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A BELLE ÉPOQUE PARTE II- O LADO QUE NINGUÉM QUER VER! Prostitutas, mendigos, favelas, nacionalismo, revanchismo...

Belle époque parte ii_3º ano

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A BELLE ÉPOQUE PARTE II- O LADO

QUE NINGUÉM QUER VER!Prostitutas, mendigos, favelas, nacionalismo, revanchismo...

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Mulheres na Belle époque-Jovens da eliteEntre as jovens da elite, as missas deixavam de ser o entretenimento principal e a frequência aos passeios públicos, confeitarias, teatros, cinemas e clubes, assim como as novas práticas esportivas e a própria inserção no mercado de trabalho, seja enquanto estudantes, seja enquanto normalistas, professoras ou meras consumidoras, davam-lhes maior visibilidade. As revistas do começo do século destinavam várias seções à observação dos trajes vestidos pelas moças por ocasião de sua presença nos cinemas e teatros, a exemplo de O Pirralho, A Cigarra, A Vida Moderna ou A Mensageira. Os educadores aconselhavam a leitura de romances leves que formassem o caráter delicado da jovem , afastando-a dos temas quentes e picantes.

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Mulheres na Belle époque-Jovens operarias

Entre as mais pobres, sua presença maciça enquanto operárias nas fábricas, a exemplo da tecelagem, fez com que anarquistas e socialistas alertassem contra as ameaças de sedução dos contramestres e patrões e lutassem pelos direitos trabalhistas da mulher. Preocupados com a moralidade das moças, os libertários definiram um discurso normativo que condenava a prostituição e muitas práticas de lazer, como o carnaval e os bailes, considerados imorais e desviantes.

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Prostituição• As casas de prostituição cresceram nos

grandes centros urbanos para atender aos grandes latifundiários, empresários, banqueiros, juízes, militares de alta patente.

• No Brasil a perversidade da desigualdade social na Belle Époque chegou ao ponto de importar até mesmo as prostitutas (francesinhas, mademoiselles, polacas, etc.) porque as putas caboclas, índias e nordestinas (marafonas, mariposas, patuscas, mulheres de vida fácil) não eram dignas de saciar a sodomia dos ricaços..

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A pobreza• Nos bastidores sem charme a vida era marcada por uma perversa exclusão social, com os pobres morando na periferia onde nunca chegou iluminação pública, água encanada, trilho de bonde, logradouros públicos bem cuidados, ruas arborizadas e calçadas, etc.

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Mendigos e crianças de rua• No meio a opulência da Belle Époque cresceu o numero de moradores de rua que não conseguiam trabalho nas fábricas

• As crianças que tinham que sobreviver carregavam compras para as madames, engraxavam sapatos, roubavam, mendigavam.

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Favelas no rio de janeiro• O projeto de urbanização do Rio de

Janeiro, liderado pelo então prefeito Pereira Passos, tirou os cortiços do centro do Rio de Janeiro e mandou a população mais humilde para os morros.

• A população trabalhadora mais pobre, expulsa de suas casas no centro, foi obrigada a ir morar nos morros para permanecer relativamente próxima do trabalho.

• Surgiram as favelas.Imagem da operação “Bota abaixo” de Pereira Passos

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Conflitos Imperialistas• A Grã Bretanha foi perdendo a

supremacia econômica mundial para o rápido crescimento da Alemanha, o que originou uma intensa rivalidade anglo germânica. A França nutria um sentimento de revanchismo por ter perdido ricas regiões da Alsácia Lorena para a Alemanha na Guerra Franco Prussiana em 1870. A disputa por colônias entre os três paises era intensa.

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Politica de Alianças• Por meio de acordos econômicos , políticos e militares, dois blocos opostos foram criados: A Tríplice Aliança formada pela Alemanha, Áustria-Hungria e Itália e a Tríplice Entente que reunia França, Rússia e Grã- Bretanha

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Corrida Armamentista• Os anos anteriores à eclosão da guerra, em 1914, receberam o nome de Paz Armada porque a indústria bélica na Europa aumentou consideravelmente os seus recursos, produzindo novas tecnologias para a Guerra. Além disso, quase todas as nações europeias adotaram o serviço militar obrigatório, incentivando assim o sentimento nacionalista e militarista.

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Nacionalismo

• Criado como identidade de povos durante o século XIX, o nacionalismo foi utilizado como forma de persuasão das massas populares para os desejos expansionistas dos governantes de Impérios e demais países. O discurso da necessidade do cidadão civil em se alistar no exército para defender sua nação e pátria foi um recurso utilizado como forma de ampliar o contingente dos exércitos. Além disso, o discurso nacionalista serviu para fomentar a expansão territorial de alguns estados, situação que era apresentada como necessária para unir povos. Nesse sentido que surgiram alguns grandes movimentos nacionalistas que iriam influir na I Guerra Mundial.

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Patriotismo• Patriotismo, do grego patriotes (patrício), é

o sentimento de orgulho, amor[,devolução e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão, mitos históricos, riquezas naturais, e patrimônios materiais e imaterial) . É razão do amor dos que querem servir o seu país e ser solidário com os seus compatriotas .

• Ao longo da história, o amor à pátria vinha sendo considerado um simples apego ao solo. Tal noção mudou no século XVIII, que passou a assimilar noções de costumes e tradições, o orgulho da própria história e a devoção ao seu bem-estar .

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Nacionalismo x patriotismo• O nacionalismo é utilizado como sinônimo de

patriotismo .Porém, podemos dizer que o nacionalismo é considerado uma ideologia ou um idealismo que leva as pessoas a serem patriotas.

• Ser um nacionalista não implica algum ponto de vista político particular, à exceção de uma opinião da nação como um princípio organizado fundamentalmente na política.

• Agora, ser um patriota implica fazer algo de bom pelo seu país ou nação.

• O historiador Lord Acton, afirmou que patriotismo prende-se com os deveres morais que temos para com a comunidade política

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Grande sérvia• O primeiro que se pode referir é o plano

da Grande Sérvia, que consistia em estender a jurisdição sérvia sobre os povos da região dos Balcãs, no centro da Europa, utilizando a afirmação da necessidade de autonomia dessa etnia em relação aos impérios que controlavam a região. O objetivo era unir os povos sérvios, e se iniciou depois que a Sérvia se libertou do domínio do Império Turco em 1878. Essa proposta iria levar à eclosão da guerra dos Balcãs em 1912-1913, acirrando os sentimentos nacionalistas contra a dominação do Império Austro-húngaro na região. O resultado disso foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, dando motivos para o início da I Guerra Mundial.

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Pan-eslavismo• A própria entrada da Rússia nesse conflito

estava ligada a pretensões expansionistas baseadas no nacionalismo. A Grande Sérvia era uma vertente do Pan-eslavismo, política defendida pela Rússia. Como os sérvios declararam guerra ao Império Austro-húngaro, o czar russo, Nicolau II, decidiu intervir no conflito para ajudar os sérvios, que são de etnia eslava como os russos. Mas o objetivo real do czar era a expansão de Império e o controle da região balcânica. Essa expansão russa estava alicerçada no pan-eslavismo, uma tentativa de unir todos os povos eslavos sob o manto da santa mãe Rússia.

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Pangermanismo• Entretanto, havia outros interessados na

região, que utilizavam do mesmo discurso nacionalista para dominar os territórios. Um grupo de alemães nacionalistas havia constituído o pangermanismo, movimento originário da Liga Pangermânica, de 1895, que preconizava a expansão do Império Alemão, com a anexação de todos os territórios habitados por povos de origem germânica na Europa Central. Esse discurso do pangermanismo foi um dos argumentos utilizados pelo kaiser Guilherme II para a participação da Alemanha na I Guerra Mundial, fundamentando assim sua política expansionista.

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Revanchismo francês• Nessa intrincada teia de sentimentos nacionais historicamente criados e politicamente utilizados surgiu o revanchismo francês contra os alemães. Na guerra Franco-Prussiana de 1870-1871, os prussianos (originários da Prússia, reino que conduziria a unificação alemã) venceram os franceses e anexaram ao seu território a rica região da Alsácia-Lorena. Essa perda alimentou dentro da França um sentimento de revanche contra os germânicos por parte dos nacionalistas franceses.