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RADAR SE Fecomércio O comportamento do emprego no primei- ro trimestre em Sergipe, apresentou uma situação negativa para os dois primeiros meses, para todas as atividades produti- vas, recuperando somente em março de 2015 quando o saldo apresentou resulta- do positivo, com 249 novos postos de trabalho. O setor do comércio apresentou a mesma trajetória de declínio nos dois primeiros meses, se recuperando em março, com a abertura de 143 novas vagas, com desta- que para o comércio varejista com a con- tratação de 119 novos trabalhadores. Analisando o setor e fazendo o exercício de ‘olhar para trás’, comparando os resul- tados do emprego formal do setor, vere- mos que o mês de março de 2015 foi extremamente positivo. Após dois meses, o emprego formal no setor apresentou INFORMATIVO DO SISTEMA FECOMÉRCIO SERGIPE - MAIO 2015 - ANO 1 - NUMERO 01 COMÉRCIO, SERVIÇOS E TURISMO MERCADO DE TRABALHO VOLTA A CRIAR VAGAS GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS EM SERGIPE: Primeiro Trimestre de 2015 recuperação. Se a economia der sinais de restabelecimento, podere- mos vislumbrar dias melhores para o comércio Sergipano. No ano, o comércio gerou 1.903 novas vagas. O setor de serviços apresentou uma descontinuidade na geração de empregos no mês de março, obtendo um saldo negativo de 88 desligamentos. Porém, o setor já gerou no ano um saldo de 3.743 trabalhadores contratados. Cabe aqui o esclarecimento, o setor de serviços tem sido o maior gerador de empregos no Brasil e em Sergi- pe. Ou seja, o mês de março deste ano foi uma exceção, um ponto fora da curva. A tendência é o setor continuar ampliando contratações. Os setores de comércio e serviços tiveram a sua parcela de sucesso nessa retomada de contratações de novos traba- lhadores, no primeiro trimestre deste ano, mesmo com um mês de março atípico para o setor de serviços em Sergipe. Os setores de atividade econômica podem melhorar se a economia, nos próximos meses, reagir apostando nas medi- das de recuperação que o governo federal vem planejando e negociando com a sociedade e com o congresso. No curto prazo, a conjuntura não ajuda: o ajuste fiscal do governo tende a gerar demissões em algumas atividades econômicas, a perda de ânimo do consumo tem reflexos para as empresas (se elas não vendem, a demissão pode ocorrer ou reduzir as novas contratações). Qual o impacto dos problemas atuais da Petrobrás na economia brasileira e local? Sabemos que estão ocorrendo demissões pelo fim de contratos com empresas terceirizadas da indústria, da cons- trução civil e dos serviços vinculados à Petrobrás. Devemos Opinião ficar atentos. O impacto da indústria de petróleo é importan- te para as economias locais. Pensar uma agenda local para os setores é uma ação importante, em especial para o comércio e serviços. Até o momento o governo não se mani- festou com nenhuma ação incisiva para o comércio e servi- ços em Sergipe, muito embora o setor tenha contribuído sobremaneira para a arrecadação do Estado por meio do ICMS, em especial, pois se trata do imposto mais importante para o Estado. Cabe perguntar: onde está a integração do comércio e servi- ços com as principais cadeias produtivas e arranjos produti- vos locais do Estado? Qual o papel das grandes indústrias incentivadas via PSDI, para contribuir e fazer a conexão com as empresas sergipanas? O comércio e os serviços estão integrados às cadeias de valor existentes no Estado? É por aí que deve começar a pensar o desenvolvimento da economia local. O setor produtivo tem o papel protagonista neste desafio.

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Boletim semanal com a finalidade de ampliar a difusão de conhecimento de economia e mercado para os empresários sergipanos.

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RADAR SEFecomércio

O comportamento do emprego no primei-ro trimestre em Sergipe, apresentou uma situação negativa para os dois primeiros meses, para todas as atividades produti-vas, recuperando somente em março de 2015 quando o saldo apresentou resulta-do positivo, com 249 novos postos de trabalho.

O setor do comércio apresentou a mesma trajetória de declínio nos dois primeiros meses, se recuperando em março, com a abertura de 143 novas vagas, com desta-que para o comércio varejista com a con-tratação de 119 novos trabalhadores. Analisando o setor e fazendo o exercício de ‘olhar para trás’, comparando os resul-tados do emprego formal do setor, vere-mos que o mês de março de 2015 foi extremamente positivo. Após dois meses, o emprego formal no setor apresentou

I N F O R M A T I V O D O S I S T E M A F E C O M É R C I O S E R G I P E - M A I O 2 0 1 5 - A N O 1 - N U M E R O 0 1

C O M É R C I O , S E R V I Ç O S E T U R I S M O

MERCADO DE TRABALHO VOLTA A CRIAR VAGAS GERAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS EM SERGIPE: Primeiro Trimestre de 2015

recuperação. Se a economia der sinais de restabelecimento, podere-mos vislumbrar dias melhores para o comércio Sergipano. No ano, o comércio gerou 1.903 novas vagas.

O setor de serviços apresentou uma descontinuidade na geração de empregos no mês de março, obtendo um saldo negativo de 88 desligamentos. Porém, o setor já gerou no ano um saldo de 3.743 trabalhadores contratados. Cabe aqui o esclarecimento, o setor de serviços tem sido o maior gerador de empregos no Brasil e em Sergi-pe. Ou seja, o mês de março deste ano foi uma exceção, um ponto fora da curva. A tendência é o setor continuar ampliando contratações.

Os setores de comércio e serviços tiveram a sua parcela de sucesso nessa retomada de contratações de novos traba-lhadores, no primeiro trimestre deste ano, mesmo com um mês de março atípico para o setor de serviços em Sergipe.

Os setores de atividade econômica podem melhorar se a economia, nos próximos meses, reagir apostando nas medi-das de recuperação que o governo federal vem planejando e negociando com a sociedade e com o congresso.

No curto prazo, a conjuntura não ajuda: o ajuste fiscal do governo tende a gerar demissões em algumas atividades econômicas, a perda de ânimo do consumo tem reflexos para as empresas (se elas não vendem, a demissão pode ocorrer ou reduzir as novas contratações). Qual o impacto dos problemas atuais da Petrobrás na economia brasileira e local? Sabemos que estão ocorrendo demissões pelo fim de contratos com empresas terceirizadas da indústria, da cons-trução civil e dos serviços vinculados à Petrobrás. Devemos

Opiniãoficar atentos. O impacto da indústria de petróleo é importan-te para as economias locais. Pensar uma agenda local para os setores é uma ação importante, em especial para o comércio e serviços. Até o momento o governo não se mani-festou com nenhuma ação incisiva para o comércio e servi-ços em Sergipe, muito embora o setor tenha contribuído sobremaneira para a arrecadação do Estado por meio do ICMS, em especial, pois se trata do imposto mais importante para o Estado.

Cabe perguntar: onde está a integração do comércio e servi-ços com as principais cadeias produtivas e arranjos produti-vos locais do Estado? Qual o papel das grandes indústrias incentivadas via PSDI, para contribuir e fazer a conexão com as empresas sergipanas? O comércio e os serviços estão integrados às cadeias de valor existentes no Estado? É por aí que deve começar a pensar o desenvolvimento da economia local. O setor produtivo tem o papel protagonista neste desafio.

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INFORMATIVO ECONÔMICO DO SISTEMA FECOMÉRCIO SERGIPE - MAIO 2015 - NUMERO 01RADAR SEFecomércio

PUBLICAÇÃO DA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE SERGIPE PRESIDENTE LAÉRCIO OLIVEIRA - SUPERINTENDENTE ALEXANDRE WENDEL - ASSESSORIA ECONÔMICA SUDANÊS PEREIRA - ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO MARCIO ROCHA - COORDENAÇÃO DE EVENTOS E MULTIMEIOS ANDRÉ GUSMÃO - FALE CONOSCO [email protected] - (79) 3214 2270 - RUA DOM JOSÉ THOMAZ, 235 - EDF. JOSÉ RAIMUNDO DOS SANTOS, 4º ANDAR - 49015-090 - ARACAJU - SERGIPE - www.fecomercio-se.com.br

5,02% Na comparação com março, a inadimplência em abril apresentou crescimento de 2,83%. O número de consumidores inadimplentes aumentou 5,02% no mês de abril de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a alta foi maior do que a registrada em março. Fonte: O Estado de São Paulo, 12.05.2015

FOI QUANTO SUBIU A INADIMPLÊNCIA EM ABRIL

DE 2015, DEVIDO AO ENFRAQUECIMENTO DA

ECONOMIA.

143NOVAS CATEGORIAS DE EMPRESAS FORAM

INCLUÍDAS NO REGIME DO SIMPLES.

26SHOPPINGS QUE SERÃO

INAUGURADOS EM TODO O PAÍS ATÉ O FINAL DE

2015

10É A QUANTIDADE DE

PARQUES EÓLICOS QUE O BNDES IRÁ FINANCIAR

PARA O NORDESTE.

Conquistar consumidores que moram

afastados das regiões centrais e

encontrar espaços alternativos. Estas

são as metas das empresas do setor

de shopping center, que até o final de

2015 vão inaugurar mais de 26

shoppings, sendo 16 deles fora das

capitais. O movimento, aliás, tem

chamado a atenção do mercado

justamente por vir se intensificando

nos últimos anos, haja vista a

mudança na composição do

emprego e renda da maior parte da

população, conforme comentários de

especialistas e empresários do

segmento

O uso da energia eólica como parte

da matriz brasileira terá uma

expansão no Nordeste. O Banco

Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social (BNDES)

aprovou o financiamento de R$ 773,2

milhões para a construção de dois

complexos eólicos na região. Um

será no Piauí, com sete parques, e

outro na Bahia, com dois parques,

tendo um potência instalada total de

264,4 MW. Conforme as

prospecções do Banco, é esperado

que os investimentos nos dois

complexos, além da construção,

possam chegar a R$ 1,2

bilhão.Fonte: Agência Gestão CT&I.

Os ajustes fiscais previstos para os próximos dois anos devem contemplar corte de investimentos e elevação de carga tributária, devido à margem limitada do governo para reduzir despesas. Por conta disso, o contingenciamento do Orçamento da União para 2015, que deve ser divulgado até o final de maio, pode não ser um grande foco de discussão.

O diretor de políticas públicas e tributação da LCA Consultores, Bernard Appy, defendeu uma reforma tributária para o País para corrigir distorções. Para ele, o "grosso" do desequilíbrio tributário está na cobrança de impostos sobre serviços e bens, como o PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS. Neste momento, ele acredita que a reforma do ICMS é prioritária e que a melhor maneira de acabar com a guerra fiscal é acatar a proposta do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), contida no Convênio de número 70. Fonte: DCI, 12.05.2015

A arrecadação total de impostos das empresas que pagam os tributos pelo regime Simples aumentou nos três primeiros meses de 2015, enquanto o total de impostos pagos diminuiu no mesmo período. O aumento aconteceu porque no ano passado uma lei permitiu que negócios de novos setores aderissem ao Simples. Escritórios de advocacia, dentistas, corretores de seguros e outros tipos de empresas passaram a poder optar por esse tipo de imposto. No total, 143 novas categorias foram incluídas. Fonte: Folha de São Paulo, 12.05.2015

Ajuste fiscal vai contemplar corte de investimentos e elevação de impostos