7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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Cil
Î C B J O
1
Bol
^
'
D ED ALU S A c e r v o F O
115 8727
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A N A T O M I E
G É N É R A L E .
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A N A T O M I E
G É N É R A L E ,
A P P L I Q U É E
A LA PHYSIOLOGIE ET A LA
MÉDECINE;
Par X
A
v . B I C H A T ,
Médecin du Grand Hospice d'Humanité de Paris,
Professeur
d'Anatomie
et de Physiologie.
S E C O N D E
P A R T I E .
T O M E T R O I S I È M E .
A P A R I S ,
ChezBROssoN, G A B O N
et
C
i e
,
Libraires, rue Pierre-
Sarrazin, n°. 7, et place de l'Ecole de Médecine.
•
J B Z
A
H
X. ( l 8 0 1 . )
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P R É C I S A N A L Y T I Q U E
D E S M A T I È R E S
C O N T E N U E S
D A N S L A S E C O N D E P A R T I E .
S Y S T E M E S P A R T I C U L I E R S
A Q U E L Q U E S A P P A R E I L S .
Considérations générales,
. D I F F É R E N C E S des systèmes particuliers à quelques appa
re i ls ,
d'avec
ceuxcommunsà
tous.
—Caractères
des pre
miers .
— Leu r distr ibution dans
les
appareils . Pages 1-4.
S Y S T È M E
O S S E U X .
Rem arques générales. 5
A R T I C L E
P R E M I E R .
Formes du Système
osseux.
Division des os. S
§ I
e r
. Des os longs, — Rapport de leur position avec leurs
usages généraux. — Formes extérieures du corps et des
extrémités .
—Formes
intérieures.
—Cavi.é
médullaire.
— Sa situation
,
son éîendue, sa forme. — Son usage.
—
Il
disparoîr dans les premiers temps du cal. — Il
esc
moins long
proportionnellement
dans l 'enfance.
5-io
§ I L Des os plats. —Rapports de leur situation et de leurs
formes extérieures avec l'usage général de tbrmer des ca
vi tés . — F ormes in tér ieures . 10-11
1 1 .
a
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«ly P R E C I S A- N À-
L V T I
Q V
E
§ I I L Z?e.f fr î courts. — P o s i t io n . —Formes inférieures e t
extérieures .—Usages g é n é r a u x . Pages i2 - i3
§ I V . Des eminences osseuses. ••— Leur d iv i s ion en ce l l e s
i ° .
d ' a r t i c u l a t i o n , 2 ° . d ' i n s e r t i o n , 3 ° . d e r é f l e x i o n ,
4
0
.
d ' i m p r e s s i o n .
—Remarques
s u r c h a c u n e d e
ces
d i v i
s i o n s . —
R a ppor t s de s ' s e c onde s a ve c l a fo r c e mus c u l a i r e .
— C o m m e n t c e s d e r n i è r e s s e f o r m e n t .
13-17
§ V . Des cavités osseuses. •«— Le u r d i v i s i on e n c e l l e s
i°.
d'insertion, 2
0
. d e r é c e p t i o n , 3 ° . d e g l i s s e m e n t ,
4 ° . d ' i m p r e s s i o n , 5 ° . d e t r a n s m i s s i o n , 6 ° . d e n u t r i t i o n .
— R e m a r q u e s p a r t i c u l i è r e s s u r c h a q u e d i v i s i o n . — D e s
t ro i s
espèces
d e
conduits
d e n u t r i t i o n .
1 7 - 2 0 .
, A ,R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système osseux.
§ I
e r
. Tissu propre au Système osseux. — D i v i s i o n c o m
mune de c e t i s s u . 2 r
Tissu celluleux. -—
C om m e n t i l s e fo rm e . — Q ua nd il e s t
formé--r—
D e s c e ll u le s e t d e l e u rs c o m m u n i c a t i o n s . — E x
p é r i e n c e s . 2 1 - 2 0
Tissu compacte. —Disposition d e se s f ib r e s. — L e u r f o r m a
t i o n . — E x p é r i e n c e s p o u r connoître l e u r d i r e c t i o n . —
L e s l a me s o s se us es n ' e x i s t e n t po i n t . — P r e u ve s . — In
f luence du rach i t i sme sur l e t i s su compac te . 20-27
Disposition des deux tissus osseux dans les trois espèces d'os.
— D i s pos i t i on du t is s u c o m pa c t e . — D e u x e spè c e s de
t i ssus
celluleltx
dan s l e s os lon gs . — Pr op or t ion d u t i s su
cellul euxcom munetc ompact edans les os cou r t s e t l a rg es .
—Même p ropo r t i on e xa m i né e da n s le s c a v i t é s e t l e s e m i
nences osseuses . 27-30
Composition du tissu osseux.
— I l a de u x ba s e s p r i n c i p a l e s .
— D e l a s ubs t a nc e s a l i no -c a l c a i r e . — Ex pé r i e nc e s .
Na t u re de c e t t e
substance
E x p é r i e n c e s p o u r c o n s t a t e r
l a s ubs t a nc e gé l a t i ne us e .
—Rapports difïërens
de c ha
c u ne de c e s s ubs t a nc e s a ve c l a v i t a l i t é . 3o - 34
§ 1 1 . Parties communes à
l organisation
du Système osseux.
-— T ro i s o rd re s de va i s s e a ux s a n gu i ns . — D i s p os i t i on d e
c h a c u n . — E x p é r i e n c e s . — P r o p o r t i o n s u i v a n t
l'âge.
—
C o m m u n i c a t i o n . —Preuves
de l ' e x i s t e nc e du t i s s u
c e l l u -
hu
'
e
' 34-38
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D E S M A T I E R E S . l if
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système osseux:.
§ I
e r
. Propriétés physiques. — E las t i c i t é . — El le es t en
ra i son inverse de l ' âge .
P
a
g
e
3 Q
§ I I . Propriétés de tissu. — D i ve r s e xe mpl e s de conlraclt-
lité e t d ' e x t e ns i b i l i t é . —- Ca ra c t è r e de c e s p ro p r i é l é s .
39-41
§ I I I . Propriétés vitales. — El les son t obsc ures . 41-42
Caractère de ces propriété?. — L e n t e u r d e l e ur d é v e l o p p e
m e n t . — L e u r in f l uenc e s u r l es m a l a d i e s . 42-45
Sympathies.
— L e u r caracl è re est tou jours ch ro niq ue . —
R e m a r q u e g é n é r a l e s u r l e s s y m p a t h i e s .
43-46
Siège
des propriétés vitales. — L a
substance
ca lc a i re y es t
é t r a n g è r e . — E l l e s n'evisteiit qu e da ns l a gé la t ineu se . —•
E x p é r i e n c e q u i le p r o u v e . 4 6 - 4 8
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Des articulations du Système osseux.
§ I
e r
. Division des articulations. 49
Articulations mob iles. Considérations sur leurs mouvemens.
— i° Op pos i t ion ; e l le e s t va gu e ou bo rné e . — z° C i r -
c u m d u c t i o n
;
m o u v e m e n t
composé
de tous ceux d 'oppo
s i t io n . — 3 ° . R o t a t i o n 5 m o u v e m e n t sur l 'axe . — 4
0
. G l i s
s e m e n t .
49-63
Articulations immobiles. — El les sont à surfaces jux ta-p o-
sées ,
engrenées
o u i m p l a n t é e s .
5
2
Tableau des articulations.
5 3
<5 1 1 . Considérations sur les articulations mobiles. 54
Premier genre. — S i t u a t i o n . — F o r m e
de.s
sur faces . — L a
ro ta t ion e t l a circumdtiction sont en se.us inverse à
l'hu
m é r u s e t a u f é m u r . — P o u r q u o i .
54-J7
Second genre. — F o r m e d e s s u rf a ce s . — - M o u v e m e n s .
5
7 ;
5
9
Tj-oisième genre. —- D i m i n u t i o n d es m o u v e m e n s . — Sdns
dans lequel i l s ont l ieu.
59-61
Quatrième genre.
—Mouvements e n c o r e d i m i n u é s . 61 -6a
Cinquième genre.
-—
O b s c u r i té r e m a r q u a b l e d e s m o u v e m e n s .
62-63
ii
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n)lij
P R É C I S
A N A L Y T I Q U E
§111.
Considérations sur les articulations immobiles.
— Si
tuation , formes de chaque ordre. — Rapport de la struc
ture avec les usages. Pages 63-65
g IV.
Des moyens d union entre les surfaces articulaires.
65
Union des articulations immobiles.
— Cartilages d'union.
65-66
Union des articulations
immobiles.
— Ligamens et muscles
considérés comme liens art iculaires.
66-68
A R T I C L E C I N Q U I È M E .
Développement du Système osseux.
Remarques.
68
g 1er. Etat du système osseux pendant
l accroissement;
ib.
État muqueux. — Ce qu ' i l f a u t e n t e n d re
p a r l a .
6 8 - 7 0
Etat cartilagineux. — E p o q u e et m o d e de son d é v e l o p p e
m e n t . — De cet é t a t da ns les os l a r g e s . 70-71
Etat
osseux. Ses p h é n o m è n e s . — Son é p o q u e .
7
I _
7 4
Progrès de l état osseux dans les os longs } t " . d a n s le m i
l ieu
; 2°. au x
e x t r é m i t é s . 74
Progrès
de
l'état osseux dans
les os
larges. — V a r i é t é s s u i
v a n t les o s . — F o r m a t i o n des w o r m i e n s
,
e tc .
75-77
Progrès
de
l'état osseux dans
les os
courts. 7 7
§ 1 1 . Etat du
Système osseux après
son accroissement
en longueur. — A c c r o i s s e m e n t s u i v a n t l ' é p a i s s e u r . —
C o m p o s i t i o n et d é c o m p o s i t i o n a p r è s la fin de l ' a c c ro i s s e
m e n t en é p a i s s e u r . — E x p é r i e n c e s . — E t a t des os chez l e
v i e i l l a rd . 77-81
§ I I I . Phénomènes particuliers
du
développement
du cal,
—
i°.Bourgeons
c h a r n u s . —
2
0
.
A d h é r e n c e de ces b o u r
g e o n s .
—
3 ° . E x h a l a t i o n de g é l a t i n e , p u i s de p h o s p h a t e
c a l c a i r e . 81-84
§
IV. Phénomènes particuliers du développem ent des dents. 84
Organisation des dents.
t
85
Portion dure
de la
dent.
—-
É m a i l . — E x p é r i e n c e qui le fait
d i s t i n g u e r de l 'os . — S o n é p a i s s e u r . — Sa n a t u r e . — Ré-s
f lexions
sur son
o r g a n i s a ti o n .
—
P o r t i o n o s s e u s e .
— Sa
f o r m e . — C a v i t é de la d e n t . 85-87
Portion molle de la dent.
— Sa nature spongieuse. — Sa
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D E S M A T I E R E S . IX
v i v e s e n s i b i li t é. — R e m a r q u e s s u r s es s y m p a t h i e s d i
v e r s e s . Pages 88-go
Prem ière dentition considérée avant Péruption. — Fo l l i c u l e .
— Membraned ece
fo ll icu le an a lo gu e au x
s é r e u s e s . — N a
t u re a l bumi ne us e de l a r o s é e qu i l a l ub r i f i e . — M ode de
dé ve lop pe m en t de l a de n t os seuse sur l e fo l li cu le.
-—
N o m b r e d e s p r e m i è r e s d e n t s . 9°
_
9«3
Prem ière dentition à l'époque de
l éruption. —
M o d e d ' é r u p
t i o n . — A c c i d e n s . — L e u r s c a u s e s . 94
_
95
Deuxièm e dentition con sidérée avant l'éruption. — F o r m a
t ion du second fo l l i cu le . 9^"97
Deuxièm e éruption, considérée à
l époque
de l éruption. —
Chut e de s p r e mi è re s de n t s . — P ous s é e de s s e c onde s .
97-98
Phénomènes subséquens à
l éruption
des secondes dents. — .
Ac c ro i s s e me n t e n l ongue u r e t e n é pa i s s e u r . — Chu t e de s
d e n t s ,
p lus précoce que l a mor t des os . — Pourquoi . —
E t a t de s m â c h o i r e s a p rè s l a c hu t e de s de n t s . 98-100
§ V . Phénomènes particuliers du développem ent des sésa-
moides. 100
Disposition générale des sésam oïdes. — S i t u a t i o n . — F o r m e s .
ioo-toi
Etat Jlbro-cartilagineux. 1 o 1 -1 03
Etat osseux.
-—
P h é n om è n e s de la r o t u l e . — U s a ge s de s s é
s a m o ï d e s . 1 0 2 - 1 0 4 .
S Y S T È M E
M É D U L L A I R E .
D i v i s i on d e c e Sys t è m e .
A R T I C L E P R E M I E R .
Système médullaire des os plats
,
des os courts ,
et des extrémités des os longs.
§ 1er, Origine et conforma tion. I l e st l ' épa no ui s se m en t des
va i s s e a ux du s e c ond o rd re . io5-io6
§ I L Organisation. — I l n ' y a p a s d e m e m b r a n e m é d u l
l a i r e . — E n t r e l a c e m e n t v a s c u l a i r e . 106-107
§ I I I . Propriétés. — I l n ' y a que l e s o rga n i que s . — E xp é
riences.
107
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SC
P R É C I S
A N A L Y T I Q U E
G I V Développement. — Il n ' y a po i n t d ' h u i l e m é d u l l a i r e
d a n s l'enfance. — P r e u v e s . — E x p é r i e n c e * . Pag.
108-109
A R T I C L E 13
E. U X I È M E .
Système médullaire du milieu des os longs.
e ]er. Conformation. Elle est comme c e l l u l a i r e . 109-110
§ 1 1 . Organisation.
— L a m e m b r a n e m é d u l l a i r e n ' e s t p a s
une ex
ans-ion
du
éno.ve
— S e *
\ v i i » e a u x .
I I O - J I I
§ 1 1 1 . Propriétés
—
Pro rié'és ('e (i.-su-
—
Propriétés
v i -
tales
— Se ns i b i l it é a n i m a l e . — V i t a l i t é p l u s a c t i ve qu e
dans les os .
111-113
§ I
Développement.
— C o m m e n t la m e m b r a n e m é d u l
l a i re >e form e . — L a m oe l l e de l 'enfan t e s t ab so lu m en t
d ît 1ère: te de c e l l e de l ' a du l t e . — P re uve s . 110-115
g V Fonctions. — La moe l l e s ' e xha l e . — Se s a l t é r a t i ons .
— Ses
rapports
avec la nu t r i t ion de l 'os . — N éc ro se . —
La moe l l e e s t é t r a ngè re à l a s ynov i e .
116-118
S Y S T È M E C A R T I L A G I N E U X .
Ce qu 'on do i t e n t e nd re pa r c a r t i l a ge .
119
A R T I C L E
P R E M I E R .
Des formes du Système cartilagineux.
£
I
e r
.
Form es des cartilages des articulations immo biles.
— Sur fa c e s i n t e rne e t e x t e rne . — R a ppor t s de s de ux c a r
t i la ge s c o r r e s po nda n s . — Ca ra c t è r e s pa r t i c u l i e r s de c e s
c a r t i l a ge s , da ns c ha que ge n re d ' a r t i c u l a t i ons i mmobi l e s .
1 2 0 - 1 2 4
§ I I . Formes des cartilages des articulations imm obiles.
124-125
§ I I I . Form es des cartilages des cavités. 12
5-126
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système cartilagineux.
§ I«r. Tissu propre. — F i b r e s . — R é s i s t a n c e r e m a r q u a b l e
du t issu
cartilagineux
à l a pu t ré fac t ion , à l a macéra -
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D E S
M A T I E R E S .
Xj
t ion , e t c . — Coc t ion
,
dess icca t ion de ce t i s su .
—
Ses
a l t é r a t i ons d i ve r s e s . Pages 126 -128
§
I I .
Parties communes.—Tissu cel lul air e.—Moyen Je le
vo i r . — A bs e n c e de s va i s s e a ux s a ngu i ns . — V a i s s e a ux
b l a nc s . — Le ur c o l o ra t i on da ns l a j a un i s s e . 129-130
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système cartilagineux.
§ I
e r
. Propriétés physiques. — El a s t i c i t é . — El l e
paroifc
due à l a s u ra bonda nc e de gé l a t i ne . — P re uve s .
i3o-i3z
§ 1 1 .
Propriétés de tissu.
— El les son t t rè s - ob scu res .
I O 2 - I 3 3
§ I I I . Propriétés vitales. El l es son t peu m arq ué es , a ins i
q u e le s s y m p a t h i e s . i33-i34
Caractères des propriétés vitales.
— T o u s l es p h é n o m è n e s
auxque l s e l l e s
président suivent
u n e m a r c h e c h r o n i q u e .
— R e m a r q u e s g é n é ra l es
sur
l a réu nio n des pa r t i e s .
104-137
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développement du Système cartilagineux.
§ I
e r
.
Etat de ce Système dans le premier âge.
P r é d o m i
na nc e de la gé la t ine d ans l e s p rem iers t em ps . — P ro
pr ié té qu 'on t a lo rs l e s ca r t i l ages de rougi r pa r l a ma
cé ra t ion . — Lames vascu la i res en t re l e ca r t i l age e t l ' os .
— C au se qu i ar rê te au car t i la ge les l im i tes de l 'oss if i
c a t i on . — D é ve l oppe me n t de s c a r t i l a ge s de s c a v i t é s .
*
137-140 .
§ I I .
Etat du Système cartilagineux dans les âges suivans.
— Ca ra c t è r e d if fé re n t qu e p r end la gé l a t i ne . — O s s i f i c a
t ion des car t i lages chez le vie i l lard .
— C e u x
des cav i t és
sont plus précoces à s 'ossifier.
1 4 1 - 1 4 2 .
§ 1 1 1 . Développemen t accidentel du Système cartilagineux.
— C e phénomène e s t c on t r e na t u re . — Te nda nc e de l a
m em b ra ne de la ra t e à en dev eni r l e s i ège . — Ca r t i l age s
a c c i d e n te l s d é s a r t i c u l a t i o n s . 142-144
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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Xi/
P R É C I S A N A L Y T I Q U E
S Y S T È M E F I B R E U X .
4
C o n s i d é r a t i o n s g é n é r a l e s .
^age 145
A R T I C L E P R E M I E R .
Des formes et des divisions du Système
fibreux.
L es formes fib reuses se rap po r te n t à la m em b ra n eu se e t à
ce l l e en fa i sceaux . 145-146
§ I
e r
. D es organes fibreux à formes memb raneuses. —
Membranes f ibreuses . — Capsules f ibreuses . — Gaines
fibreuses.—Aponévroses. 146-148
§ I I . Organes fibreux en forme de faisceaux. —
1 ° .
T e n
d o n s .
— 2 °, L i g a m e n s .
148-149
§ 1 1 1 . Tableau du Système fibreux. — A n a l o g i e d e s o r g a n e s
d i v e r s d e c e s y s t è m e . — L e p é r i o s te e s t l e c e n t r e c o m m u n
de c e s o rga ne s . I4g- i5 i
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système fibreux.
§ I
e r
. Tissu propre.,— N at u re pa r t ic ul ièr e du t i ssu fibreux.
— Son e x t r ê me r é s i s t a nc e . — P hé nomè ne s de c e t t e r é s i s
t a nc e . — El l e pe u t ê t r e s u rmon t é e . — D i f f é r e nc e de s
t i s sus fib reux e t m us cu la i r e . — E xp ér ien ce s sur l e ti s su
f ibreux sou m is à la m ac ér a t io n , à l 'é bu l l i t ion , à la p u
t réfact ion , à l 'ac t ion des ac ides , des sucs diges t i fs , e tc .
152-i 59
§ I I . Parties communes.
—T is s u
c e l l u l a i r e . — V a i s s e a u x
s a ngu i ns . — Le ur s va r i é t é s s u i va n t l e s o rga ne s . 15g-160
A R T I C L E
T R O I S I È M E .
Propriétés du Système fibreux.
§ I
e r
. Propriétés physiques.
160-161
§ I I .
Propriétés de tissu.
—Extensibilité.—Loi pa r t i c u l i è r e
à l aque l l e e l le e st soum ise i c i . — Co nt r ac t i l i t é .
—E l l e
est
p r e s que nu l l e . — Q ua nd e l l e s e ma n i f e s t e .
161-164
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E S M A T I È R E S . xiij
§ 1 1 1 . Propriétés vitales. —Sensibil i té an im al e. —Mo de
s i ngu l i e r de l a me t t r e e n j e u pa r l a d i s t e ns i on . — C on
séq uen ce de ce ph én o m èn e par t i cu l i e r au t is su fib reux .
Pages 164-167
Caractères des propriétés vitales.
— L 'a c t i v i t é v i t a l e es t
p l u s ma rqué e da ns c e s ys t è me que da ns l e s p r é c ë de ns . —
I l
paroît
q u e le t issu f ibreux ne su p pu re
p a s , 167-169
Sympathies. — Ex e m pl e s de c e ll es de s p rop r i é t é s a n i m a l e s
e t d e s o r g a n i q u e s . 169-172
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développement du Système fibreux.
§ I
e r
. Etat de ce Système dans le premier âge. — L e s fibres
m a n q u en t dan s la p lu pa r t des o rg ane s fib reux du fœ tus .
— M ollesse de ces org ane s à ce t âg e . — Variéiés d e
d é v e l o p p e m e n t . —— R e m a r q u e s s u r l e r h u m a t i s m e .
.
1
7
2
"
1
7
5
§ I L Etat du Système fibreux dans les âges suivans. —
P hé nomè ne s de l ' a du l t e . — R o i de u r gé né ra l e c he z l e
v i e i l l a rd . 175-176
§
I I I .
Développem ent accidentel du Système fibreux.
—
Diverses tumeurs p résen ten t des f ib res ana logues à ce l l e s
d e ce s y s t è m e . 176
A R T I C L E C I N Q U I È M E .
Des mem branes fibreuses en général.
§ I
e r
. Formes des membranes fibreuses.—Leur doub l e s u r
f a c e .
— Ce s me mbra ne s s on t c omme l e s mou l e s de l e u r s
organes respec t i f s . — Recherches sur ce l l e des corps ca
ve rne ux . — Expé r i e nc e s qu i p rouve n t qu ' e l l e d i f f è r e e s
sen t i e l l ement du t i s su spongieux sub jacen t . — Autres
recherches sur ce l l e s du t e s t i cu le .
177-181
§ 1 1 .
Orga nisation des mem branes fibreuses.
181-182
§ 1 1 1 . Du périoste et de sa forme. — Ses deu x sur faces . —
Le ur a dhé re nc e a ve c l e s o s .
182-183
Orga nisation du périoste. — D é v e l o p p e m e n t a c c i d e n t e l d e
ses f ib res dans l ' é l éphant i as i s . —Ses connexions avec l e s
corps f ibreux dans l 'enfance . 183-184
Développem ent du périoste. 185-186
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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x iV P R É C I S A N A L Y T I Q U E
Fonctions dupérioste. — E n quel sen s il sert à l 'o ssi f ic at i on .
—
11 es t au tan t re la t i f au x o rg an es f ibreux q u 'a u x o s .
Pages
186-188
Ç
I V Péricondre. — E x p é r i e n c e s s u r c e t te m e m b r a n e .
3
188
A R T I C L E S I X I È M E .
Capsules fibreuses.
§ I
e r
. Form es des capsules fibreuses. — El les sont t rès -rares .
-— Disposition des deux p r i n c i p a l e s . — Canal e n l r ' e l l e s
et l eur s> n o v i a l e . 188-190
§ 1 1 . Fonctions des capsules fibreuses.
190-191
A R T I C L E
S E P T I È M E .
Gaines fibreuses.
Le ur d i v i s i on .
g
1
e r
, Gaines
fibreuses
partielles. L e u r forme. — L e u r
dispos i : ion . — Pourquoi les te n d o n s fléchisseurs en so n t
seu l s pourvus .
191-193
§
i l .
Gaines fibreuses générales.
iy3
A R T I C L E H U I T I È M E .
Des
aponévroses.
§ T
er
.
Des aponévroses à
enveloppe.—Leur
d i v i s i o n .
194
Aponévroses a enveloppe générale. ibid.
Formes. — El l e s s on t a c c ommodé e s a ux membres , e tc .
Muscles tenseurs. Organisation. — E x e m p l e s d e s muscles
t e ns e u r s . — L e u r s u s a ge s r e la t if s a ux a po né v ros e s . —
Ana l og i e e t d i f f é r e nc e a ve c l e s t e ndons . — Ar ra nge -
meul de s fibres. 195.197
Fonctions. 197-108
Aponévroses à enveloppe pa rtielle.
— E x e m p l e s . — U s a g e s
g é n é r a u x
de
c e s a poné v ros e s .
198-199
§ I L Aponévroses
d'insertion.
2 0 0
Aponévroses
d insertion
à surfaces larges. — L e u r ori i ne .
— Le ur s u s a ge s . — Le ur i de n t i t é de na t u re a ve c l e s t e n
d o n s . — EV J é r i en ces . 20 1-201
Aponévroses d insertion en arcade. — El l e s s on t r a r e s . —
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E S M A T I E R E S .
X(
>
El les ex i s t en t l à où passen t des va i s seaux . ~- EHog ne les
c o m p r i m e n t p a s . ''Pages 201-202
Aponévroses
d insertion
à fibres isolées. "aoa
A R T I C L E N E U V I ,È M E.
Des Tendons..
§ I
e r
.
Formes
des tendons. — R a p p o r t s d e s u s a g e s a v e c
les fo rmes . — Union avec l e s f ib res charnues . « 2o3-2o5
§ I L Organisation des
fendons.
— M a n i è r e d e b i e n
voii»
l eu rs fib res. — I l s pa ra i s sen t dé po urv us de va i s se aux
s a n g u i n s . — L e u r t e n d a n c e à s e p é n é t r e r d e p h o s p h a t e
c a l c a i r e . 205-207
A R T I C L E D I X I È M E .
Des Ligamens.
L e u r d i v i s i o n . 2 0 8
§ I
e r
. Ligam ens à faisceaux réguliers. D i s pos i t i on gé né
r a l e . 208-209
Ligamens à faisceaux irréguliers. 209-21 o
S Y S T È M E
F I B R O - C A R T I l Î A G I N E U X .
O r g a n e s q u i l e c o m p o s e n t . 211
A R T I C L E
P R E M I E R .
Form es du Système fibro-cartilagineux.
Divis ion en t rois c lasses des o rga ne s .de c e s ys t è m e . — Ca
r a c t è r e s de c ha q ue c l a s s e . , 211 - 21 a
A R T I C L E , D E U X I È M E .
Organisation du Système fibro-cmrtilaginéuœ.
§ I
e r
.
Tissu propre.^
I h r é s u l t e ,
Ï O . d'une
subs tance .
fibreuse, 2
0
.
d'une
c a r t i l a g i ne us e . — I l do i t sa r é s is
t ance à l a p remière , e t «on é las ti c i té ' à J a -s ec on de . —•
Act ion du ca lor ique , de l 'a i r , d e
l'eau
sur le tissu fibro-
c a r t i l a g i n e u x . — I l rougi t pa r l a macéra t ion .*—• Absence
du pé ric o n dr e su r la pl up ar t des f ibro-carri lages.
2T3«-2 I
6
Parties communes. 217
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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XV] P R É C I S A N A L Y T I Q U E
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système fibro-cartilagineux.
§
1er.
Propriétés physiques.
—Elas t ic i ié e t souplesse r é u
n i e s .
Pages
217-218
§ I L Propriétés de tissu. — E x t e n s i b i l i t é . — Elle y es t
a ss ez m a r q u é e . «-— C o n t r a c t i l i t é . — D i f f é r e n c e s d ' a v e c
l ' é l a s t i c i t é .
218-2-19
§ I I I . Propriétés vitales.
—-
E l l e s s o n t p e u m a r q u é e s .
—.
Inf luence de l 'obscur i t é de
cesiorces
su r les
proprié;és
de s
fibro-cartilages.
219-221
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développem ent du Système fibro-cartilagineux.
§ I
e r
. Etat de ce Système, dans le premier âge. — M o d e d e
d é v e l o p p e m e n t
désarrois
c l a s se s . 22 2 -2 23
§ 1 1 .
Etat de
ce
Système dans les âges suivons. — R i g i
d i té g é n é ra l e d e c es o r g a n e s . — C o n s é q u e n c e s . — O s s i
fication assez ra re des f ibro- ca rt i la g es . 223-224
S Y S T E M E " M U S C U L A I R E
D E L A
V I
E A N
I M A
L
E .
Di f fé rence des musc les de l 'une e t de l ' au t re v ies . — Cons i
dé ra t i o ns s u r c e ux de l ' a n i m a l e . 22 4
A R T I C L E P R E M I E R .
Des formes du Système musculaire de la
'vie
animale.
Divis ion de ces musc les en longs , en l a rges e t
en
c o u r t s .
§ I
e
*. Formes des muscles longs. — L i e u q u ' i l s occupent.'
— L e u r d i v i s io n . — L e u r i so l e m e n t e t le u r r é u n i o n .
— Formes pa r t i c u l i è r e s de s mus c l e s l ongs de l ' é p i ne .
c TT r 225-227
g
I L Formes des muscles larges.
— O ù
i ]
s
s on t s i t ué s . —
Ep a i s s e u r . — , Fo rm e s pa r t i c u l i è r e s de s mu s c l e s l a rge s
p e c t o r a u x . 327-229
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E S M A T I È R E S . xvi]
§ I I I . Formes des muscles courts. — Où i ls s e t ro uv en t .
— L e u r d i s p o s i t i o n . — R e m a r q u e s sur les t rois espèces
d é m u s e l é s . Pages
229-230
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système musculaire de la vie
animale.
§ I
e r
. Tissu propre à cette organisation. — Disposition
en fa isce au x de ce t issu . — Sa div is ion en fibres. —«
Longue ur de s f i b r e s c ha rnue s , comparée à ce l l e du
mus c l e . — Le ur d i r e c t i on . — Le ur f i gu re .
— L e u r
m o l
l e s s e . — Fa c i l i t é de l e u r rup t u re da ns l e c a da v re .
—Dif
f iculté su r le v iv a n t ,
23o-235
Com position du tissu musculaire. — Act io n de l ' a i r dan s l a
dess icca t ion e t l a pu t ré fac t ion .
—Action
de l 'eau f roide .
— M a c é r a t i o n
et
ses p ro du i t s . — Fa c i l i t é de la su bs tan ce
c o l o ra n t e à s ' e n l e ve r . — An a l og i e du lissu r e s t a n t a v e c
la fibrine du san g . — R ap po rt des forces avec ce t i ssu .
— A c t i o n d e l ' e a u b o u i l l a n t e . — Q u e l q u e s p h é n o m è n e s
pa r t i cu l i e r s du bou i l l i o r d in a i re . — Rô t i s sag e du t is su
charnu.—Affiuitésingulière des sucs diges t i fs pour ce t te
sor t e de t i s su .
—Considérations
g é n é r a l e s .
—Influence
du se xe e t des o rg anes gé n i t a ux su r le t is su c h a rn u . 235-240
§ 1 1 . Parties com munes à
l organisation
de ce Système.
Tissu cellulaire.
— M an iè re do nt i l en ve lop pe les fibres. —
•
S es u sa g es p o u r le m o u v e m e n t m u s c u l a i r e . — E x p é r i e n c e .
—
M us c l e s g r a i s s e ux .
2^0-247
Vaisseaux. — A r t è r e s . — D u s a ng de s mu s c l e s . — D e l e u r
co lora t ion . — Eta t l ib re e t é t a t combiné de l a subs tance
c o l o r a n t e . — V e i n e s . — R e m a r q u e s s u r l e u r i n j e c t io n .
2 4 7 - 2 4 9
Nerfs.—Il
n ' y a p r e s que que c e ux de la v i e a n i m a l e . — L e u r
di f férence d an s les ex ten seu rs e t da ns les f léchisseurs . —
M a ni è re don t l e s ne r f s pé nè t r e n t l e s mus c l e s .
25o-25a
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système musculaire de la vie
animale.
§
1er. Propriétés de tissu. 202
Extensibilité. — Ce t t e p ro p r i é t é e s t c on t i nue l l e m e n t e n
1 1 .
b
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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XVUJ
P R E C I S A N A L Y T I Q U E
a c t i o n .
—E l l e
e s t p r o p o r t i o n n é e
à la
lo ng ue ur d es f ib res. -
— Son e xe rc i c e da ns l e s ma l a d i e s . Pages 252-255
Contractilité. —
P h é n o m è n e s d e s a n t a g o n i s t e s .
—
D i s t i n c
t i o n
, da t s
c e s p h é n o m è n e s , d e c e q u i a p p a r t i e n t a u x
p r o -
pr ié iés v i t a l es
et a
ce l les
de
t i s su .
— De la
c o n t r a c t i l i t é
de t i s su dans l e s malad ies .
— Étendue et vil
es se des co n
t r a c t i o n s .
—
El l es subs i s t en t après
la
m o r t .
—
Di f fé
rences es sen t i e l l e s en t re la cont rac t i l i t é de t i s su et le ra
c o r n i s s e m e n t . — L e u r p a r a l l è le . 255-263
g
I L Propriétés vitales. 263
Propriétés
de la vie
animale. Sensibilité.
•— La
p l u p a r t d e s
a ge n s o rd i na i r e s ne la dé v e l op pe n t pa s .
— E l l e
es t mise
en
j e u pa r des c on t r a c t i ons r é pé t é e s .
— Du
s e n t i m e n t d e l a s
s i t u d e . — S e ns i b i l i té des m us c l e s d a ns l e u r s a f f e c t i ons .
263-266
Contractilité. animale. —
O n do i t
la
c ons i dé re r s ous un t r i p l e
r a p p o r t . 2 6 6 - 2 6 7
Con tractilité animale considérée dans le cerveau.
— L e
p r i n
c i pe de c e t t e p rop r i é t é e x i s t e da ns c e t o rga ne .
—
P r e u v e s
t i r é e s
de
l ' o b s e r v a t i o n .
—
P re uv e s pu i s é e s da n s l e s ma
l a d i e s .
— P r e u v e s e m p r u n t é e s des e x p é r i e n c e s sur les
a n i m a u x .
—
Des
cas où le
c e r v e a u
est
é t r a n g e r
aux
m u s c l e s . 2 6 7 - 2 7 3
Con tractilité animale considérée dans les neifs.
—
I n f l u e n c e
d e
la
m o e l l e é p i n i è r e
sur
c e t t e p r o p r i é i é .
—
O b s e r v a
t i ons
et
e x p é r i e n c e s .
—
Inf luen ce des ne r f s .
—
O b s e r v a
t ions e t expériences.—Tous l e s ne r f s n e t r a ns m e t t e n t pa s
é ga l e me n t l e s d i ve r s e s i r r a d i a t i ons du c e rve a u .
— D i r e c
t i on de la p r o p a g a t i o n d e l 'i n fl u en c e n e r v e u s e . 273-278
Contractilité animale considérée dans
les
muscles.
—
C o n
d i t i ons né c e s s a i r e s da ns l e mus c l e , pou r s e c on t r a c t e r .
—
O bs t a c l e s
à la
c o n t r a c t i o n .
—
E x p é r i e n c e s d i v e r s e s .
278-282
Causes
qui
mettent en
jeu la contractilité
animale.
—
D i v i
s ion
de
c e s c a us e s .
— De la
v o l o n t é .
—
D e s c a u s e s
in
v o l o n t a i r e s . — E x c i t a t i o n d i r e c t e . — E x c i t a t io n s y m
p a t h i q u e . — In f l ue nc e de s pa s s i ons . — R e m a r q u e s sur
les
m o u v e m e n s d u f œ t u s . 2 8 2 - 2 8 7
Permanence
de la
contractilité. animale, après
la
mort.
—
E x p é r i e n c e s d i v e r s e s.
—
C o n s é q u e n c e s r e l a t iv e s
à la
r e s
p i r a t i o n .
—
V a r i é t é d e la p e r m a n e n c e d e c e t t e p r o p r i é t é .
— C o m m e n t e l l e s ' é t e i n t . 288-292
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E S M A T I E R E S . XIX
Propriétés organiques. — Se ns i b i l i t é o rg a n i q ue e t c on t r a c
t i l i t é o rga n i que i n s e ns i b l e . — Con t r a c t i l i t é o rga n i que
s e ns i b l e . — Expé r i e nc e s d i ve r s e s s u r c e t t e de rn i è r e p ro
p r i é t é . — P h é n o m è n e d e s i rr i t a ti o ^s. — P o u r é t u d i e r
c e t t e c on t r a c t i l i t é , il f a u t a nn u l e r l ' a n i m a l e . — Co m
m e n t o n y p a r v i e n t . — D i v e r s m o d e s d e
c o n i r a c t i o n .
Pages
292-296
Sympatllies. — L a sens ib i l i t é an im ale es t l a p ro pr ié té spé-<
c i a l e m e n t m i s e e n j e u p a r e l l e s . — R e m a r q u e s g é n é r a l e s .
— S ym pa t h i e s de s e ns i b i li t é a n i m a l e . — Le s p ro r i é . é s
o rga n i que s s on t r a r e me n t mi s e s e n j e u .
200-299
Caractère des propriétés vitales. — R e m a rq ue s d i ve r s e s s u r
c e c a r a c t è r e . 299-301
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Phénom ènes de l'action du Système musculaire
de la vie animale.
g I
e r
. Force de contraction. — D i f f é re nc e s u i v a n t qu'elle
es t m ise eu jeu pa r les i r r i tan s ou par l 'inf luence céré
b r a l e . — E x p é r i e n c e s . —- Inf luence de l 'o rgan i sa t ion
m us c u l a i r e s u r l a c o n t r a c t i o n . — Lo i s de la na t u re i n
ve rses d e ce ll e s de l a m éc an iq ue dan s la p ro du c t ion de s
m o u v e m e n s .
—Multiplication
de forces .
— inexact if ode
d u ca lcu l sur ce po in t . 302 -007
§ I L Vitesse des contractions. — V ar ié tés su iva n t l es con
t r a c t i ons ,
i ° .
pa r l es s t im u 'a ns , 2
0
. pa r l ' ac t ion ne r
ve us e . — D e gré s d i ve r s de v i t e s s e , s u i va n t l e s i nd i v i dus .
— In f l ue nc e de l ' ha b i t ude s u r c e de g ré . 307-51 o
§ I I I .
Durée des contractions.
3 i o - 3 i i
g I V . Etat des muscles en contraction. — P h é n o m è n e s d i
v e r s q u ' i l s é p r o u v e n t a l o r s . — R e m a r q u e
essentielle
sur
l e s d i ve r s mode s de c on t r a c t i on . 3 i
i-3i4
§ V - M ouvemens imprimés par les muscles. 314
Mouvemens simples i ° . dan s le s m usc les à d i rec t ion dr o i t e .
— C o m m e n t o n d é t e r m i n e
le$
usages de ces muscles . —
— 2
0
.
D a n s le s mus c l e s à d i r e c t i on r é f l é c h i e .— 3° . D a n s
c e ux à d i r e c t i on c i r c u l a i r e . 314018
Mouvemens composés.
— P r e s q u e t o u t m o u v e m e n t e s t
c o m p o s é . •— C o m m e n t . — E x e m p l e s d i ve r s d e s m o u
v e m e n s c o m p o s é s . — A n t a g o n i s m e .
3i8-3ai
b ij
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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XX
P R É C I S A N A L Y T I Q U E
g
V I .
Phénom ènes du relâchement des muscles. — I ls
sont
opposés aux précédens. Page 3s i
A R T I C L E C I N Q U I È M E .
Développem ent des muscles de la vie animale.
§ I
e r
. Etat de ce Système chez le Fœtus. — Il contient peu
de sang.
—Peu
de contracti l i té à cet âge. — Influence,
sur ces phén om ènes , du sang qui pé nè tre alors les
muscles. — Ces organes sont grêles et foibles.
32 2-326
§1 1 -
Etat de ce Système pendant laccroissement.—Effet subit
du sang rouge qui pénètre les muscles , et des autres ir
ritations
qui lui sont associées. — Coloration des mus
cles.
— Epoque de la p lus v ive colora t ion. — V ar ié té s de
l 'action des réactifs sur le tissu charnu des jeunes ani
maux .
r
326-33o
§ 1 1 1 . Etat de ce Système après l accroissement.
— L ' é
paisseur augmente toujours. — Les formes extérieures
se prono ncent. — Couleur chez l 'adulte. •— V arié tés sans
nombre. 33o-334
§ I V . Etat de ce Système chez le vieillard. — A u g m e n t a
tion de densité.
—Diminution
de cohésion. — Phéno
m ène s de la vacillation des m uscles . — M uscles atro
phiés . 334-337
§ V . Etat du Système musculaire à la mort. — Re lâche
ment ou roideur des muscles. 338-339
S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
D E L A V I E O R G A N I Q U E .
Considérations générales.
3 3 Q
A R T I C L E
P R E M I E R .
Formes du Système musculaire de la vie
orga*
nique.
Direction courbe des fibres. — Elles ne naissent point du
système fibreux.
—
Variétés des formes musculaires ,
suivan t les organes. 340-342
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D E
*
M A T I È R E S .
XX
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système musculaire de la vie
organique.
D i f f é r e nc e gé n é ra l e d ' o rg a n i s a t i o n a ve c l e s mu s c l e s p r é c é -
d e n s . P
a
ë
e 2
4
a
g I
e r
. Tissu propre. «— D isp os i t io n gé né ra l e de la f ibre
m us c u l a i r e . — A na l o g i e e t d i ff é re nc e a ve c la p r é c é
d e n t e . 343-345
g I L Parties communes. <— T i s s u c e l l u la i r e . —Vaisseaux
s a ng u i ns . — Ne r f s de s ga ng l i ons e t du c e rve a u . —Propor
t i on de c ha que c l a s s e . 345-347
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système musculaire de la vie orga
nique.
§ I
e
r . Propriété de. tissu. Extensibilité. — C a r a c t è r e p a r
t i cu l i e r d e ce t t e p ro pr ié té dan s l e s m usc les o rg an iqu es .
— D a ns l e s anévrismes du cœur e t dans l a g rossesse , ce
n ' e s t pa s l ' e x t e ns i b i l i t é qu i e s t m i s e e n j e u . — R e ma r
ques à ce suje t . 347-352
Contractilité. — El l e e s t p rop o r t i onn é e à l'extensibilité. —«
— Les subs tances contenues dans l e s musc les c reux son t
l e u rs a n t a g o n i st e s . — R e m a r q u e s .
352-354
§ 1 1 .
Propriétés vitales. Sens ibilité. — D e la lass i tud e de s
mus c l e s o rga n i que s . — R e ma rque s s u r l a f a i m . 354-356
Contractilité animale. — E l le es t nu l le da ns ces m usc les . —
E x p é r i e n c e s d i v e r s e s . — O b s e r v a t i o n s . — D e s m u s c l e s
e n p a r t ie v o l o n t a i re s e n p a r t i e o r g a n i q u e s . — E x p é r i e n c e s .
— Remarques sur l a vess ie , l e
r e c t u m ,
e t c . — A b s e n c e
de l ' i n f luence ne rveuse sur l e s musc les o rganiques .
3 5 6 - 3 6 5
Propriétés organiques.
— R e m a r q u e s g é n é r a l e s . 3 6 5
De la contractilité organique sensible, considérée sous le.
rapport des excitans. 3 6 6
Excitans naturels.
—Observations d i v e r s e s . —Remarques
su r l ' inf lue nce de s f luides s ur les sol ides . — Inf lu enc e
de la qual i té e t de la quant i té des f luides sur les muscles
creux.
366-36q
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Xxij
P R E C I S A N A L Y T I Q U E
Excitans artificiels.
—Ac t ion
de c e s e xc i t a ns .
—Différons
m o d e s
d'aclior.
— L i m i t e s d u r a c o r n i s s e m e n t e t d e l a
c on t r a c t i on v i t a l e . Pages 369-373
D° la contractilité organique tynsible, considérée sous le rap
port des organes.
OJO
Première variété. Diversité du tissu muscu laire. — Chaque
m u s c l e
es: surlout
en rappor t avec t e l l e ou t e l l e subs
t a n c e d é t e r m i n é e . — A p p l i c a t i o n d e c e p r i n c i p e a u x
f lu ides na ture l s e t é i rangers .
373-375
Deuxi&me variété. Age. — Vivacité de l a cont rac t i l i t é dans
l ' e n f a n c e . — C o n s é q u e n c e s . — P h é n o m è n e i nve r s e da ns
le v ie i l l a rd . 370-376
Troisième variété. Tempérament.
— Di f fé renc e des ind i
v i dus s ous l e r a ppor t de l a f o r c e mus c u l a i r e o rga n i que .
— Cet te fo rce n 'e s t po in t tou jours en rappor t avec l a
fo rc e m us c u l a i r e a n i m a l e . — O n n e pe u t l ' a c c ro î tr e
c o m m e c el le -c i p a r l ' h a b i t u d e . 3 7 6 - 0 7 8
Quatrième variété. Sexe. 378-379
Cinquième variété. Saison et climat. 379
Contractilité organique sensible, considérée relativement à
l action
des stimulons sur les organes.
— E x i s t e n c e h a b i
t u e l le d ' u n i n t e r m é d i a i r e p o u r c e t t e a c t i o n . — N a t u r e
de c e t i n t e rmé d i a i r e . 379-382
Contractilité organique sensible, considérée relativement à sa
permanence après la mort. — D i v e r s i t é d e c e t t e p e r m a
n e n c e s u i v a n t le g e n r e d e m o r t . — R e m a r q u e s . 382-384
Sympathies.
— S y m p a t h i e s d u c œ u r . — S y m p a t h i e s d e
l ' e s t o m a c . — R e m a r q u e s s u r
les vomissemens
b i l i e ux .
— C o n s i d é r a t i o n s g é n é r a l e s . — S y m p a t h i e s d e s i n t e s
t ins , de la v e s s i e , e t c . 084-390
Caractère des propriétés vitales. —Energ ie
v i t a l e t r è s -p ro
noncée dans ce sys tème . — Ses a f fec t ions por ten t sur sa
f o r c e v i t a l e p r é d o m i n a n t e .
— R a r e t é
des affec t ions qui
s uppos e n t un t roub l e de s p rop r i é t é s o rga n i que s . 390-392
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Phénomènes de Faction du Système musculaire
de la vie organique
§ 1er. Force de contraction. — D i f f é r e nc e d ' a v e c la force
de c on t r a c t i on du s ys t è me p ré c é de n t . — Ce l t e fo r c e e s t
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E S M A T I E R E S . XXUJ
p l us g r a nde da ns l e s phé nomè ne s v i t a ux que da ns l e s ;
e xpé r i e nc e s . — Ine xa c t i t ude de s c a l c u l s . Pages
392-395
§ 1 1 .
r
1
itesse des contractions. — D a n s l es e xp é r i e nc e s . —
P e nda n t l a v i e . — Compa ra i s on a ve c l a v i t e s s e de s mus
c l e s p r é c é l e n s . 395-3q6
§ 1 1 1 .
Durée des contractions.
396-397
§ I V . Etat des muscles en contraction.—Différence sous
ce rapp or t en t re l e cœ ur e t l e s m usc les ga s t r iq ue s .
397-398
§ V . Mouvem ens imprimés par les muscles organiques.
398-399
g ' V I . Phénomènes du relâchement des muscles organiques.
•—Différences de c e r e l â c h e m e n t d ' a ve c l a d i l a t a t i on
a c t i ve de s mus c l e s . — P re uve s de s phénomènes de ce t t e
d i l a t a t i o n . 399-403
A R T I C L E C I N Q U I È M E .
Développement du Système musculaire de la vie
organique.
g I
e r
. Etat de ce Système chez le fœtus. — P r é d o m i n a n c e
d u cœur. — E t a t de s a u t r e s m us c l e s . — Foiblesse d e la
c on t r a c t i l i t é o rga n i que à c e t
â g e .
403-406
§ 1 1 . Etat du Système muscu laire organique pendan t l'ac
croissement. — A u g m e n t a t i o n g é n é r a l e d ' a c t i o n à l a na i s
san ce . — D e l ' acc ro i s sem ent en épa i s se ur e t de ce lu i e n
l o n g u e u r . —Leurs d i f fé rences . 406-410
§ I I I . Etat du Système muscu laire organique après l ac
croissement.
4
1 0
" 4
I a
g I V . Etat du Système muscu laire organique chez le vieil
lard.
— Ce s ys t è me s u rv i t pou r a i n s i d i r e a u p r é c é de n t .
— P h é n o m è n e r é s u lt a n t d e s o n a f f a ib l i ss e m e n t .
412-414
S Y S T E M E
M U Q U E U X .
A R T I C L E P R E M I E R .
Des divisions et des formes du Système muqueux.
§
1er.
Des deux membranes muqueuses générales , gastro
pulmonaire, et génito-urinaire. — Di f fé renc e de ces de ux
m e m b r a n e s . — L e u r r a p p o r t . 415-420
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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Xxiv P R É C I S
A N A L Y T I Q U E
g 1 1 . Swface adhérente des membranes muqueuses. — Ses
ra ppor t s . — El l e e s t pa r - t ou t subjacenle a u x m u s c l e s .
— T i s s u s o u m u q u e u x . — E x p é r i e n c e s . Pages 420-421
g I I I .
Surface libre des membranes muqueuses.
— Des p l i s
qu ' e l l e p r é s e n t e . —
i ° .
D e c e ux qu i c om
i
r e n n e n t t o u t e s
l e s m e m b r a n e s . — 2 ° . D e c e u x q u i s o n t permanenssur
l a s u rf ac e m u q u e u s e . — 3 ° . D e c e u x q u i d é p e n d e n t d e
l ' é t a t de vacu i t é des organes c reux .—Expér iences d i
ve r s e s . — L ' é t e n du e des s u r f a ce s m uq ue us e s e s t t ou j o u r s
à peu près l a même, que l que so i t l ' é t a t de l eurs o rganes .
— R a p p o r t d e l e u r
surface
li b r e a ve c le s c o rps e x t é r i e u r s .
— L e u r s e n s i b il it é es t a c c o m m o d é e à c e r a p p o r t . — L e
m o t
corps étranger
n ' e s t que c ompa ra t i f . 421-428
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système muqueux.
g I
e r
. Tissu propre. — C e q u ' i l p r é s e n t e à c o n s i d é r e r .
4 2 8 - 4 2 9
Chorion muqueux. — S o n é p a i s s e u r v a r i a b l e . — N a t u r e
m u q u e u s e d e la m e m b r a n e d e l ' o r e il l e . — C o n s é q u e n c e s
p a t h o l o g i q u e s .
—
Mollesse du t issu
muqueux .—Act ion
d e l ' a i r , de l 'eau , du ca lor ique , des ac ides , des sucs
digestifs s u r l e t i s s u muque ux . 429-4.37
Papilles muqueuses.—Leurs
v a r i é t é s d e
fo rmes .—Leur
n a t u r e n e r v e u s e .
—Preuves
d e c e t t e n a t u r e n e r v e u s e . —
L e u r i n f lue nc e s u r l a s e ns i b i l i t é de s o rg a ne s m u q u e u x .
437-441
§ 1 1 .
Parties communes.
441
Des glandes muqueuses et des fluides qu'elles séparent. —
Sit u a t io n . — F o r m e s . — V o l u m e . — T e x t u r e . 4 4 2 - 4 4 3
Fluides muqueux.
— P r o p r i é t é s p h y s i q u e s .
—Ac t ion
d e
d i ve r s a ge ns s u r e ux . — Le ur s
fond
ions . — P ar t i e s où i l s
a b o n d e n t
et
o ù
ilssont
e n m o i n d r e
p r o p o r t i o n . — S u s c e p t i
b i l i t é d ' ê t r e
augmenléspar
t ou t e
irritai
ion por té e sur l eu rs
e x cr é t eu r s, — C o n s é q u e n c e s . —R e ma rque s s u r l ' e xc i t a
t i on de s s u r fa c e s m uq ue u s e s da n s l e s m a l a d i e s . •— U s a ge s
d e s m e m b r a n e s m u q u e u s e s sous l e r a ppor t de l ' é va c ua
t ion hab i tu e l l e de leurs
fluides.—Remarques
g é n é r a l e s s u r
les flu ides séc r é tés . — Se nt im en t s ing ul i e r n é du sé jou r
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D E S M A T I E R E S .
XXV
des f lu ides muqueux sé journant sur l eurs sur faces respec
t i v e s .
Pages
443-453
Vaisseaux
sanguins. —
L e u r s v a r ié i é s d e p r o p o r l i o n s . —
Le ur pos i t i on s upe r f i c i e l l e . — C o n s é q u e n c e. —Rougeur
d u s y s t è m e m u q u e u x . — 11 la p e r d s o u v e n t . — E x p é
r i e nc e s s u r l ' é t a t de s va i s s e a ux muque ux da ns l a p l é n i
t ude e t l e r e s s e r r e me n t de l e u r s o rga ne s c r e ux . — Aut r e s
expér iences sur l ' i n f luence des gaz sur l a co lora t ion du
systèm^e
m u q u e u x . —
Causes
de s a roug e u r . — Sub s t a nc e
c o l o r a î l t e , c o m b i n é e e t l i b r e . 453-464
Exhalons.
— Y
a-t-il
e xha l a t i on s u r l e s y s t è me muque ux ?
«—Exhalation pu l m on a i r e . — U ne g ra nd e pa r t i e de l a
persp i ra t ion pu lmona i re v ien t de l a d i s so lu t ion des sucs
m u q u e u x . —Aut re s e x h a l a t i o n s m u q u e u s e s . — H é m o r
r a g i e s . 4 6 4 - 4 6 6
Absorbons.—Preuves
d e l 'a b s o r p t io n m u q u e u s e .
— I r r é
gu la r i t é de ce t t e abso rp t io n . — C au se de ce t t e i r régu la
r i t é .
4 6 6 - 4 6 8
Nefs. — C e u x d u c e r v e a u . — C e u x d e s g a n g l i o n s . — L e u r
d i s t r i bu t i o n r e s pe c t i ve s u r c e s ys t è m e . 4 68 -4 69
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système muqueux.
g I
e r
. Propriétés de tissu. — E l les son t
moindres
qu ' i l ne
le sem ble d 'a bo rd . — C ep en da nt e ll e s son t rée l l e s . —
L e u r v a r i é t é . — L e s c o n d u i t s m u q u e u x n e
s'oblilèrent
po i n t pa r conl rac t ilité de t issu qu an d ils son t v ide s . 469-471
g
I L
Propriétés vitales.
47*
Propriétés de la vie. animale.
— V i v e sensibililé du s ys t è me
muque ux . — In f l ue nc e de l ' ha b i t ude s u r c e t t e p rop r i é . ' é .
— C o n s é q u e n c e s d e c e t te r e m a r q u e . — S e n s ib i li lé m u
que u s e da n s l es i n f l a m m a t i ons . 4 7 1 -4 7 5
Propriétés de la vie organique. — L a sensibilité o r g a n i q u e
e t l a con t rac t i l i t é insens ib le son t t rè s -marquées i c i . —
P o u r q u o i . — C o n s é q u e n c e s p o u r le s m a l a d i e s . — V a
r i é t és de ces p ropr ié tés . — Espèce de cont rac t i l i t é o rga
n i que s e ns i b l e da ns l e t i s s u muque ux . 475-479
Sympathies.
— C om m e n t nous l es d i v i s e ro ns . 4 79 -4 80
Sympathies actives. — E x e m p l e d e c e s s y m p a t h i e s p o u r
c h a q u e p r o p r i é t é v i t a l e . 4 8 0 - 4 8 3
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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XX V]
P R É C I S A N A L Y T I Q U E
Sympathiespas.sives. — L e s p r é d o m i n a n t e s s o n t c e l l e s d e c on
t r a c t i l i t é o rga n i que i n s e ns i b l e . — P o u r q u o i . Pcg-.483-486
Caractère des propriétés vitales. — A c t i v i t é v i t a l e de c e
s y s t è m e . — S e s v a r i é t é s . — C o n s é q u e n c e s p o u r l e s m a
l a d i e s . — R e m a r q u e s s u r l e s s y m p a t h i e s s t o m a c a l e s .
4 8 6 - 4 8 9 .
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développement du Système muqueux.
g I
e r
. Etat du Système muqueux dans le premier âge. — I I
s u i t l ' é t a t de s o rga ne s a uxque l s i l a ppa r t i e n t . — F i ne s s e
de s pa p i l l e s . — L e roug e mu qu e u x e s t a l o r s fonc é . —
C h a n g e m e n t s u b i t à l a n a i s s a n c e . — P o u r q u o i . — P h é
n o m è n e d e la p u b e r t é . 4 8 9 - 4 9 3
g
I L
Etat du Système muqueux dans les âges suivons. —
S es p h é n o m è n e s c h e z l ' a d u l t e . — S e s p h é n o m è n e s c h e z
le v ie i l l a rd . 493-495
S Y S T È M E S É R E U X .
R e m a r q u e s g é n é r a l e s . 495
A R T I C L E P R E M I E R .
De l étendue, des formes
et des
fluides du Système
séreux.
D i s p o s it io n g é n é r a l e d e s es m e m b r a n e s . — D e la s u r f a c e
s é re us e c ons i dé ré e e n gé né ra l . — T o u t e m e m b r a n e s é
r e us e e s t un s a c s a ns ouve r t u r e . 4 9 6 - 5 0 0 .
g 1
e r
.
Surface libre des Membranes séreuses.
— El l e e s t
l i s se e t po l i e . .— Cet a t t r ibu t e s t é t ranger à l a compres
s i on . — Ce t t e s u rf a ce i s o le l e s o rg a ne s a ux qu e l s a pp a r
t i e nn en t l es sur faces sé reus es . — So n in f lue nce sur l e
m o u v e m e n t d e c e s o r g a n e s . — A d h é r e n c e s d e s s u r f a c e s
s é r e u s e s. — L e u r d i v i s i o n . 5 o o - 5 o 7
g I L Surface adhérente du Système séreux. — M o y e n
d ' u n i o n . — L e s m e m b r a n e s s é r e u s e s c h a n g e n t s o u v e n t
de rappor t s avec l eurs o rganes . — Cela es t dû à l a laxité
d e s a d h é r e n c e s . — A d h é r e n c e s p l u s s e r r é e s .
507-509
g I I I . Fluides séreux. — L e u r q u a n t i t é . <— V a r i é t é s d e
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E S M A T I È R E S . XXVij
c e t te q u a n t i t é .
—
T
E x p é r i e n c e s . — V a r i é t é s m o r b i f i q u e s .
— N at u re de ces f luides . Pages 5og-512
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système séreux.
L e s m e m br a n e s s é r e us e s n ' o n t qu 'u n f e u i l le t . — Sa c ou
l e u r . — Son é pa i s s e u r . 512-513
g 1
e r
. Nature celluleuse du tissu séreux. — P r e u v e s d e
c e t t e na t u re c e l l u l e us e . — Expé r i e nc e s pa r l a ma c é ra
t i o n , l ' é b u l l i t i o n , l a des:-ic--alion , la c oc t i o n , l a pu t r é
fac t ion . — D ifférenc es en t re les t i ssus ce l lu la i re e t sér eu x.
513-518
§ 1 1 .
Parties communes à
l organisation
du Système séreux.
Exhalons. — P re u ve s d i ve r s e s de l'exhalation s é r e us e .
5i8-5i9
Absorbons. — P r e u ve s de l ' a b s o rp t i on s é r e us e . — Ex pé
r i e n c e s .
—
M ode d ' o r i g i ne de s a bs o rba ns .
519-521
Vaisseaux sanguins.
—Lesmembranesséreuses
en on t peu .
— C e u x q u i l e u r s on t
subjacens ne leur
a p p a r t i e n n e n t p a s .
— P r e u v e s . 521-522
§ I I I . Variétés
d organisation
du Système
séreux.—Exem
ples d ive rs de ces va r i é t és . —Conséquences pour l e s ma
l a d i e s . — R e m a r q u e s s u r l e p é r i c a r d e . — C a r a c t è r e s
c o m m u n s . 522-525
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système séreux.
§ . I
e r
.
Propriétés de tissu. Extensibilité.
— El le es t m oi ns
m a r q u é e q u 'i l
ne
le s e mbl e d ' a bo rd .
• — P ourquo i . —Usage
de s r e p l i s de s me mbra ne s
séreuses .—De
l e u r dé p l a c e
m e n t .
—
D o u l e u r d e c e s d é p l a c e m e n s d a n s l ' in f l a m m a
t i o n . 525-527
Contractilité. — M o i n d r e q u ' e l l e n e l e paroît. — C e p e n d a n t
e l le es t rée l le . 527-528
§ 1 1 . Propriétés vitales.
— El les jou i s sen t de peu d e sen
s i b i l i t é a n i ma l e . — P o u r q u o i . — E x p é r i e n c e s . — L e s
prop r i é t é s o rga n i que s s on t t r è s - s e ns i b l e s .— Co ns é qu e nc e s .
52 8-530
Sympathies..—Exemples d i v e r s . —Remarque sur les exha-
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XXVLlj
P R E C I S A N A L Y T I Q U E
l a t io n s s y m p a t h i q u e s . — R e m a r q u e s u r l a s é r o s it é c a d a
v é r i q u e .
Pages 53o-532
A R T I C L E
Q U A T R I È M E .
Développement du Système séreux.
§ I
e r
. Etat de ce Système dans le premier âge. —Ext rême
t é nu i t é de s s u r f a c e s .
—Qua n t i t é
de s flu ides. — Q u a l i t é .
—
C h a n g e m e n s à l a n a i s s a n c e . — E x p é r i e n c e s .
532-534
§ 1 1 . Etat du Système séreux dans les âges suivons. — L e s
sur faces sé reuses suivent l e s lo i s de l eurs o rganes respec
t i f s . -—Densité
acc r ue chez l e v ie i l l a rd . — Oss i f i ca t ion
r a r e .
5 3 4 - 3 3 6
§ 1 1 1 .
Développem ent accidentel du Système séreux.
R e
m a r q u e s d i v e r s e s . 5 3 6
S Y S T E M E S Y N O V I A L .
R a p p r o c h e m e n t e t é l o i g n e m e n t e n t r e c e s y s t è m e e t l e p r é
c é den t . — Sa d i v i s i on .
537-538
A R T I C L E
P R E M I E R .
Système synovial articulaire.
§ I
e r
. Com ment la synovie est séparée de la masse du sang.
— T r i p l e voie de sépa ra t ion ouv er te a ux flu ides q u i é m a
n e n t d u s a n g .
" 53o
La synovie est-elle transmise par
sécrétion
aux surfaces
articulaires ? — P r e u v e s n é g a t i v e s . — D e s p r é t e n d u e s
glandes s y n o v i a l es . — E x p é r i e n c e s . 53g-54a
La synovie, est-elle transmise par transsudation aux surfaces
articulaires? — P r e u v e s n é g a t i v e s . — A u t r e o p i n i o n .
542-545
La synovie est-elle transmise par exhalation aux surfaces
articulaires? —
P re uve s pos i t i ve s .
—Analogie
en t re l e s
f lu ides exha lés e t l a synovie . — Conséquences . 545-547
g
I L
Rem arques sur la synovie.
— S a quan t i t é .—El l e
v ar ie pe u. — A lté ra t io ns rare s de ce f luide.— Sa di f fé
rence d 'avec les f luides séreux. 547-549
Des membranes synoviales. 5
4
q
Formes.
— Elles représentent des sacs sans ou vertu re.
«—
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1
D E S M A T I E R E S .
. JC
Diffé renc e d 'a ve c les cap sule s f ibreuses .—Ces cap sules m a n
q u e n t d a n s l e g r a n d n o m b r e d e s a r t ic u l a t io n s . — E x p é
r i e nc es . — Pr eu ve s de l ' ex i s t en ce de l a syno via le l à où e l l e
a d h è r e . Pages
54g-555
Organisation. — A na log ie ave c l e s sur faces sé reu ses . —
S t r u c t u r e d e s p r é t e n d u e s g l a n d e s s y n o v i a l e s .
555-557
Propriétés.
—Propriétés
de t i ssu.
—Propriétés
v i t a l es . —
E x p é r i e n c e s . — L e s ys t è m e s yno v i a l r e s t e é t r a ng e r à l a
p l u p a r t d e s m a l a d i e s .
557-559
Fonctions. — El les son t é t ra ng ères à l a so l id i t é de l ' a r t i cu
l a t i o n . — El l e s n ' on t r a ppor t q u ' à l a s yn ov i e . 55g -56 o .
Développement naturel. — E ta t de l a syn ov ia le dan s l ' en
f a n t , l ' a du l t e e t l e v i e i l l a rd . 56o-56i
Développement accidentel. — R e m a r q u e s s u r c e d é v e l o p p e
m e n t .
56i-56a
A R T I C L E D E U X I È M E .
Système synovial des tendons.
I l s e c on fond s ouv e n t a ve c l e p r é c é de n t . 5 62 -5 63 .
Formes,
rapports ;
fluide
synovial.
— F o r m e s
de sac sans
o uv er tu re . — V ar ié té s de ces form es . — Sur faces l is se
e t a d h é r e n t e . — R a p p o r t a v e c l e t e n d o n . — A u g m e n t a
t io n co nt re n a t u re du flu ide. 56 3-5 66
Organisation , propriétés ,
développement.
•— L e u r s p h é n o
mè ne s s on t a na l ogue s à c e ux du s ys t è me p ré c é de n t . —
R em ar q ue s sur l e s a f fect ions d e ces sor tes de s yn ov ia le s .
|66-568
S Y S T È M E G L A N D U L E U X .
R e m a r q u e s g é n é r a l e s . «— C e q u e c 'e s t q u ' u n e g l a n d e .
569-570
A R T I C L E P R E M I E R .
Situation , formes , divisions , etc. du Système
glanduleux.
P os i t i ons s ou c u t a né e e t p ro fond e . «— R a p po r t de l a pos i
t i on de s g l a nde s a ve c l e u r e xc ré t i on . — V a r i é t é s de s
fo rme s g l a ndu l e us e s . — D i s t i nc t i on de c e s va r i é t é s . —
Sur fa c e e x t e rne de s g l a nde s .
5-0-574
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XXX
P R E C I S A N A L Y T I Q U E
A R T I C L E
D E U X I È M E .
Organisation du Système glanduleux.
§ I
e r
. Tissu propre à
l organisation
de ce Système. — L a
dis po si t io n fibreuse est é tr an g èr e a u x g*an< e«\ — P eu d e
ré s i s i a nc e du t is su g l a nd u l e ux . — T r i p l e d i s
t
osii ion de ce
t issu —
Vaj;ue
d e s r e c h e r c h e s s u r s a n a t c r e . — E v p é -
riences
d i ve r s e s s u r c e r i s s u .— D e s s i c c a t i on . —
Piésultat
p a r t i c u l i e r d e l a c o c . i o n . — R ô t i s s a g e . — M a c é r a t i o n ,
a c t i on de s a c i de s , du s uc ga s t r i que . Pages 574-581
Des excréteurs, de leur origine de leurs divisions, etc., des
réservoirs glanduleux.
— O r i g i n e . — T r a j e t . — D i v i
s ion des g landes en t ro i s c l as ses , sous l e rappor t de
la
t e r m i n a i s o n d e l e u r s e x c r é t e u r s . — D e s r é s e r v o i r s . —
C e q u i l es r e m p l a c e l à o ù i ls m a n q u e n t . — M o u v e m e n t
des f luides dans les excré teurs . 581-584
Volum e, direction, terminaison des excréteurs. — R e m a r
q u e s . — T o u s l e s e xc r é t e u r s s ' ouv re n t s u r l es s y s t è m e s
m u q u e u x o u c u t a n é . «— O b s e r v a t i o n s u r le t u b e i n t e s
t i n a l . 5 8 5 - 5 8 6
Rem arques sur les fluides sécrétés.
— Us p e u v e n t r e n t r e r
da ns l a c i r c u l a t i on . — Expé r i e nc e s d i ve r s e s à c e s u j e t .
— C o n s é q u e n c e s . 586-5g3
Structure des excréteurs. — M e m b r a n e i n t e r n e . — T i s s u
e x t é r i e u r . 5g3-594
§ 1 1 - Parties communes à l organisation du Système glan
duleux.
Tissu cellulaire. — D i v i s i o n de s g l a n de s e n de u x
classes , sous le rapport de ce t i ssu.
•—
Séros i t é e t g ra i s se
de ce t i s su . — Des fo ies g ra i s seux . 594-597
Vaisseaux sanguins. — D i v e r s e s m a n i è r e s d o n t ils p é n è
t r e n t l e s g l a n de s , s u i v a n t qu ' e l l e s s on t ou no n e n v i r on
né e s de m e m br a n e s . — T ra j e t de s a r t è r e s da n s l e s
g l a nd e s . — V e i ne s . — El l e s ve r s e n t l e u r s a ng d a ns le
s a ng no i r gé né ra l . — R e f l ux de pu i s l e c œ ur j u s que da ns
les gla nd es . 597--600
Du sang des glandes. — D iv i s ion de ces o rg an es en t ro i s
c las ses , sous l e rap po r t du f lu ide qu i y p én è t re . — G ra n d e
qua n t i t é de s a ng c on t e nu da ns l e foie e t l e r e i n . — V a
r i é t é su ivan t l a
s é c r é t i o n . 6oi-6o3
Nerfs. — D e c e u x d e s g a n g l i o n s e t d e s c é r é b r a u x . — L e u r
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E S M A T I E R E S .
XXX
p r o p o r t io n . — C o m m e n t ils p é n è t r e n t les g l a n d e s . —«
L a
sécrétion
es t i nd é p e n da n t e de l 'i n f lue nc e ne rve us e .
Pages 6o3-6o6
Exhalons et absorbons.
606
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriété du Système glanduleux.
§ I
e r
. Propriétés de tissu.—Elles s o n t p e u m a r q u é e s . -
P r e u v e s . —Nouvelle remarque sur l e re f lux du sang no i r
da ns l e s g l a n de s . 60 6 -60 8
§ 1 1 .
Propriétés vitales. — P ro pr ié té s de la v ie an im a l e .
Expé r i e nc e s s u r l a s e ns i b i l i t é a n i ma l e . —Varié tés des
r é s u l t a t s . '
608-610
Propriétés de la vie organique. — L a contractiliié insens ib le
e t l a sens ib i l i l é cor respondante
sont
le s p r é d o m i n a n t e s . —
Le ur i n f l ue nc e s u r l a s é c r é t i on . — Variélés des f luides
s é c ré t é s . — Af fe c t i ons o rg a n i q ue s de s g l a n de s . — R e
m a r q u e s .
610-614
Sympathies.
614
Sympathies passives. E x e m p l e s d i v e r s . — S y m p a t h i e s d o n t
les
c a us e s a g i s s e n t à l ' e x t r é m i t é de s e xc ré t e u r s . — In
f luence des sym pa th ie s pass ives des g landes dan s l e s m a
l a d i e s . — R e m a r q u e s u r c e ll es de c ha que g l a nd e . 614-619
Sympathies actives.
—Remarques
d i ve r s e s .
619-620
Caractères des propriétés vitales. 6 2 0
Prem ier caractère. Vie propre à chaque glande.
— P r e u v e s
de c e t t e v ie p ro pr e . — D e son in f luence dans l ' é t a t
de
s a n t é et d e m a l a d i e . 6 2 0 - 6 2 0
Deuxième caractère. Rémzttence de la vie glanduleuse.
—
L e s g la n d e s o n t u n e e s p è c e d e s o m m e i l . — E x e m p l e s
d i v e r s , 623-625
Troisième caractère. La vie glanduleuse
n est jamais
simul
tanément exaltée dans tout le système. — A p p l i c a t i o n
de c e t t e r e m a rq ue à l ' o rd re
digestif.—Avantage
de l 'exci
t a t ion a r t i f i c i e l l e des g landes dans l e s malad ies . 625-627
Quatrième caractère. Influence du climat et de la saison sur
la vie glanduleuse. «— L a su eu r et plu sie urs f luides séc ré
t és son t en sens inve rse sous ce rap po r t . 62 7-6 29
Cinquièm e caractère. Influence du sexe sur la vie glandu
leuse. 62 q
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xxx
P R É C I S A N A L Y T I Q U E
A R T I C L E
Q U A T R I È M E .
Développement du Système glanduleux.
§ I
e r
.
Etat de ce Système chez le fœtus.
—Lesglandes son t
t r è s-p rononc é e s à ce t â g e . — C e p e n da n t l e s sécrétions n e
s on t pa s s i ma rqué e s .
Pages 629-631
§ 1 1 .
Etat du Système glanduleux pendan t
l accroissement.
— A c t i v i t é subi.'ement a c c r u e à l a n a i s s a n c e . — C e p e n
d a n t c e n ' e s t p a s le s y s t è m e g l a n d u l e u x q u i p r é d o m i n e
da ns l e p r e mi e r â ge .
—Remarques
s u r
ses
m a l a d i e s . —
L e s g l a nde s m uq ue us e s e t l a c r ym a l e s s on t le p l u s f r é
q u e m m e n t e n a c t i o n c h e z l ' e n f a n t .
63i-635
§ I I I . Etat du Système glanduleux après
l accroissement.
—Epoque d e la p u b e r t é . —Sou i n f l ue nc e s u r l e s g l a nde s .
— In f l ue nc e de s g l a nd e s de l a d i ge s t i on à l ' â ge a d u l t e .
6 3 5 - 6 3
7
g
I V
Etat du Système glanduleux chez le
vieillard.—Du
changement dans l e t i s su des g landes pa r l ' e f fe t de l ' âge .
— P l us i e u r s g l a nde s sécrètent en cor e b ea u c o u p de flu ide
chez l e v ie i l l a rd . — R a p p o r t d e c e p h é n o m è n e a v e c la n u
t r i t i o n . 637-639
S Y S T È M E D E R M O Ï D E .
R e m a r q u e s g é n é r a l e s . 6 4 0
A R T I C L E P R E M I E R .
Formes du Système dermoide.
§
1er.
Surface externe du Système derm oide.
— P l i s d i v e r s
de c e t t e s u r f a c e . — Le ur na t u re d i f f é r e n t e .
641-644
§ 1 1 . Surface interne du Système dermo ide. —Ses r a p p o r t s .
— A b s e n c e d u p a n n i c u l e c h a r n u c h e z l ' h o m m e . — C o n
s é q u e n c e s . 6 4 4 - 6 4 6
A R T I C L E
D E U X I È M E .
Organisation du Système
dermoide.
§
I
e
r .
Tissu propre à cette organisation.
6 4 6
Chorion. — Son é pa i s s e u r da ns l e s d i ve r s e s r é g i ons . — Sa
structure. — Manière de la voir. —
Variété
de cette
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D E S M A T I E R E S . XXXllJ
^structure s u i va n t l e s r é g i ons . —Aréoles du c ho r i on . —
F i b r e s . — L e u r n a t u r e . — E l l e a p p r o c h e d e c e l l e d u
t issu f ibreux. — C ep en da n t e lle en di f fère. — L e ch or ion
es t é t ranger aux fonc t ions de l a peau re la t ives à l a v ie
a n i ma l e e t à l a v i e o rga n i que . Pages 646-655
Du corps réticulaire. — I d é e qu 'o n s ' en es t fo rm ée . — C e qu i
e x i s t e .
—Réseau
va s c u l a i r e . — Subs t a nc e c o l o ra n t e . —
Ana l og i e a ve c l a d i ve r s i t é de s r a c e s . —«-Comment on do i t
cons idé re r ce t t e d ive rs i t é . — Des cas où l e sang pénè t re
da ns l e c o rps r é t i c u l a i r e . —Singulière pro pr ié té des va i s
s e a u x d e
la face à
e n r e c e v o i r
plus
que l e s au t res .
—CàUse
d e c e p h é n o m è n e . — T r i p l e m o y e n d ' e x p r e s s i o n d e s p a s
s i o n s — R a p p o r t d e la t e n d a n c e ,d u s y s t è m e ca p i ll a ir e
f a c i al à r e c e v o i r d u s a n g , a ve c le s m a l a d i e s . —Double
é t a t d u c o r ps r é t i c u l a i r e . — P h é n o m è n e s à
l'instaht
de la
m o r t . — E x p é r i e n c e s . 6 5 5 - 6 6 5
Papilles. S i t u a t i o n s .
— I l
ne fau t pas prendre
pour
telles les
. s a i ll ie s c u t a né e s . -—Expérience pou r p rou ve r la n a t u re
de ces sa i l l ies .
—Leurs var ié tés .—Formes
, s t r u c t u re
iferveuse de s pa p i l l e s . •-»- 665-66Î5
Action de dijférens corps sur le tissu dermo ide.
6 6 8 - 6 6 9
action de la lumière. — L e s ho m m e s s ' é ti o l e n t c om m e l e s
p l a n t e s .
— E x e m p l e s .
6 6 9 - 6 7 0
Action du calorique. — Effe ts qu ' i l p ro du i t sur l a peau d an s
l e v i va n t s u i va n t s e s d i ve r s de g ré s . —Effet du froid. —
R e ma rque s gé né ra l e s s u r l a ga ng rè ne e t s u r l e s a n t i s e p
t i q u e s .
—
Fa u s s e s op i n i o ns de s a u t e u r s . 670 -676
Action de l air.
—R e ma rque s
su r l ' influe nce de ce f luide
s u r l a v a po r i s a t i on de l a t r a ns p i r a t i on . — I l est é: r a nge r
. à c e t t e fonc t ion e l l e -m ê m e . •— De ss icca t ion de l a pea u
p a r l'air. — Sa pu t r é f a c t i on . 676 -680
Action de l'eau.
—Usages
g é n é r a u x d e s b a i n s .
— L e u r
u s a g e
est.dans
l a n a t u r e .
—Macérat ion
de l a peau . —
E t a t p u l p e u x .
-—
Coc t i on de l a pe a u .
— M o d e
de racor
n i s s e m e n t . — P h l yc t è n e s qu i s ' é lè ve n t à l ' i n s t a n t où il a
i [
e u
.—-Autres phénomènes de l a coc t ion . 68o-6 85
Action des acides, des alcalis, et
d autres
substances. — E x p é
r i e nc e s d ive r s e s a ve c les ré ac ti fs . — R e m a r q u e s . 685-687
§
I L
Parties communes à
l oiganisation
du
Système
der
moide. °"
8
7
Tissu cellulaire. — M a n i è r e d o n t i l se c o m p o r t e . — R e -
1 1 .
r
-
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XXxiv
P R E C I S
A N A L Y T I Q U E
m a r q u e s sur l e fu ro nc le . —Quelquefois il- es t tou t détruit;
—Aspect
que p re nd a l o r s l a pe a u .
—R e ma rque s
sur les
l e u c o p h l e g m a s i e s .
Pages 6 8 7 - 6 8 9
Vaisseaux sanguins.
—Manière don t i ls s e c o m po r t e n t . —
D i l a t a t i o n de s ve i n e s e n c e r t a i n s c a s . 68 9 - 69 0
Nerfs.
—M ode
d e l e u r d i s t r i b u t i o n .
690-691
Absorbons. — P r e u v e s d e l ' a b s o r p t io n c u t a n é e . — A b s o r p
t i on de s v i ru s . — T a b l e a u de c e t t e a b s o rp t i on . -— V a
r i é t é s q u ' e l l e é p r o u v e . — A b s o r p t i o n d e m é d i c a m e n s . —
E x p é r i e n c e s . — C a r a c t è r e d ' i r r é g u l a r i t é d e s a b s o r p t i o n s
c u t a né e s . — A quo i t i e n t c e c a r a c t è r e . — In f l ue nc e de
la
foiblesse
s u r c e t t e a bs o rp t i on .
691-696
Exhalons.
— M o d e d e dis tr ibution.—Exhalat ion c u t a n é e .
— Insuf f i sance de s ca lcu l s sur ce po in t . — R ap p or t de
c e t t e e xha l a t i on a ve c l e s s é c r é t i ons . — R a ppor t a ve c
l ' e xha l a t i on
pulmo naire. —Expéri ences sur cet
t e d e rn i è r e
e xha l a t i on . — R e ma rque s s u r l e s c a us e s de p l u s i e u r s
to ux . — D éfau t de va po r i sa t i on du flu ide dép osé sur l es
b ro nc h e s . — L e s e xha l a n s c u t a n é s va r i e n t . — Son t - il s
s ous l ' i n f l ue nc e ne rve us e ? —• Ce l a ne paroît p a s p r o
b a b l e . 6 9 6 - 7 0 4
Glandes sébacées. — H u m e u r h u i l e u s e d e l a p e a u . — S a
qua n t i t é . — Se s va r i é t é s . — Se s s ou rc e s . — Nous a vons
pe u de donn é e s s u r l e s g l a nd e s s é ba c é e s . 70 4 -70 7
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système dermoide.
§ I
e r
.
Propriétés de tissu.
— E l l e s s o n t t r è s - m a r q u é e s . —
Souv e n t e ll e s s on t mo i nd re s qu ' i l ne l e s e m bl e . — P hé
nomè ne de l ' e x t e ns i b i l i t é e t de l a c on t r a c t i l i t é .
707-711
§
I I .
Propriétés vitales.
711
Propriétés de la vie animale. — S e n s i b i l i t é .
— D u
t ac t . —
D u
toucher.—Ses
c a r a c t è r e s .
—Ses
d i f fé rences
des
a u
t res s en s . — Siège de l a s e ns i b i l i t é c u t a né e . • — M ode . —
D o u l e u r p r o p r e à la p e a u . — In f l ue nc e de l ' ha b i t ude s u r
c e t t e s e ns i b i l it é . — R é f l e x i ons d i ve r s e s . — D i m i n u t i o n
de l a s e ns i b i l i t é c u t a né e . 711-720
Propriétés
de. la vie organique. — C e s o n t s p é c i a l e m e n t
la
sens ib i l i t é o rganique ' et la co n t ra c t i l i t é insens ib le qu i com
posent c es p r o p r i é t é s . — P h é n o m è n e s a u x q u e l s e ll es préj
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D E S M A T I E R E S . XXXV
siéent. — D i v i s i o n d e s m a l a d i e s c u t a n é e s .
—Excitans
d e
l a s e n s i b i l i t é o r g a n i q u e c u t a n é e . :—La cont rac t i l i t é o r
g a n i q u e s e n s i b l e e s t p e u m a r q u é e . Pages 720-724
Sympathies. 724 -725
Sympathies passives.
—-Exemples d i ve r s e t r e ma rque s s u r
l es s y m p a t h i e s d e chaleur. — R e m a r q u e s g é n é r a l e s s u r
l es sensa t ions de chaud e t de f ro id . — Inf luence des sym
p a t h i e s sur la s u e u r . 725-729
Sympathies actives.
—C e s
s ympa t h i e s s on t r e l a t i ve s à c ha
c une de s clasesdes m a l a d i e s c u t a né e s a ss i gné e s p l u s ha u t .
— E x e m p l e s d i v e r s . — R e m a r q u e s g é n é r a l e s. 729-735
Caractères d es propriétés vitales. Prem ier caractère. La
vie
cutanée varie dans chaque région.
— Var ié tés de sens i
b i l it é a n i m a l e .
—Vari étés dans
le s p rop r i é t é s o rga n i qu e s .
735-737
Deuxièm e caractère . Intermittence sous un rapport; conti
nuité sous un autre rapport.
— L a
v ie p ropre de l a peau
es t in te rmi t t en te du cô té des fonc t ions de re la t ion . — Sa
c on t i nu i t é du c ô t é de s fonc t i ons o rga n i que s .
737-759
Troisième caractère. Influence du sexe. 73g
Quatrième caractère. Influence du tempéram ent.
739-740
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développement du Système dermoide.
§ 1er. E tat de ce Système chez le fœtus. — E n d u i t g l ua n t
da ns l e s p r e mi e r s t e mps . — Abs e nc e de c e r t a i ne s r i de s
chez le
fœ t us .
— L a x i t é d ' a d h é r e n c e . — E t a t d e s p r o
pr ié tés vi ta les de la peau chez le fœtus . — Ses fonct iops
à cet , â g e . 74 0 -74 4
§ I I .
Etat du Système dermoide pendan t l'accroissement.
— R é vo l u t i on s ub i t e à l a na i s s a nc e . — Abord du s a ng
rou ge à l a pe au . — Co nséq uen ces . , — E ta t des forces
v i t a l e s c u t a né e s da ns l ' e n f a nc e . — E t a t du t i s su cu tané .
7 4 4 - 7 4 9
g I I I . Etat du Système dermo ide après
l accroissement. —-
Proportion croissante
de la su bs tan ce fibreuse, et dé cr oi s
s a n t e de l a gé l a t i ne u s e . — R e m a r qu e s u r l es maladies
et ; les affect ions de la peau. 74975a
g I V -
Etat du Système dermo ide chez le vieillard.
—Eta t
d u t i s s u c u t a n é . — P h é n o m è n e s a u x q u e l s i l d o n n e l i e u . —
Éta t des forces v i t a l es . — Eta t des fonc t ions .
702-756
c ij
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XXXViij
P R ÉC IS A N A L Y T I Q U E D E S M A T I E R E S .
O r g a n i s a t i o n d e c e l u i - c i . — R e n f l e m e n t d u p o i l à son
or i g i ne . — Son t r a j e t j u s qu ' à l ' e x t é r i e u r .
Pages 807-810
§
I I .
Enveloppe, extérieure des poils. — A n a l o g i e d e c e t t e
e nve l oppe a ve c l ' é p i de rme . — Se s d i f f é r e nc e s . — A c t i o n
de s d i ve r s agens- s u r c e t t e e n ve l o pp e . «— Sa d i s pos i t i on
e x t é r i e u r e .
810-812
g
I I I .
Substance, intérieure des poils. — N o u s e n i g n o r o n s
la n a t u r e . — C a p i l l a i r e s d e s c h e v e u x . — L e u r s u b s t a n c e
c o l o r a n t e . — L a s u b s t a n c e i n t é r i e u r e d e s c h e v e u x e s t e s
s e n t i e l l e m e n t s o u m i s e à l ' i n f l u e n c e d e s p h é n o m è n e s v i
t a ux . — P re uve s de c e l t e a s s e r t i on . — Ce l a l a d i s t i ngue
d e l ' e n v e l o p p e e x t é r i e u r e .
813-818
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système pileux.
I I é p r o u v e p e u d e r a c o r n i s s e m e n t .
— D e
l a f r i sure .
—Les
prop r i é t é s de t i ss u pe u m a rq ué e s . — L e s a n i m a l e s s on t
n u l l e s . — L e s o r g a n i q u e s u n p e u
plujs
c a r a c t é r i s é e s .
818-821
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développe/tient du Système pileux.
§ I
e r
.
Etat de ce Système dans le premier âge.
-—
D u duvet
du fœ t us .
—L'accroissement
des poi ls es t a lors inverse
de c e l u i de s a u t r e s pa r t i e s . — L e u r a c c ro i s s e m e n t a p rè s
la naissance.—Leurs couleurs son t peu foncées dans l ' en
f a nc e . 821-822
§ 1 1 . Etat du Système pileux dans les âges suivons. —
R é v o l u t i o n à l a p u b e r t é . — D e s po i l s qu i pous s e n t a l o r s .
•—H y a pe u de ' c h a n ge m e n s da ns l e s â ge s s u i v a n s .
8 2 2 - 8 2 3
g 1 1 1 . Etat du Système pileux chez le vieillard. — Des
po i ls qu i m e u re n t l è s p r e m i e r s . — D e la b l a nc he u r qu ' i l s
p r e n n e n t
a l o r s . —
I l s c ro i s se n t e n c o re da n s c e t é t a t . —
P ou rq u oi . — Poussen t - i l s ap rès l a m or t ? — Di f fé rence s
gé n é ra l e s de s c o rps v i v a n s e t
bruts
d a n s l e u r d é c r é p i t u d e .
8 2 3 - 8 2 7
§ I V -
Développement accidentel. —
D é v e l o p p e m e n t
sur
l es s u rf a ce s mu qu e u s e s . — D é v e l o pp e m e n t s u r l a pe a u .
— D é v e l o p p e m e n t d a n s l e s k y s t e s . 827-828^
F I N D E L A T A B L E .
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ANATOMIE
G É N É R A L E .
S Y S T È M E S P A R T I C U L I E R S
A Q U E L Q U E S
A P P A R E I L S .
Considérations générales.
J _ J E
premier volume de cet ouvrage a été consacre' à
des recherches su r les systèmes comm uns à la structure
de tous les appareils , sur les systèmes primitifs qui
forment pour ainsi dire le parenchyme nutritif, la
base de to us les organ es, puisq u'il n 'est presque auc un
de ces organes où les a r t è re s , les ve ine s, les ex ha lan s,
les absorbans, les nerfs et le tissu cellulaire n'entrent
po ur pa rtie plus ou m oins essentielle. Ch acu n est tissu
d'abo rd d e ces parties co m m un es, puisd'autres parties
pro pres qu i les caractérkent spécialement.
Le s systèm es qui seront exam inés dans ce volum e ,
ne sont point aussi généralement répandus dans l 'éco
nomie animale .
Ils
n 'ap part ie nn ent qu 'à quelques
app areils partic uliers : ainsi les s ystèm es o sseux ,
m usculaire an im al , car t i la gin eu x, fibreux, sont- ils
spécialement destinés aux appareils de la
locomo-r
t ion ;
ainsi les systèmes séreu x, m u qu eu x , m usculaire
I I .
i
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2 C O N S I D E R A T I O N S
organique, e tc . , entrent- i ls sur tout dans les appareils
d iges t i f s , r e sp i ra to i res , circulatoires;ainsi
le système
glanduleux forme-t-il l 'appareil des sécrétions; ainsi
le
système cutané
entre
:
t-il
pr inc ipa lement dans
l 'ap
pareil sensitif externe, etc.
Tous l e s systèmes-qu'il nous reste à examiner
sont donc bien plus isolé s, jouent un rôle bien moins
étendu que ceux qui nous ont occupés jusqu' ic i . Con
centrés dans quelques ap par eils , ils sont é tran gers
aux autres , i ls ont une yie.indépendante de la leur ,
au lieu qu e par-tou t les systèm es prim itifs m êlen t le ur
m od e de vitalité à celui des au tres or ga ne s, da ns la
com position d esquels ils en tren t : la pl up art on t u n
mode d'exister et des formes extérieures qui les dis
tinguent de ces derniers. Les différentes parties qui
composent chacun, sont
presque
toujours isolées, ne
tiennent point les unes aux autres
:
les
o s ,
les muscles
de la vie animale et de la vie organique, les carti
lage s , les
fibro-cartilages ,
les organes
m é d u l l a ir e s ,
les
glandes , les membranes séreuses , les poi ls ,e tc . pré
sentent ce t i solement d 'une manière remarquable .
Chaque pièce appartenant à ces différens systèmes ,
a toujours entr 'elle et les pièces du m êm e systèm e
un e foule d'org anes intermédiaires,qui sont dé na ture
très-différente, et qui appar^fennent par conséquent
à d'autres systèmes. I l n 'y a guères que les sj
r
stèmes
cutané, f ibreux et muqueux, qui soient par- tout con
t inus dans leurs diverses part ies; encore ce dernier
n'a-t-il
point de
communication
entre sa port ion qui
se déploie sur les appareils digestifs et respiratoires,
et sa portion qui appartient aux organes urinaires et
géni taux.
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G
i N
l
R-
A
L
E S.
3
iNous
avons vu au contraire les systèmes primitifs
être par- tout continus, ne point avoir
entr'eux
d ' in
te r rupt ion. Le ce l lu la i re , l ' a r té r ie l , le ve ineux, l ' ab
sorb ant , le ne rve ux , sont tellem ent disposés , qu e s'il
étoit possible d'enlever tous les organes qu'ils pénè
tr e n t, en les laissant seu ls, on au roit u n véritable to ut
div erse m en t figuré suivant ces systèm es. L es exhalans
peuvent ê tre aussi vér i tablement considérés comme
se tena nt p ar - t o u t , a insi que no us l 'avons vu . Su p
posez au contraire que les organes intermédiaires aux
o s ,
aux cartilages , aux fibro-cartilages , etc., soient
enlevés; toutes les pièces de ces systèmes tombent
aussitôt, et vous n'avez point un tout continu.
L 'ordre à suivre dans l ' examen de ces systèmes,
est assez indifférent; nous les placerons les uns après
les au tres dan s la série suivante , qu i co m pre nd ra
les systèmes
i ° .
osseux, 2° . médul la i re , 3° . car t i la
gineux ,
4 °-
fibreux , 5°. fibro-cartilagineux , 6°. mus
cu la i re an imal , 7
0
. musculaire organique , 8°. mu
q u e u x , ^ . s é r e u x ,
i o ° .
g l a n d u l e u x , i i ° . c u t a n é ,
12° , épidermoïde ,
i 3 ° .
enfin le système des poils.
Remarquez que la nature ne s 'astreint à aucun
ordre méthodique, en distr ibuant ces systèmes dans
les divers appareils ; elle n'a point égard aux grandes
différences qu'elle a établies en tre les fonction s. C h a
cun peut appartenir en même temps à des appareils
de fonctions qui n'ont aucune analogie. Ainsi le
fibro-cartilagineux qu i se tro uv e su rto u t dans les
organes locomoteurs, dans la vie animale par consé
q u e n t , entre-1-il aussi dans l 'appareil respiratoire
par la trachée-artère ; ainsi le système m u qu eu x, pres
que par-tout destiné aux organes de la vie interne,
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4 CONSIDERATIONS G E N E R A L E S .
appartient-il à la vie externe dans la conjonctive,
dans les fosses nasales , etc., à la génération dans les
vésicules séminales, dans la prostate, etc.; ainsi le
système glandu leux verse-t-il tour à to u r des fluides su r
les organes des deux vies , comme sur ceux de la gé
nération; ainsi les surfaces séreuses se déploient-elles
sur des parties qu e leu rs fonctions ne rap pr oc he nt
nullement,
sur le cerveau et l 'estomac par exemple ,
su r les cartilages artic ula ires et sur les po um on s , e tc .. ..
Co ncevon s don c les systèmes sim ples par abs t rac t ion ,
si je puis parler ainsi; représen tons -no us les d 'u n e m a
nière isolée , com m e des espèces de m atér iau x d is
t incts les uns des autres, quoiqu'assemblés deux à
deux, trois à trois , quatre à quatre , e tc . , pour for
m er les édifices partiels de no s ap p ar ei ls , édifices
dont résulte
1
édifice général de no tre éc on om ie.
Chacun de ces appareils est destiné à exercer une
fonction
déterminée,et
doit se classer par co ns éq ue nt
comme les fonctions : c 'est aussi de cette manière
que nous les d is t r ibuerons dans l 'Anatomie descr ip
t ive.
Mais les systèmes simples ne tendant à un but
commun qu 'autant qu ' i l s sont réunis en appare i ls ,
on ne pe u t ,
en
les considérant isolé m ent, s 'astreindre
à aucune classification empruntée de leur destination.
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S Y S T E M E
O S S E U X .
V-j E
système , remarquable entre tous les autres par
la dureté et la résistance qui le
caractérisent,
reçoit
de ce dou ble attr ibu t l 'ap titude à servir à tous de b ase
commune sur laquelle i ls reposent, e t autour de la
quelle ils se trouvent suspendus et f ixés. L'ensemble
des pièces
qui
le form ent tienn ent les unes au x au tr es ,
pour cet
u sag e ,
au moyen de liens souples et
rés i s -
t a n s ,
qui composent de ces pièces un tout qu'on
nomme le squelet te . Ce tout osseux, placé au milieu
de la foule des organes qu'il soutient, par-tout con
t inu dans ses diverses part ies, n 'a point cependant,
commelessystëmes pr im it ifs , continuité dévie prop re
d 'u n e de ses extré m ités à l 'aut re. Le s liens qui a s
sem ble nt ses pièces d iv er se s, très-différens d'elles p ar
leur nature et par leurs propriétés, y produisent un
isolement de vitalité, que les différentes parties des
systèmes ci-dessus ne présentent
point,
parce que
dans leur continuité leur nature est par-tout la même.
A R T I C L E
P R E M I E R .
Des Formes du Système osseux.
l_j O N
S I D É R É S
sous le rapport de leurs formes, les
os
so n td e trois so r te s, lo ng s, plats e t courts . U ne seule
dimension domine dans les premiers, la longueur ;
deux s 'observent en proportion à peu près égale dans
les seconds, la longueur et la largeur; ces deux der-
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(y S Y S T È M E
niè resd im en sio ns , plus l 'épaisseur , caractér isent
lesos
cour t s . Ex am inon s chacun d 'une manière généra le .
§ 1er. Des Os longs.
Les os longs appartiennent en général à l 'appareil
locomoteur, ou Us form en t des espèces de leviers que
meuvent les muscles en différentes directions. Tous
sont placés dans les m em br es , où leu r ensem ble consti
tue u ne espèce de colonne cen trale, et mob ile en div ers
sens. On les y voit successivement diminuer en lon
gueur e t augmenter en nombre , en les examinant de
la par t ie supérieure à l ' in fér ieu re, du fém ur ou de
l 'humérus aux phalanges des orteils ou des doigts. I l
résulte de cette double disposition opposée, que le
haut des membres est caractérisé par l 'étendue des
mouvemens, et le bas par la multiplicité , la variété
et les bornes étroites de ces mouvemens.
Ces os ont tous un e confo rm ation analogu e : épais
e t volum ineux à leurs extré m ités ,
ils
sont plus
minces
et ordinairement arrondis dans leur mil ieu ou dans
leur corps, comme le disent les
anatomistcs .
L e volum e des extrém ités osseuses présen te
le
dou ble
avantage , i ° . d'offrir aux articulations de larges sur
faces et par conséquent plus de causes de résistance
aux divers déplacemens , 2°. de concourir à la régu
lar ité des formes du m em bre au quel ils app art ie nn en t.
Remarquez en effet que les muscles et les os sont
juxta-posés en sens inverse dans les membres. Le
m ilieu dés
premiers,qui
est leur partie la plus grosse,
corres pon d au m ilieu des se co nd s, qui form e leur
po rtion grêle ; tand is qu e les ex tré m ité s de ceux-ci
suppléent par leur volume à la ténuité des tendons
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O S S E U X . 7
qui terminent les autres, e t qui se trouvent placés à
côté d 'e l les . L 'augmenta t ion de volume des extré
mités des os longs n 'est point subite; e l le commence
insensiblement sur le corps. On observe sur ces ex
t rémités d iverses ém in en ce s , soit d 'a r t icu la t ion , soi t
d ' inser t ion.
Le milieu ou le corps ne présente aucune é m i -
ne nc e; seulem ent on y voit des l ignes sai l lantes, tou
jours dest inées à des implanta t ions aponévrot iques ,
et qui , lorsqu'el les sont très-marquées, ôtent à l 'os
sa forme cylindrique qu' i l conserve cependant à
l 'in
t é r ieur
:
ainsi le tibia est-il m an ifeste m ent trian gu laire
au-dehors, quoique au-dedans son canal a i t la forme
de celui du fémur. En général ces lignes d' insertion,
toujours séparées
entr'elles
par des surfaces planes,
sont au nombre de trois sur chaque os long, comme
on le vo i t à l ' humérus , au cub i tus , au rad ius , au
tibia , au péroné, e tc . J ' ignore la raison de cette loi
de conformation. Une autre observation
généra le ,
c'est que le corps de presque tous les os longs est
comme tordu sur lui-même; en sorte que la direction
de sa partie supérieure n'est pas la même que celle
de l ' inférieure : en suivant de haut en bas une des
lignes dont je parlois tout à l 'heure, on peut faire
cette remarque, qui du reste est plus sensible chez
l 'adulte que chez le fœtus. Ce changement de direc
tion n'a rien de général dans le sens qu'il affecte.
Les formes intérieures des os longs se distinguent
très-bien en sciant ceux-ci lon gitu dina lem ent. L e tissu
celluleux les rem pli t aux ex tré m ité s; il est , com m e
no us le ve rro ns , plus m ince et m oins abond ant dans le
milieu qui offre le canal médullaire.
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8 S Y S T È M E
Ce canal n'existe point dans le premier mois du
f œ t u s ,
et tant que l 'os est cartilagineux: l 'état osseux
est l 'époque de sa formation. Toute la gélat ine du
milieu de l 'os est alors absorbée, l 'exhalation n'y en
apporte point de nouvelle , excepté dans le tissu
cel-
luleu x très-rare que renferm e ce can al; cette fon ctio n,
par-là même qu'elle est nulle au centre, devient plus
active à la circonférence de l 'os. Ce surcroît d 'acti
vité des exhalans ex tern es favorise la form atio n du
tissu compact dont le développement se fait précisé
ment en même temps que celui du canal dont il forme
les pa roi s; en sorte qu 'à cette pério de d e l 'ossification,
l 'exhalation et l 'absorption semblent être en sens in
verse d an s les de ux partie s de l 'os : l 'u ne est trè s-
énergique à l 'extérieur pour apporter le phosphate
calcaire dont s 'encroûte le parenchyme déjà existant;
l 'autre est très-active à l ' intérieur pour enlever la gé
latine dont l 'absence forme le vide
d'où
naît le canal
médul la i re .
Il n'y a de cavité médullaire bien caractérisée que
dans l ' humérus , l e r ad ius , l e cub i tus , l e
fémur,
le
tibia, le péroné et la clavicule, etc. Les côtes, les pha
langes, qui par leur forme se rapprochent de ceux-ci,
ont dans leur milieu beaucoup de tissu celluleux o r
dinaire, et presque jamais de ce tissu celluleux plus
m in c e , qui occupe le centre des os ci-dessus in di qu és ,
et qui ne se trouve que dans la cavité médullaire.
Cette cavité ne s'étend point au-delà du corps de
l 'os : là ou le tissu compact commence à s 'amincir ,
elle disparoît, remplacée par la grande quantité de
tissu celluleux qui remplit l 'extrémité de l 'os. Sa
forme est cylindrique, sa direction droite. Elle ne
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varie point dans sa forme, suivant les aspérités ou les
lignes saillantes extérieure s du corps de l 'os , qu i p re nd
seulement en ces endroits plus d'épaisseur.
Ses
parois
sont plus lisses dans le milieu , qu'aux extrémités
d'où
se détachent
déjà
beaucoup de filets celluleux
très-cons idérables . Elle est traversée dan s plusie urs su
jets par des cloisons osseuses, minces et. horizontales,
qui interrompent presque entièrement sa continuité
en cet
endroit,
et sem blent la diviser en deu x ou trois
parties très-distinctes.
Le canal médullaire sert non-seulement à loger
l 'organe m éd ul la i re , à le déf en dr e , mais encore, à
donner plus de résistance à l 'os : car on sait que de
deux cylindres égaux par la quantité de matière qui
les forme , mais dont l 'un sera creux, et par consé
quent à plus grand diamètre que l 'autre qui sera
plein, le premier résistera plus que le second, parce
qu'on le ploiera , e t on le rompra par là même avec
moins de facilité. Des cylindres p l e i n s , égaux en
diamètre aux os l o n g s , eussent empêché, par leur
pesanteur , les mouvemens des membres; tandis que
d'autres cylindres de même pesanteur , mais sans ca
v i t é , eu ssent offert tro p peu d e surface po ur les inser
t ions musculaires. Réunir peu
de*
pesan teur à un e
largeur suffisante dans le milieu des os
longs ,
est donc
un grand avantage du canal médullaire.
Ce canal disparoît dans les premiers temps de
îa
formation du cal au niveau des fractures, parce que
tou t
l'organe .médullaire
se pénètre en cet endroit de
gélat ine, e t devient car t i lagineux; mais peu à peu
cette gélat ine, absorbée de nouveau, sans être rem
placée, favorise le développement d'une cavité nou-
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I O
S Y S T E M E
vel le ,
et la com m un icatio n se rétab lit en tre les parties
supérieure et inférieure du canal.
J'ai observé
q u e ,
dans le premier âge, e t tant que
les
extrémités de l 'os sont cartilagineuses, le canal
médullaire est moins long à proport ion que dans l 'a
dulte; i l ne forme guère à la naissance que le tiers
moyen de l 'os, les deux t iers supérieur et inférieur
étant formés d'abord par la portion cartilagineuse de
chaque extrémité , puis par un t issu celluleux inter
médiaire à cette portion et au canal. A mesure qu'on
avance en âge, sa proport ion de longueur devient
plus marquée .
§ IL Des Os plats.
L es os plats o n t, en gé né ra l, pe u de rap po rt à la
locomotion, qu'ils ne favorisent guères que par les
insert ions des m usc les , .qui vont de là se rendre aux
os longs. La nature les destine surtout à former les
cavités, telles que celles du cr ân e, d u b assin . Le u r con
formation les rend très-propres à cet usage. Leur
nombre varie suivant les cavités auxquelles ils con
courent : toujours plusieurs se réunissent pour en
composer une, et c 'est même cette circonstance qui
en assure en partie la solidité. En effet, l 'effort des
coups
extérieurs
se perdant dans leurs jointures, les
fracture avec moins de facilité. Si le crâne n'étoit que
d'une seule
p ièce ,
ses solutions de co ntin uité seroient
beaucoup plus fréquentes qu'elles ne le sont d'après
son organisation naturelle. A mesure que les sutures
s'ossifient chez les v ie ill ar ds, il de vien t plu s fragile.
Dans les enfans ou l 'ossification n'est pas complète,
ou le nombre des pièces osseuses isolées est par cou-
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1 2 S Y S T E M E
§ 1 1 1 .
Des Os courts.
L es os courts son t placés en général da ns les parties
oii doivent se trouv er réun ies la m obilité et la solidité,
comme dans la colonne vertébrale , le tarse , le méta
tarse . T ou jou rs peu v olu m ine ux , ils se t rouvent ra
massés en assez grand nombre dans les régions qu'ils
occupent; ce nombre supplée à leur peti tesse dans
la formation des portions du squelette auxquelles ils
concourent. C'est aussi ce nombre qui assure à ces
po rtion s la réunion des deux attr ib uts presqu e opposés
dont nous parlions, savoir, la solidité parce que les
efforts extérieurs se perdent dans les liens nombreux
qui les unissent, et la mobilité parce que l 'ensemble
de leurs mouvemens isolés donne un
mouvement
gé
néral considérable.
Rien n'est constant ni uniforme dans la confor
m ation extérieure de ces os ; elle se modifie suivant le
plan général du tout dont ils sont les parties: ainsi les
usages différens du carpe, du métacarpe, de la co
lonne vertébrale , déterminent des formes diverses
dan s leurs os respectifs. Ce s os pré sen ten t toujou rs
beaucoup de cavités et d 'éminences sur leurs surfaces
externes, nécessaires à leurs nombreuses ar t icula
t i o n s ,
à l ' insertion des liens ligam en teux m ultipliés
qui les un iss en t, et des m uscles qu i les font m ou vo ir.
A l ' intér ieur , ces os n 'ont r ien de part iculier que
bea uco up de tissu celluleux qui les forme
presque
en
totalité
•, et
qui les expose à de fréquentes caries.
Il ne faut point croire du reste que la nature
s'as-
servisse avec régularité à la division des os en longs,
en plats et en cou rts. Ici com m e ailleurs,elle se joue de
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nos méthodes de
de sc r ip t ion ,
et nous montre les os
tantôt présentant et le caractère des os longs et celui
des os courts, tantôt réunissant les attr ibuts de ces
derniers et des os plats. L'apophyse basilaire et la
partie supérieure de l 'occipital, le corps et les parties
latérales du sph én oïd e, mis en opp osit io n, pro u
vent cette assertion. Quelquefois par
sa'
forme exté
rieu re u n os ap partie nt a ux lo n gs , et doit se classer
pa rm i les plats d 'après son organisation in té r ie u re ,
com m e les côtes en prése ntent un ex em p le , e tc . e tc .
§ IV'Des
Éminences osseuses.
Les éminences osseuses portent en général le nom
d'apophyses; e l les sont .épiphyses, lorsque le car t i
lage d'ossification qui les réunit à l 'os, n'est point
encore encroûté de substance calcaire.
O n peut rapp orter ces ém inences à quatre grandes
d iv is ions ;
savoir,à
celles i ° . d 'a r t icula t ion, 2° . d ' in
ser t ion , 3 ° . de réf lexion, 4 ° . d 'impress ion.
i ° . Les éminences d 'ar t iculat ion varient suivant
que l 'articulation est mobile ou immobile : je ne les
considérerai point ici d 'une manière générale , pour
n'être pas obligé de me répéter au chapitre des arti
culations.
2 ° . Les éminences d ' inser t ion sont extrêmement
multipliées dans les os; elles ne donnent jamais at
tache qu 'à des organes fibreux, co m m e à des ligam ens,
à des te n d o n s, à des aponévroses , à la du re-m ère :
tou t organe différent de c eu x -c i par sa st ru c tu re ,
ne s ' imp lante au x ém inence s osseuses et aux os en
général, que par leur intermède ; les muscles en sont
un exemple remarquable .
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S Y S T È M E
Ces éminences sont en général beaucoup moins
prononcées chez la femme que chez l 'homme , chez
l'enfant qu e chez l 'adu lte , chez les an im au x foibles
que chez les carnivores qui vivent en attaquant et
en détruisant leur proie . Toujours la sai l l ie des émi
nen ces d' ins ertio n est u n indice de la fo rc e , de la
vigueur des mouvemens. Elles se développent d 'au
tant plus , qu e les mu scles sont p lus pro no ncé s. E x a
m inez com para t ivement le squele t te d 'u n hom m e
fo r t , sang uin , don t le système m uscula i re se dess i -
no it avec énergie à travers les té g u m « is , et celui d 'u n
h o m m e
fo ib le ,
phlegmatique, dont les formes arron
dies com m e chez les fem m es, n e se pro no nç oien t point
au-dehors : vous verrez la différence.
La forme de ces éminences d' insertion varie prodi
gieusement : tan tôt les m uscles s'insè rent par u n e foule
de fibres
aponévrotiques isolées;
elles
sont
petites alors ,
très-multipliées, et ne forment presque que des aspé
rités im prim ées sur un e surface plus ou m oin s large :
tantôt c 'est par un seul tendon que le muscle tire son
or igi ne ; alors assez ord inaire m ent l 'apoph yse est t r è s -
sailla nte , et occupe peu de place. Qu elquefois un e
aponévrose laiçe donne naissance aux fibres char
nues ; c 'est alors une ligne osseuse, plus ou moins
sail lante , qui don ne inser t ion.
En général les éminences sont
proportionnées
aux
muscles qui
s'y
f ixent: par exemple, dans trois mus
cles égaux à peu près en masse , et dont l 'un s'attache
pa r des fibres
isolées,
l 'autre par un
t e n d o n , l'autre
par
une aponévrose , on rem arqu e qu e la somme des aspé
rités d' insertion du premier, l 'apophyse isolée du se
cond, la ligne saillante du troisième, sont à peu près
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égales par la
quantité
de substance osseuse qui les
forme ; en sorte qu'en supposant que l 'apophyse fût
disséminée en aspé ri tés, ou étendu e en
l i g n e , ou
bien
que les aspérités fussent réunies en
m a s s e ,
ou que la
ligne se concentrât sur elle-même pour former
l ' apo
physe, cet te quanti té de substance osseuse se trou-
veroit à peu près la même.
On conçoit tout l 'avantage des éminences pour les
insertion s des muscles qu'elles ' éloignen t du cen tre
de l 'os, dont elles diminuent le parallélisme avec son
a x e ,
et qu 'e l les favorisent c ons équ em m ent dans leurs
mouvemens d 'une maniè re év iden te .
Sont-elles produites parles tiràillernens desmuscles?
Ce t te op in ion , em prun tée d es lo is de la format ion
des corps mous e t inorganiques ,
ne
s 'accorde nul
lement avec les phénomènes connus de la vi ta l i té ,
avec l 'existence
des
éminences à inser t ion non mus
culaire, et qui souvent font plus de saillie que celle-
c i ,
avec la disp rop ortio n qu i existe entre
l'alongement
de certaines
apophyses
à im plantat ion
muscu la i r e ,
de
la
s t y l o î d e ,
pa r
e x e m p l e ,
et la force des muscles qui
s 'y a t tachent , e tc .
Le s ém inences à inser t ion l igamenteuse on f l ' avan
tage , en élo igna nt
uni
peu le ligam ent d e l 'articu latio n,
dé
faciliter les m o uv em en s de celle-ci ; ce qu i est s u r
tou t rem arqu able pou r les
ligamens
la téraux du coud e,
du genou , e tc .
Quant aux autres éminences d ' inser t ion, on ne
peut-guère considérer d 'une manière générale leurs
fonctions respectives.
2 ° . L es
éminences
de réflexion sont celles sous
lesquelles passe un
t e n d o n ,
en se
déviant
de son
trajet
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primitif:
tel est le crochet de l 'apophyse ptérygoïde ,
l 'extrém ité malléolaire du p ér o n é, e tc . Pre squ e toutes
ces éminences présentent , dans un sens, une échan-
crure ou excavation que complète en sens opposé
un ligament; ce qui constitue un anneau pour le pas
sage du tendon.
3 ° .
Les éminences d' impression sont celles qui
naissent, dit-on, lorsque divers organes creusent sur
les surfaces osseuses des enfoncemens que séparent
les éminences, lesquelles ne sont autre chose que l 'os
q u i , en cet endroit, reste à son niveau ord ina ire. Les
impress ions cérébra les , muscula i res , sont données
comme des exemples de cette disposition. Mais ces
impressions sont-elles en effet un résultat de la com
pression des organes sur l 'os, ou dépendent-elles des
lois du développement osseux, lois qui donnent aux
os des formes accommodées aux organes environ-
nans? J 'adopterois plus volontiers la seconde,
que
la
première de ces opinions qu'on a crue
très-probable
à cause de l'effet des anévrismes sur les os qui leur
sont contigus, et qu'ils usent et détruisent peu
à
peu.
Mais remarquons que si les muscles , le cerveau, les
vaisseaux, par leurs mouvemens de p r e s s i o n , avoient
, su r les
o s ,
dans l 'é ta t naturel , un mode d 'act ion ana
logue à celui de l 'a né v ris m e, l 'état des parties d e-
vroit être le m êm e que da ns ce cas. L a lam e compacte
devroit ê tre détruite au niveau des enfoncemens, e t
laisser à sa place un e surface in ég ale , rab ote use : or le
contraire arrive; ce qui me fait penser que ce qu'on
appel le communément impress ion d 'organes , n 'es t
qu'un effet naturel de l'ossification.
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§
V .
Des Cavités osseuses.
Les cavités osseuses sont très-nombreuses ; celles
seules qui se trouvent à
l'extérieur
d<es'os vont nous
occuper . On les
d iv i s e ,
comme les ém inence s , en ar
ticulaires e t en nôn-articulairès.-Les'premieréi'Seront
examinées comme les éminences analogues;, 'au c h a
pitre des ar t iculat ions.
P^rmi
léS sec on dé s, il est dès
cav i t é s , i ° .
d'insertionj
2<". dé
i'éce'pt-îolî-,
3° . de
g l i s semen t , 4°«
d'impression;
5
d
i'
de « transmission*
6 ° . d é n u t r i t i o n . ' "
"
:
' " -'
i ° . Les cavités d'insertion-donnent attache 'aux
aponévroses des muscle», â«\ixi ïgamens, '
eto'.
Elles
on t l ' avan tage , i ° . de multipliai-' les implantations
des fibres, sans augmenter la* largeu r de l-
?
-bs;
p u i s
qu'une surface concave est -évidémrrieft* «bien plus
é t endue qu 'un e surface plane qui ôccuperoit l 'espace
intercepte entre ses bords; 2 ° .
dé
laisser aux fibres
musculaires plus
d'espace,' et
par
conséquent
de leur
donnerjpius
de longueur que si elles
naissoient
d 'une
éminencet,
ce qui donne
plus
d ' é t endue
a«x
m o u v e
m e n s .
L es
.cavités ptérygoïdes'y 'digastriques ,
:
' e t c .
offrent des exemples de cette disposition.
2°.« Les cavités de réception sont celles qui servent
à recevoir un orgeme,
<à
le
loger,
à
le
;
garantir
: telles
sont les fosses des os du
c r â n e ,
celles des os ilia
q u e s ,
etc. Ces cavités appartiennent tantôt à la tota
lité de l'os,
1
dont
la
forme est concave, comme on le
voit au coronal, tantôt se trouvent creusées sur une
partie isolée, comme la dépression maxillaire de la
mâchoire inférieure ; toujours elles sont destinées à
une part ie essen tie l le , à une glan de , à un vis cère , e tc .
1 1 -
2
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3° . Les cavités de glisseme nt se tro uv en t en g énéral
à l 'extrémité des os longs. Ce sont des rainures plus
ou moins profondes où glissent les tendons, pour se
rendre à l 'endroit
où
i ls s ' insèrent . Toutes sont revê
tues d 'u n car t i lag e, e t com plétées par un anne au l iga
menteux t rès- for t . Les tendons, par leur frottement,
creusent- i ls ces cavités? C'est l 'opinion commune;
mais elle ne nie paroit pas plus vraisemblable que la
théorie des impressions m us cu lair es, v ascu laires, e tc .
Ces cavités devroient a lors ê t re d 'autant p lus pro
fondes , que les muscles se sont plus exercés ; elles ne
devroient* pa s exis ter da ns les sujets
paralytiques
d e
puis leur enfance; elles ne devroient pas exister sur
les cartilages.d'ossification du fœtus dont les mem
bres ,ne se m eu ve nt pre squ e pas : or le con traire
s 'observe;c0nstamment. Envisageons donc toutes les
configurations diverses des
o s ,
comme une consé
quence
des lois de
l 'ossification, lois d'a pr ès lesquelles
les formes osseuses , toutes pr imit ivement arrêtées,
ne font que
se
développer . L e volum e des ex trémités
des os longs
favorise
l 'existence de ces diverses cavi
tés qui ne sauraient, à cause de c e la , nu ire à la
solidité osseuse.
4 ° - Les cavités d ' impression correspondent aux
éminences du même nom. J 'en ai par lé plus haut .
5°c Les cavités de transmission sont spécialement
destinées aux vaisseaux et aux nerfs. On en trouve
beaucoup à la tête ; elles affectent tantôt la forme de
trou, tantôt cel le de conduit , d 'autres fois cel le de
f e n t e ,
suivant l 'épaisseur ou la largeur des os que
ces vaisseaux ou ces nerfs traversent pour aller d'un
endroit à un autre. Le périoste les tapisse
;
plus ou
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O S S E U X . iCf
moins de tissu cellulaire les remplit. Les nerfs et vais
seaux qu' i ls t ransmettent sont é trangers aux os.
6 ° .
Les cavités de nutr i t ion, au contraire , la issent
passer les vaisseaux qu i ap po rten t aux
os
ou à l 'organe
médullaire les substances qui les réparent. Elles sont
de trois sortes.
Les unes forment des condui ts qu 'on observe ex
clusivement
sur les oslongsàcavité
m édul la i re . Chaq ue
os n 'en a qu 'un, s i tué toujours sur son corps , obl i
quement dirigé entre les fibres du tissu compact, pé
nétrant tantôt de
bas
en haut , tantôt de haut en bas
dans
Ici cavité
de
l ' o s , et
établissant ainsi une com
munication entre le dehors et Je dedans pour le vais
seau de l 'organe médullaire. Ce trou sert en effet
spécialement à l'exh ala tion e.t à l
a
nutr i t ion de cet or
g a n e ,
et
n'est
nourr ic ier de l 'os , que secon dairem ent .
La seconde espèce
de
cavi tés de nutr i t ion appar
t ient
spécialement
au tissu celluleux des os. Aussi
les voit-onpar-lout où abonde ce tissu,aux extrémités
des os longs, à la circonférence des os plats, sur
toute la superficie des os co ur ts. L e u r dia m ètre est
plus, considérable qu e celui d u con du it qui pé nè tre
dans la caVité médullaire; i l est moindre que celui
des conduits du t issu compact. Leur nombre-est t rès-
considérable
;
j 'en ai compté jusqu'à cent quarante
sur l 'extrém ité tibiale du fé m u r, vingt sur le corps
d'une vertèbre dorsale , cinquante sur le calcanéum ,
etc.
En général ce nombre est toujours proport ionné
à la quantité de tissu celluleux que renferme 1 os.
Voilà pourquoi on en observe peu sur les os plats du
c r â n e ,
pourquoi i ls sont plus mult ipl iés
sCfr
les os
plats du b as sin , su rto ut là où. ce tissu dev ient abon-«
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2 0 S Y S T E M E
dant, comme à l ' ischion, à la port ion i l iaque de la
circonférence de l 'os il iaque, etc. En versant du mer
cure dans le tissu spongieux, ils sort en ruisselant de
tous ces tr o u s, e t prou ve ainsi leurs co m m un icatio ns.
Ils sont irrégulièrement dispersés par-tout où ils exis
ten t . O n n 'en renco ntre point sur le corps des os
l o n g s ,
parce que ce corps ne contient pas ou presque
pas de tissu celluleux.
La troisième espèce de conduits de nutrition est
uniquement dest inée au t issu compact. C'est une in
finité de petits pores que l 'œil distingue manifeste
m e n t, e t par où s 'introduisen t de peti ts vaisseaux qui
s 'arrêtent dans ce tissu. Une preuve manifeste qu'ils
n e
vont
point jusqu'au
t issu-celluleux,
c 'est que dans
1 expérience p récé de nte , le m ercu re n e
tt-ôuVe
jamais
en eux une voie pour s 'échapper aù*dehors. Leur
no m br e est impossible à dé te rm iner ; il estprodigieux
chez l 'enfant. A mesure que dans le
vieillard
les os
se chargent de substance calcaire, i ls s 'oblitèrent, et
les vaisseaux qu'ils renfe rm oien t de vie nn en t de petits
l igamens étrangers à la nutr i t ion osseuse qui va tou
jours en
s'affaiblissant,
et qui finiroit par s'anéantir,
et à permettre à la nécrose de s 'emparer des os, si la
m o r t générale ne prévenoit cet te mort par t ie l le
di*
système osseux.
A R T I C L E
D E U X I È M E .
Organisation du Système osseux.
J L I E
ti&u propre au système osseux, y forme la
(partie pr inc ipa le et pr éd om in an te , sur tou t à mesure
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O S S E U X . 2 1
qu'on avance en âge. Les organes communs y sont
en bien moindre propor t ion.
§ I
e r
. Tissu propre au Système osseux.
Le tissu des os, comme celui de la plupart des au
tres organes, se paésente sous l 'aspect de fibres dont
la na ture est par- tout la m êm e , mais qui diverse m ent
a r r angées , forment deux modif icat ions pr incipales:
da ns l 'un e ces fibres plus ou m oins écarté es, pré sen ten t
une foule de cellules; dans l 'autre, serrées les unes
con tre les au tre s, e lles com posent u ne substance co m
pacte , où il est difficile de les distinguer. De là deux
subdivisions du tissu osseux, le celluleux et le com
pact . Les auteu rs en a dm et tent une t ro is ièm e, le ré
ticulaire ; mais il rentre dans le premier.
Tissu celluleux.
Le tissu celluleux n'existe point dansles premières
périodes de
l'ossification»
L'époque de sa formation
est celle où le phosph ate c alcaire s'ajoute à la gélatine
du cartilage
primitif, et,donne
à l 'organe la nature
osseuse. Alors la masse solide du cartilage se creuse
d'une infinité de cellules, parce
que
reprise par les
absorbans, la gélatine disparoît à l 'endroit qu'elles
occupent. Une nouvelle n'y est plus apportée par les
exhalans qui continuent à en déposer , e t qui com
mencent à charier du phosphate calcaire dans les tra
verses fibreuses, dont l 'entrecroisement constitue ces
cellules; en sorte que le développement du tissu cel
luleux t ient visiblement à la disproport ion qui sur
vient dans les os à une certaine époque de leur
accroissement, entre les fonctions jusque-là en
équ i -
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2 2 S Y S T È M E
l i b re ,
des systèmes exhalant e t absorbant. On ignore
la cause de cette disp rop ortio n
:
elle paroît être u n e loi
de l 'ossification. C'est en vertu de cette loi et par u n
mécanisme ana logue , que
l'ethmoïde
d'abord solide
et ple in, ta nt qu'il étoit car tilag e, se creuse à l 'époqu e
de son ossification, d 'un grand
nombre
de cellules.
C'est ainsi que
les
sinus
s p h é n o ï d a u x ,
f rontaux, e tc .
se forment et s 'agrandissent.
La formation du tissu celluleux est terminée
lorsque toutes les épiphyses ont disparu. A cette
épo qu e il no us pr ése nte un e infinité de fibres qui
paraissent naître de la surface interne du tissu com
pact , se portent dans tous les sens, se croisent ,
s 'unissent , se
séparent,
se b i fu rqu en t , en un mot
affectent des directions si irrégulières, qu'il est im
possible d'en suivre le trajet. Leur volume n'est pas
m oin s variable : telle est quelquefois leur té n u it é ,
qu 'à peine peùt-on les toucher sans les rompre ; leur
grosseur est d 'autres fois assez marquée. Souvent au
lieu de fibres , ce sont des lames plus ou m oin s larges ,
d'où naissent d 'autre s
lames'plus
peti te s, qu i sem blent
se
ramifier,
et d'o ù
résultent,
lorsqu'elles sont rappro
chées , des espèces de conduits que l 'on voit très-bien
en sciant l 'extrémité d 'u n os long tran sv ersa lem en t,
de manière à avoir un segment d 'un demi-pouce.
Les cellules qui résultent de leur écartement, ont
une forme et des capacités très-inégales.
Toutes communiquent ensemble ; les expér iences
suivantes en sont la preuve : i ° . Si on fait un trou à
l 'extré m ité d 'u n os lo n g , sur la surface d 'u n os cou rt
ou p la t , e t qu 'on y verse du m e rc u re , il t raverse
toutes les communications, pour al ler sor t ir par les
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O S S E U X .
2 3
différens tr ou s na ture ls de la surface de l ' o s , qui
s'ou
vrent
eux-mêmes
dans
les
cellules. 2 ° .
Sciez un os lon g
à l 'une de ses extrémités , appliquez sur toute sa sur
face un enduit qui en bouche les
p o r e s ,
exposez-le
ensuite au soleil : le suc médullaire ne pouvant s 'é
chapper parles
pores extér ieurs , v iendra , en passant
successivement par toutes les cellules, sortir par l 'en
dro i t scié. 3 ° . E n vernissant u n os
s e c ,
et en l 'ouvrant
seulement en deux points opposés, on fai t passer
par ces
c o m m u n i c at io n s ,
de l 'une à l 'autre ouver
t u r e ,
l'air,
l'eau et toute espèce de fluide.
On peut donc concevoir l ' intér ieur de tout os
comme formant une cavité générale que rempli t une
foule de fibres entrecroisées. Je n'ai point remar
qué de différence sensible pour la
direction
de ces
fibres dans les trois espèces d'os.
Tissu compact.
Il n'en est pas des fibres qui forment le tissu c o m
pact, comme de celles du précédent. Ces fibres juxta
posées ne laissant
entr'elles
aucun in terva l le , donnant
par leur rapprochement une densité remarquable au
tissu qu'e l les composent, se
trouvent»dirigées longi-
tudina lement dans les os
l o n g s ,
en forme de rayons
dan s les
p l a t s ,
et sont entrecroisées en tous sens dans
les courts. Cette tr iple disposition des fibres du tissu
compact
paroît absolument tenir au
mode
d'ossifi
cat ion. En effet , lorsqu'on examine ses progrès
sûr
les cartilages primitifs, on voit ces organes
s'en
croûter de phosphate calcaire , suivant
la
m êm e d i rec
tion que dans la suite doivent affecter les fibres.
Aussi ces fibres sont-elles très-a pp are nte s dan s le pre-
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2 4 S Y S T È M E
mier âg e , sur les os du crâne en pa rticulie r. A m esu re
que le phosphate calcaire su ccessivem ent entassé dan s
le parenchyme car t i lagineux, v ient à y p r é d o m i n e r ,
tout semble se confondre dans le tissu compact en
une masse homogène. Mais alors encore, i l est dif
férentes circonstances qui nous indiquent la
direction
primitive des fibres : i ° . lorsque par un acide on en
lève aux os leur po rtio n calcaire, alors la po rtio n carti
lagineuse
garde, com m e un e espèce de
moule,-la
forme
qu'affectojent
les substances qu i la rem pl iss oie nt , et
offre des espèces de fibres dont la direction est la
m ê m e
que celle
indiquée dans les trois espèces d'os.
Aussi si
on
vient alors à déchirer les lames cartilagi
neuses , c 'est dans cette direction qu'il est le plus fa
cile
de
les enlever. 2 ° . Le s fentes qui sur vie nn en t aux
os long-temps exposés à
l'air,
suivent en géne'ral le
sens naturel des fibres.
5 ° .
Les os calcinés offrent à
peu près le même phénomène.
La direction
des
fibres du tissu compact change
absolument dans les apophyses , où elle ne suit point
celle de l 'os principal. Dans celles qui par leur forme
part ic ipent au caractère des os longs, comme dans la
styloïde , ces fibres sont longitudinales; elles se diri
gent suivant tous les sens dans celles qui, comme la
mastoïde, les diverses espèces de condyles, e tc . , se
rapprochent de la conformation des os courts .
L'assemblage des f ibres forme, suivant les anato-
mis t e s ,
des lames qu'ils on t considérées co m m e juxta
posées , e t tenant enlr*elles par des chevilles suivant
les uns, par l 'entrecroisement des fibres suivant les
autres. Ces lames osseuses ne me paraissent point
exister dans la naLure. Toutes les fibres du tissu
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O S S E U X .
2.5
compact se tiennent, se croisent , e t forment un tout
qu 'on ne peut point concevoir de ce t te manière ,
.laquelle d'ailleurs ne s'accorde point avec l ' irrégula
rité de la distribution des vaisseaux. L'art sépare ici
les fibres couche par couche, comme il le fait dans
un muscle , dans un l igament, e tc . ; mais ces couches
sont purement factices :
présenter les
os comme
étant leur réunion, c 'es t donner une idée inexacte
de leur structure. I l est plus inexact encore de consi
dérer ces couches comme adhérentes les unes aux
autres par des chevilles osseuses, par l 'attraction, par
une matière glutineuse qui ser t de colle . Toutes
ces idées, contraires à l ' inspection anatomique, sug
gérées par une fausse application des lois de l 'adhé
rence des corps inorganiques à l 'adhérence de fibres
organisées, n 'appart iennent plus qu 'à l 'histoire des
erreurs physiologiques. I l est une circonstance qui
prouve, di t-on, t rès-manifestement la structure lami
né e de s os ; c 'est le ur exfoliation. Il est vrai q ue
souvent des lames très-distinctes se séparent de l 'os
v iv a n t; m ais ces lame s ne* sont au tre chose qu e le
produit de l 'exfolia t ion el le-même. Alors, en effet ,
l'os meurt à sa surface ; les vaisseaux superficiels ne
reçoivent plus de sang ; ce fluide s'arrête sous la por
tion privée de vie; l 'exhalation du phosphate calcaire
y trouve ses
limites
; tou te espèce de
vaisseau
s a n
g u i n ,
exhalant, absorbant,
se détruit ; une inf lam
mation lente , avec suppura t ion, survient , é tabl i t la
ligne de dé m arc atio n, et com m e cette ligne est so uve nt
au même niveau, tout ce qui est au-dessus d'elle de
vient une lame inorganique qui tombe peu à "peu, et
qui
conserve sa solidité osseuse, parce que les ab-
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O S S E U X . 2 7
osseuses qui s 'écartent les unes des autres, et laissent
entr'elles des espaces qui n 'existoient pas; ce qui
do nn e au corps d es os longs rachit iqu es, un e épais
seur très - co nsi dé rab le. J 'ai fait plu sieu rs fois cette
observation.
Disposition des deux Tissus osseux dans les trois
espèces d'os.
Les tissus osseux, considérés dans les diverses es
pèces d 'os, se comportent différemment. En général
le compact forme l 'extér ieur , l 'enveloppe de l 'os, e t
le celluleux en occupe l ' intérieur. Les cornets du nez
offrent seuls une exception à cette règle, dont nous
allons examiner les modifications.
i ° . D a n s les os longs , le tissu com pact a un e
épaisseur très-remarquable au centre , où i l rempli t
le triple
u s a g e ,
d'abord de protéger efficacement
l 'organe médullaire , dont i l est l 'enveloppe, ensuite
d'assurer la solidité de l 'os en cet endroit où se rap
por tent , p lus qu 'aux extrémités , les grands ef for ts
de la locomotion, des c h u t e s , des contre-coups, e tc . ,
et où l 'os, traversé seulement par quelques fibres cel-
luleuses très-foibles,ne peut emprunter sa résistance
que de
ses
parois externes, enfin de diminuer ainsi
sans danger le volume de l 'os à la partie moyenne du
membre , dont la forme devient par là , comme nous
l 'avons v u , beaucoup plus régul iè re . A m esure q u 'o n
s'éloigne du centre, on voit sur un os long, scié lon-
gitudinalement,
le t i ssu compact d iminuer d 'épa is
seu r, et ne form er enfin aux extrém ités
qu
une couche
mince analogue à celle qui revêt les os courts. Aussi
la force de résistance des os longs à leur extrémité
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8 S Y S T E M E
est-el le moins dans leur écorce compacte , que dans
la grande quantité de tissu celluleux entassé sous.
celte écorce; c'est elle surtout qui empêche les frac
tures : d'où l 'on voit comment la proportion des tissus
compact et celluleux étant inverse dans les deux par
ties de l 'os, le mode de leur résistance est également
inverse.
Le tissu celluleux dans les os longs diffère un peu,
examiné dans le canal médullaire ou aux extrémités.
Dans le canal , ce sont des f i lamens extrêmement
minces, continus et aux fibres plus grosses qui rem
plissent en haut et en bas les extrémités de l 'os, et
à
la portion compacte qui forme le cylindre osseux.
Rares et semés comme au hasard dans le milieu du
canal, ces filets se rapprochent entr 'eux , et forment
un e espèce de réseau à m es ur e qu 'ils s'éloignen t de
ce
milieu : de là le
nom
de substance réticulaire par
lequel on l 'a désigné. Mais ce n'est point un tissu
distinct; c 'est seulement une modification du cellu
leux, modification qui est caractérisée spécialement,
i ° . par la ténuité des fibres, 2°. par l 'absence cons
tante de ces lames minces et courtes qui app artienn ent
fréquemment à ce tissu considéré dans les autres
parties. Au reste, l 'usage manifeste de cette portion
de tissu celluleux , trop foible pour concourir à la
résistance de l ' o s , .est évidemment de servir d 'appui
au
sj"stème
méd ul la i re , et
d'insertion
à sa membi'ane.
Aux extrémités des os long s,
les
fibres'du tissu cellu
leux grossissent peu à peu, se rapprochent entr 'elles,
sont parsemées de la m es , e t do nn en t à l 'o s, par
leur
ensemble et par leur n o m b re , une épaisseur et une ré
sistance
rem arqu able s , sans cependant en augm enter
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O S S E U X . 2 9
le poids
; ce
qu i favorise s ingulièrem ent
la locom ot ion ,
vu que ce poids, placé à l 'extrémité du
levier,
eût
été très-pénible à soulever.
2
0
.
Dans les os plats , le tissu compact forme deux
lam es ex tér ieu res , do nt l 'épaisseur est m oy enn e entre
Celle
du milieu des os longs, et celle de l 'extrémité
d e
ces,
m ê m e s
o s ,
ou celle des
os
cour ts . Entre ces
deux lames se trouve le tissu celluleux, semblable
en
général à celui de l 'extrémité des os longs, un peu
plus laminé cependant, plus épais ordinairement à là
c i rconfé rence ,
souvent presque
-nul
da ns le m ilieu de
l 'os où les deux lames compactes
juxta-posées
:
la is
sent a lors voir une lumière qu 'on place par derr ière .
E n gé né ral, p ar-tout où les os larges sont ainsi m in ce s,
parle
défaut de tissu
ce l lu leux ,
des muscles très-forts
se rencon t ren t ,
et
suppléent par
leurscouches
1
épaisses
à la solidité de l 'os. On en voit des exemples dans
les fosses iliaque, souscapulairey occipitale in fé
r ieure , e tc .
3 ° . Dans les os courts, le tissu celluleux prédo
mine toujours; l 'os
eh
est presque tout formé ; une
légère couche de tissu compact forme seulement son
enveloppe, e t sous ce rapport l 'organisat ion de ces
0$
est la même que celle des os longs à leurs
e x t r é
mités : aussi la résistan ce d e l'os dépend -elle de la tota
lité d e sa m as se , et auc un po int n e fait-il un plus g rand
effort pour s 'opposer aux fractures. On voit,
d'après
tout ce qui a été dit jusqu'ici, le mode successif de
solidité des divers os. Dans le milieu des os longs ce
n'est presque qu'au t issu
compact,
dans les os plats
c'est
au ta nt à ce tissu qu au celluleux, dans les extré
mités des os longs et dans les
os
courts ce n'est
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3 o S Y S T È M E
pres qu e qu 'à ce d e rn ie r, qu est d u e cett e solidité'.
4 ° . Dans les éminences osseuses, le t issu compact
est en général plus abondant qu 'a i l leurs, sur-tout
dans celles d ' inser t ion, comme dans les l ignes sai l
lantes des os longs qui en sont toutes formées, dans
les aspérités des surfaces osseuses, dans leurs angles.
Si l 'éminence est un peu c on sidé rab le ,
il
y en tre aussi
plus ou moins de t issu celluleux, comme on le voit
dans les apophyses épineuses, t ransverses, des vertè
b r e s ,
coracoïde , mastoïde , e tc . Les éminences des
articulations mobiles sont en général moins pourvues
de tissu
compact,
le cartilage articulaire
y.
suppléant
pour la solidité de l 'os. Celles des articulations im
m o b i l e s ,
au co ntr a i re , m oins grosses en gén éra l ,
co m m e, par ex em ple , les dente lures des os du crâne ,
e tc . ,
son t à pro po rtio n plus com pacte s qu e celluleuses.
5 ° .
Dans les cavités osseuses, toutes celles qui
servent aux ar t iculat ions mobiles, ne sont pourvues
qu e d 'un e lame com pacte très-légère ; elle est plus
épaisse lorsque l ' immobilité est le caractère des arti
culations. En général tous les trous, cavités et con
d u i t s , qui t ransmet tent d 'une région à l ' autre , des
vaisseaux, des nerfs ou d 'autres organes, sont par
tout tapissés d'une couche compacte qui les garantit
de l ' impression de ces parties. Les trous de la base
du crâne , les condui ts denta i res , v id iens , e tc . sont
un exemple de cette disposit ion.
De la Com position du Tissu osseux.
Quelles que soient les modifications sous lesquelles
il se présente, le tissu osseux a par-tout la même
nature ; les mêmes élémens le forment : or ces
é ié-
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O S S E U X . 3 l
mens sont spécialement une substance saline calcaire,
et une substance gélatineuse.
L'existence de la substance
salin»
da n s les os est
prouv ée de différentes m anières :
iP.
La com bus t ion ,
en détruisant la portion, gélatineuse, laisse un corps
f r i ab le , cassant,
de forme analogue à celle de l 'os,
et qui
n'est
autre chose que cette substance sal ine,
laquelle ressemble, pour ainsi dire , à un corps moulé
qui garde la forme du moule après que celui-ci a été
en levé .
Si la combustion est poussée très-loin, et
qu 'on ; fasse rou gir les
os
calcinés, i ls éprouvent une
demi-fusion
qui les rapproche de l 'état de porcelaine;
.U§,pn,t a lors un gra in s er ré , f in , de m i-v i t reu x, u ne
demir-transparençe et cet aspect qui appartient aux
terres vitr if iées. 2°. L'exposition des os à l 'air très-
longrtpmps continuée, produit un effet à peu près
ana^pgue à celui du premier degré de combust ion,
quoique cependant la gélat ine se trouve rarement
alors exactement enlevée, et la portion saline si par
faitement
à nu que par
l'action
du feu. Au reste ,
i l faut un temps très- long pour produire cet
effet,
surtout sur les os épais
;
les os minces sont plus fa
cilem ent altérés : j 'a i souvent fait cette obs ervatio n.
Après-«dix ans d'exposition à l 'air et à ,1a
p l u i e ,
j ' a i
observé, qu e d es clavicules prises au ci m etiè re de
Cla-
mart,
:
p_rése-ntoient
par l 'act ion des acides, un paren
ch ym e cartilagineux presq ue égal à celui d 'u n os séché
depuis quelque temps. Mais enfin ce parenchyme
disparaît,
et l 'os finit par tomber en poussière lors
qu'il n 'est plus soutenu par lui, et que les molécules
de la.-substance calcaire restante ont été désunies
par . le tem ps . 3 ° . D an s toutes les maladies cancé-
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3 2 S Y S T È M E
reuses portées au dernier pér iode, les os prennent
une friabilité qu'ils ne doivent qu'à la proport ion
plus grande de'cette dernière subs tance , p ropor t ion
née elle-même du peu de gélatine qui
s'exhale
alors
dans les os . 4° . Lorsqu 'un os a été exposé pendant
quelque temps à l ' ac t ion d 'un ac ide , de l'acide ni
t r ique par exemple , une por t ion de sa substance
lui est enlevée par cet acide
,•
et cette portion est ma
nifestement un sel calcaire , comme on le voit
en
mêlant à la dissolution un alcali qui, s'unissant
aus
sitôt à l 'acide, met à découvert ce sel, en le fiiisàijt
précipiter . 5°. La machine de Papin, en dissolvant
par l 'action de l 'eau réduite en vapeurs la
portiôïr
gélatineuse , met également
en évidence cette -partie
saline calcaire.
Schéele a trouv é qu e cette po rtio n est u n sel neutre
à base terreuse , le-phosphate de chaux. Souvent 'le
phosphore immédiatement à nu sur les os frais ,
leur
donne une apparence lumineuse qui la fait distinguer
de très-loin pendant la nuit. C'est tantôt la totalité
de l 'os, tantôt quelques points seulement qui devien
nent lumineux. Toujours j ' a i remarqué dans les en
droits éclairés une exsudation huileuse, soit qu'elle
provînt du suc médullaire , soit qu'elle fût formée
par la graisse des parties molles voisines de l 'os.
Différens faits aussi évidens que les précédens,
cons ta ten t , d 'une maniè re non moins i r r évocable ,
l 'existence dans les os d 'une substance gélat ineuse:
i
° .
Lorsque dans la dissolution des os par les acides,
le phosphate de chaux les a abandonnés , i l reste un
corps cartilagineux, f lexible, élastique, jaunâtre lors
qu 'on a em ployé l 'ac ide ni t r iqu e ,
de
m êm e forme
que
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O S S E U X . 3 3
l 'os. Or on sait que la
gélatine
nourrit spécialement
les cartilages. 2°. Si on soumet d'ailleurs ce résidu
cartilagineux à
l'ébullition,
on en extrait une très-
gran de qua nti té de gélat ine, qui se dissout d ans
l'eau,
et que le tan précipite ensuite. Cette substance peut
être même enlevée aux os, sans l 'extraction prél imi
na ire d u pho sph ate calcaire : c 'est ainsi qu 'ave c de s
os dépouil lés de tout organe environnant, e t réduits
en fragmens très-peti ts , e t même en poudre par l 'ac
tion de la
r â p e ,
on parv ient à faire des bouillons très-
nourrissans, des gelées fortif iantes. Ce n'est pas sans
raison que dans la préparation du bouilli , on laisse
l 'os attaché à la viande: outre les organes blancs qui
l 'entourent , e t l 'huile médullaire qu ' i l contient , i l
fournit au bouillon une substance qui lui est propre.
3 ° . JLa combustion des os, e t sur tout de leur résidu
cart i lagineux, don ne un e ode ur exactem ent semblable
à celle de la com bu stio n d es différentes colles anim ales
que la gélat ine forme spécialement, comme on sai t .
4 ° . Dans les différentes affections où les os se ramol
l issent , la substance terreuse diminue plus ou moins
sensiblement, e t la gélat ineuse reste plus abondante.
en propor t ion que de coutume.
Ce s de ux su bs tan ces , gélat ineuse et
s a l i n e ,
qui
en t ren t
essentiellement
dans la composit ion des os,
leur imp r imen t des
caractères
très-différens. Le phos
phate calcaire, presque étranger
à
la
vie,n'est
dest iné
qu'à donner aux os la solidité et la résistance qui les
caractérisent. La substance gélatineuse au
cont ra i re ,
po rte spécialem ent le caractère anim al : aussi l'activité
vitale est-elle,en raison inverse de l 'une, et directe de
l'autre, com m e no us le verron s. Pr ivé s de la seco nd e,
1 1 . 3
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3 4 S Y S T E M E
les os ne sont plus susceptibles d 'ê tre d igé rés , ils
n'of
frent point de prise aux sucs gastriques; ceux-ci ne
sauraie nt en ex traire de m atière nu tr i t iv e, parce qu'i ls
agissent à peu près sur eux comme l 'eau qui dissout
la substance gélatineuse et l 'extrait de la portion sa
l ine. Divers anim aux qu i avalent les os frais pour s'en
n o u r r i r , m o u r r a ie n t
à
côté d'u n os ca lcin é: aussi plus
les os contiennent de cette
s u b s t a n c e ,
plus ils sont
nourr issans; ceux des jeunes animaux sont sous ce
rapport plus propres à faire des bouillons géla t ineux,
à être digérés tout crus par l 'estomac de certaines
esp èce s, etc. Si on expose un os à l 'action d'un
a c i d e ,
de manière à n 'avoir que son parenchyme car
t i lagineux, e t qu 'on fasse ensuite ramoll ir ce paren
chyme dans l 'eau bouil lante , i l devient un al iment
qu 'on peu t manger .
Outre le phosphate calcaire et la g é l a t i n e , les os
contiennent encore quelques pr incipes sal ins, comme
le sulfate et le carbonate de soude , etc. Mais leur
proportion est trop petite pour nous occuper ici. Je
renv oie sur ce po int au x traité s des chim istes , au
grand ouvrage
du
ci t . Fourcroy en part iculier .
§ I I .
Parties comm unes qui entrent dans l'orga
nisation du Système osseux.
Les anciens rangeoient ' les os parmi les parties
blanches, parmi les
t e n d o n s ,
les cartilages , etc. Ce
pendant il suffit d 'en examiner l ' intérieur pour voir,
par la rou geu r qu i les dis tingu e , qu e bea uc ou p de
sang y aborde. Ce sang y pénètre par trois ordres de
vaisseaux : les uns appart iennent à la cavité médul
laire des os lo n g s, les au tres au tissu cel lul eu x, les
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O S S E U X . 3 7
et te l , qu ' i l excède de beaucoup le diamètre naturel .
L es o stéo-sarcomes, les spina
ven tosa ,
e t c . ,
présentent
cette
d i spos i t i on ,
laquelle est plus souvent observée
dans les tumeurs cancéreuses que dans toute autre .
Ces va isseaux communiquent tous ensemble par
des anastomoses multipliées : c 'est ce qu'on voit sur
tou t dans les os lon gs, entre ceux de l 'organe m édu l
laire et ceux du tissu celluleux. Par ces communi
cations , ils
se
suppléent mutuel lement dans leurs
fonctions. J 'ai vu le trou no urr icie r d u tibia com plè
tement obli téré dans un cadavre que
j ' injectois.
U n e
espèce de cartilage remplissoit ce trou ; l 'artère ne
formoit plus qu 'un véri table l igament. Cependant sa
bifurcation dans le canal médullaire se trouva très-
bien injectée, et d 'ailleurs aucune altération ne se
manifestoit dans la nutr i t ion de l 'organe médullaire ,
qui avoit prob ablem ent reçu autan t de sang qu'à
l'or
dinaire . Je ne trouvai rien aux environs du trou, qui
ina
quàt
la cause de cette oblitération qu'une exos-
t o s e , une affection du périoste , un# in f lammat ion ,
peuvent t rès-bien produire .
D 'u n autre c ô té , on sait qu e des lames osseuses
très-considérables sont souvent enlevées sur l 'extré
mité des os longs par la carie, qui détruit par consé
quent tous les vaisseaux correspondans à ces lames,
et que cependant l 'os vi t au-dessous, pr incipalement
aux dépens du sang qu'il reçoit par les extrémités de
l 'artère de l 'organe médullaire. C'est aussi à peu près
ce qui arrive aux os longs dans le pre m ier âge où les
extré m ités cartilagineuses n'offrent point de vaisseaux
du second
o r d r e ,
où presque tout le sang vient par
conséquent de cette même ar tère de l 'organe médul-
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3 8 S Y S T È M E
laite : aussi est-elle bien plus grosse à proportion, et
le trou qui la reçoit est-il bien plus prononcé.
R ien n 'est encore con nu sur les systèm es des vais
seaux absorbans et exhalans des os, e t nous ne pou
vons raiso nn er sur ce po int q ue p ar analog ie. D u reste
le travail nutritif les y suppose incontestablement.
Quant à leur tissu cellulaire, i l paroît être presque
n u l ;
on peut même dire qu en
quelque-endroit
que
l 'on rom pe les fibres celluleuses ou co m pa ct es , jamais
ses filamens n'y sont distincts : m ais c 'est leu r textuse
den se et serrée qui nous les dé ro be . E n effet,
i
°. quand
cette texture se ramollit , que l 'os se carnifie, comme
on dit, le tissu cellulaire y devient très-apparent.
2 ° . Les bourgeons c h a r n u s , nés sur les endroits frac
turés , ou mis à découvert, ne sont que l 'extension
de ce tissu cellulaire qui se trouve pénétré d une trop
gran de qu an tité de sub stance calcaire , po ur être
aperçu dans létal na ture l .
3^ .
Après avoir enlevé à
un os frais toute cette substance par un acide, j 'ai
rémarqué quelquefois des fikmens cellulaires en
séparant les fibres cartilagineuses qui forment le pa
renchyme
restant . 4 ° . L or sq u 'o n fait bouillir ce paren
chyme cartilagineux pour en extraire la gélatine, i l
reste des portions de membranes qui sont manifeste
ment celluleuses.
On ne peut suivre les nerfs dans les os, tant sont
tén us les filets qu i y p én èt re nt : je ne sache pas que
l 'anatomie ai t sur te point aucune donnée posit ive.
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O S S E U X . 3 p
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système osseux.
§
I
e r
.
Propriétés physiques.
Xjes
os ont des propriétés physiques très- cara cté-
r isées.
La solidi té , la dureté sont leur apanage part i
culier : or ils em pr un ten t cet te dou ble pro priété du
phosphate calcaire qui les pénètre; aussi va- t -e l le
toujo urs en croissant avec l 'âge , parce que cette sub s-
tancey devient de plus en plus préd om inan te . L 'é las
ticité est une autre propriété physique des os , qui se
trouve combinée avec les deux précédentes, mais qui
es t en ordre inverse ; comme
c'est
dans la substance
gélat ineuse, dans la port ion car t i lagineuse de l 'os,
qu 'e l le
r é s i d e ,
e lle est d 'au tant p lus m ar q ué e , com m e
cette port ion, qu 'on est plus près de l 'enfance. Chez
le viei l lard, les os perdent entièrement e t leur sou
plesse et leur é las tic ité; ils se ro m pe n t plus facile
ment. L'élasticité est plus sensible dans les os longs et
grêles, que dans ceux qui ont plus de volume
:
le pé
roné se courbe et revient très-manifestement sur lui-
même; ce que le tibia ne fait qu'avec difficulté. Ce
n'es t pas qu e l 'un soit plus élast ique que l ' a u tr e ,
mais c'est que sa conformation est plus favorable au
développement de cette propriété .
§ 1 1 . Propriétés de tissu.
Quoique la dureté et la solidité du tissu osseux
sem blen t s 'opposer à tou te espèce d'ex tens ion et de
contrac t ion, cependant ces deux phénomènes y sont
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4«0 S Y S T E M E
souvent très-apparens, et les propriétés de tissu dont
i ls dér ivent , t rès-sensibles.
L'extensibilité des fibres osseuses est prouvée par
l 'observation d 'u n e foule de m al ad ie s, par le spina
ventosa, par le péthradocace, par le gonflement du
sinus maxillaire lorsqu'il contient un polype, par l 'é
largissemen t des os du crâne dans l 'hydro céph ale , e tc .
Je rem arqu e au sujet de ces diverses exte ns ion s,
qu e souv ent p ar l 'influence de causes a na lo gu es , les
os qui prêtent et se distendent dans les cas ci-dessus,
sont br isés , usés , dé t rui ts dans d 'autres . Un polype
du nez perce la c loison naso-palat ine, sans l 'avoir
pré l imina i rement d i s tendue ;
l'anévrisme
de l 'aorte
ne fait point ployer le sternum en devant, f léchir les
vertèbres; mais il perce, i l détruit ces os. Aquoi tient
cette différence d'effets, sous l ' influence de causes à
peu près identiques? Cela n'est pas facile à détermi
n er . La contrac tilité de tissu est très-man ifeste da ns les
o s ,
dès que la cause qui en distendoit les fibres,
est
enlevée. On voit l 'alvéole se resserrer, et même
s'ef
facer , qu and la de nt en a été arrach ée. L a di m in ut ion
d'épaisse ur de la m âc h oi re , après la pousse des de n ts ,
ne vient que du resserrement de ses fibres, que ces
os ne distendent plus autant, parce que la racine a
moins de largeur que la couronne qui se trouvoit
jusque- là to ta lement dans l 'os . Le s inus maxi l la i re
se rétrécit quand on a enlevé le fungus, ou donné
issue au pus de l 'os carié,
etc .
etc. Si la mort n 'étoit
pas trop promptement le résultat de la ponction à la
tête des hydro céph ales, je suis persuadé qu 'on verrai t
peu à peu les os revenir sur eu x- m êm es , e t rendre
à la cavité du crâne ses dimensions naturelles. Lors-
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O S S E U X . 4
1
qu 'on a enlevé le séquestre d 'u n os long né cr os é, l 'os
n ou v ea u, formé à l 'extér ieur aux dépen s du pério ste ,
se resserre et revient sur lu i-m êm e d 'un e m aniè re
manifeste . Dans l 'a trophie du-nerf optique , le trou
du m êm e nom devien t plus étroit . L 'or bi te se resserre
qu an d l 'œil canc éreux en a été extirpé . J 'ai disséqué
le conduit carotidien dans un chien dont j 'avois lié
une carot ide : il n 'y avoit au cun resserrement, parce
que le sang venant des anastomoses , dilatoit l 'artère
comme à l 'ordina ire .
Ce retour des os sur eux -mêmes , en vertu de la
contracti l i té de t is su , n 'est point aussi pro m pt qu e
celui des muscles, de la peau, etc.,lorsqu'ils cessent
d 'ê tre distendus par une tumeur, par une collect ion
a q u e u s e ,
e t c . .
Cela tient à la différence du tissu or
ganique , à la rigidité
des^
fibres osseuses par la subs
tance calcaire qui les su rch arg e,
etc.
A insi la sensibilité
organique y est-el le moins prononcée.
§ 1 1 1 .
Propriétés vitales.
Les os n 'ont presque pas de propriétés animales
dans l 'état naturel. La sensibilité y est nulle : la
sc ie ,
le
maillet,
le c iseau , a l tèrent presque im pu né m en t
leur tissu ; le sentiment obscur du tact est le seul ré
sultat de l 'action de ces instrumens ; le feu les attaque
m êm e sans faire souffrir bea uco up l 'anim al. M ais
dans l 'état pathologique , cette sensibilité s 'y déve
loppe au plus haut degré : on
connoit
les douleurs
atroces qui accompagnent le spina ventosa, le péthra-
docace, celles non moins vives que la carie détermine
en certains
c a s ,
e tc . Si un os es t enf lammé, comme
par exemple l 'extrémité sciée du moignon dans une
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4 2 S Y S T È M E
amputation, cet os qui dans l 'é ta t naturel avoit sup
por té , sans t ransmet t re une impress ion pénible , l ' ac
tion de la scie , d evie nt po ur ainsi dire u n organe
sensilif nouveau, où le moindre contac t es t doulou
reux. La contractili té animale est nulle dans le sys
tème osseux.
Les propr ié tés organiques animent ce système,
comme tous les autres. La sensibilité de cette espèce
y existe certainement; ils sentent les fluides qui les
p én èt re nt ; ils s 'approp rient en vertu de ce s entim ent
ceux qui conviennent à leur nutr i t ion. Mais réagis
sent-ils sur ces fluides? ont-ils ces oscillations insen
sibles qui composent la contractili té organique insen
sible? Le ur du reté semble s'y refuser . M ais cepend ant
la circulation s'y opère ; il se fait en eux un travail
co nt in u el , une décomposi t ion e t une composit ion
habituelles, qui ne peuvent guères se concevoir sans
réaction de leur pa rt. A u reste , cette réaction est plus
l e n t e , plus difficile à cause de leu r st ru ct u re ; et de
là sans doute la lenteur dont nous allons parler dans
les phénomènes vitaux du système osseux. La con
tractili té organique sensible lui est étrangère.
Caractère des Propriétés vitales.
La vie propre des os ne se compose donc que de
deux propriétés vitales , la sensibilité organique et la
contracti l i té organique insensible . De ces deux pro
priétés dér ivent tous les phénomènes vitaux que nous
présentent ces organes, les inf lammations, la forma
tion des tumeurs, la cicatrisation de leurs solutions
de cont inui té , e tc . Cet te v ie propre es t remarquable
en général , comme je viens de l 'observer , entre les
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O S S E U X . 4 3
vies propres des autres
o r g a n e s ,
par sa lenteur par
t iculière , par l 'enchaînem ent
tardif de
ses phé nom ènes .
Toutes choses égales du côté des
âg es ,
de s p ropor
tion s diverses de su bstances terreuse et ca rtilagin eus e,
l ' inflammation y est plus lente que dans les autres
parties. Le cal est remarquable entre les autres cica
trices par la du rée d e sa formation : com parez un e exos-
tose dans son origine, ses progrès et son développe
m en t , à une tu m eu r des parties
m ol les,
à un phlegmon
pa r ex em pl e, et vous verrez la différence. Q ui ne sait
que tandis que la suppuration n 'exige souvent que
quelques jours dans les autres organes, elle reste des
mois entiers à se former au milieu des os? Voyez la
différence qu'il y a entre une gangrène des parties
molles où la mort succède à la vie dans un court es
p a c e ,
et la carie, la nécrose des
o s ,
où de longs in
tervalles sont nécessaires pour le passage du premier
au second de ces
états^
En général on peut dire que
par là m êm e qu el le existe dan s un
o s ,
l ' inflammation
y est chronique.
Sympathies.
Ce caractère des propriétés vitales en imprime un
analogue aux rapports sympathiques du système os
seu x avec les autre s sys tèm es. D 'ab or d la con tractili té
animale, la contracti l i té organique sensible ne sau-
roi en t être mises en jeu dan s ces ra pp o rts , puisqu 'elles
n 'existent pas dans les os. La
sensibilité
animale ne
s 'y développant
qu'avec
peine et avec lenteur par les
maladies qui les affectent
essentiellement,
les sym
pathies ne sauraient l 'y mettre en jeu que d 'une ma
nière obscure. Ces sympathies doivent donc essen-
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4 4 S Y S T È M E
tiellement porter sur la sensibilité organique et sur la
contracti li té organiqu e insensible , e t com m e ces deux
propriétés ne se développ ent qu 'avec le n te ur , les sym
pathies diverses do iven t être étran gère s au x affections
aiguës des autres organes; c 'est ce que l 'observation
prouve évidemment . En ef fe t , remarquez que pen
dant que divers autres systèmes répondent avec une
extrême prompti tude aux maladies a iguës d 'un or
g a n e ,
celui-ci, ainsi que les systèmes cartilagineux,
fibro-cartilagineux, etc., reste presque toujours alors
dans
l'inaction.
Q ue
Y
es tom ac, le p o u m o n , le cerveau ,
e tc . ,
soient le siège d unemaladie un peu grave qu i porte
ce caractère
a i g u ,
vous voyez aussitôt une foule de
phénomènes sympathiques naître dans les systèmes
ne rveux , va scu la i r e , muscu la i r e , g l andu leux , cu
t a n é ,
muqueux, e tc . e tc . ; tous semblent ressentir le
mal de l 'organe affecté ; chacun , suivant les forces
vitales qui y
dominent,
présente différens phéno
m èn es , qu i ne
sont
que des ab erra t io ns , des dévelop-
pemens irré gu liers de ces forces : da ns le systèm e
musculaire animal, c 'est la contracti l i té animale qui
est sur tou t exa ltée; de là les spas m es, les convulsions :
dans le g landuleux, le séreux, le cutané , le mu
queux, e tc . , ce sont la contractibilité organique in
sensible , la sensibili té org an iq ue , qui é prou ven t pr in
cipalement des altérations ; de là les troubles divers
et sympathiques des sécré t ions, d e la
sueur -,
de s exha
lations : dan s le ner v eu x c'est la sensibilité anim ale
qui es t sur tout mise en jeu sympathiquement ; de là
les douleurs vagues ou fixes en diverses parties;
da ns le mu scula ire o rg an iq ue , c 'est la contractili té
organique qui est exas pérée ; de là les m ou vem ens ir -
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O S S E U X .
4 5
régul ie rs du cœur , de l ' es tomac, des in tes t ins . Dans
toutes les maladies aiguës d'un organe il y a toujours
deux ordres de symptômes, les uns relat ifs à
l'or
gane affecté, comme sont la toux, le point de côté, le
crachement de sang , la difficulté de
respirer,
e t c . ,
dans le s pé r ipneumonies , l e s au t res purement
sympathiques et dér ivant des rapports qui l ient
la vitalité de cet organe à
celLe
de tous les autres :
or ceux-ci sont souvent bien plus nombreux que les
autres .
Considérez les os au milieu de tout ce trouble
sympathique général des systèmes où la vie est très-
ac t ive ; i l s n 'éprouvent aucune a l té ra t ion; leur v ie ,
plus lente que celle des autres systèmes, ne se prête
po int à ces ph én om èn es , qui porte nt le caractère aigu ;
il en est de même des cartilages, des fibro-cartilages ,
des poi ls , des cheveux, des aponévroses , e tc . Tous
ces sy stè m es, remarq uables par le m êm e caractère d e
vitalité, ne répondent point aux affections aiguës des
autres systèmes; i ls ne sont point sympathiquement
affectés, pendant ces affections, d 'une manière sen
sible au moins. Voyez toutes les fièvres aiguës; leurs
no m bre ux p héno m ènes ne portent que sur les
systèmes
où la vie est très-active : tous ceux où elle est m arq ué e'
par un caractère opposé, restent constamment étran
gers à ces phénomènes : i ls sont, pour ainsi d i r e ,
calm es et tran qu illes, au milieu d es orages qui agitent
les autres. Prenons pour exemple les éruptions di
verses qui ont lieu dans les fièvres; c'est sur la peau,
sur les surfaces m u qu eu se s, e tc . qu 'e lles arr iv en t:
nées pendant la fièvre, elles s'en vont avec elle : or les
o s ,
les car t i lages, e tc . ne pourraient
point
se prêter,
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^6
S Y S T È M E
par leur mode de vie , à cet te or igine soudaine et à
cette dispari t ion rapide.
C'est donc dans les affections lentes et chroniques
qu'il faut chercher des exemples de sympathies des
systèmes osseux, car t i lagin eux , e tc . D an sles prem iers
temps de l ' invasion de la maladie vénérienne, où el le
s 'annonce par des symptômes a i g u s , ou du moins
dont la marche n'est pas très-lente , comme par des
bubons, des inf lammations de l 'urè t re , e tc . , e l le ne
porte point son influence sur le système osseux; ce
n
est qu e qu an d elle est an ci en n e, qu'elle a, po ur ainsi
d i r e , dégénéré , qu 'e l le es t devenue chronique , que
les os deviennent par elle le
siège
de dou leu r s , de
tumeurs d ive r ses , e tc . Du
r e s t e ,
je ne sache pas
q u'o n ait encore bien analysé les sym path ies osseus es.
J 'ai montré seulement leur caractère général. On les
appréciera mieux lorsqu'on aura f ixé plus d 'a t tention
sur le rap po rt q u'il y a da ns les m aladies en tre l 'affec
t ion de chaque organe, e t son mode de vita l i té .
Siège
des Propriétés vitales.
Pénétrés de substances sal ines qui tendent sans
cesse à obéir aux lois d'affinité, d 'attraction, et à
faire dominer
ces
lois sur celles de la sensibilité et de
la
motilité o r g a n i q u e ,
les os sem blen t
tenir
le
m i l i eu ,
dans les corps
v i v a n s ,
entre ces corps eux-mêmes et
les corps br ut s . I l n 'y a vraim ent q u ' un e part ie de
leur t issu osseux qui par t ic ipe aux phénomènes vi
taux , savoir , leur substance car t i lagineuse; l 'autre
partie ou la substance calcaire, y est étrangère : aussi
la proport ion de chacune de ces substances mesure-
t-elle
dans
les os ,
leur deg ré de vie. Ch ez l'enfant
où
la
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O S S E U X .
A ^
première prédomine , dans les premiers temps de la
formation du cal où elle se rencontre exclusivement,
dans le ramollissement des os où elle reste presque
seule , tous les phénomènes vitaux deviennent plus
m ar q u és , p lus énergiques . A u contra i re , à m esure
qu e l 'âge entasse da ns les os la su bsta nce
sa l ine ,
à me
sure que dans cer tains animaux cette accumulation
a lieu par les lois na ture lles de l 'ossification da ns
quelques port ions extér ieures du système à base cal
caire , comme dans les cornes de cerfs , dans les en
veloppes des crustacées, e tc . , la vie est , pour ainsi
d ire , succ essivem ent dé tru ite d an s le» o s ; elle finit
par ê tre n u lle , qu an d cette port ion calcaire vient
à prédominer considérablement; c 'est ce qui arr ive
dans la nécrose qui détermine la chute des cornes ,
des enveloppes des crustacées , etc.
D 'ai l le u rs , ce qui m esure l 'énergie vi ta le d ans u n
Organe
, c 'est la rapidité avec laquelle l ' inflammation
y parco urt ses pé r iod es,
et
la fréquence de c ette
affec
t ion, etc. Or dans les os les
inflammations
sont d 'au
tant plus ra p id es , qu'elles ont lieu lorsqu'ils con
tiennent plus de tissu cartilagineux : considérez les
périodes de la formation du cal aux différens âges ,
périodes qui sont mesurées par la durée de l ' inflam
m ation nécessaire à cet te form atio n, vous verrez que
chez l 'enfant elles sont cou rtes et rap pr oc hé es , qu'elles
Sont beaucoup plus longues chez le vieillard, et que
sou ven t m êm e la conso lidation ne peu t se faire ,
tandis qu'elle s'opère avec facilité dans toutes les
autres parties molles. Sans doute
l'affaiblissement
général qui porte sur toutes les forces vitales par
l'effet de l'âge, est une cause de
cette
lenteur
et d&
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4 8 S Y S T È M E
cette rapidité d u cal au x d eu x ex trém ités de la vie ;
mais les proportions diverses des substances gélati
neuse et calcaire y en tren t aussi pou r bea uco up :
car qu'on compare d'autres cicatrices à celles-ci, les
cicatrices cutanées par exemple ; l 'âge y établit une
différence infiniment moins sensible sous le rapport
de cette rapidité ou de cette lenteur de la réunion,
que dans le système osseux. Déjà les os ne vivent
plus assez pour s'enflammer et se réunir, qu e la p eau ,
les muscles présen tent encore ce ph éno m ène d'une ma
nière très-marquée. J 'ai vu un vieillard dont le col du
fém ur fractu ré, étoit resté de pu is lon g-tem ps sans réu
n io n , et chez lequel u n e plaie de la face fut agglu tinée
par prem ière in tension avecbeaucoup de pro m pti tude .
Enfin, voici une expérience simple, que j 'a i fa i te
souvent,
et qui prouv e b ie n , com m e les fai ts préc é-
d e n s ,
que c'est dans le cartilage de l 'os qu'est vrai
m en t sa par t ie anim ale. O n sai t q u 'u n d es grands
attr ibuts des corps animalisés, c 'est de brûler en se
raco rnis san t, en se resse rrant : or tant qu e l 'os est pé
nétr é de son sel te rr e u x , il n 'a poin t ce m od e de
com bu st ion ; pr ivez- l' en par un ac id e ; le parenchym e
cart i lagineux qui reste , brûle de cette manière . L'os
plat chez l 'enfant où ce parenchyme prédomine, offre
aussi ce phénomène en brûlant ; i l force la portion
calcaire qui est en petite q u an ti té , à obéir à l ' imp ulsion
qu' i l lui donne en se contournant en différens sens;
mais dans l 'adulte où cette portion calcaire devient
excédente, l 'os reste immobile pendant que le feu le
pénètre, et tout son cartilage lui est enlevé sans que
ses fibres puissent obéir à leur tendance au racornis
sement que leur imprime la combustion.
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O S S E U X .
4 ^
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Des Articulations du Système osseux.
_L ous les os sont unis entr 'eux; leur assemblage
form e le squ elette. L e m od e de leur un ion varie ; m ais
quel qu ' i l soi t , on le désigne sous le nom général
d 'a r t icula t ions .
§ I
e r
.
Division des Articulations.
T o u te s les ar t iculat ions se rapp orten t à de ux classes
générales. La mobilité est le caractère de la première,
l ' immobilité celui de la seconde.
L 'u n e ap par tient à tous les os qui servent à la loco
m otio n , à quelqu es-uns d e ceux dest inés a ux fonc
t ions in tér ieures , comme aux côtes , à la mâchoire
infér ieure , e tc . L 'au tre se rencon tre spécialem ent
dans les os dont l 'ensemble forme des cavités desti
nées à garantir les organes , comme on le voit à la
t ê t e ,
au
b a s s i n ,
etc .
Articulations mobiles. Considérations sur leurs
mouvemens.
Je divise les articulations m obiles en qu atre genres ,
dont les caractères sont empruntés des mouvemens
divers qu'ils exécutent. Pour concevoir cette division,
il faut do nc prél im inairem ent conn oître les m ouv e
mens ar t icula i res en généra l . Ces mouvemens peu
vent se rapp orter à qu atre espèces qui so n t ,
i ° .
l 'op
position ,
2
0
.
la c ircumduction, 3°. la rotat ion ,
4°« '
e
glissement.
1 1 . 4
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5 o S Y S T E M E
i ° . L e mo uv em en t d 'op po sit ion est celui qui se
fait en deu x sens opposés , par e x e m p le , d e la f lexion
à l 'extension , de l 'adduction à l 'abduction, e t réci
p roquement . Ce mouvement e s t vague ou
b o r n é ,
vagu e lorsq u'il se fait da ns tou s les
s e n s ,
d 'abord dans
les qu atre éno ncés ci-dessus , pu is da ns tous ceux qui
leur sont
intermédiaires
, borné lorsqu'il n 'a lieu que
de la f lexion à l ' exte ns ion , de l ' adduc t ion à la b d u c -
t i o n , e tc . Le fémur dan s son ar t iculat ion pelvienne
jouit d 'un mouvement vague d 'opposit ion. Le t ibia
da ns son articulation fémorale a un m ou ve m en t borné
d 'opposi t ion.
2 " .
La c i rcumduct ion es t le mouvement dans le
quel l 'os décrit une espèce de cône dont le sommet
est dans son articulation supérieure , et la
base
dans
l ' inférieure; en sorte qu'il se trouve successivement
en f lexion , en ad d u c ti o n , en extension et en ab du c
tion , ou bien en
a b d u c t i o n ,
en extension , en adduc
tion et en flexion, suivant le mouvement par lequel
i l commence, e t que de plus i l parcourt
tous
les sens
intermédiaires à ceux-ci . D'où l 'on voit que la c ir
cumduct ion es t un mouvement qui es t composé de
tous ceux d 'opposit ion, e t dans lequel l 'os, au l ieu
de se mouvoir d 'un sens au sens opposé, comme
dans le cas précédent, se meut d 'un sens au sens le
plus voisin , en décrivant ainsi par son extrémité un
cercle qui est base du cône dont j 'ai p a r l é , et qui
est d 'autant plus grand , que l 'os est lui-même plus
long . O n com pre nd facilement que parm i les o s, ceux
seuls dont le m ouvem ent
d'opposition
est v ag u e, jouis
sent
de.la
c i rcumduc t ion .
. 3 ° . La rotat io n est toute di f férente du mouvement
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O S S E U X .
5 i
précéd ent . Da ns ce lui-là , ily avoit locom otion, passage
de l 'os d'une place
à
une autre
;
ici il reste tou jou rs au
m êm e l ieu
;
il ne tourne qu e sur son axe . L 'h u m ér u s ,
le fémur jouissent de ce mouvement qui est s imple.
4 ° .
Le glissement appartient à toutes les articula
t ions .
C 'es t un mouvement obscur par lequel deux
surfaces se portent en sens opposé, en glissant pour
ainsi dire l 'une sur l 'autre . Dans tous les autres mou
vemens, celui-ci se rencontre; mais souvent i l existe
sans eux.
Il est facile de concevoir, d'après ces notions sur
les.
m ou ve m en s articulaires , la division en genres de
la classe des articu lations m ob iles. E n effet,
il
est des
ar t iculat ions o ù tous les m ou vem ens se t rouvent réu
nis ; dans d 'a u tr e s , il y a de mo ins la rota t ion ; d ans
plusieurs , la ro ta t ion, la c i rcumduct ion manquent,
et l 'opposit ion n 'existe qu 'en un sens; quelques-unes
n'ont que la rotation. Enfin il en est où la rotation,
la c ircumduction et 1 opposit ion sont nulles, le gl is
sement restant seul .
D'où l 'on voit q«e la nature marche ic i comme
ail leurs par gradation, que des ar t iculat ions les plus
mobiles à celles qui le sont m'oins, il est divers degrés
de
décroissement,
que la nature descend peu à peu
aux articulations immobiles, qu'elle y arrive enfin
réduite au seul mouvement de glissement, te l que
celui qui existe au carpe, au tarse , e tc . I l est même
encore un intermédiaire au glissement e t à l ' immo
bil i té ; c 'est l 'ar t iculation de la sym physe p u b ie n n e,
qui peut être considérée avec celle de l 'humérus
comme formant les deux extrêmes de la sér ie des
articulations mobiles.
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5 2 S Y S T È M E
Toutes les ar t iculat ions dont je viens de parler
sont à surfaces contiguës; c 'est le caractère général
de celles qui sont mo biles. C ep en da nt il y a un e
exception à cette règle; c 'est l 'articulation du corps
des vertèbres, où i l y a continuité e t mobil i té . La
symphyse pubienne est aussi en part ie continue dans
ses surfaces, e t a cependant quelquefois des mouve
m en s obscurs. D e là naît un e division d es ar t iculations
mobiles, en celles à surfaces continues, et en celles à
surfaces contiguës.
Articulations immobiles.
Les articulations immobiles sont tantôt à surfaces
engrenées comme les os du crâne où une foule
d'aspérités et
d'enfoncemens
se reçoivent d 'une ma
nière ré cip roq ue , tantô t à surfaces juxta-posées comm e
dans l 'ar t iculat ion du temporal avec le par iétal , des
d eu x os maxi l la i res supér ieurs e n tr 'e u x , tantôt à sur
faces implantées comme dans les dents.
Toutes les différentes divisions que je viens
d'énoncer se concevront facilement par le tableau
sui va nt; il n 'est pas le m êm e que celui que j 'a i do nn é
dans mon Tra i té des membranes ; j e c ro is qu ' i l p ré
sente une classification un peu plus utile en ce qu'il
offre pour caractère les deux choses essentielles à
co nn oî t re , dans toute espèce d 'a r t icula t ions m ob i les ,
savoir , i ° . le rapport des surfaces articulaires qui
caractérise les
o r d r e s ,
2 ° . le nom bre des m ouvem ens
de chacune qui distingue les genres. I l n 'y a que des
ordres dans les a r t icula t ions immobiles , parce que ,
ou tre le rappo rt des surfaces, les ar t iculations ne p ré
sen tent pas assez de
différences
pour les subdiviser.
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O S S E U X .
5 3
Tableau des Articulations.
tn
fc
O
M
H
^
^
P
H
Pi
«<
r C L A S S E S .
Ire
Mobiles.
<
I
1
Ile
Immobiles.
J
r O R D R E S .
1er
à Surfaces
contiguës. J
r
G E N R E S .
1er
Opposition vague ,
Circumduction
et
Rotation
I
le
à Surfaces
continues.
r
Ier
à Surfaces juxta-])
Ile
à Surfaces engre
I l le
osé
lées
Ile
Opposition vague
,
et
Cûcumduction.
~ II le
Opposition bornée.
lVe
Rotation.
Ve
Glissement.
es.
•
à Surfaces implantées.
A pr ès avoir ainsi divisé les artic ula tio ns , présen ton s
sur chaque classe quelques considérations générales.
Mais r emarquons auparavant
que
le tableau précé
dent, considéré dans les ar t iculat ions mobiles à sur
faces contiguës, indique parfaitement la disposition
de ces ar t iculat ions aux luxations, qui sont d 'autant
plus fréquentes que les m ou vem ens sont plus éten du s.
L e prem ier gen re y est le plus exposé ;. le dern ier en est
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6 | S Y S T E M E
le moins fréquemment affecté; les autres
y
sont d'au
ta n t plu s ou d 'a u ta n t m o in s suj ets , qu'ils sont plus
voisins de l 'un ou de l 'autre, dans l 'ordre indique'.
§ 1 1 . Considérations sur
les
Articulations mobiles.
La classe des ar t iculat ions mobiles est la plus im
por tan te à
considérer,
pa rce que le mécanisme de
celles-ci est
leddus compliqué
des deux ordres
compo
sant cette classe comme nous l'avons vu. Le dernier
ou celui des articu lati on s à surfaces con tinues, ne
nous occupera pas dans ces considérations générales:
com m e il ne
comprend
q u 'u n e espèce de mouvement,
celui des v e rt è b re s , ce m ou ve m en t sera traité dans
l 'examen de l 'épine.
L'ordre des articulations mobiles à surfaces conti
guës r en fe rm e , com m e no us l 'avo ns d it , cinq genres
caractér isés par leurs mouvemens respectifs .
Premier Genre.
L'o pp os itio n va gu e, la c irc um du cti on et la rotation
cara ctéris en t ce gen re , le pr em ie r pa r l 'étend ue et le
nombre des mouvemens. Les ar t iculat ions scapulo-
humérale et ilio-fémorale en sont des exemples; elles
le composent même exclusivement .
O n
conçoit
p ou rq uo i c'est à la pa rtie sup érieure des
membres, que la nature a placé ce genre. Un double
avantage résulte de cette si tuation. D'un côté , très-
éloigné de la par t ie du membre immédia tement en
butte à l 'act ion des corps extér ieurs, i l échappe plus
facilement aux luxations auxquelles le dispose son
peu de solidité. D'un autre côté, i l peut par cette si
tua t ion , impr imer au membre de s mouvemens de
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O S S E U X . 55
totalité qui suppléent à ceux des articulations infé
r i e u r e s ,
dont la solidité exclut la mobilité en tous
sens.
P ar exem ple , les de ux ar t iculat ions don t je v iens
de parler , sont non-seulement les articulations des
os qui les
forment,
de l 'humérus e t du fémur , mais
encore les ar t iculat ions de tout le membre qu'e l les
dir igent en divers sens: aussi
l'ankilosede
ces ar t i
culat ions rend-elle le membre complètement inut i le ,
' tandis que celle des articulations inférieures e n a n -
nul le seulement les mouvemens
partiels.
Le mode de mobil i té de ce genre d 'ar t iculat ions
nécessite un e forme arro nd ie dan s ses surfaces art i
culaires , soit qu'étant concaves elles reçoivent, soit
qu 'é tant convexes elles soient reçues . Celte forme
est en effet la seule qui puisse se prêter à ï opposit ion
vague, à la rotat ion et à là c i rcumduct ion réunies :
aussi est-ce celle des parties supé rieur es de l 'hu m éru s
avec l 'om op late , e t du fémur avec l 'os inn om m é. L 'os
qu i se m eu t est à surface co nve xe , celui qui se rt
d'appui'est
à surface concave.
H
y a dans les an im au x
des exem ples d 'u ne disposition in ve rse ; c 'est-à-dire
qu'une concavité se meut entoussens sur une
convex ité;
mais l 'homme ne présente point cet te disposit ion.
Quoique les deux membres a ient ehtr'eux la plus
gran de analogie p ar leurs m ouvem ens , cependant il y
a quelques différences relatives surtout à leurs usages
respectifs, qui sont pour l 'un de servir à saisir , à re
pou sser les corp s, pou r l 'autre d 'ê t re dest inés à la
locomotion. La principale de ces différences, c 'est
que la rotat ion et la c ircumduction s 'y trouvent en
raison exactem ent inverse. L a raison mécanique e t
les avantages de cette disposition sont
faciles
à
saisir,
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S Y S T È M E
Au fémur , la longueur du col qui est le
levier
de
ro ta t ion , dé t e rmine beaucoup d 'é t endu e
dans
ce mou
vement , lequel supplée à la pronation et à la supi
nation qui manquent à la jambe ; en sorte que toute
rotat ion du pied est un mouvement de total i té du
membre . A l 'humérus au contra i re , le col t rès-cour t ,
rap pro ch an t de l 'axe de l 'os le ce ntre du mouve
ment , borne la rotat ion qui est moins nécessaire , à
cause de celle de
l'avant-bras
: le m ou ve m en t en de
hors ou en dedans de la main, n 'est donc jamais
communiqué que pa r une pa r t ie du membre .
Q uan t à la c i rcum duct ion ou au m ouv em ent en
fro nd e, la lon gu eur du col du fém ur y est u n obstacle.
E n ef fe t, rem arquo ns
que
ce m o u v e m e n t
est
en général
d'autant plus facile ,.qu'il est exécuté par un levier
recti l igne, parce qu'a lors l 'axe du mouvement est
l ' axe même du levier ; qu'au contraire , si le levier
est angulaire , le mouvement devient d 'autant plus
difficile, parce qu e l 'axe du m o uv em en t n'est pas
celui du levier ; e t en gé n éra l , on pe ut dire que la
difficulté du mouvement est en raison directe de la
distance de ses deux axes.
Cela posé, observons que l 'axe du mouvement de
circumduction du fémur est évidemment une l igne
droite , obliquement dir igée de la tê te aux condyles,
et éloignée par conséquent en haut de l 'axe de l 'os,
par tout le col. Or d'après ce qui vient d'être dit , i l
est évident que la difficulté de la circumduction sera
en raison directe de la longueur du col, et par con
séqu ent assez gran de. A l 'hu m éru s au contraire , le
col étant
très-court,
l 'axe de l 'os et celui du mouve
ment sont presque confondus : de là la facilité et l'é-
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O S S E U X . 5y
t endue
delà c ù c u m d u c t i o u .
On pourrait f ixer rigou
reusement le rapport de ces mouvemens par cet te
proport ion : la c ircumduction de l 'humérus est à
celle du
fémur,
comme la longueur du col de l 'hu
m éru s est à la long ueu r du col du fému r ; ce qui no us
m èn e à dé term iner de combien la c i rcumdu ct ion du
fémur est plus difficile que celle de l'humérus. Il suffit
en effet, pour le savoir , de connoître l 'excès de lon
gu eu r du col du pre m ier sur la longu eur du col du
second.
Il est facile de sentir les avantages de cette éten
due très-grande dans la c ircumduction des membres
supérieurs dest inés à l 'appréhension, e t des bornes
mises par la nature à celle des membres inférieurs
destinés à la station et à la locom otion. O n com pren d
aussi pourquoi les luxations sont plus faciles dans les
prem iers q ue dan s les seconds. L e déplacem ent a
presque toujours l ieu , en effet , dans un des mouve
m e n s
s imp les ,
d on t la succession forme le m ou ve m en t
composé de
c i rc u m d u c t io n ,
par exemple , dans l 'élé
va t ion ou
l'abaissement,
dans l ' adduct ion ou l ' ab
duction , e tc . Or tous ces mouvemens étant portés
bien
pjus
loin à l 'humérus qu'au fémur, les surfaces
doivent plus facilement s 'abandonner .
Second Genre.
Ce genre diffère
dû
premier par l ' absence du mou
vem ent de rota t ion. L 'oppo si t ion e t la c i rcum duct ion
s'y rencontrent seules. On en trouve des exemples
dans les ar t iculat ions temporo-maxil la ire ,
sterno-cla-
vicula i re , radio-carpienne , métaca rpo-pha langienne ,
carpo-métacarpienne du pouce , e tc .
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L e défaut de ro ta t ion suppose év id em m en t , d 'après
ce qu i a été dit plus ha u t, l 'absence d'u n e tête osseuse
do nt l'axe fasse , com m e dans le genre pré céd en t , un
angle avec l 'axe du corps de l 'os. Aussi dans tous les
os des articulations qu e je viens d ' in d iq u e r, la surface
art iculaire est à l 'extrémité même de l 'os, e t non sur
le cô té; l 'axe est le m êm e po ur tou s d eu x . I ls form ent
u n levier recti l igne, au l ieu d 'en représenter un an
gulaire.
Les surfaces articulaires sont en général, comme
dans le cas précédent, uniformes , sans éminences et
enfoncemens réc iproques; ce qui gênera i t , empêche
rait
mêmelâ
c i rcum duc t ion .
Pour l'osqui
ser t d 'appui,
c 'est une concavité plus ou moins profonde; pour l 'os
qu i
se meut, c'est
un e conv exitéan alogu e. L es surfaces
correspondantes du temporal e t de l 'os maxil la ire in
fé r ieur ,
des os
du métacarpe et des premières pha
langes, e tc . , sont des exemples de cette disposit ion.
Ce mode articulaire est le plus favorablement dis
posé pour la c ircumduction qui est , comme nous
l 'avons
v u ,
constamment en raison inverse de la ro
tati on , et qu i pa r co ns éq ue nt offre la plu s gra nd e
facilité possible, quand le levier est rectiligne, cir
constance où la rotat ion devient nulle . Cependant
dans plusieurs ar t iculat ions de ce genre, la c ircum
duct ion es t manifes tement moins é tendue qu 'à l 'hu
mérus et au fémur; mais cela tient à la disposition
des puissances motr ices qui , en beaucoup plus grand
nombre dans les ar t iculat ions de ces deux
o s ,
s u p
pléent à la disposition désavantageuse pour la cir
cumduct ion des surfaces ar t iculaires.
Dans le genre d 'a r t icula t ions qui nous occupe ,
il
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y
a toujours un sens où le mouvement d 'opposit ion
est plus facile q ue d an s les autre s : par ex em p le , c 'est
l'élévation et l'abaissement
d an s la m âc ho ire , la flexion
et l 'extension dans les premières phalanges, dans le
poignet,
etc . E n général i l y a de ux ligamens latéra ux
et la capsule dans le sens où les mouvemens sont
p lus
b o r n é s ,
la capsule seulement dans celui où ils
sont plus étendus.
Troisième Genre.
A mesure que nous avançons dans l 'examen des
genres articulaires,l'étendue de leur mouvement dimi
n u e .
Celui-ci a de m oins q ue le
précédent
l 'opposition
en plusieurs s e n s , et la circumduction qui suppose
toujo urs un e opp osition va gue. Ici cette opposition est
tou joursbornée à
un
sens u n iq u e , à celui de la flexion
et de l ' extension, par exemple .
O n renc on tre spécialem ent ce genre articulaire d ans
le mi l ieu des m em bre s , com me au coud e , au ge no u ,
au milieu des doigts "dans les articulations des pha
langes. Quoique l 'os qui les compose infér ieurement
ne se m euve par lu i -mêm e qu 'en un s e n s , cependant
i l emprunte des mouvemens vagues de l 'ar t iculat ion
supérieure du membre, e t peut par là se dir iger de
tous côtés.
Les surfaces articulaires se trouvent i c i , comme
d a n s
le
genre précédent , à l ' extrémité de
l ' o s ,
ayant
le même axe que lui ; mais e l les diffèrent , i ° . en ce
qu ' i l y
a plusieurs
ém inenc es et cavités qui se reçoiven t
réciproquement,
disposition
q u i ,
en permettant le
mouvement dans un sens , l ' empêche dans les autres .
Assez ordinairement ce sont deux espèces de saillies
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S Y S T È M E
arro nd ies , nom m ées c on dy les , qui roulent d 'avant
en
a r r i è r e ,
ou de dehors en dedans, e tc . , sur deux
cavités analog ues, et qu e sépare une ém in en ce , laquelle
est reçue dans l 'écar temen t des co nd yle s , com m e on
le voit aux articulations fémoro-tibiale, phalangien-
n e s ,
etc. 2°. La largeur des surfaces distingue aussi
ce genre du précédent; cette largeur assure sa soli
d i t é ,
prévient les luxations qui du reste sont plus à
craindre quand elles arrivent ici où plus de ligamens
sont rompus dans cette c irconstance.
Il y a toujours da ns ce genre plus d'é te nd u e d e
mouvement d 'un côté , que de ce lui qui es t opposé .
En général toujours la flexion a des limites plus re
cu lées qu e l 'exte ns ion : voyez en effet les con dy les
du fém ur , des phalanges , e t c . , ils s 'é tendent b ea u
coup plus loin dans la première que dans la seconde
direction : po urq uo i? parce que tous nos m ou vem ens
principaux sont de flexion, et que les
mouvemens
d'extension ne sont pour ainsi dire que les modéra
teurs des premiers , n 'ont pour but que de ramener
le membre dans une posi t ion d 'où
il-
puisse partir
pour se f léchir de nouveau. Voilà pourquoi le nom
bre , la force des fibres sont plus grands dans les flé
chisseurs que dans les extenseurs; pourquoi les gros
troncs vasculaires et nerveux sont toujours du côté
de la flexion, com m e o n le voit à la cu isse , à la ja m b e ,
à l 'avant-bras, aux phalanges, e tc . I l y a toujours
quelque chose qui borne le mouvement du côté de
l 'exte nsio n, com m e l 'olécrâne à l 'art iculat ion hu m éro-
cubitale, les ligamens croisés dans l 'articulation fé
moro-t ibiale , e tc .
Quoique dans
le genre
qui nous occupe, i l n 'y a i t
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6T. S Y S T È M E
à
r avanWbras ,
comme on le voit dans les
ankiloses
de celui-ci.
Cinquième
Genre.
T o u t e
e s p è c e d e r o t a t i o n ,
d 'oppo sit ion et de circum
d u ct io n , est nu lle dan s ce g en re , qui est le plus nom
breux, e t qui renferme les ar t iculat ions du
caçpe ,
du
métacarpe , du tarse et du métatarse, des vertèbres
entr'elles par leurs apophyses articulaires, de l 'atlas
avec l 'occipital, des extrémités humérale de la clavi
cule , sternale des côtes, supérieure du péroné. I l n 'y
a qu'une espèce de glissement plus ou moins obscur ,
et dans lequel les surfaces osseuses ne s'abandonnent
presque pas. Ces surfaces sont presque toutes plane s,
très-serrées les unes contre les autres, unies par un
nombre considérable de l igamens, e t te l lement for t i
fiées dans leur rapport, que les luxations n y arrivent
presque jamais. Une autre raison les rend d'ailleurs
difficiles; c'est que
tout
ce genre d'art icu latio ns appar
tient presque à des os courts : or on sait que le mou
vement imprimé à un os a une efficacité d'action
qui est en raison directe de sa longueur, et inverse
de sa petitesse; par exemple, la même puissance ap
pliquée à l 'extrémité tibiale du fémur, en luxera
bien plus facilement son extrémité ischiatique, que
si elle agit sur le milieu de cet os.
Comme le mouvement isolé de chacune des ar t i
culat ions du cinquième genre est presque
n u l ,
la
na ture en réun it ord inaire m ent plusieu rs dans le
m ê m e
endroit,
af in de produire un mouvement gé
néral sensible, comme on le voit au carpe, au tarse,
aux vertèbres, etc. : c 'est encore là une raison de
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O S S E U X . 6 3
la difficulté' des luxations de ce genre articulaire. En
effet , quelque violens que soient les mouvemens gé
néraux, deux os pr is i solément se meuvent peu l 'un
sur l ' autre ; or ce n 'es t que l ' é tendue du mouvement
des deux os isolés qui peut en produire le déplace
men t .
§
I I I .
Considérations sur les Articulations imm o
biles.
Nous n ' avons ind iqué cjue des ordres dans celte
classe , parc e qu e ses variétés ne so nt pas assez g ran de s
pour y assigner des genres.
i ° . L'ordre des ar t iculat ions immobiles à surfaces
juxta-posées, se rencontre là où le seul mécanisme
de la partie suffit presque pour assurer la solidité des
os qu i se tro uv en t seule m en t placés* l 'un à côté d e
l 'autre , sans tenir par aucune engrenure , e t n 'ayant
seulement entr'eux qu'une lame cartilagineuse légère:
ainsi les os maxillaires enclavés entre les pommettes,
le s unguis , l'ethmoïde, les palat ins, le vomer , le
coronal , e tc . , sont soutenus plus par le mécanisme
général de la
face>
que par les liens articulaires qui
les
unissent l 'un à l 'autre : ainsi la portion écailleuse
du tem po ral soutient-elle le pa rié tal, plus par le m éca
nisme des arc-boutans , que par le mode d 'union de
leurs surfaces respectives. O tez ce m écan ism e général
de la
p a r t i e ,
vous verrez bientôt toutes les ar t icula
t ions tomber comme d 'e l les-mêmes.
2 ° . L'ordre des ar t iculat ions immobiles à surfaces
engrenées, doit aussi en partie sa solidité au
m é
canism e général de la région ; m ais ce m éca nism e
serait insuffisant pour assurer cette solidité: aussi les
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S Y S T È M E
os au lieu d e
présenter des
surfaces
presque-planés,of
frent-ils des aspérités et des enfoncemens très-sensi
bles qui s 'engrè nen t les un s da ns les
a u t r e s ,
com m e on
le voit dans les articulations
des
par ié taux entr 'eux,
avec le sphéno ïde , Y oc cip ital , le co ro n al , etc. ; c 'est ce
q u 'o n appelle les su tu res . Cet or dr e articulaire se rap
proche tantôt du p récé den t , comm e dans l 'union du
pa
riétal et du co ronal q u i , appuyant réci proquement l'un
sur l 'au tr e , se sou tienn ent pa r ce m éc an ism e, plus en
core que par leurs engrenures , e t tantôt ont plus de
rapport avec l 'ordre suivant , comme dans l 'ar t icula
tion
pariéto-occipitale
où des engrenures t rès-pro
fondes assurent presque seules la solidité de l 'union.
Cet ordre ne s 'observe jamais que sur les bords des
os plats; l 'engrenure de ces bords supplée à leur peu
de largeur , en mult ipl iant les points de contact . Les
éminences et enfoncemens composant l 'engrenure,
ont toujours une grandeur et une forme irrégulières.
Ils sont exactement moulés les uns sur les autres, ne
se ressemblent point dans deux os de même espèce,
et t irés de deux sujets différens; en sorte qu'on ne
peut point unir à un pariétal gauche détaché, le pa
r ié tal droit d 'un autre individu. On a beaucoup dis
puté sur la formation des sutures : elles sont un effet
isolé des lois de l'ossification, effet dont nous ne
po uv on s pas plus rend re raison que de to us les autres,
e t que des phénomènes généraux de l 'accroissement;
nous verrons la marche qu'elles suivent dans celte
formation. Cet ordre articulaire s'efface peu à peu
avec l'âge, et les os se réunissent par l'ossification du
léger cartilage intermédiaire. I l est plus rare que
l'or
dre précédent disparoisse. J 'a i vu cependant, dans
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o s s E tr Xi 65
l'extrême
vieillesse^ diverses articu lation s de cet o rd re
cesser
d'être-sensibles ^
celle des
os
maxillaires en
t r ' eux, spéc ia lement .
3 ° .
L'ordre des articulations à surfaces implantées
n 'emprunte nullement sa solidi té du mécanisme de
la part ie ; i l la doit entièrement au rapport des sur
faces ,
qui sont
tellement unies et embrassées les
unes par les autres, que tout déplacement est
impos
sible. 11
n'y a qu'un exemple de cet ordre articulaire^
ce sont les dents avec les mâchoires.
L'âge n'efface point ici l 'articulation, et ne confond
point par là même les
deux
os com m e dans les
ordres
p r é c é d e n s
, parce
que le moyen
d'union
est la mem
brane palat ine, qui appart ient au système
muqueux ,•
et qui
par,cette organisation^
n 'a jamais de tendance
à
l'ossification;
au lieu que dans les cas précédens
le
cartilage
intermédiaire a une disposit ion naturel le
'à
s 'encroûter «de phosphate calcaire*
§ I V . Des moyens d'union entre les Surfaces
articulaire^*
L es surfaces articulaires s 'aba nd on nera ient bie ntô t,
si divers
organes
ne les
retènoient
en place. Ces
or
ganes sont pour les articulations immobiles les
car
tilages et le s membranes , pour le s articulations m o
biles les l igamens et lès m uscles*
Union des Articulations imm obiles.
Les deux premiers ordres des ar t iculat ions immo
biles , celles à surfaces engrenées, et celles à surfaces
juxta-posées,ont des cartilages intermédiairesaux sur
faces os seu se s, cartilages d o n t la larg eu r et l 'épaiss eur
i i .
5
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66 S Y S T È M E
sont d ' au tan t p lus g randes , qu 'on les examine dans
unâ^e
p lus voisin de l'enfance. P res qu e tou s
les
os de
la tê te t iennent entr 'eux de ce t te manière , qui leur
pe rm et d e céder un peu d an s les efforts q u'ils essuyen t,
e t qui par conséquent
prévient
leurs fractures.
D an s les ar t iculations
p e l v i e n n e s ,
il y
a ,
outre les
cartilages, des ligam ens; m ais co m m e ces articulations
exécutent en certains cas de légers glissemens , on
peut les considérer comme intermédiaires aux ar t i
culations mobiles et aux immobiles ; c 'est pour cela
qu'elles réunissent les deux genres d'organes spécia
lem en t de stin és à affermir les surfaces articulaires
de chacune de ces
classes^
sav oir , les cartilages
et
les
l igamens.
Le sar t icula t ions im m ob iles , à surfaces implantées ,
ordre qui ne comprend q u e ' les dents
i
n 'ont pour
moyen d 'union entre les sur faces qu 'une membrane
muqueuse , l a pa la t ine . Voilà p o u r q u o i , dans les en-
gorgemens de cette membrane, dans les affections
scorbut iques , à la sui te de l 'usage du mercure , e tc . ,
les dents deviennent vacillantes , etc.
.
Union des Articulations mobiles.
Les ar t iculat ions mobiles à surfaces contiguës,
ont spécialement pour moyen d 'union les l igamens
que l 'on rencontre dans les c inq genres, mais sous
des formes différentes qui seront par la suite exa
minées .
Ce genre
d 'organe réunit à beaucoup de
souplesse une
grande
résistance , do ub le attr ibut
qu' i l doit à sa texture part iculière , e t qui le rend
très-propre à cet te fonction. Remarquons cependant
que ces deux propriétés sont en raison inverse dans
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£ 8
S Y S T È M E
g u é s ,
a pour moyen d 'union une substance dont la
nature est moyenne à celle des ligamens et à celle
des cartilages.
A R T I C L E C I N Q U I È M E .
Développement du Système
osseux.
X L
n'est point de système dont les anatomistes aient
suivi d'une manière plus rigoureuse qu'ils l 'ont fait
dans celui-ci, les états divers, aux divers âges de la
vie.
La rem arqu able différence d 'u n os consid éré dans
les premiers mois où la gélatine seule le compose
presque, d 'avec un os examiné chez l 'adulte où la
substance calcaire est prédominante, a spécialement
f ixé leur a t tention sur ce point . Examinons les phé
nomènes de l 'ossification dans tous les âges; ces
phénomènes peuvent se considérer pendant e t après
l 'accroissement. En général , tant qu ' i l dure, i l y a
quelques portions non ossifiées dans le système
o s s e u x ,
comme'le
col du fém ur , par ex em ple : l 'ossi
fication n'est bien complète, les os ne sont
bien
développés que vers l 'âge de seize à dix-huit
a n s ,
quelquefois même plus tard.
5
I
e r
-
État du Système osseux pendant l accrois
sement.
O n dis tingue co m m un ém en t tro is é ta ts d ans le
développement des os, savoir , l 'é ta t
muqueux,.l'état
cartilagineux et l 'état osseux.
État muqueux.
L'état
m u q u e u x p e ut
se
concevoir à deux épo que s;
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O S S E U X .
69
i ° . dans les premiers jours du développement de
l 'em bry on , épo que à laquelle la totalité de ses organ es
ne forme qu 'une masse homogène e t muqueuse , où
il n 'est possible de distinguer aucune ligne de démar
cation, e t où les parenchymes de nutr i t ion existent
seuls.
Tous les organes sont de même nature alors :
l 'os est en effet muqueux comme tous les autres
organes, si par ce mot on entend un état où le tissu
cellulaire existant seul avec les vaisseaux et les nerfs,
est pénétré d 'un e si gran de q uan ti té d e su cs , qu ' i l a la
forme d 'u n m ucil age , e t en do nn e l 'apparence à l 'em
bryon. 2 ° . O n peut entendre par ce m ot é ta t m uq ue ux ,
cette époque plus avancée de la nutr i t ion osseuse,
où les os se distinguent déjà, où ils se dessinent à
travers la transparence que
conservent
les autres par
ties du m em b re , où ils ont déjà une consistance bien
supérieure à celle de ce qui les entoure : or cet état
n'est que le commencement de celui de cartilage; car
le parenchyme de nutr i t ion prend le caractère car t i
lagineux dès qu ' i l commence à se pénétrer de
gela-**
t ine ,
et il se pénètre en effet de cette substance dès
qu'il prend plus de consistance, puisque c 'est elle qui
lui donne cette cons i s t ance , et par là même une
existence d istincte des parties en viro nn an tes. S i, d an s
les premiers temps, ce cartilage est plus mou , s ' i l
s affaisse sous les doigts qui le compriment, s i même
il a une apparence en part ie muqueuse, c 'est que la
gélatine n'y est pas encore en assez grande propor
tion , et q u e le parenchyme nutr i t i f la do m ine encore j
à mesure qu 'on avance , sa qua nt i té au g m en te , e t
par là même la nature cartilagineuse se développe
plus évidemment .
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7 0
S Y S T E M E
Il suit de là, que les os ont trois périodes dans leur
dévelo ppem ent : l 'une leur est com m un e avec tous
les autres o rg an es ; c 'est la pé riod e m uq ue us e : les
deux autres les caractérisent spécialement; ce sont
les périodes cartilagineuse et osseuse. Examinons-en
les phénomènes.
État cartilagineux.
Tous les os sont cartilagineux avant de prendre
leur dernière forme. Cet état de cartilage commence
à une époque qu'il est difficile de déterminer; c'est
lorsque d'une part le système circulatoire commence
à
charter
de la gélatine et à la présenter aux organes,
et
que
d'une autre part la sensibilité organique du
parenchyme de nutr i t ion des os
s'est
mise en rapport
avec cette substance. Alors la consistance de l 'os va
toujours
en croissant, parce que la gélatine va
en
s'y
accumulant
: or elle s'y accumule
dans
le mê m e sens
que dans la suite doit affecter le phosphate calcaire;
c'est-à-dire que dans les os longs c'est au milieu du
c o r p s ,
que dans les os
plats
c 'est au centre, et que
dans les os courts c'est au centre aussi que s'exhale
d'a bo rd cette sub stanc e , laquelle se po rte ensuite
successivement et de proche en pro che aux extrémités
des pr em ie rs , à la c irconférence des se co nd s, et à la
surface des troisièmes. J 'observe cependant que l 'on
ne voit point pendant la formation des os cartila
gineux , ces stries longitudinales dans les os longs,
rayonnées
dans les
plats, irrég uliè rem en t entrecroisées
d.-.us
les courts, qui distinguent l 'état osseux dans sa
f o r m a t i o n ,
et qui semblent indiquer à l 'œil le trajet
du phosphate calcaire.
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O S S E U X .
y i
L état
car t i lagineux présente une part icular i té qui
le dist ingue de l 'é ta t osseux;
c'est
que tous les os
unis par la suite au moyen de car t i lages, te ls que
ceux du
c r â n e ,
de la
f a c e ,
de la colonne ver tébra le ,
du
bass in ,
n e font qu' un e seule et m êm e pièce
;
tandis
que tous ceux qui ne doivent tenir que par des liga
m e n s ,
dont l 'ar t iculat ion est mobile par conséquent,
se t rouvent t rès-dis t inc ts , comme le fémur , le t ib ia ,
la clavicule, etc. etc.
L es os larg es, ceu x du crâne spécialem ent, n 'offrent
pas d 'u n e m an ière aussi distincte l 'état cartilag ineu x.
Leur apparence à cette période de l 'ossification, est
même plutôt membraneuse. Voici à quoi cela t ient :
comme ils se trouvent interposés entre le périoste et
la d u re -m èr e , e t que leur ténu i té es t extrêm e , on n e
peut que difficilement les distinguer à l ' intérieur de
ces deux membranes. Mais lorsqu'on dissèque les
part ies avec at tention, on peut dist inguer l 'os encore
mou de cette double
enveloppe.
L 'état car t i lagineux paroît dan s la c lavicule , l 'om o
plate , les côtes, avant d 'ê tre dist inct dans les autres
os où il se manifeste ensuite. Lorsqu'on examine les
os en cet
état,
on les trouve de consistance et de soli
dité différentes: là où l 'exhalation de la gélatine a
commencé , i l s sont
incomplètement
cartilagineux; à
mesure qu'on s 'éloigne de ce
point,
ils participent en
core p lus ou moins à l ' é ta t muqueux. L o s car t i lagi
neux n 'a point de cavi té in terne , point de système
m é d u l l a i r e , etc .
État osseux.
Lorsque tout l os est
carti lagineux ,
e t même
que
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» 2 S Y S T E M E
quelques points y paraissent enco re muqueux , l ' ex
halation de la substance calcaire commence, et par
là même l 'é ta t osseux se manifeste; voici comment:
l 'os devient alors plus dense, puis d'une couleur
plus foncée , enfin d'un jaune très-sensible dans son
milieu, c'est-à-dire là où doit commencer l 'ossifica
t ion: peu à peu un point rougeâtre s'y développe ; ce
sont les vaisseaux qui commencent à recevoir la por
tion rouge du sang, et non à
s'y
développer , comme
le prétendent certains anatomistes , à y être creusés,
suiva nt leur expression , pa r la force d' im pulsio n du
cœur. I ls préexistent toujours; les sucs blancs les
pén étraien t seuls auparavant
;
alors les globules rouges
y sont aussi
admis .
E n m êm e temps les
parties
voisines
s 'encroûtent
de-substance
calcaire. Cette période est
do nc rem arqu able par de ux choses, savoir, par l 'abord
du sang dans les os cartilagineux, et par l 'exhalation
du phosphate de chaux. En général ces deux phéno
mènes sont toujours inséparables; dès qu'il y a rou
geur dans une partie des cartilages , il y a aussi des
poin ts osseux : cela s 'observe n on -s eu le m en t dans
l'ossification ordinaire , mais encore dans celles qui
ne sont pas dans les lois communes, telles que les
ossifications des cartilages du larynx, des côtes, etc.
L or sq u'o n exam ine les prog rès de l 'exhalation de la
substance terreuse , on voit toujours dans les
os,
soit
longs , soit plais , soit courts, une couche
vasculaire
très-rouge, intermédiaire au cartilage et à la portion
des os ossifiée. Cette couche semble servir de précur
seur à l 'état osseux. Pourquoi les vaisseaux des os
qui jusque-làn'admetloient que des sucs blancs, re
çoivent-ils alors des globules rouges? Ce n'est pas,
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O S S E U X . 73
comme Boerhaave l'auroit dit s'il se fût occupé de
l'ossification , parce que leur calibre augmente, mais
bien parce que la somme de leur sensibilité organique
s'accroissant,
ils se trouvent alors en rapport avec la
portion
rouge,
qui jusque - là leur étoit étrangère.
Leur calibre seroit triple , quadruple du diamètre des
globules rouges, que ceux-ci ne s y engageraient pas
si le mode de sensibilité organique les repousse ,
comme le larynx se soulève contre un corps qui tente
de s'y engager, quoique ce corps soit infiniment
moindre que la glotte. C'est par un accroissement de
sensibilité organique, qu'il faut aussi expliquer com
ment l'os, jusque-là étranger à la substance calcaire,
ne se trouvant en rapport qu'avec la gélatine , s'ap
proprie aussi la première de ces substances, et s'en
pénètre avec facilité.
J'observerai seulement cju'il y a cette différence
entre l'exhalation de l'une et de l'autre, que la pre
mière vient toujours immédiatement de la portion
rouge du sang, puisque par-tout où elle se dépose,
il y a , comme j'ai dit, des vaisseaux sanguins
;
tandis
que la seconde paroît immédiatement provenir des
fluides
blancs,
puisque les vaisseaux des tendons,
des
cartilages,
et des autres parties qui s'en nour
rissent , ne reçoivent sensiblement dans leur état na
turel aucun globule
rouge,
et que tout ce qui y cir
cule paroît blanc.
L'état osseux commence avec la fin du premier
mois pour la clavicule, les côtes, etc. ; il est un peu
plus tardif dans les autres os : on ignore du reste son
époque précise. Voici sa marche dans les trois es
pèces d'os.
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7 4
S Y S T È M E
Progrès de ï état osseux dans les os longs.
On dist ingue d 'abord au milieu de ces
o s ,
un petit
cyl indre osseux, t rès-mince dans son centre ,
s'élar
gissant en s'avançant vers les extrémités , creux dans
son in tér ieur pour les rud im ens du systèm e m é
dullaire , percé du trou nourricier dont la proportion
de grandeur est alors
t r è s -mani fes te ,
recevant aussi
un très-gros vaisseau. Ce cylindre osseux, d 'abord
très-mince en comparaison des extrémités car t i lagi
neu ses de l 'o s, offre avec elles un e disp ropo rtion
manifeste sous ce rapport, est formé de fibres très-
déliées, grossit et s'alonge peu à peu, s'avance enfin
jusqu e près des extrém ités où il est parven u à l 'épo que
de la naissance; alors la plupart de ces extrémités ne
sont point encore osseuses. Quelque temps a p r è s , et
à u ne ép oq ue qu i varie pour les différons os , il se
développe dans ces extrémités un point osseux qui
commence au centre, et qui est toujours précédé par
le passage du sang dans les vaisseaux. Ces germes
nouveaux croissent aux dépens du cartilage qui se
rétrécit p eu à peu entre le corps de l 'os et l 'e xt ré
m i t é ;
au bout d'u n certain tem ps , il ne reste plus
qu'une cloison légère que l 'ossification envahit aussi;
en sorte qu'alors l 'os est tout osseux d'une extrémité
à l 'autre. Les points secondaires qui se sont déve
loppés dans les diverses ap op hy se s, se réu nis sen t éga
leme nt ; en sorte que sa subs tance est par-tout hom o
gène.
Ce n'est guère qu'à l 'époque de seize à dix-huit
a n s ,
que la nature a complètement achevé ce travail.
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O S S E U X . >J5
Progrès de V état osseux dans les os larges.
L e m od e d'orig ine d e l'ossification varie dan s cette
espèce d 'os. Ceux qui sont s ym étr iq ue s , ont toujours
deux points ou d 'avantage, qui se correspondent sur
chaque côté de la l igne médiane; en quelques cir
constances un d 'eux se trouve sur cet te l igne. Tou
j o u r s , lorsq ue ces po ints
d'ossification
sont en no m bre
pair, i ls se trouvent sur les côtés; l 'un d'eux est sur
la l igne ,
s'ils
sont en nombre impair .
L es os irréguliers n 'en ont quelquefois q u 'u n ,
co m m e les pa r ié ta u x ; d 'au tres fois plusieurs y pa
raissent, com m e dan s les tem po ra ux ; mais jamais ils
n'affectent alors de disposition parallèle
enlr'eux
:
seulement ils correspondent à ceux de l 'os opposé.
Là où le premier point d'ossification survient dans
un os large, on aperçoit d 'abo rd de s po ints ro ug eâtres ,
pu is on voit le phosp hate calcaire se rép an dre en
rayonnant du centre à la circonférence de l 'os. Les
rayons osseux sont très-sensibles sur les os du crâne.
Des portions non ossifiées remplissent d'abord leurs
intervalles , que com plètent ensuite de no uv eau x
rayon s. T o u s se te rm inen t d 'une manière inég ale ,
sans se toucher, de manière qu'en isolant alors de la
por tion m em braneuse
à
laquelle elle tien t, un e p ortion
ossifiée d'un os larg e, sa circonférence paroît déco upé e
com m e l 'extrémité d 'u n pe igne : de là , com me nou s
le verrons, l 'or igine des sutures.
La ténuité de ces os est extrême dans les premiers
tem ps ; i ls n 'o n t po int enco re de tissu celluleux. A
la na issance , peu de centres osseux s'y sont encore
réunis; des espaces car t i lagineux et membraneux les
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séparent ; ces espaces sont plus grands au
niveau-des
angles qu'au niveau des bords, et en général dans
les points les plus éloignés des centres osseux pr i
miti fs. Les os à plusieurs points d'ossification sont
formés de pièces isolées, plus ou moins distantes les
unes
des autres.
Ceu x à
un seul point n' en ont qu' un e.
Après la naissance ces os s' étendent de plus en
p l u s ; leur épaisseur et leur dureté augmentent; ils
se divisent en deux lames compactes, dont le tissu
celluleux remplit le milieu ; peu à peu ils se touchent
par leurs bords , et alors les su tures se fo rmen t au
crâne;
car il
y a cette différence entre leur ossification
et celle des os longs, qu'elle se fait toujours du cent re
à la circonférence , et que de nouveaux points osseux
ne se développent pas dans celle-ci pour venir à la
rencontre des premiers. Quand cela arrive, alors la
réunio n ne se fait point comm e aux os longs ; mais
des sutures se forment ; et c'est ce qui constitue les
os wormiens , qui sont d' au tant plus larges , que le
point osseux s'est plutôt développé , parce qu'il a eu
le temps de s'étendre davantage, avant de rencontrer
l'ossification générale de l'os.
Lor squ'un os plat se développe par plusieurs points ,
et que sur sa surface existe une surface art iculaire ,
elle est ord inai rement le centre où tous les points
viennent se réunir à l'époque où l'ossification se ter
mine ; on le voit dans la cavité co ty lo ïde, dans le
condyle de l'occipital, etc.
Souvent il est dans les os plats deux périodes bien
marquées pour leur ossification : c'est dans ceux qu i ,
comme le sacrum , le sternum , se développent par
un
grand no mb re de points . Ces points commencent
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-o s s £ u x.
77
•d'abord
à se réu ni r en trois ou qu atre pièces p r i n
cipales
qu i divisent l 'o s; c 'est la première p ér io de :
puis
, ,à
une époque beaucoup plus avancée , la réu
nion de ces pièces entr'elles s'opère ; c'est la seconde
pér iode .
Progrès de l'état osseux dans les os courts.
Les os cour ts restent, en général, plus long-temps
cartilagineux que les autres. Souvent à la naissance
plusieurs le sont encore, ceux du tarse et du carpe
en particulier. Le corps des vertèbres s'ossifie plutôt :
un point se développe au centre , e t s 'é tend à toute
la ,surface.
Ces
phénomènes sont à peu près analogues à ceux
d e
l'ossification,
des extrémités des os
l o n g s ,
a u x
quelles les os courts ressemblent
s\
fort. Après la
na i s sance , toute la portion cartilagineuse
est
,
pour
ainsi dire, envahie par la substance calcaire qui se
mêle
à elle, et i l ne reste
enfin-que
les cartilages
articulaires.
I l est des os qui , comme l 'occipita l , le sphénoïde,
par ticip en t au caractère des os larges et des os co urts ;
leur ossification est mixte, et suit le mode des uns
ou d es au tr es , suivant la partie de l 'os où on l 'exa m ine .
§ I I . État du Système osseux après son accrois
sement.
L es o s , devenus
complètement
osseux , con t inuen t
à éprouver divers • phén om ènes qu e les anatom istes
on t tro p négligés. L'accroissem ent général en hau teu r
est fini lorsque l'ossification est achevée,* et même il
paroî t que le terme de tous deux est à peu près le
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78 S Y S T È M E
même;
mais celui en épaisseur continue encore long
temps : comparez le corps grêle et mince d'un jeune
homme de dix-huit
a n s ,
au corps épais et bien pro
portionné d'un homme de quarante, et vous verrez
la différence. Les os suivent la loi générale; leur
nutrition se prolonge suivant l'épaisseur, lorsque celle
suivant le sens longitudinal ne se fait plus. Il paroît
qu'alors les vaisseaux qui pénètrent par les trous du
premier et du second ordres, ne fournissent guère
plus à cette nutrition qui puise spécialement ses ma*
tériaux dans ceux du troisième
:
or comme on sait
que ces vaisseaux très-superficiels s'arrêtent dans Ifes
fibres extérieures de l'os, et ne pénètrent point-âu-
dedans,
on
conçoit, 1
°. comment, l'accroissement se
faisant en dehors, l'os augmente en épaisseur; 2
0
;
comment cette augmentation porte spécialement sur
le tissu compact, dont l'épaisseur proportionnelle est
en raison directe de l'âge, comme il est facilede s'en
assurer par l'inspection comparée des différons os
d'enfant, d'adulte et de vieillard.
Cet accroissement extérieur
a-
fait croire que
le
périoste y concourait spécialement par l'ossification
de
ses
lames; mais nous verrons à l'article de cette
membrane ce qu on doit penser sur ce point. '
C'est principalement à cette époque où le travail
de la nutrition semble disséminé à
la
surface osseuse,
que les éminences diverses dont cette surface est
parsemée se prononcent davantage ; alors surtout
toutes les apophyses d'insertion deviennent plus sail
lantes : il y a sous le rapport de ces éminences une
différence remarquable entre le squelette de l'enfant
et celui de l'homme fait. Dans le fœtus, à peina
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8 0 S Y S T È M E "
d'exhalat ion et d 'absorption de ce pr incipe? I l
paroît
manifeste que le système
urinaire
est la voie par la
quelle la na tu re se débarrasse d e la substa nce calcaire,
et même de la gélatineuse. I l seroit curieux de bien
analyser l 'urine des rach itiques , et celle des m a
lades
aitaqués
du cancer :
il
est probable que la
première de ces substances domine dans l 'ur ine des
p re m ie rs , et la seconde da ns celle des au tres : je ne
connois là-dessus rien de bien positif en expériences.
P e u t- o n , en don na nt aux m alades ou de la gélatine
ou du phosphate calcaire, rendre à leurs os ou la so u
plesse ou la solidité qu'ils ont perdues? Non, parce
qu' i l ne
s'agit
pas seulement d ' introduire ces subs
tances dans l ' économie , mais encore de rendre aux
os le mode de sensibilité organique qu'ils n 'ont plus
et qui, les mettant en rapport avec elles, fait qu'ils
se les approprient pour s 'en nourrir . Le sang seroit
surchargé de pr incipes terreux et gélat ineux, que les
os repousseront ces pr inc ip es, tant que leur m od e de
sensibilité ne sera pas en rapport avec eux.
Le double mouvement de nutr i t ion cont inue tou
jours dans les os, à mesure qu'on avance en
âge ;
mais
ses
prop ortion s cha ngen t. L a gélatine va toujours
en y diminuant, e t la substance calcaire en y aug
mentant . Enfin, dans l 'extrême viei l lesse, cet te der
nière y d om ine te l le m en t, qu 'e l le y étoufferait la vie*
si la mort générale ne prévenoit celle des os.
C'est à cela qu'il faut attribuer la couleur grisâtre
que prennent alors ces organes; de là encore leur
pesanteur toujours croissante; delà , par conséquent,
la difficulté des m ouv em ens des m em b re s , puisqu'en
même temps que la force des puissances musculaires
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O S S E U X . - S i
d i m i n u e p a r l ' â g e , l a r é s i s t a n c e o s s e u s e q u ' e l l e s o n t
à v a i n c r e a u g m e n t e .
A ce l t e époque de l a v i e , la subs tance ca lca i re
d o m i n e t e l l e m e n t d a n s l ' é c o n o m i e , q u ' e ll e se j e t te
su r d i f f é rons o rganes , t e l s que l e s a r t è r e s , les c a r
t i l a g e s , l e s t e n d o n s , q u i a l o r s prennent le ca rac tè re
o s s e u x . O n d i r a i t q u ' e n a c c u m u l a n t d a n s n o s p a r t i e s
ce t t e subs t ance é t r angè re à l a \ i e
j
l a na tu re veu t i n
sens ib l emen t l e s p répa re r à l a mort*
E n g én é r a l , c e son t l es o rga nes do n t l a sub s t an ce
nu t r i t i ve hab i tue l l e e s t l a gé l a t ine , qu i on t l e p lu s du
t e n d a n c e à s e m e t t r e e n r a p p o r t a v e c l a s u b s t a n c e
c a l c a i r e , e t p a r c o n s é q u e n t à s ' e n e n c r o û t e r . V o i l à
pou rquo i l e s ca r t i l ages s ' o s s i f i en t p lu s pa r t i cu l i è r e
m e n t ; p o u r q u o i c e u x d e s s u t u r e s d i s p a r a i s s a n t , les
o s d u c r â n e d e v i e n n e n t c o n t i n u s ; p o u r q u o i l e l a r y n x
es t en f in p re sque tou t o s seux ; pou rquo i l e s ca r t i l ages
d e s côtes sont souvent auss i so l ides que les côtes e l les-
m ê m e s ; p o u r q u o i souvent p l u s i e u r s v e r t è b r e s unies
entr'elles
f o r m e n t a l o r s u n e m a s s e c o n t i n u e p l u s o u
m o i n s c o n s i d é r a b l e . J e r e m a r q u e c e p e n d a n t q u e le s a r
t è r e s ,
qu i on t tan t de te n da nc e à l 'o ss i f ica tion ,
ne
son t
p a s s i m a n i f e s t e m e n t g é l a t i n e u s e s q u e b i e n
d'autres
subs tances qu i s ' o s s i f i en t beaucoup mo ins
facilement,
q u e l e s t e n d o n s p a r e x e m p l e .
§ III* Phénom ènes particuliers du développement
du Cal.
Rien de p lu s f ac i l e , d ' ap rè s ce qu i a é t é d i t j u s
q u ' i c i suv la nu t r i t i o n o s se us e , q ue de con cevo i r lu
fo rma t ion du ca l . On sa i t
qu'eile-préseiite
t ro i s pé
r i o d e s ,
i ° .
le développement, d e s b o u r g e o n s char-
ï i. fi
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n u s ,
2 ° . leur transform ation en car t i lag e, 3° . le chan
gement de ce cartilage en os. Ce triple phénomène
se passe dans un espace de temps qui varie suivant
l 'âge, le mode de fracture, l 'espèce d 'os, e tc . , mais
qui en général est plus long que celui des autres ci
catrices.
Le développement des bourgeons charnus est un
phénomène commun à toute espèce d 'organe qui a
éprouvé une solution de continuité , e t dont les bords
de la division ne son t pas en contac t im m éd iat . Ici ces
bourgeons naissent de toutes les parties de la surface
div isée, du pé rio ste , des t issus com pact e t cel lu leu x,
de celui-ci spécialement. Ceux d'un côté s 'unissent à
celui du côté opposé. Jusque-là la cicatrice osseuse ne
diffère nullement de celles des autres parties. Cet état
correspond à l 'état muqueux de l 'ossification natu
relle.
C om m e les bou rgeon s charnus ne sont qu e l 'ex
tension du parenchyme nutritif, ils en ont les forces
vitales; leur sensibililé organique suit les mêmes
lois que dans la nutr i t ion ordinaire; e l le commence
d'ab ord à se m ettr e en rapp ort avec la gé latin e; celle-
ci y est donc exhalée : alors commence l 'état cartila
gineux : alors la cicatrice osseuse prend un caractère
p r o p r e ,
et qui la distingue de celle des autres or
ganes.
Au bout d'un temps plus long, la sensibililé orga
nique s'accroît dans le parenchyme de cicatrisation
que forment les bourgeons charnus
:
alors ceux-ci se
trouven t en rapport avec la sub stanc e calcaire qui arrive
à l 'os , et que jusque-là ils repo usso ient; ils l 'ad m ette nt
d o n c , ainsi que la portion rouge du sang qui la pré
cède toujours dans toute espèce d'ossification.
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O
S S E U
Xi 8 3
O ri
voit
par là que le cal est cellulaire et vasculaire
da ns la pre m ière périod e ; qu e d ans la seconde il con
tient du tissu cellulaire et des vaisseaux, plus de la
gélatine ; que dans la troisième il présente du tissu
cellulaire, des vaisseaux, de la gélatine, plus de la
substance calcaire.
Il n'a point les formes
régulières
de l'os sain , parce
que le parenchyme de cicatr isat ion naissant ir régu
lièrement sur les surfaces osseuses, l 'exhalation et
l 'absorption de la gélatine ne peuvent se faire d'une
manière précise et uniforme. Le cal est d 'autant plus
gros qu e les bo uts on t resté plus
é c a r t é s ,
parce que les
bou rgeon s charn us ayant eu plus d 'espace à parcou rir
pour se rencontrer , se sont, plus ét en d u s, e t par con
séquent ont absorbé plus de substance nutr i t ive.
Si le mouvement continuel des pièces fracturées
em pêch e de l 'u n et l 'autr e côtés les bo ur ge on s, o u , ce
qui est la même chose, les deux parenchymes de ci
catrisation, de se réunir, alors malgré l 'exhalation des
substances nutr i t ives dans chacun d 'eux, l 'os reste
désuni; e t de là les ar t iculat ions contre nature.
Le cal est difficile quand les bouts divisés et mis à
nu , viennent à suppurer avec les parties voisines
i
co m m e il arrive dans les fractures compliquées , parce
que la formation du pus dépense les substances nu
tritives destinées à réparer la fracture. Les considé
rat ions ultér ieures sur cet te production singulière ,
appartiennent à la pathologie.
Je n'ai point exposé dans ce chapitre les idées des
anciens qui croyoient que
les
os se formoient par
l 'endurcissement d 'un suc osseux dont r ien ne dé
montre l ' exis tence ,
cellesdeHaller
qui
voyoit
le cœur
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84
S Y S T È M E
se creusant des routes artérielles dans la substance
osseuse, par voie d ' impulsion, e t durcissant cet te
substance par le battement des
a r t è r e s ,
celle de Du
hamel qui faisoit tout dépendre du périoste. Je ren
vois aux ouvrages divers qui ont mille fois exposé
ces opinions.
Sans en réfuter aucune en part iculier ,
je
remarque
qu'elles
ont toutes un vice fondamental, celui de con
sidérer la nutr i t ion osseuse d 'une manière isolée, de
ne pas la présenter comme une division de la nutr i
t ion g énéra le , d 'adm et t re
pour
l'expliquer
des raison-
nemens uniquement appliquables aux
o s ,
et qui ne
dérivent point com m e conséquences de ceux qui ser
vent à établir la nutrition de tous les organes. Ne
percions jamais de vue ce principe essentiel et sur
lequel reposent tous les phénomènes de l 'économie,
savoir , qu 'à une mult i tude d 'effets , préside un très-
pelil nombre de causes. Défiez-vous de toute expli
cation qui est partielle, tronquée, qui circonscrit les
ressources de la nature, suivant les bornes de notre
foible
intelligence.
D
§ IV . Phénom ènes particuliers du développement
des Dents.
L es
d e n t s ,
différentes en partie par leur tissu,
des
autres os , ont aussi un mode particulier de nutrition
que nous al lons examiner . Mais comme sa connois-
sance
suppose celle de la stru ctu re générale des de n ts ,
il est bon d'exposer ici cette structure, en renvoyant
eur description à l 'examen des. os de la face.
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Organisation des Dents.
Les dents sont formées par deux substances, l 'une
ex tér ie ur e , d 'un e na tu re par t icul iè re , e t qu 'on appelle
l 'émail , l 'autre intér ieure, qui en est comme la base,
et dont la texture est la même que
celle
des autres
os.
D e p l u s , el les ont une cavité moyenne qui ren
ferme une substance spongieuse encore peu connue.
Portion dure de la Dent.
L'émail de la dent ne se voit qu 'autour de la cou
ronne : plusieurs anatomistes prétendent qu ' i l se pro
page aussi un peu sur
la
racine, fondés sans doute
su r l 'extrêm e blan cheur q u 'a souvent cet te racine, dans
certaines den ts détac hées , et qui fa i tq u 'on ne dis tingue
aucune l igne de démarca t ion. Mais a lors une expé
rienc e très-sim ple établit cette dém arcatio n : elle c o n
siste à faire m ac ére r la dent da ns l 'acide ni tr iqu e
affoi-
bli par une cer taine quanti té d 'eau. Cet acide at taque
aussitôt et la racine et la couronne qu'il ramollit ; mais
1
l 'une jaun it com m e presq ue toutes les substances an i
males tra i tées par l u i , tand is qu e l 'autre garde sa
couleur,devient
m êm e plus blanche. Ce tte expérience
prouve aussi que leurs natures respectives diffèrent
essentiel lement.
L 'é m a il , épais à la par t ie l ibre de la co u ro n n e,
s 'amincit à mesure qu'il s 'approche de la racine , dis
position que nécessite son usage , qui est de garantir
la dent, de supporter principalement les efforts de la
m as tic at io n, lesquels se passent spécialem ent sur la
part ie l ibre de la couronne.
Cet te substance dure , compacte sur - tout quand
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elle a res té
long-temps
à l'air, ne cédant qu'avec peine
à l'action de la lime , est composée de fibres
très-rar*
prochées ,dont on ne peut suivre
Jadirec t ion.
L'huile
médullaire ne paroît pas la pénétrer; elle ne brûle
point, mais s'éclate par l 'action du feu, et se sépare
ainsi de l 'autre substance qui, exposée à la chaleur,
noirc i t d 'abord, puis brûle comme les autres os ,
et
en répandant la même odeur .
L'émail est-il organisé, ou n'est-il qu un suc qui,
suintant d'abord de la surface externe de la dent,
s 'y endurcit ensuite et s 'y concrète? Cette question
ne me paroît pas facile à résoudre. L'émail a en effet
des attributs qui semblent également favorables à ces
deux opinions. D'un côté, i l est sensible comme tout
ce qui est organique; il nous donne bien plus mani
festement que les cheveux et les ongles, la sensation
des co.'
-
ps qui le h eu rt en t. L es acides affoiblis, ceux
tires des végétaux spécialement, exaltent tellement
sa sensibilité, que le moindre contact devient très-
douloureux , long-temps après leur usage. Les dents
sont alo rs, com m e on le d it , agacées. D 'u n autre côté,
l 'émail a une foule de caractères, qui semblent y dé
no ter une absence
d'organisation, i
° . Il ne s'enflamm e
point , ne devient le siège d 'aucu ne tu m e u r , d 'aucune
altération qui ramollisse son tissu ; il n'éprouve au
cune altération qui, y exaltant la vie, la rende plus
sensible que dans l 'état
n a t u r e l ,
comme il arrive par
exemple aux cheveux qui ordinairement iner tes,
p-ewicnt une activilé vitale très - énergique dans la
; ' ' .":e polonaise. Souvent en effet nous jugeons de
i
•• Y,:-] . té
des organes plus par leurs altérations
mor-
-s , que par leur état naturel. 2°. 11 paroît qu'il
« < - « .( e i
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ne se fait point dans l 'émail d 'exhalation et d 'absorp
t ion al ternatives de s m atières nut r i t iv es, ou du m oins
sensib lem ent. L e frottemen t use cette substance sans
qu'elle se répare de nouveau ; cela est remarquable
da ns les vieilla rds, dan s les gens qu i grincent sou ven t
les de nt s. O n sai t qu 'on l ime l 'émail comm e un corps
inorganique , e t qu ' i l ne se reprodui t point , tandis
que les cheveux, les ongles croissent manifestement
lorsqu' i ls sont coupés. Limez l 'extrémité sciée d 'un
os long dans une amputation ; bientôt des bourgeons
charnus naîtront de la surface limée
;
l 'action de l ' ins
trument sera un aiguillon qui y développera les phé
nomènes vi taux.
La portion osseuse de la dent en compose toute la
racine et le dedans de la couronne; elle n'est formée
que par du t issu compact, t rès-dense, t rès-analogue
à celui du rocher. Le tissu celluleux lui est étranger.
Ses fibres, très-serrées les unes contre les autres, ont
des directions variées, difficiles à saisir, mais qui en
général suivent le même sens que les racines; i l faut,
pour bien voir cette direction, faire ramollir les dents
dans un acide.
Chaque dent présente une cavité , s i tuée dans la
couronne , de même forme qu 'e l le , d iminuant tou
jours de diamètre à mesure que l 'on avance en âge,
communiquant en dehors par des peti ts cond uits do nt
le no m br e égale celui des racines distinctes de la d e n t,
et qui s 'ouvrent au sommet de ces racines. Cette ca
vité est tapissée d 'une membrane très-mince où se
ramifient les vaisseaux, et qui par sa face opposée
revêt
la
pulp e .
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S u
S Y S T ï M E
For/ion
molle
de
la Dent.
C e l l e - c i e s t u n e s u b s t a n c e s p o n g i e u s e , q u i p a r o î t
fo rmée pa r l ' en t r e l acemen t de s va i s seaux e t de s ne r f s
p r o p r e s à c h a q u e d e n t ,
mais
do n t la na tu re n ' e s t po in t
enco re b i en connue ; s eu lemen t on sa i t qu ' e l l e j ou i t
d'une sensibilité a nima let rès-prononcée,égaleaumoins
à cel le de l ' o rgane m éd u l l a i r e . Ce la es t p ro u v é ,
ï
° . pa r
l e s dou leu r s de s
dents
car iées où la pulpe es t à nu, e t
q u i s o n t , c o m m e on le s a i t , e x t r ê m e m e n t v i v e s ;
2 ° .
par
1 i n t r o d u c t i o n d ' u n
siylet
dans l ' ouve r tu re de l a ca r i e ,
i n t r o d u c t i o n q u i , i n s e n s i b l e d ' a b o r d , d e v i e n t c r u e l l e
lorsque 1 i n s t r u m e n t a r r i v e à la p u l p e ;
5 ° .
pa r l ' ouve r
tu re d ' u ne a lvéo le da ns un t r è s - j eun e an im a l do n t l a
pousse des den ts es t encore é lo ignée . A ce t âge la
pu lpe e st t r è s - co ns idé rab le , e t la de n t pe t i t e à p r o
por t ion es t fac i le à en lever de dessus sans l ' in té resse r ,
pa rce qu ' e l l e n ' a po in t enco re de r ac ine , e t que l ' ou
ve r tu re de l a ba se de l a cou ronne c»st t rès- large . Si
on en lève doue la den t , e t que la pulpe a ins i mise à
d é c o u v e r t , s o i t i r r i t é e d ' u n e m a n i è r e q u e l c o n q u e ,
l ' an ima l donne l e s marques de l a p lu s v ive dou leu r .
J ' a i fa i t p lus ieurs fo is ce t te expér ience , tou jours t rès -
fac i le à cause du peu d ' épa isseur des lames osseuses ,
qu i fo rment a lo rs les a lvéo les .
L e s d e n t s o n t d e s s y m p a t h i e s r e m a r q u a b l e s , e t
q u i p o r t e n t n o n s u r l e u r p o r t i o n s o l i d e , m a i s s u r la
p u l p e . C o m m e c el le -c i e st b e a u c o u p p l u s g r o s s e p r o
po r t io nn e l l em en t d an s le p r em ie r âge , qu ' e l l e e s t
p r e s q u e la p a r t i e d o m i n a n t e d a n s la d e n t , c e s s y m
p a t h i e s s o n t a l or s e t p l u s n o m b r e u s e s e t p l u s m a r
q u é e s .
D a n s c e s s y m p a t h i e s , t a n t ô t c e s o n t l e s p r o -
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O S S E U X . 8 9
priétés an im ale s, tantôt les org aniq ues , qui sont m ises
e n j e u .
Lessympathiesdesensibi l i té animale se m anifestent
dans les douleurs dont
les
dents deviennent le
siège
par l 'action du froid ou de l 'humidité sur le système
cutané ; dans celles produites à la face, à la tête par
la car ie d 'u ne de nt . Fa uch art c i te l 'exem ple d 'u ne m i
graine rebelle depuis long-temps, e t que l 'extraction
d'une dent f it disparoître sur le champ. La sensibilité
de l 'oreille, des yeux, est altérée dans certaines odon-
talgies violentes , etc. La contractili té animale est
aussi mise en jeu dans les sympathies dentaires; r ien
de plus fréquent dans la denti t ion, que les convul
sions des m uscles volon taires; Tissot parle d 'u n spasm e
des muscles de la mâchoire, qui fut guéri par l 'ex
traction de deux dents car iées, e t d 'une convulsion
aux muscles de la gorge qui occasionna la mort, et
dont la source primitive étoit
dans
une dent gâ tée ,
e t c .
etc.
Les sympathies organiques ne sont pas moins sou
vent déterminées par les
affections
des dents. Les
vomissemens s pas m od iqu es , les d iarrhées
9
la fré
quence du
p o u l s ,
souvent les évacuations involon
taires de l 'urine , phénomènes auxquels préside la
contractili té organique sensible de l 'estomac, des in
tes tin s, du c œ u r, d e la vessie, sont les fréquens effets
des dent i t ions , de la première sur tout , des douleurs
violentes de d en ts , etc . La contractili té org aniq ue
insensible , la sensibil i té organique sont mises sym-
pathiquement en activi té , dans les engorgemens d e
la parotide , dans le gonflement général de la face ,
dans la sécrétion augmentée de la sal ive, quelquefois
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OO S Y S T E M E
dans les érésipèles qui se manifestent par une affec
tion aiguë des dents .
Souvent les sympathies dentaires ont lieu entre
les dents correspondantes delà même rangée ou des
deux rangées. J 'ai la première grosse molaire supé
rieu re du côté ga uc he , u n p eu cariée ; de tem ps à
autre elle me fait beaucoup souffrir : or toujours alors
la première molaire du côté droit devient aussi dou
loureuse , quo iqu ' in tac te . Il est
d'autres
casoùunedent
souffrant en ba s, des do uleu rs sym pa thiq ue s se mani
festent
dan s celle qui est au-dessus, et récipro que m ent.
La structure des dents é tant exposée, voyons com
ment leurs diverses substances se développent. Ce
point de la nutrition osseuse me paroît avoir été ex
posé peu clairement par tous les auteurs. Je
vais
tâcher de m ieux le dévelop per. Il y a deu x de nti
tion s , l 'un e est proviso ire e t se bo rn e a u prem ier
â g e , l 'autre appartient à toute la vie; chacune doit
se considérer avant, pendant e t après l 'éruption.
Première Dentition considérée avant
l éruption.
L e s phénomènes de la dentition sont ceux-ci avant
l 'époque de l 'éruption
:
les mâchoires du fœtus sont
fermées tout le long de leur bord libre ; elles parais
sent homogènes au premier coup d'oeil; mais exa
minées dans leur intérieur, elles présentent une ran
gée de petits follicules membraneux, séparés par de
minces cloisons, logés dans des alvéoles, arrangés
comme les dents auxquelles ils doivent servir de
g e r m e ,
et ayant la disposition suivante :
La membrane qui sert d 'enveloppe au follicule
forme u n sac sans ou ve rtur e qui tapisse d'ab or d toutes
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O S S E U X .
p i
les parois de l 'alvéole, auxquelles il t ient par des
prolongemens. Arr ivé à l ' endroi t où pénètrent les
vaisseaux et les nerfs , ce sac abandonne l 'a lvéole ,
devient l ibre , se replie , forme un canal qui accom
pagne le paquet vasculaire e t nerveux, e t s 'épanouit
ensuite sur la pulpe de la dent qui termine le paquet.
I l résulte de là que cette membrane a la confor
m atio n générale des m em bra ne s sé reu se s, celle ,
comme on le di t , de ces espèces de bonnets dont on
enVeloppe la tête pe nd an t la nu it. Elle a de ux p or tio ns ,
l 'une adhérente et tapissant l 'alvéole, l 'autre libre et
recouvrant la pulpe , comme, par exemple , la p lèvre
a une port ion costale e t une pulmonaire . La pulpe et
les vaisseaux, quoiqu e renfermés dan s sa dup licature ,
se trouvent donc vraiment hors de la cavité , qu 'une
simple rosée lubrifie. J'ai trouvé que cette rosée étoit
comme ce l le des membranes séreuses , de na ture es
sent ie l lement a lbu m ineu se ; l 'ac tion de l 'ac ide n i
tr iq u e, celle de l 'a lcool, celle du fe u , le pro uve nt i n
contestablement.
Soumise àl'action
d'un
de ces age ns ,
sur tou t du
premier,
la m em br an e blanchit tou t à coup .
La couche d 'a lbumine qui la recouvre , devient con
crète et coagulée, comme quand on fai t une sem
blable expérience sur une surface séreuse.
L a p u l p e , très-grosse à cet âg e , se trouve su spen due ,
comme une grappe de ra is in , à l ' extrémité des va is
seaux et des nerfs.
C'est sur la port ion pulpeuse de la membrane du
fo llic ule , et à la surface d e son ex tré m ité flottante,
que se développe le premier point osseux; i l s 'é tend
bientôt e t prend exactement la forme du sommet de
la co ur o nn e q ue par la su ite il do it fo rm er , c'est-à-dire
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Q 2
S Y S T E M E
qu'il est quadrilatère sur les molaires, pointu sur les
canines, taillé en biseau sur les incisives. Développé
d'abord du côté des gencives, i l s 'étend ensuite du
côté du pédicule vasculaire et nerveux, se moule sur
lui en
s'avançant
vers l 'endroit de l 'alvéole où il
p é n è tr e ; en sorte qu'il prése nte de ce côté u ne surface,
concave qui embrasse la portion pulpeuse de la mem
brane , et y tient par divers prolongemens vasculaires;
et comme cette portion est f lottante, le premier ru
diment de la dent flotte aussi dans la cavité de la
membrane , comme on le voi t t rès-bien en inc isant
la portion alvéolaire de cette membrane, après avoir
détruit la paroi correspondante de l 'alvéole.
L es
conséquences
suivantes résultent de ce mode
de développement :
ï
°. La co uro nn e est la prem ière
formée , et la racine n'est produite qu'à mesure que
l'ossification suivant la longueur s'avance sur la por
tion de membrane tapissant le paquet vasculaire et
nerveux. 2°. Comme tous les vaisseaux qui arr ivent
à la d e n t, pé nè tren t par sa surface int ern e
,
puisque
l'ex tern e est en tièr em en t libre dan s la cavité de la
m e m b r a n e , l 'ossification suivan t l 'épaisseur se fait
spécialement aux dépens de la cavité interne qui va
toujours en se
rétrécissant,
ainsi que la pulpe, dis
position inverse de celle des autres o s , do nt l 'ossifi
cation com m ence pa r un po int placé au cen tre du
cartilage , et q u i , d'abord solides au milieu , devien
nent ensuite creux pour les cavités celluleuse et
m éd ul la ire , qui von t toujours en s 'agrandissant .
3° . Après l 'ossification de la dent, la portion
delà
membrane du follicule qui tapissoit l 'alvéole , reste
la m êm e , tand is q ue sa portion co rres po nd an te à la
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O S S E U X . p 3
pulpe j l ibre pr im it ivem ent de l 'autre cô té , devient
de ce côté adhérente à toute la cavité dentaire qu'elle
tap iss e, do nt e l le forme la m em bra ne indiquée plus
ha ut à l 'article de la stru ctu re des d e n t s , et qui se
trouve ainsi intermédiaire à la pulpe et à la substance
osseuse. 4°> L a pulpe de la de nt est la prem ière partie
formée , et la plus considérable dans les premiers
temps. I l paroît que c 'est la substance osseuse qui se
forme la seconde , et que l 'émail naît ensuite à l 'exté
rie u r de celle-ci. Je n'a i p oin t pu e nco re re nd re sensible
le mode de son origine.
L'époque à laquelle le follicule membraneux se
forme , est difficile à saisir ; celle de la première os
sification paroît être du quatrième au cinquième
mo is . Au terme de la naissance , on trouve les vingt
de nts de la prem ière denti t ion déjà avancé es; toute
la couron ne en est form ée; le com m ence m ent de la ra
cine se présente aussi sous la forme d'un tuyau large,
à parois extrêmement minces , et qui va toujours en
s'alongeant et en épaississant; lorsqu'il est arrivé au
fond de l 'alvéole , celle-ci est trop étroite pour con
tenir la dent qui se fait jour au-dehors.
%
L e nom bre des de nts , m oind re dans la première
que dan s la seconde denti t ion , do nn e un e forme par
ticulière aux mâchoires du fœtus et de
l'enfant,
sur
tout à l ' inférieure, qui est moins alongée en
devant,
et par co nséq uen t p lus large
proportionnellement,
que
chez l 'adulte où pour recevoir toutes les dents
le
re
bord alvéolaire doit être nécessairement plus
é tendu .
Ce t t e disposition delamâchoire inférieure influe beau
coup sur l 'expression de la physionomie.
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S Y S T È M E
94
Prem ière Dentition considérée à l'époque
de
ï éruption.
On observe les phénomènes suivans à l 'époque du
sixième ou septième mois de la naissance, t rès-rare- ,
m e n t avant, plus rarement encore pendant la gros
sesse, ce qui n' est pas cep en dan t sans exem ple , com m e
l 'histoire de Louis xiv en est la pr eu ve . O n voit
d 'abord paroî t re , tantôt simultanément, tantôt isolé
ment, les deux petites incisives de la mâchoire infé
rieure. Bientôt après les incisives correspondantes de
la mâchoire supérieure se font jour. Un mois ou deux
a p r è s ,
les quatre autres incisives sortent. A la fin de
la prem ière année , paroissent o rdin airem ent les quatre
canin es. A la f in de la sec on de , ou souven t plus ta rd ,
on voit sortir à chaque mâchoire deux molaires que
de ux autres suivent bien tôt . C 'est presque toujours
par la mâchoire inférieure que commence chaque
éruption. A l 'âge de quatre ans, quatre ans et demi,
quelquefois de cinq ou six
a n s ,
toujours à une époque
assez variable , se manifestent en bas, puis en haut,
deux autres molaires qui complètent le nombre de
vingt-qu atre de nt s form ant la pre m ière dentition ;
toutes en effet
tombent,
et sont remplacées par Je
nouvelles.
Le mécanisme de cette première denti t ion est
celui-ci : l'ossification faisant tou jou rs de s prog rès
vers la racine , la dent ne peut plus être contenue
dans l'alvéole ; elle perce et la portion alvéolaire de la
m em b ra n e , e t la m em brane m uque use de la bouch e ,
et un tissu pulpeux intermédiaire qui les sépare, avec
d'autant plus de facilité, que cette triple couche s'a-
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O S S E U X . <}5
mincit peu à peu à mesure que l 'éruption approche.
C e ph éno m ène est- il dû un iqu em en t à la pression
m écan ique de la d e n t ? Je crois qu ' i l y a un e au tre
cause; car observez qu' ic i les membranes sont très-
peu soulevées avant de se ro m p re ; tandis que da ns les
polypes et au tres tum eu rs qui naissent quelquefois
sous la membrane gengivale, elle est infiniment plus
tiraillée, et cependant alors elle ne se déchire pas ,
mais se soulève seulement. Le mécanisme de l 'ou
verture des gencives n'est pas plus connu , que le
principe des accidens terribles qui se manifestent
quelquefois alors. Le sac que
formoit
la membrane
primitive du follicule se trouvant ainsi ouvert, sa
portion qui tapisse l 'alvéole
s'unit
à la membrane de
la bouche , lu i devient cont inue , se col le en même
tem ps au collet d 'un e m anière très- int ime
;
et comme
pe nd an t le dévelop pem ent de la raci ne , la face intern e
de cette port ion
m e m b r a n e u s e ,
l ibre d 'a b o rd , a insi
que nous avons vu , a peu à peu contracté des adhé
rences avec elle, il s 'ensuit que cette racine se trouve
enchâssée entre la portion alvéolaire qui tapisse son
extérieur, et la portion pulpeuse qui revêt son in
térieur : c 'est ce qui assure sa solidité. A mesure
que les adhérences de la membrane
augmentent,
on
peut moins facilement la distinguer. I l est rare que
dans cette première denti t ion la formation de la ra
cine s'achève aussi complètement que dans la s e
conde; sa cavité interne reste aussi t rès- large, e t la
pulpe est plus développée.
Deuxième Dentition considérée avant
l éruption.
Il
faut,
comme dans le cas
précédent,
distinguer
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û 5 S Y S T E M E
les phénomènes nutr i t i fs en ceux qui ont
lieu avant,
pendant e t après l 'éruption. Avant l 'éruption , on ob
serve, en ouv ran t la m âc ho ire , un e rang ée de follicules
dentaires, correspondans à la rangée des dents déjà
formées, situés au-dessous ou à côté,etséparésd'elles
par de petites cloisons, dont l 'épaisseur est d 'autant
plus grande, qu'on l 'examine dans un âge plus voisin
de la première enfance.
Ces follicules
ont
exactement la même disposition
que ceux de la prem ière d en ti t io n ; com m e eux ils
forment des sacs sans ouverture dont la portion al
véo laire est ad hé ren te , et d on t la pu lpe use libre se
rev êt à sa surface des pre m ières
couches
osseuses pour
la couronne .
L'accroissement
est le même dans son
m o d e ,
c'est-à-dire
qu'il a lieu de l 'extérieur à
l'in
tér ieu r , à l ' inverse des. au tres o s, disp ositio n qui fait
que la partie de la
dent ,
immédiatement en contact
avec les corps étrangers, («tant la première formée,
a plus le temps d'acquérir la solidité nécessaire a
ses fonctions.
A mesure que les dents secondaires croissent, on
voit leur système vasculaire se prononcer davantage,
et celui des anciennes dents diminuer , ce qui lient à
ce que la se nsib ilité, affaiblie dans celles-ci, n'appelle
plus le sang, tandis qu'exaltée dans l 'autre, elle l'at
tire avec force. On remarque aussi que la cloison des
alvéoles dim inu e en
épaisseur,
et qu e la racine des pre
mières se détruit . Ce double phénomène ne paroît
point tenir à la pression exercée par la nouvelle
dent,
puisqu'alors
la racine s 'élargirait ,
s'applaliroit
seule
ment ,
ou si elle éprouvoit une destruction réelle, on
en
trouverait
ics
débr is ; ce qui n 'a r r ive point .
Il
est
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O S S E U X . 97
donc probable que c 'est par l 'absorption du phos
ph ate calcaire qu e la cloison et la racin e
disparaissent,
à peu près co m m e n ou s avons dit que les cavités
internes des os cartilagineux se forment.
O n
voit,
d 'après
ce la ,
que l'ossification des racines
des prem ières de nts est d 'assez courte du rée ; elle
commence la dernière , e t f in i t la première . Lors
qu 'e l le n 'a p lus que peu d 'é tendue , les dents com
mencent à vacil ler , faute d ' inser t ion. La dispari t ion
delà cloison au gm en te leur mo bilité. C'est à peu près à
l 'âge de six ou sept ans que co m m ence leur chu te : cette
chute se faitsuivantl'ordredeleuréruption,c'est-à-dire
qu e les incisives, puis les ca nin es , puis les m ola ires ,
se dé tachent . Remarquez cependant que la dernière ,
celle qui a paru à quatre ans, n 'est point renouvelée.
Deuxième Dentition considérée à l'époque de
l éruption.
P en da nt l 'éruption des secondes d e n ts , on les voit
sortir à mesure et dans le même ordre que celles
qui
leur correspondent se détachent. i ° . Les hui t inc i
s ives ,
2°. les quatre canines se manifestent. 3°. A la
place de la première molaire , deux nouvelles se dé
veloppent; ce sont celles q u i , dans la suite , portent
le nom de peti tes molaires. 4 ° - La seconde molaire
r e s t e , comme nous venons de le dire; c 'est la pre
mière des grosses. 5°. A huit ou neuf
a n s ,
deux
secondes»molaires
paroissent à chaque mâchoire.
6 ° . Enfin à dix-huit , vingt , t rente ans, quelquefois
plus tard, i l se développe encore une troisième mo
l a i r e ;
c'est ce qu'on appelle la
dent
de sagesse.
Alors il y a à chaque mâchoire seize d e n t s , dont
il
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9 8
S Y S T È M E
qu atre incisives, de ux can ine s, deu x peti tes molaires,
et trois grosses.
Q uelq uefo is, pen dan t qu 'e lles se fo rm en t, les dents
secondaires, au lieu de s 'approprier la substance nu
tritive des racines des pre m ière s et de leu r cloison , les
laissent intactes ; ni les un es n i les au tre s ne se d ét ru i
sent , et l 'éru ptio n des seco nde s d en ts se fait à côté des
prem ières restées en place. Ce ph én om èn e n'arrive or
dinairement qu'à une dent isolée; quelquefois cepen
dant plusieurs et même toutes le présentent; et alors
il
y a une double rangée. En général les dents secon
daires
n
ont de la tendance à sortir que du côté des
gencives. Lorsque, t rès-obliquement placée par un
vice de conformation , leur couronne regarde en de
vant ou en arrière, au lieu de percer la mâchoire,
elles restent ensevelies pour toujours dans leurs
alvéoles.
Phénomènes subséquens
à
l éruption des secondes
Dents.
4
Aprè s
l'éruption,
les dents croissent manifeste
m e n t , i ° . suivant la lon gu eu r, 2
0
. suivant l'épaisseur.
Il n'y a que la racine qui
s'alonge
dans le premier
s e n s ;
la couronne garde toujours
ses
mêmes dimen
s ions ; et s i , d an s les vie illard s, elle par oît plu s longue,
c'est qu e les gencives se son t affaissées; phénom ène
que d'ailleurs ou observe très-souvent dans les per
sonnes qui maigrissent, dans celles qui ont4ait usage
du mercu re , e t c .
L'accroissement dans le second sens ne se fait
point en dehors; i l n 'a lieu qu'en dedans : le canal
de la racine et la cavité du corps vont toujours en se
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O S S E U X .
9 9
ré tré cis sa nt ; ils finissent enfin par s'oblitérer. A lors
le sang né pénétrant plus dans la
dent,
les nerfs n'y
portant plus leur inf luence, e l le meurt , e t tombe.
Mais cet te mort paroît aussi ' dé term inée par l ' accu
m ulatio n dan s la substan ce os seu se, d 'u ne très-grande
quantité de phosphate calcaire qui y devient telle
m en t pré do m ina nt sur la gélat in e, que le pr incipe de
vie est entièrement étouffé; en sorte que, sous ce
rapport,
la chute des den ts prése nte un phén om ène
analogue à celui de la chute des cornes des herbi
v o r e s ,
de l 'enveloppe calcaire des crustacées, etc.
Po urq uo i la na ture
a-t-elle
m arq ué à la vie des de nt s
un terme plus court qu'à celle des autres os, qui ne
finissent d'exis ter q u'av ec tous les autres org an es ,
tandis qu 'e lles me ur en t long-temp s avant ? Est-ce
parce que l 'estomac
s'affoiblissant
avec
l'âge,
les ani
maux se trouvent forcés par là de ne se nourrir , dans
leur vieillesse, qu ed e substances molles , accom modées
à l 'état de langueur de leurs forces gastriques? Sans
doute que chez l 'homme mille causes, nées surtout
de la nature des al imens, de leur degré de chaleur ,
de fro id , de leur co ctio n, de leurs qualités infinim ent
va riée s, accélèrent l 'épo que naturelle de la mo rt et d e
la chute des dents , parce qu'en excitant sans cesse ,
en agaçant ces organes, elles les entretiennent dans
un état d'activité habituelle qui épuise leur vie plutôt
qu'elle ne devroit f inir . Ainsi mille causes, nées de
la société, mettent-elles à la vie générale un terme
bien
antér ieur à celui f ixé par la nature. Mais,
.en
gén éra l , dans tous les an im au x, la mor t des den ts
précède celle des autres o rg an es ,
quoiqu
ils ne soient
point
sous l'influence
sociale,
que
leur
mastication
ne
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10O S Y S T È M E
s 'exerce par conséquent que sur des alimens destinés,
par
la
nature, à ê tre en contact avec leurs dents.
Les mâchoires, dépourvues de dents chez le vieil
la rd , se res se rre nt ; les alvéoles s'effacent; le tissu des
gencives se raffermit, et la mastication continue,
quoiqu'avec plus de peine. Dans ce changement de
co nfo rm atio n, le bo rd alvéolaire se rejette en arrière:
de là la saillie du menton en devant. Il diminue en
hauteur : de là le rapprochement de cette partie près
d u
n e z ,
phénomène qui tient aussi spécialement à
l 'absence des dents.
§
V .
Phénom ènes particuliers du développement
des Sésamoïdes.
L es sésamoïdes offrent un e ex ce pt io n, mo ins mar
quée q ue celle des d e n t s , m ais aussi réelle
cepen*-
dant, aux lois générales de l 'ossification.
7
D
te
ù
Disposition générale des Sésam oïdes. ^
Ce s petits
o s ,
de fo rme com m uné m ent a r rond ie ,
de
grosseur var iable , n 'excèdent guères communément
ce l le d 'un pois , excepté la ro tule cependant ;
ils
ne
se trou ven t en général qu e
dans
les m e m b re s ; le tronc
n'en présente jamais.
Dans les membres supérieurs on n'en voit guères
qu'à la main où l 'articulation du pouce avec le pre
mier os métacarpien en présente toujours deux, e t
où quelquefois l 'articulation analogue du doigt indi
cateur , t rès-rarement cel le .du peti t doigt , e t l 'ar t i
culation phalangienne du
p o u c e ,
en offrent aussi.
Dans les membres inférieurs au contraire, i ls sont
no m breu x e t sur tout beau coup plus pron oncé s . Deux
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O S S E U X .
I O I
s 'observent sur chaque condyle du fémur, dans les
tendons des jumeaux , der r iè re le genou; au-devant
est la rotule . Dans le pied, le tendon du jambier
postérieur près son insertion à la tubérosité du sca-
phoïde, celui du long péronier à son
passage
sous
le cuboïde , offrent aussi des sésamoïdes. On en voit
constamment deux sous l 'ar t iculat ion métatarso-pha-
langienne du gros orteil; sous la plupart des articula
tions analogues des autres
d o ig t s ,
il s'en trouve
auss i ,
quoique ceux-ci soient plus variables. Dans les arti
culat ions
pha langiennes ,
j 'en ai vu aussi plusieurs
fois.
E n
g é n é r a l ,
les os sésamoïdes n'existent que
dans le sens de la flexion qui est celui où les plus
grands efforts sont à supporter. Dans le sens de l 'ex
tension je ne connois que la rotule.
Ce s peti ts os n 'o nt point com m e les autres u ne
existence isolée; ils se développent toujours dans un
organe fibreux, soit dans un tendon, comme ceux des
jum ea ux , du pé ron ie r , du jambier pos té r ieur , com me
aussi la rotule , soit dans un l igament, comme tous
ceux placés au-devant des ar t icula t ions métacarpo-
phalangiennes , méta tarso-phalangiennes ou phalan
gie nn es , lesquels ont po u r base le faisceau fibreux
considérable et transversal, que nous avons appelé
ligament antérieur de ces articulations.
État fibro-cartilagineux.
Les deux bases pr imit ives des sésamoïdes restent
long-temps sans en offrir les rudimens, et sont telles
à l 'endroit où ces os doivent exister, qu'elles sont
par-tout ailleurs. Leur organisation est généralement
uniforme. Quelque temps après la naissance, un peu
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1 0 2
S Y S T E M E
p l u s d e g é l a t i n e q u e n ' e n c o n t i e n n e n t p o u r l e u r n u
t r i t i o n p r op re ce s d e u x co rp s fibreux , co m m en ce à s'y
e x h a l e r à l ' e n d r o i t o ù u n j o u r
osseux
f
ils offriront les
sé samo ïdes : a lo r s na i s sen t de s ca r t i l ages e s sen t i e l l e
m e n t différons des ca r t i l ages d 'oss i f ica t ion o rd ina i re ,
l e sque l s son t à peu p rè s de même na tu re que ceux
des ex t r émi té s de s o s longs des adu l t e s , t and i s que
ceux -c i appa r t i ennen t v ra imen t à l a c l a s se des subs
ta n ce s fibro-cartilagineuses. Ils r e s s e m b le n t pa r leur
n a t u r e a u x fibro-carti lages
i n t e r a r t i c u l a i r e s ,
à
ceux
d e s c o u l i s s e s t e n d i n e u s e s , e t c . C e n e s o n t
pa s
des
c a r t i l a g e s , mais d e s f i b r o - c a r t i l a g e s d ' o s s i f ic a t i o n , dont
on di s t i ng ue d 'a u ta n t m ie u x la ba se f ibreuse, qu 'on
e s t p l u s p r è s d u t e m p s d e l e u r d é v e l o p p e m e n t .
Étal osseux.
P e u à pe u les v ai ss ea ux de ces fibro-cartilages qui
ne cha r io i en t que des sucs b l ancs , s e me t t en t en r ap
po r t de sensibilité avec le sang; ce f luide les pénètre;
e n m ê m e t e m p s le p h o s p h a t e c a l ca i re c o m m e n c e à
s 'y déposer : a lors le t issu cel lu leux s 'y forme à l'in
térieur par un mécan isme ana logue à ce lu i des au t res
o s ; une légère couche compac te se déve loppe à l ' ex
té r ieur . Mais au mi l ieu de ce t os nouveau la base
fibreuse res te tou jo u rs ; les fibres d u t e n d o n , supé
r i eu re s au sé samo ïde , s e con t inuen t pou r a in s i d i r e
à t ravers sa subs tance avec les in fé r ieures : auss i les
c ica t r ices
de ces os, lorsqu 'i ls
s o n t f r a c t u r é s , p r e n n en t -
e l les un ca rac tè re par t icu l ie r e t
distinctif;
c'est leur
base f ibreuse
q u i ,
en
s'étendant
p o u r l a r é u n i o n , é t a
bl i t ce t te d if f ére nc e. O n sa i t q u e le ca l d e la ro tu le
n 'es t pas
le
m ê m e q u e c e l u i d e s a u t r e s o s . S o u v e n t ,
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O S S E U X . 10D
lorsque l 'appareil n 'a pas été exactement maintenu,
il reste en tre les d eu x frag m ens u n tissu fibro-carti
lag ineux , pour moyen d 'un ion : o r
ce, tissu
c'est le
développement non-seulement de la por t ion car t i la
gineuse de l 'o s, mais encore de la port ion du ten do n
des ex te ns eu rs, qui fait partie de l 'organisation de cet
os.
La vie des sésamoïdes participe presque autant
à celle du système fibreux qu'à celle du système
osseux.
A mesure qu'on avance en âge, ces petits os crois
sent et deviennent plus caractérisés dans l 'économie
animale; souvent il s 'en développe très-tard, à l 'âge
de vingt , t rente e t même quarante ans . Chez cer
tains
viei l lards,
ils ont au pied un volume très-mar
q u é . J 'ai vu sur deux cadavres de personnes attaquées
de la goutte, qu'ils s 'étoient développés au point de
gêner probablement la progression. Y auroil-il quel
que rapport entr 'eux et cette cruelle affection? Je
n'ai là-dessus que ces deux faits.
Les sésamoïdes éloignent leurs tendons du centre
du mouvement, facilitent leur glissement sur les os,
garantissent leurs ar t iculat ions, concourent même à
leurs moyvemens. Tous ceux développés dans les l i
gam ens a ntér ieurs des ar t iculat ions m étacarpo et
m é-
t a ta r sopha langiennes , des phalangiennes elles-mêm es,
concourent aussi au mouvement de ces ar t iculat ions.
Une portion de la synoviale se déploie sur leur face
qui y correspond et qui reste légèrement car t i lagi
neuse . •
La formation des sésamoïdes n'est point un effet
mécanique de la pression des tendons ou des liga
mens contre les os , comme on l ' a (pré tendu, mais
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1 0 4
S Y S T È 31 E
O S S E U X .
bien un résu ltat des lois de l'ossification. E n effet,
dans la première
s u p p o s i t i o n ,
pourquoi toutes les
articulations de la main et du pied, autres que celles
indiquées plus haut, étant exposées à peu près à un
mouvement égal au mouvement de celles-ci , ne se-
roient-elles
pas pourvues de ces os ?
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S Y S T È M E M É D U L L A I R E .
I / U O I Q U E
le système médullaire ne se
^encontre
que
dans les os, quoique ses usages principaux leur pa-
roissent absolument relatifs; cependant ses propriétés
et sa vie
diffèrent
tellement de la vie et des propriétés
de ces organes, qu 'on ne peut s 'empêcher de l 'exa
miner d 'une manière isolée.
On dis t ingue deux espèces de systèmes médul
laires : l 'un occupe le tissu celluleux des extrémités
des os longs, de tout l ' intérieur des os courts et
plats ; l 'autre se trouv e seulem ent dan s la partie
moyenne des premiers : examinons-les chacun sépa
rément .
A R T I C L E P R E M I E R .
Système médullaire des os plats, des os
courts, et des extrémités des os longs.
§
I
e r
.
Origine et Conformation.
• L J E système paroît être l 'épanouissement des vais
seaux qui pénètrent dans les os par les trous du se
cond ordre, c 'est-à-dire , par ceux qui vont se rendre
dans le tissu celluleux commun. Ces vaisseaux arrivés
à la surface interne des cellules, s'y divisent à
l'in
fini, et s 'y anastomosent de mille manières. Leur en
trelacement donne à l ' intérieur du tissu celluleux cet
aspect rouge
qui.le
caractér ise , e t qui est d 'autant
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1 0 6 S Y S T È M E
plus marqué qu'on l 'examine dans un âge plus voisin
de l 'enfance, parce qu'en effet le système vasculaire
qui y est très-prononcé à celte époque, se rétrécit et
s'efface à mesure qu'on s'en éloigne.
Ce sont ces vaisseaux q u i , dans la section des os
d u crâne par* le tr é p a n , d o n n en t à la sciure la rou
geur qu'on lui observe. Ce sont eux qui produisent
le même phénomène dans l 'amputation de l 'extré
mité des membres . Quoiqu 'en généra l i l s
restent
gorgés de beaucoup de sang, à l ' instant de la mort,
cependant on peut , comme je l 'a i fa i t souvent, y en
accumuler encore
.plus
par des injections fines qui
pou ssen t de va nt elles celui qui se tro uv e da ns les vais
seaux , et le concentrent à leur extrémité : alors le
tissu spongieux de l 'adulte est presque aussi rouge
que
celui
de.l'enfant
qu 'on n 'a point préparé .
§
I I .
Organisation.
Les auteurs admettent une membrane f ine qui ta
pisse l ' intérieur de toutes les cellules osseuses, et
qu'ils considèrent comme l 'organe exhalant du suc
médullaire . Je n 'a i jamais pu, quelque nombreuses
qu'aient é té mes recherches, découvrir une sembla
ble m em bra ne . On ne voit que les prolongem ens vas-
culaires dont je viens de parler, lesquels, prodigieu
sement mul t ip l ié s ,
parôissent
en effet former une
membrane , ma is qu i , a t ten t ivement examinés , son t
très-distincts
les uns des autres, nullement continus,
si ce n'est à l 'endroit des anastomoses , et laissent
une foule de petits espaces où l 'os est immédiatement
J
n u , et en contact avec le suc médullaire.
L exhalat ion de ce suc paroît do nc un iqu em en t pro-
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1 0 8 S Y S T È M E
§.
I V .
Développement.
*
Le réseau vasculaire , qui forme ce système mé
dullaire, existe dans l 'état cartilagineux; mais alors,
d 'u ne p ar t , il n 'a dm et point la port ion rouge du sang;
de l 'autre part, les interstices de ses mailles se trou
vent tellement remplies par la gélatine, que le carti
lage paroît homogène. A l'époque de l 'ossification, le
sang rouge pénètre d 'un
côlé
dans Jes vaisseaux,
tand is que , d 'un au t re
c ô t é ,
ces vaisseaux restent à
nu
par l 'absorption de la gélaline, à l 'endroit des cel
lules , sur la surface interne desquelles ils rampent.
Dans
le fœtus et dans le
premier,
âge, ce système
médullaire offre une disposition remarquable. 11 ne
contient presque point de ce suc huileux, dont il em
prunte son nom, e t q u i , dans la s u i t e , remplit en si
grande proportion les interstices du tissu celluleux
des divers os : en examinant ces organes comparati
vement dans les divers âges, je m'en suis facilement
convaincu.
i
p
.
Exposé à un degré de chaleur un peu
considérable, le tissu celluleux des os d'adulte laisse
écouler en abondance ce suc huileux qui se fond. De
la m êm e exp érience résulte seulem ent da ns le fœtus la
dessiccation de ce tissu par l'évaporation des fluides
qui le pénètrent. 2°. Si on brûle l 'extrémité d'un os
long
d'adulte,
la combustion est spontanément en
tretenue par le suc huileux qui
'échappe
des pores
de la seconde espèce, et qui donne de la flamme
jusqu'à ce qu'il soit épuisé. Dans le fœtus, l 'os cesse
de brûler dès qu'on le retire du feu, parce que les
fluides qu'il contient n'entretiennent point sa com
bustion.
5° .
Rien n'est plus difficile que de conserver
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M E D U L L A I R E .
IO9
blancs
les
os d 'a du lte , parce qu e l 'huile qui en pé nè tre
les intervalles, les jaunit toujours un peu. Dans le
fœtus et l 'enfant où cette cause n'existe pas, la blan
cheur des os est facile à obtenir. 4°« Par
l'ébullition,
on n 'extrai t point ou presque point d 'huile du t issu
celluleux dans le premier âge; beaucoup nage à la
surface de l 'eau où on a mis bouillir ce tissu dans les
âges suivans. En général le fœtus paroît absolument
manquer d 'huile médullaire; e l le se forme après
sa
naissance, e t sa proport ion va toujours en augmen
tant , jusqu'à l 'entier accroissement. Quel f luide rem
place celui-ci dans les prem ières années ? D 'ab o rd
beaucoup de sang
;
car en général la rougeur du sys
t ème
médullaire*est
en raison inverse de l 'huile qui
s
y
trouve; mais les intervalles des cellules
paroissent
de plus être humides d 'un autre f luide qu'on ne con-
noît pas, e t qui s 'évapore, comme j 'a i di t , lorsqu'on
présente au feu l 'os d'un fœtus.
A R T I C L E D E U X I È M E .
Système médullaire du milieu des os longs.
\ _ > E
système diffère essentiellement du précédent
par sa
n a t u r e ,
ses p ro p rié té s, ses fonction s, etc. Il oc
cupe le centre des os longs, dont il remplit la grande
cavité.
* §
I
e r
.
Conformation.
Chacun des organes de l 'ensemble desquels
il
ré
sulte , se présente sous la form e d 'un e m em br an e
mince , tapissant toute la cavité,.se repliant sur elle-
même un grand nombre de fois , donnant naissance
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1 1 0
S Y S T È M E
à une foule de prolongemens, dont les uns enve
lo pp en t les filets déliés d u tissu cel lul eux qu i se ren
contrent dans cette cavité , les autres
passent,
sans
adhé rer à auc un e port ion os seu se, d 'u n côté de la
m em br an e à l 'a u tr e, et d o n t tous form ent d es cellules
nombreuses où se trouve contenue la moelle .
On peut donc se former de cet organe une idée
analogue à celle que nous présente l 'organe cellulaire;
savoir, celle d'un corps spongieux, à cellules com
municantes. La place qu' i l occupe donne à son en
semble une forme cylindrique.
Il paroît qu'aux deux extrémités du canal, les cel
lules ou m em br an es ne s 'ou vren t poin t d ans celles du
tissu celluleux, et que le suc'médullaire du système
précédent ne communique nullement avec la moelle
de celui-ci. En
effet,
la ligne de démarcation qui les
sépare est sensible; ils ne se confondent point d'une
manière graduelle. L'air injecté
d'un
côté du cylindre
médullaire , ne pénètre qu 'avec peine et en déchirant .
les membranes, dans le tissu celluleux de l 'extrémité
opposée de l 'os : cependant, malgré ces considéra
tions , j 'avoue que la question n'est point exactement
résolue. Les transsudations
cadavériques-
sont nulles
pour la déc ider , à cause de la perméabilité que nos
parties
acquièrent
après la mort.
§ I I . Organisation.
La texture de la m em brane
médullaire
est
très-peu
connue, parce que son extrême ténuité la dérobe à
nos recherches; car ce n'est que dans les os des
rachi-
t iques que son augm entation morbifiquc en épaisseur
m'a permis d'en poursuivre exactement le trajet. Elle
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M É D U L L A I R E .
1 1 1
a l 'apparence du tissu cellulaire; cependant ses pro
priétés , et pa r là m êm e sa
n a t u r e ,
sont très-diffé
rentes de celles de ce tissu : elle ne peut se rapporter
à aucune des trois classes des membranes séreuses ,
f ibreuses ou muqueuses. Quelques-uns ont prétendu
qu'el le é toi t une expansion du périoste , qui s ' insinue
par les t rous no m br eu x d on t l 'os est perc é , et pénè tre
dans la cavité médullaire ; mais le moindre parallèle
établi en tre ces m em bra ne s suffit po ur faire voir qu 'es
sentiellement différentes par leurs fonctions, leurs
forces
v i ta les ,
et c ., elles ne peuv ent avoir la m êm e tex
t u r e . Un
vaisseau principal pénètre la membrane
m éd ul la i re ; c'es t l ' a rtè re qui entre par le t rou u n iq u e ,
mais
très-marqué
, qui se voit sur le corps
des
os
longs : les deux branches de cette
a r t è r e ,
et celles de
la veine
c o r r e s p o n d a n t e ,
se ramifient en sens opposé
sur le cylind re mé du llaire , et par l ' inno m brable qu an
t i té de leurs
r a m e a u x ,
lui donnent une couleur rou-
geâtre très-marquée, e t qui disparoît avec l 'âge. Les
extré m ités em pr un ten t leurs vaisseaux de ceux d u
tissa celluleux voisin. O n ne peut y suivre auc un nerf.
Telle est quelquefois l 'abondance des fluides qui pé
nètre nt ce t te me m bra ne , e t son extrêm e té n u i t é ,
qu 'on diroit vraiment qu 'e l le n 'existe pas. Pour vous
conv aincre de son existence , exposez le cylind re
quelle
forme à l 'action très-intense du calorique; elle
se resserre , se racornit aussi tôt comme tous les so
lides , et dev ient ainsi plus app are nt e.
§ I I I . Propriétés.
Les propriétés de t issu sont
très-caractérisées
dans
l 'organe m édul la i re . ï ° .L e spina ventosa où cet organ e
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1 1 2 S Y S T È M E
se distend d'une manière très-sensible avec le corps
de l 'os, prouve son extensibilité. 2°. Sa contractili té
de tissu est caractérisée par le retour des cellules sur
e l les-mêm es, après l ' ampu ta t ion de la parti e m oyenne
d'un os long, re tour qui empêche l 'écoulement de la
moelle, qui sans cela seroit inévitable, à cause
delà
communication
de ces cellules.
Il est pro bab le qu e la contra ctilité org an iqu e insen
s ib le ,
do nt l 'exercice est d ét er m in é alors par le con
tact de l 'air sur cette membrane qui se crispe sous
son irritation, influe aussi sur ce phénomène : car ce
mode de contractilité, ainsi que la sensibilité corres
pondante , es t évidemment le par tage de ce t te mem
brane .
La sensibilité animale y est développée d'une
ma
nière exquise dans l 'état naturel
:
les dou leur s les plus
aiguës sont le résultat de l 'action que la
sc^e
exerce
sur elle dans
l'amputation,
de l ' introduction d 'un
stylet, de l ' injection d'un fluide irritant dans la cavité
médullaire, ou de tout autre moyen qui l 'excite très-
vivement. Je ne parle pas des
douleurs osseuses
dans
le spina ven tosa ,1a
v é r o l e ,
etc . : com m e la m embrane
n'est point a lors dans son état naturel , on-ne peut en
tirer des conséquences pour-juger du mode des forces
vitales dont elle est naturellement douée. J'ai observé
que sa sensibilité est d 'autant plus marquée, qu'o'n
approche davantage du centre précis de l'qs avec le
stylet q u'o n y pousse dans les an im au x viva ns. A l'ex
trémité du canal médullaire, cette sensibilité est peu
marquée; au milieu, la section de l 'os est extrême
ment douloureuse. D'où dépend cette inégali té de
force sensitive, ce décroissement du centre aux ex-
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M É D U L L A I R E . I l 3
t rémités? Je l ' ignore. La contracti l i té animale et la
contractilité'organique
sensible sont manifestement
étrangères au système médullaire .
Il est
évident,
d'après cet exposé des forces vitales
qui animent ce
s y s t è m e ,
que la vie y est beaucoup
plus active que dans le système osseux, que les phé
nomènes vitaux doivent y être par conséquent plus
ra p id es , s 'écar ter de •cette m arche chroniqu e qui ca
ractérise toutes les maladies des os, répondre avec
plus de prompti tude aux exci ta t ions sympathiques
des autres organes. Je suis persuadé que beaucoup
de douleurs vagues qu 'on rappor te ordina irement
aux os dans les maladies, ont plutôt leur siège dans
le système médullaire , dans celui du milieu des
os longs surtout : remarquez en effet que la plupart
de ces do ul eu rs sont fixées au milieu des m em bre s j
qu'elles existent vraiment dans le sens de ce système.
Le système médullaire des extrémités des os
l o n g s ,
des os plats e t courts , jouit cer tainement aussi de
plus d'énergie vitale que le tissu osseux lui-même ;
l ' inflammation y est plus facile à se développer; ses
effefcs sont plus prompts à se manifester. Qui ne sait
que la carie est d 'autant plus
r a p i d e ,
que plusxle tissu
celluleux existe dans les os? Ce n'est pas ce tissu q u i ,
par sa nature, inf lue sur ce phénomène; mais c 'est
que plus
il
est abondant, plus le système médullaire
y p r édom ine : or comme celui-ci participe à toutes ses
affections, il leur im prim e un e rapidité
qù
elles n'ont
point dans le tissu compact où il n 'existe pas.
§ I V - Développement.
ibrane existe dans l'état car
i i .
8
Cette membrane existe dans l 'é ta t
cartilagineux
de
V
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I l 4 S Y S T È M E
la partie moyenne des os longs; mais alors elle sert
de parenchyme nutr i t i f à la gélat ine qui
s'y
exhale,
et
q u i ,
accumulée en très-grande quanti té dans
seî
cellules, rend l 'os homogène en apparence, e t em
pêc he d e la di stin gu er. Q u a n d l 'ossification se fait,
cette substance est
a b s o r b é e ,
la cavité médullaire se
forme; la membrane médullaire reste à nu; le sang
pénètre dans
ses
vaisseaux, jusque-là accessibles
seulement à des fluides blancs, parce que son mode
de sensibilité organique change. Au lieu de recevoir
de la gélatine dans ses cellules, c 'est la moelle ou
uri
autre fluide qu'elle y admet, phénomène également
dép end ant de ce changem ent de
sensibilité
organique.
De là une forme extérieure toute nouvelle, un organe
nou veau formé en ap p ar en ce , tandis qu 'en réalité
ce n'est pas l 'organe qui change, mais le fluide qui
s 'y sépare. Le même phénomène s 'observe à peu près
dans la formation du cal, où la portion de membrane
médullaire correspondante à la fracture est d 'abord
cartil ag ine us e, pu is os se us e, et red ev ien t enfin ce
qu el le é toi t pr imit ivement.
Cependant l 'exhalat ion de la moelle ne commence
pas
dès^jue
le sang aborde dans le canal médullaire,
ou plutôt e lle com m ence bie n; mais j'ai trouvé qu'elle
est toute différente de ce qu'elle sera chez l'adulte.
La proportion de la substance huileuse y est presque
nulle, ainsi que nous l 'avons vu dans le suc médul
laire, ï".
Elle se présente sous un aspect mucilagi-
neux et rougeâtre : pressée entre les doigts, elle n'y
laisse point une hui le comme chez l ' adul te , mais un
f luide comme gélat ineux. 2 ° . En comparant l 'eau qui
a servi à l'ébullition de la moelle dans ces deux âges,
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M É D U L L A I R E .
1 l 5
on ne voit point dans le
premier,
comme dans le
suivant, surnager une foule de gouttelettes huileuses.
3 ° .
Exposé à l 'action du feu, le milieu d'un os long
laisse tomber une infinité de gouttelettes enflammées,
d 'u n e teinte ble uâ tre, très-agréables à l 'œ il,
et qui
sont
fournies par la moelle qui brûle après
s'être
fondue.
Rien de semblable ne s 'observe dans le fœtus. 4° - O n
sait que le goût de la moelle est bien différent dans
les jeunes animaux , dans le veau , par exemple , de
ce qu' i l est dans les animaux adultes. Elle est fade,
pe u agréable , pe u recherchée dan s les pre m ier s.
5 ° . J'ai observé que la moelle des enfans se putréfie
avec prompt i tude , dev ien t ve rdâ t re , pu is no i râ t re ,
pour peu que leurs os frais aient été gardés pendant
quelque temps à l'air. L 'odeur de ce t te moel le putré
fiée est très-fétide. Conservez au contraire pendant
u n cer tain tem ps des os d 'adu lte dépouil lés , vous
observerez que leur moelle rancit , devient d 'un jaune
foncé, comme toutes les graisses qui ont été gardées.
En général l 'action de l 'air est toute différente sur
l 'organe médullaire dans le premier âge et dans les
suivans. Quel est le f luide que sépare spécialement
cet organe dans le fœtus et l 'enfant, et qui remplace
alors la substance huileuse? C'est un objet intéressant
de recherches. Est-ce que le vulgaire, qui allie l ' idée
de graisse à celle de moelle , connoît ce phénomène,
quand il dit que les enfans n'ont pas encore de moelle
dans les os? Cette absence de graisse médullaire dans
le f œ t u s , distingue essentiellement la moelle de la
graisse ord ina ire q u i , à cet â g e, est déjà t r è s - : tbon-
dante .
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I l 6 S Y S T È M E
Fonctions.
Le premier et principal usage de l 'organe médul
laire , est de séparer la moelle de la masse du sang,
par voie d 'exhalat ion, car elle n'a point de glandes,
et de l 'y réi ntr od uir e ensu ite pa r abso rptio n, dès
qu'el le a séjourné pendant un cer tain temps
dans son
réserv oir. Ce do ub le ph én om èn e est très-analogue à
celui qu i a lieu p o u r la graisse
:
d'o ù l 'on v oitq ue deux
ordres de vaisseaux dist incts des sanguins, entrent
de plus dans son tissu; il n'est pas possible cepen
dan t de les y d ém on t re r ana tom iquem ent .
L'activité de l 'exhalation varie-t-elle suivant l'exer
cice ou le repos, la chaleur ou le
froid,
l'embonpoint
ou la maigreur? Nous n'avons sur ce fait aucune ex
périence précise, quoiqu'on ait fait là-dessus une
foule de conjectures. Mais ce que nous savons,c'est
que dans la plithisie , l 'hydropisie et le marasme, et
en général dans tous les états du corps où la débilite
générale est portée à l 'extrême par la perte lente et
graduée des forces,la m oelle co m m e les au tres fluides,
comme les solides
a u s s i ,
se dénature ,
perd
ses carac
tères essentiels, sa
cons is tance ,
et prend une appa
rence toute différente , sans que cependant la mem
br an e m édu llaire é pro uv e de lésion orga niqu e , sans
qu'elle s'épaississe. Je n'ai encore observé cette lésion
que dans le rachitisme. L'aspect de la moelle dans
ces maladies est
muc i l ag ineux ,
gélatineux , sembla
ble pour ainsi dire à celui qu 'ell e no us offre dans le
fœtus , à la différence près de la rougeur que déter
mine dans le premier
âge
le grand nombre des
vais
seaux sanguins.
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M É D U L L A I R E . 1 1 7
L a m em bra ne m édul la i re a un rapp or t d i rec t avec
la nutr i t ion de l ' o s, rappo rt qui a é té mis en évidence
par les belles expériences de Troja, desquelles il ré
sulte que la destruction de cette membrane entraîne
la mort de l 'os , qui se nécrose et qui est remplacé par
un os nou veau , auquel le pér ioste ser t de pare nch ym e
nutritif.
Ces expériences se font ordinairement en
sciant un os long à son extrémité , e t en introduisant
dans la cavité médullaire un stylet rougi au feu, qui
désorganise tout . Bientôt
a p r è s ,
le périoste se gonfle,
s 'enflamme , et devient d'une extrême sensibilité au
contact extérieur. Peu à peu cette sensibilité s 'é-
m ou ss e ; l 'inflammation disparoî t . Beaucoup de gé
lat ine pénètre les lames internes de cette membrane,
qui devient un sac cartilagineux dont l 'os est enve
loppé. Au bout d'un temps qui varie suivant la classe
des animaux soumis à l 'expérience, suivant leur
âge,
leur tempérament, et su iva nt d 'au tre s causes , le
système vascula i re , dé t rui t au-dedans du canal , e t
replié en totalité sur le périoste , y dépose le phos
phate calcaire destiné à l 'os. Au cylindre cartila
gineux succède alors un cylindre osseux. L'os au-
de dan s est u n corps étrange r à la v ie , q u 'u n corps
vivant ent ou re de toutes par ts. Il y a do nc d an s les os
sifications artificielles trois périodes bien distinctes ,
i ° . gonflement e t inf lammation du périoste ,
2
0
.
état
car t ilagineux des lames in ternes de ce tte m em b ra n e ,
3 ° . état osseux. Au reste , ces deux derniers étals ne
sont point aussi réguliers et distincts , ni aussi faciles
à observer que dans l 'ossification naturelle.
1
La membrane médul la i re ser t -e l le indirec tement
à fournir une part ie de la synovie par la transsuda-
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I l 8 S Y S T È M E M É D U L L A I R E .
t iondela
m oelle à travers l 'e xt rém ité d es os longs ?
L a plupa rt des au teu rs l 'affirment. O n sait aujourd'hui
ce qu'il faut penser de ces transsudations mécaniques
qu'on observe dans les cadavres , mais qui répugnent
aux phénomènes connus de la vitalité ; d 'ailleurs ,
l 'expérience suivante ne laisse aucun doute sur ce
point. J 'ai ouvert sur les côtés, deux os longs d'un
des membres postér ieurs d 'un chien , de manière à
y faire parvenir un stylet rougi, qui ayant été porté
à plusieurs reprises , a d ét ru it complètement les
de ux systèmes m édullaires : la nécrose a
été
le résul
tat assez prompt de cette expérience ; et cependant
l 'ar t iculation interm édia ire au x de ux os nécro sés, a
continué comme à l 'ordinaire à recevoir la synovie,
circonstance qui ne seroit pas arrivée , si la transsu
da tion de la moe lle étoit nécessaire à la prod uction de
ce fluide. Qui ne sait d'un autre côté que dans les
maladies des articulations où la synovie est altérée ,
v i c i é e ,
la moelle des os
correspondans
est presque
toujours dans un état d ' intégrité parfaite , et que ré
ciproquement dans les maladies qui a t taquent l'or
gane médullaire , la synovie n'est point altérée dans
sa nature, comme le fluide que cet organe renferme
dans ses cellules ?
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SYSTÈME CARTILAGINEUX.
J L J E
mot de car t i lage est t rop vaguement employé.
Il désigne dans l 'acception
c o m m u n e ,
des corps d on t
l 'organisat ion diffère essentiel lement. Certainement
les cartilages du nez et ceux de surfaces articulaires
n ' o n t entr'eux qu'une analogie très-indirecte : i l faut
donc établir dans ces généralités une ligne de dé
marcation. J 'ai tâché de le faire en formant deux
systèmes de celui-ci ; l 'un comprend les cartilages
p rop remen t d i t s , l'aiftre les subs tances fibro-cartilagi-
neuses ,
teUes
qu e celles qu i sont en tre les ve rt èb re s,
celles d u m ilieu êe cer taines ar t iculat ions ,
etc .
C o m m e
celui-ci est un composé des systèmes cartilagineux et
fibreux, je n 'e n traite rai qu 'ap rè s avoir parlé de ce
dern ie r .
E n
rétrécissant ainsi
le sens du mot cartilage, i l
nous présente l 'idée d 'un e substance d u re , é las t ique ,
blanchâtre , ayant une apparence inorganique , quoi
que son organisation soit très-réelle. On trouve cette
sub stan ce anim ale en différentes parties du corps ;
e lle se ren con tre sp écialem ent, i ° . aux extrémités ar
ticulaires de s os m o b ile s, 2 ° . au x surfaces articu
laires des os immobiles, 5°. dans les parois de cer
taines cavités qu'elle concourt spécialement à for
mer : tels sont les cartilages de la eleison nasale , des
cô te s ,
du larynx , etc. De là trais classes différentes
qui présentent des variétés dans leurs formes, dans
leur o rgan isa t ion , e tc .
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1 2 0 S Y S T E M E
A R T I C L E P R E M I E R .
Des Form es du Système cartilagineux.
J_j ES
formes cartilagineuses varient suivant la classe
à laquelle appartient le cartilage.
§
I «
r
.
Form es des Cartilages des Articulations
mobiles.
D an s toute articulation m o b il e, il y a à chaque
ex trém ité o ss eu se , un cartilage qui enc roû te cette
extrémité, qui facilite par sa souplesse le mouvement
des deux os dont la substance trop dure éprouverait ,
en
se
froltant,
un choc trop for t ,
qu,i
réfléchit, en se
comprimant d 'abord et en revenant ensuite sur lui-
m êm e, une part ie considérable du m ou ve m ent devenu
par là plus éten du , q ui am ollit, en céd an t u n pe u, l'effet
des violentes secousses qu 'ép rou ve nt les m ew b re s, et
qui rend ainsi ces secousses moins dangereuses.
Le caractère général de conformation intérieure
propre à ces cartilages , est d'être toujours beaucoup
moins épais que large, d 'avoir cependant une épais
seur qui est en raison de sa largeur; en sorte que les
cart i lages des grandes ar t iculat ions excèdent deux,
t ro is , qu atre fois m ê m e , sous ce rapport, ceux des ar
ticulations peu éten du es , de se m ou ler su r les formes
art iculaires, de présenter deux faces et une circon
férence.
L'une des faces est adhérente à l 'os; elle y tient
d'u ne m aniè re si intim e , qu e la fracture arrive plutôt
en tout autre en droit q u 'à celui-ci. L e m oy en d 'un ion
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C A R T I L A G I N E U X .
1 2 1
n 'es t paj exactement connu; ce qu ' i l y a de cer ta in ,
c 'est que le car t i lage n 'est pas un prolongement, une
suite du parenchyme cartilagineux de l 'os; les fibres
de ce parenchyme ne sont point continues avec celles
des cartilages.
Si
cela étoit en effet, en enlevant à un
os long , frais et revêtu de son cartilage, le phosphate
calcaire qui le pénètre , on
dcvroit
voir cet te co n ti
n u i t é , l'os et le cartilage ne dev roien t plus différer:
or j 'a i con stam m ent observé dan s cette expérience ,
que l 'action de l 'acide fait détacher le cartilage de
dessu s l 'o s, soit par fra gm en s, soit en totalité. O n voit
les fibres cartilagineuses de l 'os privé de sa base sa
l i n e ,
se terminer manifestement à la
surface
convexe
qu 'em bra sse le cartilage ; il n 'y a point eu de solution
de continuité . En général l 'aspect du parenchyme
cartilagineux, isolé de sa portion calcaire, est tout
différent de celui d u n véritable cartilage. Je pré su m e
qu e cette différence tien t à la qu an tité de gélatine
qui est plus grande dans le second que dans le pre
mier . L'act ion des acides, du nitr ique surtout, est le
moyen le plus avantageux pour séparer un car t i lage
de sa tête osseuse; la macération ne produit ce phé
nomène qu'à la longue; dans l 'ébull i t ion , comme la
gélatine se fond, il est moins apparent.
La surface du cartilage, opposée à l 'os, est inti
mement unie à la synoviale de l 'articulation. Elle en
emprunte le poli qui la distingue; car par-tout où ces
substances ne correspondent point à ce tte m em b ra n e ,
el les perdent ce caractère , comme on le voit au la
rynx , aux cartilages costaux, etc. Ici le moyen
d'ad
hérence est un t issu cellulaire extrêmement serré ,
que la macération ni la dissection ne peuvent enlever
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1 2 2 S Y S T E M E
par lames. Comme la synoviale est toute fo/mée de
ce tissu, il paroit que sur le cartilage elle n'est qu'un
prolongement de ce lui
q u i ,
aprè s avoir con couru à la
contexture de cet organe , se condense à sa surface,
et s 'y organise en membrane.
La circonférence des cartilages, qui nous occupe,
se termine insensiblement sur la surface osseuse; elle
y cesse comme en mourant , à l 'endroit où la syno
viale abandonne l 'os pour se réfléchir.
Les deux car t i lages correspondans d 'une ar t icula-
lion mobile, sont tellement disposés et moulés l 'un
sur l 'autre , que dans la posit ion moyenne de l 'ar t i
culation , ils se touchent exactement par tous leurs
points
:
or on sait que la position moyenne d'une ar
ticulation est celle où l 'os n'incline pas plus dans un
sens que dans un autre , où tous les muscles unifor
mément contractés et se faisant entr 'eux une égale
résistance , le forcent à s'éloigner également de l 'ex
tension et de la flexion, de l 'adduction et de l 'abduc
t ion , e t c . ,
e t c . ,
et
à tenir
le milieu précis. C'est cette
position qu'affectent les membres lorsque la volonté
ne dir ige point l ' e f for t muscula i re , comme, par
exemple , chez le fœtus , dans le sommeil , dans le
r e p o s ,
etc.; c 'est elle que déterminent certaines»con-
vulsions où tous les muscles d'un membre sont agités
avec un effort égal, par l ' influx extraordinaire des
n er f s ,
etc . Dans toute autre posit ion, jamais le con
tact de deux cartilages articulaires ne se fait par tous
leurs poin ts ; toujo urs un e po rtio n de la surface de
chacun pousse avec plus ou moins de force les par
ues environ nan t l 'ar t icu lat ion , e t les diste nd . La mol
lesse du tissu cartilagineux rend moins pénible celte
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C A R T I L A G I N E U X . 1 2 3
press ion, dont le sent iment seroi t douloureux dans
les grands mouvemens, s i les os gardoient leur du
reté à l 'extrémité du levier qu ' i l s représentent .
L es formes car t ilagineuses qui nou s oc cup ent , ou tre
ces caractères communs, en ont de part iculiers à
chaque genre d 'ar t iculat ions mobiles.
i ° . Dans le premier
g e n r e ,
la croûte convexe qui
recouvre la tête osseuse, présente de l 'épaisseur au
c e n t r e ,
mais très-peu à la circonférence. Une dispo
sition inverse se remarque à l 'encroûtement concave
qui reçoi t ce t te tê te ; souvent même, comme à l 'hu
m é r u s , au fé m u r , l 'épa isseur de cet enc roûte m ent
est augmentée à sa circonférence par un bourrelet
fibro-cartilagineux. D e celte m a n iè re , l 'effort est su p
porté inégalement par l 'un et l 'autre car t i lages, dans
leurs diverses part ies; mais l 'uniformité du contact
est assurée .
2 ° .
Dans le second genre, qui diffère du premier
par l ' absence du mouvement de rota t ion, comme en
général une convexité est aussi reçue dans une con
c a v i t é , la disposition est à peu près la même pour
les deux car t i lages. Cependant si deux surfaces con
vexes glissent l 'une sur
l 'autre,
comme le
condyle
de la m âch oire et l 'apoph yse transv erse no us e n of
frent un exemple, alors le cartilage va toujours en
s'amincissant
à la circonférence de chacu ne ; m ais
alors un cartilage inierarticulaire, épais à sa circon
férence, mince au milieu, supplée à cet te disposit ion,
et établit sur tous les points un contact qui sans lui
ne
s'exerceroit
qu 'au centre .
3 ° . Dans le t ro is ième g e n r e , la croûte cartilagi
neuse qui tapisse les saillies et les enfoncemens qui
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1 2 4 S Y S T E M E
se'reçoivent
réciproquement sur les extrémités des
deux
o s, présente à peu près une épaisseur uniform e,
comme on le voi t au coude , au genou, e tc . ; en sorle
que la pression se répart i t également .sur toute la
surface articulaire.
4 ° .
Dans les quatr ième et c inquième genres, les
encroûtemens cartilagineux moulés sur la forme des
surfaces osseuses, ont aussi une épaisseur à peu près
uniforme dans tous leurs points : j 'ai trouvé sur les
os d'un adulte, que cette épaisseur est d 'une ligne et
demie dans les a r t icula t ions radio-cubi ta le ,
atloïdo-
axoïdienne , d 'un e ligne da ns les articulation s car-
p iennes , mé taca rp iennes , e tc .
§ 1 1 . Form es des Cartilages des Articulations
immobiles.
Les cartilages ne se rencontrent que dans deux
genres
des articulation s im m o bi le s, s avo ir, dan s celles
à surfaces ju xt a-p os ée s, et celles à surfaces engrenées.
I ls forment dans toutes une couche extrêmement lé
g è r e ,
continue aux deux os qui s 'ar t iculent
ensern^
b l e , naissant de leur port ion osseuse, comme ceux
décri ts p récé dem m ent , é tan t
de
m êm e natu re qu 'e l le ,
et formant un lien d'autant plus serré, qu'on avance
plus en âge.
A la t ê t e , ces sortes de cartilages sont très-multi-
p l iés ;
ceux du crâne ont plus d'épaisseur du côté de
sa con vex ité que d u côté de sa conca vité : de là la
disp arition plus pr om pt e des su ture s da ns le dernier
que dans le premier sens.
Par- tout où i ls se trouvent, i ls concourent à unir
des
os qui forment des cavités : de là, comme nous
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C A R T I L A G I N E U X . 1 2 5
l 'avons
dit,
moins de danger pour celles-ci de la part
des corps extér ieurs , puisque le mouvement perdu
alors en partie dans leur tissu mou, produit un effet
bien moindre, que si la cavité étoit d 'une seule pièce
osseuse.
Il paro ît qu e ces cartilages on t bea uc ou p plus d'affi
ni té avec le phosphate de chaux, que ceux des ar t i
culations mobiles qui s 'ossifient rarement, tandis qu'à
un âge avancé ceux-c i deviennent toujours osseux,
comme le c râne nous en fourni t sur tout des exem
ples.
Je remarque cependant que les cartilages des
surfaces en gren ées ont plus de tend an ce à l 'ossification
que ceux des surfaces juxta-posées. Au moins est-il
plus commun de voir les par iétaux soudés entr 'eux
avec l 'occipital, le coronal, que de voir la réunion
des maxil la ires, des os palat ins, e tc .
§
I I I . Form es des Cartilages des Cavités.
Les cartilages des cavités affectent deux formes
différentes, suivant les par t ies qu ' i ls concourent à
former. I ls
sont, ï
° . longs com m e aux
cô t e s ,
i°. plats
comme au larynx , à la cloison nasale, etc.
Tous sont tapissés à l 'extér ieur d 'une membrane
fibreuse identique au périoste^, et à laquelle s'implan
tent
différons m uscle s. P o u r
bien voir
c e t te m e m b r a n e ,
il faut faire macérer pendant un jour ou deux le car
tilage : elle blanchit alors sensiblement, devient par
là très-manifeste dans son épaisseur, dans la d irectio n
de
ses
fibres, etc. Les cartilages des cavités ne pré
sentent point les t rous no m bre ux qu 'on rem arqu e su r
les os, parce que les vaisseaux sanguins ne les pé
nètrent point . Peu d 'éminences s 'y observent; de?
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1
2
6 S Y S T E M E
enfoncemens s 'y trouvent rarement creusés. Au reste ,
on ne peut guèrçs considérer leurs formes d 'une ma
nière gén éra le , parce q u e , des t inés chacun
à
des usages
très-différens, i ls ont entr'eux peu d'analogie de con
format ion.
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système cartilagineux.
A voir u n cartilage dan s son
intérieur,
il est diffi
cile d'y reco nn oître un e tex tu re org aniq ue ; elle y est
très-réelle cependant, et se compose d'un tissu pro
p r e , et de t issus communs.
§ I
e r
.
Tissu propre au Système cartilagineux.
Le tissu cartilagineux propre présente un entrela
cement de fibres tellement serrées, qu'il paroît au
prem ier aspect , absolum ent hom og èn e, e t formé d 'un
amas de gélatine, sans ordre et sans direction parti
culière . Cependant. , avec un peu d 'a t tention, on dis
tingue des fibres longitudinales, que d'autres trans
versales et obliques coupent en sens inverse.
Ces fibres sont plus apparentes dans les cartilages
des extrémités osseuses
m o b i l e s,
que dans les autres.
Elles ont infiniment moins de souplesse que les fibres
de s substa nce s fibro-cartilagineuses : aussi celles -ci
plient-elles sans se rompre, tandis que lès premières
cassent dès qu 'on veut les cou rber u n peu for tem ent;
l 'endroit de la rupture est net, avec peu d' inégalités.
Le tissu cartilagineux est remarquable par une
foule de caractères qui le distinguent des autres.
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C A R T I L A G I N E U X . 127
Après le tissu osseux, aucun ne résiste autant à la
putréfac t ion,
à
la m acératio n. Au m ilieu d 'un cadavre
tout putréfié , on trouve ce tissu presque
intact,
con
servant son apparence , sa texture , souvent même sa
blanc heu r natu rel le . Les m em bre s gangrenés nou s of
frent f réquemment sur le vivant une semblable dis
posit ion. J 'a i conservé pendant très-longtemps dans
l 'eau des substances cartilagineuses qui n'y ont nul
lement é té a l térées, excepté Un peu dans leur cou
leur , comme je le dirai . I l faudrait peut-être plus
d 'un an pour les réduire à cet te pulpe mollasse, mu
qu eu se , f luente, où la m acératio n amè ne la plu pa rt
des organes.
Le tissu cartilagineux se crispe sous l 'action très-
concentrée du calor ique, comme tous les autres tis
s u s ;
cependant ce phénomène n 'es t point apparent
sur le thyroïde à cause de son épaisseur, sur les car
tilages qui encroûtent les os à cause de leur adhé
ren ce à ces os.. M ais si on co upe l 'un par lam es
minces , si on détache aussi les autres par tranches ,
et qu'on tes plonge dans l 'eau bouillante , ils revien
nent tout de suite et avec force sur eux-mêmes.
Exposé à la dessiccation , le tissu cartilagineux de
v ien t j aunâ t re , p rend une demi -- transparence ana
logue à celle des
t e n d o n s ,
des ligamens desséchés ;
il devient d u r , se resser re , d im inue d e vo lum e, perd
son élasticité à mesure qu'il se durcit .
L'ébulhtion lui donne aussi d 'abord une couleur
jaunâtre, puis sur les extrémités articulaires elle
le fait
gercer,
fendre en différons e n d r o i t s , et
enlever par plaques qu'elle ramollit , et qu'elle fond
enfin presque
complètement,
à
un
petit résidu près,
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1 2 8 S Y S T È M E
qui ne paroît pas gélat ineux. Le ramoll issement du
tissu cartilagineux dans l 'eau bouillante le rend beau
coup plus propre, qu ' i l ne l 'est naturel lement, à ê tre
dissous par les sucs digestifs. Avalés crus, les carti
lages resteroient long-temps dans l ' es tomac, tandis
qu 'ils son t d igérés très -
prornptement
étant cuits;
c'est là un des grands avantages de la coction des
viandes. Dans différentes expériences faites sur la
digest ion, j 'a i t rouvé des port ions de car t i lages en
core intactes dans l 'estomac des chiens, tandis que
déjà les chairs étoient réduites en pulpes.
Dans certains cas, le tissu cartilagineux s 'altère
singulièrement. Dans les maladies de l 'articulation
de la han che , il p re n d u n aspect tou t différent ;
c 'est une substance molle , comme lardacée, à vais
seaux très-distincts, à fibres quelquefois très-sensi
b les ,
présentant un volume double , quadruple même
d u
n a t u r e l ,
et remplissant la cavité cotyloïde. Alors
j 'a i observé qu'ils ne jaunissent point, ne se fondent
po int par l 'ébu llition, ne sont plus gélatineux par con
séqu ent. D an s les m êm es m ala die s, j 'a i t rouv é le tissu
cart i lagineux, sur le fémur et sur l 'os i l iaque, non-
seulem ent ossifié, mais changé en une su bsta nce exac
tem en t analogue à l 'ivoire : je co nserv e d eu x pièces
analogues.
Lorsque les cartilages deviennent osseux , il se dé
veloppe dans leur milieu un tissu analogue au tissu
celluleux des os, où les fibres entrecroisées laissent
entr'elles des espaces très-distincts , et où se dépose
même une espèce de suc médullaire . Cette observa
tion est surtout applicable à ceux des cavités , du
larynx, de la poi t r ine , e tc .
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i2<;
§ 1 1 . Parties comm unes à l Organisation du
Système cartilagineux^
Il
y
a
d u tissu cellulaire d an s
les
cartilages, qu oiqu e
le défaut d'interstice entre leurs fibres le rende
très-««
difficile à distinguer dans l'état ordinaire : en effet
le développement des bo urg eon s charnu s sur les plaies
qui les intéressent ,
l'ébullilion
qui, après avoir en
levé la gélatine* laisse un résidu membraneux et cel
luleux, prouvent assez l 'existence de ce t issu, qu'on
voit d 'ailleurs d'une manière très-manifeste dans
cer
tains états pathologiques où la gélatine moins abon
damment séparée dans les car t i lages, cesse de leur
donner la dureté qui leur est habituelle, et y laisse
un tissu
m o u ,
souvent comme spongieux.
On n 'y dist ingue point de vaisseaux sanguins. Le
système exhalant n 'y charie que des sucs blancs;
mais comme ce système est continu aux
artères
des
part ies voisines, dès que la sensibilité organique y est
ex alté e par les irrita ns m aladifs, et qu'ain si il se trou ve
en rapport avec les globules rouges du sang, ces glo
bules y passent avec facilité, et de là la rougeur que
prennent a lors les car t i lages, comme on le voit dans
leur inf lammation, dans leurs plaies, e tc . C'est ce
même phénomène qu 'on observe sur la conjonctive
enflammée, e tc . Quand la cause ir r i tante a
cessé ,
la
sensibil i té reprend son type naturel , les globules
rouges deviennent
par
là même hétérogènes au car
tilage qui reprend sa blancheur.
On ignore la nature des fluides blancs qui circulent
ordina irement dans le système vasculaire des carti
lages.'Ces fluides sont très-susceptibles de devenir le
1 1 . 9
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C A R T I L A G I N E U X . l 3 l
reviennent sur elles-m êm es après avoir été ployée3
o u com prim ées. P arm i celles-ci, les cartilages t iennent
un des premiers rangs chez l 'homme. Leur élasticité
est ex t rêmem ent p rononcée ,
surtout
dans l 'âge adulte
où leur consistance est moyenne entre la mollesse
qui les caractérise dans l 'enfance, et la dureté qui est
leur apanage dans les vieillards. Ces deux dernières
propriétés ne sont en effet guères favorables à la force
élastique.
Si on enfonce dans un cartilage une lame de scal
p e l ,
les bords de
la
division
réagissent
sur elle , et
l 'expulsent . Pressée contre un corps résistant , l 'ex
trémité cartilagineuse d'un os long s'applatit, e t r e
prend sa forme dès que la compression cesse. Coupé
longitudimJement dans l 'opération de la bronchoto-
m i e , le thyroïde se rapproche subitement dans ses
deux parties divisées. La section de l 'anneau cricoï-
dien offre le même phénomène. Enfoncés du côté
de l 'abdomen, les cartilages des dernières côtes re
viennent d 'eux-mêmes en
d e h o r s ,
etc. etc. Tous ces
phénomènes sont un résultat manifeste de la force
élastique. Aussi la nature
a-t-elle
placé les cartilages
par-tout où pour produire ses phénomènes elle a
besoin d'associer cette force physique aux forces vi
tales , co m m e au la r y n x , à la cloison nasale po ur
éprouver une sorte de vibration dans le passage de
l 'air, à l 'extrémité des côtes pour être le
siège
d 'une
espèce de torsion nécessaire à la respiration m éc a
nique, aux extrémités ar t iculaires pour amortir les
c o u p s ,
e t c . . . .
Il paroît que l 'activité vitale rend plus énergique
cette propriété qui reste cependant extrêmement
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J 3 2
S Y S T E M E
apparente après la mort . Je présume que les carti
lages la doivent à la grande quantité de gélatine qu'ils
con t iennent , i ° . On sait que cette substance en jouit
à un haut degré, comme le prouvent le tremblement
de gelées qui se prennent par le froid , l'examen des
différentes colles animales , etc. 2°. Si par l'ébullition
on enlève celte substance aux cartilages, le paren
ch ym e n utr itif res te flasque et m o u . 3 ° . A mesure
que dans
noj
organes la gélatine diminue, l 'élasticité
y est moindre, comme on le voit en examinant le
décroissement de cette propriété des cartilages oh
elle prédomine, aux organes fibro-cartilagineux
oh
elle
est en
plus petite proportion, et aux corps fibreux
où elle est enco re m o in d re . Il faut av ou er cependant
que beaucoup de corps très-gélatineux par leur na
t u r e ,
offrent de s traces p eu sensib les d'élasticité : la
peau en est u n exem ple ; les te ndons offrent aussi cette
d ispos i t ion . Comment
là
même substance peut-el le ,
suivant qu'elle est diversement travaillée par les lois
organ iques , ê t r e le siège de propriétés toutes dif
férentes ?
§ I I .
Propriétés de tissu.
Les car t i lages sont peut-être de tous les organes
ceux où l'extensibilité et la contractilité de tissu
sont le moins développées. On les voit rarement se
d is te n d re , s 'alonge r; ils ro m pe nt plu tôt. L es maladies
n e no us offrent po int da ns le lar yn x ces dilatations
s i communes aux autres
cav i t é s ,
même osseuses.
L oin de s 'écar ter , com m e dans la p e a u , dans un
m usc le , e tc ., les bo rd s de leu r section se
rapprochent,
ainsi que nous l 'avons vu, par l 'effet de l 'élasticité:
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C A R T I L A G I N E U X . l 3 3
on dirai t que cette dernière propriété y a é té accu
mulée aux dépens de celles de tissu.
§ I I I .
Propriétés vitales.
Les propriétés vitales y sont aussi assez obscures.
Jamais de sensibilité animale dans l 'état naturel; ce
n'est que lorsque l ' inflammation ou une autre cause
exalte leur sensibilité organique, sensibilité que sup
posent nécessairement les fonctions qui s 'y exercent,
ce
n'est,
dis-je, qu'alors qu e le cerveau perçoit doulo u
reu se m en t les irritations diverses do nt ces organes sont
le
siège.
Ceci devient manifeste, surtout par les corps
étrangers formés dans les ar t iculat ions, lesquelles
souffrent de leur présence ou y sont insensibles,
suivant que par leur position ils irr itent ou n' irr itent
pas les extrémités cartilagineuses. Point de contracti
lité animale ni organique sensible dans les cartilages ;
l 'organique insensible ou tonicité y existe seule ; en
core y est-elle à un degré assez obscur.
Les sympathies sont obscures, presque nulles dans
le système cartilagineux. Je ne sache pas que dans
les affections aiguës des divers
o r g a n e s ,
on observe
des phénomènes sympathiques de sensibil i té ou de
contractili té dans ceux-ci. I ls restent tranquilles au
milieu du trouble général qui affecte les autres sys
tèmes dans ces sortes de maladies. Dans les affec
t ions chroniques mêmes, i ls éprouvent peu d 'a l téra
t ion : par exemple , examinez compara t ivement le
cadavre d 'un homme péri d 'une mort violente qui a
laissé
ses
orga nes in tact s, et celui
d'un
phthisique, d 'un
hy dr op iq ue , d 'u n can cére ux , e tc . , vous ve r rez en t re
presque tous les organes de l 'un et de l 'autre une
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l 3 4 S Y S T È M E
d i f f é rence f r a pp an te ; l ' a spec t de s m usc le s , de s su r
f ac es m u q u e u s e s e t s é r e u s e s , d e s v a i s s e a u x , d e s n e r f s,
e t c . ,
e s t en t i è r emen t changé pa r l ' a l t é r a t ion l en te
qu ' i l s on t ép ro uv ée da ns l e s eco nd : eh b i en au mi
l ieu de ces a l téra t ions , les car t i lages n en ont presque
p a s s u b i ; l e u r aspect est p r e s q u e l e m ê m e q u e d a n s
l ' é t a t na tu re l .
Caractère des Propriétés vitales.
D ' a p r è s c e q u i v i e n t d ' ê t r e
dit ,
on conçoi t que la
v ie ca r t i l ag in euse do i t ê t r e t r è s -p eu ac t i v e , qu e
tous
l e s p h é n o m è n e s m a l a d i f s d o i v e n t ê t r e
caractérisés
d a n s c es o r g a n e s p a r u n e l e n t e u r p a r t i c u l i è r e , q ue
f inflammatio n,par
e x e m p le , c lo ity a f fec t er t ou jou r s,
c o m m e d a n s l es o s , u n e m a r c h e c h r o n i q u e : c 'e st ce
q u e f e x p é r i e n c e s u i v a n t e r e n d t r è s - é v i d e n t . M e t te z
un ca r t i l age à
découver t ,
fa i tes -y une so lu t ion de
con t inu i t é , e t é t ab l i s sez ensu i t e un con tac t en t r e lu i
el u n e p o r t i o n d ' u n m u s c l e , d e la p e a u , e t c . , aussi
in té ressés à leur su r face ; l a réun ion ne s opérera pas ,
ou du m o i ns e ll e n ' au ra l ieu qu ' a u b ou t d ' u n temps
t rès - long . P o u rq u o i ? parc e q ue la v ie d u m usc le ou'
d e la pe au é ta n t b e a u c o u p p l us ac t iv e qu e cel le des
c a r t i l a g e s , l ' i n f l a m m a t i o n d e s p r e m i e r s o r g a n e s sera
b ien p lu s r ap ide que ce l l e de s s econds , que pa r consé
q u e n t l a
première
pé r iode in f l ammato i r e de s uns co r
r e spond ra à l a de rn iè re des au t r e s . Or l a r éun ion e s t
d ' au ta n t p lu s f ac i l e , qu e l es pé r io de s in f l amm ato i r e s
s e c o r r e s p o n d e n t p l u s e x a c t e m e n t d a n s l e s d e u x p a r
t ies
d i
v isée s e t en con tac t . V o i l à po u r qu o i d e u x pa r t ie s
du
m ê m e o r g a n e s e r é u n i s s e n t b i e n p l u s f ac il em e n t
qu e d eu x su r f aces ap pa r t en an t à de s o r ga ne s d iffè-
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l 3 5
r en s . Voilà pou rquo i plus la vie d e de ux organes a d'a
na log ie, m oins leur réun ion offre de difficultés; p ou r
qu oi les difficultés cro issen t à m es ur e qu e les diffé
rences de la vie devien nent plus m arqu ées. D eu x sur
faces osseuses en contact restent trente à quarante
jours à se réunir ; les deux bords d 'une division cu
tanée offrent le même
phénomène
accompli en deux
ou trois jours. Si vous voulez rendre continus deux
organes aussi disparates par leur mode de cicatrisa
t ion, en les mettant en contact , vous ne réussirez
jamais que lentement. Recouvrez avec la peau l 'ex
trémité osseuse du moignon amputée ; déjà celle-ci
s u p p u r e r a ,
que
l 'os com m encera à peine
à
se ra m oll ir :
aussi les bons praticiens ont-ils renoncé à
ces
p ré
tendues réunions par première intension , s i vantées
à la suite de l 'amputation à lambeaux. Sans doute
elles auroient lieu ces réunions, si la vie des organes
qui entrent dans la composit ion des lambeaux étoit
la même. Mais avec la diversité de ces organes mus
culaires, osseux, tendin eu x, cel lulaires, ner veu x, e tc . ,
i l faut un temps toujours assez long, pour que toutes
leurs vies se me tten t pou r ainsi dire en équilibre , et qu e
ces organes s 'agglutinent à leurs extrémités divisées.
J'ai déjà observé que la division d es inflam m ations en
aiguës et en chroniques présente à tous les médecins
une idée inexacte; car la-durée des phénomènes in
flamm atoires da ns les org ane s est ab so lum en t rela
tive au m od e de leur vie . U ne inflamm ation du tissu
cellulaire, de la peau , est
a i g u ë ,
qu an d elle n'est qu e
de quelques jours
;
elle est chron iqu e,
lorsqu
elle passe
qu ara nte ou cinq uan te jours : eh b ie n dan s u n car
t i lage, ce de rnier term e p eut ê tre celui d 'u ne
inf lam-
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l 3 6 S Y S T È M E
mation
a i g u ë , t a n d i s q u ' u n e d u r é e d e p l u s i e u r s m o i s
e st n é c e s s a ir e p o u r q u ' e l l e d e v i e n n e c h r o n i q u e , c o m m e
les ma lad ies a r t i cu la i re s e n o f f ren t d e s i fréquens
e x e m p l e s .
L e s fon c t ion s na tu r e l le s , c o m m e les a ffec tions
ma lad ives* se r e s sen ten t de ce l t e l en teu r de s phéno
m è n e s
\iinux
d e s c a r t i l a g e s . L e m o u v e m e n t h a b i t u e l
d e c o m p o s i t io n
et
d e d é c o m p o s i t i o n q u ' y s u p p o s e le u r
nu t r i t i o n e st t r è s -peu r ap id e . Il fi. u t l on g - t e m ps aux
s u b s t a n c e s n u t r i t i v e s p o u r s e
combiner
avec eux. Je
s u i s p e r s u a d é q u e d a n s l es a n i m a u x q u i
meurent
rapi
d e m e n t d u c h a r b o n , e t
dont
l es m u sc le s , l es g l andes ,
l c s « m e m b r a n e s , e t c ,
p re sq ue tou t à co up pén é t r é s de s
principes contagieux par le mo uv em en t nut r i t i fdecom-.
p o s i t i o n ,
offrent un a l iment s i funeste , je su is , d is- je ,
p e r s u a d é q u e , c e s p r i n c i p e s c o n t a g i e u x n ' a y a n t p o i n t
encore péné t ré les ca r t i l ages , ceux-c i pour ra ien t ê t re
digères
s ans dange r . C ' e s t à l a l en teu r du mouvemen t
de d éc om po s i t io n , qu ' i l f au t a t t r i b ue r ce ll e de la ré*
so lu t ion des engorgtmens c a r t i l a g i n e u x ; c a r l e s t u
m e u r s s e r é s o l v e n t p a r les mê me s lo i s qu e no s organes
se décomposent, c o m m e e lles se fo rm en t pa r les lois
•qui p r és i de n t à leu r c o m p o s i t i o n .
L es ca r t il ages e t le s o rga nes an a l o g u e s , son t aux
a u t r e s p a r t i e s d e l ' é c o n o m i e , p a r r a p p o r t à l e u r m o d e
de v i t a l i t é , c e que l e s zoopbytes e t a u t r e s a n i m a u x à
c i r cu la t ion cap i ll a ir e s eu le , son t au x a n im au x m ieux
o r g a n i s é s , a u x a n i m a u x à c i r c u l a ti o n g é n é r a l e , a ux
a n i m a u x q u i o n t u n
cœur
à d o u b l e v e n t r i c u l e . A u t a n t
la v ie cons idérée en généra l dans la sé r ie des ê t res
q u ' e l l e a n i m e , p r é s e n t e d e d i f f é r e n c e d a n s s o n a c t i
v i t é ,
a u t a n t e l l e d i f f è r e s o u s l e m ê m e r a p p o r t ,
exa«
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C A R T I L A G I N E U X . l 3 /
minée en particulier dans les organes de chacun de
ces
êtres.
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développement du Système cartilagineux.
J _ J E S systèmes osseux et cartilagineux sont confon
du s dans l ' em bry on ; à m esure que le premier se dé
veloppe , le second se rétrécit : celui-ci a bien mani
festem ent po u r base principa le la gélatine ; je n e
reviendrai pas sur les preuves qui l 'ont démontrée
dans le système osseux.
J 'a i m o n tr é , en parlant de ce sy stè m e, com m ent le
parenchyme cellulaire et vasculaire, existant d'abord
seul e t consti tuant l 'éta t m u q u eu x , se pénètre ensuite
de cette base; ce qui forme le cartilage. Le mode
primitif de formation de ce système d'organes est
donc dé jà connu. Voyons comment son développe
ment cont inue .
§ I
e r
. État du Système cartilagineux dans le
premier
dge.
A mesure que l 'ossification envahit l 'os, que la gé
lat ine s 'y porte par conséquent en moindre quanti té ,
il semble qu'elle afflue plus abondamment aux sur
faces articulaires; car les cartilages qui s'y trouvent
perdent a lors leur mollesse pr imit ive, e t prennent
une consistance toujours croissante . Cependant bien
plus
de
gélatine disparoît
de deda ns les os, qu 'il
ne s'en
introduit'dans les cartilages; en sorte qu 'o n peu t di re
que ce t te substance va toujours en diminuant , pro
por t ionnel lement aux
o r g a n e s ,
à m esure qu 'on avance
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l 3 8
S Y S T È M E
en âge. On sait que ce sont spécialement les parties
des jeunes animaux qu'on choisit pour faire les colles,
les gelées, etc. Les cartilages articulaires à cette épo
qu e présen tent un phé no m ène q ue j 'a i f réquemm ent
constaté dans mes expériences : quand on les met
macérer dans l ' eau pendant deux ou t ro is jours ,
ils
prennent une couleur rouge extrêmement marquée .
Cet te couleur ne pénètre pas profondément ; mais
si on coupe en plusieurs endroits le cartilage de ma
ni ère à m ett re aussi son in térie ur en con tact avec le
fluide, il roug it en tot alit é. L es cartilages d'ossification
présentent le même phénomène, qui devient moins
sensible à mesure qu'on avance en âge; en sorte que
chez la plupart des adultes, les cartilages conservent
leur couleur blanche par la macération. Chez quel
ques-uns cependant i ls prennent encore une te inte
r o s é e , qui du reste est toujours infiniment moins
vive que dans le fœtus. D'où naît ce phénomène?
L eau donne-t-elle au cartilage la cause de sa colora
t ion, ou lu i enlève-1-elle par dissolution certaines
substances qui empêchaient cette coloration de se
développer? Quoiqu ' i l en
soit,
au cu n des organes de
larticulation ne rougit ainsi; tous au contraire, la
syn ov iale , les l igam ens, e tc . , dev ienn ent plus blancs.
Il
n y
a ordina irem ent aucune dém arca t ion sen
sible entre le cartilage qui doit devenir os, et celui
qui doit rester tel; quelquefois cependant d'un côté
on remarque une couleur plus terne à l 'extrémité
des
o s ,
tandis que d 'un autre côté jamais on n 'y
découvre
les
str ies rougeàtres, qu ' i l est
si
fréquent
de voir i r régulièrement disséminées dans les
carti^
lages
d'ossification.
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T a n t que l'ossification d u r e , il y a en tre le ca r
tilage et la portion osseuse déjà formée, une couche
vasculaire très-sensible, et i l est extrêmement facile
de séparer ces deux por t ions , qu 'une
très-foible
ad
hérence unit lune à l 'autre . On remarque aussi sur
la surface de chacune, lorsqu'elles sont isolées, di
verses-inégalités, des saillies et des enfoncemens qui
se reçoivent réciproquement. C'est le défaut d 'adhé
rence des deux port ions osseuse et car t i lagineuse,
avan t la com plète ossification, qui a sans do ute d on n é
lieu à tou t ce q u' o n a écrit sur le décollem ent de s
epiph yses , décol lement
cpie
les observations des chi
rurgiens de nos jours ont rarement constaté .
A mesure que la substance calcaire arrive aux ex
trémités de l 'os, les vaisseaux disparoissent peu à
peu, et les adhérences vont en croissant. Enfin l 'os
sification étant achevée, d 'un côté il n 'y a plus d e
raiseau vasculaire sensible entre le cartilage et l 'os,
d'uh
autre côté leur unio n est te l le , que toute r u p
ture est presque impossible
en t r ' eux .
Ces deux carac
tères distinguent spécialement le rapport du cartilage
d'ossification avec l 'os, d'avec le rapport du cartilage
réel
avec le m êm e os. J 'ai re m arq ué aussi qu e p resq ue
toujours au-dessus de son union avec la portion os
seuse, le cartilage d'ossification présente une blan
cheur moindre , une te in te p lus foncée , qui s 'é tend
l'espace de de ux ou trois lign es, et don t la différence
est souvent très-marquée; c 'est le prélude de l 'abord
du sang. Cette disposition est étrangère au cartilage
d 'encroûtement chez l ' adul te .
On a t t r ibue communémen t aux mouvemens a r t i
culaires , le dé fau t d'ossification des cartilages de s
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l 4 o S Y S T È M E
articulations mobiles; mais je crois que cela dépend
uniquement des lois de la nutr i t ion osseuse. La na
ture borne là l 'exhalation du phosphate calcaire,
co m m e elle bo rn e à l 'origine d 'u n ten do n l'exhala
tion de la fibrine du muscle qui lui correspond : c 'est
parce que le mode de sensibilité organique change,
et que les vaisseaux du cartilage ne sont plus en rap
port ni avec la partie rouge du sang, ni avec la subs
tance calcaire. En effet, en supposant vraie l 'hypo
thèse pré cé de nt e, p ou rqu oi les cartilages de s articula
t ions imm obiles existent- i ls? Po urq uo i le mouvement
qui favorise ailleurs les exhalations et les sécrétions,
empêcheroil-il ici les premières? Pourquoi les ossifi
cations contre nature se font-elles dans les parties les
plus mobiles, comme les artères nous en fournissent
u n exem ple? P ou rqu oi da ns plusieu rs ankiloses où
les surfaces articulaires s'unissent, et où le mouve
ment se perd, les cartilages ne
disparoissent-ils
pas?
Les cartilages des cavités ont un mode d'origine,
de développement et de nutr i t ion, parfai tement ana
logue à celui des cartilages articulaires. J'observe que
leur tissu diffère, ainsi que le tissu de ceux-ci, de
celui d es cartilages d'o ssifi catio n, en ce qu e ces der
niers sont parcourus par diverses lignes grisâtres,
qu ' i ls ne présentent poin t . Lo rs qu 'o n coupe les car ti
lages d'ossification dans un sens quelconque, leurs
surfaces divisées offrent différons petits points qui
sont les extrémités coupées de ces lignes, lesquelles
paroissent être des vaisseaux qui, sans charier en
core du sang, contiennent cependant un fluide plus
foncé que le tissu cartilagineux.
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C A R T I L A G I N E U X .
1/fi
§ IL
Jhtat
du Système cartilagineux dans les
âges suivons.
A mesure qu'on avance en âge, les car t i lages de
viennent plus durs, plus for ts , moins élast iques. La
gélatine qui les nourrit prend un caractère particu
lier; car on sait que les colles tirées d- s jaunes a n i
m a u x , diffèrent essentiel .-^ncnt de celles que four
nissent les vieux. Les cuisiniers savent très-bien faire
la différence d'un pied de veau et d'un pied de bœuf
pour les gelées qui en tren t da us leurs assaison ncm ens.
C et te différence dan s la substance qu i compose essen
tiellem ent les ca rtila ge s, et qu i est sans do ute leur m a
tière n utrit ive , ind iqu e m anifestem ent q u'elle ne
reste pas toujours dans ces organes, mais qu'elle y
est
habituellement
exhalée et absorbée, comme le
phosphate calcaire dans les os, la fibrine dans les
muscles , e tc . , e tc .
Dans les dernières années de la vie, l 'ossification
s'empare de tcus les cartilages; mais elle commence
d'une manière inverse dans ceux des cavités et dans
ceux des ar t icula t ions . Dans
les
premiers c 'est par
le centre, dans les seconds c 'est par leur surface qui
corre spo nd à l*„s, qu'elle se fait d 'a b o rd ; en gén éral
elle est beaucoup plus tardive dans ceux-ci, et parmi
eux, e l le est plus tardive dans les ar t iculat ions mo
b i l e s ,
que dans les immobiles.
Les cartilages du larynx et des côtes sont osseux
dans leur centre
dès
l 'âge de trente-six à quarante
a n s ,
et même bien avant ; i ls le deviennent ensuite
de plus en plus : c 'est ce qui rend la section du thy
roïde très-difficile dans les derniers temps de la vie.
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l 4 2 S Y S T È M E
Dans le grand nombre d 'opérations que j 'a i fa i t ma
nœuvre r aux
é lèves ,
j 'ai toujours eu occasion de me
convaincre
qu'au-tlelà
de soixante ans, le bistouri à
trempe ordinaire est presque toujours insuffisant pour
cette section ; i l faudroit une trempe beaucoup
plus
forte.
C'est l'ossification des cartilages costaux qui
fait qu e les vieillard s n e so nt plus susceptib les de ces
grands effor ts d ' inspirat ion si communs
aux
jeunes
gens ; chez eux le diaphragme agit spécialement. J'at
tribue aussi à cette ossification précoce des cartilages
de s ca v ité s, ossification qu 'acc om pa gn e toujours le
développement du système vasculaire, la fréquence
bien plus grande de la carie dans ces sortes de car
tilages que dans tous les autres. Je ne sais pourquoi
au laryn x les ary thé no ïde s son t les plu s exposés à
cette affection ; mais dans les ouvertures de ca
davres, c'est un fait constant : toutes les phthisies
laryngées avec c ar ie , que j 'ai observées sur le ca
davre
,
me l 'ont présenté .
§ 1 1 1 .
Développement accidentel du Système
cartilagineux.
Le système
ca r t i l ag ineux ,
comme le système os
seux , se développe souvent dans des organes aux
quels il
esjt naturellement
étranger. Mais il y a cette
différence, que ce phénomène paroît être un effet de
l'âge pour le premier , au lieu qu'il n'est jamais pour
le second, qu'un effet
maladif.
Rien de plus com
mun que de trouver des noyaux cartilagineux dans
les tum eurs
squ i r reuses ,
can céreu ses, e tc . , au milieu
de ces produ ctions morbifiques si fréquentes, où nos
part ies prennent un aspect lardacé dans le poumon,
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C A R T I L A G I N E U X .
l 4 3
dans le foie e ng or gé s, etc. Je ne sais pou rquo i la m em
bra ne pro pre de la rate a un e tendance extrême à s'en
croûter de gélatine : c 'est peut-être de tous les o r
ganes celui où les cartilages accidentels sont les plus
fréquens. Ordinairement c 'est par plaques ir régu
l ières que le développement car t i lagineux s 'y mani
fes te ;
quelquefois il envahit toute la membrane, qui
présente alors une surface convexe analogue aux sur
faces convexes des articulations mobiles, et que le
péritoine revêt, comme celles-ci sont recouvertes
prr
la synoviale. La rate ainsi cartilagineuse au-dehors,
peut-elle se prêter aux changemens de volume qu'elle
éprouve souvent? Je l ' ignore .
On connoît les productions cartilagineuses mobiles
et sou vent libres dan s les articulations. Vien nent-elles
de l 'ossification d'une portion de la synoviale? Je le
présume; car souvent on les a vues tenir au cartilage
par des expansions membraneuses. J 'a i observé, l 'an
p a s s é ,
sur
ufi
cadavre la portion de synoviale allant
du paquet graisseux qui est derrière la rotule, à l 'en
foncement qui sépare les condyles du fémur, presque
toute cartilagineuse. Si pendant la vie elle se fût dé
tachée par
l'effet
des
m o u v e m e n s,
cela
auroi t
formé un
de ces cartilages mobiles et l ibres. Au reste, comme
je n'ai que ce fait qui me soit propre sur ce point, je
ne puis qu'offrir des conjectures, d 'autant plus qu'on
sait que la synoviale et les membranes séreuses sont
d e m ê m e
n a t u r e ,
et que cependant ces dernières ne
deviennent presque jamais car t i lagineuses.
A u
r e s t e ,
ces sortes de productions suivent abso
lu m en t la m arch e ord inaire de l 'ossification. D 'ab o rd
cartilagineuses et sans vaisseaux sanguins, elles pré-
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l44 S Y S T È M E C A R T I L A G I N E U X .
sen ten t b ien tô t ,
pour
peu qu'elles soient
anciennes ^
un centre rouge, puis osseux, qui s 'é tend du centre
à la circonférence, et qui f init quelquefois par en
vahir tout le cartilage; en sorte que ce sont de véri
tables os. Cette dernière circonstance est cependant
assez rare. L'état où on a trouvé le plus communé
ment ces productions, est celui où elles sont osseuses
au
m i l i e u ,
et cartilagineuses à la circonférence. J'en
ai rencontré une dans l 'ar t iculat ion du
pisiforme
avec le pyramidal, qui avoit le volume de la tête
d'une grosse épingle, et qui, dans toute son épais
s e u r , é toit plus du re que l ' ivoire .
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S Y S T È M E
F I B R E U X ,
J _ J E S organes fibreux n'ont point été considérés par
les anatom istes d 'un e m anière générale : pers on ne
n 'e n a encore fait de sys tèm e. Isolément décrits pa rm i
les pa rtie s où ils se
trouvent,
ils ne peu ven t
offrir
dans
l'état actuel de la science , aucun e de ces vues gra nde s
et s i ut i les à la prat iq ue de la m éd ec in e, qui no us
montrent chaque appareil organique résultant de la
com binaison de différons systèmes do nt nou s r e
trouvons les analogues dans les autres appareils ; en
sorte qu e , quo ique
très-différens par
rapport à leurs
fonctions,"ces
appareils sont cependant sujets aux
mêmes maladies, parce que des systèmes semblables
entrent
dans leur structure.
J 'a i présenté , i l y a deux ans, sur les membranes
fibreuses , divers aperçus généraux qui ont ouvert
la voie; mais ces m em bra nes ne son t qu 'un e division
du système fibreux qu'il faut ici considérer plus en
grand.
A R T I C L E
P R E M I E R .
Des Form es et des Divisions du Système
Jlbreux.
i Juo iQUE tous les organes fibreux aient une nature
absolument ident ique , quoique la même f ibre entre
dans la composit ion de tous, cependant les formes
qu 'ils affectent sont ex trê m em en t variables :
c'est
1 1 .
1 0
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1^6 S Y S T È M E
même cette var iété de
f o r m e s ,
jointe à celle de leur
position et de leurs fonctions, qui les a fait diffé
r e m m e n t dénommer,qui les a fait désigner sous les
nom s de ten do ns , d ' aponév roses , de l igam ens , e tc .;
car il n 'y a point ici de dénomination générale pour
tout le
s y s t è m e ,
de mot qui réponde par exemple à
ceux de m us c le , de nerf, e tc . , lesquels ,
dans
les sys
tèmes muscula i re , ne rveux , e tc . , donnent l ' idée de
l 'organisation, quelle que soit la forme de l 'organe.
Je ne créerai point ce mot, on m'entendra facilement
sans lui.
Toutes les formes fibreuses peuvent se rapporter
à deux générales; l 'une est la membraneuse, l 'autre
est celle en faisceaux . L 'or ga n e est large et m ince dans
l a p r e m i è r e ;
il-est alongé
et plus épais dan s la se
co nd e. Ainsi les m us cl es , les n e r f s , les os eux-mêmes
présentent-ils alternativement cette disposition dans
leur conformation, comme on le voit dans la rét ine
com parée aux nerfs e n c o r d o n , dan s les couches
musculeuses de l 'estomac, des intest ins, comparées
aux muscles locomoteurs, dans les os du crâne com
parés à ceux des membres .
§ I
e r
.
Des Organes fibreux à forme
membraneuse.
Les organes f ibreux disposés en membranes
sont,
i ° . les membranes f ibreuses proprement
d i t e s , 2 ° .
les
capsules fibreuses, 3 ° . les gaines
t e n d i n e u s e s , 4 °« l
es
aponévroses.
ï ° . L es m em bran es fibreuses co m pr en ne nt le
pé
rioste , la dure-mère , la sclérotique , l 'albuginée, les
membranes propres du re in , de la ra te , e tc . , e tc .
Elles sont en général destinées à former l 'enveloppe
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F I B R E U X . 147
de certains
o r g a n e s ,
dans la texture desquels elles
entrent .
2
0
.
L e s capsules fibreuses, très-distinctes,comme
no us le
v e r r o n s ,
des surfaces synoviales , sont des es
pèces de sacs cylindriques qui se trouvent autour de
certaines articulations, spécialement à celles de l 'hu
mérus et du fémur , dont elles assurent les rapports
avec l 'om oplate et l ' i l iaqu e, en em brassant l 'une et
l ' autre "surfaces de l 'art iculat ion par leurs de ux e x -
t remi tes .
3 ° . Les gaines fibreuses sont destinées à assujettir
les tendons
à
leu r passage
sur les
os , da ns les en dro its
de leur
réf lexion,
par-tout en général où par la con
traction m usculaire ils po urro ient éprouv er une d é
viatio n , et par là ne tra ns m et tre qu 'ave c difficulté
aux '
o s ,
le mouvement qu ' i ls reçoivent des muscles. On
pe ut les diviser en d eu x espèces : les un es en effet
reçoivent e t t ransmettent les tendons réunis de plu
sieurs muscles, comme celles qu 'on observe au poi
g n e t , au coude-pied, etc . ; d 'a u tr es , com m e celles des
doigts , sont dest inées à un tendon isolé , ou à deux
seulement .
4 ° .
Les aponévroses sont des espèces de toiles
f ibreuses, plus ou moins , l a rg es , entrant toujours
dans le système locomoteur, et disposées de m an ière
qu e tantô t elles form ent des enveloppes à diverses
pa rties , tantôt elles fournissent aux m uscles des po ints
d' insertion. De là les aponévroses d'enveloppe et les
aponévroses d' insertion : chacune d'elles se divise en
espèces.
Les aponévroses d'enveloppe sont placées tantôt
au tour d 'un
muscle,auquel
elles forment comme une
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l 4 8 S Y S T È M E
gaine
générale,ainsi
qu 'on le
voit à
la
cuisse,
à
l'avant-
bras , etc. , tantôt sur certains muscles qu'elles retien
nent par t ie l lement dans leurs places respectives,
comme celle qui du petit dentelé postérieur et supé
rie ur , va au petit den telé po stérie ur et inférie ur,
comme l 'aponévrose abdominale , comme celle si tuée
antér ieurement au soléa ire ,
derrière
les muscles pro
fonds de la jambe, e tc .
Les aponévroses d ' inser t ion sont tantôt à sur
faces plus ou moins larges, comme dans les attaches
du tr iceps crural , du droit antér ieur , des jumeaux ,
e t c . ,
tantôt à f ibres isolées les unes des autres, et
donnant attache par chacune de ces fibres à une fibre
charnue, comme à l ' inser t ion supérieure de l ' i l iaque,
du jam bier a n té ri eu r, etc . , tan tô t enfin en forme
d'arcades, et alors en même temps qu'elles offrent
aux muscles des points d'insertion , elles laissent
passer au-dessous d'elles des vaisseaux , comme au
diaphragme, au soléa ire ,e tc .
§ I I . Des Organes fibreux à forme de faisceaux.
Les organes fibreux disposés en
faisdeaux
sont ,
i ° .
les tendons, 2°. les l igamens.
i ° . L es tend on s se trou ven t à l 'o rig in e, à l 'insertion
ou au milieu des m uscles. I ls son t ou
s imp les ,
en
forme de cordes alongées comme aux péroniers, aux
ja m bi er s, et à presque tous les m us cle s, ou com posés,
comme au droit antérieur , aux fléchisseurs , etc.
2
0
.
Les ligamens affermissent les articulations os
seuses ou cart i lagineuses, a ut o ur desq uelles ils se trou
vent. I ls sont à faisceaux réguliers, comme les liga
mens la téraux du coude, du genou , de la
mâchoire ,
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F I B R E U X . l49
e t c . ,
ou à faisceaux irréguliers, comme ceux du
bassin.
§ I I I .
Tableau du Système fibreux*
O n
peut,
dans le tableau
suivant,
se représenter
sous un simple coup d'œil, la classification que je
viens d'indiquer pour les organes fibreux.
VI
W
c r i
V)
M
<
O
fti
o
à Forme
membraneuse.,
à Forme
de faisceaux.
Membranes fibreuses.
Capsules fibreuses.
| Gaines
fibreuses
,
<
Aponévroses,
l Tend ons,
Ligamens,
Partielles.
Générales,
( Partielle.
j
à Enveloppe,
t
\
Générale.
ri si
•K
e n
i
(m
i Surface large.
| d Insertion, V„
Arcade
.
bres isolées.
f
Simples.
(
Composés.
à Faisceaux réguliers,
à Faisceaux irréguliers.
Quoique les nombreux organes qui entrent dans
cette classification, appartiennent à des appareils
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l 5 o
S Y S T È M E
très - différons, quoiqu'ils semblent être disséminés
cà et là dans
l'économie,
sans tenir aucunement en-
semble, quoique tous paroissent isolés; cependant
tous sont presque cont inus , tous se t iennent ; en
sorte qu'on pourroit considérer le système fibreux
comme les systèmes vasculaire et nerveux cérébral,
c 'es t -à-dire comme ayant un centre commun d 'où
partent tous les organes
divers
qui forment
ses
di
visions.
Ce centre commun du système fibreux me paroît
ê t re le pér ios te , non que je pré tende que , comme
le cœur ou le
c e r v e a u ,
il exerce des irradiations sur
les organes qui en partent, mais parce que l ' inspec
tion an ato m iqu e nou s m on tre to us les organ es fibreux
liés é troitem ent avec lui , e t co m m un iqu an t ensemble
par son moyen : les observations suivantes en sont
la prouve.
ï °. P ar m i les m em b ra n es fibreuses, celle du corps
cav erneu x s 'entrelace avec le pér ioste au -de sso us
de l ' ischion; la dure-mère se continue avec lui à tra
vers les trous de la base du crâne; en
s'unissant
par
la lam e qu i acco m pag ne le ne rf o pti qu e avec la sclé
rotiq ue , elle joint à lui cette m e m b r a n e , et leur
ser t d ' in term édia i re .
2
0
.
T o u te s les capsules fibreuses
s'entrela cen t en hau t et en bas de l 'artic ula tion avec le
périoste. 3°. Par-tout où existent des gaines fibreuses,
leurs fibres s 'entremêlent aux siennes. 4 ° . Toutes les
apon évroses , soit d 'env elop pe , soit d ' insertion ,
offrent un semblable entrelacement. 5°. Par-tout les
tendons en
s'épanouissant
,se confondent aussi avec
cet te membrane . 6° . Aux deux extrémités des l iga
m en s elle un it aussi ses fibres au x le u rs . Il n'e st "uères
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F I B R E U X . l 5 l
q ue
l'albuginée,
le pér ichondre du
l a r y n x ,
les me m
branes de la rate et du rein, qui fassent exception à
cette règle générale.
L e systèm e fibreux do it do nc être conçu d 'u n e
manière générale , c 'est-à-dire , se prolongeant par
tout , appartenant en même temps à une foule d 'ap
pareils org ani qu es, dist inct dan s chacun par sa fo rm e,
mais se continuant dans le plus grand
n o m b r e ,
ayant
par- tout des com m unica t ion s . Ce t te m anière de l ' en
visager paroîtra plus naturelle encore, si on consi
dè re qu e le périoste , abo utissant général des diverses
por t ions de ce système, es t lu i -même par- tout con
tin u , et q u'à l 'end roit où les articulations le séparent,
les capsules fibreuses et les ligamens servent, ainsi
que nous l 'avons dit , à le réunir .
On conçoit , d 'après cet usage du périoste par rap
p o rt au sy stèm e fibreux, qu el est l 'avantage de sa
situ atio n su r les os qui lui offrent u n app ui
so l ide ,
et
par là même aux organes dont il est l 'aboutissant.
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système Jibreux.
J\.
v
milieu des variétés de formes que nous venons
d'examiner,
l 'organisation générale des organes
fibreux est toujours à peu près la même. Je vais con
sidérer ici cette organisation ; je traiterai ailleurs des
variétés qu'elle éprouve dans chaque partie. Elle r e
suite de l 'assemblage d'un tissu propre et des sys
tèmes vasculaire , cel lulaire , etc.
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\5% S Y S T È M E
§ h
1
. Du l issu propre à l Organisation du
Système fibreux.
Tout organe fibreux a pour base une fibre d'une
nature par t icul iè re , dure , un peu é las t ique , insen
s ib le ,
presque pas contracti le , tantôt juxta-posée et
para l lè lement assemblée , comme dans les tendons,
les ligamens, tantôt entrecroisée en divers sens,
comme dans les membranes, les capsules, les gaines
fibreuses,
e t c . ,
mais par tout la même, par- tout d 'une
couleur blanche ou gr ise , d 'une résistance
très-
marquée .
Cette résistance du tissu fibreux rend tous les or
ganes qu 'il com pose pro pre s à s ou tenir les plus grands
efforts. Aussi ces organes sont-ils tous destinés à des
usages qui y nécessitent cette faculté. Les ligamens
retiennent avec force les surfaces articulaires en rap
po rt. L es apon évroses b rid en t les m uscles et résistent
à leur déplacement. Les tendons sans cesse en butte à
la contraction de ces organes, se trouvent à chaque
instant placés entre la puissance énergique qu'ils re
présentent et les résistances plus ou moins consi
dérables situées à l 'extrémité des muscles, etc. Telle
est cette résistance, que souvent elle est supérieure à
celle des os eux-mêmes. On sait que dans les efforts
musculaires, la rotule , l 'olécrâne et le
calcanéum
se
frac ture nt quelquefois : or cela n e po ur ro it avoir lieu
si les tendons extenseurs qui correspondent à ces
divers os
offroient
aux contractions un tissu plus
facile à déchirer.
C'est à cette résistance qu'il faut attribuer les phé
nomènes suivans : ï
° .
on éprouve les plus grandes
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F I B R E U X .
l 5 3
difficultés à faire des luxations sur le cadavre,
pr incipalement dans lès
articulations
c o m m u n é m e n t
nommées énarthrodiales; 2°. sur le vivant les effor ts
ex térie urs suffisent rare m en t po ur les prod uire : i l
faut que l 'action efficace des muscles y soit jointe.
3 ° . Le supplice autrefois usité, par lequel on tirait à
qu atre chevaux les mem bres des cr im inels ,
étoit
d ' au
tant plus affreux , que la résistance des ligamens le
faisoit durer plus long-temps
:
presq ue toujours les
chevaux étoient impuissans pour produire l 'arrache
m en t des m em br es ; il fa llo it que l ' ins t rum ent t r an
chant aidât à leurs efforts. 4°« Des poids suspendu s à
u n ten do n, ne le rom pe nt q ue lorsqu' ils sont énorm es :
aussi les meilleurs liens à employer dans les arts se-
roient-ils ceux tissus avec des organes fibreux , si la
dessiccation n'enlevoit à ces organes leur mollesse et
leur flexibilité, si l 'humidité ne les altérait, etc.
5 ° . On ne peut qu'avec des efforts extrêmes déchirer
une aponévrose, celles qui sont un peu épaisses spé
cialement, comme le fascia lata, l 'albuginée, la dure-
m e r e , etc.
Cependant cette résistance est quelquefois sur
montée dans le
vivant,
et la pratique chirurgicale
offre en quelques cas la rupture des tendons du so
léaire , du plan taire
g rê le ,
des extenseurs de la cuiss e,
etc .
Alors , comment se
fait-il
que le tissu du muscle
p lus
m o u ,
n e cède jam ais, tandis que celui du ten do n
bea uco up plus de n se , se ro m p t? C 'es t que toujours
dans ces cas les fibres charnues sont en contraction;
par conséquent lo in d 'ê t re d is tendues ,
comme
le sont
les fibres ten din eu ses qu i se tro uv en t alors , po ur
ainsi d ir e , pass ives, leurs port ions
diverses
font effort
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po ur se ra p p ro ch er , et se rap pr oc he nt e n effet ; ce
qu i don ne au m uscle un e d ensité e t une dureté
égales, et mê m e en certains c a s , be au co up supérieures
à celles de leur
t e n d o n ,
co m m e on p eu t le voir en
app liquan t la m ain sur un m uscle en con traction. Une
preuve que ces sortes de ruptures tiennent à la cause
qu e j ' i n d iq u e , c 'est q ue si da ns un cadavre on sus
pend un poids à un muscle détaché de l 'os par une
d e
ses
ex tré m ilé s, ce sera la po rt ion c h a rn u e , e t non
la tendineuse
,
qui se ro m pra .
Le tissu fibreux a été considéré par quelques ana-
tomisles , comme é tant d 'une na ture approchant de
celle du t issu musculaire , e t même comme en étant
quelquefois la co ntin ua tion . A insi ont-ils dit que le
t endon
ne
résultoi t que d 'u n rapp roc he m en t des f ibres
charnues q u i , sans changer de
n a t u r e ,
perdoient seu
lement leur rougeur . Ainsi les aponévroses d 'enve
lop pe ont-elles été envisag ées c o m m e u n effet de la
pression des corps environnans sur les fibres char
nues les plus extérieures. Pour faire voir combien
peu de fondement a cette opinion, il suffit de remar
que r ,
ï °. que
la d u re -m èr e, la s clé ro tiq ue , le périoste,
les l iga m en s, sont évidem m ent de m êm e n atu re que
les tendons et les aponévroses, e t que cependant i ls
diffèrent totalement du t issu musculaire; 2°. que la
composit ion chimique , les propriétés
v i t a l e s ,
la tex
tur e ap p ar en te , sont entiè rem en t différentes dans la
f ibre tendineuse et dans la musculeuse; 3°.
qu'il
n'y
a aucun rappor t entre les fonctions de l 'une et de
l 'autre .
Il
y a cer taine m ent m oin s d 'analogie en tre le
muscle et le tendon qui reçoit son insertion, qu'entre
celui-ci et l'os qui lu i fourni t une a t tache , et dont la
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F I B R E U X .
\55
po rtion car ti lagineuse se rapproche par sa na tu re. U n
muscle
et son ten do n forment u n appareil org an iqu e,
et non un organe simple.
Quelle est la nature du tissu fibreux ? On l'ignore-,
parce qu'on ne lui connoit pas de propriétés bien
caractérisées; i l n 'en a que de négatives de celles
du tissu musculaire que caractérise la contractili té,
et de celles du t issu nerveux que dist ingue la sen
sibilité. On la voit toujours dans un état passif;
elle
obéit à l 'action
qui
lui est imprimée, e t n 'en a guères
qui lui soit propre.
Elle établit un e gra nd e différence entre les organes
où elle existe, et la peau, le tissu cellulaire, les car
tila ge s, les m em br an es séreuses,, etc. : aussi a-to n eu
tort de rapporter toutes ces parties à une même classe
désignée
sous
le no m d'organes bla ncs , m ot vague qui
ne porte que sur les apparences extér ieures, sur des
rapp roch em ens d 'analyses encore inco m plets , e t nu l
lement sur la texture, les propriétés
v i ta les ,
la vie ,
les fonctions des organes. Le ci t . Fourcroy a bien
pressenti que cette division extrêmement générale ,
devoit ê tre subordonnée aux expériences ultér ieures.
Quoiqu'il en soit, voici les résultats que donne le
tissu fibreux soumis à la macération, à l 'ébullition,
à la dessiccation, à l 'act ion des acides, e tc .
Exposé à la macéra t ion dans une tempéra ture
moyenne, le t issu f ibreux y reste
long-temps
sans
y éprouver d 'a l térat ion; i l conserve son volume, sa
f o r m e , sa densité ; peu à peu cette densité diminue ;
le tissu se ramollit; mais il ne se dilate point, ne se
boursoufle point, comme on l 'a dit; ses fibres alors
peuvent s 'écar ter les unes des autres; on voit dis-
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S Y S T E M E
t inc tement
cntr'elles
le tissu cellulaire qui les unit.
E n fi n , au b ou t d 'u n te m ps très -lo ng , elles finissent
par se changer en une pulpe mollasse blanchâtre, qui
paro ît ho m og ène . T o u s les orga nes fibreux ne se ra
mollissent pas de cette manière aussi vite les uns
qu e les autre s. Les ten do ns sont les pre m iers à céder
à la macération. Viennent ensuite les aponévroses;
parmi celles-ci, celles qui sont formées par l'épanouis
sem ent d 'un te n d o n , se ramo ll issent plus vite que
celles destinées à envelopper les m e m b r e s , que le
fascia lata par exemple. Les membranes f ibreuses,
les capsules et les gaines de même nature sont plus
résistantes. Enfin ce sont les ligamens qui cèdent le
plus tard à l 'action de l 'eau qui tend à les ramollir;
cependant, lorsqu' i ls viennent pr imit ivement d 'un
tendon, comme le l igament infér ieur de la rotule ,
ils sont plus prompts à être macérés. J'ai fait com
para tivem ent des ex périence s su r tou s ces organes ;
e l les donnent le résulta t que j ' indique:
Tout organe fibreux plongé dans l 'eau bouillante,
ou exposé à un calorique
très-vif,
se crispe, se res
serre comme la plupart des autres t issus animaux;
il
se ramasse en un volume moindre que celui qu'il oc«*
cupoit : par là il devient plus solide, prend une élas
ticité qui lui est étrangère dans l 'état naturel, et qu'il
perd ensuite en se ramollissant pour passer à l 'état
gé
latineux. En mettant toutes les parties de ce système
en même temps dans une eau qu'on fait bouillir par
d e g r é ,
on voit que ce ramollissement survient dans
toutes au même
d e g r é ,
et avec à peu près la même
force. Cette force qui tend alors à faire contracter les
fibres d e ce sy st è m e , est très -co ns idé rab le; elle suffit
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l5j
pour rompre à l 'endroit de leurs a t taches, cel les du
périoste qui s 'enlève, par ce m écan ism e, de dessus
tous les os bouillis un peu longuement ; pour faire
détacher les ligamens
in t e rosseux ,
la membrane ob
turatr ice, e tc . , lorqu'on les plonge dans l 'eau bouil
lante , avec les os auxquels ils adhèrent
;
pour serrer
si fortement les surfaces articulaires les unes contre
les autres , qu 'on ne peut p lus les remuer , lorsqu 'on
les a exposées, entourées de leurs l igamens, à l 'ac
tion concentrée du calorique.
Peu à peu le tissu fibreux se ramollit dans l 'eau
bo ui l lan te , devient jau nâ tre , demi -
transparent,
e t
enfin se fond en partie . E n m ett an t bou illir ensem ble
toutes les parties du système fibreux, j 'ai observé
que les
tendons
se ramollissent
d'abord,
puis les
aponévroses, puis les membranes, capsules et gaines
fibreuses, et enfin les lig am en s, qui s o n t, co m m e
dans la m acé ratio n, ceux qui cèdent les dern iers. Plu
sieurs on t déjà fait cette re m a rq u e, à laquelle
j 'a joute
que tous les ligamens ne résistent pas également.
Ceux placés entre les lames des vertèbres sont les
plus tenaces; i ls ne prennent point cette couleur jau
nâtre , ce t te demi- t ransparence , communes à tout le
système fibreux bouilli ; ils restent blancs, coriaces;
ils paroissent contenir beaucoup moins de gélatine ,
et être entièrement différons par leur nature.
Exposé à l 'act ion de l'air, le système fibreux perd
sa blancheur par l 'évaporation des fluides qu'il con
t ient; i l se racornit , jaunit , devient en part ie trans
parent , se rompt avec facil i té . Quelques jours après
avoir été séché, si on le replonge dans l 'eau, il re
prend sa blancheur, sa mollesse
et
presque son
a p -
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l 5 8
S Y S T È M E
parence
pr imit ive; en sorte qu 'on dirai t vér i table
m en t q u'à l'eau seule est d u e cette cou leur blanchâtre:
ce ph éno m ène a lieu su r- to ut da ns Jes ten don s. J'a i
observé aussi sur ces derniers un autre
phénomène
remarquable; c 'est que quand i ls ont macéré pendant
qu elqu e te m p s , et qu 'o n les expo se ensu ite à la des
siccation, ils ne prennent plus en séchant de couleur
ja u n e , m ais restent d 'u n blanc très-m arq ué . Sans
doute que tout le système fibreux se comporte
de
m ê m e .
L'action des acides sulfurique et nitrique ramollit
p ro m p te m en t le tissu fibreux, et le ré d ui t en une
espèce de pulpe noirâtre dans l 'un, jaunâtre dans
l 'autre : à l ' instant où on plonge ce tissu dans l 'acide,
il se crispe, se resserre comme dans l 'eau bouillante.
Le tissu fibreux résiste en général moins à la pu
tréfaction que le cartilagineux ; mais il y cède plus
difficilement que le
m é d u l l a i r e ,
le
c u t a n é ,
le mu
queux, etc. Au milieu de ces tissus pourris et désor
ganisés dans no s cad ayres d es am ph ithéâtres , on
trouve celui-ci encore intact; enfin il finit par
s'al
térer aussi. L'eau dans laquelle il a macéré donne
un e od eu r m o in s infecte qu e celle q u i a servi à la
macération de la plupart des autres systèmes.
P lus d igestible qu e les cartilages et q u e les fibro-
cartilages, le tissu fibreux l 'est moins que la plupart
des autre s. L es ex périences d e Spallanzani et d e Gosse
l 'ont prouvé .
Il
paro ît q u'i l cèd e à l 'action des sucs di
gest ifs dans le même ordre qu 'à la macération,
àl 'é-
bullition : ce so nt , ï ° . les
t e n d o n s ,
2 ° .
les apon évros es,
3 ° . les diverses membranes fibreuses, 4°. les liga
m e n s , lesquels sont les plus indigestes. Je remarque
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F I B R E U X . l5g
cep en dan t q u 'u n e fois que la coction a ramolli le tissu
fibreux, il se dig ère à peu près un ifor m ém en t. A ins i
les cartilages sont-ils d'aussi facile et même de plus
facile digestion que les tendons, quand ils sont de
venus gélat ineux, comme Spallanzani l 'a expérimenté
s u r l u i - m ê m e , quoiqu'étant crus ils soient bien plus
indigestes.
§ 1 1 . Des Parties com munes qui entrent dans
*
[Organisation du Système fibreux.
Le tissu cellulaire existe dans tous les organes fi
breux; mais i l es t p lus ou moins abondant , suivant
que leurs fibres sont plus ou moins rapprochées. Dans
certains ligamens, il forme aux faisceaux fibreux des
gaines analogues à cel les des muscles; dans d 'autres,
dans les tendons, les aponévroses , e tc . , on l ' aper
çoit avec peine ; m ais p ar-to ut il dev ient très - sen
sible par la macération, par les affections maladives,
c o m m e , par exe m ple , par les fongus de la dure-m ère ,
pa r le carcino m e d u testicule qui a envahi
l'albuginée,
par cer tains engorgemens du périoste , e tc . Dans tous
ces cas le tissu fibreux relâché, ramolli , dénaturé ,
devenu comm e spong ieux , laisse ses fibres
s'écarter,
e t
l 'organe
cellulaireparoîtretrèsànu.Ledéveloppement
des bourgeons
c h a r n u s ,
la nature mollasse que pren
nent ces bourgeons dans certaines plaies qui intéres
sent l 'organe fibreux, y prouvent encore l 'existence
de l 'organe cellulaire, qui du reste y est en général
en peti te qu an ti té ; ce qu i ne co ntr ibu e pas peu à pr o
d u ire la résistan ce et la force de s orga nes qui lui app ar
tiennent. Ce tissu cellulaire contient-il de la graisse?
Au premie r coupd'œilon n'enn'observe point , puis-
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l6o S Y S T È M E
qu'à peine peut-on distinguer ce tissu. Cependant j 'ai
observé plusieurs fois qu'en soumettant à la dessicca
t ion des port ions d 'apo név ros es, de périos te , de dure-
m è r e ,
etc., exactement dépouillées de toute partie
é tr an g èr e, lorsque to us ces fluides s 'étdient évaporés,
et que l 'organe avoit pris cette apparence de parche
min qu'on y remarque alors , une exsudation grais
seuse
restoit
en divers endroits de sa surface.
L'existence des vaisseaux varie dans le système
fibreux : très-developpés da ns certains org an es, comme
dans la dure-mère, le périoste, etc. , i ls le sont moins
dans d m i t r e s , comme dans les aponévroses, e t nul
lement dans certains, comme dans les tendons. J 'ob
serve en général qu e c'est d an s ceu x où ils sont le
plus pro no nc és , que les inf lamm ations ainsi que les
diverses espèces de tumeurs sont le plus fréquem
ment observées. Les affections de la dure-mère, du
périoste , e tc . , comparées à cel les des tendons, en
sont une preuve remarquable .
Je ne sache pas qu'on ait suivi de vaisseaux absor-
ba ns da ns le sy stèm e fibreux.
Les nerfs lui paroissent également étrangers, mal
gré ce qu'on a écrit sur ceux du périoste, de la dure-
mère , e tc . , e tc .
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système fibreux.
§ I
e r
.
Propriétés physiques.
J L I E
système f ibreux n 'a qu 'une très-foible élasticité
dans l 'é ta t naturel ; mais lorsque, extrai ts du corps,
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F I B R E U X . Î O I
Ses d iv e r s o rga nes son t sou m is à la de s s i c ca t ion , ils
e n a c q u i è r e n t u n e très-manifesie : auss i le s te n d o n s ,
l e s l a m b e a u x a p o n é v r o i i q u e s , e t c . , q u i n e seraient
dans l ' é t a t f r a i s su scep t ib l e s d ' aucune v ib ra t ion , s e
t rouvent- i l s su scep t ib l e s de résonner dans les
i t i s -
t r u m e n s , l o r s q u ' i l s sont très-secs.
§
11 .
Propriétés de tissu.
Les p ropr ié tés de t i s su son t sens ib les c lans le sys-
tè.me
fib reux ; m ais e lles s 'y t rou ve n t m oi ns p ro n o n
cées qu e dan s p lu s i e u r s a u t r e s .
L ' ex t en s ib i l i t é se m an i f e s t e p ou r la du r e -m ère da ns
l ' h y d r o c é p h a l e , p o u r l e p é r i o s t e d a n s l e s d i v e r s e n -
g o r g e m e n s d o n t l e s o s s o n t s u s c e p t i b l e s , p o u r l e s
a p o n é v r o s e s d a n s le g o n f le m e n t d e s m e m b r e s , d a n s
l a d i s t e n s i o n d e s p a r o i s a b d o m i n a l e s q u i , c o m m e
on le
sai t ,
s o n t a u t a n t a p o n é v r o t i q u e s q u e c h a r n u e s ,
p o u r les ca psu les f ibreuses d an s les hy dr op is i es a r
t i cu la i r e s , pou r l a s c l é ro t ique e t l'albuginée dans la
tum éfa c t io n d e l eu r s o rga nes r e spec t i f s .
C e t t e e x t e n s i b i l i t é d u
système
f ib reux e s t soumise
à une lo i cons tan te e t qu i es t é t rangère à l'extensibi*
lité
de la plupart, des a u t r e s s y s t è m es : e lle ne pe u t
s ' o p é r e r
cjue
d ' u n e m a n i è r e le n te , g r a d u é e , i n s e n
s ib l e . Auss i , quand e l l e e s t t rop brusquement m i s e
e n j e u , i l a r r ive deux phénomènes d i f f é rons , qu i
s u p p o s e n t é g a l e m e n t l ' i m p o s s i b i l i t é d e s ' é t e n d r e t o u t
à c o u p , c o m m e le f o n t , p a r e x e m p l e , u n m u s c l e ,
l a p e a u , l e lissu c e l l u l a i r e , e t c . i ° . S i l ' o rgane
fib reux qu i se t ro uv e d i s t en du es t su pé r ie ur pa r sa
ré s i s t an ce à l 'e f fo r t qu ' i l é p r o u v e , a lo r s il ne cède
po in t , e t d i f f é rons accidens en r é s u l t en t . O n en a
I I . I I
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l 6 3 S Y S T È M E
des exemples dans les engorgemens inflammatoire»
qu i se m anifesten t sous les apo név roses des mem bres,
sous celles du cr ân e, a u -d e d an s de s gaines fibreuse*
d e s
t e n d o n s ,
etc. Alors ces divers organes fibreux
ne pouvant se distendre avec la même rapidité que
les parties subjacentes qui se gonflent, compriment
douloureusement ces parties tuméfiées, les exposent
même quelquefois à la gangrène : c 'est ce qui arrive
dans ces étranglemens si fréquens dans la pratique
chirurgicale , et qui nécessitent diverses opérations
pour les débrider. 2°. Si l 'organe fibreux est infé
rieur par sa résistance à l 'effort subit qu'il éprouve,
il se rompt au lieu de céder : de là la rupture des
tendons, la déchirure des capsules fibreuses et des
ligamens dans les luxations , celle des aponévroses
dans certains cas assez rares rapportés par divers au
t e u r s ,
etc., etc. On conçoit facilement que la grande
résistance dont se trouve doué le tissu fibreux, est
principalement due à cette impossibilité de céder
subitement à l ' impulsion qui lui est donnée.
Dans l 'extension lente et graduée , à laquelle se
prêtent les organes fibreux, on observe que souvent
loin d e s 'amincir , de s 'élargir au x dé pe ns de leur
épaisseur,
ils augmentent au contraire en cette di
mension. L'a lbuginée d 'un test icule squirreux, la
sclérotique d 'un œil hyd ropiqu e ou canc éreux , le
périoste d 'un os rachit ique, e tc . , nous présentent ce
phénomène , dont l ' inverse est quelquefois observé,
co m m e dan s les distensions des aponévroses abdomi
nales pr od ui tes pa r la grossesse, par l 'hydropisieascite,
dans l 'hydrocéphale etc .
La contracti l i té de t issu est accommodée, dans lis
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F I B R Ê Û
v
Xi i 6 3
Système fibreux, au mode de son
extensibilité
;
dé
même qu' i l ne peut tout à coup se distendre, i l
ne
saura i t avenir sub item en t sur lui-mêm e , qu an d il
cesse d'être distendu. Ce fait est remarquable dans
la sect ion d 'u n te n d o n , d 'une por t ion aponévrotique
d'un l igament mis à nu sur un animal vivant , dans
l'incision de la du re-m ère , po ur do nn er issue au
sang épanché sous elle lors de l 'opération du
t répan^
e tc .
Dans tous ces
c a s ,
les bo rd s de la division
ne subissent qu'un écartemént à peine sensible : aussi
dans la ru ptu re des ten do ns , l 'écartemen t é tant pro
duit , non par le retour sur elles-mêmes , des extré
mités divisées , mais seulement par les mouvemens
du membre, le contact s 'obtient par la posit ion où
dans l 'état naturel ce tendon n'est point tiraillé ,
tandis que dans un muscle divisé, i l faut non-seule
ment cette position, mais celle où le relâchement est
le plus grand possible, et encore souvent le contact
ne s 'obt ient- i l pas . S i , pend ant qu 'un muscle est d is
t endu
,
on coupe son tend on sur un animal viva nt , le
bout tenant aux fibres charnues s 'écarte un peu de
l'autre par la rétraction de ces fibres; mais celui qui
tient à l 'os reste immobile ; en sorte qu'il n'y a alors
qu 'une cause
d'écartemént,
au lieu qu'il y en a-deux
da ns un e po rt ion charnue divisée. Si on coupe un ten
don quand le muscle est re lâché, ses bouts restem
affrontés.
La contractili té de tissu se manifeste cependant au
bo ut d 'u n cer tain tem ps dans le système fibreux ,
surtout lorsque l 'organe a été préliminairement dis
tendu ; car lorsqu'il est divisé dans son état naturel,
elle est toujours presque
nulle;
L a sclérotique après
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l 6 4
S Y S T È M E
la ponction, à l 'œil ou après l 'amputation de la moitié
antérieure de cet organe et l 'évacuation de
ses
hu
meurs , l ' a lbuginée , l a tun ique propre de ta rate et
celle du rein, après la résolution d'une tumeur qui
avoit distendu leurs organes respectifs, les capsules
fibreuses après l 'écoulement du fluide des hydropi-
sies articulaires , les aponévroses abdominales après
Je
p rem ier e t m êm e le second a cco uch em ent, le pé
rioste à la suite de la résolution des exostoses jetc ,
reviennent peu à peu sur eux-mêmes, e t reprennent
leurs formes pr imitives.
§ 1 1 1 .
Propriétés vitales.
Il n'y a jamais dans le système fibreux ni contrac
tilité an im al e, ni contractili té orga niqu e sensible. La
sensibililé organique et la contractilité organique in
sensible
s
y
trouvent comme dans tous les autres or
ganes.
La sensibilité animale y existe dans l 'état naturel;
mais elle s 'y présente sous un mode particulier, dont
au cu n sy stème de l 'écon om ie n'offre, je cro is, d'exem
ple , et que personne n'a encore exactement indiqué.
Ijes
agens ordinaire s qu i la m et te n t en je u , tels que
les
irritans
d ive rs , m éca niq ue s ,
c h i m i q u e s , e t c . ,
ne
sauroient ici la développer, à moins que l 'organe ne
soit dans un état inf lammatoire . Les tendons,
les apo
névroses , les m em br an es fibreuses, les lig am en s,
etc.,
mis à découvert dans les opérations, dans les expé
r iences sur les animaux v i v a n s , et agacés de diffé
rentes manières, ne font éprouver aucune douleur .
C e qu on a écrit su r la sensibilité d u p ér io st e, de la
du re-m ère, e t c . , pr ise dan s ce sens , est manifestement
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7 I R R E U X . l 6 5
contraire à l 'observation. Mais si les organes fibreux
sont exposés à une extension violente et subite, alors
la sensibilité anim ale s'y ma nifeste au plu s hau t po int :
ce fai t est sur tou t rem arquab le dans les l ig am en s,
les capsules fibreuses , les aponévroses, etc.
Mettez à découvert une articulation sur un chien ,
celle de la jambe
,
par exemple ; disséquez avec soin
les organes qui l 'entourent ; enlevez surtout exac
tement les
n e r f s ,
de manière à ne laisser que les
l igamens ; irritez ceux-ci avec un agent chimique ou
mécanique: l ' animal res te immobile , e t ne donne
au cu n signe de do uleu r. D isten de z après cela ces
mêmes l igamens
,
en im pr imant un mouv ement de
torsion à l 'articulation , l 'animal à l ' instant se débat,
s'agite , crie , etc . C ou pe z enfin ces ligam ens d e
manière à laisser seule la membrane synoviale qui
existe ici sans capsule fibreuse , et tordez ces deux
os en sens contraire; la torsion cesse d'êlre doulou
reuse. Les aponévroses , les tendons même mis à
découvert et t irés en sens opposé, produisent le
même phénomène. J 'ai fréquemment répété ces ex
périences qui prou ven t incontestablem ent ce que j 'a i
avancé , savoir
,
qu'incapable d'être mise en jeu par
les moyens ordinaires, la sensibilité animale du sys
tème fibreux se prononce fortement dans les disten
sions dont il est le
siège.
Remarquez que ce mode
d'être excité est analogue aux fonctions qu'il rem
pl i t . E n
effet,
écarté par sa position profonde de tou te
excitation extérieure qui puisse agir sur lui chimi
quemen t ou mécan iquemen t , i l
î ïa
pa s be so in ,
com m e le systèm e cutané par exemple , d 'u ne se n
sibil i té qui en transmette l ' impression; au
cont ra i re ,
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l66 S Y S T È M E
la plupart de
ses
organes, tels que les ligamens, les
capsules fibreuses, les
t e n d o n s ,
e t c . , é tan t
très-sujet?
à ê t r e d i s t endus ,
t i ra i l l és ,
tordus dans les violens
mouvemens des membres, i l é toi t nécessaire qu ' i ls
avertissen t l 'am e de ce gen re d ' irr ita tio n, do nt l'excès
auroit
pu sans cela devenir funeste aux articulations
ou aux membres. Voilà comment la nature accom
m od e la sensibilité anim ale de chaq ue org an e, aux
excitations diverses
qu'il
peu t
éprouver,
à celles sur
tout qui deviendra ient dangereuses
,*si l'ame
n'en
étoit prévenue; car cette force vitale est l 'agent es
sentiel par lequel l 'animal veille à sa conservation.
C'est
à ce mode de sensibilité du système fibreux,
qu ' i l faut pr inc ipa lement a t t r ibuer ,
ï
0
.
les douleurs
vives qui accompagnent la production des luxations;
2 ° . celles plus cruelles qu'on fait éprouver aux ma
lades dans les extensions propres à les réduire, sur
tou t l o r sq ue , comm e
dans
les anciens déplacemens,
on est obligé d'employer des forces considérables;
5 ° . les intolé rab les souffrances d u supp lice qui con-
sistoi t à t i rer un malheureux à quatre chevaux;
4°« I
e
sentiment pénible que font naître toutes les entorses
que détermine une distension forcée de la colonne
épinière et par conséquent de
ses
l igamens, un mou
vement t rop brusque pour dé tourner la tê te , e tc . ;
5 ° .
la douleur aiguë qu'éprouvent immédiatement
avant l 'accident , ceux qui se rompent un tendon,
douleur que la rupture elle-même fait en partie
cesser; 6°. celle moins sensible que nous ressentons
lors qu 'un tend on q u el co nq u e, celui d 'Achil le par
exemple , se t rouve , par une mauvaise
position,un
peu fortement tiraille 7°. le surcroît considérable
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F I B R E U X . 167
de douleur qu on ressent, lorsque dans un engorge
ment subjacent à une aponévrose, cel le-ci ne pou
van t prêter, se trouve très-fortement soulevée ; 8 ° . le
sent iment pénible qu 'on éprouve derr ière le jarret ,
lorsqu'on veut forcer l 'extension de la
j a m b e ,
et que
par là on tiraille les deux ligamens obliques des
t inés à borner ce t te extension, e tc .
e t c . .
C'est
sans d ou te à l ' insensibilité des organ es fibreux
pour un mode d 'excita t ion, e t à leur sensibil i té pour
un autre mode, qu ' i l faut rapporter les résulta ts con
tradictoires qu'ont offerts les expériences de Haller
d'une
p a r t , d e
ses
antagonistes de l 'autre , sur la
membrane du re -mère .
Caractère des Propriétés vitales.
L'activité
vitale co m m en ce à de ve nir bien plus*
prononcée dans le système fibreux, que dans les sys
tèmes osseux et cartilagineux. Cela est prouvé très-
manifestement, ï
0
.
par le mode de sensibil i té ani
m ale qu e no us v eno ns d'y obse rver, et qu i est étrang er
au x d eu x a utres ; 2 ° . par la disposit ion beaucou p plus
grande de ce système à devenir le siège de douleurs
plus ou moins fréquentes, e t spécialement de
l 'in
flammation,
e t c . ;
3°. par le caractère bien plus aigu
qu'y prend cette affection , comme on peut le voir
da ns les rhu m atism es aig us, lesquels affectent princ i
palem ent les parties fibreuses des gra nd es articu lation s
d e
l'aisselle,
de la han che , du ge no u , du
c o u d e ,
e t c . ,
les par t ies aponévrotiques des muscles, e tc . ; 4 ° -
de
p l u s , p ar la grand e m obil i té des dou leurs rhum atisan
tes , qui passent avec un e pro m ptitu de é tonn ante
d'un
endroi t à
l'autre,qui
supposent par conséquent une
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I
j 6 8 S Y S T È M E
gr an de p ro m p tit u d e d an s l 'altérat ion des forces vitales
les
différentes
pa rties de ce système-; 5 ° . par
la
rapidité
plus grai.de de sa cicatrisa tion : a in s i, en m ettant à
découvert des fractures faites exprès sur des animaux,
j ' a i
constamment
observé que déjà les bourgeons
charnus provenus du périoste et de l 'organe médul
laire sont tous
formés
, qu'à peine ceux fournis par
l 'os lui-mêm e
ont
pris naissan ce. J 'ob serv e
àl égard de
celte cicatrisation, que les parties du système fibreux
où pénétrent le plus de vaisseaux sanguins, comme
le périoste, les membranes fibreuses, les capsules,
e t c . ,
sont les plus susceptibles de ce phénomène, qui
csl
bien plus difficile dans ceux où peu et même
pres qu e pas de sang aborde,comme dans les tendons,
dont les bouts se réunissent avec peine. 6°-
On
peut
enfin se convaincre de la
différence
de vitalité
du*sys
tèm e fibreux d 'ave c celle de s p ré cé d en s , p ar la marche
d*
une
exoslosc
com paré e aux pr og rès bi en plus rapides
d'une périoslose , d un engorgement à la dure-mère,
etc.
Cependant il y a encore sous le rapport de la
vita l i té une lenteur remarquable
dans
ce systèm e. On
le voit surtout dans certaines affections des membres
où la gangrène se manifeste , et fait, ainsi que
l'in
flamm ation qui la pr éc è d e , de rapides prog rès dans
le
tissu cellulaire , les m uscles , e tc ., tan di s q u e , comme
je l 'ai d i t , les ten do ns qu 'elles ont m is à découvert ne
s
altèrent
que quelque temps après, e t sont remar
quables par leur blancheur au milieu de la noirceur
ou de la lividité générales.
L e systèm e fibreux prése nte u n ph éno m ène re
marquable; c 'est que presque jamais il ne se prête à
la formation du pus. Je ne sache pas
q u '
à la fuite
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F I B R E U X . 169
des inflammations de ce système, on ait observé des
collect ions purulentes. Le rhumatisme qu'on range
dans les phlegmasies, n 'est jamais accompagné de ces
collections ; quelques
exlravasions
gélatineuses ont
seulement é té trouvées autour des tendons. Ce qu'on
prenoit autrefois pour un e su ppu ration de la d u r e -
mère dans les plaies de tête , est bien évidemment
un suintement purulent de l 'arachnoïde, analogue à
celui de toutes les autres membranes séreuses. Pour
quoi ce système se
refuse-t-il,
ou se
prête-l-il
si diffici
lement à produire le
p u s ,
ou au moins n'y
est-il
pas
autant disposé que la plupart des autres? Je l ' ignore.
Je ne sache pas non plus qu au milieu des cartilages
on ait trouvé des collections de ce fluide. Les inflam
mations du système cart i lagineux sont remarquables,
parce qu'elles se term ine nt rarem en t ou presq ue jamais
par la suppuration,
Sympathies.
Toutes les espèces de sympathies se font observer
da ns le systèm e fibreux. P ar m i les sym pathies a n i
m ales , en voici quelq ue s-un es de sensibilité.
1
° . D an s
certaines périosloses qui n 'occupent qu 'une peti te
surface, la totalité du périoste de l 'os resté sain , de
vient douloureu se .
2
0
-
A la suite d'u ne
p i q û r e ,
d 'une
m eurtr is sure du pé rios te , souvent la total ité du m em
bre se
gonfle,
et devient douloureuse. 3°. Dans les
affections de la dure-mère, souvent l 'œil s 'affecte, et
ne peut supporter le contact de la lumière , phéno
mène qui peut aussi dépendre de la communication
du tissu cellulaire, comme je l 'ai dit ,mais qui cer
ta inement est quelquefois sympathique. 4°- Dans le
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fjO S Y S T E M E
temps où on
fait
les exten sions po ur réd ui re un e luxa
tio n , et que les ligam ens articula ires souffrent par
conséquent, le malade se plaint souvent de douleur
dans un endroi t du membre t rès-é loigné , e tc .
çtc...
La contractilité est aussi
mise
en jeu da ns les sym
path ies animales du systèm e fibreux.
ï
°. L a piqûre du
«entre
phrén ique cau se ,
d i t - o n ,
dan s les muscles fa
ciaux, une contraction
d'où
naît le r ire sardon ique. 2°.
L a lésion des ap on év ros es, la disten sion d es ligamens
dan s les luxation s du p ie d , la déch irure des tendons,
sont f réquem m ent accompagnées de m ouv em ens con-
vulsifs des mâchoires, du tétanos même caractérisé.
3 ° .
U n e esquille fixée da ns la du re-m ère d éter m ine des
contraction s en
divers
mu scles
de
F économie .
4°«
Dans
les lésions d e F albuginée, des aponévroses extérieures,
on observe souvent de semblables ph énom ènes.
Dans les sym pathies organ iques du s ystèm e fibreux,
tantôt c'est la contractilité organique insensible qui
est m ise en je u , tantô t
c'est
la contractilité organique
sensible : voici des exemples du premier cas. i ° . La
dure-mère étant enflammée, l ' inf lammation qui sup
pose toujours un accroissement de forces toniques
ou de contractilité organique insensible, se manifeste
souvent au péricrâne, e t réciproquement. 2°. L' ir r i
ta t ion
d'une
étend ue u n peu considérable
du
périoste
enflamme souvent et fait suppurer l 'organe médul
laire.
3 ° . Le s ligamens articulaires étan t d isten du s dans
une entorse, toutes les parties voisines, et souvent
tout le membre, se gonflent et deviennent un centre
d'irritation où toutes les forces de la vie, la contrac
tili té insensible en particulier, se trouvent beaucoup
plus exaltées qu 'à l 'ordinaire ,
etc»
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F I B R E U X . 171
D'autres fois c 'est la contractili té organique sen
sible qui entre en action. i ° . O n observoit souvent
dans l 'opération de la cataracte par
abaissement,
que
la lésion de la sclérotique donnoit l ieu à des vomis -
semens
sympa th iques , à de s
soulèvemens
de l ' e s
to m ac , des intest ins , e tc . 2
0
. Une for te douleur née
dan s un e part ie q u el co nq u e, da ns le systèm e fibreux
en
pa r t icu l ie r ,
augmente
beaucoup la contracti l i té
organique sensible du cœur, e t fa i t a insi naître
s y m -
pathiquement une accé léra t ion dans le mouvement
qu ' i l impr ime au sang. 3° . J 'a i vu un homme à qui
Desau l t réduisoit une luxa t ion , e t q u i , pendant que
les l igamens for teme nt
distendusluioccasionnoientles
plus vives dou leurs , ne pu t s 'empêcher de ren dr e
ses excrémens, tant é to i t grande la contrac t ion du
rec tum.
On voit que dans ces sympathies, tantôt c 'est le
système fibreux qui exerce son influence sur les au
t r e s , tantôt ce
sont
les autres qui exercen t sur
lui
leur
action. C 'est prin cipa lem ent lorsqu 'il est t iraillé, lors
que le mode particulier de sensibilité animale dont
il
jouit,
y est for tement mis en
j e u ,
qu ' i l dé termine
dans toute l ' économ ie u n trouble sym pathique re
m arqua ble. Je pr ésu m e que les anciens considéroient
comme des nerfs toutes les parties blanches, les liga
m e n s , les tendons, e tc . , à cause des accidens très-
graves qu'ils avoient observés résulter de leur disten
s ion dans les entorses , dans les luxat ions compli
quées du genou , d u co ud e , du
coude-pied,
luxations
qui ne peuvent ê tre produites sans un violent t i ra i l-
«lement d 'u ne foule de l igam en s , départies aponé-
Vro tiques , t end ineu se s ,
etc»
Un coup de
sabre qui,
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J 7 2 S Y S T E M E
divise les l igamens du tarse , un corps qui les meur
trit , pro du isent des accidens bie n m oin s graves
qu'une fausse position qui les distend. Ceci nous
mène à une belle considérat ion générale , dont l 'exa
men des autres systèmes constate aussi la réalité;
savoir, que c 'est le mode de propriété vitale domi
nante dans un système, qui est mis spécialement en
jeu par les sym pathies. Co m m e le node de sensibi
lilé animale, susceptible de répondre aux agens de
distension, est ici le plus caractérisé, c 'est lui qui
joue le rôle princ ipal dan s les sym pa thies fibreuses.
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développement du Système
Jlbreux.
§ I
e r
. État du Système fibreux dans le premier
âge.
J\. v milieu de l 'é ta t muqueux de
l'embryon,
on ne
distingue point encore les organes fibreux. Tout est
confondu : ce n'est que lorsque déjà plusieurs autres
organes sont formés, qu'on en aperçoit les
traces.
Ceux en forme de membranes se présentent d 'abord
sous l 'aspect de toiles transparentes; ceux disposés
en faisceaux paroissent être un corps homogène. En
général les fibres ne sont point distinctes dans le
premierâge
:
les apo név roses , les m em br an es fibreuses,
les tendons, e tc . ne m'en ont offer t aucune trace;
tout alors semble être uniforme dans la texture des
organ es fibreux. D an s le fœtus de sept m ois , on com
mence à y distinguer insensiblementlesfibres blanches.
Rares d'abord, et écartées les unes des autres, elles
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F I B R E U X .
173
se rapprochent peu à peu après la naissance, se dis
posent pa ral l è le m en t, ou s 'entrecroisent en divers
•sens,
suivant l 'organe qu'elles finissent enfin par en
vahir
entièrement
à un certain âge, si je puis me
servir de cette expression. C'est surtout au centre
phrénique du diaphragme, sur la dure-mère , sur
l 'aponévrose de la
c u i s s e ,
qu'on fait facilement ces
observations.
A mesure que les fibres se développent dans
les
org an es fibreux, ils pr en n en t plus de résistance et
de dure té . Dans le f œ t u s , et dans les premières an
nées ,
ils sont extrêm em ent
m o u s ,
cèdent facilement.
Leur blancheur a une teinte toute différente de celle
qu'ils affectent à un âge plus avancé : ils sont d'un
blanc perlé. Ce n'est que peu à peu qu'ils parviennent
à ce degré de force qui caractérise spécialement leur
tissu.
C'est à cette mollesse, à ce défaut de résistance
du système f ibreux dans les premières années, qu 'on
doit a t tr ibuer les phénomènes suivans :
1
°. les arti
culations se prêtent à cet âge à des mouvemens que
la roideur des ligamens rend impossibles dans la
su i te ;
toutes les extensions peuvent alors se forcer
au-delà de leu r d egré na tu rel. O n sait que c 'est à cette
époq ue que les faiseurs de tours com m enc en t à
s'exer
cer; jamais ils ne
pburroient
parvenir à exécuter les
m ou vem ens extraord inaires qui no us frappen t, si l 'ha
bi tude
n'entretenoit
chez eux depuis l 'enfance la fa
culté de ces m ou vem ens . 2
0
. L es luxation s sont en gé
néral rares dans le prem ier â ge , parce que les capsules
fibreuses cèd ent et ne se ro m pe nt pas . 5 ° . Les entorses
ont
alors des suites moins funestes. 4 ° - Les engorge-
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mens inflammatoires subjacens aux aponévroses sont
rarement susceptibles de ces
étranglemens
souvent
funestes dans un âge adulte. 5°. Cette mollesse du
système fibreux s 'accommode aussi dans les tendons,
les l ig am en s, les apo név roses, e t c . , d 'u ne part à la
multiplicité et à la fréquence, de l 'autre au peu de
force des mouvemens de l 'enfant .
Je remarque que , quoique le système fibreux ait
dans le premier âge une mollesse de texture à peu
près uniforme dans toutes les parties qui appar
t iennent au même
o r d r e ,
il est cependant plus ou
m oin s dé ve lop pé , suivant les régions où i l se
trouve*
E n
géné ra l ,
quand i l appart ient à des organes
prêt
coces dans leur
développement,
comme au cerveau
par la dure-mère, aux yeux par la sclérotique, e tc . ,
i l a plus de volume, plus d'épaisseur proportionnel
lement; mais ce n 'est que sur
ses
d i m e n s io n s , et non
sur son organisation
i n t i m e ,
que portent alors ces
différences.
Il est vraisemblable que ce mode
d'organisation
d u système fibreux
influe,
à F époq ue qu i nou s occupe,
sur son mode de vitalité , et par conséquent sur ses
m aladies. O n sait q ue le rh um at ism e, qui paroît assez
probablement affecter ce système, est rarement
l'a
panage des enfans du premier âge; que sur cent ma
lades affectés de ces sortes de douleurs , il en est
q u a t r e - v i n g t - d i x au m o i n s a u - d e s s u s d e l'âge
de
quinze à seize ans.
Soumis à Fébull i t ion, dans le fœtus et dans l 'en
fant, le système fibreux se fond avec facilité, mais
ne prend point cet te couleur jaunâtre , qui est son
attribut constant, lorsqu'on le fait bouillir dans l 'âge
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F I B R E U X . I 7 5
adu lte ; o n sait qu e les gelées des jeun es a ni m au x
sont beaucoup plus blanches que celles des animaux
avancés en âge.
§ I I .
État du Système fibreux dans les
dges
suivans.
A mesure qu 'on avance en â g e , le système fibreux
devient plus
fort ,
plus dense : i l reste, dans l 'âge
adul te , comme s ta t ionnaire , quoique cependant l ' ab
sorption et l 'exhalation alternatives des substances
nutr i t ives continuent toujours. Ces deux fonctions
se dist inguent diff ic i lement dans l 'é ta t ordinaire;
mais la première est t rès-apparente , lorsque, par une
contusion ou un e cause in terne qu elco nq ue , le pé
rioste , les capsules fibreuses, les li g a m en s, e tc. se
gonflent, s'engorgent,
etc . L a seconde à son tou r de
vient p r é d o m i n a n t e , lorsque le dégorgement et la
résolut ion surviennent .
Dans les vieillards, le système fibreux devient de
plus en plus dense et serré ; il cède bien plus diffici
lement à la macération et à la putréfaction. Les dent$
des anim aux q ui
s'en
nourr issent
le
déchiren t avec plus
de difficulté; les sucs gastriques l 'attaquent moins
facilement. Spallanzani a observé que les tendons,
les aponévroses des vieux an im au x , é toient b eau cou p
plus indigestes que ceux des jeunes. Avec l 'âge, la
force du tissu fibreux augmente; mais sa mollesse
diminue : de là la diff iculté des mouvemens, leur
roideur.
Les ligamens, les capsules fibreuses ne per
mettent qu'avec peine aux surfaces articulaires de
s'écarter les unes des autres; les tendons ne se plient
qu 'avec
difficulté
: lorsqu'on
presse-à
l 'extérieur les
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en d r o i t s où ils son t à nu so us l e s t é g u m e n s , on sen t
q u ' i l s s o n t d u r s , p e u s o u p l e s , e t c . O n n e p e u t q u 'a v ec
p e i n e , e t q u ' a u b o u t d ' u n t e m p s t r è s - l o n g , l es ra m o llir
p a r
l'ébullition.
T o u t le sy s t è m e fibreux j au n i t . On
dirpit
qu ' i l s e r app roche a lo r s de ce t é t a t dense , r a
co rn i e t demi - t r anspa ren t , auque l l e r édu i t l a de s s i c
ca t i o n ; en so r t e qu e s i l ' on po uv o i t s up pos e r ce sy s
t ème pa rcou ran t p lu s v i t e que l e s au t r e s , l e s pé r iodes
d ive r se s de son décroissement, tous l e s mouvemens
ces se ra i en t pa r l a r ig id i t é de s l i gamens , de s t endons ,
d e s a p o n é v r o s e s , q u o i q u e l ' é n e r g i e d e c o n t r a c t i o n
subs i s t e ro i t enco re dans l e s musc le s .
§ I I I . Développem ent accidentel du Système
fibreux.
N o u s a v o n s v u q u e d i v e r s e s p r o d u c t i o n s a p p a r t e
n a n t , p a r l e u r n a t u r e , a u s y s t è m e o s s e u x o u a u c a r
t i l ag in eu x , s e dév e lop pen t que lque fo i s acc iden te l le
m e n t d a n s certaines p a r t i e s . L'anatomie pathologique
n o u s m o n t r e a u s s i d e s p r o d u c t i o n s o ù l ' a p p a r e n c e
f ibreuse es t t rès-manifes te . J 'a i fa i t p lus ieurs fo is ce t te
o b s e r v a t i o n d a n s d e s t u m e u r s d e l a m a t r i c e , d e s
t r o m p e s , e t c . A u l i eu d e la m a t i è r e l a rda cée qu i est si
c o m m u n e dan s ce s a f fec tions o rg an iq ue s , on vo it un
ou p lus ieurs amas de f ib res en tassées , t rès -d is t inc tes ,
j a u n â t r e s , e t c . J e n e puis c e p e n d a n t répondre que ces
e x c r o is s a n c e s a p p a r t i e n n e n t e s s e n t i e l l e m e n t , p a r les
substances
qu i le s c o m p o s e n t , au sy s t è m e fibreux ,
n ' ayan t po in t f a i t su r e l l e s de s expé r i ences compara
t ives à ce l les tentées sur les organes de ce système.
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F I B R E U X .
177
A R T I C L E C I N Q U I E M E .
Des Membranes
Jibreuses eh
général.
A P R È S avo ir con sidéré le systèm e fibreux d 'u n e
manière générale, sous les rapports de son organisa
tion , de sa v i e , de ses propriétés et de sa nutrition, je
vais l 'exam iner plus en particulier
dans
les grand es d i
visions qu'il nous offre, et que nous avons indiquées
plus ha ut. Je co m m en ce par les m em br an es fibreuses.
§ I
e r
.
Formes des Membranes fibreuses.
Ces sor tes de membranes qui comprennent , a ins i
qu ' i l a é té d i t , le pér ios te , la dure-mère , la sc léro
t i q u e , l'albuginée,
les membranes propres du re in ,
de la ra te , celle du corps cav ern eu x, et c. , sont pre squ e
toutes destinées à former des enveloppes extérieures,
des espèces de sacs où se tro uv en t con tenu s les o r
ganes qu'elles revêtent.
Ces organes
ne
sont point , comme ceux autour
desquels se déploient les surfaces séreuses, comme
l'esto m ac, les int es tin s, la vessie et les p o u m o n s, sujets
à des dilatations et à des contractions alternatives.
Cela ne s 'accommoderoit point avec leur mode d 'ex
tensibilité. Elles se moulent exactement sur la forme
de ces organes, ne présentent point ces replis nom
breux qu'on voit dans les membranes séreuses, s i on
en excepte cepe nda nt la
d u r e - m è r e .
Leurs deux sur
faces so nt adh éren tes ; caractère qui les distingue spé
c ia lement des membranes précédentes , a ins i que des
muqueuses .
L 'u n e de ces sur faces , in t im em ent un ie à l 'org ane ,
I I .
12
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1 7 8 S Y S T È M E
semble y envoyer différens prolongemens, qui iden
tifient au premier coup d'œil son existence à celle de
la membrane. Une foule de fibres détachées de
l'albuginée,
de l 'enveloppe des corps caverneux, de
la tunique propre de la rate , e tc . , ou plutôt ad
hérentes à ces tuniques, pénètrent dans les organes
respectifs de ces membranes, et s 'y entrecroisant en
divers sens, forment, pour ainsi dire , le canevas,
la charpente, autour desquels s 'arrangent et se sou
tiennent les autres parties constituantes de ces or
ganes qui semblent, d 'après cela, avoir pour moule
leurs membranes extér ieures : aussi les
v o i t - o n ,
lorsque ces moules viennent à être
en l ev és ,
pousser
çà
et là
d'inégulières
végétations. Le cal, dans les
déplacemens trop considérables pour permettre au
périoste de se prolonger sur les surfaces divisées, est
inégal, raboteux, etc. La figure du testicule s 'altère
dès que l 'albuginée a été intéressée dans un point
quelconque, e tc . Cette adhérence de la membrane
fibreuse qui enveloppe divers organes, avec les pro
longemens intérieurs de ces
o r g a n e s ,
avec les fibres
qui composent leur
can ev as ,
a fait croire aux ana-
tomistes que la nature de l 'une étoit la même que
celle des
a u t r e s ,
que ceux-ci n 'étoient que des pro
longemens de la membrane : je le croyois aussi en
publ iant mon Tra i té des Membranes; mais de nou
velles expériences m'ont convaincu du contraire.
Je puis assurer d 'abord que la m em br an e des
corps,
caverneux app art ient seule , dans
ces corps ,
au système
fibreux. Le tissu spongieux intérieur, renfermé dans
la cavité de cette membrane, n 'en a nullement la
na ture , n 'en es t point , comme le d isent
tous
les ana-
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F I B R E U X . 179
tom istes , un prolong em ent . Ce ne sont pas des lames
q u i ,
suivant l ' express ion commune, se dé tachent de
la membrane , e t p roduisen t , pa r leur en t rec ro ise
m ent , le tissu sp on gie ux . Celu i-ci est u n corps à
par t,
distinct par sa
vieet
par
ses
propriétés.
En exposant un corps caverneux à
l'ébullition,
j ' a i
m anifestem ent observé cette différence
:
la m em bran e
extern e se com po rte co m m e tous les organes fibreux,
devient épaisse , jau nâ tre , dem i- t ransp arente , puis se
fond plus ou m oin s en gélatine : le tissu spon gieux
reste au contraire
b l a n c ,
mol lasse , n 'augmente point
de volume, ne se cr ispe presque point sous l 'act ion
du feu, présente un aspect , en un mot , que je ne
puis comparer à celui
d'aucun
tissu traité également
par l 'ébullition.
La macération sert très-bien aussi à distinguer ces
deux t issus. Le premier n 'y cède que lentement, ses
fibres restent long-temps distinctes ; elles ont encore
leur disposit ion naturel le , que déjà le second est ré
dui t en une pulpe homogène, rougeâtre , où r ien de
fibreux, r ien d 'orga niq ue ne se distingu e plus. E n gé
néral, il paro ît qu e le tissu spo ngieu x des corps caver
neux est leur partie essentielle, celle où se passent les
grands phénomènes de
l'érection,
celle qu'anime le
mode particulier de mo tilité qui le distingu e des au tre s
organes.
Lécorce
fibreuse n'est qu'accessoire à ses
fonctions ; elle n'est qu'une enveloppe ; elle ne fait
qu 'obéi r, dan s l ' é rec t ion ,
à l'impulsion qui
lu i
est
c o m
muniquée .
Lorsqu'on expose le corps caverneux à l 'act ion d&
l 'acide nitr ique, le tissu
s p o n g i e u x ,
lavé du sa ng
qu'iL
cont ient , devient d 'un jaune
bien
p lus marqué que
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T
8 o S Y S T E M E
la membrane fibreuse :
ceia
les fait distinguer l'un
de l 'autre d 'une manière sensible .
En exposant le testicule à l 'action de l 'eau bouil
lante, on remarque également que son tissu intérieur
prend un aspect tout différent de celui de sa mem
brane extérieure; i l devient d'un brun foncé, tandis
qu'elle reste blanchâtre : elle ne prend pas l'apparence
gélatineuse d 'u n e m an iè re aussi m ar q ué e et aussi
prompte que celle du corps caverneux.
Soumis à la macération, le testicule est aussi tout
différent dans son enveloppe et dans son tissu in
tér ieur .
L a surface d es m em br an es fibreuses, opposée à
celle qui correspond à leur organe, est jointe aux
parties voisines, tantôt d 'une manière lâche , comme
l'enveloppe caverneuse, tantôt par des liens très-ser
rés , co m me la d ure -m ère. E n g én ér al , les mem
br an es , et m êm e tons les organ es fibreux, ont une
tendance singulière à
s'unir
intimement aux surfaces
séreuses et muqueuses. On en trouve des exemples
p ou r les m em bra ne s séreuses dans l 'unio n de la dure-
m ère avec l'arachnoïde, de l'albu gin ée avec la tunique
vaginale, des capsules fibreuses avec les synoviales.
Telle est l ' intimité de cette adhérence, que la dissec
tion la plus exacte ne peut la détruire dans
l'âge
adul te . Dans
l'enfance,
elle est beaucoup moindre,
comme on le voit surtout très-bien dans le rapport
qui existe entre la base du péricarde et le centre
phrénique, rapport qui est tel, qu'on peut avec faci
lité isoler dan s le pr em ie r âge les deu x surfaces qui
sont plutôt contiguës que continues, tandis que dans
les.
âges suivans on ne sau rait y parv enir.
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F I B R E U X . l 8 l
Q ua nt à l 'uni on des surfaces m uqu euse s avec
les fibreuses, lorsqu'elles se trouvent
con t iguës ,
elles se co nfo nd en t en tiè re m en t : Cela s'observe da ns
la pi tu i ta ire , dan s la m em br an e des sinus., dan s celle
de l 'orei l le , e tc . L e péricondre du la rynx , de la t r a
chée ne fait qu 'u n avec leur m em bra ne in te rne . D an s
toutes ces part ies, le périoste s 'entrelace tellement
avec la surface muqueuse, qu'il est impossible de les
sépa rer , e t qu 'on les enlève en m êm e temps de dessus
l 'os, qui a lors reste à nu. Le conduit déférent,-les
t rompes de Fal lope , les ure tères , e tc . , sont auss i
très-manifestement
fibro-muqueux.
§ 1 1 . Organisation des Membranes fibreuses.
Les membranes f ibreuses ont en général une tex
ture très-serrée, une épaisseur remarquable :.elles n e
sont formées que d 'un seul
feuillet.
La d u r e - m è r e
semble faire exception à
cette, rè gl e,
p ar les replis q ui
forment la faux et la tente du cervelet ; m ais excepté
à l 'endroit des sinus, i l est très-difficile, impossible
même, d 'y t rouver deux lames dis t inc tes .
Ces, m em br an es o nt p lus de vaisseaux, qu e toutes
les au tre s divis ions du sy stè m e fibreux; elles so nt
percées d 'u n t rès-g rand no m bre d e t rous pour le pas
sage de ces vaisseaux, dont la plupart ne font que
les traverser,
et se rendent ensuite dans les organes
qu'el les recouvrent . Ces trous, dont chacun est plus
large qu e le ram eau qu ' i l
transmet,
forment encore
un caractère des membranes fibreuses, distinctif des
séreuses qui se replient toujours , et ne s 'ouvrent
jam ais, po ur laisser
pénétrer lesystème
vasculaire d an s
leurs organes respectifs.
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1 8 2 S Y S T È M E
A u res te, la description particulière des mem branes
qui nous occupe sera jointe à celles des organes
qu'elles en tou ren t . J 'e n excepterai cepend ant le pé
rioste , dont la description appartient à ces générali
t é s , soit parce qu e revê tant t ou t le systèm e osseux , on
ne peut point le con sidérer isolément, soit parce que ,
comme je l 'ai dit , i l est le centre d'où naissent et où
se rendent tous les organes du système fibreux, en
sorte que ses fonctions sont relatives plus encore à ce
système qu'à celui des os.
§ 1 1 1 .
Du Périoste. De sa Forme.
Celte membrane entoure tous les os. Dure, résis
ta n te , grisâtre , elle leur form e un e envelop pe qui se
prolonge
par-tout,
excepté là où
lés
cartilag es les re
vêtent. Son épaisseur est remarquable dans l 'enfance;
p lus mince à p ro po r t ion dans l ' adu l te , elle devient
plus dense et plus serrée.
Les anciens se la figuroient comme se prolongeant
d'un os à l 'autre sur l 'articulation, et formant ainsi
un sac continu pour tout le squelette. Cette idée est
inexacte .
A.
la jon ction des
o s ,
le périoste s'entrelace
avec les ligam ens qui lui servent d e
moyen
de
comrriu-
nication , et ce n'est qu'ainsi qu'on peut concevoir sa
continuité . La couronne des dents en est dépourvue,
ainsi que tou tes les productions osseuses qui's'élèvent
sur la tète de certains animaux.
Le périoste est foiblement
uni à-
l 'os da ns
l'enfance;
on l'en
sépare alors avec une extrême facilité, surtout
sur la partie moyenne des os longs. Dans l 'adulte,
comme la substance calcaire encroûte peu à peu ses
fibres les plus
i n t e r n e s ,
l 'adhérence devient très-sen-
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F I B R E U X .
l 8 3
sible ; elle est ex tr êm e d an s le vieillard o ù cet te
m em bran e se t rouve rédui te souvent à une lame t rè s-
mince par les progrès de l 'ossification. La pression
habituelle exercée par les muscles dans leurs contrac
t i o n s ,
peut bien aussi influer un peu sur cette adhé
renc e. D iv ers prolongem ens passent du périoste à
l 'os. I ls sont beau cou p plus no m b re u x au x extrém ités
des os longs et sur les os courts, que sur le milieu
des os long s et su r les os larges ; ce qui se co nço it
fac i leme nt , d 'après le no m bre b eaucoup plus consi
dérable de trous dans l 'une que dans l 'autre par t ie .
C es prolo nge m ens accom pagnen t les vaisseaux , ta
pissent les co nd uits qui per cen t l 'os de part en part, se
pe rden t dans ceux qui se term inen t dans sa su bs tan ce,
ne pénètrent point dans la cavité médullaire , e t bor
nés uniquement au t issu osseux, é tablissent entre lui
e t la membrane dont i l s
émanent,
des rappor t s im
média t s .
Ce sont ces rapports qui , é tant anéantis lorsque le
périoste est malade ou détruit dans une part ie un
peu considérable de son étendue, font que l 'os meurt
et se sép are au-dessou s. Il y a ce pe nd an t cette
dif
férence entre ce phénomène et la mort de l 'os par là
lés ion de la membrane médul la i re , que s i celle-ci est
désorganisée , tout l 'os se nécrose, tandis que si on
irr i te e t q u 'o n d échire le pér ioste à la par t ie m oy en ne
d 'un os lo ng , dans un e é ten due à peu près co rres
pon dan te à celle de ce t te m em bra ne m éd ul la i re ,
les lames externes seules du t issu compact se déta
chent par l 'exfoliation , et c 'est le même os qui resté.
J 'ai fait cette expérience l 'an passé sur deux chiens.
Q ua nt à cel le qu i consiste à enlever le pé r io ste , no n-
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l 8 4
S Y S T È M E
seulement de dessus la partie moyenne , mais de
dessus toute la surface de l'os , je ne sais si quel
qu'un a pu la tenter , e l le
m'a
paru impossible ;
elle
seroit prat iquable, que bientôt l 'animal mourroit à
cause de l 'é tendue du délabrement, e t qu 'a insi on
n'auroit aucun résulta t .
Les rapports du périoste avec les organes voisins
varient s ingulièrement. Dans le plus grandnombre des
o s ,
ce sont des muscles qui glissent sur lui ; le tissu
cellulaire F unit à eux pluso u m oins lâche m ent, suivant
que les m ou vem en s sont plus ou m oin s considérables.
A la suite des inflammations, i l perd cette laxité, et
souvent tout mouvement cesse.
Organisation du Périoste.
La direction des fibres du périoste est à peu près
analogu e à celle des o s , sur les os longs spéc ialem ent,
ainsi que sur les os cou rts ; m ais il n'a po int la struc
ture rayonnée des os plats qu'il recouvre. Ces fibres
superposées les unes aux autres , ont des longueurs
différentes : les superficielles
sont
plus ét en dues , celles
qui correspondent immédiatement à l 'os ne parcou
ren t qu 'un petit espace. T o u te s en général deviennent
très-app arentes dan s certaines maladies des os. Je me,
rappelle , entr 'autres exemples de ce développement
accidentel des fibres, l 'observation d'un homme af
fecté
d'ëléphantiasis
, et en même temps d'un gonfle
ment dans le tissu compact du tibia , qui avoit pris
une épaisseur remarquable. Le périoste de cet os étoit
très-épais, si peu adhérent à l 'os, que le plus léger
effort suffit pour l 'enlever dans toute son étendue,
et à f ibres te l lement prononcées, qu 'on
F
au rai t pris
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F I B R E U X . l 8 4
pour une portion de l 'aponévrose plantaire ou
pal
maire, lorsqu' i l en fut séparé.
L e périoste em pr un te ses vaisseaux de ceux des en
virons . Leurs branches innombrables
s'y
ramifient à
l 'infini ,y form ent u n réseau que les injections re nd en t
extrêmement sensible , sur tout chez les
e n f a n s ,
s'y
perdent ensui te , ou pénètrentdans le t issu compact de
l 'os, ou bien reviennent dans les par t ies voisines
former diverses anastomoses.
Ce t te membrane reço i t , comme nous l ' avons d i t ,
l ' insertion de presque tout le système fibreux, des
te n d o n s, des ligam ens et d es aponév roses spéciale
m en t. C ette inser t ion paroît é trangère à l 'os dan s
l 'enfant; en
détachant*à
cet âge le périoste, tout
s'en
lève en m êm e te m ps ; mais l'ossification envahissant
bientôt'les
lames les plus
i n t e r n e s ,
tous les
organes
fibreux paroissent identifiés à
l'os
dans l ' adul te . J 'ob
serve que ce tte dispo sition coïncide avec la force pro
digieuse de tract ion que les muscles, devenus plus
prononcés exercent souvent à cet
â g e ,
et
q u i ,
u n i
quement répart ie sur le pér ioste , comme elle
l'au
rait été sans son ossification , n'aurait pu y trouver
une résistance suffisante, au lieu que s'opérant aussi
sur l 'o s, elle le m eu t sans dan ger po ur son en velop pe.
L'org anisa t ion g én éra le , les prop riétés , la vie du p é
rioste , sont les m êm es qu e celles d u système fibreux :
je ne m'en occuperai pas.
Développement du Périoste.
Dans le fœtus , ce t te membrane es t mol le , spon
gieuse , pé né trée de be au cou p de fluide g élatineux ;
elle se
fond
dans l 'eau avec facilité;
ses fibres sont
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l 8 6 S Y S T È M E
peu distinctes; elles le deviennent à mesure qu'on
avance en â g e , et en même temps la mollesse dimi
n u e ,
et la résistance augmente. Le périoste dans le
vieillard est d 'u ne ex trêm e té n ac ité , il résiste presque
autant que les ligamens à l 'ébullition : ceux qui pré
parent des squelettes le savent très-bien. Il se fend
en dive rs e n d ro it s , parce qu e ses fibres en se raccour
cissant se détachent de l 'os; mais ce qui reste adhé
rent , ne devient qu'avec beaucoup de difficulté gé
lat ineux.
Fonctions du Périoste.
L e périoste garantit les os qu' i l revêt, de
l'impression
des parties mobiles qui l 'en to u re n t, de celle des mus
c l e s , des artères dont le battement au ro it pu les user,
comme il arrive dans certaines tumeurs anévrismales
vois ines du s te rnum, des ve r tèbres , e tc .
Il est une espèce de parenchyme de nutrition de
réserve, si je puis
m'exprimer
a ins i , toujours
prêta
recevoir le phosphate calcaire, lorsqu'il ne peut se
porter sur l 'os devenu malade : de là les nécroses na
turelles et artificielles qui n'ont jamais lieu dans les
d e n t s , faute de cette m em br an e. Ce s petits os ont
des car ies, des al térat ions diverses, e t non de véri
tables nécroses.
On ne peut douter que les lames internes du pé
rioste ne s'ossifient successivement, et ne contribuent
ainsi un peu à au gm en ter l 'os en
épaisseur,
lorsqu'une
fois son accroissement en longueur est fini. J 'observe
à ce sujet que non-seulement l u i , mais encore tout
le système fibreux, a une affinité singulière avec le
phosphate calcaire; Après le système cartilagineux»
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F I B R E U X .
187
c'est celui qui a le plus de tendance à s 'en encroûter,
sans do ut e p arce qu e son m od e de vitalité générale, de
sensibilité organique en particulier , a beaucoup d'a
nalogie avec celle des os. Là où les ten do ns en glissant
sur
les os y épro uv en t un grand frotte m en t, ils
devien
nent osseux. La d u r e - m è r e , l'a lbuginée s 'oss if ient
assez souvent ;
la
sclérotique sert de parenchyme à
beaucoup de substance terreuse dans les oiseaux qui
par là l 'ont extrêmement dure .
L e pé rios te est étra ng er à la form ation des os ; il
n'est qu'accessoire à celle du cal : il est une espèce
de limite qui circonscrit dans ses bornes naturelles,
les progrès de l 'ossification, et F empêche de se livrer
à
d'irrégulières
aberra t ions .
Prépare-t-il le
sang qui
•sert
à nourr ir l 'os ?
Oh
ne peut résoudre cette ques
t ion par aucu ne exp érience ^-fnais on peut assurer que
les propriétés vitales dont il
jouit,
ne lé rendent nul
lement propre à accélérer la circulation du sang ar
r ivant aux os , comme quelques auteurs
l'onfcru.
Au reste , i l me semble qu'on a trop envisagé le
périoste exclusivem ent par rapport aux os : sans do ute
il est nécessaire à ces organes; mais peut-être
joue-t
:
il
pair
rapport aux organes fibreux, un rôle encore plus
important. Si la nature l 'a par-tout placé sur le sys
tème osseux, c 'est peut-être en grande part ie , comme
je l 'ai dit , parce qu'il trouve sur ce système un appui
g én ér al , solide , résistant , e t qui le m et à m êm e de
ne point céder aux tractions diverses
que
tout le sys
tème fibreux exerce sur l u i , tractions qui sont elles-
m êm es com m uniq uées à ce dernier sy stèm e. C 'es t là
un nouveau point de vue sous lequel il faut envisager
le p ér io st e , e t qui prête ra b ien plus à des considéra-
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l 8 8 S Y S T È M E
t ions générales , qu e celui sous lequel Du h am e l, Fou-
geroux , e tc . , ont considéré ce t te membrane .
§ I V Péricondre.
On trouve sur tous les cartilages non articulaires
un e m em br an e exac tem ent analogue au périoste , et
qu 'on nom m e pér icondre . L e la ry n x, les côte s , e tc .,
l 'offrent d 'u n e m an ière très-sensible : il est m in ce , à
fibres entrecroisées en tous sens, moins strictement
un i aux organes
qu'il
re co u v re , que le périoste ne l'est
au x
o s ,
parce que les cartilages ayant à leur surface
des trous m oins
n o m b r eu x ,
il n 'y env oie pas un e aussi
grand e qu antité de pro lon gem ens fibreux
:
de là un
rap
port moins intime entre la vie du péricondre et celle
du cartilage, qu'entre celle de Fos et de son périoste.
J 'a i dénudé
deux fois
sur un jeu ne chien le
thyroïde
de sa m em bra ne e x te rn e, et refermé tou t de suite la
p l a i e ,
qui a été guérie sans altération apparente dans
l 'organisat ion du car t i lage; au moins a-t-il continué
à remplir ses fonctions. La même expérience seroit
facile sur les cartilag es des côtes
:
je ne l'ai point tentée.
L e périco ndre m 'a paru dan s plusieurs injections con
tenir beaucoup moins de vaisseaux sanguins que le
périoste ;
ses
usages sont analogues à ceux de cette
de rn iè re membrane .
A R T I C L E S I X I E M E .
Des Capsules
Jibreuses.
X-/ES
capsules fibreuses son t infinim en t plus rares
dans l 'économie , qu 'on ne l ' a c r u jusqu ' ic i. Les articu
lations scapulo -
numérale
et
ilio
- fém orale en sont
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F I B R E U X . 189
presque exclusivem ent po urv ue s. Ail leurs il n 'y a
guères que des membranes synoviales.
§ I
e r
.
Form es des Capsules fibreuses.
Ce s capsules form ent u ne espèce de sac cylin driq ue
ouvert par ses deux extrémités , attaché par la cir
conférence de ses ouvertures, autour des surfaces
articulaires, supérieure et inférieure, entrelacées dans
cette insertion avec le périoste. Elles sont d'autant
plus lâches que l 'articulation exerce des mouvemens
plus éte nd us : cel le de l 'hu m éru s, par exem ple, per m et
u n écartemént b ien plu s con sidérab le d es surfaces
osseuses articulaires, que celle du fémur; en effet
leur longueu r est presque la m êm e. O r com m e, d 'u ne
part , le col du premier
os
est bie n m oin dre q ue celui
du second , et que de l 'autre part toutes deux s'im
plantent au bas de ce col, i l en résulte que l 'étendue
de F
écartemént
des deux articulations est en raison
inverse d e la lon gu eu r d es cols articulaires.
Be auco up de tissu cellulaire en tou re en deh ors
ces cap sule s, que des fibres ten din eu ses , des ten do ns
m ê m e ,
pr ov en an t des m uscle s voisins , fortifient sin
gulièrement. Elles s 'ouvrent quelquefois pour laisser
passer ces tendons qui se fixent â l'os
entr'elles
et la
synoviale
,
comme on en voit un exemple à l 'ar t i
culation scapulo-humérale pour le
souscapulaire .
Le s
anatomistes qui ont remarqué l ' inser t ion des tendons
au x capsules , en o n t co nclu qu e les m uscles de ces
tendons étoient destinés à empêcher que la capsule
ne fût pincée par lés surfaces articulaires en mouve
m e n s . Cela me paroît peu probable ; mais au moins
les muscles sont-ils destinés à empêcher la laxité de
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jOO S Y S T È M E
la capsule pendant les grands mouvemens, qui au
raient été affoiblis pa r cette lax ité : aussi y a-t-il plu
sieurs de ces sortes démuselés à la cap sule nu m érale,
tandis qu'on n'en voit point à la fémorale , qui est
beaucoup moins lâche, comme je l 'a i di t . En dedans
les capsules sont très-intimement unies à la syno
v ia l e ,
surtout dans les adultes; car dans les enfans,
cette adhérence est moindre. Le voisinage de leur
extrémité manque cependant de ce
rapport,
parce
que la synoviale se réfléchissant sur le cartilage , un
espace triangulaire reste entr'elle et la capsule qui
va s'attacher à l'os
;
et comme cette disposition règne
tout autour de l 'articulation, il en résulte une espèce
de canal circulaire, rempli de tissu cellulaire, par
semé de vaisseaux, et que j 'ai quelquefois distendu
avec une injection poussée par une petite ouverture
faite à dessein.
L'union intime de la capsule avec la synoviale
empêche les replis de celle-ci, et par là même sa con
tusion dans les grands mouvemens articulaires.
§ 1 1 . Fonctions des Capsules fibreuses.
Pourquoi les capsules fibreuses ne se trouvent-elles
qu 'auto ur d u prem ier genre d 'ar t iculat ion s? La raison
en est si m pl e: com m e ces articulations exercent en
tous sens des mo uv em ens à peu près é g a u x , elles
dévoient trouver de tous côtés une égale résistance ,
tandis que les autres ne se m ou van t q u 'e n deux ou
trois sens seulement, le s ligamens n'éloient néces
saires qu 'en cer tains endroits , pour borner ces mou
vem ens. V oilà p o u rq u o i, par exem ple , le système
fibreux est dissém iné en m em br an e au to ur de Farticu-
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F I B R E U X . I 9 I
lation
ilio-fémorale
, et rassem blé en faisceaux isolés
autour de la fémoro-tibiale où la synoviale est pres
que par-tout à nu.
On conçoi t , d 'après tout ce qui v ient d 'ê t re d i t ,
qu e l'usage un iq u e des capsules fibreuses est
d'affermir
les rapports articulaires, et que cet usage est abso
lument étranger à l 'exhalat ion synoviale .
Quand,
dans les luxations non réduites, la tê te de
l 'os a ab an do nn é la cavité
a r t icu la i re ,
une membrane
nouvelle se forme autour d'elle dans le tissu cellulaire,
e t lui ser t comme de capsule; mais cet te membrane
n'a nullement la texture de l 'ancienne. J 'a i observé
sur de ux suje ts , qu 'on n 'y dist inguo it aucu ne fibre ,
que son tissu étoit
absolument
analog ue à celui de ces
kystes divers que l 'on trouve souvent en plusieurs
endroits de l 'économie , de ceux sur-tout qui se for
ment autour des corps étrangers, dont la présence
n'est pas une cause de suppuration, e t que par con
séquent ces capsules contre nat ure ap part ienn ent plu
tôt à la classe des membranes séreuses, qu'à celle dçs
membranes
fibreuses.
A R T I C L E S E P T I È M E .
Des Gaines Jibreuses.
J L J E S
gaines f ibreuses sont , comme nous l 'avons
dit, partielles ou générales.
§ I
e r
.
Gaines fibreuses partielles.
Les gaines partielles, destinées à un seul tendon ,
sont de deux sortes : les unes parcourent un trajet
assez long; telles sont celle des fléchisseurs du pied et
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S Y S T È M E
I92
de la m a i n , qui co rresp on den t à tou te la surface
concave des phalang es : les au tre s ne fo rm ent que des
espèces d'anneaux où se réfléchit un tendon, comme
on en voit un exemple au grand oblique de l 'œil.
T o u te s en général parc oure nt u n dem i-cercle , et
font un demi-canal que l 'os complète d'autre part;
en sorte que le tendon glisse dans un canal moitié
osseux, moitié fibreux. Ce canal est tapissé d'une
membrane synoviale, dont l 'adhérence avec la gaine
fibreuse est égale à celle de la synoviale articulaire
avec sa capsule. Par leur surface externe, les gaines
fibreuses correspondent aux organes voisins, auxquels
les unit un tissu cellulaire lâche.
Toutes ces gaines sont d'un tissu très-dense, très-
serré ; elles sont plus fortes , proportionnellement à
l'effort q ue les ten do ns pe uv en t exe rcer s ur elles, que
les capsules fibreuses ne le sont par rapport aux im
pulsions diverses que les os peuvent leur communi
q u e r, et qui ten den t à rom pr e ces capsules. Elles se
con fond ent avec le périos te p ar leu rs d eu x bords.
Celles des fléchisseurs s'unissent aussi par leur ex
trém ité avec l 'épano uissem ent des tend on s
:
de là l'en
trecroisem ent fibreux très -co ns idé rab le qui se re
marque à l 'extrémité des dernières phalanges.
Aux membres il n'y a de ces sortes de gaines que
pour les fléchisseurs : les tendons extenseurs en sont
dép ou rvu s. Cela tient d'ab ord à ce qu 'il y a deu x ten
do ns d e la prem ière espèce à chaqu e
doigt,
tandis
qu'on n 'en voit qu 'un seul
delà
seconde , queconsé-
quemment
plus de force est nécessa ire po ur
les
retenir
dans le premier sens. En second
l i eu ,
chaque tendon
extenseur reçoit sur ses côtés l ' insertion des petits
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F I B R £ tr x .
1 9 ^
tendons des interosseux et des
l o m b r i c a u x , q u i , le
t i rant en sens opposé dans les grands m o u v em en s,
le retiennent à sa place , et suppléent ainsi aux gaines
fibreuses qui manquent. Enfin les efforts des exten
seurs sont bien moindres que ceux des fléchisseurs
dont ils ne sont pour ainsi dire que des espèces
de
modéra teurs*
§ 1 1 . Gaines fibreuses
générales*
Lès gaines générales se voyent surtout au poignet
et au coude p ied , où ellçs po rtent le nom de ligamens
annulaires* E lles so nt destinées à bri de r plus ieurs
tendons réunis . Comme dans ces deux endroi ts , tous
ceux de la m ain ou du pied passent en un espace assez
étroit,
il falloit qu'ils fussent fortement maintenus.
D 'aille ur s ces sortes de gaines serven t aussi quelquefois
à changer leur d ire ct io n , com m e on le voit dan s ceux
qui vont se rendre au pouce , soit à sa face palmaire,
soit à sa face dorsale, et qui font manifestement un
angle à l 'endroit de leur passage sous la gaine. Les
tendons du
petit
doigt offrent aussi une disposition
analogue.
Ces sortes de gaines présen tent deu x grandes m o d i
fications : da ns les u n e s, co m m e à la partie an térie ure
d u
poignet,
tous les tendons se trouvent contigus
,
séparés seulem ent par u ne espèce de m em bra ne lâche
qui se trouve placée en tr ' eu x ; dans les au tres, com m e
à
la partie postérieure du poignet, sous la gaine
gé
nérale , se tro uv en t de p etites cloisons fibreuses qu i
isolent les tendons les uns des autres. En général ,
la résistance de ces gaines est e xtrê m em en t co ns i
dérable .
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I 9 4
S Y S T È M E
A R T I C L E
H U I T I È M E .
Des Aponévroses.
JN ou
s avons distingué deux classes d'aponévroses,
celles à enveloppe, et celles à insertion.
§
I
e r
. Des Aponévroses à enveloppe.
Les aponévroses à enveloppe sont générales ou
partielles.
Aponévroses à enveloppe générale.
'
Elles se trouvent autour des membres, dont e l les
assujettissent les muscles. Le bras, l 'avant-bras et la
m a in , la cu isse , la jam be et le
pied,
en sont pourvus.
Formes.
Elles
sont,
par leur
conformat ion ,
analogues
à
la for
m e du m em bre qu'e lles dé term ine nt en pa rt ie , et sur
tout qu 'e l les maintiennent, en prévenant le déplace
ment des parties subjacentes, déplacement qui aurait
lieu
sans ce sse , à cause de la laxité
de F
organ e cutané.
Leur épaisseur var ie . En général , plus les muscles
qu'el les recouvrent sont nombreux, plus cette épais
seur est gran de : voilà po urq uo i l 'apon évro se du fas-
cia lata l 'emporte sous ce rapport sur la brachiale;
po urq uo i F antibrac hiale est plus épaisse en devan t
qu'en arrière; pourquoi la plantaire et la palmaire
sont si pro no ncé es, tandis que que lques fibres se trou
ven t à peine sur la région dorsale du pied et de la m ain .
Il y a cependant quelques exceptions à cette règle:
par exemple, l 'enveloppe aponévrotique de la par t ie
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F î B R È Û Xi
i^5
postér ieure de la jambe n 'est point proport ionnée à
la force des jumeaux et du soléaire; aussi ces muscles
sont- i ls , plus que tous les autres, exposés à des dé-
placemens souvent très-douloureux qui forment la
c r ampe , e t qu ' i l faut bien dist inguer des douleurs ou
de l 'engourdissement qui résultent de la compression
d 'u n des ner fs des m em bres infér ieurs , com m e du
sc ia t ique , du planta i re ex tern e , compress ion pro du i te
par une fausse
pos i t i on ,
ou par toute autre cause ana
logue , etc.
En dehors , les aponévroses d 'enveloppe
générale
sont cont iguës aux tégumens. Un t issu extrêmement
lâche les unit à eux ; en sorte que ceux-ci peuvent
facilement glisser dessus dans les pressions exté
r ieures. Immobiles entre ces mouvemens et ceux des
muscles, elles les isolent entièrement; en sorte que la
peau et les m uscles qui lui corres pon den t , n 'o n t , sous
ce rapport , aucune inf luence l 'un sur l 'autre .
En dedans ces aponévroses sont en général lâche
ment jointes aux muscles par du tissu cellulaire.-
D'espace en espace, e l les envoient entre les diverses
couches muscula i res des p ro longemens nombreux ,
qui vont ensuite s 'a t tacher à l 'os, e t qui , en même
temps qu'e l les fournissent des points d 'a t tache, assu
rent la solidité de l 'enveloppe du membre*
Muscles tenseurs.
Les aponévroses à enveloppe générale ont presque
toutes un ou deux muscles par t icul ie rs , qui s 'y in
sèrent en tout ou en
p a r t i e ,
et qui sont destinés à
leur imprimer un degré de tension ou de relâche
ment p ropor t ionné à l ' é ta t du membre . Ce t te
dispo-
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l o 6 S Y S T È M E
si t ion est remarquable dans F inse r t ion , i ° . des grands)
do rsal et pec toral à la b rachiale , 2 ° . d u biceps à
Fantibrachiale , 3°. du grêle de
l'avant-bras
à la
pal
maire , 4° . du grand fess ier , du fascia lata à l 'apo
névrose de ce nom , 5° . des demi- tendineux, demi-
membraneux et biceps à la
t ib ia le ,
etc.
Co m m e dans les g rands m ouvem ens des m em bres ,
où tous les muscles sont le plus disposés à se dépla
cer , ceux-ci sont nécessairement en action, i ls dis
tendent fortement l 'aponévrose qui par là réfléchit le
m ou ve m en t q ui lui est co m m un iqu é , e t sur tout
résiste à tout déplacement. Le membre est
--
il en
r e p o s ,
les muscles tenseurs cessent leur contraction,
et l 'aponévrose se relâche. Je remarque que les mus
cles qui vont s'attacher aux capsules fibreuses, comme
à celle de l 'h u m ér u s, par ex em p le , remplissent vrai
ment , à leur
égard,
les fonctions des muscles ten
seurs à l 'égard de leurs aponévroses respectives.
La couleur de ces dernières est d 'un blanc res
plendissant ; sous ce rapport elles diffèrent de tous
les organes fibreux examinés jusqu'ici, et sont ana
logues aux ten do ns don t elles diffèrent cepend ant
u n p eu par leur n atu re : en effet, elles so nt m oins
pro m pte s à céder à la ma cération et à F ébulli lion ; leurs
fibres sont plus roides, plus résistantes.
11
n 'y a d 'a
ponévroses exactement identiques aux tendons, que
celles qui sont essentiellement formées par
leur
épa
nouissement ou qui
soni
à leur o rig ine , co m m e celles
répandues
sur le droiuantérieur
de la cu is se , celles qui
se cachent d ans les fibres charn ues d 'u n m uscle , et en
sortent ensuite pour devenir un tendon. En certains
endro i t s des membres ,
comme
au haut du bras par
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F I B R E U X . 197
exemple , les apo név roses d'env elopp e générale se
perdent insensiblement dans le tissu cellulaire, sans
qu'on puisse t irer de l igne de démarcation. Celte
disposition est presque exclusive au système fibreux;
au moins je n 'en connois aucun qui entrelace et
perde ainsi ses fibres dans le tissu cellulaire : elle est
d 'autant p lus remarquable , que la na ture des deux
tissus est essentiellement différente; i ls ne donnent
point les m êm es pro du its , n 'on t point le m êm e
ordre organique .
Les fibres des aponévroses générales ne sont guères
entrelacées qu 'en deux ou trois sens; cet entrelace
ment y est presque toujours assez sensible à l 'œil
nu. Mais j ' a i remarqué qu 'en plongeant une aponé
vrose dans l 'eau bouillante, et en l 'y laissant quelque
t e m p s ,
ses
fibres, dans le racornissement qu'elles
éprouvent a lors , deviennent encore beaucoup plus
sensibles. Cette observation est au reste applicable à
tout
le système fibreux, à ses organes surtout, dont
la textu re peu app arente semble au prem ier
coup,
d'œil
ê t re hom ogèn e. De ce tte m an ière , on dis tingue
aussi t rès-bien les f ibres de la membrane dure-mère.
Fonctions.
La compression habituelle exercée sur les mem
b r e s , par leurs aponévroses, outre les usages indi
qu és , a celui d'y favo riser la circula tion des fluides
rouges ou blan cs. A ussi les varices très - rares d an s
les veines profondes qui
accompagnentdes
a r t è r e s ,
sont-e l les extrêmement communes dans les super
ficielles placées hors de l'influence de
cetle
compres
sion que Fart imite dans l 'application des bandages
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i o 8 S Y S T È M E
se r ré s ,
dont l 'effet est si avantageux dans une foule
de maladies
externes
nées du défaut de
t o n ,
du re
lâchement des part ies. J 'a i constamment observé que
les
infîltrasions
séreuses commencent toujours par le
tissu cellulaire soucutané, que ce n'est que dans une
période avancée de
l'hydropisie,qu'on
trouve infiltré
celui qui est au-dessous des aponévroses, et qu'en
général il ne contient à proportion jamais autant de
sérosité que l 'autre. Dans la plupart des grandes dis
tensions des membres hydropiques , quand on a en
levé la peau, et que l 'eau subjacente s'est écoulée,
le membre enveloppé de son aponévrose n'est guères
plus gros que dans l 'état ordinaire. Les muscles non
revêtus de ces sortes d 'enveloppes, comme ceux si
tués sur les côtés de l ' abdomen, par exemple ,
s'in
filtrent avec bien plus de facilité.
Aponévroses à enveloppe partielle.
Ces apo?iévroses se rencontrent sur des parties
isolées , au-devant de l 'abdomen, sur la tête, au dos,
etc.
; elles sont ord ina irem en t d estin ées à retenir en
place vzi certain nombre de muscles qu'elles n'en
tourent point de tous côtés, comme les précédentes,
mais auxquels elles répondent seulement dans un
sens.
Leur épaisseur est beaucoup moindre que celle
des précédentes; elle est analogue aux efforts qu'elles
doivent supporter .
Toutes ont un muscle tenseur qui proport ionne
leur degré de relâchement ou de tension à l 'effort
des muscles voisins. Le droit antérieur au moyen
de ses intersections,
et
le pyramidal , remplissent cet
usage à l 'égard de l 'aponévrose abdominale; les pe-
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F I B R E U X .
1 9 9
t i ts dentelés po stérieu rs à l'égard de celle qu i r e
cou vre les m uscle s des g outtières vertébrales ; les
auriculaires, les frontaux et les occipitaux à l 'égard
de Fépicrânienne , e tc .
Les aponévroses d 'enveloppe dont l 'usage est uni
quem ent b orn é à un m uscle , com m e ce l le , par exem
p l e , du tempora l , manquent de musc le tenseur , e t
sont par conséquent toujours au même degré de
tension : c 'est sans doute pour cela qu'elles ont un
tissu très-serré , t rès-épais, comme celle que je viens
de citer en offre un exemple.
En général , l 'usage de toutes les aponévroses d 'en
veloppe soit générale, soit particulière, relatif à la
compression des muscles, est nécessi té par les dé-
placemens dont ils seroient susceptibles en se con
t rac tant , déplacemens manifes tes , i ° . lorsqu'on place
la main sur un muscle en action, e t qui est dépourvu
d ' aponévrose , comme l e
massetçr;
2
0
. lorsque , une
plaie ayant intéressé une partie un peu considérable
d 'une aponévrose d 'enveloppe , les muscles subja-
cens deviennent accidentel lement contigus aux tégu-
m e n s ; 5 ° . lorsque dans un animal on 'met à décou
vert les muscles d 'un membre, qu 'on ne la isse pour
les assujettir que le tissu cellulaire , et que dans cet
état on excite leur contraction.
4
0 >
Dans cer taines
plaies des m uscles arrivées à l ' instan t de leur con trac
tion, il est difficile de sonder ces plaies, parce que,
dans leur relâchement les muscles prenant une po
sition différente, les rapports changent entre les par
ties qui
formoient
les deux bords de la plaie, etc.
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2 0 O S Y S T E M E
§ 1 1 . Des Aponévroses d'insertion.
Nous avons distribué en trois espèces les aponé»
vroses
d'insertion.
Aponévroses d'insertion
à
surface large.
Elles sont très-nombreuses. Tantôt elles résultent
de l 'épanouissement d 'un tendon, comme on le voit
dans celles du droit antérieur de la cuisse; tantôt,
comme au masseter , e l les t i rent immédiatement leur
origine des os. Quelquefois c'est d'un seul côté que
se fait l ' insertion; d'autres fois c 'est des deux en
m ê m e
t e m p s ,
et alors elles représentent des espèces
de cloisons placées entre des faisceaux charnus,
qu'elles servent en même temps à séparer et à unir ,
comme on l 'observe dans le paquet de muscles qui
naît de chacun
des*
condyles de
1
hum érus .
Toujours ces aponévroses reçoivent dans une di
rectio n très-o bliq ue F inse rtion des fibres charnues,
Leur adhérence mutuelle est intime; j 'en parlerai en
trai tant des tendons.
Elles ont le grand avantage de multiplier prodi
gieusement les points d' insertion, sans nécessiter de
grandes surfaces osseuses. La largeur de toute la
fosse temporale ne suffirait pas pour le masseter ,
s'il
s'implantoit
par des fibres isolées. Au moyen des
cloisons aponévrotiques qui reçoivent ses fibres et
vont ensuite se fixer à l 'os, son insertion est con
centrée sur un des bords de l 'arcade zygomalique,
Aussi , en général , tous les muscles très-for ts , dont
les fibres sont
très-mullipliées
par
conséquent,
sont-»
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F I B R E U X . 2 0 1
ils entrecoup és par de semblables apo névro ses, co m m e
le de lto ïd e, les pté ryg oïd ien s, e t c . , en sont la preu ve.
Presque toutes ces aponévroses sont exactement
identiques aux tendons; plusieurs se continuent avec
eux, et alors leurs fibres restent dans la même di
rection. En général, c 'est un caractère de ces aponé
vroses, de
n'avoir
point leurs fibres entrelacées en di
vers sen s, com m e celles des aponév roses d'en velo pp e;
la raison en est simple
:
les fibres charnues auxquelles
elles donnent attache étant toutes à peu près dans
un sens , ou du moins ne
s'entrecroisant
pas, i l faut
qu'elles se comportent comme elles, puisqu'elles leur
sont continues.
J 'a i fa i t une expérience qui montre bien manifes
tement l ' identi té des tendons avec ces aponévroses:
elle consiste à faire macérer pendant quelques jours
un tendon : il devient souple alors; ses fibres
s'écar
tent; eu le distendant suivant son épaisseur , on en
fait une espèce de membrane qu'il seroit impossible
de dist inguer d 'une vraie aponévrose.
Aponévroses
d insertion
en arcade.
Elles sont beaucoup plus rares que les précédentes.
Lorsqu'un gros vaisseau passe sous un muscle, la
nature
emploie ce moyen, pour ne pas
interrompre
l ' insertion des fibres charnues. Le diaphragme pour
l'aorte , le soléaire p ou r la tibiale , en offrent un
exemple. L'insertion se fait sur la convexité, et le
passage du
va i s seau ,
sous la concavité de l 'arcade
dont les deux extrémités sont f ixées à l 'os. On a cru
long-temps
que les artères pouvoien t être com prim ées
sous ces arcades; et de là l 'explication des
anévrismes
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2 0 2
S Y S T E M E
p o p l i t é s ,
de l 'apoplexie par le reflux vers la tête du
sang gêné dans l 'aorte, etc. Mais il est bien évident
q u 'e n se co ntra cta nt, les f ibres charn ues doivent élar
gir le passage, loin de le rétrécir , puisque l 'effet né
cessaire de ces contractions est d 'agrandir en tous
sens la courbure aponévrotique, effet qui seroit tout
opposé, si leur insertion se faisoit à la concavité. Ces
sortes d 'aponévroses sont for tement entrelacées, e t
résistent beaucoup.
Aponévroses
d insertion
à
fibres
isolées.
Elles sont l 'assemblage d'une infinité de petits
corps fibreux tous distincts les uns des a u t r e s , qui
semblent se détacher du périoste , comme les fils du "
velours sor tent de leur trame commune. Chacune se
co ntin ue avec un e fibre cha rnu e ; en s orte q u e , lorsque
par la macération on a enlevé toutes les fibres, ces
pe tits corps de vie nn en t flottans et se vo ye nt parfaite
m en t b ie n , sur tout q uan d le pér ios te qu 'on a dé ta
c h é , est plongé dans l 'eau.
On conçoit que ce mode d' insertion de la part des
muscles, exige toujours de larges surfaces osseuses,
puisque chaque fibre a sa place propre : on en voit
un exemple dans la partie supérieure de l ' i l iaque,
du jambier antérieur, du te m p o ra l , e tc . Si tous les
muscles s ' inséroient de cette manière, dix fois plus
de surface dans le squelette ne suffiroit pas pour les
recevoir.
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F I B R E U X . 2 0 3
A R T I C L E
N E U V I È M E .
Des
Tendons.
J L J E S
te n do n s sont des espèces de corde s fibreuses,
intermédiaires aux muscles et aux
o s ,
t r ansme t t an t
aux seconds le m o u v e m e n t des premiers , e t jouant
dans cette fonction un rôle absolument passif.
§ I
e r
.
Forme des Tendons.
Communément s i tués aux extrémités du fa isceau
charnu, ils en occupent cependent quelquefois le
milieu, comme on le voit au digastr ique ; presque
toujours c 'est à l 'ex trém ité la plus m obile qu'ils se
rencontrent, celle qui sert d 'appui ayant des aponé
vroses po ur in ser t ion , com m e on le voit spécialement
à l 'avant-bras et à la jambe , dont tous les muscles
implantés en haut sur de larges surfaces osseuses ou
apo név rot ique s , se te rm inen t en bas par un tendon
plus ou moins grêle. De cette disposition résultent
i ° . peu d 'épa isseur à l ' extrém ité des m em br es , et par
conséquen t la faci li té de leurs m ou vem ens ; 2 ° . b e a u
coup de résistance aux pressions extér ieures tr è s -
fréquentes en cet
endroit,
le tissu fibreux
étant,
comme nous l ' avons d i t , ex t rêmement rés i s tan t ;
3° . la concentration de tout l 'effort d 'un muscle sou
vent très-épais sur une surface osseuse très-étroite ,
et par là m êm e l 'é te n d u e , la force des m ouv em ens
de l 'os, e tc .
Les formes tendineuses sont ordina irement a r ron
dies , sans doute parce que ce sont celles où sous le
moins de volume entre le p lus de mat ière . Quel-
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2 0 4 S Y S T È M E
quefois
cependant , comme aux tendons des ex
tenseurs de la jambe, de l 'avant-bras, e l les sont
applaties.
Parfois bifurques ou divisés en plusieurs prolon
gemens secondaires, les tendons s ' implantent aux
o s ,
ou bien reçoivent les fibres charnues en deux ou
plusieurs points différons. Tous sont recouverts d'un
tissu lâche qui leur permet de glisser facilement les
vns sur les autres , ou sur les parties voisines. Quel
quefois ce .tissu manque , et alors des capsules syno
viales les entourent pour favoriser leurs mouvemens.
L e u r extrémité où se fixent les fibres charnues re
çoit ces fibres différemment. Quelquefois c'est d'un
seul côté
qu'elles s'y
re nd en t; de là les mu scles
demi-
pen niform es : d'a u tre s fois c'est des de u x côtés en
même temps; ce qui consti tue les penniformes. Sou
vent le tendon enfoncé dans leur épaisseur ne peut
être m is à dé co uv ert , que par leur section longitu
dinale.
L'adhérence est extrême entre la f ibre charnue et
la tendineuse. Cependant, en les faisant long-temps
macérer,
en les sou m ettant
à
l'éb ull itio n, elles s'isolent
peu à peu l 'un e de l 'au tre . J'ai remarqué qu e dans les
jeunes sujets l 'union étoit bea uco up m oins intim e :
aussi en raclant à
cet
âge le te n do n avec un scalpel,
on en enlève le muscle, sans qu'ensuite il y paroisse ;
le poli est presq ue le m êm e là où s 'im plan toien t les
fibres, que là où elles manquent naturellement. L'ex
trémité du tendon fixée à l 'os , s 'entrelace avec le
périoste en s 'y épanouissant ordinairement; en sorte
que c 'est avec celte membrane, et non avec l 'os lui-
m ê m e , que le tendon fait c o r p s , parce qu'en 'effet
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F I B R E U X . 2 0 5
ce n'est qu'à elle qu'il est identique par sa nature :
aussi
s'il
trouve une membrane analogue , i l
s'y
fixe
également, comme on le voit dans l ' inser t ion des
muscles droits et obliques à la sclérotique , des ischio
et
bulbo
-
caverneux
à
la
m em bra ne du corps caver
n e u x ,
e t c . .
En général jamais les tendons ne s 'unis
sent qu'aux membranes fibreuses; les séreuses, les
muqueuses, tout organe en un mot étranger au sys
tème fibreux leur est aussi hétérogène.
§ . I .
Organisation des Tendons.
Le tissu fibreux
<
es t extrêmement ser ré dans
les
tendons; p lus ieurs
paroissent
homogènes au premier
coup d œil; mais , en les examinant avec soin, on v
distingue bientôt des fibres que réunit un tissu cellu
laire ser ré
et
en général très-peu a bo nd an t.
L
ébullition
rend très-sensibles ces fibres ; lorsqu'on plonge tout à
coup le ten do n dan s l 'eau bo uillan te à l 'end roit où il a
été coupé trans ve rsa lem en t, elles pr en ne nt un peu plus
d'épaisseur à cette extré m ité
d iv isée ,
se renflent pour
ainsi d i r e , et devie nn ent ainsi très-apparentes. A l 'en
droit où elles s 'épanouissent pour former une aponé
vrose ou
s'unir
au périoste, ces fibres se montrent
dist inctement sans nulle prép aration . D 'u n autre
cô té ,
comm e on pe ut tou jo urs , a insi que je l'a i
dit,
réduire
artif iciellement en aponévrose un tendon macéré, et
que dans cet état de macération, mou et lâche , i l se
prête à toutes les formes
qu on veut
lui donner , c 'est
encore un excellent moyen de bien distinguer les
libres tendineuses. Dans cette expérience très-simple
à
répéter,
je n'ai jam ais vu la form e en spirale des c y
lindres
t e n d i n e u x ,
dont quelques auteurs modernes
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2 o 6 S Y S T È M E
o nt pa rlé. Ce s fibres son t da ns le te n d o n comme à
l 'end roit où elles s 'en éca rten t p ou r form er u ne apo
névrose, c 'est-à-dire en l igne droite .
Le sang n'aborde presque point dans le système
vasculaire des te n d o n s; m ais da ns certaines inflamma
tions , ils en son t tou t p én étr és . J'ai vu u n de ceux des
extenseurs , mis à découver t dans u n pa na ris , par un
chirurgien de campagne, tellement rouge, qu'il avoit
l 'apparence d'un phlegmon. Cependant je remarquai
qu e cette couleur n'élo it po in t, co m m e dan s plusieurs
autres organes enflammés, dépendante de beaucoup
de petites stries ro ug eâ tre s, indices des exhalans rem
plis de sang : mais elle étoit uniforme, comme par
ex em ple un corps tein t en ro ug e. E n gé né ra l, il paroît
que de tout le système fibreux , ce sont les tendons
qu i on t le m od e d e vitalité le m oin s énergiq ue , et les
forces vitales les plus obscures. En les disséquant sur
u n animal
vivant,
j 'ai trouvé qu'ils avoient exactement
la mê m e disposition q ue s ur le cada vre
:
les sucs blancs
qui les pénètrent, ne coulent point sous le scalpel;
ils sont
seds ,
s'enlèvent par couches. Ils ne paraissent
avoir à eux qu 'une tempéra ture
très-foible;
car, en
général, le degré de chaleur d'un organe est propor
tio nné à la q uan tit é d e vaisseau x sa ng uin s qu 'il reçoit'.
Si dans le corps ils sont à la température générale, ce
ne peut être que parce que les organes voisins leur
communiquent la leur . 11 ne se dégage pas dans leur
tissu de calorique.
L es ten do ns ont un e affinité rem arq ua ble avec la
gélatine, et même avec le phosphate calcaire : là où
ils glissent sur un
o s ,
et où ils souffrent un grand
frottement ,-ils présentent un endurc issemen t que les
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F I B R E U X . 2 0 7
auteurs a t tr ibuent à la
p r e s s i o n ,
en le comparant à
l 'endurcissem ent calleux de la plante des pi ed s, m ais
qui est dû év ide m m en t à un e exhalation dan s le
tissu tend ineux des d eu x substances pré céd en tes , ex
hala t ion que dé termine le mouvement , e t d 'où na î t
une ossification véritable.
C 'es t
ainsi,comme
no us l 'avons
dit,
qu e se form ent
les différens
sésa m oïd es, e t la rotule en p art ic uli er ,
os dont le tissu diffère manifestement de celui des
autres, parce qu'au milieu de la gélat ine et du phos
phate calcaire qui le pénètrent, i l lui reste une partie
de tissu fibreux, qui n'est point envahie par ces subs
tances,
et
qu i est assez con sidérab le p ou r
que son
mo de
de vitalité et d 'organisation tienne autant et plus de
celui du système fibreux, que de celui du système
osseux.
A u re st e, si on détache la rotule ou u n os sésamoïde
quelconque, en y la issant une port ion tendineuse de
chaque
c ô t é ,
et q u'o n les expose à Faction d 'un ac id e,
cette substance calcaire est enlevée , les fibres de l'os
restent à
n u ,
et on voit qu'elles sont un e co nti nu atio n
de celles du tendon qui est alors ramolli.
Le s muscles delà vie organique, la plupart de ceux
qui dans la vie animale forment des sphincters, sont
dépo urvus des ten do ns . C e t issu bla nc , ces cordes ar
gentées qu 'on t rouve dans le cœur , n 'ont nul lement
la na ture des tendons des membres .
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2 o 8 S Y S T È M E
A R T I C L E
D I X I È M E .
Des
Ligamens.
IN ou
s avons distingué les ligamens en ceux à fais--
ceaux rég ul ier s, et en ceux à faisceaux irréguliers.
§ Ie
r
* Ligamens à faisceaux réguliers.
Ils se rencontrent en général dans presque toutes
les articulations
mo b i l e s ,
sur les côtés spécialement :
de là le no m de ligam ens latéra ux sous lequel la
plupart sont désignés. Quelques-uns cependant
sont
étrangers aux ar t iculat ions, comme on en voit un
exemple dans celui tendu entre les apophyses eora-
coïde et acromion, dans ceux qui complètent les di
verses échancrures osseuses , Forbitairc par exemple.
Ces organes forment des faisceaux tantôt arrondis,
tan tô t
app la t i s ,
fixés ou plutôt entrelacés au périoste
par leurs deux extrémités, faciles à enlever avec lui
dans l 'enfance, tenant à l 'os dans l 'adulte par
l'ossi
fication des lames internes de cette membrane.
Leur analogie avec les tendons est très-marquée:
la différence extérieure est qu'ils tiennent au périoste
des deux côtés, tandis que d 'un côté
les
tendons se
co ntin ue nt aux m uscle s. On voit quelquefois le même
organe être tendon à un âge ,et l igament
à
u n autre.
Celte disposition est remarquable dans le ligament
inférieur de la rotule. C ep en da nt il y a , com m e nous
l 'avons r e m a rq u é, des différences de composition
entre les uns et les autres.
Tous résultent d 'un assemblage de f ibres
parai-
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F I B R E U X . 209
lèles
au
m i l ie u ,
divergentes aux e xtré m ités , unies par
un tissu
cellulaire
plus lâche que celui des
t e n d o n s ,
et qui souvent contient quelques floccons graisseux.
Ce tte substance s 'y p orte quelquefois si ab on d am
ment , qu'ils prennent un aspect analogue à
celui
des
muscles graisseux
:
j 'a i fait cette obse rvation aux liga
mens du genou d'un sujet d 'ailleurs très-maigre.
Il y a qu elqu es vaisse aux sang uins da ns les liga
m e n s . Dans cer taines maladies désar t iculat ions, leur
système vasculaire se développe d'une manière
très*
rem arq ua ble , e t ils sont pénétrés d 'une grande qua n
tité de sang ; aucun nerf n'y est sensible.
Quelquefois le tissu ligamenteux se transforme en
une matière lardacée où toute espèce de fibres dispa
raît, qu i revien t rare m en t à son état
primitif,
et
qui se rencontre presque toujours dans des affections
organiques, mortel les pour le malade.
Les ligamens unissent fortement les surfaces os
seuses , empêchent leur déplacement , e t cependant
permettent de faciles
m o u v e m e n s ,
double fonction
qu'ils remplissent en vertu d'une double propriété ,
de leur résistance d'une part, de leur mollesse et de
leur flexibilité d'autre part : quelquefois en dehors ils
servent à quelques insertions musculaires.
§
IL Des ligamens à faisceaux irréguliers.
Ce sont des fibres
i r régul iè res ,
parsemées
çà
et là
sur les surfaces osseuses, sans aucun ordre , entre
croisées en divers sens entre le sacrum et l 'os iliaque,
sur le sommet de Facromion, e tc . On voit plusieurs
de ces fibres, qui se trouvent aussi çà et là, autour
de plusieurs articulations mobiles ; beaucoup de tissu
11.
*4
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2 1 0 S Y S T È M E
F I B R E U X .
cellulaire les sépa re. Elle s n e peu ve nt offrir aucune
considération générale.
En général le système fibreux n'est point aussi ré
gulièrem ent organisé d an s les ligamen s qu 'il l 'est dans
les tendons, que le système musculaire l 'est dans
les
muscles , etc. Dans les ligamens, même à faisceaux
réguliers, on voit souvent des fibres se porter en
différentes
directions,s'écarter
du faisceau principal,
sans aucun ordre bien dist inct .
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S Y S T E M E
FIBRO-CARTILAGINEUX.
J _ J E système fibro-cartilagineux se compose de divers
organes que les anatomistes ont tantôt placés parmi
les cartilages, et tantôt parmi les l igamens, parce
qu'en effet ils participent de la nature des uns
et
des
autres . J 'en fais un système m oyen aux deux p ré
cédens
,
dont l'intelligence facilitera celle de celui-ci.
A R T I C L E P R E M I E R .
Des Formes
du
Système Jibro - cartila
gineux.
U N pe ut dis tribu er dan s trois classes les organes
fibro-cartilagineux.
La première comprend ceux qui occupent les
oreilles , les aîles du nez , la trachée-artère , les pa u
pières,
etc .
Ils sont très-m inces , comme m emb raneux ,
tantôt disposés en un plan uniforme, tantôt recourbés
sur eux-mêmes en différens sens. Comme leur posi
tion
ni
leurs fonctions n 'on t r ien de c o m m u n , no us
n 'en em prun teron s point leur dén om inat io n, qui sera
tirée
de
leurs formes. O n peu t désigner
ces
subs
tances sous
le
nom de fibro-cartilages membraneux.
Au res te , c 'es t non-seulement
par sa
forme
,
mais
encore par sa
n a t u r e ,
que cette classe diffère des au
t r e s , comme nous
le
verron s.
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2 1 2
S Y S T E M E
Dans la seconde classe se rangent les substances
interarticulaires , qui occupent l ' intervalle des arti
culations m o b i l e s , soit que libres en partie dans la
cavité , comme celles du genou , de la mâchoire infé
rieu re , etc . , elles se p o rte n t, suivant les mou vem ens,
en différons sens, soit que, comme celle du corps des
vertèbres , elles se fixent d'une manière solide, quoi
que mobile, sur lessurfaces osseuses. Cesorganes sont
en général plus épais que les précédens, singulière
ment variables dans leur fo rm e, représen tant commu
né m en t des espèces de la m e s , quelquefois percés à
leur milieu dans les cavités articulaires , disposés en
faisceaux très-épais et figurés c om m e le corps des ver
tèbres à la colonne vertébrale. On peut les désigner
sous le nom de fibro-cartilages articulaires.
Je rapporte à la troisième classe certaines portions
du périoste où cette membrane change entièrement
de
n a t u r e ,
se pénètre de gélatine, et offre un aspect
d'abord analogue à celui des cartilages , mais où il est
facile cependant de distinguer le tissu fibreux. Ces
port ions se trouvent dans les gaines tendineuses, où
elles facilitent le glissement des tendons, et garantis
sent les os de leur impression. On peut les nommer
fibro-cartilages des gaines tendineuses.
Ces trois classes de fibro-cartilages, quoique très-
analogues , n 'ont exactement n i la même s t ruc ture ,
niles
mêmes propriétés vi ta les, ni la même v ie ; en
sorte que le système qu'elles forment n'est point aussi
homogène dans ses diverses divisions, que les sys
tèmes osseux, muscula i re , animal , e tc . , e tc .
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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X .
2 l 3
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisation du Système fibro - cartila
gineux.
§ I
e r
. Tissu propre à l Organisation du Système
fibro-cartilagineux.
J L I E
tissu propre à l 'organisation du système fibro-
car t i lagineux es t composé , comme son nom l ' indi
q u e , d'une substance fibreuse, p l u s , d'un véritable
cartilage.
La substance fibreuse est comme la base de l'or
gane. On
dist ingue cette base d 'une manière très*,
manifeste dans les fibro-cartilages des coulisses ten
dineuses et des ar t iculat ions, dans ceux surtout du
corps des v ertè br es ; e lle est b ien m oins app arente
dans les fibro-cartilages membraneux. Elle se trouve
tantôt entrelacée , tantôt parallèlement disposée. En
général sa na tu re est abs olum ent la mê m e q ue dan s
le systèm e fibreux,dure,résistante, de ns e et s er ré e :
de là la force très-grande qu'ont en partage les diffé
rons organ es d e ce systèm e
;
de là ,
ï °.
la solidité avec
laquelle les vertèbres sont maintenues
entr'elles
.
2P. la difficulté d e r o m p r e , de dé ch irer les fibro-car
tilages d u genou , de la m âc h o ir e , de la clavicule, etc. ;
3° . la résistance qu'op po se celui du cub itus aux luxa
tions inférieures de cet
os , .
luxations qui clans les
pronations forcées ont beaucoup de tendance à se
faire , et qui n e saur oie nt avoir lieu san s la ru p tu re
de ce fibro-cartilage.
J'ai
vu un exemple d 'un dé pla -
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2
i 4 S Y S T È M E
cernent semblable non réduit: le fibro-cartilage avoit
ent iè rement d isparu . 4° - Ln ployant les véritables
cartilages, i ls se cassent à peu près comme une rave:
ces organes au contraire se ployent en tous
sens,ré
sistent au x agens qu i les d is te n d en t. 5° . O n voit des
hommes imprudens soulever des enfans par les pa
villons des oreilles,
dont
les fibro-cartilages supportent
avec facilité le poids de tout le corps. Je suis persuadé
que ceux du nez po urro ien t rem plir la m êm e fonc
tion. 6°. On sait que dans les anévrismes de l 'aorte
pectorale ou v e n tr a le , les corp s m êm es des vertè
bres sont beaucoup plutôt
u s é s ,
résistent moins par
conséquent que les substances qui les unissent.
La portion cartilagineuse paroît être comme inter
posée dans les fibres, dont elle remplit les intervalles.
Elle est très-manifeste surtout dans les fibro-cartilages
articulaires et dan s ce ux d es coulisses : c'es t d'elle qu'ils
em pr un ten t la co uleur blan châtre qu i les caractérise,
l'apparence inorganique que leur section offre en plu
sieurs endroits, l 'élasticité qu'ils ont spécialement
en pa rtage . So um is à l 'é bu llit io n, les fibro-cartilages
articulaires, comme ceux des coulisses tendineuses,
dev ienn ent jau nâ tre s, tran spa ron s, se fondent en géla
t i n e ,
qu oiq u'a ve c p lus de peine qu e les vrais cartilages.
Q u an t au x fibro-cartilages m em b ra n eu x d e l 'oreille,
du nez , de la trachée-ar tère , de
l'épiglotte
, des pau
pières , leur composition paroît être très-différente,
l 'action de l 'eau bouillante ne les réduit point à l 'état
gélat ineux, au moins d 'une manière sensible; i ls
res
tent blanchâtres , se ramollissent peu , présentent un
aspect tout différent de celui d'un organe fibreux ou
des autr es organ es fibro-cartilagineux bou illis , qui se
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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X . 2 l 5
l iquéfient, après être devenus jaunâtres et demi-trans-
p aren s .
L' in spe ction des orei lles des anim aux qu 'on
sert sur nos tables le pro uv e m anifestem ent : j e F ai fré
qu em m en t constaté dan s m es expériences. Je connois
peu de tissus qui da ns l 'écono m ie ressem blent à celui-
là . Q ua nd il
a
bouilli u n peu lo ng-tem ps, F espèce de p é
r ios te qui F en to ur e ,
s'en
dé tach e; lu i-mêm e se ro m p t ,
éclate en plus ieurs en dro its
:
les ann eau x de la trachée -
ar tère nous offrent sur to ut un exem ple d e ce dern ier
phénomène .
Exposé quelques jours à la macéra t ion, ce t i ssu ,
de blanc qu ' i l é to i t , devient d 'u n rouge très-apparent .
Cette couleur est plus foncée que celle qu'acquièrent
dans F eau les cartilages d'ossification : tient-elle au x
m êm es cause s? Je l 'ignore .
Lorsqu'on fait macérer les fibro-cartilages inter
vertébraux, leurs lames fibreuses prennent aussi cette
teinte rougeâtre que je n'ai point vue se manifester
d an s les au tre s fibro-cartilages articulaires , n o t a m
ment dans ceux du genou.
L a dess iccation ren d d u rs et ca ssa nts , les fibro-car
t i lages membraneux :
ils
ne prennent point non plus
alors la co uleur jaun âtre d es
t e n d o n s ,
des apon évroses
desséchés; ils ont un aspect particulier.
Soumises à cette expérience , les substances inter
vertébrales prennent une transparence
r emarquab le ,
différente aussi de celle du système fibreux, sans teinte
jau nâ tre . Da ns les prem iers jours de leur macération ,
ces substances, lorsqu'el les ont é té détachées entiè
rement de leurs ver tèbres , se gonf lent ,
s'élèvent
en
form ant un e espèce de cône creu x do nt le som m et est
repré sen té par le m ilieu qu i se boursoufle surtout, e t
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2 l 6
S Y S T È M E
la base par la circonférence qui reste à peu près dans
l 'é ta t naturel .
La plupart des fibro-cartilages manquent en général
de péricondre : cela est manifeste dans ceux des cou
lisses tendineuses où l 'os d'un
c ô t é ,
la membrane sy
noviale de l 'autre , revêtent l 'organe, dans ceux des
art iculat ions qu e cette m em br an e en tou re des deux
c ô t é s ,
dans ceux des vertèbres auxquels correspon
de nt seulem ent les ligam ens ve rté br au x antérieurs et
postérieurs. Quant aux fibro-cartilages membraneux,
il y a sur eux un tissu fibreux extrêmement distinct;
il est épais, intimement adhérent au tissu propre de
l'o rg an e , facile à être b ien vu pa r la m acération qui
le blanchit d 'une manière
très-sensible ,
et qui par là
le différencie totalement du tissu fibro-cartilagineux
qu i est au m ilieu . E n fen da nt u n fibro-cartilage de
l 'oreille , du nez, celui de Fépiglotte, etc.,après qu'ils
ont séjourné dans l 'eau , ce fait devient très-évident,
surtout pendant l 'époque où ils ont la rougeur que
j 'ai indiquée.
Le système fibro-cartilagineux paroît avoir à peu
près les mêmes rapports avec les sucs digestifs, que
les systèmes fibreux et cartilagineux de la nature des
qu els il pa rticip e ; il est difficilement alté ré par ces
sucs dans l 'état de crudité. La coction, en le ramol
l issant , donne plus de pr ise à
leur
action : il devient
alors plus digestible. E n gé né ral, il do nn e un aliment
m oins propre à la
n u t r i t i o n ,
que celui fourni par
beaucoup d 'autres systèmes.
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§
11. Parties communes à l Organisation du Sys
tème fibro-cartilagineux..
L e s org anes co m m un s des fibro-cartilages sont assez
pe u pron on cé s ; le tissu cellulaire y est en p etite p ro
port ion , e t s 'y trouve te l lement serré , qu 'à peine
peut-on le dist inguer : la macération le rend cepen
dant apparent .
Peu de sang pénètre leur système vasculaire dans
l 'état ordinaire : je m'en suis assuré en disséquant un
animal tué exprès par
Fasphixie
, m aladie où le sang
s'accumulant dans les capillaires intermédiaires aux
artère s et aux ve ine s, vers la tête su rto u t, ren d ces c a-
pillaires extrêmement apparensjmaisdans
l ' inflamma
tion, qui du reste est rare dans les fibro-cartilages, ils
sont ex trêm em en t injectés. O n n 'y suit point de nerfs .
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système Jibro-cartïlagineux.
§
I
e r
- Propriétés physiques.
A-/ÉLASTICITÉ
appartient essentiellement à ce sys
tème. Cette propriété est t rès-manifeste , i ° . dans les
fibro-cartilages de s ore ille s, lo rsqu 'on les ploie su r eux -
m ê m e s ;
2
0
.
dans ceux du nez , lorsqu'on les tord en
divers sens ; 3°. dans ceux de la trachée-artère, lors
qu'on vient à les comprimer, ou qu'après les avoir
coupés longitudinalement, on écarte les bords de là
d iv i s ion , comme on le prat iqu e dans la trachéotomie
dont le but est l 'extraction d'un corps étranger. Elle
rempli t un usage important dans l 'espèce de vibra-
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2 l 8
S Y S T E M E
tio n qu i se fait dan s les pr em ier s lors de la perception
des s o n s , dans les seconds lors de la production de
la voix. 4°'"C'est en vertu de leur élasticité, que les
fibro-cartilages articulaires servent comme d'espèces
de coussins qui favorisent, en se comprimant, et
en revenant ensui te sur eux-mêmes, le mouvement
des surfaces osseuses auxquelles ils correspondent;
5 ° . que ceux des vertèbres en particulier, affaissés
pendant le jour , réagissent durant le repos, e t ren
dent ainsi la stature du matin supérieure de quel
qu es d egrés à celle du soir. 6 ° . En fin da ns le glisse
ment des tendons sur leurs fibro-cartilages, l'élasticité
de ces dern iers favorise le m ou ve m en t d 'un e m a
nière manifeste.
Cette élasticité des fibro-cartilages est réunie en eux
à une souplesse remarquable ; ils se plo ien t dan s tous
les sens sans se ro m p re . Pa r la pre m ière pr op rié té, ils
tiennent surtout au système cartilagineux; par celle-
c i , ils se rapprochent du système fibreux. Il n'est pas
étonn ant q u 'é tan t interm édiaires à ces de ux systèmes
par leur te x tu re , ils le soient aussi par le urs pro priétés .
§ IL
Propriétés de tissu.
L'extensibilité est assez souvent mise en jeu dans
le systèm e fibro-cartilagineux. J'a i vu u n poly pe
qui avoit tellement dilaté les
ouvertures
an té r ieures ,
et par conséquent les fibro-cartilages des
n a r i n e s ,
que
leur diamètre étoit au moins tr iplé en étendue. L'ex
trémité externe et cartilagineuse du conduit auditif
présente souvent, par la même cause, une distension
analogue. Dans les torsion s diverses d e la colon ne ver
tébrale, la portion des fibro-cartilages correspondante
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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X . 2 1 9
à la convexité des c o u r b u r e s , s*alonge bien manifes
tem ent , tand is que la po rtion opposée, se d ép rim e, etc.
Cette extensibilité est au reste soumise , dans beau
coup de cas, à la même loi que dans le système
fibreux , c 'est-à-dire qu'elle ne peut être mise en ac
tivité que d'une manière lente et insensible.
La contractili té de tissu s 'observe lorsque, dans les
cas do n t je viens de p ar le r, la cause de distension
disparaît . Ainsi après l 'extraction du polype cité, la
narine repri t peu à peu son diamètre naturel . J 'a i
enlevé dans un chien un tendon de sa coulisse, en le
cou pan t à une ex tré m it é , e t en le t i rant par F a u t r e , de
m an ière à laisser intacte et vide la gaine qui le c o n te -
noit : cette gaine et le fibro-cartilage sont peu à peu
revenus sur eux-mêmes, e t la cavité a disparu. Dans
le carcinorne de l 'œil , où on n 'enlève pas les pau
pières , les tarses q u i s'étoient très-alongés avec ces
voiles m ob iles , revienn ent peu à peu sur eu x-m êm es,
e t reprennent leurs d imensions , après l ' ext i rpa t ion
de la tumeur qui les distendoit. Au reste, i l faut bien
dist inguer ces phénomènes de ceux qui sont le pro
du it de l 'élasticité : ces de rnie rs sont pro m p ts , su bits ;
fortement distendu, le f ibro-cartilage de l 'oreille
cède un
p e u ,
et revient tout à coup sur lui-même :
les autres, au contraire, sont caractérisés le plus sou
vent par une lenteur remarquable.
§
111. Propriétés vitales.
Toutes les propriétés vitales sont très-peu caracté
risées dans les fibro-cartilages ; point de sensibilité
ni de contractili té animales dans l 'état naturel :
la
prem ière se développe cepen dant p ar l 'inf lamm ation.
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2 2 0 S Y S T E M E
La sensibilité organique et la contractilité insensible
ne s 'y trouvent qu'au degré nécessaire à la nutrition.
Jamais il n 'y a de contractili té organique sensible.
C ette obscuri té dans les prop riétés
vi tales ,
impr ime
à tous les phénomènes de la vie des organes qui nous
occupent,
un e lenteur rema rqua ble . J'a i
observé
qu'en
faisant aux oreilles d'un chien une section longitu
dinale , e t en réunissant ensuite les bords
delà
plaie
par un point ou deux de suture , la peau, au bout
de peu de
j o u r s ,
est e xa cte m en t recollée ; m ais ce
n 'est qu 'au bout d 'un temps bien plus long, que
la
réunion du car t i lage s 'opère au-dessous, comme
on
peut
le
voir en examinant les parties après la réunion
des tégumens. Je présume que la même chose arr i-
voit dans l 'opération autrefois usitée de la trachéo
tomie, où les parties molles formant d'abord la cica
trice , m ain ten oie nt en co ntact les demi-anneaux
cartilagineux, qui finissoient enfin par s'agglutiner
en t r ' eux .
C'est encore à cette obscurité des prop riété s vitales
de s fibro-cartilages, à leur peu d 'é n e rg ie , qu'i l faut
rapporter sans doute aussi la rareté des maladies de
ces organes. Je connois peu de systèmes organiques,
dans l ' économie animale , qui soient p lus rarement
affectés que celui des fibro-cartilages du nez, des
oreil les, de la trachée-ar tère , e tc . La gangrène les
attaque difficilement ; ils ne sont presque pas altérés
par elle , tan dis q ue les partie s molles qu i les e n to u re n t
sont déjà toutes noires. On connoît peu l 'espèce de
fluide qu'ils ren de nt dans leur su pp ura tio n. L a form a
tion du pus paroît même y être très-rare , vu leur
peu d'activité vitale.
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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X . 2 2 1
Comme ces organes ne sont presque jamais ma
lades , o n rie pe ut que difficilement connoître leurs
sympathies : je n 'e n p uis citer au cu n exe m ple.
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Développem ent du Système fibro-cartila
gineux.
§ I
e r
. État de ce système dans le premier âge.
JL/A N S
les premiers temps de
l'existence,
les fibro-
cartilages articulaires sont assez développés ; ce qui
paroît être l'effet de la largeur des articulations à
cette époque. En
effet,
comme les extrémités des os
sont plus grosses à proportion, pendant qu'elles sont
cartilagineuses, qu e lorsqu e
F
état osseuxles a env ahies ,
les articulations sont aussi proportionnellement plus
larges,et
les organes qu'elles renfe rm ent plus m arq ués .
Les fibro-cartilages des coulisses, qui se trouvent
presque tous, comme on sai t , s i tués aux extrémités
des os longs, ne sont point , dans le premier âge,
distincts des cartilages d'ossification, qui forment
alors ces ex tré m ités . C on fo nd us avec e u x , ils n'offrent
aucune ligne de démarcation lorsqu'on coupe l 'os à
leur niveau. Cet état subsiste jusqu'à l 'entière ossifi
cation ; alors les fibro-cartilages des coulisses restent
isolés,
comme les cartilages des extrémités osseuses.
La port ion gélat ineuse interposée paroît prédo
miner, chez l 'enfant, sur la portion fibreuse dans les
fibro-cartilages articulaires et dans ceux des coulisses.
Cela est remarquable dans les substances interverté-
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2 2 2 S Y S T E M E
braies, où cette espèce de mucilage qui occupe
le
ce n tr e, est en raison inverse d e l 'âge pou r la quan tité,
et où les fibres se prononcent aussi toujours davan
tage.
Au pubis, tout est presque homogène chez le
fœtus ; les fibres transversales ne deviennent bien
apparentes que dans un âge plus avancé. Les articu
lat ions du genou,
de
la m âch oire , etc. , no us présentent,
da ns leurs fibro-cartilages la m êm e disp ositio n. L 'ébul
lit ion en extrait alors une quantité beaucoup plus
grande de gélatine; ils ont plus l 'aspect lisse des car
tilages.
Les fibro-cartilages membraneux se développent
en général de bonne heure, ceux de l 'orei l le , des
yeux et du nez spécialement. On les voit très-pro
noncés
dans
le fœ tus . J'ai observé
sur
d eu x acéphales,
q u e , comme toutes les autres parties de la face, ils
avoient un volum e extrême m ent rem arq ua ble , e t b ien
supérieur à celui de l 'état ordinaire. Au
r e s t e ,
tout le
systèm e fibro-cartilagineux es t, da ns le fœ tu s, extrê
m e m e n t
m o u ,
souple et peu résistant.
§ 1 1 . État du Système fibro-cartilagineux dans
les
âges
suïvans.
Ce système se fortifie à mesure qu'on avance en
âge
:
da ns le vieillard , il de vie nt d u r , difficile à cé der ,
parla nature particulière que prennent ses substances
nutritives.C'est à cettecirconstance qu'il faut attr ibu er
ï °. la roid eu r et l 'inflexibilité de la colo nn e ve rté br al e,
d o n t les fibro-cartilages m ain tie nn en t to ute s les pièces
dans une espèce d ' im m ob il i té ; 2 ° . unepartiedes diffi
cultés que le vieillard éprouve à entendre les
s o n s ,
la conque ne pouvant plus vibrer et les réfléchir aussi
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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X . 2 2 3
bien; 5 ° . la m oin dre susceptibi l ité de ses nar ines pou r
se dilater, leurs fibro-cartilages cédant moins à l'effort
musculaire q u i , d u r e s t e , est aussi moindre ; 4°« les
difficultés du glissement des
t e n d o n s ,
leurs coulisses
étant beaucoup moins souples, e tc .
Les fibro-cartilages
on t ,
en
g é n é r a l ,
beaucoup
moins de tendance à s'ossifier chez le vieillard, que
les cart ilages p rop rem en t di t s . L es m em bra ne ux n e
m 'ont jam ais offert ce ph én om èn e : peu t-être cela
tient-il chez eux à cette texture particulière, et même
à la différence des principes qu i en tre nt dans leur
composition, à la petite quantité de gélatine qu'on y
trouve. P ar m i les articu laires , il n 'y a guère qu e ce ux
des vertèb res q ui quelquefois se pé nè tren t d e phos
phate calcaire ; ce qui est rare cependant. Ceux des
coulisses sont comme les cartilages des articulations
mobiles
;
ils gardent constam m ent leur n a t ur e ; seule
ment dans l 'extrême vieillesse, leur épaisseur paroît
un peu diminuer par l 'ossification de leurs lames qui
correspondent à l 'os; ce qui , du reste , est t rès-peu
sensible.
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S Y S T E M E M U S C U L A I R E
D E L A V I E
A N I M A L E .
|
j E
système musculaire général est bien manifes
tement divisé en deux grandes sections , différentes
essentiellem ent l 'un e de l 'a u tr e , pa r les forces vitales
qui les animent, par leurs formes extér ieures, par
leur mode d'organisation, et surtout par les usages
qu'ils remplissent, les uns dans la vie animale, les
autres dans la vie organique. Nous ne
les
considére
rons donc point ensemble . Co m m enço ns
pari'examen
des muscles de la vie animale : ceux-ci sont répandus
en très-grand nombre dans le corps humain. Aucun
système ne
f o r m e ,
par son ensemble , un volume
plus considérable; aucun n'occupe plus de place dans
l 'économie. Outre les régions nombreuses que rem
plissent les m us cle s, ils form ent un plan gén éralement
répandu sous la peau, qui par tage, pour ainsi dire ,
les fonctions de cet organe, protège comme lui les
part ies subjacentes, essuie impunément comme lui
Faction des corps extérieurs, peut même être divisé
dans une étendue plus ou moins considérable , sans
que les fonctions générales de la vie en souffrent sen
siblement; ce qui le rend très-propre à défendre les
•organes
plus profonds, dont la lésion serait funeste.
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S Y S T È M E M U S C U L A I R E
e t C .
2 2 $
A R T I C L E
P R E M I E R .
Des Formes du Système musculaire de la
Vie animale.
U o u s
1? rapport de leurs formes extér ieures, les
muscles peuvent se diviser, comme les o s, en m uscles
longs,
larges et courts. Leur disposition varie suivant
ces trois formes générales.
§
I
e r
-
Formes des M uscles longs.
Les muscles longs occupent en général les mem
b res , à la conformation desquels la leur est accom
modée. Séparés de la peau par les aponévroses , de
l 'os par le périoste, i ls se trouvent comme dans une
espèce de gouttière fibreuse qui les relient fortement,
et où ils sont disposés par couches plus ou moins
nombreuses, dont les profondes se trouvent assujet
ties dans leur place par les superficielles, qui, à leur
tour, ont les aponévroses pour les maintenir . I ls sont
très-longs dans celles-ci; communément ils y appar
t iennent aux mouvemens de t ra is ou quatre
o s ,
et
même davantage , comme le coutur ier , les demi- ten
dineu x et m em b ra n eu x , le bic ep s, les fléchisseurs, les
extenseurs ,nous en offrent des exemples. A mesure
qu'ils de vie nn en t plus p ro fo n ds , ils sont aussi plu s
courts e t presque toujours dest inés seulement aux
mo uvem ens de deux
o s ,
com m e le brachial an tér ieu r ,
les adducteurs, le pectine, e tc . en sont la prouve.
D e s co uches celluleuses les s épa rent ; elles son t
lâches là où s 'exercent de grands mouvemens, plus
11. i5
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2 2 6
S Y S T E M E
M U S C U L A I R E
serrées là où ces mouvemens sont moindres, t rès-
épaisses là où des vaisseaux et des nerfs glissent entre
les faisceaux musculaires. Souvent des espaces plus
ou moins larges, remplis de tissu cellulaire, éloignent
ces faisceaux les un s d es au tre s. On distingu e les mus
cles longs en simples et en composés. Ils sont simples
quand un seul faisceau entre dans leur formation,
composés quand ils résultent de l 'assemblage de plu
s ieurs .
Ces faisceaux se comportent alors de deux
manières différentes : tantôt en effet c'est en haut du
muscle qu'est sa d i v i s i o n , comme on le voit aux
biceps brachial et fémoral; tantôt c'est inférieurement
d u
côté le
plus m ob ile, que cette division se ren co ntre ,
co m m e aux m uscles fléchisseurs et e xten seurs de la
jambe et de l 'avant-bras.
Souvent isolés les uns des
a u t r e s ,
les muscles longs
tiennent quelquefois ensemble par des aponévroses
m o y en n e s, qui confondent un e port ion plus ou moins
considérable de deux, trois e t même quatre de ces
organes voisins. L'or ig ine des m uscles des
lubérosités
interne et externe de l 'humérus présente cette dispo
sition , d'o ù résu lte un avan tage essen tiel dan s les
«mouvemens généraux du membre. Alors en effet la
co ntrac tion de chaque m uscle s er t, et à faire mouvoir
en bas le po int m obile auq uel il
s'attache,
et à affermir
en haut le point fixe des muscles voisins qui se con
t rac tent en même temps que lu i .
T o u t m usc lelon g est en général plus épais dan s son
milieu qu'à
ses
extrémités, forme qui t ient au mode
d'insertion des fibres charnues, lesquelles naissant
en haut et se terminant en bas, successivement les
unes au-dessous des aut re s, sont d 'au tan t m oins no m -
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D E L A V I E A N I M A L E .
2 2 7
breuses
qu'on les examine plus près de chaque ex
trémité , tandis qu 'au milieu el les se trouvent toutes
juxtaposées. Le droit antér ieur , le long
supinateur,
les radiaux ex ter ne s , e tc . , présentent d 'un e m anière
manifeste cette conformation.
11 est u ne espèce pa rticu lière de m uscles longs $
qui n 'a au cun e analogie que l 'apparence ex tér i eu re,
avec celle des muscles des membres. Ce sont ceux
couchés en avant et surtout en arrière de
l'épine*
Quoique simples au premier coup
d'œil,
ces muscles
présentent autant de faisceaux distincts qu'il y a de
Vertèbres. Le transversaire épineux, le long du cou
»
le sacro-lombaire, etc. , représentent bien un faisceau
alongé comme le couturier , le droit antér ieur de
la
cuis se, etc. ; m ais la str uc tu re de ce faisceau n'a r ien
de commun avec celle de ces muscles; c 'est une suite
de petits faisceaux, qui ont chacun leur origine
et
leur terminaison dist inctes, e t qui ne paraissent con«
fondus en un seul muscle que parce qu'ils sont
juxta
posés.
§
11. Formes des Muscles larges.
Les muscles larges occupent en général les parois
des cavités de l 'économie animale, celles de la poi
tr ine et du bas ventre spécialement. I ls forment en
partie ces p a r o i s , garantissent les organes
i n t e rn es ,
en même temps que par leurs mouvemens i ls a ident
à leurs fonctions.
Leur épaisseur est t rès-peu marquée ; la plupart
représentent des espèces de m em bra ne s m uscu leuse s,
tantôt disposées par couches, comme à
l'abdomen,
tantôt app liquées sur des m uscles longs, com m e dans
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2 2 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
le dos : i ls sont, dans le premier cas, d 'autant plus
étendus qu'on les examine plus superficiellement.
Toutes les fois qu'un muscle large naît et se ter
mine sur une des grandes cavités, i l conserve par
tout à peu près sa largeur , parce qu'il trouve pour
ses insertions de grandes surfaces. Mais si d'une ca
vité il se po rte à un os lo n g , à un e apo phy se peu éten
due , alors
ses
fibres se rapprochent peu à peu
;
il
perd de sa la rg eu r, au gm en te en é pais seu r, et se
termine par un angle auquel succède un tendon, qui
concentre en un espace très-petit des fibres largement
disséminées du côté de la cavité. Les grands dorsal
et pectoral nous présentent un exemple de celte
disposition, que l 'on rencontre aussi dans l ' i l iaque,
le
m o y e n ,
le petit fessiers , etc. Les muscles larges
de la cavité pectorale ont une disposition particu
lière que nécessitent les côtes; leur origine se fait par
des languettes fixées à ces os, et séparées par les in
tervalles qui se trouvent entr 'eux.
Les muscles larges sont le plus souvent simples;
rarement plusieurs se réunissent pour former des
m uscles com po sés. D ive rses couch es celluleuses les
séparent, comme les muscles longs; mais ils ne sont
presque jamais comme eux recouverts par des apo
névroses; le p lus grand nombre es t s implement
sub-
jacent aux tégumens : la raison en est que leur forme
les met naturellement à l 'abri de ces déplacemens
dont nous avons parlé à l 'article des aponévroses,
et qui, sans ces membranes, seraient si fréquens
dans les muscles longs. Je ne sache pas qu'on ait
jamais observé la crampe dans ceux qui nous occu
pen t. Lo rsqu e les m uscles ab do m inau x sont à de-
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D E L A V I E A N I M A L E . 2^.9
couvert par des incisions faites aux tégumens d'un
animal v ivant , j ' a i remarqué qu 'en se contrac tant ,
la masse de chacun conserve la même place.
§ 1 1 1 .
Formes des M uscles courts.
Les muscles courts sont ceux dont les trois di
mensions à peu près égales, offrent une épaisseur
proportionnée à leur largeur et à leur longueur. I ls
se trouvent en général dans les endroits où il
faut,
d'un côté, beaucoup de force , de l 'autre , peu d'é
tendue de mouvement : a insi autour de l 'ar t icula
tion temporo-màxillairo le masseter et les ptérygoï-
eliens, autour de l'ischio-fémorale le carré, les ju
meaux , le s ob tura teurs même, e tc . , au tour de la
scapulo-humérale les susépineux et peti t rond, dans
la main les muscles des éminences thénar et hypp-
thénar, au pied divers faisceaux charnus, à la co
lonne vertébrale les interépineux, à la tête les pe
t i ts e t grands droits antér ieurs, postér ieurs e t la té
raux , prés enten t plus ou m oins régulièrement la
forme qui nous occupe, e t remplissent le double
but que je viens
d'indiquer,
d 'un côté par le nombre
très-considérable , de l 'autre par la
brièveté
de leurs
fibres.
Les m uscles cou rts son t, plus souven t que les larges^
unis les uns aux autres, soit dans leur or igine, soit
dans leur t erm ina iso n, com m e on le voit au pied e t
à la main. Tantôt ils affectent la forme triangulaire,
com m e dan s ces deu x p art ies; tantôt ils s 'approchent
de la forme cubique , comme le masseter , les ptéry-
goïdiens nous en présentent un exemple. En général ,
i ls sont rarement recouverts par des aponévroses^
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•2'i O S Y S T E M E M U S C U L A I R E
..ans
doute parce que la
brièveté
de leurs fibres
les
rend peu susceptibles de grands déplacemens.
A u
r e s t e ,
la division des muscles en
l o n g s ,
en larges
et en c o u rt s , e s t, com m e celle des o s , sujette à une
infinité de m od ification s. E n effet, plusie urs de ces
organes affectent des caractères mixtes : ainsi le sou-
scap ulaire , le sou sép ine ux sont-ils interm édiaires à
la forme large et à la forme courte; ainsi le crural,
les
jumeaux de la jambe , etc. , ne peuvent-ils préci
sément se rapporter ni aux muscles longs, ni aux
m uscles larges. La na ture
v a r i e ,
suivant les fonctions
des o rganes , la con form atio n des agen s de leurs mou
vemens, et sa marche ne nous permet que d'établir
des approximations dans nos divisions anatomiqucs,
A R T I C L E D E U X I È M E .
Organisatio7i du Système musculaire de
la Vie animale.
J_j A
partie pro pr e au m uscle est ce qu on nomme
communément la f ibre musculaire; les vaisseaux,
les nerfs, les exhalans et absorbans, le tissu cellu
laire qu i est très - ab o nd an t a u to u r de cette fibre,
forment ses par t ies communes.
§
I
e r
. Tissu propre
à
l Organisation du Système
musculaire de la Vie animale.
La f ibre musculaire est rouge, mollasse, d 'une
grosseur uniforme dans les grands et dans les petits
muscles, tantôt disposée en faisceaux très-apparens
et isolés les uns des autres par des sillons remar-
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D E
T, Y
V I Y.
À
TVJ- i M
A
L E .
201
quables , comme
au grand fessier , au deltoïde, e tc . ,
tantôt plus également juxta-posée, comme dans la
plupart des muscles
l a r g e s ,
toujours réunie à plu
sieurs autres fibres de même nature qu'elle, facile
par cette ré un io n à être distingu ée à l 'œil
n u ,
mais se dérobant même aux recherches microscopi
q u es ,
lorsqu 'on veut l ' examiner d 'une manière iso
lée ,
tant est grande sa ténuité. Malgré cette ténuité
extrême, on a fait dans le siècle passé une infinité
de recherches pour déterminer avec précision le vo
lume de cette fibre. On peut lire sur ce point le ré
sultat des travaux de Lcuwenoek, Muysk , e tc . Je
n'exposerai point ici ce résullat, parce que la science
ne peut en tirer au cu n p arti , et qu 'o n n e sauroit
compter sur son exactitude : que nous importe d'ail
leurs le volume précis de la fibre musculaire ? sa
connoissance
n'ajouterait
r ien aux notions physio
logiques sur le mouvement des muscles.
Toute f ibre musculaire parcourt son trajet , sans
se bifurquer ni se diviser en aucune manière , quoi
que plusieurs l 'aient prétendu; elle se trouve seule
ment juxta-posée à celles qui
Favoisinent,
et non en
trelacée, comme i l arr ive souvent dans le système
fibreux : disposition qui étoil nécessaire aux mouve
mens isolés qu'elle exécute ; car la contraction gé
nérale d 'u n m uscle est l 'assemblage d 'u n e foule de
contractions part ie l les, toutes dist inctes e t indépen
dantes les unes des autres.
La longueur des fibres charnues varie singulière
ment. Si on examine en général la masse qu'elles
forment par leur ensemble, on voit que cette masse
a tantôt beaucoup plus
d'étendue
que la portion ten-
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2 3 a
S Y S T E M E M U S C U L A I R E
dineuse du musc le , comme au b iceps , au
coraco-
brachial, au droit interne de la cuisse, que tantôt
elle lui est bien inférieure en longueur, comme aux
plantaire et palmaire grêles, etc., et que quelquefois
el le est en proport ion presqu'égale , comme aux ra
diaux externes, e tc . Si de
f
examen de la masse char
n u e , on passe à celui des fibres isolées qui la compo
sent,
on voit que la longueur de la première est
rarement la même que celle des secondes. I l n 'y a
gu ères que le co utu rier et que lques m uscles analogues,
où les fibres parcourent toute l 'étendue de la masse
charnue; dans presque tous les autres, elles se trou
vent obliquement disposées entre deux aponévroses,
ou entre un tendon et une aponévrose; en sorte que,
quoique chacune d'elles soit assez courte, leur en
semble est très-long, comme on le remarque au droit
antér ieur de la cuisse , au demi-membraneux, e tc .
Cette disposition peut aussi résulter de diverses in
tersections tendineuses qui coupent à différentes dis
tances la longueur des fibres. En général, les muscles
qui doivent leur longueur à de longues fibres, ont
beaucoup d 'é tendue et t rès-peu de force de mouve
ment; tandis que ceux à f ibres courtes, mais mult i
pliées de manière à assurer beaucoup de longueur à
leur totalité , sont remarquables par une disposition
opposée. En voici la raison : toutes les fibres étant
égalem ent grosses , quelle qu e soit leu r lo ng ue ur ,
ont le même degré de force: donc il est évident que
cette force considérée dans un muscle en totalité,
est mesurée par le nombre de ses fibres. D'un autre
cô té , plus une fibre est longue, plus elle se raccourcit
dans sa con t rac tion : donc,ense contractant,
unm usc le
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D E L A
V I E
A N I M A L E .
2 3 3
r a p p r o c h e d ' a u t a n t p l u s l ' u n e d e l ' a u t r e s e s d e u x a t
taches , que ses f ib res son t p lus longues .
T ou te s l e s f ib re s de s musc le s vo lon ta i r e s son t
d ro i t e s , c e ll es de s sph inc te r s ex cep tée s . E l l e s se t r ou
v e n t o u p a r a l l è l e s , c o m m e d a n s l e s r h o m b o ï d e s , o u
o b l i q u e m e n t s i t u é e s l e s u n e s p a r r a p p o r t a u x a u t r e s ,
c o m m e d a n s l e g r a n d p e c t o r a l . Q u e l q u e f o i s d a n s l e
m ê m e m u s c l e p l u s i e u r s phns se c ro isen t su ivan t des
d i r ec t ions d i f f é r en te s , comme l e masse te r en o f f r e un
exe m ple ; m a i s ce t en t r e c r o i se m en t es t t ou t d i f f é r en t
de ce lu i de s m us c le s inv o lo n ta i res où i l y a de p lu s
en t re lacement de f ib res , t and is qu ' ic i on ne vo i t que
des f a i s ceaux à d i r ec t ion d i f f é r en te , juxta-posés les
u n s a u x a u t r e s .
Je ne parlerai point ici de la f igure cylindrique se lon
les u n s , g lobu leuse se lon l e s au t r e s , de la f ibre char
n u e ; l ' i n s p e c t i o n n e n o u s a p p r e n d r i e n s u r c e p o i n t :
commen t donc a - t -on pu en f a i r e un ob je t de r eche r
c h e s ,
e t é m e t t r e u n e o p i n i o n q u i n e p e u t a v o i r a u c u n e
b a s e r é e l l e ? D i s o n s - e n a u t a n t
de
la n a t u r e i n t i m e d e
ce t te f ib re , su r laque l le on a tan t éc r i t . E l le nous es t
i n c o n n u e , e t
tout
ce q u ' o n a d i t su r sa co n t in u i t é avec
le s ex t r émi té s va scu la i r e s e t ne rveuses , su r l a cav i t é
don ton l ' a
p r é t e n d u e c r e u s é e ,
sur
la m oe l l e qu i , s e lon
q u e l q u e s - u n s , la r e m p l i t , e t c . , n ' e st q u ' u n a s s e m
b l a g e d ' i d é e s v a g u e s , q u e r iende pos i t i f ne con f i rme ,
e t a u q u e l u n e s p r i t m é t h o d i q u e n e s a u r o i t s ' a r r ê t e r .
C o m m e n ç o n s à é t u d i e r l a n a t u r e l à o ù e l l e c o m
m e n c e à t o m b e r s o u s n o s s e n s . J e c o m p a r e l e s r e
c h e r c h e s a n a t o m i q u e s s u r l a s t r u c t u r e i n t i m e d e s
o rganes , aux r eche rches phys io log iques su r l e s causes
p r e m i è r e s d e s f o n c t i o n s . D a n s l e s u n e s e t l e s a u t r e s ,
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> /
? J4
S
Y S
T E
M E M U S C U L
A
I R E
nous sommes sans guides, sans données précises et
exactes : pou rquoi don c nous y l iv rer ?
Tout ce que nous pouvons savoir sur la nature de
la f ibre musculaire , c 'est qu 'e l le est par t iculière ,
qu elle n'est identique ni à celle des nerfs, ni à celle
des vaisseaux , ni à celle des tendons ou du tissu cel
lul air e; car où il y a ide ntité de n a t u r e , il doit y
avoir identité de propriétés vitales et de tissu. Or nous
verrons que tous ces systèmes diffèrent essentielle
ment , sous ce point de
v u e ,
les uns des autres : donc
il ne peut y avoir entr'eux d'analogie sous le rapport
de la
n a t u r e ,
d'où dérivent toujours les propriétés.
L e tissu m uscu laire est rem arq ua ble par sa mol
lesse, par son peu de résistance. C'est par là qu'il est
essentiellement différent du tissu fibreux. Il se rompt
avec facilité sur le cadavre. Sur le vivant, cette rup
ture est rare, parce que la contraction où il se trouve
da ns tou s les efforts vi ol en s, lui d o n n e u ne densité
dont i l emprunte un surcroît énorme de résistance,
mais qu'il perd dès qu'il n'est plus dans cet état de
contraction. Cependant i l est des exemples de rup
tures musculaires : c 'est principalement aux muscles
droits et carrés de l 'abdomen qu'on en a observé.
J 'en ai vu une à ce dernier. Remarquez que lui et
tou s ceux placés en tre les côtes et le bas sin , so nt très-
d isposés ,
parleur
position, à ces ruptures. En effet,
quand le bassin et la poitrine sont portés en sens in
verse , ces muscles sont d'a ut an t plus v iolem ment
te n d u s, que dans ces m pu vem ens toute la par t ie supé
r ieure du corps repré sen te , avec la po i t r ine , u n grand
levier qu i se m eu t en sens opposé d 'u n au tre grand
levier que forment le bassin et toutes les parties infé-
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D E L A V I E A N I M A L E . 2 3 5
r ieures : or , par leur longueur, ces
leviers
son t sus
ceptibles de recev oir u n très-g rand
mouvement,
de le
communiquer par conséquent aux muscles abdomi
naux qui sont é tendus entr 'eux deux, e t qui servent
à les unir . Voilà comment, dans une violente incli
naison à droite, le carré du côté gauche peut être
déchiré , e tc . Observez que peu de muscles dans l 'é
conomie se trouvent entre deux leviers aussi gra nd s,
sont
susceptibles
par conséquent d 'ê tre autant dis
ten du s , et su rto ut de l 'être avec un e force plus gra nd e
que celle de leur contraction : car toute rupture mus
culaire suppose l 'excès du mouvement extérieur qui
distend , sur celui des fibres charnues qui se res
serrent pour s'opposer à la distension. Si les efforts
extér ieurs se concentroient sur un muscle
s e u l ,
ils
po urro ient plus souv ent en vaincre la résistance; m ais
presque toujours plusieurs partagent et l 'effort à sup
porter, et la résistance à opposer.
Com position du Tissu musculaire.
Le t issu musculaire a é té , pour les chimistes, un
objet de recherches plus spécial que la plupart des
autres tissus organiques. I ls Font examiné sous tous
les rapports. Je renvoie à leurs ouvrages, à celui du
cit . Fourcroy surtout , pour tout ce qui n 'est pas
strictement relatif à la nature de ce
t i s su ,
pour tout
ce qui regarde les conséquences non applicables à la
physiologie, qu'on peut tirer de la connoissance des
principes qui entrent dans sa composit ion.
Exposé à l 'act ion de
l'air,
le tissu m uscu laire s'y
compor te de deux manières
:
i ° . il se dessèche, si on
le coupe en tranches minces et susceptibles d'une
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2.7)6
P V 5 T ', M E 3T TJ
n
C U T, A I R E
prompte évaporaLion d e s fluides qu ' i l con t i en t . A lo r s
son aspect es t d 'un brun obscur ; ses f ibres se serrent
l e s unes con t r e
les
a u t r e s ; i l s ' a m i n c i t , d e v i e n t d u r
et cassant . Si on le replonge dans l ' eau quelques jours ,
e t m ê m e q u i n z e o u t r e n t e j o u r s a p r è s s a d e s s i c c a t i o n ,
i l re p re n d sa m ol lesse e t sa forme p r imi t ive s , o f f r e une
te in t e m o i ns fonc ée . L ' e au qu i a s e rv i à ce r amo l li s
semen t e s t p lu s ou mo ins f é t ide , e t s emb lab le à ce l l e
des macé ra t ions . 2 ° . La i s sé en masses t rop épa i s se s
a u c o n t a c t d e Fair , l e t i s su muscu la i re ne peu t se des
sé ch e r ; i l s e p o u r r i t . A us s i p o u r p r ép a r e r l es p ièces
ana tomiques pa r de s s i cca t ion , a - t -on so in de d iminue r
l ' épa i s seu r de s
plans
c h a r n u s , o u d e l e s d i s p o s e r d e
man iè re à ce que l ' a i r pu i s se l e s péné t r e r pa r - tou t .
La pu t r é fac t ion e s t i név i t ab le s i F a i r e s t humide , s i
l ' év ap o ra t ion des flu ides n ' e s t pa s a s sez p ro m p te pou r
p r o d u i r e l a d e s s i c c a t i o n . E n s e p u t r é f i a n t , l e m u s c l e
p r e n d u n e c o u l e u r v e r t e , l i v i d e ; i l e x h a l e u n e o d e u r
in fec t e . Sous l ' i n f luence des mêmes c i r cons tances , i l
se p ou r r i t b ea uc o up p lu s v i te q ue les sy s tè m es fib reux,
c a rt il a g in e u x , fibro-cartilagineux.L'odeur q u 'i l exh ale
alors es t auss i t rès-dif férente de cel le de ce s s y s t è m e s :
s o u v e n t u n e l u e u r phosphorique s ' e n é c h a p p e . U n
putrilage
é p a i s , où toutes les f ibres ont presque dis
p a r u , r e m p l a c e le m u s c l e , l o r s q u e la p u tr é f a c ti o n est
a v a n c é e . P e u à p e u c e p u t r i l a g e s ' é v a p o r e e n p a r t i e ,
e t i l r e s t e un r é s idu b run -no i r â t r e qu i s e de s sèche e t
d e v i e n t d u r e t c a s s a n t , à p e u p r è s c o m m e l e m u s c l e
d e s s é c h é d a n s l ' é t a t o r d i n a i r e , q u o i q u e c e p e n d a n t
l ' a spec t so i t b i en d i f f é re n t .
Exposé à l ' a c t ion de l ' e au , l e musc le ép rouve des
p h é n o m è n e s d i f f é r o n s , s u i v a n t q u ' e l l e e s t c h a u d e o u
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D E L A V I E A N I M A L E . 2 3 7
froide. L'eau froide lui enlève d'abord sa couleur
rouge, dont e l le paroît dissoudre le pr incipe. Pour
obtenir pro m pte m en t ce ph én om èn e, il faut exposer
la ch air ,
d'abord
par couches
min ces ,
àl'action d 'une
eau qu 'on ren ouv elle so uv en t, en plaçant par
exemple
ce muscle sous le robinet d'une fontaine, au courant
d 'une r ivière , ou, ce qui vaut encore mieux, en le
traitant par l 'expression souvent répétée de l 'eau
dont on l ' imbibe; car si on le garde dans un bocal ,
son extér ieur seul blanchit un peu, l ' intér ieur con
serve sa couleur. L'eau qui a servi à laver un muscle
est rougeâtre, et ressemble à du sang étendu de ce
fluide : elle contient la substance colorante, plus un
peu de
substance extractive,
de la gélatin e,
etc.
Je c rois
q u e ,
de tous les organes, le muscle est celui auquel
on enlève le plus facilement sa couleur par les mé
thod es artificielles. Devon s-nous n ou s étonner,d'après
cela, si la nature fait varier si manifestement et si
fréquemment cette couleur par les phénomènes de la
nutr i t ion, comme nous aurons bientôt occasion de le
faire remarquer? Conservé dans l 'eau à une
t e m p é
ratu re m od éré e , le tissu m usculaire reste long-temps
à s'y ramollir; il en vient enfin là, et se change succes
sivement couche par couche en une espèce de pu
trilage, très-différent cependant de celui qui se
forme
à l 'air l ibre, comme je l 'ai
fréquemment
observé en
mettant macérer les muscles dans une
<*ive
dont la
température est uniforme. D'autres fois , au l ieu de
se putréfier ainsi, le muscle se change, comme l 'a
rem arq ué le c i t. F ou rcro y, en un e substance analogue
au blanc d e baleine : alors sa fibre est d u r e , so lide.
Mais il s 'en faut de beaucoup que tous les muscles
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2 3 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
conservés dans l 'eau prése nten t ce ph én om èn e. Quand
il a
l ieu ,
très-souv ent une espèce de pr od ui t rou geâtre,
dis sém iné d'esp ace en espace su r la surface d u muscle,
et qui est un effet manifeste de la décomposition,
annonce et ensuite accompagne cet
état ,
sans
lequel
i l a aussi souvent lieu. Les macérations des amphi
théâtres présentent souvent ce produit .
L or sq u on a enlevé au x m uscles leur substance
colorante par des lotions répétées, i l reste un tissu
blanc fibreux, dont on peut extraire encore par l 'é
bullition de l 'albumine qui s 'élève en écume, de la
gélatine qui se pr en d par le refroid issem ent, une por
tion de matière extractive qui offre une couleur
foncée en se
concentrant,
et quelques sels phospho-
r iques. Quand toutes ces substances ont disparu, le
résidu du muscle est une substance fibreuse, grisâtre,
indissoluble dans l 'eau chaude, dissoluble dans les
acides foibles, donnant beaucoup d'azote par l 'action
de l 'acide nitr ique, et présentant tous les caractères
de la fibrine du sang. I l paroît, comme
Fa
remarqué
le ci t . Fourcroy, que cette substance est vraiment
la substance nutr i t ive du muscle , cel le qui , exhalée
et absorbée sans
c e s s e ,
concourt à ses phénomènes
nutr i t i fs plus que toutes les autres : elle compose l 'es
sence du m u sc le , le caractérise
spécialement,
comme
le phosphate calcaire est la matière nutritive caracté
r ist ique de$ os. Cette substance est-elle formée dans
le san g , et de là po rtée dan s le m u sc le , ou bie n est-elle
formée dans le muscle par la nutr i t ion, e t de là re
portée dans le sang ? Je l ' ignore. Quoiqu'il en
soit,
elle paro ît épro uve r de très-gran des variétés dan s son
exhalat ion et dans son absorption.
L état
de laxi té ,
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D E L A V I E
A N I M A L E .
23<}
de cohésion, les apparences mille fois variées du tissu
musculaire, paroissent tenir en partie à ces variétés
de proportion. Ainsi le phosphate calcaire ou la géla
t i n e ,
diminués par la nutr i t ion, donnent- i ls aux os
de la mollesse ou de la friabilité? C'est dans cette
portion fibreuse et essentielle du muscle, que réside
essentiellement la faculté de se crisper par l 'action
du ca lor ique ,
soit
en plongeant un muscle dans l 'eau
bouil lante , soit eu l 'approchant du feu; car cet te
crispation est aussi sensible dans le muscle privé de
sa substance c o l o r a n t e , de sa gélatine, de son albu
mine , e t m êm e d 'u ne p ort ion de sa substance extrac-
t ive ,
que dans le muscle
ordina ire .
Il y a en général
un rapport constant entre la quanti té de cette subs
tance fibreuse contenue dans les muscles, et la quan
tité qu'en renferme le sang. Dans les tempéramens
fo r t s , v igoureux , sanguins comme on le di t , les
muscles sont épais et bien plus fibreux. Dans toutes
les cachexies lente s où le sang est a p p a u v ri , où le
pouls est petit , foible, et oii la nutr i t ion musculaire
a eu le temps de se ressentir du peu de fibrine du
ï a n g ,
les muscles sont
p e t i t s ,
foibles ,
m o u s ,
etc.
En général , les muscles et
le
sang sont toujours en
rappor t constant , tandis que d 'autres systèmes pré
dominent souvent, pendant que ce f luide semble être
dans l ' économie en moindre quant i té .
Exposé longuement à l 'ébull i t ion, comme dans le
bouil li ord in air e , le t issu mu sc ula ire , uni encore aux
organes adjacens à ses parties communes ,
d o n n e ,
i ° . une écume albumineuse qui paroît dépendre plus
de la lymphe des cellules que du muscle lui-même;
a
0
,
beaucoup de gouttelettes graisseuses provenant
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2 4 o
S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
aussi spécialement du tissu cellulaire, presque étran
gères au tissu d u m uscle par co ns éq ue nt , et qu i nagent
à sa surface ; 3°. de la gélatine formée surtout
parles
intersectious aponévro t iques ; 4°«
u n e
substance ex-
tractive qui colore en partie le bouillon, lui donne
u n goû t pa rtic ul ier , et reste en partie a dhé rente à la
chair à laquelle elle communique une teinte foncée
toute différente de celle des chairs crues , teinte qui
dépend aussi de la substance colorante du muscle, et
qui du reste se change, lorsque le bouillon refroidit,
en une te inte moins foncée, e t même comme blan
châ t re ; 5 ' . différons sels qui concourent beaucoup à
la
saveur
du b o u il lo n , et qu e les chim istes o nt assignés.
Voilà
les
phén om ènes naturels de l 'ébullition dum uscle.
L'analyse plus étendue du bouilli n 'est pas de
mon ressort ; mais ce qui ne doit pas nous échapper
i c i ,
ce sont les phénomènes dont la fibre est le
siège
pendant que les produits précédens sont extrai ts ,
soit d elle , soit des tissus environnans. Ces phéno
m ène s peuvent se rapp orter à trois pér iod es. ï °. Ta nt
que l 'eau n'est que tiède, et même un peu au-dessus
de la température du corps, elle laisse le tissu mus
culaire dans le même état , le ramoll i t même un
peu. 2°. Quand el le approche du degré
d'ébullition,
qu'elle co m m ence à se charger d
écume
a lbum ineuse ,
il se
c r i s p e ,
se condense , se res se rre , do nn e au mus
cle une densité très-supérieure à celle qui lui est na
turel le , e t augmente beaucoup sa résistance. J 'a i ob
servé que les muscles dans cet état supportent des
fardeaux bien plus pesans que dans l 'é ta t naturel .
Ils
se rapprochent pour ainsi dire de cette densité
remar«-
quable qu i les caractérise pe nd an t qu 'ils se contractent
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sur le v iv an t, et qui s 'oppose si
efficacement
à leur
ru pt ur e. Ce tte cond ensation du t issu musculaire ,
qui es t prompte , subi te , augmente un peu jusqu 'à
l'instant de l 'ébullition où elle est à son plus haut
deg ré ;
elle
s 'y t ient pen dan t u n cer tain tem ps. 5° . Pe u
à peu
elle
diminue ; les fibres se
ramollissent,
d e
viennent plus faciles à se
-déchirer
que dans leur état
ordinaire , Ce
ramollissement,
à l 'opposé de l 'endur
cissement qui pr éc èd e, se pro du it lente m ent et par
gradation . Q u an d il est à un certain
d e g r é ,
la coction
est suffisante po ur no s tables. R em arq ue z qu'alors le
muscle n'est p oin t reven u à l 'état où il se trou vo it
avant son endurcissement ; entr'autres phénomènes
qui l 'en distin gu en t, en voici un essentiel : il a perdu la
faculté d e se crisper, de se rac or nir , soit dans les acides
très-concentrés , sojt dans l 'alcool, soit surtout sous
l'action vive du calorique auquel on l 'expose de nou
veau . Il se po ur rit en général plus difficilement. Sa p u
tréfaction ne do nn e poin t la mê m e ode ur. O n sait com
bien sa saveu r
différa»
L es principes qu'il
a
perdu s sont
sans do ut e un e des gra nd es causes de ces différences.
Quand le muscle est exposé à un feu nu , comme
dans le rôtissage, l 'albumine s 'y condense ; la géla
tine se fond ; la fibrine pénétrée de sucs s'attendrit ; la
sub stance ex trac tive s'écoule en partie avec la gélatine
et avec des sels ten us en disso lution . C'est ce qui form e
lejus
qui est, co m m e on sait, très-différent de la graisse
fondue. L 'extér ieur
delà
viande reste plus dense que
l'intérieur ; il est coloré par la substance extractive.
L ' inté r ieu r perd en part ie sa couleur naturel le ; sa con
sistance, son goût, sa composit ion même changent
entièrement. Les fibres ont, comme dans l 'ébullition ,
11 .
16
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2 4 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
perdu la faculté de se resserrer, de se crisper par
les forts excitans et surtout
parle
feu.
Aucune partie dans l 'économie animale n'est plus
altérable par les sucs dige stifs, qu e les m usc les. Pres
que tous les estomacs su pp ort en t le bo ui lli , tandis que
plusieurs répugn ent à d 'au tres organes cuits . Les ani
maux carnaciers se jettent de préférence sur les
muscles de leur
p r o i e ,
que s ur les viscères pecto
raux et gastriques. La chair musculaire est pour la
plupart des
p e u p l e s ,
l 'aliment le plus fréquent, celui
dont
ils n e se dé go ûte nt j am ai s; elle paro ît être le
plus nou rr issant de tous ceux que fournissent
les
tissus
divers
des anim aux
:
es t -ce , comme on le
di t ,
parce
qu'il contient le plus d'azote? Quelle qu'en
soit
la rai
so n , c 'est une observation rem arq ua ble qu e ce rôlegé-
néral qu e joue le sys tèm e m us cu laire da ns la digestion
de tous les carn ivo res , de l 'h om m e en particulier. Ce
pendant toutes les parties de ce système ne paroissent
pas également propres à flatter le goût des animaux.
Par exemple , c'est u n e o bs erv atio n sin gu lière , que les
cadavres apportés dans nos amphithéâtres, et que les
rats ont attaqu és dan s les cim etiè res , se trouv ent tou
jours presque exclusivement rongés dans les muscles
de la face.
Observez à l 'égard de cet usage des muscles dans
la digestion , que c'est la portion du système fibreux
qui est ad hére nte a ux m us cle s, et qu i fait , pour
ainsi
d i r e ,
corps avec eux, je veux dire les tendons,
qui est la plus altérable par la macération, par l 'ébul
lit ion, et sans doute par les sucs digestifs. Remar
quez encore que la grande masse que représentent
les muscles dans le corps de tous les animaux dont
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243
ils form ent plu s d u
t i e r s ,
offre aux espèces carni
vores d'amples matériaux à leur nutrition : ainsi la
nature, en multipliant ces organes pour les besoins
de l ' individu qu'ils
meuvent,
semble-t-elle les multi
plier aussi pour ceux des individus que celui-ci doit
un jour nourr ir . En les formant dans chaque espèce,
elle travaille pour les autres espèces autant que pour
celle-là. Qui sait si ce but général que l 'observation
nous présente d ans la série de tous les an im au x , n 'est
pas la cause de cette préd om inan ce rem arqu able q ue
les muscles présentent sur les autres systèmes ? Qui
sait si la nature n'eût pas diminué les puissances de
la mécanique animale qui sont et si nombreuses et si
com pliquées en com para ison d e celles de nos m achin es
artificielles, qui sait si elle n'eût pas simplifié les
moyens en laissant les mêmes résultats, si les mou
vemens des animaux avoient été l 'objet unique de la
formation des muscles ?
L é sexe influe bea uc ou p sur laq ua lité de la chair des
anim aux . Je ne crois pas qu 'on ait aucu ne do nn ée sur la
nature de F influence qu 'exe rcen t sur ellesles parties gé
nitale s; m ais voici à ce sujet plusieurs faits re m ar q u a
bles. L es m uscles des
mâles,
plus fo r t s , m ieux nou rr is ,
ont plus de sa ve ur , résistent plus long-temp s à la
coction, sont plus fermes, e tc . L'eau bouil lante al
tère au contraire plus vite le tissu des femelles; il est
plus tendre, donne au bouil lon une saveur moins
forte.
Dans la saison du
rut ,
le système musculaire
des premiers se pénètre d'une odeur particulière , qui
même souvent le rend désagréable au goût. C'est une
observation facile à vérifier dans les qu ad rup èd es, les
oiseaux,les
poissons même qu'on sert sur nos tables.
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2 4 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
Sans prendre une odeur aussi marquée, les chairs
des
secondes deviennent à cette époque mollasses,
flasques et peu savoureuses.
§ 1 1 . Parties communes à l Organisation du
Système m usculaire de la Vie animale. Tissu
cellulaire.
L e tissu cellulaire est très-a bo nd an t da ns le système
musculaire : je ne connois pas même de système qui
en soit po urv u en pr op ort ion plus gra nd e. Ce tissu
forme une couche extrêmement marquée autour de
chaque muscle. Cette couche est le plus communé
m en t lâc he , rem plie de gra isse , facile à être distendue
par l 'air dans les emphysèmes, par la sérosité dans
l'anasarque.
D'autres fois elle est plus dense, plus
se rré e, vér i tablem ent disposée en m em br an e. Telle
est,
par ex em p le , celle qui recou vre le gran d oblique
de l 'abdomen dont la dissection est, à cause de
cela,
difficile pour les commençans. Les autres muscles ab
dominaux, le trapèze, le grand dentelé e t le grand
dorsal présentent aussi cette disposition. On diroit
que par elle la nature supplée aux aponévroses qui
manquent sur les muscles larges du tronc. Au reste
cette couche n 'a que l 'apparence membraneuse, e l le
n'en a nullement l 'organisation; elle disparoît dans
les infiltrations où toutes les membranes véritables
restent.
Outre cette enveloppe générale du muscle, chaque
faisceau a une enveloppe moindre, chaque fibre une
enveloppe encore moins considérable , chaque fibrille
une gaine presque insensible , quoique réelle. O n peut
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D E L A V I E
A N I M A L E .
2 4 ^
donc se représenter
le
tissu cellulaire des muscles,
comme formant une série d'enveloppes successive
m ent décro issantes. Ce s enveloppes favorisent le m ou
vement des fibres qu'elles isolent, soit par la sérosité
des cellules , soit par la graisse qu i s'y tr o u v e , do ub le
fluide
q u i ,
en
lubrifiant,
rend plus facile leur glisse
m ent m u tu el . So u ve nt , entre ces fibres, le tissu cellu
laire paroît former des espèces de traverses qui les
coupent à angle droit. On voit surtout cette disposi
tion dans l 'extenseur propre du gros orteil , dans l 'ex
tenseur c o m m u n , do nt les faisceaux cha rnu s son t
larges et m inces lo rsq u'o n les dis ten d. D an s la plupa rt
des muscles épais, r ien de semblable ne s 'observe.
La quantité de tissu cellulaire intermusculaire est
singulièrement variable. En général dans tous les
muscles larges, dans les grands muscles longs, i l est
très - abo nd ant. Il est m oin dre propo rt ionnellem ent
en tre les fibres de c eu x des
gouttières
vertébrales. De r
rière le cou, les
sp lén ius ,
les co m plex us, e tc . , en ont
moins que beaucoup d 'autres , sur tout dans les es
paces qui les séparent.
Quelquefois des prolongemens cellulaires assez
considérables se trouvent au milieu des muscles, et
sem blent les pa rtag er en d e u x : tel est celui qui sé
pare la portion claviculaire du grand pectoral ; cela
a même embarrassé quelquefois les anatomistes sur
la division de ces organes.
En général le tissu cellulaire fixe les muscles dans
leur position : Fart de la dissection le prouve. Les
fusées de pus qui souvent font l 'office du scalpel,
rendent aussi très-sensible cet
u s a g e ,
lequel n'exclut
point la mobilité en tous sens à laquelle se prête la
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grande extensibilité du tissu cellulaire. Non-seulement
le tissu cellulaire fixe les muscles les uns aux autres,
mais encore il attache chacune de leurs fibres aux
fibres vo isi ne s; il s 'affaisse d an s leur c on trac tion ,
s'alonge dans leur distension; si elles en sont privées,
leurs mouvemens deviennent ir réguliers e t
vagues,
j ' a i
plusieurs fois isolé par le scalpel un muscle mis à
découvert sur un animal vivant, en plusieurs petits
faisceaux ; en faisant ens uite co ntr ac ter ce mu scle par
l ' irr itation de la m oelle, au m oy en d 'u n stylet introduit
dans son ca na l , j ' a i rem arqu é d 'une m anière mani
feste cette ir régular i té de m ou vem en t.Fe nd ezlo ng itu-
dinalement un muscle d 'un membre depuis son ten
don supérieur jusqu'à
l'inférieur,
de m an ièr e à le di
viser en deux ou trois portions entièrement isolées;
irritez en suite une de ces p o rt io n s, l 'au tre ou les deux
autres resteront presque toujours en
r e p o s ,
tandis
qu une seule fibro irritée dans un muscle sain, met
en
mouvement
la totalité de ce muscle. La section
des vaisseaux , des nerfs, peut sans doute influer un
peu sur ce phénomène; mais cer tainement cel le du
tissu cellulaire y concourt aussi.
Souvent dans les hydropiques, la sérosité du tissu
intermu sculaire est rou ge âlre ; c 'est un phén om ène ca
davérique qui dépend de ce que celte sérosité a agi
après la mort sur la substance colorante. Je crois que
l'effet de celte lotion ne peut avoir lieu pendant la
vie que difficilement. La graisse surabonde quel
quefois dans ce
t i s su ,
au point que les fibres char
nues étouffées par elle pour ainsi dire, disparoissent
et la laissent voir uniquement; mais souvent aussi on
prend pour cet état graisseux des muscles, l 'aspect
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2 4 ^
jaunâtre de leurs fibres , aspect produit par l 'absence
de substance colorante. Je n'ai vu le premier état que
rarement ; le second est extrêmement fréquent
;
on
s'y
méprendroit quelquefois au premier coup
d'œil.
Mais l 'ébullition et la combustion prouvent facile
men t
qne
la graisse est absolument étrangère à cette
décoloration des muscles examinés dans cet état.
Vaisseaux.
L es artère s des m uscles so nt très-apparentes ; elles
viennent des troncs
v o i s in s ,
pénètrent par toute la
circonférence de l 'organe, plus cependant vers son
milieu q ue vers ses extrém ités. Elles ram pen t d 'abo rd
entre les faisceaux principaux, se divisent ensuite et
se portent par leurs divisions entre les faisceaux se
con daires , se sub div isen t et se rpe nte nt e ntr e les fi
bres , de vi en ne nt enfin capillaires et acco m pag nen t
les fibrilles où elles déposent par le système exhalant
la matière natritive. I l est peu d'organes qui
aient,
à prop ort ion de leur v o lu m e, plus de sang que les
muscles.
Ce sang est essentiellement nécessaire à entretenir
leur ex cit a t io n, co m m e no us le v er ro n s: c 'est lui
qui colore le t issu musculaire , mais non, comme
il le semble d'abord, en circulant dans ce tissu. La
portion circulante ou libre n'y concourt que peu.
C'est la portion combinée avec le tissu rhusculairc,
celle qui concourt à sa nutrition, qui lui donne sa
couleur; en voici les preuves : i ° . Les fibres des
intestins sont aussi et même plus pénétrées du sang
circulant,
que celles des muscles de la vie animale ,
et cep end ant leur tissu est m anifestement blanchâtre
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là où ces vaisseaux ne se trouvent pas. 2°. Plusieurs
animaux à sang rouge et f roid,
les
grenouilles en
part iculier , ont des muscles presque blancs, e t ce
pendant beaucoup de vaisseaux rouges parcourent
ce tissu blanc. 3°. J'ai observé que dans les animaux"
asphixiés, la substance colorante ne change point de
couleur, sans doute parce qu'elle est lentement com
binée avec le muscle par la nutr i t ion; qu 'au con
traire, si on coupe alors un muscle dans les derniers
instans de la v i e , pendant que le sang veineux cir
cule encore dans le système artériel, ce sang s'écoule
par des jets noirs des artères musculaires, le tissu
m usculaire lui-m êm e restant rou ge. C ette expérience
curieuse, que j 'a i indiquée dans un autre ouvrage,
se fait en asphyxiant exprès un animal par une com
pression sur la trachée-ar tère , ou par tout autre
moyen d ' intercepter l 'a ir dans ce conduit , pendant
qu'on examine le système des muscles. Lorsqu'un
muscle a resté exposé pendant quelque temps au con
tact de Fair , à celui de Foxigène spécialement, sa
couleur rouge devient sensiblement plus brillante.
Les vaisseaux musculaires laissent dans certaines
circonstances échapper le sang qu'ils con tienn ent : de
là diverses espèces d'hémorragies remarquables sur
tout dans les scorbutiques, quelquefois dans les fiè
vres pu tride s , rarem en t et m êm e jam ais dans les
maladies que l 'accroissement de vitalité caractérise.
Infiltrés de sang dans les hémorragies accidentelles,
spécialement dans les anévrismes faux par diffusion,
les muscles perdent en partie leur mouvement; cela
arrive aussi dans les contusions, où de semblables
infiltrations s'observent.
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A N I M A L E .
249
Les veines suivent par-tout les artères dans les
muscles; e l les ont les mêmes distr ibutions, e t reçoi
vent des contra ction s de ces organ es u n secours es
sentiel à leur actio n. L e jet de sang est plus fort quand
le m alade q u 'o n saigne con tracte ses m us cle s, que
quand il les relâche ; il y a pour ainsi dire expression
du f luide, comme d 'une éponge humide qu'on serre .
La circulation artérielle ne présente point ce phéno
mène. J 'ai observé que si on ouvre l 'artère du pied
d'un animal, e t qu 'on fasse contracter for tement,
par l ' irritation des nerfs, les muscles de la jambe et
de la cuisse à travers lesquels cette artère passe avant
d'arriver au pied, le jet n 'est pas plus fort que pen
dant le relâchement.
J'ai plusieurs fois injecté les veines des muscles
de la vie animale, avec facilité, des troncs vers les
branches ; ce qui m e fait
c r o i r e ,
malgré ce qu'a
di t Hal le r , que dans ces or ga ne s , comm e dans le
cœur,
les valvules sont moins nombreuses que dans
plusieurs autres. Sans doute que les secours que les
veines empruntent de leurs organes environnans,
suppléent à ces replis, ou plutôt les rendent inutiles,
le poids de la colonne de sang ne faisant pas un
grand effort contre les parois veineuses. Les varices
des veines musculaires sont , comme on le sai t , ex
trêm em ent rares. Ces veines sont de deu x ordres :
les unes accompagnent les artères et suivent le même
trajet, les autres rampent superficiellement à la sur
face de l 'orga ne , sans avoir d'artère s corresp ond antes.
Il y a des absorbans et des exhalans dans les mus
cles ;
mais on ne peut que difficilement suivre les
premiers, et les seconds ne
s'aperçoivent
point .
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2 5 o S Y S T È M E M U S C U L A I R E
Nerfs.
Les nerfs des muscles de la vie animale viennent
pre sq ue tou s du cerveau ; les ganglions en fournissent
peu : quand cela
a r r i v e ,
comme au cou, au bassin,
e tc . ,
ou tre les filets pro ve na nt des
ces
centres n erveux,
il y a toujours des filets de nerfs cérébraux ; sans cela
ces muscles seroient involontaires. Peu d'organes
reçoivent plus de nerfs à proportion de leur volume,
que les muscles. En général les extenseurs paroissent
en avoir un peu moins que les fléchisseurs; mais la
différence est très-peu se ns ible . Il est vrai que tous
les gros tron cs ne rv eu x son t d an s le sens de la flexion;
que dans celui
de F
exte nsio n il n 'y a qu e de s branches
ou des rameaux, comme on le voit à la partie posté
r ieure du b r a s , de l 'avant-bras , de la colonne verté
brale , etc. Il est vrai aussi que cette remarque est
encore applicable à l 'existence des vaisseaux , qui
sont et plus gros et plus nombreux dans le premier
que dans le second sens ; mais ce nombre plus grand
de vaisseaux et de nerfs, vient de ce qu'il y a bien
plu s d e fléchisseurs qu e d 'ex te ns eu rs , de ce que les
premiers sont plus fo r t s , à fibres p lus m ultipliées ;
en sorte que chacune de ces fibres ne reçoit guères
plus de filets nerveux ou
vasculaires dans
les un s que
dan s les au tres m uscles. Je crois peu fondé ce qu'ona
dit sur la différence de force des fibres des fléchisseurs
et des ex ten seu rs, sur la prédom inan ce des premiers,
etc.
Si ceux-ci l 'emportent, c 'est qu'ils sont ou plus
nombreux , comme au p ied , à la ma in , e tc . , ou
plus avantageusement disposés, comme au tronc sur
lequel les muscles abdominaux agissent
très-loin
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D E L A V I E A N I M A L E .
2 5 l
du point d'appui pour fléchir
l'épine,
tandis que
pour l 'étendre les muscles dorsaux exercent leur ac
t ion immédiatement à côté de ce point
d'appui,
comme encore au cou où les muscles qui abaissent
la mâchoire inférieure et la tête lorsque cet os est
fixe, sont bien plus éloignés des condyles occipitaux,
que les mu scles qui agissent po ur pro du ire F exten sion.
Quelle que soit la cause de la supériorité des fléchis
seurs, on ne peutlarévoquer e n d o u t e . ï «.Dans les con
vulsions hy sté riq ue s, da ns celles des
enfans ,
et c . , dans
tous les mouvemens spasmodiques où la volonté est
n u l l e ,
les contractions ont lieu bien plus dans le sens
de la flexion, que dans celui de
l'extension,
ce qui
arrive
cependant. 2°. Chez les vieillards les fléchis
seurs finissent enfin par l'emporter sur les
extenseurs
:
par exemple les doigts se courbent presque constam
ment au pied et à la main. 3°. Dans tous les mouve
mens la force est toujours du côté de la flexion.
E n p én étra nt les m u sc le s, les nerfs les cou pen t aux
m em bre s à angle très-aigu , parce que les tron cs ne r
veux sont dans la direction naturelle de ces organes.
Au tronc au contraire , les nerfs sortant de l 'épine,
les cervicaux su rto u t, pén ètre nt leurs mu scles à angle
presque droit ou moins sensiblement aigu : cette
circonstance est indifférente. Chaque branche ar
rivée dans les fibres charnues, se divise d'abord et
se subdivise dans leurs interstices, puis se perd dans
leur tissu. Chaque fibro
reçoit-elle
une ramuscule
nerveuse? On seroit porté à le croire , d 'après cet te
observation que la branche principale étant irr itée,
toutes les fibres entrent en action, aucune ne reste
inerte . M ais d 'un autre cô té , si on en ir r ite u n e ,
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2 5 2 S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
toutes se meuvent
au s s i ,
ce qui est certainement un
phénomène sympath ique , ou dépendant des com
munications celluleuses.
L es nerfs se dépo uillent-ils de leu rs envelopes cellu
leuses, deviennent-ils pulp eu x
en
entran t dan s
les
mus
cles ? La dissection ne m'a montré rien de semblable.
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système musculaire de là
Vie animale.
I L est peu de systè m es da ns l 'écon om ie où les pro
priétés vitales et de tissu se trouvent à un degré aussi
énergique et aussi
prononcé,que
dans celui-ci. C'est
dans les muscles qu'il faut choisir des exemples de
ces propriétés , pour en donner une idée précise
et
exacte. Les propriétés physiques au contraire y sont
peu marquées ; une mollesse remarquable les carac
térise : point de force élastique dans leur tissu
;
très-
peu de résistance de la
pari
de ce tissu dans l'état de
mort : ce n'est que de la vie qu'il emprunte la force
qui
le caractérise da ns ses fo nctio ns.
§ I
e r
.
Propriétés de tissu. Extensibilité.
L'extensibilité se manifeste dans le système mus
culaire animal , en une foule de circonstances. Les
mouvemens divers de nos part ies rendent évidente
cette pr op rié té. T el le est en effet la dispo sition du
système musculaire , qu'une de ses portions ne peut
être contractée sans que l 'autre ne soit distendue. La
cuisse fortement fléchie, alonge les demi-nerveux,
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D E L A ' V I E A N I M A L E . 253
demi-tendineux et biceps. Le bras porté en dehors
met en extension le gran d pe cto ral; éle vé , il distend
le grand dorsal et le grand rond. Toutes les grandes
flexions mettent en jeu cette prop riété dan s les exten
seurs ; toutes les extensions la rendent sensible 'dans
les fléchisseurs. Un muscle qui est étendu par son
antagoniste , est dans un état purement passif; il est
pour ainsi dire momentanément abandonné de sa
contractili té, ou plutôt il la possède, mais elle n'y
est point en action; il ne fait qu'obéir au mouvement
qui lui est co m m un iqu é. R em arq ue z que d ans ces cas
la distension p orte exclusivem ent sur la portion char
n u e ,
que le tendon y est étranger; i l reste le même ,
quelle que soit la distance des points d'attache, que
ces points s'éloignent ou se rapprochent dans les di
verses extension s auxque lles
les
m uscles sont exp osés;
les plus longs sont les plus susceptibles de s'y p rê te r.
Le couturier , les muscles postér ieurs de la cuisse,
e t c . , présentent ce phénom ène d 'un e manière sen
sible : aussi l
e u r
position y est-elle acco m m od ée. E n
général tous les muscles remarquables par leur lon
gueu r sont superficiels , et passent le plus co m m un é
ment sur deux ar t iculat ions, quelquefois même sur
trois et
q u a t r e ,
comme aux membres . Or le nombre
de ces articulations rend susceptible de très-grandes
variations F espace co m pris en tre les de ux poin ts d'at
tache , v ariatio ns aux que lles se prê te la g rand e ex
tensibilité de ces m uscles. O n co n ço it, d 'après ce
qui a été dit plus haut, que c 'est à la longueur des
fibres charnues, et non à la longueur totale du mus
c le ,
que son degré d'extensibilité est
relatif.
Ceux
auxquels beaucoup d 'aponévroses sont entremêlées,
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S Y S T È M E M U S C U L A I R E
et qui em pr un ten t en part ie de ces m em bran es ou des
tendons leur étendue , jouissent moins de cette pro
pr ié té . Voi là p ou rqu oi , dans les m êm es mouvemens,
des m uscles de m êm e lon gu eu r totale deviennent
plus ou m oins c o u r t s , plus ou m oi ns alongés dans leur
port io n cha rnu e. Ob servo ns ce pen dan t que quand la
por t ion tendineuse
prédomine
beaucoup d 'une part ,
et que de l 'autre elle est très-mince, elle prête un peu
de son
c ô t é ,
comme on le voit aux plantaires et aux
palmaires grêles.
Si de l 'état na ture l no us p asson s à l 'état pathologique,
nous voyons l 'extensibilité musculaire se manifester
à un degré bien plus sensible encore. A la face , l'air
accumulé dans la bouche, la gonfle en alongeant les
buccinateurs ; les tumeurs diverses de cette cavité,
les fongus, les sarcomes distendent souvent les petits
muscles faciaux d'une manière qui nous frapperait ,
si no us avions
égard,
dans ce ph én om èn e, au peu
d'é
ten du e natu relle de ces m uscles qu 'ils tr iplent et qua
dru ple nt m êm e. L es m uscles des paup ière* et de l'œil
dans les carcinomes volumineux de cet
organe,ceux
de la partie antérieure du cou dans les grands engor-
gemens
de la thy ro ïd e, le gra nd pecto ral dans les ané-
vrismes considérables ou dans les autres tumeurs de
l 'aisselle, les muscles abdominaux dans la grossesse,
dans
l'hydropisie,
dans les tumeurs diverses du bas-
ventre , etc., les muscles superficiels et larges du dos
dans certains lipomes qui leur sont subjacens, nous
présentent ces phénomènes de distension d 'une ma
nière remarquable. Les muscles des membres y sont
m oins sujets, parce que d 'un côté m oin s de causes dé
veloppent des tum eu rs au-dessous d 'e u x , e t que d 'un
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autre côté les apon évroses ne se prêtero ient po int
aussi aisément à ces phénomènes.
Contractilité de tissu.
La contractili té de tissu est portée au plus haut
point dans les muscles. Ces organes sont dans une
tendance continuelle à la contraction , surtout quand
ils ont dépassé, en s 'alongeant, leur grandeur natu
relle.
C ette ten dan ce est indép end ante de l 'act ion des
ner fs ,
et de la propriété irritable du tissu mu scu laire.
Elle est influencée par la v i e , mais elle n'y est pas
spécialement liée : c 'est de la structure des muscles
qu'el le dépend essentiel lement. Le phénomène re
marquable des muscles antagonistes en résulte. Voici
ce p héno m ène :
Chaque point mobile de la charpente animale est
toujours entre deux forces musculaires opposées ,
entre*celles
de flexion et d'ex tens ion , d'élévatio n
et
d'abaissement,
d 'adduction et d 'abduction , de
rotation en deh ors et de rotation en ded ans , etc .
Ce tte oppo sition est un e co nd ition essentielle au x
mouvemens ; car pour en exercer un, il faut que le
point mobile soit dans le mouvement opposé ; pour
se fléchir, il faut qu'il soit préliminairement é t endu ,
et réciproquement. Les deux positions opposées ,
que pre nd un e partie m obile , sont alternativ em ent
pour elle, et le point de départ et le point d'arrivée ;
les deux extrêmes de ces positions sont les deux
bornes entre lesquelles il peut se mouvoir. Or entre
ces deux bornes il y a un point moyen; c 'est le point
de repos d e la partie m obile : qu an d elle s'y tr o u v e,
ses muscles sont dans leur état naturel; dès qu elle le
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2.56 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
franchit,
les uns sont tendus, les autres
contractés J
et telle est leur
d i spos i t i on ,
que la contraction et l'ex
tension qui ont lieu en sens opposé, sont exactement
en raison directe. D'après cela, dans l ' influence ré
ciproque que les muscles exercent les uns
sur
les au
t r e s ,
ils sont donc alternativement actifs et passifs,
puissance et résistance , organes mus et organes qui
font mouvoir. L'effet de tout muscle qui se contracte
n'est do nc pas seulem ent d 'agir sur l 'os auquel il s'im
p la n te , m ais enco re sur le m uscle opp osé. Souvent
m êm e en tre de ux m uscles ainsi op po sés, il n'y a point
d'organes solides intermédiaires,comme aux lèvres,
sur la ligne blanche , etc. Le muscle d'un côté agit
alors directement sur celui qui lui
correspond,
pour
le di ste nd re . O r cette action d es m usc les les uns sur
les autres est précisément le phénomène des anta
gonistes : deux muscles sont
t e l s ,
quand l 'un ne peut
pas se contracter sans que l 'autre ne s'alonge,et réci
pro qu em en t. E xa m ino ns dans ce phé nom ène le rôle
de la contractilité de tissu :
il
faut bi en distin guer son
influence de celle des forces
v i ta les ,
ce qu'on n'a
point fait assez jusqu'ici.
U n mu scle un e fois placé dans sa position m oyenn e,
ne peut s'en éloigner que par l'influence des forces
vitales , que par la contractilité animale ou par l'or
gan ique sen sib le, parce q ue da ns cette position la con
tractilité de tissu de son antagoniste
fait
équilibre à
la
sienne, et qu'il faut par conséquent une force ajoutée
à celle-ci, p o u r su rm on te r celle qu i lui est opposée.
Mais si ce muscle se trouve dans une des deux posi
t ions extrêmes de la précédente, par exemple dans
l'adduction,l'abduction,
la flexion,l'extension ,etc.j
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D E L A V I E A N I M A L E .
2.5j
alors il y aura inégalité d'action dan s les antag on istes,
sous le ra pp or t de la con tractilité de tis su ; le plus
ten du fera pou r se co ntr acte r un effort bien plus gr an d
que celui qui est déjà raccourci. Pour maintenir l 'é
quilibre, il faut donc que les forces vitales co nti nu en t
à influencer les muscles contractés. Aussi toute posi
t ion extrême des membres, e t d 'une part ie mobile
quelconque, ne peut dans l 'é ta t ordinaire , ê tre main
tenue que par
1
influence des forces vitales. Que ces
forces cessent d'être en action, aussitôt la con
tractili té de tissu d u m uscle al on gé , qui tendo it à
.s exercer
,
mais qui en étoit empêchée, s 'exerce en
effet,
dev ient efficace, et ram èn e la partie m obile à sa
position moyenne , position où l 'équilibre se rétablit .
Voilà pourquoi dans tous les cas où l ' influence céré
brale est nulle sur les muscles, où ils ne sont point
irrités par des slim ulans , les m em bre s se tro uv ent
constamment dans une posi t ion moyenne à l ' exten
sion et à la flexion ,
à
l 'abduction et à l 'addu ction ,
etc»
C 'est ce qu i arrive dan s le som m eil ,chez le f œ t u s , etc.
J 'ai montré ailleurs comment la disposition osseuse
de chaque articulation est accommodée à ce phéno
m èn e , co m m en t tou te espèce de rapport entre les sur
faces articulaires, autre que celui de cette position
m o y e n n e , présente un état forcé où cer tains l igamens
son t néces saire m en t plu s tiraillés que les au tres , et
où jam ais les surfaces ne son t e n contact aussi gén éral
que dans celte position. Dans certaines fièvres qui
portent sur la vie et la texture musculaires une in
fluence comme délétère, la prostration horizontale et
l 'extension des m em bres ne viennent pas d 'u n s u r
croît d 'act ion des extenseurs, mais du peu d 'énergie
i l . 17
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2 6 8
S Y S T È M E M U S C U L A I R E
des fléchisseurs qui n'ont point la force de surmonter
le poids du m em bre : aussi rem arq ue z q ue toute
atti
tu d e an alogu e coïn cide to ujo urs avec des signes de foi-
Liesse générale ; c 'est celle des fièvres pu tr id e s , etc.
La section d'un muscle vivant nous offre
d«ux
phén om ènes qui sont m anifestem ent le produit de
la contractilité de tissu.
i ° . Les deux bouts se rétractent en sens opposé;
il reste entre ces bouts divisés un intervalle propor
tionné à la rétraction. Cette rétraction n'est pas
mesurée, comme on Fa cru, par les degrés des con
tractions du muscle ; si cela
étoit,
il suffiroit dans
une plaie transversale de mettre le membre dans le
plus grand relâchement possible, pour affronter les
bouts divisés
:
or so u ve n t, da ns ce ca s , ces bouts res
tent encore écartés; donc la rétraction est souvent
supérieure à la plus grande contraction du muscle
considéré dans son état naturel .
2 ° . L'antagoniste du muscle coupé qui n'a plus
d'effort à s u rm o n te r, se co ntr act e et fait pencher de
son côté la partie mobile, s ' i l n 'y a pas d'autres mus-
«
les qui, agissant dans le sens du premier, suppléent
à ses fonctions. Ce dernier phénomène a lieu aussi
jusqu'à un certain po int da ns les paralysies de la
lace .
La bouche se tourne alors du côté sain. J'ob
serve
cependant à cet égard que cette déviation n'est
jamais aussi sensible qu'elle le seroit par là section
du muscle devenu paralytique, lequel a conservé
sa contractilité de tissu. Cette contractilité restante
fait en p artie équilib re avec celle des m uscles du
côté sa in , pen da nt l 'absence des m ou ve m en s : aussi
«-a déviation ne dev ient très-m arqu ée qu e lorsque les
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D E LA V I E A N I M A L E . 269
malades veulent par ler , que lorsque par conséquent
les forces vitales mettent en jeu les muscles sains,
auxquels les autres ne peuvent s'opposer* L a p a
ralysie du sterno-mastoïdien présente pour toute
la tête un phénomène analogue à celui que les mus
cles précédens inactifs déterminent sur la bouche.
Souvent le strabisme tient encore à cette cause.
En général , dans tous ces phénomènes , i l faut
bien distinguer ce
qui
appartient aux forces vitales,
de ce qui dé pe nd de la contractili té du tissu. L es
muscles sont antagonistes sous le rapport de ces
forces, comme sous le rapport de cette contractili té :
or , comme la contraction dépendante de l ' inf luence
nerveuse ou
de F
ir r i tabil i té ,
est bien
plus marquée que
celle provenant du tissu organique, les phénomènes
des antagonistes sont bien plus
frappansdans
la para
lysie,
lorsque les muscles sains sont mis en jeu de la
prem ière m aniè re . Il paroît que dans beauco up de p a
raly sies , la con tractilité de tissu
est
aussi
un
peu altérée
du côté affecté; mais jamais elle n'est totalement dé
tru ite , de manière à ce que dans l 'amp utation d 'u n
membre paralysé , il n'y ait point de rétraction mus
cula ire. J'ai fait celte exp érien ce su r u n chien : les nerfs
ayant été coupés dix jours auparavant, et le membre
étant resté immobile depuis cette époque, la section
des muscles produisit un écartemént manifeste entre
leurs bords; e t même, en coupant ensui te compa
rat ivem ent le m em bre resté sain, je ne trouvai au cune
différence.
C'est surtout lorsque les muscles ont été prélimw
nairement distendus, et qu'on fait cesser leur disten
sion , q ue la con tractilité de tissu se pr on on ce . L a
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2 6 0 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
ponct ion dans Fascite et l 'accouchem ent pour les mus
cles abdominaux ,
l'ouverture
des dépôts profonds
pou r ceux du t ro nc , l 'ext i rpa t ion d 'u ne tum eur
située
sous un m uscle qu elco nq ue , e t c . , no us m ontren t cette
prop riété en action d 'u ne m an ière extrêm em ent mar
q u ée .
Il est cependant une observation à cet égard;
sav oir, que si l 'exten sion a été de longu e d uré e, ou
bien si elle
s'est fréquemment
r é p é t é e ,
la
contrac
tion con sécu tive est b ien m o in dr e , parce que le
tissu m us cu lair e a été affoibli pa r l'état pénible où
il
s'est
t r ouvé : de l à , i ° . la flaccidité d u ven tre , à
la suite des grossesses multipliées; 2
0
. la laxité du
scrotum, après la ponction d'un ancien hydrocèle.
3 ° . J 'ai vu chez Desault un homme opéré en Alle
magne, d'un f 'ongus de la bouche, et qui avoit con
servé du côté où étoit la maladie des rides remar
q u a b l e s ,
dé pe nd an tes de l 'éten du e plus grande du
plan charnu de ce côté , qui ne pouvoit plus se con
tracter comme l 'autre; la mastication ne se faisoit à
cette époque que du côté sain. 4°« Q uan d les femmes
ont fai t beaucoup d 'enfans, le diaphragme s'affaiblit
pa r des pression s ré p ét ée s, et de là en partie la mo
bilité plus grande des côtes qui suppléent plus chez
le sexe, au défaut d'action de ce muscle. Je crois
que dans diverses affections chroniques de poitrine
et de bas-ventre, où il y a distension prolongée de
ce m us cle , les m édecin s de vr oi en t , plus qu 'i ls ne
le
font,
avoir égard à cette cause de la difficulté de
respirer, lorsque le principe de la distension n'existe
plus , comme à la suite de l 'évacuation des hydro-
pisies ,
etc.
L'étendue de la contractili té de tissu est dans
les
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D E L A V I E
A N I M A L E .
2 6 1
muscles, proportionnée à la longueur des fibres: voilà
pourquoi, dans les amputations, le plan superf ic iel
se rétracte dav antag e qu e le profond ; pou rqu oi , dans
le sommeil, les phénomènes de contractili té de tissu
sont très-apparens dan s les m em bres don t les mu scles
sont très- longs; pourquoi, dans les antagonistes, la
nature a opposé, en général , l 'un à l 'autre ,
des
m u s
cles prop ort ionn és ; p ou rq u oi , par co nsé qu ent, un
muscle à longues fibres a rarement pour
1 équilibrer
un m uscle à fibres
c o u r t e s ,
et récip roq uem en t. Le s flé
chisseurs et les extenseurs du bras, de
1
avant-bras ,
de la cuisse , de la jambe, sont à peu près de même
étendue
;
les rotateurs en dehors et ceux en dedans
de l 'humérus, implantés les uns dans la fosse sous-
épineuse, les autres dans la
souscapula i re ,
se res
semblent aussi sous ce rapport. La proportion entre
les antagonistes est encore plus remarquable à la
face où les mêmes muscles agissent le plus commu
nément en sens inverse de chaque côté de la ligne
médiane.
La vitesse des contractions,
née de
la contractilité
de
t i s s u ,
n'es t poin t co m m e celle pro du ite par la
contractilité an im ale , ou par l 'organiqu e sensible, qu i
sont constamment plus ou moins marquées, suivant
que l ' influence nerveuse ou le stimulant agissent plus
ou moins fo r tement . T o u t mouvem ent d épendant
de la contractili té de tissu est lent, uniforme, régu
lier ; ce n'e st que qu an d le tissu m uscu laire est affoibli
qu'il diminue ; i l n 'augmente que quand ce tissu est
plus prononcé : d'où il suit que les variétés de vitesse
ne peuvent s 'observer que dans différons individus,
ou sur le mê m e à différentes épo qu es, e t n o n , com me
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fi62
S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
da n s F exercice des forces
v i ta les ,
d 'un ins tant à l'autre,
C'est là une grande et remarquable différence entre
l 'une et l 'autre espèces de propriété,
La mort affoiblit la contractilité de tissu, mais
elle ne l 'anéantit point : un muscle étant coupé, se
rétracte long-temps après que la vie ne l 'anime plus,
La putréfaction seule met un terme à l 'existence de
cette propriété. Il en est de même de l 'extensibilité,
J'o bs er ve ce pe nd an t qu e tan t q ue la chaleur vitale
pénètre encore les muscles , i ls sont plus rétractiles
que quand le froid de la mort s'en est emparé.'
Haller place sur la même ligne , et fait dériver des
m êm es p rin ci p es , les ph éno m ène s résultant de la
contractilité de tissu qui, à certaines différences près,
répond à sa force morte, et ceux produits par l 'action
des acides co n ce n tré s, d e l 'alcool, du fe u , etc. sur les
substan ces anim ales qui se cri sp en t, se resserren t, se
rac or ni ssen t p ar l'effet de ces différons agens. Mais
voici plusieurs différences qui isolent essentiellement
les uns des autres ces phénomènes.
ï
°. La contracti
lité de tissu est très-peu prononcée dans des organes
où la faculté de se rac orn ir est tr è s -s e n s ib le , par
exemple , dans tous les org ane s des systèm es fibreux,
fibro-cartilagineux, s é r e u x , et c. et c. 2 ° . L a contrac
tilité de tissu est ré p a n d u e , à des deg rés très-variables,
da ns les parties ; de pu is les m uscle s et la p ea u , qui en
jouissent au plus haut degré, jusqu au x cartilages qui
en sem blent d ép o u rv u s, i l est un e foule de variations;.
la faculté de se racornir par les agens indiqués est,
au contra i re , presque uniformément d is t r ibuée , ou
au moins ses différences sont bien moins sensibles,
3 ° . L'une devient nulle dans les organes desséchés,
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Fautre
s 'y conserve manifestement après des années
e n t i è r e s ,
comme le parchemin en est la preuve.
4 ° . La première reçoit d 'une manière évidente un
surcroît d 'énergie de la vie, surtout dans les muscles;
la seconde ne paroît presque pas être modifiée par
elle.
5°. Celle-ci offre toujours des effets subits, des
contractions rapides. Sentir le contact du feu, des
acides ou de l 'alcool concentrés, et se racornir , sont
deux phénomènes que la même seconde rassemble
dans les parties animales; au contraire, la contracti
l i té de t issu ne s 'exerce que lentement, comme nous
avons dit . 6°. Cette dernière ne peut jamais donner
aux p a r t i e s , aux muscles spécialement, cette remar
quable densité qu'ils nous offrent dans leur racor
nissement. 7°. Le défaut d'extension des fibres est la
-seule condition nécessaire à la contractilité de tissu
qui tend sans cesse à entrer en activité; il faut au
contraire pour crisper les fibres, qu'il y ait contact
d un corps étrang er sur elles. Je pou rrois ajouter bea u
coup de preuves à celle-ci, pour établir une démarca
tion
essentielle
entre des
phénomènes
confondus par
l ' i l lustre physiologiste d'Helvétie.
§ I I .
Propriétés vitales.
La plupart de ces propriétés jouent un rôle très-
impor tan t dans les m uscles. N ou s allons d'ab ord exa
m in er celles de la vie anim ale ; no us traitero ns
ensuite
de celles de la vie organique.
Propriétés de la Vie animale. Sensibilité.
La
sensibilité animale est celle de toutes les pro-
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2 ^ 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
priétés vitales, qui est la plus obsc ure dan s
ces organes,'
au moins si on les considère dans l 'état ordinaire.
Coupés t ransversa lement dans les am pu tati on s, dans
les expériences sur les animaux vivans, i ls ne font
éprouver aucun sentiment pénible bien remarquable:
ce n'est que lorsqu'un filet nerveux se trouve inté
re ss é, que la doule ur se m anifeste. L e tissu propre du
muscle n'est que très-peu sensible; l ' irr itation parles
stimulans chimiques n'y montre pas plus à découvert
la sensibilité.
Cependan t il est un sentiment particulier qui,dans
les m uscles, app art ient bien év idem m en t à cette pro
p rié té ; c 'est celui qu 'on épro uv e après des contractions
répétées, e t qu 'on nomme lassi tude. A la suite d 'une
longue station, c'est dans l 'épais faisceau des muscles
lomb aires que ce sentim ent se rapp orte su r tou t . Après
la progression, la course, etc. , si c 'est sur un plan
ho rizon tal qu'elles ont eu lieu, ce sont tou s les m uscles
des membres infér ieurs; s i c 'est sur un plan ascen
dant , ce sont surtout les fléchisseurs de l'articulation
ilio-fémorale; si c 'est sur un plan
descendant,
ce sont
les m uscles p osté rieu rs d u tro nc , qui se fatiguent
plus part iculièrement. Dans les métiers qui exercent
surtout les membres supérieurs, souvent on y éprou
ve ce sent iment d 'une manière remarquable , lequel
sentiment n 'est cer tainement pas dû à la compres
sion exercée par les muscles en contraction sur
les petits nerfs qui les parcourent. En effet, i l
peut
avoir lieu sans cette contraction an téc éd en te, comm e
on l 'observe dans l ' invasion de beaucoup de mala
dies où il se répand en général sur tout le système
muscula i re , e t où les malades
sont,
comme i ls
d i -
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2 6 5
sent,
fatigués,
l assés ,
de mê m e qu'à la suite d 'un e lon
gue marche. Ce sentiment paroît dépendre du mode
particulier de sensibilité animale des muscles, sensi
bilité que les au tres agens ne dév elop pen t
point,
et que
la permanence de contraction rend ici très-apparente.
Ainsi le système fibreux, sensible seulement aux
moyens de distension qui agissent sur lui, ne reçoit-
il point une influence douloureuse des autres agens
d' ir r i ta t ion. Remarquez que ce sentiment pénible ,
qu 'un mouvement trop prolongé fai t naître dans les
muscles, est un moyen dont se ser t la nature pour
avertir l 'animal d'y mettre des bornes, sans quoi il
finiroit par lui devenir funeste. Ainsi le sentiment
particulier que font naître les ligamens distendus ,
est-il destiné à provenir l 'animal de mettre des bornes
à leur exte ns ion . Voilà com m ent chaque o rgane a
son mode propre de sensibilité ; comment on auroit
une fausse idée de l 'existence de cette propriété, si
on ne la jugeoit que d'après les agens mécaniques et
chimiques; comment sur tout la na ture accommode
aux usages de chaque organe son mode de sensibilité
animale.
Dans les phlegmasies du t issu musculaire propre,
souvent la sensibilité animale s'exalte à un point très-
marqué; le moindre contact sur la peau devient dou
lo ur eu x; à peine le m alade p eu t- i l suppo rter le poids
des couvertures : souvent la moindre secousse qui le
fait vaciller lui cause dans les membres les plus vives
douleurs. Mais en général ces douleurs-là sont toutes
différentes du sentiment pénible que nous nommons
lassitude : ainsi la doule ur d'u n ligamen t diste nd u
dans l 'état sain, n 'est-elle point celle qui naît
d un
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2.66 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
ligament ou de tout autre organe fibreux enflammé.
J'ajoute à ce que j ' a i dit plus haut sur ce sentiment,
que quelques organes
se
fatiguent com m e les muscles,
par la durée trop prolongée de leurs fonctions : tels
sont les yeux par le contact de la lumière, les oreilles
pa r celui des son s, le cerveau p ar
les
mé ditat io ns, e tc .,
et en général tous les organes de la vie animale; c'est
même cette lassitude générale qui amène le sommeil,
co m m e je l'ai pro uv é dan s m es R ech erche s sur la vie.
Mais remarquez que le sentiment que font éprouver
l 'œ i l ,
l'oreille,
le cer ve au , et tous les org anes externes
ainsi fatigués, n 'est point le même que celui des
muscles qui ont beaucoup agi
:
autre p rouve
du
mode
particulier de sensibilité de ceux-ci, et en général de
toute part ie vivante .
Contractilité animale.
C ette pro prié té an im al e, sur laquelle roulent tous
les phénomènes de la locomotion et de la voix, qui
aide à beaucoup de ceux des fonctions intérieures et
exté r ieure s, a exclusivement son
siège dans le
système
musculaire animal; c 'est elle qui le distingue de
l'or
ganiqu e , et m êm e de to us les au tre s. Elle consiste dans
la faculté de se mouvoir sous l ' influence cérébrale,
soit qu e la v ol o nt é, soit qu e d'au tres causes déter
minent cette influence. La contractili té animale porte
d o n c , co m m e la sensibilité de m ê m e espèce,un carac
tère propre et distinctif des deux contraclilités orga
niques , caractère qui consiste en ce que son exercice
n'est pas concentré dans l 'organe qui se meut, mais
qu'il nécessite encore l 'action du cerveau et des nerfs.
Le cerveau
est
le pr incipe d 'où part , pour ainsi dire ,
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cette propriété , comme il est celui où arrivent toutes
les sensations : les nerfs cérébraux sont les agens qui
la t ran sm et te nt , com m e ils s o n t , quo iqu 'en sens
opposé, les conducteurs des phénomènes sensil ifs .
D'où i l suit que pour bien concevoir cet te propriété ,
il faut l 'examiner dans le cerveau, dans les nerfs,
e t dans le muscle lui-même.
Con tractilité animale considérée dans le Cerveau.
Tout dans les phénomènes de contractili té animale
annonce l ' influence du cerveau.
Dans l 'état ordinaire, si plus de sang est porté à
cet organe, comme dans la colère; si l 'opium pris à
dose modérée , l 'excite légèrement ; si le vin produit
le même effet, l 'action musculaire accroît en énergie
à proportion que celle du cerveau est aussi accrue. Si
la terreur , en ralentissant le pouls, en diminuant la
force du cœur, et par là
m ê m e ,
la quantité de sang
poussée au
ce rveau ,
le frappe comme d'atonie ; si les
narcot iques d ivers , por tés à l ' excès , produisent le
même effet; si le vin empêche son action
par
sa quan
tité tro p g ra n d e , alors voyez ces muscles languir dan s
leur
mouvement,
éprouver même une in termit tence
remarquable. Si le cerveau est tout concentré dans
ses rapports avec les
s e n s ,
ou dans
ses
fonctions in
tellectuelles , il oublie les muscles pour ainsi dire;
ceux-ci restent inactifs : l 'homme qui regarde ou en
tend avec a t ten t ion ,
ne
se meut point ; celui qui con
temple, médite , réf léchit , ne se meut point non plus.
Les'phénomènes de l 'extase, l 'histoire des études des
philosophes, nou s présen tent f réquem m ent ce fai t
im po r ta nt , cet te iner tie m usc ula i re , don t le pr inc ipe
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est dans la distraction de 1 influence céréb rale qui
n 'au gm ente dans d 'autres fonct ions , qu 'en dim inuant
dans la locomotion.
Dans les maladies, toutes les causes qui agissent
fortement sur le
cerveau
, réagissent subitement sur
le systèm e m usc ulaire an im al : or c ette réaction se
manifeste par deux états opposés, par la paralysie et
par les convulsions. Le premier est l ' indice de l 'éner
gie d im in u ée , le second celui de l 'énergie au gm enté e:
l 'un a lieu dans
les
compressions par
du
p u s , par du
sang épanché, par des os enfoncés au-dessous de leur
nive au n at u re l, par les suites de l 'ap op lex ie; il se
montre dans l ' invasion de la plupart des hémiplégies,
invasion subite dans laquelle le malade tombe, perd
connoissance , et a tous les signes d'une lésion céré
brale. Cette lésion disparoît, mais son effet reste,et
cet effet est l ' immobilité d'une division du système
musculaire . L'autre état ou le
convulsif,
dépend des
irritations diverses de l 'organe cérébral par des es
quilles osseuses enfoncées dans sa substance, par son
inflammation ou par celle de ses membranes , par les
tumeurs diverses dont i l peut ê tre le
siège
, pa r les
lésions organiques qu'il peut éprouver, lésions que
j 'a i rarement observées dans l 'adulte
, mais
que l ' en
fance offre quelquefois, par les causes même de com
pressions ; car souvent nou s vo yon s coïncider cet état
convulsif avec les
épanchemens
dive rs , avec l 'hydro
céphale , etc.
L'état du système musculaire animal est vraiment
le thermomètre de l 'état du cerveau ; le degré
de
ses
m ouv em ens indiqu e le degré d 'énergie d e cet organe.
Ceux qui font la médecine dans une salle de fous,
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A N I M A L E . 269
ont l 'occasion de consulter souvent ce thermomètre.
A côté du furieux dont la force musculaire est dou
blée , tr iplée m êm e , est un ho m m e do nt tous les
mouvemens languissent dans une iner t ie remarqua
ble. Mille
tlegrés
divers s 'observent dans ces mou
vem ens : or ces degrés ne dép en de nt pas des mu scle s;
le fou le plu s furieux est so uv en t celui don t les for
m es ex térieu res les plus grêles in diq ue nt la plus
foible
consti tut ion musculaire ; com m e le plus au tom ate est
parfois celui dont les muscles sont le plus énergi-
quemeht développés. Les muscles sont au cerveau
ce qu e les artère s sont au c œ ur. L e m édecin reconno ît
par ces vaisseaux l 'état de l 'organe central de la cir
culat ion qui leur communique l ' impulsion; par les
m uscles de la vie anim ale , i l recon noît com m ent est
l 'organe central de cette vie. V oy ez les malades dan s
une foule de fièvres essentielles : le m at in il y avo it
prost ra t ion,
le
soir vous trouv ez une agitation extrê m e
da ns les m usc les. O r que l est le
siège
de cette révo
lution ? ce ne sont pas les muscles ; c 'est le cerveau.
Il y a eu transport à la
t ê t e ,
comme on le dit vul
ga irement .
Si du lit des malades nous nous transportons dans
le labo ratoire des physiologistes , n ou s voyo ns ces ex
périences parfaitement d'accord
avec
les observations
précédentes. La ligature de toutes les artères qui
vont au
ce rveau ,
in ter rompt tout à coup les mouve
mens de cet organe, mouvemens nécessaires à son
action, fait cesser subitement la motilité volontaire ,
et ensuite
la
vie. En injectant
par
la carotide et
vers
la
t ê t e ,
de l 'en cre, des dissolutions de sels n eu tre s, d 'aci-
• d e s , substances do nt le contactest
funeste
à Faction
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M U S C U L A I R E
céréb rale, j 'ai toujours vu pé rir l 'anim al avec des mou*
vemens convulsifs prélim ina ires. L'in jectio n de l'eau
ne p ro du it po int cet effet; elle pe ut im pu né m en t pour
la vie d u Cerveau être in tro du ite da ns le sang arté
r i e l ,
si elle est injectée modérément; mais poussez-la
avec force, vous ir r i tez vivement cet
organe,et
à
l'instant l 'animal est pris de violentes agitations ; ra
lentissez l ' impulsion, le repos succède. J 'a i
déja^ap-
porté ailleurs cette expérience.
Si
on met à découvert
la masse céphalique, et qu'on l ' irr ite avec un agent
mécanique ou chimique , e tc . , à l ' instant le'système
m uscu laire anim al e ntre en ac tion . C ep en da nt il est
à observer que dans ces expériences la convexité de
l 'organe paroît bien moins liée a u x m o u v e m e n s , que
sa base. Bornée à la substance corticale, aux couches
superficielles de la médullaire, l ' irritation est presque
nulle; ce n'est que quand on arrive vers les couches,
inférieures que les convulsions su rv ien ne nt . J 'ai voulu
essayer plusieurs fois de déterminer avec précision
l 'end roit où l ' irr itation dev ient u ne cause de con
vulsion ; mais cela m'a paru toujours très-difficile, et
les résultats on t é té infinim ent varia bles . Je crois qu'on
ne pe ut guères établir qu' un e
donnée
gé né ra le, savoir,
que plus on se rapproche dans les expériences de la-
pro tub éra nc e an n u la ir e , et en général de la base
cérébrale , plus les phénomènes convulsifs sont appa-
r e n s ;
ils sont d'autant moindres, qu'on s 'en éloigne
davantage; ils
sont
nuls à la surface convexe. Remar
qu ez qu e c'est du côté de sa b as e, c'est-à-dire du côté
de sa partie
essentiel le ,
qu e le cervea u reçoit les nom
breux vaisseaux qui y portent l 'excitation et la vie,
soit par le
mouvement
q u'ils lui
communiquent,
soit
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2 7 1
par la natu re du sang rouge qu' i ls lui ap po rte nt ,
comme mes expériences publiées Fan passé
l'ont,
je
c r o i s ,
d é m o n t r é .
. A joutez à ces exp érien ces celles destommotions
artificielles. L es m usc les
du
bœuf vacillent, et cessent
de se
soutenir,
dès l ' instant du cou p qui lui est po rté.
D 'aut res fois les an im au x exp irent en agitant con
vulsivement leurs me m bre s sous le cou p q ui les frappe
à l'occipital : les lapins offrent souv ent ce phé no m èn e.
Les pigeons meurent avec des mouvemens convulsifs
des ailes. Toujours des agitations irrégulières déter
minées par un influx irrégulier du cerveau, précèdent
l ' instant de la m or t q ue la com m otio n a produ ite*; ' '
Co ncluon s de toutes ces expérie nce s, e t des
obser*
vations qui les
précèdent,
que l 'action du système
musculaire animal est toujours essentiellement liée
à l 'état du cerveau , que quand il augmente ou di
minue cette action ,
il
y a presque toujours au gm en
tation ou diminution de Faction cérébrale.
N 'exagé rons pas cepe nda nt le rappo rt qui
liefaux
phénom ènes céréb raux les phéno m ènes m usculaires :
l 'observation nous
démentiroit.
Il est divers exem
ples de congestions aqueuses, sanguines, purulentes
même dans le c e r v e a u , sans que le mouvement mus
culaire en ait été altéré. Diverses tumeurs, des vices
divers de
confo rma t ion ,
on t do nn é lieu au trou ble
des fonctions intellectuelles , sans troubler celles des
muscles : co m bie n d e fois le ceryeau n'est-il pas d é
rangé dans les diverses espèces d'al ién atio ns , com bien
de fois l ' intelligence, la mémoire , l 'attention, l ' ima
gination n ' indiquent-el les pas ces dérangemens, par
leur*
irrégulières aberrations, sans que le système
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2 7 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
muscula i re s 'en ressente? Le sent iment extérieur*
xi est-il pas sou ve nt
a l t é r é ,
sans qu e le m ouv em ent le
soit ? En général le cerveau a trois grandes fonctionsi
i ° .
Il reçoitles impress ions des sens externes; il est
sous ce rapport le
siège
de la
percept ion 2°.
Il est
le principe, le centre des mouvemens volontaires qui
ne s 'exercent que par son influence. 5°. Les
phéno*
m èn es intellectuels sont essen tiellem ent liés à la ré
gularité de sa vie ; il en est pour ainsi dire le siège.
Or il peut être dérangé pour l 'une de ces fonctions,
et rester intact pour les autres , être un principe
régu*
lier de s m o u v em e n s, et u n centre irrégulier des phé
no m èn es de l 'intelligence , ne po int communiquer
avec les objets extérieurs par les sens , et déterminer
des mouvemens , ou présider aux fonctions intellec
tuelles , co m m e il arrive da ns le so m m eil qu'agitent les
r ê v e s ,
etc.
On conçoit, d 'après ce qui vient d'être dit , que les
fœtus complètement acéphales ne sau ro ien t vivre hors
d u scinde leur mère. Comme la vie animale est nulle
chez le fœtus, que la respiration ne
s'y
fait pas, que
les fonctions sont bornées à la grande circulation,
aux sécrétions, aux exhalations et à la nutrition , les
acéphales peuvent vivre dans le sein de leur mère, y
prendre même des d imensions t rès-marquées; mais
à la naissance, ils ne sauroient
respirer,
les intercos
taux et le diaphragme ne pouvant agir. Les viscères
gastriques ne
reçoivent
aucune influence de leurs pa
rois musculaires; tous les membres sont immobiles.
L a vie an im ale , qui com m ence po ur les autres à la
na issance , ne peut c om m encer po ur e u x , parce qu'ils
n'ont point le centre de cette vie
;
ils ont des sens,
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mais
rien pour recevoir leur im pre ssio n; d es m us cles ,
mais rien pour les faire mouvoir; i ls ne peuvent que
cont inuer un peu à v ivre en eu x-m êm es, sans co m
mencer à vivre au-dehors. Mais comme en général i l
paroît que dès que l 'enfant quitte la matrice, le sang
rouge lui devient nécessaire, qu'il faut, pour l'avoir,
qu'il res pir e, et que cette fonction ne peu t com m encer ,
i l pe rd lav ie in t é r i eu requ ' i l avo i tdans le se indesamère .
Il est des acéphales qu i on t à l'origin e d es nerfs un pe tit
renflement médullaire ; chez
d'autres
la moelle est plus
prononcée. Si ces
renflemens
m éd ulla ires, si la m oelle
épinière
par sa texture particulière, remplacent le
cerveau , la vie peut avoir lieu, et
c'est
comme cela
qu'on pourroit expliquer quelques exemples d 'acé
phales qui ont vécu un certain temps. Mais certaine
ment un acéphale organisé comme nous,
et chez
qui
rien ne remplace le c e r v e a u , ne peut vivre. Aussi
presque tous les exemples de cette monstruosité, rap
portés par les au te ur s, par H aller
surtout,
ont-ils
offert
la mort de l ' individu à sa naissance.
Contractilité animale considérée dans les Nerfs.
Éloigné de presque tous les muscles, le cerveau
com m uniq ue avec eux par le système n e r v e u x , et
leur transmet par eux son influence : or cette com
munication se fai t de deux manières. i ° . 11 est des
nerfs qui vont directement du cerveau aux muscles
de la vie animale. 2°. Le plus grand nombre ne part
point de ce t organe m êm e , mais de la m oelle ép iniè re.
Presq ue tous les m uscles du co u , tous ceux de la poi
tr ine , de l 'abdo m en et des m em b re s, reçoivent leurs
nerfs de cette de rniè re so urce . La m oelle épinière
est,
I I . 18
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S Y S T È M E M U S C U L A I R E
pour ainsi dire, un nerf général, dont les autres ne
sont que des divisions et des branches principales.
Toutes les lésions de ce nerf principal sont ressen
ties par les muscles qu'il a sous son influence;
les
compressions qu'il éprouve par une fracture des ver
tèb res, par un dé placem ent q ue lco nq ue , par un épan-
c h e m e n t d e s a n g ,
de sérosi té ,
de
pu s , e t c .,
dans
le ca
nal ver téb ral , les com m otions qui arr iven t par un coup
violent reçu sur toute la région de l 'épine, par une
chute sur les
l o m b e s ,
sur la partie supérieure du sa
crum , sont suivies
d'\jn
engourdissement, d'une
paralysie des muscles subjacens. Coupez la moelle,
en introduisant un scalpel dans le canal, tout mou
vement cesse aussitôt au-dessous de la section. Vou
lez-vous au contraire faire naître les convulsions,
introduisez un stylet dans le canal ; irritez la moelle,
soit avec ce
stylet,
soit avec différons agens chimiques
que vous y porterez par son moyen ; aussitôt vous
verrez frémir, s'agiter tout ce qui est inférieur dans
le système musculaire animal.
Plus la lésion de la moelle est supérieure, plus elle
est d ang ereu se. D an s la région lom baire , elle ne
porte son influence que sur les membres inférieurs,
et sur les muscles du bassin ; au dos elle paralyse et
ces muscles , et ceux de l 'abdomen : or comme ces
derniers
concourent indirectement à la respirat ion,
cette fonction com m ence à deve nir
sjênée:
si la lésion
est au-dessus de la région dorsale, elle devient en
core plus péniblte, parce que les intercostaux perdent
leur action : seul alors, le diaphragme en continue
les ph én om èn es , parce que le nerf diaphragmatique
reçoit et transmet encore l ' influence cérébrale. Mais
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que la lésion arrive au-dessus de l 'origine de ce nerf;
alors plus d 'act ion du diaphragme, plus de contrac
t ion des intercostaux , ni des muscles abdominaux :
la respiration cesse; par là même la circulation
s'in
terrom pt : le sang n'éta nt plus porté au cerveau ,
l 'action de cet organe s'anéantit. Voilà pourquoi les
luxations de la première vertèbre sur la seconde sont
subitem ent m orte l les, qu and le déplacem ent est t rès-
grand ; po urq uo i les chirurgiens in struits n 'o sen t
quelquefois pas courir les hasards de la réduction,
quand el les sont incomplètes, de peur de les rendre
complètes, et de voir périr entre leurs mains le ma
lade qu' i ls veulent seco urir ; p ou rq uo i, qua nd on veut
assom m er un an im al , c 'est tou jours à la partie supé
r ieure et postér ieure de l 'épine qu'on porte le coup;
pourquoi un stylet enfoncé entre la première et la
seconde vertèbre tue tout à coup,
eLc.
On voit surtout très-bien l ' influence successive des
diverses parties de la moelle sur les muscles et sur la
vie générale, en introduisant une longue tige de fer
dans la partie inférieure du canal vertébral d'un ani
m al , d 'un coch on-d inde pa r exem ple , et
en
la faisant
remonter par ce canal jusque dans le
c r â n e ,
à travers
la moelle épinière qu'elle déchire. On observe sen-
s ib lementà
mesurequ'elle m o n t e , d ' a b o r d l e s c o n v u l -
sions des m em br es in férie urs , puis celles des mu scles
abdominaux, puis le trouble de la respirat ion, puis
sa cessation, puis la mort qui en est le résultat.
D ' ap rè s
tous
ces faits,
on
ne p eu t, je crois, révo que r
en doute l ' influence de la moelle épinière sur le mou
vement ,
dont
elle reçoit du cerveau le prin cipe qu 'elle
transmet ensuite aux nerfs . Ces derniers portent
si
r
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les musc le s ce p r inc ipe qu ' i l s on t r eçu , ou pa r l 'in
t e r m è d e d e l a m o e l l e , c o m m e d a n s p r e s q u e t o u s c e u x
d u t r o n c e t d e s m e m b r e s , o u d i r e c t e m e n t d u c e r v e a u ,
c o m m e da ns ce ux de la face , de la lan gu e , des
y e u x , e t c . M ê m e s p r e u v e s p o u r
cette
in f luence ner
veuse que pou r ce l l e de s o rganes
sensitifs
p récédens .
La l i ga tu re , l a s ec t ion , l a compres s ion d ' un ne r f pa
r a ly se l e musc le co r r e spondan t . I r r i t e z avec un agen t
q u e l c o n q u e u n n e r f m i s à d é c o u v e r t s u r u n a n i m a l ,
a u s s i t ô t d e s c o n t r a c t i o n s convulsives se manifes tent
da ns le m us c le . C es ex pé r i en ces on t é t é t an t e t si
e x a c t e m e n t r é p é t é e s p a r u n e f o u l e d ' a u t e u r s , q u e j e
c r o i s i n u t i l e d ' e n p r é s e n t e r a v e c é t e n d u e l e d é t a i l ,
que l e lecteur t r o u v e r a par-tout. L ' i r r i t a t i o n c o n t in u é e
q u e l q u e t e m p s s u r u n p o i n t d u
nerf ,
épu i se son in
f luence su r le m us c le ; ce lu i -c i reste im m o b i l e ; m ais
i l s e m e u t d e n o u v e a u , s i o n t r a n s p o r t e l'imitation
su r une pa r t i e p lu s in fé r i eu re du
nerf.
Si on lie celui-
c i ,
l e m o u v e m e n t c e s s e , e n i r r i t a n t a u - d e s s u s d e l a
l i g a t u r e ; il r e v i e n t l o r s q u ' o n le d é t a c h e , o u q u ' o n
l ' i r r i t e a u - d e s s o u s .
Je remarque que tous les ner fs de la v ie an imale
ne paro issen t pas auss i suscep t ib les les uns que les
a u t r e s d e t r a n s m e t t r e a u x m u s c l e s l e s d i v e r s e s i r r a
d i a t i o n s d u c e r v e a u . E n effet, t and i s que dans l e s
m a l a d i e s , d a n s l e s p l a i e s d e t è t e , d a n s n o s e x p é
r i e n c e s , e t c . , l e s m u s c l e s d e s m e m b r e s e n t r e n t e n
convu l s ion ou son t pa ra ly sé s avec une ex t r ême f ac i
lité , c eu x du ve n t r e , du cou , e t su r to u t d e la p o i t r in e ,
n e p r é s e n t e n t c e s p h é n o m è n e s q u e q u a n d l e s c a u s e s
d ' e x c i t a t i o n o u
d'affaiblissement
son t por tées au p lus
l i an t po in t . R ien de p lu s f r équen t que de
voir
le
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D E L A V I E
A N I M A L E . 277
ventre, la poitrine dans leur degré ordinaire de con
traction musculaire , .tandis que les membres ou la
face sont agités de m ou ve m en s convulsifs. R éc ip ro
quement exa m inez la plu pa rt de s hém iphlégies ; la
bouche se
tord,
le m em bre supér ieur e t le m em br e
infér ieur d 'un côté deviennent immobiles, e t cepen
dant les m ouv em ens pec torau x e t abdom inaux con
tinuent. Ceux du larynx sont plus faciles à
s'inter
rompre que ceux-ci, dans les paralysies; de là les lé
sions diverses de la vo ix. O n po u rra it faire un e échelle
de la susceptibilité des muscles pour recevoir
l ' in
fluence cérébrale,
ou
des nerfs pour la propager (car
il est difficile de dé te rm in er a laque lle d e ces d eu x
causes est dû ce phénomène); on pourrait, dis-je, faire
une échelle, au haut de laquelle on placèroit les mus
cles des membres, puis ceux de la face , puis ceux du
la rynx , ensuite ceux du bassin et du ba s-v en tre , enfin
les intercostaux et le diap hra gm e. Ces derniers son t ,
de tous,ceux qu i en tre n t le plus difficilement en co n
vulsion et en paralysie. Observez combien cette
échelle est accommodée à celle des fonctions.-Que
seroit devenue la vie, qui est toujours actuellement
liée à l ' intégrité de la res p ir at io n , si tou tes les lésions
cérébrales étoient aussi facilement ressenties par le
diaphragme et les intercostaux, que par les muscles
les m emb res . La p ara lys ie , d ans ces de rn ier s , n 'ô te
a l 'animal qu 'un moyen de communication avec les
objets ex tér ieu rs; da ns les autre s elle i nt err o m pr ai t
tout à co up , et sa vie in te rn e, et sa vie ex ter ne .
L'influence nerveuse ne se propage que de
la
;
partie sup érie ure à l ' inférieu re
,
et jamais en sens in-
,
Yerse. Coupez un nerf en
d e u x ,
sa partie inférieure
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irr itée fera contracter les muscles subjacens; on a
beau exciter l 'autre , e l le ne détermine aucune con
traction da ns les m uscles sup érieu rs ; d e m êm e la
m oe lle , divisée transv ersalem ent et agacée en haut et
en
b a s ,
ne p ro du it un effet sen sible qu e da ns le second
sens. Jamais 1 influence nerveuse ne remonte pour le
mouvement,
comme elle le fait pour le sentiment.
Con tractilité animale considérée dans les M uscles.
Les muscles essentiellement destinés à recevoir
I influence cérébrale
parle
moyen des nerfs , ont ce
pendant une part active à leur contraction propre.
II
faut
qu'ils
soient
dans létat
d' intégrité pour exercer
cette propriété, pour répondre à l 'excitation du cer
veau.
Des
qu'une lésion quelconque
affecte
leur tissu,
que ce tissu n'est plus com m e à
l'ordinaire,
le muscle
reste immobile , ou se meut avec ir régular i té , quoi
qu 'il reçoive u n influx ner ve ux rég ulie r. Voici diverses
circonstances relatives au muscle lui-même, qui em
pêchent où altèrent ses contractions.
i ° . Un muscle enflammé ne se contracte point;
le sang qui 1 infiltre alors et qui pénètre
ses
fibres,
l'éréthismeoù
elles se tr o u v en t, l 'accro issem ent de ses
forces o rg an iq ue s, ne lui pe rm ette nt point d 'obéir à
l 'excitation qu'il reçoit. Dans les esquinancies, la
déglutition est empêchée autant par l ' inaction des
musc les ,
que par
F inflamm ation de la m em bra ne mu
qu eu se. O n sait qu e l' inflam m ation de la vessie est
une cause de rétention d'urine; celle du diaphragme
rend très-pénible la
respiration
qu'exécutent presque
seuls les in t e r cos t aux , etc. etc.
2
0
. Tout
ce qui tend à
affoiblir,
à relâcher le tissu
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m uscula i re , com m e les coups extér ie urs , les meu r t r is
sures , les contusions, les infiltrations de sérosité dans
les membres hydropiques , la d is tension long- temps
cont inuée par une tumeur subjacente ,
a l t è re ,
d é n a
t u re , peu t m êm e annihiler la contracti l ité anim ale.
3° . Toutes les fois que le sang cesse d'aborder aux
muscles par les ar tères, ces organes restent immo
biles.
Stén on a ob serv é, e t j 'a i toujours vu , qu 'en l iant
l 'artère aorte au-dessus de sa bifurcation en iliaques
primitives, la paralysie des membres infér ieurs sur
vient tout à coup. On «ait que dans l 'opération de
Fanévr i sme ,
un engourdissement
plus
ou m oins m ar
qué suit presque toujours la ligature de l 'artère. Cet
engourdissement dure jusqu'à ce que les collatérales
suppléent à l 'artère qui n'apporte plus de fluide. Le
mouvement intest in né dans le muscle par l 'abord
du sang, est donc une condition essentielle à la con
traction musculaire . Ainsi le mouvement habituel
imp rimé à tou s les autre s or ga ne s, et spécialement au
cerveau, entretient-il leur excitation et leur vie.
4 ° . Non-seulement i l faut que pour obéir à
l'in
fluence cérébrale le muscle reçoive le choc du sang,
mais encore du sang rouge, du sang artériel. Le sang
noir ne
peut,
par son contact , entretenir le mouve
m en t. U n e foiblesse gé nér ale, la
chu
te de
F
an imal ,
sont
les premiers symptômes de l 'asphyxie, maladie dans
laquelle ce sang noir pénètre dans toutes nos parties.
Je ne retracerai pas ici les preuves de cette assertion,
que mes Recherches
sur
les diverses espèces de mort
m e paroissent avoiram plem ent dé m on trée . Je renvoie
à mon ouvrage sur ce point .
5 ° . Un fluide différent du sang, l 'eau, les fluides
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hui leux, a lbum ineux,
e tc . ,
à plus forte raison les fluides
acres ir r i tans, l 'ur ine, les dissolutions des acides,
des alcalis, e tc . , ne sont po int pro pres à entretenir
Faction musculaire; i ls la paralysent au contraire:
injectés
parles
artères crurales da ns un anim al v ivant,
en place du sang qu on arrête en haut par une liga
t u re ,
ils affaiblissent, ané antiss ent m êm e les mouve
m ens , com m e je m 'en suis f réquem m ent convaincu.
Le résultat varie dans ces expériences, suivant le
fluide qu'on emploie pour les faire; la rapidité
de
la
cessation des mouvemens est plus ou m oins m arquée;
ils sont ou affoiblis, ou totalement suspendus
;
m ais il
y a toujou rs un e différence frappan te d e l 'état naturel.
6 ° . Le contact des différons gaz sur les mascles
modifie-t-il leurs contractions? Depuis la publication
de mon Traité des Membranes, je n 'a i fa i t sur ce
point aucune expérience. Celles qui y sont consignées
offrent les résult ats s uiv ans : les gren ou illes et les
cochons-d'inde rendus emphysémateux par l ' insuffla
tion dans le tissu souculané, de Fair qui pénètre en
suite les interstices cellulaires, et se met par-tout en
contact avec le système m uscu laire , se m euv ent pres
que comme à l 'ordinaire. Si on emploie de
l'oxigène
pou r l 'insuff la tion, les m ou vem ens de l 'animal em
ph ys ém ate ux ne so nt pas plus accélérés : ils ne sont
pas diminués si on le souffle avez du gaz acide car
bonique, avec de l 'hydrogène, e tc . En général , tous
les em ph ys èm es artificiels qu e j'a i faits sur les deux
espèces indiqu ées, p ou r avoir un exem ple dans chaque
classe des animaux à sang rouge et froid, et de ceux
à sang rouge et chaud , réussissent très-bien, ne pa
roissent causer aucune gène sensible à l 'animal, qui
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2 8 l
en est peu à peu débarrassé. L'emphysème avec le
gaz nitreu x est co nsta m m en t m o rte l ; le contact de ce
gaz semble presque subitement frapper les muscles
d'atonie.
7° .
Si au lieu de souffler des gaz dans le tissu cel
lulaire d 'u n anim al vivant, ony fait passer différentes
subs tances fluides, elles pr od ui sent de s effets différons
sur les m us cle s, suivant leur n a tu re , leurs qualités
acres , douces, s typtiques, e tc . Aucune injection ne
produit un effet plus prompt, plus frappant que celle
de l 'opium étendu
d'eau,
ou que celle de ses diverses
préparations : dès que les muscles en ressentent le
contact, leurs m ou vem ens cessent ; ils tom bent com m e
en paralysie.
En général , j 'observe qu' i l vaut inf iniment mieux
faire les expériences du contact des gaz et des fluides
divers sur les muscles, en soufflant les
u n s ,
ou en
injectant les au tres dans le tissu interm uscu laire d 'u n
animal vivant , qu 'en arrachant un muscle , e t en le
plongeant ensu ite tout pé né tré de vie dan s les un s
ou les au tre s , comm e
ont
fait beau cou p d 'a ute ur s, ou
bien en mettant un muscle à découvert , pour dir iger
sur lui le courant d'un gaz , ou pour l 'humecter d'un
fluide, afin d'observer les phénomènes du contact.
I l résulte de tout ce que nous venons de dire ,
i ° . que pour répondre à l 'excitation cérébrale en se
contractant, le muscle doit être en général dans un
état déterminé par les lois de son organisation; que
hors de cet état il n'est plus susceptible de contrac
tions , ou du moins qu'il n'en exerce que de foibles et
d ' i r régul iè res ; 2°. que le contact des différentes subs
tances étrangères produit sur le muscle un effet très-
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2 8 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
var iable . Au res te , beaucoup de causes ,
autres"que
celles exposées plus h au t,
meparoissent
en core altérer
les con tractio ns, en agissant directem ent sur les mus
cles : tel est l 'usage d u m er cu re pris en friction pour
la maladie vénérienne, l ' inf luence de ce métal , du
cuivre et du pl o m b, su r les ou vriers qui y travaillent,
l 'action du
froid,
celle de certaines fièvres, etc. Le
trem bl em en tm us cu lair e , n é de ces différentes causes,
ne paroît point provenir du cerveau ; cet organe au
moins ne donne le p lus communément aucun s igne
d'affection dans ce cas : cependant j 'avoue que dans
ces diverses espèces de tremblement, i l n 'est point
facile de bi en assigner ce qu i tien t à l'affection prop re
du muscle , d'avec ce qui dépend de celle des nerfs:
peut-être ceux-ci sont-ils affectés spécialement; mais
certainement le cerveau n 'y est pour r ien.
Causes
qui mettent
en
jeu la Contractilité animale.
Nous venons de voir que dans l 'état naturel cette
propriété exige constamment trois act ions, i ° . celle
du cerveau, 2
0
. celle des n er fs , 5° . celle des muscles;
que c 'est du cerveau que part le principe du mouve
ment qui se propage par les
n e r f s ,
et que les muscles
reçoivent. Mais
il
faut qu ' un agent q uelco nqu e ébranle
le cerveau po ur le dé te rm in er à exe rcer son influence.
En effet, la contractilité animale étant essentiellement
intermittente dans son exercice, chaque fois qu'après
s'être
exercée elle a été suspendue
,*
il est nécessaire
qu'une cause nouvelle la remette en activité : or cette
cause agit d 'abord sur le cerveau dans l 'état naturel.
Je rapporte à deux classes les causes qui excitent
le cerveau pour produire la contractili té animale.
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A N I M A L E . 2 8 3
Dans la première est la volonté, dans la seconde
sont toutes les impressions que reçoit cet organe, et
qui échappent à l 'empire de
l a m e .
Le cerveau n 'est qu 'un intermédiaire à lame et
aux nerfs, comme les nerfs le sont aux muscles et
au ce rv ea u; le p rincipe qu i v e u t, agit d abo rd sur
.cet organe, lequel réagit ensuite. Quand ils sont ainsi
produits , nos mouvemens sont tantôt précis e t régu
liers J c'est lors qu e les fonction s intellectuelles sont i n
tactes ,
lorsque la mémoire , l ' imaginat ion, la percep
t ion s 'exercent
pleinement,
que le jugement étant
droit,
dirige avec régu larité les
actes de la
volonté; tan
tôt ils sont irréguliers, bizarres; c'est lorsque les fonc
tions intellectuelles , tro ub lée s, agitées en divers se n s,
font naître une volonté bizarre et i r régulière , comme
dans les diverses aliénations mentales, dans les rêves,
dans le délire des fièvres, etc. Mais dans tous ces
c a s ,
ce sont toujours des mouvemens volonta i res ;
i ls par tent du pr incipe immatériel qui nous anime.
Dans la seconde classe de causes qui influencent
le cerveau, la contracti l i té animale devient involon
t a i r e ;
elle s 'exerce sans la participation du principe
intel lectuel , souven t mê m e co ntre son gré. V oyez
l'a
nimal dont on irrite artif iciellement le cerveau dans
les expériences; i l veut se roidir pour empêcher les
co nt ra ct io ns , e lles arr iven t malgré lui : piquez u n
nerf dans une opération, le muscle se contracte
s u
bi tement au-dessous , sans que
Famé
participe à ce
m ou vem ent ; le malade n 'en a pas m êm e la consc ience;
il n 'a que celle de la douleur. Que beaucoup de sang
afflue au cerveau dans le transport des fièvres inflam
matoires; cet organe excité par le f luide, réagit aus-
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si tôt sur les muscles,
sans
que la volonté y soit pour
r ien. Tous les phénomènes de contraction ou de re
lâch em en t, nés des accidens divers.qui accompagnent
les plaies de tête, les inflammations cérébrales, etc. ,
sont également involontaires, quoiqu'ayant leur siège
da ns des m uscles que la volonté dirige habituellem ent.
Voilà différentes circonstances où Faction d'un agent
quelconque sur le cerveau est directe et immédiate,
où il y a une cause mécanique appliquée sur cet
organe.'
Dans d'autres circonstances le cerveau n'est affecté
que sympathiquement. Dans une foule d'affections ai
g u ë s ,
ce qu'on appelle transport au cerveau ne vient
point de ce que plus de sang
s'y
porte; le pouls n'est
pas plus pl ei n, la face pas plus colo rée; s ou ven t m ême
il y a des signes de ralentiss em ent da ns l 'action du sys
tème vasculaire. Le cerveau s'affecte comme tous les
autres organes, par sympathie , mot heureux qui ser t
de voile à no tre ignoran ce sur les rapp ort s des organes
entr'eux : le cerveau s'affecte do nc co m m e le cœ u r, le
foie,
etc . Soit par exemple un e périp ne um on ie; le pou
m o n est alors l 'organe lésé essentiellem ent
;
de cette lé
sion essentielle et
locale,
en naissen t un e foule de sym
pathiques plus ou moins fortes. Si le foie est sym
pathiquement affecté , des symptômes bilieux se
joignent aux sym ptôm es de l 'affection pr in cip ale;
si c 'est Festomaç, ce sont des symptômes gastriques
qui se manifestent. Le cœur est toujours agité; de
là la fièvre. Quand
1
influence sympathique se porte
sur le
ce rveau ,
il y a
transport, convuls ions , etc.
;
car, comme je l 'ai dit , l 'état des muscles est
l'in
dice de l 'état de cet organe : or, dans cette dernière
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circonstance , la volon té est nulle po ur la con tractili té
animale en exercice; le malade ne pourroit s 'empê
cher d'agiter convulsivement ses muscles; l ' irr itation
sym pathique du cerveau est plus forte queT influence
de la volonté. Cet exemple d'affection cérébrale dans
une péripneumonie , quoique plus rare que dans
d'autres affections, pe u tn o u s donn er cependant l 'idée
de ce qui arrive clans tous les autres cas où les mus
cles s'agitent con vu lsiv em en t par la lésion
d'un
organe
quelconque, par cel le du système f ibreux distendu,
des l igamens, des aponévroses
spécialement,
par le
travail de la
d e n t i t i o n ,
par les douleurs violentes
fixées dans les reins, dans les salivaires ou le pan
créas, à
F occasion d 'u n e p ie rre , par les lésions du d ia
phragme , des
n e r f s ,
etc. Dans tous ces
c a s ,
il y a
un point affecté dans l 'économie; de ce point partent
des ir radiat ions sympathiques qui a t te ignent sur tout
le cerveau; celui-ci irrité par elles, entre en action,
excite les muscles ; leur contraction arrive, et la vo
lonté y est étrangère.
Voilà encore com m en t les passions qui po rten t spé
cialement leur influence sur les organes intérieurs ,
qui affectent su rto ut ceux placés au tou r d u cen tre
épigast r ique , le cœur , le fo ie , l ' es tomac, la
r a t e -
e tc . ,
impr iment à nos mouvemens une impétuosi té
dont la volon té ne peu t plus no us rend re m aîtres. L'o r
gane intérieur affecté réagit sur le cerveau, celui-ci
excité stimu le les m us cle s; i ls se co nt ra ct en t, et la
volon té est
presque
nu lle pour cette contractio n. V oy ez
l 'homme que la jalousie, la haine, la fureur, agitent
au plus haut point : tous ses
mouvemens
se succèdent
avec un e im pétuo sité que le jugem ent répr ou ve, mais
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que la volonlé ne peut modérer , tant prédomine
sur
son influence celle de l 'affection sympathique du cer
veau. D'autres fois, les passions présentent un phéno
mène opptfsé. Elles sont marquées par un affoiblisse-
ment
général de tous les mouvemens musculaires.
DansFétonnement
que le chagrin accompagne, dans
celui auquel
se
mêle un e vive
joie,
les bra s vous tom bent
comme on le dit vulgairement; l ' influx cérébral cesse
presque entière m en t, e t cepend ant ce n 'est
pas
au cer
veau que
s'est
portée l'influence de la
pa ss ion ,
c'est au
centre épigastr ique, comme le pro uv e le resserrem ent
subit qui s'y esi fait sentir. Un des organes épigastri-
qucsaé téa f fec té ; il a réagi su r le ce rveau ; celui-ciaété
interrompu en partie dans ses fonctions; les muscles
s'en sont ressentis; ils on t cessé la leu r. D an s la crainte
où ce m êm e phéno m ène s 'observe, com m e la pâleur du
visage indique le ralentissement du système circula
t o i r e , il peut se faire que l ' inaction cérébrale et mus
culaire dépende en grande partie de ce qu'il ne reçoit
point une impulsion suffisante du cœur sur lequel
se porte la première influence de la passion, et qui
par cette influence est ralenti dans ses mouvemens.
La c ra in te ,
d i t - o n ,
ôte les
j a m b e s ,
elle pétrifie, etc. :
ces expressions empruntées du langage vulgaire, in
diquent l 'effet de cette passion sur les muscles; mais
cet effet n'est que secondaire : la première influence
a été portée sur le cœur, la seconde sur le cerveau;
ce n'est qu'en troisième ordre que les muscles s'af
fectent. Voilà comment certains animaux restent im
mobiles à la vue de celui qui va se saisir d'eux pour
en faire sa
proie*.
C'est encore à l ' influence sympathique des organes
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287
internes sur le cerveau,
qu
on doit attr ibuer les
m o u -
vemensdu
f œ t u s ,
m ou vem en s que la volonté ne dir ige
point; car la volonté n'est qu'un résultat des phéno
mènes intellectuels : or ces phénomènes sont encore
nuls à cette époq ue de la vie. Les fonctions inté r ie ur es ,
très-actives a l o r s , supposent une grande action dans
le foie, le c œ u r , la r a t e , etc. : or ces organes i n
fluencent par là efficacement le cerveau, et celui-ci
met à son tour les m uscles en m ou ve m en t; en sorte
que la contractili té animale n'est aucunement volon
taire chez le fœ tu s; elle ne c om m enc e à d even ir te lle,
que lorsque les sensations ont mis en jeu les phéno
mènes de l ' intel l igence; jusque-là , i l faut les com
parer à tous ceux dont nous venons de parler plus
haut.
D'après tout ce que je viens de dire , on concevra
sans peine, je l 'espère, comment la contracti l i té ani
male peut être ou n'être pas soumise à l ' influence de
la volonté. Dans l 'un et l 'autre cas, la série des phé
nomènes qu'elle nécessite est toujours la même; il
y a toujours excitation par le cerveau, transmission
par les ne rfs, exécu tion par les m us cle s, ou inactivité
successive de ces trois organes. La différence n'est
que dans la cause qui produit l 'excitation cérébrale:
or cet te cause peut ê tre , i ° . la volonté , 2° . une i r r i
ta t ion immédiatement appliquée , 3°. une ir r i ta t ion
sympathique. 11 est essentiel de se former des idées
précises et rigoureuses sur cette force vitale qui joue
un si grand rôle dans l 'économie vivante»
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Permanence de la Contractilité animale après la
Mort.
La différence des causes qui agissent sur le cerveau
dan s la contracti li té a ni m al e, po ur le
déterminera
exciter les m us cle s, paroît sur to ut d 'u ne manière
rem arqu able à l ' instant de la m or t. Q uelle q ue soit la
manière dont elle arrive, les fonctions intellectuelles
sont toujo urs les pre m ière s à cesser ; c'est m êm e à cela
que nous attachons surtout l ' idée de l 'absence de la
vie. D où il suit que le pre m ier ph éno m èn e de cette ab
sence doit être le défaut de la contraction musculaire
soum ise à l 'influence de la vo lo n té , qu i est le résultat
de ces fonctions intellectuelles. Tout reste donc im
mobile dans le système musculaire , si aucune autre
cause n'agit sur le cerveau ou sur les nerfs ; mais ces
deux organes
sont,
pendant un temps encore assez
long, susceptibles de rép on dre au x excitationsdiverses
des i r r i t ans .S t imulezd
unemanièrequelconquelecer
veau, la moelle ou les nerfs d'un animal récemment
tu é ; à l ' instant ses m uscles se co ntra cte nt convulsive
m en t ; c 'est le m êm e ph éno m èn e qu e celui obtenu
pendant la vie de la même cause. Souvent même tout
de suite après la mort ce phénomène est encore plus
app arent que pe nd an t la vie : je m 'e n s u i s très-fré
quemment assuré dans mes expériences. Si pendant
la vie on irrite un nerf quelconque, souvent la con
traction est presque nulle, parce que la volonté agis
sant par d'autres nerfs sur le même muscle, ou au
moins sur ceux du membre , dé termine des contrac
tions o pposées à celle qu e ten d à pr od ui re l ' irritation .
J'ai plusieurs fois observé que les phénomènes galva-
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D E
L A
V I E A N I M A L E . 2od
n iques son t au s s i i n f in im en t p lu s faci le s à p ro du i r e
un
i n s t a n t a p r è s l a m o r t , m ê m e s u r l e s a n i m a u x à s a n g
r o u g e e t c h a u d , q u e p e n d a n t l a v i e ; s o u v e n t d a n s c e
d e r n i e r c a s o n n ' e n o b t i e n t p r e s q u e a u c u n
résultat,
pa rce qu e l e u r influence es t con t ra r iée par l ' in f luence
cé réb ra l e née de l a vo lon té . Quand
1
i r r i ta t ion es t d i
r ec t emen t app l iquée su r l e ce rveau ou su r l a pa r t i e su
pé r i eu re de l ' ép in e , a lo r s e lle l ' em po r t e su r la vo lon té ; ,
e l le es t p lus fo r te dans l ' an imal qu i v i t ; mais su r un
nerf iso lé , souvent e l le a le dessous ; non que la
v o
lon té ag isse par le ner f i r r i t é ; dans ce lu i - là son in
fluence s ' a r r ê t e à l ' en d ro i t q u ' o n s t im u le ; m a i s e ll e
s ' exerce par les ner fs ad jacens .
C 'es t à la sus cep t ib i l i t é du c e rv ea u e t des ner fs p o u r
t r a n s m e t t r e e n c o r e le p r i n c i p e d u m o u v e m e n t a p r è s
la m o r t , q u ' i l f a u t r a p p o r t e r t o u s l es phénomènes
q u e n o u s p r é s e n t e n t l e s d i v e r s g e n r e s d e
d é c o l l a t i o n .
L e s c a n a r d s , l es o ie s e t a u t r e s a n i m a u x d e c e t t e fa
m i l l e m e u v e n t e n c o r e a s s e z régulièrement le u r s m u s
c l e s vo lon ta i r e s , ap rè s que l eu r t è t e e s t
séparée,pour
courir, s a u t e r , f air e d i v e r s b o n d s , e t c . Q u e l q u e t e m p s
a p r è s l e s u p p l i c e d e l a g u i l l o t i n e , l e s m e m b r e s i n f é
r i eu r s e t l e s supé r i eu r s
sont
enco re l e
siège
d e
di-*
ve r s f r émis semens ; l e s musc le s du v i sage se son t
m ê m e c o n t r a c t é s q u e l q u e f o i s d e m a n i è r e à d o n n e r à
c e t t e p a r t i e l ' e x p r e s s i o n d e c e r t a i n e s p a s s i o n s , e x
p r e s s io n f a u s s e m e n t r a p p o r t é e a u p r i n c i p e sensitif
r e st é e n c o r e q u e l q u e t e m p s a u c e r v e a u . L e s m ê m e s
p h é n o m è n e s s ' o b s e r v o i e n t a u t r e f o i s d a n s l e s u p p l i c e
q u i
consistoità
t r a n c h e r l a
tête
avec une hache . J ' a i
e u F a n p a s s é u n e p r e u v e d o u l o u r e u s e d e c e s
faits
s i n
gu l i e r s : un cochon -d ' inde à qu i j e venois d ' e n l e v e r
u .
l
9
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2 Q O
S Y S T E M E
M U S C U L A I R E
l e c œ u r , m ' e n fo n ç a p r o f o n d é m e n t d a n s un do ig t les
q ua t r e de n t s s a i l l an te s qu i d i s t in gu en t ce t t e e spèce .
T o u s c e s p h é n o m è n e s n e s o n t q u e l e r é s u l t a t d e l'ir
r i t a t i o n p r o d u i t e , s o i t p a r l ' i n s t r u m e n t q u i a c o u p é ,
so i t pa r l 'air , su r l e s deux ex t r émi té s d iv i sée s de l a
m o e l l e : cela es t s i vra i , qu en augmen tan t l ' i r r i t a t ion
p a r u n i n s t r u m e n t p i q u a n t , t r a n c h a n t , e t c . , p ar u n
a g e n t c h i m i q u e a p p l i q u é s u r c e s e x t r é m i t é s , o n a u g
m e n t e b e a u c o u p l e s m o u v e m e n s . R i e n d e p l u s f a c i l e
que de s 'as su rer de ce fa it su r un an im a l : je l 'a i vé
r i f ié p lus ieurs fo is su r des gu i l lo t inés , su r lesque ls on
ma v o i t
au to r i sé à fa i re de s ex pé r ie nc es po ur le gal
v a n i s m e . V o i l à e n c o r e c o m m e n t l e s m o u v e m e n s a l
te rn a t i f s de la resp ira tion p eu ve n t co n t in u er pend an t
q u e l q u e s i n s t a n s , a p r è s q u e l e c e r v e a u a é t é d é t r u i t ,
ap rès un e p la ie de tè te où sa m asse a é té écrasée , après
u n e l u x a t i o n d e l a p r e m i è r e v e r t è b r e o ù l e c o m m e n
c e m e n t d e l a m o e l l e a é t é c o m p r i m é a u p o i n t
d'ar
rê te r tou t à coup la v ie , après l ' in jec t ion d 'un f lu ide
t r è s - i r r i t a n t p a r la c a r o t i d e , e t c . , e t c .
D a n s c e t t e p e r m a n e n c e d e c o n t r a c t i l i t é a n i m a l e
a p r è s la m o r t , l e s m u s c l e s s o n t a b s o l u m e n t p a s s if s ;
ils obéissent, co m m e p en d an t la v i e , à l 'impu l s ion
qu ' i ls reç oiv en t d es n erfs : c 'es t ce qu i la d is t in gue
e s s e n t i e l l e m e n t d e la p e r m a n e n c e d e l ' i r r i t a b i l i t é ,
p r o p r i é t é p a r la q u e ll e , a p r è s la m o r t c o m m e p e n d a n t
la
v i e ,
le muscle a en lu i le pr incipe qui le fa i t mou
vo i r .
L a p e r m a n e n c e e s t plus o u m o i n s d u r a b l e s u iv a n t
la c lasse des an imaux : ceux à sang rouge e t f ro id gar
den t p lu s long - t emps ce t t e p rop r i é t é que ceux à s ang
rouge e t chaud ; pa rmi ceux -c i , les o ise au x de la famille
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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D E L A V I E A N I M A L E . 2 0 1
des
canards
sont,
com m e je l 'a i d i t , remarqua bles pa r
ce phénomène qui est bien plus rapidement éteint
dans les autres et dans les quadrupèdes. Dans la pre
mière
c lasse ,
il y a aussi
des
variétés pa rm i les rep
tiles , les poissons , etc.
En général , j a i constamment observé que la con
tractilité animale cesse après la mort, d'abord par le
cerveau, puis par la moelle, et enfin par les nerfs.
Déjà les muscles ne se meuvent plus en irritant le
premier de ces organes, qu'ils entrent encore en con
traction en agaçant les autres. Les nerfs irrités peu
ven t encore com m uniqu er un m ouvem ent
,
que
déjà
la moelle ne présente plus ce phénomène. Je n'ai
pas observé que la pa rtie su pé rieu re du nerf fût plus
prompte à cesser de transmettre le mouvement, que
la partie infér ieure . M ais ce qu 'il y a de re m ar q ua bl e,
c'est que certains nerfs , sous l ' influence de la même
irritation , font plus fortement contracter leurs mus
cles, que d'a utr es ; tel est par exem ple le d iaphrag m a-
tique. Déjà tous les m uscles cessent d'être m obiles
par l 'excitation artificielle de leu rs n e rf s, qu e le dia
phragme se meut encore par ce moyen. Tandis que
les exp érienc es lang uissen t ailleurs , elles sont da ns
toute leur force sur ce muscle; ce qui est d 'autant
plus
frappant,
que
pendant
la
vie
c'est précisément
lui qui se ressent le moins de l 'état du cerveau et de
la moelle: la paralysie et les convulsions ne le frap
pent presque jamais , comme nous avons vu.
A u
r e s t e ,
en comparant a insi la permanence de
contractilité animale, il faut toujours se servir du
même irr i tant ; car suivant ceux qu'on emploie , les
effets sont plus ou moins marqués. Déjà tout le
cer-
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2 Q 2
S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
veau e t k s ner fs ne son t p lus sens ib les aux agens
me*
caniqucs
n i c h i m i q u e s , q u ' i l s o b é i s s e n t e n c o r e a vec
u n e f o r c e e x t r ê m e a u x i m p u l s i o n s g a l v a n i q u e s . L'ir-
r i t a l ion des m é ta u x e s t , de to u te s , c e l le qu i j u squ 'à
présen t o f f re le moyen le p lus e f f icace de perpé tuer
l a c o n t r a c t i l i t é a n i m a l e q u e l q u e t e m p s a p r è s la m o r t .
Propriétés organiques.
L a sens ib i l i t é o rg an iqu e e s t l e pa r t ag e man i f e st e
de s m usc le s qu i n ou s occ up en t : s ans ce s se m ise en jeu
chez eu x pa r la n u t r i t i o n , l ' ab so rp t ion e t l ' exha la t ion ,
e l l e y dev ien t enco re p lu s appa ren te , l o r squ 'on po r t e
u n p o i n t d ' i r r i t a t i o n s u r l e s m u s c l e s m i s à d é c o u
ve r t ; i l s r e s sen ten t ce t t e i r r i t a t ion , e t l a mo t i l i t é don t
nous a l lons par le r es t un résu l ta t de ce sen t iment
q u i
se
c o n c e n t r e d a n s l e m u s c l e , e t q u i n e se r ap
p o r t e p o i n t a u c e r v e a u .
La con t r ac t i l i t é o rgan ique in sens ib l e e s t l ' a t t r i bu t
de ce sy s t ème muscu la i r e , comme de tous l e s au t r e s .
La con t rac t i l i t é o rgan ique sens ib le y es t t rès -év i
den te . S i on me t un musc le à découve r t su r un an ima l
v ivan t , e t qu ' on l ' i r r i t e avec un agen t que lconque ,
il s e c r i s pe , se r e s s e r r e , s ' ag i te . U n e po r t io n m uscu
l a i r e dé t ac hée p ré se n te pe n da n t qu e lq ue s in s t ans le
m ê m e p h é n o m è n e .
T o u t e st e x c i t a n t p o u r l e m u s c l e m i s
à
n u ,
l'air
1
,
l ' e a u ,
les
se ls n e u t r e s , l e s ac id es , le s a lca li s , l e s te r r es ,
l e s mé taux , l e s subs t ances an ima le s , végé ta l e s , e t c .
Le s imp le con tac t su f f i t pou r dé te rmine r l a con t r ac
t i o n . C e p e n d a n t o u t r e c e c o n t a c t , il y a e n c o r e q u e l
que chose qu i dépend de l a na tu re des exc i t ans , e t
qui fa i t var ier 1 i n t e n s i t é d e s c o n t r a c t i o n s . U n e p o u d re
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D E L V V I E A N I M A L E . 2 Q 3
de bo is , de charbon , de m é ta l , e tc . , répandue sut
les muscles d'une grenouille , n 'y détermine que de
légers m ou vem ens ; versez-y un sel ne utre en p o u d re ,
le sel marin par exemple , aussitôt des agitations ir
régulières, mille oscillations diverses s'y manifestent.
Chaque corps est par sa nature susceptible d' irr iter
dif féremment les muscles , comme, suivant les indi
vidus , les â g e s , le s tem pé ram en s , le s
sa isons ,
les cli
mats , e t c . , les muscles sont susceptibles de
ic'pondro
différemment aux excitations déterminées sur eux.
Il
n'est pas besoin d' irr iter la totalité du muscle
pour obtenir sa contraction; deux ou trois f ibres seu
lement piquées mettent en action toutes les autres.
Souvent
m ê m e , lorsqu
on fait ces expériences sur un
animal v ivant , la contrac t ion se communique d 'un
muscle à l 'autre . En général , j 'a i constamment re
m arqué que pe nd an t la vie ces exp ériences son t
moins faciles, et donnent des résultats beaucoup plus
variables, ainsi que nous l 'avons déjà indiqué pour
la contractili té animale. Mettez un muscle à décou
vert, irritez-le à plusieu^p reprises; tantôt il ne donne
pas le m oi nd re signe de con tractili té; tan tôt il se m eu t
avec force : cela varie d'un instant à l 'autre. Au lieu
que si c'est
sur*
un animal récemment tué que se font
les expériences, les résultats sont toujours à peu près
les m êm es d an s u n tem ps do nn é , aux différences
près cependant de
l'affoiblissement
que subissent les
contractions à mesure qu'on s 'éloigne de l ' instant de
la mort. Jamais il n 'arrive de voir le muscle obstiné
ment immobile sous les excitans, comme cela n 'est
pas rare dans un animal qui vit . Cette différence
essentielle,
que
les au teu rs n'o nt poin t assez
ind iqu ée ,
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2 9 4 S Y S T E M E M U S C U L A I R E
e t q u e j ' a i f r é q u e m m e n t v é ri fi ée s u r d i v e r s a n i m a u x ,
d é p e n d d e c e q u e , p e n d a n t l a v i e , l e s e f f e t s d e l'in
fluence ne rv eu se co n t ra r ie n t ce u x de s ex c i tan s : par
e x e m p le , si l ' an im a l é t e nd avec fo rce sa cu is se pa r
l e s m usc le s p os t é r i e u r s , on a beau i r r i t e r l e s an té r i eu r s
mis à nu , on ne peu t dé te rminer la f lex ion par ce t te
i r r i t a t i o n . L ' e x c i t a t i o n c é r é b r a l e d a n s l e s e x t e n s e u r s
é t a n t p lu s fo r te qu e l 'ex c i t a t io n m éc an iqu e dans les
fléch isseu rs, l ' e m po r t e . S o u v e n t , pe n da n t qu ' o n ap
p l ique le s t imulan t , l e ce rveau ag i t avec fo rce su r le
m u s c le , e t l 'e ff et q u ' o n ob t i en t e s t a lo r s b i en supé
r i e u r à l 'e x c i t a ti o n q u ' o n d é t e r m i n e . On en es t é ton né ;
m a i s Fétonnement cesse s i on a ég ar d a u concours
d e s d e u x e x c i t a t i o n s , d e c e l l e d e l ' a g e n t e x t e r n e , e t
de ce l l e du ce rveau . En géné ra l , c eux qu i on t fait des
expériences n ' o n t po in t fa i t a ssez d ' a t te n t io n à ce
c o n c o u r s d e s d e u x f o r c e s s u r u n a n i m a l v i v a n t .
P o u r b i e n e s t i m e r l a c o n t r a c t i l i t é o r g a n i q u e s e n
s ib l e , i l f au t r end re nu l l e l ' an ima le . T a n t que l 'une e t
l ' a u t r e se h e u r t e n t , s e c h o q u e n t , se c o n t re b a l a n c e n t ,
o n n e p e u t b i e n l e s a p p r é c i e ^ d i s c e r n e r c e q u i a p p a r
t i e n t à c h a c u n e , e t c e q u i l e u r e s t c o m m u n . O r o n
rend nu l l e l a con t r ac t i l i t é an ima le su r l e v ivan t , en
c o u p a n t t o u s le s n e rf s d ' u n m u s c l e o u d ' u n m e m b r e ,
qu i de v i en ne n t a lo r s pa ra ly sé s . L e ce rveau ne peut
p lus ag i r su r eux , e t tou t ce qu 'on ob t ien t de résu l ta t s
p a r l e s s t i m u l a n s , a p p a r t i e n t
à
la co n t ra c t i l i t é o rga
n ique sens ib l e .
L a p e r m a n e n c e d e c e t t e d e r n i è r e p r o p r i é t é , a p r è s
l ' e x p é r i e n c e q u e j ' i n d i q u e , p r o u v e b i e n q u e l e s n e r f s
l u i s o n t a b s o l u m e n t é t r a n g e r s , q u ' e l l e r é s i d e e s s e n
t i e l l e m e n t d a n s l e t i s s u m u s c u l a i r e , q u ' e l l e
lui
est
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D E L A V I E A N I M A L E. 2 9 5
i n h é r e n t e , c o m m e l e disoit H u i l e r . A u s s i t a n d i s q u e
dans l es pa ra ly s i e s d iv e r se s l e s m usc le s pe rd en t l a
f acu l t é d ' obé i r à l ' i n f luence cé réb ra l e , ou p lu tô t que
ce t t e i n f luence dev ien t nu l l e , i l s conse rven t ce l l e de
se c o n t r a c t e r s o u s l es s t i m u l a n s d ' u n e m a n i è r e s e n
sible.
C e t t e c o n t r a c t i o n d e s m u s c l e s d e l a v i e a n i m a l e
p a r l e s s t i m u l a n s , s e p r é s e n t e s o u s d e u x m o d e s
t r è s -
différens.
i ° .
L a t o t a l i t é d u m u s c l e p e u t s e c o n t r a c
t e r , e t s e r accou rc i r de man iè re à r app roche r l ' un de
l ' au t r e l e s deux po in t s d ' i n se r t ion . Ce la a r r ive en
généralfcpiand l a m o r t e s t r é c e n t e , q u a n d l e m u s c l e
est enc ore to u t p én é t ré de sa v ie . 2
0
. Ce son t souven t
des osc i l la t ions m ul t ip l ié es de s fib res; to u te s so n t
en ac t ion s im u l t an ée : o r ce l t e ac t ion n ' e s t po in t u n e
c o n t r a c t i o n , m a i s u n e v é r i t a b l e v i b r a t i o n , u n t r é
moussemen t l eque l n ' a po in t un e f f e t s ens ib l e su r l a
t ot al it é d u m u s c l e q u i , n e se c o n t r a c t a n t p o i n t , n e
s a u r a i t r a p p r o c h e r s e s p o i n t s m o b i l e s . Lorsque la vie
est p r è s d ' a b a n d o n n e r t o t a l e m e n t le m u s c l e , c ' e st
com m e cela qu ' i l se m e u t . L a d ive r s i t é de s exc i t an s
d o n n e l i e u é g a l e m e n t à c e d o u b l e m o d e d e c o n t r a c
t ion . P romenez un sca lpe l su r un musc le b i en
vivant,
c ' e s t une con t r ac t ion de to t a l i t é qu i en r é su l t e r a ; s au
p o u d r e z e n s u i te
lemème n i u s c ï e d 'u n s e l n e u t r e ,
q u e l
quefois
i l y a c o n t r a c t i o n a n a l o g u e ;
ma i s sou ven t ce n e
son t que des o sc i l l a t ions , de s v ib ra t ions
semblables
à ce l l e s d ' un musc le que l a v i e abandonne .
P e n d a n t la v ie d e l ' a n i m a l , sa c o n t r a c t i li t é o r g a
n i q u e s e n s i b l e e s t r a r e m e n t eu ac t ion , pa rce que l e s
m u s c l e s n ' o n t
point
d'agens
qu i ag i s sen t su r eux d ' u n e
m a n i è r e s e n s i b l e a u m o i n s . P o u r q u o i d o n c c e t t e
p r o -
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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•J O 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
piiété
y e s t - e l l e s i déve loppée? Je ne pu i s l e déter*
m i n e r .
T o u s l es m u s c l e s n e la p o s s è d e n t p a s a u m ê m e
de g ré : l e d i ap h r ag m e e t le s i n t e r co s t a ux son t le s p lu s
i r r i ta b le s ; ils son t auss i ce ux do n t la con t rac t i l i t é or--
ganique
e st la p l u s p e r m a n e n t e a p r è s la m o r t . R e m a r i
quez q u e c e c i c o n t r a s t e , c o m m e l e u r s u s c e p t i b i l i t é ,
pou r r ecevo i r l ' i n f luence ne rveuse pa r l ' i r r i t a t ion de
l e u r s n e r f s , s u r t o u t d u d i a p h r a g m a t i q u e , a v ec le p eu
de d isp os i t io n qu ' i l s o n t à se res se n t i r p en d an t la vie
des con vu ls ion s ou de la pa ra ly s ie . A p rè s e u x , je c ro is
q u e l e c r o t a p h y t e , l e m a s s e t e r , l e hùccinat<ftr, etc,
so n t les p lus i r r i t ab les . C e r t a in e m e n t i l y a sous le
r appo r t de l ' i r r i t ab i l i t é une g rande d i f f é r ence entr'eux
e t l es m usc le s de s m e m b r e s , q u i son t t ous à peu p rè s
éga lemen t su scep t ib l e s de r épond re aux exc i t a t ions .
A u r e s t e , c e n ' e s t q u e s u r u n g r a n d n o m b r e d ' e x p é
r i ences qu ' on peu t é t ab l i r de s données géné ra l e s ; c a r
r ien n ' es t p lus f réquen t que de t rouver des inéga l i tés
e n t r e d e u x m u s c l e s a n a l o g u e s , e t m ê m e e n t r e l e s c o r -
r e s p o n d a n s d e s d e u x m o i t i é s d u c o r p s .
Sympathies.
L e s y s t è m e m u s c u l a i r e a n i m a l j o u e u n r ô l e t r è s -
i m p o r t a n t d a n s l e s
s y m p a t h i e s .
O n le vo i t t rès - f ré
q u e m m e n t a g i t é d e m o u v e m e n s irréguliers dans les
a f fec t ions d iverses de nos
o r g a n e s ,
s u r t o u t c h e z
l'en-,
fant
ou tou te im pre s s io n u n pe u v ive po r t é e su r un
o r g a n e q u e l c o n q u e e st p r e s q u e t o u j o u r s s u iv i e d e
mouvemens
s p a s m o d i q u e s e t c o n v u l s i f s
dans les mus-r
des de l a v i e an ima le . Remarquez en e f f e t que c ' e s t
la
p r o p r ié t é vit ale p r é d o m i n a n t e d a n s ce s y s t è m e , c'est*
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D E L A V I E A N I M A L E . 2 9 7
à-dire
la contracti l ité a nim ale,
qui
y est le plus sd uv ent
mise
enjeu
sympathiquement, par les inf luences que
les organes exercent les uns sur les autres.
En général, i l paraît que lorsque la sensibilité ani
male se développe fortement dans un organe, ce sys
tème tend aussitôt à se contracter. Les douleurs vives
que déterminent les pierres dans les reins, dans l 'ure
t è r e , dans l 'urètre même, les distensions des l iga
m e n s ,
des aponévroses, la denti t ion, les opérations
chirurgicales où le m alade a bea uco up souffert, et c . ,
donnent l ieu à des convulsions sympathiques très-
nombreuses et très-fréquentes. Je sais bien qu'il y a
des douleurs très-vives sans mouvemens convulsifs
sympathiques; mais il est assez rare que vous obser
viez des mouvemens convulsifs de cette nature, sans
que l 'organe d 'où partent les ir radiat ions sympathi
q u e s ,
ne soit très-vivement affecté, ne soit le siège
d'une sensibilité animale très-aevelôppée.
Remarquez au contraire que la plupart des sympa
thies qui développent très-fortement dans une partie
la contractili té organique insensible, ou la contracti
lité
organicjue
sensible , ne sont point marquées par
ces douleurs vives
dans F
organe affecté d'où part l'ex
citation : par exemple , les
s u e u r s ,
les sécrétions sym
pathiques , les contractions intestinales et gastriques,
sont ra re m en t pro du ites p ar des affections qui portent»
le caractère de celles d'où naissent les sympathies de
contractili té animale.
Le cerveau est toujours
préliminairement
affecté
dans cette dernière espèce de sympathies où les
muscles sont , pour ainsi dire , passifs , comme déjà
nous l 'avons
v u ,
et où ils ne font qu 'ob éi r à
l'impul*
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2 9 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
siou
qu'ils reçoivent. L'organe affecté agit d'abord sur
le cerveau, puis celui-ci réagit sur les muscles.
Les auteurs ont considéré les sympathies d 'une
m anière t rop vague . Les uns ont ad m is , les autres ont
rejeté l ' intermédiaire du
ce rveau ;
quelques-uns n'ont
point prononcé . Tous seroient d 'accord
s i ,
au lieu
de vouloir résoudre la question d 'une manière géné
r a l e ,
ils avoient distingué les sympathies comme les
forces vitales dont elles ne sont que des aberrations,
des développemens irréguliers ; i ls auroient vu que
dan s les symp athies an imales de c on trac tili té, l 'action
cérébrale est essentielle ; car on ne conçoit aucune
contractilité de cette espèce, sans la double influence
cérébrale et nerveu se sur les m usc les; qu 'au con traire,
dans les sympathies organiques de contractili té, l 'ac
tion du cerveau est n u ll e, l 'organ e affecté agit directe
m e n t , et sans in te rm éd ia ire , sur celui qui se contracte
sympathiquemerit.
Quand le cœur, l 'estomac , les in
testins , e tc . , se
meuvent,
quand la glande parotide et
les autres au gm en ten t leur action par l' influence sym
pathiqu e d'u n organe affecté, certa inem ent cet organe
n'agit point
préliminairement sur le
ce rv ea u ; car il fau-
droit alors que celui-ci réagît sur
ceux
qui se contrac
tent : or il ne pourvoit les influencer que par les nerfs,
puisque ce n'est que par eux qu'il leur est uni; mais
toutes les exp érien ces,
tous
les faits p ro u v en t, comm e
nou s ve rro ns , que le cerveau n 'a , par ce m o ye n, au
cun e influence sur les organes à mo uv em en s involon
taires : donc l 'action est directe, donc il n'y a point
d in termédia i re . Il en es t des mouvemens sympa
thiques comme des naturels; les contractili tés insen
sible et sensible sont constamment mises en jeu dans
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D E L A V I E A N I M A L E . 2991
ceux-ci par un slimulus direct appliqué sur l 'organe,
tandis que la contractili té animale n'entre jamais en
exercice que par le stimulant cérébral, qui lui-même
exige une ca us e, soit sym pa th iq ue , soit dir ect e , po ur
agir sur les muscles.
Après la contracti l i té animale, c'est la sensibilité
de même nature qui est le plus souvent mise en jeu
sympathiquementdansle
système musculaire animal.
Les lassi tudes, les douleurs vagues, le sentiment de
pesanteur,
les
liraillemens
qu'on éprouve dans les
membres au début
d'une
foule de maladies, sont des
phénomènes purement sympa th iques , où ce t te p ro
priété en tre en action dans les muscles. A u x
périodes
avancées de plusieurs autres affections, ces troubles
sym pathiques sont aussi très rem arqu ables , m ais
moins en général qu 'au début.
Les pro priété s organ iques sont en général rare m en t
en action
sympalhiquement
dans l 'espèce de muscles
qui nous occupe. Au reste, si elles le sont, nous ne
pouvons guère en juger , parce qu 'aucu n signe ne no us
l ' indique. La sueur
dans
la peau, les fluides
sécrétés
dans les glandes , les fluides exhalés sur beaucoup de
surfaces , sont des résultats généraux qui nous in
diquent les troubles sympathiques de la sensibilité o rga
niq ue , et de la contractili té insensible de m êm e espèce.
Dans
les m usc les, nous n 'avons point
le
mêm e m oyen
de connoître ces altérations.
Caractère des Propriétés vitales.
D'après ce que nous avons dit jusqu'ici sur les pro
priétés et sur les sympathies musculaires, on conçoit
facilement que l 'activité vitale doit être en général
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3 o O S Y S T È M E M U S C U L A I R E
b e a u c o u p p l u s aciive dans l e s musc le s que dans l e s
o r g a n e s p r é c é d e m m e n t e x a m i n é s d a n s c e v o lu m e :
aus s i t ou te s l eu r s a f f ec t ions
commencent-el les
à
p re n d re u n c a rac t è re pa r t i cu l i e r q u i l es d i s t ingue de
ce l les de ces o rg an es ; e l les so n t be au co up p lus
p r o m p t e s , p l u s r a p i d e s . C e p e n d a n t r e m a r q u o n s q u e
tou te s l e s a l t é r a t ions de
fondions
q u ' i l s n o u s p r é
sen ten t ne do iven t pa s s e rv i r à nous f a i r e e s t imer
ce t te ac t iv i té v i ta le . En e f fe t , p lus ieurs de ces a l té ra
t io ns ne r é s ide n t po in t e s sen t i e l l em en t da ns le tis su
m u s c u la i r e , n ' y on t p o in t l e u r cause : t e ls son t pa r
e x e m p l e t o u s l e s m o u v e m e n s c o n v u l s i f s o ù , c o m m e
n o u s a v o n s v u , l e s m u s c l e s a g i s s e n t e n o b é i s s a n t ,
m a i s n ' o n t po in t en eu x le p r inc ipe d ' a c t io n . I ls son t
alors les ind ice s des a l t é r a t i on s cé réb ra l es : a insi le s
a r t è r e s qu i nous p ré sen ten t de s i nombreuses va r i é t é s
d a n s l ' é t a t d u p o u l s , n e s o n t - e l l e s , p o u r a i n s i d i r e ,
q u e p a s s i v e s , n e servent-elles le p lus souven t qu 'à
n o u s i n d i q u e r l ' é t a t d u c œ u r p a r l e u r mouvement,
t and i s que l e s ve ines qu i n ' on t po in t à l ' o r ig ine de
l e u r c i r c u l a t i o n u n a g e n t d ' i m p u l s i o n a n a l o g u e , n e
p r é s e n t e n t q u e d e s v a r i é t é s t r è s - r a r e s , q u o i q u e c e pe n
dan t l eu r t i s su so i t péné t r é d ' au tan t de fo rce s v i t a l e s ,
q u o i q u ' i l v i v e a u s s i e t p e u t - ê t r e p l u s a c t i v e m e n t q u e
ce lu i des a r tè res .
U n e p r e u v e q u e l e t i s s u m ê m e d u m u s c l e e s t m o i n s
s o u v e n t a l t é r é q u ' i l n e le s e m b l e d ' a b o r d , e n c o n s i
d é ra n t la f réq ue nc e de s a f fec tions d e ces o rganes ,
c ' e s t l a ra re té de leurs lés ions o rgan iques . Ces lés ions
y s o n t m ê m e m o i n s c o m m u n e s q u e d a n s l e s o s . O n
n ' y v o i t p o i n t d e c e s s q u i r r e s , d e c e s e n g o r g e m e n s ,
de ces
changemcns
d e t e x t u r e e n u n m o t , q u ' i l
ess
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D É L A V I E
A N I M A L E .
3 o i
Si
ordinaire de rencontrer dans les autres organes»
Parmi le grand nombre de sujets que j 'ai eu occasion
de disséquer ou de faire disséquer, je ne me rappelle
point avoir vu dans les muscles de la vie animale
d'autres altérations que celles de leur cohésion, de
leur densité , de leur couleur . C'est un phénomène
qui les rapproche de ceux de la vie organique où
l 'on renco ntre rarem ent des changemens de t is su ,
com m e le cœ ur , l 'estom ac , etc . en offrent des
exemples.
Le tissu musculaire de la vie animale suppure rare
ment: aussi connoît-on très-peu son mode de suppu
ration. E n gé n ér al , il paroît qu e l 'inflamm ation s 'y
termine presque toujours par résolut ion. L ' indura
tion, la gangrène et la suppuration, tr iple issue que
cette affection présente souvent dans les autres par
t ies ,
son t étra ng ère s à celle-ci dans le plus grand no m
bre des cas.
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Phénomènes de Faction du Système mus-»
culaire de la Vie animale.
J
U S Q U ' I C I
nous n'avons parlé que de la motilité
m us cu laire , abstraction faite des phén om ènes qu'e lle
présen te dan sles m us cle s, lorsqu'elle y est en exercice.
Ces phénomènes
vont
à présen t nous occup er.
Ils
sont
spécialement relatifs à la
con t r ac t ion ,
qui est l'état
essentiellement actif du muscle , le relâchement étant
toujours un état purement
passif.
N ou s concevrons
facilement les phénomènes de celui-ci , lorsque ceux
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3 0 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
d e l ' a u t r e d o n t i l s s o n t l ' i n v e r s e , n o u s s e r o n t c o n n u s .
§ I
e r
. Force de la Contraction musculaire.
L a fo rce de la co n t ra c t i on de s mu sc l es de la v ie
an ima le va r i e beaucoup , su ivan t qu ' e l l e e s t mi se en
jeu par les i r r i t ans , ou par Faction cé réb ra l e .
T o u t i r r i t a n t p o r t é s u r un m u s c l e misa d é c o u v e r t ,
n e d é t e r m i n e q u ' u n m o u v e m e n t b r u s q u e , r a p i d e ,
ma i s en géné ra l peu éne rg ique . J e me su i s f r équem
m e n t c o n v a i n c u d a n s m e s e x p é r i e n c e s q u ' i l e st im
p o s s i b l e d ' a p p r o c h e r
même
de t rès - lo in par ce moyen
d e l ' e x t r ê m e énergie q u e c o m m u n i q u e l e c e r v e a u a u x
musc le s de l a v i e an ima le . Le sy s t ème muscu la i r e
o r g a n i q u e q u e l e s e x c i t a n s i m m é d i a t e m e n t a p p l i q u é s
m e t t e n t p r i n c i p a l e m e n t e n m o u v e m e n t , n ' a ja m ais
des exace rba t ions de fo rce co r r e spondan te s à ce l l e s
crue la con t rac t i l i t é an im ale no u s p ré se n t e à u n si hau t
po in t en ce r t a ines c i r cons tances . C ' e s t donc spéc ia
l em en t qu an d le s m usc le s se m eu ve n t en ve r tu de ce tte
de rn i è re p r o p r i é t é , q u il f au t co ns idé re r l a fo rce de
l e u r c o n t r a c t i o n . O r c e t t e c o n t r a c t i o n p e u t , c o m m e
n o u s a v o n s
v u ,
ê tr e d é t e r m i n é e ,
i ° .
en agaçant le
ce rveau dans l e s expé r i ences , 2 ° . l o r sque son exc i
ta t ion a l i eu dans l ' é ta t na tu re l pa r la vo lon té , ou par
sympa th ie . Dans l e p remie r ca s , l a fo rce de con t r ac
t ion n ' es t j amais t rès -énerg ique , que l que so i t l ' ex
c i t an t cpie l ' on em p lo ie , so i t su r le ce rv ea u , so it su r
le s n e r fs m i s à d é c o u v e r t . J ' a i c o n s t a m m e n t observé
u n m o u v e m e n t c o n v u l s if t r è s - r a p i d e , a s se z a n al og u e
à ce lu i q u ' o n ob t i en t en exc i t an t l es m usc le s eu x -
m ê m e s , m ais jam ais auss i fo r t qu e ce lu i qu i es t le
r é su l t a t de l ' a c t ion v i t a l e . Ma lg ré ce qu ' on t éc r i t c e r -
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D E L A V I E A N I M A L E . 3<0.3
tains physiologistes, jamais, en irritant les nerfs des
fléchisseurs, on ne peut imprimer à ceux-ci une éner
gie d'actio n co m pa rab le à celle qu e la volo nté pe ut
leur do nn er. Irritez par exem ple le nerf sciatique dan s
un membre infér ieur qui vient d 'ê tre amputé, jamais
les orteils ne se fléchiront avec la force qu '
ils
offrent en
certains cas da ns l 'état n atu rel .
J'ai fait
deux fois cette
expérience dans des amputations prat iquées par De-
sault.
Etranger encore à la physiologie , j 'avois é té
vivement frappé de ce phénomène.
Dans l 'excitation cérébrale et dans celle de la
moelle , on ne peut aussi bien apprécier la force des
contractions qui en résultent, que quand on agace
un ne rf isolé : en effet, to ut le systèm e en tra nt alors en
actionconvulsive,les extenseurs détruisent en part ie
l 'effort des fléchisseurs, et réciproquement. Les mus
cles simultanément en action, se contrebalancent, se
heurtent
et
se nu isen t . L'excitan t qui im prim e le plus
de force aux contractions, m'a toujours paru être le
galvanisme.
Dans l 'état de vie , la force de contraction muscu
laire dépend de deux
cau ses ,
ï ° . du m uscle , 2 ° . du
cerveau. Ces deux causes sont en proport ion varia
b l e ;
il faut les considérer isolément.
Sous une influence cérébrale égale, le muscle bien
nourri, qui se dessine avec énergie à travers les té-
g u m e n s ,
qui a des formes
très-prononcées
parce que
ses fibres sont très-grosses, se contractera bien plus
fortement
que celui qui est
g r ê l e , m i n c e ,
à fibres
l âches , pâ le s ,
peu prononcées , et qui ne fait sous les
tégumens qu'une sai l l ie légère. Dans notre manière
ordinaire de concevoir la force musculaire, c 'est à cet
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B o 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
état du muscle que nous nous arrêtons surtout . Les
statues qui nous peignent la force et la vigueur, ont
toujo urs pou r at tr ib ut le dévelo ppem ent énergique
des formes musculaires. Quand le cerveau agit sur
ces muscles-là avec énergie , ils sont susceptibles de
mouvemens extraordinaires. Je ne rapporterai point
d'exemples des efforts étonnans dont ils sont alors
susceptibles. Haller et d'autres en ont cité une foule,
soit dans les muscles du dos pour porter des far
deaux, soit dans les muscles des membres supérieurs
pour lever des poids considérables, soit dans ceux
des membres inférieurs pour faire des sauts, pour
conserver des at t i tudes qui supposent d 'énormes ré
sistances à surmonter .
C 'est su rto ut l' influence céréb rale qui augmente
beaucoup la force de contraction musculaire . La vo
1
-
lonté peut élever très-haut cette force ; mais les dif
férentes excitation s qui lui sont ét ra ng èr es , l'exaltent
infiniment plus. On connoît la force qu'acquiert un
ho m m e en co lèr e, celle des ma nia qu es , celle des in
dividus dans le transport cérébral d une fièvre essen
tielle , etc.Dans tous ces cas,F impu lsion communiquée
par le cerveau , est telle quelquefois , que les muscles
les plus grêles de la femme la plus foible surpassent
en énergie ceux de
l'homme
le plus vigoureux con
sidéré dans l 'état ordinaire.
La force de contraction musculaire est donc en
raison composée et de la force d'organisation du tissu
des muscles, et de la force d'excitation cérébrale. Si
toutes deux sont peu marquées, les mouvemens sont
presque nuls; si toutes deux sont au plus haut point,
il est difficile de concevoir jusqu'où peuvent aller les
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D E L A V I E A N I M A L E . 3 o 5
effets qu i en rés ulte nt : u n m an iaq ue à m uscles épais
et prono ncés est capable d'efforts qu e vainem ent on
essaierait d e calc uler. Si la force nerv eu se est très -
énergique , et le t issu mu sculaire peu p ro n o n cé , o u
que l 'é ta t inverse se re m a rq u e , les phéno m ènes de
contraction sont moindres. En général la nature a
presque toujours réuni ces deux choses de cette der
nière manière . Les femmes et les enfans que carac
térise la foiblesse d u tissu c h a rn u , on t un e m otilité
nerveuse très-grande ; les ho m m es au con traire , ceux
su rtou t à form es athlétiqu es , m oin s faciles à s' é
mouvoir dans leur systèm e ne rv eu x, en reçoivent des
causes plus rares d'une forte influence sur leurs
muscles.
Qu el que soit le po int de vue sous lequel no us con
sidérions la force des contractions du système mus
culaire de la vie animale , elle est toujours extrême
ment considérable, à proportion de l 'effet qui résulte
de ces contractions. La nature dans l 'économie suit
une loi inv ers e de celle du m ou vem en t de nos m a
chines ordinaires, dont le grand avantage est d 'aug
menter beaucoup les puissances motr ices , de pro
du ire u n gr an d effet avec pe u de force. Ici il y a
toujours grand déploiem ent deforces pour peu d'effet;
ce qui t ient aux causes nom breus es tenda nt à dé truire
l'effet de ces forces. i ° . Les muscles agissent presque
toujours sur un
levier
très-défavo rable, sur celui où la
puissance qu ' i ls rep rés en ten t , est plus près du poin t
d 'appui
que
la résistanc e. 2 ° . T o u s
ont
à vain cre, en se
con tracta nt , la résistance des antagonistes. 3° . C om m e
dans chaque m ou ve m en t i l y a
toujqurs
un point fixe,
l'effort
q u i ,
d'après la contraction, se porte sur ce
I I .
-
20
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3 o 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
point f ixe, est perdu entièrement. 4 ° . Les frottemens
divers nuisent aussi au mouvement. 5°. L'obliquité
de l ' insertion des muscles sur les os, obliquité bien
plus voisine en général de la direction horizontale que
de la perpendiculaire , l 'obliquité non moins remar
quable des attaches charnues sur le tendon ou l 'apo
névrose, offrent une double cause d'affoiblissement.
Toutes ces raisons et plusieurs autres
qu'on-pourrait
y ajo uter avec Borelli qu i a été le p re m ie r à faire
ces remarques impor tantes sur le mouvement mus
culaire, prouvent que la force absolue ou réelle des
muscles, est infiniment supérieure à leur force effec
t ive .
C ep en da nt tous ne sont pas aussi
défavorablement
disposés : dans les uns, comme au soléaire, l ' inser
tion est perpendiculaire à l 'os; dans d'autres , comme
au x m uscles qui agissent su r la
t ê t e ,
on observe
qu'ils sont puissances d'un levier du premier genre.
En général, pour estimer la force d'un muscle isolé,
du deltoïde par exemple, i l faut surtout avoir égard
à la distance de leur insertion au point d'appui, au
deg ré d'o uv er tu re des angles form és parle s fibres char
nues sur le tendon , et ensuite par le tendon sur l 'os,
au partage des forces entre le point fixe et le point
mobi le .
Q uelq ues avantages sem blent com pen ser légèrement
da ns certains muscles leur dispo sition peu prop re à la
force du mouvement : te ls sont ,
ï
0
.
les sé sam oïd es, la
rotule , les éminences diverses d' insertion, le gonfle
m en t des os longs à leurs ex trém ités , e tc . , qui é loi
gnent les fibres des points mobiles; 2°. la graisse in
t e rmuscu la i r e , cçlle qui est aux enviions des mus
c l e s , le fluide des gaines synouales, qui facilitent les
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D E L A V I E A N I M A L E . 3c<7
m ou vem ens en lubrifiant les surfaces qui les exéc ute nt;
3°.les
toiles apon évrotiqu es qui répercute nt les m ou
vemens sur les membres ; 4 ° - ces mouvemens eux-
mêmes , ceux de f lexion par exemple,
q u i ,
à mesure
qu'ils ont lieu , di m in u en t l 'obliquité de l ' insertion
des fléchisseurs, la rendent même perpendiculaire ,
comme Fa t rès-bien
obsePvé
un au teur moderne .
O n a beau co up fait d e calculs sur le déchet d û
mouvement musculaire , sur l 'effor t d 'un muscle qui
se con tra ct e, co m pa ré à l'effet qui en résu lte. I ls n 'o n t
jamais p u êtr e p ré c is , parc e qu e les forces vitales
varient à
l'infini,
qu'elles ne sont point les mêmes
dans deux individus , que l ' influence cérébrale et la
force d 'organ isation m usc ulaire ne sont jamais en
proport ion con stante dan s le m êm e sujet . C'est le
propre des phénomènes vitaux d 'échapper à tous les
calculs,
et de
présenter,
comme les forces dont ils
émanent,
un caractère d' irrégularité qui les distingue
essent ie l lement des phénomènes physiques . Con
cluons seulement des observations précédentes, que
l'effort musculaire porté au plus haut point par l 'ex
citation
cérébrale,peut
produire des effets é tonnans,
et
qui su pp ose nt une force de contractio n qu 'à pein e
nous concevon s : telle est la r u p tu re des forts
t en d o n s ,
de la rotule , de Folécrâne , etc. ; telle est encore la
résistance souvent opposée par les muscles aux énor
mes distensions q u'o n emploie pour les lu x ati on s,
pour les f ractures, e tc .
§ 11. Vitesse des Contractions.
Les contractions doivent être considérées sous le
rapport de leur vitesse comme sous celui de leur force.
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3 o 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
ï ° .
Si c'est
parles
stimulans qu'elles sont produites,
en mettant un muscle à découvert et en agissant di
rectement sur lui, elles varient suivant l 'état de vita
lité du muscle, et suivant le corps qui stimule. Dans
les premiers
momens
de l 'expérience, e l les se suc
cèdent avec rapidité, s 'enchaînent quelquefois avec
une vitesse que l 'œil peut suivre difficilement. A me
sure que le muscle languit, ses contractions devien
n en t m oin s pr om pt es ; elles cessent au bo ut d'un
certain temps. On les ranime en employant un st i
mu lan t très-actif; les fibres finissent enfin par y être
aussi insensibles.
2 ° . Si c'est en irritant le nerf que l 'on fait con
tracter u n muscle volontaire , on dé term ine une
vitesse de contraction plus grande encore qu'en aga
çant le muscle lui-même. La course seroit d 'une ra
pidité presque incommensurable , s i chaque contrac
tion qu'elle nécessite, éloit égale à celles qu'on ob
tient alors, surtout lorsqu'on agit d 'une part sur des
animaux t rès-vivaces , d 'une
autre
part avec des sti
mulans très-actifs, avec le galvanisme par exemple.
J'ai fait à cet égard u n e r em ar q u e; c'est q ue la vitesse
ni la force d es con tractions ne sont pas com m uném ent
plus augmentées si on irrite en même temps tous
les nerfs qui vont à un muscle, que si on n'en agace
qu 'un seul .
3° . Quand c'est la volonté qui règle la vitesse des
contractions musculaires, cette vitesse a des degrés
infiniment variables; mais toujours il en est un au-
delà du qu el on n e pe ut aller. C e degré n'est pas le
même pour tous les hommes; i l y a même
cntr 'eux,
sous ce rappor t , de
très-grandes
différences, les-
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D E L A V I E A N I M A L E . 3c<9
quelles sont étrangères à la force d'organisation des
muscles ; il est rare mê m e qu e les ind ivid us à s y s
tème musculaire très-prononcé, soient les meil leurs
coureurs. Je ne sache pas qu'on ait encore observé
une habitude extér ieure du corps qui indique la vi
tesse des contractions, comme i l en est une qui dé
note leur force : elle doit exister cependant. Les ani
maux sont comme les hommes; le degré de rapidi té
auquel chacun peu t a t te in d re , est inf inim ent var iable .
Je ne citerai pas des exemples de courses
r ap id es ,
de
mouvemens analogues imprimés par les membres su
périeurs , comme ceux des doigts dans le jeu de cer
tains
i n s t r u m e n s ,
du violon , de la flûte
,
etc . : une
foule d 'auteurs en rappor tent d 'é tonnans; on pourra
lesdire dans ces auteurs. Je remarque seulement qu ' i l
est peu de mouvemens qui nous donnent plus l ' idée
de cette vi tesse, que les contractions brusques et ra
pides qui , dans les membres infér ieurs , dé terminent
le
saut,
ou la for te propulsion d e ces m em bres qu an d
on donne un coup de p ied ; qui dans les supérieurs
servent à la projection des corps graves; qui dans les
mêmes membres concourent à repousser le tronc en
arr ière , lorsqu on les appuie contre un point résis
ta n t , e t q u 'o n les é ten d ensuite tout à coup po ur
pousser en avant ce
point,
lequel ne cédant
pa s ,
répercute le mouvement sur le t ronc; qui prés ident
à Faction de donner un coup de poing; qui dans les
doigts produisent le mouvement subit d 'où résulte
ce qu 'on nom m e un e ch iquen aude , e t c . , etc . Je con
fonds tous ces mouvemens
presqu'entièrement
a n a
logues au saut, et qui n'en diffèrent que par les effets
plus ou moins manifestes qu ' i ls produisent . Les au-
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M U S C U L A I R E
t e u r s ,
pou r le dire en
passant,
n 'o n t p as assez établi de
rapprochemens entre ces diverses contractions brus
ques et rapides; ils ont considéré le saut trop isolé
ment. Mais revenons. Le degré de rapidité des con
tractions musculaires est puissamment subordonné à
l 'exercice. L'habitude de faire agir certains muscles
nous rend plus prompts dans leur contraction : par
exemple, la marche qui nous habitue à contracter
alternativement les extenseurs et les fléchisseurs des
membres infér ieurs, nous dispose singulièrement à
la vitesse de la course. Pour peu que chaque homme
se livre
à
ce de rn ier e xe rci ce , il a bientô t atteint
le
plus
haut point de rapidité dont soit capable son système
m usc ula ire . Au contraire , les m ou vem ens d 'adduction
et d'abduction étant plus rares dans l 'état ordinaire,
il faut un long appren tissage po ur a pp ren dr e aux dan
seurs à porter avecrapidilé leurs jambes en dehorset en
de da ns afin d 'ex éc ut er les pas où ils les croisent alter
nativement. En général , l 'habitude modif ie beaucoup
plus
la vitesse
que
la force de s co ntra ction s. Cepen dant
i l est toujours un terme qu'on ne dépasse jamais,
quel que soit l 'exercice qu'on ait donné aux muscles:
ce terme dépend de la consti tut ion; chaque homme
est par elle, sauteur et coureur plus ou moins agile.
§ 1 1 1 .
Durée des Contractions.
Il
y a sous le rap po rt de la du rée des contractions
une différence remarquable dans les muscles, sui
vant qu'on excite artif iciellement ou naturellement
ces contractions.
Que sur un animal vivant ou sur un récemment
t u é , on excite le muscle lui-même, ou qu'on agace
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3 l
I
ses nerfs, le relâchement succède à la contraction
presque su bit em en t : jama is ni l 'un n i l 'autre états ne
sont du rab les , qu oi qu 'on fasse du rer long-temps Fac
tion du stimulant; l 'effet qu'il a produit s 'épuise tout
de suite . Que le galvanisme, que les agens mécani
ques ou chimiques, servent à nos expériences, c 'est
le même phénomène .
Au contraire , quand la volonté dir ige la contrac
t ion , e lle peu t la souten ir p en da nt u n tem ps très-
long. Le support des fardeaux, la sta t ion, e tc . , prou
vent ce fai t manifestement. Lors même que pendant
la vie, une irritation morbifique est dirigée sur les
nerfs,la contrac t ion peut être très-perman ente com m e
le tétanos nous en présente de si terribles preuves.
L a perm ane nce de la contraction m usculaire fat igue
beaucoup plus le muscle qu 'un relâchement et une
contraction al ternatifs . Voilà pourquoi, lorsque nous
sommes long-temps
debout,
nous faisons tour à tour
porter le poids du corps plus sur un membre que
sur l 'autre .
§ I V -
État du Muscle en contraction.
Les muscles qui se contractent présentent divers
phénomènes que voic i :
ï ° . Ils
durcisse nt sensib lem ent, comm e on peut s 'en
assurer en plaçant la main sur le masseter, le tem
p or al , ou sur un autre muscle superficiel q uelcon que,
en contrac t ion.
2 ° . Ils augmentent en épaisseur : de là la Saillie
plus grande de tous les muscles soucutanés pendant
que le corps est dans une violente action. Les sculp
teurs connoissent très-bien cette différence. L'homme
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en repos et l 'homme qui se meut, ont dans leurs
statues un extérieur tout différent.
3 ° . Les muscles, lorsqu' i ls ne sont pas br idés
par les aponévroses, éprouvent quelquefois un léger
déplacement .
4 ° . Us diminuent en longueur, e t par là même i ls
rapprochent les deux points auxquels ils se fixent.
5 ° . Leur volume reste à peu près le même. Ce
qu'ils perdent du côté de la longueur, i ls le gagnent
à peu près en épaisseur. La proportion est-elle bien
ex acte ? Q ue no us im p o rte ; cet te question isolée à
laque lle , depu is Glisson,ona attaché de l ' importance
n 'en mér i te aucune .
6 ° . Le sang contenu dans les vaisseaux des mus
cles , d an s les vein es
surtout,
en est exprimé en
partie : l 'opération de la saignée le prouve ; on aug
mente le je t du sang par les mouvemens du bras.
7 ° .
Cependant le muscle ne change pas de cou
leur; c 'est que ce n'est pas la portion colorante du
sang circulante avec lui dans les vaisseaux muscu
l a i res , qui colore les muscles, mais, comme je l 'a i
dit , celle qui est inhérente à leur tissu et combinée
avec leurs fibres : or cette substance colorante com
binée , reste la même dans le relâchement et la con
traction. Le cœur de la grenouille pâlit en se con
tractant; mais c 'est que le sang qu'il contenoit sléva-
cue , et qu e la tra ns pa ren ce de ses paro is ren d ce phé
nomène sensible .
8 ° . En se contractant, les muscles deviennent le
siège
d'une foule de petites rides transversales, sen
sibles surtout dans les contractions d 'oscil la t ion,
moins apparentes dans celles de total i té , presque
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, nulles m êm e lo rs q u e, u n m uscle étant à décou vert
sur un animal vivant, celui-ci le contracte avec un
peu de force.
9 ° .
Tous les auteurs considèrent la contraction
d'une manière trop uniforme : i ls en ont décrit les
phénomènes comme si dans tous les cas le muscle se
contractoit de même; mais il est évident qu'il y a
de no m bre us es différences da ns l 'état où il est alors .
i ° . Il y a la contra ction lente et insensible d éte rm i
née par la contractili té de tissu, lorsqu'on coupe un
m uscle , ou qu e son antagoniste est p ara lys é; 2 ° . la
contraction bru sq ue et
su b i t e ,
produ ite par la volo nté ,
ou par l 'excitation d'un nerf; mode de mouvement
qui a l ieu le plus communément, soit dans l 'é ta t or
dinaire , soit même dans les convulsions; 3°. l 'espèce
d'oscillation dont j 'ai déjà
parlé,*
et q u i , affectant
chaque f ibre dans un muscle , ne produit cependant
aucun effet bien sensible sur sa totalité, le raccourcit
peu, ne rapproche presque pas , par conséquent , ses
points mobiles : c 'est le mode de mouvement qui
a l ieu dans les tremblemens produits par le froid,
par la crainte, par le début des accès de fièvres in
te rmit tentes , e tc . En met tant à découver t un muscle
sur un animal que l 'appareil de l 'expérience fait fris
sonner, on voit que cette espèce de contraction res
semble entièrement à cel le qu 'on produit en versant
du sel en poudre sur une part ie du système muscu
laire.
Alors, quoiqu' i l y a i t dans tous les muscles un
mouvement intest in inf iniment plus sensible que
dans les grandes contrac t ions , cependant les mem
bres se dép lacen t peu , il n y a presqu e point de m ou
vem ens de tota lité; ce ne sont q ue d e légères secousses.
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4 ° .
H
est encore d 'a ut re s m od es de contraction m oins
sensibles que ceux -ci , m ais qui pré sente nt cependant
des différences. En général, à chaque espèce de mou
vem en t d u m uscle est adap tée un e man ière part iculière
de se contracter
;
p o u r peu qu 'o n ait fait d 'expériences
sur les animaux vivans, on se convaincra facilement
combien les auteurs les plus judicieux se sont mépris
sur ce point.
Souvent deux modes de contrac t ion sont combi
n é s :
par exemple, quand on coupe un muscle en tra
vers sur le viv an t, i l y a d'a bo rd u ne contraction lente
de totalité, produite par la contractili té de tissu, en
suite des oscillations partielles dans toutes les fibres
div isé es; or ces oscillations son t é trang ères à la ré
trac tion qu i a lieu sans elle , s ou ve nt su r le vivant
et toujours sur le cadavre. De même les oscillations
peuvent se combiner avec la contraction subite née
de l 'influence nerve use pa r l 'acte de la vo lo n té, comme
dan s les derniers momens de l 'existence, ou bien ne
po in tlu i être associées, co m m e cela arrive presque tou
jours quand l 'animal jouit de toute sa vie. On peut se
convaincre de ce dernier fait sans le secours des ex
périences, en plaçant la main sur le muscle masseter
ou sur le biceps d 'une personne maigre, pendant
qu'ils se contractent; on n'y sent à travers la peau
aucun mouvement analogue à ces oscil la t ions.
§ V -
Mouvemens imprimés par le Muscle.
Tout mouvement muscula i re es t ou s imple , ou
combiné. Parlons d 'abord du premier; i l nous fera
comprendre le second.
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Mouvement simple.
I l faut le considérer ,
i ° .
dans les muscles à direc
t ion droite , 2°. dans ceux à direction réf léchie , 3°.
dans ceux à direction circulaire.
D ans les p rem ie rs , com m e dans ceux de s m e m b r e s ,
du t r onc , e t c . , s'ils sont à forme alongée, et qu'ils se
terminent par un tendon, chaque f ibre se contractant
tire ce tendon de son côté : d'où il résulte que toutes
sont congénères pour le rapprocher du centre du
muscle , mais qu 'en même temps el les tendent à lui
donn er chacune une au tre dire ctio n, e t sous ce
rapport
elles sont antagonistes. L e m ou ve m en t co m m un reste ;
l 'opposé est détruit .
Tout l 'effort de la contraction dans les muscles
longs se concentre sur un seul
point,
sur le tendon.
Dans la plupart des muscles larges, au contraire , les
attaches se faisant des deux côtés par des points dif
férons , to utes les fibres ne conco uren t poin t au m êm e
but. Aussi les par t ies diverses du même muscle peu
vent-elles avoir des usages très-différens, et même
opposés : ainsi la portion inférieure du grand dentelé
n 'agit point comme la supérieure; souvent même les
port ions diverses du même muscle se contractent en
des temps différons. Dans un muscle long, au con
tr ai re , com m e toutes les fibres conc ouren t à pro du ire
le même effet, elles agissent toujours simultanément.
Pour estimer l 'effet que produit un muscle à direc
tion droite sur les os auxquels il s ' implante, on a
employé différons moyens. Un très-simple me paroît
être celui-ci qui, je crois, n 'a pas été indiqué. I l con
siste à examiner la direction du muscle depuis son
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point f ixe jusqu'à son point mobile, et à prendre Fin-
verse de cette direction ; ce dernier sens est toujours
ce lui du mouvement . Voulez-vous savoir comment
le radial antérieur agit sur le poignet; prenez-le à son
insertion au condyle, suivez de là sa direction en bas
et en de ho rs; v ous verrez qu' i l po rte la m ain en haut
et -en dedans, qu'il la fléchit et la met un peu dans
l 'adduction. Le jambier antér ieur dir igé en bas et en
dedans élève le pied et le porte en dehors. Le droit
antérieur de la cuisse directement dirigé du bassin
vers la
r o t u l e ,
relève la jambe sans la faire dévier.
T o u s les autres muscles vous présenteront cette dispo
sition. Quelle que soit l'attache qui leur serve de point
fixe ou de point mobile, toujours ils agissent en sens
inverse de leur ligne de direction supposée partie du
premier point; e t comme chaque at tache peut ê tre
alte rn ativ em en t m obile et fixe, les d eu x os qui en
serven t sont po rtés en sens opposé : le coraco-brach ial,
dirigé en bas et en d eh ors de
1
épaule vers
le
br as , porte
ce dern ier en hau t e t en ded an s
;
dirigé de bas en haut
et de dehors en dedans du bras vers l 'épaule, i l meut
celle-ci en
bas
et en deh ors . D 'ap rè s cette règle géné
r a l e ,
il suffit de voir un muscle sur le cadavre, pour
prononcer sur
ses
usage s.
Lo rsqu e tou t u n m uscle large se réun it
sur
un point
commun, comme le deltoïde qui ayant une foule de
points d'attache en haut se fixe en bas à un tendon
unique, la l igne de direction moyenne à celle de
tou tes ses fibres do it être prise p o u r es tim er ses usages.
Quand un muscle s 'attache par ses deux extrémités
sur plusieurs points, que par conséquent les fibres
qui le com pose nt form ent plusieu rs faisceaux à direc-
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t ion différente et à m ou ve m en s isolés, iMàut exam iner
la ligne de direction de chaque faisceau pour estimer
l'action du muscle. C'est ainsi que doit s'étudier celle
du t rapèze , du grand dente lé , du rhomboïde , e tc .
D an s les mu scles à direction réf léchie , com m e le
grand oblique de l 'œil , les péroniers la té raux, le
péri-staphylin e x te rn e, e tc . , Faction du muscle ne d oit
s'estimer que du point de la réflexion : ainsi le grand
oblique porte-t-il l 'œil en dedans, quoique sa port ion
charnue se contracte de manière à porter le point
mobile en arr ière .
Les muscles orbiculaires, ceux placés autour des
lèvres , des yeux , de l ' anus , e tc . , n 'on t pas en gé
néral de point f ixe, ni de point mobile; i ls ne sont
point dest inés à rapprocher deux part ies l 'une de
l 'a u tr e , mais seulement à ré t réc ir l 'ouver ture autour
de laquelle ils sont situés. L'anus est fermé par son
sp hin cte r, tant qu e les exc rém ens ne le dilatent
point.
L a bou che reste close, tan t que les ab aiss eur s, les élé
vateurs ou les abducteurs des lèvres sont inactifs.
L'œil est fermé, tant que l 'é lévateur de la paupière
supérieure est relâché. Je remarque à ce sujet que la
paupière infér ieure n 'ayant point
d'abaisseur,
c'est
pr incipalement l 'autre qui concourt à fermer ou à
ouvrir l 'œil ; e t comme son muscle ne peut ê tre en
contraction permanente, les a l ternatives de ses
relà-
chemens déterminent ces cl ignotemens continuels
qui ont lieu pendant que l 'œil est ouvert; i ls sont à
l 'œil ce qu'est aux membres inférieurs le transport
alternatif d u poids du corps d'u ne jam be à l 'autre pen
da nt un e station imm ob ile. A chaque instant le m uscle
se relâche; le sphincter agit aussitôt; puis il se cou-
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tra cte et disten d le sph incte r
:
le clig no tem ent est donc
une lutte habituelle entre le rcleveur de la paupière
et l 'orbiculaire . Dans le sommeil , ce n 'est pas par
la contraction de celui-ci que l 'œil se
f e r m e ;
il est
relâché comme tous les muscles : c 'est parce que le
précédent é tant
inactif,
la paupière tombe par son
propre poids sur l 'œil ; e l le communique pour ainsi
dire le mouvement à l 'orbiculaire qu 'e l le renferme,
tandis
q u e ,
pendant le jour, c 'est au contraire l 'orbi
cula i re qui lu i communique ce mouvement .
Mouvemens composés.
Il est
peu
de m ouv em ens dans l 'écono m ie qui soient
« i m p i e s ,
peu de muscles qui puissent se contracter
isolément. Presque toute sorte de contraction en
suppose un e a u tr e , et voici po urq uo i : les deu x points
auxquels se fixe ordinairement un muscle, sont tous
deux susceptibles de se mouvoir; si un d'eux n'étoit
re tenu, tous deux se mettroient donc en mouvement
quand le muscle se contracte : ainsi dans la contrac
tion de ses extenseurs, la jambe seroit rapprochée du
pied presqu'autant que le pied de la jambe, si celle-ci
n étoit fixée : or elle ne peut l'être que par des muscles
qui agissent en sens opposé de l 'effet que les exten
seurs tendent à produire sur elle; donc toutes les fois
que les deux attaches d'un muscle sont mobiles, le
mouvement isolé de l 'une d'elles suppose la contrac
tion de divers muscles pour fixer l 'autre.
Il n 'y a que les muscles attachés d'une part à un
point f ixe, de l 'autre à un point mobile, comme ceux
de l 'œil, la plupart de ceux de la face, qui puissent se
mouvoir d 'une manière isolée, e t sans
nécessiter
un
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3 1 9
mouvement dans d ' au t res musc les . Remarquons ce
pendant qu'en général les contractions destinées à
fixer le point qu i doit être imm obile dan s les m o u v e
mens ord in air es , sont m oins grandes qu' i l ne le semb le
d 'abord. En
effet,
dans ces mouvemens ord ina i res ,
le point qui se meut est toujours le plus mobile; celui
qui reste sans m ou ve m en t l 'est le m oin s
:
par exe m ple ,
il faut bien plus d'effort aux fléchisseurs pour incliner
le bras
sur
F av an t-b ras , qu e po ur fléchir les phalanges
surcelui-ci,etcelui-ci
sur
le
bras .
E n
supposant
mobiles
leurs de ux at tach es, les jum eau x agiront bien plus
efficacement sur le pied que sur le fémur, etc. Dans
les membres , le point supér ieur es t toujours p lus
mobile que l ' inférieur : or c'est celui-ci qui se meut
presque to uj ou rs, l 'au tre é tant fixé : d o n c , com m e il
offre plus de résistance par sa position, il faut moins
d'effort aux puissances musculaires pour le retenir .
Ce n 'est qu e dan s les m ou ve m ens u n peu violens que
la contraction préliminaire des muscles destinés à
fixer un des points d' insertion est très-pénible. C'est
ce qui arrive à la po itrine lorsque le tra p èz e, le gran d
dentelé, le grand pectoral se contractent avec force :
alors
tousles
au tres m uscles de cette cavité se con trac
tent
fortement,
pour la mettre dans la d i la ta t ion , et
offrir ainsi une atta ch e plu s large et plu s fixe à ces
m u s -
cles,quimeuventl'épauledanslesupport des
fardeaux ,
ou dans tout autre effort analogue. Le diaphragme se
contracte aussi ; de là les
h e r n i e s ,
les descentes qui
ar r ivent par contre-coup dans ces mouvemens qui ,
au premier coup
d'œil,
n 'o n t auc un e analogie avec la
cavité abd om inale . Lo rsq ue dans un e posit ion h o ri
zontale du corps on relève la tète, les muscles droits
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abdominaux se contractent pour f ixer la poitr ine, e t
offr ir un point solide au sterno-mastoïdien, e tc .
O n appelle spécialemen t m ou ve m en t com posé celui
que deux ou plusieurs muscles, agissant sur le m ême
po in t , concourent s im ul taném ent à pro duire . Dans
ce cas, le point mobile ne suit la direction ni
de
l'un
ni de l 'autre muscles, s ' i l y en a deux, mais la diago
nale de leur double direction. C'est ainsi que l 'œil se
m eu t en dehors et en
haut,
en dehors et en
b a s ,
etc. ;
que la tête s 'abaisse, qu'elle se porte de côté, et que
le bras s 'applique contre le tronc, etc. En général,
la nature n'a distribué les muscles que dans quelques
sens pr inc ipaux au tou r d 'u n point m o b i le , par
exemple autour de l 'œil , dans ceux de l 'é lévation,
de l 'abaissement, de l 'adduction et de
l'abduction;la
combinaison de ces mouvemens simples produit les
com posés. Si l 'add ucte ur e t
l'abaisseur
se contractent
également, l 'œil sera exactement porté dans une di
rection moyenne; si l 'un agit avec plus de force que
l 'autre , i l se rapprochera un peu plus du premier; en
sorte que les quatre muscles, en se mouvant isolé
ment , ou deux à deux d 'une manière égale , por tent
déjà
l 'œil en hu it sens différons. D a n s tous les sens in
term édiaires , il y a aussi action sim ulta né e de deux
muscles, mais toujours supérior i té d 'act ion de l 'un
d'eux. Ainsi s 'opèrent presque tous les mouvemens
de c i rcumduct ion.
Quand deux muscles opposés se contractent, le
poin t mob ile ne se m eu t pa s; i l y a antagon isme par
fait . Quand deux muscles qui se contractent simulta
nément sont placés dans le même sens , i l n 'y a pas
de perte de force; c'est ce qui arrive quand le génio-
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D E L A V I E A N I M A L E . 3 2 1
hyoïdien et le
mylo-hyoïdien
abaissent la mâchoire Ou
élèvent
Fbs
hyoïde : ces muscles sont complètement
congénères. Mais quand deux muscles sont en partie
opposés et en partie dans le même sens,
comme
les
sterno-mastoïdiens, une portion des forces se détruit
et l 'autre res te. L 'ac tio n pa r laquelle les sterno-mastoï
diens ten de nt à po rter la tète à dro ite ou à gauche, est
nulle ; celle seule pa r laquelle ils la d irig en t en bas pr o
duit son effet qui est d o u b le , vu l 'action des deux mu s
cles,
lesquels sont ainsi en m êm e tem ps congénères et
antagonistes. On voit d'après cela que ces mots
s'ap--
pliquent non-seulement au mouvement produi t par
la con tractilité de
t i s su
, m ais aussi très-so uve nt à ceux
que détermine la contracti l i té animale.
§
V I .
Phénom ènes du relâchement des Muscles.
Q ua n d un m uscle cesse de se co nt rac ter, il dev ient
le
siège
de phénomènes exactement opposés aux pré
cédens, qu'il suffit de
connoître
pour concevoir ceux-
ci. L e mu scle s'alonge et se ramo llit ; ses diverses rides
disparoissent : il revient exactement de l 'état où il se
trouvoit. Il est inutile de présenter la série de ces
phénomènes .
Je remarque que dans l 'é ta t de relâchement des
muscles , les par t ies exécutent souvent des mouve
m ens qu'elles ne doiv ent qu'à leur prop re poids
:
telles
sont la f lexion de la tête en devant dans le sommeil,
la chute de
F
avant-bras
et
du bras dans le même
cas .
Alors la pesanteur s 'oppose souvent à ce que les
m e m b r e s , cjui ne sont pas so u te nu s, restent dans leur
position moyenne. On voit spécialement ces sortes
de phénomènes dans les paralysies.
1 1 .
2 1
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S Y S T È M E M U S C U L A I R E
A R T I C L E
C I N Q U I È M E .
Développem ent du Système musculaire de
la Vie animale.
.1 iv . système musculaire présente de grandes diffé
rences , suivant qu 'on l 'examine avant
1
accroissement
complet, ou dans les âges qui suivent celui où
êet
accroissement se termine.
§ I
e r
. État du Système musculaire chez le Fœtus.
Dans le premier mois du fœtus, ce système
est,
comme
les
autres
, confondu en une masse muqueuse
h om og èn e, où l'on ne distingue p resque aucun e ligne
de dém arca tion .
A p o n é v r o s e s , m u s c l e s,
ten do ns, e tc . ,
tout a la même apparence. Peu à peu les limites s 'é
tablissent, le tissu musculaire se prononce en prenant
d'abord une teinte plus foncée, par le sang qui y
ab ord e. C epe nd an t cet te te inte est d 'abo rd bien moins
marquée que dans l 'adulte ; elle reste même telle jus
qu'à la naissance. Si on se sert des os pour terme de
comparaison, cela devient f rappant. Dans l 'adulte ,
le dedans des os est moins rouge que le tissu mus
culaire; la différence est même tranchante. C'est le
contraire dans le fœtus ; beaucoup plus de sang pé
nètre la portion déjà ossifiée des
o s ,
qu e l ' inté rieu r des
m uscles. La n atu re d istr ibue le sang d 'u ne manière
inverse à ces deux époques de la vie dans l 'un et
l 'autre systèmes.
Je présume que cephénomènedépend principalement
de l 'espèce d inertie dans laquelle restent les muscles
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D E L A
V I E , A N I M A L E . Z'fh
avant la naissance. Remarquez en effet que malgré
que quelques mou vem ens anno ncen t dans les dernie rs
mois la présence du fœtus dans le sein de sa mère
,
cependant ces mouvemens sont inf iniment moins
m arq ué s, qu 'ils ne do iven t l 'être p ar la suite. L a
preuve en est
dans la
position constante qu'affectent
les membres et le tronc
demi - f léchis ,
dans le peu
d'espace qu 'il y aur oit p ou r ex écute r ces
m o u v e m e n s ,
surtout dans les derniers temps où les eaux sont sin
gulièrement diminuées. Aux premières époques de la
gross esse, qu oiq ue l 'espace soit p lus g ra n d , en ou
vrant les femelles d 'animaux, on trouve constamment
le fœtus couché sur lu i-m êm e, et dan s un e at t i tud e
comme immobile .
Plusieurs physiciens estimables ont trouvé les
muscles du poulet dans sa coquille bien moins irri
tables qu'après la naissance, soit par les agens or
dinaires , soit par l'influence galvanique. J'ai fait les
mêmes expériences sur des peti ts cochons-dinde qui
n 'avoient pas vu le jo u r , en ir r i tant direc tem ent
leurs muscles, ou en agaçant leurs nerfs, leur moelle
épinière et leur cerveau. Plus on se rapproche du
terme de la
concep t ion ,
m oin s on obtien t par là de
m ouv em ens. Ce qu ' i l y a sur tout de r emarquab le*
c'est la rapid ité avec laq ue lle , dè s qu e le fœtus est
mort, les muscles perdent leur irritabilité ; l ' instant
qui éteint la v i e , sem ble étouffer cette pro prié té.
Dans les derniers temps qui précèdent l 'accouche
ment, e l le est un peu plus permanente , e t plus sus
ceptible d 'ê tre mise en jeu, mais toujours moins
qu'après la naissance. Nous ne pouvons donc guère*
douter que les mouvemens ne soient moindres
à
cet
7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III
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3 2 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
â g e ,
quoiqu' i ls existent cependant. Nous verrons que
la nutrition, le volume et la rougeur des muscles,
sont en général dans 1 adulte proport ionnés au nom
bre des mouvemens qu' i ls exécutent; i l n 'est donc
pas étonnant que moins de sang les pénètre dans le
fœtus . Au reste, plus on se rapproche de l 'époque
de la conception , moins ce fluide y est abondant.
J'a i eu occasion de faire cette re m ar q u e sur des co
chons -dinde tués à différentes époques de la gesta
tion. Dans les premiers temps, les muscles des petits
ressemblent vraiment à ceux des grenouil les; blan
châtres comme eux, ils sont parcourus par des lignes
rougeâtres, qui indiquent le trajet des vaisseaux.
Je présume aussi que l 'espèce de sang qui circule
à cet âge dans les a r t è r e s , et qui pénètre les mus
cles , est m oin s pr op re à en tre te ni r et à développer
leurmotilité. En effet, c 'est du sang noir qui aborde
alors aux muscles par les vaisseaux. Or on sait que
dans l 'adulte, toutes les fois que ce sang circule dans
le système artériel accidentellement, la vie s 'altère,
le mouvement muscu la i re s'affoiblit, et bientôt l'as
phyxie survient. C'est à la nature et à la couleur du
sang
du fœtus, qu'il faut attr ibuer la teinte livide et
souv ent m êm e foncée que ses m uscles prés en ten t; car
c'est encore un caractère qui les distingue de ceux
de l 'adulte. Non-seulement leur coloration est moins
marquée , i ls sont plus
p â l e s ,
m ais leu r teinte est
to ut e différente ; et c ette tein te a constam m ent le
caractère q ue j ' in d iq u e , avant qu e le fœtus ait respiré.
L es m uscles son t grêles , peu p ron on cés chez le
fœtu s .
Leur développement est inf iniment moindre
que celui des muscles de la vie organique. Le
volumtt
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D E L A V I E A N I M A L E . 32.5
des m em br es vient sur tou t de leur graisse
soucutanée .
Lorsque
cette
graisse est peu
a b o n d a n t e ,
e t qu 'on
compare les membres au
t r o n c ,
ils sont bien moin
dres à prop ort io n de c e l u i - c i , qu ' i ls ne le seront
dans la suite. Chez les fœtus qui ont beaucoup de
graisse cutanée, dont on enlève toute la peau et dont
on fait par conséquent des écorchés , on observe éga
lement cet te disproport ion de volume. On sai t qu 'à
cet âge toutes les cavités d'insertionmusculaire, toutes
les apophyses destinées au même usage, sont presque
nulles. Les parois de la fosse temporale par exemple,
plus déjetées en dehors, agrandissent l 'espace céré
bral, et rétrécissent celui que remplit le crotaphyte.
C'est un petit fait anatomique qui
est
la conséqu ence
d'une g rande loi de la nu tr i t ion , sav oir , de la pré do
m inance d u systèm e nerv eux auquel appart ient le
cerveau, sur le musculaire animal, sous le rapport
du développement . Remarquons que ce t te prédomi
nance, d 'où naît à cet âge une disproportion sensible
entre les deux systèmes musculaire e t nerveux , re
lativement à ce qu'ils seront par la suite, prouveroit
seule que les muscles ne sont pas, comme on l 'a
dit,
une terminaison et un épanouissement des nerfs
:
en
effet d eu x espèces d'organ es do nt le dév elopp em ent est
inverse ,ne sauroient appartenir à un même sys tème .
Plusieurs auteurs ont prétendu que la port ion
charnue é toit propo r t ionnel lem ent b ien plus dé ve
loppée chez le fœtus , que la tendineuse, que celle-ci
même n 'exis to i t pas . Jeoie puis présumer d 'où a pu
naître cette op inio n. Q u 'o n ait cru q ue les aponévroses
des membres manquent dans les premiers mois , cela
se conçoit: en effet j 'ai constamment
observéém'alors
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2)2.6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
elles n'ont point cette couleur blanche qui les caracté
rise dans la suite, couleur qu'elles ne'prennent que
quand leurs fibres se développent ; elles sont trans-r
parentes , comme une membrane séreuse , e t peuvent
au premier coupd'œil ne pas s'apercevoir. Mais les
tendons ont une couleur blanchâtre , t rès-prononcée;
on les.
d is tingue t r è s -b ien ;
ils
sont
tout
aussi gros et
tout aussi longs proportionnellement qu'ils le seront
par la suite,
§ 1 1 .
État du Système
musculaire
pendant
l accroissement.
A la naissance, le système musculaire de la vio
anim ale éprouv e , a insi que tous les a u tr es , une
réi
volution remarquable. Jusque-là le sang noir seul
pénétroit ses artères : alors le sang rouge y aborde
tout à coup; car ce sang se forme dès que la respira
tion a lieu ; or elle a lieu dans presque toute sa plé
nitude au même instant où le fœtus sort du sein de
sa mère. On voit d 'ailleurs manifestement la teinte
livide de la peau être remplacée presque tout à coup
par une couleur ro sé e, qui
ne
vient que de cette
différence du sang. Ce fluide nouveau , abordant aux
muscles, est une cause nouvelle d 'excita t ion, e t par
là même de mouvemens. Ajoutez à cet te cause l 'ac
croissement subit de l 'act ion cérébrale . Ju sq u e- là ,
pé né tré de sang noir, le cerveau étoit com m e dans une
espèce d' inertie qui ten oit aussi princ ipalem ent à l'ab
sence de sensations, comme je l 'ai prouvé ailleurs.
T o u t à coup le sang rouge y a b o rd e ; il le s t imule,
soit par les principes qu'il contient, soit par la raison
seule
qa'il
est différent de celui
qui
y p én ét ro it ; car
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D E L A V I E A N I M A L E .
3 2 7
telle est la nature de la sensibilité, qu'elle est suscep
tible de s'affecter dans un
organe,par
là même qu 'un
excitant qui y est ap pl iqu é, est
nouveau
pour lui. Su
bitement excité par le sang rouge, le cerveau réagit
sur les m us cl es , et les déter m ine à se con tracte r.
Cette ca u se , jointe à la pr éc éd en te , m e paroît ê tre
une de celles qui influent le plus sur le passage subit
de l'espèce d' in erti e où étoit le fœtus , ou du m oin s
du peu de mouvement qu ' i l exécutoit, à l 'agitation
générale de ses membres , de son v e n t r e , de sa poi
trine , de sa
f ace ,
etc . ; car aussitôt après la naissance ,
presque tous les m uscles se m eu ve nt plus ou m oin s
fortement.
Gardons-nous cependant d 'exagérer les inf luences
d'une cause qui n'est certainement pas unique : par
exemple les m ou ve m en s du diaphragm e et des m us
cles pe ctora ux sont certa ine m en t antérieu rs à l 'abord
du sang rouge au cerveau , puisque leur action est
nécessaire à la p rod uctio n de ce sang rouge. C es m us
cles entrent en action, parce que l 'excitation par l 'air
de tou te l ' hab i tude du corps , des membranes mu
queuses en contact avec ce fluide, stimule le cerveau
qui est le centre de toute sensation. Emu par cette
excitation , cet organe réagit sur les muscles, et com
mence à les faire contracter. Les contractions aug
m en ten t , qu an d , à c ette
excitation
extérieure et in
directe , se joint l 'excitation inté rieu re et directe
dont nous venons de parler. Cette seconde excitation
n'est pas pour le fœtus d 'une
nécessité
absolue ; car
souvent on voit des enfans restés livides quelques
instans après la na iss an ce , se m ou vo ir très-bien ; m ais
en général les mouvemens ne sont point aussi
mar-
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3 2 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
qués que quand l a co lo ra t ion en rouge de l a peau
i n d i q u e l ' a b o r d d u s a n g a r t é r i e l q u i
a
su bi l ' inf luence
d e la r e s p i r a t io n .
L ' a b o r d d u s a n g r o u g e d a n s l e s m u s c l e s n e l eu r
donne pas tou t de su i t e l a cou leu r qu ' i l s conse rven t
da ns la su i t e . P en d a n t qu e lq ue t em ps ap rè s la na is
s a n c e , ils g a r d e n t e n c o r e u n e t e i n t e f o n c é e , c o m m e
l e s d i s s e c t io n s le p r o u v e n t d ' u n e m a n i è r e m a n i f e s t e ,
pa rce que , comme j e l ' a i d i t , l eu r cou leu r ne v i en t
pas de l a po r t ion co lo ran te c i r cu lan t dans l eu r t i s su ,
m ai s b ie n d e ce lle co m bi né e avec ce t i s su . O r la nu
t r i t i on seu le p rodu i t l a combina i son ; ma i s ce t t e fonc
t io n ne s 'opè re qu e peu à p e u ; e lle es t vé r i ta b lem ent
u n e f o n c t i o n c h r o n i q u e , e n c o m p a r a i s o n d e l ' e x h a
l a t i o n , de l ' ab so rp t io n , de la c i r cu la t ion , qu i a ffectent
m a n i f e s t e m e n t u n e m a r c h e a i g u é .
A mesu re qu ' on avance en âge , l e s musc le s p ren
n e n t u ne t e in t e d e p lu s en p lu s ro u g e ; p lu s de sang
le s pénè t r e ; i l s s e nou r r i s sen t à p ropo r t ion p lu s que
divers
a u t r e s o r g a n e s : ce la e s t r e m a r q u a b l e s u r to u t
d a n s c e u x d e s m e m b r e s i n f é r i e u r s . J e r e m a r q u e c e
p e n d a n t q u e t a n t q u e l ' a c c r o i s s e m e n t d u r e
,
c 'est spé
c i a l emen t su r l a l ongeu r e t non su r l ' épa i s seu r de s
m u s c l e s , q u e p o r t e l ' é n e r g i e d e l a n u t r i t i o n . V o ilà
p o u r q u o i i l s s e p r o n o n c e n t p e u s o u s l e s t é g u m e n s , e t
n ' y fon t presque pas de sa i l l i e ; pourquo i les fo rmes
s o n t pins a r r o n d i e s , p lu s g r a c i e u s e s , m a i s m o in s
m â l e s à c et â g e . L ' e x t é r i e u r d u j e u n e h o m m e est
sous ce r ap po r t t ou t d i f fé r en t de ce lu i de l ' ad u l t e ,
en cons idé ran t l ' un e t l ' au t r e , ab s t r ac t ion f a i t e de
ton te cause qu i pu isse in f luer su r leur
c o n f o r m a -
l i o n . L ' h a b i t u d e e x t é r i e u r e d e l' e n f a n t e t d u je u n e
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D E L A V I E A N I M A L E . 0 2 9
homme est, en général, assez analogue à celle de la
femme.
Quoique nous ne
connoissionspas
aussi bien la
dif
férence des substan ces qui p én ètren t les muscles dans
les premières années et dans l 'âge adulte, que nous
la connoissons pour les os où l 'addition du phos
phate calcaire à la gélatine offre un phénomène nu
tritif
si tranchant,
cepen dant nous ne pouvo ns dou ter
que ces différences n'existent d'une manière réelle.
T rai tée par l 'ébull i tion, la com bu stion , la ma cé rat ion ,
e t c . ,
la chair du fœtus ne donne point les mêmes
résultats que celle de l 'adulte.
Le bouillon fait avec les muscles d'un jeune animal
contient beaucoup plus de gélat ine, substance qui
prédomine si fort à cet âge de la vie. Il a beaucoup
m oins de saveur que celui des an im au xa du ltes . La subs
tance extractive paroît être moindre par conséquent
dans le système musculaire . Un goût fade, nauséa
bond même pour cer taines personnes, caractér ise les
bouillons de veau. La différence des principes qu'ils
contiennent influe même sur les organes gastriques
dont ils excitent la contraction; ils lâchent le ventre,
comme on le di t ,"phénomène étranger aux bouil lons
ordinaires. Il ne paroît pas que la fibrine soit en aussi
grande proportion dans les muscles à cet âge de la
vie : les considérations suivantes me le font penser.
i ° . Au lieu de cette substance, le cit . Fourcroy n'a
trouvé dans le sang du fœtus qu'un tissu mollasse,
sans consistance , et comme gélatineux : or le sang
paroît être le réservoir de la fibrine. 2". La force et
l 'énergie des contractions sont en général en propor
tion de la quantité de ce principe contenue dans les
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3 3 o S Y S T È M E M U S C U L A I R E
muscles : or cette énergie est peu marquée dans le
prem ier âge. 3° . L es m uscles brû lent a l or s, en se
crispant et en se resserrant moins sensiblement que
dans l 'adulte. J 'ai vu même deux ou trois fois leur
tissu, lorsqu'on le place sur des charbons ardens, être
le
siège
d'une espèce de boursouflement analogue à
celui de la gélatine traitée de la même manière.
En général, i l paroît que celte dernière substance
occupe en partie dans les muscles la place que doit,
par la suite, y tenir la substance fibreuse. Ceux qui
fréquentent les amphithéâtres ont remarqué sans
do ut e qu e , toute s choses égales d'aille urs , les muscles
de jeunes
sujets
se putréf ient m oins pro m pte m en t que
la plup art des autres su bs tan ce s, et qu 'en se putréfiant
ils donnent une odeur moins fétide. On sait que le
bouillon de veau passe à l 'aigre plus facilement que
celui de
bœuf.
Il est toujours blanchâtre, n 'a jamais
cette couleur foncée du bouillon fait avec le dernier.
I l se pre nd en gelée be auc ou p plus facilemen t. Le rô
tissage des viandes dans le premier âge et dans l 'âge
adulte , présente aussi de grandes différences. Toute
espèce de coction, soit à feu nu, soit dans un fluide
quelconque, es t beaucoup plus prompte , beaucoup
plus facile dans le premier âge. Le jus qu'on extrait
alors des muscles présente un caractère essentielle
m en t diffé ren t; il est m oin s fort. L es effets de la ma
céra tion so nt aussi plus rapid es ; on ob tien t plutôt
cette pulpe m u q ue us e, à laquelle l 'act ion
deF-eau
finit
enfin par réduire presque toutes les substances ani
males.
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D E L A V I E
A N I M A L E .
3 3 l
§ 111 . Etat du Système musculaire après
l accroissement.
Après que l 'accroissement général est f ini en
lon
gueur, nos organes croissent encore en épaisseur; et
c 'est surtout dans les muscles que ce phénomène est
remarquable . Au corps
g rê l e ,
mince et à formes ar
rondies de l 'adolescent e t du jeune homme, succède
un corps gros, for t , épais e t à formes prononcées.
hes
m uscles se dessin ent à travers les t égumens ; des
bosses et des enfoncemens s 'observent sur ceux-ci;
diverses lignes dép rim ées servent de lim ites à diverses
lignes saillantes. Le système musculaire animal ressort
mieux alors dans l 'état de repos, qu'il ne se prononce
dans l 'adolescent lors de ses plus grands mouvemens.
Les peintres et les sculpteurs ont
é t u d i é ,
plus qu e les
anatomistes, les degrés divers du développement des
muscles .
L'époque où les poils croissent, celle où les parties
génitales commencent à entrer en activi té , est pr in
cipalem ent celle où les m uscles com m ence nt à deven ir
saillans chez l 'homme. Chez la fem m e, cette de rnière
époque n'offre point un semblable phénomène : les
muscles conservent leur rondeur pr imit ive; i ls ne la
perd ent m êm e presque pas . D ans ce se xe , l 'a r rondis
sem ent des m em bre s, leurs formes
d o u ces ,
contrastent
avec l 'espèce de rudesse de ceux de l 'homme.
L'accroissement en épaisseur dans les muscles pa
roît porter bien plus sur la portion charnue que sur
la tend ineuse , e t su r tou t
que
sur
l'aponévrotique.
Le s aponévroses
intcrmusculaires principalement,
ne
paroissent pas croître à proportion des fibres qui s'y
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3 3 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
implantent; en sorte que celles-ci font saillie, et qu'à
l 'endroit de l 'aponévrose est une dépression. C'est ce
qu'on voit surtout très-bien dans les muscles coupés
pour leurs insertions par beaucoup de ces toiles fi
br eu se s, dans le deltoïde en particulier.Non-seulement
la s aillie, à trav ers la peau
delà
totalité du
muscle,d'ait
ressortir les dépressions qui le séparent des autres,
ma i s encore chaque plan charnu fait une saillie que
sépare une ra in u re ; ce qu 'on ne dist in gu e, il est vra i ,
que sur les sujets un peu maigres.
A m esu re qu e le mu scle accroît en ép aisseu r, il aug
mente en densité . I l devient plus ferme, plus résis
tant. Si on place comparativement la main sur deux
muscles semblables d 'un adulte et d 'u n e nfan t , pen
dant qu'ils sont en contraction, on sent une diffé
rence sensible dans leur dureté. Des poids suspendus
comparativement à des muscles des deux âges, pr is
clans
les
cad av res , p rou ve nt le degré différent de leur
résistance. Le tissu musculaire des adultes cède plus
lentement à tous les réactifs.
La couleur des muscles continue à être rouge dans
l'adulte; mais en général, et toutes choses égales sous
le rapport des causes qui font varier cette couleur,
elle commence à devenir d'un rouge moins vif au-
delà de la trentième année. C'est en général dans les
dernières années de l 'accroissement, e t même
delà
dix ième à la v in g tiè m e, qu e le rou ge est le plus brillant
le plus rutilant.
Dans l ' adul te , ce t te couleur présente un phéno
m ène bien rem arquab le . T o u s les ho m m es ont leurs
m uscles ro ug es, m ais à peine de ux offrent-ils la mêm e
nuance. Ceux qui ont fa i t beaucoup d 'ouvertures de
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D E L A V I E
A N I M A L E .
3 3 3
cadavres ont pu s 'en convaincre; le séjour des amphi
théâtres prouve cette assertion. Mille causes peuvent
influencer cette couleur : le tem péra m ent est la pr inci
pale .
L'habitude
extérieure de F écorché indique le t em
pé ram en t , auss i bien que le s tégumens pa r leurs nuan
ces de couleur. Les maladies la font aussi prodigieuse
ment var ier . Toutes cel les qui affectent une marche
chronique l 'altèrent singulièrement ; elle pâlit alors et
devient terne, etc. Les hydropisies la blanchissent ,
pour ainsi
d i r e ,
quand elles sont très-anciennes. En
général, tout ce qui porte sur les forces de la vie une
influence lente et affoiblissante, diminue la vivacité
de cette couleur. Les maladies aiguës, quelle que soit
leur n at u re , la changent
peu .
L es fièvres, av eclap ros? .
tra t ion la plus marquée, s i e l les déterminent tout à
coup la
mort ,
la laissent intacte, parce que cette cou
leur ne peut changer que par la nutrition : or comme
cette fonction est
lerçfce
dans
ses
p h é n o m è n e s ,
elle
n'est que peu troublée par les maladies très-aiguës;
ce n'est qu'au bout d'un certain temps qu'elle se res
sent des affections régnantes dans l 'économie.
Je remarque que les var iétés de couleur qu 'on ob
serve dans les muscles des adultes , même dans l 'état
sa in , les dist inguen t spécialement de ceux
des
fœ tus ,
lesquels ont en général une pâleur uniforme. Cette
différence t ient à ce que, dans le premier âge, nous
ne sommes point sujets à Faction de cette foule d'a-
gens qui modifient, d 'une manière infiniment variable
dans les âges
su iv an s ,
les gran des fo nct ion s, et p ar
là même la nutrition qui en est le terme. C'est dans
ces variétés de couleur du système musculaire de
l 'adulte , qu 'on dist ingue bien que le sang circulant
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3 3 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
dans les
a r t è re s ,
y est absolument étranger
:
en effet,
i l est uniforme, et ne participe jamais à ces variétés
de coloration, quelles qu'elles soient.
Beaucoup de circonstances chez l 'adulte font va
r ier la nutr i t ion musculaire : le mouvement est la
principale . L'homme qui passe sa vie dans le repos,
est remarquable par le peu de saillie de ses muscles,
su rt o u t si o n c om pa re ce tte saillie à celle des muscles
de l 'homme qui prend un grand exercice. Non-seu
lement le mouvement général offre ce phénomène,
mais encore le mouvement local , comme on le voit
da ns les bras des bou lan ge rs, dan s les jam bes des dan
seu r s ,
dans le dos du portefaix, e tc .
§
I V .
État du Système musculaire chez le
Vieillard.
Dans le vieillard, le tissu des muscles change sin
gul iè rement
;
il de vie nt rés ista nt et coriace : la den t le
déchire avec
pe ine .
Cette densité trop grande nuit à
ses contractions, qui ne peuvent plus se faire qu'avec
lenteur; l 'act ion du cerveau devient moindre sur les
muscles ; la durée de leurs mouvemens n 'es t p lus
aussi prolongée : ils se fatiguent plus vite.
Je remarque que la densité des muscles ne doit
point se confondre avec leur cohésion. Elle dépend
des substances qui entrent dans la composition du
muscle. La cohésion paroît tenir au contraire à l'in
fluence v i t a l e , dont l 'effet se conserve après la mort.
D isséqu ez les mu scles d'un a du lte fort et vigou reu x; la
m asse ch arn ue est ferme ; elle reste d an s sa pla ce; elle
se soutient par elle-même, quoique le scalpel l 'ait
isolée de tout le t issu env iron nan t . Au co nt ra i re , dans
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D E L A V I E A N I M A L E .
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u n c a d a v r e m o r t d e m a l a d i e c h r o n i q u e , d a n s u n h y
d r o p i q u e , u n p h t h i s i q u e , e t c . , l es m u s c l e s s o n t l â c h e s ,
n e p e u v e n t s e s o u t e n i r ; l es r a p p o r t s se p e r d e n t d è s q u e
l e t is su e n v i r o n n a n t es t e n l e v é . A u t a n t l e s p r e m i e r s
su je ts son t ava n ta ge ux à la d i s sec t ion de la m yo lo g i e ,
au tan t ceux -c i y son t peu p rop re s . Le t i s su muscu
l a i r e e s t , chez l e s v i e i l l a rd s , à peu p rè s comme chez
ces d e r n i e r s , f lasque e t lâche : on se nt ce t te f laccidi té
s o u s la p e a u , d a n s le s o l é a i r e , le s j u m e a u x , le b i
ce p s , e t c . ; e ll e n ' em p êc he pas que cha qu e fib re n e
s o it d e n s e , c o r i a c e , e t c . E n g é n é r a l , la c o h é s io n m u s
cu la i re es t en ra i son inverse de l ' âge : l e s musc les du
j e u n e h o m m e s o n t f e r m e s , s e r r é s ; i l s n e s o n t p o i n t
m o b i l e s s o u s la p e a u . V e r s la q u a r a n t i è m e a n n é e e t
a u - d e l à , o n c o m m e n c e à a p e r c e v o i r p l u s d e l a x i t é :
l e s g r a s d e j a m b e s v a c i l l e n t d a n s l e s g r a n d s m o u v e
m e n s ;
l e s f e s s i e r s , e t en géné ra l t o us l e s m e m b re s
s a i l l a n s , p r é s e n t e n t a u s s i
déjà
ce t t e vac i l l a t io n , su r
t o u t s i l ' i n d i v i d u e s t m a i g r e . L e s m u s c l e s
deviennent
de p lu s en p lu s su scep t ib l e s de se mouvo i r a in s i , à
m e s u r e q u ' o n a p p r o c h e d e l a v i e i l l e s s e , é p o q u e o ù l e
m o i n d r e m o u v e m e n t f a i t v a c i l l e r t o u t l e s y s t è m e
m u s c u l a i r e . P o u r q u o i ? P a r c e q u e le m u s c l e n 'e s t p l u s
en con t r ac t ion su f f i s an te ; i l e s t , pou r a in s i d i r e , t r op
long pou r l ' e space qu ' i l r emp l i t . Ce la pa ro î t t en i r à
ce que l a con t r ac t i l i t é de t i s su a d iminué dans l e
d e r n i e r â g e ; o n p e u t s 'e n c o n v a i n c r e e n c o u p a n t t r a n s
ve r sa l emen t un musc le dans l e v i e i l l a rd e t l e j eune
h o m m e comparativement : i l se retire plus en effet
en sens opposé dans l e s econd que dans l e premier.
C e t t e c o n t r a c t i l i t é d e t i s s u r a p p r o c h o i t t o u t e s l e s m o
l é c u l e s d u m u s c l e p e n d a n t s o n r e p o s ; elle ne peu t
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S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
plus produire ce rapprochement; i l reste lâche. Les
auteurs n 'ont point assez observé ce phénomène re
marquable qu 'éprouve le système musculaire par les
progrès de
F
âg e , phé nom ène qui est rée llement
l'in
dice de son degré de force contractile.
L e vieillard
présente
f réquemm ent dans
le
tissum us-
culeux une altération telle, que celui- ci a perdu sa
co ul eu r , pour pre nd re un jaun e peu fo ncé, e t une ap
parence graisseuse, quoique cependant cette couleur
ne dépende point de la graisse, mais de l 'absence de
la substance colorante du sang. J'ai souvent fait cette
remarque. Si on dépouille de toute graisse environ
na nte ces pré ten du s muscles graisseux, et qu 'on neleur
laisse que leur tissu, la combustion ou l 'ébullition
n'en retirent point d'huile animale; i ls sont dans leur
état fibreux comme à l 'ordinaire; la couleur seule est
différente. J 'ai remarqué que les muscles profonds
du dos, ceux placés dans les gouttières vertébrales,
sont beaucoup plus sujets que tous les autres à perdre
leur couleur et à se présenter sous cet aspect jaunâtre,
aspect qui ne s'observe presque jamais sur tout le
système, mais seulement sur quelques muscles isolés.
Les adultes sont
su je ts ,
comme les vieillards, quoique
moi ns f réquemm ent
cependant,
à cette alté ration . Plu
sieurs fois , dans des membres atrophiés, on a trouvé
que leur aspect est à peu près analogue. Dans les
paralysies récentes, dans celles mêmes qui datent
de trois, quatre et six mois, i l n 'y a en général r ien
de changé dans les membres; les muscles conservent
et leur couleur et leur volume; mais au bout d'un
temps plus long, l 'absence du mouvement, peut-être
aussi le défa ut de l'influx n er v eu x , finissent par
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D E
L A V I E A N I M A L E . 3 3 /
altérer
la n u t r i t io n restée lo ng - te m ps in ta c te sans ce t
in f lux , e t a lo r s l e s musc le s s e déco lo ren t , s e r e s se r
r e n t , d i m i n u e n t . M a i s ce p h é n o m è n e n 'e s t p as m ê m e
t o u j o u r s c o n s t a n t , et il y a à l ' H ô t e l - D i e u d e s h é m i
p lég ie s de s ix , s ep t e t même d ix ans , s ans que l e
m e m b r e d u
CÔLC'
s a in p r é d o m i n e p a r sa n u t r i t i o n s u r
ce lu i du cô té ma lade .
L e s p r e s s i o n s e x t é r i e u r e s lo n g - t e mp s c o n t i n u é e s
su r u n m us c l e , p r od u i s en t à peu p rè s l e m êm e e ff et
qu e l ' a t ro ph ié relies le déco lor en t e t l e b la nch isse n t en
y empêchan t l a c i r cu la t ion . Ceux qu i s e s e rven t de
b re t e l l e s hab i tue l l emen t pa s sées sous l e s b ra s , qu i
p o r t e n t c o n s t a m m e n t d e s c e i n t u r e s a u t o u r d e l ' a b
d o m e n , q u i s o u l è v e n t d e s f a r d e a u x , o n t s o u v e n t l e s
m u s c l e s c o r r e s p o n d a i s a u x p r e ss i o n s
habituelles
qu ' i ls
é p r o u v e n t , d a n s l ' é t a t d e c e u x d e s v i e i l l a r d s . J e r e
m a r q u e q u e c e s m u s c l e s s e c o n t r a c t e n t cependant;
ce qu i p rouve b ien que l a subs t ance co lo ran te n ' e s t
pas d ' u n e néc es s i t é abso lue à F ac t ion m usc u la i r e .
L e s a n g s e p o r t e e n g é n é r a l e n b e a u c o u p m o i n d r e
q u a n t i t é d a n s l e s m u s c l e s d e s v i e i l l a r d s ; l e u r s v a i s
seaux s ' obs t ruen t en pa r t i e ; c ' e s t c e qu i l e s d i spose
à l ' é ta t don t je v iens de parler*
§ V -
État du Système musculaire à la Mort.
A l ' i n s t an t de l a mor t , l e s musc le s r e s t en t c l ans •
deux é ta t s d i f fé rons : t an tô t i l s son t ro ides e t in f lex i
b l e s ; t a n t ô t i ls l a is s e n t e x é c u t e r a u x m e m b r e s d e s
m o u v e m e n s a s sez f aci le s . Il f aut que lque fo i s be au co up
d ' e f fo r t p o u r p loy e r la cu i s se d ' u n ca da v r e ; d ' au t r e s
fo is la moindre secousse la fa i t f léch i r , comme par
exemple dans l e s a sphyx ie s pa r l e cha rbon . Ces é t a l s
I I .
2*
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^ 3 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
e t C .
d e rigidité ou de relâchement, on t de s degré s infinis.
L 'un es t
porléquelquefois
au p oint q ue , relevé contre
un mur, le sujet reste debout; d 'autres fois il est
n u l .
Cer ta ins muscles sont roides sur des
sujets ,
tandis que d'autres restent lâches. Il
parait
que ces
états divers dépendent de l 'espèce de mort , des phé
no m ène s qui accom pagnen t les dern iers soupirs . Mais
comment arr ivent- i ls précisément? C'est un objet de
recherches intéressant. J 'ai remarqué que les muscles
restés roides à l ' instant de la m o r t , se déch irent sou
vent avec facilité, pour peu qu'on force les mouve
mens des membres auxquels i ls vont se rendre; que
la déchirure n'arrive au contraire presque jamais dans
ceux restés souples, quelles que soient les impulsions
communiquées à leurs points mobiles; i l faut les t i
railler
directement,
y su spe nd re des poids , e t c . ,
pour produire ce phénomène qui alors est facile.
Le tissu musculaire ne se développe jamais acci
den tel lem ent dans les divers organe s où la nature
ne Fa point pr imit ivement placé, comme cela arr ive
aux tissus osseux, cartilagineux et même fibreux. I l
s 'y
développeroit,
qu ' i l n 'ap pa rt ien dro it point à la
vie anim ale , m ais à l 'organique : car p ou r dépendre
de la première, les nerfs cérébraux sont essentielle
ment nécessaires, le muscle n 'é tant que l 'agent des
mouvemens que ceux-c i communiquent .
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D E L A V I E O R G A N I Q U E .
VJ E
système n 'es t point auss i abo nda m m ent répan du
dans l 'économie que le
précédent.
La masse totale
qu'il représente, comparée à la masse totale de celui-
ci qui forme plus du tiers du corps , offre sous ce
rapport une différence très-remarquable. Sa position
est aussi dif fére nte :
il est
concen t r é ,
i°.dansla
po itr ine
où le cœur et l 'œsophage lui
appartiennent,
2° . dans
le
bas-ventre
où l 'estomac et les intestins sont en
partie formés par
l u i ,
3 ° . da ns le bassin où il con cou rt
à former la vessie et même la matrice, quoique celle-
ci appartienne à la
géné ra t ion ,
qui est une fonction
distincte de la vie organique. Ce système occupe
donc le mil ieu du t ronc , es t é t ranger aux membres ,
et se trouve loin de l 'action des corps extérieurs,
tandis que l 'autre superficiellement situé, formant
presque seul les membres , semble , comme nous Fa-
vons d i t , presque autant de st in é , dans le t ron c , à pro
téger les aut res orga nes , qu 'à e xé cute r les div ers
mouvemens de l 'animal. La tê te ne renferme point
de divisions du système musculaire organique; cet te
région du corps est toute consacrée aux organes de
la vie animale.
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3 4 o
S Y S T È M E
M U S C U L A I R B
A R T I C L E
P R E M I E R .
Des Formes du Système musculaire de la
Vie organique.
J_ ous
les muscles du système précédent affectent
en général une direction droite. Ceux-ci sont tous
au contraire
recourbés
sur eux-mêmes; i ls représen
tent tous des poches musculaires différemment con
tournées , tantôt cyl indr iques comme aux in tes t ins ,
tantôt coniques comme au cœur , tantôt arrondies
co m m e à la ve ss ie, quelqu efois très - irrégulières
com m e à l 'es tomac. Au cu n n 'es t a t taché aux os; tous
son t dé po urv us d e fibres tend ine us es. L es fibres blan
ches naissant de la surface intérieure du cœur, et
allant se fixer aux valvules de ses ventricules, n 'ont
nullement la nature des tendons. L'ébull i t ion ne les
réduit point facilement en gélatine; la dessiccation
ne leur donne point l 'aspect jaunâtre de ces
organes;
i ls résistent plus qu 'eux à la macération.
C'est en général un grand caractère qui
distingue
le système musculaire organique d 'avec
celui'de
la
vie an im al e, de ne point naître des organes fibreux,
et de ne point se terminer à eux. Toutes les fibres
de celui-ci sont continues ou avec des tendons, ou
avec des aponévroses, ou avec des membranes f i
breuses. Presque toutes cel les du premier par tent ,
eu contra i re , du t issu ce l lu la i re , e t v iennent
s'y
rendre de nouveau après avoir parcouru leur trajet.
J 'avois cru d'abord que la couche dense et serrée qui
est entre la membrane muqueuse et les f ibres char-
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 4 t
nues des in tes t ins , de la vess ie , de l ' es tomac, e tc . ,
étoit l 'assemblage et F entrecroisem ent d 'une foule de
pet i ts tendons correspondans à ces fibres, et entre
croisés en forme d'aponévroses : la densité de cette
couche m'en avoit imposé au premier coup
d'œil.
L'ébull i t ion, la macération, la dessiccation m'ont ap
pr is de pu is , qu e , com plè tem ent é t rangère au système
fibreux , cette couche devoit être , ainsi que Haller
l 'a dit , rapportée au cellulaire qui est plus dense
seulement et plus serré là qu'ailleurs. C'est cette
couche que j 'ai désignée , dans le système cellulaire,
par le nom de t issu soumuqueux. Plusieurs f ibres
du système qui nous occupe, paroissent former une
courbe entière , e t qui n 'est t raversée par aucune in
tersection cellulaire; quelques plans du cœur offrent
cette disposit ion, laquelle est , en général , t rès-rare;
en sorte qu'il y a presque toujours origine et termi
naison des fibres, sur un organe de nature différente
de la leur.
On ne peut guères considérer d 'une manière géné
rale les formes du système qui nous occupe; chaque
organe lui appartenant se moule sur la forme du
viscère à la form ation du qu el il con co urt. E n effet,
les muscles organiques n'existent point en faisceaux
isolés , comme ceux de la vie animale; tous, excepté
le cœ ur , ne sont que po ur un t ie rs , un q ua r t , souvent
même pour moins , dans la s t ruc ture d 'un viscère .
Le plus grand nombre est à forme
m i n c e ,
plate
fk
membraneuse . Ce sont des couches plus ou moins
larges, et presque jamais des faisceaux caractérisés.
Placées les unes à côté des autres, les fibres sont
très-peu sup erpo sées : de là vient qu'oc cu pan t un o
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3 4 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
très-grande étendue , ces muscles ne forment cepen
d a n t qu un très-petit volume. Le grand fessier seul
seroit plus considérable que toutes les fibres de l 'es
tomac, des intestins et de la vessie, si elles étoient
réunies comme lui en un faisceau épais et carré.
A R T I C L E
D E U X I È M E .
Organisation du Système m usculaire de la
Vie organique.
J _ J ' O K G A N I S A T I O N des muscles involontaires n'est
point aussi uniforme que celle des précédens. Aux
différences près, dans ceux-ci , de la proport ion des
fibres charnues sur les tendineuses, de la longueur
des premières, de la saillie de leur faisceau, de leur
assemblage en muscles plats , longs ou courts , tout y
est exactement semblable ; en
quelqu'endroit
qu'on
les examine, leurs variétés portent sur les formes et
non sur la texture .
I c i ,
au contraire , i l y a dans
ce tte tex tu re des différences m arq ué es ; le cœur
comparé à l 'estomac, les intestins mis en parallèle
avec la vessie , suffisent p ou r en co nv ain cre . C'est
en vertu de ces différentes textures, que la contrac
t i l i té et la sensibili té var ien t , c om m e no us le ve rron s,
dan s chaqu e mu scle , que la force de contraction
n'est pas la même, que la vie est différente pour
«feacun, tandis qu'elle est uniforme pour tous ceux
de la vie animale. Nous allons cependant considérer
d'une manière générale l 'organisation des muscles
involontaires.
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D E L A V I E
O R G A N I Q U E .
3 4 3
§ I
e r
.
Tissu propre
à l Organisation
du Système
musculaire de la Vie organique .
La fibre musculaire organique est en général beau
coup plus mince et plus
d é l i ée ,
que celle du système
précédent;
elle n'est point assemblée en faisceaux
aussi épais . Très-rouge dans le cœur , e l le est blan
châtre dans les organes gastriques et urinaires. Au
r e s t e , cette couleur varie singulièrement. J 'ai observé
que quelquefois la m acération la rend d 'u n b ru n
foncé sur les intestins.
Jamais cet te f ibre n 'est à direction unique, comme
celle d es mu scles pré céd en s ; elle s'entrecroise to u
jours , ou se trou ve juxta-posée en divers sens : tan tô t
c 'est à angle dro it qu e se coupen t les faisceaux,com m e
1
dans les fibres longitudinales et circulaires des tubes
gastriques ; tan tôt c 'est sous des angles plus ou m oi ns
obtu s ou aigus , c om m e à l 'esto m ac, à la vessie , e tc .
A u
cœur,
cet entrecroisement est tel dans les ven
tricules , qu e c 'est un véritable réseau m us cu laire .
De
ces varié tés
Se
direction, résulte un avantage pour
les mouvemens de ces sortes de muscles
q u i ,
étant
tous creux , peuvent en se contractant diminuer sui
vant plusieurs diamètres l 'é tendue de leur cavité .
Toute f ibre musculaire organique est en général
co ur te ; celles
q u i ,
comme les longitudinales de l 'œso
phage , du
r e c t u m ,
e t c . , paroissent parcou rir u n
long
trajet,
ne sont pont continues ; elles naissent et
se terminent dans de courts espaces , pour renaître et
se terminer ensuite suivant la même ligne : aucune
n'est comparable à celles du couturier, du grêle in
terne , e tc . , sous le rapport de la longueur.
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§44
S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
N ou s ne connoissons pas m ieu x leur na ture que
celle des fibres de la vie animale; mais du reste elles
se comportent à peu près de même sous l 'action des
différons réactifs. La dessiccation,la putréfaction, la
macération, l 'ébull i t ion y présentent les mêmes phé
no m èn es. J 'a i observé au sujet de cette dern ière , q u 'une
fois bouillies, les fibres de 1 un et de l 'autre systèmes
sont beaucoup moins altérables par les acides suffi
samment affoiblis. Après un certain séjour dans le
sulfur ique , le m nr ia l i qu e , le n i t r i qu e , é tend us 'd 'eau,
elles se ramollissent bien un peu , mais gardent leur
form e p rim iti ve , et ne se chan gen t poin t en cette
pulpe à laquelle se réduisent toujours dans la même
expérience les fibres crues. Le dernier de ces acides
les colqre en jaune comme avant l 'ébullition.
J'ai-fait
aussi une observation à 1 égard du racor
nissement qui est produit à l ' instant où commence
l 'ébullition ; c 'est qu 'il est co ns tam m en t le m êm e ,
quelle que soit la dilatation ou le resserrement anté
cédent des fibres. L'estomac resté assez dilaté à la
m ort pou r contenir plusieurs pintes de l iq uid e, se
rédui t au même volume, toutes choses
éga les ,
que
celui resserré au point de n'être pas plus gros que
le cœcum. Les maladies influent un peu sur le racor
nissement. Le cœur d 'un phthisique m'a présenté
dans la même expér ience , b ien moins sensiblement
ce phénomène , que celui d 'un apoplectique.
La résistance de la fibre musculaire organique est
à proportion plus grande que celle des fibres du sys
tème musculaire animal. Quelle que soit l 'extension
des muscles creux par le fluide qui les remplit pen
dant la vie, i l ne s 'y fait presque jamais de ruptures.
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D E
L A V I E
O R G A N I Q U E .
345
La vessie seule présente quelquefois ce phénomène,
qui du reste y est très-rare. Dans les grandes réten
tions d'urine, où il se fait des crevasses, c 'est pres
que toujo urs l 'ur ètre qu i se r o m p t , la vessie restant
intacte .
Il
y a
dans
la pratique cent fistules au périnée,
venant de la por t ion membraneuse , pour une au-
dessus du pubis. On trouve dans les auteurs beau
coup d 'exemples de rupture du diaphragme; on en
connoî t peu de déchirure à l ' es tomac, aux in tes
tins et au cœur,
§ 1 1 . Parties comm unes à l Organisation du Sys
tème
musculaire de la Vie organique.
L e tissu cellulaire est en général be au co up p lus rare
dans les muscles organiques que dans les autres. Les
fibres du cœur sont juxta-posées, plutôt qu'unies par
ce tissu. Il est un peu plus marqué dans les muscles
gastriques et urina ires . Il est presqu e nul dans la ma
trice
:
aussi ces m uscles n e s'infiltrent-ils point c om m e
les précédens, dans
le shyd ropis ies;
jamais ils ne pré
sentent cet état graisseux dont nous avons
p a r l é ,
et
qui étouffe pour ainsi dire quelquefois les fibres. Je
n'ai point observé non plus dans ces muscles la teinte
jaunâtre que les fibres des autres prennent
souvent,
dans les gouttières vertébrales surtout.
Les vaisseaux sanguins sont très-multipliés dans
ce système ; i ls s 'y trouvent même à proportion plus
abondans que dans l 'autre : plus de sang les pénètre
par conséquent. Ce fai t est remarquable, sur tout aux
intes tins où pour un plan charnu extrêm em ent
m i n c e ,
les mésentér iques distr ibuent une foule de rameaux.
Mais je remarque que cette apparence est jusqu'à un
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3 4 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
certain point i l lusoire , a t tendu que beaucoup de ces
vaissea ux ne faisant qu e trav erse r le
plan
ch arn u, vont
à la membrane muqueuse . Dans
l'état
ordinaire , i ls
d o n n en ta u x viscères gastr iques une te inte rosée,qu'on
re n d à volonté livide , et q u 'o n ram èn e ensuite à son
aspect primitif, en ferm ant et en ou vr an t ensuite le
robine t adapté à la t rachée -ar tè re , dans mes expé
riences sur l 'asphyxie.
L es absorbans et les exhalans n'ont r ien de parti
culier dans ces muscles.
Les ner fs leur v iennent de deux sources , i ° . du
système cérébra l ,
2
0
.
de celui des ganglions.
Exceptédansl'estomacoùsedistribuela pairevague,
les nerfsdcs
ganglions
prédominent
par- tout .
Au
cœ ur,
ils sont les pr inc ipau x; aux int es t in s,
ils
ex istent seuls;
à
l'extrémité
du r ectu m et de la
v es s i e ,
leur propo rtion
est sup érieu re à celle des nerfs ve na nt de l 'épine.
Les nerfs cérébraux s 'entrelacent avec ceux-ci, en
pénétrant dans les muscles organiques. Les plexus
cardiaque, soléaire , hypogastr ique, e tc . , résultent de
cet entre lacem ent qu i paroît avoir une influence sur les
mouvemens , quoique nous ignor ions la na ture de
cette influence.
Tous les nerfs des ganglions qui pénètrent dans
les muscles organiques, ne leur paroissent pas exclu
sivement dest inés. Un grand nombre de f i le ts n 'ap
pa rtie nt q u 'a u x artè res : tel est en effet leu r entre
lacement , qu ' i l s forment , comme nous l ' avons vu,
au to ur de ces vaisseaux un e véritable m embrane
nerveuse, surajoutée aux leurs, e t exclusivement
destinée à eux. Je compare cette enveloppe nerveuse
à l 'enveloppe cellulaire qui se trouve aussi autour
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 347
des artères, et qui est absolument distincte du tissu
cellulaire environnant: ainsi celle-ci
n'a-t-elle
que des
communications avec les nerfs des muscles organi
ques , sans se distribuer dans ces muscles. Au
res te ,
com m e les nerfs d es ganglions y sont toujours les plu s
no m bre ux et les plus essen tiels , e t que leur ténu ité
est extrême, la masse nerveuse dest inée à chacun,
est infinim ent inférie ure à celle qu i se trou ve da ns les
muscles volon taires. L e cœur et le de ltoï de , com parés
en se m bl e, offrent sous ce rapp ort une rem arquable
différence.
A R T I C L E T R O I S I È M E .
Propriétés du Système musculaire de la
Vie organique.
O o u s le rapport des propriétés, ce système est en
partie analogue au
précédent,
et en partie
très-dif
férent de lui.
§
I
e r
.
Propriétés de tissu. Extensibilité.
L'extensibilité est très-manifeste dans les muscles
organ iques . L a dilatation des intestins et de l 'estom ac
par les
a l i m e n s ,
par les gaz qui
s'y
développent, par
les fluides qui s'y rencontrent, celle de la vessie par
l 'urine,par
les injections qu'on y pousse, e tc . , dé
rivent essentiellement de cette extensibilité.
Cette propriété est caractérisée ici par deux attr i
bu t s r emarqu ab le s , i ° . par la rapidité avec laquelle
elle peut être mise
e n j e u , s
0
,
par l 'é tendue très-
grande dont elle est susceptible.
L 'e s tomac , l e s
intestins
pa sse nte n un ins tant d 'u ue
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3 4 8
S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
vacuité complète à une grande extension. Artificiel
lement distendue, la vessie prend tout de suite un
volume tr iple , quadruple même de celui qui lui est
n atu re l. C ep en da nt quelquefois elle résiste , mais
cela ne prouve point son défaut d'extensibilité; c 'est
que le fluide injecté 1 irrite et la fait contracter; la con
tractilité orga niq ue en exercic e , em pêc he alors le
développement de l 'extensibil i té , comme elle-même
ne peut quelquefois être mise en jeu par les irri-
tan s sur un m uscle m is à dé co uv ert da ns u n animal
vivant, parce que la contractili té animale en exer
cice dans ce muscle, y forme obstacle. Les muscles
de la vie animale ne sont jamais susceptibles de
cette rapidité dans leur extensibilité, soit parce qu'ils
sont en trecoupés par de no m bre use s aponévroses qui
ne se di la tent que lentement, soit parce que leurs
plans de fibres sont trop épais, double circonstance
qui n'existe point dans les muscles de la vie orga
niq ue . D e là un phén om ène rem arquab le que j 'a i
observé dans toutes les tympanites. Lorsqu'on ouvre
le bas-ventre des sujets morts en cet état, sans in
téresser les intestins boursouflés , aussitôt ceux-ci
font ir ruption au-dehors, se gonflent davantage, e t
occupent un espace double de celui où ils»éloient
resserrés dans le bas-ventre : pourquoi ? Parce que
les parois de l 'abdomen n'ayant pu céder en pro
portion de la quantité des gaz qui se sont développés,
ceux-ci ont été comprimés dans les intestins pendant
la vie, et reviennent tout de suite par leur élasticité,
lorsque la cause de compression cesse. Dans les hy-
dropisies où la distension est lente, les parois abdo
minales s 'agrandissent beaucoup plus que dans la
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D E L A V I E
O R G A N I Q U E . 3 4 ç
tympani te . Le volume du ventre seroi t double dans
celle-ci, si l 'extensibilité de
ses
parais étoit propor
tionnée à celle des intestins.
Quant à l 'é tendue d 'extensibil i té des muscles or
ganiques, on peut s 'en former l ' idée en comparant
l 'estom ac vid e qui sou ven t n est pas plus gros q ue
le cœcum dans son é ta t ordina ire , à l ' es tomac con
tenant quelquefois c in q, s i x , hu it pintes m êm e de
fluide; la vessie ret iré e su r elle-m êm e et cachée der
r ière le pubis, à la vessie pleine d 'ur ine dans une
rét en tio n remontant qu elquefois au-de ssus de l 'om
bi l ic ;
le rectum vide, au rectum remplissant une
partie du bassin chez les vieillards où les excré-
mens
s 'y sont accumulés; les intest ins contractés,
aux intest ins for tement météorisés.
C'est à l 'étendue d'extensibilité des muscles orga
niques et aux bornes mises à celle des parois abdo
minales, qu ' i l faut rapporter un phénomène constant
q u 'o n observe dan s les viscères gastriqu es; savoir, q ue
dans la série naturelle de leur
fonc t ion ,
ils ne sont
jamais tous distendus en même temps : les intestins
se rem plissent qu an d les m atières co ntenue s dans l 'es
tomac s 'évacuent; la vessie n'est pleine d'urine dans
l 'ordre
digestif,
que qu an d les autres organes creux se
vi d en t, e tc . E n g énéral , c 'est u n ordre contre n a tu re ,
que celui où tous les organes sont distendus à la fois.
I l est pour les muscles organiques un mode d'ex
tensibilité tout différent de celui dont je viens de
pa rle r; c 'est celui du cœ ur dans les an év rism es, de
la matr ice dans la grossesse. Le premier prend, par
ex em ple , u n volum e do ub le, t riple m êm e quelquefois
dans sa partie gauche, et cependant il croît en même
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3 5 o S Y S T È M E M U S C U L A I R E
temps en épaisseur . Ce volume n 'est pas dû à
une
distension, mais bien à un accroissement contre na
t u r e . Le cœur anévrismatique est au cœur ordinaire ,
ce que celui-ci est au cœur de l 'enfant; c 'est la nutri
tion qui a fait la différence, et non la distension : car
toutes les fois que celle-ci agit, elle diminue en épais
seu r ce qu 'e l le augm ente en é te n d u e; il n 'y a pas ad
dit ion de substance. D'ai l leurs, le cœur anévrisma
tique n'a souvent point de cause qui le distende, car
communément dans ce cas les valvules mitrales lais
sent un libre passage au sang; tandis que lorsqu'elles
sont ossifiées, le ventricule gauche reste souvent dans
l 'état naturel. D'ailleurs, la marche lente de la forma
tion de
l'anévrisme
prouve bien que c 'est une nutri
tion contre nature qui a présidé à cet accroissement
du cœur. Vous auriez beau vider alors cet organe du
sangqu'il cont ient , il ne rev iend roit po int s ur lui-même
etnereprendroitpointses
d imens ions ,
comm el 'in tes-
t in météorisé qu 'on piq ue po ur en faire sortir Fair.
D an s la m at r i ce , il y a de ux causes de disten
sions : i ° . les sinus largement développés, et conte
nant beaucoup de sang; 2° . une addi t ion de subs
tance , un véritable accroissem ent m om en tan é des
fibres de l 'organe qui reste aussi épais et même plus
que dans l 'état
na ture l .
A l 'épo qu e de l 'accouchem ent,
les sinus
s'affaissent
to ut à co up par la contractio n des
fibres : de là le resserrement subit de l 'organe. Mais
com m e d 'u n côté la nu tr i t ion seule peu t enlever par la
déco m position les substanc es ajo utées aux fibres pour
les grossir , et que d'un autre côté, cette fonction
s 'exerce lentement, après que la matr ice a éprouvéle
resserrement subit dû à l 'affaissement des sinus,
elld
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 5 l
ne revient que peu à peu e tau bout d ' un certain tem ps ,
àsonvolume o rd ina i re .
L'extensibilité n'est
do ncpo in t
mise
en jeu dans la matr ice remplie par le fœtus, e t
dans le cœ ur anévr ismat ique : ces organes devien nen t
vraiment alors le
siège
d 'u ne nutr i t ion plus
active;ils
croissent accidentel lem ent, co m m e ils ont crû natu rel
lement
avec
les autre s o rga ne s; mais ceux-ci n 'ép ro u
vant point a lors un phénomène analogue, i ls devien
nen t mons t rueux compara t ivement . La mat r ice dé
croît parce que le mouvement de décomposit ion pré
domine naturel lement sur celui de composit ion après
l 'accouchement, tandis qu 'avant cel te époque
c'étoit
l ' inverse. Le cœur anévrismatique reste toujours tel.
C'est ici le cas de bien distinguer ces dilatations
du cœur, de celles produites réel lement par l 'exten
sibilité, co m m e dan s l 'oreillette et le ven tricule d ro it ,
par exemple, qui se trouvent pleins de sang à 1 ins
tant de la
mort,
parce que le po um on qui
s'affoiblit
ne
pe rm ett an t plus à ce fluide de le
traverser,
le force d e
refluer vers F endroi t
d'où
il vient. Il est peu de cœurs
qui ne présentent à des degrés très-Variables, ces
di la ta t ions qu 'on es t maî t re , sur un animal v ivant ,
d 'augmenter ou de diminuer à volonté , suivant l 'es
pèce de mort dont on le fai t pér ir . Deux cœurs ne
présentent presque jamais le même vtdume dans les
cadavres : une foule de variétés se
rencontrent,
et ces
variétés dépendent du plus ou du moins de difficul
tés
qu'a
le san g,
dans
les derniers m om en s, à traverser
le poumon. Voi là
p o u r q u o i ,
d an s les affections d u
cœur , on manque d 'un type auquel on puisse com
parer le volume
maladif,
surtout si on examine
l'or
gane en totalité. En effet la distension du côté droit
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S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
peut lu i donner une apparence anévr ismat ique ,
et
un
volume même supérieur à celui de cer tains anévris-
m e s . Si on considère isolément le côté gauche, l'er
reur est, dans cette maladie, plus facile à vérifier,
parce que ce côté est sujet à de moindres variations.
Mais la différence principale consiste dans l 'épais
seur. La vigueur de contraction paroît croître en pro
portion de cette épaisseur qui naît de la substance
ajoutée par la nutrition. C'est cette vigueur qui
dé
termine les battemens si prononcés qui se font sentir
sous les côtes, la force du pouls, etc.
Contractilité.
Elle est proportionnée à l 'extensibilité. Souvent
elle est mise en jeu dans l 'état ordinaire. C'est en
vertu de cette propriété, que l 'estomac , la vessie,
les intest ins, e tc . , se contractent , se resserrent sur
eux-mêmes, et offrent un volume si petit en compa
raison de celui qu'ils présentoient dans leur pléni
t u d e .
E n g én ér al , i l n 'y a au cu n m uscle dans la vie
animale, qui soit susceptible d'avoir des extrêmes
aussi éloignés de resserrement et de contraction, que
ceux de la vie organique.
Il faut remarquer que la vie, sans avoir la contrac
tili té sous sa dépendance immédiate , puisque les in
testins, FesLomac et la vessie se resserrent après la
mort lorsqu'on fait cesser leur distension, la modifie
cependant d 'une manière t rès
-
sensible. Les causes
mêmes qui altèrent ou diminuent les forces vitales
influent sur elles : de là l 'obs erva tion suiva nte que
tous ceux habitués à ouvrir des cadavres ont pu
faire.
Quand le sujet est mort subitement, et que l 'estomac
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 5 3
e st v i d e , il e s t t r è s - r e s s e r r é p a r l u i - m ê m e ; q u a n d
a u c o n t r a i r e l a m o r t a é t é p r é c é d é e d ' u n e l o n g u e
ma lad ie qu i a
affoibli
s e s f o r c e s , l ' e s t o m a c , q u o i q u e
v id e , res te flasque e t se t r o uv e t rès -pe u re v en u su r
l u i - m ê m e .
O n d o i t c o n s i d é r e r l es s u b s t a n c e s c o n t e n u e s d a n s
le s m u s c l e s c r e u x d e la v ie o r g a n i q u e , c o m m e le s
v é r i t a b l e s a n t a g o n i s t e s d e c e s m u s e h s ; c a r i l s n ' o n t
po in t d e mus c le s qu i ag i s sen t en sens opp osé d u
l e u r . T a n t q u e c es a n t a g o n i s t e s l e s distendent , ils
n ' ob é i s s en t p o in t à l eu r con t r ac t i l i t é de t i s s u ; dès
qu ' i l s cessen t de les rempl i r , e l le se met en j u i . L e
n ' e s t po in t c ependan t su r ce t t e p rop r i é t é que rou le l e
m é c a n i s m e d e l ' e x p u l s i o n d e s m a t i è r e s h o r s d e c e s
o r g a n e s , c o m m e d e s alhnens ho r s de l ' e s tomac e t de s
i n t e s t i n s , d e l ' u r i n e h o r s d e la v e s s i e , d u sang ho r s d u
c œ u r , e t c . C ' e s t la c o n t r a c t i l i té o r g a n i q u e q u i p r é s i d e
à ce mécan i sme . I l e s t f ac i l e de d i s t ingue r ce s deux
p r o p r i é t é s e n e x e r c i c e . L ' u n e o c c a s i o n n e u n r e s s e r r e
m e n t l en t e t g r a d u é , qu i e s t s ans a l t e rna t ive de r e l â
c h e m e n t ; l ' a u t r e , b r u s q u e e t p r o m p t e , c o n s i s t a n t e n
u n e s u i t e d e r e l â c h e m e n s e t d e c o n t r a c t i o n s , p r o d u i t
les m o u v e m e n s
péristallique
, de sy s to l e , de d i a s to l e ,
e t c . C ' e s t a p r è s q u e l a c o n t r a c t i l i t é o r g a n i q u e a p r o
c u r é l ' é v a c u a t i o n d e s m u s c l e s c r e u x , q u e l a c o n
t rac t i l i t é de t i s su les resse r re . Dans les mor ts pa t -
hé m or rag ie d ' u n e g ros se a r t è r e , le cô té gauch e e t
m ê m e l e cô té d ro i t d u cœ ur chas sen t t ou t le sancr
o
q u ' i l s c o n t i e n n e n t ; v i d e s e n s u i t e , ils r e v i e n n e n t f or
t e m e n t s u r e u x - m ê m e s , et l ' o r g a n e e s t t r è s - p e t it . A u
c o n t r a i r e , i l e s t
t rès-gros
q u a n d b e a u c o u p d e s a n g
r e s t é d a n s s es c a v it é s le d i s t e n d , c o m m e d a n s l ' a s -
IU 23
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3 5 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
phyxie. Ce sont là les deux extrêmes. I l est , comme
je l 'a i di t , une
foule
d ' in termédia i res .
La contractili té de tissu est, dans le système qui
nou s oc cu pe , propo r t ionnée au no m bre des fibres
charnues . Ainsi ,
toutes
choses égales, le rectum étant
v i d e , est retiré avec bien plus de force sur lui-même
que les autres gros intestins; la rétraction des ventri
cules est bien supérieure à celle des oreillettes, et celle
de l 'œsophage est bien plus grande que celle du duo
dénum , e tc . , e tc .
§ 1 1 . Propriétés vitales.
Elles sont presque en ordre inverse de celles du
système précédent.
Propriétés de la Vie animale. Sensibilité.
La sensibilité animale est peu marquée dans les
muscles organiques. On connoît l 'observation rap
portée par Harvey sur une carie du sternum qui avoit
mis le cœur à découvert : on irr ito it , sans que le ma
lade s 'en ape rçût p re sq u e, cet organe qu i se
contractoit
seulement
sous F
irrit an t. E nlev ez le périto ine derrière
la vessie d'un chien vivant, et irr itez la couche mus-
culeuse subjacenle, l 'animal donne peu de marques
de douleur. Il est difficile de faire ces expériences sur
les intestins et l 'estomac ; leur couche musculaire est
si m i n c e , q u' on n e p eu t agir sur elle sans agacer en
même temps les nerfs subjacens.
Il paroît que les muscles organiques sont beaucoup
m oin s susceptibles du sen tim en t de lassitude dont les
précéd ens dev iennen t le
siège
ap rès un gr an d exercice.
Je n e sais cep end ant si dan s ceux où se
rendent
beau-
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 5 5
co up de ne r f s c é r éb ra ux il n ' a po in t li eu : pa r ex em
p l e , q u a n d l ' e s t o m a c a é t é l o n g - t e m p s r e s s e r r é s u r
l u i - m ê m e , i l e s t p r o b a b l e q u e l a l a s s i t u d e q u i s 'em
pa re d e ses fib res, d é te rm in e en par t ie le se n t im en t
p é n i b l e q u e n o u s é p r o u v o n s a l o r s , e t q u e n o u s n o m
m o n s l a
faim
; s en t imen t qu ' i l f au t b i en d i s t ingue r de
l ' a f f ec t ion géné ra l e qu i l u i succède , e t qu i
devient
v é r i t a b l e m e n t u n e m a l a d i e ,
lousque
l ' ab s t inence e s t
t r o p p r o l o n g é e . O n s a i t q u e d e s
stdjsianc.es
n o n n u
t r i t iv es ap pa ise n t a lo rs ce se n t im en t sans remédie r
à l a m a l a d i e , q u a n d o n e n r e m p l i t
1
e s t o m a c . J e r a p
po r t e au
même mode
d e
sensibilité 1
anx ié té e t l a gène
q u ' é p r o u v e n t l e s m a l a d e s d o n t o n e n t r e t i e n t l a v e s s i e
e n c o n t r a c t i o n p e r m a n e n t e p a r u n e s o n d e o u v e r t e
q u i s é j o u r n e d a n s l ' u r è t r e , e t q u i t r a n s m e t l e s u r i n e s
à m e s u r e q u ' e ll e s t o m b e n t d e s u r e t è r e s . C e s e n t i m e n t
ne ressemble pas à ce lu i de la fa im, parce que la sen
s ib i l i lé de la vess ie e t ce l le de l ' es tomac é tant d if fé
rentes,leurs modificationsnesauroient être l es m ê m e s .
A ins i chacun de ce s deux sen t imens e s t - i l d i f f é r en t
de ce lu i don t les muscles de l a v i e a n i m a l e , l o n g - t e m p s
c o n t r a c t é s , d e v i e n n e n t le s i è g e. J e n e c r oi s p a s q u e
la s ensa t ion de l a f a im t i enne un iquemen t à l a cause
qu e j ' i n d iq u e , e t d on t on n ' a po in t pa r l é ; m a i s on ne
sau ra i t d i s conven i r qu ' e l l e n ' y a i t beaucoup de pa r t .
Q u i sa i t s i , ap rès u ne fièvre où l ' ac t io n du cœ ur a
é t é
lon«
T
-temps
p r é c i p i t é e , l a
foiblesse
du pou ls qu i
accompagne l a conva le scence , n ' e s t pa s un s igne de
la lass i tude où se t rouven t ses f ib res charnues , à cause
d u m o u v e m e n t a n t é c é d e n t ? O n
connoit
l e s e n t i m e n t
pén ib le de f a t igue qu ' ép rouve l ' e s tomac ap rè s l e s con
t r a c t i o n s d u v o m i s s e m e n t .
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3 5 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
Contractilité.
La contractili té animale est étrangère aux muscles
de la vie organique. Pour nous en convaincre, rap
pelons-nous que d'un côté cette contractili té suppose
toujours l ' influence du cerveau et des nerfs, pour
mettre en jeu l 'act ion du muscle; que d 'un autre
côté le cerveau, pour exercer cette influence, doit
être excité par la volonté, par les irritans ou par les
sympathies. Or aucune de ces trois causes, agissant
sur le
ce rveau ,
ne fait contracter les muscles orga
niques .
Tout le monde sait que ces muscles sont essen
tiellement involontaires. Si quelques hommes ont eu
jamais la faculté d 'arrêter les mouvemens du cœur,
ce n'est pas sur cet organe que le cerveau a agi ; l'ac
t ion du diaphragme et des intercostaux a été sus
pendue d 'abord ; la respirat ion a cessé momentané
ment ; puis par contre-coup, la c i rcula t ion.
Si on irrite le cerveau avec un scalpel ou un exci
tan t qu elc on qu e, les m uscles de la vie anim ale entrent
en convulsion; ils se paralysent si on comprime cet
organe . C eu x de la v ie orga niq ue , au contra i re ,con
servent leur degré de mouvement naturel dans l 'un
et l 'autre cas. Le cœur continue encore à battre, les
intes tins et l 'estomac se m eu ve nt qu elqu e tem ps après
que la masse cérébrale et la moelle épinière ont été
en lev ées . Q u i ne sait que la circula tion se fait très-bien
ch ez les fœtus acéphales ; q u'a pr ès le coup qui a
assommé un animal, e t rendu tout son système mus
cula i re volonta i re immobile , le cœur
s'agite
encore
lon g-t em ps , la vessie rejette l 'u ri n e , le rec tu m expulse
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 5 /
les ex c rém en s , e t c . , l 'e s tomac mêm e vomit qu e l
quefois les
alimens?
L 'opium, qui engourdi t toute la
vie animale, parce qu'il agit spécialement sur le cer
veau qui en est le ce n tre , qui paralyse tous les mu scles
vo lonta ires, laisse intacts les autres dan s leurs co ntrac
t ions .
L' ivresse pro du ite par le vin présente le m êm e
ph éno m ène . L 'h o m m e chancelle après la boisso n; ses
m em bre s refusent de le p o rte r , e t cependant son cœu r
•
bat avec force ; souvent son estomac se soulève, et
rejette le superflu des fluides qui le rem pliss ent. T o u t e s
les substances narcotiques produisent aussi cet effet.
Si des expériences n ou s passons à l 'observation des
m al ad es , n ou s voyon s toute s les affections cérébrales
étrangères au système musculaire organique. Les
plaies de tête avec enfoncement, les fongusdu c e r
veau , les épan chem ens de sa n g, de pus et de sér os ité,
les apoplexies, e tc . , portent entièrement sur les mus
cles volontaires, dont elles exaltent, affoiblissent ou
rendent nulle Faction. Au milieu du bouleversement
général de
la
vie an im ale , l 'organiqu e est alors intac te.
L es accès de m an ie ,
ceux
de fièvre m aligne , pro uv en t
également ce fait. Qui ne sait que dans ces
dcrriières
le pouls n'est souvent presque pas changé, que quel
quefois même il est plus ralenti ?
S o u v e n t , dans les maux de tête, i l y a des vomis-
semens spasmodiques ; le cœur précipite son action
dans les inflammations cérébrales; etc. Mais ce sont
là des phén om ènes sym pathiques qui arr ivent dans les
m uscles org aniq ue s, comm e ils surviennen t dans tous
les autres systèmes; ils peuvent ne pas se manifester,
com m e être dév elop pés ; mille irrégularités
s'observent
dans leur m arch e. A u l ieu que la contraction des m us -
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3 5 8
S Y S T È M E M U S C U L A I R E
cles de la v i e a n im a le , pa r l e s a f f ec t ions d u ce rv ea u ,
est
u n p h é n o m è n e c o n s t a n t , i n v a r i a b l e , q u e r i e n n e
t r o u b l e , d o n t r i e n n ' e m p ê c h e le dével oppement , pa rc e
q u e le m o y e n d e c o m m u n i c a t i o n e st t o u j o u r s le m ê m e
ent re l ' o rgane a f fec té e t ce lu i qu i se meut .
S i d a n s l ' e x a m e n d e s p h é n o m è n e s r e l a t i f s à
l 'in
f luence cé réb ra l e su r l e s musc le s o rgan iques , nous su i
v o n s u n o r d r e inverse,c'est-à-dire que , dans l e s a f f ec
tions
de ce s m us c le s ,
nous examinions 1 état
d u c e rveau ,
n o u s o b s e r v o n s l a m ê m e i n d é p e n d a n c e : c o n s i d é r e z
la p l u p a r t d e s v o m i s s e m e n s , le s m o u v e m e n s i r ré g u
l ie r s des
intestins
qu i on t l i eu dans l e s d i a r rhées , c eux
su r t ou t qu i fo rm en t le s vo lv u lu s , e t c . : vo yez le cœ ur
d a n s 1rs ag i ta t ion s d es f ièvres , d a n s les pa lpi ta t io ns
irréguheres
, don t i l dev ien t le
siège
f r é q u e n t , e t c. :
d a n s t o u s c e s t r o u b l e s d e s m u s c l e s o r g a n i q u e s , v o u s
ne t rouve rez p re sque j ama i s de s s ignes de l é s ions à
l ' o rg ane cé réb ra l : il e s t c a lm e , ta nd is q ue tou t es t
b o u l e v e r s é d a n s la v ie o r g a n i q u e . C u l l e n a c r u q u e ,
dans
le s sy nc o pe s , l ' a c t ion du ce rve au ce s so it d ' a bo rd ,
e t q u e c e l l e d u c œ u r é t o i t e n s u i t e s u s p e n d u e c o n s é
c u t i v e m e n t . C ' e s t p r é c i s é m e n t l ' i n v e r s e d a n s l e p l u s
g r an d n o m b re de ca s . L e c œ u r , d ' a bo rd a f f ec té , ce sse
d 'ag i r : o r son ac t io n é ta n t essen t ie l le à ce lle du ce r
v e a u , s o i t p a r l e m o u v e m e n t q u ' i l l u i c o m m u n i q u e ,
so i t pa r le sang rouge qu ' i l y pousse , ce dern ie r in te r
ro m p t tou t à co up se s fon c t io ns , et t ou t e la v i e an ima le
ces se . C'«la e s t r emarquab le su r tou t dans l e s syncopes ,
qu i na i s sen t de s pas s ions , dans ce l l e s p rovenan t de s
h é m o r r a g i e s ,
des p o l y p e s ,
d e s g r a n d e s é v a c u a t i o n s , e t c .
J e r envo ie du r e s t e su r ce po in t à mon T ra i t é de l a
Vie e t de l a Mor t .
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D E L A V I E O R G A N I Q U E .
359
Si de l ' influence du cerveau nous passons à celle
des nerfs , nous trouvons de nouvelles preuves de
l 'absence de contractili té animale des muscles orga
niques. La plupart de ces muscles reçoivent, comme
nous avons vu, deux espèces de
n e r f s ,
les uns céré
braux , les autres des ganglions.
Le cœur, l 'estomac, le rectum et la vessie , sont
manifestement pénétrés par la première espèce de
nerfs : or en cou p an t, en
irritant
d 'une manière quel
conque les filets cardiaques de la paire vague, le cœur
n'e n épro uve a ucu ne a l térat io n; il n 'est ni ra l en ti , ni
précipité dans son mouvement. La section des deux
nerfs vagues est mortelle, il est v r a i , mais seulement
au bo ut de q uelq ues jours ; et je do ute que ce soït par
le cœur que commence la mort dans cette c ircons
tance . Les pr inc ipaux phénomènes, sui te de ce t te
sec t ion, annoncent un t rès-grand embarras dans le
poumon, une grande diff iculté de respirat ion; la c ir
culat ion paroît n 'ê tre troublée que consécutivement.
Les mêmes nerfs se distr ibuant à l 'estomac, la
même expérience ser t à constater F influence cé ré
brale sur ce viscère. Or la section de celui d'un côté
est or din aire m en t nulle sur lu i; celle de tous les
deux y dé termine bientôt un t rouble remarquable .
Mais ce trouble est tout différent
d^
celui qui suit
la section du nerf d'u n m uscle de la vie a n im a le ,
lequel
devient
subi tement immobile , tandis qu 'au
contraire l 'estomac ne communiquant plus avec le
cerveau
par
les nerfs va gu es, semble acquérir m om en
tanément un surcroît de force : i l se contracte, et de
là les vomissemens spasmodiques qui s 'observent
presque toujours pendant
les.
de ux ou trois jou rs où
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3 6 ô S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
l 'animal survit à l 'expérience,
vomissemens que j ai
con stam m ent rem arqués sur des chiens , et que déjà
Ilaller et Cruiscank avoient indiqués. 11 paroît donc,
d'après cela, que quoique le cerveau ait une influence
réelle sur F es to m ac , cette influence est d 'un e nature
toute différente de celle qu'il exerce
sur
les muscles
volontaires. Je remarque cependant que l ' irr itation
d'un des nerfs vagues, ou de tous les deux, fait tout
de su ite c on tracter l 'esto m ac , com m e cela arrive pour
un muscle volontaire dont on irrite le
nerf.
Il faut,
pour faire cet te expérience, ouvrir l 'abdomen d 'un
animal vivant , e t
irriter
e nsu ite la hu itièm e paire dans
la région du cou, afin d'avoir sous les yeux l'organe
que l 'on fait contracter.
La vessie et le rectum paraissent plus se rapprocher
des mu scles volouiait
e s ,
dans leur ra pp ort avec le cer
veau , que 1 estomac et le cœur. On sait que les chutes
sur le
s a c r u m ,
d'où naît une commotion de la partie
inférieure de la moelle, déterminent la rétention d'u
r i n e ,
qu elles frappent, pour ainsi dire, cet organe
de
la même
paralysie que les membres inférieurs, qui
alors cessent aussi de se mouvoir. Cependant comme
la vessie est très-puissamment aidée dans ses fonc
tions par les muscles abdominaux, par le releveur de
l 'anus, et par d'autres muscles volontaires qui l 'en
to u re n t , l ' im m obil i té de ces muscles entre pour beau
coup dans le défaut d'évacuation des urines. Ce qui
m e le fait pen ser, c 'est q u e , i ° . l ' i r r ita t ion de
la
moelle
vers sa partie inférieure qui met en mouvement tous
les muscles volontaires des membres inférieurs et du
bass in ,
ne produit aucun effet sur cette partie.
Je
m e
suis assuré de ce fait plusieurs fois sur des cochons*,
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 6 l
d' inde et sur des chiens. 2°. En irr i tant les nerfs ve
na nt d es tro u s sacrés et allant à la vessie, nerfs q ue so u
ven t il est très-difficile de tro uv er, à cause du sang, da ns
un an imal r écemment t u é , j 'ai vu ce muscle rester
im m obile . A u co nt ra i re , tous ces ner fs ayant é té cou
p é s ,
l ' injection d'un fluide un peu irritant le fait con
tracter avec force. 3°. Dans les expériences sur les
a n i m a u x
v iv an s ,
com m e dan s les opérations chirurgi
cales ,
la violence des douleurs qui met quelquefois
tous les muscles de la vie animale dans des contrac
t ions
spasmodiques
, dé term ine fréquem m ent le je t
involontaire des urines. Or dans ce cas ce n'est
point
la vessie qui est agitée de co nv uls ion s:
car
si c 'est d an s
une expér ience que ce phénomène a
l i e u ,
ouvrez les
parois abdominales; à l ' instant le je t de l 'ur ine
s'ar
r ê t e ,
parce qu e d 'u n côté les m uscles de ces parois n e
pe uv en t agir su r les intestin s et'Jes presser contre la
v es s i e , et que d'un autre côté le releveur de l 'anus
qui se contracte et relève cet organe, n'a aucun point
résistant contrqjequel il puisse le co m prim er en h au t.
R em ar qu ez en effet que d ans les je ts un peu viole ns,
la vessie est placée entre deux efforts opposés, l 'un
supérieur, ce sont les viscères gastriques pressés par
le d iaphragm e e t par les muscles abd om in au x, l ' autre
inférieur,
c 'est spécialement le releveur de l 'anus qui
agit en se con tracta nt de bas en
haut,
tandis que l'ef
fort opposé agit de haut en bas : or ces deux efforts
sont manifestement sous l ' influence cérébrale. J 'ai eu
u n e infinité d e fois occasion d'ob serv er la vessie pleine
d 'ur ine sur un animal v ivant dont le ventre étoit
ouve r t ; j ama i s
je
ne l 'ai vue se contracter assez vio
lemment
pour expulser ce fluide.
-
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S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
Je ne disc on vien s pas qu e pa r les nerfs qu'elle reçoit
des p lexus sacré s, la vessie ne so it, jusq u'à u n certain
poin t , musc le vo lon ta i re ;
mais
je dis que c'est prin
cipalement par les forces accessoires aux siennes et
nécessaires à ses fonctions, qu'elle est soumise à la
volonté; que la contracti l i té animale est pour beau
coup plus dans ses fonctions que la contractilité orga
nique sensible . Comment donc les ur ines sont-el les
retenues dans cet organe, où expulsées de sa cavité
à volonté ? Le voici : quand les urines tombent dans
la vessie, qu'elles y sont d epu is peu de tem ps d 'une
p a r t , e t de l 'autre par t en peti te q u a n ti té , a lors elles
ne sont pas un irritant assez actif pour déterminer
l 'exercice de la contractili té organique sensible. L'ef
fort que fait la vessie est si peu
cons idé rab le ,
qu'il ne
peut surmonter la résistance de l 'urètre qui , resserré
sur lui-même par la contractili té de tissu, doit être
dila té par l ' impulsion communiquée aux urines. Pour
rendre ce fluide, il faut donc ajouter à la contraction
delà
vessie celle des m uscles volontaires env ironn ans;
or le moindre effort de ces muscles suffit pour vaincre
la résistance de l 'urètre. Mais si l 'urine est en grande
quant i té
dans
la ve ssie , e t que d 'u n autre
côté elle
y ait
acquis, par un séjour prolongé, celte couleur foncée
qui indique la concentrat ion de ses pr incipes, a lors
l ' irr itation qu'elle détermine sur l 'organe y met forte
ment en jeu la contractili té organique sensible; la
vessie se co nt ra cte , e t m algré
l'animal, il
y a évacua
t ion d 'ur ine .
Dans le rec tum, où les excrémens n 'ont point
un
long canal , mais une simple ouverture à traverser ,
celle-ci est ga rn ie
d'un
sphinc ter qui m anq ue à l 'urètre.
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Ce sphincter, habituellement resserré, doit être dilaté
par l ' impuls ion communiquée aux excrémens . Tan t
qu'ils sont depuis peu et en petite quantité dans le
rectum, la contractili té organique sensible n'y est
point assez efficacement mise en jeu pour les expul
ser; il faut Faction des muscles volontaires voisins.
Si cette action n'est pas déterminée par l ' influx du
cerveau , les excrémens restent dans l ' instestin : voilà
comment , pendant un cer ta in temps, nous les re te
nons à volonté . Mais qu ' i ls augmentent en quanti té ;
que par leur séjour ils
deviennent,
plus âcrès , et par
conséquent plus irritans, alors la contractili té orga
nique sensible , for tement mise en
j e u ,
vide involon
tairement l ' intest in.
Si
le sphin cter, qu i est v olo nta ire,
es t para lysé ,
il
y aura inc on tine nc e, parce que nulle
résistance n 'est opposée à la tendan ce du rectum à se
contracter , tendance qui , quoique foible tant qu ' i l
est peu rempli, est toujours réelle cependant.
D'après tout ce que nous avons dit , on voit mani
festem ent qu e la vessie et le
r e c tu m ,
quoique recevant
des nerfs cérébraux, sont cependant moins influencés
pa r l ece rveau
qu'il
ne le pa roî tau prem ier
coup
d œ il ,
et qu'il y a certainement une très-grande différence
enlr'eux et les muscles volontaires. Ils ne sont pas
mixtes, comme on le di t ; i ls se rapprochent inf ini
ment plus des muscles organiques que des autres :
je doute même que si aucune puissance accessoire
n'agissoit avec eux et ne les comprimoit, l 'ame pût,
par les nerfs qui y vie nn en t des plexu s sac rés, les faire
contracter à volonté. Je n'ai jamais vu un animal
rendre ses excrémens, le ventre
étant,
ouvert .
Concluons de tout ce que nous avons dit jusqu' ic i ,
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3 6 4
S Y S T È M E M U S C U L A I R E
que les nerfs cérébraux qui se portent aux muscles
organ iques ont sur eux u ne influence qui ne ressemble
aucunement à celle des nerfs cérébraux allant aux
muscles de la vie animale. J ' ignore du reste la nature
de cette influence.
Tous les muscles organiques reçoivent des nerfs
des ganglions, soit les précédens qui sont pénétrés
aussi par les cérébraux, soit les intestins grêles, le
cœcum, le colon, e tc . , qui sont exclusivement par
couru s par eu x. O r , en co up an t , en l ia nt , en ir ri tant
d 'une manière quelconque ces nerfs , en agaçant les
ganglions dont ils partent, en les détruisant, en les
brû lan t
avec
un acide ou un alcali c o nc en tré , le m us
cle reste dans son état naturel : i l n 'est ni précipité,
ni ralenti dans ses contractions.
Je ne me suis pas contenté des agens ordinaires
pour bien m'assurer du défaut d'action actuelle des
nerfs sur les muscles organiques ; fait que tous
les
bo ns physiologistes o nt toujou rs ad m is , m algré les opi
nions hasardées de quelques médecins qui adaptent
le mot vague d' influence nerveuse à des organes qui
n 'en sont nullement susceptibles.
J 'ai donc employé le galvanisme , et je me suis
convaincu que ce moyen de mettre en jeu les con
tractions musculaires est très-peu efficace, presque
nul dans la vie organique, tandis qu'il est le plus
puissant de tous dans la vie animale. Je ne rapporte
pas ici mes expériences sur cet objet; on les lira dans
mes Recherches sur la Mort .
On peut conclure de tout ce qui précède , que
l'in
fluence cérébrale et nerveuse sur les muscles orga
niques ne nous est nullement connue; qu 'e l le n 'agit
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 6 5
point comme sur les muscles volontaires.
Elle
est ce
pendant réelle jusqu'à un certain
point,
puisqu 'il faut
bien que les nerfs qui entrent dans la composition
de ces m us cle s, servent à quelques usag es; mais nous
ignorons ces usages.
Propriétés organiques.
La sensibilité organique est très-caractérisée dans
les muscles q ui nou s occu pen t. A van t
qne
la con
tractili té org aniq ue sensible s'y d év elo pp e, il faut qu e
celle-ci y soit m ise e n j e u . Mais comme ces deux pro
priétés ne se sépa rent p o in t, co m m e elles se succèd ent
toujours dans leur exercice, ce que nous allons dire
de la contractili té organique sensible se rapportera
aussi à la sensibilité de même nature.
La contracti l i té organique insensible , ou la toni
cité , existe dans le système musculaire , au degré
nécessaire à sa nutrition; mais elle n'y offre rien de
part iculier .
C'est la contractilité organique sensible qui est la
propr ié té dominante dans ce système , dont toutes
les fonctions reposent presque sur cette contractili té,
comme toutes les fonctions du système musculaire
précédent dérivent pour ainsi dire de la contractili té
anim ale. N ou s allons don c exam iner plus en détail
cette propriété essentielle, sur laquelle la physiologie
doit tant à l ' illustre
Haller.
On peut la considérer
sous t ro is rappor ts , i ° . d ans les excitans , 2° .
dans
les
o rg an es , 3
°. da ns F action des prem iers sur les seconds.
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3 6 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
Delà Contractilité organique
sensible
y
considérée
sous le rapport des Excitans.
L e s exc i t ans son t na tu re l s ou a r ti f ic i e ls . L ' ac t ion
d e s premiers es t con t inue l le pendan t la v ie : su r eux
rou len t en pa r t i e le s ph én om èn es o rg an iq ues ; ils
m e t t e n t en j eu l es m u sc le s , qu i s ans eu x se ra i en t
im m ob i l e s ; ils son t po u r a in s i dire à ces organes
ce qu e l es ba l a nc ie r s son t à no s m a c h in e s ; ils
d o n n e n t l ' i m p u l s i o n . L e s s e c o n d s n e p e u v e n t g u è r e s
a v o i r d 'e f fe t q u ' a p r è s l a m o r t , o u d a n s n o s e x p é
r i e n c e s .
Excitans naturels.
Ces exc i t ans son t l e s ang
po-ir
le cœur , l ' u r ine
p o u r l a
ve«sie
,
les alimens
e t l e s excrémens pour les
o r g a n e s g a s t r i q u e s . T o u t m u s c l e o r g a n i q u e a u n co rp s
q u i ,
h a b i t u e l l e m e n t e n c o n t a c t a v e c
l u i ,
en t r e t i en t
s es m o u v e m e n s , c o m m e t o u t m u s c l e a n i m a l , ha bi
tuellement, e n r a p p o r t a v ec le c e r v e a u , e m p r u n t e d e
lui sa m o t - I U , L e s e x c i t a n s n a t u r e l s e n t r e t i e n n e n t
l e u r s o r g a n e s respectifs a u m ê m e d e g r é d e motilité
t an t qu ' i l s r e s t en t l e s mêmes . T ou te s choses éga le s du
cô té de s or ga ne s , le po ul s ne var ie-
point ,
les pé
r i o d e s d i g e s ti v e s d u r e n t le m ê m e t e m p s , le s i n te r
v a l l e s d e l ' e x c r é t i o n d e l ' u r i n e s o n t u n i f o r m e s , t a n t
q u e le s a n g , le c h y le o u l ' u r i n e , n e p r é s e n t e n t p o in t
d e d i f f é r e n c e s . M a i s c o m m e c e s s u b s t a n c e s é p r o u v e n t
u n e in f in i t é d e va r i é t é s , l es o rg an es con se rva n t le
m ê m e m o d e d e s e n s i b i l i t é o r g a n i q u e , éprouvent c e
p e n d a n t d e
fréquens changement
d a n s l e u r s m o u v e
m e n s .
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D E
L A
V I E
O R G A N I Q U E .
o6j
A l ' instant où le chyle pénètre dans le sang , p e n
dant la digestion, le pouls change , parce que le cœur
est différemment ir r i té . On observe le même phéno
mène , mais avec des différences, ï ° . dan s les r é
so rpti on s où le pu s passe da ns la m asse d u sam* ;
2 ° . dans l ' injection de différens fluides , dans les
veines , injections si fréquemment répétées dans le
siècle passé, à l 'époque des expériences sur la trans
fusion, et que j 'ai eu occasion de faire aussi par
d 'au tres vues que j ' ind iqu erai ; 3° . dans les m aladies
inflam m atoires où le sang pr en d u n caractère pa rti
culier encore peu connu , et qui donne lieu à la for
mat ion de la couenne pleuré t ique;
4°-
dans diverses
autres affections, où la nature de ce fluide est singu
lièrement altérée ; 5°. dans le passage du sang rouge
d an s le système à sang noir . J 'a i rem arqu é qu'en adap
tan t , sur u n chien un peu gr os , u n tub e recourb é à la
carotide
d'un
c ô t é , et à la jugulaire du côté op po sé , de
m an ière à ce que l 'une pousse d u sang dans l 'a u tr e ,
le passage du sang rouge dans les veines n'est point
mortel comme celui du sang noir dans les artères ;
mais
il
y a presque constamment dans les premiers
instans un e accélération des m ouv em ens du cœ ur.
On a sans doute exagéré l ' influence de la dégéné
rescence des fluides dans
les
m aladies : on a placé
dans cette port ion de l 'économie, une source trop
fréquente des
dérangemens
morbifiques. Mais on ne
sauroit nier que, suivant les altérations diverses que
ces fluides présentent, ils ne soient susceptibles d'ex
citer différemment les solides qui les con tiennen t. O n
sait que dans le même individu, e t avec la même
masse d 'a l im en s, la digestion varie d 'u n jour à l 'autre
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3 6 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
d a n s l a d u r é e d e ses pé r iodes ; que t e l s a l imens l a p ro
l o n g e n t , t el s a u t r e s l ' a c c é l è r e t ; q u e ce r ta i . s res ten t
t r è s - l o n g - t e m p s s u r l ' e s t o m a c , comme onle d i t , et que
d ' a u t r e s n e f o n t p o u r a i n s i
d i requ
y pas se r . Or , dans
tou s ces c a s , l ' o rga ne r e s t e l e m ê m e , l e flu ide seu l
va r i e . Su ivan t que l e r e in s épa re des u r ine s p lu s ou
m o i n s
acres
, p lu s ou m o i ns i r r i t an te s pa r consé
q u e n t la vess ie les re tient p lus ou m o in s long - tem ps .
T e l l e s s o n t s o u v e n t l e u r s q u a l i t é s s t i m u l a n t e s , q u ' à
l ' i n s t a n t où e ll es t o m be n t da ns ce t o rg a n e , il se sou
l è v e e t l e s r e j e tt e i n v o l o n t a i r e m e n t .
Parlerai-je
des
effets de
Fémélique
e t des
évacuans
par le tube in
tes t ina l , don t les e f fe t s son t s i va r iab les? On sa i t que
c e s m o t s d r a s t i q u e s , p u r g a t i f s , m i n o r a t i f s , l a x a t i f s ,
e t c . ,
i n d i q u e n t d e s
degrés
d ive r s de s qua l i t é s s t imu
l a n t e s q u e p r é s e n t e n t c e r t a i n e s s u b s t a n c e s i n t r o d u i t e s
d a n s l e s v o i e s a l i m e n t a i r e s , d e g r é s q u i d o i v e n t ê t r e
co ns id ér és ab s t r ac t io n fa i te de ce u x de la sens ib i l it é
des o rganes : ce l le -c i en e f fe t peu t ê t re te l le , qu 'un
l a x a t if p r o d u i s e d e s e ff ets p l u s g r a n d s q u ' u n d r a s t i q u e .
N o n - s e u l e m e n t l a q u a l i t é , m a i s e n c o r e l a q u a n
t i t é de s f lu ides con tenus dans l e s musc le s o rgan iques ,
in f luen t su r l a con t r ac t i l i t é de ceux -c i . i ° . Le mo t de
p l é t h o r e e s t c e r t a i n e m e n t t r o p v a g u e m e n t e m p l o y é
en m éd ec in e ; m a i s on ne sau ro i t d o u t e r que l 'é t at
qu ' i l expr ime n ' a i t l i eu que lquefo is : o r , a lo rs p lus de
sang abo rdan t au cœur , c e lu i - c i a ccé lè re s e s con
t rac t ions . 2° . J ' a i eu occas ion de fa i re p lus ieurs fo is
la t r a n s f u s i o n s u r l es c h i e n s , s o it p o u r e l l e - m ê m e ,
so i t pour des recherches re la t ives à la resp i ra t ion e t à
la c i r c u l a t i o n . O r , j ' a i t o u j o u r s o b s e r v é q u ' e n n ' o u
v r a n t p o i n t u n e v e i n e , p o u r v i d e r d u s a n g à m e s u r e ,
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369
qu e sa jugu laire ex terne en reçoit (c a r c 'est toujours
celle-ci que je choisis pour l 'expérience), en détermi
nant ainsi par conséquent une pléthore artif icielle,
j 'ai
, dis- je , toujours observé que le mouvement du
cœ ur étoit accéléré. J 'ai m êm e
v u ,
dan s un c hie n, l 'œil
devenir a rdent e t com m e enf lam m é; dans les au tre s ,
ce phénomène nes'est point fait remarquer. 3 ° . On sait
que dans la course, où tous les muscles en contrac
tion expriment de tous côtés le sang veineux contenu
dans leur tissu , celui-ci qui aborde au cœur en abon
da nce , le fait pa lpite r avec force.
4°« H
est ho rs de
do ute que la qua nt i té d 'ur in e et d 'ex cré m en s, autant
et plus que leur qualité, est pour la vessie et le rec
tum , une cause de contraction involontaire . 5°. On
connoî t
les
effets funestes de l'émétique, des purga
tifs donnés à trop fortes doses. 6°. Un verre d'eau
tiède ne prov oqu e souvent pas le vom issement qu 'u n e
pinte détermine avec énergie , etc. etc.
Excitans artificiels.
Les excitans artificiels sont en général tous les
corps de la nature. Telle est en effet l 'essence de la
contracti l ité organique , que par là m êm e q u 'un
muscle est en contact avec un corps dont il n'a pas
l 'habitude, il se contracte à l ' instant. Si les muscles
ne sont pas irrités par les organes qui les
entourent,
et avec lesquels ils sont en
rapport,
c'est que l 'habi
tude a émoussé le sentiment qui naît de ce rapport .
Mais que ces organes changent de modifications ,
qu'extraits du corps de l 'animal, ils se refroidissent ,
et soient en suite appliqués sur les m uscles organiqu es
m is à n u , ils les feront contracter.
11 .
24
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L e calorique , par son absence qu i con stitue le
froid, comme par sa présence d 'où naît le chaud,
peut également exciter les muscles et , en général ,
tous les organes. A l ' instant où on ouvre la poitrine
et le pér icarde d 'un animal vivant , le cœur s 'agite
avec une force subitement accrue : c 'est que Fair agit
su r l u i , et qu'il passe de la
température
d u corps à
une autre qui est différente.
Tous
les fluides
aérifor
m e s , la lumière, tous les liquides, etc. , sont excitans
des muscles. Si nous voyons le cœur vide de sang,
l 'estomac et les intestins privés des substances qui les
pénè t r en t
ordinairement,
se contracter avec plus ou
moins de force lorsqu'ils ont été extraits du corps,
c 'est qu e le mil ieu en vi ro nn an t, et les substances dont
il est chargé , concourent à produire cet effet : ils
sont alors les excitans de ces organes.
E n g é n é r a l , les excitans artificiels agissent de
dif
férentes manières , ï ° . parleur simple con tact; 2° . en
déchirant ou en coupant mécaniquement les f ibres;
3 ° .
en tendant à se combiner avec elles.
4°« H en
est
d o nt on ignore co m plètem ent le m od e d 'act ion :
te l le est , par exemple, l 'é lectr ic i té .
Lorsque les excitans n'agissent que par le simple
contact,
les fluides
sont,
toutes choses égales, plus
efficaces qu e les so li d es , pa rce qu 'ils stimulent
par un plus grand nombre de points ; qu'ils agacent
non-seulement les surfaces de l 'organe, mais pénè
trent encore l ' interstice des fibres. Les solides
produisent un effet proport ionné à l 'é tendue de
leur e x cit a t i o n, à la pression plus ou mpins m a r
quée qu ' i l s exercent , à leur densi té , à leur mol
lesse, etc. Ce sont presque toujours des substances
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3 T I
fluides que la nature emploie pour excitans dans
l 'é ta t ordinaire .
Le déchirement est un mode d 'excita t ion plus
actif que le contact . Le cœur, les intest ins, iner tes
souvent lorsqu'ils sont touchés seulement par le scal
pel , se contractent avec force lorsque la pointe de
celui-ci les excite. La section produit un effet moins
sensible que le déchirement. Coupées transversale
ment , les fibres oscillent et frémissent seulement par
la contractili té organique sensible, pendant que par la
contractili té de tissu elles éprouvent une rétraction
manifeste .
L 'ex cita tio n chim ique est , dans le plus grand
nombre de cas , la plus avantageuse ; mais ici il faut
bien dist inguer ce qui appart ient au
racornissement,
de cequ i
est
F effet de
l'irritabilité
m ise en jeu.
ï
° . Plon
gez une grenouille écorchée et vivante, dans un acide
très-concentré : à l ' instant tout est presque désorga
n i s é ;
le réactif agit si fort , qu'on ne peut distinguer
ni racorn issem ent, ni contracti l ité .
2
0
.
Affoiblissez un
peu
l 'acide et plongez-y une autre grenouille , par
ses m em b re s inférieurs seulem ent : à l ' instan t ils se
raidissent pa r la co ntra ctio n des ex ten seu rs , qu i
l 'emportent sur les fléchisseurs ; car , dans cette ex
périen ce , c 'est u n phé no m ène presqu e constant :
re t irez l 'animal ; ses cuisses resten t im m obiles ; la
vie y a été éteinte ; la contraction qui est survenue
est un racornissement, et non un phénomène vita l .
Plong ée dans la m êm e liqueur, une grenouille morte
épro uve le m êm e ph éno m ène . 3° . Affoiblissez encore
l'acide ; à l ' insta nt qu e l 'an im al y est plongé ses
membres se contractent ; mais aux contractions suc-
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ZjCL
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cède le relâchem ent ; il y a des m ou ve m en s al ter
natifs : c 'est l ' irr itabilité qui commence à être mise
en jeu. Cependant si l 'acide n 'est pas très-affoibli ,
quelques marques de racornissement res tent encore ,
et F anim al conserve u ne gêne dan s les m ou vem ens des
membres infér ieurs , résul ta t évident du premier de
gré de ce racornisse m ent. 4°« Enfin si l'acide est très-
affoibli , il devient un simple irritant qui met en jeu
la contractilité organique sensible , sans altérer le
tissu des fibres; l 'animal sorti du fluide, conserve
la même force de mouvement .
Ces expériences qu'il seroit facile de multiplier sur
les animaux à sang chaud, mais que je n'ai point
tentées sur eux , montrent évidemment ce qui appar
tient au racornissement, d'avec ce qui est l'effet de
la contraction vita le . C ep en da nt il n ' y a pas une
limite rigoureuse entr 'eux , et i l est un degré d'af-
foiblissemen t de l 'acide , où ces de u x causes de
mouvemens se confondent .
I l est un m ode d 'excita t ion auqu el les auteurs n 'ont
point fait attention ; on peut l 'appeler négatif: c'est
celui dont je parlois tout à l 'heure au sujet du calori
qu e , do nt la priva tion est un excitan t sou ven t
très-vif.
Dans les diverses expériences que j 'ai eu occasion
de faire , cela m'a sou ven t frapp é. A pp lique z un
ex citan t su r u n m uscle , il se con tracte ; m ais au
bou t d ' un
certain,
temps le mouvement cesse , quoi
que le contact continue : enlevez
l'excitant,
souvent
le mouvement revient à l ' ins tant . En généra l , r ien
de plus com m un da ns le cœ u r , les in te s t i n s , e t c . , que
les contractions cessant sous l 'action continuée d'un
excitant,
e t r evenant momentanément pa r son ab-
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O R G A N I Q U E .
3j5
sence. J 'avoue que ce phénomène n 'est pas aussi
in v ar ia b le , aussi constant que celui de la contraction
dé te rminée pa r
l'application
du st imulus qui suc
cède à l 'état de non-excitation ; mais cela arrive très-
souvent. On diroit que la sensibilité organique est,
dans ces cas , comme l 'animale ; que tout é ta t nou
veau pour elle l'affecte , que cet état soit positif ou
négatif. L e passage de la non -excitation à l 'excitation
est p lus vif; m ais le passage inverse n'e st pas m oin s
ressenti lorsqu'il est brusque. Au
r e s t e ,
cette m anière
d'envisager la contractilité organique sensible en
exercice , mérite des expériences ultérieures.
De la Contractilité organique
sensible,
consi
dérée par rapport aux organes.
Considérée dans l 'organe où el le a son
s i èg e ,
la
contracti l i té organique sensible présente de nom
breuses variétés qui sont re lat ives,
i ° .
à la diversité
de t iss u , 2 ° . à l ' âge , 3° . au s ex e ,
4°«
a u
t e m p é r a
men t , e t c .
Première
Variété.
D iversité de tissu musculaire.
La contractili té animale est
par- tout
la même
dans les muscles volontaires, parce que leur organi
sat ion est uniforme. Toutes choses égales du côté
du nombre et de la longueur des f ibres, les phéno
mènes de contraction sont exactement les mêmes
par- tout : i c i , au contraire, les variétés de tissu en
déterminent inévi tablement dans les propr ié tés v i
tales.
Chaque muscle involontaire est d 'abord spéciale
ment en rapport avec le fluide qui lui sert ordinai-
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Oj4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
rement d 'excitant . Le sang seul peut
régulièrement
entre ten ir les m ou vem ens du c œ ur . Qu e ce fluide soit
altéi
é d 'un e m anière qu elco nq ue , les contrac t ions de
viennent ir régulières. Toutes substances étrangères
poussées dans les veines, produisent ce phénomène.
L'ur ine qui entret ient avec harmonie les mouvemens
de la vessie, troubleroit ceux du cœur, si elle cir-
culoit dans
ses
cavités. Le sang, plus doux en appa
rence que l 'ur ine, peut agiter convulsivement la
ve ssi e, lorsqu 'il vient à y tom be r. J 'ai soigné avec
Desault un malade affecté depuis long-temps de ré
tention d 'ur ine, e t qu ' i l avoit ta i l lé pour une très-
grosse pierre. A la suite de l 'opération, les urines
stagnoient dans la vessie, tant qu'elles étoient seules;
mais dès qu 'un peu de sang pénétroit dans cet or
g an e ,
il se contractoit inv olo nta i rem en t ,
et
les urines
sanguinolentes étoient évacuées. Les excrémens qui
sé journent pen dan t un cer ta in tem ps dans le re ctu m ,
sans le faire contracter,
feroient
à l'instant soulever
F
es tom ac, e tc . T o u s ces phéno m ènes se rall ient
aussi aux variétés de sensibilité des membranes m u
queuses , variétés sur lesquelles nous reviendrons.
Us prouvent manifestement que chaque muscle a un
degré de contractili té organique qui lui est propre,
et que tel ou tel fluide de l 'économie peut exclusive
ment, dans l 'é ta t naturel , mettre en exercice d 'une
manière régulière .
Les fluides étrangers offrent le même résultat :
l'émétique
qui fait contracter l 'estomac , est impu
n ém en t poussé da ns la vessie pa r les injections : les
purgatifs ne font point vomir , e tc . Ce rapport
des
fluides étrangers avec la contractilité organique sen-
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O R G A N I Q U E . 375
sible
a l ie u , soi t q u e , com me dans le cas précé de nt ,
ces fluides soient appliqu és sur les surfaces m uq ue us es
correspondantes aux muscles, soit qu 'e l les parvien
nent à ces muscles par la c irculat ion, comme l 'ont
prouvé les expériences faites dans le siècle passé sur
les infusions médicamenteuses
<|ans
les veine s, ex pé
riences dont Haller a recueilli un grand nombre de
résultats. On a vu dans ces expériences la circula
tion présenter à tous les organes tantôt l'émétique,
et l 'estom ac seul se con tracter , tan tôt les pu rgatifs, et
les inte stin s seuls en tre r en a cti on , etc. Prises pa r voie
d'absorption cutanée,les substances
m édicamenteuses
do nn en t l ieu au m êm e ph éno m ène. Appliqués en fric
t ions , les pu rga tifs , les ém étiq ue s, e tc . , font contrac
te r , non tou s les muscles org aniq ues , quoique la c ir
culation les présente à tous, mais ceux avec lesquels
leur sensibilité est en rapport.
Dans les affections diverses dont ils sont le
siège,
on voit les muscles organiques avoir aussi chacun un
mode d ' ir r i ta t ion part iculier répondre à un excitant ,
e t rester sourd, pour ainsi dire , à la voix des au
t r e s , etc.
Deuxième Variété. Age.
L'âge modifie singulièrement la contractili té orga
ni qu e sensible. D an s l 'enfance elle est très-prono ncée;
les muscles répondent avec une extrême facilité aux
excitans; la vessie garde difficilement l 'urine; les
enfans la rendent dans le sommeil involontairement;
le cœur se contracte avec une rapidité dont le pouls
nous donne la mesure ; tous les phénomènes digestifs
sont plus prompts; de là moins d ' intervalle dans le
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retour de la faim. C'est un phénomène analogue à
celui des muscles volontaires, où la rapidité des m o u
vemens se trouve, dans le premier âge, a l l iée avec
leur peu de force.
Au-delà de l 'enfance, la susceptibilité des muscles
pour répondre à leurfrexcitans, va toujours en dimi
n ua n t : aussi tous les gran ds phé no m ène s d e la vie or
ganique vont-ils toujours en se ralentissant. Le nom
bre des pulsat ions,
la
du rée d e la
d iges t ion ,
le séjour des
ur in es ,e t c . , son t le the rm om ètre
de ce
ralentissemen t.
Dans le vieillard tout
s'affoiblit;
l 'action des mus
cles organiques diminue peu à peu. Ceux de la vessie
et du rectum sont les plus exposés à perdre leur fa
culté contracti le : de là les rétentions d 'ur ine, ma
ladie qui est l 'apanage si fréquent de la vieillesse;
de là encore les ama*s de matières fécales au-dessus
de l ' anus , maladie presque auss i commune que l'a
première à cet âge de la vie, quoique les praticiens
aient fixé sur elle mo ins d'a tte n tio n . L es gens riches et
accoutumés au luxe de la table, y sont surtout sujets.
J 'en ai vu beaucoup, e t même autant que de réten
t ions d 'ur ine, dans la dernière année de la prat ique
de-Desault.
Le s intestin s et l 'estom ac languissent plus
tard dans leurs fonctions. C'est le cœur qui résiste
le plus : il est Y
ultimum moriens
, co m m e il a été le
premier en exercice; la durée de ses
battemens
m e
sure exactement la durée de la vie organique.
Troisième Variété. Tempérament.
L e
tempérament
modif ie d 'une manière remar
quable la contractili té organique. On sait que chez
les
uns les pulsat ions sont plus fréquentes, les plié-
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 377
nomènes
digestifs urinaires plus rapides; que chez
d'autfes
tout est marqué par plus de lenteur dans la
vie%rganique : or ces variétés ont évidemment leur
source primitive dans les variétés de contractili té du
cœur , de l ' es tomac, des in tes t ins , e tc . , lesquel les
ont sous ce rapport une grande influence dans la dif
férence des te m pé ram en s. A cet égard il y a d eu x
observations essentielles à faire :
i ° . Les variétés de force des muscles organiques
ne coïncident pas toujours avec celles des muscles de
la vie anim ale. A insi voit-on tel individ u rem arqu able
par des formes extér ieures peu m arq ué es , par une foi-
blesse éviden te dan s les mu scles des m em b re s, tandis
que l 'act ivi té de la digest ion, des évacuations ur i
naires, e tc . , annonce la plus grande énergie dans
la contractili té organique sensible. Je remarque à cet
égard que le cœur est plus fréquemment en rapport
de force avec les muscles extér ieurs, que l 'estomac,
les intestins et la vessie. Un pouls
p l e i n ,
bien déve
loppé, coïncide ordinairement avec la consti tut ion
athlétique , tandis que souvent cette constitution
est réunie sur le même sujet à un système gastrique
foible, et que surtout la force de ce système gastrique
est souvent alliée à la foiblesse extérieure. Ce fait,
que les d ivers tempéramens nous démontrent dans
l 'homme , est évident dans la série des animaux.
C e u x q u i , comme les carnivores, ont un système
musculaire animal très-énergique, ont les parois des
cavités gastr iques comme membraneuses. Ces parois
se fortifient dans les classes herbivores : elles devien
ne nt très-prononcées d ans les gallinacées. E n gé né ral ,
la mastication à laquelle préside toujours la conlracti-
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lité animale , es t dans les animaux en ra isoninverse
de la force de tr ituration de l 'estomac, qui est pré
sidée par la contractili té organique sensible.
•
2
0
.
Les variétés de cette propriété , re lat ives aux
tempéramens , p résen ten t un au t re phénomène pres
que toujours étranger au système musculaire animal.
En effet, dans celui-ci ces variétés sont toujours gé
nérale s ; no us p ou vo ns bie n par l 'exerc ice fortifier
telle ou telle région musculaire, mais les différences
de forces qui sont naturel les, portent toujours sur
tout le système. Les bras et les jambes, la poitrine
et le bas-ventre, sont uniformément contractiles dans
les différentes divisions des muscles qui leur appar
t iennent. Au contraire , i l est rare de voir cet te uni
formité dans les muscles involontaires. Presque tou
jours l 'un prédomine sur les autres : tantôt c'est le
c œ u r ,
tantôt 1
est om ac , quelquefois la vessie. Souvent
m êm e les viscères gastriques ne sont pas tou s au mêm e
niveau de force. L'estomac languit que les intestins
conservent leur act ion ordinaire; réciproquernent les
intestins trop contractiles expulsent tout de suite les
matières fécales, e t déterminent la diarrhée, quoique
l'estomac fasse bien ses fonctions. Cette différence
essentielle entre les deux systèmes musculaires tient
à ce que la contractili té de l 'un dépend d'un centre
commun, du cerveau; que celle de l 'autre au con
traire a son principe isolé dans chaque organe où
elle existe.
Quatrième Variété. Sexe.
Les femmes se rapprochent en général des enfans
par les phénomènes de contractili té organique sen-
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O R G A N I Q U E . 379
sible.
La foiblesse des mouvemens coïncide avec leur
plus grande rapidité chez ce
s e x e ,
dont tous les mus
cles intérieurs
sont,
com m e les extér ieu rs, plus grêles
et à formes m oins pronon cées que chez l 'hom m e. O n
diroit qu e la force con tractile d e la m atrice a été pr ise ,
chez
l u i ,
aux dépens des forces de tous les autres
organes. Dans les expériences, les femelles donnent
des résulta ts bien moins marqués, e t toujours bien
moins durables que les mâles. Le cœur, l 'estomac,
les inte stin s, et c. , cessent plus vite leurs m ouvem ens ;
ces mouvemens sont moindres; i l faut pour les dé
terminer de plus forts excitans, etc.
Cinquième Variété. Saison et Climat.
Dans l 'hiver et dans les climats froids, où l 'organe
cutané, resserré et comme racorni par l ' impression
de Fair
environnant,
est dans une foible a c t i o n ,
toutes les fonctions intérieures plus
ac t ives ,
néces
sitent plus d'énergie dans les forces qui y président;
touslesphénomènesdigest i f s ,ur ina ires , et circulatoires
même, sont plus marqués. Je ne sache pas qu 'on ai t
fait encore des expériences comparatives sur l ' irrita
bilité, dans les saisons diverses, mais je suis per
suadé qu'elles donneraient des résultats différons.
Contractilité organique sensible, considérée rela
tivement à l action des stimulans sur les organes.
Nous venons d'envisager isolément l 'excitant et
l 'organe excité; chacun étant isolé, est nul pour la
contractili té organique sensible ; de leur con cours seul
résulte l 'exercice de cette propriété.
Qu'arnve-t-il
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3 8 0 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
dans ce concours ? Nous l ' ignorons. Vouloir le
con-
n o i t r e ,
ce seroit vouloir savoir comment un corps en
att ire un autre , comment un acide se combine avec
u n
alcal i ,
etc. D a n s l 'attra cti on , l'affinité et l 'irr itabi
l i té , nous ne pou von s suivre les phé no m ène s que jus
qu'à l 'action des corps les uns sur les autres. Cette
action est le term e de nos rech erches .
Mais ce qui ne doit pas nous échapper ici, c 'est
q u e , dans ce t te dernière propr ié té , Faction n'est ja
m ais im m éd iat e. Il y a toujou rs en tre l 'excitant et
l 'organe un intermédiaire qui reçoit l ' i r r i ta t ion; cet
intermédiaire est une membrane f ine et continue à
celle des artères pour le cœur ; c 'est une surface mu
queuse pour les viscères gastriques et pour la vessie.
Cet intermédiaire est plus susceptible de recevoir
l 'excita t ion que le muscle lui-même. J 'a i constam
ment observé qu'en ir r i tant la surface interne du
cœur , ses
contractions sont plus vives qu 'en m ettant
son tissu à déc ou vert à l 'ex térie ur par l 'enlèvement
de son enveloppe séreuse , et en l 'agaçant ensuite.
Il en est de même pour les muscles organiques de
l ' abdomen.
Y
a-t-il
entre l ' intermédiaire excité et l 'organe qui
se contracte , quelqu es com m unic ation s nerveuses
qui transmettent l ' impression ? Je ne le crois pas : le
tissu cellulaire suffit. En effet, les surfaces séreuses
n 'on t
entr'elles
et les m uscles org aniq ues , que ce
tissu pour
moyen
d 'un io n. L eu r vie n 'est nullement
liée à la le u r , puisque so uvent e lles les a ba nd on ne nt ,
comme nous le verrons , et cependant elles peuvent
leur servir à transmettre l 'excitation. Le péricarde et
le pér i toine, i r r i tés dans leur port ion correspondante
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 8 l
à l 'organe qu'on veut fa ire mouvoir , y déterminent
un e con tractio n. Ce fait est con nu de tous ceux qui o nt
fait la moindre expérience ; c 'est même presque tou
jours de cette ma nière qu 'on st im ule le c œ u r, l 'e s
to m ac , les in te s t in s , la ves s ie , e tc . E n ne p rom enan t
l'excitant sur la surface séreuse , que très-légèrement
et de manière à ce que le mouvement ne se commu
nique nullement aux fibres charnues , on obtient un
résu ltat. C ep en d an t le simp le con tact ne suffit pas
pour transmettre l ' i r r i ta t ion : par exemple, en la is
sant le feuillet externe du péricarde , appliqué sur
le
cœur , et en l ' irr itant ensuite , l 'organe reste immo
bile.
Si on décolle le péritoine de dessus la
vess ie ,
qu 'on rom pe toutes les adhérences
cefmleuses
, qu 'on
le réapplique ensuite , e t qu 'on l'agace, la même im-»
mobilité s 'observe.
Quand l ' intermédiaire qui reçoit l 'excitation est
malade , la contractili té est constamment altérée. Le
même excitant détermine des contractions lentes ou
r a p i d e s ,
suivant que l 'affection exalte ou diminue
la sensibilité de cet intermédiaire. La phlogose légère
de l 'extérieur de la
vessie
, dé term ine un e espèce
d'incontinence d'urine ; celle des intestins cause le
dévo iem ent , e tc . , e tc . A u c o n tr ai re , les vieux
catarrhes de vessie , les affections où la foiblesse de
la surface muqueuse de cet organe prédomine , sont
des causes fréquentes de rétention , etc.
J 'observe que c 'est une remarquable différence
entre la contractili té organique sensible et l ' insen
s i b l e , que l 'existence de cet intermédiaire , lequel
n 'a point l ieu dans cette dernière , où le même sys
tème reçoit l'impression et réagit sur le corps qui la
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3 8 2
S Y S T È M E M U S C U L A I R E
détermine : par exemple , dans les systèmes glan
duleux, séreux , cutané , e tc . , le f lu ide qui aborde
pour la sécrétion ou l 'ex ha lat io n, y pro du it la sen
sation , laquelle est à l'instant suivie de la réaction.
Dans la contractilité sensible , au contraire , un sys
tème perçoit, et l 'autre se meut. Ce mode de motilité
s'éloigne moins de celui de la vie animale , où les
organ es des sens et ceux d u m ou ve m en t totalement
différons, sont
très-éloignés
les uns des autres.
Contractilité organique sensible
,
considérée re
lativement à sa permanence après la mort.
C ett e pe rm an en ce est plus dur ab le qu e celle de la
contractili té animale. Déjà en irritant la moelle , les
muscles extér ieurs res tent immobiles , que les in
ternes sont encore en activité. On a cité tant d'exem
ples de cette permanence ; Haller a tellement mul
tiplié , sur ce point, les expériences , que je n'ai pas
besoin de rapporter ici des preuves d'un fait dont on
ne d ou te plu s. A cette pe rm an en ce sont dues les
évacuations de matières fétîales et d 'urine , qui sur
viennent souvent un instant après la mort; les
vomis-
s e m e n s ,
qu'on observe dans quelques sujets , s inon
d'une manière aussi marquée que pendant la vie , au
moins suffisamment pour faire remonter les alimens
jusque dans la bouche du cadavre, qui souvent
s 'en trouve toute rem p lie , com m e je l 'a i f réquemm ent
observé.
Il faut , sous le rapport de cette pe rmanence ,
comme sous celui de la durée de la contractilité anir
maie
, distinguer deux espèces de mort , i ° . celles
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 8 3
qui arr ivent
subitement,
2°. cel les qu 'amène une
longue maladie .
Dans toute mor t subi te , dé terminée , soi t par une
lésion violente du cerveau , comme dans l 'apoplexie,
la co m m ot io n , la com press ion ,
F
épancheraient, et c. ;
soit par un e affection du cœ ur , com m e dans un e
gran de syn cope , un e plaie , un anévrism e rom pu ;
soit par une cessation d'action des poumons , comme
dans l 'asphyxie par les'gaz dé lé tères , par le v ide ,
pa r la submers ion , e tc . , l a pe rmanence de con
tractili té est très-sensible; la mort générale survient
d 'abord; puis les organes meurent par t ie l lement ;
chaq ue force vitale s'éteint ens uite succes sivem ent
pour ainsi dire.
Dans toute espèce de mort lentement produite ,
dans toutes celles surtout qu'une maladie de langueur
a précédées , c 'est la mort partielle de chaque organe,
qui précède ; chaque force vitale s'affoiblit et s'éteint
peu à peu , avant que la cessation de leur ensemble,
qui consti tue la mort générale , ne survienne; quand
cette mort arrive , aucune des vies propres à chaque
or ga ne ne re ste , tan dis qu e la plu pa rt de ces vies
durent p lus ou moins long-temps après la mort
subite .
O n n e pe ut faire d es expériences sur les cadavres que
l 'on n 'a guère dans les hôpitaux, que quinze heures,
et
p l u s ,
après la mort ; mais en faisant périr des
chiens de
f a i m ,
laquelle , trop prolongée , dégénère
en une véritable maladie qui dure chez ces animaux
huit, dix , douze jours même , j 'ai vu la contractilité
entièrement é teinte à l ' instant de la mort . On m'a
amené souvent des chiens affectés de différentes ma-
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3 8 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
ladies , surtout il y a trois ans où il y eut une espèce
d 'épidémie sur ces animaux :
o r ,
en les ouvrant à
l ' instan t d e la mort , en les tua nt m êm e quelqu e temps
avant,
et en déterminant ainsi une mort subite , bien
différente de celles qui arrivent dans l 'état sain où
toutes les parties sont intactes dans leurs fonctions,
et par conséquent dans leurs forces vitales , j 'ai tou
jours vu une absence constante de contractili té , ou
du moins un affoiblissement t e l ,
qu
elle paroissoit
nulle .
Plu sieu rs physiologistes on t parlé d'u n e convulsion
générale qui survient dans les muscles organiques
à l ' instant de la
mor t ,
d 'un soulèvement du
cœur,
de l 'estomac, des intest ins, e tc . Cet excès d 'act ion
est réel quelquefois dans les morts
s u b i t e s ,
dans celles
Surtout q ue nou s dé term ino ns p our nos expériences ;
e l le est t rès-rare dans les morts précédées d 'une
long ue m aladie dan s laquelle le m alad e
s'éteint,
pour
ainsi dire ,
insensiblement,
et passe , par grada
t ion, de la vie à la mort . C'est un défaut commun
à presque tous les auteurs , d 'avoir trop
généraliséles
faits observés dans certaines circonstances. Une foule
de fausses conséquences sont résultées de là.
Sympathies.
Aucun organe ne reçoit plus facilement les in
fluences de s au tres , qu e les m usc les orga niqu es : tous
cep end an t n'e n son t pas égalem ent susceptibles. Le
cœur occupe le premier rang sous ce rapport ; vien
nent ensuite , d 'abord l 'estomac , puis les intestins,
et enfin la vessie. C'est dans cet ordre que nous al
lons examiner ces influences.
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 8 5
C'est un phénomène remarquable , que toute es
pèce d'affection un peu forte , née dans l 'économie ,
a l tère tout de suite les m ouv em ens d u cœ ur. La m oin
dre plaie, la douleur souvent la plus légère, suffisent
pour
y produire des dérangemens ; or cesdérange-
mens
sont de de u x espèces : tan tô t son action est ar
r ê t é e m o m e n t a n é m e n t ; delà les syncopes, mode de
dérangement qui arrive surtout dans les douleurs vio
lentes et subites. L'expression vulgaire , le cœur me
manque, etc., qu'on emploie dans ces sas , est detoute
véri té .
Tantôt ,
et c'est le cas le plus ordinaire, cette
action est accélérée; de là les mouvemens fébriles si
fréquens dans toutes les affections
locales ,
mouve
mens purement sympathiques , e t qui cessent quand
l'affection disparoît. Dans une foule
d'inflammations
locales, le mal est trop circonscrit pour admettre un
obstacle au cours d u sa ng , obstacle q u i , selon Bo-
he raa ve , force le c œ u r à redo ub ler son action po ur
le surmonter ; d 'a i l leurs , quand i l n 'y
a.point
engor
gement, mais seulement douleur dans une part ie , e t
que le mouvement fébri le
survient,
c'est bien là un
phénomène sympathique . L 'accroissement d 'ac t ion
du cœ ur peut dép end re sans do ute d 'un e substance
étrangère ,
q u i ,
mêlée au sang, l 'altère et le rend plus
irrita nt ; il pe ut tenir à un e affection de la sub s
tance de l 'organe qui la dispose à être plus irritable;
mais cer tainement i l est t rès-souvent sympathique,
et dépend de ce rapport inconnu qui lie les uns aux
autres tous nos
o r g a n e s ,
de ce consensus qui en
chaîne toutes leurs actions, et les met dans une dé
pendance réc iproque .
J 'en dirai autant de l 'estomac ; quoique sa réaction
I I . 25
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3 8 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
s y m p a t h i q u e n e s o it p a s t o u t - à - f a i t a u ss i f r é q u e n t e
q u e c e l l e d u c œ u r , c e p e n d a n t
elle
dev ien t t r è s -mar
q u é e d a n s u n e f o u l e d e c i r c o n s t a n c e s . L a p l u p a r t d e s
a f fe c ti o n s l o c a l e s , d e s i n f l a m m a t i o n s s p é c i a l e m e n t ,
s o n t a c c o m p a g n é e s d e v o m i s s e m e n s s y m p a t h i q u e s .
Diverses f ièvres présentent, d a n s l e u r début , de sem
b l a b l e s v o m i s s e m e n s . C ' e s t d a n s l es h ô p i t a u x s ur
t o u t q u ' o n o b s e r v e f r é q u e m m e n t c e s p h é n o m è n e s .
P l u s i e u r s m é d e c i n s n ' o n t p o i n t c o n s i d é r é c e s v o
m i s s e m e n s c o m m e d e s i m p l es s y m p a t h i e s , m ai s
c o m m e l ' i nd ice d ' u n e a f f ect ion b i l i eu se , f ondés su r
ce qu e l ' on r end p re sq ue tou jou r s a lo r s de l a b i l e . Ma i s
d a n s t o u s le s a n i m a n x q u e j ' a i o u v e r t s , j ' a i p r es q ue
toujours
v u l ' e s t o m a c v i d e c o n t e n i r u n e
certaine
q u a n
t i té de ce f lu ide qu i avo i t re f lué du duodénum : d ' au
t r e s au teu r s on t f a i t au s s i de s emb lab le s obse rva t ions
;
en so r t e qu ' i l pa ro î t que dans l ' é t a t de vacu i t é , l ' ex i s
t ence de l a b i l e s tomaca le e s t un phénomène na tu re l .
D'aprèscela , i l n ' e s t pa s é tonnan t
que dans
le débu t
d e s m a l a d i e s . , d a n s l e u r c o u r s m ê m e , l 'e s to m a c
é t a n t
excité
sympathiquement, e t de v en an t par là le
siège d u v o m i s s e m e n t , o n r e n d e p l u s o u moinsdece
flu ide. O n le re j e t te ra i t de m ê m e d an s l ' é ta t de san té
s i on p rovo quo i t
alorsle
so u l è v e m e n t d e
1
e s tom ac pa r
Fémétique ; c ' e s t même ce qu i a r r ive que lquefo is le
m a t i n q u a n d o n e s t à jeun , e t q u e qu e l q ue cause
é t rangère à tou te a f fec t ion du fo ie , comme la vue
d u n o bj et d é g o û t a n t , d é t e r m i n e le v o m i s s e m e n t :
la b i le so r t a lo rs comme tou t ce qu i es t con tenu dans
l ' e s tomac . Je ne d is pas que souven t le fo ie é tan t
sympathiquement
exc i t é dans l e débu t de s ma lad ie s
,
n e f o u r n i s s e p l u s d e b i l e , q u e c e l t e b il e s u r a b o n -
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 8 /
dante , refluant dans l 'estomac, ne fasse contracter
ce viscère; mais certainement ce n'est pas là le cas
le plus ordinaire : on vomit de la bile comme on en
rejette par l 'anus , parce qu'elle se trouve dans l 'es
tomac et dans les intestins , et non parce qu'elle est
surabondante. Si le vomissement étoit une fonction
naturelle , les évacuations bilieuses supérieures se
raient aussi na ture lles qu e la tein te
verdâtre
des ex
crém ens , qu i se ren co ntr e toujours da ns l 'état de
santé . On voit
d o n c ,
d'après cela , que les vomisse
m ens bil ieux so n t, dan s beau cou p de cas , un e chose
purement accessoire , e t que le phénomène essentiel ,
c 'est la contraction sympathique de l 'estomac.
Dans le cas dont je viens de parler, i l est évident
qu ' i l n 'y a au cu n em barras gastr ique ; l 'a l térat ion
sympathique de l 'estomac ne porte que sur les fibres
charnues . Mais le plus souv ent cet em barras gastrique
se manifeste au début des maladies où il y a affec
t ion locale; on v om it des m atières sab urra les, com m e
on le dit : c 'est qu'alors l 'organe essentiellement af
fecté , le poumon par exemple , si c 'est dans une
pé r ipneumon ie , a ag i
sympathiquement
non-seule
m en t sur les f ibres ch ar nu es , m ais encore sur la me m
brane muqueuse . Cel le -c i exc i tée , augmente sa
sé
crétion : de là ces matières saburrales, qui ne sont
autre chose que des sucs muqueux mêlés à
des
sucs
gastriques et à de la bile ; or , la présence de ces ma
tières suffit souvent pour faire contracter
l ' e s tomac ,
et pour produire le vomissement qui les expulse.
D'après cela , il est évident qu'il peut y avoir
vomissemens sympathiques sans embarras gastr ique,
et
embarras gastr ique sympathique avec un vomis-
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3 8 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
sèment
p rodu i t imm éd ia t emen t .
Dans
le pre m ier cas ,
ce sont les fibres charnues qui ressentent l ' influence
sym path ique d e l 'organe affecté; dan s le secon d,
c 'es t la m em bran e m uq ueu se . Mais com m en t , le pou
mon , la plèvre , la peau , etc. , étant affectés , l'es
tomac
entre-t-il
en actio n ? Je l'ai di t , le m ot de
sympathie n 'est qu 'un voile à notre ignorance sur
les rapports des organes les uns avec les autres. Les
vomissemens produi ts par
l'érésipèle,
le phlegmon,
la pleurésie , la péripneumonie , etc. , sont donc , le
plus
souvent,
un effet absolument analogue à l 'aug
mentation d 'act ion du cœur, qui détermine la f ièvre.
Ils ressem blent au troub le cérébral d où naît le délire ,
trouble qui est bien plus r a r e , etc . Tous ces phéno
mènes indiquent que les autres organes se sont res
sentis par contre-coup de l 'état de celui qui est af
fecté , etc. Le s m éde cins qui n'o nt point envisagé tous
ces phén om ènes d 'un e m anière g rand e et générale , ont
rétréci leur tra i tement dans des bornes trop étroites.
Autrefois on avoit beaucoup égard au trouble sym
pathique du cœur , e t on saignoit beaucoup dans
l ' invasion des maladies; depuis quelques années on
a spécialement égard au trouble sympathique de l 'es
tom ac , e t on émét ise f réquem m ent : pe ut- ê t re , dans
quelque temps , on fera plus d 'a t tention aux pesan
teurs de tê te , aux douleurs de ce t te région, à
l'in
somnie , aux somnolences , e tc . , qu i son t des sym
ptôm es sym pathiques t r ès -c om m u ns , e t on dirigera
le tra i tement du côté du cerveau. Dans ces variétés,
les médecins judicieux envisageront tous ces phéno
mènes d 'une manière générale; i ls verront dans tous
une
preuve de cet accord général qui coordonue
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 8 c ;
toutes les fonctions les unes aux autres , qui les
enchaîne toutes , et qui par là même enchaîne leurs
dérangemens ; ils verron t chaque organe se sou leve r ,
po ur ainsi d ire , co ntre le mal qui s'est in t rodui t
dan s l 'éco no m ie , chacu n réagir à sa m an ière ; ils ver
ront ces réactions produire des effets tout différons,
suivant l 'organe réagissant, la fièvre naître de la réac
t ion du cœur , le délire , l 'assoupissement, l insom-
n i e , les convulsions, etc. de celle du cerveau, le vo
missement de celle de l 'estomac , la diarrhée de celle
des intestins, les embarras gastriques et intestinaux ,
les saburres de la langue de celles des membranes
muqueuses , les débordemens de bile de celle du
foie , ' etc. Ainsi dans une machine où tout se tient,
où tout se lie , si une pièce est dérangée , toutes les
autres se dérangent aussi. Nous rir ions du machiniste
qui ne s 'a t tacheroit qu 'à raccommoder une de ces
pièces, et qui négligeroit de réparer le dérangement
local d'où naissent tous ceux que présente la ma
chine. Ne r ions pas du médecin qui ne combat qu 'un
symptôme isolé , sans attaquer la maladie dont il ne
connoît souvent pas le principe , quoiqu'il sache que
ce principe existe ; mais rions de lui , s 'il attache à
son trai tement une importance qui est
n u l l e ,
com
parée à celle du mal.
A près l 'estom ac ce sont les intes tins qui sont le plus
souvent affectés sympathiquement dans les maladies.
L a vessie est le m uscle o rgan ique qu i ressent le m oin s
facilement les influences qui partent de l 'organe ma
lade : cela arrive quelquefois cependant. Dans les
fièvres , on sait qu e les réte ntio ns d'u rin e par pa ra
lysie
.sympathique
et momentanée , ne sont pas très-
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3 0 0 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
rares
;
les incon tinences se rem arq ue nt m oins souvent. '
Caractère des Propriétés Vitales.
O n
voit ,
d 'après ce que nous avons
d i t ,
que les
propriétés vitales sont très-actives dans les muscles
organiques , surtout sous le rapport de la contracti
l i té.
Ces muscles sont
réellement,
pendant la v i e , en
permanence d 'ac t ion : ils reçoiven t avec u ne extrême
facilité les influences des autres organes. Leurs pro
priétés vitales s 'altèrent avec la plus grande prompti
t u d e , surtout celle que je viens d' indiquer; car la
contractili té insensible y est rarement altérée , parce
qu'elle n y joue pas un rôle essentiel. Remarquez en
effet que les dérangemens maladifs d'un organe por
tent toujours sur la force vitale dominante dans cet
organe. La contractili té animale est fréquemment
altérée dans le système précédent ; dans celui-ci,
c 'est la con tractili té orga niqu e sensible. A u con
traire, l ' insensible ou la tonicité l 'étant très-peu, les
phénomènes auxquels elle préside restent toujours
à peu près les mêmes ; ' la nutrition est toujours uni
form e ; les lésions du tissu m us cu lai re sont rares ;
qu an d elles ar r iv en t , c 'est plutôt par com m unication,
co m m e d an s les cancers de l 'estom ac , où la maladie
co m m en ce s ur la surface m uq ue us e , et où les fibres
charn ues n e s 'affectent qu e con séc utiv em ent. Le cœur
et la m atr ice son t les m us cle s les plu s sujets à ces
altérat ions
morbifiques
; encore dans le premier ap
part ien nen t-el les plus souv ent à la m em br an e interne
qu'aux f ibres charnues el les-mêmes. Au contraire ,
dans les systèmes où la contractili té organique
seiv-
sible est sans cesse en ac tio n, co m m e dan s le cuta né,
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D E L A V I E O R G A N I Q U E .
3t)l
le
s é r e u x ,
etc. où elle préside et à la nutrition et à
l ' exhala t ion,
dans
le gla nd ule ux , le m uq ueu x , e tc . où
elle
dé te rm ine et
la sécrétion et
la nu tr i t i on , e tc . , c est
elle spécialement qui est altérée. De ces dérangernens
naissent les altérations de tissu , les maladies oroani-
ques proprem ent d i tes, qui sont aussi com m une s dan s
ces systèmes , qu'elles sont rares dans ceux où la con
tractili té inse ns ibl e, très-obscure , n e se trouve qu 'au
degré nécessaire à la nutrition.
C'est à cela aussi qu'il faut rapporter la rareté des
inflammations aiguës de ce système. Autant dans le
c u t a n é , le séreux , le m uq ue ux , e t c . , cette affection
est f réquente , autant ce lui-c i , dont les fonct ions
naturelles nécessitent peu de tonicité, la présente
rarement. Ceux qui ouvrent beaucoup de cadavres ,
savent que presque jamais on ne trouve le tissu du
cœ ur enflamm é. R ien de plus com m un que les phleg-
masies de la membrane externe ou séreuse , et de la
membrane in te rne ou muqueuse de
l ' e s tomac ,
des
intestins , etc. ; mais rien de plus obscur , rien de
moins observé que celle de leur tunique charnue.
Dans le rhumatisme il y a bien quelquefois , lorsque
les douleurs cessent autour des ar t iculat ions, des
coliques violentes , des vomissemens spasmodiques
même , indices peut-être d'une affection aiguë des
fibres stomacales ou inteslinaîes; mais on ne trouve
jamais de traces de ces affections : on ne voit point
le tissu musculaire présenter ce rouge vif des organes
muqueux , cutanés ou séreux enflammés ; au moins
je ne l 'ai jamais observé.
Les médecins n'ont point fait assez attention à
la différence des inflammations suivant la différence
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3 9 2 S Y S T È M E M U S G U L A Ï R E
des systèmes ; mais surtout ils n 'ont point assez re
m ar qu é qu e cette différence s 'accorde parfaitem ent
avec celle de la tonicité ou contractilité organique in
sensible ; que là où cette force vitale est la plus carac
térisée , les inflammations ont plus de tendance à se
faire , parce que c'est elle qui préside à leur forma
tion ; parce que ces affections supposent son exal
tation ; comme les convulsions supposent l 'exaltation
de la contracti l i té animale, comme les vomissemens,
les batte m en s accélérés du cœ ur , sup pos ent celle de
la contracti l i té organique, e tc . Je ne saurais trop le
répéter , les maladies les plus fréquentes à chaque
système , mettent toujours en
j e u ,
exaltent ou dimi
nuent la force vitale prédominante dans ce système.
C'est un aperçu pathologique
n o u v e a u ,
qui peut
être fécond en résultats.
A R T I C L E Q U A T R I È M E .
Phénomènes de Faction du Système mus
culaire de la Vie organique.
V J E S phén om ènes son t , com m e dans le système pré
cédent, relatifs à l 'état de contraction, ou à celui de
re lâchement .
§
I
e r
.
Force des Con tractions.
Elle n'est jamais susceptible de s'exalter au point
où atteint quelquefois la force des muscles de la vie
animale. Entre le pouls le plus fort et le pouls le plus
fo ib le ,
entre le jet affoibli qui précède certaines ré
tentions d 'ur ine, e t le je t de l 'homme le plus vigou
reux, i l y a bien moins de différence qu'entre la
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D E L A V I E
O R G A N I Q U E .
393
lang ueu r des muscles volontaires de cer taines fem m es,
et l 'énergie de ceux d 'un maniaque, d 'un homme en
colère, etc. Le cœur et le deltoïde sont à peu de
choses près égaux sous le rapport de leur masse char
nue : or que deviendrait la circulation, si le premier
poussoit q uelq uefo is le sang avec la force qu e le second
emploie à é lever le membre supérieur? Un accès de
co lè re , de ma ni e, e tc . , suffiroit pour produ ire des ané-
vrismes, e tc . D'un autre côté les muscles organiques
ne sont point atteints de ces prostrations de force si
co m m un es da ns les autres ; les paralysies leur son t
étrangères, parce qu'ils sont hors de l ' influence cé
réb ral e. H y a bien q uelque chose qui répo nd au x
con vuls ions : ce son t les agitations irrégu lières qu i
déterminent tant de variétés dans le pouls des fiè
vres aiguës, agitations qu'il faut bien distinguer de
celles produites par un vice organique du cœur;
m ais ces agitations sont toutes différentes des sp asmes
des muscles volontaires ; i l n 'y a même aucune ana
logie.
Il n 'y a point dans la force de contraction des mus
cles qui no us oc cu pe nt, les déchets qui sont si rem ar
quables dans celle des autres muscles; l 'effort est à
peu près proportionné à la cause agissante, et la dis
tinction de cette
fo rce ,
en absolue et en effective ,
ne sauroit s'appliquer ici : seulement il faut plus ou
moins d'énergie contractile, suivant que le corps à
expulser d'un muscle creux, est solide ou fluide.
Voilà pourquoi les gros intestins sont pourvus de fi
br es longitu din ales p lus caractérisées qu e celles des in
test ins
grêles;
pourquo i le rectum
surtout,
où les excré
mens ont leur maximum de
solidi té ,
présente ces
fibres
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3 9 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
d'une manière encore plus marquée que le colon et
le
c œ c u m ,
quoique sous une forme différente; pour
quoi dans les diarrhées la plus foible contraction suffit
po ur évacuer les intes t ins, tandis que po ur rendre des
ex cré m en s très-solides, la co ntractili té organique sen
sible du rectum étant souvent insuffisante, il faut que
les muscles abdominaux aident beaucoup à l 'expul
sion; pourquoi quand un corps dur est introduit dans
l 'esto m ac, et que les sucs gastriques ne le ramollissent
p a s ,
il y reste long -tem ps avan t d'ê tre ex pu lsé , et y
détermine un poids incommode , e tc . , e tc . On
sait
avec quelle rapidité se fait le passage des boissons de
l 'estomac dans les intestins, combien au contraire les
alimens solides séjournent dans le premier, etc.
La force des muscles organiques est incomparable
ment plus grande dans les phénomènes
delà
vie, que
dans nos expériences. Une fois mis à découvert , le
cœur ne communique plus que des mouvemens foi-
b l e s ,
et le plus souvent irréguliers. Il n'y a aucune
proportion entre la force nécessaire pour déterminer
le jet, quelquefois de sept à huit pieds, qu'offre le
sang sortant de la carotide ouverte dans un chien, et
la force de s
contractions
que dé te rm in en t les plus forts
excitans appliqués sur le cœur extrait du corps. Rien
n'égale dans nos expériences la force de contraction
nécessa ire au vomissement , e tc . , e tc .
O n a mult iplié dans les m uscles orga niqu es, comme
dans les précédens, les calculs sur la force de con
traction , et l 'on a eu les mêmes variétés de résultats.
Peut-on calculer en effet les degrés d'un phénomène
que mille causes font à chaque instant
varier,
non-
seulement
dans les divers individus, mais encore
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D E L A V I E O R G A N I Q U E .
395
dans le même; que le sommeil , la digest ion, l 'exer
c i ce , le repos, le calme de l 'ame, l 'orage des pas
s i o n s ,
le jour , la nui t , tout , en un mot , modif ie
sans cesse. Je ne sais si nous digérons deux fois dans
la même période, s i les
-urines
séjournent deux fois
le même espace de temps dans la vessie, avant d'en
être expulsées, si leur jet est deux fois exactement
égal , e tc .
Souvent la force des muscles organiques reste dans
son degré ordina ire , augmente même, tandis qu 'un
affoiblissement général s'empare des autres. La force
du pouls, les vomissemens, les diarrhées, e tc . , coïn
cidant avec une prostration générale des muscles de
la vie an im ale , ne sont point un phéno m ène rare
dans les maladies.
§ I I .
Vitesse des Contractions.
Elle v arie sing ulièrem ent : très - rapides dan s les
expériences, lorsque la mort est récente et que
les
excitans sont très-forts, les contractions sont en gé
néral plus lentes dans l 'état naturel; on diroit que
c'est l ' inverse de la force: souvent à l ' instant où l 'on
ouvre le péricarde, le cœur se meut avec une vitesse
qu e l 'œil peu t à peine sui vr e, si on injecte su rtou t u n
fluide irritant dans ce sac séreux, un peu avant que
de mettre l 'organe à
découvert,
etc. Les contractions
augmentent beaucoup de vitesse dans cer taines ma
ladies : celles du c œ u r, par ex em pl e, acquièrent alors
dans l 'adulte une rapidité souvent très-supérieure à
celle qu 'elles offrent da ns le pre m ier âg e; cette vitesse
est aussi dans ce cas entièrement distincte de la force
des contractions; i l est rare même que ces deux
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3 9 6 S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
choses se trouvent réunies au plus haut point. En
gé né ra l , qua nd la force du cœ ur est ac cru e, il y a
bien un peu plus de vitesse ; mais très-souvent il y
a diminution de force avec augmentation de vitesse,
ou
la
force reste la même, la vitesse étant beaucoup
augmentée .
Nous avons vu que les muscles volontaires avoient
en général un degré de vitesse au-delà
duquel
ils ne
peuvent aller, et que cette vitesse lient à la constitu
t ion pr imi t ive . Le même phénomène ne
s'observe-
t-il
point ic i? Souvent dans deux fièvres dont les
symptômes sont les mêmes, dont le degré d in ten
sité semble être exactement uniforme , le pouls est
infiniment plus fréquent dans un individu que dans
un autre. Cela ne dénote pas toujours une différence
dans la maladie , mais dans la consti tut ion pr imitive,
une apti tude de l 'un des deux cœurs à se contracter
be au co up plus vite sous le mê m e ex citan t. Q ui ne sait
q u e , dans les ex pé rien ces , la rapidité contractile est in
finiment variable sous l ' influence des mêmes causes?
Chaque muscle organique a son degré de vitesse;
le c œ u r , l ' es tom ac, les in te s t in s , la vess ie , e tc . , dif
fèrent singulièrement sous ce rapport.
§
I I I .
Durée des Contractions.
Le cœur ne reste jamais en permanence de con
traction, comme cela arr ive souvent aux muscles vo
lontaires. Quoique la faim semble prouver
le
contraire
dans l 'estomac et les intest ins, cependant ce phéno
mène n 'es t point contradic toire : en ef fe t , la con
traction permanente des viscères gastr iques vides,
est un résultat de la contractili té de tissu. Toutes
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 397
les
fois que la contractilité organique sensible y
est
mise en jeu, i l y a alternative de contraction et de
dilatation; cette alternative caractérise même essen
t ie l lement cet te dernière propriété , e t la dist ingue
de la contractilité animale et de celle de
t i s s u ,
où
l 'é ta t de contraction est souvent permanent.
§
I V -
État du Muscle en contraction.
Tous les phénomènes indiqués pour les muscles
volontaires, sont presque applicables à ceux-ci, tels
que
l'endurcissement,
l 'augmentation en épaisseur ,
la d iminut ion en longueur , l ' express ion du sang,
e t c . ,
etc. Mais il y a quelques différences entre le
cœur et les muscles gastriques, sous le rapport du
mode contractile. En effet, on voit très-sensiblement
dans le premier , i ° . des contractions de totalité ana
logues à celles des muscles volontaires, contractions
qui ont lieu dans l 'état de santé, qui déterminent la
projection du sang, et qu'on produit facilement dans
les expériences, quand les animaux sont encore vi-
vans ; 2
0
. des oscillations multipliées qui s'emparent
des fibres, qui les agitent toutes sans produire aucun
effet sensible, sans resserrer la cavité, sans projeter
le sang par exemple. Ces oscillations s'observent à
l ' instant de la mort, quand le cœur va cesser d'être
contractile ; on a beau l ' irr iter a l o r s , il n'y a plus
de contractions de total ité ; qu oiq u'un e vibrat ion
générale et ex trê m em en t manifeste se soit e m parée
de
ses
fibres, cependant sa cavité n'est point rétré-
c ie ;
le sangy stagne. Le cœur ressemble parfaitement,
sous ce double rapport , aux muscles volontaires; i l
est agité, comme on le voit pour ces muscles dans le
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3 9 8 S Y S T È M E M U S C U L A T R E
f r isson, dans ce qu 'on nomme horr ip i la t ion, comme
on l 'observe encore dans certains muscles soucutanés
chez quelques individus. J 'a i déjà vu , par exemple,
plusieurs personnes affectées d'un frémissement ha
bituel d 'un e po rt ion d u soléa ire , f rémissement très-
sensible à l 'œil à travers la peau, et qui n'avoit rien
de commun avec la contraction nécessaire à l 'exten
sion du pied.
Les muscles involontaires de l 'abdomen ne pré
sentent jamais ce double mode de contraction. Au
lieu des mouvemens brusques, subits e t de total i té ,
on n 'y voi t qu 'un resser rement
lent,
peu apparent
même souvent ; c 'es t une espèce de ramper ; i l n 'y
a pas
m ê m e ,
à proprement par ler , de contraction de
to ta l i t é , com m e celle du cœ ur où tou tes les f ibres
d 'une orei l le t te ou d 'un ventr icule se meuvent en
même temps; chaque plan charnu paroît ici successi
vement agir . Placé à l 'origine des gros
vaisseaux,
la vessie ou l 'estomac seraient incapables de commu
niquer au sang ces mouvemens par saccades, que
nous offre le jet d 'une artère à chaque contraction.
D'un autre côté , à l ' instant où le mouvement f ini t
dans l 'estomac, les intest ins et la vessie , on n 'y
voit jamais ces oscillations, ces vibrations qui sont
presque constantes dans le cœur et les muscles vo
lontaires , et qu 'on pe ut m êm e y faire na ître à son
gré.
§ V> M ouvemens imprimés par les M uscles
organiques.
I l n 'y a presque jamais de mouvemens simples
dans ces muscles; l 'entrecroisement divers de leur
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D E L A V I E O R G A N I Q U E .
399
plan charnu fait qu'ils agissent presque toujours en
tro is ou qu at re sens différons sur les sub stances qu 'ils
renferment. On ne peut r ien dire de général sur ces
m ou vem en s qui com posent la diastole du cœ u r, l 'agi
ta t ion
péristallique
du tube al imentaire , le resserre
ment de la vessie , e tc . Chaque muscle a son méca
nisme qui appartient à l 'histoire physiologique de la
fonction à laquelle il concourt.
§
V I.
Phénom ènes du relâchement des Muscles
organiques.
Dans le relâchement des muselés organiques , i l
survient en général des phénomènes opposés aux pré
cédens. Il est donc inutile de les exposer ; mais il
se
présente ici une question à
examiner,
celle de savoir
quelle est la nature de cet état qui succède à la con
traction , et qui alterne avec elle.
D an s les m uscles de la vie an im ale , lorsque la con
traction cesse, ce n'est pas en général le muscle lui-
même qu i revientà son état antécédent d 'extension;
il y est ram ené par son antagoniste : par ex em p le ,
lorsque le biceps s'est contracté pour fléchir lâvant-
b r a s , et que sa contraction
cesse,
il dev ient passif; le
t r iceps se met tant a lors en mouvement , Fétend et le
ramène à sa position naturelle, en agissant d'abord
sur les os qui communiquent le mouvement à ce
muscle . Chaque puissance musculaire de la vie ani
male trouve donc dans celle qui lui est opposée une
cause de retour â l 'état qu'elle avoit quitté pour
se
contrac ter .
H
n'en est pas de même dans la vie
orga
nique :
ses
muscles , qui sont tous creux, n 'ont point
d 'antagonis tes . N o u s avons
bien
considéré jusqu'à un
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4 û O
S Y S T È M E M U S C U L A I R E
certain point comme tels , les substances contenues
dans les muscles creux, substances qui s 'opposent à
l 'effet de la contraction; mais incapables le plus com
munément de réagir après avoir é té comprimées , à
cause de leur défaut d'élasticité, ces substances ne
sauroient faire le même office que les véritables anta
gonistes.
La plupart des physiologistes ont admis comme
cause de dilatation, l 'entrée des substances nouvelles
qui remplacent, dans les cavités musculaires, celles
expulsées par la contraction : ainsi l 'abord d'un sang
nouveau dans le
cœur,
des alim en s da ns les portions
diverses
du tube a l imenta i re , a-t-il été envisagé com me
propre à dilater ces organes ; en sorte que dans cette
opinio n les m uscles seraien t pu re m en t passifs pendant
qu'ils s 'élargissent. Mais les considérations suivantes,
dont quelques
a u t e u r s ,
et Grimaud en particulier ,
o n t
déjà
présenté plu sie ur s, ne pe rm ette nt point de
considérer sous ce rapport la dilatation des muscles
organiques, cel le du cœur en part iculier .
i ° . Lorsqu 'on met un muscle creux à découver t ,
le cœur, l 'estomac ou les intest ins, e tc . , e t qu 'on le
vide entièrem ent d es substances qu' i l co nt ien t , il se
contracte et se di la te a l ternativement comme quand
il est
p l e in ,
si
on
vient à y appliquer un stimulant ex
térieur. 2°. Si on vide par des ponctions tous les gros
vaisseaux qui vont au cœur, ou qui en partent , de
manière à l 'évacuer entièrement, ses di la tat ions et
contractions al ternatives continuent encore pendant
u n cer ta in tem ps. 3° . P ou r juger compara tivement
du degré de force de la co ntr act ion et de la dilatation,
on peut extraire deux cœurs à peu près égaux en
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 401
volum e, de deu x anim aux vivans
;
placez tout de suite
les doigts d'une main dans les oreillettes ou les ven
tricules du premier, et embrassez avec l 'autre main
l 'extérieur du second : eh b ie n vous Sentirez que ce
lui-ci fait un effort aussi considérable en se dilatant,
que l 'autre en se contractant. Ce fait, déjà observé par
Pechlin, est d 'autant plus remarquable, que souvent
l 'effort de dilatatio n est su pé rieu r à celui de co ntra c
t ion. J 'a i même observé , en répétant ce t te expé
rience, que quelque effort qu'on fasse avec la main,
on ne peut empêcher l 'organe de se dilater. 4°". L ' e x -
tensionetle resser remen t alternat fs,d où naît le m ou
vement vermiculaire des intest ins, se voit pendant
la faim , lorsqu'on ouvre le ventre d 'un anim al. 5° . L a
dureté du tissu musculaire organique est aussi mani
feste pendant la dilatation que pendant la vacuité.
6 ° .
J'ai observé plusieurs fois, à l ' instant où j ' irritois
le cœur avec la pointe d'un scalpel, qu une dilatation
en
éloit
le premier résu lta t , et que là contraction n é -
toit que consécutive à cel le-ci . I l
arrive
en général
plus souvent que la contraction commence le mouve
ment dans les expér iences; mais cer ta inement , le
muscle étant en repos, souvent c 'est une dilatation
qui se manifeste la première.
Il paroît donc très-probable que la dilatation des
muscles organiques est un phénomène aussi vital que
leur co ntr acti on ; q ue ces deu x états se t iennent d 'u ne
manière nécessaire; que leur ensemble compose le
mouvement muscula i re , dont la contrac t ion n 'es t
qu 'une part ie . Qui ne sai t même si chacune ne peut
pas être troublée
isolément,
si à une contraction ré
gulière ne p eut pas succé der un e dilatation irrég ulière ,
1 1 .
26
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4 0 2
S Y S T È M E M U S C U L A I R E
et réciproquement? Qui sai t s i cer taines al térat ions
da ns le pou ls ne tien ne nt pas au x lésions de dilatation ,
et d 'a ut res à celles de co n tra ct io n ? Je suis loin de
l 'assurer : car e n m éde cine
il
ne faut pas des présom p
t i o n s , mais
des ce r t i t ud es , po ur fixer notre
croyance
;
mais je dis qu on peut faire de ce point un objet de
recherches.
Il paroît que quelquefois les muscles volontaires
sont aussi le siège d'une véritable dilatation active.
i ° .
Mis à dé co uv ert , e t extrai t du co rp s, u n muscle se
contracte , e t ensuite se di la te , sans qu'aucune cause
le ramène à cet é tat de dila tat ion. 2°. Dans une am
pu tat io n , on voit sou ven t su r le m oig no n le bout des
fibres divisées s'alonger et se raccourcir alternative
m e n t ; double mouvement qui paroît ê tre également
vita l. 3 ° . D an s plusieu rs espèces de conv ulsions où les
m em bre s se ro idiss ent , dans ce lles , par exem ple , qui
accom pagn ent la plu part des accès hysté r iqu es, il pa
roît qu'il y a une dilatation active très-prononcée
:
en
plaçant en effet la main sur les muscles qui devroient
alors être relâchés, d 'après la disposition des parties,
on sent une dureté aussi considérable qu 'en
tâtant
les
muscles contrac tés , e tc .
Il y a beaucoup de recherches à faire sur ce mode
de dila tat ion de nos part ies, mode qui n 'est pas sans
doute exclusivement borné au système muscula i re ,
mais qui paroît appartenir encore à l ' i r is , au t issu
spongieux des corps
c a v e r n e u x ,
aux mamelons , e tc .
Tous ces organes se meuvent en se di la tant très-ma
nifestement; le resserrement y succède à l 'expansion,
comme dans les muscles ordinaires le re lâchement
à la con tractio n. C'est l 'expan sion qui est le phén o-
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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 4o3
m ène pr inc ipa l . Peut-ê t re aussi q u e , com m e quelques
modernes l 'ont d i t , les gonflemens subits du tissu
cellulaire , qui accom pagnen t les con tusio ns, les me ur
tr issures , e tc . , sont un résulta t de ce mode de mou
vement .
A R T I C L E
C I N Q U I È M E .
Développement du Système musculaire de
la Vie organique .
J_J E
système musculaire organique est absolument
l ' inverse du précédent, sous le rapport du dévelop
pement. Autant celui-ci est peu caractérisé dans les
premie rs t e m p s , autant l 'accroissement du premier
est précoce. Suivons-le dans tous les âges.
§ I
e r
.
État du Système musculaire organique
chez le Fœtus. JS
D è s les premiers jours de la conception, le cœur
est déjà fo rm é; il offre le p re m ie r, com m e on l'a di t ,
un point en
mouvement, punctum saliens.
Les re
cherches de divers auteurs , de
Halleren
part iculier ,
ont mis en évidence les progrès successifs de son ac
croissement dans les premiers temps. Un peu plus
tardifs à se former, les muscles de l ' intérieur de l 'ab
domen sont cependant développés bien avant ceux
q u i fo rm en t les parois de cette cavité. C'est le volum e
des i n tes t ins , de l ' es tom ac,
delà
vessie , e tc . , presque
autant que celui du foie , qui donne à la cavité où se
tro uv en t ces viscères , la capacité remarquab le qu elle
présente alors.
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4n4
S Y S T È M E M U S C U L A I R E
Uniformes à peu près à cet âge, sous le rapport de
leur propor t ion de volume, tous les muscles orga
niques ne le sont pas autant sous celui de leur tissu.
Le cœur est manifestement plus ferme et plus dense
q ue t ou s les au tres ; sa te x tu re est très-caractérisée.
Molles et lâches, les fibres stomacales,
intestinales'et
vésicales, ressem blen t ex acte m en t à celles des muscles
de
la
vie anim ale : peu de sang les arrose à propo rtion
de celui qui doit y pénélrer dans la suite . Au con
traire , denses et serrées, les f ibres du cœur ont une
énergie d 'act ion proport ionnée à cel le que dans la
suite elles doivent avoir. Leur rougeur est tout aussi
m ar q u ée ; auta nt de sang les p én èt re , e t les nou rr i t par
conséquent. Cette rougeur du cœur, analogue chez
F adulte à celle des m uscles vo lon taire s, con traste à cette
époque avec la pâleur remarquable de ceux-ci . Au
r e s t e ,
el le présente , comme dans toutes les autres
parties
pii el le existe , une te inte foncée, due à l 'es
pèce
desangqui
la produi t .
On conçoit facilement la raison de cette quantité
de sang qui pén ètre le c œ u r, p uisqu e cet org an e, t rès-
ac ti f a lors dan s ses m o u v em en s,
a
besoin de beaucoup
d e
f o r c e ,
tandis
q u e ,
p resque
i m m o b i le s ,
les autres
en nécessi tent peu.
Cependant on a exagéré la contracti l i té organique
sensible du cœur dans le fœtus et dans le premier
â g e , sans doute à cause de la rapidité extrême que la
circulat ion présente alors.
Cetle
rapidi té dépend au
tan t de l 'activité des forces ton iqu es d u systè m e capil
laire général, que de celle du cœur : car une fois
parvenu dans le système
capi l la i re , le
sang est hors
de l ' inf luence du cœur, comme nous l 'avons vu; le
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4 ° ^
séjour q u 'i ly fait est absolument dépendant des forces
de ce système lui-même : or très-actives a l o r s , ces
forcesy précipitent le cours du sang, et le rejettent da ns
le système veineux, d 'où i l arr ive au cœur. L'excita
bilité de celui-ci seroit double, tr iple même, que si
le sang ne lui abordoitqu'avec lenteur , i l ne pourroit
entretenir un pouls rapide et en même temps con
t inu . Ha l le r s'est laissé entraîner à cette opinion par
celle où il étoit que le cœur est l 'agent d'impulsion
unique du sang circulant même dans les peti ts vais
seau x. D 'a ill eu rs , i l est hors de do ute que la con trac
tilité organique sensible du cœur est moins facile à
être mise en jeu chez le fœtus par les expériences, et
qu 'e l le est aussi beauco up m oins durab le . Alors
les
ex
citans les plus forts ont moins de prise sur elle un
instant après la
mort ,
que ceux qui ont le moins d'é
nergie n'en offrent sur le cœur d'un animal qui a vu
le jour. J'ai vérifié plusieurs fois ce fait sur des fœtus
de cochons-d ' inde . Comparée à ce l le des muscles
vo lon taire s, la m otilité du cœ ur est sans do ute rem ar
qu able chez le fœtus ; mais comparée à ce qu'elle sera
après la naissance, elle est peu caractérisée.
Il en est absolument de même de la contractili té
de l 'e st om ac , de la vessie et des intes tins ; le plus co m
m un ém en t on ne peu t dé te rminer aucun m ouvem ent
dans ces muscles par les stimulans. Le cit .
Léveillé
a
fait
déjà
ces observations importantes; i l a aussi re
marqué que l 'urine séjournoit dans la vessie, et le
méconium dans les gros intestins , sans produire une
contraction suffisante pour les expulser. Je ne crois
pas cependant qu ' i ly a i t pendant la vie une immobi
lité parfaite de s viscères ga st riq ue s, et voici po urq uo i
;
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4 o 6 S Y S T È M E
M U S C U L A I R E
le p lus communément le méconium ne se rencontre
que dans les gros intestins; i l faut donc qu'il s 'y
f o r m e , s'il
y a im m ob ilité des mu scles g astriques : or
il est beaucoup plus probable qu'il est un résidu de
la bi le , de tous les sucs muqueux, e tc . ; que par con
séquent il a été successivement poussé par une action
len te de la pa rtie su pé rieu re v ers l ' inférieure des voies
a l imenta i res .
La mollesse des muscles organiques rend leur ex
tens ibilité d e tissu très-pronôncée à cette é po qu e. J 'ob
serve cependant que le cœur des cadavres de fœtus
ne présente point ces variétés sans nombre de volume
que celui de l 'adulte nous offre dans le côté droit,
suivant les divers genres de morts .
§ 1 1 . Etat du Système musculaire organique
,
pendant l accroissement.
L es prem iers jours de l 'existence sont m arqués par
un m ou ve m en t intér ieu r , aussi pro m pt à se m anifester
que l 'extér ieur dont nous avons parlé . La succion du
lait, l 'évacuation des ur in es , celle du m éc o n iu m , e tc . ,
sont les indices de ce mouvement intér ieur général ,
de cette agitation presque subite de tous les muscles
involontaires.
Ce n 'est pas
le
cerveau qui , entrant en action à la
naissance, détermine la contraction de ces muscles,
puisque, comme nous l 'avons dit , i ls échappent cons
tamment à son empire ; ce la pa ro î t dépendre , i ° . de
l ' influence sympathique exercée sur leur système par
l 'organe cutané qu'irrite le nouveau milieu où il se
t ro uv e; 2° . de l 'exc i ta t ion por tée au com m encem ent
de toutes les surfaces muqueuses, et sur la totalité de
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4°7
celle du poumon, excitation qui réagit ensuite sur ces*
m uscles ; 3 ° . de celle p rod uite par les fluides intro
dui ts dans l ' es tomac;
4°«
de l 'abord subit du sang
rou ge dans tous les m uscles jusque-là pénétrés co m m e
les au tre s de sa ng no ir ; cette cause est essentielle :
l ' i r r i tabil i té paroît en être en part ie dépendante, ou
du moins en emprunter un surcroît de force remar
quable . 5° L 'excré t ion du méconium e t de l 'ur ine
est aussi puissamment aidée par
les
muscles abdo
m in au x , qui en tre nt alors en activité avec tout le
système auquel i ls appart iennent.
Le mouvement intér ieur général qui arr ive dans
les premiers momens de l 'existence , et qui est dé
terminé par l 'activité subitement accrue des muscles
involontaires , remplit un usage important à l 'égard
de s surfaces m u q u e u se s, q u'il débarrasse des fluides
qui
les surchargent,
et dont la présence devient pé
nible . Là où les surfaces muqueuses n 'ont point au
tour d'elles de
plahs
charnus involontaires , comme
au x b ro n ch es , au x fosses nasales, e t c . , ce sont des
muscles de la vie animale, plus ou moins éloignés,
qui remplissent cet te fonction, comme, par exemple,
le diaphragme et
les in t e r cos t aux ,
qui débarrassent
par la toux la surface bronchique, et par FéYernue-
ment la surface pituitaire.
E n
s'éloignant
de l 'époque de la naissance, les
muscles organiques croissent en général moins pro
po rt ion ne llem ent qu e les autres ; ce qui rétablit,
pe u à peu l 'équilibre ent re les de u x systèmes. J e
rémarque ce pe nd an t, à l 'égard de la prédo m inanc e
d u '
premier,
qu'e l le est bien moins marquée dans
le fœtus que
celle*
du système nerve ux. Le ce rveau ,
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4 o 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E
par exemple , es t propor t ionnel lement beaucoup
plus
gros que le cœur.
Il est probable que les muscles qui nous occupent
présentent, à cette épo qu e , les m êm es variétés de
com posit ion que les a u tr e s , que la gélatine y d o
m in e su rto ut , qu e la fibrine y est m oi nd re , etc.
Peut-êlre cette dernière substance existe-t-elle, dans
les p remie rs te m p s , p lus abond am m ent
dans le
cœur
que dans les autres muscles de cette classe.
Nous avons observé deux périodes très-distinctes
dans
l'accroissement
des autres muscles : l 'une est
achevée lorsqu' i ls ont acquis leur longueur; l 'autre
l 'est lorsque leur épaisseur est complète. La pre
miè r e n a point, dans le système orga niqu e , un«
term e aussi dist inct : déjà la sta ture n 'au gm en te plu s,
que les organes gastriques et urinaires, que le cœur
s'alongent et croissent encore.
O n a considéré d 'u ne m an ière tro p générale l 'ac
croissemen t . Ch aque système a un te rm e dif férent ,
dans ce grand phénomène. Les systèmes osseux,
musculaire de la vie animale, e t ceux qui en dépen
dent , comme le f ibreux , le car t i lagineux, e tc . , in
fluencent spécialem ent la sta ture générale du co rp s:
ce sont eux qui déterminent telle ou telle taille;
mais cette taille n' influe nullement sur la longueur
des in tes t ins , sur la capaci té de l ' es tomac, du cœur ,
de la vess ie , e tc . Les systèmes glanduleux, séreux,
muqueux , e tc . , sont également indépendans de la
stature : aussi porte- t-cl le , dans ses nombreuses va
riétés ,
bien
plus sur les membres que sur
F abdom e 'n ,
la poitrine , etc. Une grande taille indique la pré
dominance de l 'appareil de la locomotion, mais nul-
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O R G A N I Q U E . 4 ° 9
lement
de ceux de la
d ige s t ion ,
de la
resp i ra t ion ,
etc.
La f in de l 'accroissement en hauteur , que nous con
sidérons d 'une manière générale pour tout le corps,
n 'es t que la fin de l 'accroissement des muscles, des os
et de leurs dépendances, et non de celui des viscères
int érie urs , qu i s'épaississent et s 'alongent enc ore .
Il est facile de s 'en co nv ain cre , en com paran t les
m uscles organiques d 'u n jeune hom m e de dix-h ui t
a n s ,
à ceux d 'un homme de t rente ou quarante .
Les muscles organiques ne paroissent point sujets
à ces irrégularités d 'accroisseme nt que les autres m us
cles et les os nous présentent fréquemment. On sait
que souvent la taille reste stationnaire pendant plu
sieurs an n ée s, et qu e tout à coup elle pren d des dim en
sions très-marquées en un court espace : ce phéno
mène est remarquable, sur tout à la suite des longues
maladies. Or, malgré ces inégalités, le cœur et tous
les autres muscles analogues croissent d'une ma
nière uniform e : la régu larité des fonctions intérie ures
auxquelles ces muscles concourent spécialement, ne
s'acco m m od ero it po int avec ces aberration s qui ne
sauroient troubler les fonctions des organes locomo
t eu r s .
D'ailleurs, si elles avoient lieu, la circulation,
la digest ion, l 'excrét ion des ur ines, e tc . , devroient
présenter des aberrations correspondantes : or, c 'est
ce qu'on n'observe pas. Le cœur et les muscles gas
triques , etc. , grossissent toujours dans l 'enfant dont
la taille reste stationnaire; i ls ne grandissent point
brusquement dans celui qui croît
tout à
cou p : voilà
po urq uo i la po itrine et le ventre d evie nne nt gros
dans le premier
c a s ,
et restent rétrécis dans le
second,
à propor t ion des membres .
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M U S C U L A I P t E
D'ail leurs , ces deux systèmes ne sont jamais
ert
rapport précis de nutrition et de force. J 'ai déjà ob
servé qu e des m uscles organ iques très - prononcés
coïncident souvent avec des muscles volontaires
très--
peu sa i l lans , e t réc iproquement .
Ne considérons donc point l ' accroissement , n i la
nu t r i t ion , d 'une maniè re un i forme: chaque sys tème
se développe et s 'agrandit à sa manière; jamais tous
ne se rencontrent aux mêmes périodes de cette fonc
t ion. Pourquoi? parce que la nutr i t ion es t , comme
tous les autres actes auxquels préside la vie, essen
t ie l lement dépendante des forces vi ta les, e t que ces
forces varient dans chaque système.
L'accroissement du système muscula i re involon
taire n'est point uniforme dans tous les organes qui
le composent . Chacun s 'agrandi t p lus ou moins , ou
se pron onc e dif férem m ent; l 'un préd om ine souvent
sur les autres d 'une manière manifeste: une vessie à
fibres charnu es trè s-m arq ué es , à colo nn es, comm e on
dit , se trouve souvent dans un sujet à estomac dé
bile, à pe t i ts in tes t in s ,
etc .
; réciproquement l 'estomac,
le cœur, e tc . , ont une prédominance souvent isolée.
§ I I I .
État du Système musculaire organique
après
Vaccroissement.
C'est vers l 'époque de la vingt-quatr ième à vingt-
sixièrtie
an n ée , qu e les m uscles organiqu es ont acquis
la plén itude d e leur dév elop pem ent. A lors la poitrine
et l 'abd om en qui les con tien nen t sont parvenus au
maximum de leur capacité . Ces muscles sont te ls
qu' i ls doivent rester .toute la vie ; ils ont une densité
bien supérieure à celle de la jeunesse ; leur force s'est
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D E L A V I E O R G A N I Q U E .
4
1 1
accrue ; leur couleur est plus foncée. En général cette
couleur est
su j e t t e ,
dans le
cœur,
à de fréquentes
v a r i é t é s ,
lesquelles se rapportent assez aux variétés
du systèm e préc éde nt. Les maladies aiguës et ch ron i
qu es on t à peu p rès sur elle la m êm e influence. Elle est
également l 'indice «des tem péram ens s an gu in , ly m
phatique, e tc . , par les te intes diverses qu 'e l le pré
sente. La couleur des fibres stomacales, intestinales,
vésicales , varie m oi ns ; leur blancheur, plus u n i
forme , est rarement influencée par les maladies.
I l ne dépend point de nous d 'augmenter , par un
exercice habituel , la nutr i t ion des muscles organi
q u es .
Les al imens pr is outre mesure, e t fa isant f ré
quemment con t rac te r
l'estomac j l'affoiblissent
au lieu
de faire davantage prononcer ses fibres, comme il
arrive par l 'exercice
constant
impr imé à un membre
su pé rieu r ou inférieur. L a vess ie, sans cesse en action
dans certaines incontinences, s 'affoiblit aussi peu à
peu, e t perd son énergie . On dirai t que ces deux sys
tèmes sont , sous ce rapport , en ordre inverse.
I l paroît que la nutr i t ion des muscles organiques,
co m m e celle des a u tr e s, est sujette à de fréquentes
variatio ns ; qu e da ns certaines époq ues ils sont plus
prononcés ; qu ' i ls le sont moins dans d 'autres. Les
m aladies influent beau cou p su r ce phé nom ène qui
prouve, comme le ramoll issement des os et leur re
tour à l 'état naturel, la composition et la décomposi
tion habituelles dont les organes sont le siège. Nous
trouvons
dans les amphithéâtres une foule de diffé
rence s sur les différons suj ets, par ra ppo rt à la te in te ,
à la d en si té , à la cohésion des muscles. O r , ce que plu
sieurs nou s
présentent
a lors en m êm e t em ps , le m êm e
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l 'éprouve souvent successivement : le même homme
a sans doute, suivant les inf luences diverses aux
quelles i l est exposé, son cœur r o u g e , d e n s e , gros
et bien nourri à une époque de la vie , foible ,
pâle ,
peu vo lum ineux
à
un e au tr e; car les organ es intérieurs
doivent éprouver les mêmes al térat ions que nous
montrent les extér ieurs. Or, on sai t combien l 'habi
tude extér ieure change souvent pendant la vie .
§ I V - État du Système musculaire organique
chez le Vieillard.
A mesure qu 'on avance en âge , le système mus
culaire qui nous occupe s'affoiblit comme tous les
au tre s : cep end ant son action est plus d u ra b le ; elle
su rv it , pour ainsi d ir e , à celle de l 'au tre .
Déjà
le vieil
la rd , presque immobile , ne se t ra îne qu 'avec pe ine
e t avec len teu r , que son p ou ls , sa d iges t ion , e tc . , ont
encore de la vigueur. Cette différence des deux sys
tèmes es t d 'autant p lus remarquable , que le temps
d'activi té du second est presque de moit ié moindre
que celui du premier; le sommeil retranche en effet
presque la moit ié de la durée des mouvemens volon
t a i r e s ,
tandis qu'il laisse les involontaires vraiment
intacts . Ce phénomène de l 'espèce de survivance des
muscles organiques aux muscles volontaires dans les
derniers temps de la vie , dér ive en grand du même
principe d'où naît en petit la lassitude qui suit la
con traction dans un m ou ve m en t isolé . Il faut un m ou
vement moins durable pour fat iguer les
muselés
vo
lo nta ires , que pou r fatiguer les inv olon taires: l 'esto
m ac vide reste long-temps co ntr ac té sur lui-mêm e sans
fa i re éprouver un sent iment pénible ,
taudis
que si
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nou s tenon s serré for temen t pe nd ant un quart d 'heu re
un corps entre nos doigts, tous les fléchisseurs sont
bientôt douloureusement affectés. Après une convul
sion
d'une
demi-heure où tous
les
m uscles locom oteurs
on t é té ro id es , tout le corps est ro m p u , com m e on le
d i t ; il ne peu t se prêter à aucu n m ou ve m en t; tandis
qu'après un accès de fièvre de six ou huit heures où
le pou ls a été v iolem m ent agité , souv ent le cœ ur con
serve le type naturel de ses contractions; il faut des
accèsrépétés pour Faffoibiir.Touscesphénomènes
des
deux systèmes musculaires prouvent manifestement
que celui de Ta vie animale se fatigue beaucoup plus
tôt ; c 'es t même
ce
qui déte rm ine son intermittence.
Est- il do nc étonn an t que , quoiqu e m oins souvent en
exercice que l 'autre , il épuise plus tôt la somme de
force-
qu e lui a don né e la na tur e ? est-il éton nan t qu e
celui-ci survive plus
long-temps?
La vie est un grand
exercice qu i use pe u à peu les organ es en
mouvement,
et qu i
nécessite
enfin leur repos
;
ce rep os est la mor t :
or , chaque organe
mobiley
arrive plus ou moins
tôt,
suivant le degré différent des forces qu'il a à dépen
ser, suivant sa disposition plus ou moins grande à se
lasser par ce grand exercice.
Cependant les muscles organiques
s'affoiblissent
peu à peu. Le pouls se
ralentit,
les digestions s'alon
gent chez le vieillard; la vessie et le rectum cessent
d'abord d'agir; puis les intestins restent inactifs; l 'es
tomac et sur tout le cœur meurent les derniers.
Long-temps avant la mort , la cohésion musculaire
s'affoiblit dans ce système comme dans le précédent;
le tissu charnu devient flasque : les parois du cœur
se so utie nn en t d 'e lles-mêm es dan s le jeune h o m m e ;
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4 4
s T
* * ? • *
M E
^ ^ ^
c u L A x
*£•**
o c
elles
s'affaissent chez le vieillard . L e sys tèm e
gas*
t r ique d 'un jeune animal tué subi tement pendant la
faim est
f e r m e , d e n s e ,
resserré sur lui-meroè
y
chë&
u n v i e u x , il
est,
dans la même c i r cons tance ,
p é u r é *
ven u sur lui-mêm e ; l ' es to m ac , les intest ins restent
beaucoup plus dilatés ; i ls sont lâches et mous :
c'e$
l e m êm e phén om ène que dans le s
musclesprécédens)
qu i v acillent sous la peau,faute decohésion.La vessk
res te toujours ample , quoique vide d 'ur ine , e tc .
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E V C i. v
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611 Bichat M.F.X.
B5Ê3a natoaie générale