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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa Edition nº 317 | Série II, du 05 juillet 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais Tiago Martins organiza a 3ª edição do Leiria Dancefloor com nova estratégia na programação do festival 10 Tiago Martins Novo Portal de Notícias começa no dia 12 de julho LusoJornal / Mário Cantarinha 04 LusoJornal vai passar a diário Consulado. O Conselho consultivo da área consular de Paris teve mais uma reu- nião no sábado passado no Consulado Geral de Portugal 06 Empresas. O jovem empreendedor Bruno reis criou uma agência de consulta- doria em gestão do património para Portu- gueses de França 07 Livros. A Livraria Portuguesa e Brasi- leira comemorou 30 anos e as Edições Chandeigne 25 anos de existência 11 Festa. A Rádio Arc en Ciel organizou mais uma edição da Festa dos Santos Populares num parque municipal de Fleury-les-Aubrais 16 PUB PUB

Edition nº 317 | Série II, du 05 juillet 2017 Hebdomadaire ...Serviços serão gastos no Dispositivo de Meios Aéreos de Combate a Incêndios Florestais. Ainda assim, 64 vidas foram

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Page 1: Edition nº 317 | Série II, du 05 juillet 2017 Hebdomadaire ...Serviços serão gastos no Dispositivo de Meios Aéreos de Combate a Incêndios Florestais. Ainda assim, 64 vidas foram

GRATUIT

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

Edition nº 317 | Série II, du 05 juillet 2017 Hebdomadaire Franco-Portugais

Tiago Martins organiza a 3ª edição do Leiria Dancefloor com nova estratégia na programação do festival

10

Tiago Martins

Novo Portal de Notícias começa no dia 12 de julhoLusoJornal / Mário Cantarinha

04

LusoJornalvai passar a diário

Consulado. O Conselho consultivo daárea consular de Paris teve mais uma reu-nião no sábado passado no ConsuladoGeral de Portugal

06 Empresas. O jovem empreendedorBruno reis criou uma agência de consulta-doria em gestão do património para Portu-gueses de França

07

Livros. A Livraria Portuguesa e Brasi-leira comemorou 30 anos e as EdiçõesChandeigne 25 anos de existência

11 Festa. A Rádio Arc en Ciel organizou maisuma edição da Festa dos Santos Popularesnum parque municipal de Fleury-les-Aubrais

16

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02 OPINIÃO Le 05 juillet 2017

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret:52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, António Marrucho, Céline Pires, Clara Teixeira, CindyPeixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, Inês Vaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira,Jorge Campos (Lyon), José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manuel do Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Mickaël Fernandes, Nathalie deOliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Ricardo Vieira, Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits |Agence de presse: Lusa | Photos: António Borga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha, Tony Inácio | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenuede la porte de Vanves, 75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: juillet 2017 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

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Pergunta dos leitores

Pergunta:Caro Diretor,Leio o LusoJornal há cerca de 3anos. Descobri por acaso numa lojaportuguesa e depois confesso que fi-quei dependente do vosso jornal. [...]A bem dizer, eu não sabia nada doque se passava na Comunidade por-tuguesa. Aprendi mais com o vossojornal do que em todos os anos quevivo aqui. Estava isolado no meucanto, mesmo se convivo com mui-tos portugueses, mas estava longede saber o que se passa nas outrascidades. Política, cultura e até des-porto, fico muito impressionado comtudo o que acontece aqui. [...]Mas há uma coisa que queria dizer-vos. Leio o LusoJornal no computa-dor, porque a loja que distribuifechou, mas é muito complicado lero jornal no computador, e no telemó-vel nem se fala. Porque razão vocêsnão fazem um site mais moderno emais fácil.Manuel Rodrigues(mail)

Resposta:Caro leitor,Com a edição desta semana, vamosenfim responder ao mail que nos en-viou há já algumas semanas.As palavras simpáticas que diz anosso respeito, resconfortam-nos.Estamos conscientes do trabalhoque fazemos e queremos continuara fazer. O nosso novo site internet vairesponder plenamente às suas es-pectativas. Pelo menos esperamos.Boa leitura.

Carlos Pereira, Diretor do LusoJornalEnvie as suas perguntas para: [email protected]

Fui eu. Fui eu, o eucalipto, o culpadoda catástrofe incendiária que matou 64pessoas, feriu mais de 200, destruiudezenas de hectares de floresta, muitascasas e postos de trabalho, e que alte-rou a vida de muitos residentes na re-gião de Pedrogão Grande, Pampilhosada Serra, Figueiró dos Vinhos, Góis...Ainda tentaram que o culpado fosse atrovoada seca e um raio “terrorista”, ascondições meteorológicas esquisitasnunca vistas, o funcionamento ou nãofuncionamento do SIRESP (uma redede comunicações entre as polícias, osbombeiros e serviços da Proteção Civil,que alguns relatórios juram ter funcio-nado bem e outros asseguram ter fa-lhado completamente). Apontaram odedo aos atuais Ministros da Agricul-tura e/ou da Administração Interna, aoatual Chefe de Governo (que já foi Mi-nistro da Administração Interna noutrostempos e que fez grandes alteraçõesneste setor). Na impossibilidade de res-ponsabilizar os atuais governantes (oscoitados vieram de chegar há poucomais de ano e meio) tentaram culpar osMinistros do passado recente pelo de-sordenamento do território, pela falta delimpeza e má conservação das flores-tas, pela falta de chuva e excesso desol, blablá, mas também sem grandesucesso… E ainda não se lembrarameles que o responsável deve ser o rei D.Afonso III (ou D. Dinis?), que mandouplantar o vizinho Pinhal de Leiria no dis-tante século XIII (de certeza que esse se-nhor deve ter alguma coisa a ver comisto: o homem não foi eleito democrati-camente pelo povo e não professavauma das ideologias progressistas e ilu-minadas que sabem tudo e têm semprerazão).Apesar dos muitos milhões de euros in-vestidos em material e bombeiros, emhelicópteros apaga-fogos e tecnologiasde comunicação, também isso pareceque não chega. Chegou-se mesmo adizer que se tinha feito tudo o que sepodia fazer. E uma Deputada ateia fezum tweet-prece ao deus-Mecânico douniverso a pedir chuva! Se não fossetriste, daria vontade de rir…Mas na verdade, quando morrem 64pessoas, a maior parte a tentar fugir,não se fez tudo o que se devia terfeito: o Estado - Governo central e or-ganismos tutelados pelos diversosMinistérios, os Municípios - falharam

totalmente. E, no entanto, 137.687.616euros foram atribuídos à Proteção Civilno ano de 2017: 85,45% do total orça-mentado na rubrica Aquisição de Bens eServiços serão gastos no Dispositivo deMeios Aéreos de Combate a IncêndiosFlorestais. Ainda assim, 64 vidas foramperdidas. No Canadá, uma área muitomaior de floresta foi destruída por umviolentíssimo incêndio, 80.000 pes-soas foram evacuadas de uma cidadecercada pelo fogo e nem uma pessoamorreu. Não, não somos de todo os me-lhores dos melhores do mundo.Mais uma vez o Estado - omnipotentee omnipresente - falhou. O Estado, quealguns defendem como a Grande-Mãede todos os cidadãos, o Provedor detodas as necessidades, o Único Educa-dor autorizado, o Supremo-Curador detodas as enfermidades, colapsou. E 64vidas foram perdidas, mais de 200 fi-caram feridas e alterou-se para semprea vida de muitos mais… O Estado co-lapsou e ninguém pede desculpa. E fa-lhou porque, apesar de todas as leis,elas não se fazem cumprir e porque osmunicípios preferem gastar mais di-nheiro em rotundas, em festas popula-res e em garantir a vitória numa

próxima eleição, do que em promovera limpeza das matas, o correto ordena-mento da floresta e fazer uma atem-pada fiscalização para proteger aspopulações. O Estado falhou, porqueem Portugal não há uma cultura de res-ponsabilidade nem hábitos de preven-ção, disciplinada e rigorosa: “amanhãlogo se vê” e, com sorte, “não acon-tecerá nada”.Ninguém assume coisa alguma e nin-guém pede desculpa seja pelo quefor, porque o responsável é o outro: oPrimeiro-Ministro exigiu publica-mente respostas à sua Ministra, a Mi-nistra dele exigiu respostas aosOrganismos públicos por ela mesmatutelados, e cada um desses Organis-mos públicos disseram ter funcio-nado corretamente, acusando osoutros de falharem. O Estado falhou,porque a desorganização e o indivi-dualismo impera e a maior parte dosComandantes da Proteção Civil(foram 15) tinha sido substituída emabril por razões políticas. Ao que pa-rece, não há profissionais tecnica-mente competentes para chefiaremtoda uma organização. É precisomesmo terem a confiança política

dos Governantes. E eu, que não passode um eucalipto, é que sou o cul-pado.Esquecem-se, no entanto, que a di-minuição da população no interior dopaís, a alteração dos hábitos de vida(ninguém vai hoje para a floresta bus-car lenha para fazer fogo na cozinhade casa) e a necessidade de tiraralgum rendimento das terras emtempo útil de vida, levaram a escolhero eucalipto como árvore a plantar.Eu, eucalipto, me confesso: é verdadeque somos mais, mas porque cresce-mos depressa e nos podem cortarmais cedo para fazer dinheiro. Nin-guém pode esperar décadas para queuns carvalhos cresçam e possam darsustento a uma família e ninguém tirasustento de uma terra cheia de arbus-tos. E com fogos tão frequentes nin-guém pode esperar 20 ou 25 anospara que um pinheiro atinja a matu-ridade para ser cortado. E agora gri-tam alguns: “Nem mais um eucaliptopara a floresta portuguesa!”. Mas eunão tenho culpa! Ou tenho?! Veremoso que os especialistas dirão…Seja como for, uma coisa é certa: seas árvores em Portugal votassem paraa Assembleia da República e para asCâmaras Municipais, muito provavel-mente haveria menos incêndios.Aos que morreram dai-lhes, Senhor,o eterno descanso. E aos responsáveispolíticos e técnicos, confessos ounão, perdoai-lhes Senhor, porque elesinsistem em fazer de conta que nãosabem o que fazem.

Note bem: na sexta-feira, 7 de julho,pelas 21h00, o Sanctuaire de NotreDame de Fatima-Marie Médiatrice(Paris 19), em pareceria com a Aca-demia do Bacalhau de Paris, acolheum concerto com a violinista NataliaJuskiewicz e em que participam oscoros do Santuário e da Comunidadeportuguesa de Eaubonne, acompa-nhados ao órgão. Entrada livre. A as-sistêntia é convidada a fazer a suaoferta num “tronc de dons” a favor dasvítimas dos incêndios no distrito deLeiria e a totalidade da receita seráconfiada à Comunidade Intermunici-pal da Região de Leiria (IBAN PT 500035 0393 0013 84791308 1).Bem-hajam os que participarem nestegesto de partilha fraterna.

Eu, eucalipto, me confessoOpinião de Padre Nuno Aurélio, Reitor do Santuário de N. Sra de Fátima de Paris

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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POLÍTICA 03

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou o “espírito livre” e ligação a Portugal de Simone VeilO Presidente da República, MarceloRebelo de Sousa, lamentou a morte daantiga Ministra francesa Simone Veil,considerando que deve ser lembradacomo “espírito livre” e “visionária deuma União Europeia ambiciosa e ge-nerosa”.Numa nota divulgada no portal da Pre-sidência da República, o Chefe de Es-tado refere também que Simone Veil“tinha uma relação duradoura e pro-funda com Portugal, país que admi-rava, orgulhando-se do seu papelcomo curadora da Fundação Champa-limaud”, e enviou “sinceras condolên-cias” à sua família e ao povo francês.Simone Veil, sobrevivente de Aus-chwitz, autora da lei de legalização dainterrupção voluntária da gravidez emFrança e primeira Presidente do Par-lamento Europeu, morreu hoje, aos 89anos, em casa, anunciou à agênciaFrance-Presse o seu filho, Jean Veil.“Foi com tristeza que tomei conheci-mento da morte de Simone Veil”,afirma Marcelo Rebelo de Sousa, nanota divulgada no portal da Presidên-cia.Segundo o Presidente da República,“Simone Veil teve uma notável carreirapolítica no seu país, mas é sobretudocomo espírito livre, amante da liber-dade e visionária de uma União Euro-peia ambiciosa e generosa, que aposteridade a deverá recordar”.“Já imortalizada pela Academia Fran-cesa, da sua vida empenhada e profí-cua é indissociável o seu contactodireto com o terror absoluto, sobrevi-vente que foi do campo de Auschwitz-Birkenau, onde perdeu pai, mãe eirmã”, acrescenta.

Simone Veil nasceu em 13 de julho de1927 em Nice, sudeste de França, noseio de uma família judia e laica. Todaa sua família foi deportada em 1944para campos de concentração: o seupai e o seu irmão, Jean, para a Lituâ-nia, uma das irmãs foi mandada paraRavensbruck, e ela, a sua mãe e umasegunda irmã foram deportadas paraAuschwitz. Apenas as três irmãs so-breviveram.Magistrada, Simone Veil entrou em1956 para a administração peniten-ciária francesa, onde se ocupou dasquestões relacionadas com a adoção.A sua casa era já então um salão polí-tico, onde se juntavam gaulistas e cen-tristas.Em 1974, Simone Veil entrou na po-lítica como Ministra da Saúde no Go-verno de Jacques Chirac. O seucombate para adotar a lei - contra umaboa parte da direita francesa - sobre ainterrupção voluntária da gravidez fezdela durante muito tempo a figuramais popular do país.Em junho de 1979, Simone Veil foieleita Presidente do Parlamento Euro-peu, função onde se manteve até1982. Entre 1984 e 1989, liderou oGrupo Liberal e Democrático do Par-lamento Europeu. “O facto de ter feitoa Europa reconciliou-me com o séculoXX”, disse um dia.Simone Veil voltaria à política francesaem 1993 para assumir as funções deministra de Estado e da Segurança So-cial, Saúde e Cidades. Em 1997, pre-sidiu ao Conselho de Integração e noano seguinte assumiu um lugar noConselho Constitucional, onde semanteve até 2007, ano em que apa-

receu ao lado de Nicolas Sarkozy nasua corrida à presidência francesa.Também o Presidente da Assembleiada República enviou condolênciaspela morte de Simone Veil ao seu ho-mólogo francês e ao Embaixador deFrança em Portugal, recordando-a pela“defesa de uma sociedade maisjusta”.Na mensagem também divulgada no‘site’ da Assembleia da República,Ferro Rodrigues manifesta o seu pesarpelo falecimento da antiga Presidentedo Parlamento Europeu, aos 89 anos.“Simone Veil ilustrou-se pela digni-dade e pela defesa de uma sociedademais justa. Das sombras dos horroresde Auschwitz e de Bergen-Belsen er-

gueu-se na luta pela igualdade de di-reitos das mulheres, na defesa dos di-reitos humanos, e no combate aoantissemitismo”, sublinha o Presi-dente da Assembleia da República.Ferro Rodrigues lembra Simone Veilcomo “mulher de ação” e com “umlegado duradouro, como Ministra (daSaúde, dos Assuntos Sociais e do Or-denamento), como a primeira Presi-dente do Parlamento Europeu, comoDeputada ao Parlamento Europeu,como intelectual e como cidadã”.“Em 2008, a Assembleia da Repú-blica teve a honra de a acolher na Ce-rimónia de Entrega do PrémioNorte-Sul do Conselho da Europa,com que muito justamente foi galar-

doada”, recorda ainda Ferro Rodri-gues.O presidente Eduardo Ferro Rodriguesapresentou as condolências da Assem-bleia da República ao Presidente daAssembleia Nacional francesa, Fran-çois de Rugy, e ao Embaixador deFrança em Lisboa, Jean-Michel Casa.Também o PSD lamentou profunda-mente a morte da antiga Ministra fran-cesa, que classificou como uma“figura política de incontornável im-portância”.Numa nota enviada à comunicaçãosocial, o PSD apresenta as condolên-cias à família e às autoridades france-sas pela morte da antiga Presidente doParlamento Europeu. “Destacou-secomo deportada em vários campos deconcentração nazis, Ministra da Saúdede França e Presidente do primeiroParlamento Europeu eleito por sufrá-gio universal”, realçam os sociais-de-mocratas.O PSD lembra ainda que Simone Veilfoi também presidente do Grupo Li-beral, Democrata e Reformista noParlamento Europeu, quando os so-ciais-democratas integravam estegrupo parlamentar, “tendo tido umagrande influência no apoio a Portugalnos primeiros anos de integração eu-ropeia”.Recordando o seu percurso cívico epolítico, o PSD salienta que, na quali-dade de Presidente do primeiro Parla-mento Europeu eleito por sufrágiouniversal, Simon Veil “destacou-se naafirmação do papel do Parlamento noequilíbrio institucional europeu, en-quanto órgão representante direto dospovos europeus”.

Morreu uma das mulheres mais respeitadas de França

Le 05 juillet 2017

Será que os professores ainda são “gente”?Opinião de Teresa Soares, Secretária Geral do Sindicato dos Professores da Comunidades Lusíadas

Se levarmos em conta que os ho-mens e mulheres que exercem aprofissão docente precisam decomer, dormir, comprar vestuário ecalçado, pagar renda de casa e mui-tos outros tipos de contas, e que, nocaso de serem casados e com filhos,necessitam de tempo e dinheiropara criar os mesmos, tendo aindadireito a espaços livres para dedicarà família, aos amigos e a eventuaisatividades de campo privado, comoqualquer indívíduo normal, então aresposta é afirmativa.Todos temos as necessidades ele-mentares indicadas acima e os pro-fessores são, em princípio,sereshumanos.Em princípio apenas, porque, naverdade, para as entidades que oscontratam e remuneram e tambémpara boa parte da sociedade os pro-fessores já não são indivíduos nor-mais, que precisam e merecem tera mesma qualidade de vida quequalquer trabalhador.Um bom exemplo da condição jáquase subhumana dos professores éa greve do passado dia 21 de junho,em que o Governo obrigou a quehouvesse serviços mínimos porquenesse dia estavam marcadas as pro-

vas de aferição do 2 °ano de escola-ridade e as provas de duas discipli-nas do 12° ano.Ora se tivermos presente quequando há greve de médicos e pes-soal hospitalar as operações sãoadiadas, quando os tribunais deci-dem entrar em greve os julgamentosficam suspensos e quando os pilotosde qualquer linha aérea decidemfazer paralisação os passageirosficam em terra, foi totalmente ridí-culo, e ofensivo para os professores,o facto de alguns verem negado oseu legítimo direito à greve porqueforam obrigados a vigiar as tais pro-vas, sendo que as primeiras, para ospequenitos do 2° ano, eram total-mente inúteis e aquelas dos jovensem fim de curso poderiam perfeita-mente ser transpostas para outradata.Não haveria nem mortos, nem feri-dos, nem pessoas obrigadas a pas-sar a noite no aeroporto e muitomenos alunos em perigo de não pas-sar de ano por causa disso.Haveria, sim, uma pequena incon-veniência para o Ministério da Edu-cação porque teriam de voltar aplanear as provas marcadas paraesse dia. Fora isso, nada.

Mas, mesmo assim, surgiram logoos costumeiros comentários na im-prensa, vitimizando os alunos e cri-ticando os inconscientes professorespor fazerem greve.Inclusive, num programa televisivo,o entrevistador, com um ar severo eformalizado, tipo “dono da razão”,acusava um dirigente sindical porter decretado uma greve “contra”crianças e jovens, apresentadoscomo vítimas inocentes da ganânciados professores que afinal só que-riam era mais dinheiro ao fim domês...Deixando de parte o facto de queesse entrevistador ganha, certa-mente, apenas num mês aquilo queum professor só tem depois de tra-balhar seis meses ou mais, esque-ceu-se o dito que os professorestambém têm filhos e precisam dedinheiro e tempo para os criar,porque, enfim, ser professor não ésó ensinar os filhos dos outros, tam-bém têm direito a constituir famíliae precisam das condições para tal.Porque os professores são “gente”!Infelizmente, tanto em Portugalcomo no EPE, o Ensino do Por-tuguês no Estrangeiro, os profes-sores estão progressivamente a

perder o direito de serem tratadoscomo indivíduos normais.Os professores do EPE, na prática,não têm direito nem a ter doençasgraves, nem a ter filhos, porque asua entidade empregadora, o Insti-tuto Camões, lhes recusa o direito apoder ter cursos mais perto de casa,caso sofram de doenças graves,assim como recusa às professorascom filhos o inegável direito,constante na legislação da funçãopública, a recuperarem as fériassuspensas por licença de materni-dade ou a requerer redução de ho-rário caso tenham bebés ou criançaspequenas a seu cargo.Leis muito humanas, as leis de pro-teção à família, à maternidade e aostrabalhadores com doenças graves,que no estrangeiro podem ser des-pedidos após 60 dias de faltas.Se o EPE fosse um país, seria acu-sado de seguir regras desumanas epouco civilizadas. Mas, como setrata apenas de um instituto, passa.E passa com o acordo tácito do Mi-nistério dos Negócios Estrangeiros eda Secretaria de Estado das Comu-nidades, que conhecem perfeita-mente essa situação mas nadafazem para a modificar.

Ouve-se muitas vezes dizer que o fu-turo depende dos nossos jovens,mas os professores que os preparamnão são respeitados nem têm o seuvalor reconhecido.As políticas competentes para aEducação deram lugar à arrogânciacontabilística, tipo “não há dinheiropara vocês e acabou-se”.E assim os professores, em Portugale no EPE, continuam a ter de sobre-viver com salários inferiores àquelesde 2009, sendo que no estrangeiroainda se encontram privados dasleis de proteção à família e de apoiona doença.Será que os professsores ainda são“gente”? Ou o que realmente sedeseja, no futuro, é que sejam seresassexuados, sem vida própria, quenão se reproduzam e que, como asmulas, que também não se reprodu-zem, passem os dias a puxar à nora,sempre à roda, trabalhando inces-santemente, sem se queixar, semprotestar e, obviamente, sem nuncafazer greve?Possivelmente esta situação nãoestará tão longe como se pensa.Principalmente se os professores,unidos, nada fizerem para evitar umtão triste futuro.

Cavaco Silva e Jaime Gama entregam Prémio Norte Sul a Simone Veil Lusa / André Kosters (Arquivo)

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04 DESTAQUE

O LusoJornal passa a ser diário,com um novo Portal de Notícias

O LusoJornal, que até aqui era o únicosemanário franco-português editado emFrança, vai ter um portal multimédia denotícias sobre os Portugueses deFrança e a relação entre França e Por-tugal, a partir de 12 de julho.O projeto foi apresentado na semanapassada, nos Salões Eça de Queirós doConsulado Geral de Portugal em Paris,pelo Diretor da publicação, Carlos Pe-reira, cofundador do jornal, e pelo Pre-sidente da CCIFP Editions, a empresaeditora do LusoJornal, Carlos VinhasPereira.Na sala estava Vítor Pinto, Assessor deimprensa do Secretário de Estado dasComunidades Portuguesas, que se des-locou propositadamente de Lisboa, oCônsul Geral António de AlbuquerqueMoniz e o Cônsul Geral Adjunto João deMelo Alvim, Carlos Pires, número doisda Embaixada de Portugal em Paris,entre muitas outras personalidades.Esta edição em papel do LusoJornal éúltima antes da paragem habitual deverão, mas a versão papel estará de re-gresso em setembro, depois das férias,como habitualmente.Para melhor informar os nossos leitores,o Diretor do LusoJornal explica quaisvão ser as alterações que o jornal vaiefetuar esta semana.

Qual é efetivamente a alteração no pro-jeto do LusoJornal?A alteração é significativa. Até aqui, oLusoJornal em papel era o nosso prin-cipal projeto e a internet era um com-plemento do jornal em papel. Apenastínhamos no nosso site a possibilidadede consultar gratuitamente a versão im-pressa, em PDF, e de ler os arquivos doLusoJornal.Agora vamos alterar tudo. O nosso sitepassa a ser o nosso suporte principal eo jornal em papel vai passar a ser ocomplemento da versão eletrónica doLusoJornal.

Com esta alteração muda também alinha editorial do LusoJornal?Não, de forma nenhuma. A linha edi-

torial do LusoJornal é aquilo que temosde melhor. Nós só falamos de Portu-gueses de França e da relação entre aFrança e Portugal. E também alarga-mos este princípio às outras Comuni-dades lusófonas radicadas em França.Só nesta área é que nós somos bons,modéstia à parte. Porque no fundo, fa-lamos de assuntos que os outros medianão falam. E se os nossos leitores nãolerem o LusoJornal, então não terãomais nenhum sitio onde ter essas infor-mações.

Com a internet, o LusoJornal pode serlido em todo o mundo, e pode dar in-formações mais alargadas...Seria um erro se nós o fizessemos.Hoje, no nosso telemóvel, nos nossoscomputadores, temos informaçõescada vez mais globais. Conseguimossaber a que horas caiu uma bomba naSíria e quantos mortos fez. Sabemoscom quem jantou o Presidente dos Es-tados Unidos, mas acabamos por nãosaber o que se passa na nossa rua, nonosso bairro.O LusoJornal assume-se como um jor-nal local - ou regional, se acharem me-lhor - mas para nós o “local” tem otamanho de um país grande como a

França. Vamos continuar a falar dosnossos leitores, dos Portugueses deFrança, das outras Comunidades lusó-fonas que vivem aqui.E neste aspeto, infelizmente, somos osúnicos a poder ter um órgão de infor-mação nacional e diário. Mais ninguémpode fazê-lo neste momento.

Mas o LusoJornal já era um jornal deinformação nacional. Porque alterar?Porque vivemos no século XXI e as no-tícias com uma semana já são velhas.A apresentação que teve lugar no Con-sulado Geral de Portugal em Paris naterça-feira da semana passada, dia 27de junho, já foi tarde para a edição dodia 28 de junho e por isso chega aosnossos leitores esta quarta-feira, dia 5de julho, mais de uma semana depoisde ter ocorrido. É muito tempo! Entre-tanto já há quem tenha partilhado fo-tografias e até opiniões nas redessociais e nós só hoje chegamos aos lei-tores.A informação de hoje quer-se mais rá-pida e só a fórmula diária é que podeser efetivamente informativa.

E a Comunidade portuguesa de Françatem notícias para aguentar uma publi-

cação diária?Disso não temos a menor dúvida. Logoquando iniciámos a publicação do Lu-soJornal, diziam-nos que não havia no-tícias suficientes para uma publicaçãosemanal. E afinal havia. Até 2004, asfontes de informação eram essencial-mente as associações, mas nós conse-guimos mostrar que a Comunidade éenorme, que é muito heterogénea e quehá notícias a mais para um jornal se-manário de 24 páginas. Agora, com anossa esperiência de 13 anos, esperoque não nos venham dizer que não hánotícias para um diário... Porque temosa certeza que há.

Quantos artigos estão a pensar publicarpor dia?Para já publicaremos uma média de 8artigos por dia, mas esperamos aumen-tar a cadência graças às muitas parce-rias que estamos a estabelecer ou arenovar.

Que tipo de parcerias estabelece o Lu-soJornal?O LusoJornal já tem atualmente emcurso várias parcerias, em vários domí-nios de atividade e estamos sempreabertos a qualquer tipo de propostas.

Desde as áreas desportivas, associativasaté às áreas culturais e sociais.Aliás, cada vez é mais frequente ver onosso logotipo nos cartazes e nos des-dobráveis dos mais variados eventos,sinal que o nosso suporte é consideradoimportante na divulgação dos eventosda Comunidade.

Ainda há eventos importante que nãosolicitam a parceria do LusoJornal?Ainda, claro. Há quem não considere onosso projeto assim tão importantecomo isso, e nós respeitamos.

Com a passagem para a versão digital,não acha que o número de leitores vaidiminuir?Não. Claro que não. Pelo contrário, es-peramos multiplicar por três o númerode leitores. Atualmente temos poucomais de 40.000 leitores por semana.Esperamos com esta nova versão diária,ultrapassar muito rapidamente os100.000 leitores.

Esse é um número muito impressio-nante, nunca antes alcançado emFrança...É verdade, mas ainda é muito pouco,se comparado com o mais de um mi-

A partir da próxima quarta-feira, dia 12 de julho

Por Manuel Martins

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LusoJornal / Mário Cantarinha LusoJornal / Mário Cantarinha

Le 05 juillet 2017

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DESTAQUE 05

lusojornal.com

lhão de Portugueses em França. Querdizer que temos ainda muito trabalhopela frente.

E quem são os leitores do LusoJornal?É uma pergunta muito difícil de res-ponder com exatidão. Sabemos quetemos um leitorado muito heterogé-nio, desde os Portugueses da primeirageração, que chegaram a França nosanos 60, até aos Portugueses recen-temente emigrados, ou os Portugue-ses da segunda e terceira geração.Sabemos que temos leitores em todaa França porque nos chegam reaçõesde todo o país.Mas o nosso novo site vai-nos permitirter acesso às estatísticas e mostrarque efetivamente temos um painel deleitores muito amplo. Pessoalmenteestou ansioso por ter acesso a essasestatísticas para mostrar aos nossosclientes.

O LusoJornal vai continuar a ser bi-lingue?Óviamente que sim. Partimos do prin-cípio que os nossos leitores falam asduas línguas e saltam de uma para aoutra. Nós fazemos igual. Podemos lerum artigo em português e logo a seguirum artigo em francês,...

A equipa do LusoJornal vai aumentarnesta passagem para um jornal diário?Numa primeira fase não. Mas estouconvicto que o sucesso do jornal vaipermitir ter mais clientes, para nos per-mitir reforçar a equipa.

Quem integra atualmente a equipa doLusoJornal?O LusoJornal tem um “núcleo duro”com 7 pessoas, entre jornalistas, gra-fistas e a área administrativa. Nemtodos trabalham a tempo inteiro. Mas

tem sobretudo uma lista de colabora-dores em toda a França, que escrevevoluntariamente e que contribui paraeste projeto inovador de informação.

E esta cobertura nacional vai manter-se?Vai, claro. E vai ser ainda mais refor-çada. Temos tido novas propostas decolaboração, não apenas da região pa-risiense, mas também das outras re-giões francesas.

Diz-se que o LusoJornal vai financeira-mente mal...(risos) Desde o primeiro dia que nosperguntam quando vamos parar. Esta éuma mania muito portuguesa! Claroque somos um projeto frágil, claro quenão é um projeto lucrativo. Já tivemosuma paragem importante nestes 13anos de existência e aí, as mesmas pes-soas que nos perguntavam quando

íamos acabar, ficaram tristes por termosacabado. A vida é assim mesmo. Nósnão temos muito tempo para pensarem problemas, porque a nossa estraté-gia sempre foi a de agir.Ainda há pouco tempo diziam que oLusoJornal podia acabar e afinal agoraestamos a dar um passo importante evamos passar a diário...

O LusoJornal tem clientes em númeronecessário para aguentar esta nova ver-são?Não. Ainda não. Temos que desenvolvera nossa área comercial. Cabe ao editor- a CCIFP Editions - resolver esse pro-blema, e estou convicto que vai resol-ver, até porque está em causa aviabilidade da empresa. A mim com-pete-me desenvolver o jornal, criar su-portes publicitários, levar o jornal até aomáximo possível de leitores, para ter-mos mais clientes. Mas sou apenas jor-nalista, não sou agente comercial.Mas temos um projeto com preços bemmais baixos, precisamente para respon-der a uma franja de clientes que acha-vam que tínhamos preços muitoelevados.

Voltamos ao site. Porque razão é lan-çado no dia 12 de julho? Há algumarazão especial?Há, claro. Como sabe, o LusoJornalcostuma parar todos os anos, durante overão. Ora, o dia 12 de julho, umaquarta-feira, era o dia em que seria edi-tada a última edição em papel antes doverão. Nós decidimos parar uma se-mana mais cedo e nessa data, come-çarmos a nova edição diária do jornal.

Neste caso, o jornal não vai parar du-rante o verão?Não. Mas durante o verão vamos terbem menos notícias, claro. Mas a partir

de agora nunca vamos parar no verão.Esperamos não ter qualquer problemacom o lançamento no dia 12. Comosabe, em informática tudo pode acon-tecer, mas estamos ótimistas.

Como reagiram as pessoas que assisti-ram à apresentação do site?Reagiram muito bem. Mas não podiaser de outra forma. Este é efetivamenteum portal de notícias que se adapta aonosso trabalho e aos nossos leitores.Tem tudo para agradar e é um site evo-lutivo. Aquilo que foi apresentado, foi afórmula de base, mas temos outras va-lências que vão chegar durante os pró-ximos meses.É um site moderno, com muita multi-média...

Então não será apenas um jornal es-crito?Não, de maneira nenhuma. Cada vezmais os suportes de informação sãomultimédia. Os sites das televisões tam-bém têm textos, os sites das rádios tam-bém têm fotos, os sites dos jornaistambém têm vídeos. Nós teremos umsite o mais “normal” possível, comtexto, claro, mas também com muitasmais fotografias, com sons e com ví-deos.Como sabe, nós produzimos conteúdospara televisão há mais de 12 anos e issonão estava a ser mostrado no site do Lu-soJornal.

A versão em papel do jornal vai acabar?Não. Por enquanto não. Voltará em se-tembro, como todos os anos. Mas temosa certeza que quando os nossos leitoresdescobrirem a nova versão digital do Lu-soJornal, não vão querer outra coisa.Para além do mais, na versão digital,vão poder comentar os artigos, votar, en-viar para os amigos, partilhar,...

O LusoJornal vai intensificar a sua pre-sença nas redes sociais?Completamente. Todos os nossos arti-gos vão ser partilhados automatica-mente em todas as redes sociais. Vai serum site moderno e com as valênciasque se pedem a um jornal de informa-ção.

Quer dizer que vamos perder todos osarquivos do jornal?Claro que não. Quem quiser estudar ahistória contemporânea da Comunidadeportuguesa de França, tem de consultaras quase 600 edições destes últimos13 anos. E vamos pô-las todas online.Somos um “centro de arquivos” impor-tante e queremos guardar esta nossa ca-raterística.

Tudo isto vai continuar a ser gratuíto?Sim, claro. Esta é a nossa vocação.Somos um jornal de informação gra-tuíta.

É possível fazer jornalismo de qualidadenum jornal gratuíto?Evidentemente que sim. Esse é um de-bate que já está ultrapassado. Quandonós ouvimos a RTL ou a Europe 1 nosnossos carros, não pagamos nada porouvir estas rádios, e ninguém põe emcausa a qualidade jornalística destes su-portes. Porque razão connosco havia deser diferente? Quanto melhor formos,mais publicidade poderemos vender equanta mais publicidade vendermos,mais pessoas vamos poder atingir. Es-tamos pois condenados a ser bons!

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LusoJornal / Mário Cantarinha

Le 05 juillet 2017

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Associação Cívica fez formação cívica em Aulnay-sous-Bois

Vários autarcas de toda a região Île-de-France estiveram presentes paraanimar o espaço de informação sobreparticipação cívica durante a Festadas Tradições Populares em Aulnay-sous-Bois (93), informando sobre osdireitos eleitorais dos Portuguesessem nacionalidade francesa.Os vídeos da Cívica explicando osprocessos de inscrição eleitoral, aapresentação da banda desenhadasobre a participação cívica das gera-ções mais jovens e o Cívica Magazine,foram as ferramentas mais utilizadas.Durante a tarde, os 15 autarcas deorigem Portuguesa foram chamadosa palco para serem apresentados, napresença dos Deputados Alain Ra-madier, Carlos Gonçalves e do Mairede Aulnay-sous-Bois e ConselheiroRegional, Bruno Beschizza.“Apresentar alguns dos autarcas deorigem portuguesa da região Île-de-France permite evidenciar o dina-mismo cívico da nossa Comunidadee mostrar ao público que são váriasas autarquias a terem lusoeleitos nosexecutivos municipais” explicou aoLusoJornal Paulo Marques, autarcade Aunay-sous-Bois e fundador daCívica.

O historiadorYves Léonardno PortoO historiador francês Yves Léonardestará no Porto para a apresentaçãodo seu livro “Histoire du PortugalContemporain” (ed. Chandeigne),com prefácio de Jorge Sampaio, nodia 14 de julho, às 18h00, na LivrariaLello, Armazéns do Castelo, rua dasCarmelitas, n°166, no Porto.Para além do autor, o evento contarácom a presença de Manuel Loff, Pro-fessor Associado da Faculdade deLetras da Universidade do Porto, eserá moderado por Luís MiguelDuarte, Professor Catedrático damesma instituição.A publicação da tradução portuguesado livro está prevista para o outono.A História de Portugal é muito poucoconhecida em França. Esta é a pri-meira síntese deste tipo editada numpaís para onde os Portugueses emi-graram em massa e de onde os Fran-ceses vêm atualmente em númeroelevado, seja como turistas, sejacomo residentes.

06 COMUNIDADE

Cônsul de Paris convocou Conselho ConsultivoO Conselho Consultivo da área consu-lar de Paris reuniu no sábado passado.Esta foi a primeira reunião em queparticipou o novo Cônsul Geral Ad-junto, João Melo Alvim, que está emfunções desde fins de outubro. O Côn-sul Geral António de AlbuquerqueMoniz nomeou também recentementeManuel Ferreira em representação dosPortugueses da antiga área consularde Nantes, em substituição de CarlosGomes que teria formulado o desejode sair daquele órgão de consulta doConsulado.A Coordenadora do ensino de portu-guês em França, Adelaide Cristóvão,membro inerente deste Conselho daárea consular, lembrou o recenteAcordo bilateral em matéria de ensinode português em França e anunciou aabertura de duas novas Secções inter-nacionais portuguesas, uma em Stras-

bourg e outra em Fontainebleu.António de Albuquerque Moniz desta-cou o aumento significativo de atosconsulares e disse que só em maiodesde ano, foram praticados mais49% de atos consulares do que emmaio de 2015.O Cônsul Geral foi muito interrogadosobre os prazos de espera de marca-ções - que, apesar de estarmos numperíodo de muita procura, é de prati-camente três semanas - e sobre asPermanências consulares nas cidadesmais afastadas de Paris.Finalmente, o último ponto abordadoteve a ver com a ação social do Con-sulado, junto dos detidos portuguesesnas cadeias francesas, no apoio a ci-dadãos que necessitam de repatria-mento para Portugal e de pessoasisoladas que carecem de um serviçoconsular a domicílio.

Reunião teve lugar no sábado passado

Jornal de Leiria organizou tertúlia em Paris

O Jornal de Leiria organizou na se-mana passada, uma tertúlia intitulada“Comunidades portuguesas em Paris- Um orgulho nacional”, para assinalara publicação da revista “Comunida-des Portuguesas - Paris”. O eventoteve lugar na quinta-feira, dia 29 dejunho, no Consulado Geral de Portugalem Paris.O debate foi moderado por João Na-zário, Diretor do Jornal de Leiria e pelajornalista Raquel de Sousa Silva eparticiparam no debate os empresá-rios Mapril Batista, Carlos de Matos eIrene de Oliveira Carmo.Na sala, para além do Cônsul GeralAntónio de Albuquerque Moniz, es-tava também o Consul Geral Ad-junto, João Melo Alvim, natural dePombal, Carlos Vinhas Pereira, oPresidente da Câmara de comércioe indústria franco-portuguesa e mui-tos outros dos que foram entrevista-dos para a revista, como porexemplo Tiago Martins da Aigle Azur,Fernando Lopes da Rádio Alfa, Elisa-beth de Oliveira, Presidente da Asso-ciação dos Porteiros Portugueses deParis, Wilson Vieira, Diretor de marke-

ting da Fidelidade, Carlos da Ponte daPastelaria Canelas, Manuel Oliveira daAssociation Portugaise de Bienfai-sance, os empresários Armindo Freiree Philippe Mendes, Bruno António deReflex Latino, o escritor Mickael Oli-veira, e muitos outros.João Nazário explicou as razões que le-varam o Jornal de Leiria a lançar esta

revista virada para as Comunidades,“porque é uma região com muita emi-gração e praticamente todas as fami-lias têm um familiar no estrangeiro” eporque “é um assunto que está longede ser conhecido em Portugal”.Carlos de Matos “fez vida” em Françamas agora mudou-se para Portugal,porque “é um dos melhores países

para viver e onde se paga menos im-postos” disse na sua intervenção. Con-tou no entanto que o percurso deregresso nem sempre é fácil. “Atépensei em voltar para França, pedir anacionalidade francesa e depois re-gressar a Portugal porque enquantoestrangeiro teria um melhor trata-mento”.Irene de Oliveira contou como respon-deu a um anúncio do Le Monde e tra-balhou durante sete anos para umadas famílias mais ricas de França,antes de ser autarca numa Mairie fran-cesa. E Mapril Batista, também eleautarca e empresário fabricante deambulâncias, conta como se sente“100% francês e 200% português”.O debate acabou com a intervençãodo Presidente da Câmara Municipalde Leiria, presente na sala a convitedo Jornal de Leiria. “Temos o senti-mento que a história da diásporaportuguesa não está ainda escrita”disse na sua intervenção. “Ainda hámuita gente em Portugal para quema emigração não diz absolutamentenada, mas na verdade deviam dizerque Portugal beneficiou muito coma diáspora. Muita gente sabe-o, masnão o diz”.

Por Carlos Pereira

Presidente de Leiria com autarcas da CívicaA associação Cívica dos autarcas deorigem portuguesa recebeu na sexta-feira dia 23 de junho, nos salões daMairie de Aulnay-sous-Bois (93), oPresidente da Câmara Municipal deLeiria, Raul Castro.Raul Castro chegou ao Hôtel de Villede Aulnay-sous-Bois e encontrou-secom os membros do Conselho Diretivoda Cívica e da sua Delegação deSeine-Saint-Denis para abordar a si-tuação dos incêncios mortíferos na re-gião e em particular em PedrogãoGrande. “Quisemos inteirarmos da si-tuação com o nosso homólogo autarcada região de Leiria, no sentido deabordar serrenamente o apoio dos au-tarcas de França na reconstrução,mesmo se nunca haverá ‘reconstru-ção’ das vítimas” disse ao LusoJornalAna de Almeida, Maire Adjointe emLa Queue-en-Brie. “Logo no domingo

contactámos a Presidência da Repú-lica para assinalar a nossa solidarie-dade e a nossa disponibilidade para

qualquer apoio previamente identifi-cado pelas autoridades portuguesas.De mesmo modo, disponibilizámos os

nossos esforços junto da AssociaçãoNacional de Juntas de Freguesias,ANAFRE, no sentido de dar um apoioaos nossos amigos das Juntas de Fre-guesia após uma coordenação e iden-tificação das necessidades”.Acompanhado pelos membros da Cí-vica e por elementos da comunidadelocal, como por exemplo os Diretoresdas agências dos bancos CGD e BCP,o Presidente da Câmara foi recebidono Salão nobre da Mairie, esclare-cendo a todos a situação do drama dePedrógão Grande, Figueiró dos Vinhose Castanheira de Pêra.No final do encontro, o Presidente daCívica, Paulo Marques, ofereceu aRaul Castro, uma “Mariane”, símbolodo lema francês “Liberté, égalité etfraternité”, focalizando o simbolismosobre a palavra fraternidade com opovo atingido da região de Leiria.

LusoJornal / Carlos Pereira

Le 05 juillet 2017

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Multinacionalfrancesa amplia fábricaem Viana doCastelo

Um novo projeto para construçãode painéis de portas para automó-veis vai obrigar a multinacionalfrancesa Eurostyle Systems a am-pliar a fábrica de Viana do Castelo,lançando uma terceira fase, or-çada em oito milhões de euros.O investimento, apresentado pu-blicamente na semana passada naCâmara de Viana do Castelo, es-tará concluído em 2018 e vai criarmais 250 novos postos de traba-lho. “Inicialmente a multinacionalprevia apenas duas fases para oempreendimento instalado nazona industrial de Lanheses, numinvestimento de 18 milhões. Coma confiança depositada num novoprojeto para painéis de porta paraautomóveis, surge uma terceirafase, permitindo aumentar o inves-timento para 26,5 milhões deeuros”, afirmou o Diretor da Euros-tyle Systems em Portugal, AbílioFerreira.A primeira fase do empreendi-mento industrial que produz plás-ticos e borrachas para o setorautomóvel, já concluída, emprega35 trabalhadores e, na segunda,prevista para dezembro, com umalinha de produção composta por24 máquinas, trabalharão 130pessoas.Segundo aquele responsável“dentro do grupo francês, a fá-brica de Viana do Castelo vai ter omaior volume de faturação, 50 mi-lhões de euros, 14% do volume denegócios”.Já o Administrador do grupo francês,François Lemasson, destacou a “fa-cilidade e rapidez de investimento emViana do Castelo”, referindo-se àscondições e acompanhamento dis-ponibilizado pelo município.O Presidente da Câmara de Vianado Castelo, José Maria Costa,adiantou que “esta nova fase é oretomar da confiança para a insta-lação de complexos industriais” ereferiu que “as condições de aco-lhimento empresarial de excelên-cia do concelho dão confiança dosinvestidores”.Em abril de 2016, tendo em contaa importância do investimento, aCâmara de Viana aprovou por una-nimidade a atribuição de benefí-cios fiscais à Eurostyle Systems, novalor de 10.900 euros.Criado em 1986, o grupo está hojeespalhado por vários países, desdeFrança, Eslováquia, Rússia, Mar-rocos e Portugal e emprega cercade 1.500 pessoas, trabalhandopara as principais marcas automó-veis.

EMPRESAS 07

lusojornal.com

Bruno Reis criou empresa de aconselhamentoem gestão de património

O economista português Bruno Reiscriou em agosto do ano passado, astart-up “Art Consultation & Investis-sement”, uma empresa de aconselha-mento em gestão de património einvestimento.Antes de chegar a Paris, Bruno Reistrabalhou no Banco BPI e em Paris tra-balhou no Banque BCP. Foi essa expe-riência de 10 anos que o levou a criara sua própria agência de aconselha-mento.Natural de Ourém, terra de muita emi-gração para França, Bruno Reis res-ponde às perguntas do LusoJornal.

Que serviços presta exatamente a suaempresa?É uma empresa de consultoria espe-cializada em gestão de património.Esta ideia surgiu depois de me termudado para França e de ter traba-lhado 6 meses no Banque BCP. De-cidi aproveitar a minha experiênciabancária de vários anos no BPI emPortugal. Achei que fazia sentido criaresta empresa porque os Portuguesesde França têm muito património, gra-ças a muito trabalho, mas têm poucotempo para o gerir, para tomar deci-sões sobre investimentos ou na esco-lha de produtos financeiros. E a maiorparte da população portuguesa aquitrabalha na construção e com uma es-colaridade média, daí algumas dificul-dades na gestão.

E que tipo de aconselhamentos dá?Por exemplo, aconselhamento para en-contrarem investimentos imobiliárioscom forte potencial de rentabildade.Porque nem sempre comprar um apar-

tamento é sinónimo de rentabilidade ecomo conheço bem o mercado do imo-biliário em Portugal, sobretudo em Lis-boa, posso orientar e aconselhar ocliente para um bom investimento. Poroutro lado fiz a formação e tenho a cer-tificação para tratar do estatuto do “re-sidente não habitual”, que é umavantagem muito grande e que permitedurante 10 anos beneficiar do regimefiscal português, cumprindo os crité-rios. Ora, este estatuto não se aplicaapenas aos Franceses, aplica-se tam-bém aos Portugueses. Também prestoserviços às empresas como aconselha-mento à gestão financeira, à pesquisado melhor financiamento, muitas vezesas empresas recorrem a créditos e sãocaros, quando existem linhas de inves-timento estatais interessantes.

Quem são os seus primeiros clientes?São essencialmente os particulares,que conheci em Portugal e aqui tam-bém.

Isto exige ter um bom conhecimentofiscal em França e em Portugal...Sim, eu tenho essa formação e conhe-cimento, além disso o meu nicho demercado são as Comunidades portu-guesas, as empresas portuguesas emFrança, ou quem queira desenvolver osseus negócios com Portugal. Digamosque é um gabinete de Consultoria paraas Comunidades portuguesas emFrança. E é onde acrescento uma maisvalia, porque ao nível fiscal, muitosPortugueses recorrem a advogadospara se informarem sobre os impostose pode-se economizar muito dinheirose conhecermos quais são as possibi-lidades para reduzir os impostos, semfazer nada de ilegal.

Têm de ser clientes ricos?É mais fácil de facto, mas nem todossão ricos e há os que procuram poderaumentar o seu património, come-çando por comprar um primeiro imó-

vel. Porque uma pessoa pobre não serápobre toda a vida. Além do seu traba-lho, se tiver uma atenção especial comum gestor de património que lhe vaipropor as melhores poupanças e osmelhores investimentos, pode sair dapobreza e tornar-se rico, não dependede só da pessoa, mas é possível.

E esse tipo de serviços não pode serprestado pelos bancos?Os bancos têm os seus produtos depoupança mas não podem proporprodutos de gestão. Eu sou indepen-dente, não estou ligado a nenhumbanco nem a nenhuma imobiliária,posso propor as melhores soluçõesde poupança e de investimento,posso propor as melhores soluçõesde investimento imobiliário, possopropor as melhores condições de fi-nanciamento e posso propor as me-lhores soluções para diminuir oregime fiscal ou optimizar a fiscali-dade. E sobretudo o que acho que émuito interessante é que me consi-dero empreendedor e sou econo-mista.

Este trabalho de aconselhamento écaro?Não. Trabalho sempre com uma pri-meira consulta gratuita, propondoum diagnóstico ao cliente e ver se osmeus serviços correspondem às suasnecessidades. Ora os bancos não sãoas únicas soluções, há imensosapoios, há outras alternativas, possodar um exemplo de alguns clientesque não tinham dinheiro, vieram tercomigo, tiveram confiança em mim econseguiram através de financiamen-tos participativos montar as suas em-presas.

Por Carlos Pereira

Madeira nas Festas Consulares de Lyon

Nos dias 1 e 2 de julho, a cidade deLyon organizou as Festas Consulares,onde cada Consulado presente na ci-dade faz a promoção do seu país. Apraça de Belcour é o palco desteevento, onde múltiplas tendas forammontadas para abrigar as exposiçõesdos países representados.Na sexta-feira, dia 30 de junho, pelas17h00, foram inauguradas as “Fes-tas”, na presença de Karine DogninSauze, Adjunta do Maire para as rela-ções internacionais, Alioune Diop,Cônsul Geral do Senegal, e Michel-Pierre Deloche, Cônsul Honorário da

Dinamarca.Maria de Fátima Mendes, Cônsul dePortugal em Lyon, organizou a exposi-ção do stand português, este ano sobrea ilha da Madeira e convidou a esta-rem também presentes neste stand, oPortugal Busines Club de Lyon, e a Es-cola Internacional CSI onde existe aSeçcão de português, representadapor Inês Fernandes da Associação depais de alunos deste estabelecimentode ensino internacional.Vários produtos típicos desta regiãoautónoma de Portugal foram apresen-tados como a “Puncha”, o vinho daMadeira, bolos e confeitarias. Tambémpresente muita documentação alusiva às múltiplas atividades turísticas na

Ilha e os comentários explicativos es-tiveram a encargo de Carla Sofia Gon-çalves, uma estudante madeirense nauniversidade de Lyon 2, a convite daCônsul Maria de Fátima Mendes, quedeixava transparecer o seu ligeiro so-taque madeirense.“Como sabe, há muitos anos que Por-tugal participa neste evento. No anopassado apresentámos os Açores eeste ano coube-me a mim de finalizarcom a região autónoma da Madeira”explica Maria de Fátima Mendes.“Como todos sabem, estou a terminaro meu mandato aqui em Lyon. Convi-dei também a participarem várias or-

ganizações como a Cap Magellan, oInstituto de língua e cultura portu-guesa (ILCP) entre outros”.Estiveram presentes o Conselheiro dasComunidades Manuel Cardia Lima, GilMartins Presidente do Business Clube António Rabeca representante doBanco Santander Totta. “Convideitambém um grupo de folclore, o ran-cho Corações do Minho que desfilouno domingo aqui na praça de Belle-cour” acrescentou ao LusoJornalMaria de Fátima Mendes.A Comunidade portuguesa visitou cominteresse estas exposições onde sepodia apreciar um pouco a diversidadedas culturas pelo mundo.

Por Jorge Campos

“Art Consultation & Investissement”

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LusoJornal / Carlos Pereira

LusoJornal / Jorge Campos

Le 05 juillet 2017

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Romanceperspetiva o“regresso” deNapoleãoO novo livro de Romain Puértolas,“Re-Viva o Imperador!”, editado nasemana passada, fantasia o ‘regresso’de Napoleão Bonaparte (1769-1821)num avião da SAS a França, depoisde ter sido encontrado por pescado-res noruegueses, congelado naságuas territoriais islandesas.A traineira “Usenkbare” encontrou,quando pescava bacalhau ao largoda Islândia, “dois grandes caixotescom um ser humano e um cavalo ládentro”, escreve o autor.O “N” na sela de veludo vermelho docavalo ajudou a identificar o sujeito de“estatura pequena” e aspeto “medi-terrânico”. Era Napoleão, que antesde “regressar ao ativo” e viajar atéParis, esteve a descongelar num fri-gorífico de bacalhaus da empresaHansen og Sonn.Antes de se tornar escritor, Puértolas,nascido em Montpelier, de origem es-panhola, desempenhou várias profis-sões, de DJ e professor de línguas, aagente numa brigada especializadano desmantelamento de redes deimigração ilegal.

Emigrantestambém contribuirampara conta solidariedadedo BPI

A Conta BPI Solidariedade foi encer-rada, de forma a cumprir o limite es-tabelecido por lei para a angariaçãode fundos, tendo reunido um total de143.975,15 euros para o qual contri-buíram mais de 2.000 pessoas. Adi-cionalmente, o BPI e a FundaçãoBancária “la Caixa”, atribuiram 1 mi-lhão de euros para projetos de apoioàs vítimas do incêndio de PedrógãoGrande. Em conjunto, estas verbasserão colocadas à disposição da au-tarquia local e destinar-se-ão priorita-riamente a projetos de realojamento.O Banco BPI irá também disponibili-zar duas linhas de crédito específicaspara apoiar a reconstrução do patri-mónio físico destruído e a recupera-ção de atividades económicas noâmbito dos serviços, indústria, agri-cultura e silvicultura, incluindo oadiantamento dos seguros ou dasajudas públicas, com o objetivo deacelerar o acesso a diferentes vias definanciamento.

08 CULTURA

La “folle” Maison Bleue d’Euclides da Costa Ferreira est inscrite aux monuments historiques

La Maison Bleue de Da Costa, àDives-sur-Mer (14) est un vrai endroitpour rêver.Un jardin extraordinaire, rempli de pe-tits monuments recouverts d’oiseaux,de serpents, de cerfs et autres motifstout en mosaïque, des chapelles dé-corées de fragments d’assiettes, unmausolée à la mémoire de Laïka, lepremier chien lancé dans l’espace.L’ensemble est composé d’une mai-son d’habitation et d’un jardin ayantappartenu à Euclides da Costa Fer-reira.Sur place on peut apprécier une cha-pelle miniature de trois mètres surdeux: quatre fenêtres éclairent la nefau bout de laquelle se dresse un autel.Des rocailles ornent l’ensemble.En 1957, dans l’impossibilité de tra-vailler, il crée dans son jardin un uni-

vers à la fois religieux, naïf et imagi-naire. Les monuments sont recouvertsde morceaux de céramique et de verrede récupération.Eliane Desprès, Présidente de l’asso-ciation La Maison Bleue de Da Costaa expliqué que l’artiste portugais étaitné en 1902 et était venu en France àl’âge de 22 ans. «Il était analphabète.Il a vécu en Picardie car dans la régionil y a avait un gros besoin de maind’œuvre suite à la Guerre. Il a travaillédans l’usine de métal puis il a trouvéce jardin de 300 m2 où va tout reta-per avec un ami ouvrier». Selon laPrésidente de l’association, Da Costaavait tout juste une ampoule au pla-fond chez lui, vivant loin du confort.«Il a passé sa vie à créer des œuvresqui l’interpellaient avec des matériauxde construction». Il recycle des maté-riaux trouvés dans les décharges: mor-ceaux de porcelaine, vaisselle cassée,

verre usagé, miroirs brisés, etc. «C’estdonc de l’art brut indemne de touteculture artistique. Il était perçucomme quelqu’un de marginal et desauvage car il ne parlait à personne».Décédé en 1984, Da Costa nouslaisse 27 années de création d’ArtBrut.Une mosaïque à ciel ouvert, qui attirerégulièrement des visites, notammentdes visites groupées. Ce patrimoinechaleureux est particulièrement fra-gile. En dépit du soin apporté par l’au-teur pour renforcer les structures deses constructions et de la réalisationméticuleuse des mosaïques, les tech-niques de construction utilisées n’ontpas toujours été bien maîtrisées.Aujourd’hui, l’ensemble de l’œuvre sedégrade et pose des problèmes deconservation. La ‘Maison Bleue’, de-venue propriété de la Ville de Dives-sur-Mer quelques jours avant le décès

de son épouse en 1989, fait au-jourd’hui l’objet d’une attention parti-culière. Des mesures d’urgence ontété prises pour sauvegarder lesconstructions: une structure métal-lique, couverte d’un film tendu, a étémise en place pour assurer la misehors d’eau de l’ensemble de la par-celle, en 2005.Une première tranche de travaux a puêtre réalisée en 2011 grâce à l’aidede la DRAC, du Conseil Général de laFondation du Patrimoine et des donsrécoltés par l’association. D’autres tra-vaux ont été réalisés récemment.La Maison Bleue est inscrite aux mo-numents historiques depuis 1991.Des visites guidées sont organiséespar l’association Da Costa.

La Maison Bleue13 rue des Frères Bissonà Dives-sur-Mer

Dives-sur-Mer

Par Clara Teixeira

Semaine d’immersion linguistique au PortugalPour la deuxième année consécutivel’Association Amitié Franco-Portu-gaise du Val d’Yerres (91), organiseune Semaine d’immersion linguis-tique au Portugal, du 9 au 15 juillet(première semaine de vacancesd’été).L’objectif est celui de permettre auxenfants de développer leurs compé-tences en portugais avec des activitésde détente et des visites culturellesdans une ambiance sympathique etinoubliable de vie de groupe.

Cette année 35 élèves de portugais deBrunoy, Epinay, Yerres et Boissy SaintLéger sont déjà inscrits. Une trentained’enfants du Portugal du même âge(8-11 ans) participeront aussi cetteannée, afin de permettre plus de com-munication en portugais entre les en-fants.Selon les organisateurs, le programmede la semaine sera adapté à l’âge desenfants et un programme précis seraélaboré pour chaque jour. Des activi-tés de loisirs - escalade, accro-

branche, tyrolienne, vtt, ballades enâne, plage de São Martinho do Porto...- des activités culturelles - visite dePortugal dos Pequeninos (Coimbra),visite d’une usine de faïences (Alco-baça)... le programme est intense.Le voyage est organisé par l’Associa-tion Amitié Franco-Portugaise du Vald’Yerres, qui porte le projet en parte-nariat avec le Centre d’Éducation àl’Environnement, responsable pour leséjour au Portugal.Le coût de l’hébergement, des activi-

tés et des visites avec assurance (obli-gatoire) au Portugal est de 275 euros.Le deuxième enfant de la fratrie bé-néficie d’une réduction de 10%(247,50 euros).Pendant la semaine les jeunes serontaccompagnés par un professeur dePortugais, Adelino de Sousa, et uneresponsable de l’association. Durantle séjour il y aura un moniteur pour 8jeunes, comme la loi le stipule. Il auraen plus un moniteur par activité et uncoordinateur.

Ópera “Beaumarchais” estreou em LisboaUm estúdio de gravação, onde ato-res, técnicos e cantores gravam umaópera, é o cenário de “Beaumar-chais”, ópera de Pedro Amaral, quese estreou no dia 22, no Teatro Na-cional D. Maria II, em Lisboa.“O espetáculo trata de equívocos,conflitos e conciliação que se dão noseio de um estúdio entre técnicos e

cantores, mas, no final, tudo acababem”, disse à Lusa Jorge Andrade,da companhia Mala Voadora, queencena esta ópera original comcomposição e libreto de Pedro Ama-ral.Jorge Andrade sublinhou que apesardos “atritos e equívocos” que vãosurgindo durante a ação, o espetá-

culo culmina mesmo num final feliz,à “boa maneira” das óperas deBeaumarchais.Com texto original de Jorge Andradee música e libreto de Pedro Amaral,o espetáculo acaba por incidir sobreas três óperas do dramaturgo fran-cês que estão a ser gravadas numestúdio montado no palco da sala

Garrett do Teatro Nacional.“Beaumarchais” acaba por ser umespetáculo que inclui cantores, ato-res, técnicos, trabalhadores de lim-peza, entre outros, que, cumprindoa sua vocação política e social, aca-barão por reivindicar os seus direi-tos, farão revoluções e “lincharão”os seus opressores.

Ópera de Pedro Amaral

Vítor Santos

Le 05 juillet 2017

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CULTURA 09

Museu quer mostrar esculturas portuguesas e francesasno Palácio Nacional de MafraMais de uma centena de réplicasde esculturas portuguesas e fran-cesas dos séculos XII a XVI estãohá 44 anos longe do olhar do pú-blico no Palácio de Mafra, quequer reabrir o Museu de EsculturaComparada.Criado em 1963, o Museu de Es-cultura Comparada permaneceuaberto até 1973, reunindo mais deuma centena de moldagens emgesso, que reproduziam peças devárias épocas, estilos e nacionali-dades. “É um museu que funcio-nou para dar resposta àquilo queeram necessidades culturais de umtempo em que não havia as comu-nicações e a mobilidade que hojeexistem e que surgiu em Mafra por-que tinha uma escola de escul-tura”, explica Mário Pereira,Diretor do Palácio, à Lusa.Mais de 50 peças foram reunidasem 1940 aquando da “Exposiçãode Moldagens da Escultura Medie-val Portuguesa” do Museu Nacio-nal de Arte Antiga.A estas juntaram-se outras france-sas, provenientes da “Exposição deArte Francesa”, organizada pela Di-reção dos Museus Nacionais Fran-ceses em 1934, mais tardeadquiridas pelo Estado português.Fazem também parte do acervo al-gumas esculturas moldadas emCoimbra no final do século XIX.

Antes de ter sido criado o museu,as peças estiveram em arrecada-ções do Mosteiro dos Jerónimos eoutras nas reservas do Museu Na-cional de Arte Antiga. Há réplicasde esculturas existentes em locaiscomo o Museu Arqueológico doCarmo, em Lisboa, no Mosteiro deAlcobaça, no Museu ou na Sé deÉvora, no Museu Nacional de ArteAntiga, na Sé de Lisboa, no Mos-

teiro de Santa Cruz, em Coimbra,mas também na Catedral de Char-tres, na Igreja de Notre Dame deParis ou no Museu do Louvre, emFrança.Do núcleo faz parte a “Estátua deCavaleiro Medieval”, do séculoXIII, do Museu Machado de Castro.A réplica foi cedida temporaria-mente para uma exposição noMuseu de Arte e História do Lu-

xemburgo.São também exemplos o “Túmulode Fernão Gonçalves Cogominho”(século XVI) do Museu de Évora, alápide sepulcral “Virgem, o Meninoe D. Honorico” do Museu NacionalMachado de Castro, esculturas dostúmulos de Pedro e Inês de Castrodo Mosteiro de Alcobaça (séculoXIV) ou o “Púlpito com os douto-res” do Mosteiro de Santa Cruz, em

Coimbra.Entre as peças francesas, destaca-se a “Estátua do Rei Salomão” (sé-culo XII) ou as “Três Garças”,monumento funerário mandadoconstruir por Catarina de Médicispara depositar o coração de Henri-que II, patentes no Museu do Lou-vre.Volvidos 44 anos e numa época emque os museus de réplicas voltama ser atrativos, o Palácio Nacionalde Mafra quer reabrir o Museu deEscultura Comparada. “Podemoster aqui um núcleo museológico degrande importância que trará aeste monumento, a Mafra e, even-tualmente, a Portugal alguns visi-tantes, dada a riqueza do acervoque temos”, defende o Diretor.Contudo, as sete salas do piso tér-reo do torreão norte do Palácio, poronde estão expostas as esculturas,carecem de uma reabilitação or-çada em 200 mil euros. Sem orça-mento para as obras e no ano emque comemora o tricentenáriodesde o lançamento da sua pri-meira pedra, o Palácio procuraagora mecenas que possam finan-ciar a intervenção.Mário Pereira recorda, assim, que“há um projeto, que passa pela re-cuperação e reabilitação deste es-paço, que tem um orçamento e épreciso um mecenas”.

Museu está encerrado há 44 anos

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Lusa / Miguel A. Lopes

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Os NouvelleVague atuamem outubroem PortugalO grupo francês Nouvelle Vague re-gressa a Portugal em outubro para trêsconcertos de apresentação do álbum“I could ve happy”. No dia 26 de ou-tubro atuam na Aula Magna, em Lis-boa, no dia 27, em Coimbra e, no dia29, na Casa da Música, no Porto.“I could be happy”, lançado no finalde 2016, é o quarto álbum de MarcCollin e Olivier Libaux, feito de versõesde temas dos anos 1980, como “AtholBrose”, dos Cocteau Twins, “All catsare grey”, dos The Cure, e “No one re-ceiving”, de Brian Eno.

Revista “Millennials”apresenta Lisboa

O 1° número da revista francesa bi-mestral “Millennials” que saiu na se-mana passada, apresenta um peque-no dossier sobre Lisboa.O novo magazine dirigido à nova geraçãoe que traz na capa o rosto do célébremanequim Cara Delevigne, apresenta-nos a capital portuguesa como a “citybreak des Millennials”.Com 6 páginas dedicadas às novastendências, moda, bars, restaurantes,discotecas, lojas, lazer, etc, Millennialsconvida os turistas a viajar pela cidadecolada ao Tejo dando assim dicassobre as melhores moradas a conhe-cer e a visitar já este verão.

Alain Bertrandno Museu Municipal doBombarralO Museu Municipal do Bombarraltem patente, até 23 de julho, a expo-sição de pintura “Máscaras em Ora-ção” do francês Alain Bertrand, narespetiva sala de exposições temporá-rias.“Podemos recusar os jogos de más-caras e tentar descobrir o rosto des-pojado, mas real e sincero”, frisouAlain Bertrand, acrescentando quepara o conseguir “inspirou-se nas lon-gas e solitárias orações dos mongesde Cister que permaneciam imóveisdurante horas há espera de ver o ver-dadeiro rosto da luz”, através da ora-ção.Alain Bertrand, que escolheu a aldeiados Baraçais, naquele concelho, paraviver, considera que o território é parasi uma “forte inspiração”.

10 CULTURA

Tiago Martins organiza a terceira ediçãodo Leiria Dancefloor em Portugal

Tiago Martins volta a organizar esteano, a terceira edição do Leiria Dan-cefloor, um festival de música eletró-nica que se vai instalando pouco apouco no mapa dos festivais portu-gueses.Tiago Martins trabalha para a AigleAzur, mas também dirige a sua pró-pria empresa de organização de even-tos, a Caticom. O evento tem lugarnos dias 4 e 5 de agosto, no EstádioMunicipal de Leiria. No primeiro anoBob Sinclar et David Carreira foram asprincipais vedetas, no ano passado foiAnselmo Ralph e este ano o festivalpassa para dois dias.Tiago Martins explica ao LusoJornalcomo adaptou o projeto e a programa-ção do festival à realidade portuguesa.

O que é que este projeto tem de novoeste ano que não teve nos anos ante-riores?Tem muita coisa nova. Primeiro sãodois dias, depois há uma modificaçãodo projeto, eu não conheço nadasobre a música, entrei neste projetopor acaso, estou mais relacionadocom o marketing. Mas sou teimoso,vem do meu lado transmontano, e vousempre até ao fim. Fiz uma análise domercado e sei que a música eletró-nica é muito ouvida pelos Portugue-ses. Apercebi-me que os emigrantesvão muito a espetáculos e festas emPortugal, durante as férias, mas vãosobretudo onde os primos de Portugalvão. Então, decidi orientar os meusespetáculos para os Portugueses dePortugal. Depois, outra grande mu-dança é que vamos ter artistas quevêm unicamente para o festival, sãoDJ’s internacionais que estarão ape-nas ali a atuar em Leiria e em maislado nenhum.

Isso implica que não são muito co-nhecidos em Portugal?Claro que são conhecidos, pelo pú-blico visado, pela camada dos 35-45anos em Portugal que gosta e está ha-bituada a este tipo de concertos. Háartistas que foram anunciados, que

eu nunca tinha ouvido falar, e que ti-veram um alcance de mais de70.000 pessoas na nossa página.

Como se faz então esta programação?Aprendi muito com os erros no pas-sado, foram muitas horas de análisedo que se passava na Bélgica, emMiami ou ainda em Ibiza. E assineiuma parceria com a WB Manage-ment, uma empresa da Suíça que seocupa dos maiores festivais mundiais.E esta parceria permitiu-me ter a ex-clusividade dos artistas.

Quais foram os pontos negativos dasduas primeiras edições que resolve-ram mudar?A escolha do cartaz. Por exemplo doDavid Carreira na primeira edição.Quando se paga 15 euros para ir vê-lo e dias depois ele está na festa daaldeia a atuar de graça... No ano pas-sado correu um pouco melhor porquetinha DJ’s que animaram a noite de-pois do Anselmo Ralph. A mudançade estratégia foi para evitar de parar

completamente este Festival, nãohavia muitas opções. Já investi bas-tante, mas decidi continuar.

E em matéria de patrocínios?Quis ir ao alcance das empresas por-tuguesas. Antes eram na maioria em-presas de França e hoje, graças aoprofissionalismo do Dancefloor, comuma verdadeira equipa profiissonal,com 4 elementos a trabalhar a tempointeiro só para o evento (comercial,management, designer, etc) temospatrocinadores que chegaram esteano e que nunca tinham chegado atéagora.

Muitos festivais são gratuitos em Por-tugal, isto não faz parte dos seus pro-jetos?Se encontrar um patrocinador quequiser pagar o investimento que há,porque não? Mas com este tipo deFestivais é raro ser gratuito. Tambémgraças às minhas funções na AigleAzur, consegui ter acordos com agên-cias de viagens em França, na Ingla-

terra, na Suíça, ou ainda na Bélgica,que vendem pacotes para desenvolvero turismo. A região de Leiria estáatualmente cheia com este tipo de re-servas que aumentou imenso graçasa estas ações.

O estádio de futebol vai continuar aser utilizado?Sim, o estádio tem condições exce-cionais. E é neste espaço que voucontinuar. No ano passado só foi uti-lizado um terço do estádio e este anovamos poder utilizar todo o relvadopara a pista de dança. Com mais ani-mações, há de facto uma evoluçãoenorme em termos de espetáculo.

Quantas pessoas esperam alcançar?Eu espero ter 10.000 pessoas cadadia e o nosso objetivo é a longo prazo,instalar este Festival no topo dos Fes-tivais europeus. Mas também fomosaproximados por outras Câmaras quegostavam de criar outras edições, maseste ano não foi a cabo, porque é uminvestimento brutal, mas interessa-nos. Temos a RFM em Portugal, quese associou como ‘media partner’ efomos contactados pela MTV paraparticipar no nosso evento. São coisasque estão a aparecer pela qualidadedo trabalho que estamos a fornecer.

O facto de morar em França cria al-gumas barreiras suplementares quenão encontraria se morasse em Por-tugal?Sim, por um lado algumas barreiras epor outro lado vantagens. Eles pen-sam que indo de França para Portugalnão preciso de dinheiro, olham paranós de modo diferente. Eles lá emPortugal trabalham muito à última dahora e nós aqui estamos habituados atrabalhar antecipadamente. Mascomo já trabalho há muitos anos comPortugal, já conheço os negócios.Quanto às vantagens, diria que esta-mos bem preparados aqui para geriro negócio, assim como a gestão dostress do evento em si. E temos tam-bém a facilidade de que nos vêemcomo jovens a querer investir em Por-tugal e querem ajudar-nos.

Festival deste ano tem nova fórmula

Por Carlos Pereira

Festival Curtas de Vila do Conde dedicaretrospetiva a F.J. OssangO realizador francês F.J. Ossang vaiestar este mês no Festival Interna-cional de Cinema de Vila do Conde,para apresentar a filmografia com-pleta.O Curtas de Vila do Conde, quecumpre 25 edições, dedicará a sec-ção “In Focus” àquele cineasta, queem 2009 venceu a competição ex-perimental.Escritor, editor, poeta e músico, F.J.Ossang “coleciona no seu currículocerca de vinte livros e uma banda demúsica, os MKB (Messageros KillersBoys), tem tido uma atividade cine-matográfica “mais esparsa”, referea direção, referindo uma carreiraque “tem sido marcada por uma ati-tude eminentemente punk, provo-

cando o ‘establishment’ artístico”.Depois de ter passado a infância noCantal, Ossang viveu os anos 70 emToulouse, num tempo marcado poruma intensa atividade editorial - arevista literária Cée (1977-1979,coeditada com Christian Bourgois) ea editora Céeditions, responsávelpela edição de autores como Stanis-las Rodanski, Claude Pélieu ou Ro-bert Cordier. Nos anos 80, muda-separa Paris, onde estuda na presti-giada escola IDHEC, local onde rea-liza duas curtas-metragens e a suaprimeira longa.O seu trabalho inicial é, desde logo,marcado por várias inspirações lite-rárias e políticas, como os situacio-nistas, William S. Burroughs,

Maquiavel ou Lenine. A sua banda,os MKB, é também resultado deuma fusão do punk e da música in-dustrial, autodenominando o seu es-tilo de Noise ’N’Roll. Esta misturade influências perpassa também nosseus filmes recheados de um estiloparticular, partindo do mundo pós-apocalíptico de ficção científicapara se aproximar do punk e do filmnoir. O filme mudo e o expressio-nismo são também uma força fun-damental.Por ter um estilo tão idiossincrático,Ossang tem uma carreira irregular,iniciada nos anos 80, e com longosperíodos de abstinência fílmica.“Dharma Guns”, de 2010, é o filmeque precede “9 Doigts”, a sua obra

mais recente, rodada em Portugal,ainda por estrear. Curiosamente, orealizador tem uma ligação fraternacom Portugal, onde já tinha filmadoanteriormente “Docteur Chance”(1998), trabalhando com atores por-tugueses. O filme (que conta com aparticipação de Joe Strummer, voca-lista dos The Clash) tem como pro-tagonista Pedro Hestnes, quecontracena com Marisa Paredes.A Cinemateca Portuguesa dedicouuma retrospetiva a Ossang, em2015, que incluía o filme “Le trésordes Îles Chiennes”, rodado nos Aço-res, e precisamente “DocteurChance”, com Pedro Hestnes.O 25º Curtas Vila do Conde decor-rerá de 8 a 16 de julho.

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Toulouse:Apresentaçãodo livro «Cesale hasardqu’est la vie»

A escritora lusodescendente LucePerez apresentou o seu mais re-cente livro, “Ce sale hasard qu’estla vie”, no Instituto de Línguas eCulturas Lusófonas de Toulouse,em dois dias distintos.Nascida em 1985, em Toulouse,Luce Perez-Tejedor passou a in-fância entre Espanha e Alemanha.Voltou a França pouco antes damaioridade para prosseguir osseus estudos de ciências políticasno Instituto de Estudos Políticos deToulouse e Strasbourg, e de gestãode projetos internacionais na EcoleSupérieure de Commerce deParis.Em 2010, muda-se para Bruxelasonde consegue um primeiro em-prego no setor da microfinança.Neste espaço de tempo completoua escrita de um primeiro esboçode literatura infantil “Taulin eClea”. Em 2012, voa pela primeiravez, para Port-au-Prince no Haiti,onde passou três anos a trabalharpara uma organização de desen-volvimento internacional. No en-tretanto escreve um segundo livrotendo como público alvo a juven-tude, e de seu nome “Les 4 Fan-taisistes”, tendo em seguidaescrito o seu primeiro romance,“Ce sale hasard qu’est la vie”, pu-blicado em abril de 2017 pelas“Editions du Pas d’oiseau”.Em 2016, muda-se para o Sene-gal, onde descobre o setor das edi-ções africanas e francófonas,começando a colaborar com as“Editions et Diffusion Athe ́na”. Aescritora vive agora entre Toulousee Dakar.Este livro que apresentou fala dosPirinéus, e nomeadamente da his-tória de uma família portuguesaem França. Luce Perez aproveitoua reportagem do LusoJornal paraagradecer ao seu editor e ao Insti-tuto Lusófono pela colaboração.Recorde-se que o livro foi apresen-tado nas novas instalações do Ins-tituto, que é liderado por MariaGraux, e que serão inauguradasem setembro.Na cerimónia esteve presente oVice-Cônsul de Portugal em Tou-louse, Paulo Santos.

CULTURA 11

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Librairie Portugaise 30 ans, Éditions Chandeigne 25 ans

La petite place de l’Estrapade, à deuxpas du Panthéon, aura rarement vu au-tant de lecteurs lusophones et luso-philes arriver à la Librairie Portugaiseet Brésilénne. Écrivains, traducteurs,musiciens, amis et autres «compa-gnons de route» de Michel Chandeigneet d’Anne Lima étaient venus trèsnombreux, vendredi dernier, pour fêterles 30 ans de la Librairie Portugaise etBrésilienne et les 25 ans des ÉditionsChandeigne. Cette soirée festive et cul-turelle avait lieu en même temps quela 3ème édition du Pari des Librairesqui se déroulait dans une centaine delibrairies indépendantes.C’est en 1986 que Michel Chan-deigne, après avoir été prof deSciences de la Vie et de la Terre auLycée français de Lisboa, jette l’ancreau Quartier Latin pour ouvrir la LibrairiePortugaise et Brésilienne. Et c’est en1992, imprégné de littérature portu-gaise et passionné de typographie,

qu’il crée les Éditions Chandeigne, enassociation avec Anne Lima, son an-cienne élève au Lycée de Lisboa, filled’un père portugais et d’une mère fran-çaise.Étant l’une des dernières librairies por-tugaises de France qui résistent encoreà internet et à la vente en ligne, MichelChandeigne aime présenter, sousforme de boutade, sa librairie commeétant «une anomalie économique auQuartier Latin». La réussite tient no-tamment, entre autres facteurs, à cettesynergie qui existe entre la librairie etles éditions. «D’abord spécialiséesdans les récits de voyages et le mondelusophone, les éditions Chandeigneont diversifié leur catalogue en 25 ansen éditant également des essais, desrecueils de poésie, des beaux-livres etdes ouvrages pour la jeunesse, conçuset composés dans leurs propres atelierset réunis dans plusieurs collections»,peut-on lire dans le beau catalogue il-lustré, qui vient d’être publié à l’occa-sion de cet anniversaire. Actuellement,

les éditions Chandeigne totalisent 247titres, dont 52 dans la collection Ma-gellane.Au cours de la soirée, voulant rendrehommage à ses «compagnons deroute» et à tous ceux qui ont travaillé àses côtés, Michel Chandeigne leurdonna la parole. C’est ainsi que Maxde Carvalho évoqua la publication de«La poésie du Brésil - Anthologie duXVIe au XXe siècle», une œuvre monu-mentale de 1.500 pages; ElisabethMonteiro Rodrigues rappela ses 16 anspassés à la librairie et son travail de tra-ductrice (notamment les 10 livres tra-duits de Mia Couto); Patrick Strau-mann, journaliste et critique de ci-néma, auteur du récit de voyage «Lameilleure part», aux éditions Chan-deigne également, avoua son «coup defoudre pour ce lieu magique» qu’est laLibrairie Portugaise et Brésilienne;Georges Viaud, historien du restaurantmythique La Coupole, profita pour ra-conter «les malheurs de la statue deCamões à Paris»; Ilda Nunes dos San-

tos, professeur universitaire et traduc-trice, souligna l’importance de la librai-rie et des éditions pour les étudiants,chercheurs, professeurs et tous ceuxqui s’intéressent au monde lusophone;Patrick Quillier, professeur de littéra-ture comparée et traducteur, l’un desplus anciens «compagnons de route»de Michel Chandeigne, puisque il étaitson collègue au Lycée de Lisboa, évo-qua quelques étapes de cette longuecollaboration, dont les traductions deEugénio de Andrade et Fernando Pes-soa.Étaient aussi présents à cette rencon-tre festive d’autres amis et collabora-teurs de éditions Chandeigne, parmilesquels Yves Léonard, Michel Riaudel,Armelle Enders et le flutiste Jean-Christophe Frisch, fondateur du groupeLe Baroque Nomade, qui offrit aux in-vités un magnifique interlude musicalen jouant «La feuille de saule», un airqui, comme les récits de la collectionMagellane, nous entraîne aussi vers delointains voyages en Asie et en Orient.

Par Dominique Stoenesco

Editora francesa La Différence, fundada pelo português Joaquim Vital, vai fechar portas

A editora francesa La Différence,fundada pelo poeta português Joa-quim Vital, que publicou mais deuma centena de títulos de autoresportugueses, vai fechar portas de-pois de ter sido alvo de uma liquida-ção judicial.La Différence foi fundada em 1976,por Joaquim Vital, com a escritorabelga Colette Lambrichs, o filósofoMarcel Paquet, também belga, e oescritor e historiador de arte franco-americano Patrick Waldberg, e tinhaum catálogo de 2.000 títulos, in-cluindo mais de uma centena deobras de autores portugueses, no-meadamente de Fernando Pessoa,Eça de Queiroz, Fernão MendesPinto, Vitorino Nemésio, Sophia deMello Breyner Andresen, Maria Ju-

dite de Carvalho e Urbano TavaresRodrigues.“Somos obrigados a parar, ainda nãosei o que vai acontecer ao fundo daeditora, mas deverá ser vendido”, in-dicou à agência Lusa a fundadora Co-lette Lambrichs, sublinhando queforam os “problemas financeiros” queditaram a liquidação judicial, seteanos após a morte de Joaquim Vital,em Lisboa, em 2010.Colette Lambrichs, a sobrevivente dogrupo fundador, afirmou ainda que aeditora decidiu publicar autores por-tugueses devido à constatação de Joa-quim Vital da “lacuna que existia emFrança, relativamente à literatura por-tuguesa”.“Joaquim Vital era português, conhe-cia muito bem a literatura do seu paíse muito rapidamente percebeu queera uma das últimas literaturas euro-

peias pouco conhecidas em França.Então, fizemos um trabalho para di-vulgar a literatura portuguesa emFrança e ele próprio traduziu obras deFernando Pessoa, Vasco Graça Mourae Sophia de Mello Breyner”, indicou.O lançamento previsto para a “ren-trée” literária de setembro, emFrança, de uma tradução de “OLivro do Desassossego”, de Ber-nardo Soares/Fernando Pessoa, porMarie-Hélène Piwnik (“Livre(s) del’Inquiétude”) já não se vai realizar.“O programa de publicações para a‘rentrée’ não poderá ser cumprido.É escusado precisar que estamostodos muito magoados por esta deci-são que vai impedir, nomeadamente,o lançamento da nova tradução de‘Livro do Desassossego’, de FernandoPessoa, na magnífica tradução deMarie-Hélène Piwnik”, escreveu Co-

lette Lambrichs numa mensagem decorreio eletrónico, enviada aos auto-res, tradutores e parceiros da editora,a 26 de junho.Na mensagem de despedida, ColetteLambrichs verificava que as éditionsLa Différence “talvez” fizessem parte“do mundo antigo” e que “um ano decampanha eleitoral” foi “fatal” para aeditora, a quem “não é possível espe-rar para pagar salários, despesas, ren-das, etc.”.A par de autores portugueses comoMário de Sá-Carneiro, Vergílio Ferreirae Eugénio de Andrade, ao longo decerca de 40 anos de atividade, La Dif-férence publicou igualmente autorescomo Malcolm Lowry, Victor Segalen,Gilles Deleuze, Philippe Sollers, Mi-chel Houellebecq e Francis Bacon,Henry James, Holderlin e clássicoscomo Homero, Píndaro ou Virgílio.

Por Carina Branco, Lusa

Un bastion de la lusophonie au cœur du Quartier Latin

LusoJornal / Dominique Stoenesco

Por Vítor Oliveira

Le 05 juillet 2017

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12 CULTURA

Artistas de Belleville vão expor em Bragança

A exposição “Encontro - Belleville emBragança” vai decorrer a partir do 7de julho na galeria História e Arte emBragança. Este projeto organiza o en-contro entre dois grupos de artistas:AAB (les Ateliers d’Artistes de Belle-ville, Paris) e a galeria História e Arte(associação cultural Tempo Líquido),em Bragança.Artistas portugueses e artistas france-ses vão assim expor as suas obras(pintura, gravura, instalação, artes vi-suais, ou ainda linogravura). Bellevillee Bragança, dois territórios diferentesmas complementares, Belleville é umbairro parisiense superpovoado com

espaços de criação exíguos, situadoem meio urbano, difícil, mas interna-cional e imediatamente acessível aum grande público. Bragança estáenvolvida por natureza protegida egoza de um amplo espaço urbano,mas está longe dos principais centrosde poder, o que a confina à uma di-mensão mais íntima e local.Foi em maio de 2016 que três artis-tas da galeria História e Arte - Car-melo Calvo (fotografo), João Ferreira -Janjã (escultor) e Miguel Moreira eSilva (artista plástico), acompanha-dos por António Fernandes (artesãode máscaras) - expuseram as suasobras na galeria AAB. Nesta exposi-ção, os autores mostraram o comum

respeito que partilham no olhar críticosobre o território.No que diz respeito a esta segundaparte do projeto, a galeria AAB (lesAteliers d’Artistes de Belleville) pro-põe à galeria História e Arte uma ex-posição coletiva “Encontro”, comClaire Archenault, Lika Kato, LunaVaz, Michèle Rizet, e Paola Afonso.Sobre Luna Vaz podemos dizer quedança desde a infância. Das dançastradicionais do norte de Portugal àdança contemporânea passando pelohip-hop, fomenta uma dança semfronteiras. Mas, em 2004, um aci-dente pôs termo à sua carreira profis-sional. A partir de então, reinveste oseu corpo para o campo das artes vi-

suais onde questiona a herança im-pregnada de memórias dentro docorpo feminino.Graças a uma dinâmica de exploraçãotriangular, Luna Vaz elabora uma es-tética da extimidade. Um corpo, odorso, as pernas invisíveis, portantotapadas. Uma encenação sem rostode contornos definidos sobre o fundo.Quanto a Paola Afonso, em 2010começou a redigir um livro “Canti-gas d’Amor”. Começou por reunir ascanções da sua aldeia de origem emPortugal (Agrochão, em Vinhais, Trás-os-Montes). Foram alguns dos resi-dentes que se mantiveram na aldeiaque lhe permitiram descobrir toda apoesia e o canto que preencheu o

quotidiano dos seus antepassados. Apartir de seis cantigas de amor popu-lares imaginou uma história. O livrocomeçou a tomar forma. Primeiro,um livro acordeão unicamente ilus-trado por linogravuras inspiradas nasmemórias de paisagens e formas vin-das da grande variedade gráfica dosazulejos portugueses.Depois, um outro livro, manuscrito,contém os textos das cantigas emportuguês e a sua tradução em fran-cês, bem como as partituras da mú-sica que as acompanha.A exposição fica patente até à pri-meira semana de agosto na galeriaHistória e Arte, rua Abílio Beça, n°35,Bragança.

Na Galeria História e Arte

Por Clara Teixeira

Dupla portuguesa “Borderlovers” expõe “pinturas da vida moderna” em Montmartre

A dupla de artistas portugueses “Bor-derlovers”, composta por Pedro Amarale Ivo Bassanti, tem patente uma expo-sição com “pinturas da vida moderna”num apartamento-galeria, no bairro deMontmartre, em Paris.Os rostos de figuras contemporâneasda música, do cinema e das artesplásticas, de Serge Gainsbourg aJane Birkin, de Patti Smith a RobertMapplethorp, passando por BrigitteBardot, Édith Piaf, António Varia-ções, Maria Bethânia, Picasso, Dali ePollock, são visíveis em mais de 40trabalhos, entre pinturas, desenhosem papel, desenhos em peles e umtapete, num estilo que cruza a ‘streetart’ com o novo realismo francês dosanos de 1960.“Gosto muito dos novos realistas egosto muito daquele livro do Baude-laire que é ‘O Pintor da Vida Moderna’.Talvez preferisse que isto fossem pin-turas da vida moderna. Não sei se émuito arrojado da minha parte ou atre-vido ou pretensioso”, resumiu PedroAmaral quando questionado sobrecomo define os trabalhos expostos.Tal como o nome artístico que esco-lheram, “borderlovers” - em referênciaà perturbação de personalidade “bor-derline -, as pessoas representadas nostrabalhos “são todas borderlovers”, ouseja, “deram contribuições para a so-

ciedade e para os outros, mas como seestivessem uns em Júpiter, outros emMarte, mas, ao mesmo tempo, muitode frente para a realidade”.A galeria fica num beco sem saída,com imóveis baixos e um silêncio ina-bitual, perto da turística igreja doSacré Coeur e da concorrida Place duTertre com os seus pintores de rua, nobairro de Montmartre.Para lá chegar, depois de subidos os90 degraus da estação Abbesses, no18º bairro de Paris, caminha-se algunsminutos pela rue La Vieuville e vira-seà direita, sendo a visita feita por mar-cação, no caso de os artistas não esta-rem “em casa”.À entrada, o corredor exibe um dípticoem tela do qual sobressai uma TorreEiffel e a figura de “A LiberdadeGuiando o Povo”, de Delacroix, se-guindo-se um desenho em grande es-cala de Serge Gainsbourg e JaneBirkin, escada acima, até chegar aoapartamento de 35 metros quadradostransformado em residência artística egaleria de arte batizada Shiki MikiParis, em referência ao nome da pri-meira galeria aberta em Lisboa, ShikiMiki Gallery.Os cartazes da exposição, alguns em-pilhados em cima do tapete-pintura,apresentam rostos, a preto e branco,de figuras das artes e têm a frase, notopo, “Ça je peux le faire aussi”.“O título, quer em francês quer em

português, tem um ponto de partidade algum sentido de humor em rela-ção a muitas coisas que nós artistas,às vezes, ouvimos as pessoas não ar-tistas dizerem, que é irem a uma ex-posição, olharem para um trabalho edizem assim: Ah, isto eu tambémfaço. E em francês ‘ça je peux le faireaussi’. Umas manchas, eu tambémfaço”, contou, com um largo sorriso.Pedro Amaral e Ivo Bassanti criaram

as obras em conjunto no Corny BootsStudios em Lagery, perto da cidadefrancesa de Reims, e decidiram apre-sentar o resultado primeiro em Paris e,no próximo ano, em Lisboa. “De re-pente começou a aparecer Paris e acultura francesa nos desenhos e naspinturas e tornou-se evidente quetinha de ser mostrado aqui. E apete-ceu-nos. O último trabalho feito paraesta exposição foi aquele díptico que

está lá em baixo e ele é obviamenteuma declaração de amor a Paris e àFrança e à cultura francesa, claro”, ex-plicou o artista de 57 anos que cres-ceu “com a cultura francesa” emPortugal.Em Lagery, a 130 quilómetros deParis, no estúdio de Ivo Bassanti,“durante cinco semanas, foi só pintar,pintar, pintar, desenhar, pintar”, numambiente de “factory”, onde “o cafémais próximo é a seis quilómetros esó há natureza à volta da casa, cam-pos de champanhe e bosques comveados, coelhos e raposas”.“Aquilo era muito por turnos. Houveuma altura em que o Bassanti andavamuito noturno e eu muito diurno. Eupintava, sei lá, das sete da manhã àscinco da tarde. Depois, ele vinha epegava. É muito jazz. Nós temos umatela, eu chego lá e pinto uma frasemusical, ele vai e pinta outra ao ladoou pinta a apanhar um bocadinho porcima. Eu vou e pinto outra e assimsucessivamente”, descreveu.Pedro Amaral e Ivo Bassanti vão vol-tar a trabalhar juntos no projeto “LaRue”, de 22 de setembro a 1 de ou-tubro, no qual vão retratar persona-lidades portuguesas que viveram nacapital francesa, num convite doCentro Cultural Camões de Paris,integrado numa iniciativa do Fórumdos Institutos Culturais Estrangeirosem Paris.

Por Carina Branco, Lusa

Projeto “La Rue” leva arte, música e comida portuguesas às ruas de Paris

A arte, a música e a comida portugue-sas vão sair às ruas de Paris, de 22 desetembro a 1 de outubro, no âmbitodo projeto “La Rue”, no qual participao Centro Cultural Camões de Paris.“La Rue” é uma iniciativa do Fórumdos Institutos Culturais Estrangeirosem Paris (FICEP), do qual faz parte oCentro Cultural Camões, que decidiuseguir o mesmo princípio do festivalLusoscopia, realizado em maio,quando várias galerias parisienses ex-puseram artistas portugueses. “Como

na Lusoscopie, a ideia foi aproveitar arealidade e inquirir quem já faz coisasna rua, desde quem vende ‘streetfood’ de origem portuguesa, quem fazpinturas ou colagens na rua, quem játoca e canta na rua, e criar uma coisamais pulverizada, mais dispersa, masmais real, menos artificial. Começa aser um traço característico de progra-mação”, explicou à Lusa João Pinha-randa, Diretor do Centro CulturalCamões em Paris.As paredes de Paris vão servir de telapara pinturas e colagens de PedroAmaral e Ivo Bassanti - conhecidos

como “Borderlovers” e atualmente emexposição em Paris - que foram con-vidados para retratarem artistas e in-telectuais portugueses que passarampela capital francesa, tendo tambémsido convidados para fazer o logótipoda participação portuguesa no “LaRue”.O Rancho de Cantadores de Paris,criado há nove meses pelo encenadorportuguês Carlos Balbino, compostopor parisienses de várias nacionalida-des, vai entoar músicas de cante alen-tejano com sotaques internacionaisnas ruas da capital francesa.

Lúcio Martins Faria, um portuguêsque há mais de 20 anos canta fadocom notas de saxofone no metro deParis, vai ter como palco a linha 9 dometropolitano.Os petiscos portugueses vão tambémestar à venda nas ruas de Paris paraservir os transeuntes com alguns sa-bores da saudade. “Isto reflete a pró-pria condição do Camões em Parisque não tem sede. É um centro am-bulatório, é um centro em deslocação,é um centro que, se fizesse todas asações na rua, estaria a refletir a suaprópria realidade porque não tem

casa. Nesse sentido, desde que a sedefoi vendida, o tema interessa-me bas-tante porque é pensar como se podeatuar pedindo a casa emprestada aosoutros ou atuando diretamente narua”, acrescentou João Pinharanda,referindo-se ao facto de o centro nãoter um espaço próprio para programa-ção cultural.No programa geral do “La Rue”, de-verá haver, também, uma mesa re-donda com participantes portuguesese, uma semana depois, a Universi-dade Paris Nanterre vai fazer um co-lóquio sobre o mesmo tema.

Por Carina Branco, Lusa

Carina Branco

Le 05 juillet 2017

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lusojornal.com

14 ASSOCIAÇÕES

Graines de Luso fait la fête à TavernyAu mois de juin les festivités battentleur plein! Et l’association Graines deLuso n’a pas échappé à cette règle!Après toute une année d’ateliers lu-diques d’initiation à la langue portu-gaise et à la culture lusophone pourenfants de 4 à 11 ans, l’associationGraines de Luso a vécu trois momentsforts en ce mois de juin.Les festivités ont débuté le premierweek-end du mois par le défilé duchar du roi «D. Dinis» et de la reine«D. Isabel, Rainha Santa» à la paradedu Festival du cinéma à Taverny (95),qui avait pour thème cette année«l’Histoire».Ce char, décoré par la galerie de por-traits réalisée par les enfants de l’as-sociation ainsi que par les rosesapportées par les familles qui se sontjointes au défilé, a remporté le prix du«Plus beau char», remis par la Mairede Taverny, Florence Portelli. «Ce futune grande fierté pour l’associationd’avoir mis à l’honneur l’Histoire duPortugal et ce couple royal en particu-lier lors de ce festival, tout comme letravail réalisé tout au long de l’annéeau sein des ateliers» dit au LusoJornal

Isabel Carvalho. En effet, en plus desportraits du roi et de la reine que lesenfants avaient peints, ils ont égale-ment défilé avec les capes royalesqu’ils avaient eux-mêmes confection-nées lors d’un atelier «couture».Quelques jours plus tard, l’associationa organisé sa première Kermesse defin d’année dans la Salle des fêtes de

la ville de Taverny. Ce fut un momentconvivial où les enfants qui participentaux ateliers hebdomadaires sontvenus se divertir avec des jeux tradi-tionnels tels que le chamboule-tout,revisité pour l’occasion en chamboule-tout des Châteaux du Portugal, ou en-core le jeu de Memory, personnaliséen Memory des rois du Portugal, et

bien d’autres jeux encore (pêche auxcanards, bowling, tir à l’arc, etc.). Cesjeux ont été principalement fournispar la Fondation la Grande Récré pourl’Enfance qui soutient ce projet depuissa création en 2015. Cette kermessea également été l’occasion de partagerun goûter avec les familles adhé-rentes, avec la participation de UNI-

CER qui a permis à chacun de se dés-altérer en cette période de canicule.Les festivités se sont achevées avec lafête des TAP à l’école élémentaireSaint Exupéry à Bessancourt, où l’as-sociation Graines de Luso anime de-puis janvier 2017 un atelier ludiquehebdomadaire d’initiation à la langueportugaise. Cette année ce sont lesenfants des deux classes de CP qui enont bénéficié. Durant cette fête, lesparents sont venus découvrir ce quifaisait le succès de cet atelier auprèsde leurs enfants: apprendre en jouant!D’autres enfants ont pu jouer surplace au jeu des petits chevaux encomptant en portugais ou encoreconstruire une «Torre de Belém» enLego.Fort de ce succès, l’association re-prendra ses ateliers dès la rentrée2017.Quant aux ateliers hebdomadaires àTaverny, les inscriptions ont débutésur [email protected] ou 0667 48 00 23. Il est également possi-ble d’avoir un aperçu des activités del’association sur la page facebookGraines de Luso.

L’association fait découvrir la langue portugaise aux enfants

David Dany et José Figueiras à Troyes

Des centaines de personnes ont as-sisté au concert de David Dany et deJosé Figueiras, présentateur del’émission Alô Portugal pour la SIC In-ternational, qui a eu lieu à Troyes.M. Francisco, patron du «Luso Res-taurante» et du magazin le «LusoSuper» a organisé la Fête de la StJean, place Trévois, en collaborationavec Philippe Jomas responsable deCath Phil Productions. «J’ai été sur-pris par l’ampleur de la manifestation.Les gens sont venus par centaines as-sister a cette fête, les Portugais ont ré-

pondu présent et sont venus trèsnombreux assister a ce concert». Laprésence de José Figueiras a marquéles esprits, nous avions pour la pre-mière fois le présentateur vedettedans notre ville et les gens étaientravis et heureux de pouvoir parler aveclui, d’ailleurs la Présidente du Groupefolklorique local, émerveillé d’êtreprésenté par José Figueiras, n’a pu re-tenir son émotion d’être en sa pré-sence.Après le duo «Maravilhas», le chan-teur David Dany est monté sur scènepour enflammer le public. Il était ac-compagné par la danseuse Belly

Ophelie «performer Shakira».«C’était géant. La soirée était devenuele meilleur événement qu’on n’ait eudepuis 4 ans. Je ne sais quoi dire,nous avons tout vendu dans la soirée,nous ne nous attendions pas a autantde monde, je pense que la présencede José Figueiras et de David Dany yest pour beaucoup et je dois dire quec’est un show à l’égal des plus grands.Il s’est fini tard dans la nuit, je ne saispas comment remercier Cath PhilProductions, tellement je suis contentde la manifestation qui je dois dire estune réussite complète» dit le patronde l’établissement.

Par Maria Teixeira

Cap Magellan apresentou “Sécur’été” no Consulado de Portugal em ParisA associação Cap Magellan, apresen-tou na semana passada, no ConsuladoGeral de Portugal em Paris, a 15ª edi-ção da campanha de segurança rodo-viária intitulada “Sécur’été”.“Esta é uma campanha que se dirigeaos Portugueses e lusodescendentes,residentes em França, que se deslo-cam de carro a Portugal durante as fé-rias de verão” diz uma nota enviada àsredações. Decorre em três países -França, Espanha e Portugal - e temcomo principal objetivo “a redução donúmero de acidentes durante os traje-tos longos e depois das saídas noctur-nas”.Pelo sexto ano consecutivo, a campa-nha é apadrinhada pelo apresentadorde televisão José Carlos Malato e esteano a Cap Magellan convidou tambémMickaël Mota, Campeão de kart.“Com esta campanha, a Cap Magellanprocura sensibilizar o público para osperigos das viagens longas (fadiga, ex-cesso de velocidade, etc.) e para asprecauções a ter (preparação do veí-

culo, parar de 2 em 2 horas para des-cansar, etc.). Pretende também infor-mar os automobilistas sobre oscódigos da estrada dos países atraves-sados (velocidades autorizadas, álcool,coletes refletores, etc.). Por último,quer alertar os jovens para os perigosda condução sob efeito do consumode álcool e/ou de drogas, nomeada-mente durante as saídas nocturnas”.Depois da apresentação no Consuladoportuguês, a campanha foi oficial-mente lançada no sábado à noite, dia1 de julho, na discoteca Le Mikado,em Paris, na presença do padrinhoJosé Carlos Malato.Durante o caminho entre França ePortugal, vários voluntários e membrosda equipa da Cap Magellan desenvol-verão ações de sensibilização juntodos automobilistas em várias estaçõesde serviço e nas fronteiras. Açõesperto de Bordeaux com ateliers demassagens em parceria com a Macife a associação Sol de Portugal e nosdias 16 e 17 de julho, pela segunda

vez, fim de semana especial na RCEA(Route Centre-Europe Atlantique ouEstrada Centro Europa Atlântico) comateliers massagens em parceria com aMacif e associção Centre Franco-Por-tugais de Bourges. Esta estrada co-

nheceu dois terríveis acidentes mor-tais nos meses de março de 2016 ejaneiro de 2017 envolvendo portugue-ses.Em França, os fins de semana de 29e 30 de julho são anunciados como

“negros” em termos de tráfego rodo-viário com destino ao sul do país. Aequipa da Cap Magellan estará pre-sente nas fronteiras entre Portugal eEspanha, nesses fins de semana, parauma ação de prevenção junto dos emi-grantes e de todos os automobilistasque se dirigem a Portugal durante omês tradicional de férias. A campanhapassa por três fronteiras: Vilar For-moso, Vila Verde da Raia e Valença.Depois, seguem-se ações em Portugal,durante as duas primeiras semanas deagosto, durante o dia, em locais deforte presença de emigrantes portu-gueses, e durante a noite à saída devárias discotecas, no intuito de sensi-bilizar os jovens que de lá saem aosperigos da condução, nomeadamenteem matéria de álcool e drogas. As dis-cotecas contempladas são: Pacha Ofir(Esposende), Biba Ofir (Esposende),Bibliteca (Chaves), Triunfo (Chaves),Platz (Chaves), Palacio Kiay (Pombal),The Club (Fafe) e Praça da Música(Fafe).

LusoJornal / Mário Cantarinha

Le 05 juillet 2017

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Rádio CapSaoorganizou um “Village CapSao-FestivalLatino” em Lyon

A radio CapSao, presente em Lyoncom a frequência 99.3 FM, organizouuma festa com o tema “Village Cap-Sao-Festival Latino” na esplanada doparque Sergent Blandan, onde du-rante três dias - sexta, sábado e do-mingo - vários artistas hispanófonos elusófonos, de Cabo Verde e Brasil,apresentaram os seus talentos e assuas musicalidades latinas.Desde a Zumba ao Kuduro, pas-sando pelo samba, os visitantes do“Village CapSao” apreciaram a apre-sentação musical. Presentes tambémnestes dias, o Instituto língua e culturaportuguesa (ILCP) de Lyon, que infor-mava das possibilidades de cursos deportuguês e como proceder às respe-tivas inscrições.Em termos de gastronomia, o super-mercado “O Nosso” apresentou es-pecialidades portuguesas, e tambémbebidas, como vinhos, cervejas e re-frigerantes portugueses.Na tarde de domingo, esteve empalco o grupo de folclore “Os Amigosde Decines” que foram muito aplau-didos pelo público presente.A radio Capsao esteve também pre-sente nas Festas Consulares ondetambém tinha um stand de informa-ção.António Pinto, Diretor Financeiro eCharlotte Bebin, grafista e encarre-gada do projeto web, marcaram pre-sença nos dois dias das FestasConsulares.“Hoje estamos em simultâneo com oevento ‘Village Capsao’ e informamosque a radio Capsao tem como obje-tivo levar junto das Comunidades la-tinas, e lusófonas, toda a riqueza dasua música” explica António Pinto aoLusoJornal. A rádio emite atualmenteem três cidades: Lyon, Oynnax eParis, e tem num total de mais de20.000 auditores. “Estamos aquipara promover e divulgar os nossosprojetos e também eventos futuros jáagendados” explicou ao LusoJornalAntónio Pinto.A emissão de rádio Capsao temgrande escuta na Comunidade por-tuguesa da região de Lyon, a qualparticipa numerosa aos eventos mu-sicais desta rádio presidida por Al-fredo da Silva.

ASSOCIAÇÕES 15

lusojornal.com

La traditionnelle Fête de la Saint Jean à Clermont-Ferrand

Peu après le solstice d’été, vient lafête de la Saint Jean, traditionnelle-ment accompagnée de ses grandsfeux de joie. L’association Os Campo-neses Minhotos organise depuis denombreuses années cet évènement àClermont-Ferrand. Jean Veloso, lePrésident de l’association mais aussiConseiller de la Communauté Portu-gaise a orchestré ce week-end la fa-meuse Fête de la Saint Jean.Cet évènement populaire et familialest important pour la ville de Cler-mont-Ferrand. Il est devenu cher aucœur de tous les Clermontois et ras-semble des milliers de personnes.Aujourd’hui la fête de la Saint-Jeanne s’adresse pas seulement à la Com-munauté portugaise mais à toute lapopulation de la métropole Clermon-toise, elle est appréciée de tous pourson ambiance festive.A la Saint Jean, on y respecte les tra-ditions, une porte d’entrée en formede voute ornée de fleurs en papiercrépon vous rappelle les décorationsdans les villages au Portugal, celavous invite à y entrer et si vous vouspromenez sur les abords de la placedu 1er mai, vous y découvrirez l’ado-ration en cascade de Saint Jean. LeSaint Patron de la fête baigne dansune fontaine où les gens déposentleurs offrandes.C’est aussi un lieu de rencontre oùl’on se croise pour l’occasion. On ha-bite la même ville mais on se voitpeu, alors on prend des nouvelles dela famille au détour de la place du 1ermai!Mais ce jour-là, c’est aussi un peu du

Portugal à Clermont-Ferrand, maispas seulement, un avant-goût des va-cances au Portugal qui s’approchentpour tous, les «Saudades» des «Ro-marias». A Clermont-Ferrand cettefête rend hommage à la traditionnelledanse folklorique portugaise. Pourtous les nostalgiques, cet évènementest surtout la résurrection des veilléesAuvergnates d’antan.Au programme danse et musiqueétaient au rendez-vous. C’est aussi undéfilé à travers les rues de la villejusqu’à la place du 1er mai. Legroupe folklorique des portugais deMonaco est venu spécialement pourl’occasion et bien entendu les Cam-poneses Minhotos sont là pour menerla danse. Pour les passionnés de fol-klore, c’est un rendez-vous à ne pas

manquer.On a pu assister au spectacle des ma-jorettes de Castres, apprécier la mu-sique de la Band’a Dub d’Orléat etprofiter de l’animation de la fanfarelyrique d’Aigueperse. Pour l’am-biance musicale, on a pu découvrirHugo Manuel et ses danseuses ainsique l’artiste Ana Rita.Lors des festivités nous avons pu re-voir Tiffany Pereira 1ère Dauphine etMelissa Pereira, 2ème Dauphineélues en avril au concours de MissPortugal régions de France, organisépar la même association.Peu avant le feu d’artifice de minuit,le Maire de Clermont-Ferrand, OlivierBianchi s’est adressé à l’assembléedans un message d’amitié et de fra-ternité, auprès de la Communauté

portugaise. Il faut savoir que Cler-mont-Ferrand est jumelée avecBraga, ville du nord du Portugal. Il esttout de même regrettable que l’on neprofite pas de la Fête de la Saint Jeanpour mettre à profit le partenariat dejumelage.Braga possédant un riche patrimoineculturel. Par ailleurs, une forte popu-lation de la Communauté portugaisede Clermont-Ferrand est originaire doMinho.La Communauté portugaise a renduhommage aux victimes de la tragédiedu terrible incendie meurtrier au Por-tugal. Une minute de silence a étéobservée peu avant la prise de paroled’Isidore Fartaria, Consul Honorairedu Portugal à Clermont-Ferrand. Cefut un instant empreint d’émotion, unmoment solennel pour les milliers depersonnes qui participaient à la fête.Isidore Fartaria a annoncé officielle-ment le recrutement d’un nouveaucollaborateur auprès du Consulat Ho-noraire du Portugal à Clermont-Fer-rand, pour l’amélioration et la qualitédu service consulaire, tout en tenantcompte des difficultés rencontréesauparavant.Après l’embrasement du traditionnelfeu de la Saint Jean, les participantsont pu contempler le feu d’artificepour le plus grand plaisir de petits etgrands.Lorsque un évènement de ce type estorganisé, il faut saluer le travail desbénévoles. La fête ne serait pas pos-sible sans la mobilisation de chacun.Il faut souligner la participation de laville de Clermont-Ferrand. LusoJornalest partenaire de longue date de cettemanifestation.

Organisée par l’association Os Camponeses Minhotos

Par Céline Pires

Academia do Bacalhau de Paris: concerto de solidariedade

A Academia do Bacalhau de Paris(ABP) vai fazer um concerto de soli-dariedade pelas vítimas dos incêndiosda região centro de Portugal, no dia 7de julho, no Santuário de Nossa Se-nhora de Fátima em Paris.A violinista polaca Natalia Juskiewics,que vive em Portugal, vai trazer aoSantuário, às 21h00, o projeto “Umviolino no fado”, no qual toca clássi-cos do fado e que resultou num discolançado em 2011. “Achámos queseria importante ter um artista algo di-ferente, não de música ‘pop’, masuma coisa que nos deixasse um poucoa pensar, a refletir. Pensámos no San-tuário Nossa Senhora de Fátima emParis porque era um sítio adequado aessa música e a esse momento”,disse à Lusa Fernando Lopes, Presi-dente da ABP.A entrada é grátis e as pessoas vãopoder “dar o que podem ou desejem”,sendo as ajudas reunidas na conta daAcademia “ABP - Solidarité IncendieLeiria”, que está atualmente a reco-lher donativos.“Como Portugueses, e muitos de nósoriundos daquela região, quisemos

ajudar na reconstrução da vida dessaspessoas. A Academia do Bacalhautem três pilares que são a portugali-dade, a amizade e a solidariedade ecabe ajudar quando é necessário eisso significa ajudar já”, acrescentouFernando Lopes.A totalidade do dinheiro angariadopela Academia do Bacalhau de Parisirá juntar-se à soma reunida pelosmembros da “Associação Solidarie-dade às Vítimas do Incêndio de Lei-ria”, criada pouco depois dosincêndios que causaram 64 mortos emais de 200 feridos, e que tem comofundadores a ABP, Rádio Alfa, asso-ciações “À La Découverte du Portu-gal” e “Les Copains d’Hugo” eempresários portugueses em França.No final, será entregue um cheque,para a reconstrução das casas, à Co-munidade Intermunicipal da Regiãode Leiria, da qual fazem parte os mu-nicípios de Castanheira de Pera, Fi-gueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.“A ideia é nós podermos ver a recons-trução das casas, o avançar da obra,o pagamento que será realizado, parasaber se o que a gente deu foi utili-zado para esse fim. O que nos inte-ressa é reconstruir muito rapidamente

um telhado para as pessoas poderemter uma casa”, continuou o Presidenteda ABP.A associação de atividades filantrópi-cas já deu ao Presidente da Câmarade Leiria, Raúl Castro, 32 caixas deroupa para serem distribuídas às víti-mas dos incêndios do concelho, noâmbito da operação “Roupa semFronteiras”.O Santuário de Nossa Senhora de Fá-tima-Maria Medianeira também abriuuma conta para o efeito e os donativosvão ser revertidos à Cáritas NacionalPortuguesa.Em França, a Comunidade portu-guesa está a organizar várias ações desolidariedade para ajudar as vítimasdos incêndios na região centro de Por-tugal, estando a decorrer uma recolhade fundos nas Mairies de Saint Maur-des-Fossés (geminada com Leiria),Créteil, Nogent-sur-Marne e Villiers-sur-Marne, nos arredores de Paris.A Santa Casa da Misericórdia de Paristambém abriu uma conta solidáriapara receber donativos, até 31 dejulho, que serão entregues à Uniãodas Misericórdias Portuguesas, asquais, estando “em contacto com asMisericórdias locais saberão como

apoiar, da melhor maneira, as famíliasvítimas do incêndio”, de acordo comcomunicado enviado à Lusa.A Coordenação das Coletividades Por-tuguesas de França (CCPF) também“dá o seu apoio às ações coletivas quepoderão ser organizadas no seio daComunidade”, de acordo com o co-municado enviado à Lusa, e “aconse-lha todos os que quiserem ajudar afazer donativos diretamente para aconta da Caixa Geral de DepósitosUnis pour Pedrogão Grande/Unidospor Pedrógão Grande”.A Caixa Geral de Depósitos e a Ban-que BCP, em França, abriram contaspara recolher donativos para as víti-mas dos incêndios.A associação de jovens lusodescen-dentes Cap Magellan vai organizar,também, a 5 de agosto, uma ação desolidariedade no encontro de jovens“Portugueses de Lá, Portugueses deCá”, em Leiria, à margem do festivalLeiria Dance Floor.A organização do Leiria Dance Floor,que vai decorrer a 4 e 5 de agosto,anunciou na sua página na rede socialFacebook que “por cada bilhete ven-dido”, vai doar um euro às vítimas doincêndio de Pedrógão Grande.

Por Carina Branco, Lusa

Por Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Céline Pires

Le 05 juillet 2017

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Festival de folclore emFeyzin

A Associação Cultural Portuguesade Feyzin (ACPF), nos arredoresde Lyon, organizou o seu Festivalde folclore no domingo dia 2 dejulho, em parceria com os bancosCIC Iberbanco e Santander Totta.O parque da Europa foi o palcodeste Festival cheio de cor e de va-riedades onde vários grupos defolclore portugueses vindos da re-gião de Lyon e da Loire, apresen-taram as tradições das regiõesnortenhas de Portugal.Este ano a escolha foi para os gru-pos portugueses da região RhôneAlpes: de Vaulx-en-Velin, Meyzieu,Lyon 6, Caluire e St Galmier, naLoire. “A Fanfarra de Vaulx-en-Velin fez a abertura do Festivaldesfilando no parque, em frentedo castelo de Feyzin e depois comcerca de meia hora cada grupo,apresentaram o espetáculo folcló-rico” explica ao LusoJornal Delp-hine da Rocha, Presidente daACPF. “Tivemos muita gente, e istologo pelo almoço, pois nós propu-nhamos nesse dia uma ementabem portuguesa que era bacalhaue frango assado na brasa, e tam-bém um bar com bebidas portu-guesas”. Pela tarde, a partir das14h00 houve os desfiles dos gru-pos.As próximas atividades da associa-ção vão ser as comemorações dodécimo aniversário, em outubropróximo, na presença de umaimagem de Nossa Senhora de Fá-tima na igreja da Paróquia de Fey-zin, instalada num altar, a pedidoda Comunidade aqui residente eque lhe dedica uma festa no mêsde outubro, no domingo maisperto do dia 13. E em novembro,a associação vai festejar o S. Mar-tinho que reunirá sócios e não só-cios para as tradicionais castanhasassadas e a boa jeropiga portu-guesa.Foi com este Festival que a asso-ciação finalizou as suas atividadesantes de férias grandes e a Dire-ção desejou a todos umas “boasférias e boas viagens”.

16 ASSOCIAÇÕES

Festa dos Santos Populares da Arc en CielA rádio Arc en Ciel de Orléans é umarádio associativa de origem portu-guesa. Criada em 1985, desde 1993retransmite também certas informa-ções em direto a partir de Portugal, es-pecialmente noticiário e programasdesportivos, programas da rádio nacio-nal portuguesa RDP.A tradicional festa anual dos SantosPopulares da rádio Arc en Ciel tevelugar nos dias 1 e 2 de Julho no bucó-lico recinto do parque de Lignerollesde Fleury-les-Aubrais (45), posto à dis-posição pela Maire local, Marie-AgnèsLinguet. É um acontecimento queatrai muitas pessoas, mesmo se umachuva não desejada para a circunstân-cia veio perturbar o início das festivi-dades. São dois dias de festa gratuitosque dão acesso a vários concertos pro-gramados em que os odores de grelha-dos e a música criam uma atmosferabem portuguesa.No sábado, muitas centenas de pes-soas estiveram presentes para aplaudiros espetáculos proporcionados porJoão Marques e pelo grupo musicalKapa Negra. No domingo, assistiu-seà animação dos Bombos Soleil du Por-tugal, de Meung-sur-Loire e, no palco,às atuações dos artistas Marco Crespo,Nelson Costa, Sandra Helena, NeloFerreira e Sérgio Rossi.Pelo terceiro ano, Cristina Alves as-sume a Presidência da rádio, tendo

sucedido a Jêrome Campos que ocupaa Vice-Presidência. Referiu, no seudiscurso de apresentação, que “juntose num espírito solidário, os homens emulheres desta rádio realizam grandescoisas, graças à fraternidade e solida-riedade de todos, membros do Conse-lho de administração, Diretor técnico,animadores, aderentes, voluntários,auditores, parceiros comerciais, insti-tuições diversas, sem o contributo dosquais nada seria possível”.No acontecimento estiveram presen-tes várias individualidades, entre elaso Cônsul-Geral de Portugal em Paris,

António de Albuquerque Moniz, acom-panhado pelo Cônsul-Geral Adjunto,João de Melo Alvim, pelo Cônsul Ho-norário de Portugal em Orléans, Joséde Paiva, pelos Deputados portugue-ses pelo círculo da Europa, CarlosGonçalves e Paulo Pisco, e pelo Con-selheiro das Comunidades, Carlos dosReis. Todos saudaram e dirigiram pa-lavras de louvor à Comunidade portu-guesa.O Cônsul-Geral, António de Albuquer-que Moniz, referiu “o notável contri-buto destes na imagem e valor dePortugal, o espírito de trabalho e o

valor empresarial de várias empresasorleanesas, o amor por Portugal”,com palavras de “forte apreço paratodos quantos colaboram na rádio eas pessoas que contribuem de formabenévola”. Salientou, em particular,“o espírito de solidariedade manifes-tado pelos Portugueses relativamenteaos recentes fogos que recentementeassolaram Portugal, o espírito de en-treajuda de vários que se oferecerampar ajudar e apoiam, graças a diver-sas iniciativas, compatriotas vitima-dos por essa tragédia”. Os doisDeputados, Carlos Gonçalves e PauloPisco, que já em ocasiões anterioresestiveram presentes na celebraçãoanual da rádio, produziram igual-mente discursos fortes em emoçãono apreço que é devido à populaçãoportuguesa residente. A Maire deFleury-les-Aubrais, Marie-Agnès Lin-guet vincou bem a sua simpatia eamizade pelos Portugueses na formacomo sabem festejar e respeito comoo fazem.O antigo Maire de Fleury-Les-Au-brais, Pierre Bauchet, hoje refor-mado, efetuou, também ele, umarápida visita de amizade.A localidade de Fleury-les-Aubraissitua-se na períferia de Orléans.Conta mais de 20 mil habitantes, dosquais mais de dez por cento são deorigem portuguesa.

Fleury-les-Aubrais (Orléans)

Tradições Populares em Aulnay-sous-BoisComo todos os anos, desde 1998, noúltimo domingo de junho a Associa-ção cultura portuguesa e o ranchoRosa dos Ventos de Aulnay-sous-Bois(93) organizam a Festa das TradiçõesPopulares.Este ano a associação contou commais de 3.000 pessoas a assistir aoespetáculo das Tradições Popularescom o conjunto musical Fantasia, ani-mado pelo Dj Albert e nos “pratos” DjBruno.“Esta festa conta com perto de 60 vo-luntários com o objetivo de mostrar omelhor da gastronomia portuguesanesta época de verão com o churrascoe oferecer um serviço de qualidadepara que cada participante ao arraialpossa ser servido rapidamente” ex-plica ao LusoJornal Henrique Lopesmembro da associação e aniversa-riante nesse dia. “Foram mais de 650

refeições servidas logo a partir das11h00 da manhã, num espaço derestauração preparado para acolher

quem quiz aproveitar do dia todo naFerme du Vieux Pays”.Para o “Maître des cérémonies”, Dj

Albert “o momento em palco é sem-pre o mais esperado pelo o público.Tenho um programa para cumprir ri-gorosamente, que não deixa parte ne-nhuma aos atrazos e houve muitaanimação entre música, tradiçõescom os grupos de danças e cantaresde Almeirim e o grupo da casa, o Rosados Ventos. Foram muitos os brindesde verão (HandSpenners e mochilasde praia) oferecidos durante as anima-ções. Foi um sucesso e com o públicoa ficar até o final, a querer mais festa,foi um exito”.O evento contou com vários espaçosde informação como SolidariedadeLeiria, Caixa Geral de Depósitos, Cí-vica e Mathali’s.Para o próximo ano, a Associação Cul-tura Portuguesa e Rosa dos Ventosfestejam 45 anos e a Festa das Tradi-ções Populares os 20.

“Portugal by Night (PNB)” na Holliday Club

No passado dia 24 de junho, na dis-coteca Holliday Club, na Bélgica, acerca de 17 km de Tourcoing, tevelugar a sexta edição de “Portugal byNight (PNB)”.Este é um conceito inovador e úniconesta região do norte da França e dosul da Bélgica, que consiste em criarum evento para os jovens lusodescen-dentes com a temática de MúsicaPortuguesa.Os organizadores não esperavam tantosucesso, mas arrazaram-se todas asexpectativas, já que cerca de 400pessoas encheram o local, e os orga-nizadores tiveram de recusar a en-

trada a muita gente.Embora a discoteca se situe na Bél-gica, o público que a frequentounessa noite era essencialmente daFrança, nomeadamente de Tourcoinge de toda a região.A entrada era unicamente permitida aquem tinha as “famosas” pulseirasVIP, mas estas foram todas esgotadasantes mesmo da abertura do estabe-lecimento.O público presente assistiu ao espe-táculo de Edy, do grupo La Harissa,que se deslocou especialmente paraeste evento.Em breve já se fala em repetir estafantástica noite, e há quem espereque seja brevemente...

Por Virginie Vila Verde

Por Jorge Campos

8.145Números que falam

Le Portugal a enregistré8.145 morts pendant laPremière Guerre Mondiale.

Rancho Rosa dos Ventos em palcoDR

LusoJornal / Mário Cantarinha

Le 05 juillet 2017

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ASSOCIAÇÕES 17

Festival de folclore e Torneio de futebol em Bron

No sábado passado, dia 1 de julho,a Associação portuguesa Colombe dela Paix de Bron (69), organizou o seuFestival de folclore no estádio destalocalidade dos arredores de Lyon,onde oito grupos apresentaram o seureportório de danças e cantares daregião minhota.Durante este dia também foi organi-zado um Torneio de futebol entreequipas portuguesas da região. Aseliminatórias começaram pelas9h00 da manhã, onde dezasseisequipas disputaram o Troféu da as-sociação.Este ano, o desfile dos grupos folcló-ricos começou pelas 14h00. O Está-dio Pierre LeBoeuf foi cedido pelaMairie, para que a associação portu-guesa pudesse organizar este eventocultural, desportivo e recreativo.“Nós temos relações muito boascom a Mairie e tivemos connoscodois Autarcas, Mireille SpaggiariMeynet Maire-Adjunta da cultura erelações internacionais, e Eric Arde-

righi, Conselheiro municipal para acultura” explicou ao LusoJornal oPresidente José Pires. “Tudo se pas-sou bem e o povo que aqui se juntouneste dia ficou contente e a festadurou até tarde”.No decorrer do Festival, o públicopresente aplaudiu os grupos da re-gião de Lyon e também da região de

Grenoble e de S. Etienne. Estiverampresentes Flores de Bron, o grupo dacasa, Os Portugueses da Loire, RioLima de Caluire, Províncias de Por-tugal de Brignais, Mocidada doVerde Minho de S. Martin d’Hères,Estrelas do Minho de Vaulx-en-Velin,Os Campinos de Meyzieu e Coraçõesdo Minho de Jons.

A apresentação dos grupos e aordem de defile esteve a cargo daequipa da rádio Plurielle e do pro-grama Raízes. A cantora Carla Gam-boa apresentou o seu reportório e afesta continou até tarde.Neste fim de semana ficou con-cluído o calendário dos Festivais defolclore da região de Lyon que mobi-

lizaram todas as associações, parasalvaguardar as tradições e o folcloreprincipalmente das regiões do nortede Portugal. Em média cada grupoconta com 50 elementos, entre mú-sicos e dançarinos, e juntam aindatodos os simpatizantes e sócios queos acompanham no decorrer do anonos ensaios animações e festivais.

Nos arredores de Lyon

Por Jorge Campos

5ème Festival de danses folkloriques Luso LandesLe dimanche 25 juin, l’associationPortugal Passion Traditions a organisépour la 5ème année consécutive, sonFestival de danses folkloriques LusoLandes, à Saint Martin-de-Seignanx(40), dans les Landes.Le spectacle a été présenté par CarlosÁgueda Rosa, Président de l’associa-tion organisatrice. Il a appelé à montersur scène une délégation de chaquegroupe folklorique, puis les représen-tants de la Municipalité de Saint Mar-tin-de-Seignanx, Mme. Azpeitia (viesociale, manifestations et jeunesse) re-présentant le Maire, Mme. Plassin etMme. Tijeras (Conseillères munici-pales). Celles-ci ont remis un Trophéesouvenir à chaque Président degroupe.Carlos Águeda Rosa, lors de son dis-cours a rendu un hommage de solida-rité envers les victimes du terribleincendie de Leiria (Portugal)

Au programme trois groupes très dif-férents. Les premiers à passer surscène ont été les Bergers du Seignanxd’Ondres, danseurs sur échasses, dansla plus authentique tradition Landaise,mais aussi avec des adaptations plusmodernes de la gigue (instrumentali-sation différente). Spectacle toujourstrès spectaculaire avec pour le finalune démonstration de «comment des-cendre des échasses». Le second

groupe était Portugais, «Nossas RaízesPortuguesas» de Bayonne, un grouperécemment constitué, en début 2016.Danseurs, musiciens, choristes ont ap-portés beaucoup d’énergie de rythmeet de couleur à leur présentation dedanses traditionnelles avec de très joliscostumes. Nous avons vu évoluer troispetites filles qui sont le témoignage dela continuité et de la richesse de laculture portugaise. Après l’entracte, il

y a eu la visite surprise du Maire LionelCausse, rentré de Paris, de l’Assem-blée Nationale - il est devenu Députédes Landes aux dernières élections lé-gislatives - et a fait un discours en rap-pelant son amitié pour l’associationPortugal Passion Traditions. Avec Car-los Águeda Rosa, il a présenté la suitedu Festival.Le 3ème groupe a emmené le publicdans des contrées très lointaines. En

effet, le groupe Kiya Danse Compagniea fait découvrir des danses tahitiennes,indiennes et orientales. Avec différentstableaux, des costumes très colorés,des chants ancestraux tahitiens inter-prétés par son chanteur Maohi. Unedécouverte très originale de ses diffé-rentes cultures.Le Festival s’est terminé par le tiragede la tombola. Le public a été conquispar ce spectacle nouveau et original.Le Président de l’association a confiéque «je suis très heureux, tout s’estbien passé, les groupes nous ont offertun merveilleux spectacle, le publictoujours très fidèle, année aprèsannée, a beaucoup aimé. Vraiment untrès agréable dimanche après midi. Jetiens à remercier tous les membres del’association pour leur travail, leur en-gagement, leur bénévolat. C’est vrai-ment tout cela qui fait vivre uneassociation. Un grand merci à tous».

Organisé par l’association Portugal Passion Traditions de Saint Martin de Seignanx

Associação Portuguesa de Quincieux celebra geminação com Cavez

No passado sábado, dia 1 de julho, a As-sociação Portuguesa de Quincieux (69),nos arredores de Lyon, organizou a suaFesta anual, aproveitando ainda para ce-lebrar o 11º ano da geminação de Quin-cueux com a freguesia de Cavez, emPortugal.O evento contou com a participação deuma delegação vinda de Portugal, es-tando previsto o início das celebraçõespara as 15h30, com um jogo de futebolentre o FC Rive Droite Quincieux e oGrupo Desportivo de Cavez que, por im-perativos de última hora, acabou por nãose realizar.Pelo final da tarde, centenas de espeta-

dores puderam ainda presenciar umademostração de folclore levada a cabopelo Rancho Folclórico de S. João Bap-tista de Cavez, seguindo-se o jantar coma degustação de um fabuloso bacalhaurecheado servido a cerca de 500 convi-vas.O serão foi animado com o tradicionalbaile popular, contando com a participa-ção dos artistas Diana Monteiro, Anjinhoe Ribeirinho com música à desgarrada,tendo prevalecido sempre um ambientede constante alegria.Ao final do serão, a Direção representadapelo seu Presidente, Sr. Ferreira, e peloVice-Presidente, Sr. Teixeira, mostrava asua grande satisfação pela forma orde-nada com tinham decorrido as ativida-

des, salientando a grande entrega detoda a equipa de voluntários que permi-tiram proporcionar este dia à Comuni-dade portuguesa.Indicaram igualmente que esta associa-ção mantém o seu forte dinamismo, es-tando previsto para o dia 7 de outubroum Torneio de sueca, para dia 11 de no-vembro a celebração do S. Martinho eno final do ano a Festa de Natal.Evidenciou igualmente o apoio prestadopela Mairie de Quincieux, que disponi-bilizou a sala para esta festa e que foi re-presentada pelo Maire Pascal David,pelo Conselheiro das Comunidades Por-tuguesas, Manuel Cardia Lima e peloBanco Santander Totta que se fez repre-sentar pelos seus responsáveis em Lyon.

Por António Rabeca

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LusoJornal / Jorge Campos LusoJornal / Jorge Campos

Le 05 juillet 2017

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18 ASSOCIAÇÕES

Marcy: «La Tourbillante» convidou Granja do Ulmeiro

A associação de folclore “La Tourbil-lante” de Marcy l’Etoile (69), acolheudurante quatro dias, vindo de Portugala seu convite, o Grupo etnográficoGranja do Ulmeiro, que participou nofestival “Marcy festeja o verão”.Os dois grupos travaram conhecimentoem 2015, no decorrer de um Festivalde folclore na Alemanha. Entre os doisPresidentes e responsáveis nasceu aideia de se convidarem mutuamente aparticiparem em eventos nas suas re-giões. A Tourbillante foi a Portugal fes-tejar o aniversário da Granja de Ulmei-ro, em setembro de 2016, com umadelegação de quarenta membros dogrupo, e agora, em 2017, foi a vez daTourbillante receber os trinta e trêsmembros do grupo português.Vindos de avião na quinta-feira, dia 29de junho, a estadia do grupo portuguêscomeçou com a visita da cidade me-dieval de Pérouge, situada na região deLyon e foram recebidos ao fim da tardepela equipa municipal de MarcyL’Etoile, onde após trocas de presentes,lembranças e os discursos de boas vin-das, foi servido um aperitivo-ceia.

O Maire Joel Piegay felicitou a organi-zação e desejou uma boa estadia e vi-sitas aos membros do grupo português.Acompanhados com guias, os mem-bros do grupo puderam visitar a regiãode Lyon, assim como a segunda maiorcidade francesa. Na sexta-feira partici-param no espetáculo de folclore e dedanças na praça central de Marcy eforam muito aplaudidos pelo públicofrancês e português presente.“Ficámos em casa dos membros daTourbillante. Soubemos criar laços de

amizade que nos fizeram vir até aqui, emesmo se por vezes a língua é barreira,já estivemos em vários países da Eu-ropa, como a Itália, a Estónia, a Dina-marca, entre outros. Aqui é um poucoespecial pois viemos também encontrara Comunidade portuguesa que vive naregião de Lyon, entre eles alguns con-terrâneos nossos” disse ao LusoJornalCatarina Alexandra, Presidente dogrupo Granja de Ulmeiro.“Este encontro foi um sucesso. Todaesta animação, fraternidade, amizade,

e também a partilha de objetivos comos mesmos valores, que são os de sal-vaguardar o nosso folclore e as nossastradições” explica por seu lado MarcGuyot, Presidente e músico da Tourbil-lante. “Nunca pensei que a populaçãotivesse aderido com tanto entusiasmoe participação ao nosso projeto de‘Marcy festeja o Verão’ com toda a pro-gramação cultural e musical. O grupoGranja de Ulmeiro tem grandes quali-dades artística e de recolha de tradi-ções. Os seus trajes e a representação

de toda a vida rural da região do BaixoMondego, por isso é um espetáculo.Toda gente gostou e admirou muito asua passagem em palco” concluiuMarc Guyot.“O nosso grupo é membro efetivo daFederação de folclore português, e nanossa Direção temos como TesoureiroAntónio Felício, Secretária DanielaAires, Diretor musical José Gameiro,Diretor técnico Salvador Félix eguarda roupa Cininha Rama” quis ex-plicar Nélio Lopes, membro do ran-cho português. “Queremos tambémagradecer ao nosso Presidente da Câ-mara de Soure, Mário Jorge, quesempre nos tem apoiado nas nossasatividades e eventos”.O grupo a Tourbillante faz parte da as-sociação APAM e o seu Presidente éAlain Hervé. Marie Odile Duval é a co-reógrafa e Marc Guyot o Chefe da or-questra e responsável musical dogrupo. Tem cerca de 200 aderentes,cinquenta dançarinos e oito músicos.Viajaram por vários países da Europa eno seu espetáculo apresentam dançasem quinze países europeus. O maisnovo dançarino tem sete anos e o maisidoso 66 anos.

Grupo português veio participar em Festa de verão

Por Jorge Campos

Animação da Brocante em St Maur com festa portuguesa

A Casa dos Arcos de Valdevez de StMaur participou no domingo pas-sado, dia 2 de julho, numa feira devenda e compra de objetos usados -“un vide grenier” ou “une brocante”.Estas feiras tomam muitas vezes umar de festa e a população vai ali coma esperança de comprar um qual-quer objeto que já pouco vale para ovendedor, mas o comprador ena-mora-se dele e leva-o por uma somairrisória.A Casa dos Arcos aceitou participarnesta “Festa de bairro” a pedido dosorganizadores, o Comité de la Pie,motivada pela sua orientação de in-sersão dos Portugueses na vida localcuja presença em St Maur é muitoimportante.Assim, às primeiras horas da madru-

gada, a Casa dos Arcos mobilizoupara o espaço vários sócios que me-teram “mãos à obra” em colabora-ção com os membros do “Comité duQuartier de la Pie” para a “metra-

gem” dos espaços a atribuir aos “fei-rantes” daquele dia.A Casa dos Arcos, que tomou essen-cialmente a cargo a parte da anima-ção, convidou para a festa o Grupo

Folclórico Cantares de Santiago daGuarda, região da Beira Litoral, Con-celho de Ansião - Presidido pelaJovem Joana Coutinho e sediado emNoisy-le-Grand. A apresentação do

Grupo e das danças em palco estavaa cargo de Nuno Martins que o fezde forma excelente apresentandocada dança no seu contexto regionale histórico.Qualquer observador, ao constatar origor da indumentária e a sua harmo-nia podia concluir que ali houve umgrande cuidado de pesquisa e res-peito pelo folclore.Depois, a animação continuou acargo do duo “Várzea & Nelo”. Umaanimação da festa com excelentes evariadas músicas a acompanhar amelodiosa voz da Várzea que assegu-rou uma “prestance” de extremaqualidade...Toda a Direção da Casa dos Arcos foimobilizada para esta atividade e o SrRoda, o Presidente, que soube mo-bilizar vários Portugueses de valorestá de parabéns.

Por José Barros

Pastoral portuguesa de Lyon organizou retiro

No domingo passado, dia 2 de julho,o grupo da formação para o Crisma,foi convidado a participar num retirode informação e de formação na Aba-dia de Pradines (42), pela Pastoralportuguesa de Lyon. Este grupo temdoze jovens, alguns deles já são ca-sais, e estão na fase final de forma-ção, pois a 15 de outubro deste anoterá lugar a cerimónia presidida peloCardeal Philippe Barbarin, na Basí-lica de Fourvière e onde também secelebrará o fecho do Centenário dasaparições de Fátima.Durante este dia, foram programadostrês tempos de trabalho e de reflexão.Um com uma conferência com aIrmã Manuela Teresa, de origem por-tuguesa, e que prepara o seu novi-ciado nesta Congregação religiosa de

Pradines, da Ordem dos Beneditinos(S. Bento).“A minha orientação e vocação nas-ceu quando os meus pais me inscre-veram para os meus estudos numaescola que era dirigida por irmãs . Edaí pouco a pouco segui o meu per-curso de formação e hoje sou profes-sora. O meu testemunho que possodar também é sobre a força da oraçãoe na fé em Cristo” disse na sua pa-lestra a irmã Manuela Teresa.O segundo tempo foi a descobertaem vídeo de todas as regras de vidadas freiras nesta Abadia. Os jovens ti-veram a ocasião de viver certas regrasno decorrer do almoço onde aconte-ceu servir os outros, depois lavar aloiça, e arrumar a sala e a cozinha.Foi o programa vivido pelos jovens.Na terceira parte, a preparação dacarta de motivação a entregar ao Car-

deal, levou os jovens a mais concen-tração e motivação.“Gostei muito de ter assistido à Eu-caristia na igreja da Abadia, e emcompanhia das freiras. Os cânticospor elas entoados na celebração sãode uma sintonia e beleza que me to-caram. Viver depois a oração daSexta hora e também as Vepras sãoexperiências que não vou esquecertão depressa” confia a jovem Ericaque faz parte da formação. “A vidaque elas têm hoje, a ‘vida consa-grada’, é algo que, é claro, teve inter-venção Divina para a sua escolha,pois não deve ser fácil de se decidire optar por este modo de vida” con-cluiu para o LusoJornal Erica Gonçal-ves.Estão abertas as inscrições para aformação do crisma para o ano2017/2018.

Por Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

Le 05 juillet 2017

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20 DESPORTO

lusojornal.com

Futebol: Jérémy Mathieuautorizado atreinar com oSportingO defesa central francês Jérémy Mat-hieu foi autorizado pelo FC Barcelonaa treinar com o Sporting nos próximosdias, anunciaram os dois clubes, subli-nhando que depois será tomada umadecisão sobre o futuro do futebolista.“O jogador Jérémy Mathieu foi autori-zado pelo FC Barcelona a treinar coma equipa do Sporting Clube de Portugaldurante os próximos dias. Findo esseperíodo, as três partes envolvidas toma-rão uma decisão quanto ao futuro dojogador”, lê-se no comunicado ‘leo-nino’.Também em comunicado, o ‘Barça’fez um anúncio nos mesmos termossobre o internacional de 33 anos, quetem sido apontado como desejo doTreinador Jorge Jesus para reforçar aequipa do Sporting, terceira classifi-cada na I Liga na época passada.Formado no Sochaux, Jérémy Mathieupassou pelo Toulouse e pelo Valência(Espanha), antes de se fixar em Bar-celona a partir da época 2014/15. Oseu contrato com o clube catalão é vá-lido até junho de 2018.

Gil Vicentecontratou IssaBaradji doRed StarO Gil Vicente, equipa da II Liga portu-guesa de futebol, anunciou a contrata-ção do avançado maliano Issa Baradji,de 22 anos, que representou o RedStar 93, da II liga francesa. Assinou umcontrato válido por duas temporadas.

Boavista contratouStéphaneSparagna doAuxerreO Boavista iniciou a sua preparaçãopara a I Liga de futebol de 2017/18com 24 jogadores, nove reforços.Os reforços são os guarda-redes Rap-hael Siegel (ex-West Ham, Inglaterra) eAssis (ex-Leixões), os defesas RaphaelRossi (ex-Swindon Town, Inglaterra) eVítor Bruno (ex-Feirense), os médiosAlex Rodriguez (ex-Wellington Phoenix)e Aymen Tahar (ex-Gaz Metan, Romé-nia) e os atacantes Mateus (ex-Arouca)e Yusupha Njie (ex-FUS Rabat, Marro-cos) e ainda o defesa Stéphane Spa-ragna (ex-Auxerre, França).Miguel Leal mantém-se como Técnicoprincipal e uma das suas principais ta-refas será a reconstrução do eixo cen-tral defensivo da equipa, visto que oscentrais brasileiros Philipe Sampaio eLucas Tagliapietra estão fora, o primeiroporque terminou contrato e o segundoporque foi para o LDU Quito, do Equa-dor.

Laurent dos Santos assinou 3 temporadaspelo VAFC

O jovem jogador lusodescendenteLaurent dos Santos chegou este verãoa Valenciennes depois de ter sidoCampeão da Ligue 2 com o Stras-bourg (24 jogos). O defesa lateral for-mado em Guingamp, clube com oqual jogou 45 jogos na Ligue 1, mos-tra-se feliz na sua nova casa.

Porque ter saído de Strasbourg no mo-mento onde podia regressar à Ligue1?Assinei 2 anos de contrato com oclube, mas no final da temporada nãosentia que confiavam em mim e porisso preferi sair.

Valenciennes foi a sua primeira esco-lha?Desde logo o clube mostrou um forteinteresse em contar comigo, tudo foinatural, por isso, mesmo se tive outraspropostas, o Valenciennes é um clubecom muitas ambições e com um es-pírito de família, o que é para mimmuito importante.

Chegou há pouco tempo ao Norte deFrança, como se sente na cidade e noclube?A integração passa-se muito bem, ogrupo é fantástico, estamos todos jun-tos, é isso que procurava, trabalhamos

muito, mas depois brincamos, o am-biente é muito bom. Vi também quea Comunidade portuguesa está bemrepresentada aqui perto de Valencien-nes.

Está pronto para o estágio em Espa-nha [ndr: de 2 a 14 de julho, em Pi-natar, Murcia)?Vai ser bom, vamos mudar de ares,

é sempre interessante. Vai ser aminha primeira vez em Espanha e otempo vai estar quentinho. Vamoster que ter cuidado. Mas espero napróxima vez estagiar no Algarve...

Qual é o seu objetivo para esta tem-porada?Quero jogar o mais possível, jogarbem sobretudo, e ajudar o Valen-ciennes a atingir o objetivo.

Qual é o clube e o Campeonato ondegostava de jogar?A Liga portuguesa é uma liga ondegostaria de jogar mesmo se me sintobem em França. No que diz respeitoao clube, é o Sporting Clube de Por-tugal.

Fora do futebol, o que gosta defazer?Voltar a Portugal e ver a minha famíliana Guarda, mesmo que seja por doisou três dias. Também gosto de visitaras cidades por onde passo. É sempreuma coisa que gosto de fazer. Emcasa, gosto de “bricolage”, como umverdadeiro português (risos), trabalhobem com as minhas mãos.

Laurent dos Santos está pronto paraconseguir mais uma subida de divi-são, desta vez com a camisola ver-melha do VAFC.

Valenciennes

Por Mehdi Soares

Taça das Confederações: Portugal arrecadou 3° lugar com Adrien Silva

Portugal conquistou o terceiro lugar,na Taça das Confederações da FIFAde futebol, ao vencer por 2-1 apósprolongamento, o México, no EstádioOtkrytiye Arena, em Moscovo, naRússia.A Seleção portuguesa, Campeã daEuropa em 2016, conseguiu chegarao terceiro lugar da segunda provamais importante da FIFA, a Taça dasConfederações.No jogo para a terceira posição nacompetição, os Portugueses conse-guiram vencer por 2-1 os Mexicanosapós prolongamento. No entanto oencontro não foi fácil para os lusosque estiveram a perder por 0-1, comum autogolo do defesa português,Luís Neto.A Seleção das Quinas apenas alcan-

çou o empate aos 91 minutos comum golo apontado pelo defesa Pepe.No prolongamento, e de grande pe-nalidade, Portugal passou para afrente do marcador com um tento deAdrien Silva (104 min). Uma vanta-gem que os jogadores lusos consegui-ram conservar até ao fim do encontro.O médio luso-francês Adrien Silva,que atua no Sporting Clube de Portu-gal, estava satisfeito com a vitória.“Tínhamos que acabar bem estaprova, sobretudo por aquilo que pro-duzimos durante o resto da competi-ção e mostrar que merecíamos afinal. Perdemos nas grandes penali-dades nas meias-finais, algo que nãopodemos controlar. Felizmente hojeconseguimos acabar da melhorforma, dentro do possível. O meu goloapenas ajudou Portugal. Eu estavacompletamente focado na prova e

nem pensei no meu futuro ainda”,concluiu o jogador de 28 anos quenasceu em Angoulême.Adrien Silva era o único lusodescen-dente na equipa que venceu no pas-sado domingo, visto que RaphaëlGuerreiro estava lesionado como oLusoJornal tinha avançado. Frente aoMéxico, Portugal contou com umoutro ‘francês’, João Moutinho, omédio português que atua no Mo-naco.O Treinador da Seleção portuguesa,Fernando Santos, estava feliz com aatitude dos jogadores: “Tenho de daros parabéns aos meus jogadores pelaatitude que tiveram no jogo, depoisda desilusão que sentiram após ojogo com o Chile. É um privilégio tra-balhar com eles. Este não era o jogoque queríamos disputar, estamostristes, mas penso que as duas equi-

pas foram dignas, lutaram para ven-cer e deram o seu melhor. Portugalfoi um justo vencedor. Foi melhordurante os 120 minutos. Temosagora quatro finais pela frente naqualificação [ndr: para o Mundial de2018, na Rússia]. O nosso objetivoé regressar no próximo ano e voltar adignificar o país”.De notar que Portugal alcançou oterceiro lugar sem o Capitão daequipa, Cristiano Ronaldo, que foidispensado para poder ver os filhosque nasceram recentemente.De referir ainda que o vencedor daprova foi a Alemanha ao derrotar por1-0 o Chile. Os chilenos que elimi-naram nas meias-finais a Seleçãoportuguesa por 3-0 na marcação dasgrandes penalidades, após o empatesem golos durante o tempo regula-mentar e no prolongamento.

Futebol

Por Marco Martins

Râguebi: Franceses venceram oitava ediçãodo Figueira Beach Rugby

Terminou em grande festa o FigueiraBeach Rugby, evento desportivo quetransformou, durante o passado fimde semana, o areal de Buarcos, nacapital do râguebi de praia em Por-tugal. A equipa francesa Les Minots

foi a vencedora do torneio mascu-lino, enquanto que o feminino foiganho pelas também gaulesas Dolp-hins Sète.A oitava edição do Figueira BeachRugby, na Figueira da Foz, contoucom a presença de 56 equipas demais de dez países: 36 masculinas

e 20 femininas.Esta é a oitava edição do FigueiraBeach Rugby, um evento de referên-cia no Europeu da modalidade, eque se tem vindo a consolidar a cadaedição que passa, com equipas vin-das de todo o mundo para poder par-ticipar na competição.

Além do impacto que tem para aeconomia local, este ano fica igual-mente marcado pela ação solidáriada organização “cada ensaio conta”,em que foram doados aos BombeirosVoluntário da Figueira da Foz, 50cêntimos por cada ensaio marcado,totalizando 720,50 euros.

Por Marco Martins

LusoJornal / Mehdi Soares

Le 05 juillet 2017

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Nelson Évora e Pedro Pablo Pichardo estiveram em CharlétyO primeiro confronto “Sporting-Ben-fica” no triplo salto, desde que NelsonÉvora, Campeão Olímpico em 2008em Pequim, se mudou para Alvalade eos “encarnados” contrataram PedroPablo Pichardo, deu-se no passado sá-bado, no decorrer do “meeting” de atle-tismo de Paris, e foi favorável aocubano.No estádio de Charléty, na etapa pari-siense da Liga de Diamante, maiorprova mundial, reencontraram-se osatletas que no último Mundial em2015 ficaram no pódio [ndr: 1° Chris-tian Taylor, 2° Pedro Pablo Pichardo e3° Nelson Évora), e de novo o melhorfoi o norte-americano Christian Taylor,agora a chegar aos 17,29 metros, umregisto ainda longe do seu melhor.Pedro Pablo Pichardo, o vice-Campeãodo mundo e olímpico, que assinou peloBenfica e admite naturalizar-se portu-guês, foi quarto, com 17,05 metros,melhor marca pessoal do ano (mais umcentímetro do que no recente “mee-ting” do Benfica), enquanto que NelsonÉvora, na sua primeira época “de leão”,foi sexto, com 16,91 metros.Para Pedro Pablo Pichardo, este foi oregresso à elite, depois de dois anos deafastamento, por lesão e por causa dodiferendo que o afastou da Seleção cu-bana.Quanto a Nelson Évora, no início doconcurso, os 16,52 metros, um metroexato atrás da marca que lhe valeu obronze em 2015 nos Mundiais, aténem estavam mal, mas depois somouquatro nulos. Viria a fazer uma marcainteressante, já próxima dos 17 metros,no fim do concurso, com 16,91 me-tros.Nelson Évora vem de uma boa tempo-rada de inverno, em que se sagrouCampeão da Europa “indoor” [ndr:pista coberta], em Belgrado, na Sérvia,com 17,20 metros.Quem continua acima da concorrênciaé o norte-americano Christian Taylor.Aos 27 anos, na capital francesa, bas-taram-lhe os “serviços mínimos” com17,29 metros para ir mais longe que oseu compatriota Will Claye, o vice-Cam-peão olímpico, com 17,16 metros, e oalemão Max Hess, o Campeão da Eu-

ropa do ano passado, que registou17,07 metros.O LusoJornal esteve presente para falarcom os dois atletas que representam osclubes portugueses.

Nelson Évora:“Vêm boas surpresaspara Londres”Como podemos analisar a prova?Nelson Évora: Foi um concurso depoisdo pequeno toque que sofri. O impor-tante era ganhar confiança e fazer bonssaltos. Fiz bons saltos, muitos bons sal-tos, nulos mas estavam acima dos17,20 metros por isso saio daqui satis-feito pelas boas sensações, mas não sa-tisfeito pelo resultado. “Grão a grão,enche a galinha o papo”. O que virá, eusei que será melhor.

Quatro nulos entre os dois saltos regis-tados, foi complicado?O importante era poder fazer os seis en-saios. O meu Treinador, o Ivan, desafiou-me a procurar essas boas sensações etentar pôr-me no meio da competição.Sabia que tudo podia acontecer, mesmose o Claye e o Taylor estavam um poucocansados porque tiveram os nacionaishá pouco tempo e fizeram uma longaviagem, notou-se nos resultados deles.Para mim, o resultado acaba por ser umbom balanço dado que só pude treinarpoucos dias antes desta competição.Tinha uma grande incógnita em sabercomo é que estaria o meu ponto deforma, mas saio daqui com boas sensa-ções para poder saltar bastante melhor,e isso é que interessa.

Como podemos analisar esse 6° lugar naLiga Diamante?Para mim não representa nada. Nãoestou preocupado com o sexto lugar. Istoé mais uma prova de preparação. Quemquiser tirar conclusões daqui pode estarmuito engano. O que interessa é emagosto, daqui por um mês.

Como se sente antes dos Mundiais emLondres?

Vêm boas surpresas, é o que posso pro-meter.

Quais são os objetivos?Não aponta paranada?Não.

Pedro Pablo Pichardo: “Eu querosempre ganhar”Como podemos analisar esta prova?Pedro Pablo Pichardo: Hoje foi umaprova boa de Liga de Diamante. Desde2015 que estava fora destas andanças,deste alto nível. Tenho de recuperar aforma competitiva para estar presenteneste nível. Houve uma certa pressãoporque estive fora até agora. Penso quepara mim foi bom estar nesta primeiraprova da Liga de Diamante.

Realizou 17,05 metros, é um bomsalto?Posso dizer que estou bem. Tenho detrabalhar alguns detalhes por causa daminha lesão e do tempo que passei semsaltar. Penso que em Lausana vai sermelhor, é a próxima prova que tenhoagora. Penso que posso fazer melhor etrabalhar alguns detalhes que hoje nãocorreram bem. Agora é apontar as bate-

rias para Lausana.

Porque é que não tentou o quarto en-saio?Estava com um pouco de frio e não tinhacasaco, mas o meu amigo colombianoemprestou-me o dele. Assim ainda con-segui fazer os dois últimos ensaios. Masadmito que estava com um pouco defrio.

As condições eram difíceis?Acho que as condições eram um poucocomplicadas. Estou contente com o re-sultado de hoje, mas admito que estavamesmo frio aqui. O tempo estava contranós, e até havia vento. Vou embora con-tente com o resultado.

Foi o seu regresso à Liga de Diamante?Estou muito contente com este regresso.Os adversários estavam num bom nível,e eu também considero que estou numbom nível. Foi tudo muito bom.

Como podemos analisar o seu quartolugar?Para mim não é um bom resultado por-que eu quero sempre ganhar. Admitoque me foquei essencialmente no resul-tado e não no lugar. Ganhei um centí-metro em relação ao meu melhor saltodo ano (17,04) e um centímetro é muitoem tão pouco tempo. É muito bom.

Como tem decorrido a sua colaboraçãocom o Benfica?Tudo tem sido magnífico, é um clubemagnífico. Eles têm-me dado todo o tipode apoio. Se estou de regresso a estenível é graças ao meu clube e ao meupai, que está a trabalhar comigo. Muitocontente de trabalhar e representar oBenfica. Agradeço o clube.

O que representa o Benfica para si?Para mim é o melhor clube. Espero re-presentá-lo da melhor maneira possível.

Quando recebeu a proposta do Benfica,aceitou sem nenhuma dúvida?Tive propostas, mas quando soube do in-teresse do Benfica, não pensei duasvezes e decidi assinar pelo clube.

Como se sente com o facto de não ir aLondres?É difícil porque eu gostaria de defen-der as minhas hipóteses na prova deLondres, porque tive duas medalhasde prata, o que significa que não saído pódio dois anos seguidos. Gosta-ria de defender o que conquistei,mas não depende de mim, dependeda IAAF, que me pode dar a possibi-lidade de participar. Seria um prazerparticipar na prova de Londres.

Ficou magoado com a situação?Sim um pouco. É doloroso sim, masseria um prazer ir de uma maneira qual-quer aos Mundiais. Não sei como, masseria bom.

Festejou os seus 24 anos no passado sá-bado, ainda é jovem. Se não competirmais com Cuba, Portugal pode ser umaopção?Neste momento, não estou focadonisso, de escolher um país. Eu queroé regressar ao meu alto nível de saltos.É o meu foco principal. Quando che-gar ao meu melhor nível, poderei pen-sar em escolher um país. Ainda tenhotempo. Se não for a este Mundial, atéao próximo, tenho tempo para esco-lher um país.

O que pode nos dizer de Paris?Ainda não vi nada da cidade. Estive fo-cado na prova. Espero ainda assim ver aTorre Eiffel, porque nunca fui lá.

Atletismo

Por Marco Martins

DESPORTO 21

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Lusa / Tiago Petinga (arquivo)

Le 05 juillet 2017

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22 DESPORTO

lusojornal.com

Ciclismo: JoséFernandes ganhou Volta a Portugal do Futuro dominadapelos franceses

O ciclista português José Fernandes(Liberty Seguros) conquistou a Voltaa Portugal do Futuro, prova nacionaldo escalão sub-23, ao chegar inte-grado no pelotão na quarta e últimaetapa da prova, ganha pelo francêsCorentin Navarro (Delko Marseille).José Fernandes, natural de Évora,confirmou assim o favoritismo e asse-gurou a vitória na 25ª edição da Voltaa Portugal do Futuro, que lideroudesde a segunda etapa, quando acompetição terminou no alto da Serrade São Macário.Numa etapa de 148,2 quilómetros,com meta em Alcains, Corentin Na-varro bateu ao ‘sprint’ o portuguêsFrancisco Campos (Miranda-Mortá-gua) e o também francês JonathanCouanon, seu companheiro deequipa.Os Franceses dominaram as etapas.Cyril Barthe (Fundación Euskadi)venceu ao sprint a primeira etapa,com início em Oliveira de Azeméis emeta em Oliveira do Hospital, e tam-bém venceu a terceira etapa na liga-ção entre Tondela e o Sabugal.Quanto a Corentin Navarro (DelkoMarseille) venceu a quarta e últimaetapa.A única etapa que os franceses nãovenceram foi a segunda, conquistadapor José Fernandes, o futuro vence-dor da prova. O ciclista portuguêsJosé Fernandes, da Liberty Seguros,venceu a etapa rainha da Volta a Por-tugal do Futuro, com chegada naSerra de São Macário.

Banque BCPe Fidelidadeparticipent àla ParisiennePour la 7ème année consécutive, laBanque BCP s’associe à la lutte con-tre le cancer du sein en participant àla course «La Parisienne 2017» quise tiendra le dimanche 10 septembreprochain.Mais cette année, une autre équipe«portugaise» va participer à la course:il s’agit des collaboratrices de Fideli-dade, qui participent pour la premièrefois à «La Parisienne».La course n’est ouverte qu’aux fem-mes.

Ricardo Melo Gouveia termina Open de Parisno 38º posto

O português Ricardo Melo Gouveia ter-minou o Open de França em golfe nogrupo dos 38ºs classificados, tendoefetuado 72 pancadas, uma acima doPar do campo, na quarta e última volta.O jogador português esteve muito irre-gular no domingo, tendo cumprido avolta com um total de cinco “birdies”(uma abaixo do Par do buraco), quatro“bogeys” (uma acima) e um “duplo-bogey”, fechando o Torneio com umtotal de 286 pancadas (duas acima doPar do campo).O inglês Tommy Fleetwood, que nopassado sábado estava a uma pancadada liderança, foi o vencedor da prova,ao efetuar uma última volta em 66pancadas (cinco abaixo), superando onorte-americano Peter Uihlein, anteriorlíder por uma pancada.Já o outro português, Filipe Lima, quepartiu para a segunda volta empatadocom Ricardo Melo Gouveia, não con-seguiu passar o “cut”, caindo até parao grupo dos 126º classificados, com149 pancadas, 7 acima do Par. Esse

resultado não lhe permitiu disputarnem a terceira, nem a quarta volta.

França sagrou-seCampeã Europeiaem golfe adaptadoem PortugalA França ganhou no passado sábado o1º Campeonato da Europa por Equipasde Golfe Adaptado que a AssociaçãoEuropeia de Golfe (EGA) organizou emcolaboração com a Federação Portu-guesa de Golfe (FPG) no percurso Sulda Quinta do Lago, no Algarve.A França entrou para a história como oprimeiro Campeão europeu de golfeadaptado totalizando 551 pancadas,47 acima do Par. A medalha de pratafoi para Espanha, com o mesmo resul-tado da França, de 551, mas com piorexibição na prova de singles(165+155+231). Já a Inglaterra tevede contentar-se com o bronze, com558.

Golfe

Por Marco Martins

Tiago Machado, único ciclista português no Tour

Tiago Machado (Katusha Alpecin), oúnico ciclista português presente na104ª edição do Tour, mostrou-se prepa-rado para tentar a sua sorte numa das21 etapas da prova.“Estava na lista dos 12 pré-selecionadose só vão nove. Foi uma meia surpresa.Quando surgiu a confirmação de que euiria estar, senti que foi o reconhecimentodo trabalho que tenho feito em prol daequipa. Fiquei muito contente, como élógico. Ao Tour só vão os melhores etodos querem lá estar. Posso dizer quesou um privilegiado, porque já vou paraa minha terceira participação. Agora étentar estar o melhor possível. Acreditoque poderei fazer uma boa prova e estarcom os melhores... [ri-se] com os me-lhores a trabalhar, porque eu tenhonoção da realidade”, começou por dizer.Tiago Machado admitiu que gostava dedeixar a sua marca numa das etapasdeste Tour, que decorre até 23 de julho,com chegada a Paris: “O objetivo prin-cipal é chegar a Paris. Agora, o que am-biciono é tentar fazer o que tenho feitonas outras provas, dar tudo pela equipa.Depois, sei que durante 21 dias todostemos a nossa oportunidade. Quando aequipa me der liberdade, que eu tenhapernas e capacidade para fazer algumacoisa bonita. Era o que eu mais dese-java. Se nós não acreditássemos que po-deríamos ganhar etapas, não valia apena pôr o dorsal todos os dias”, defen-deu.Mas este voto de confiança da KatushaAlpecin também vai permitir ao comba-tivo português, de 31 anos, reescrever asua atribulada história na Volta a França:na estreia, em 2014, caiu na décimaetapa, quando era terceiro da geral, en-trou na ambulância, foi dado como de-sistente, mas voltou à estrada, mere-cendo uma repescagem por parte da or-ganização, e, no ano seguinte, viu o

então líder da equipa, o espanhol Joa-quim Rodríguez, criticar a sua prestaçãono contrarrelógio por equipas.“Em relação à primeira edição, nãoposso estar a ficar triste, porque até tertido aquele azar estava com os melhores,estava com boas pernas. Não posso dizerque tenha sido uma má edição. Na se-gunda... o Rodríguez podia dizer o quequisesse, não era ele que me pagava ovencimento ao final do mês, portantonão estava preocupado. Agora, vou parao meu terceiro Tour, porque a equipa vêque eu dou tudo em prol do grupo. Tal-vez esteja aí a resposta às críticas queforam feitas em 2015”, argumentou.Único representante nacional na maiormontra do ciclismo mundial, Tiago Ma-chado não esqueceu aqueles que oacompanharam noutras aventuras naVolta a França e que tanta falta lhe vãofazer na 104ª edição. “Claro que vou tersaudades dos meus grandes amigos, oZé [Mendes] e o Nelson [Oliveira]. Sãoaqueles com quem mais falo, muitasvezes estão lá quando as coisas corremmenos bem. Basta relembrar que,quando caí, foram os únicos a manda-rem-me mensagem a perguntar comoeu estava”, recordou o ciclista, que só

quer chegar a Paris sem quedas: “Era oideal”.

André Cardoso,acusado de dopingA União Ciclista Internacional (UCI)anunciou, na passada semana, que o ci-clista português André Cardoso, daequipa Trek-Segafredo, acusou positivonum controlo antidoping fora de compe-tição feito a 18 de junho. De acordo coma UCI, a substância detetada foi EPO(eritropoietina). Suspenso de forma pre-ventiva com efeitos imediatos, AndréCardoso terá direito a uma contra-aná-lise.No seguimento desta notícia, a Trek-Se-gafredo já reagiu, anunciando que, “aoabrigo da sua política de tolerânciazero”, suspendeu o português de formaimediata. Desta forma, o português caiuda equipa que estava perfilada paramarcar presença no arranque doTour’2017.O ciclista português disse estar inocentee que defende um desporto limpo. “Es-pero que aqueles que me conhecemconfiem em mim quando digo que estou

inocente e que os meus colegas e fãs dociclismo em todo o lado não me julguemdemasiado rapidamente neste momentotão difícil. Recebi a notificação da UCIque a minha amostra A, proveniente deum teste de urina recolhida na minhacasa em 18 de junho deu resultado po-sitivo por eritropoietina (EPO). Tenho so-licitado à UCI que a minha amostra Bfosse testada logo que possível”, escre-veu André Cardoso, numa mensagempublicada na rede social Facebook.O ciclista português estava convocadopela Trek-Segafredo para participar naVolta a França (1 a 23 de julho), naqual iria tentar ajudar o espanhol Al-berto Contador a conquistar a vitória.“Acredito no ‘desporto limpo’ e aminha conduta foi sempre de ‘atletalimpo’, mas percebo que esta notíciacoloque uma nuvem negra não apenassobre mim, mas também sobre onosso desporto e sobre a minhaequipa, colegas e ‘staff’. Antes demais nada, estas pessoas são meusamigos e colegas, por quem eu tenhoum respeito ilimitado e em circunstân-cia alguma iria fazer algo que poderiacolocar a eles, às suas famílias ou àssuas reputações em risco”, garantiu.André Cardoso disse estar “devastadocom esta notícia” e reforçou que“nunca” tomou quaisquer substânciasilegais. “Eu próprio vi diretamente aolongo da minha carreira os efeitos ter-ríveis que as substâncias dopantes ti-veram sobre o nosso desporto, e eununca iria querer ser parte disso. Sem-pre tentei ser uma influência constru-tiva no pelotão e nos jovens aspirantesa ciclistas. Tenho a grande esperançaque a amostra B dará resultado nega-tivo, ilibando-me de qualquer infra-ção”, concluiu André Cardoso.Refira-se que Portugal não ganha eta-pas na Volta a França desde 2013,ano em que Rui Costa, venceu as 16ªe 19ª tiradas.

Por Marco Martins

Ricardo Gouveia no Open de Paris 2017LusoJornal / António Borga

Por Marco Martins

Le 05 juillet 2017

Page 23: Edition nº 317 | Série II, du 05 juillet 2017 Hebdomadaire ...Serviços serão gastos no Dispositivo de Meios Aéreos de Combate a Incêndios Florestais. Ainda assim, 64 vidas foram

Actuellement Exposition «ça je peux le faire aussi» desBorderlovers (Pedro Amaral et Ivo Bassanti).Plus de 40 œuvres, entre lesquels desportraits de Serge Gainsbourg, EdithPiaf, Patti Smith, António Variações,Maria Bethânia... A la Galerie ShikiMiki, 3 Cité de la Mairie, à Paris 18.

Jusqu’au 8 juillet Exposition collective de 4 artistes, dontJorge Molder, dans le cadre de Lusosco-pie. Galerie Bernard Bouche, 123 rueVieille du Temple, à Paris 03. Du mardiau samedi, de 14h00 à 19h00.

Jusqu’au 9 juillet Exposition «Pissarro à Eragny - La na-ture retrouvée» du peintre impression-niste d’origine portugaise CamillePissarro, au Musée du Luxembourg, 19rue Vaugirard, à Paris 6. Du lundi aujeudi, de 10h30 à 18h00 et du ven-dredi au dimanche, de 10h30 à19h00.

Jusqu’au 22 juillet Consult’Art - exposition des œuvres des40 Consulats de Marseille. Participa-tion du photographe Carlos Casteleiraavec l’exposition de Tour des Tailleursde Pierre et Monte Tadeu. Maison del’Artisanat et des Métiers d’Art, 21cours d’Estienne d’Orves, à Marseille(13).

Jusqu’au 27 août “La violence et la grâce” de Graça Mo-rais. Fondation Calouste Gulbenkian,Délégation en France, 39 boulevard deLa Tour Maubourg, à Paris 07. Infos: 01.53.85.93.93.

Jusqu’au 3 septembre Exposition collective «Tous, des sang-mêlés», qui propose d’explorer une no-tion tout aussi universelle que brûlante:l’identité culturelle. Participation del’artiste Marco Godinho. Musée d’artcontemporain MAC du Val-de-Marne,place de la Libération, à Vitry-sur-Seine(94).

Jusqu’au 23 septembre Exposition de Rodolphe Bouquillard,«Variations africaines», peinture, dansle cadre de Lusoscopie. Galerie de Tho-rigny, 1 place de Thorigny, à Paris 03.Du mardi au samedi, de 11h00 à19h00.

Jusqu’au 17 décembre L’art dans les Chapelles invite l’artisteportugaise Armada Duarte (Praia do Ri-batejo, Portugal, 1961), avec le soutiende l’Ambassade du Portugal enFrance/Camões - Centro Cultural Por-tuguês em Paris. Chapelle la Trinité,Castennec, à Bieuzy-les-Eaux (56).

Le vendredi 7 juillet, 20h30 Dans le cadre du Festival MigrActions,présentation de la pièce «Ode mari-time» de Fernando Pessoa, conception

et interprétation de Stanislas Roquette,avec la collaboration artistique de Mi-quel Oliu Barton. Théâtre de l’Opprimé,78 rue du Charolais, à Paris 12.

Du 7 au 16 juillet Dans le cadre du Festival d’Avignon,présentation du spectacle «Souffle», deTiago Rodrigues. La souffleuse du Tea-tro Dona Maria II, Cristina Vidal, est laprotagoniste de cette création. Avec le soutien de l’Ambassade du Por-tugal en France/Camões - Centro Cultu-ral Português em Paris. Cloître des Carmes, place des Carmes,à Avignon (84).

Le mercredi 5 juillet, 21h00 Concert de Casuarina, groupe de sambavirtuose, en tournée en France. Studiode l’Ermitage, 8 rue de l’Ermitage, àParis 20.

Le vendredi 7 juillet, 19h00 Concert du pianiste Miguel Sousa, dansle cadre du Festival Parfums de Lis-bonne. Maison du Portugal André deGouveia, 7-P boulevard Jourdan, à Paris14.

Le vendredi 7 juillet, 21h00 Concert de Natália Juskiewicz «Um vio-lino no Fado», organisé par l’Academiado Bacalhau de Paris, en faveur desvictimes des incendies dans la régionde Leiria. Sanctuaire de Notre Dame de Fátima,49 boulevard Sérurier, à Paris 19.

Le samedi 8 juillet Concert du duo franco-brésilien Aurélie& Verioca, avec le soutien de la SPEDI-DAM, du FCM et de la SACEM, dans lecadre du Festival Guitares en Cormati-nois, à Cormatin (71).

Le dimanche 9 juillet, 17h00 Helicoboum (apéros-bals organiquesuniversels et musicaux!). Roda desamba, avec Fernando Cavaco e A vozdo Samba. A la Petite Halle de La Vil-lette, 211 avenue Jean Jaurès, à Paris19. Entrée gratuite.

Le mercredi 12 juillet, 20h00 Concert de la brésilienne Dona Onete,à l’occasion de la sortie en France del’album «Banzeiro», à La Bellevilloise,19-21 rue Boyer, à Paris 20.

Le jeudi 20 juillet Concert du duo franco-brésilien Aurélie& Verioca, avec le soutien de la SPEDI-DAM, du FCM et de la SACEM, dans lecadre du Festival Rockissimômes, àSablé-sur-Sarthe (72).

Le jeudi 13 juillet, 20h00 Arraial Minhoto animé par Mike daGaita et Johnny, ainsi que des groupesde folklore. Parc du restaurant Chic, 254 boulevarddu Havre, à Pierrelaye (95). Infos: 01.39.95.05.17. Entrée gratuite.

SPECTACLES

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TEMPO LIVRE 23

EXPOSITIONS

CONCERTS

THÉÂTRE

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Leonardo Jardim recebido com“grande honra” peloGoverno madeirenseO Treinador de futebol LeonardoJardim foi recebido pelo Presidentedo Governo regional madeirense,Miguel Albuquerque, que homena-geou o Técnico do Mónaco, no diada Madeira. “É uma grande honrareceber o nosso conterrâneo Leo-nardo Jardim, que vai ser homena-geado com a condecoração hono-rífica da Região Autónoma da Ma-deira, como exemplo de excelênciaque foi, é e continuará a ser”,foram as palavras proferidas peloPresidente na Quinta Vigia.O sucesso do Treinador foi vistocomo uma “promoção direta” dailha, pelo reconhecimento no terri-tório francês.Miguel Albuquerque lembrou a“formação” do técnico, realizadana passagem pelo futebol madei-rense, destacou o ano de sucesso

de Leonardo Jardim, desejando fe-licidades para o futuro. “A circuns-tância de ter sido campeão emFrança, depois de uma brilhantecarreira de Treinador, é motivo deorgulho para a região da Madeira”,referiu, salientando que “todos osmadeirenses” estão do lado do Trei-nador.Leonardo Jardim retribuiu o agrade-cimento e reforçou o papel determi-nante do Governo regional no inícioda sua carreira no futebol. “É o re-conhecer do trabalho, que começouaqui na Madeira, e não posso es-quecer o projeto desportivo que oGoverno regional teve na primeirafase da minha vida. Fico extrema-mente satisfeito que o Governo re-conheça também o trabalho deoutros madeirenses que fazemparte da equipa técnica”, afirmou.

Katia e Elma Aveiroapoiaram Portugal

Recentemente, durante a Festa daRádio Alfa, o LusoJornal falou com asduas irmãs de Cristiano Ronaldo,Katia Aveiro, que cantou durante aFesta, e Elma Aveiro, que estava a re-presentar a marca CR7.

Elma Aveiro: “Foi dos melhoresmomentos da minha vida”Pensou algum dia que a sua famíliaestaria neste patamar?Elma Aveiro: Nunca pensei que asnossas vidas iam chegar a este pata-mar, mas sentia que na nossa família,éramos todos muito especiais.

Como julga a presença de Portugal naTaça das Confederações?Estou com Portugal, mas admitoque nesta altura, os jogadoresestão tão cansados que é compli-cado a gente pedir muito deles.Eles estão muito cansados, muitosaturados. Eles deviam estar de fé-rias, não a jogar.

Há um ano atrás, Portugal foi Cam-peão da Europa…Pelo meu irmão e pelos Portuguesestodos, era importante que a gente ga-nhasse e a alegria do meu irmão che-gar àquele momento foi fantástico. Foidos melhores momentos da minhavida.

Foi um jogo difícil para si com a saídapor lesão do seu irmão?Eu, a minha irmã e a minha mãe, pa-recia que tinha acabado o mundo,mas já passou e ganhámos. Ainda por

cima foi em França, ainda melhor(risos).

Katia Aveiro: “Tiveum orgulho extraporque tinha omeu irmão lá”Algum dia pensou que a sua famíliaia ter tanto sucesso?Katia Aveiro: Nós nunca procurámos osucesso, procuramos ser valorizados noque fazemos e fazemos aquilo que gos-tamos. Não é para agradar a ninguém,é para agradar a nós próprios. O Cris-tiano Ronaldo faz bem o trabalho dele,para mim não é sucesso, é mérito, é oresultado daquilo que fazemos. Eu façotambém aquilo que amo, e o sucessoque junto nesta frase é o sucesso depoder fazer aquilo que eu amo. Não éo sucesso que as pessoas idealizam.

Há um ano atrás, Portugal foi Cam-peão da Europa…Para todos os Portugueses foi um mo-mento intenso, e foi para mim tam-bém. Óbvio que tive um orgulho extraporque tinha o meu irmão lá e sei oquanto ele lutou para conseguiraquele prémio. Acho que acima detudo, como portuguesa, Portugal jámerecia aquele prémio. Conseguimose o meu irmão estava lá. Eu possodizer que assisti à vitória de Portugalno Campeonato da Europa, quer dizereu e a nossa geração. Sinto-me orgu-lhosa do meu país.

Que sentimento tem sobre a partici-pação de Portugal na Taça das Confe-derações?Espero que Portugal saia vencedor.Vamos torcer por Portugal.

Por Marco Martins

Boa notícia

Jugo ou libertação?O Evangelho do próximo domingo, dia9, propõe-nos uma oração («Eu Tebendigo, ó Pai…»), uma declaração(«Tudo me foi dado por meu Pai…») eum convite («Vinde a Mim, todos osque andais cansados e oprimidos…»).Ao escutar o último trecho (a convoca-ção de Jesus) é difícil não recordar ofamoso soneto de Emma Lazarus,“The New Colossus”, cujos versosforam gravados em 1903, numa lajede bronze, no interior da Estátua da Li-berdade, como que a sugerir que elamesma os declamasse, ao saudar osmilhões de emigrantes que desembar-cavam, naqueles anos, nos portos doestado de Nova Iorque: Give me yourtired, your poor, / Your huddled massesyearning to breathe free (Dai-me osvossos cansados, os vossos pobres, /As vossas multidões que anseiam porum ar de liberdade).É bem possível que o Evangelho tenhainspirado estes versos; no fundo,ambos os textos evocam o mesmo de-sejo de liberdade. No caso de Jesus, ocansaço e a opressão de que Ele pro-mete libertar-nos são o fruto de uma in-terpretação idolátrica da Lei: muitoscrentes, incapazes de respeitar diaria-mente os 613 mandamentos da Lei ju-daica, sentiam-se indignos e conde-nados. A Lei aprisionava, em lugar delibertar e afastava os homens de Deus,em lugar de os conduzir à Salvação.Jesus anuncia que veio libertar oHomem da escravidão da Lei!Mas hoje, os pobres e os marginaliza-dos continuam a encontrar nas nossascomunidades essa promessa de liber-dade e emancipação? Ou será queperdemos de vista a novidade cristã ecaímos de novo no erro de absolutizara Lei? Vemos o Evangelho como umjugo pesado ou como uma alegre liber-tação? As respostas que dermos serãoo “termómetro” da nossa fé…

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Sanctuaire de Notre-Dame de Fátima-Marie-Médiatrice48 bis boulevard Sérurier75019 ParisSábado às 19h00 e Domingo às 11h00

Le 05 juillet 2017

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