alternativa. (Centro de In-vestigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)

da soberania do espaço aé-reo do País.

Desde a estreia, em agosto de 2012, a FAB TV vem se consolidando também como um veícu-lo onde o público interno tem a oportunidade de se ver como protagonista.

Acesso facilitado - Os programas podem ser bai-xados na íntegra por meio de vários plugins do próprio navegador de internet. Para facilitar o acesso às reporta-gens, o Centro de Comuni-cação Social da Aeronáuti ca disponibiliza o vídeo de des-taque da semana para os elos de comunicação de todas as unidades da FAB. Eles podem ser acessados na página ce-comsaer.intraer, na aba Espa-ço do Elo SISCOMSAE, “Vídeos Destaques da Semana”.

Veja a FAB TV: fab.mil.br/fabtv ou youtube.com/user/portalfab

NOPADRÃO

A maioria das mulheres são vaidosas e gostam de va-lorizar toda sua beleza com ajuda de maquiagem, pente-ados e roupas.

Porém, o ambiente de trabalho, especialmente o militar, requer discrição e padronização. Atitude e apresentação contam muito.

Por isso, vamos relem-

ARTE

: SDP

P / C

ECOM

SAER

FOTO

: SGT

V. S

ANTO

S / C

ECOM

SAER

brar algumas das regras do Regula-mento de Unifor-

mes da Aeronáu-tica (Rumaer) e da Instrução para apresen-tação pessoal e uso de adornos (ICA 35-10) que devem ser ob-servadas.

Maquia-g e m : é permiti-do o uso

d e t o n s discretos.

Brincos: de-vem ser peque-nos e discretos, sem ultrapassar o lóbulo da orelha.

Saia: o com-primento ideal é na

altura dos joelhos. Pulseira, relógio e

anel: os acessórios de-vem ser discretos. São permitidos apenas uma pulseira e um anel e/ou aliança. O relógio tam-bém deve ter tamanho e modelo discretos.

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15Agosto - 2015

ENTRETENIMENTO

Jogo dos seis errosResposta da Edição de Julho de 2015

Jogo dos seis erros

Há 63 anos, a Esquadrilha da FUMAÇA encanta o público com as MANOBRAS: CORAÇÃO, PANQUECA, DORSÃO, DNA, entre outras. Antes dos sete A-29 SUPER TUCANO fazerem as ACROBACIAS no ar, a unidade de DEMONSTRAÇÃO aérea empregou quatro diferentes aeronaves. A primeira foi o T-6 TEXAN (1952 a 1976), que registrou 1.225 apresentações. Neste período, o jato T-24 Super FOUGA MAGISTER teve uma rápida passagem com 46 apresentações entre 1969 e 1972. Entre 1982 e 1983 foi usado o T-25 UNIVERSAL, responsável por 55 demonstrações. O modelo ainda hoje é usado na instrução dos cadetes da Academia da Força Aérea, onde a Fumaça está sediada. Por 30 anos (1983-2013), as manobras foram executadas a bordo do T-27 TUCANO. Agora que você já relembrou a história da Fumaça, encontre abaixo as palavras destacadas no texto:

CAÇA PALAVRAS

ARTE

: SDP

P / C

ECOM

SAER

Page 16: NOTAER - Agosto de 2015

O projeto Link BR2 desenvolve um

protocolo de comunicação

que permitirá aos aviões trocar dados seguros entre si em

pleno voo. Será possível, por exem

plo, transmitir um

a imagem

para con� rm

ar a identi� cação de um alvo.

O novo datalink será superior aos sistem

as em uso no Brasil por

integrar mais aeronaves em

uma só rede, além

de estações em

solo, inclusive para uso do Exército e da Marinha. A

partir de 2018, ele vai reforçar os sistem

as do A-29 Super Tucano e do F-5M

. N

o ano seguinte, deve ocorrer a integração do sistema dessas

aeronaves com os aviões-rad

ar E-99, capazes d

e detectar

aeronaves a centenas de quilômetros de distância. Isso signi� ca

que os A-29, que não contam

com radar, poderão ter em

suas cabines inform

ações enviadas pelos E-99.O

planejamento tam

bém prevê instalar o Link BR2 futuram

ente em

um m

aior número de aeronaves, incluindo helicópteros,

aviões de patrulha e de reabastecimento em

voo.

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