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Les secrets des sorciers modernes

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Page 1: Les secrets des sorciers modernes
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R o g e r VAISAN

Né à Mâcon en 1909, Roger Vaisan se passionne pour la prestidigitation dès son plus jeune âge. Il étudie ensuite l 'occultisme dans le b u t de lui arracher ses secrets.

Esprit curieux et intrépide, il pénètre profondément dans les cercles occultes. Ce n 'est qu'après des recherches très poussées et très longues, appuyées sur des faits et sur une solide documenta-

tion, qu'il lui est maintenant possible de faire d'aussi stupéfiantes révélations.

Il accomplit ainsi une œuvre saine en démêlant des supercheries dont les résultats sont plus graves que certains ne le croient.

En engageant une lu t te à mor t avec TOUS les exploiteurs de la crédulité publique, il ne craint pas les polémiques et procès dont son ouvrage pourra être l 'objet.

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R O G E R V A I S A N

LES SECRETS DES

SORCIERS MODERNES

PUBLIÉ SOUS LE PATRONAGE

DE L'OFFICE FRANÇAIS D'INFORMATIONS CULTURELLES ET SOCIALES

PARIS

ÉDITIONS AIMÉ BRACHET 33, R U E M O L I È R E

L Y O N

Page 8: Les secrets des sorciers modernes

I L A É T É T I R É D E C E T

OUVRAGE CENT EXEMPLAIRES

S U R P U R F I L L A F U M A, N U M É R O T É S DE 1 A C E N T .

C O N S T I T U A N T

L ' É D I T I O N O R I G I N A L E

Copyright by, Editions Aimé Brachet, 1956

Tous droits de reproduction, de traduction

et d'adaptation réservés pour tous pays.

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AVANT-PROPOS

" L'occultisme sera la science du vingtième siècle. "

A. de ROCHAS

Q u e n o t r e é p o q u e s o i t c e l l e d u p r o g r è s m a t é r i e l , n u l

n e le c o n t e s t e . M a i s n ' e s t - e l l e p a s a u s s i c e l l e o ù l ' i n q u i é -

t u d e h u m a i n e e n t r e t i e n t l a s u p e r s t i t i o n , e t o ù n o m b r e

d ' e s p r i t s s o n t r e s t é s l a m e n t a b l e m e n t à l ' é c a r t d e l a m a r - c h e a s c e n d a n t e d e l a s c i e n c e ?

L e s s i g n i f i c a t i o n s a t t a c h é e s a u g u i , a u t r è f l e à

q u a t r e f e u i l l e s , a u x é t o i l e s f i l a n t e s , a u c h a t n o i r , a u c r o a s s e m e n t d e s c o r b e a u x , e tc . . . n e c o n s t i t u e n t - e l l e s p a s

d e s é l é m e n t s p a r a s i t a i r e s i n f é r i e u r s q u i r o n g e n t n o s s o c i é t é s c i v i l i s é e s ?

E n m a i 1906 , à L o n d r e s , s e t e n a i t l e « C o n g r è s d e s

P r o p h è t e s ». L a m a j o r i t é d e s e s m e m b r e s p r é v o y a i t l a

f i n d u m o n d e à l a d a t e d u 9 a v r i l 1931 . P e n d a n t v i n g t -

c i n q a n s , c e r t a i n e s p e r s o n n e s s u p e r s t i t i e u s e s v é c u r e n t d a n s l ' a n g o i s s e . . .

A v a n t g u e r r e , l e s t r o i s g r a n d s m a g e s m o d e r n e s d e

l ' é p o q u e e x p é d i a i e n t d e s h o r o s c o p e s e n q u a n t i t é i n d u s - t r i e l l e ( p l u s d e t r o i s m i l l i o n s e n 1 9 3 6 ) .

P l u s q u e j a m a i s le m y s t è r e , l e f a u x m y s t è r e a t t i r e

e t f a s c i n e . E n 1 9 1 2 l a b i b l i o g r a p h i e d e l ' o c c u l t i s m e

c o m p t a i t e n v i r o n 2 0 . 0 0 0 o u v r a g e s ; e l l e s ' é l e v a i t e n 1954

à 5 0 . 0 0 0 v o l u m e s , s a n s c o m p t e r l e s f e u i l l e s h a b i t u e l - l e m e n t d é v o u é e s a u x c a r t o m a n c i e n n e s , c h i r o m a n c i e n -

n e s , a s t r o l o g u e s , s p i r i t e s , c r é a t e u r s d e r e l i g i o n s a r t i f i - c i e l l e s , e tc . . .

Page 12: Les secrets des sorciers modernes

J a m a i s le m a l n ' a a t t e i n t l ' a m p l e u r q u ' i l r e v ê t

a u j o u r d ' h u i . J a m a i s le v e n t d e f o l i e n ' a s o u f f l é a u s s i

f o r t s u r l e m o n d e . A l o r s q u e d e p u i s s a n t s a v i o n s f r a n - c h i s s e n t l e m u r d u s o n , q u e l ' é n e r g i e a t o m i q u e v a ê t r e

a s s e r v i e p o u r a m é l i o r e r — o n p e u t l ' e s p é r e r — n o s c o n d i t i o n s d ' e x i s t e n c e , i l e x i s t e u n m o n d e o c c u l t e o ù

g r o u i l l e n t d ' a f f r e u x « p r o p h è t e s » q u i v i v e n t p r i n c i è r e - m e n t d e l a s o t t i s e h u m a i n e .

D e s é v è r e s c e n s e u r s s o n t s o u v e n t h e u r e u x d e l e u r

t e n d r e l a m a i n , n o n s e u l e m e n t p o u r l a s e r r e r , m a i s a u s s i p o u r l ' e x a m i n e r . . .

I l y a , c e r t e s , l e s a r t i c l e s 405 , 5 7 9 e t 481 d u C o d e

p é n a l , q u i p r é v o i e n t d e s s a n c t i o n s p o u r c e u x q u i t e n -

t e n t d e s ' a p p r o p r i e r d u b i e n d ' a u t r u i e t « q u i f o n t m é -

t i e r d e d e v i n e r e t d e p r o n o s t i q u e r ». M a i s , p r a t i q u e -

m e n t , l e s d i s p o s i t i o n s d u C o d e n e s o n t a p p l i q u é e s q u e l o r s q u ' u n e p l a i n t e a é t é d é p o s é e c o n t r e l e s d e v i n s e t

c o m m e le p u b l i c a i m e à ê t r e t r o m p é , i l s ' e s t i m e t o u - j o u r s s a t i s f a i t d ' a v o i r c o n s u l t é l e s « d i s e u s e s d e b o n n e a v e n t u r e ».. .

L a l o i p u n i t s é v è r e m e n t l e s t r a f i q u a n t s d e s t u p é -

f i a n t s q u i e m p o i s o n n e n t le c o r p s ; e l l e e s t s i n g u l i è r e -

m e n t i n d u l g e n t e p o u r c e u x q u i e m p o i s o n n e n t l ' e s p r i t .

O h ! C e r t e s ; n o u s n e d e m a n d o n s p a s d e r e v e n i r à c e r t a i n e s m e s u r e s d r a c o n i e n n e s e n v i g u e u r d a n s l e s

s i è c l e s p a s s é s . T o u t l e m o n d e s a i t q u ' a u M o y e n - A g e , l e s

s o r c i e r s é t a i e n t b r û l é s v i f s e n F r a n c e , m a i s b i e n d e s p e r s o n n e s i g n o r e n t q u ' u n é d i t , p u b l i é p a r le P a r l e m e n t

a n g l a i s e n 1 7 7 0 f a i s a i t e n c o u r i r « l e s p e i n e s é t a b l i e s p a r l a l o i a c t u e l l e m e n t e n v i g u e u r c o n t r e l a s o r c e l l e r i e e t

a u t r e s m a n o e u v r e s » à t o u t e f e m m e q u i t r o m p a i t e t

s é d u i s a i t à l ' a i d e « d e f a u x c h e v e u x o u c r ê p o n s , b u s e s

d ' a c i e r , p a n i e r s , s o u l i e r s à t a l o n s e t f a u s s e s h a n c h e s »... L e m o t « s o r c e l l e r i e » a , d ' a i l l e u r s , u n s e n s t r è s

é t e n d u : l a p r e s s e n ' a - t - e l l e p a s r a p p o r t é r é c e m m e n t

q u ' u n c h e f d ' o r c h e s t r e r é a l i s a i t c h a q u e s o i r u n a c t e d e « s o r c e l l e r i e » e n t r a n s p o r t a n t d ' e n t h o u s i a s m e d e u x

m i l l e s p e c t a t e u r s p a r i s i e n s : i l l e s f a i s a i t « s a u t e r e n c a d e n c e s u r l e u r f a u t e u i l e t h u r l e r d e c o n t e n t e m e n t » !

Page 13: Les secrets des sorciers modernes

D a n s n o i r e e s p r i t u n s o r c i e r m o d e r n e c ' e s t c e l u i q u i s a u r a a d r o i t e m e n t e x p l o i t e r c e r t a i n s f a i t s o u c e r t a i n e s

s i t u a t i o n s p o u r e n t i r e r u n p r o f i t p e r s o n n e l . N o u s

a u r o n s c e p e n d a n t s o i n d e s é p a r e r le b o n g r a i n d e

l ' i v r a i e . L ' e x p r e s s i o n « s c i e n c e s o c c u l t e s » e l l e - m ê m e

e s t a s s e z i m p r é c i s e : l e s a c q u i s i t i o n s s c i e n t i f i q u e s o n t

n o n s e u l e m e n t p r o v o q u é d e s c h a n g e m e n t s d e n o m s , m a i s d e s a l u t a i r e s r e d r e s s e m e n t s .

A i n s i , l ' a l c h i m i e e s t d e v e n u e l a c h i m i e ; l ' a s t r o l o g i e s ' e s t o r i e n t é e v e r s l ' a s t r o n o m i e ; l a c h i r o m a n c i e a s o u -

v e n t c é d é s a p l a c e à l a c h i r o s c o p i e : l a b a g u e t t e d i v i -

n a t o i r e a é t é s a i s i e p a r l e r a d i e s t h é s i s t e e t l a p a r a p s y -

c h o l o g i e a d i s c i p l i n é l a p s y c h o l o g i e o c c u l t e .

L e s n o m s o n t c h a n g é , m a i s l ' a m o u r d u m e r v e i l l e u x

n e d i m i n u e p a s p o u r a u t a n t . S o u s l e s e f f o r t s d e l a

s c i e n c e , l e s f r o n t i è r e s d e l ' o c c u l t i s m e r e c u l e n t , m a i s s u r

le t e r r a i n n o n c o n q u i s , d e s d é f e n s e s s ' o r g a n i s e n t , d e s

f o r t i f i c a t i o n s s ' é l è v e n t . L ' e s p a c e e s t m o i n s v a s t e , m a i s

l e s p i è g e s , m i e u x a p p â t é s , f o n t d a v a n t a g e d e v i c t i m e s . . .

T o u t e c o n d a m n a t i o n e n b l o c s e r a i t a r b i t r a i r e ; p l u s

c o m m o d e m a i s a u s s i r e g r e t t a b l e s e r a i t l e t r a i t e m e n t p a r

l e m é p r i s e t l ' i r o n i e d e s f a i t s c o n s t a t é s . L e s r o m a n c i e r s ,

c u r i e u x p a r n a t u r e d ' e x p é r i e n c e s d i v e r s e s c o n s i d è r e n t l e

p r o b l è m e a v e c b e a u c o u p d e l é g è r e t é .

E n s é p a r a n t le v r a i d u f a u x , n o u s a u r o n s s o u v e n t à

é t a b l i r d a n s q u e l l e m e s u r e c e r t a i n s p h é n o m è n e s d o i v e n t

ê t r e a t t r i b u é s à l a s u p e r c h e r i e e t à l a f r a u d e . L e g r a n d

p u b l i c é t u d i e s u p e r f i c i e l l e m e n t c e s p r o b l è m e s — q u a n d

i l l e s é t u d i e . L a m u l t i p l i c i t é e t l e s c o n t r a d i c t i o n s d e s

p o i n t s d e v u e e x p r i m é s le l a i s s e n t s o u v e n t i m p u i s s a n t à s e f o r m e r u n e o p i n i o n s o l i d e . N o t r e b u t v i s e d o n c à i n f o r m e r o b j e c t i v e m e n t e t à c r é e r u n c l i m a t d ' a s s a i n i s -

s e m e n t m o r a l , p l u s q u ' à é v o q u e r d e s c o n s i d é r a t i o n s m y t h o l o g i q u e s o u a b s t r a i t e s . S i n o u s d e v o n s n o u s i n c l i -

n e r d e v a n t c e r t a i n s m y s t è r e s , n o u s n e le f e r o n s q u ' a p r è s a v o i r e n v i s a g é e t é t u d i é l e s h y p o t h è s e s p o s s i b l e s .

P o u r c e t t e é t u d e , n o u s n ' a v o n s c e r t e s p a s n é g l i g é

l e s d o c u m e n t s p r é c i e u x q u e n o u s a p p o r t e l ' h i s t o i r e ,

m a i s n o u s a v o n s d o n n é u n e p l a c e p r é p o n d é r a n t e a u x

Page 14: Les secrets des sorciers modernes

f a i t s ( e n l a n g a g e m é d i c a l , n o u s d i r i o n s : a u x o b s e r v a -

t i o n s ) . C e q u i e s t c o n s t a t é , o b s e r v é , ce q u i e x i s t e r é e l - l e m e n t m é r i t e u n e a t t e n t i o n s c i e n t i f i q u e .

L e s c i t a t i o n s , a s s e z n o m b r e u s e s , o n t p o u r b u t d e

r e p r o d u i r e f i d è l e m e n t l a p e n s é e d e s a u t e u r s . Q u ' i l s

s o i e n t m é d e c i n s , p s y c h o l o g u e s , p r e s t i d i g i t a t e u r s o u p h i -

l o s o p h e s , n o u s a v o n s c r u d e v o i r l e s l a i s s e r p a r l e r , à

q u e l q u e t i t r e q u e ce fût. . E n f i n , d e s c o m p t e s - r e n d u s

d ' a u d i e n c e s j u d i c i a i r e s n o u s f o u r n i r o n t d e s a r g u m e n t s d e p o i d s .

N o u s a v o n s v o l o n t a i r e m e n t e m p l o y é u n l a n g a g e

c l a i r , d é p o u i l l a n t a i n s i l ' o c c u l t i s m e d e t o u t e s l e s f o r m u -

l e s c r e u s e s e t m y s t é r i e u s e s d o n t i l a i m e à s e p a r e r e t q u i n ' o n t d ' a u t r e b u t q u e d e d i s s i m u l e r d e s r a i s o n -

n e m e n t s s p é c i e u x .

E m p l o y e r u n l a n g a g e s i m p l e e n p a r l a n t d e s c i e n c e s m y s t é r i e u s e s , s e r a i t - c e u n c r i m e d e l è s e - o c c u l t i s m e ?

C ' e s t p o s s i b l e , p u i s q u ' u n « h e r m é t i q u e » a p r é d i t ,

à q u i c o n q u e p é c h e r a i t p a r c u r i o s i t é : q u e s o n « m i s é - r a b l e c r â n e s c h o l a s t i q u e s a u t e r a i t c o m m e u n m a r r o n c u i t ! ».. .

C e n ' e s t p a s t r è s r a s s u r a n t .

E t c e p e n d a n t c e t t e f o r m u l e n e n o u s i n d i q u e - t - e l l e p a s d é j à , b i e n i n v o l o n t a i r e m e n t , m a i s s û r e m e n t , l a s o t -

t i s e d e c e q u e l e s o c c u l t i s t e s a p p e l l e n t u n e s c i e n c e , e t

q u i n ' e n e s t p a s u n e ?

U n e p l a i e r i s q u a n t d e s ' i n f e c t e r a u s s i r a p i d e m e n t

d o i t ê t r e f o r t p r o f o n d e . A u s s i , n o u s p r o p o s o n s - n o u s n o n s e u l e m e n t d e l a d é b r i d e r , m a i s e n c o r e d e l ' o u v r i r

t o u t e g r a n d e . P u i s s i o n s - n o u s l ' a s s a i n i r !

N . d . A .

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I

L E S F A K I R S H I N D O U S

" C e l u i qui a conquis ses sens a v r a i m e n t conquis le m o n d e e n t i e r e t dev i en t p a r t i e de la Div in i té . "

M a h a t m a G A N D H I

L E mot faki r est emprunté à la lan- gue arabe et signifie pauvre. A l'origine, il désignait un mendian t

qui, d'après un philosophe hindou, devait posséder dix qualités pour remplir pleinement son rôle. Celui-ci avait beaucoup de ressemblances avec celui des saints de la religion chrétienne se l ivrant à des macérations. Il devait, en effet :

1° ne pas manger à sa faim ; 2° ne pas avoir de domicile fixe ; 3° très peu dormir ; 4° être passivement le domestique de tous ; 5° toujours rechercher les dernières places ; 6° accepter d'être maltrai té sans m u r m u r e r ; 7° se contenter d'une nourr i ture sans saveur ; 8° ne pas boire à sa soif ; 9° être complètement détaché des biens ter-

restres ;

Page 18: Les secrets des sorciers modernes

10° ne pas avoir de rancune envers qui que ce soit.

Il y avait jadis un million de fakirs : c'étaient en quelque sorte des moines errants qui se livraient à des études et à des exercices religieux. Beaucoup, dans leur fanatisme, poussaient très loin les mortifications.

Ils vivaient dans un état d'ascétisme qui impres- sionnait les foules : pendant des semaines, ils prolon- geaient leur jeûne : certains restaient plusieurs mois dans la même position, dans des attitudes souvent fort pénibles, imitant ainsi les vieilles statues de divinités hindoues.

Les fakirs recevaient alors des dons qu'ils consa- craient à l 'entretien des temples, et les spectacles hallu- cinants qu'ils présentaient parfois leur valaient de substantielles offrandes.

D'habiles escrocs avaient remarqué que plus le spectacle était ahurissant, plus les aumônes étaient intéressantes. L'idée leur vint d ' imiter les fakirs, mais en remplaçant les mortifications par la ruse ; ainsi, le sens du mot évolua et devint alors synonyme de sorcier hindou, à tel point qu'on a pu lire sur le n° 21 de la revue « l 'Illusionniste » de septembre 1903 :

« Un voyageur écrit au « Sphinx » pour lui faire part d 'une décevante expérience à laquelle il a assisté aux Indes. Une troupe de fakirs, raconte-t-il, se réunit sur une grande place, au milieu de la ville, et après avoir formé le cercle et poussé quelques gutturales injonc- tions, sous forme de chant sacré, l'un d'eux sort d'un sac une longue corde qu'il lance en l'air. O surprise ! la corde reste suspendue dans l'espace, son extrémité touchant terre ! Aussitôt l'on amène un lion, un tigre, une panthère et dès que ceux-ci ont touché le bas de la corde, ils sont comme soulevés par une force invi- sible, grimpent le long de ladite corde et disparaissent dans l 'immensité !... »

Page 19: Les secrets des sorciers modernes

Une scène presque semblable, mais plus é tonnante encore est décrite pa r l 'écrivain Maurice Maeterlinck :

« Sur une place publique, écrit-il, loin de tout arbre et de tout édifice, s'installe le jongleur. Il n 'a, pour bagage, qu'un paquet de cordes et un vieux sac de toile. Un enfant l 'accompagne. Le jongleur lance en l 'air un bout de corde, et celle-ci, comme attirée p a r un crochet invisible, se déroule et s'élève toute droite dans le ciel, jusqu'à ce que son extrémité disparaisse aux regards. L 'enfant grimpe alors le long de la corde, dis- parai t également, et, peu après, tombent de l'air, des bras, des jambes, une tête, etc... que le sorcier ramasse et fourre dans son sac. Il prononce ensuite sur celui-ci quelques paroles magiques, l 'ouvre et l 'enfant, souriant, salue les spectateurs.

« Voilà, à quelques variantes près, la forme habi- tuelle du sortilège. Il est assez rare et ne semble pra- tiqué que par une secte particulière originaire du Nord- Ouest... »

Continuons la lecture de l 'article de « l'Illusion- niste », cité plus haut, car c'est sous la s ignature de son auteur, Ch. d'Albert, que nous allons trouver la clé du mystère — si mystère il y a — !...

« En réalité, — lit-on dans cette revue, — tout ce que raconte le « Sphinx » n 'a rien que de très explicable, car, à par t les lions, tigres et autres canards, le reste du truc est parfai tement exact, et se prat ique couram- ment dans les provinces des Indes et de l 'Indo-Chine.

« Je me hâterai d 'a jouter que les fakirs qui se livrent à ce petit exercice de la corde, a t tendent pru- demment le début du crépuscule, très long dans ces contrées, et de plus, qu'une sorte de vapeur qui flotte dans l'air à la fin de ces journées torrides, donne à l 'atmosphère une teinte bleu-foncé qui permet des illu- sions d'optique, ou mirages, et entre autres choses lors- que l'on croit voir à de très grandes hauteurs, l'œil, en réalité, se perd dans la teinte uniforme de l 'air et tout

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se trouble à une certaine distance ; je parle ici en regardant en l'air et non en regardant à l'horizon, car l'œil a alors des points de repère.

« C'est en se basant sur cette atmosphère «opaque» que les fakirs tendent, entre deux arbres, à une cer- taine hauteur, un fil très fin et très résistant. La corde, munie d'un crochet, et lancée avec une grande adresse, s'accroche sur le fil de fer, et même souvent le bout de la corde étant invisible, celle-ci parait suspendue dans l'espace. Des compères s'avancent alors, grimpent le long de la corde, et, arrivés au fil de fer, s'échappent dans un des deux arbres où ils restent cachés, et telle, est la crédulité des natifs de ces pays tropicaux, que l'on n'a aucune peine à les persuader que les compères se sont évanouis dans l'air, et personne ne s'avise de remarquer qu'ils seront à la même place le lendemain soir pour recommencer la même comédie.

« Autres pays, autres mœurs, termine Ch. d'Albert : il faut avoir été témoin de ces expériences, qui parais- sent enfantines à être expliquées, mais qui, faites dans ces pays exotiques, avec leur saveur de fétichisme, font pourtant un effet qu'il est difficile d'expliquer ».

Quant à la scène décrite par Maurice Maeterlinck et qui diffère un peu de la précédente, est-il besoin d'ajouter que c'est un premier enfant qui grimpe le long de la corde, disparaît dans le « crépuscule », jette une tête, des membres artificiels près du sorcier qui met le tout dans un sac où est dissimulé un deuxième enfant, habillé comme le premier, et qui vient à point pour saluer les spectateurs... et faire la quête !...

Plus impressionnant encore semble être le spectacle des fakirs enterrés vivants. Le cas du Yogi Haridas peut être considéré comme le plus stupéfiant qui ait jamais été présenté.

La scène s'est passée en 1885 au palais du maha- radjah hindou Rundjet Singh, à Lahore. Le fakir Hari- das fut minutieusement examiné par le prince et par des

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témoins d'une indiscutable moralité, en part icul ier p a r le général Ventura, le capitaine Wade , tous deux de nationalité britannique, et pa r le Docteur Hoenigsber- ger, médecin personnel du maharad jah . Il fut ensuite enfermé, sur sa demande, dans un tombeau de maçon- nerie dont l 'exécution fut surveillée p a r Rundje t Singh en personne, pour éviter toute fraude.

Le faki r s 'étendit et tomba aussitôt dans une sorte de sommeil. En présence d 'une mult i tude de témoins, le maha rad j ah fe rma lui-même un sac après y avoir placé le corps du sujet, puis le déposa dans un robuste cercueil en bois qui fut lui-même fermé au cadenas.

Le cercueil fut ensuite enfoui dans le caveau, recouvert de terre et entouré de maçonnerie.

Rundjet Sing plaça enfin devant le tombeau plu- sieurs sentinelles de sa garde, qui veillèrent jour et nuit, en se relayant et en priant sur cette extraordinaire sépulture.

Une foule d 'observateurs attentifs défilèrent sans arrêt devant le tombeau et la curiosité du m a h a r a d j a h et de son entourage fut telle qu 'à deux reprises on pra- tiqua une ouverture dans la maçonnerie pour exhumer le cercueil du fakir, qui fut ouvert. On trouva le sujet, d'une rigidité cadavérique, les yeux vitreux, les mem- bres glacés, les artères sans battements, mais aucun signe de décomposition organique n 'apparut .

Quelque crainte qu'on eût sur l'issue de l 'expé- rience, deux fois le cercueil fut exhumé, examiné et refermé avec d'infinies précautions et, chaque fois, la maçonnerie fut refaite.

Au bout de quarante jours, devant les témoins qui avaient procédé à l'« enterrement » du fak i r et qu'en- tourait une foule énorme et inquiète, on brisa définiti- vement la maçonnerie et on ouvrit au grand jour le cercueil : le fakir paraissait toujours dormir, sans aucune pulsation cardiaque, sans aucun souffle. Alors,

un médecin hindou qui avait reçu des instructions spé-

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ciales du fakir Haridas, avant son « ensevelissement », le frictionna énergiquement pendant plusieurs heures et pratiqua la respiration artificielle : l'homme revint peu à peu à la vie.

Cette scène dont le caractère d'authenticité n'est pas contestable et dont on a pu lire un compte-rendu détaillé dans le journal « Le Temps », (31 octobre 1885), a été observée par de nombreux témoins indigènes et anglais. Elle appelle cependant une explication qui ne relève d'aucune magie.

Docteurs et physiciens de plusieurs continents se sont penchés sur le problème et voici la conclusion de leurs études :

Le Yogi, après un long entraînement et un exercice de concentration, commence par ralentir sa respiration en appuyant sur ses carotides et « avale » en quelque sorte sa langue, pour obstruer presque complètement sa gorge.

Bien entendu, il perd connaissance et tombe alors dans un état voisin du sommeil hypnotique. Les fonc- tions nécessaires à la vie sont extrêmement ralenties et la quantité d'oxygène consommée est presque nulle. Les pulsations du cœur sont insignifiantes.

Ensuite, les opérateurs enduisent de graisse la bouche, les narines et les oreilles du sujet, afin de réduire le plus possible leurs fonctions.

Le cercueil où est étendu le Yogi doit avoir un volume suffisant pour que le sujet ait une faible quan- tité d'oxygène en réserve ; sa vie est alors comparable à celle d'une marmotte qui, on le sait, tombe en léthar- gie pendant l'hiver, après avoir creusé un profond terrier et bouché l'ouverture avec de la terre.

Veut-on rendre le Yogi à la vie normale ? On com- mence par lui verser de l'eau tiède sur la tête et les membres, puis on le débarrasse de la graisse obstruant la bouche, les narines et les oreilles, on écarte ses dents avec une spatule en bois et un opérateur enfonce son

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index dans la bouche du sujet, saisit la langue, la retire et accomplit des tractions rythmées. Pendant des heu- res, il faut ensuite masser le Yogi et il finit par recou- vrer ses sens. Amaigri, dans un état d'extrême faiblesse, il doit alors observer un régime spécial, afin de repren- dre progressivement une existence presque normale.

« La science considère aujourd'hui qu'elle n'a plus le droit de se désintéresser des problèmes qui parais- sent les plus inaccessibles. Des forces inconnues se dé- voilent et s'apprivoisent » et « c'est par des exercices de concentration de pensée que les Yogis des Indes ar- rivent à acquérir une maîtrise d'eux-mêmes et une séré- nité qui les rendent indifférents à toutes les misères hu- maines », ce qui permet de penser qu'un jour, « après bien des efforts, la science rejoindra l'intuition orien- tale », a écrit le Dr Jean Bertrand.

Aussi complèterons-nous cet aperçu sur ce genre de fakirs en citant Edmond Lemaître, l'éminent auteur de l'ouvrage « Fakirs et Yogis des Indes » (Hachette, Paris, 1936, p. 249) :

« Mystères ?... Pouvoirs surnaturels ?... Miracles ?... Il n'y en a pas... Mais il y a plusieurs millions d'hommes qui exploitent la crédulité de leur prochain, il y a plu- sieurs milliers de bras qui s'atrophient au lieu de labou- rer les champs arides, il y a des millions d'hommes et de femmes qui végètent à l'écart de la Société. Il y a des millions et des millions de cerveaux possédés par des enseignements stupides, il y a un pays riche et fertile

o ù les hommes vivent dans la misère noire. » Il existe d'ailleurs en France d'autres fakirs, plus

dangereux que ceux que nous venons d'évoquer et dont les agissements seront étudiés dans les chapitres sui-

vants. Il va sans dire qu'une expérience comme celle pré-

sentée par le Yogi Haridas ne peut être pratiquée que par des sujets doués d'une santé exceptionnellement

robuste, possédant une volonté remarquable et ayant

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subi un entra înement progressif. De tels fakirs sont très rares, même aux Indes. Ils meurent, en général, à un âge peu avancé : le Yogi Haridas est décédé à 47 ans. car chaque fois qu'il se faisait enterrer vivant il brûlait ses tissus pulmonaires.

En Europe, des sujets intrépides ont essayé de les imiter. La plupar t ont renoncé à l 'entreprise au bout de quelques expériences malheureuses. Ainsi, Yvon-Yva a été atteint d'une profonde lésion pulmonaire, à Mar- seille, lors d'une représentation théâtrale : sa cage thoracique s'est affaissée sous le poids des spectateurs placés sur sa poitrine. Il a dû abandonner « le fakiris- me » ! Et cependant, il avait pu rester enterré vivant une heure 26 minutes le 1 octobre 1951, âgé seulement de 19 ans.

On admet facilement que certains fakirs veuillent obtenir la sainteté pa r le jeûne, la sobriété, la pauvreté et la contemplation. On peut comprendre également que la discipline du corps et de l 'esprit peuvent donner des pouvoirs surprenants et faire acquérir une très grande résistance physique et morale.

En revanche, l 'esprit raisonnable admet difficile- ment que les membres de certaines sectes aux Indes ou des imitateurs européens puissent se faire enterrer vivant, brûler la peau jusqu'aux os et se tailler le corps à coups de serpe pour amuser la galerie. Intéresser ainsi un public stupide à des supplices inutiles, c'est renouveler les pratiques d'un mysticisme grossier pro- pre aux religions sauvages.

Les vraies mortifications doivent être plus intérieu- res que spectaculaires. Aucune religion supérieure n'a jamais exigé la profanation et l 'anéantissement du corps pour obtenir des grâces ou guérir des maladies. La discipline religieuse ne doit pas être confondue avec les mutilations aussi barbares qu'inutiles.

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I I

LES PSEUDO-FAKIRS EUROPÉENS

" Celui qu i écou te les r u m e u r s s ans r e m o n t e r à la sou rce vé r i t ab le p o u r en vér i -

f i e r l ' exac t i t ude est un é t o u r d i . " P r o v e r b e G r e c

D DES a v e n t u r i e r s a v a i e n t r e m a r q u é a u c o u r s d e l e u r v o y a g e a u x I n d e s q u e le c a r a c t è r e m y s t é r i e u x des

expériences présentées pa r les fakirs exerçait une force particulière de suggestion sur les foules, même si les difficultés étaient insignifiantes. L'idée leur vint alors de t ruquer certaines scènes et d 'user de ruses et de supercheries pour présenter en Europe des spectacles de fakirisme.

Il était, en effet, trop dangereux de se faire enter- rer vivant ou d'évoluer à Paris sur un fil de fer tendu place de la Concorde ! Il fallait chercher des spectacles plus européens.

Quelques exemples, suivis d'explications, donneront une idée de ce que furent les résultats de ces recher- ches.

Voici la langue brûlée. Un faki r se présente en pré tendant qu'il va rendre

sa langue insensible à la brûlure. Il montre à l'assis-

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tance une bar re de fer qu'il chauffe et rougit à la flamme. Pour prouver que le métal a atteint une tempé- ra ture élevée, il appproche un papier qui s 'enflamme au contact du fer rougi.

Il s'essuie alors la bouche avec son mouchoir, lève la tête, tend la langue, approche le fer rouge, l 'appuie sur sa langue : de la fumée s'échappe... l 'odeur de chair brûlée se répand... deux fois, trois fois, le fakir silen- cieux et stoïque renouvelle la même expérience... Le public est ému, des enfants pleurent, des femmes s'évanouissent et de tous côtés on crie : « Assez! Assez!... Assez !... »

Alors le faki r pose le fer rouge, s'essuie et retrouve sa langue pour remercier l 'assistance de son aimable attention et pour annoncer qu'il va... faire la quête !...

L'explication est d'une grande simplicité : le faki r n'est qu 'un illusionniste qui a tout bonnement présenté un exercice d'adresse : en s'essuyant une première fois avec son mouchoir, avant l 'expérience, il a placé dans sa bouche une sorte d'escalope de veau taillée en forme de langue : c'est elle, bien entendu, qui a subi les atta- ques du fer rouge, la vraie langue restant prudemment cachée au fond de son palais et quand il s'est essuyé, à la fin de l 'expérience, il a habilement escamoté l'es- calope...

Voici une autre scène de faldrisme : Le sujet se présente à l 'auditoire, aff i rmant qu'il

est parvenu, à force de volonté et selon la méthode des lamas à rendre son corps insensible à la douleur. Il invite trois ou quatre spectateurs à pénétrer sur la scène.

Il présente alors au public une épée longue et mince dont l 'extrémité est très pointue pour faciliter la péné- tration dans les chairs, dit-il. Les témoins l 'examinent de très près et se rendent ainsi compte qu'elle n'est pas « truquée ».

Le faki r est debout ; il annonce qu'il va transper-

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cer son corps, fait des passes magnétiques et commence à enfoncer l 'arme dans son ventre...

Il appuie, appuie, jusqu 'à ce que l 'extrémité de la lame ressorte dans son dos, rougie par le sang...

Le fakir, peu à peu, retire l'épée, toujours ruis- selante de sang, l'essuie et la passe au public pour qu'il puisse se rendre compte que la lame qui aura i t dû être homicide n 'avait subi aucune préparat ion.

L'explication de l 'expérience est la suivante : L 'opérateur a placé autour de son corps une cein-

ture spécialement préparée, c'est-à-dire compor tan t un tube d'acier en forme de demi-cercle qui moule son corps, avec deux ouvertures courbée aux extrémités et contenant une éponge imbibée d'encre rouge.

Pa r une ouverture du tube, soigneusement camou- flée par ses habits, il enfonce l 'épée qui est très flexi- ble : elle fait le demi tour du corps et sort rougie p a r l 'encre de l 'éponge contenue dans le tube !

Nous ne pouvons pas reproduire ici toutes les expé- riences présentées p a r les pseudo-fakirs ; il existe nom- bre d'ouvrages qui expliquent les supercheries dont ils se servent, en part iculier « Le Magicien des Salons », de Magus ; « Médiums, Fakirs et Prestidigitateurs », de Dickson, « Mes Trucs dévoilés », du même auteur, etc...

Il convient cependant de préciser que le fakir, vrai ou faux, ne doit, en aucun cas, être confondu avec le prestidigitateur ou l'illusionniste.

Le premier — hormis les anciens ascètes hindous — ment et trompe, en voulant se faire passer pour un être doué de pouvoirs surnaturels, tandis que l 'illusionniste amuse et distrait sainement le public.

Dans une revue déjà citée parce qu'elle est honnête et qui connaissait la faveur et l 'estime des vrais pres- tidigitateurs, « l 'Illusionniste , on peut lire (n° 28, avril 1904) :

« L'étude de la prestidigitation permet de s 'élever jusqu 'aux conceptions les plus hautes de la critique

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historique et de porter, en philosophie, un jugement éclairé sur l 'habileté et l'astuce des magiciens qui, dans les premiers âges du monde, ont abusé de la crédulité des hommes !... » et Caroly, dans la même revue, s 'exprime ainsi (n° 83, novembre 1908) :

Le prestidigitateur doit « t romper honnêtement ses auditeurs, c'est-à-dire leur laisser entendre que les choses d 'apparence merveilleuse qu'il leur présente sont obtenues à l 'aide de moyens naturels dont le principal mérite est d'être adroi tement dissimulés » et le même au teur ajoute : « nous voyons souvent des bluff eurs présenter un truc insignifiant, mais avec des apparences mystérieuses et occultes qui sont le fait, disent-ils, d 'une puissance surnaturelle, soit psychique, soit éma- nan t des esprits d'outre-tombe. Ces gens-là mentent effrontément... » et Caroly a bien soin de préciser dans un de ses ouvrages : « La prestidigitation n 'a pas la prétention de produire des miracles, mais bien de diver- tir l 'assistance au moyen de combinaisons innocentes qu'il ne nie pas et qu 'un spectateur intelligent, doit gar- der pour lui s'il les a comprises, afin de ne pas gâter le plaisir des autres personnes ».

Ainsi, la prestidigitation est un ar t et n 'a pas plus d'attaches avec les sciences occultes que les acrobaties des trapézistes d 'un cirque n'en ont avec la magie.

Il existe d'ailleurs un ordre des illusionnistes, « l'Association Française des Artistes Prestidigita- teurs », depuis le 1 Janvier 1945. Cette association exige de ses membres de « ne divulger aucun secret, ni de les décrire dans des ouvrages ou publications pou- vant être lus p a r des profanes » et le Conseil de l 'Ordre a toujours refusé d 'agréer ceux qui confondaient le talent de l 'artiste et la f raude des aigrefins qui exploi- tent la crédulité publique.

Si certains illusionnistes prennent encore le nom de magicien, cela ne doit pas davantage nous surprendre car il s'agit de la prat ique de ce qu'on appelle la magie