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Umbanda Esotérica A Umbanda Esotérica é a grande religião do século XXI. Umbanda com cultura, esclarecimento, absorvendo os ensinamentos de diversas religiões e filosofias, sem contudo perder suas raízes oriundas dos Cultos Afros; é a … Umbanda com raízes, pé no chão. É de conhecimento geral de todos os iniciados, médiuns e adeptos, que a Umbanda é brasileira, pois em nossa cultura, sabemos que ela se formou com os próprios escravos provenientes do continente africano, que aqui aportaram. Cultuavam os Orixás e através a mesclagem com os indígenas que aqui já habitavam e que também se beneficiavam das diversas formas da natureza, constituíram após o desencarne, na Religião autêntica e verdadeira, atuando na forma espiritual como orientadores e que conhecemos como os nossos “Pretos(as) Velhos(as)” e “Caboclos(as). Na realidade somos uma parte desta árvore frondosa que é o Espiritismo, ou seja, uma vida após a passagem terrena e com certeza de uma continuação, através as diversas reencarnações. Absorvemos os ensinamentos milenares, do Brâmanismo, do Taoísmo, do Budismo Zen, do Hinduísmo, do Hermetismo, da Kaballah, do Cristianismo, do Caiballion, dos Essenios, da Fraternidade Branca, da Alquimia, etc. Como não assimilar os ensinamentos dos Grandes Mestres, como Jesus Cristo, o nosso Oxalá, de Apolônio de Tiana, do grande Hermes, de Sidarta Gautama (BUDA), de Lao Tse, de Confúcio, dos Mestres Ascencionados, de São Thomaz de Aquino e sua grande obra Teologia, da Alquimia, do Xamanismo e de centenas de outras personalidades como Alan Kardek, Charles Richet, Camille Flamarion, Leon Denis, Swedenborg, Conan Doyle, etc. E ficaríamos enumerando uma série interminável de presenças, em diversas épocas da humanidade.

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Umbanda EsotéricaA Umbanda Esotérica é a grande religião do século XXI. Umbanda com cultura, esclarecimento, absorvendo os ensinamentos de diversas religiões e filosofias, sem contudo perder suas raízes oriundas dos Cultos Afros; é a … Umbanda com raízes, pé no chão.É de conhecimento geral de todos os iniciados, médiuns e adeptos, que a Umbanda é brasileira, pois em nossa cultura, sabemos que ela se formou com os próprios escravos provenientes do continente africano, que aqui aportaram. Cultuavam os Orixás e através a mesclagem com os indígenas que aqui já habitavam e que também se beneficiavam das diversas formas da natureza, constituíram após o desencarne, na Religião autêntica e verdadeira, atuando na forma espiritual como orientadores e que conhecemos como os nossos “Pretos(as) Velhos(as)” e “Caboclos(as).Na realidade somos uma parte desta árvore frondosa que é o Espiritismo, ou seja, uma vida após a passagem terrena e com certeza de uma continuação, através as diversas reencarnações.Absorvemos os ensinamentos milenares, do Brâmanismo, do Taoísmo, do Budismo Zen, do Hinduísmo, do Hermetismo, da Kaballah, do Cristianismo, do Caiballion, dos Essenios, da Fraternidade Branca, da Alquimia, etc. Como não assimilar os ensinamentos dos Grandes Mestres, como Jesus Cristo, o nosso Oxalá, de Apolônio de Tiana, do grande Hermes, de Sidarta Gautama (BUDA), de Lao Tse, de Confúcio, dos Mestres Ascencionados, de São Thomaz de Aquino e sua grande obra Teologia, da Alquimia, do Xamanismo e de centenas de outras personalidades como Alan Kardek, Charles Richet, Camille Flamarion, Leon Denis, Swedenborg, Conan Doyle, etc. E ficaríamos enumerando uma série interminável de presenças, em diversas épocas da humanidade.

Enfim, Umbanda Esotérica é a mesma Umbanda com amor e carinho para com o semelhante, porém com estudo e aplicação de todo cabedal legado pelos antecessores, em conjunto com a força e a vibração dos nossos Orixás.

Imantações

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Muitas são as pessoas, que procuram os nossos Centros, templos, terreiros, em situações diversas. Existem aqueles que nos chegam conturbados, nervosos, perturbados, com o sistema nervoso bem afetado, beirando o descontrole. Outros com uma mediunidade à “Flor-da-pele”, como chamamos. Ou seja, passando por aquele momento geralmente difícil, onde as sensações típicas de um afloramento dos dons mediúnicos estão geralmente intensas. Porém até pelo desconhecimento, e por uma falta de domínio sobre estas sensações, muitos acabam por sentir-se também muito conturbados.

Outros nos chegam, trazendo consigo os “efeitos” ou “consequências” de “Trabalhos de Magia”, que possivelmente lhes tenham sido “Dirigidos”.

Outros, nos procuram, completamente desarmonizados em termos de Vibração, o que consideramos talvez, uma situação ainda pior do que, aquelas por consequência de “Trabalhos Feitos”.

Existem também aqueles, que se encontram fisicamente debilitados, já com sua saúde abalada. Enfim, diversos fatores, que comumente encontramos no nosso Dia-a-Dia, e principalmente dentro de um Atendimento Espiritual.

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Sabemos que a “Força do Pensamento”, é um fator importantíssimo para todos nós. Mas, para que possamos ter um pensamento “Firme”, para que consigamos ter aquela “Força Mental” necessária e adequada para uma boa “Transmutação Mental”, faz-se necessário também que se possua um Campo Energético Orgânico e Psicológico adequado e equilibrado.

Porém, não é suficiente afirmar-se, que apenas o pensamento positivo, que apenas o “Poder do Pensamento”, seja o necessário.

Para que se possa atingir esta condição mental, é preciso que se possua uma estrutura física, psicológica, espiritual, também adequada. Fator este, que aqueles indivíduos já debilitados em diversos campos, não possuem. Eles não conseguem atingir aquela “Força Mental” necessária, à “Transmutação do Pensamento”.

Neste momento, encontramos a importância, daquilo que denominamos a “Grande Maravilha dentro de uma parte Espiritual” – “A Imantação”.

Na realidade, a Imantação é uma aplicação dos conceitos da BioEnergética, que atualmente com o avanço da “Medicina Alternativa”, se apresenta como um Fator muito Eficaz.

Todos sabemos que, para se ter um Equilíbrio na “Vida Normal”, é preciso também possuir, duas situações: Primeiro, um Isolamento total, contra a “Vibração Negativa”, e segundo, um Campo de Energia ao menos Razoável. Ambos necessários para que se possa melhor atingir a aquela força Mental, Espiritual, e também Física, assim como o Campo da Saúde, que precisa estar bom.

Dentro de um Campo Espiritual, existem diversas vibrações provindas de um espaço cósmico, e que atuam sobre todos nós na Terra.

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Tais vibrações atuam, até sobre o Chumbo, que é reconhecidamente um dos materiais mais Isolantes conhecidos. O que se pensar então sobre nossa Cabeça, nossa frágil Caixa Craniana, nossa Mente.

Elas alteram nosso comportamento, agem sobre nossas moléculas, alteram nosso campo de Energia, e por isso torna-se necessário possuir-se um adequado Campo de Isolamento.

É importante compreender que, tudo possui dois polos. E assim toda Vibração também possui dois polos. O Positivo e o Negativo. Se assim não fosse, não existiria a corrente, nao existiria a energia.

Essa vibrações levam nomes diferentes, dependendo da Filosofia ou Campo, que as busque estudar, compreender e aplicar. Uns as chamam de Energia Alfa, Omega, Delta, outros de outros nomes.

E dentro de uma Umbanda, logicamente também possuimos os nossos nomes: Xangô, Ogum, Oxóce, Omulu, Iansã, Nanã, Oxum, Iemanjá, Ossãe, Oxumarê, A Linha do Oriente, e as nossas grandes falanges de trabalho como os nossos grandes amigos Exus e Pomba-Giras, Caboclos e Caboclas, Pretos-Velhos e Pretas-Velhas, os nossos Ibejis.

Analizando-se, desta forma, torna-se fácil compreender a necessidade de possuirmos um adequado isolamento em TODAS estas vibrações.

A Energia Negativa, pode ser do tipo “Absorvida”, comum em cerca de 70% dos casos, fruto de uma “Absorção Espontânea”, provinda de ambientes, de pessoas, de situações, de circunstâncias ou mesmo do próprio Astral. Existe também aquela a que denominamos “Dirigida”, ou seja, o também chamado “Trabalho Feito”

De pouco portanto, adiantaria possuir-se um isolamento, em uma, duas ou mais vibrações, deixando-se outras “Em Descoberto”, pois poderia absorver-se negatividade, em uma ou mais daquelas vibrações que não estivessem devidamente isoladas.

Praticada a mais de 3.000 Anos, tendo sido encontrado registros de sua utilização, no Bramanismo, no Budismo, na Filosofia Lamaista, no Antigo Egito pelos Faraós e Sacerdotes. Praticada hoje em dia, pelos Lamas no Tibet, a Imantação é uma

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prática que visa a uma “Absorção de Energia”, utilizando-se do “Magnetismo Vegetal”.

Existem 4 formas de magnetismo. O Astral, que é a entidade ( O Espírito “solto” no Astral, é uma energia). O Terrestre, que pode ser observado pelas Bússulas, os Polos Magnéticos do Planeta. O Vegetal e o Mineral. O Magnetismo Animal, nós não o consideramos, por julgá-lo de certa maneira, até negativo.

Dentro de uma imantação, nós preparamos Imãs, utilizando-nos do magnetismo Vegetal, que são dispostos dentro numa forma geométrica específica, de forma a atrairmos os respectivos pólos positivos, conseguirmos “descarregar o polo negativo”, e tambem favorecer a formação de um “campo de isolamento”, em cada uma daquelas diversas vibrações.

Durante a ritualística, as pessoas que estão ali participando, estão sobre a ação desses imãs, absorvendo então toda aquela positividade. Aqueles que porventura, estavam sofrendo pelos efeitos de um Campo de energia baixo, logicamente se recuperam. Aqueles que porventura estavam sofrendo os efeitos de alguma negatividade, em qualquer uma daquelas vibrações, tem essa negatividade atraída (descarregada), pelo Imã correspondente, e consequentemente as melhores condições de também atrair a vibração positiva.

Desta forma, cria-se automaticamente um campo de isolamento, contra a vibração negativa, em todas as vibrações

A pessoa passa então a ter as condições mais adequadas, em termos de energia, para poder melhor atuar e reagir, naquelas situações descritas anteriormente.

É evidente que, no Dia-a-Dia da Vida, vamos fazendo uso de nossa energia, de nossa positividade em todos os campos. E assim é normal que venhamos a sofrer os efeitos de um certo desgaste Energético em todas aquelas vibrações e muito

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provavelmente até, mais em algumas do que em outras. Naturalmente, algumas pessoas, até pelo seu próprio estilo de vida, condição Física e Mental, irão se desgastar mais rapidamente do que outras.

Como método de Absorção de Energia, a imantação assim como outras ritualísticas tradicionais, não é uma solução milagrosa ou eterna. Ela possui um certo “Prazo de Validade”, que em geral, é determinado pelo próprio desgaste natural e individual de cada pessoa.

Povo CiganoHomenagem ao Povo Cigano

Em nossa religião, a Umbanda, a grande Umbanda Esotérica, também assimilamos parte da Magia do grande Povo Cigano.

Embora sempre procuremos deixar claro que, Magia do Povo Cigano é um fator, e Entidades de Umbanda, Exu Cigano, Pombagira Cigana, é outro fator diferente. Existem semelhanças, porém, nem todo Exu ou Pombagira Cigana, foi Cigano, quando encarnados.

A padroeira do Povo Cigano, é Santa Sara.

Historiadores relatam que antes do ano 50 depois de Cristo, três vultos importantes, Maria Jacobina, Maria Salomé e Maria Madalena, e uma serva de côr escura, Sara, fugindo das hostilidades de Roma aos Cristãos, teriam chegado

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numa pequena embarcação, onde hoje existe a cidade de Saintes Maries de la Mer, na França.

Lendas diversas apontam que Sara teria falecido, após sua conversão ao Cristianismo; outras que teria sido uma sacerdotisa do Deus Mitra; outras que teria origem egípicia ou africana, o que justificaria a sua pele negra.

Porém o mais importante é o que ela representa para o Povo Cigano, que comemora suas festividades em 24 de Maio, quando milhares de devotos de quase todas as partes do mundo chegam em Saintes Marie de la Mer.”

— Babalorixá Paulo Newton de Almeida

Os Caboclos e Caboclas

 

Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.

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Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados. Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas virações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.

Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porém em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã. Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.

 

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Embora existam diferenças entre os nomes encontrados por diferentes pesquisadores para as entidades, em relação as suas Vibrações Originais, apresentamos a seguir uma relação que nos parece a mais próxima de uma realidade:

 

Caboclos de OgumÁguia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço

 

Caboclos de XangôAraúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.

 

Caboclos de OxóssiCaboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.

 

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Caboclos de OmuluArranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d’água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.

 

Caboclas de IansãBartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira

 

Caboclas de IemanjáDiloé, Cabocla da Praia, Estrela d’Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente

 

Caboclas de OxumIracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê

 

Caboclas de NanãAssucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu

 

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Caboclinhos da IbeijadaNesta querida falange, encontramos os Caboclinhos e Caboclinhas do Mato que se manifestam em sua forma indígena.

Linha do OrienteHomenagem a Uma Entidade Oriental 

Na pérgula distante que em meu sonho vejo, no róseo mármore a confundir-me entre uma e outra pilastra, a aproximar-se cada vez mais, forma-se um vulto de mulher. Tão cândida e serena com seu diáfano manto, que mais parece ser a bruma de um encanto, surge sorridente e altiva. Com porte real, traz na mão uma rosa de suave perfume e parece vir até bem junto de mim numa melodia de acalanto.

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Ao passo que se aproxima o vulto, arco-íris rotativos, de luzes difusas, brilham harmoniosamente. Inexplicável, impalpável, mas de uma realidade sutil aos olhos meus.

Imóvel fico, não querendo perder nem um segundo dessa visão, a que não tenho direito como mortal.

Entre uma e outra nesga de luz vejo até mesmo sua tez. Não defino sua procedência e minha curiosidade se completa quando a seus pés vejoservas a lhe estender sob o andar flutuante, um tapete de folhas douradas, pintado pelos merecimentos de um longo tempo: dádivas de nosso pai Oxalá.

Passa depois envolvida em aromas de jasmim e alfazema, numa nuvem de perfume, dando então entrada triunfal no Astral Superior. Sigo seus gestos, pois convida-me de mão estendida a andar junto dela, qual criança, tão pequenina e tão inexperiente ante tanto deslumbramento.

A ternura que sinto é como se tivesse encontrado a paz que há muito procurava. Ela é quem me dá esses momentos tão encantadores; ela, também, quem tira de mim a insegurança, andando de mãos dadas por lugares istantes, onde a saudade talvez faça com que de meus olhos rolem lágrimas.

Não ouso perguntar à minha benfeitora quem ela é; apensa, em meu pensamento, forma-se uma pergunta sutil, quase apagada, mas meu olhar súplice trai completamente esse desejo.

A dama rainha compreende, porém, minha intenção e sorrindo responde: “Sou tua amiga, sou quem te leva a distância, mostrando-te, intuindo-te, para que conheças os astros mais de perto. Um dia talvez, não tarde, nos reencontraremos; então terás alcançado um pouco mais.”

 

A Linha do Oriente é uma linha específica de cura. Seu nome não significa que todas as entidades que nela trabalham tenham tido encarnações como orientais, mas refere-se à vibração de cura. Nela podem ser enquadrados espíritos que, quando encarnados, tiveram diversas nacionalidades. É claro que os povos orientais, por serem muito antigos, como é o caso dos indianos, egípcios, sumérios e outros mais, são partes importantes da vibração pois já evoluíram e já estão dentro dessa filosofia de cura.

Não existem falanges dentro dessa linha. Normalmente as entidades nem gostam de dar nomes: elas trabalham por meio dos médiuns, dentro de uma incorporação: muitas vezes a

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entidade da Linha do Oriente entra para ajudar alguém doente, sem que o leigo o perceba o sinta. Em outros casos, a entidade da Linha do Oriente baixa a vibração e se desdobra; é o caso, por exemplo, de um grande lama tibetano que pode apresentar-se dentro da umbanda sob a forma de um caboclo. Os grandes falangeiros das outras vibrações, geralmente, são entidades orientais atuando em um desdobramento.

 

 

HábitatColinas descampadas, praias desertasImantaçãotrigo em grão, posto de molho por as a três horas antes da imantação; mingau grosso de aveia; maçã, pêra, uva, abricó, damasco seco, morango, abacaxi, tâmara, melanciaLibaçãoSuco de morango ou abacaxi; hidromel (água, mel e baunilha em fava)FloresTodas as flores que sejam brancas e tenham o miolo amarelo: dália, rosa, margarida, lírio, crisântemoBanho de DescarregoAlfazema, sândalo, jasmim, violeta, heliotrópio (de preferência em essências)CoresToda gama do amareloSincretismoNão tem. Considero sem fundamento a opinião de que a linha é chefiada por São João BatistaGuiasLevam 108 contas, alternando uma amarela e uma brancaAroma principalAlfazemaParte do CorpoEstômagoAssuntos RelacionadosEquilíbrio psicológicoVibraçãoDefinição de situaçõesAtuaçãoEvolução na espiritualidade

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MetalOuro brancoFloresTodas as flores que sejam brancas e tenham o miolo amarelo: dália, rosa, margarida, lírio, crisântemoPedrasAmazonita, granada

Os Ibejis – As Crianças de UmbandaHomenagem a Ibeijada

 

Nuvens abrindo-se qual cortinas de um palco, tocadas pelo vento, deixam transparecer o céu azul, nos mostrando uma encantadora cena: árvores como se fossem de um jardim do Paraíso, repletas de flores coloridas que o engalanam de festiva e feliz natureza.

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Vê-se crianças alegres que brincam, cantam, pulam. Mais adiante, no lago de águas límpidas, navegam cisnes brancos que as mesmas conduzem, por rédeas doiradas, leves como suas plumas.

Em grupos diversos, espalham-se pelo jardim, umas a colherem flores, fazendo grinaldas para seus cabelos, ornamentando suas cabecinhas, louras e morenas.

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Outras, porém, de petalas de rosas, cobrem o caminho aonde deverá passar, mais tarde, o Anjo Protetor, que numa visita diária, faz solene sua chegada.

Espalha bondade, ternura, dando confiança e amor; é o regente de todas elas. Por entre alas formadas com disciplina, segue um menino oriental, vestido de prata e azul turqueza, que de seu turíbulo, faz sair fumaça de perfumes enebriantes, elevando-se ao alto numa consagração. Logo a seguir, de par em par, meninos e meninas, a todos com água divina, asperge.

É nesta solenidade, de encantadora paz, que o céu torna-se róseo, dando ao crepúsculo o nome da “Hora da Ibeijada”.

Mais tarde, porém, no fim dessa cena, fecha-se o palco com a cortina negra da noite, bordada de estrelas representativas, cuja a Via Láctea simboliza as Crianças do Astral.”

 

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HábitatJardim, praças floridasVibraçãoDefinição de situaçõesAssuntos RelacionadosTodosAtuaçãoFavorece uniões, casamentos, etc.Parte do CorpoTodo o corpoData Comemorativa27 de SetembroDia da SemanaDomingosEssênciasMaçã, camomila, maçã-verde (Ibeijada da Poeira)CoresRosa e BrancoPedrasTurmalina rosaMetalPrata, OuroFloresTodas as variedades de flores (rosas, tulipas, gerânios etc.)LibaçãoÁgua com açúcarImantaçãoCuscuz, doces, balas, caramelos, etc.GuiasI) 134 contas – 67 rosas e 67 brancas, intercaladas, para a vibração de ibeiji do sexo masculino.II) 134 contas – 67 brancas, seguidas de 67 rosas, para a vibração de ibeiji do sexo feminino.Observação: No tocante a Ibeijada, apor-se-á mais uma conta, no fecho, totalizando, portanto, 135 contas, dependendo da Falange que acompanha o protetor. Exemplo: Praia- Conta Azul clara, Mata- Verde, Poeira- Azul escuro, Cachoeira- Amarela, etc.

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Exús e Pomba-Giras, Nosso Povo em Evolução

Na mística ironia do poder sacrílico de evocações, elegeram por errônea criação,e deram sabor proibitivo, as entidades que conhecemos como Exus e Pomba-Giras. Se no temor que possa existir, dado por pessoas leigas, deixe agora nosso Povo em Evolução, que o conclame nesta pequena homenagem.

Larô Exus…, Gira-Girê Moças…

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É mister se compreender, que são espíritos, buscando a elevação. Somente trabalhando e praticando o Bem, é que eles se elevam.

A Umbanda evolui e se apresenta culta, atual, superando os tabus e crendices que marcaram seus primórdios. Não mais se pode aceitar Exus e Pomba-Giras, com aspectos aterrorizantes, fantasmagóricos ou imorais, pelo contrário. E aí estão, os médiuns videntes a atestarem a presença desses Exus e Pomba-Giras.

Elas, se apresentam em trajes Multi coloridos, podendo ser Ciganas de porte aristocrático, ou mulheres apenas comuns de porte vulgar. Dançarinas populares de Tabernas, enfim, amando a alegria e a noite. Porque não chamá-las de “Espíritos Eternos das noites Felizes”?

E os Exus? Poderão ser os mais másculos homens, trazendo porém, em seu cavalheirismo, seu modo eloquente de falar, o encanto de conquistadores inconquistáveis. Que na passagem terrena, tenham sido músicos, poetas, pintores, e acima de tudo, Boêmios. Amantes da Liberdade.

Quem? Quem poderia agora, narrar o seu silêncio?

Nossos amigos em evolução, espíritos que, quando viveram na Terra, pertenceram a diversos povos e diferentes camadas sociais. A meu ver, portanto, não podem ser considerados exemplos de mau caráter ou de vulgaridade; também não devem ser confundidos com espíritos perturbadores, os infelizes quiumbas, que se encontram mergulhados na mais profunda negatividade. Exus e Pomba-Giras, ao contrário, são nossos amigos, dão-nos alento e proteção quando necessitamos de apoio espiritual e mesmo material.

Exus e Pomba-Giras, têm uma função específica junto aos espíritos evoluídos, aos guias superiores, protegendo-nos e levando-nos a possíveis realizações. Com as maneiras alegres, calorosas e compreensivas que apresentam quando manifestadas, essas entidades permitem que nos afinemos melhor com elas, tendo-as como amigas que nos cercam e protegem.

A existência de determinados tabus, contra os Exus e Pomba-Giras, revela apenas, profunda ignorância espiritual: todos querem receber espíritos altamente evoluídos, que se apresentam como médicos famosos ou cientistas importantes; mas muitos se negam a incorporar um espírito de baixa vibração, mesmo que venha no pólo positivo, embora com isso estejam prejudicando a evolução dessas entidades.

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Tabus e práticas, oriundas de um tempo, em que havia a concepção errônea de que Exu era o Demônio. Que só queria fazer ou trazer o Mal. Os médiuns que trabalhavam com Exus, eram considerados perigosos, e ninguém se atrevia a chegar perto deles ou a desagradá-los, com medo de represálias. Até hoje, apesar de toda a evolução espiritual da Umbanda, ainda encontramos um grande número de centros que não trabalham com Exu, pois ainda aceitam estas idéias errôneas. No entanto, na realidade, Exus e Pomba-Giras, são entidades que nos auxiliam, desmanchando e afastando os trabalhos realizados pelos quiumbas. Entidades que, em geral, não revelam sua antiga identidade por razões espirituais, pela oportunidade de evoluírem mais rapidamente.

 

As guias dos Exus e Pomba-GirasPara os Exus e Pombagiras que atuam com falanges que dão preferência a trabalhos na Encruzilhada:

122 Contas ( 1 Vermelha seguida de 1 Preta).

Para os Exus e Pombagiras que atuam com falanges que dão preferência a trabalhos na Calunga:122 Contas ( 1 Preta seguida de 1 Vermelha).Para os Exus da Encruzilhada:120 Contas ( 3 Vermelhas seguidas de 3 Pretas).Para os Exus da Calunga:120 Contas ( 3 Pretas seguidas de 3 Vermelhas).Para as Pombagiras da Encruzilhada:126 Contas ( 7 Vermelhas seguidas de 7 Pretas).Para as Pombagiras da Calunga:126 Contas ( 7 Pretas seguidas de 7 Vermelhas). 

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Mais características

ExusPomba-girasExusHomenagem ao Exu Veludo(Representando todos os Exus de Umbanda) 

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Meu amigo, meu enigma, minha curiosidade!

Por vezes estamos num diálogo amistoso de verdadeiras descobertas; entretanto, um de nós é perdedor – eu.

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Cavaleiro imperioso e requintado, te apresentas aos meus olhos, alegre, forte, másculo, com sorriso franco, sarcástico e, por vezes, com uma irônica maldade, rápida e sagaz.

Desvendas as misteriosas cortinas do mundo; és atuante em todas as situações. Tiraz de mim a inércia, o desânimo, e fazes com que eu veja o mundo, aqui deste lado da Terra, bem melhor.

Na presença de tua vibração, escuto as melodias tangerem até mesmo as cordas do meu coração; dás-me a energia para a luta e envolves-me em tua capa contra os perigosos inimigos. Com teu sabre, agilmente cortas os empecílhos; com tua sabedoria, ceifas minha ingenuidade.Saravá, Exu Veludo!”— Babalorixá Paulo Newton de Almeida

 

 

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Algumas caracteristicas da Vibração dos Exus

HábitatEncruzilhadas de Terra, Cemitério, Ambientes da NaturezaSincretismoNão háVibraçãoProteção, guardaAtuaçãoAjuda materialParte do CorpoPés e MãosEssênciasCanela (exus de encruzilhada), Cedro (exus de Calunga)PedrasÁgata ( Exus das Encruzilhadas), Ônix ( Exus da Calunga)MetalFerro, aço (Exus das encruzilhadas); Mercúrio ( Exus da Calunga)FloresCravos diversosBanhos de descarregoCanela (exus de encuzilhada), Cedro (exus de Calunga)LibaçãoAguardente, Rum, Wisque, GraspaImantaçãoExistem diversas, porém a mais comum é o Padé ou Ebó completo, normalmente à base de farinha de mandioca misturada ao Azeite de Dendê. 

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