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LA CONTAMINATION MICROBIENNE DE L 1 EAU POTABLE: Un guide d'intervention à l'intention des DSC par Groupe de travail sur l'eau potable Départements de santé communautaire mai 1987

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LA CONTAMINATION MICROBIENNE

DE L1 EAU POTABLE:

Un guide d'intervention

à l'intention des DSC

par

Groupe de travail sur l'eau potable Départements de santé communautaire

mai 1987

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Institut national de santé publique du Québec 4835, avenue Christophe-Colomb. bureau 200

Montréal (Québec) H2J3G8 & > 0 y ( J i >

Tél.'. (514) 597-0606

MEMBRES DU GROUPE DE TRAVAIL

D i a n e A n d r é , M . S e . A . ( ë n v i r o n - ) B u r e a u r é g i o n a l e n s a n t é e n v i r o n n e m e n t a l e R e g r o u p e m e n t d e s DSC du M o n t r é a l mé t r o p o l i t a i n DSC - H ô p i t a l g é n é r a l de M o n t r é a l , Qc

L u c i e B é d a r d , M . S c . ( i n f . ) B u r e a u r é g i o n a l d e s m a l a d i e s i n f e c t i e u s e s R e g r o u p e m e n t d e s DSC d u M o n t r é a l m é t r o p o l i t a i n , Qc

R o b e r t B o u r b o n n a i s , M . S e . ( e n v i r o n . ) M o d u l e S a n t é p u b l i q u e DSC - C i t é de l a s a n t é d e L a v a l , Qc

Tom K o s a t s k y , M D . s M P H . B u r e a u r é g i o n a l e n s a n t é e n v i r o n n e m e n t a l e R e g r o u p e m e n t d e s DSC du M o n t r é a l m é t r o p o l i t a i n DSC - H ô p i t a l g é n é r a l d e M o n t r é a l , Qc

R i c h a r d P h a n e u f , M . S e . S a n t é e n v i r o n n e m e n t a l e DSC - C e n t r e H o s p i t a l i e r R é g i o n a l L a n a u d i è r e , Qc

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Nous t e n o n s à r e m e r c i e r p o u r l e u r c o l l a b o r a t i o n

Mme A g a t h e B o u r a s s a , c h i m . C h e f d e s l a b o r a t o i r e s V i l l e de M o n t r é a l , Qc

M. C a m i l l e C h a r e t t e , i n g . S u r i n t e n d a n t d e s u s i n e s M o d u l e e a u

V i l l e de M o n t r é a l , Qc

M. R o g e r B e r n i e r , i n g .

C h e f de l ' u s i n e de f i l t r a t i o n A t w a t e r \ V i l l e de M o n t r é a l , Qc

M. A n t o i n e L a p o r t e S u r i n t e n d a n t , u s i n e de f i l t r a t i o n . V i l l e de R e p e n t i g n y , Qc

l

Mme. S u z a n n e F o r t i n , m . d . C o n s u l t a n t e en s a n t é e n v i r o n n e m e n t a l e DSC - C e n t r e H o s p i t a l i e r R é g i o n a l L a n a u d i è r e , Qc

l e D S C d e l ' H ô p i t a l g é n é r a l d e M o n t r é a l p o u r s a p a r t i c i p a t i o n f i n a n c i è r e au p r o j e t

e t Madame P a u l e t t e K h o u r y p o u r l e t r a v a i l de d a c t y l o g r a p h i e .

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i

TABLE DES MATIERES

PAGE

INTRODUCTION . .. 1

CHAPITRE I: CONTAMINATION MICROBIENNE DE L'EAU POTABLE

1.1 Aspects physiques de la purification de l'eau ••• 5

1 . 1 . 1 . A l i m e n t a t i o n e n e a u b r u t e 5

1 . 1 . 2 . T r a i t e m e n t de 1 1 e a u 7

1 . 1 . 2 . 1 T a m i s a g e ; 7

1 . 1 . 2 . 2 D e s s a b l a g e 8 1 . 1 . 2 . 3 P r e m i è r e c h l o r a t i o n 8 1 . 1 . 2 . 4 M é l a n g e r a p i d e 8 1 . 1 . 2 . 5 F l o c u l a t i o n 8 1 . 1 . 2 . 6 D é c a n t a t i o n 9 1 . 1 . 2 . 7 F i l t r a t i o n 9 1 . 1 . 2 . 8 D é s i n f e c t i o n 9 1 . 1 . 2 . 9 R e d r e s s e m e n t du pH 10 1 . 1 . 2 . 1 0 B a s s i n d ' e a u c l a i r e 1 1

1 . 1 . 3 . R é s e a u de d i s t r i b u t i o n 1 1

1 . 1 . 4 . D é s i n f e c t i o n r é s i d u e l l e 12

1 . 1 . 5 . P o i n t s du r é s e a u l e s p l u s s u s c e p t i b l e s d 1 ê t r e c o n t a m i n é s 13

1 . 1 . 5 . 1 La s o u r c e d ' e a u b r u t e 13 1 . 1 . 5 * 2 L ' u s i n e de f i l t r a t i o n 13 1 . 1 . 5 . 3 P o i n t s s p é c i f i q u e s d a n s l e r é s e a u 1 4 1 . 1 . 5 . 4 R a c c o r d e m e n t s c r o i s é s 1 4

1.2 Aspects biologiques de la purification de l'eau.. 15

1 . 2 . 1 . - A g e n t s p a t h o g è n e s 1 5

1 . 2 . 2 . . I n d i c a t e u r s de c o n t a m i n a t i o n 19

1 . 2 . 2 . 1 I n d i c a t e u r s b i o l o g i q u e s 20 1 . 2 . 2 . 2 I n d i c a t e u r s p h y s i c o - c h i m i q u e s . . . 22

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PAGE

1.3 Aspects épidémiologiques des maladies transmises par l'eau de consommation 23

1 . 3 . 1 . E p i d é m i e l o g i e de l a g a s t r o - e n t é r i t e 23

1 . 3 . 2 . S u r v e i l l a n c e d e s m a l a d i e s ( l ' o r i g i n e h y d r i q u e 25

1 . 3 . 2 . 1 Le s y s t è m e . M A D O 25 1 . 3 . 2 . 2 Le s y s t è m e d ' a l e r t e ( d é c l a r a t i o n

v o l o n t a i r e ) » 26 1 . 3 . 2 * 3 L e s y s t è m e a c t i f de s u r v e i l l a n c e

p o s t - c o n t a m i n a t i o n 27 1 . 3 . 2 . 4 L ' e n q u ê t e s p é c i a l e 27

CHAPITRE II: CADRE JURIDIQUE DE L1 INTERVENTION

2.1 Rôle du DSC 30

2 . 1 . 1 . P r o t e c t i o n de l a s a n t é p u b l i q u e 30

2.2 Rôle des partenaires 32

2 . 2 . 1 . L e s e x p l o i t a n t s d ' a q u e d u c 33

2 . 2 . 1 . 1 P r é l è v e m e n t d e s é c h a n t i l l o n s . . . . 33 2 . 2 . 1 . 2 R a p p o r t s d ' a n a l y s e s 34

2 . 2 . 1 . 3 A v i s à l a p o p u l a t i o n . . . . 34

2 . 2 . 2 » Le M i n i s t è r e de l ' e n v i r o n n e m e n t du Q u é b e c 35

2 . 2 . 3 L e s l a b o r a t o i r e s a c c r é d i t é s 36

2 . 2 . 4 L e s m é d e c i n s e t l a b o r a t o i r e s m é d i c a u x . . . . 36

CHAPITRE III: DEMARCHE D'INTERVENTION

3.1 Les préalables 39

3 . 1 . 1 . N o m i n a t i o n d ' u n r e s p o n s a b l e au DSC 39

3 . 1 . 2 . E n t e n t e s e n t r e p a r t e n a i r e s (DSC e t e x p l o i t a n t s ) 40

3 . 1 . 3 . C o n n a i s s a n c e du r é s e a u d ' a p p r o v i s i o n n e m e n t d ' e a u e t d e s p r o c é d é s de p u r i f i c a t i o n 43

3 . 1 . 4 . C o n n a i s s a n c e d e s n o r m e s 45

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3 . 1 . 5 . C o n n a i s s a n c e d e s r i s q u e s à l a s a n t é 48

3 . 1 . 6 . L i s t e d e s g r o u p e s à r i s q u e 49

3 . 1 . 7 . C a p a c i t é d ' e n q u ê t e 5 1

3.2 Plan d'intervention 52

3 . 2 . 1 . E v a l u a t i o n du p r o b l è m e 54

3 . 2 . 1 . 1 La n a t u r e du p r o b l è m e 54

3 . 2 . 1 . 2 A c t i o n s d é j à e n t r e p r i s e s 57

3 . 2 . 2 . E l a b o r a t i o n d ' u n p l a n d ' a c t i o n 58

3 . 2 . 2 . 1 R é p a r t i t i o n d e s t â c h e s 58 3 . 2 . 2 * 2 I n f o r m a t i o n de l a p o p u l a t i o n . . . . 58 3 . 2 . 2 . 3 I n f o r m a t i o n d e s p r o f e s s i o n n e l s de

l a s a n t é . . 59 3 . 2 . 2 . 4 C o n t r ô l e de 1 ' e n v i r o n n e m e n t . . . . . 59 3 . 2 . 2 . 5 M o n i t o r i n g m é d i c o - e n v i r o n n e m e n t a l 60

3 . 2 . 3 . S u i v i dè l a s i t u a t i o n 61

3 . 2 . 4 . R é d a c t i o n d ' u n r a p p o r t e t r e c o m m a n d a t i o n s 62

CONCLUSION 63

REFERENCES 65

ANNEXES

I: Règlement sur l'eau potable

I I : I n c i d e n t de c o n t a m i n a t i o n m i c r o b i e n n e de l ' e a u p o t a b l e à L a v a l - é t é 1 9 8 6 .

I I I : L e s é t a p e s du t r a i t e m e n t de l ' e a u p o t a b l e

I V : E t i o l o g i e e t s y m p t o m a t o l o g i e d e s m a l a d i e s t r a n s m i s e s p a r l ' e a u p o t a b l e

V : R a p p o r t m e n s u e l s u r l a q u a l i t é b a c t é r i o l o g i q u e d e s a q u e d u c s t r a i t é s h o r s n o r m e s à L a v a l p r o v e n a n t du MENVIQ ( e x p l i c a t i o n s e t c o m m e n t a i r e s )

V I : A i d e - m é m o i r e p o u r u n e i n t e r v e n t i o n e n c a s d e c o n t a m i n a t i o n de l ' e a u p o t a b l e .

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1

INTRODUCTION I.

Dans le réseau québécois de services da santé^et services

sociaux, le département de santé communauitaire (DSC) doit, à

l'intérieur de ses mandats et responsabilitésede protection de la

santé publique, veiller à la prévention è t au contrôle des

épidémies surson territoire. : ' X.

Comme l'eau est un vecteur de contamination micrçbienne en

même temps qu ' un élément essent iel à la vie=; des professionnels

provenant de départements de santé communautaire se sont montrés

intéressés à mettre en commun leurs connaissances et leurs

expertises dans l'élaboration d'un guide d'intervention à

l'intention des départements dé santé communautaire dans les cas

de contamination microbienne de l'eau potable.

Le but de ce document est de servir la fois de point

d ' appui et de fil conducteur à toute intervention d*'un DSC suite

à la réception d'un avis de non conformité aux normes

microbiologiques de l'eau potable dans son territoire. Cet avis

est habituellement transmis par un exploitant de réseau d'aqueduc

en application du Règlement sur l'eau potable (Q-2, r.4.1 voir

annexe I) • Il vise à stimuler et à encôuraiger dans les DSC la

préparation de protocoles spécifiques en cas 'urgence et à mieux

colliger et interpréter les résultats d'analyses microbiologiques

provenant des exploitants de réseau d'aqueduc (pour un exemple

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2

pratique, voir 11 annexe II).

C'est donc d'eau potable qu'il s'agit dans ce présent

document, de celle que l'on boit en provenance du robinet relié à

un réseau de distribution. Nous ne traitons pas ici des eaux

récréatives (eaux des piscines, eaux riveraines pour la baignade

ou le loisir), ni des eaux de puits artésiens, ni de celles

embouteillées ou vendues sur le marché.

Ce document porte sur la contamination microbienne de l'eau

potable et se veut être un guide d'intervention à l'intention des

DSC. Il ne constitue pas un guide traitant de 1'épidémie logie

des maladies infectieuses, ni un guide de surveillance ou de

monitoring sanitaire. Ce document s'adresse en premier lieu aux

responsables en santé environnementale ou en santé pub li que au

sein des DSC de la province. Il peut intéresser également les

responsables municip au x des usines de filtration ét de

purification d'eau, les autres exploitants d'aqueduc ainsi que

les directions régionales du MENVIQ et les laboratoires

accrédités.

Ce guide fera l'objet d'une mise à jour périodique suite à

son utilisation et aux commentaires de personnes impliquées dans

le domaine.

Ce document est divisé en trois grands chapitres: le

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3

premier traite des aspects physiques et biologiques de la

purification.de l'eau ainsi que des aspects épidémiologiques des

maladies transmises par l'eau de consommation.

Le deuxième chapitre aborde la question du rôle du DSC et

des différents partenaires lors d'incidents de contamination

hydrique. Le troisième chapitre traite de "tout ce que le DSC a

toujours voulu savoir sur les interventions à faire mais qu'il

n'a jamais osé demander1' c'est-à-dire des préalables ou prérequis

à une intervention et d'un plan d'action en 4 points.

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CHAPITRE I

COHTAHIHATIOH MICROBIENNE DE L'EAU POTABLE

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5

CONTAMINATION MICROBIENNE DE L'BAP POTABLE

Une eau potable doit être exempte de substances susceptibles

d'en altérer la qualité au point de provoquer des maladies chez

ceux qui la consomment. Parmi ces substances, nous retrouvons

les microbes dont certains sont pathogènes chez l'humain.

Tout au long de ce premier chapitre, la contamination

microbienne de l'eau potable sera traitée sous l'angle des

techniques, de la biologie et de l'épidémiologie. Dans une

p r e m i è re section, nous d écrirons successivement différents

aspects physiques de la purification de l'eau; nous aborderons

dans une deuxième section divers aspects biologiques reliés au

contrôle de la qualité de l'eau; enfin dans une troisième

section, nous ferons un s u r vo1 des principaux aspects

épidémio1ogiques des maladies transmises par l'eau de

consommât ion•

1.1 Aspects physiques de la purification de 1'eau

1.1.1 Alimentation en eau brute

Les sources d'eau brute pour la production de

l'eau potable sont de deux types: les eaux de surface et

les eaux souterraines. On entend par eaux de surface les

rivières, les lacs, le fleuve et les réservoirs naturels.

Comme source d'eau souterraine on utilise généralement la

nappe phréatique ou l'eau de puits alimentés par une source

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6

souterraine•

L'eau provenant du fleuve et des rivières est

généralement de bonne qualité. Cependant, il arrive que

des sources de pollution (rejets industriels, agricoles,

déversements accidentels, etc.) détériorent la qualité de

l'eau spécialement dans les rivières, les lacs et les

réservoirs.

Les prises d'eau, dans les eaux de surface,

reposent habituellement sur le lit du cours d'eau; la

grille du tuyau par laquelle l'eau est prélevée se trouve à

quelques pieds du fond•

En tant que source d'eau souterraine, les eaux de

la nappe phréatique sont généralement assez minéralisées et

de bonne qualité. Il arrive cependant que l'eau devienne

contaminée, spécialement lorsqu'il y a percolation de

polluants à travers le sol jusqu'à la nappe d'eau. En ce

qui concerne les puits a r t é s i e n s , ils desservent

habituellement un certain nombre de résidences ou une

petite communauté. Il . arrive également que l'on utilise

une combinaison d'eau de surface et d'eau souterraine, la

d eux i ème source étant utilisée lors de périodes où le

niveau d'eau de surface est bas ou lorsqu'elle n'est plus

de qualité suffisante, en été par exemple.

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7

En général, on choisit la source d'eau présentant

une qualité et une quantité suffisantes qui se trouve le

plus près de la communauté à desservir. Dans la vallée du

Saint-Laurent, on. retrouve plus d'eau de surface que d'eau

souterraine comme, source d'eau brute.

1.1.2 Traitement de l'eau

La transformation de l'eau brute en eau potable

peut comprendre plusieurs phases ou se réduire à quelques-

unes dépendant de la qualité de l'eau brute qui est

utilisée. Cette section comprend les étapes que l'on

retrouve généralement dans les usines de filtration (voir

Annexe III) mais leur nombre peut varier selon les

conditions locales.

1.1.2.1 Tamisage

L'eau brute provenant de la prise d'eau traverse,

à l'entrée de l'usine de filtration, des tamis qui arrêtent

les solides en suspension ou les solides flottants. La

grandeur des ouvertures dans les tamis peut varier entre 5

et 20 mm. Il existe aussi des microtamis qui sont surtout

utilisés pour les eaux qui sont stockées ou emmagsinées dans

des, réservoirs et qui ne contiennent pas de matières

flottantes ou en suspens ion de grande d imens ion•

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8

1.1.2.2 Dessablage

Dépendant des conditions et/ou des saisons, les

eaux peuvent avoir besoin d'être dessablées. Ceci se fait,

de la façon la plus courante, en laissant décanter l'eau

dans des bassins.

1.1.2.3 Première chloration

Une première quantité de chlore peut être ajoutée

pour améliorer la qualité microbiologique de l'eau et oxyder

une certaine quantité de mat i ères organiques. Cec i pour

également aider à obtenir une meilleure floculation. Cette

étape peut être faite de façon régulière ou varier selon les

conditions et les saisons.

1.1.2.4 Mélange rapide

Des produits chimiques sont ajoutés à l'eau qui

est agitée pour obtenir un mélange homogène. Ces produits

réduisent les forces répulsives qui empêchent les matières

colloïdales et les particules en suspension de s'agglomérer.

1.1.2.5 Floculation

L ' eau passe dans un bassin de floculation muni

d'un équipement de brassage lent qui permet aux particules

de s'agglomérer les un es aux autres pour former une

particule ; plus grosse appelée floc.

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9

1.1.2.6 Décantation

L1 e ffluent venant du bassin de floculation passe

dans le bassin de sédimentat ion. La vitesse d1écoulement y

est assez lent e pour perme11re au floc de se déposer par

gravité au fond du bassin où il est recueilli et évacué

périodiquement. Il existe également une technique où

l'interception du floc se fait dynamiquement, ce qui permet

de réduire le temps de séjour de l'eau dans le bassin de

sédimentation.

1.1.2.7 Filtration

L'eau qui sort des bassins de décantation est

acheminée vers des filtres où elle subit un polissage final.

Ces filtres peuvent être de compos ition, de granulométrie et

à des profondeur différentes et ils retiennent les

particules qui n'ont pas été interceptées lors de la

décantat ion.

1.1.2.8 Désinfection

La désinfection peut être effectuée à l'aide de

plusieurs produits. Ceux-ci doivent pouvoir détruire les

virus, les bactéries et les cystes amébiens dans un temps

raisonnable, en dépit des variations de la température de

l'eau et de la concentration des contaminants. Ils ne

doivent pas être toxiques pour les humains et les animaux

domestiques et ils doivent avoir une concentration

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10

résiduelle facilement déterminable dans 11 eau traitée. Le

chlore est le produit le plus souvent utilisé. On utilise

aussi le dioxyde de.chlore et les ch. 1 or ami ne s. Lorsque le

chlore est ajouté à de l'eau contenant de la matière

organique, il se forme des dérivés du méthane appelés

t r iha1 orné thanes qui ont montré des propriétés cancérigènes

lorsqu'ils étaient administrés h fortes doses aux souris et

aux rats . Leurs propriétés cancérigènes n'ont pas été

démontrées, chez les humains, aux doses où on les retrouve

dans l'eau mais on tente tout de même d'en limiter la

production.

Pour diminuer les quantités de chlore à utiliser,

on emploie l'ozone. Ce produit détruit la couleur et les

odeurs et est un désinfectant efficace. Par contre, il

n'est pas facilement mesurable dans l'eau du réseau de

distribution*

1*1.2.9 Redressement du pH

L'eau traitée peut être corrosive suite à l'ajout

de chlore et de coagulants. Il existe également des eaux

naturelles qui sont douces et corrosives. Pour réduire les

propriétés corrosives de l'eau qui pourraient abîmer les

tuyaux du réseau de distribution, la plombe rie dans les

habitations et les équipements électriques, on ajoute à

l'eau traitée des produits alcalins en vue d'augmenter le pH

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11

ou un agent chimique qui aura tendance à former une couche

protectrice à l'intérieur des tuyaux.

1.1.2.10 Bassin d'eau claire

Le bassin d'eau claire sert à emmagasiner une

quantité suffisante d'eau traitée en vue de satisfaire en

tout temps la demande des consommateurs.

1.1.3 Réseau de distribution

Le réseau de distribution achemine 1'eau potable

vers les habitations et les établissements institutionnels,

commerciaux et industriels. Il inclut les pompes qui

amènent l'eau de l'usine jusqu'au réseau, les conduites

principales, les conduites desservant les résidences, les

bornes-fontaines et les réservoirs d'eau. Il est conçu pour

rencontrer la demande quotidienne la plus forte de l'année.

Une des caractéristiques les plus importantes du

réseau de distribution est le maintien d'une pression

constante à tous les points du réseau de façon à ce que

1'écoulement se fasse toujours vers 1'extérieur des tuyaux

même aux points où il y' a des fuites. Ceci prévient la

contamination bactérienne ou autre de l'eau qui se trouve

dans les tuyaux. Une pression basse ou nulle pourrait

permettre à de l'eau polluée se trouvant à l'extérieur des

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12

tuyaux d'entrer aux points de fuite et de contaminer 11 eau

potable avant qu'elle ne soit rendue chez les consommateurs.

1.1.4 Désinfect ion résiduelle

Lorsque du chlore est ajouté à l'eau durant le

traitement à l'usine, une certaine partie est réduite ou/et

combinée• La portion de chlore qui reste libre dans l'eau

est appelée chlore libre ou chlore résiduel libre.

Le chlore qui réagit chimiquement avec les

composés contenus dans l'eau perd ses propriétés

désinfectantes. Cependant, les composés formés par la

combinaison du chlore avec des dérivés de 1'ammo n i a que

gardent certaines propriétés dési n f ectantes. Le ch 1 ore

présent dans l'eau sous cette forme s'appelle le chlore

combiné ou le chlore résiduel combiné.

Le chlore libre plus le chlore comb iné forment le

chlore résiduel total (désigné s ou s le nom de chlore

résiduel)•

Du point de vue de la désinfection, le chlore

libre est le plus intéressant à cause de son potentiel

bactéricide supérieur à celui du chlore combiné. Les

analyses visent donc à dé terminer au mo ins le niveau de

chlore résiduel libre dans l'eau du réseau de distribution

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13

et lea responsables de la production d'eau potable tentent

d'y maintenir en tout temps du chlore résiduel comme mesure

préventive pour la santé publique dans le cas d'une

contamination microbienne de l'eau traitée.

1.1.5 Points du réseau les plus susceptibles d'être

contaminés

Les points du réseau les plus susceptibles d'être

contaminés lors de la production et la dis tribution de l'eau

potable sont :

1.1.5.1 La source d'eau brute

Une contamination exceptionnelle peut survenir à

11 endroit où 11 eau brute est prélevée suite à des activités

périodiques naturelles (crues, débâcles, etc.), au

d é v e r s e m e n t de produits (purin de porcs, déchets

industriels, contenu de fosses septiques, etc.), ou à un

accident (de chemin de fer, de la route, etc.). Il est à

remarquer que présentement il n1 existe pas de procédure qui

permettrait à un responsable d'usine de filtration d'être

mis au courant rapi dement par. le truchement de à équipes

d ' Urgence-environnement qu'une pollution exceptionnelle est

survenue au niveau de la prise d'eau.

1.1.5.2 L'usine de filtration

L'eau sortant de l'usine de filtration peut ne pas

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respecter les normes de qualité pour l'eau potable si une

des étapes du traitement n'est pas adéquate ou si la i

quantité de désinfectant ajoutée n'est pas suffisante. Ce

type de problème est très important car toute la population

des servie par une usine où un tel événement se produirait

serait exposée à une eau non potable*

1.1*5*3 Points spécifiques dans le réseau

Une partie du réseau peut être contaminée suite au

bris d'une conduite. Ceci peut arriver l.orsque des travaux

ont lieu dans les rues d'une municipalité et qu'une conduite

d'eau potable est abîmée lors de travaux d'excavation.

Si la pression dans la conduite est gardée au même

niveau qu'avant le bris ou augmentée, la contamination sera

évitée. Par contre, si la pression baisse ou devient nulle,

même pour quèlques instants, il est possible qu'il y ait

contamination dans les tuyaux d'eau traitée*

1.1.5*4 Raccordements croisés

Il peut survenir une contaminat ion au niveau des

résidences s'il existe des raccords dans la tuyauterie de la

maison causant un contact entre une eau déjà contaminée, et

1'eau potable.

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15

1.2 Aspects biologiques de la purification de l'eau

Plusieurs organismes peuvent contaminer l'eau.

Certains d'entre eux comme les bactéries intestinales

pathogènes (ex. salmonelle) sont bien connus pour être

associés à la consommation d'eau. D'autres, naturellement

présents dans l'environnement, peuvent être pathogènes dans

certaines circonstances. Les doses requises pour causer des

symptômes ainsi que les périodes d'incubation varient selon

les organismes pathogènes et le degré de résistance des

personnes qui sont en contact avec ces microbes.

Le fait que des agents microbiens puissent causer des

infections explique que. l'on doit rechercher leur présence

lors du contrôle de la qualité de l'eau potable. Vu leur

grand nombre » et le temps requis pour faire des analyses et

la complexité de certaines de celles-ci, seulement quelques

agents bactériens sont utilisés comme indicateurs de

qualité.

Cette section traitera donc des catégories d'agents

pathogènes pouvant contaminer l'eau potable, des indicateurs

utilisés pour le contrôle de la qualité - microbiologique de

l'eau et du choix de ces indicateurs.

1.2.1 Agents pathogènes

Il y a quatre grandes catégories d'agents

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1 6

pathogènes qui peuvent causer des maladies associées à la

consommation d'eau: les bactéries, les virus, les parasites

et certains agents chimiques.

Dans la première catégorie, le Campilobacter est

la bactérie la plus souvent associée aux é c1o s i on s de

gastro-entérite provenant de la consommation d'eau.

D'autres pathogènes inclus dans cette catégorie sont:

Vibrio cholerae , Eschericia coli enterotoxigénique ,

différents sérotypes de Salmonella spécialement Salmonelia

typhi, différentes espèces de Shigella et. Yersinia

entérocolitica. Ces derniers pathogènes sont cependant plus

rarement transmis par l'eau de consommation•

Ces organismes peuvent engendrer une variété de

symptômes allant d'une gastro-entérite légère à une gastro-

entérite sévère. Leur transmission ne se fait pas seulement

dans 1 ' eau mais également par l'ingestion d'aliments

contaminés ou suite à un contact avec une personne infectée.

En fait, - la transmission par l'eau varie selon les

caractéristiques de l'agent, la situation locale, les

saisons, la dose infectante et les caractéristiques de

l'hôte (ex: âge). Tous les facteurs doivent être étudiés

avant de déterminer une causalité entre l'agent bactérien

retrouvé chez l'hôte et l'eau consommée.

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Les maladies d'origine virale transmises par l'eau

sont principalement celles causées par les virus entériques.

Toute une variété de ces virus existe et plusieurs d'entre

eux n'ont pas encore été cultivés en laboratoire* Les virus

entériques peuvent survivre de quelques jours à quelques

mois dans l'eau et seulement u ne petite quantité est

nécessaire pour oc cas ionner tout un spec t rum de symptômes

allant d'une infection sub-clinique aux symptômes digestifs,

respiratoires et systémiques sévères.

B i e n q u ' i l y ait b e a u c o u p d ' é v i d e n c e s

épidémiologiques d'éclosions majeures d'origine virale, la

transmis s ion par l'eau d'une petite quantité de virus reste

à être documentée. Pour le moment, les problèmes d'origine

virale font surface surtout lorsqu'il y a des problèmes de

contamination par les égouts.

' Les catégories de virus généralement en cause dans

les infections d'origine hydrique sont: l'hépatite A, le

Norwalk et les rotavirus. Chacun de ces organismes cause

différents symptômes et a une période d'incubation

différente. Comme pour les autres agents pathogènes, les

enfants de 0 à 5 ans et les personnes âgées sont les plus

affectées.

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soin de parfaire sa connaissance dans le domaine de la

contaminat ion chimique•

Nous référons le lecteur à l'annexe IV pour

connaître l'étiologie et la symptomatologie détaillées des

infections mentionnées. De plus, certaines références

listées à la fin du présent document peuvent aider le

lecteur à en connaître davantage sur chaque pathogène.

1 . 2;2 Indicateurs de contamination

Les sens de la vis ion, de l' odorat et du goût sont

très utilisés dans l'évaluation de la qualité et de

l'acceptabilité de l'eau potable, surtout par le

consommateur. Pourtant, des indicateurs plus sophistiqués

sont nécessaires pour une évaluation plus objective de l'eau

et . pour pouvoir déceler les agents contaminants qui

pourraient se retrouver en trop petite quantité pour causer

des changements "physiques" de l'eau.

Ces indicateurs servent de "sentinelles" pour

savoir s'il y a eu contamination après 1 e t ra i terne n t de

l'eau. Idéalement, aucun agent pathogène ne devrait se

retrouver dans l'eau potable.

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1.2.2.1 Indicateurs biologiques

Germes témoins

Coli formes totaux: Certaines souches de ces

bactéries sont présentes dans le système intestinal des

humains et des animaux à sang chaud et se retrouvent ainsi

en grand nombre dans les excréments; d'autres souches non

fécales proviennent du sol. La présence des coliformes

totaux ne signifie pas que l'eau représente un danger pour

la santé ou qu'elle contient des agents pathogènes; mais

cela peut signifier qu'il y a eu contamination après le

traitement, que le traitement a été inefficace laissant

passer des pathogènes ou que la collecte ou le transport des

échantillons ont été inadéquats.

Il faut souligner que le nomb re de coliformes

isolés n'est qu'une estimation statistique du nombre réel

présent et que c e test peut donner lieu a des résultats

faussement positifs ou faussement négatifs. Tout de même,

cet indicat eur est le plus utilisé pour l'évaluation

bactériologique étant donné la facilité et la rapidité de

l'analyse.

C o1i f orme s fécaux : Les différentes souches de

coliformes ont des temps de survie différents et

l'évaluation plus précise du type de souche peut aider à

l'identification de la source de contamination. Par

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c onsomma tion d'eau, aucun virus n'est utilisé comme

indicateur. De plus, aucune norme n'est incluse à leur

sujet dans le Règlement sur l'eau potable. Comme norme, il

est généralement accepté que 1'eau est exempte de virus si

la turbidité est moins de "1 NTU" et qu'il y a désinfection

de l'eau s'il y a au moins 0,5 mg/ litre de chlore résiduel

après une période de contact d'au moins 30 minutes à un pH

inférieur à 8. Il faut tout de même souligner qu'il serait

souhaitable que la recherche systématique de virus soit

effectuée dans certains cas.

Parasi tes

Aucun parasite ne devrait être présent dans l'eau

potable. Il n'y a pas d'indicateur standard pour la

recherche de parasites. Leur recherche dans l'eau est

effectuée lors d'études é p i d é m i o l o g i q u e s ou lors

d'infections endémiques ou d'épidémie. Il faut souligner

que les méthodes d'analyses disponibles sont souvent

inefficaces et difficiles.

1.2.2.2 Indicateurs physico-chimiques

p H : Le pH est influencé entre autre par

1'utilisation du chlore, essentiel à la désinfection. Un pH

de moins de .7 peut causer de la corrosion et l'incrustation

du système de distribution. Un pH supérieur à 7 rend moins

efficace la dés infection par le chlore.

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Turbidité : Un haut degré de turbidité (plus de

5 NTU) indique qu'il peut y avo ir un problème bac térien

dans l'eau potable. En fait, à ce niveau, le consommateur

réaliserait que l'eau n'a pas un aspect normal• Les normes

rendent acceptable un degré de tubidité inférieur à 5 NTU.

Température : Il n'existe pas de norme pour la

température de l'eau. Cependant, il est reconnu que la

désinfection et le traitement sont moins efficaces à basse

température alors que des températures chaudes encouragent

la crois sance des microorganismes modi fiant ainsi le goût,

l'odeur et la couleur de l'eau.

Chlore résiduel : L'absence de chlore résiduel

peut être un facteur de cont ami nation de l'eau potable.

Cependant, de trop grandes quantités de chlore résiduel dans

l'eau potable peuvent être associées à des problème s de

santé comme l'irritation gastrique par exemple.

1.3 Aspects épidémiologiques des maladies transmises

par l'eau de consommation

1.3.1 Epidémiologie de la gastro-entérite

Même si la définition de la gastro-entérite varie

selon les médecins et les chercheurs, on doit s'entendre,

pour fins d'enquête et de contrôle des ép idémies, sur une

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définition c ommune • On suggère comme définition une

diarrhée ayant au moins deux selles liquides en 24 heures

accompagnée d1 un des symptômes suivants: nausée, c ramp e s

abdominales et/ou vomissements•

La gastro-entérite apparaît assez fréquemment dans

la populat ion• Dépendant de la s tructure démographique de

la population, de son état sanitaire et du c lima t, on peut

s'attendre à un certain taux d'incidence, c'est-à-dire un

certain nombre de nouveaux épisodes pendant une période de

temps donnée• Bien qu'un taux de base n'ait pas encore été

scientifi q u ement estimé pour le Québec, des études

américaines suggèrent que parmi la populat ion il y a 1 à 2

nouveaux cas par personne par année • Chez les enfants, il

semble que cette estimation soit élevée avec un écart plus

grand. Il ex i ste également des influences saisonnières

importantes•

Le pourcentage d'épisodes de gastro-entérites

amenant à une consultation médicale a été estimé entre 10 et

30% • Des différences importantes existent dans le taux de

consultation par groupe d'âge. Sur le plan individuel,

l'apparition d'une gastro-entérite dépend de plusieurs

facteurs, comme l'âge, l'état de santé pré-existant et

certaines caractéristiques propres aux agents microbiens

pathogènes. On doit souligner qu'une gastro-entérite peut

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être causée par plusieurs organismes et que chaque pathogène

associé à une gastro-entérite, peut avoir différents

mécanismes de transmission*

1.3.2 Surveillance des maladies d'origine hydrique

Quatre outils ont été identifiés pour surveiller

la santé de la population en rapport avec les épidémies

d'origine hydrique. Ce sont:

1) le système des maladies à déclaration obligatoire

2) le système d'alerte (déclaration volontaire)

3) le système actif de surveillance post-contamination

4) l'enquête spéciale

1.3.2.1 Le système des maladies à déclaration

obligatoire (le système MADO)

Selon l'article 28 du Règlement d'application de

la Loi sur la protection de la santé publique , certaines

maladies sont à déclaration obligatoire par les médecins et

les laboratoires. Parmi celles-ci, il y en a qui peuvent

être liées à une contamination de 1'eau.

Cependant, la surveillance des maladies d'origine

hydrique par le système MADO comporte certaines limites qui

sont :

a) peu de personnes ayant une gastro-entérite

consultent leur médecin;

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b) peu de médecins font faire des cultures de

selles ;

c) les maladies à déclaration obligatoire sont

souvent peu déclarées par les médecins ;

d) la grande majorité des infections.entériques

n'est pas associée avec l1eau;

e) les principales caused d'épidémie s d'origine

hydrique ne sont pas nécessairement des MADO;

f) les laboratoires en région périphérique n'ont

pas toujours l'équipement nécessaire pour

isoler tous les pathogènes d'origine hydrique.

1.3.2.2 Le système d'alerte (déclaration volontaire)

Le DSC peut être informé d'une épidémie d'origine

possiblement hydrique par un système d'alerte, soit les

écoles, les grandes institutions, les cliniques privées, les

urgences et les pharmacies. Pour que cette méthode soit

efficace, il faudrait que le système de collecte

d'informations se fasse sur une base active et régulière,

mensuellement par exemple. De cette façon, le taux

d'incidence de base au sein de la populat ion serait est imé

et on pourrait interpréter avec justesse 1'augmentation du

nombre de cas (le cas échéant) en fonction du taux de base

habituel de maladie existant dans la population.

Il y a eu des tentatives pour améliorer le système

d'alerte mais ces efforts, après évaluation, n'ont pas porté

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fruit. Il ne semble donc pas prudent, pour l'instant, de

trop compter sur ce système.

1*3.2.3 Le système actif de surveillance post-

contamination.

Après réception d'un avis que l'eau ne respecte

plus les normes du Règlement sur l'eau potable, des appels

au p rè s des écoles, de s urgences d'hôpitaux et des grandes

institutions peuvent être faits pour confirmer s'il semble y

avoir éclosion d'une épidémie. Si on ne connaît pas le taux

de base, on peut obtenir un taux comparatif à l'aide de

données d'enquêtes sanitaires.

1*3.2.4 L'enquête spéciale

Mener une enquête dans le but de vérifier

l'hypothèse d'une contamination d'origine hydrique relève du

mandat d'un départment de santé communautaire.

Pour mettre en évidence l'eau comme véhicule de

transmission, il faut rechercher:

1) l'existence de maladies chez les consommateurs et

les non consommateurs de l'eau suspecte;

2) la relation dose-effet par rapport à la quantité

d'eau consommée ;

3) la consommation comparative de tout autre véhicule

potentiel (exemple: les breuvages, les aliments)

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par une étude comparâtive chez les malades et les

non malades de la région touchée;

4 ) une co hé rence des évén e me n ts dans le temps.

Exemple, si la pompe de chloration se brise, il

peut y avoir une augmentation de malades mais le

. taux diminuera après qu'elle ait été réparée.

5) le même pathogène chez les personnes malades.

Il ne faudrait pas oublier que lorsqu'il y a

contamination, il peut y avoir plusieurs pathogènes, chacun

capable à lui seul de causer la maladie. De plus, la

possibilité d'une propagation de la maladie de personne à

personne peut aggraver 1'importance d'une épidémie d'origine

hydrique.

Dans l'ensemble, il faut savoir que le risque

d'avoir une gastro-entérite attribuable à l'eau est estimé à

moins de un pour cent. Pourtant comme l'eau touche à un

pourcentage tellement grand de la population, le taux

d'attaque dans les épidémies décrites est très élevé par

rapport au taux de base d'un groupe contrôle, soit de 6 à 25

fois supérieur et ce taux d'attaque est à peu près constant

dans tous les groupes d'âge.

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CHAPITRE II

CAPRK JPRIDIQOK PB L1IHTERVEHTIOH

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CADRE JURIDIQUE DE L'IHTERVBHTIOH

Préalablement à la détermination d'un plan d'action visant à

protéger la santé publique en cas de contamination de l'eau

potable, il est nécessaire de se donner un cadre de référence qui

nous serve de guide en vue d'une intervention et de préciser le

rôle que le DSC doit assumer et les orientations qu'il doit

prendre comme organisation spécifiquement concernée par la santé

communautaire •

La première section de ce chapitre traite de la dimension

protection de la santé publique comme préoccupation centrale du

DSC lorsque confronté à ce problème; la deuxième section traite

du rôle et des fonctions de différents partenaires, tels les

e x p l o i t a n t s de réseau de distribution, le MENVIQ, les

laboratoires accrédités et les professionnels de la santé*

2.1 R61e du DSC

2.1.1 Protection de la santé publique Le rôle du DSC est défini par les mandats et

responsabilités en regard des lois suivantes:

a) la Loi sur les services de santé et les services

sociaux (L.R.Q., c. S-5);

b) la Loi sur la protection de la santé publique

(L.R.Q., c. P-35 );

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c) la Loi sur la qualité de l'environnement (L.R.Q.,

c. Q-2)•

Ces trois lois ou leurs règlements définissent le

pouvoir et les responsabilités d'un DSC en ce qui a trait à

la qualité de l'eau potable.

Tel que stipulé dans la Loi sur les services de

santé et les services sociaux, la fonction principale du

chef du département de santé communautaire d'un centre

h o s p i t a l i e r d é s i g n é est de faire p a r t i c i p e r les

professionnels y oeuvrant:

1) à l'élaboration, à la mise en oeuvre et au

développement de programmes de santé physique èt

mentale et de services préventifs en collaboration

avec les centres locaux de services communautaires

avec lesquels le centre hospitalier a un contrat

de services;

2) à des études sur les besoins de la population dans

les domaines de la santé physique et de la santé

mentale ;

3) à des enquêtes sur les épidémies et à la mise en

application de mesures de contrôle appropriées.

4) à l'étude et à l'évaluation de l'organisation et

du fonctionnement des services santé dans son

territoire.

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Dans le Règlement sur l'eau potable de la Loi sur

la qualité de 1'environnement, 11 exploitant d'un système de

distribution d'eau qui distribue une ëàu qui n'est pas

conforme aux normes microbiologi que s prescrites doit,

aussitôt que les résultats d'analyse sont connus, avertir

les personnes qui consomment cette eau, le. d i recteur

régional du MENVIQ et le département de santé communautaire

que cette eau est impropre à la consommation*

En somme, on peut constater qu'il appartient au

DSC, en tant qu'autorité territoriale dans le domaine de la

santé publique, d'enquêter et de faire les recommandations

nécessaires lorsque la santé de lapopulation est menacée*

2.2 R81e des partenaires

Par son Règlement sur l'eau potable, le Québec

s'est donné comme objectifs:

- d'obliger tous les exploitants d'aqueduc (y compris

les petits s y s t è m e s m u n i c i p au x et p r i v é s , les

établissements publics et les entreprises non raccordées à

un réseau) à fournir une eau potable;

- d'améliorer l'efficacité de la surveillance de la

qualité de l'eau potable;

- de permettre à des laboratoires publics et privés

accrédités d'effectuer les analyses de routine.

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2.2*1 Les exploitants d1aqueduc

Le règlement pose le principe de la responsabilité

de l'approvisionnement: les responsables de la qualité de

l'eau potable sont ceux qui se chargent de fournir cette eau

aux citoyens. Il touche donc toute municipalité du Québec

ou autre organisme public ou privé qui est propriétaire d'un

s y s t ème d e d i stribition d'eau desservant plus de 50

pers onnes•

Les obligations des exploitants sont clairement

définies; elles ont trait principalement au prélèvement des

échantillons, à la transmission des rapports d'analyses et

aux avis à donner à. la population lorsque l'eau est jugée

impro pre à la consommât ion humaine•

2.2.1.1 Prélèvement des échantilions

Les échantillons doivent être prélevés dans des

contenants stériles (provenant des laboratoires accrédités),

à la sortie de tout équipement ou dispositif central de

traitement de l'eau mais en amont de tout dispositif

individuel de purification ou de traitement et après que

l'eau ait coulé durant au moins cinq minutes.

Au moins 50 pour cent des échantillons doivent

être prélevés sur une période de 30 jours, aux extrémités du

système de distribution ou au point le plus éloigné du poste

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de traitement ou de la prise d'eau. Les méthodes de

conservation, le nombre, la fréquence et les délais

d'analyses des échantillons font également 1 - objet de normes

précises que 1'exploitant est tenu de respecter.

2.2.1.2 Rapports d'analyses

L'exploitant doit transmettre au laboratoire

accrédité de son choix les échantillons prélevés et

acquitter les frais d'analyses. Au plus tard 24 heures

après avoir reçu les rapports d'analyses provenant du

laboratoire, l'exploitant doit en transmettre une copie à la

direction régionale du Ministère de l'environnement.

2.2.1.3 Avis à la population

Quand l'eau ne correspond plus aux normes

microbiologiques, l'exploitant do it avertir immédiatement

ses abonnés de la faire bouillir pendant cinq minutes! avant

de la consommer. Il peut les rejoindre par la radio, la

télévision, les journaux ou par avis individuel s.

Il doit aussi aviser imméd i atement la Direction

régionale du Ministère de l'environnement du Québec et le

\

1: Il n'est plus nécessaire de faire bouillir l'eau pendant 20 minutes; une eau en ébullition pendant 5 minutes suffit pour détruire tous les germes présents.

/

/

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35

département de santé communautaire concernés. Dans tous les

cas, l'exploitant doit les informer des moyens qu'il entend

prendre pour corriger la situation.

2.2.2 Le Ministère de l'environnement du Québec

Le Ministère de 1'environnement du Québec a pour

mission d'assurer la sauvegarde du milieu naturel et humain

de telle sorte que les citoyens et citoyennes du Québec

puissent bénéficier d'eau, d'air et d'espaces en quantité

suffisante pour la satisfaction de leurs besoins essentiels

sur le plan de la santé, de l'esthétique et du bien-être en

général.

Le MENVIQ, via ses directions régionales, remplit

son rôle de surveillance du contrôle de la qualité de l'eau

potable en effectuant, à l'occasion, des analyses

sporadiques afin de vérifier le contrôle fait par les

exploitants.

De plus, à partir des résultats d'analyses qui

1ui ont été transmis par les e x p l o i t a n t s (ou les

laboratoires accrédités), la direction du contrôle du MENVIQ

achemine à chaque DSC une copie d'un rapport mensuel

couvrant le territoire concerné dans les cas où il y a eu

d é pa s s eme nt des normes bactériologiques (voir exemple

annexe V).

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36

Les directions régionales du MENVIQ peuvent

assister tout exploitant d'aqueduc dans l'identification des

causes d'un problème ou d'un incident et peuvent le

conseiller sur les mesures correctives à prendre. Elles

peuvent également offrir aux municipalités qui en font la

demande leur aide technique pour les différents aspects

reliés à l'opérâtion d'un réseau d'eau potable afin d'en

améliorer la qualité.

2.2.3 Les laboratoires accrédités

Seuls les laboratoires accrédités par le MENVIQ

peuvent faire les analyses bactériologiques selon les

dispositions prévues au Règlement sur l'eau potable. Il en

existe environ une quarantaine, répartis sur l'ensemble du

territoire québécois, majoritairement dans le secteur privé.

Il existe différents domaines d'accréditation pour ces

laboratoires; ces domaines sont indiqués sur chaque

certificat d'accréditation.

Une liste de ces laboratoires est disponible sur

demande auprès des direct ions régionales du MENVIQ.

2.2.4 Les médecins et laboratoires médicaux

Tout médecin doit déclarer au ministre de la santé

et des services sociaux ou au chef du Département de santé

communautaire du territoire concerné, conformément au

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37

Règlement d'application de la Loi sur la protection de la \ •

s a n té pu b 1 iqae i les cas de maladies à déclaration

obligatoire•

La personne qui dirige un laboratoire dans un

établissement ou hors d'un établissement ou un département

de biologie médicale doit également déclarer au ministre ou

au chef de DSC les cas où un examen révèle la présence d'une

maladie à déclaration obligatoire. Les DSC doivent aviser

le ministre des déclarations reçues.

11 faut né anmo i ns préciser que l'application de

ces dispositions réglementaires reste très partielle.

Actuellement le système n'est pas utilisé uniformément par

l'ensemble des DSC, peu de médecins traitants avisent le DSC

des cas de maladies à déclaration obligatoire qu'ils ont

eus. De plus, ce ne sont pas tous les DSC qui informent le

m i n i s t è r e de la santé et des services sociaux des

déclarations reçues.

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CHAPITRE I I I

DEMARCHE P'IHTERVEHTIOH

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3 9

DEMARCHE D'IHTERVEHTIOH

Il n'est pas possible de faire la synthèse de situations ou

d'expériences vécues par les DSC datis le domaine de l'eau potable

car il existe très peu de documents écrits décrivant leurs

actions spécifiques lors de tels incidents.

Néanmoins, nous croyons essentiel d'essayer de décrire dans

une première section de ce chapitre certains préalables à toute

intervention du DSC dans ce domaine. En deuxième partie, nous

procéderons à la description d'un plan d'intervention spécifique

en cas d'avis de non conformi.té aux normes microbiologi'ques de

l'eau potable.

Nous s omme s cependant conscients que la pertinence

d'appliquer intégralement ce plan d'action pourra être

sensiblement différente selon qu'il s'agit d'un DSC urbain ou

d'un DSC se situant en zone rurale.

3.1 Les préalables

3.1.1 Nomination d'un responsable au DSC

Chaque DSC devrait nommer et encadrer un membre de

son personnel (et son remplaçant) comme responsable du

dossier de l'eau potable et de la réponse du DSC à un avis

de dépassement des normes bactériologiques d'une eau

t r a i t é e .

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40

Cette personne devrait faire partie soit de

l'équipe des maladies infectieuses ou/et de celle de santé

environnementale du DSC•

Les territoires couverts par les DSC ne

correspondant pas toujours à c eux des muni c-ipa 1 i t é s (y

compris le territoire de la ville de Montréal), une entente

doit au préalable être établie entre DSC concernés afin que

soit assurée une collaboration efficace et non ambiguë entre

ceux-ci et les municipalités (les exploitants).

Il importe que chacune des municipalités ou

exploitants d'un réseau de distribution opérant sur le

territoire couvert par le DSC soient avisés par lettre de la

nomination du responsable du dossier à ce DSC. On devra

également mettre en place des mécanismes qui permettront,

tant au DSC qu'à la municipalité ou organisme exploitant un

réseau d'aqueduc, de rejoindre les responsables 24 heures

sur 24, le cas échéant. Ceux-ci devront avoir la

possibilité d'entrer en contact directement, à toute heure,

avec le chef du DSC ou son représentant immédiat.

3.1.2 Ententes entre partenaires (DSC et exploitants)

Les départements de santé communautaire et les

exploitants doivent collaborer ensemble en vue d'une

meilleure canalisation de l'information lorsqu'un cas de

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4 1

contamination de l'eau potable se présente.

Concrètement, cela veu t dire d'en arriver à un

protocole d'entente sur:

- la transmission des informa t ions

- la nature des interventions respectives

lorsque les analysés microbiologiques de l'eau potable

indiquent un résultat hors normes pouvant mettre en danger

lasanté de la population.

Par exemple, l'exploitant doit avertir le DSC

aussitôt que possible lorsque les normes sont dépassées et

doit lui c o m m u n i q u e r le r é s u l t a t des analyses

microbiologiques effectuées par un laboratoire accrédité.

On doit s'entendre également sur un partage des

responsabilités quant aux actions qui seront entreprises de

part et d'autre. Ce partage pourra porter sur:

.1. le type d ' invès t igat ions à faire :

- pour le DSC, il s'agira d'enquêter sur les

problèmes de santé potentiellement causés par

1'incident ;

- pour l'exploitant, il s'agira de rechercher

la ou les c a u s e s du p r o b l è m e de

contaminat ion ;

2. les moyens les plus efficaces pour reméd ier à la

situation ou les solutions à apporter au(x)

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4 2

problème(s) identifié(s);

3• le contenu et les moyens de communication à mettre

en oeuvre pour informer la population visée en

tenant compte:

- des responsabilités légales des parties

dans ce domaine ;

- des g r o u p e s s u s c e p t i b l e s ou plus

vulnérables qui peuvent être touchés;

- du réseau d1 indicateurs-clés de santé

communautaire dans le territoire.

L'entente doit s'établir (orale ou écrite) dans un

esprit d'échange d'informat ion et de services réciproques

pouvant être utiles aux partenaires dans la gestion de

l'incident. Dans cette optique, la collaboration entre DSC

et exploitants quant aux cas de gastro-entérites antérieurs

à 1'incident et à la recherche de nouveaux cas au sein de la

population touchée pourrait aider les responsables à cerner

plus rapidement la ou les causes de la contamination ou

l'étendue de celle-ci dans un territoire donné• D'autre

part, une entente clairement établie permettrait au

département de santé communautaire de pleinement remplir son

mandat, à savoir:

1) s'assurer que la santé de la population est

protégée;

2) voir à ce que la population touchée soit informée

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43

adéquatement sur les principes d'hygiène et les

as.pe.cts sanitaires entourant de tels incidents;

3) veiller à ce que des mesures de contrôle et des

solutions adéquates soient mises en place pour

enrayer la contamination;

4) enquêter sur toute éclosion d'allure épidémique

dans son territoire.

Dans un autre ordre d'idées, il peut être utile de

discuter avec les centres locaux de- services communautaires

(CLSC) d'une plus grande implication de leur part lors de

situations d'urgence et de situer avec eux leurs

responsabilités dans la gestion de tels problèmes.

3.1.3 Connaissance du réseau d'approvisionnement d ' eau et

des procédés de purification

Il est nécessaire d'acquérir un certain nombre de

documents et de connaître certaines données de base pour

pouvoir agir de façon efficace et éclairée lors d'un

aver t i s s ement de non-respect des normes microbiologiques de

l'eau potable. Les informations qu'il est nécessaire

d'avoir en main sont les suivantes:

1. identification précise des exploitants de réseau

de distribution d'eau;

2. le nombre d'usine(s) existant dans la(les)

municipal ité(s) desservie(s) par le DSC;

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4 4

3. leur localisation;

4. les noms et les fonctions des personnes

responsables de 11 usine de filtration;

"5. la localisation des prises d'eau brute et les

problèmes saisonniers ou géographiques qu'il peut

y avolr;

6. 1e(s ) procédé(s) utilisé(s) à(aux) l'usine(s) et

les changements récents qui ont pu y être faits;

7. les zones d'influence des usines de traitement

i.e. les secteurs qui sont desservis par chaque

usine ;

8. la nature du réseau et l'inspection sanitaire de

routine qui y est faite;

9. les points du réseau les plus susceptibles d'être

touchés par une contamination (voir section

1.1.5);

10. les e n t e n t e s de v e n t e d ' e a u e n t r e les

municipalités, s'il y a lieu;

11. les plans d'urgence qui sont prévus lors d'une

contamination de l'eau potable et la capacité

d*intervention de la municipalité;

12. les analyses bactériologiques qui sont faites;

13. la fréquence d'échantillonnage;

14. les points d'échantillonnage;

15. 1 e ( s ) laboratoire(s) où sont analysés les

échantillons ;

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45

16- lea analyses de chlore résiduel qui sont faites

dans le réseau de distribution;

17. l'historique des contaminations antérieures (s'il

y a lieu) et les actions entreprises pour y

remédier•

Il serait utile de retrouver ces informations sous forme de

fiche (voir section 3.2).

3.1.4 Connaissance des normes

La connaissance des dispositions du Règlement sur

l'eau potable est essentielle car on y retrouve les normes

de qualité de l'eau potable et les obligations des

exploitants de réseaux de distribution. Ces normes de

qualité prévues au règlement vont plus loin que les

recommandat ions pour la qualité de l'eau potable au Canada

formulées en 1978 par Santé et Bien-être social Canada. Le

Québec est même la première province à se doter d'une telle

réglementation sur l'eau potable.

Cette réglementation stipule que pour être

considérée comme potable, c'est-à dire pouvant être bue sans

danger pour la santé, l'eau doit être exempte de subs tances

susceptibles d'en altérer la qualité au point de provoquer

des maladies chez ceux qui la consomment.

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4 6

Afin de prévenir tout risque en ce sens, l'eau

doit correspondre aux normes microbiologiques suivantes:

a) chaque échantillon doit être exempt de:

- bactéries coliformes fécales

- d'organismes d'origine fécale

- d'organismes pathogènes ou

- d'organismes parasites

b) au moins 90% des échantillons doivent être exempts

de toute bactérie coli forme et aucun échantillon

ne doit contenir au total plus de 10 bactéries

coliformes par 100 ml d'eau, dans le cas où plus

de 10 échantillons sont prélevés sur une période

de 30 jours consécutifs;

c) pas plus d'un échantillon ne doit contenir de

bactéries co 1 if ormes et cet échantillon ne doit

pas renfermer au total plus de 10 bactéries

coliformes par 100 ml d'eau, dans le cas où 10

échantillons ou .moins sont prélevés sur une

période de 30 jours consécutifs;

L'exploitant dont le réseau de distribution d'eau

dessert plus de 50 personnes doit transmettre à un

laboratoire accrédité un nombre minimal d'éçhantilions d'eau

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47

prélevés à intervalles réguliers selon la fréquence

suivante:

Clientèles desservies

51 à 200 personnes

201 à 1 000 personnes

1 001 à 5 000 personnes

5 001 à 100 000 personnes

100 001 personnes et plus

Nbr minimal et fréquence

des échantillons à prélever

2 par année

1 par mois

4 par mois

1 par 1 000 pers./mois

100 par mois + 1 par mois

pour chaque tranche de

10 000 personnes excédant

100 000

De plus, une eau chlorée d e s t i n é e à la

consommât ion humaine doit contenir, à la sortie du poste de

chloration, une concentration de chlore rés iduel libre d ' au

moins 0.20 mg/1, 10 minutes après l'application du chlore,

ou une concentration en chlore résiduel totale d'au moins

0.20 mg/1, 60 minutes après l'application du chlore.

Enfin, le Règlement sur les entreprises d'aqueduc

et d'égout (Q-2, r.7) vise à assurer la qualité et le

maint ien du service provenant des aqueducs d'entreprises

privées ou municipales. Ce règlement assure la distribution

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4 8

d'une eau de qualité en contrôlant les équipements d'aqueduc

et en assurant la distribution d'une eau conforme aux normes

prévues par le Règlement sur l'eau potable.

3.1.5 Connaissance des risques à la santé

XI existe, au sein des DSC*, une expertise en

hygiène du m i l i e u , en maladies infectieuses et en

programmation-évaluation s ani tai re. Cette compé tence doit

soutenir l'évaluation des risques à la santé de la

population susc e p t i b1e de c ons ommer une eau contaminée.

Pour être en mesure de juger de l'importance ou de la

gravité de la situation lorsque le DSC reçoit un avis de

non-conformité aux normes, ilestsuggéré:

a) de préparer un recueil de références sur

différents aspects traitant notamment de la

biologie des agents pathogènes transmis par l'eau

de c onsomma tion, d'épidémiologie des malad i e s

transmises par voie h y d r i q u e , des normes

réglementaires et directives gouvernementales et

de génie de l'approvisionnement en eau potable;

b) d'avoir un portrait territorial avec cartes à

l'appui des m u n i c i p a l i t é s ou exploitants

d'aqueduc, accompagné d'une liste de groupes de

personnes à risque incluant les hôpitaux de courte

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4 9

et de longue durée, les garderies, les résidenees

pour personnes âgées, etc. ;

c) de prévoir et mettre en disponibilité une équipe

capable d1évaluer les données environnementales

et sanitaires et de formuler clairement une

analyse du risque encouru.

3.1.6 Liste des groupes à risque

En vertu du Règlement sur l'eau potable, il

appartient à l'exploitant d'un réseau de distribution

d'aviser ses abonnés de faire bouillir l'eau lorsque celle-

ci n'est plus conforme aux normes prescrites. Cependant, de

par son rôle de protection de la santé publique, le DSC peut

transmettre à la population visée des informations

complémenta i res à celles déjà transmises par l'exploitant.

D'où l'importance d'une bonne communication entre DSC et

exploitant au sein d'une entente préalable.

Ainsi, le lien naturel du DSC avec la communauté

méd i cale ou sanitaire le porte à c ommu n iquer directement

avec les hôpitaux, les urgences, les cliniques médicales et

les médecins de pratique privée. Dans la population on

pourra considérer, le cas échéant, les écoles, les

entreprises de production alimentai re (surtout celles qui

utilisent l'eau dans la fabrication des aliments) et les

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50

média locaux ou régionaux. L'agent d'information du DSC

doit;avoir un rôle central dans cette stratégie de

communieat ion•

Comme la probabilité d'être malade après ingestion

d'une eau contaminée varie parmi la population à cause de la

susceptibilité individuelle aux. agents pathogènes, on devra

connaître, dans la mesure du possible, les individus o,u

groupes de personnes les plus susceptibles d'être atteints.

Par exemple, pour les individus qui à cause de leur âge ou

d'un handicap quelconque présentent un risque élevé de

pathogénicité, le DSC devrait normalement s'assurer que ces

personnes soient avisées le plus rapidement possible•

i

Il existe des milieux où le risque à la santé

résultant d'une contamination d'origine hydrique est élevé:

c'est le cas des garderies et des résidences pour personnes

âgées. En effet, l'introduction de microbes pathogènes via

l'eau contaminée peut rapidement mener en une transmission

secondaire de type personne à personne. Dans ce type

d'institutions où la possibilité de transmission par la voie

féco-orale est élevée, il est nécessaire de prévoir des

mesures de prévention et de protection pour restreindre le

p1us possible le risque encouru.

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51

3.1.7 Capacité d1enquête

Certaines caractéristiques épidémiologiques d'un

incident peuvent subsister même après l'amélioration des

conditions qui ont provoqué la contamination. Il importe,

dans ce contexte, que la collecte d'information lors d'une

enquête sanitaire soit la plus fiable possible. Cette

collecte de données ainsi que l'analyse scientifique qui en

est faite sont essentielles à la mise en place de mesures de

contrôle par la municipalité. Une approche objective et

scientifique est également essentielle pour calmer les

rumeurs basées sur des impressions populaires s'éloignant de

la réalité.

D'autre part, il existe certaines dispositions

réglementaires qui obligent les médecins et les laboratoires

à déclarer au DSC certaines maladies (MADO). D'une façon

générale, le DSC joue un rôle de récepteur passif de

déclaration de maladies ou de toxi-infec.tions sur son

territoire. Mais il faut dire que ce système n'est pas très

rapide et présente actue1lement une utilité douteuse dans ce

type de situation. Néanmoins, pour certaines maladies, la

décalaration obligatoire peut servir d'indicateur d'une

épidémie de longue durée et peut être utilisée, sous

certaines réserves, lors d'une enquête rétrospective.

Il existe un autre système plus spécifique et plus

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52

rapide de collecte de données sanitaires: la mise en place

de sentinelles médicales. Il faut avoir des stratégies bien,

planifiées et des ressources disponibles et actives dans ce

dossier spécifique pour initier un tel programme de collecte

de données, même si, en cas d1urgence, ce type de ressources

transmet habituellement l'information nécessaire.

En plus de servir de système de surveillance pour

indiquer l'existence et l'étendue d'un problème sanitaire,

l'enquête épidémiologique peut être utilisée pour démontrer •

des liens entre la maladie, la qualité de l'eau de

consommation et certains- paramètres individuels. Toute

étude de ce genre doit respecter les principes scientifiques

décrits dans la section 1.3. La c o l l a b o r a t i o n de

l'exploitant du réseau de distribution et du MENVIQ est

essentielle dans cette collecte de l'information sur

l'exposition de la population aux agents pathogènes.

3.2 Plan d1intervention

La planification des interventions en cas de

contamination microbienne de l'eau potable est toujours à

court terme puisqu'il s'agit d'une situation où il nous faut

agir rapidement. Le processus comprend essentiellement

quatre étapes qui sont:

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53

a) 11 évaluation du problème, Actions >

b) l'élaboration et l'exécution rapides

d'un plan d'action, —

c) le suivi de la situation,

d) le rapport et les recommandations.

Gérer de telles situations de contamination d'eau

potable exige que soient prévues, avant tout, les assises

qui vont nous permettre de juger de la gravité du problème

et de faire la meilleure chose au bon moment . Si tous les

préalables sont présents (section 3.1), le processus est

relativement rapide (quelques heures); par contre, si

certains préalables importants manquent, des délais

surviennent qui retardent le retour à une situation normale.

Il semble utile de suggérer aux DSC de posséder

sur' fiches les renseignements de base sur les municipalités

possédant un réseau d'aqueduc privé ou public et sur chaque

usine de filtration d'une municipalité donnée. Normalement,

on devrait retrouver sur ces fiches les informations

c o n t e n u e s à la s e c t i o n 3 . 1 . 3 sur les r é s e a u x u

d'approvisionnement ou de distribution, les procédés de

purification de l'eau ainsi que:

- le nombre d'abonné s ;

le nom du responsable à la Direction régionale du

MENVIQ;

la liste des groupes à haut risque..

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54

Ce fichier permettrait au DSC d'amorcer très

rapidement son intervention, le cas échéant.

De plus, il serait utile de suggérer à chaque

exploitant de dresser une liste de personnes et d'organismes

à avertir en cas de résultats hors normes y incluant le DSC

tel que le prévoit le Règlement sur l'eau potable.

3.2.1 Evaluation du problème

En tenant compte de l'avis de non-conformité

transmis par l'exploitant en vertu des dispositions du

Règlement sur l'eau potable, le diagnostic environnemental

initial constitue le point de départ de l'intervention du

DSC. Il s'agit donc, dans un premier temps, d'établir d'une

façon claire et précise la nature du problème et de

connaître les actions déjà entreprises par l'exploitant pour

y remédier.

3.2.1.1 La nature du problème

Les principaux aspects à considérer pour le DSC

l o r s q u e c e l u i - c i est avisé d'une c o n t a m i n a t i o n

microbiologique sont les suivants:

1) le secteur géographique touché:

S'agit-il d'une municipalité, d'une partie de

l'aire géographique d'une muni c ipali té, d'une

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55

zone d'influence d'une usine de filtration?

la population touchée: Il s'agit de cerner la population susceptible

d'être affectée par la contamination à partir

des données démographiques tenues à jour par

le DSC.

On peut établir la répartition de cette

population par groupes d'âges dans les

secteurs concernés par l'incident (si

possible).

A partir de listes également tenues à jour

par le DSC, on détermine 1'ampleur éventuelle

du problème en précisant les lieux de

r e g r o u p e m e n t d ' i n d i v i d u s à r i s q u e

susceptibles d'être rejoints rapidement tels:

les écoles,

les garderies,

les c e n t r e s d ' a c c u e i l s et

résidences pour, personnes âgées,

les hôpitaux,

c e r t a i n e s e n t r e p r i s e s (ex:

alimentation)•

3) l'analyse sommaire des tests colimétriques:

Au total, combien d'échantillons avaient

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56

un nombre de coli/100 ml

supérieur à 100

et inférieur à 100

sur l'ensemble des analyses effectuées?

l'information sur l'existence de malades ou

de cas de gastro-entérites (possiblement

reliés à l'eau potable) dans le territoire si

le début de l'incident remonte à plusieurs

j ours•

les causes probables de la contamination et

la date du début de l'incident (si possible).

S'agit-il d'un problème provenant:

- de la source d'approvisionnement?

- du procédé de purification?

- du réseau d'aqueduc?

une estimation du temps que va durer

1'incident dé t erminée en fonction:

- d e la c on naissance de la cause

probable et

- des a c tions e n v i s a g é e s pour y

remédier.

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57

3.2.1.2 Actions déjà entreprises

Le responsable du dossier au DSC devra s'enquérir

de toutes les analyses microbiologiques effectuées en

rapport avec l'incident. Il se peut que l'exploitant du

réseau d'approvisionnement ait fait analyser d'autres

é c h a n t i l l o n s d ' e a u pour d é t e r m i n e r le type de

microorganismes impliqués. Les résultats de ces analyses

permettent habituellement d'identifier l'agent microbien

responsable de la contamination de l'eau.

De plus, dès l'identification de l'incident on

augmente généralement les concentrations de chlore (ou

autres produits désinfectants) ajouté à l'eau pour enrayer

la contamination résiduelle. On devra donc connaître de

l'exploitant (ou du propriétaire du réseau) quelles ont été

les techniques utilisées en ce sens et quelles sont les

concentrations en chlore résiduel présentes dans l'eau.

Quand l'eau ne correspond plus aux normes

microbiologiques prévues au règlement, l'exploitant doit

avertir dans les plus brefs délais ses abonnés de la faire

bouillir pendant cinq minutes avant de la consommer. Cet

avis a-t-il été donné? Si oui, depuis quand? Si non, quand

sera-t-il donné et de quelle façon? L'exploitant doit

aviser, en plus du DSC, la. direction régionale du MENVIQ de

l'incident en leur transmettant les résultats des analyses.

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58

En somme, dans cette étape d'identification du

problème, les efforts du DSC seront concentrés à faire

enquête sur l'origine environnementale de la contamination

et à compléter les informations déjà fournies par

l'exploitant en vue d*évaluer la situation. De plus, on

vérifiera quelles ont été les mesures de correction prises

ou les autres mesures de contrôle envisagées par

l'exploitant.

S.2.2 Elaboration d'un plan d'action

3.2.2.1 Répartition des tâches

Lors de la réception de l'avis de non-conformité

aux normes microbiologiques pour l'eau potable, il faut

décider des actions respectives qui seront prises par le DSC

et par la munie ipali té (ou l'exploitant). Ceci peut déjà

avoir été discuté et convenu lors de rencontres ultérieures

entre les représentants du DSC et ceux de la municipalité.

C e p e n d a n t , il peut arriver que des circonstances

particulières fassent que certaines tâches soient plutôt

accomplies par 1'une ou 1'autre des parties. C'est donc à

ce stade-ci qu'il faut décider et établir clairement les

tâches respectives à partir d'un protocole qui aura déjà été

établi précédemment (voir section 3.1.2).

3.2.2.2 Informat ion de la population

L'information de la population, par le biais des

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59

média doit être faite par l'exploitant aussitôt qu'il est

certain que l'eau potable est réellement contaminée.

Il est de la responsabilité du DSC si cela n'a pas

déjà été fait par l'exploitant d'avertir les groupes

identifiés sur la liste (voir section 3.1.6) soit les

écoles, les garderies, les résidences de personnes âgées et

les industries de la contamination de 1'eau potable.

3.2.2.3 Information des professionnels de la santé

Le DSC doit également avertir les personnes

oeuvrant dans le domaine de la santé de la présence d'une

contamination. Ceci englobe les hôpitaux, les cliniques,

les CLSC, les centres pour personnes convalescentes, pour

malades chroniques, les services d'urgence des hôpitaux du

territoire touché par l'incident.

3.2.2.4 Contrôle de l'environnement

Il est nécessaire de prendre connaissance des

analyses microbiologiques supplémentaires et des données

sur le chlore résiduel dès qu'elles sont disponibles. Les

résultats des analyses doivent être communiqués au DSC par

l'exploitant. Ils donnent une indication sur l'évolution de

la situation et de sa gravité.

Une analyse plus poussée de l'eau (si cela n'a pas

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60

déjà été fait) pourrait être effectuée également pour

détermin e r la présence des bactéries responsables de

maladies gastro-entériques, telles la giardiose, la

salmonellose-, etc. Ces analyses peuvent être demandées par

la municipalité ou par le DSC selon les ressources

disponibles et la gravité de la situation.

3.2.3.5 Monitoring médico-environnemental

Une surveillance médicale devrait être menée pour

tenter d'établir une relation entre l'apparition de

certaines malad ies et la mauvais e qualité de l'eau potable.

Cette surveillance pourrait être faite par les

professionnels de la santé qui auraient été avertis d'une

contamination de l'eau potable par le DSC du territoire

concerné. Lors de l'avertissement, le DSC pourra leur

demander de surveiller l'apparition de certains symptômes

(voir annexe IV) et de contacter le DSC lorsqu'ils observent

ces symptôme s. Le DSC pourra également recontacter les

professionnels de la santé, après quelques jours, pour

vérifier le nombre de cas qui sont apparus durant cette

période.

La décision d'entreprendre une sur ve i11anc e

médicale et de statuer sur la période pendant laquelle elle

sera faite dépendra du degré de contamination. Si les

normes microbiologiques sont dépassées mais que la

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61

contamination est faible, on pourra effectuer la

surveillance pendant le temps de: non respect des normes •

Par contre, si le nombre de bactéries indicatrices est élevé

et se retrouve dans plusieurs échantillons, la période de

surveillance pourra aller jusqu'à 6 semaines après que l'eau

soit redevenue potable, ce qui correspond à la période

d'incubation de certains virus et b a c t é r i e s . Les

professionnels de la santé devront particulièrement

surveiller l'apparition de cas de gastro-entérites,

d'hépatites virales ou d'infections de type viralbactérien

ou parasitaire durant cette période.

Si le DSC est averti bien après le début de la

contamination, une recherche peut être faite auprès des

profess ionnels'de la santé oeuvrant dans le secteur touché

pour connaître les cas de maladies pouvant être reliés à

l'eau dans une période donnée.

3.2.3 Suivi de la situation Pendant tout le temps que dure la contamination,

le DSC doit être en contact avec l'exploitant du réseau

d'aqueduc pour suivre l'évolution de la situation et être au

courant, aussi rap idement que possible, des résultats des

nouvelles analyses. Lorsque celles-ci démontrent qu'il n'y

a plus de contamination et que l'eau est redevenue potable,

le DSC se charge d'avertir les groupes susceptibles et les

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62

professionnels de la santé du retour à une situation

normale.

Le DSC pourra également recontacter les

professionnels de la santé pour connaître le nombre de cas

de maladies pouvant être reliées à l'eau qui sont apparus

dans la population depuis le dernier rapport bactériologique

indiquant une contamination.

3.2.4 Rédaction d'un rapport et recommandations

Suite à l'événement, il est utile de rédiger un

rapport sur ce qui s'est passé pendant la contamination.

Ceci permettra d'identifier les actions qui se sont bien

déroulées et celles qu'il serait nécessaire d'améliorer. Ce

rapport perme ttra de mettre en place des mécanismes plus

efficaces, suite à l'identification des points faibles. Il

servira aussi d'aide-mémoire si une au tre contamination

survient ultérieurement. Ce rapport, s'il est diffusé,

pourra également permettre à d'autres intervenants de mieux

se préparer et d'avoir une action plus efficace si un cas

semblable se produit dans leur territoire respectif.

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63

COHCLOSIOH

Le Règlement sur l'eau potable confie aux exploitants de

réseau d'aqueducs (municipalités ou entre prises privées) la

responsabilité du contrôle de la qualité de 1 'eau potable. La

Loi sur les services de santé et les services sociaux, de même

que la Loi sur la protection de la santé publique confient aux

départements de santé communautaire la responsabilité du contrôle

des épidémies et de la protection de la santé de la population.

Lors d'incidents de contamination, l'obtention d'une

information précise sur les analyses microbiologiques est

nécessaire au DSC afin de lui pemettre de juger du risque encouru

par la population.

Il est donc important que le département de santé

communautaire et le ou les exploitant(s) du territoire couvert

par le DSC en arrivent à un partage des responsabilités dans la

transmission des informations nécessaires et dans la gestion

adéquate des interventions conjointes lors de tels incidents.

Nous avons tracé à grands traits un cadre pratique

d'intervention du département de santé communautaire dans le

domaine de l'eau potable lors de dépassement des normes

microbiologiques suivi ou non d'une éclosion de cas de nature

épidémique. Nous avons résumé à 1 'annexe VI les grandes étapes

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64

d'une telle intervention. \ .i

Nous sommes conscients toutefois qu'un tel guide ne pourra

remplir toutes les attentes des DSC dans leurs multiples facettes

mais nous pensons qu'il saura être utile lors, d'intervent ions de

cette nature. Nous espérons que cet outil contribuera à

améliorer la qualité et l'efficacité de la réponse du DSC face à

ce type- d'incident.

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6 5

R E F E R E N C E S

1. Last JM. Public Health and Preventive Medicine. Appleton-

Century - Crofts, Norwalk, Connecticut 1986.

2. Drinking Water and Health. National Academy of Sciences.

National Academy Press. Washington D.C. 1980. 4 volumes.

3. Craun GF.' Waterborne Diseases in the United States. CRC

Press Inc. Florida 1986.

4. Guidelines for Drinking Water Quality. World Health

Organization, Geneva 1984. 3 volumes.

5. Twort AC, Law FM, Crowley FW. Water Supply, 3rd edition.

Edward Arnold Ltd., Great Britain 1985.

6. Walker R. Water Supply, Treatment and Distribution.

Prentice-Hall Inc., New Jersey 1978.

7. Lamb JC. Water Quality and its Control. John Wiley and

Sons, 1985.

8. Tebbutt THY. Principles of Water Quality Control, 2nd

edition, Pergamon Press 1977.

9. Benenson AS. Control of Communicable Diseases in Man. Am.

Pub. Health Assoc. Washington D.C., 14th edition 1985.

10. Byran F et al. Procedures to Investigate Waterborne

Illness. Prepared by the Committee on Communicable Disease

Affecting Man. International Association of Milk, Food and

Environmental Sanitarians Inc. Ames, Iowa 1979.

11. Recommandations pour la qualité de l'eau potable au Canada.

Santé et Bien-être social Canada 1978.

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A N H E X E I

R è g l e m e n t s u r l ' e a u p o t a b l e

Centre de documentation DÉPARTEMENT DE SANTÉ COMMUNAUTAIRE DU HAUT-RICHELIEU

3 0 0 M o n t é e S t -Luc St-Jean-sur-Richelieu (Québec)

J3A 1G2 _

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Règlement sur l'eau potable

Décret 1158-84, 16 mai 1984 (1984) G.O. 2, p. 2123

à jour au 25 juin 1985

Québec ss

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Note au lecteur Modification(s) adoptée(s) entre le 30 mai 1984 et le 25 juin 1985:

Cette publication contient un texte réglementaire adopté postérieurement à la refonte officielle des règlements Errata, (1984) G.O. 2, 4333. de 1981 et publié à la Gazette officielle du Québec, partie 2.

L'éditeur y a de plus intégré, le cas échéant, les modi-fications adoptées entre la date de première parution à la Gazette officielle et la date d'édition de cette publi-cation qui apparaît sur la page couverture. La liste en est d'ailleurs dressée ci-contre.

Rappelons que cette publication n'a pas de valeur of f i -cielle et que les seuls textes authentiques sont ceux parus à la Gazette officielle.

La date d;entrée en vigueur des modifications est indi-quée entre parenthèses après la référence et la men-tion ef f . Quant au texte réglementaire qui fait l'objet de cette publication, il est entré en vigueur le 84-06-01; article 15, 85-06-01.

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Règlement sur l'eau potable

Table des matières

a n i c l c

SECTION I Interprétation i

SECTION II Normes de potabilité 3

SECTION III Distribution de l'eau . 9

SECTION IV Contrôle analytique 13

SECTION V Prélèvements et analyses 17

SECTION VI Glace ]9

SECTION VII Sanctions 20

SECTION VI I I Dispositions finales. 21

V

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QUALITÉ DF. L 'ENVIRONNEMENT - F.AU POTABLF. 10-2. r.4.11*

c. |Q-2, r.4.1]*

Règlement sur l'eau potable Loi sur la qualité de l'environnement (L.R.Q., chap. Q-2, art. 45.2, par. a, art. 46. par. a. b. d. e. m et o, art. 87. par. e. art. 109.1. 124.1 et 127)

SECTION I INTERPRETATION

1. Définitions: Dans le présent règlement. à moins que le contexte n'indique un sens différent, on entend par:

« contrôle bactériologique » :

1° dans le cas d'une eau chlorée, l'analyse des bacté-ries coliformes;

2° dans le cas d'une eau non chlorée, l'analyse des bactéries coliformes et des bactéries coliformes d'ori-gine fécale;

« contrôle physico-chimique » : la mesure de la turbidité et des substances inorganiques prévue aux articles 4 et 5;

« directeur régional » : un directeur régional du minis-tère de l'Environnement du Québec;

« entreprise » : un immeuble auquel a accès le public ou dans lequel des personnes exécutent un travail, y compris notamment un campement de travailleurs et un édifice public au sens de la Loi sur la sécurité dans les édifices publics (L.R.Q.. chap. S-3). et dans lequel on met de l'eau à la disposition du public, des travailleurs ou des usagers à des fins de consommation;

« institution » : un immeuble utilisé à des fins d'ensei-gnement, de détention ou comme établissement au sens de la Loi sur les service de santé et les services sociaux (L.R.Q.. chap. S-5) dans lequel on met de l'eau à la disposition du public, des travailleurs ou des usagers à des fins de consommation;

« exploitant » : une personne ou une municipalité qui est propriétaire d'un système de distribution d'eau;

« système de distribution d'eau»: un système de canali-sation d'eau destinée à la consommation humaine, à

l'exclusion de la parlie située en aval de ia soupape d'arrêt desservant un bâtiment.

2. Application du règlement: Le présent règle me ni s'applique notamment dans une aire retenue pour fins de contrôle et dans une zone agricole établies suivant la Loi sur la protection du territoire agricole (L.R.Q.. chap. P-4I . I ) .

Les normes prévues au présent règlement ne s'appli-quent pas aux eaux embouteillées régies par le Règle-ment sur les eaux embouteillées (R.R.Q.. 1981. chap. Q-2, r. 5).

SECTION II NORMES DE POTABIL1TÉ

3. Normes microbiologiques: Une eau destinée à la consommation humaine doit être conforme aux normes microbiologiques suivantes:

1° chaque échantillon doit être exempt de bactéries coliformes fécales, d'autres organismes d'origine fé-cale, d'organismes pathogènes ou d'organismes para-sites;

20 au moins 90 % des échantillons doivent être exempts de toutes bactéries coliformes et aucun échan-tillon ne doit contenir au total plus de 10 bactéries coliformes par 100 millilitres d'eau, dans le cas où plus de 10 échantillons sont prélevés sur une période de 30 jours consécutifs;

3® pas plus d'un échantillon ne doit contenir de bactéries coliformes et cet échantillon ne doit pas contenir au total plus de 10 bactéries coliformes par 100 millilitres d'eau, dans le cas où 10 échantillons ou moins sont prélevés sur une période de 30 jours consé-cutifs.

4 . Norme relative à la turbidité: Une eau destinée à la consommation humaine doit posséder une turbidité égale ou inférieure à 5,0 UTN (en unités de turbidité néphélémétriques).

• Les crochets indiquent une référence administrative posiërieure à la refonte.

I

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QUALITÉ DE L'ENVIRONNEMENT - EAU POTABLE IQ-2, r.4.1)* ; —

5 . Normes relatives à la présence de substances Inorganiques: Une eau destinée à la consommation humaine doit être conforme aux normes suivantes rela-tives à la présence de substances inorganiques:

Substances

Concentration maximale permise

(mg/L)

5 . Normes relatives à la présence de substances Inorganiques: Une eau destinée à la consommation humaine doit être conforme aux normes suivantes rela-tives à la présence de substances inorganiques:

carbofurane 0,070

Concentration maximale permise chlordane (isomères totaux) 0.0070

Substances (mg/L) DDT (isomères totaux) 0,030

argent (en A g ) 0,050 diazinon 0,0140

arsenic (en As) 0,050 diquat 0,050

baryum (en Ba) 1.0 end ri ne 0,00020

bore (en.B)

cadmium (en Cd)

5,0

0.0050

époxyde d'heptachlore et heptachlore 0.0030

chrome total (en Cr) 0,050 fénitrothion 0.0070

cyanures (en CN ) 0,20 lindane 0,0040

fluorures (en F) 1,50 méthoxychlore 0,10

nitrates + nitrites (en N ) 10,0 méthyl parathion 0,0070

mercure (en Hg) 0,0010 •

paraquat 0,0070

plomb (en Pb) 0,050 parathion 0,0350

uranium (en U ) 0,020 piclorame 0,0010

sélénium (en Se) 0,010 toxaphène 0,0050

sulfates (en S0 4 ) 5 0 0

6 . Normes relatives à la présence de substances organiques: Une eau destinée à la consommation hu-maine doit être conforme aux normes suivantes rela-tives à la présence de substances organiques:

Pesticides

La concentration totale de tous les pesticides présents dans l'eau ne doit pas dépasser 0,100 mg/L.

Autres produits organiques

Concentration maximale permise

Substances (mg/L)

Substances

Concentration maximale permise

(mg/L)

acide nitrilotriacétique

trihalométhanes (chloroforme, bromodichlorométhane, chloro-dibromométhane et bromo-forme)

substances phénoliques

0,050

2. 4-D

2, 4. 5-TP

0,10

0,010

acide nitrilotriacétique

trihalométhanes (chloroforme, bromodichlorométhane, chloro-dibromométhane et bromo-forme)

substances phénoliques

0,350

n f vn

aldrine et dieldrine 0,00070

acide nitrilotriacétique

trihalométhanes (chloroforme, bromodichlorométhane, chloro-dibromométhane et bromo-forme)

substances phénoliques

carbaryl 0.070

2

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I

1

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IQ-2,-r.4.1)* QUALJTÉ DE L'ENVIRONNEMENT - EAU POTABLE

S E C T I O N IV CONTRÔLE A N A L Y T I Q U E

1 3 . Contrôle bactériologique: L'exploitant d'un système de distribution d'eau desservant l'une des clientèles mentionnées au tableau suivant doit trans-mettre à un laboratoire accrédité par le ministre, pour fins de contrôle bactériologique, un nombre minimal d'échantillons d'eau prélevés à intervalles réguliers se-lon la fréquence indiquée à ce tableau:

Nombre minimal d'échantillons à

Clientèle desservie prélever

51 à 200 personnes 2 par année

201 à 1 000 personnes 1 par mois

1 001 à 5 000 personnes 4 par mois

5 001 à 100 000 personnes 1 par 1 000 personnes par mois

100 001 personnes et plus 100 par mois + 1 par mois pour

chaque tranche de 10 000 personnes excédant 100 000

Exclusivement une institution 2 par mois

Exclusivement une entreprise 2 par année

Le présent article ne s'applique pas à un système de distribution d'eau desservant uniquement une entreprise à caractère industriel où moins de 25 personnes exécu-tent un travail.

Malgré le premier alinéa, lorsque deux échantillons d'eau sont requis annuellement, ceux-ci doivent être prélevés entre le I " avril et le 30 septembre de chaque année avec un intervalle minimal de 3 mois entre les prélèvements.

14 . Système desservant une institution: Malgré l'article 13, l'exploitant d'un système de distribution d'eau desservant moins de 1 001 personnes doit trans-mettre à un laboratoire accrédité, pour fins de contrôle bactériologique, au moins deux échantillons d'eau par mois dans le cas où ce système dessert une institution.

15 . Contrôle physico-chimique: L'exploitant d'un système de distribution d'eau desservant l'une des clientèles mentionnées au tableau suivant doit trans-mettre annuellement à un laboratoire accrédité, pour fins de contrôle physico-chimique, un nombre minimal d'échantillons d'eau prélevés selon la fréquence indi-quée à ce tableau.

4

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QUALITÉ DF. L'ENVIRONNEMENT - F.AU POTABLF. 10-2. r.4.11*

Clientèle desservie Nombre minimal d'échantillons à prélever

50 personnes ne desservant pas une institution aucun

ou moins desservant une institution un échantillon dans les 3 mois qui suivent l'entrée en

vigueur du règlement et un par 2 ans par la suite 51 à 1 000 personnes

un échantillon dans les 3 mois qui suivent l'entrée en vigueur du règlement et un par 2 ans par la suite

1 001 à 5 000 personnes un par année avec un intervalle de 10 à 14 mois entre 2 prélèvements

5 001 personnes et plus 2 par année avec un intervalle de 4 à 8 mois entre 2 prélèvements

exclusivement une entreprise aucun

IÔ . Rapports d'analyses: L'exploitant d'un système de distribution d'eau doit faire parvenir au directeur régional concerné une copie des rapports d'analyses au plus tard 24 heures après que ces résultats lui aient été communiqués.

Le premier alinéa ne s'applique pas à un système de distribution d'eau desservant uniquement une entre-prise.

SECTION V PRÉLÈVEMENTS ET ANALYSES

17 . Méthodes de prélèvement: Un échantillon d'eau requis aux fins du contrôle analytique prévu à la section IV doit être prélevé dans un contenant stérile, en aval de tout équipement ou dispositif central de traitement de l'eau, mais en amont de tout dispositif individuel de purification ou de traitement, et après avoir laissé couler l'eau pendant au moins cinq minutes.

Dans le cas où on effectue des prélèvements pour fins de contrôle bactériologique, au moins 50 % des échantillons sur une période de 30 jours consécutifs doivent être prélevés aux extrémités du système de distribution d'eau ou au point le plus éloigné du poste de traitement ou de la prise d'eau.

Dans le cas où on effectue des prélèvements pour fins de contrôle physico-chimique, les échantillons doi-vent eue prélevés au robinet d'un consommateur placé dans la partie centrale du réseau de distribution d'eau.

18. Méthodes de conservation et délais d'analyse: Un échantillon d'eau • prélevé pour fins de contrôle bactériologique doit être conservé à la température qu'il avait au moment où le prélèvement a été effectué ou être conservé sur glace jusqu'au moment de l'analyse.

Le délai entre le prélèvement et l'incubation de l'échantillon ne doit pas dépasser 48 heures.

Dans le cas d'une eau qui a subi une chloration, les contenants d'échantillonnage doivent contenir, avant stérilisation et avant prise d'échantillon, une quantité de 100 milligrammes de thiosulfate de sodium par litre d'eau à prélever.

Dans le cas où un échantillon d'eau est destiné à vérifier la conformité par rapport aux normes prévues aux articles 4 à 7, cet échantillon doit être préservé selon les exigences suivantes et analysé à l'intérieur du délai prévu au tableau suivant:

I

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(Q-2, M.l î* QUALITÉ DE L'ENVIRONNEMENT - EAU POTABLE

Paramètre à analyser Contenant

Mode de conservation

Délai ma &ima) entre le prélèvement

de l'échantillon et le début de l'analyse

argent, arsenic, baryum, bore, cadmium, chrome, plomb, sélénium

cp (A ) , epo ( A )

acidification h pH<2 avec HNOa (exempt de contaminant) ajouté lors du prélèvement

6 mois

cyanures cp, epo, cv p H > l 2 avec NaOH ajouté lors du prélèvement. Ajouter du thiosulfate de sodium, s'il y a présence de chlore

24 heures

fluorures cp. epo conservation sur glace 7 jours

mercure bv acidification à pH<2 avec HNÛ3 (exempt de mercure) et 0.05 % de bichromate de potassium ajouté lors du prélèvement

28 jours

nitrites nitrates

cp, epo, cv acidification à pH<2 avec H 2S0 4

ajouté lors du prélèvement

24 heures

turbidité cv conservation sur glace 24 heures

2, 4-D, 2, 4, 5-TP, aldrine et dieldrine, carbaryl, car-bofurane. chlordane. DDT. diazinon, diquat, endrine, époxyde d'heptachlore et heptachlore, lindane méthoxychlore, méthylpa-rathion, paraquat, pa-rathion. toxaphène

br conservation sur glace 24 heures

acide nitrilotri-acétique (NT A )

cp, cv conservation sur glace 24 heures

fénitrothion br conservation sur glace

piclorame br acidification à p H ^ l avec H 2 S0 4

ajouté lors du prélèvement, et conservation sur glace

chloroforme, bromodichlo- cv rométhane, chlorodibromo-méthane, et bromoforme

substances phénoliques cv acidification à p H < 4 avec H j P 0 4 . ajout de 1 g/L de sulfate de cuivre lors du prélèvement et conservation sur glace

4 jours

24 heures

0,008 % de Na2S203 ajouté lors du .prélèvement et conservation sur glace

14.jours

24 heures

6

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QUALITÉ DF. L'ENVIRONNEMENT - F.AU POTABLF. 10-2. r.4.11*

Paramètre d analyser Contenant

Mode de conservation

Délai maximal entre le prélèvement

de l'échantillon el le début de l'analyse

césium - 137 cp acidification à p H < 2 avec HC1 (exempt de tout contaminant ra-dioactif) ajouté lors du prélèvement

30 jours

iode - 131 cp conservation sur glace 8 jours

radium - 226 strontium - 90

cp acidification à p H < 2 avec HNO* (exempt de tout contaminant ra-dioactif) ajouté lors du prélèvement

30 jours

tritium cv conservation sur glace 30 jours

uranium cp acidification à p H < 2 avec HC1 ajouté lors du prélèvement

30 jours

* Signification des sigles afférents aux contenants:

cp: contenant de polyéthylène epo: contenant de polypropylène cp (A ) , epo (A ) : contenant de polyéthylène ou de polypropylène rincé préalablement avec

H N 0 3 18N exempt de contaminant bv: bouteille de verTe dont le bouchon est muni d'une rondelle de teflon et qui est libre de toute trace de

mercure cv: contenant de verre br: bouteille de verre dont le bouchon est muni'd'une rondelle de teflon et qui a été préalablement rincée

avec un solvant organique

D. 1158-84, a. 18:.erratum, ( 1984) G.O. 2. 4333.

S E C T I O N V I G L A C E

1 9 . Glace: Une personne qui produit ou distribue commercialement de la glace pour fins de consomma-tion humaine doit s'assurer que cette glace est faite à partir d'une eau conforme aux normes prévues aux articles 3 à 7, et que la glace elle-même est conforme à ces nonnes.

S E C T I O N V I I SANCTIONS

2 0 . Amendes: Une personne physique ou une corpo-ration qui, contrairement à l'article 45 de la Loi, contrevient aux articles 3 à 8, est passible d'une amende minimale de 300.00 $ et d'une amende maxi-male de 10 000.00 $ dans le cas d'une première infrac-tion, et d'une amende minimale de 600,00 $ et d'une amende maximale de 25 000.00 S dans le cas d'une infraction subséquente.

Une personne physique ou une corporation qui contrevient aux articles 10 à 16 commet une infraction

et est passible d'une amende minimale de 100,00 S et d'une amende maximale de 5 000,00 $ dans le cas d'une première infraction, et d'une amende minimale de 200,00 $ et d'une amende maximale de 10 000.00 S dans le cas d'une infraction subséquente.

S E C T I O N V I I I DISPOSITIONS F INALES

2 1 . Remplacement: Le présent règlement remplace le Règlement sur l'eau de puits, la glace et les aliments (R.R.Q. , 1981, chap. Q-2. r..4).

2 2 . Le présent règlement entre en vigueur le I " juin 1984, sauf l'article 15 qui entrera en vigueur le I " juin 1985.

D. HSX-tU. i I9JÛI G.O. 2. 2123 icll. *4•«*•»!. NMWMI Enuu. i IVtu» G.O. 43.VV

I

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ANNEXE II

Incident de contamination microbienne

de l'eau potable à Laval - été 1986

tiré d'un rapport préparé par R* Bourbonnais

DSC Cité de la Santé

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1

PREAMBULE Ce rapport retrace l'épisode de contamination de l'eau potable

survenu à Laval le 26 mai 1986 originant de travaux de réfection

s ur le réseau d'aqueduc relié à l'usine de filtration de Pont-

Viau. Il décrit en plus la nature des interventions que le DSC a

dû mettre en oeuvre et donne également un aperçu des résultats

obtenus.

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2

IDENTIFICATION DE LA SITUATIOH

1. Nature du problème

Le 26 mai 1986, Ville de Laval informait le DSC que les

résultats d1analyse bactériologique d'échantillons d'eau

prélevés dans le secteur St-Vincent de Paul ne respectaient

plus les normes relatives à la présence de coliformes en

vertu de Règlement sur l'eau potable et que la Ville

aviserait la population de la situation. On attribuait

l'origine de' cet incident à des travaux de réfection et

d1 aménagement•

Le 29 mai 1986, les média lavallois faisaient état de,la

situation avec beaucoup d'emphase et transmettaient des

recommandations d'hygiène à la population concernée. De

plus, quelques Lavallois appelaient au DSC pour avoir de

plus amples informations.

1.1 Secteurs touchés Selon le service de génie de Ville de Laval, il

appert que des travaux effectués à l'usine de

traitement de Pont-Viau (figure 1) avaient engendré une

contamination de l'eau potable dans notamment 4

secteurs desservis par cette usine à savoir les

secteurs de Pont-Viau-Laval-des-Rapides, Duvernay, S t-

Vincent-de-Paul, St-François de telle sorte que 50% des

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• > ' '

H G U K E 1 : Zunes d ' i n l lueutii t i cs u i » i i i l j du traitement d'eau. Ville de Laval.

(Usine de Ste-Rose)

S.R.

L.O

L.S.L. S.D.

Usine de Chomedey

S.F

Secteurs

Usine de Pont-V1au

Zone touchée par la • contamination

: L.S.L. Laval-sur-le-Lac

U O . Laval-Ouest F Fabrevllle S.D. Ste-Dorothée C Chomedey S.R. Ste-Rose L.D.R. Laval-des-Rapides

P.V. Pont-V1au V VImont A Auteull D Duvernay

S.V.P. St-V1ncent de Paul S.F. St-Franço1s

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3

échantillons prélevés dans ces secteurs étaient

contaminés par des bacilles coliformes à des

concentrations variables. Le quartier Chômedey était

également touché mais à un degré beaucoup moindre (10%

de la superficie).

1. 2 Population touchée

On a estimé que près de 70,000 individus habitaient

ces 4 secteurs. C'est une population assez jeune, la

répartition par groupe d'âge est la suivante:

Population des secteurs DUVERNAY,

LAVAL-DES-RAPIDES. ST-FRANCOIS, ET

ST-VINCENT DE PAUL - Prévision 1986

0-19 ans 20-44 ans 45-64 ans 65+ Total

18,663 29,180 16,305 5,335 69,483

1.3 Regroupements d1 individus touchés

Afin de préciser 1 'ampleur éventuelle de 11 incident

et afin de dégager des modalités d'intervention, il

était nécessaire de préciser les lieux qui regroupaient

différents individus et qui reçevaient une eau

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4

contaminée. Les secteurs touchés comportaient donc :

- 26 écoles

- 140 industries dont 45 établissements "aliments

et boissons"; - 10 centres d'accueil

- 15 garderies

1.4 Actions déjà entreprises par Ville de Laval

Dès l ' i d e n t i f i c a t i o n de l ' i n c i d e n t , les

concentrations de chlore ajoutées à l'eau pour fins de

traitement & l'usine de filtration de Pont-Viau ont été

augmentées. Après un délai d'au moins 24 heures, la

population a été avisée par le biais des média de faire

bouillir son eau pendant 5 minutes, puis par le biais

d'une lettre adressée aux résidents des secteurs

contaminés•

De plus, un responsable des mesures d'urgence de Ville de Laval a pris contact avec les 26 écol es touchées et les a alimentées en eau embouteillée.

Par ailleurs, les dosages de coliformes dans l'eau

potable ont été effectués au moins à tous les matins et

il semblait se produire une résolution progressive de

l'incident; i.e. une diminution progressive des taux

de coliformes, et même de façon plus accélérée

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5

qu'initialement prévue (prévision initiale de la durée

de 11 incident : 7 à 10 jours).

Implication du département de santé communautaire

L'implication du DSC face à cet incident a porté sur 4

volets :

- information de la population

- information des professionnels de la santé

- contrôle de l'environnement

- surveillance et évaluation

2.1 Information de la population

Le DSC s'est assuré que la population susceptible

d'être en contact avec une eau contaminée avait été

informée de la situation. Ville de Laval était

responsable de ce mandat qu'elle a acc omp1i avec un

certain délai (environ 4 jours).

Le DSC a aussi avisé de s organisations regroupant

plusieurs individus susceptibles telles certaines

g a r d e r i e s , c e r t a i n s centres d ' a c c u e i l , les

é t ab 1 is semen t s au sens de la Loi s u r la santé et la

sécurité du travail (notamment ceux du secteur

industriel "aliments et boissons").

2.2 Information des professionnels de la santé

Le DSC a contacté les médecins du territoire pour

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6

les informer d'une hausse possible dans les taux de

consultations pour malaises gastro-intestinaux (type

gastro-intérite) due à cet incident.

D1 autres prof ess ionnels du C. H. ont également été

avisés (centre de jour, urgence, cliniques externes).

i 2.3 Contrôle de l'environnement

__ Le DSC s'est s'assuré que des mesures de contrôle de

1 ' environnement soient instaurées par la Ville# telles

,- l'ajustement des taux de chlore résiduel dans l'eau

~ potable et.ce, à des niveaux ne mettant pas en péril la

santé publique.

n

3.

(1) sous la responsabilité de la Ville

2.4 Surveillance et évaluation

Le DSC a suivi de près l'évolution de l'incident

avec un monitoring quotidien ( d des taux de coliformes

dans l'eau potable provenant des secteurs contaminés.

Plan d'intervent ion et résultats

Avant d'en arriver concrètement au plan d'intervention

face à l'incident de l'usine de traitement de Pont-Viau,

certaines précisions s 'imposent.

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7

En effet, Ville de lavai dispose d 1un protocole de

"mesures d' urgences municipales'1 • Dans ce protocole, le DSC

était peu présent sinon absent. Toutefois, une rencontre

p r é 1 i m i n a i r e a.v ec l e s r e s p o n s a b l e s de 1 a

préparation/application de ce protocole et des représentants

du C.H. et du DSC avait eu lieu quelques jours auparavant

afin de clarifier le rôle du C.H. et du DSC. Les

recommandations faisant suite à cette rencontre ne semblent

pas avoir été appliquées dans l'incident présent.

Néanmoins, le responsable des mesures d'urgences de Ville de

Laval a été contacté et a semblé très satisfait de noter un

désir de complémentarité de la part du DSC dans ce type de

si tuat ion "d'urgence".

Un plan d'intervention (tableau 1) a été élaboré par le

D SC le 29 mai 19 8 6 après avoir obtenu les informations

minimales pertinentes au dossier de Ville de Laval. Les

résultats qui y sont présentés couvrent la période se

terminant le 16 juin 1986.

4. Suivi de l'incident 4.1 Vent de panique dans certains services du C.H.

Certains responsables de services se sont demandés

si Cité de la Santé était concerné par la contamination

d'eau potable; il n'était pas évident, en effet, que le

C.H. ne dépendait pas de l'usine de filtration de Pont-

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1

TABLEAU 1: PL AW D'INTERVENTION ET RESULTATS

NATURE DE L'INTERVENTION IMPORTANCE DE L'INTERVENTION

DANS LE CONTEXTE ACTUa RESPONSABLE (S) RESULTATS OBTENUS COMMENTAIRES NATURE DE L'INTERVENTION OBLIGATOIRE OPTIONNELLE

1. Information S la po-pulation

1.1) Dans les média + - Vi l l e de Level Le 29 m1 1986» message diffusé a le radio et nédla locaux écr i ts et l e t -t re c i rcu la i re aux résld nts.

Pourrait être renforcée et améliorée.

1.2) Sur appel au DSC (réceptionniste) + - DSC (RB) Information transmise

1.3) A certains groupes

1.3.1) écoles/restau-rants + - Vi l le de Laval Information donnée» le 29 «al 1986

1.3.2) C.A.H./garde-rles/CLSC - DSC (SC) Information donnée par téléphone Les CLSC Impliqués ont

collaboré S cette trans-mission d'Information.

1.3.3) Etablissements Industriels autres qu 'é l i -sants et bols-sons. DSC (IC) • 2 CLSC

1.3.4) «AUnents et bolssonss. + DSC (IC) • 2 CLSC Information transatse le 30 rai 1986 Avis dif férents fa i re

b o u i l l i r l 'eau entre DSC et V i l l e de Laval » (Temps d'ébu U l t l o n ) .

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TABLEAU PLAN D'INTERVENTION ET RESULTATS

NATURE DE L'INTERVENTION IMPORTANCE OC L'INTERVENTION

DANS LE CONTEXTE ACTUEL OBLIGATOIRE OPTIONNELLE

RESPONSABLE (S) RESULTATS OBTENUS COMMENTAIRES

2. Information aux Pro-tê ts tonnait

2.1) Aux «édeclns

2.2) Aux professionnels du C.H.

3. Contrôle de l 'env l ' ronncacnt

4. Monitoring t ïon

4.1) Monitoring

4.2) Evaluation

et évalua-

DSC (VD)

DSC (RB)

DSC (RB)

DSC (RB et VD)

OSC (RB, VD et SC)

Lettre c i rcu la i re envoyée aux aédeclns de Laval le 1er Juin 1986.

Lettre c i rcu la i re envoyée aux respon-sables administratifs et chefs de dé-parteaent cl inique le 30 «al 1886.

Données fournies verbalewnt par V i l l e de Laval (chlore résiduel) le 4 ju in 1986.

Données obtenues verbalement (environ 2 semaines après l ' Inc iden t ) .

Aucun cas de aaladles ou •alaises gastro-Intest i-naux n'4 été rapporté au 08/86.

Contenu portant sur l 'ex ls-tance de l ' Incident et non sur les procédures applicables au C.H. dans un te l cas.

Aucune donnée écrite ne nous est parvenue Jus-qu ' l Maintenant.

Idea - aucune données écr i tes.

A fa i re ou I compléter,

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8

Vi au , Après v é r i f i c a t i o n , nous savions que

l'approvisionnement en eau potable de Cité de la Santé

dépendait de l'usine de Ste-Rose. Cité de la Santé

n'était donc pas touché e par 11 eau contaminée; Une

lettre circulaire fut envoyée pour . informer le'

personnel qui ignorait cela.

4.2 Cas d'infection gastro-intestinale chez les résidents

d'un Centre d'accueil à Chomedey

Pendant cette période, une épidémie de gastro-

entérite est survenue dans un Centre d'accueil du

quartier Chomedey. Les autorités sanitaires de

l'endroit y ont vu une relation directe de cause à

effet entre l'incident de l'usine de filtration de

Pont-Viau et l'éclosion de ces cas.

Or après vérification, on savait que 1'établissement

concerné obtenait son approvisionnement en eau potable

de 1'usine de filtration de Chomedey. La cause de ces

cas de malaises gastro-intest inaux ne dépendait donc

aucunement de 1'eau contaminée à 1'usine de Pont-Viau•

4.3 L'eau redevenue potable sauf que...

Le 4 juin, Ville de Laval émettait un communiqué

informant les résidents de St-Vincent-de-Paul, de Pont-

Viau - Laval-des-Rapides et de Duvernay que leur eau

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9

était redevenue potable. Néanmoins, les résidents de

St-François devaient continuer à faire bouillir leur

eau pendant encore une semaine. Le 12 juin l'incident

était clos. Sauf que...

Le 18 juillet, le DSC était à nouveau informé par la

Ville que l'analyse des prélèvements quotidiens dans le

réseau d'aqueduc de Laval indiquait une détérioration

de la qualité de l'eau dans le secteur St-Vincent-de-

p au 1 s i t u€ à l'est de l'autoroute 25; les premiers

rapports hors normes dataient du 24 juin 1986 ... Un

deuxième incident assez semblable au premier se

déclarait donc en l'espace d'un mois.

5. Conclusion et recommandations

Ce rapport laisse à penser (et avec raison) qu'il existe

certaines lacunes importantes à corriger dans la gestion

d ' une telle situation d.'urgence. Les événements survenus au

cours de cet incident, surtout en ce qui concerne les délais

très longs dans la transmission de l'information à la

population et au DSC, démontrent l'importance d'une

collaboration étroite et soutenue entre les différentes

instances impliquées (Ville de Laval, DSC, MENVIQ, médecins,

etc.) dans une action de protection de la santé publique.

De même l'obtention de l'information précise sur les

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10

résultats des analyses microbiologiques des échantillons

d'eau prélevés par les laboratoires de la Ville au début et

durant la période entière de l'incident est nécessaire au

DSC afin de lui permettre de juger de la gravité et du

risque encouru par la population. Ceci s'applique

également aux données quantitatives en chlore résiduel dans

l'eau traitée durant cette même période.

Enfin, ce rapport tend à démontrer l'importance d'une

préparation adéquate et d'une organisation efficace et

souple pour le D S C face à ce type d'incident sur ce

territoire, notamment en ce qui concerne la mise en place de

"sentinelles sani tai re s" et, plus globalement, d'un réseau

d1 informateurs-clés•

RECOMMANDATXOSS De ces considérations, nous pouvons tirer certaines

recommandations qui nous.paraissent les plus importantes dans le

contexte actuel lavallois entourant l'événement:

1. Que Ville de Laval et le DSC s'entendent sur un partage des

r e s p o n s a b i l i t é s sanitaires et sur un protocole

d'intervention lorsque les analyses microbiologique's de

l'eau potable indiquent un résultat hors normes mettant en

danger la santé de la population.

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1 1

\ .

Que le DSC en arrive à un protocole d1entente avec Ville de

Laval sur la transmission des informations et sur les moyens

à prévilégier pour que les parties prennent connaissance des

données pertinentes existantes de part et d'autre pour une

gestion adéquate des interventions conjointes dans un tel

cas (connaissance des causes).

Que le DSC étudie la pertinence de mettre en place un réseau

d1informateurs-clés de données sanitaires sur son territoire lorsque se produit un tel événement (connaissance des

effets).

Que le DSC se dote d'outils efficaces (cartes, listes, etc.)

pour lui permettre d'étudier, d'analyser, de juger et de

décider sur des mesures à mettre en oeuvre pour protéger la

santé publique et qu'il prenne les moyens nécessaires pour

renseigner le plus adéquatement possible la population lors

de tels événements*

Que le DSC envisage de discuter avec les CLSC d'une plus

grande implication de leur part lors d'incident de cette

nature et de situer avec eux leurs responsabilités dans la

gestion de tels problèmes.

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AHHEXE III

Les étapes du traitement de 1'eau potable

r i i \ ;

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v ^ ^ ^ s é t a p e s d i r t r a i t e m e n t

te®^ .. d e l ' e a u p o t a b l e . ....

1. l'eau est acheminée vers l'usine de filtration. 2. Les particules grossières sont retenues par te tamis. X l'eau à laquelle on o ajouté des produits cnimtques est agitée pour obtenir un mélange homo-gène. 4. Un ûrassage lent permet aux particules ae s'agglomérer pour en former de plus grosses appelées floc. 5. Le floc se depose au fond du Dassin et est évacué périodiquement. 6. Diffé-rents filtres interceptent les particules qui ne l'ont pas encore été. 7. La désinfection est effeciuee à l'aide de plusiéurs produits, dont le cnlore. Ô.'L'eau traitée est emmagasinée.

Tiré de: Henrichon, P., Gôdon, P., Searle, J. L'eau potable: peut voir clair? Protégez-vous, mai 1986.

-on y

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ÀHHBXB IV

Etiologie et aymptomatologie des maladies

transmises par 1'eau potable

i '

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QUELQUES MALADIES INFECTIEUSES TRANSMISSIBLES PAR L'EAU DE CONSOMMATION

MALADIE AGENT

ETIOLOGIQUE PERIODE D'INCUBA-

TION

SIGNES ET SYMPTOMES AUTRES HOTE(S)

NOTES EPIDEMIOLOGIQUES MALADIE

AGENT ETIOLOGIQUE

PERIODE D'INCUBA-

TION NAUSEES VOMIS-

SEMENTS DIAR-RHEE

CRAMPES FRISSONS FIEVRE

AUTRES HOTE(S) NOTES

EPIDEMIOLOGIQUES

GASTRO-ENTERITE PAR CAMPY-LOBACTER

Campylobactei jejuni

Habituelle-ment: 3 à 5 jours (de 1 à 10 jours)

+ + + + + Malaise, (Sang dans les selles) (Méningite rare)

Animaux do-mestiques ou sauvages volaille, cochons, bétail, moutons, chien,chat

Eaux contaminées par selles humaines ou animales. Aussi aliments contaminés ou, contacts avec personnes infectées.

YERSINIOSE Yersinia enterolitica ou pseudo-tuberculosis

3 1 7 jours (moins de 10 jours)

+ + . + + + Céphalée» pharyngite, arthrite ulcérations cutanées, êrythème noueux» septicémie, lympha-dénite nésenté-rique

Animaux, surtout (Humain) (Oiseaux, poissons)

Eaux contaminées flar des selles humaines ou animales.' Contact ou aliments contaminés.

GIARDIASE Giardia lamblia

Habituelle-ment : 2 semaines 1 à 6 sem.

+ + ksymptôma-tique ou iiarrhée chronique, stéatorhée flatulence, selles mal-odorantes perte de poids malabsorp-tion

Humain» Animal: castor et autres animaux sauvages.

Eaux contaminées par des selles contenant des kystes. Egalement par contact direct et parfois dans les aliments contaminés.

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QUELQUES MALADIES INFECTIEUSES TRANSMISSIBLES PAR L'EAU DE CONSOMMATION

AGENT ETIOLOGIQUE

SIGNES ET SYMPTOMES NOTES MALADIE

AGENT ETIOLOGIQUE

PERIODE D'INCUBA-

TION NAUSEES VOMIS-

SEMENTS DIAR-RHEE

CRAMPES FRISSONS FIEVRE

AUTRES HOTE(S) EPIDEMIOLOGIQUES

SHIGELLOSE Shigella Habituelle- + + + + + Diarrhée Humain Eaux contaminées par flexneri, ment: sanglante (simien) des selles humaines. dysentériae, sonnei ou boydie

1 à 3 jours (de 1 à 7 jours)

ou puru-lente

Par contact ou aliments contaminés également.

GASTRO-ENTERITE VIRALE

Virus enté-riques: Echovirus Coxsackie A2B

3 à 5 jours + + • + + Symptômes respira-toires

Humain

Réovirus Adenovirus Rotavirus 1 à 3 jours + + + + + Humain

GASTRO- Habituelle- + + + + + Myalgie, Humain Les enquêtes épidémlolo-ENTERITE ment: (peu) céphalée, giques tendent à dé-VIRALE EPIDEMIQUE DE NORWALK

24-48 hres (de 10 à 51 heures)

malaises; bénin: dure 24-48 heures

montrer une transmission probable par l'eau de consommation contaminée.

DYSENTERIE AMIBIENNE (Amibiase)

Entamoeba hystolitica (parasite)

Variable Habituelle-

+ + + Constipa-tion possi-ble ou sel-les diar-rhéiques sanglantes Dissémina-tion possi-ble extra-intestinale

Humain, (porteurs de kystes)

Eaux contaminées par les selles de porteurs chroniques ou assympto-matiques (Voyageurs) contacts directs -Aliments contaminés -Mouches.

DYSENTERIE AMIBIENNE (Amibiase)

Entamoeba hystolitica (parasite) ment:

Constipa-tion possi-ble ou sel-les diar-rhéiques sanglantes Dissémina-tion possi-ble extra-intestinale

Humain, (porteurs de kystes)

Eaux contaminées par les selles de porteurs chroniques ou assympto-matiques (Voyageurs) contacts directs -Aliments contaminés -Mouches.

2 à 4 se-maines (de quelques jours à plu-sieurs mois ou an)

Constipa-tion possi-ble ou sel-les diar-rhéiques sanglantes Dissémina-tion possi-ble extra-intestinale

Eaux contaminées par les selles de porteurs chroniques ou assympto-matiques (Voyageurs) contacts directs -Aliments contaminés -Mouches.

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QUELQUES MALADIES INFECTIEUSES TRANSMISSIBLES PAR L'EAU DE CONSOMMATION

MALADIE AGENT

ETIOLOGIQUE PERIODE

D1INCUBATION SIGNES ET SYMPTÔMES

AUTRES HOTE(S) NOTES .

EPIDEMIOLOGIQUES MALADIE AGENT

ETIOLOGIQUE PERIODE

D1INCUBATION NAUSEES VOMIS-SEMENTS

DIAR-RHEE

CRAMPES FRISSONS FIEVRE

AUTRES HOTE(S) NOTES .

EPIDEMIOLOGIQUES

GASTRO-ENTERITE A E. COLI PATHOGENE

Sources entérotoxi-gènes de E. Coli

12-72 hres. + + + + + Céphalée (Déshydra-tation)

Humain Eaux contaminées par des selles humaines. Tourista des voyageurs. Les jeunes enfants sont particulière-ment susceptibles. Egalement transmissible par contact, ou aliments contaminés.

SALMONEL-LOSE

Salmonella de divers serotypes

Habituel-lement : 12 a 36 hres

(de 6 à 72 hres.)

+ + + + Malaises généraux (Déshydra-tation)

Humain, ou animal, domestique ou sauvage volaille, chiens, chats, tortues, vaches, cochons

Eaux contaminées par selles humaines ou animales. Egalement par contact ou aliments contaminés.

*

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QUELQUES MALADIES INFECTIEUSES TRANSMISSIBLES PAR L'EAU DE CONSOMMATION

MALADIE AGENT

ETIOLOGIQUE SIGNES ET SYMPTOMES

AUTRES HOTE(S) NOTES

EPIDEMIOLOGIQUES MALADIE AGENT

ETIOLOGIQUE PERIODE D'INCUBA-

TION NAUSEES VOMIS-

SEMENTS DIAR-RHEE

CRAMPES FRISSONS FIEVRE

AUTRES HOTE(S) NOTES

EPIDEMIOLOGIQUES

FIEVRE THYPHOÏDE

Salmonella thypi.

1 à 3 sem. i

+ Généra- Humain (surtout porteurs chroniques)

Eaux contaminées par selles humaines (malades ou porteurs chroniques) (contact direct ou aliments)

FIEVRE THYPHOÏDE

Salmonella thypi.

1 à 3 sem. i

+ lisée:

Humain (surtout porteurs chroniques)

Eaux contaminées par selles humaines (malades ou porteurs chroniques) (contact direct ou aliments)

FIEVRE THYPHOÏDE

Salmonella thypi.

1 à 3 sem. i

+

Céphalée, anorexie, splénomé-galie, rash, toux, constipa-tion, lymph-adénite

Humain (surtout porteurs chroniques)

Eaux contaminées par selles humaines (malades ou porteurs chroniques) (contact direct ou aliments)

HEPATITE A Virus de l'hépatite A.

Habituelle- + + + Malaise, anorexie, jaunisse.

Humain (Chimpan-zés)

Eaux contaminées par des selles humaines. (Contact direct ou aliments).

HEPATITE A Virus de l'hépatite A.

ment: 28 à 30 jours (de 15 à 50 jours)

+ + + Malaise, anorexie, jaunisse.

Humain (Chimpan-zés)

Eaux contaminées par des selles humaines. (Contact direct ou aliments).

Tiré de: 1) Benenson A.S. Control of Communicable Diseases in Man. Am. Pub. Health Assoc., Washington D.C., 14th edition 1985.

2) Byran F. et al. Procedures to Investigate Waterborne Illness. Int'l Assoc. of Milk , Food and Environmental Sanitarians Inc. Ames, Iowa 1979.

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ANNEXE V

Rapport mensuel sur la qualité bactériologique

des aqueducs traités hors normes à Laval provenant du MENVIQ

(explications et commentaires)

par

R. Bourbonnais

DSC r- Cité de la Santé

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1

EXPLICATIONS ET COMMKHTAIRE S

N.B. On se référera aux chiffres l à 10 encerclés

apparaissant sur le rapport d'analyse en annexe•

1 Ce rapport provient directem en t du Ministère de

l1environnement du Québec (MENVIQ) à Québec (Direction

générale du contrôle de l'eau potable); ce n'est cependant

pas les laboratoires du MENVIQ qui ont effectué les analyses

mais le laboratoire de l'usine de filtration de Ste-Rose à

Laval qui est accrédité à cette fin par le MENVIQ.

Le processus est le suivant: Par règlement, Ville de Laval

(qui exploite son propre réseau d'aqueduc) a l'obligation

d ' e f f e c t u e r un c e r t a i n nombre d'analyses d'eau

mensuellement. La Ville a donc mandaté l'usine de

filtration de Ste-Rose pour s'occuper de l'échantillonnage,

de l'analyse et de la transmission des résultats via son

laboratoire interne. Tous les résultats sont transmis au

MENVIQ^ Direction régionale de Montréal, qui exerce un

con trôle sur la qualité des anal y se s et les achemine à

Québec à la Direction générale du contrôle. La Direction

générale, par directive interne, envoie au DSC une copie

d'un rapport dans les seuls cas où il y a dépassement des

normes prescrites par règlement.

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2

Le DSC ne reçoit pas tous les relevés mensuels d'analyse,

mais seulement ceux qui contiennent un ou des résultats qui

dépassent les normes*

2 II s'agit ici d'un rapport sur la qualité bactériologique et

non phys ico-chimique.

L'expression "aqueducs traités" signifie que l'eau de

consommation a été chlorée à l'usine de filtration (il en

existe plusieurs à Laval).

Le terme "hors normes" se réfère au Règlement sur l'eau

potable. Dans le contexte que nous préoccupe ici, cela veut

dire essentiellement :

a) qu'au mo ins 90% des échantillons d'eau doivent être

exempts de toutes bactéries coliformes et aucun

échantillon ne doit contenir au total plus de 10

bactéries coliformes par 100 ml d'eau, dans le cas où

plus de 10 échantillons sont prélevés sur une période

de 30 jours consécutifs;, (un résultat qui ne rencontre

pas ce critère' est considéré "hors normes");

b) que pas plus d'un échantillon ne doit contenir de

bactéries coliformes et cet échantillon ne doit pas

contenir au total plus de 10 bactéries coliformes par

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100 ml d'eau, dans le cas où 10 échantillons ou moins

sont prélevés sur une période de 30 jours consécutifs

(un résultat qui ne rencontre pas . ce critère est

considéré "hors normes").

Ce rapport concerne uniquement un seul exploitant de réseau

d'aqueducs, en l'occurence Ville de Laval. Il existe trois

autres exploitants de réseau d'aqueducs à Laval. Ces

exploitants ne desservent qu'un millier de personnes

environ; c'est Ville de Laval qui dessert donc la quasi

totalité de sa population en eau potable avec son propre

réseau d'àquedues.

Les résultats apparaissant aux rapports sont toujours, en ce

qui concerne Laval, enregis très sur une base mensuelle.

Le délai de transmission des résultats des analyses est

variable: par règlement, il est prévu qu'au plus tard 24

heures après avoir reçu les rapports d ' a n a l y s e s ,

l'exploitant doit en transmettre une copie à la direction

régionale du MENVIQ; or le délai entre la prise de

l'échantillon et le résultat d'analyse du laboratoire est

d'environ 24 heures; il s'est donc passé 2 jours entre le

moment d'une "contamination" éventuelle et la connaissance

par 1'exploitant de cette contamination.

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4

Il est bien évident que les rapports du MENVIQ (tels qu'ils

apparaissent dans ce présent document) ne sont acheminés au

DSC que plusieurs mois après les dates d'analyses.

5 La fréquen ce mensuelle ( f req mens.) i nd i que le nombre

minimal d'échantillons à prélever pour fins d'analyse; par

règlement, Ville de Laval doit prélever 117 échantillons

mensuellement et les faire analyser par un laboratoire

accrédité par le MENVIQ.Elle peut en prélever davantage

mais, en aucun moment, le nombre de prélèvements devra être

inférieur à 117 (la fréquence est calculée à partir du

nombre de personnes desservies)•

6 Les échantillons rejetés (éch. rej.) sont ceux qui, pour une

raison ou une autre, n'ont pas été analysés ou dont les

résultats ne sont pas valides.

7 Les échantillons analysés (éch. anal.) représentent le

nombre total d'échantillons qui a été analysé et dont les

résultats ont été confirmés par un microbiologiste attitré

du laboratoire accrédité. Ici 144 échantillons ont été

analysés ce qui est au-delà du nombre minimal exigé (117).

Il y a eu en tout 146 échantillons prélevés durant le mois

de juillet 1985.

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8 Le nombre de relevés par groupe de coli formes indique que

pour le mois de juillet 1985, 133 échantillons sur .144 sont

exempts de bactéries coliformes (92%) tandis que 3

échantillons contiennent chacun plus de 10 bactéries

coliformes par 100 ml ce qui constitue un résultat hors

normes »

9 Le cumulatif des 7 premiers mois de l'année 1985 , nous

renseigne sur le nombre total d'échantillons rejetés et

analysés ainsi que le nomb re de relevés par groupe de

co1i formes depuis le début de 1'année•

10 II est particulièrement intéressant de remarquer que depuis

janvier 1985, c'est la première fois que nous observons des

résultats hors normes et que ces résultats sont apparus

durant l'été. Ce constat coïncide avec certains travaux de

génie public effectués par Ville de Laval durant cette

période* Aucun résultat hors normes n'a été porté à

l'attention du DSC par la suite.

juillet 1986 t

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AHNEXK VI

Aide-mémoire pour une intervention en cas

de contamination de 11 eau potable

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LBS STAPES D'UNE INTERVENTION

A) Les Préalables

Nomination d'un responsable au DSC

Entente entre partenaires

- Connaissance du réseau de distribution et des procédés

de purification

Connaissance des normes

Connaissance des risques à la santé

Liste des groupes à risque

- Aspects d'enquête

B) Réception de l ' a v i s de non conformité

C) L1 intervention

Evaluation de la nature du problème T

Recherche des actions déjà entreprises*

Répartition des tâches

- Information auprès des groupes à risque

Information auprès des professionnels de la santé

Analyses supplémentaires

- Mon i toring méd ico-environnementa1

Suivi de la situation

D) L'évaluation

Rédaction d'un rapport

Recommandations

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P 3893 ex.2 André, D et al.

La_ contamination microbienne de l'eau potable: un guide d1 intervene tigp-a-L1 jintÙ

DATE f NOM

P 3893 ex.2