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La réalité / Le réel – Signe – Structure – Sublimation – Sujet - Symbolique A realidade/O Real – Signo – Estrutura – Sublimação – Sujeito - Simbólico La réalité - Le réel * On aurait bien tort de se faire étroitement doctrinaire sur ce point et de vouloir que le mot de Réel ait un sens unique et bien déterminé chez Lacan; d'abord, il a une histoire au sein même de son œuvre, puisque dès 1936, suivant en cela le philosophe des sciences E. Meyerson, il utilise le terme de réel au substantif et il y recourra, certes comme à un concept décisif jusqu'à la fin de sa vie, mais tout en gardant, à chaque étape, une pluralité de sens. Tant que Lacan est hégélien ou se croit tel, il admet et répète que « tout ce qui est réel est rationnel » [Écrits, 226]. Toutefois, dès 1953, lorsque Lacan oppose le Réel aux deux autres ordres que sont le Symbolique et l'Imaginaire, le Réel prend un sens différent; d'abord, il ne fait pas que s'opposer à l'Imaginaire; il est aussi ce qui se tient au-delà du Symbolique. Il peut bien aimanter le Symbolique et n'être appréhendé que par l'intermédiaire du Symbolique [SIl, 122] aucun symbole ne peut s'ajuster à lui. Tandis que le Symbolique est composé de termes qui s'opposent les uns aux autres, selon un jeu de présence et d'absence, « il n'y a pas d'absence dans le réel» «il n'y a d'absence que si vous suggérez qu'il peut y avoir une présence là où il n'y en a pas» [SII, 359]. Tandis que l'opposition de l'absence et de la présence implique la possibilité permanente que quelque chose manque dans l'ordre symbolique, le Réel, « c'est quelque chose qu'on retrouve à la même place, qu'on n'ait pas été là ou qu'on y ait toujours été» [SII, 342]. À la différence du Symbolique, qui est l'ordre de « ce qui peut changer de place », « pour le réel, quelque bouleversement qu'on puisse y apporter, il y est toujours et en tout cas, à sa place, il l'emporte collée à sa semelle, sans rien connaître qui puisse l'exiler» [Écrits, 25]. ** Tandis que le Symbolique est un ensemble d'éléments A realidade – O real * Estaríamos muito errados nos mantendo rigorosamente doutrinários quanto a este ponto e querer que a palavra real tenha um sentido único e bem definido em Lacan; em primeiro lugar, há uma história, bem dentro de, entranhada em sua obra, uma vez que desde 1936, seguindo neste ponto o filósofo das ciências Emile Meyerson, que emprega o termo real como substantivo e vai recorrer a ele certamente como um conceito crucial até o fim de sua vida, mas sempre mantendo a cada etapa inúmeros sentidos. Contanto que, Desde que, Enquanto Lacan é ou acredita ser hegeliano, admite e repete que "tudo o que é real é racional" [Escritos, 226]. No entanto, a partir de 1953, quando Lacan contrapõe o Real às outras duas ordens que são o Simbólico e o Imaginário, o Real ganha um significado diferente; em primeiro lugar, ele não só opõem ao Imaginário, e é também aquilo que se mantém, fica além do Simbólico. Ele pode atrair, magnetizar (imantar) o Simbólico e ser apreendido somente através do Simbólico [SIL 122], símbolo algum o exprime (pode combinar com ele, se ajustar a ele). Enquanto o Simbólico é composto por termos que se opõem uns aos outros em um jogo de presença e ausência, "no real não há ausência", "só existe ausência se você pensar, se sugestionar que possa haver uma presença onde ela não existe” [SII, 359]. Enquanto a contraposição entre ausência e presença implica a possibilidade permanente de que algo esteja faltando, falte na ordem simbólica, o Real, "é algo que encontramos no mesmo lugar, que nunca existiu, não tenha existido (não estava presente), ou que sempre existiu (esteve presente)"[SII, 342]. Ao contrário do Simbólico, que é [a ordem] "aquilo que pode trocar, mudar de lugar", “para o real, qualquer perturbação, transtorno que possamos provocar, está sempre e de qualquer modo (em qualquer caso) em seu lugar, ele o acompanha em todos os seus passos (prevalece grudado, colado em sua sola [semelle: sola]), sem saber o que fazer para (sem qualquer coisa que possa) afastá-lo, bani-lo (o exilar)" [Escritos, 25]. ** Enquanto o Simbólico é um conjunto de elementos

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La réalité / Le réel – Signe – Structure – Sublimation – Sujet - Symbolique A realidade/O Real – Signo – Estrutura – Sublimação – Sujeito - Simbólico

La réalité - Le réel* On aurait bien tort de se faire étroitement doctrinaire sur ce point et de vouloir que le mot de Réel ait un sens unique et bien déterminé chez Lacan; d'abord, il a une histoire au sein même de son œuvre, puisque dès 1936, suivant en cela le philosophe des sciences E. Meyerson, il utilise le terme de réel au substantif et il y recourra, certes comme à un concept décisif jusqu'à la fin de sa vie, mais tout en gardant, à chaque étape, une pluralité de sens.

Tant que Lacan est hégélien ou se croit tel, il admet et répète que « tout ce qui est réel est rationnel » [Écrits, 226]. Toutefois, dès 1953, lorsque Lacan oppose le Réel aux deux autres ordres que sont le Symbolique et l'Imaginaire, le Réel prend un sens différent; d'abord, il ne fait pas que s'opposer à l'Imaginaire; il est aussi ce qui se tient au-delà du Symbolique. Il peut bien aimanter le Symbolique et n'être appréhendé que par l'intermédiaire du Symbolique [SIl, 122] aucun symbole ne peut s'ajuster à lui. Tandis que le Symbolique est composé de termes qui s'opposent les uns aux autres, selon un jeu de présence et d'absence, « il n'y a pas d'absence dans le réel» «il n'y a d'absence que si vous suggérez qu'il peut y avoir une présence là où il n'y en a pas» [SII, 359]. Tandis que l'opposition de l'absence et de la présence implique la possibilité permanente que quelque chose manque dans l'ordre symbolique, le Réel, « c'est quelque chose qu'on retrouve à la même place, qu'on n'ait pas été là ou qu'on y ait toujours été» [SII, 342].

À la différence du Symbolique, qui est l'ordre de « ce qui peut changer de place », « pour le réel, quelque bouleversement qu'on puisse y apporter, il y est toujours et en tout cas, à sa place, il l'emporte collée à sa semelle, sans rien connaître qui puisse l'exiler» [Écrits, 25].

** Tandis que le Symbolique est un ensemble d'éléments discrets et différenciés, le Réel est, en lui-même, indifférencié. «Le réel est absolument sans fissure» [SII, 122]. Il ne connaît même pas la différenciation de l'intérieur et de l'extérieur -« cette distinction n'a pas de sens au niveau du réel» [II, 122]. C'est le Symbolique qui introduit toutes sortes de coupures dans le réel. Ainsi l'objet est le produit du Symbolique. C'est dans un esprit berkeleyeien, d'ailleurs revendiqué sur l'un des points les plus subtils défendus par l'évêque de Cloyne [SXX, 130], que Lacan déclare «C'est le monde des mots qui crée le monde des choses, d'abord confondues dans l' hic et nunc du tout en devenir» [Écrits, 276].

*** Par sa triade (réel-imaginaire-symbolique), Lacan déplace ainsi considérablement les analyses classiques et phénoménologiques qui imposent la distinction sujet-objet. La triade lacanienne (Réel-Imaginaire-Symbolique) modifie cette façon de penser et se substitue avantageusement à elle à partir de 1953, sans se contenter de la critiquer.

A realidade – O real * Estaríamos muito errados nos mantendo rigorosamente doutrinários quanto a este ponto e querer que a palavra real tenha um sentido único e bem definido em Lacan; em primeiro lugar, há uma história, bem dentro de, entranhada em sua obra, uma vez que desde 1936, seguindo neste ponto o filósofo das ciências Emile Meyerson, que emprega o termo real como substantivo e vai recorrer a ele certamente como um conceito crucial até o fim de sua vida, mas sempre mantendo a cada etapa inúmeros sentidos.Contanto que, Desde que, Enquanto Lacan é ou acredita ser hegeliano, admite e repete que "tudo o que é real é racional" [Escritos, 226]. No entanto, a partir de 1953, quando Lacan contrapõe o Real às outras duas ordens que são o Simbólico e o Imaginário, o Real ganha um significado diferente; em primeiro lugar, ele não só opõem ao Imaginário, e é também aquilo que se mantém, fica além do Simbólico. Ele pode atrair, magnetizar (imantar) o Simbólico e ser apreendido somente através do Simbólico [SIL 122], símbolo algum o exprime (pode combinar com ele, se ajustar a ele). Enquanto o Simbólico é composto por termos que se opõem uns aos outros em um jogo de presença e ausência, "no real não há ausência", "só existe ausência se você pensar, se sugestionar que possa haver uma presença onde ela não existe” [SII, 359]. Enquanto a contraposição entre ausência e presença implica a possibilidade permanente de que algo esteja faltando, falte na ordem simbólica, o Real, "é algo que encontramos no mesmo lugar, que nunca existiu, não tenha existido (não estava presente), ou que sempre existiu (esteve presente)"[SII, 342]. Ao contrário do Simbólico, que é [a ordem] "aquilo que pode trocar, mudar de lugar", “para o real, qualquer perturbação, transtorno que possamos provocar, está sempre e de qualquer modo (em qualquer caso) em seu lugar, ele o acompanha em todos os seus passos (prevalece grudado, colado em sua sola [semelle: sola]), sem saber o que fazer para (sem qualquer coisa que possa) afastá-lo, bani-lo (o exilar)" [Escritos, 25]. ** Enquanto o Simbólico é um conjunto de elementos discretos e diferenciados, o Real é, em si, não-diferenciado. "O real não tem qualquer brecha (é absolutamente sem rachadura, sem fissura)" [SII, 122]. Ele sequer conhece a diferença entre o dentro e o fora - "esta distinção não faz sentido no real" [II, 122]. Este é o simbólico que introduz todo tipo de corte, seccionamento no real. Assim o objeto é o produto do Simbólico. Ele está no espírito de Berkeley, também afirmou em um dos melhores pontos defendidos pelo bispo de Cloyne [SXX, 130], como diz Lacan, "Este é o mundo das palavras que cria o mundo coisas, primeiro confusos no hic et nunc todos tornar-se " [Escritos, 276]. *** Ele substitui assim consideravelmente as análises clássicas e fenomenológicas que impõem a distinção sujeito-objeto que exigem a distinção sujeito-objeto. A tríade lacaniana (Real-Imaginário-Simbólico) modifica a forma de pensar com vantagens em 1953, sem se contentar de criticá-las.

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Le Réel est ce qui résiste absolument à la symbolisation ou, en se référant aux Écrits, « il est le domaine de ce qui subsiste hors de la symbolisation» [p. 388]. Quand bien même Lacan poserait que le Réel est constitué par « l'expulsion hors du sujet» [Écrits, 388], il ne faudrait toutefois pas confondre le Réel avec le monde extérieur.Lacan présente le Réel comme « bruit où l'on peut tout entendre, et prêt à submerger de ses éclats ce que le principe de réalité y construit sous le nom de monde extérieur ». Dès lors, on comprend pourquoi la notion de Réel va évoluer dans le sens d'impossible. Le Réel, c'est l'impossible, dit le livre XI du Séminaire, parce qu'il est impossible à imaginer, à intégrer dans l'ordre du Symbolique, à atteindre d'une façon ou d'une autre.Déjà, dans le livre VII du Séminaire, Lacan avait rendu hommage à Kant pour avoir donné comme horizon à l'éthique, non pas la menue monnaie des symboles et des devoirs, mais l'impossible réalisation de la loi. Voulant faire partir l'éthique du Réel, Lacan ne fait pourtant pas une éthique empirique; loin de là alors que Kant avait opposé le devoir-être, impossible à réaliser, à la réalité empirique du désir, Lacan se retrouve du côté de Kant pour tendre le désir tel qu'il le conçoit vers l'impossible et reverser le formalisme kantien au bénéfice de sa propre éthique du désir.Il faut toutefois reconnaître l'équivoque de ce qu'il appelle le Réel, d'autant que, situé par-delà les symboles, aimantant l'éthique du désir, il est aussi au principe d'un matérialisme lacanien, qui n'est pas sans ressembler au matérialisme de Bentham «Le sens, personne ne s'en occupe. Voilà qui souligne bien ce fait sur lequel je mets l'accent, et qu'on oublie toujours, à savoir que le langage, ce langage qui est l'instrument de la parole, est quelque chose de matériel » [SII, 105]. Le substrat matériel du Symbolique et de l'Imaginaire est moins la réalité biologique, encore qu'elle le soit parfois, que celle du langage.De manière générale, même si le vocabulaire de Lacan est, sur ce point, assez fluctuant, il ne faut pas confondre le Réel avec la réalité du «principe de réalité»; «le principe de réalité est en général introduit par cette simple remarque qu'à trop chercher son plaisir, il arrive toutes sortes d'accidents. [...]On nous dit que le principe de plaisir s'oppose au principe de réalité. Dans la perspective qui est la nôtre, cela prend évidemment un autre sens. Le principe de réalité consiste en ce que le jeu dure, c'est-à-dire que le plaisir se renouvelle, que le combat ne finisse pas faute de combattants. Le principe de réalité consiste à nous ménager nos plaisirs, ces plaisirs dont la tendance est précisément d'arriver à la cessation» [SIl, 107].Voir Désir, principe de plaisir, signe, Symbolique.

O real é o que resiste em termos absolutos à simbolização ou, tendo por referência (se referindo aos) Escritos, "ele é o domínio do que subsiste fora da simbolização" [p. 388]. Lacan iria até mesmo postular, argumentar, colocar que o Real é constituído pela "expulsão fora do sujeito" [Escritos, 388], não deveria, contudo, ser confundido com o mundo exterior.Lacan apresenta o Real como "ruído, som (rumor, boato) em que podemos tudo entender, e prestes a recouvrir complètement, engloutir, inonder, accabler par le poids, l'abondance, la violence de quelque chose. sua detonação, seus estardalhaço, seus estilhaços 1. estilhaço; pedaço; fragmento; lasca; 2. barulho; ribombar do trovão 3. figurado escândalo; 4. claridade; brilho; 5. vigor; 6. magnificência; luxo) que o princípio de realidade construiu como (sob o nome de) mundo exterior." Daí, podemos entender por que o conceito de Real vai evoluir para o sentido de impossível. O Real é o impossível, diz o livro XI Seminário, porque é impossível de imaginar, de ser integrado na ordem do Simbólico, de alcançar de uma forma ou de outra.Já no livro VII do Seminário, Lacan elogiara (homenageara, tinha homenageado : 3ª. pers.sing. Ind. plus-q-parf loc.verbal rendre hommage à: elogiar, prestar homenagem, homenagear) Kant por ter acenado com o horizonte para a ética, não como trocado, troco de símbolos e de deveres, mas não a impossível efetivação da lei, do direito. Querendo construir a ética a partir do Real, Lacan ainda não faz uma ética empírica; aliás, longe disso, uma vez que Kant contrapusera (3ª. pers.sing. Ind. plus-q-parf. opposer à: objecter, mettre en contraste) o dever ser, impossível de realizar, à realidade empírica do desejo, Lacan se põe do lado de Kant em vista de o desejo pender, como ele o concebe, para impossível e em vista de o formalismo kantiana reverter em favor de sua própria ética do desejo.No entanto, temos de reconhecer a ambivalência, ambiguidade do que ele chama de Real, especialmente quando situado além símbolos, magnetizando a ética do desejo, ele também é o princípio de um materialismo lacaniano, que é e não ao contrário do materialismo de Bentham em “Ninguém se importa com o sentido ". Eis o que bem realça o fato que eu enfatizo, e de que sempre nos esquecemos, a saber, qual seja, a linguagem, esta linguagem que é o instrumento da fala, é algo de material "[SII, 105]. O substrato material do Simbólico e do Imaginário é menos uma realidade biológica, ainda que ela o seja às vezes, do que a [uma realidade] da linguagem.Em geral, Geralmente, De maneira geral, mesmo que o vocabulário de Lacan sobre este ponto varie muito, seja muito oscilante, flutuante, não deve se confundir o Real com a realidade do "princípio de realidade"; o "princípio de realidade é geralmente introduzido pela simples observação de que de tanto buscar o prazer, acontece (impersonnel: exprime une action sans relation avec un sujet déterminé) todo tipo de acidente. [...] Diz-nos que o princípio do prazer se contrapõe ao princípio de realidade. Do ponto de vista, que é o nosso, isto assume evidentemente um outro sentido. O princípio da realidade tem consistência na medida em que, reside no fato de que o jogo dura, quer dizer que o prazer se renova, a luta, o combate não termina por falta de lutadores, combatentes. O princípio de realidade consiste em controlar, moderar nossos prazeres, esses prazeres cuja tendência é exatamente chegar ao fim"[Sil, 107].Ver Desejo, Princípio do Prazer, sinal, simbólico.

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Signe* Lacan doit, en grande partie, sa théorie du signe à Saussure, qui tenait, comme on sait, le signe pour l'association résultant d'un signifiant (image acoustique) et d'un signifié (concept) et le représentait sous la forme d'un rapport dont le signifiant est le dénominateur et le signifié, le numérateur. Toutefois cette présentation par Saussure du signe isolé ne correspondait guère à l'essentiel de son enseignement en linguistique, puisque le signe n'existe que par différence avec d'autres signes, en dépit de l'illusion que nous avons spontanément selon laquelle le signe ne peut guère tirer son sens que de son renvoi à des choses hors de lui. La dénonciation de cette illusion permanente, Lacan a pu la trouver chez Bentham, qui tenait la proposition pour plus fondamentale que le mot et qui, du coup, désolidarisait le mot de la chose.Pour comprendre l'usage très particulier qu'il fait du Cours de linguistique générale, il faut partir de cette illusion de transcendance que donnent les mots et de sa dénonciation. L'illusion que nous avons du sens des mots se rattachant à des choses est liée au fondement de la différenciation des signes les uns par rapport aux autres dans le système de la langue. Cette illusion est l'indication d'une illusion plus générale qui me fait attribuer faussement du sens à ce qui fonctionne en moi, en croyant que ce sont les situations et les choses qui me l'imposent; elle implique, pour être comprise dans toute son étendue, un certain nombre d'inflexions de la doctrine du linguiste genevois, dont Freud ne se sert jamais, mais dont l'usage va néanmoins permettre la lecture originale que Lacan fait de Freud. On peut faire l'inventaire de ces déplacements.D'abord, l'opposition majeure n'est pas celle du signifiant et du signifié, mais celle du signe (qui représente quelque chose pour quelqu'un) [SXI, 231] au signifiant (qui représente un sujet pour un autre sujet) [SXI, 232]. Le signifié est un effet, plus imaginaire que symbolique, de la structure des signifiants. Dès lors, la langue est moins un système de signes, comme l'avait définie Saussure, qu'un système de signifiants. Les signifiants sont les unités de base du langage parce qu'ils sont sujets à la double condition d'être réductibles aux éléments ultimes différentiels et de se combiner selon les lois d'un ordre clos [SIV, 289]. Il existe, chez Lacan, un primat du signifiant sur le signifié qui n'existait pas chez Saussure [Écrits, 467]. Ainsi Lacan, tout en rendant hommage à Saussure pour sa formalisation, renverse le fameux rapport du signifié et du signifiant et demande qu'on lise « S/s comme signifiant sur signifié, le sur répondant à la barre qui sépare les deux étapes» [Écrits, 497]. Le jeu de flèches par lequel Saussure représentait le lien entre l'image acoustique et le concept n'a plus lieu d'être, tant il est devenu précaire et glissant le signifié a perdu toute autonomie par rapport au signifiant alors que, par une plaisante inversion, on a tendance à lui accorder l'intégralité du sens. « Le signifiant entre en fait dans le signifié» [Écrits, 500].

Signo* Lacan deve em grande parte a sua teoria do signo a Saussure, que considerava, tinha, como sabemos, o signo como a associação resultante de um significante (imagem acústica) e de um significado (conceito) e o representava sob a forma de uma relação cujo “denominador” é o significante e o “numerador” o significado. No entanto, esta apresentação por Saussure do signo isolado pouco correspondeu à essência, ao essencial de seu ensino de lingüística, uma vez que o signo só existe pela sua diferença com outros sinais, apesar da ilusão de que temos espontaneamente que o signo dificilmente pode extrair, obter seu sentido senão de sua remissão a coisas fora dele. A denúncia da ilusão permanente, Lacan conseguiu encontrar em Bentham, que considerou a proposição mais fundamental do que a palavra e, por isso, dissociaria a palavra da coisa.Para compreender o uso muito particular que ele faz do Curso de Linguística Geral, deve-se partir desta ilusão de transcendência que as palavras e sua exposição. denúnciação dão. A ilusão de que temos o sentido das palavras que estão relacionadas, se relacionam às coisas está ligada ao fundamento da diferenciação de sinais de uns em relação aos outros no sistema da língua. Esta ilusão é a indicação de uma ilusão mais geral que me faz atribuir falsamente sentido ao que funciona em mim, acreditando que estas são as situações e coisas que elas me impõem; ela implica significa ser compreendido em toda sua extensão, um certo número de inflexões da doutrina do linguista de Genebra, nunca empregada por Freud, mas cuja utilização ainda permitirá a leitura original de Freud feita por Lacan. Podemos fazer um inventário dessas mudanças, movimentos (deslocamentos, substituições).Em primeiro lugar, a principal oposição não é a do significante ao significado, mas a do signo (que representa alguma coisa para alguém) [SXI, 231]o significante (o que representa um sujeito para um outro sujeito) [SXI, 232]. O significado é um efeito, mais imaginário do que simbólico, da estrutura de significantes. Daí, Então, a língua é menos um sistema de signos, como foi definido Saussure, do que um sistema de significantes. Os significantes são as unidades básicas da língua, porque eles estão sujeitos à dupla condição de serem redutíveis aos elementos diferenciais últimos e de se combinarem de acordo com as leis de uma ordem fechada [SIV, 289]. Com Lacan existe uma primazia do significante sobre o significado que não existia em Saussure [Escritos, 467]. Assim, Lacan, ao homenagear Saussure por sua formalização, inverte a famosa relação do significado e significante e pede que se leia “S/s como significante sobre significado fazendo corresponder à barra o que separa as duas etapas” [Escritos 497]. O jogo de setas com que Saussure representava o elo entre a imagem acústica e conceito já não tinha cabimento, não cabia, uma vez que o significado tornou-se precário e escorregadio ao perder toda autonomia mcom relação ao significante quando, em uma divertida inversão, tendemos a atribuir sentido pleno, integral. " O significante entra de fato no significado " [Escritos, 500].

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Le signifié accompagne le signifiant de la façon la plus flottante et il ne saurait constituer la raison du signifiant comme le signifiant donne la raison du signifié [Écrits, 502-503]. Il est impossible, dans une psychanalyse, de s'en tenir au signifié; la signification est imaginaire; elle est la production et le jouet de l'engrenage symbolique « le signifiant a pour effet, dans le langage, le signifié» [SXI, 278].C'est dans ce sens et dans la mesure où « le signifiant n'est pas immatériel» [Écrits, 500, 301], que l'on peut parler d'un matérialisme de Lacan, revendiqué par l'auteur d'ailleurs.En forgeant les concepts de signifiant et de signifié, Saussure entendait rendre compte strictement du signe linguistique; il avait conscience que la linguistique n'était qu'une région du domaine plus étendu d'une science qui étudierait, plus généralement la vie des signes, la sémiologie. Or, chez Lacan, cet appareillage, réinterprété comme nous l'avons vu, permet une généralisation prodigieuse ce ne sont pas, seules, les images acoustiques ou les traces sur le papier qui peuvent devenir des signifiants; tout ce qui est susceptible d'entrer dans un système clos et de s'y comporter différentiellement peut devenir signifiant «objet, relation, actes symptomatiques» [SIV, 289]. Sans doute est-ce par le langage que les signifiants sont les mieux suivis à la trace, mais les signifiants dont parle Lacan ne sont ni exclusivement ni essentiellement linguistiques. Toute représentation peut prendre le statut de signifiant; c'est ainsi que les objets du désir, qui nous paraissent être ce qui l'aimante, sont en réalité tramés par des représentations d'une « chaîne signifiante» qui fait que le sujet ne cesse de tourner dans les mêmes cycles sans s'en apercevoir; puis, peut-être, en s'en apercevant; enfin, en essayant, sinon d'échapper au processus circulaire, du moins d'augmenter un peu le rayon des cercles.** Cela ne veut évidemment pas dire que le désir, ou tout autre acte et mouvement psychique d'ailleurs, est langage; il s'agit plutôt là d'une position de méthode, soulignée par Lacan, qui insiste sur la révolution introduite dans les sciences de son temps par la linguistique [Écrits, 496-497]. Mais les signifiants et leur chaîne ne sont pas non plus de simples représentations méthodiques, comme peuvent l'être les fictions topologiques de l'auteur. Ils ont une «réelle» consistance dans le psychisme dont ils constituent la nature; ce qui ne veut pas dire qu'ils signifient quelque chose par eux-mêmes, sans leur opposition aux autres «Tout signifiant est, comme tel, un signifiant qui ne signifie rien» [SIII, 210]. Mais l'ordre symbolique n'épuise pas la réalité des choses et du psychisme, de ce que Lacan appelle le Réel c'est même par l'ordre symbolique qu'apparaît partout, dans les choses, ce vide qu'il faut gérer, se dissimuler, créer, recréer, en prenant interminablement, indéfiniment, toutes sortes de figures, toutes sortes de formes subjectives. D'ailleurs, lorsque Lacan parle de « chaîne signifiante », on est en réalité loin du modèle saussurien quand bien même la langue évolue historiquement chez Saussure, elle ne laisse pas de se comporter globalement, à chaque moment du temps, comme un système clos. Or comment serait-ce le cas de la chaîne signifiante, qui tourne sur elle-même sans doute, mais reste ouverte à chaque instant pour laisser des éléments nouveaux s'y adjoindre, en une suite indéfinie, dont la raison pourtant demeure d'une étonnante stabilité?Voir Barre, désir, Imaginaire, Réel, structure, sujet, Symbolique.

O significante acompanha o significado da forma mais flutuante e não poderia constituir a razão do significante como o significante dá a razão do significado [Escritos, 502-503]. É impossível, na psicanálise, se limitar, se restringir ao significado; a significação é imaginário; é a produção e o jogo de engrenagens do simbólico “o significante tem por efeito, na linguagem, o significado” [SXI, 278].É neste sentido e na medida em que "o significante não é imaterial" [Escritos, 500, 301], podemos falar do materialismo Lacan reivindicado pelo autor em outras oportunidades, outros textos (em outro lugar, alhures). Ao elaborar, forjar os conceitos de significante e de significado, Saussure entendia estar detalhando, dando conta da especificidade do signo lingüístico; ele tinha consciência de que a linguística era apenas uma parte do campo mais extenso de uma ciência que iria estudar de forma mais geral a vida dos signos, a semiologia. No entanto, para Lacan este aparelho, reinterpretado como vimos, permite uma tremenda generalização não apenas imagens acústicas ou traços sobre papel que podem se tornar significantes; tudo o que é capaz de se inserir, ser inserido em um sistema fechado e não de se comportar de modo diferenciado pode se tornar um significante "objeto, relação, atos sintomáticos" [SIV, 289]. Sem dúvida, essa é a linguagem que os significantes são melhores se os indícios forem seguidos, mas os significantes de que Lacan fala não são nem exclusivos, nem essecialmente linguísticos. Qualquer representação pode assumir o status de significante; é assim que os objetos de desejo, que parecem ser o que os atrai, imanta, são na realidade engendrados (tramados) pelas representações de uma " cadeia significante ", que é o sujeito não pare de (continue a) girar nos mesmos ciclos sem se dar conta, sem se aperceber; enfim, tentando, senão de escapar do círculo vicioso, do processo circular, pelo menos aumentando um pouco o raio dos círculos.** Isto, evidentemente, não significa (não quer dizer) que o desejo, ou qualquer outro ato e movimento psíquico, aliás, seja linguagem; pelo contrário, é uma posição de método, enfatizada por Lacan, que insiste na a revolução introduzida nas ciências de seu tempo pela linguagem [Escritos, 496-497]. Mas os significantes e sua cadeia também não são simples representações metodológicas como podem sê-lo as ficções topológicas do autor. Eles têm uma consistência "real" na psiquismo cuja natureza eles consitituem; o que não significa que eles significam algo por si só, sem a sua oposição aos outros "Todo significante é como tal um significante que não significando nada" [SIII, 210]. Mas a ordem simbólica não esgota a realidade das coisas e do psiquismo do que Lacan chama o Real é ainda a ordem simbólica que aparece em todos os lugares, nas coisas, este vazio que devem ser gerenciados, ser dissimulado, criar, recriar, assumindo sem parar, indefinidamente, todo tipo de representação (figura), todo tipo de forma subjetiva. Aliás, quando Lacan fala de "cadeia significante ", estamos na realidade longe do modelo de Saussure, até porque, mesmo porque a língua evolui historicamente segundo o modelo Saussure, não deixa de reagir, se comportar amplamente, extensamente, o tempo todo, a cada instante, a cada momento, como um sistema fechado. Mas o que aconteceria se, como seria se a cadeia significante, que, sem dúvida, gira em torno de si mesma, mas permanece aberta a todo instante para permitir que elementos novos sejam, em uma série indefinida, cuja razão, portanto, resulta de uma surpreendentemente estabilidade?

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La réalité / Le réel – Signe – Structure – Sublimation – Sujet - Symbolique A realidade/O Real – Signo – Estrutura – Sublimação – Sujeito - Simbólico

Ver Barre, desejo, imaginário, real, estrutura, sujeito, Simbólico.

Structure* Quoiqu'il ait lui-même revendiqué sa différence à l'égard de l'approche structuraliste, par son insistance sur le Réel et la limite qu'il représente pour le Symbolique, Lacan passe, non sans raison, pour être l'un des plus grands représentants de la mouvance structuraliste, aux côtés de Jakobson et de Lévi-Strauss (même si une dissidence est très tôt patente avec ce dernier [voir Désir, Loi, sublimation]). La notion de structure est d'abord entendue en un sens assez large, puisqu'il s'agit de penser par elle la nature relationnelle du psychisme, contre les théories atomistes ; et d'empêcher, par son moyen, une opposition entre ce qui est individuel ou subjectif et ce qui est général ou collectif. Cette première approche permet de commencer une exploration de l'ordre symbolique et de saisir l'inconscient« structuré comme un langage ». La notion va toutefois graduellement s'affiner à partir du moment où Lacan voudra penser de plus en plus précisément le symbolique, en usant de caractères et de méthodes mathématiques.** On en trouve une remarquable analyse dans le Séminaire [SIII, 207] «La structure est d'abord un groupe d'éléments formant un ensemble covariant ». Lacan fait ressortir lui-même qu'il parle d'ensemble et non de totalité. On voit aussitôt par là que la notion est essentiellement de portée méthodique et qu'elle n'est pas métaphysique; que les limites assignées aux éléments sont celles de l'observateur.Il est vrai que la suite du texte rattache la notion de structure à celle de signifiant il n'y a toutefois pas là de contradiction, puisque nous savons que le' signifiant lacanien est susceptible de symbolisation mathématique. « En fait, quand nous analysons une structure, c'est toujours, au moins idéalement, de signifiant dont il s'agit. Ce qui nous satisfait le mieux dans une analyse structurale, c'est le dégagement aussi radical que possible du signifiant» [SIII, 208]. Dans le même texte, Lacan va plus loin puisqu'il affirme que « la notion de structure est déjà par elle-même une manifestation du signifiant ».*** Dès lors, il renvoie au statut d'images confuses un certain nombre d'aspects qui semblaient tenir essentiellement à la structure.C'est ainsi qu'il distingue nettement la topologie qu'il recherche, c'est-à-dire les liaisons par lesquelles il pense l'espace psychique, de la Gestalt Theorie, qu'il ressent toujours trop proche d'une conception superstitieuse de la structure et d'une phénoménologie qu'il récuse de plus en plus ouvertement: « Il faut, dans tout ce qui est de la topologie, toujours se garder très sincèrement de ce qui lui donne fonction de Gestalt» [SXI, 165].De plus, puisqu'il se rapproche d'une conception mathématique du symbolique, il ne peut plus se satisfaire d'une conception linguistique de la structure. L'opposition binaire, qui agit pleinement chez LéviStrauss, lui devient un obstacle pour penser la répartition de l' intérieur et de l'extérieur, par exemple. La topologie du tore ou de la bande de Moebius permet de penser plus délicatement ces oppositions.

Estrutura* Embora ele próprio tenha assumido (chamado a si, “reivindicado”) sua diferença com relação à abordagem estruturalista, por sua insistência no Real e as limitações, os limites que ele estabelece, representa para o Simbólico, não sem razão Lacan passa por um dos maiores representantes do movimento estruturalista, ao lado de Jakobson e Lévi- Strauss (embora logo fique patente uma dissidência com este último [ver Desejo, Lei, sublimação]). O conceito de estrutura é pela primeira vez entendido em um sentido bastante amplo, uma vez que trata-se de pensar por ela, através dela a natureza relacional do psiquismo, contra as teorias atomistas; e evitar, por seu intermédio, uma oposição entre o que é individual e subjetivo e o que é geral ou coletivo. Esta primeira abordagem permite iniciar uma exploração da ordem simbólica e entrar no inconsciente "estruturado como uma linguagem". O conceito, no entanto, vai gradualmente se refinar a partir do momento em que Lacan quer pensar cada vez mais precisamente o simbólico, fazendo uso de caracteres e métodos matemáticos.** Encontramos uma notável análise no Seminário [SIII 207]" A estrutura é em primeiro lugar um grupo de elementos que formam uma variância conjunta, conjunto de covariantes. " O próprio Lacan chama a atenção de (realça) que ele fala de um conjunto e não da totalidade. Logo se vê que, vemos imediatamente (nisto, por aí) a noção de que não há essencialmente dimensão, relevância (importância, porte) metodológica e que não é metafísica; as limitações (os limites) que são atribuídos aos elementos são os do observador.É verdade que na medida em que segue, [na continuação do] texto (na sequência do texto) relaciona, reúne, restabelece, reata a noção de estrutura à do significante o que não é, no entanto, uma contradição, uma vez que sabemos que o "significante lacaniano é passível de uma simbolização matemática. "Na verdade, quando se analisa a estrutura, é sempre, pelo menos idealmente, por se tratar de um significante. Que melhor nos satisfaz em uma análise estrutural é o descolamento, afastamento tão radical quanto possível do significante " [SIII, 208]. No mesmo texto, Lacan vai mais longe ainda uma vez que "a noção de estrutura já é em si uma manifestação do significante."*** Daí em diante ele remete à condição de imagens confusas uma série de aspectos que pareciam se referir essencialmente, em grande parte à estrutura.Assim, ele distingue claramente a topologia que ele procura, quer dizer as ligações pelas quais ele pensa o espaço psíquico, a Gestalt Theorie, de que ele sempre se acredita estar, acredita estar (ressente) perto demais de um concepção supersticiosa da estrutura e de uma fenomenologia que ele rejeita cada vez mais abertamente : "É preciso, em tudo o que é topologia, sempre se abster de, guardar, conservar, preservar francamente, sinceramente do que se relacione à Gestalt " [SXI 165].Além disso, uma vez que se aproxima de uma concepção matemática do simbólico, ele não consegue mais se satisfazer com um concepção linguística da estrutura. A oposição dual, binária (biunívoca, dicotômica) que influencia totalmente[em] Levi-Strauss, torna-se para ele um obstáculo para pensar a divisão entre interior e exterior,

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por exemplo. A topologia do toro ou a fita de Moebius permite pensar mais cuidadosamente essas oposições.

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Ce point de vue est encore plus explicite dans les Écrits.Peut-être succombant à un vertige comparable à celui qui s'était saisi des fondateurs de la théorie des jeux, qui pensaient atteindre, avec les structures qu'ils mettaient au point, les fondements mêmes des sociétés, il ira jusqu'à dire plus tard que la topologie, loin d'être une simple métaphore de la structure, est la structure même. « Je crois démontrer la stricte équivalence de topologie et de structure» [SXX, 14].Mais, très critique à l'égard des schémas métaphoriques utilisés par des penseurs phénoménologues, par Freud lui-même, il mettra en garde contre les métaphores intimées par la notion même de structure, en particulier celles qui opposent les effets de surface aux structures profondes, la mythologie des couches psychiques, celles des sphères concentriques, et quelques autres encore.Enfin, il ne faudrait surtout pas regarder les textes concernant la théorie et la pratique de la structure sans se rappeler que Lacan fut un clinicien et, par conséquent, un penseur exigeant de l'événement, dans ses ruptures inattendues, dans sa tyché.Voir Imaginaire, inconscient, mathématiques, signe, sujet, Symbolique, symptôme, tyché. Sublimation* Chez Freud, la sublimation est le processus par lequel la libido - soit l'énergie sexuelle - est canalisée vers des activités non sexuelles telles que la création artistique ou le travail intellectuel. La sublimation est donc un sas qui permet, à l'énergie sexuelle en surcroît, d'être mise au service de la société plutôt que de se tourner vers des formes de comportement socialement inacceptables ou de s'exprimer par des traits névrotiques.Lacan modifie profondément cette théorie, après l'avoir soumise à une impitoyable critique [SVII, 279].D'abord, il insiste sur l'impossibilité pour la sublimation d'être complète.En second lieu, Lacan ne fait pas la même analyse de la sexualité perverse que Freud. Il serait faux de croire que la sexualité perverse soit plus directe et emprunte des voies moins compliquées que la sexualité normalement admise par la société elle ne dérive pas davantage que celle-ci de forces biologiques, mais, tout comme elle, d'une libido radicalement symbolisée. Lacan rapproche délibérément la sublimation de la perversion comme deux formes de transgression au-delà des limites du principe de plaisir par le principe de réalité [SVII, 131]. Il y a plus la modification de la sublimation n'atteint pas que les pulsions sexuelles; elle n'est donc pas seulement une « désérotisation ». Il lui arrive même d'en être tout le contraire «Le changement d'objet ne fait pas forcément disparaître, bien loin de là, l'objet sexuel - l'objet sexuel, accentué comme tel, peut venir au jour dans la sublimation. Le jeu sexuelle plus cru peut être l'objet d'une poésie, sans que celle-ci en perde pour autant sa visée sublimante» [SVII, 191]. Dès lors, loin de soutenir que la sublimation est une sorte de dépassement de la pulsion dans ses aspects biologiques, Lacan tire argument de la

Este ponto de vista é ainda mais explícito nos Escritos.Talvez ao sucumbir a uma vertigem, exaltação, comparável àquilo de que foram tomados os precursores da teoria dos jogos, que pensavam atingir, estar atingindo com as estruturas estarem abordando, focalizando, que focalizavam, se debruçavam sobre os próprios fundamentos da sociedade, ele irá, chegará mesmo a dizer mais tarde que a topologia, longe de ser uma simples metáfora da estrutura, é a própria estrutura. "Eu acredito estar demonstrando, demonstrar a equivalência estrita entre a topologia e estrutura " [SXX, 14].Mas, muito crítico quanto aos esquemas metafóricos usados por pensadores fenomenólogos, pelo próprio Freud, ele irá alertar contra metáforas sugeridas pela noção de estrutura, especialmente em relação àquelas que contrapõem os efeitos de superfície às estruturas mais profundas, a mitologia das camadas psíquicas, as das esferas concêntricas e outras mais.Enfim, é preciso sobretudo não considerar, ver (olhar) os textos relativos à teoria e prática da estrutura sem esquecer (se lembrar) que Lacan era clínico e, por conseguinte, um pensador que exige, exigindo desfecho, desenlace, encerramento, conclusão (dénouement, fin, conclusion, aboutissement, solution, achèvement, ce qui se produit par la suite, incident, fait raconté ou mis en action), em suas rupturas inesperadas, seus cortes inesperados, em sua tyché.Sublimação* Para Freud, a sublimação é o processo pelo qual a libido ou a energia sexual é canalizada para atividades não- sexuais, como a criação artística ou o trabalho intelectual. A sublimação é, portanto, um crivo, uma peneira, um ralo, filtro que permite que havendo um excedente de, aumentando, crescendo a energia sexual, disso, para ser colocado a serviço da sociedade ao invés de se voltar para formas de comportamento socialmente inaceitável ou se exprimir, falar com gestos neuróticos. Lacan modifica profundamente essa teoria, depois de tê-la submetido a uma crítica impiedosa [SVII, 279].Primeiramente, ele insiste sobre a impossibilidade de a sublimação ser completa.Em segundo lugar, Lacan não faz a mesma análise de Freud sobre a sexualidade perversa. Seria hipócrita, falsidade, fingimento, matreiro acreditar que a sexualidade perversa seja mais direta e adote vias menos complicadas do que a sexualidade normalmente admitida, aceita (part.passé verbe admettre) pela sociedade não resulta, não deriva mais do que esta (a sexualidade) de forças biológicas, mas, exatamente como ela, uma libido radicalmente simbolizada. Lacan deliberadamente aproxima a sublimação da perversão como duas formas de transgressão além dos limites do princípio de prazer através o princípio de realidade [SVII, 131]. Existe mais a modificação da sublimação que não atinge senão as pulsões sexuais; por conseguinte, ela não é apenas um " deserotização". Ocorre a ele de ela ser na verdade o oposto "A mudança de objeto, longe isso, não necessariamente faz desaparecer o objeto sexual – acentuado como tal, pode se revelar, vir à luz na sublimação. O jogo sexual mais desabrido, cru pode ser objeto de uma poesia sem por isso perder, sem que por isso perca sua intenção, sua natureza sublimante, de sublimação" [SVII, 191]. Daí, longe de sustentar que a sublimação é uma espécie de superação da pulsão em seus aspectos biológicos, Lacan deduz, infere a partir de sublimação para mostrar que a pulsão não é

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sublimation pour montrer que la pulsion n'est pas instinctive, mais qu'elle s'insère dans les registres imaginaire et symbolique [SVII, 133].

instintiva, mas que ela se insere nos registros imaginário e simbólico [SVII, 133].

En troisième lieu, comme Freud l'avait déjà vu et comme Lacan le lui reconnaît [SVII, 132], ce n'est pas tant l'objet qui change, dans la sublimation, que sa position dans la structure de l'imaginaire. Il s'agit, pour reprendre l'expression du livre VII du Séminaire, «d'élever l'objet à la dignité de la chose» [SVII, 133]; ce qui équivaut à infinitiser l'objet, à changer, voire à abolir ses limites.En quatrième lieu, si Lacan envisage encore la sublimation dans un contexte esthétique qui lui permet, d'une part, d'en accepter la caractérisation sociale qui était celle de Freud, d'autre part, de voir en elle un travail de la pulsion de mort, qui conduit le sujet à la fascination et à la destruction, mais aussi à la création ex nihilo (qui relève de la même problématique [SVII, 251-252]), il introduit la sublimation dans la discussion de l'éthique [SVII, 129] et c'est par là que la notion devient tout autre.** L'éthique, enracinée dans l'inatteignable Chose, autour de laquelle gravitent les représentations, permet de découvrir une sublimation de portée plus métaphysique que sociale. Lacan souligne en effet, contre Lévi-Strauss, qui ne paraît pas s'en être avisé, que l'inceste fondamental est inceste à l'égard de la mère et que l'ethnologie lévi-straussienne privilégie indûment, pour structurer les échanges sociaux, la prohibition de l'inceste à l'égard du père [SVII, 82-83]. Il voit aussi que la sublimation n'est pas un idéal du désir; et que, si elle se vit sur le mode « héroïque », cet héroïsme est pourtant à la portée de tous, dans la mesure où il est, pour le désir, une issue, pour ainsi dire, nécessaire. Le désir n'a pas d'autre ressource, dans la description de ses cycles, que de les élargir un peu la création est moins un idéal qu'une espèce de destinée qui se joue au pourtour d'une béance que nous n'avons pas choisie.*** Le coup de maître du livre VII du Séminaire a été de faire la genèse de la morale à partir du désir même et de montrer que c'est de lui que nous tirons tous les devoirs. Freud avait attribué la morale à un Sur-moi entièrement constitué des idéaux sociaux. Du coup, la morale apparaissait comme extérieure et en rapport d'hostilité avec le désir d'une certaine façon, Freud partageait avec Kant le préjugé d'un rapport d'extériorité entre le désir et la loi. Or Lacan fait de la morale une exigence infinie du désir, à condition de ne pas entendre la morale comme une tension vers le Bien. En ce dernier sens, Lacan est profondément en accord avec Kant, qui avait enseigné que la morale se distinguait de l'éthique du bien (comme on la trouve chez Aristote, par exemple). Aussi paradoxal que cela puisse paraître, Lacan situe son éthique sous le signe de Kant. Dès lors, le Sur-moi n'est qu'une simple illusion, une façon pour le désir de se leurrer en refusant de se reconnaître aussi radicalement impliqué dans la morale, une sorte de moyen de défense contre lui-même et destiné plus à soulager sa culpabilité qu'à la constituer; il n'est guère qu'une création sociale de mauvaise foi pour nous empêcher de supporter cette redoutable culpabilité issue du désir même. La culpabilité à l'égard de la loi, si terrible soit-elle, l'est beaucoup moins qu'à l'égard du désir qui, interminablement, éternellement, quoique contradictoirement, mesure notre vie à la certitude que nous allons mourir.Voir Béance, La Chose, culpabilité, désir, Imaginaire, loi, mort, Œdipe, pulsion de mort,

Em terceiro lugar, como Freud já tinha visto e como Lacan o reconheceu [SVII, 132], não é tanto o objeto que muda na sublimação, mas a sua posição na estrutura do imaginário. Trata-se, para retomar a expressão no Livro VII do Seminário, "de alçar, elevar o objeto à dignidade da coisa" [SVII, 133]; o que equivale a infinitizar o objeto, a mudar ou mesmo abolir os seus limites.Em quarto lugar, se Lacan encara, considera ainda a sublimação em um contexto estético que, por um lado, lhe permite aceitar como caracterização social como a (era de) Freud, por outro lado, de ver nela um trabalho da pulsão de morte, que leva o sujeito ao fascínio e à destruição, mas também para a criação ex nihilo (que ressalta, ressai do mesmo problema [SVII, 251-252]), ele introduz a sublimação na discussão da ética [SVII, 129] e é aí que o conceito se torna totalmente diferente.** A ética, enraizada na Coisa intangível, inatingível, em torno da qual gravitam as representações, revela uma sublimação de importância mais metafísica do que social. Lacan de fato enfatiza diferentemente de, ao contrário de Lévi- Strauss, 12 estar atento (parece desavisado) de que o incesto fundamental é o incesto com relação à mãe e que a etnologia de Lévi-Strauss favorece13 indevidamente (Ant. dûment → dû / due: devidamente) para estruturar a14 interação social, a proibição do incesto com relação ao pai [SVII, 82-83]. Ele também vê que a sublimação não é um ideal de desejo; e que, se ela vive no modo "heróico", este heroísmo ainda está 15 ao alcance de todos, na medida em que é desejar uma16 saída, por assim dizer, necessária. O desejo não tem outro recurso, na descrição de seus ciclos, senão expandir um pouco a criação é menos um ideal do que um tipo de desígnio se joga na borda, no perímetro (na periferia, contorno) de uma hiância que não escolhemos.*** O golpe de mestre do Livro VII do Seminário foi fazer a gênese da moral a partir do próprio desejo e mostrar que é dele que obtemos todos os deveres. Freud atribuíra a moral a um Super-eu inteiramente constituído de ideais sociais. Assim, Consequentemente, Por conseguinte a moral aparecia como estranha, estrangeira, externa e relacionada a hostilidade ao desejo de alguma forma, Freud partilhava com Kant o preconceito de uma relação de exterioridade, externalidade entre o desejo e a lei. Assim sendo, Lacan faz da moral uma exigência interminável, infindável do desejo, desde que não se entenda a moral como uma imposição, coação para (tensão) o Bem. Neste último sentido, Lacan está profundamente de acordo com Kant, que ensinou que a moral era diferente da ética do bem (como os encontramos em Aristóteles, por exemplo). Por mais paradoxal que possa parecer, a ética de Lacan é influenciada por Kant (coloca sua ética sob a influência de Kant). A partir daí, o super- eu é uma mera ilusão, uma maneira de o desejo se ludibriar, iludir recusando-se a reconhecer tão radicalmente envolvido na moral, uma espécie de meio de defesa contra si mesmo e destinado a mais remediar, aliviar sua culpa do que a constitui-la; é pouco mais do que, quase uma criação social de má fé para nos impedir de suportar este terrível culpa originada no próprio desejo. A culpa com relação à lei, por mais terrível que seja, é muito menos do que no que diz respeito ao desejo, interminavelmente, eternamente, embora contraditoriamente determine, mensure, meça nossas vidas na certeza de que vamos morrer.

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sexe, Symbolique.

Sujet* Le terme suit l'un des parcours les plus sinueux dans l'oeuvre de Lacan. Sans doute ne signifie-t-il pas davantage qu'être humain ou désigne-t-il, plus spécifiquement, l'analysant, dans les premiers travaux. Mais dès 1945, Lacan distingue trois sens du mot sujet qu'il fait jouer entre eux. «Le premier, qui s'exprime dans l’« on » de l’« on sait que...  », ne donne que la forme générale du sujet noétique. Le second [...] introduit la forme de l'autre en tant que tel, c'est-à-dire comme pure réciprocité, puisque l'on ne se reconnaît que dans l'autre»; il est « le "je", sujet de l'assertion conclusive» ou, comme le dit Lacan, « la forme logique essentielle (bien plutôt qu' existentielle) du "je" psychologique ». «Enfin, le jugement assertif se manifeste par un acte» [Écrits, 207-208]. C'est essentiellement ce troisième sens que Lacan va désormais approfondir, pour lui apporter une première distinction majeure, qui apparaît logiquement dès lors que l'auteur met l'accent sur la division du sujet celle de l'ego et du sujet de l'inconscient.** Le sujet n'est jamais ce qu'il s'imagine être lui-même; l'ego est le produit de ces illusions imaginaires ou spéculaires. L'être humain ne peut rien subir ni faire sans s'imaginer au principe de ce qu'il subit et fait, comme si cette condition de possibilité imaginaire pouvait expliquer quoi que ce soit de ce qu'il subit ou fait. L'ego est produit pour se défendre contre une incohérence menaçante et pour lui substituer une cohérence de fiction. Le sujet est la partie symbolique, tout à fait insensible et inconsciente, mais réellement active pour produire de l'unité. Le véritable sujet n'est donc pas le fantasmatique ego qui se croit constitutif, mais qui est en réalité produit par les images successives de ces aliénations; c'est le sujet de l'inconscient, qui est produit par le langage ou, plus exactement, par les signifiants du langage. Les signifiants ne sont pas produits par le sujet, quoiqu'il puisse se le figurer ils sont ce qui le constituent « Le désir inconscient, c'est ce que veut celui, cela qui tient le discours inconscient» [Conférences de Bruxelles, p. 6]; et, un peu plus loin, p. 19 «Ce que l'inconscient montre, en effet, c'est que cette structure signifiante est déjà là avant que le sujet prenne la parole et, avec elle, se fasse porteur d'aucune vérité, ni prétendant à aucune reconnaissance ». Ce sujet trouve sa cause dans l'effet de langage.

Sujeito * O termo segue um dos percursos mais sinuosos na obra de Lacan. Sem dúvida, ele não significa mais que o ser humano ou ele se refere, mais especificamente, o analisando nos primeiros trabalhos. Mas, a partir de 1945, Lacan distingue três significados da palavra sujeito que usa ora de um modo, ora de outro (entre eles). "O primeiro, que se exprime no “a gente” do “a gente sabe que...”, dá apenas a forma geral do sujeito noético. O segundo [...], introduz a forma do outro em si, como tal, isto é, como pura reciprocidade, uma vez que se reconhece apenas no outro "; ele é " o "eu", o sujeito da assertiva, asserção, afirmação conclusiva" ou, como diz Lacan, "a forma lógica essencial ([bem] mais do que existencial) do "eu" psicológico". "Enfim, o julgamento assertivo se manifesta por um ato" [Escritos, 207-208]. É essencialmente neste terceiro sentido que Lacan irá daí em diante, doravante (de agora em diante, a partir de agora) aprofundar, para torná-lo uma primeira distinção importante que aparece logicamente quando o autor centra-se na divisão do sujeito do ego e o sujeito da inconsciente.** O sujeito nunca é o que ele próprio imagina ser [de si próprio]; o ego é o produto destas ilusões imaginárias ou especulares. O ser humano nada pode sofrer nem fazer sem se imaginar como a origem do que ele sofre e faz, como se essa condição de possibilidade imaginária pudesse explicar tudo, o que quer que seja de que ele sofre ou faz. O ego é produzido para se defender de uma incongruência, incoerência (contradiction, désordre, désaccord) ameaçadora e para substituir uma coerência de ficção. O sujeito é a parte simbólica, absolutamente, realmente imperceptível e inconsciente, mas realmente ativo para promover, produzir a unidade, união, unificação. O verdadeiro sujeito não é, pois, o ego fantasmático que acredita ser, que pensa ser constitutivo, mas que na verdade é produzido pelas sucessivas imagens dessas alienações; é o sujeito do inconsciente, que é produto da linguagem ou, mais precisamente, dos significantes da linguagem. Os significantes não são produzidos pelo sujeito, embora possa ser representado, figurado por ele são eles que o constituem “O desejo inconsciente é o que ele quer, o que mantém o discurso inconsciente” [Conferências de Bruxelas, p. 6]; e, um pouco mais adiante, p. 19 "O que o inconsciente mostra, na verdade, é que esta estrutura significante já está presente, já existe antes de o sujeito adquira a fala e, com ela se torne o portador de verdade alguma, nem pretenda, reivindique qualquer reconhecimento." Este sujeito encontra a sua origem, sua razão de ser no efeito da linguagem.

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« Par cet effet, il n'est pas cause de lui-même, il porte en lui le ver de la cause qui le refend. Car sa cause, c'est le signifiant sans lequel il n'y aurait aucun sujet dans le Réel. Mais ce sujet c'est ce que le signifiant représente et il ne saurait rien représenter que pour un autre signifiant à quoi dès lors se réduit le sujet qui écoute. Ce sujet donc, on ne lui parle pas. Ça parle de lui, et c'est là qu'il s'appréhende, et ce d'autant plus forcément qu'avant que ça s'adresse à lui, il disparaisse comme sujet sous le signifiant qu'il devient, il n'était absolument rien» [Écrits, 835; SXI, 142]. La subjectivité est la figure que prend ce que Lacan appelle « la passion du signifiant» [Écrits, 688 voir expression comparable, CB, 19]. Pour l'autre sujet, imaginaire, celui que « la psychologie contemporaine -1'egopsychology - considère comme une fonction de synthèse à la fois et d'intégration» [CB, 3], il n'est que trop évident qu'elle fonctionne en miroir et qu'elle ne saurait être le socle d'une éthique «Il est autonome! Celle-là est bien bonne» [Écrits, 421].Ce n'est pas que l'ego soit inutilisable dans l'analyse; il ne saurait y avoir d'analyse sans ce jeu sur le devenir de l'ego [Écrits, 305]; mais son autonomie est fallacieuse.*** Ainsi Lacan fait très peu de cas de l'autonomie, qu'il renvoie à l'imaginaire. Elle crée faussement du sens or il convient «d'observer que, peut-être, c'est à mesure qu'un discours est plus privé d'intention qu'il peut se confondre avec une, la vérité, la présence même de la vérité dans le Réel, sous une forme impénétrable» [CB, p. 7].Mais alors, si l'autonomie est imaginaire, comment faut-il entendre la fameuse formule de Freud «Wo Es war, solt Ich werden» [Là où était le Ça, le Je doit devenir] ? Lacan souligne, dans ses Écrits [p. 416-417], le caractère topique de la phrase et fait apparaître comme un contresens l'appel à l'autonomie «Il apparaît ici que c'est au lieu Wo, où Es, sujet dépourvu d'aucun das ou autre article objectivant, war, était, c'est d'un lieu d'être qu'il s'agit, et qu'en ce lieu soli, c'est un devoir au sens moral qui là s'annonce, [...]. Ich, je, là dois-je (comme on annonçait ce suis-je, avant qu'on dise c'est moi) werden, devenir, c'est-à-dire non pas survenir, ni même advenir, mais venir au jour de ce lieu même en tant qu'il est lieu d'être ». Ce sont ces considérations topiques qui seront approfondies un peu plus loin et qui permettront à Lacan de dire, à l'encontre du Cogito philosophique «qui rend l'homme moderne si sûr d'être soi dans ses incertitudes sur lui-même» [Écrits, 517] que «je pense où je ne suis pas» [effet que le langage réalise à tout moment], « donc je suis où je ne pense pas» [l'existence du sujet devenant une sorte de point aveugle du langage].

20Deste modo, Assim sendo, ele não é 21a causa de si mesmo, 22 ele carrega, traz em si 23 o embrião (vírus) que24 provoca a sua cisão, o divide (verbe refendre: fatiar, retalhar → séparer dans le longue). Visto que a sua causa é o significante sem o qual nenhum sujeito existiria no Real. Porém, este sujeito é aquele que representa o significante e que25 não iráconseguir significar (representar) nada a não ser por um outro significante ao qual a partir daí se reduz o sujeito que escuta. Portanto, não falamos, não se fala com este sujeito. Isso fala sobre ele, e aí que ele se apreende e quanto mais, especialmente, antes de, necessariamente, fala com ele, ele desaparecesse (3e pers. Sing. Subjonctif verbe disparaître (desaparecer, sumir) como um sujeito sob o significante que é n ' havia absolutamente nada " [Escritos, 835; SXI, 142]. A subjetividade é a figura que adquire, assume o que Lacan chama de "a paixão do significante " [Escritos, 688 ver expressão similar, CB, 19].Para o outro sujeito, imaginário, aquele que "a psicologia contemporânea – a egopsychology – considera uma função tanto de síntese quanto de integração " [CB, 3], é bastante evidente que funciona de modo especular (como espelho) e não irá servir, poderá servir de suporte para uma ética " Está por conta própria! Que se danem! Não dá satisfação a ninguém! Não está nem aí. Está numa boa" [Escritos, 421].Não é que o ego não possa ser utilizado na análise; não pode haver análise sem este jogo sobre o que irá se tornar o ego [Escritos, 305]; mas sua autonomia é falaciosa.*** Assim, Lacan faz pouco caso da autonomia, remete ao, se refere ao imaginário. Ela dá um sentido falso, cria, falsamente, um sentido, logo convém "observar que, talvez, na medida em que um discurso esteja mais privado de intenção que possa se confundir com uma [intenção de] verdade, a própria presença da verdade no Real, de uma forma impenetrável " [CB, p. 7].14 Pois então, Mas então se a autonomia é imaginária, como devemos entender a famosa frase de Freud* "Wo Es war, solt Ich werden" [onde estava o isso, o eu deve se tornar]? Lacan enfatiza em seus escritos [pág. 416-417], a natureza tópica da frase e faz com que pareça como um apelo contradição com autonomia "Parece aqui que é em vez Wo, onde Es, do sujeito desprovido de qualquer outro artigo ou objetivando guerra foi, este é um lugar para se estar é, e que este lugar sólido, é um dever para com o sentido moral que não há anúncio [...].Ich, o eu, ali devo eu (como anunciou o que eu sou, antes de ser informado de que sou eu) werden tornar-se, isto é, 15 não sobrevém, não acontece, nem mesmo16 provir, resultar, mas17 vir à luz, surgir, [se] revelar18 deste mesmo lugar, na medida em que é o lugar de ser. "Essas considerações são tópicas que serão exploradas19 um pouco mais adiante, mais tarde e irão permitir que Lacan disse, 20 contrariamente ao Cogito filosófico" que faz com que o homem moderno21 tão seguro de si [mesmo] em suas incertezas22 sobre si mesmo " [Escritos 517] que "eu penso onde eu não estou/sou" [efeito que a linguagem realiza o tempo todo]", portanto, "eu estou/sou onde eu não penso [a existência do sujeito se tornando uma espécie de 23

ponto cego da linguagem].

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L'étrangeté1 et l'audace de l'éthique du livre VII du Séminaire consistent précisément en ce que Lacan a cherché à élaborer une morale au lieu même où se structure le désir. Comment, dira-t-on, est-il possible de constituer une morale avec un désir inconscient? N'est-ce pas de la seule conscience2 qu'il faut partir et, s'il faut faire une place3 aux désirs, que des seuls4 désirs conscients ? À ces inquiétudes, il faut répondre qu'il est plus inquiétant encore, à bien y penser5, de prétendre faire reposer l'essentiel de notre existence et de ses projets sur une conscience inanalysée, c'est-à-dire dont on n'a pas examiné les rapports qu'elle pouvait entretenir6 avec l'inconscient. L'ignorance ne saurait7, sinon par vanité, se prévaloir d'aucun avantage. Ainsi vouloir bâtir une morale sur quelque chose d'aussi fragile que8 l'autonomie est simple illusion et, chez les plus malicieux*, une imposture.L'intérêt philosophique de suivre la réflexion de Lacan sur le sujet tient en trois choses9; d'abord l'éclatement10 du moi y est11 pensé dans sa nécessité et n'en reste pas à12 une approche imaginaire13. Elle conduit jusqu'au symbolique, c'est-à-dire jusqu'au point où une logique peut prendre le relais14. Ensuite, cet éclatement ne conduit ni au scepticisme ni au remplissage15 imaginaire par un sentimentalisme moral16; puisqu'il s'agit17 de faire partir l'éthique de la Chose freudienne18, de « ce qui est au centre du désir inconscient» [CB, 11]. Si le fait de demander aux bonnes volontés19 de reconnaître les principes dont elles ont conscience, pour établir20 la morale, est pour elles un désagrément21, y a-t-il un danger quelconque à demander à cette bonté de « rentrer en elle-même22» et de revenir sur23 « les principes d'un certain non-vouloir » [CB, 9] ?Enfin, le philosophe qui s'intéresse aux passions gagne, avec la distinction de24

l'Imaginaire, du Symbolique et du Réel, le véritable théâtre25 nécessaire à une analyse de l'affectivité. Car s'il peut, avec les analyses classiques, celles de Hume par exemple, comprendre que le sujet n'est pas le théâtre des passions, mais plutôt leur production26 variée et hétérogène, il faut disposer d'une méthode pour sortir du scepticisme, c'est-à-dire pour savoir quel est le statut des passions sont-elles les véritables forces des figures du sujet ou ne sont-elles qu'imaginaires de telle sorte qu'il leur faut encore s'enraciner plus profondément en quelque symbolique? C'est là27 que le sujet lacanien, qui s'identifiera* à un moment particulier28 et caractéristique du sujet cartésien, est utile «nous ne désignons [par là ni]29 le substrat vivant qu'il faut30 au phénomène subjectif, ni aucune sorte de substance, ni aucun être de la connaissance dans sa pathie, seconde ou primitive, ni même le logos qui s'incarnerait31 quelque part32, mais le sujet cartésien, qui apparaît au moment où le doute33 se reconnaît comme certitude» [SXI, 142-143].Voir La Chose, désir, Imaginaire, inconscient, jouissance, Réel, scène, signe, Symbolique, vérité.

A 1 estranheza e audácia da ética do Livro VII Seminário consiste precisamente naquilo que Lacan procurou desenvolver uma moral no próprio lugar em que se estrutura o desejo. Como, diríamos nós, é possível constituir uma moral com um desejo inconsciente ? Não será com a única consciência que devemos começar, e se precisamos permitir, dar lugar aos desejos, unicamente, apenas aos desejos conscientes ? A estas inquietações, devemos responder que é ainda mais inquietante, pensando bem, pretender basear o essencial de nossa existência e de seus projetos em uma consciência não analisada, ou seja, cujas relações que ela pudesse estabelecer com o inconsciente nós não verificamos, não investigamos. A não ser por vaidade, a ignorância não poderia reivindicar qualquer vantagem. Assim, querer construir uma moral sobre alguma coisa tão frágil quanto a autonomia é mera ilusão e, * para os mais maliciosos, uma impostura, uma farsa.O interesse filosófico em seguir a reflexão de Lacan sobre o sujeito reside em três coisas primeiramente no surgimento, no irromper (na eclosão) do eu é ali, então pensado em sua necessidade e de que não impede, não resiste a uma abordagem pelo imaginário. Ela leva até ao simbólico, isto é, até o ponto em que a lógica pode14 substituir, se alternar com a lógica. Em seguida, este surgimento não conduz nem ao ceticismo nem ao preenchimento do imaginário com um16 moralismo, sentimentalismo moral; 17 uma vez que se trata, se refere a 18 fazer a ética a partir da Coisa freudiana, "do que está no centro do desejo inconsciente " [CB 11]. Se o fato de pedir para reconhecer espontaneamente , de bom grado, por boa vontade, os princípios de que tenham consciência para instaurar, estabelecer a moral, será para elas um desconforto, desprazer, contrariedade, haveria algum, um, qualquer risco, perigo pedir que essa bondade "volte-se para si mesma" e se volte para "os princípios da um certo não-querer" [CB, 9] ?Enfim, o filósofo que se interessa pelas paixões ganha, com 25 a distinção entre o Imaginário, o Simbólico e o Real, a verdadeira26 arena, cena (cenário, teatro) necessária a uma análise da afetividade. Uma vez que se ele pode, é capaz de, com as análises clássicas, aquelas de Hume, por exemplo, compreender que o sujeito não é a arena das paixões, 27 e sim, talvez mais da sua produção variada e heterogênea, é necessário dispor de um método para deixar, sair do ceticismo, quer dizer saber qual é a condição das paixões que são as verdadeiras forças das representações do sujeito ou serão elas apenas imaginárias de modo a ainda precisarem se enraizar mais profundamente enraizada em algo simbólico? 28 É aí que o sujeito lacaniano, que irá se identificar29 em um determinado momento característico do sujeito cartesiano, é útil ", designamos 30 [sequer] o substrato vivo31 necessário aos fenômenos subjetivos, nem qualquer tipo de substância, nem ser do conhecimento em sua patia, ou mesmo o logos que32 seria incorporado, encarnaria 33 em algum momento, algum lugar segundo ou primitivas, mas o sujeito 32cartesiano, que aparece quando34 a dúvida é reconhecido como certeza " [SXI, 142-143].

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Symbolique* À la différence de Freud qui, dans L'interprétation des rêves, avait restreint l'usage et l'interprétation des symboles à une partie très limitée de la psychanalyse et à une fonction lexicale assez pauvre, qui fait correspondre aux symboles des significations très stéréotypées, Lacan donne une extension prodigieuse à la symbolique, suivant une indication de Lévi-Strauss qui, dans l'Anthropologie structurale, tenait l'inconscient «pour réductible à la fonction symbolique ». «N'est-il pas sensible qu'un Lévi-Strauss en suggérant l'implication des structures du langage et de cette part des lois sociales qui règle l'alliance et la parenté conquiert déjà le terrain même où Freud assoit l'inconscient? » [Écrits, 285]. Le changement d'extension et de modalité est perceptible dans le passage d'un usage adjectif du mot (quand il admet que les symptômes ont une signification symbolique ou, avec Mauss, que les structures de la société sont symboliques) à son usage nominal ou substantif. Le Symbolique devient alors un des trois ordres distingués par Lacan, avec le Réel et l'Imaginaire; peut-être le plus crucial d'entre eux, puisque le Réel ne sera guère qu'un au-delà indicible du Symbolique et l'Imaginaire qu'un en-deçà, en ce que toutes les manifestations de l'Imaginaire sont explicables et déterminées par le Symbolique. Voilà pourquoi la psychanalyse ne saurait se satisfaire d'un bouleversement de l'Imaginaire, qui est effectif, certes, mais qu'elle entend poursuivre jusqu'à l'ordre symbolique qui est le fondement du sujet.** Le Symbolique est de l'ordre du langage, mais c'est dans le sens où Lévi-Strauss pensait que les relations de parenté et les échanges de biens étaient structurés comme un langage. De ce langage, Lacan retient les éléments signifiants et il étend, au-delà des éléments de la langue, la possibilité de traiter comme des signifiants tout ce qui peut se constituer comme un jeu d'oppositions et se caractériser par une sorte d'autonomie.*** L'ordre symbolique n'est pas fondé dans la nature et il ne se fonde pas non plus dans un sujet. C'est lui qui est fondement de la nature, du sujet, comme de l'Imaginaire, quoiqu'il ne nous apparaisse pas comme tel par une distorsion qui est l'inconscient. Le Symbolique a l'effet du Réel et il est pris pour tel en raison, d'une part, de son caractère systématique et structurel, d'autre part, précisément de son indépendance à l'égard d'un Réel, dont il cherche à s'emparer et qu'il tente de scander, selon son propre rythme et ses propres oppositions. L'effet d'extériorité du Symbolique par rapport au sujet est obtenu par le fait que le Symbolique se rattache radicalement à l'Autre.

Simbólico* Diferentemente de, Ao contrário de Freud que, em A Interpretação dos Sonhos, restringira o uso e interpretação dos símbolos a uma parte muito limitada da psicanálise e a uma função bastante pobre da palavra, lexical, que faz corresponder aos símbolos significações muito estereotipadas, Lacan amplia muito o significado do, dá uma extraordinária amplitude ao significado do (dá uma extensão estupenda ao) simbólico, seguindo uma indicação de Lévi- Strauss em Antropologia estrutural, tinha, considerava o inconsciente [como] “irredutível à função simbólica”. "( Não é sensível que Lévi-Strauss sugerindo a implicação das estruturas da linguagem e desta parte das leis sociais que regula a aliança e o parentesco conquista já o terreno mesmo onde Freud assenta o inconsciente?) [Não] é visível ([Não] dá para ver que, [Não] Dá para perceber que) um Lévi-Strauss, ao sugerir a implicação das estruturas da linguagem e desta parte das leis sociais que regem a aliança e o parentesco, já conquista o próprio campo (terrain d'étude: campo de estudo), terreno onde Freud assenta o inconsciente ? " [Escritos, 285]. Percebe-se a mudança de extensão e de modalidade é perceptível na passagem de um uso adjetivo da palavra (no momento em que ele admite que os sintomas têm um significação simbólica, ou com Mauss que as estruturas da sociedade são simbólicas) no seu uso nominal ou substantivo. O simbólico torna-se, portanto, uma das três ordens distinguidas por Lacan, com o Real e o Imaginário; talvez o mais crucial deles, uma vez que o Real mal, pouco será mais do que um, vai pouco além de um indizível do Simbólico, e o Imaginário pouco será mais do que um subjacente, abaixo [do Simbólico], uma vez que todos as manifestações do Imaginário são explicáveis e determinadas pelo Simbólico. Eis porque, É por isso que a psicanálise não poderá ser satisfeita por uma perturbação, desarranjo (revolta, turbulência) do Imaginário, que é eficaz, sem dúvida, com certeza, sim, mas que ele entende prosseguir, persistir até a ordem simbólica que é a base, o alicerce, a sustentação do sujeito.** O Simbólico é da ordem da linguagem, mas é no sentido em que Lévi- Strauss acreditava que as relações de parentesco e as trocas de bens, estavam estruturadas como uma linguagem. Lacan mantém os elementos significantes desta linguagem e estende para além dos elementos da linguagem a possibilidade de tratar como significantes tudo o que pode ser constituído como um jogo de antagonismos, antiteses, conflitos, contestações, contradições, contrários, contrastes, discordâncias, incompatibilidades e ser caracterizado por uma espécie de autonomia.*** A ordem simbólica não se baseia, tem base na natureza e também não se baseia em um sujeito. É ela que é o fundamento da natureza, do sujeito, como do Imaginário, embora nós não nos pareça como tal por uma distorção que é o inconsciente. O Simbólico tem efeito de Real e é considerado, tomado como tal em razão, por um lado, de seu caráter sistemático e estrutural e, por outro lado, justamente por sua independência em relação a um Real, de que ele procura para se apoderar, apropriar e tenta escandir, conforme o seu próprio ritmo e suas próprias contestações, contradições contraposições. O efeito de exterioridade do simbólico com relação ao sujeito é obtido pelo fato de que o Simbólico diz respeito ao Outro de modo radical, radicalmente.

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Comment Lacan n'éveillerait-il pas des échos benthamiens quand il écrit ce texte «Les symboles enveloppent en effet la vie de l'homme d'un réseau si total qu'ils conjoignent avant qu'il vienne au monde ceux qui vont l'engendrer "par l'os et par la chair", qu'ils apportent à sa naissance avec les dons des astres, sinon avec les dons des fées, le dessin de sa destinée, qu'ils donnent les mots qui le feront fidèle ou renégat, la loi des actes qui le suivront jusque-là même où il n'est pas encore et au-delà de sa mort même, et que par eux sa fin trouve son sens dans le jugement dernier où le verbe absout son être ou le condamne - sauf à atteindre à la réalisation subjective de l'être pour la mort» [Écrits, 279; même idée, sn, 30-31]? Bentham écrivait déjà «Fait-on des lois autrement qu'avec des mots? Vie, liberté, propriété, honneur, tout ce que nous avons de plus précieux dépend du choix des mots» (Traité de législation civile et pénale, ed. Dumont, 3 vol., Paris, 1802, l, 363).

Chez l'un comme chez l'autre, il n'y a rien avant le langage et il est inutile de spéculer sur une réalité qui serait atteinte sans les mots. Il ne faut toutefois pas dire que le Réel est entièrement langagier comme envers du symbolique, il ne saurait se qualifier ainsi sans leurre. Simplement, comme Berkeley et Bentham, Lacan pense qu'il y a une sorte d'illusion du Symbolique qui pousse le sujet à attribuer l'existence à ce qu'il imagine à travers les mots, qui enferme le sujet dans un univers auquel il ne peut échapper [SII, 43], parce qu'il est clos et paraît sans histoire, et qui semble le faire tourner dans des cycles bordés par la mort, le vide, le manque. «L'erreur – comme la qualifie Lacan - [est] de croire que ce que la science constitue par l'intervention de la fonction symbolique était là depuis toujours, que c'est donné ». Or le donné n'est que l'ombre projetée du symbolique sur le Réel. «Cette erreur existe dans tout savoir, pour autant qu'il n'est qu'une cristallisation de l'activité symbolique, et qu'une fois constitué il l' oublie» [SII, 29]. Lacan note subtilement qu'il est sans dommage de l'oublier dans la plupart des sciences «mais nous autres, analystes, nous ne pouvons l'oublier, qui travaillons dans la dimension de cette vérité à l'état naissant» [id.].

Voir Imaginaire, inconscient, pulsion de mort, Réel, signe, structure, vérité.

Como Lacan não despertaria ecos benthamiens quando escreveu este texto "Os símbolos de fato envolvem a vida do homem em uma rede1 tão absoluta, tão completa (total) que eles se 2 agregam, unem, conjugam antes de vir, que venham ao mundo aqueles que vão lhes3 dar vida, gerar, conceber 4 de verdade ("em carne e osso"), que eles5 trazem ao nascer6 dádivas dos astros, 7 se não, ou como alternativa, ou então dádivas das fadas, o desígnio (projeto, intento, plano) (desenho) de seu destino, eles dão as palavras que o farão fiel ou renegado, a lei dos atos que o acompanharão até mesmo onde ainda não chegou e para além de11 (sua) própria morte, e que12 por intermédio, através deles o seu fim encontra o seu sentido no13 juízo final 14 onde o verbo absolve ou condena o seu ser – 15 exceto para alcançar a realização subjetiva do ser pela morte " [Escritos, 279; mesma idéia, sn, 30-31]? Bentham estava escrevendo 16"Devemos fazer leis sem ser com palavras? (Devemos fazer leis de outro modo que não seja com palavras?) Vida, liberdade, propriedade, honra, tudo o que temos de mais precioso depende da escolha de palavras" (Tratado de direito civil e penal, ed. Dumont, 3 vols., Paris, 1802 l, 363).Tanto em um como no outro, nada existe antes da linguagem e é inútil especular sobre uma realidade que seria, que pudesse ser alcançada sem as palavras. Todavia, não se deve dizer que o Real é inteiramente fenômeno de linguagem (constituído na linguagem) relacionado ao simbólico, não poderia ser assim qualificado sem ser uma ilusão, um engodo. Simplesmente, como Berkeley e Bentham, Lacan pensa que há uma espécie de ilusão do Simbólico que impele, empurra o sujeito a atribuir a existência ao que ele imagina através de palavras, que encerra o sujeito em um universo de que ele não pode escapar [SII 43], porque está fechado e parece não ter dificuldades, incidentes (história), e que parece fazê-lo percorrer, girar em ciclos 29 que bordejam pela, beiram a morte, o vazio, a falta. "O erro - como chama Lacan - [é] acreditar que a ciência constitui pela intervenção da função simbólica que sempre esteve lá, que é dado. "Assim, o dado é apenas30 a sombra projetada pelo simbólico sobre o Real. "Este erro existe em todo o saber, na medida em que é não mais do que uma consolidação, cristalização de atividades simbólicas, e que uma vez constituído o esquece" [SII 29]. Lacan observa sutilmente que é para esquecê-lo sem pena (sem dano) na maioria das ciências, "mas nós outros, analistas, não podemos esquecer que trabalhamos na dimensão desta verdade no nascedouro, no estado nascente" [id.].

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1 Émile Azriel Meyerson est un philosophe polonais, naturalisé français. L’épistémologie d’Émile Meyerson s’oppose au positivisme développé au XIX e   siècle par Auguste Comte. Meyerson lui reproche de promouvoir une science essentiellement descriptive, qui se limite à l’énoncé de lois scientifiques, et renonce à comprendre la nature même des choses. Contre le courant de pensée positiviste de la fin du XIX e   siècle , il développe une épistémologie réaliste fondée sur le principe d'identité. L’épistémologie d’Émile Meyerson s’oppose au positivisme développé au XIX e   siècle par Auguste Comte. Meyerson lui reproche de promouvoir une science essentiellement descriptive, qui se limite à l’énoncé de lois scientifiques, et renonce à comprendre la nature même des choses. Dans son livre La Déduction relativiste (1925), il fustige ainsi le règne des lois instauré par le positivisme : « Ce que rêvait Comte, c'était en effet une véritable organisation, comme la comprennent les partisans de l'autorité; les croyances du public en matière de science et, plus encore, le travail de recherche des savants eux-mêmes, devaient être strictement réglés et surveillés par un corps constitué, composé d'hommes jugés compétents et armés de toutes les rigueurs du bras séculier. Cette réglementation devait, bien entendu, comme c'est le cas, partout et toujours, de toute réglementation, consister principalement en interdictions, et Comte a tracé d'avance le programme de quelques-unes d'entre ces dernières. Défense de se livrer à des investigations autres que « positives », c'est-à-dire ayant pour objet la recherche d'une loi; défense de toute tentative visant à pénétrer des problèmes que l'homme, manifestement, n'avait aucun intérêt à connaître et qui, d'ailleurs, pour cette raison même, devaient rester entièrement impénétrables à son esprit, tels que, par exemple, la constitution chimique des astres […]. » À l’inverse, Meyerson pense que la science fonctionne de manière explicative : le scientifique cherche avant tout à rendre raison des phénomènes en recherchant leur(s) cause(s). Meyerson oppose l'explication à la description. Pour rendre à la notion de cause sa place éminente dans la science de son époque, Meyerson procède à une analyse des principes d’inertie et de conservation, qui tendent tous à établir dans la nature une forme d’identité de la cause et de l’effet. Pour Meyerson, ce mouvement d’homogénéisation est au cœur de toute pensée, et à la limite, en est la condition. La raison humaine rencontre ainsi des obstacles à sa manière intime de fonctionner : la temporalité, la notion d’irréversibilité en général. Malgré ces difficultés, les succès de la science montrent que celle-ci outrepasse le statut de convention commode que les positivistes veulent lui assigner : c’est de la nature même du réel qu’il est question dans les principes de conservation, qui demeurent les seules idées fondamentales de la sciences. Cette vision de la marche de la science fait d’Émile Meyerson un réaliste, en quoi il peut être rapproché de son contemporain Henri Bergson.Émile Meyerson Azriel é um filósofo polonês, naturalizado francês. A epistemologia da Emile Meyerson se opõe ao positivismo desenvolvida no século XIX por Auguste Comte. Meyerson acusa de promover uma ciência essencialmente descritiva, que é limitado a declaração de leis científicas e renuncia a compreender a natureza das coisas. Contra a corrente do pensamento positivista do final do século XIX, ele desenvolveu uma epistemologia realista com base no princípio da identidade. Epistemologia da Emile Meyerson opõe positivismo desenvolvida no século XIX por Auguste Comte. Meyerson acusa de promover uma ciência essencialmente descritiva, que é limitado a declaração de leis científicas e renuncia a compreender a natureza das coisas. Em seu livro A Dedução relativista (1925), e critica o Estado de direito estabelecido pelo positivismo: "O que Comte sonhava, era de fato uma organização real, como incluir partidários de autoridade; crenças do público na ciência e, mais importante ainda, os próprios cientistas da pesquisa devem ser estritamente reguladas e fiscalizadas por um órgão, composto por homens considerados competentes e armado com todos os rigores do braço secular. Este regulamento foi, é claro, como é o caso em todos os lugares e sempre, qualquer regulamentação, consistem principalmente de proibições e Comte chamou para a frente o programa de alguns deles. Defesa para dedicar-se senão "positivo" investigações, ou seja, cujo objetivo é a busca de uma lei; defesa de qualquer tentativa de penetrar problemas homem, obviamente, não tinha interesse em conhecer e, além disso, por esta razão, deve permanecer inteiramente impenetrável à sua mente, tais como, por exemplo, constituição química das estrelas [...]. "Por outro lado, acho que a ciência opera Meyerson explicativo: o cientista procura acima de tudo fazer por causa dos fenômenos que procuram a sua (s) causa (s). Meyerson opõe a explicação para a descrição. Para fazer com que a noção de causa o seu lugar de destaque na ciência de seu tempo, Meyerson faz uma análise dos princípios da inércia e conservação, os quais tendem a estabelecer na natureza uma forma de identidade ea causa da efeito. Meyerson para esta homogeneização movimento é o cerne de todo o pensamento, eo limite é fornecido. Raciocinar e encontrar obstáculos humanos à sua maneira íntima de trabalho: temporalidade, a noção de irreversibilidade em geral. Apesar destas dificuldades, o sucesso da ciência mostram que ele substitui estado positivistas convenientes deseja atribuir convenção: é a própria natureza do que é verdadeira questão em princípios de conservação, que continuam a apenas idéias fundamentais da ciência. Esta visão do progresso da ciência é um realista Emile Meyerson, como ele pode ser comparado a seu contemporâneo Henri Bergson.2 L'évêque George Berkeley (12 mars 1685 - 14 janvier 1753) est un philosophe irlandais de la famille des empiristes dont la principale réussite fut

la théorisation de l'idéalisme empirique ou immatérialisme, résumé par la formule esse est percipi aut percipere (« être c'est être perçu ou percevoir »1). Pour Berkeley, les choses qui n'ont pas la faculté de penser (les idées) sont perçues et c'est l'esprit (humain ou divin) qui les perçoit. La théorie de Berkeley montre que les individus peuvent seulement connaître les sensations et les idées des objets, non les abstractions comme la matière ou les entités générales. Berkeley a réalisé de nombreux travaux, dont les plus connus sont sans doute les Principes de la connaissance humaine (1710) et les Trois dialogues entre Hylas et Philonous (1713) (Philonous, le « spiritualiste », représentant Berkeley dans son propre rôle et Hylas, nommé d'après l'ancien mot grec pour « matière », représentant l'objecteur). En 1734, il publia L’Analyste, une critique des fondations de la

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science, qui eut beaucoup d'influence sur le développement ultérieur des mathématiques. Il ne faut pas confondre l'idéalisme de Berkeley avec celui de Kant ou de Hegel, qui sont radicalement différents. Les adjectifs sont souvent arbitraires, mais Kant nomme4 son propre idéalisme « transcendantal » par opposition à l'idéalisme « problématique » de Descartes5 et à l'idéalisme « dogmatique » (sic) de Berkeley. De même, Husserl nomme6 son idéalisme « transcendantal », dans un sens proche mais non identique de celui de Kant. L' « idéalisme transcendantal » signifie qu'il existe par-delà les phénomènes (ou représentations) des formes a priori qui conditionnent les phénomènes sans être elles-mêmes des phénomènes. Ces formes sont, pour Kant, l'espace et le temps7 : je perçois toujours les phénomènes dans l'espace, mais je ne perçois pas l'espace lui-même ; de même pour le tempsPar extension, le transcendantalisme ajoute à ces formes a priori de la sensibilité des catégories a priori de l'entendement (qualité, quantité, relation, modalité8) ainsi qu'un sujet « transcendantal » (c'est-à-dire permanent et accompagnant toutes mes représentations9). Chez Berkeley comme chez les empiristes en général10, au contraire, il n'existe pas d'entités a priori : tout est empirique, tout est a posteriori. Kant forge l'adjectif « transcendantal » précisément pour réfuter l'idéalisme « empirique ». Quant à l'idéalisme « problématique » de Descartes, il signifie qu'on met en doute la réalité de l'existence extérieure (doute hyperbolique) mais qu'on garde comme certitude absolue la réalité du sujet pensant (le cogito). Les empiristes, quant à eux, doutent même de la réalité du sujet comme substance permanente et pensante : il n'y a pas pour eux de cogito (ou res cogitans, chose pensante) ni de sujet transcendantal. Berkeley contre l'idéalisme spéculatif Hegel, quant à lui, qualifie son idéalisme de « spéculatif »11, par opposition à « transcendantal » (le transcendantal indique une raison toujours finie et conditionnée, tandis que le spéculatif indique une raison qui s'autodépasse et devient infinie et inconditionnée). Ce type d'idéalisme n'a plus rien à voir avec l'idéalisme de Berkeley, au sens où même un dialogue entre les deux semble compromis. Hegel fait de la raison un absolu qui s'auto-engendre en affrontant l'être, alors que pour Berkeley la raison n'a aucune espèce de réalité, elle n'est qu'un instrument commode pour exprimer l'expérience sensible. Le problème est assez semblable pour Platon : on dit de Platon qu'il est « idéaliste » (ce qui signifie également un réalisme des idées) car il n'admet de réalité que pour les Idées (qui sont des choses, abstraites et intelligibles), non pour les choses sensibles (lesquelles ne sont que des copies imparfaites des modèles que sont les Idées). Pour Berkeley, c'est exactement le contraire : les Idées abstraites n'existent pas, il n'y a que des idées particulières qui sont des objets perçus. Berkeley va même jusqu'à récuser l'abstractionnisme de type aristotélicien ou lockéen : c'est-à-dire le fait qu'on puisse obtenir des idées générales en soi, en effaçant les particularités d'un objet singulier. Pour Berkeley, une idée générale n'est rien d'autre que la conjonction (« cet arbre-ci et celui-ci et celui-ci et celui-ci etc. ») des objets singuliers auxquels elle renvoie, elle n'a pas d'existence propre et autonome, pas même comme objet de pensée. On ne pense pas un « arbre en soi » (c'est-à-dire l'arbre sans particularités qui le singularisent), mais la somme des arbres particuliers. Un idéalisme empirique ou immatérialisme. L'idéalisme de Berkeley pourra donc être nommé, conformément à sa pensée, « empirique » (seuls les objets de la perception ou les esprits qui les perçoivent sont réels, les mots n'étant que des signes qui renvoient directement à ces objets de la perception, non des « choses » abstraites : conception instrumentaliste ou nominaliste du langage, contre l'essentialisme de type platonicien qui fait des idées générales des choses réelles), « immatérialiste » (la matière n'est qu'une abstraction, ce que je perçois ce n'est pas la matière mais les qualités sensibles des choses) ou encore « spiritualiste » (il n'existe que des esprits et des idées perçues ; cette dernière acception devant être nuancée par rapport au spiritualisme français de Ravaisson, Maine de Biran, Bergson). On a pu qualifier l'idéalisme de Berkeley d'idéalisme « dogmatique » ou « absolu » (en ce qu'il nie la réalité des choses extérieures, y compris l'espace, cf. Kant), ou encore d'idéalisme « subjectif » (en ce que les représentations n'existent que dans l'esprit de celui qui les perçoit).Théorie de la connaissance Reprenant et subvertissant la position empiriste de Locke, Berkeley définit les idées de manière semblable : « tout ce qui est donné immédiatement par les sens ou par l’entendement. » Et il reprend également la thèse de Locke suivant laquelle les idées des sens et les idées de la réflexion sont distinguées : « Il est visible à quiconque porte sa vue sur les objets de la connaissance humaine, qu’ils sont ou des idées véritablement imprimées sur les sens, ou des idées perçues quand l’attention s’applique aux passions et aux opérations de l’esprit, ou enfin des idées formées à l’aide de la mémoire et de l’imagination, en composant et divisant, ou ne faisant simplement que représenter celles qui ont été perçues originellement suivant les manières qu’on vient de dire. » Berkeley en déduit alors ce qui sera le principe de sa philosophie : les idées n’existent pas en dehors d’un esprit qui les perçoit. C’est là une vérité intuitive : quand je dis qu’un objet existe, je dis que je le sens, que je le vois, ou qu’il est perçu par un autre esprit. Mais quant à concevoir une existence absolue, c’est impossible ; l’esse de l’objet consiste dans son percipi. « Esse est percipi » (être, c’est être perçu). Nous ne parlons donc des choses qu’autant qu’elles ont du rapport à notre esprit : « [...] considérons les qualités sensibles que sont la couleur, la forme, le mouvement, l'odeur, le goût, etc, c'est-à-dire les idées perçues par les sens. Il est manifestement contradictoire qu'une idée puisse exister dans une chose non-percevante; car c'est tout un que d'avoir une idée ou de la percevoir. Par conséquent, pour exister, une couleur, une forme, etc. doit être perçue. Il suit de là clairement qu'il ne peut y avoir de substance ou de substrat non pensant de

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ces idées. » Il n’y a donc pas de matière : quand on dit que la matière existe en dehors de soi, on commet un abus de langage. Nous ne percevons que des idées, et nous ne pouvons rien concevoir hormis elles. À quoi, dès lors, la matière pourrait-elle ressembler ? Il suit donc de là que les qualités premières, tenues pour objectives par Descartes et Locke, ne le sont en réalité pas plus que les qualités secondes. Nous ne pouvons donc par aucun moyen affirmer l’existence du monde extérieur. Le monde extérieur n'est cependant pas illusoire : son existence, en tant que phénomène est réelle, mais il n'a pas de substance, en ce sens qu'il n'existe pas en soi. Berkeley se rapproche en cela d'un passage du Discours de la méthode où René Descartes envisage lui aussi que le monde réel pourrait ne pas exister et ne constituer que des impressions envoyées par quelque esprit trompeur. Il soutenait que nous ne connaissons que nos propres idées, que les corps extérieurs n'existent pas, et que c'est par une illusion mensongère que nous leur accordons de la réalité : c'est dans les Principes de la connaissance humaine et dans les Trois dialogues entre Hylas (le matérialiste) et Philonous (le spiritualiste) qu'il a exposé ce système d'idéalisme.Mgr Magee, qui n'a que 73 ans, était évêque de Cloyne depuis 1987. Il avait été le secrétaire de Paul VI, Jean Paul Ier puis Jean Paul II. Mais il a été mis en cause pour sa mauvaise gestion des cas de pédophilie dans son diocèse de Cloyne. Et au moment où l'acceptation de sa démission a été annoncée, il a demandé pardon dans un nouveau communiqué.« Je voudrais à nouveau présenter mes sincères excuses à toute personne qui aurait été victime d'abus du fait d'un ou de prêtres du diocèse de Cloyne alors que j'en étais l'évêque », a déclaré l'évêque irlandais.Il a notamment demandé pardon aux personnes qu'il n'a pas soutenues : « Je demande pardon à tous ceux que j'ai d'une manière ou d'une autre laissé tomber, ou que j'ai fait souffrir par quelque omission ».Déjà, le 7 mars 2009, Mgr Magee avait lu une déclaration en la cathédrale Saint-Colman, annonçant la nomination, à sa demande, par Benoît XVI, d'un administrateur apostolique, Mgr Dermott Clifford, archevêque de Cashel et Emly. Il l'avait souhaité pour pouvoir « collaborer » avec la commission enquêtant sur la pédophilie dont se seraient rendu coupables deux prêtres du diocèse sans que l'évêque ne prennent les mesures disciplinaires prévues par l'Eglise en pareils cas.Mgr Clifford a remercié Mgr John Magee « pour sa coopération » avec lui depuis sa nomination comme administrateur apostolique. Il a demandé aux fidèles catholiques, aux religieux et aux prêtres du diocèse de Cloyne de continuer à prier « pour ceux qui ont souffert des abus ».C'est la première démission après la publication, samedi dernier, 20 mars, de la Lettre de Benoît XVI aux catholiques d'Irlande.Acceptant les conclusions des deux rapports du gouvernement irlandais en la matière, le pape n'a pas caché les manquements graves des responsables religieux - évêques ou supérieurs de congrégations - : « Il faut admettre que de graves erreurs de jugement furent commises et que des manquements dans le gouvernement ont eu lieu ».Bispo George Berkeley (12 março de 1685 - 14 de janeiro de 1753) é um empirista família filósofo irlandês cuja principal conquista foi a teoria do idealismo empírico ou imaterialismo resumido pela fórmula ESSE aut percipi percipere (" ser é ser percebido ou coletar "1). Berkeley, as coisas que não têm a capacidade de pensar (idéias) são percebidos e qual é a mente (humana ou divina) que percebe. A teoria de Berkeley mostra que os indivíduos só pode conhecer sensações e idéias de objetos, e não abstrações, como material ou entidades gerais. Berkeley produziu muitas obras, as mais conhecidas são, provavelmente, os princípios do conhecimento humano (1710) e Três diálogos entre Hylas e Philonous (1713) (Filonous, o "espirituais", o que representa Berkeley, em seu próprio papel e Hylas , em homenagem a antiga palavra grega "matéria", o que representa o opositor). Em 1734, ele publicou The Analyst, uma crítica dos fundamentos da ciência, que teve grande influência sobre o desenvolvimento posterior da matemática. O idealismo de Berkeley não deve confundir-se com o de Kant ou Hegel, que são radicalmente diferentes. Adjetivos são muitas vezes arbitrárias, mas Kant nomme4 o seu próprio "transcendental", em oposição ao idealismo "problemática" Descartes5 idealismo e idealismo "dogmático" (sic) de Berkeley. Da mesma forma, Husserl nomme6 idealismo "transcendental" de perto, mas não idêntico ao do sentido Kant. O "idealismo transcendental" significa que além do fenômeno (ou representações) de formas a priori que afetam os fenômenos, sem serem eles mesmos fenômenos. Estas formas são, para Kant, espaço e tempo.7 eu sempre perceber fenômenos no espaço, mas não vejo o espaço em si; o mesmo para a extensão tempsPar, transcendentalismo acrescenta a estas formas a priori da sensibilidade a priori categorias do entendimento (qualidade, quantidade, relação, modalité8), bem como sobre o "transcendental" (isto é, permanente e acompanhamento contar toda a minha représentations9). Em Berkeley como entre empiristas em General10 Pelo contrário, não há uma entidades priori: tudo é empírico, tudo é a posteriori. Kant forjar a palavra "transcendental", precisamente para refutar o idealismo "empírica". Quanto ao idealismo "problemática" Descartes, isso significa que uma duvida da existência da realidade externa (dúvida hiperbólica), mas como nós mantemos a certeza absoluta da realidade do sujeito pensante (o cogito). Empiristas, por sua vez, mesmo duvidar da realidade do sujeito como substância permanente e pensando: não há para eles cogito (ou res cogitans, pensando coisa) ou sujeito transcendental. Berkeley idealismo especulativo contra Hegel, por sua vez, descreve o seu idealismo "especulativa" 11 em oposição ao "transcendental" (transcendental indica razão sempre finito e condicionado, enquanto que a razão especulativa indica que autodépasse e torna-se infinito e incondicional). Esse idealismo não tem nada a ver com o idealismo de Berkeley, no sentido de que mesmo um diálogo entre os dois parece comprometida. Hegel é a razão absoluta, que gera auto-enfrentando-se, ao passo que Berkeley razão tem qualquer tipo de realidade, é apenas um instrumento conveniente para expressar a experiência sensorial. O problema é semelhante a Platão: Platão é dito que é "idealista" (que também significa idéias realistas), porque ele não permite a realidade de que as idéias (que são as coisas, abstrato e inteligível) não para as coisas sensíveis (que são apenas cópias imperfeitas dos modelos são as idéias). Berkeley é exatamente o oposto: as idéias abstratas não

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existem, existem apenas idéias particulares que são objetos percebidos. Berkeley vai mesmo desafiar o abstracionismo de tipo aristotélico ou Lockean: isto é, o fato de que você pode obter idéias gerais-se, apagando as especificidades de um determinado objeto. Berkeley, a idéia geral é nada mais do que a conjunção ("esta árvore, isso e isso e isso e assim por diante.") Objetos singulares a que se refere, não fez própria existência independente, nem mesmo como um objeto de pensamento. Nós não achamos que uma "árvore em si" (isto é, a árvore sem peculiaridades que os solteiros), mas a soma de árvores individuais. Um idealismo empírico ou imaterialismo. O idealismo de Berkeley podem ser nomeados, de acordo com seu pensamento, "empírico" (apenas objetos da percepção ou espíritos que percebem são reais, as palavras são apenas sinais que se referem diretamente a esses objetos percepção, e não "coisas" abstrato: instrumentista ou concepção nominalista da linguagem, contra o essencialismo platônico que as idéias gerais de coisas reais) ", imaterialista" (a matéria é apenas uma abstração, I perceber que não é o material, mas as qualidades sensíveis das coisas) ou "espiritual" (há apenas mentes e idéias coletadas, o último sentido a ser matizada em relação ao espiritismo francês Ravaisson, Maine de Biran Bergson). Tornou-se conhecido como o idealismo de Berkeley idealismo "dogmático" ou "absoluta" (na medida em que nega a realidade das coisas externas, incluindo o espaço, cf. Kant) ou idealismo "subjetivo "(em que as representações só existem na mente de quem o recebe).Teoria do Conhecimento e Picking subverter a posição empirista de Locke, Berkeley define idéias de uma forma semelhante: "tudo o que é dado imediatamente pelos sentidos ou da mente. "E também é de opinião que Locke seguindo as idéias de significado e idéias de reflexão destacam-se:" É visível para qualquer pessoa que usa sua visão dos objetos do conhecimento humano, eles são idéias realmente impressas sobre os sentidos, ou idéias percebidas quando a atenção é aplicado às paixões e operações da mente, ou, finalmente, idéias formadas com a ajuda da memória e da imaginação, compondo e dividindo, ou fazendo exatamente isso representam aqueles que foram originalmente coletadas seguindo as maneiras que acabamos de dizer. "Berkeley deduzir, então, que será o princípio de sua filosofia: idéias não existem fora de uma mente percebê-las. Esta é uma verdade intuitiva, quando digo que um objeto existe, eu digo que eu sinto que eu vejo, ou é percebida pelo outro espírito. Mas, como projetar uma existência absoluta é impossível; a perna do objeto está em sua percipi. "ESSE é percipi" (ser é ser percebido). Estamos a falar de coisas que, como eles relatam à nossa mente: "[...] considerar qualidades sensíveis, tais como cor, forma, movimento, cheiro, gosto, etc, c isto é, as ideias percebidas pelos sentidos. É idéia manifestamente contraditório que possa existir em uma coisa não-percepção; porque é um todo para ter uma idéia ou perceber. Portanto, a fim de existir, uma cor, uma forma, etc. Deve ser visto. Conclui-se claramente que não pode haver qualquer substância ou substrato não pensando nessas idéias. "Portanto, não há assunto: quando dizemos que a matéria existe fora de si mesmo, a pessoa comete um abuso de linguagem. Percebemos apenas idéias, e nós não podemos conceber qualquer coisa, exceto eles. O que, portanto, o assunto poderia lhe parece? Resulta, portanto, que as qualidades primárias exigidas por objetivo por Descartes e Locke não são realmente mais do que as qualidades secundárias. Não podemos de modo algum afirmar a existência do mundo externo. O mundo exterior não é, no entanto ilusória a sua existência como um fenômeno é real, mas não tem substância, na medida em que não existe em si mesmo. Berkeley é mais próximo ao de uma passagem do Discurso do Método, onde René Descartes considerando também que o mundo real não poderia existir e ser tão impressões servido por algum espírito enganador. Ele argumentou que conhecemos apenas nossas próprias idéias, que os corpos externos não existe, e que é uma falsa ilusão de que nós damos-lhes a realidade é nos Princípios do conhecimento humano ea Três diálogos entre Hylas (materialista) e Philonous (espírita), ele expôs o sistema de idealismo.Bispo Magee, que é apenas 73 anos de idade, foi bispo de Cloyne desde 1987. Ele era o secretário de Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II. Mas ele foi acusado de má gestão dos casos de pedofilia em sua diocese de Cloyne. E quando a aceitação de sua renúncia foi anunciada, ele pediu perdão em uma nova versão."Eu voltaria gostaria de oferecer minhas sinceras desculpas a qualquer um que pode ter sido abusado por causa de um ou sacerdotes da diocese de Cloyne, enquanto eu era bispo", disse o bispo irlandês.Ele particularmente pediu desculpas às pessoas que ele não tem suporte: "Peço desculpas a todos aqueles que têm, de uma forma ou de outra queda, ou eu fiz sofrer com alguma omissão" .Já, 7 de março de 2009, o bispo Magee tinha lido uma declaração na Catedral de St Colman, anunciando a nomeação, a seu pedido, por Bento XVI, um administrador apostólico, Dom Dermott Clifford, Arcebispo de Cashel e Emly. Ele tinha a esperança de ser capaz de "colaborar" com a investigação de pedofilia comissão que, alegadamente cometido dois sacerdotes da diocese sem bispo tomar medidas disciplinares por parte da Igreja em tais casos.Bispo Clifford agradeceu o bispo John Magee por sua "cooperação" com ele desde a sua nomeação como Administrador Apostólico. Ele pediu aos fiéis católicos, religiosos e sacerdotes da diocese de Cloyne continuar a rezar "para aqueles que sofreram abuso."Esta é a primeira publicação após a demissão no sábado passado, 20 de março de a Carta de Bento XVI aos católicos da Irlanda.Aceitar os resultados dos dois relatórios do Governo irlandês na matéria, o papa não escondeu as graves deficiências de líderes religiosos - bispos ou superiores de congregações - "Deve-se admitir que os erros graves de julgamento foram feitos e falhas de o governo tomou lugar. "3 Jeremy Bentham (1748-1832) Précurseur du libéralisme, il s'exprime en faveur de la liberté individuelle, de la liberté d'expression, de la liberté

économique, de l'usure, de la séparation de l’Église et de l'État, du droit des animaux, l'égalité des sexes, du droit au divorce, de la décriminalisation des rapports homosexuels, de l'abolition de l'esclavage, de l'abolition de la peine de mort, et de l'abolition des peines physiques, y compris celle des enfants. Bien que très clairement favorable à l'extension des droits individuels, il s'oppose à l’idée de lois ou de droits naturels, des "non-sens sur des échasses", et à l’idée de contrat social. Il est un des théoriciens les plus influents de par son œuvre et sa pensée novatrice, mais aussi par celle de ses disciples, dont son secrétaire et collaborateur James Mill, père de John Stuart Mill, le jurisconsulte John Austin, et Robert Owen, père du socialisme utopique. Sa doctrine : l'utilitarisme.Dès son retrait du barreau, Bentham choisit de consacrer son existence à la conception d’un système juridique et politique ayant d’autres fondements que l’usage, la coutume, les mœurs ou les croyances. Le fondement de ce système peut être résumé par une formule de Joseph Priestley, lue par Bentham en 1768 : « le plus grand bonheur du plus grand nombre ». Séduit

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par cette idée, Bentham se plonge dans les écrits de Priestley, David Hume, Cesare Beccaria, et Claude-Adrien Helvétius. La pensée de Bentham part du principe suivant : les individus ne conçoivent leurs intérêts que sous le rapport du plaisir et la peine. Ils cherchent à « maximiser » leur plaisir, exprimé par le surplus de plaisir sur la peine. Il s’agit pour chaque individu de procéder à un calcul hédoniste. Chaque action possède des effets négatifs et des effets positifs, et ce, pour un temps plus ou moins long avec divers degrés d’intensité ; il s’agit donc pour l’individu de réaliser celles qui lui apportent le plus de plaisir. Il donnera le nom d'Utilitarisme à cette doctrine dès 1781. Bentham avait mis au point une méthode, le « calcul du bonheur et des peines », qui vise à déterminer scientifiquement – c'est-à-dire en usant de règles précises – la quantité de plaisir et de peine générée par nos diverses actions. Ces critères sont au nombre de sept : Durée : Un plaisir long et durable est plus utile qu'un plaisir passager ; Intensité : Un plaisir intense est plus utile qu'un plaisir de faible intensité ; Certitude : Un plaisir est plus utile si on est sûr qu'il se réalisera ; Proximité : Un plaisir immédiat est plus utile qu'un plaisir qui se réalisera à long terme ;Étendue : Un plaisir vécu à plusieurs est plus utile qu'un plaisir vécu seul ; Fécondité : Un plaisir qui en entraîne d'autres est plus utile qu'un plaisir simple ; Pureté : Un plaisir qui n'entraîne pas de souffrance ultérieure est plus utile qu'un plaisir qui risque d'en amener. Théoriquement, l'action la plus morale sera celle qui réunit le plus grand nombre de critères. Afin d’assurer le bonheur de la population dans son entier, l’État est nécessaire, car lui seul est légitime pour garantir le respect des libertés individuelles et pour promouvoir le bonheur collectif. Il se doit de prendre les mesures législatives et sociales permettant de maximiser le bonheur total. Ainsi une loi ne doit être jugée « bonne » ou « mauvaise » que sous le rapport de sa capacité à augmenter le plaisir de tous. Il propose donc que l’État : - garantisse un revenu minimum pour tous, protège les biens et les personnes, défende les citoyens des agressions extérieures ; - encourage la croissance économique (augmentation du bonheur collectif) et démographique (pour une meilleure défense nationale, facteur de bonheur collectif) ; - assure une redistribution des richesses propre à augmenter le bonheur collectif (il est partisan d’une taxe progressive sur les héritages). La nature de cet État ne peut être que démocratique, une démocratie cependant élitiste : Bentham souhaite le suffrage censitaire (seuls les gens acquittant le cens peuvent voter). En effet, un monarque ou une dictature n’auraient tendance qu’à maximiser leur propre bonheur ; un régime oligarchique, qu’à maximiser le bonheur des gouvernants. Pour défendre l’intérêt du plus grand nombre, il faut nécessairement que l’État procède du plus grand nombre ; il doit donc être purement plouto-démocratique. Il a aussi défendu le droit des personnes homosexuelles et son œuvre Offenses contre soi-même2 est considérée comme le premier livre documenté écrit en anglais sur ce sujet. De nombreux philosophes ont développé et enrichi la pensée utilitariste, parmi lesquels John Stuart Mill, John Austin, Herbert Spencer, Henry Sidgwick ou James Mill. Bien qu’il ne soit pas le plus connu des philosophes, Jeremy Bentham a eu une influence considérable sur les sociétés occidentales. L’économie politique lui doit la popularisation de la notion d’utilité, qu’il a étendue au droit (v. notamment la notion d’arithmétique morale) et aux sciences sociales. Adam Smith, Jean-Baptiste Say et Charles Comte comptaient parmi ses amis ; John Stuart Mill fut son disciple. Les travaux de Bentham sur l'autorité ont notamment influencé Max Weber. Ce dernier ayant conceptualisé sa théorie de la domination en partie grâce à une interprétation des travaux de Bentham. Sa théorie de la justice sociale est restée dominante aux États-Unis jusqu'aux travaux de John Rawls. Il créa le concept de panoptique, sorte de prison modèle, permettant l’observation permanente des faits et gestes des détenus grâce à un principe de vision totale applicable également aux hôpitaux, ateliers, ou écoles. Il s’impliqua d’ailleurs directement dans sa réalisation, même s’il échoua pour des raisons de financements. Michel Foucault, dans Surveiller et punir, attirera l'attention sur ce principe. L'influence de Jeremy Bentham est considérable chez ses contemporains russes et latino-américains, en particulier à l'époque de l'indépendance des anciennes colonies hispano-américaines. Jeremy Bentham a ainsi entretenu des correspondances avec l'homme d’État centraméricain José Cecilio del Valle, mais aussi avec le Colombien Miranda ou l'Argentin Rivadavia. Jeremy Bentham (1748-1832) precursor do liberalismo, é a favor da liberdade individual, a liberdade de expressão, a liberdade econômica, a usura, a separação entre a Igreja eo Estado, direitos dos animais, a igualdade de gênero, o direito ao divórcio, a descriminalização das relações homossexuais, a abolição da escravidão, a abolição da pena de morte ea abolição punição física, inclusive de crianças. Embora claramente a favor da extensão dos direitos individuais, ele se opôs à idéia de leis ou direitos naturais, "nonsense sobre palafitas" ea idéia de contrato social. É um dos mais influentes pelo seu trabalho e teóricos pensamento inovador, mas também pela de seus discípulos, incluindo seu secretário e colaborador de James Mill, o pai de John Stuart Mill, o jurista John Austin, e Robert Owen, o pai de socialismo utópico. Sua doutrina do utilitarismo Após a retirada do bar, Bentham preferiu dedicar sua vida ao desenvolvimento de um sistema jurídico e político com outras fundações que uso, costume, moral ou crenças .. A base deste sistema pode ser resumido por uma fórmula de Joseph Priestley, lido por Bentham em 1768: "a maior felicidade para o maior número." Amo essa idéia, Bentham investiga os escritos de Priestley, David Hume, Cesare Beccaria e Claude-Adrien Helvétius. O pensamento de Bentham do seguinte princípio: os indivíduos não podem conceber os seus interesses na relação de prazer e dor. Eles procuram "maximizar" o seu prazer, expressa pelo superávit do prazer sobre a dor. Isto é para o indivíduo a realizar um cálculo hedónica. Cada acção tem efeitos negativos e positivos, e de que, para uma maior ou menor, com vários graus de intensidade; por isso é para o indivíduo a fazer aqueles que o trazem mais prazer. Ele lhe dará o nome de utilitarismo essa doutrina em 1781 Bentham tinha desenvolvido um método, o "cálculo da felicidade e tristezas", que visa determinar cientificamente -. Ou seja, usando regras específicas - a quantidade de prazer e dor gerada por nossas diversas ações. Estes

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critérios são em número de sete: Hora: prazer de longa duração e é mais útil do que um passageiro prazer; Intensidade: Um prazer intenso é mais útil do que de baixa intensidade o prazer; Certeza: Um prazer é mais útil se você tem certeza que vai acontecer; Proximidade: um prazer imediato é mais útil do que um prazer que serão realizados a longo prazo;Estendido: Uma experiência divertida juntos é mais útil do que um prazer vivia sozinho; Fertilidade: um prazer que leva a outros é mais útil do que um simples prazer; Pureza: Um prazer que não envolve sofrimento subseqüente é mais útil do que um prazer trazer riscos. Teoricamente, a ação mais moral é a que tem o maior número de critérios. Para garantir a felicidade de toda a população, o estado é necessária porque ela só é legítima para garantir o respeito das liberdades individuais e promover a felicidade coletiva. Ele deve tomar as medidas legislativas e sociais necessárias para maximizar a felicidade total. E uma lei serão julgados "bom" ou "ruim", como no que diz respeito à sua capacidade de aumentar o prazer de todos. Ele, portanto, propôs que o Estado: - garante uma renda mínima para todos, proteger as pessoas e bens, proteger os cidadãos das agressões externas; - Promove o crescimento econômico (aumento da felicidade coletiva) e demográfico (para melhor defesa, o fator de felicidade coletiva); - Garante redistribuição próprio para aumentar a riqueza felicidade coletiva (ele era a favor de um imposto progressivo sobre herança). A natureza deste estado só pode ser democrático, porém uma democracia elitista: Bentham deseja sufrágio (apenas pagar as centenas de pessoas podem votar). De fato, um monarca ou uma ditadura tenderia a maximizar a sua própria felicidade; um regime oligárquico, para maximizar a felicidade dos governantes. Para defender os interesses do maior número, é necessário que o Estado realiza o maior número; ele deve ser puramente pluto-democrata. Ele também defendeu o direito das pessoas gays e Delitos de trabalho contra a auto-même2 é considerado o primeiro livro escrito em Inglês documentado sobre este assunto. Muitos filósofos têm desenvolvido e enriquecido pensamento utilitarista, incluindo John Stuart Mill, John Austin, Herbert Spencer, Henry Sidgwick e James Mill. Embora não seja dos filósofos mais famosos Jeremy Bentham teve uma influência considerável sobre as sociedades ocidentais. A economia política deve a popularização do conceito de utilidade, que ele estendeu a lei (ver, em particular, a noção de aritmética moral) e ciências sociais. Adam Smith, Jean-Baptiste Say e Comte Charles estavam entre seus amigos; John Stuart Mill foi seu discípulo. O trabalho de Bentham sobre a autoridade foram particularmente influenciado Max Weber. O último que conceituou a sua teoria da dominação, em parte, através de uma interpretação da obra de Bentham. Sua teoria da justiça social se manteve dominante nos Estados Unidos até que o trabalho de John Rawls. Ele criou o conceito de panóptico, uma espécie de modelo de prisão, o que permite a observação contínua das ações dos presos com um princípio total de visão também se aplica a hospitais, oficinas e escolas. Também envolveu-se directamente na sua realização, mesmo que não por razões de financiamento. Michel Foucault em Vigiar e punir, chamar a atenção para este princípio. A influência de Jeremy Bentham é considerável entre seus contemporâneos russos e América Latina, especialmente no momento da independência das ex-colônias da América espanhola. Jeremy Bentham e mantido correspondência com o estadista da América Central José Cecilio del Valle, mas também com o Miranda Colômbia ou Argentina Rivadavia.3 Suggérer (v. a.)[su-gjé-ré. La syllabe gé prend un accent grave quand la syllabe qui suit est muette : je suggère, excepté au futur et au

conditionnel : je suggérerai, je suggérerais] 1. faire penser quelque chose sans le formuler; insinuer, conseiller. 2. faire naître dans l'esprit; susciter, évoquer. Littré 1. Fournir, verser (sens propre et vieilli). • Me suggérant la manne en sa lèvre amassée (RÉGNIER Élég. IV) 2. Dire à demi-voix et comme fait un souffleur. • Il n'était point de ceux qui savent aider à leur propre réputation, et qui ont l'art de suggérer tout bas à la renommée ce qu'ils veulent qu'elle répète tout haut avec ses cent bouches (FONT. Geoffroy.) • Sa soeur, sans quitter son travail, lui suggérait à demi-voix tout ce qu'il devait répondre (GENLIS Veillées du château t. II, p. 170, dans POUGENS) 3. Faire naître dans l'esprit par insinuation, par inspiration. • Ce sont subtilités que l'amour vous suggère (CORN. Agésil. III, 3) • Non-seulement ce que la loi commande, mais encore tout ce que la charité suggère (FLÉCH. Panégyr. Ste Thérèse.) • Quels timides conseils m'osez-vous suggérer ? (RAC. Athal. III, 6) • Démosthène, persuadé que les oracles étaient d'ordinaire suggérés par la passion ou par l'intérêt (ROLLIN Hist. anc. Oeuvr. t. v, p. 44, dans POUGENS) • Le vrai moyen de suggérer des réflexions au lecteur, c'est d'en faire (D'ALEMB. Oeuvr. t. IV, p. 11) • Une gaieté indigène qui suit le Français.... sur un champ de bataille, sur un matelas d'hôpital.... lui suggère un mot bizarre qui fait sourire ses camarades aussi maltraités que lui (RAYNAL Hist. phil. XIV, 30) Suggérer un testament, faire faire un testament par artifice ou par insinuation, à l'avantage ou au désavantage de quelqu'un.4 Leucippe et Démocrite sont les inventeurs de l'atomisme, doctrine plus tard reprise par Epicure, puis par Lucrèce. L'atomisme est une théorie

physique proposant une conception d'un univers discontinu, composé de matière et de vide. Selon les atomistes, les atomes composant l'univers sont tous de même substance. Ils sont insécables et ne diffèrent les uns des autres que par leur forme, leur position et leur mouvement (on sait aujourd'hui que l'atome est sécable mais que les particules élémentaires, elles, ne le sont pas dans l'état actuel de nos connaissances). L'atomisme s'oppose au monisme. Les atomistes constituent le réel avec le non-être, lequel a ainsi autant de réalité que l'être lui-même1. Au Ve siècle av. J.-C., Leucippe et son élève Démocrite d'Abdère sont considérés comme les fondateurs de l'atomisme, doctrine reprise plus tard par Épicure depuis le début du IVe siècle av. J.-C., puis par Lucrèce (Ier siècle av. J.-C.). Giordano Bruno double son atomisme d'un vitalisme, dans un poème latin intitulé Du minimum (De minimo), daté de 1591. L'atome est centre de vie, il est un point où vient s'insérer l'Âme du monde 4. En 1591, à Francfort, Giordano Bruno a écrit en latin deux poèmes sur la monade : Du triple minimum (De triplici minimo) et De la monade, du nombre et de la figure (De monade, numero et figura). Il appelle minimum ou monade une entité indivisible qui constitue l'élément minimal des choses matérielles et spirituelles. La monade, qui correspond au point des mathématiques et à l'atome de la physique, est cet être primitif, impérissable de nature aussi bien corporelle que spirituelle, qui engendre, par des rapports réciproques, la vie du monde. C'est une individualisation extrinsèque de la divinité  ;

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existence finie, elle est un aspect de l'essence infinie. Dieu, minimum et maximum, est la Monade suprême d'où s'échappent éternellement une infinité de monades inférieures.La théorie atomique moderne, scientifique, à base expérimentale, est formulée par John Dalton, dans son ouvrage New System of Chemical Philosophy (1808-1827). Il donne la première représentation symbolique liée aux systèmes des atomes et un tableau des masses atomiques. Sa méthode pour déterminer la masse des atomes étant erronée, sa théorie est contestée par l'école équivalentiste (notations en équivalents fondés sur des rapports pondéraux de combinaison, sur des rapports volumiques ou sur des équivalents de substitution) de Marcellin Berthelot et William Hyde Wollaston 6 , jusqu'à la publication en 1913 de Jean Perrin, Les Atomes.Depuis la physique quantique, la thèse réductionniste qu'atomes et vide sont les deux entités constituant la matière est problématique7. Kuhlman résume ainsi le paradoxe :

la théorie quantique des champs est atomiste si l'on entend par là qu'il existe des explications réductionnistes,mais

la théorie quantique des champs n'est pas atomiste si l'on entend par là qu'il n'existe que des particules et du vide.Toutefois, d'après Kuhlman, même la première thèse pourrait être réfutée, parce qu'il n'y a plus, dans la physique des particules moderne, de champs et de particules qui soient des entités fondamentales.Benjamin Hiley, collègue de David Bohm commente :

« Posons-nous la question: « Où est la « substance » de la matière? Est-elle dans l'atome? La réponse est clairement « non ». Les atomes sont faits de protons, de neutrons et d'électrons. Est-elle donc dans les protons et les neutrons? Encore une fois, «  non », parce que ces particules sont constituées de quarks et de gluons. Est-elle dans le quark? On peut toujours espérer qu'elle l'est, mais mon sentiment est que l'on montrera que ces entités sont composées de "préons", un mot qui a déjà utilisé à cet égard. Mais nous n'avons pas à continuer plus loin pour voir qu'il n'y a pas d'ultimon. Un quark et un antiquark peuvent s'annihiler mutuellement pour produire des photons (de l'énergie électromagnétique) et le photon n'est pas vraiment ce dont nous avons besoin pour expliquer la solidité de la matière macroscopique de cette table. Ainsi, nous voyons que la tentative d'attribuer la stabilité de la table à quelque entité ultime "solide" est erronée. »

— Benjamin Hileyn 1

Dans la Critique de la raison pure, à l'occasion de la dialectique transcendantale, Emmanuel Kant fait de l'atomisme l'un des deux termes de la deuxième antinomie.Dans son livre Les intuitions atomistiques 8 (1935), Gaston Bachelard critique ce qu'il appelle un « atomisme naïf ».Leucipo e Demócrito são os inventores da doutrina atomismo posteriormente assumidas por Epicuro, Lucrécio então. Atomismo é uma teoria física que propõe um projeto de um universo descontínuo composto de matéria e vácuo. De acordo com o atômica, os átomos que compõem o universo são todos da mesma substância. Eles são indivisíveis e só diferem uns dos outros apenas pela sua forma, posição e movimento (agora sabemos que o átomo é divisível mas as próprias partículas elementares, não são, no estado atual da nosso conhecimento). Atomismo se opõe ao monismo. Atomistas são reais com o não-ser, que tem tanto a realidade como sendo itself1. No século V aC. AC, Leucipo e seu discípulo Demócrito de Abdera são considerados os fundadores da doutrina atomismo adotadas mais tarde por Epicuro desde o início do século IV aC. AC, em seguida, por Lucrécio (século I aC). Giordano Bruno dobra atomismo do vitalismo, em um poema latino Du mínimo (De mínimos), datada de 1591. O átomo é o centro da vida, há um ponto que se insere a Alma do mundo 4. Em 1591, em Frankfurt, Giordano Bruno escreveu dois poemas em latim sobre a mônada: From mínimo triplo (De triplici minimo) e da mônada, eo número da figura (Do número de mônada e figurado). Ele chamou mínimo ou Mônada uma entidade indivisível que é o elemento mínimo de coisas materiais e espirituais. A mônada, que é o desenvolvimento do átomo de matemática e física é esse ser primitivo, a natureza imperecível tanto corporal e espiritual, o que gera, por meio de relações mútuas, a vida do mundo. Esta é uma individualização extrínseca da divindade; existência finita, isto é um aspecto essencial do infinito. Deus, mínimo e máximo, é a Mônada Suprema da qual escapar para sempre mônadas infinitas abaixo.A teoria atômica moderna, científica, para a base experimental é formulada por John Dalton, em seu livro Novo Sistema de Filosofia Química (1808-1827). Ele dá a primeira representação simbólica relacionada a sistemas de átomos e uma tabela de pesos atômicos. Seu método para determinar a massa dos átomos está errado, sua teoria é desafiado por escola équivalentiste (notações com base em relações de peso da combinação equivalente nos índices de volume ou substituto equivalente) Marcelino Berthelot e William Hyde Wollaston6 até a publicação em 1913 de Jean Perrin, átomos.Desde a física quântica, como átomos e tese reducionista vazio são duas entidades que constituem o material é problematic7. Kuhlman resumiu o paradoxo:teoria quântica de campos é atomística se por isso entendemos que há explicações reducionistas,masteoria quântica de campos não é atomística se por isso entendemos que existem apenas partículas e vácuo.No entanto, de acordo com Kuhlman, mesmo o primeiro argumento pode ser refutado, porque já não está nos moderna física de partículas, campos e partículas que são entidades fundamentais.Benjamin Hiley, colega de David Bohm diz:

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"Vamos fazer a pergunta:" Onde está a "substância" da matéria? É no átomo? A resposta é claramente "não". Os átomos são feitos de prótons, nêutrons e elétrons. Ela está em prótons e nêutrons? Mais uma vez, "não", porque essas partículas são feitos de quarks e glúons. É no quark? Pode-se sempre espero que seja, mas o meu sentimento é que nós mostramos que essas entidades são compostas de "priões", uma palavra que já foi usado neste sentido. Mas não temos de ir mais longe para ver que não há ultimon. Um quark e um antiquark pode aniquilar uns aos outros para produzir fótons (energia eletromagnética) e o fóton não é realmente o que precisamos para explicar a resistência do material macroscópico desta tabela. Assim, vemos que a tentativa de atribuir a estabilidade do quadro em alguma entidade final "sólida" é errado. "- Benjamin Hileyn 1Na Crítica da Razão Pura, por ocasião da dialética transcendental, Emmanuel Kant atomismo um dos dois termos da segunda antinomia.Em seu livro atomistiques8 intuições (1935), Gaston Bachelard critica o que ele chama de "atomismo ingênuo."5 Covariance. A teoria das probabilidades e estatísticas, a covariância é uma medida da variação simultânea para avaliar o sentido de variação de duas variáveis aleatórias (ou dois conjuntos de dados digitais), e, assim, para caracterizar a dependência destas variáveis. Isto é para dizer que a covariância torna-se mais positivo para cada um dos pares de valores que diferem do seu significativo na mesma direcção, e uma mais negativos para cada par de valores que diferem do seu significativo no sentido oposto. Se duas variáveis aleatórias são independentes, em seguida, a sua covariância é zero, mas o inverso é falsa.6 Tensão. Condição mental que causa a necessidade de relaxamento; instinto ou tendência que precisa ser satisfeito. A tensão de nossos sentimentos, em seguida, atingiu o seu clímax e, sem nunca um gesto ou uma palavra de violência manifestada em exasperação, sabíamos, a um e outro, um choque poderia nos levar a excesso ( Bosco, Mas Théot., 1945, p. 143). Pathol., Psychopathol. Tensão nervosa excessiva ou psicológica. Declaração exasperação Sustentável e intensa acompanhada por ruminações mentais, desejos dolorosos agressivos e ansiedade, que podem ficar muito tempo dentro, apesar do sentido pelo sujeito precisa liberar (Lar base. Med .. T. 3 1972). Feita de soft para alguma coisa, para se aproximar cada vez mais absoluta.7 noética (termo derivado da noesis) é um ramo da filosofia metafísica em intelecto e pensamento. Entre suas atrações, podemos citar o estudo da natureza e do funcionamento do intelecto humano e as ligações entre o intelecto eo intelecto divino. É por isso que a noética muitas vezes tinham laços muito estreitos com a metafísica. Na tradição ocidental e da filosofia árabe, grande parte da noética desenvolvido através do estudo de certas obras como Aristóteles: Metafísica em Aristóteles apresentou o primeiro motor é um ato: ele acha-se mesma. Deus ato puro, é o primeiro motor, eterno e imóvel. Ele se afasta, como a causa eficiente, em contacto, mas sem reciprocidade e sem ser ela própria afectada a esfera das estrelas fixas, e imprime um movimento uniforme, contínuo e eterno, o mais próximo da quietude do movimento "Ato Puro, eo movimento mais próximo pensamento totalmente próprio. Deus é o pensamento de pensamento, o próprio pensamento. Aristóteles determina a atividade do motor principal, identificado com Deus eo bem de Platão, como "pensamento de pensamento" (νόησις νοήσεως). Pensamento Divino pensa em si e é o pensamento de pensar: "Por conseguinte, a Inteligência Suprema pensar em si, uma vez que há mais excelente, e seu pensamento é pensado pensamento "(Metafísica Lambda 9, trans. J. Tricot, t. II, p. 701). Da alma em Aristóteles descreve o processo de intelecção inteligível (o pensável, o objeto do pensamento), a partir da definição da alma e suas faculdades. A alma tem quatro faculdades: nutritiva (vegetativas), sensorial (percepção), apetitivas (motor), intelectiva (cogitative). "A alma (...) é definida pelas funções nutritivas, sensível, cogitative e movimento" (De Anima, II, 2, 413 b 15). A alma intelectual (= a faculdade dianoético, cogitatif mente, a parte pensante) inclui um "intelecto paciente" (passivo) e "intelecto" (ativo): "Há uma inteligência lado caracterizada na medida em que se torna todas as coisas, e a outra, que se caracteriza pelo fato de que produz todas as coisas, como um tipo de comparável ao "estado de luz (De Anima, III, 5, 430 a 14-15, trad. R. Bodéüs, Garnier-Flammarion, 1993, p. 228). O intelecto é o princípio ativo do nosso intelecto, o que garante que o nosso intelecto pode apreender ou torna-se inteligível (o impensável). Organon Em Aristóteles expõe sistematicamente as formas de pensamento e de demonstração como Estado da ciência. Tratados e formar um conjunto completo que os partidos seguem uma seqüência definida. Na verdade, é mais os próprios comentaristas que criaram este sistematicidade aparente.Neoplatonismo traz soluções noéticas de reflexões sobre o Uno e do Múltiplo, principalmente. Plotino desenvolve uma teoria do processo de emanação do Um e Intelecto (Nous).8 Marcel Mauss (1872-1950), geralmente considerado o "pai da antropologia francesa", é mais conhecido por um grande número de teorias, inclusive o de dar e presente-contras, e dirigiu uma variedade de assuntos como evidenciado por seus estudos sobre as técnicas do corpo, religião ou magia. Mauss está preocupado em compreender as realidades na sua totalidade: ela se desenvolve na medida em que o conceito inovador de "fato social total", que teve grande sucesso de interesse e uso no mundo das ciências sociais. Marcel Mauss considera um fato social é inerentemente multidimensional. Ele sempre tem os olhos, dimensões religiosas, simbólicas ou colectivas econômicos, culturais e nunca pode ser reduzido a um só destes aspectos. Marcel Mauss também escolhe para compreender o ser humano em sua realidade concreta, sob a perspectiva fisiológica, psicológica e sociológica triplo. Ele e delinear um conceito relacionado:. "Habitus", o "homem total", que irá alimentar incluindo Pierre Bourdieu em sua análise em termos deCentra-se sobre o significado social da presente nas sociedades tribais, bem como fenômeno religioso: a magia é considerada um fenômeno social que pode ser explicado pelo conceito de mana. Embora a criação de laços sociais (sociologia), o presente é agonista (ele "forças" aquele que recebe, que não pode ser lançado como um "presente-cons"). Para Mauss, o presente é essencial na sociedade humana e tem três fases: a obrigação de dar, a obrigação de receber ea obrigação de rendreN Se tomarmos as sociedades "primitivas" como um campo de estudo. é menor porque o original ainda é simples e original, porque é difícil de encontrar em outro lugar uma prática de dar e presente-contras "mais clara, mais completa, mais consciente 'c' seja como um "fato social total". Em termos de método, continua a ser a favor de uma divisão de trabalho entre aqueles que recolhem fatos - uma tarefa que ele atribui ao etnógrafo - e uma que opera na interpretação e torna inteligível. "Precisamos de sociólogos e etnógrafos. Alguns explicar e informar os outros. " Marcel Mauss tem muito pouco praticado estudos de campo, num momento em que este método é cada vez mais reconhecida no mundo anglo-saxão, especialmente sob a influência de Malinowski, manteve-se marginal, particularmente na França. As poucas observações diretas que mobiliza, por exemplo, em seu trabalho sobre "técnicas corporais" são derivadas de sua

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experiência nas forças armadas ou de sua infância em Touraine. No entanto, um sinal da evolução da disciplina, ele incentivou seus alunos a ir lá para as observações e escreveu uma etnografia manual que lista todos os arranjos durante um estudo de campo.5 Covariance. En théorie des probabilités et en statistique, la covariance est une mesure de la variation simultanée permettant d'évaluer le sens de

variation de deux variables aléatoires (ou de deux séries de données numériques) et, ainsi, de qualifier la dépendance de ces variables. C'est-à-dire que la covariance devient plus positive pour chaque couple de valeurs qui diffèrent de leur moyenne dans le même sens, et plus négative pour chaque couple de valeurs qui diffèrent de leur moyenne dans le sens opposé. Si deux variables aléatoires sont indépendantes alors leur covariance est nulle, mais la réciproque est fausse.6 Tension. État psychique entraînant le besoin d'une détente; pulsion ou tendance qui a besoin d'être satisfaite. La tension de nos sentiments

atteignit alors à son paroxysme et, sans que jamais un geste ou un mot de violence en manifestât l'exaspération, nous savions, l'un et l'autre, qu'un choc pouvait nous porter à la démesure (Bosco, Mas Théot., 1945, p. 143). Pathol., Psychopathol. Tension nerveuse ou psychologique excessive. État d'exaspération durable et intense, accompagné de ruminations mentales pénibles, de désirs agressifs et d'angoisse, qui peut rester longtemps intérieur, malgré le besoin ressenti par le sujet de se libérer (d'apr. Lar. Méd. t. 3 1972). Fait de tendre à quelque chose, de s'approcher de plus en plus d'un absolu. 7 La noétique (terme dérivé de noèse) est une branche de la philosophie métaphysique concernant l'intellect et la pensée. Parmi ses

centres d'intérêt on peut mentionner l'étude de la nature et du fonctionnement de l'intellect humain et les liens entre cet intellect et l'intellect divin. C'est pourquoi la noétique a eu souvent des liens très étroits avec la métaphysique. Dans la tradition occidentale et dans la philosophie arabe, une bonne partie de la noétique s'est développée grâce à l'étude de certaines œuvres d'Aristote comme : dans La Métaphysique Aristote présente le Moteur Premier qui est acte : il se pense lui-même. Dieu, comme acte pur, est le Moteur premier, éternel et immobile. Il meut immédiatement, à titre de cause efficiente, par contact mais sans réciprocité et sans être lui-même touché, la Sphère des Étoiles fixes, et lui imprime un mouvement uniforme, continu et éternel, mouvement le plus voisin de l’immobilité de l’Acte pur, et qui ressemble le plus parfaitement au mouvement propre de la pensée. Dieu est pensée de la pensée, pensée de soi. Aristote détermine l’activité du Premier Moteur, identifié à Dieu et au Bien de Platon, comme "pensée de la pensée" (νόησις νοήσεως). La Pensée divine se pense elle-même et elle est la Pensée de la Pensée : "L'Intelligence suprême se pense donc elle-même, puisqu'elle est ce qu'il y a de plus excellent, et sa Pensée est pensée de pensée" (Métaphysique, Lambda, 9, trad. J. Tricot, t. II, p. 701). Dans De l'Âme Aristote présente le processus de l'intellection des intelligibles (le pensable, l'objet de la pensée), à partir de la définition de l'âme et de ses facultés. L'âme a quatre facultés : nutritive (végétative), sensitive (perceptive), appétitive (motrice), intellective (cogitative). "L'âme (...) se définit par les fonctions nutritive, sensitive, cogitative et par le mouvement" (De l'âme, II, 2, 413 b 15). L'âme intellective (= la faculté dianoétique, l'esprit cogitatif, la partie pensante) comprend un "intellect patient" (passif) et un "intellect agent" (actif) : "Il y a d'un côté l'intelligence caractérisée par le fait qu'elle devient toutes choses, et, de l'autre, celle qui se caractérise par le fait qu'elle produit toutes choses, comme une sorte d'état comparable à la lumière" (De l'âme, III, 5, 430 a 14-15, trad. R. Bodéüs, Garnier-Flammarion, 1993, p. 228). L'intellect agent est le principe actif de notre intellect, qui fait en sorte que notre intellect possible saisisse ou devienne les intelligibles (le pensable).Dans L'Organon Aristote y expose de manière systématique les formes de la pensée et de la démonstration comme condition de la science. Les traités formeraient ainsi un ensemble complet dont les parties se suivent selon un ordre déterminé. En fait, ce sont davantage les commentateurs eux-mêmes qui ont créé cette apparente systématicité. Le néoplatonisme apporte à la noétique des solutions issues des réflexions sur l'Un et le Multiple principalement. Plotin développe une théorie du processus d'émanation à partir de l'Un et de l'Intellect (Noûs).8 Marcel Mauss (1872-1950), généralement considéré comme le « père de l'anthropologie française », est surtout connu pour un certain nombre

de grandes théories, notamment celle du don et du contre-don, et a abordé une grande variété de sujets comme en témoignent ses études sur les techniques du corps, la religion ou la magie. Mauss a le souci de saisir les réalités dans leur totalité : il élabore en ce sens le concept novateur de

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« fait social total » qui connaîtra un vif succès d'intérêt et d'usage dans l'univers des sciences sociales. Marcel Mauss considère qu'un fait social est intrinsèquement pluridimensionnel. Il comporte toujours à ses yeux des dimensions économiques, culturelles, religieuses, symboliques ou encore juridiques et ne peut jamais être réduit à un seul de ces aspects. Marcel Mauss choisit également d'appréhender l'être humain dans sa réalité concrète, sous le triple point de vue physiologique, psychologique et sociologique. Il esquissera ainsi un concept connexe : celui « d'homme total », qui nourrira notamment Pierre Bourdieu dans ses analyses en termes « d'habitus ».Il s'intéresse à la signification sociale du don dans les sociétés tribales, ainsi qu'au phénomène religieux : la magie est considérée comme un phénomène social qui peut notamment s'expliquer par la notion de mana. Tout en créant du lien social (sociologie), le don est agoniste (il « oblige » celui qui reçoit, qui ne peut se libérer que par un « contre-don »). Pour Marcel Mauss, le don est essentiel dans la société humaine et comporte trois phases : l'obligation de donner, l'obligation de recevoir et l'obligation de rendreN 1. S'il prend les sociétés « primitives » comme terrain d'étude, c'est moins parce que le primitif serait toujours aussi le simple et l'originel, que parce qu'il est difficile de rencontrer ailleurs une pratique du don et du contre-don « plus nette, plus complète, plus consciente » c'est-à-dire comme un « fait social total ». Sur le plan de la méthode, il reste partisan d’une division du travail entre celui qui collecte les faits — tâche qu’il assigne à l’ethnographe — et celui qui en opère l'interprétation et les rend intelligibles. « Il faut des sociologues et des ethnographes. Les uns expliquent et les autres renseignent ». Marcel Mauss a très peu pratiqué les études de terrain, à une période où cette méthode qui s’impose progressivement dans le monde anglo-saxon, notamment sous l’influence de Malinowski, restait marginale, en particulier en France. Les quelques observations directes qu’il mobilise par exemple dans ses travaux sur « les techniques du corps » sont issues de son expérience dans l'armée ou de son enfance en Touraine. Cependant, signe d’une évolution de la discipline, il a incité ses élèves à se rendre sur place pour les observations et a rédigé un Manuel d’ethnographie qui répertorie l’ensemble des dispositions à prendre lors d’une étude de terrain.9 En deçà de /ɑ̃� də.sa də/ 1. De ce côté-ci de. […] : à deux pas de la frontière, les douaniers tolèrent l’entrée en franchise de certaines denrées

belges, meilleur marché qu’en-deçà. — (Jean Rogissart, Passantes d’Octobre, 1958). Il demeure en deçà du pont. Vérité en deçà des Pyrénées, erreur au-delà. Elliptiquement. Il est situé en deçà, un peu plus en deçà. Rester en deçà : Ne pas faire, ne pas dire tout ce qu’il faudrait dire ou faire. 2. Avant. Son histoire remonte à des temps en deçà du Moyen Âge. 3. (Figuré) En dessous de. En deçà d’un certain financier, ce projet pourrait être annulé définitivement.10

si se si (adj.) tão si (adv.) assim (Portugal) même si mesmo que (Brasil) même si (adv.) mesmo se si besoin est (adv.) caso seja solicitado, em caso de emergência, numa emergência, se assim for solicitado, se necessário, se o pior acontecer, se preciso si bien que de modo que11

En chair et en os. En personne. Cette expression semble dater du XVIe siècle environ. On la trouvait également sous la forme "en os et en char". La chair et les os étant ce qui constitue un être humain, elle signifie qu'une personne est bien réelle, qu'elle est présente physiquement.12 Oracle 1. Réponse d'une divinité à la personne qui la consulte. 2 (P. méton.) a) Divinité consultée; personnalité religieuse qui la consulte et qui transmet ses réponses. b) Lieu, sanctuaire où se passe cette consultation. Oraculaire Qui fait autorité à la manière d'un oracle; qui tient des propos dignes d'un oracle; sentencieux. 13

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Les sons de la langueLa langue orale est constituée de sons : les phonèmes.Dans la langue française les phonèmes se répartissent ainsi :

• voyelles• consonnes• semi-voyelles (ou semi-consonnes)

Remarque préliminaire :

Les  termes « voyelle » et « consonne » utilisés dans ces lignes et sur ce site le sont dans leur acception phonétique. Ils s’appliquent à désigner les sons de la parole.

Dans le cas de la référence aux graphies de l’alphabet latin, nommées également consonnes et voyelles, ce sont les expressions « lettre voyelle » ou « lettre consonne » qui seront utilisées; cette distinction est essentielle à une bonne communication.

Les  voyelles

La voyelle est un son du langage humain produit par la vibration des cordes vocales et caractérisé par le passage de l’air via la cavité buccale et/ou les fosses nasales.

La cavité buccale et les fosses nasales servent de résonateurs et de modulateurs à l’écoulement de l’air, jouant ainsi sur le timbre du son émis.

La voyelle constitue à elle seule une syllabe.Sans voyelle pas de syllabe !

• Les voyelles se caractérisent par des sons « clairs » et « intenses »

• Les voyelles du français sont de deux types : orales et nasales

• Lorsque l’air passe par la bouche, les voyelles sont orales : o œo œ   e e ((é èé è)) ou ou   a a   u u   i i

• Lorsque l’air passe par le nez, les voyelles sont nasales : anan   on on   in in   un un

Tableau des voyelles

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La réalité / Le réel – Signe – Structure – Sublimation – Sujet - Symbolique A realidade/O Real – Signo – Estrutura – Sublimação – Sujeito - Simbólico

Les consonnes

La consonne est un son du langage humain dont la production est caractérisée par l’obstruction du passage de l’air via la cavité buccale et/ou les fosses nasales.

La  consonne ne peut pas à elle seule former une syllabe.La consonne a besoin d’être associée à une voyelle pour constituer une syllabe.

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Les consonnes se caractérisent par des bruits (sifflement, chuintement, claquement, …)Elles peuvent être de deux types :• occlusives lorsque le passage de l’air est fermé et que le son résulte de son ouverture subite (p, b, t, d, k, g)• continues lorsque le passage de l’air n’est pas interrompu (f, v, s, z, ch, j, m, n, l, r, gn)

Tableau des consonnes

Les semi-voyelles

Semi-voyelle ou semi-consonne, deux appellations existent pour désigner la même réalité phonétique. Le mode de production de la semi-voyelle (terme que nous emploierons par défaut dans ces pages) est semblable à celui d’une voyelle. Cependant la semi-voyelle n’est pas caractérisée par un son « clair et intense » comme la voyelle.La semi-voyelle est un phonème vocalique, placé avant ou après une voyelle.

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Une voyelle et une semi-voyelle associées composent deux sons liés qui se prononcent en une seule émission de voix. (oi, ui, ion, ail, eil)

La semi-voyelle ne peut pas à elle seule former une syllabe.La semi-voyelle a besoin d’être associée à une voyelle pour constituer une syllabe.

Les semi-voyelles du français sont les suivantes :

[ j ] → i    y    il   ill  ll ***lion – yeux – soleil – paille – brille[w] → o    ou   w ******* oiseau – loin – oui – souhait – kiwi[µ] → u ****************lui – huile - suer

Prononcer 'ent' à la fin d'un mot 'ent' à la fin d'un mot se prononce : [ɑ̃O ](en)   ou ne se prononce  pas... du... tout.

'ent ' se prononce : [ɑ̃O ] (en) quand il se trouve à la fin :

           - d'un nom : un évènement           - d'un adjectif : récent           - d'un adverbe : sûrementmais  'ent ' ne se prononce pas quand il s'agit de la terminaison d'un verbe  conjugué , à la 3ème personne du pluriel.     il chante  et   ils chantent    se prononcent exactement de la même façon, nt est seulement la marque du pluriel du verbe.( verbe chanter )

 Même chose avec : ils chantèrent , ils chantaient, ils chanteraient