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S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III

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Cil

Î C B J O

1

  Bol

^

'

D ED ALU S A c e r v o F O

115 8727

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A N A T O M I E

G É N É R A L E .

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A N A T O M I E

G É N É R A L E ,

A P P L I Q U É E

A LA PHYSIOLOGIE ET A LA

  MÉDECINE;

Par X

  A

 v . B I C  H A  T  ,

Médecin du Grand Hospice d'Humanité de Paris,

Professeur

  d'Anatomie

  et de Physiologie.

S E C O N D E

  P A R T I E .

T O M E   T R O I S I È M E .

A P A R I S ,

ChezBROssoN,  G A B O N

  et

  C

i e

,

  Libraires, rue Pierre-

Sarrazin, n°. 7, et place de l'Ecole de Médecine.

  J B Z

A

  H

X. ( l 8 0 1 . )

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P R É C I S A N A L Y T I Q U E

D E S M A T I È R E S

C O N T E N U E S

D A N S L A S E C O N D E P A R T I E .

S Y S T E M E S P A R T I C U L I E R S

A  Q U E L Q U E S A P P A R E I L S .

Considérations générales,

. D I F F É R E N C E S  des systèmes particuliers à quelques appa

re i ls ,

  d'avec

  ceuxcommunsà

  tous.

 —Caractères

 des pre

miers .

 — Leu r distr ibution dans

 les

 appareils .  Pages 1-4.

S Y S T È M E

  O S S E U X .

Rem arques générales. 5

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Formes du Système

  osseux.

Division des os.  S

§  I

e r

.  Des os longs,  — Rapport de leur position avec leurs

usages généraux. — Formes extérieures du corps et des

extrémités .

 —Formes

  intérieures.

 —Cavi.é

  médullaire.

— Sa situation

  ,

  son éîendue, sa forme. — Son usage.

  Il

  disparoîr dans les premiers temps du cal. — Il

 esc

moins long

  proportionnellement

  dans l 'enfance.

  5-io

§  I L  Des os plats.  —Rapports de leur situation et de leurs

formes extérieures avec l'usage général de tbrmer des ca

vi tés . — F ormes in tér ieures .  10-11

1 1 .

  a

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«ly P R E C I S  A- N  À-

 L V T I

  Q  V

  E

§  I I L Z?e.f  fr î  courts.  — P o s i t io n . —Formes inférieures  e t

extérieures .—Usages  g é n é r a u x .  Pages  i2 - i3

§  I V .  Des  eminences  osseuses.  ••—  Leur d iv i s ion en ce l l e s

i ° .

  d ' a r t i c u l a t i o n , 2 ° . d ' i n s e r t i o n , 3 ° . d e r é f l e x i o n ,

4

0

.

  d ' i m p r e s s i o n .

  —Remarques

  s u r c h a c u n e d e

  ces

  d i v i

s i o n s . —

  R a ppor t s de s ' s e c onde s a ve c l a fo r c e mus c u l a i r e .

— C o m m e n t c e s d e r n i è r e s s e f o r m e n t .

  13-17

§  V .  Des cavités osseuses.  •«—  Le u r d i v i s i on e n c e l l e s

i°.

  d'insertion,  2

0

.  d e r é c e p t i o n , 3 ° . d e g l i s s e m e n t ,

4 ° .  d ' i m p r e s s i o n , 5 ° . d e t r a n s m i s s i o n , 6 ° . d e n u t r i t i o n .

— R e m a r q u e s p a r t i c u l i è r e s s u r c h a q u e d i v i s i o n . — D e s

t ro i s

  espèces

  d e

 conduits

  d e n u t r i t i o n .

  1 7 - 2 0 .

, A ,R T   I C  L E D E U X I È M E .

Organisation du Système osseux.

§  I

e r

.  Tissu propre au Système osseux.  — D i v i s i o n c o m

mune de c e t i s s u .  2 r

Tissu  celluleux.  -—

 C om m e n t i l s e fo rm e . — Q ua nd il e s t

formé--r—

  D e s c e ll u le s e t d e l e u rs c o m m u n i c a t i o n s . — E x

p é r i e n c e s . 2 1 - 2 0

Tissu compacte.  —Disposition d e se s f ib r e s. — L e u r f o r m a

t i o n . — E x p é r i e n c e s p o u r  connoître  l e u r d i r e c t i o n . —

L e s l a me s o s se us es n ' e x i s t e n t po i n t . — P r e u ve s . — In

f luence du rach i t i sme sur l e t i s su compac te .  20-27

Disposition des deux tissus osseux dans les trois espèces d'os.

—   D i s pos i t i on du t is s u c o m pa c t e . — D e u x e spè c e s de

t i ssus

  celluleltx

  dan s l e s os lon gs . — Pr op or t ion d u t i s su

cellul euxcom munetc ompact edans les os cou r t s e t l a rg es .

—Même  p ropo r t i on e xa m i né e da n s le s c a v i t é s e t l e s  e m i

nences osseuses .  27-30

Composition  du tissu osseux.

  — I l a de u x ba s e s p r i n c i p a l e s .

— D e l a s ubs t a nc e s a l i no -c a l c a i r e . — Ex pé r i e nc e s .

Na t u re de c e t t e

 substance

  E x p é r i e n c e s p o u r c o n s t a t e r

l a s ubs t a nc e gé l a t i ne us e .

  —Rapports difïërens

  de c ha

c u ne de c e s s ubs t a nc e s a ve c l a v i t a l i t é . 3o - 34

§ 1 1 .  Parties communes à

 l organisation

  du Système osseux.

-— T ro i s o rd re s de va i s s e a ux s a n gu i ns . — D i s p os i t i on d e

c h a c u n . — E x p é r i e n c e s . — P r o p o r t i o n s u i v a n t

  l'âge.

  —

C o m m u n i c a t i o n . —Preuves

  de l ' e x i s t e nc e du t i s s u

  c e l l u -

hu

'

e

'  34-38

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D E S  M A T I E R E S .  l if

A R T I C L E  T R O I S I È M E .

Propriétés du Système osseux:.

§  I

e r

.  Propriétés  physiques.  — E las t i c i t é . — El le es t en

ra i son inverse de l ' âge .

  P

a

g

e

  3 Q

§ I I .  Propriétés de tissu.  — D i ve r s e xe mpl e s de  conlraclt-

lité  e t d ' e x t e ns i b i l i t é .  —-  Ca ra c t è r e de c e s p ro p r i é l é s .

39-41

§  I I I .  Propriétés vitales.  — El les son t obsc ures .  41-42

Caractère de ces propriété?.  — L e n t e u r d e l e ur d é v e l o p p e

m e n t . — L e u r in f l uenc e s u r l es m a l a d i e s .  42-45

Sympathies.

  — L e u r  caracl è re est tou jours ch ro niq ue . —

R e m a r q u e g é n é r a l e s u r l e s s y m p a t h i e s .

  43-46

Siège

  des propriétés vitales.  — L a

  substance

  ca lc a i re y es t

é t r a n g è r e . — E l l e s  n'evisteiit  qu e da ns l a gé la t ineu se . —•

E x p é r i e n c e q u i le p r o u v e . 4 6 - 4 8

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Des  articulations  du  Système  osseux.

§  I

e r

.  Division des articulations.  49

Articulations mob iles. Considérations sur leurs mouvemens.

—   i°  Op pos i t ion ; e l le e s t va gu e ou bo rné e . —  z°  C i r -

c u m d u c t i o n

  ;

  m o u v e m e n t

  composé

  de tous ceux d 'oppo

s i t io n . — 3 ° . R o t a t i o n  5 m o u v e m e n t  sur  l 'axe . — 4

0

.  G l i s

s e m e n t .

  49-63

Articulations immobiles.  — El les sont à surfaces jux ta-p o-

sées ,

  engrenées

  o u i m p l a n t é e s .

  5

 2

Tableau des articulations.

  5 3

<5  1 1 .  Considérations sur les  articulations  mobiles.  54

Premier genre.  — S i t u a t i o n . — F o r m e

  de.s

  sur faces . — L a

ro ta t ion e t l a  circumdtiction  sont en  se.us  inverse à

  l'hu

m é r u s e t a u f é m u r . — P o u r q u o i .

  54-J7

Second genre.  — F o r m e d e s s u rf a ce s . — - M o u v e m e n s .

5

7 ;

5

9

Tj-oisième  genre.  —- D i m i n u t i o n d es m o u v e m e n s . —  Sdns

dans lequel i l s ont l ieu.

  59-61

Quatrième genre.

  —Mouvements  e n c o r e d i m i n u é s .  61 -6a

Cinquième genre.

  -—

 O b s c u r i té r e m a r q u a b l e d e s m o u v e m e n s .

62-63

ii

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n)lij

  P R É C I S

  A N A L Y T I Q U E

§111.

  Considérations sur les articulations immobiles.

  — Si

tuation , formes de chaque ordre. — Rapport de la struc

ture avec les usages.  Pages  63-65

g IV.

  Des moyens d union entre les surfaces articulaires.

  65

Union des articulations immobiles.

  — Cartilages d'union.

65-66

Union des articulations

  immobiles.

  — Ligamens et muscles

considérés comme liens art iculaires.

  66-68

A R T I C L E C I N Q U I È M E .

Développement  du  Système osseux.

Remarques.

  68

g  1er.  Etat  du  système osseux pendant

  l accroissement;

ib.

État muqueux.  — Ce qu ' i l f a u t e n t e n d re

  p a r l a .

  6 8 - 7 0

Etat cartilagineux.  —  E p o q u e  et  m o d e  de son d é v e l o p p e

m e n t .  — De cet  é t a t da ns  les os  l a r g e s .  70-71

Etat

  osseux.  Ses p h é n o m è n e s .  — Son é p o q u e .

  7

I _

7 4

Progrès  de l état  osseux dans  les os  longs  }  t " .  d a n s  le m i

l ieu

  ; 2°. au x

 e x t r é m i t é s .  74

Progrès

  de

 l'état osseux dans

  les os

 larges.  —  V a r i é t é s s u i

v a n t  les o s . —  F o r m a t i o n  des w o r m i e n s

  ,

  e tc .

  75-77

Progrès

  de

 l'état osseux dans

  les os

 courts.  7 7

§ 1 1 .  Etat  du

  Système osseux après

  son  accroissement

en longueur.  —  A c c r o i s s e m e n t s u i v a n t l ' é p a i s s e u r .  —

C o m p o s i t i o n  et  d é c o m p o s i t i o n a p r è s la fin de  l ' a c c ro i s s e

m e n t  en é p a i s s e u r . —  E x p é r i e n c e s .  — E t a t  des os chez l e

v i e i l l a rd .  77-81

§  I I I .  Phénomènes particuliers

  du

  développement

  du cal,

  i°.Bourgeons

  c h a r n u s . —

  2

0

.

 A d h é r e n c e de ces b o u r

g e o n s .

  —

  3 ° . E x h a l a t i o n  de g é l a t i n e  ,  p u i s de  p h o s p h a t e

c a l c a i r e .  81-84

§

  IV. Phénomènes particuliers du développem ent des dents.  84

Organisation   des  dents.

  t

  85

Portion dure

 de la

 dent.

  —-

 É m a i l .  — E x p é r i e n c e  qui le  fait

d i s t i n g u e r  de l 'os . — S o n é p a i s s e u r .  — Sa n a t u r e . — Ré-s

f lexions

  sur son

 o r g a n i s a ti o n .

  —

  P o r t i o n o s s e u s e .

  — Sa

f o r m e .  —  C a v i t é de la  d e n t .  85-87

Portion molle de la dent.

  — Sa nature spongieuse. — Sa

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  D E S M A T I E R E S .  IX

v i v e s e n s i b i li t é. — R e m a r q u e s s u r s es s y m p a t h i e s d i

v e r s e s .  Pages  88-go

Prem ière dentition considérée avant Péruption.  — Fo l l i c u l e .

— Membraned ece

  fo ll icu le an a lo gu e au x

  s é r e u s e s . — N a

t u re a l bumi ne us e de l a r o s é e qu i l a l ub r i f i e . — M ode de

dé ve lop pe m en t de l a de n t os seuse sur l e fo l li cu le.

  -—

N o m b r e d e s p r e m i è r e s d e n t s .  9°

_

9«3

Prem ière dentition à l'époque de

  l éruption.  —

  M o d e d ' é r u p

t i o n . — A c c i d e n s . — L e u r s c a u s e s .  94

_

95

Deuxièm e dentition con sidérée avant l'éruption.  — F o r m a

t ion du second fo l l i cu le .  9^"97

Deuxièm e éruption, considérée à

  l époque

  de  l éruption.  —

Chut e de s p r e mi è re s de n t s . — P ous s é e de s s e c onde s .

97-98

Phénomènes subséquens à

  l éruption

  des secondes dents. — .

Ac c ro i s s e me n t e n l ongue u r e t e n é pa i s s e u r . — Chu t e de s

d e n t s ,

  p lus précoce que l a mor t des os . — Pourquoi . —

E t a t de s m â c h o i r e s a p rè s l a c hu t e de s de n t s .  98-100

§ V .  Phénomènes particuliers du développem ent des sésa-

moides.  100

Disposition générale des sésam oïdes.  — S i t u a t i o n . — F o r m e s .

ioo-toi

Etat  Jlbro-cartilagineux.  1 o 1 -1 03

Etat osseux.

  -—

 P h é n om è n e s de la r o t u l e . — U s a ge s de s s é

s a m o ï d e s . 1 0 2 - 1 0 4 .

S Y S T È M E

  M É D U L L A I R E .

D i v i s i on d e c e Sys t è m e .

A R T I C L E  P R E M I E R .

Système médullaire des os plats

  ,

  des os courts ,

et des extrémités des os longs.

§  1er,  Origine et conforma tion.  I l e st l ' épa no ui s se m en t des

va i s s e a ux du s e c ond o rd re .  io5-io6

§  I L  Organisation.  — I l n ' y a p a s d e m e m b r a n e m é d u l

l a i r e .  —  E n t r e l a c e m e n t v a s c u l a i r e .  106-107

§   I I I .  Propriétés.  — I l n ' y a que l e s o rga n i que s . — E xp é

riences.

  107

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SC

  P R É C I S

  A N A L Y T I Q U E

G  I V  Développement.  — Il n ' y a po i n t d ' h u i l e m é d u l l a i r e

d a n s l'enfance.  — P r e u v e s . — E x p é r i e n c e * .  Pag.

  108-109

A R T I C L E 13

  E. U X I È M E .

Système médullaire du milieu des os longs.

e  ]er.  Conformation.  Elle est comme  c e l l u l a i r e .  109-110

§ 1 1 .  Organisation.

  — L a m e m b r a n e m é d u l l a i r e n ' e s t p a s

une ex

  ans-ion

  du

  éno.ve

  — S e *

  \ v i i » e a u x .

  I I O - J I I

§ 1 1 1 .  Propriétés

  —

  Pro rié'és  ('e  (i.-su-

  —

  Propriétés

  v i -

tales

  — Se ns i b i l it é a n i m a l e . — V i t a l i t é p l u s a c t i ve qu e

dans les os .

  111-113

§ I

  Développement.

  — C o m m e n t la m e m b r a n e m é d u l

l a i re  >e form e . — L a m oe l l e de l 'enfan t e s t ab so lu m en t

d ît 1ère:  te  de c e l l e de l ' a du l t e . — P re uve s .  110-115

g  V  Fonctions.  — La moe l l e s ' e xha l e . — Se s a l t é r a t i ons .

— Ses

  rapports

  avec la nu t r i t ion de l 'os . — N éc ro se . —

La moe l l e e s t é t r a ngè re à l a s ynov i e .

  116-118

S Y S T È M E  C A R T I L A G I N E U X .

Ce qu 'on do i t e n t e nd re pa r c a r t i l a ge .

  119

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Des formes du Système cartilagineux.

£

  I

e r

.

  Form es des cartilages des articulations immo biles.

— Sur fa c e s i n t e rne e t e x t e rne . — R a ppor t s de s de ux c a r

t i la ge s c o r r e s po nda n s . — Ca ra c t è r e s pa r t i c u l i e r s de c e s

c a r t i l a ge s , da ns c ha que ge n re d ' a r t i c u l a t i ons i mmobi l e s .

1 2 0 - 1 2 4

§ I I .  Formes des cartilages des articulations imm obiles.

124-125

§   I I I .  Form es des cartilages des cavités.  12

 5-126

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système cartilagineux.

§  I«r.  Tissu propre.  — F i b r e s . — R é s i s t a n c e r e m a r q u a b l e

du t issu

  cartilagineux

  à l a pu t ré fac t ion , à l a macéra -

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D E S

  M A T I E R E S .

  Xj

t ion , e t c . — Coc t ion

  ,

  dess icca t ion de ce t i s su .

 —

  Ses

a l t é r a t i ons d i ve r s e s .  Pages  126 -128

§

  I I .

  Parties  communes.—Tissu cel lul air e.—Moyen Je  le

vo i r . — A bs e n c e de s va i s s e a ux s a ngu i ns . — V a i s s e a ux

b l a nc s . — Le ur c o l o ra t i on da ns l a j a un i s s e .  129-130

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système cartilagineux.

§ I

e r

.  Propriétés physiques.  — El a s t i c i t é . — El l e

  paroifc

due à l a s u ra bonda nc e de gé l a t i ne . — P re uve s .

  i3o-i3z

§ 1 1 .

  Propriétés de tissu.

  — El les son t t rè s - ob scu res .

I O 2 - I 3 3

§ I I I .  Propriétés vitales.  El l es son t peu m arq ué es , a ins i

q u e le s s y m p a t h i e s .  i33-i34

Caractères des propriétés vitales.

  — T o u s l es p h é n o m è n e s

auxque l s e l l e s

  président suivent

  u n e m a r c h e c h r o n i q u e .

— R e m a r q u e s g é n é ra l es

 sur

 l a réu nio n des pa r t i e s .

  104-137

A R T I C L E  Q U A T R I È M E .

Développement du Système cartilagineux.

§ I

e r

.

  Etat de ce Système dans le premier âge.

  P r é d o m i

na nc e de la gé la t ine d ans l e s p rem iers t em ps . — P ro

pr ié té qu 'on t a lo rs l e s ca r t i l ages de rougi r pa r l a ma

cé ra t ion . — Lames vascu la i res en t re l e ca r t i l age e t l ' os .

— C au se qu i ar rê te au car t i la ge les l im i tes de l 'oss if i

c a t i on . — D é ve l oppe me n t de s c a r t i l a ge s de s c a v i t é s .

*

  137-140 .

§ I I .

  Etat du Système  cartilagineux  dans les âges suivans.

— Ca ra c t è r e d if fé re n t qu e p r end la gé l a t i ne . — O s s i f i c a

t ion des car t i lages chez le vie i l lard .

  — C e u x

  des cav i t és

sont plus précoces  à s 'ossifier.

  1 4 1 - 1 4 2 .

§ 1 1 1 .  Développemen t accidentel du Système cartilagineux.

— C e  phénomène  e s t c on t r e na t u re . — Te nda nc e de l a

m em b ra ne de la ra t e à en dev eni r l e s i ège . — Ca r t i l age s

a c c i d e n te l s d é s a r t i c u l a t i o n s .  142-144

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Xi/

  P R É C I S A N A L Y T I Q U E

S Y S T È M E F I B R E U X .

4

C o n s i d é r a t i o n s g é n é r a l e s .

  ^age  145

A R T I C L E  P R E M I E R .

Des formes et des divisions du Système

  fibreux.

L es formes fib reuses se rap po r te n t à la m em b ra n eu se e t à

ce l l e en fa i sceaux .  145-146

§ I

e r

.  D es organes fibreux à formes memb raneuses.  —

Membranes f ibreuses . — Capsules f ibreuses . — Gaines

fibreuses.—Aponévroses.  146-148

§ I I .  Organes fibreux en forme de faisceaux.  —

  1 ° .

  T e n

d o n s .

  — 2 °, L i g a m e n s .

  148-149

§ 1 1 1 .  Tableau du Système  fibreux.  — A n a l o g i e d e s o r g a n e s

d i v e r s d e c e s y s t è m e . — L e p é r i o s te e s t l e c e n t r e c o m m u n

de c e s o rga ne s .  I4g- i5 i

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système fibreux.

§ I

e r

.  Tissu propre.,— N at u re pa r t ic ul ièr e du t i ssu fibreux.

— Son e x t r ê me r é s i s t a nc e . — P hé nomè ne s de c e t t e r é s i s

t a nc e . — El l e pe u t ê t r e s u rmon t é e . — D i f f é r e nc e de s

t i s sus fib reux e t m us cu la i r e . — E xp ér ien ce s sur l e ti s su

f ibreux sou m is à la m ac ér a t io n , à l 'é bu l l i t ion , à la p u

t réfact ion , à l 'ac t ion des ac ides , des sucs diges t i fs , e tc .

152-i 59

§ I I .  Parties communes.

  —T is s u

  c e l l u l a i r e . — V a i s s e a u x

s a ngu i ns . — Le ur s va r i é t é s s u i va n t l e s o rga ne s .  15g-160

A R T I C L E

  T R O I S I È M E .

Propriétés du Système fibreux.

§ I

e r

.  Propriétés physiques.

  160-161

§ I I .

  Propriétés de  tissu.

—Extensibilité.—Loi  pa r t i c u l i è r e

à l aque l l e e l le e st soum ise i c i . — Co nt r ac t i l i t é .

 —E l l e

  est

p r e s que nu l l e . — Q ua nd e l l e s e ma n i f e s t e .

  161-164

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D E S M A T I È R E S .  xiij

§ 1 1 1 .  Propriétés vitales.  —Sensibil i té an im al e. —Mo de

s i ngu l i e r de l a me t t r e e n j e u pa r l a d i s t e ns i on . — C on

séq uen ce de ce ph én o m èn e par t i cu l i e r au t is su fib reux .

Pages  164-167

Caractères des propriétés vitales.

  — L 'a c t i v i t é v i t a l e es t

p l u s ma rqué e da ns c e s ys t è me que da ns l e s p r é c ë de ns . —

I l

  paroît

  q u e le t issu f ibreux ne su p pu re

  p a s ,  167-169

Sympathies.  — Ex e m pl e s de c e ll es de s p rop r i é t é s a n i m a l e s

e t d e s o r g a n i q u e s .  169-172

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Développement du Système fibreux.

§  I

e r

.  Etat de ce Système dans le premier âge.  —  L e s fibres

m a n q u en t dan s la p lu pa r t des o rg ane s fib reux du fœ tus .

— M ollesse de ces org ane s à ce t âg e . —   Variéiés  d e

d é v e l o p p e m e n t . —— R e m a r q u e s s u r l e r h u m a t i s m e .

.

  1

7

2

"

1

7

5

§  I L  Etat du Système fibreux dans les âges suivans.  —

P hé nomè ne s de l ' a du l t e . — R o i de u r gé né ra l e c he z l e

v i e i l l a rd .  175-176

§

  I I I .

  Développem ent accidentel du Système fibreux.

  —

Diverses tumeurs p résen ten t des f ib res ana logues à ce l l e s

d e ce s y s t è m e .  176

A R T I C L E C I N Q U I È M E .

Des mem branes fibreuses en général.

§ I

e r

.  Formes des membranes  fibreuses.—Leur  doub l e s u r

f a c e .

  — Ce s me mbra ne s s on t c omme l e s mou l e s de l e u r s

organes respec t i f s . — Recherches sur ce l l e des corps ca

ve rne ux . — Expé r i e nc e s qu i p rouve n t qu ' e l l e d i f f è r e e s

sen t i e l l ement du t i s su spongieux sub jacen t . —   Autres

recherches sur ce l l e s du t e s t i cu le .

  177-181

§ 1 1 .

  Orga nisation des mem branes fibreuses.

  181-182

§ 1 1 1 .  Du  périoste  et de sa forme.  — Ses deu x sur faces . —

Le ur a dhé re nc e a ve c l e s o s .

  182-183

Orga nisation du périoste.  — D é v e l o p p e m e n t a c c i d e n t e l d e

ses f ib res dans l ' é l éphant i as i s .  —Ses  connexions avec l e s

corps f ibreux dans l 'enfance .  183-184

Développem ent du périoste.  185-186

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x iV  P R É C I S A N A L Y T I Q U E

Fonctions dupérioste.  — E n quel  sen s il sert à l 'o ssi f ic at i on .

  11 es t au tan t re la t i f au x o rg an es f ibreux q u 'a u x o s .

Pages

  186-188

Ç

  I V  Péricondre.  — E x p é r i e n c e s s u r c e t te m e m b r a n e .

3

  188

A R T I C L E  S I X I È M E .

Capsules fibreuses.

§ I

e r

.  Form es des capsules fibreuses.  — El les sont t rès -rares .

-— Disposition des deux  p r i n c i p a l e s . —  Canal  e n l r ' e l l e s

et  l eur  s> n o v i a l e .  188-190

§ 1 1 .  Fonctions des capsules fibreuses.

  190-191

A R T I C L E

  S E P T I È M E .

Gaines fibreuses.

Le ur d i v i s i on .

g

  1

e r

,  Gaines

  fibreuses

  partielles.  L e u r  forme.  —  L e u r

dispos i : ion . —   Pourquoi  les te n d o n s fléchisseurs en so n t

seu l s pourvus .

  191-193

§

  i l .

  Gaines fibreuses générales.

  iy3

A R T I C L E  H U I T I È M E .

Des

  aponévroses.

§  T

er

.

  Des aponévroses à

 enveloppe.—Leur

  d i v i s i o n .

  194

Aponévroses  a enveloppe générale.  ibid.

Formes.  — El l e s s on t a c c ommodé e s a ux  membres  , e tc .

Muscles tenseurs. Organisation.  — E x e m p l e s d e s  muscles

t e ns e u r s . — L e u r s u s a ge s r e la t if s a ux a po né v ros e s . —

Ana l og i e e t d i f f é r e nc e a ve c l e s t e ndons . — Ar ra nge -

meul  de s fibres.  195.197

Fonctions.  197-108

Aponévroses à enveloppe pa rtielle.

  — E x e m p l e s . — U s a g e s

g é n é r a u x

  de

  c e s a poné v ros e s .

  198-199

§ I L  Aponévroses

  d'insertion.

  2 0 0

Aponévroses

  d insertion

  à surfaces larges.  — L e u r  ori  i ne .

— Le ur s u s a ge s . — Le ur i de n t i t é de na t u re a ve c l e s t e n

d o n s .  —  EV J  é r i en ces . 20  1-201

Aponévroses  d insertion  en arcade.  — El l e s s on t r a r e s . —

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D E S  M A T I E R E S . 

X(

>

El les ex i s t en t l à où passen t des va i s seaux .  ~- EHog  ne les

c o m p r i m e n t p a s .  ''Pages  201-202

Aponévroses

  d insertion

  à fibres isolées.  "aoa

A R T I C L E N E  U V I  ,È  M E.

Des Tendons..

§ I

e r

.

  Formes

  des tendons.  — R a p p o r t s d e s u s a g e s a v e c

les fo rmes . — Union avec l e s f ib res charnues .  « 2o3-2o5

§ I L  Organisation des

  fendons.

  — M a n i è r e d e b i e n

  voii»

l eu rs fib res. — I l s pa ra i s sen t dé po urv us de va i s se aux

s a n g u i n s . — L e u r t e n d a n c e à s e p é n é t r e r d e p h o s p h a t e

c a l c a i r e .  205-207

A R T I C L E D I X I È M E .

Des Ligamens.

L e u r d i v i s i o n . 2 0 8

§ I

e r

.  Ligam ens à faisceaux réguliers.  D i s pos i t i on gé né

r a l e .  208-209

Ligamens à faisceaux irréguliers.  209-21 o

S Y S T È M E

  F I B R O - C A R T I l Î A G I N E U X .

O r g a n e s q u i l e c o m p o s e n t .  211

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Form es du Système fibro-cartilagineux.

Divis ion en t rois c lasses des o rga ne s .de c e s ys t è m e . — Ca

r a c t è r e s de c ha q ue c l a s s e . ,  211 - 21 a

A R T I C L E , D E U X I È M E .

Organisation du  Système  fibro-cmrtilaginéuœ.

§ I

e r

.

  Tissu  propre.^

  I h r é s u l t e ,

  Ï O .   d'une

  subs tance .

fibreuse,  2

0

.

  d'une

  c a r t i l a g i ne us e . — I l do i t sa r é s is

t ance à l a p remière , e t  «on  é las ti c i té ' à J a -s ec on de . —•

Act ion du ca lor ique , de  l 'a i r ,  d e

  l'eau

  sur le tissu fibro-

c a r t i l a g i n e u x .  — I l  rougi t pa r l a macéra t ion .*—•  Absence

du pé ric o n dr e su r la pl up ar t des f ibro-carri lages.

  2T3«-2 I

 6

Parties communes.  217

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XV]  P R É C I S A N A L Y T I Q U E

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système  fibro-cartilagineux.

§

  1er.

  Propriétés physiques.

  —Elas t ic i ié  e t  souplesse  r é u

n i e s .

  Pages

  217-218

§ I L  Propriétés de tissu.  — E x t e n s i b i l i t é . —  Elle y es t

a ss ez m a r q u é e . «-— C o n t r a c t i l i t é . — D i f f é r e n c e s d ' a v e c

l ' é l a s t i c i t é .

  218-2-19

§ I I I .  Propriétés vitales.

  —-

 E l l e s s o n t p e u m a r q u é e s .

  —.

Inf luence de l 'obscur i t é de

 cesiorces

  su r les

 proprié;és

  de s

fibro-cartilages.

  219-221

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Développem ent du Système fibro-cartilagineux.

§ I

e r

.  Etat  de ce Système, dans le premier âge.  — M o d e d e

d é v e l o p p e m e n t

  désarrois

  c l a s se s . 22 2 -2 23

§ 1 1 .

  Etat de

  ce

  Système dans les âges suivons.  — R i g i

d i té g é n é ra l e d e c es o r g a n e s . — C o n s é q u e n c e s . — O s s i

fication assez ra re des f ibro- ca rt i la g es .  223-224

S Y S T E M E " M U S C U L A I R E

D E L A

  V I

  E A N

  I M A

  L

  E .

Di f fé rence des musc les de l 'une e t de l ' au t re v ies . — Cons i

dé ra t i o ns s u r c e ux de l ' a n i m a l e . 22 4

A R T I C L E  P R E M I E R .

Des formes du Système musculaire de la

  'vie

animale.

Divis ion de ces musc les en longs , en l a rges e t

  en

  c o u r t s .

§  I

e

*.  Formes des muscles longs.  — L i e u  q u ' i l s  occupent.'

—  L e u r d i v i s io n . — L e u r i so l e m e n t e t le u r r é u n i o n .

—   Formes  pa r t i c u l i è r e s de s mus c l e s l ongs de l ' é p i ne .

c  TT  r 225-227

g

  I L  Formes des muscles larges.

  — O ù

  i ]

s

  s on t s i t ué s . —

Ep a i s s e u r . — , Fo rm e s pa r t i c u l i è r e s de s mu s c l e s l a rge s

p e c t o r a u x .  327-229

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D E S M A T I È R E S .  xvi]

§ I I I .  Formes des muscles courts.  — Où i ls s e t ro uv en t .

—  L e u r d i s p o s i t i o n .  — R e m a r q u e s  sur les t rois espèces

d é m u s e l é s .  Pages

  229-230

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système musculaire de la vie

animale.

§  I

e r

.  Tissu propre à cette organisation.  —  Disposition

en fa isce au x de ce t issu . — Sa div is ion en fibres. —«

Longue ur de s f i b r e s c ha rnue s  ,  comparée à ce l l e du

mus c l e . — Le ur d i r e c t i on . — Le ur f i gu re .

  — L e u r

  m o l

l e s s e . —  Fa c i l i t é de l e u r rup t u re da ns l e c a da v re .

  —Dif

f iculté su r le v iv a n t ,

  23o-235

Com position du tissu musculaire.  — Act io n de l ' a i r dan s l a

dess icca t ion e t l a pu t ré fac t ion .

  —Action

  de l 'eau f roide .

— M a c é r a t i o n

  et

 ses p ro du i t s . — Fa c i l i t é de la su bs tan ce

c o l o ra n t e à s ' e n l e ve r . — An a l og i e du  lissu  r e s t a n t a v e c

la fibrine du san g . — R ap po rt des forces avec ce t i ssu .

—  A c t i o n d e l ' e a u b o u i l l a n t e . — Q u e l q u e s p h é n o m è n e s

pa r t i cu l i e r s du bou i l l i o r d in a i re . — Rô t i s sag e du t is su

charnu.—Affiuitésingulière  des sucs diges t i fs pour ce t te

sor t e de t i s su .

 —Considérations

  g é n é r a l e s .

  —Influence

du se xe e t des o rg anes gé n i t a ux su r le t is su c h a rn u .  235-240

§   1 1 .  Parties com munes à

  l organisation

  de ce Système.

Tissu cellulaire.

  — M an iè re do nt i l en ve lop pe les fibres. —

S es u sa g es p o u r le m o u v e m e n t m u s c u l a i r e . — E x p é r i e n c e .

  M us c l e s g r a i s s e ux .

  2^0-247

Vaisseaux.  — A r t è r e s . — D u s a ng de s mu s c l e s . — D e l e u r

co lora t ion . — Eta t l ib re e t é t a t combiné de l a subs tance

c o l o r a n t e . — V e i n e s . — R e m a r q u e s s u r l e u r i n j e c t io n .

2 4 7 - 2 4 9

Nerfs.—Il

  n ' y a p r e s que que c e ux de la v i e a n i m a l e . — L e u r

di f férence d an s les ex ten seu rs e t da ns les f léchisseurs . —

M a ni è re don t l e s ne r f s pé nè t r e n t l e s mus c l e s .

  25o-25a

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système musculaire de la vie

animale.

§

  1er.  Propriétés de tissu.  202

Extensibilité.  — Ce t t e p ro p r i é t é e s t c on t i nue l l e m e n t e n

1 1 .

  b

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XVUJ

  P R E C I S A N A L Y T I Q U E

a c t i o n .

  —E l l e

  e s t p r o p o r t i o n n é e

  à la

 lo ng ue ur d es f ib res. -

—  Son e xe rc i c e da ns l e s ma l a d i e s .  Pages  252-255

Contractilité.  —

  P h é n o m è n e s d e s a n t a g o n i s t e s .

  —

  D i s t i n c

t i o n

 , da t s

  c e s p h é n o m è n e s , d e c e q u i a p p a r t i e n t a u x

  p r o -

pr ié iés v i t a l es

  et a

  ce l les

  de

 t i s su .

 — De la

  c o n t r a c t i l i t é

de t i s su dans l e s malad ies .

 — Étendue  et vil

 es se des co n

t r a c t i o n s .

  —

  El l es subs i s t en t après

  la

  m o r t .

  —

  Di f fé

rences es sen t i e l l e s en t re  la  cont rac t i l i t é de t i s su  et le ra

c o r n i s s e m e n t .  — L e u r p a r a l l è le .  255-263

g

  I L  Propriétés vitales.  263

Propriétés

  de la vie

  animale. Sensibilité.

  •— La

 p l u p a r t d e s

a ge n s o rd i na i r e s ne la dé v e l op pe n t pa s .

 — E l l e

  es t mise

 en

j e u pa r des c on t r a c t i ons r é pé t é e s .

  — Du

  s e n t i m e n t d e l a s

s i t u d e .  — S e ns i b i l i té  des m us c l e s d a ns l e u r s a f f e c t i ons .

263-266

Contractilité. animale.  —

  O n do i t

  la

  c ons i dé re r s ous un t r i p l e

r a p p o r t . 2 6 6 - 2 6 7

Con tractilité animale considérée dans le cerveau.

  — L e

  p r i n

c i pe de c e t t e p rop r i é t é e x i s t e da ns c e t o rga ne .

 —

  P r e u v e s

t i r é e s

  de

  l ' o b s e r v a t i o n .

  —

 P re uv e s pu i s é e s da n s l e s ma

l a d i e s .

  —  P r e u v e s e m p r u n t é e s  des  e x p é r i e n c e s  sur les

a n i m a u x .

  —

  Des

  cas où le

  c e r v e a u

  est

 é t r a n g e r

 aux

m u s c l e s . 2 6 7 - 2 7 3

Con tractilité animale considérée dans les neifs.

  —

  I n f l u e n c e

d e

  la

  m o e l l e é p i n i è r e

  sur

 c e t t e p r o p r i é i é .

  —

  O b s e r v a

t i ons

 et

 e x p é r i e n c e s .

 —

 Inf luen ce des ne r f s .

 —

  O b s e r v a

t ions e t expériences.—Tous  l e s ne r f s n e t r a ns m e t t e n t pa s

é ga l e me n t l e s d i ve r s e s i r r a d i a t i ons du c e rve a u .

  — D i r e c

t i on  de la p r o p a g a t i o n d e l 'i n fl u en c e n e r v e u s e .  273-278

Contractilité animale considérée dans

  les

 muscles.

  —

  C o n

d i t i ons né c e s s a i r e s da ns l e mus c l e , pou r s e c on t r a c t e r .

 —

O bs t a c l e s

  à la

  c o n t r a c t i o n .

  —

  E x p é r i e n c e s d i v e r s e s .

278-282

Causes

  qui

 mettent en

 jeu la contractilité

  animale.

  —

 D i v i

s ion

  de

 c e s c a us e s .

  — De la

  v o l o n t é .

  —

  D e s c a u s e s

  in

v o l o n t a i r e s .  —  E x c i t a t i o n d i r e c t e .  —  E x c i t a t io n s y m

p a t h i q u e .  —  In f l ue nc e de s pa s s i ons .  —  R e m a r q u e s sur

les

  m o u v e m e n s d u f œ t u s . 2 8 2 - 2 8 7

Permanence

  de la

  contractilité.  animale,  après

  la

  mort.

  —

E x p é r i e n c e s d i v e r s e s.

 —

 C o n s é q u e n c e s r e l a t iv e s

 à la

 r e s

p i r a t i o n .

 —

 V a r i é t é d e la p e r m a n e n c e d e c e t t e p r o p r i é t é .

— C o m m e n t e l l e s ' é t e i n t .  288-292

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D E S M A T I E R E S .  XIX

Propriétés organiques.  — Se ns i b i l i t é o rg a n i q ue e t c on t r a c

t i l i t é o rga n i que i n s e ns i b l e . — Con t r a c t i l i t é o rga n i que

s e ns i b l e . — Expé r i e nc e s d i ve r s e s s u r c e t t e de rn i è r e p ro

p r i é t é . — P h é n o m è n e d e s i rr i t a ti o  ^s.  — P o u r é t u d i e r

c e t t e c on t r a c t i l i t é , il f a u t a nn u l e r l ' a n i m a l e . — Co m

m e n t o n y p a r v i e n t . — D i v e r s m o d e s d e

  c o n i r a c t i o n .

Pages

  292-296

Sympatllies.  — L a sens ib i l i t é an im ale es t l a p ro pr ié té  spé-<

c i a l e m e n t m i s e e n j e u p a r e l l e s . — R e m a r q u e s g é n é r a l e s .

— S ym pa t h i e s de s e ns i b i li t é a n i m a l e . — Le s p ro r i é . é s

o rga n i que s s on t r a r e me n t mi s e s e n j e u .

  200-299

Caractère des propriétés vitales.  — R e m a rq ue s d i ve r s e s s u r

c e c a r a c t è r e .  299-301

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Phénom ènes de l'action du Système musculaire

de la vie animale.

g I

e r

.  Force de contraction.  — D i f f é re nc e s u i v a n t  qu'elle

es t m ise eu jeu pa r les i r r i tan s ou par l 'inf luence céré

b r a l e . — E x p é r i e n c e s .  —-  Inf luence de l 'o rgan i sa t ion

m us c u l a i r e s u r l a c o n t r a c t i o n . — Lo i s de la na t u re i n

ve rses d e ce ll e s de l a m éc an iq ue dan s la p ro du c t ion de s

m o u v e m e n s .

  —Multiplication

  de forces .

 — inexact if ode

d u ca lcu l sur ce po in t . 302 -007

§  I L  Vitesse  des contractions.  — V ar ié tés su iva n t l es con

t r a c t i ons ,

  i ° .

  pa r l es s t im u 'a ns , 2

0

. pa r l ' ac t ion ne r

ve us e . — D e gré s d i ve r s de v i t e s s e , s u i va n t l e s i nd i v i dus .

— In f l ue nc e de l ' ha b i t ude s u r c e de g ré .  307-51 o

§ I I I .

  Durée des contractions.

  3 i o - 3 i i

g I V .  Etat des muscles en contraction.  — P h é n o m è n e s d i

v e r s q u ' i l s é p r o u v e n t a l o r s . — R e m a r q u e

  essentielle

  sur

l e s d i ve r s mode s de c on t r a c t i on .  3 i

  i-3i4

§ V -  M ouvemens imprimés par les muscles.  314

Mouvemens simples  i ° .  dan s le s m usc les à d i rec t ion dr o i t e .

— C o m m e n t o n d é t e r m i n e

  le$

  usages de ces muscles . —

—  2

0

.

  D a n s le s mus c l e s à d i r e c t i on r é f l é c h i e .— 3° . D a n s

c e ux à d i r e c t i on c i r c u l a i r e .  314018

Mouvemens composés.

  — P r e s q u e t o u t m o u v e m e n t e s t

c o m p o s é .  •— C o m m e n t . — E x e m p l e s d i ve r s d e s m o u

v e m e n s c o m p o s é s . — A n t a g o n i s m e .

  3i8-3ai

b ij

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XX

  P R É C I S A N A L Y T I Q U E

g

  V I .

  Phénom ènes du relâchement des muscles.  — I ls

 sont

opposés aux précédens.  Page 3s i

A R T I C L E  C I N Q U I È M E .

Développem ent des muscles de la vie animale.

§  I

e r

.  Etat de ce Système chez le Fœtus.  — Il contient peu

de sang.

  —Peu

  de contracti l i té à cet âge. — Influence,

sur ces phén om ènes , du sang qui pé nè tre alors les

muscles. — Ces organes sont grêles et foibles.

  32 2-326

§1 1 -

 Etat de ce Système pendant  laccroissement.—Effet  subit

du sang rouge qui pénètre les muscles , et des autres ir

ritations

  qui lui sont associées. — Coloration des mus

cles.

 — Epoque de la p lus v ive colora t ion. — V ar ié té s de

l 'action des réactifs sur le tissu charnu des jeunes ani

maux .

r

  326-33o

§ 1 1 1 .  Etat de ce Système après l accroissement.

  — L ' é

paisseur augmente toujours. — Les formes extérieures

se prono ncent. — Couleur chez l 'adulte. •— V arié tés sans

nombre. 33o-334

§ I V .  Etat de ce Système chez le vieillard.  — A u g m e n t a

tion de densité.

 —Diminution

  de cohésion. — Phéno

m ène s de la vacillation des m uscles . — M uscles atro

phiés .  334-337

§ V .  Etat du Système musculaire à la mort.  — Re lâche

ment ou roideur des muscles.  338-339

S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

D E L A V I E  O R G A N I Q U E .

Considérations générales.

  3 3 Q

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Formes du Système musculaire de la vie

  orga*

nique.

Direction courbe des fibres. — Elles ne naissent point du

système fibreux.

  —

  Variétés des formes musculaires ,

suivan t les organes.  340-342

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D E

  *

  M A T I È R E S .

  XX

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système musculaire de la vie

organique.

D i f f é r e nc e gé n é ra l e d ' o rg a n i s a t i o n a ve c l e s mu s c l e s p r é c é -

d e n s .  P

a

ë

e  2

4

a

g I

e r

.  Tissu propre.  «— D isp os i t io n gé né ra l e de la f ibre

m us c u l a i r e . — A na l o g i e e t d i ff é re nc e a ve c la p r é c é

d e n t e .  343-345

g I L  Parties communes. <— T i s s u c e l l u la i r e .  —Vaisseaux

s a ng u i ns . — Ne r f s de s ga ng l i ons e t du c e rve a u .  —Propor

t i on de c ha que c l a s s e .  345-347

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système musculaire de la vie orga

nique.

§  I

e

r .  Propriété de. tissu. Extensibilité.  — C a r a c t è r e p a r

t i cu l i e r d e ce t t e p ro pr ié té dan s l e s m usc les o rg an iqu es .

— D a ns l e s anévrismes  du cœur e t dans l a g rossesse , ce

n ' e s t pa s l ' e x t e ns i b i l i t é qu i e s t m i s e e n j e u . — R e ma r

ques à ce suje t .  347-352

Contractilité.   — El l e e s t p rop o r t i onn é e à  l'extensibilité. —«

— Les subs tances contenues dans l e s musc les c reux son t

l e u rs a n t a g o n i st e s . — R e m a r q u e s .

  352-354

§ 1 1 .

  Propriétés vitales. Sens ibilité.  — D e la lass i tud e de s

mus c l e s o rga n i que s . — R e ma rque s s u r l a f a i m .  354-356

Contractilité animale.  — E l le es t nu l le da ns ces m usc les . —

E x p é r i e n c e s d i v e r s e s . — O b s e r v a t i o n s . — D e s m u s c l e s

e n p a r t ie v o l o n t a i re s e n p a r t i e o r g a n i q u e s . — E x p é r i e n c e s .

— Remarques sur l a vess ie , l e

  r e c t u m ,

  e t c . — A b s e n c e

de l ' i n f luence ne rveuse sur l e s musc les o rganiques .

3 5 6 - 3 6 5

Propriétés organiques.

  — R e m a r q u e s g é n é r a l e s . 3 6 5

De la contractilité organique sensible, considérée sous le.

rapport des excitans.  3 6 6

Excitans  naturels.

—Observations  d i v e r s e s .  —Remarques

su r l ' inf lue nce de s f luides s ur les sol ides . — Inf lu enc e

de la qual i té e t de la quant i té des f luides sur les muscles

creux.

  366-36q

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Xxij

  P R E C I S  A N A L Y T I Q U E

Excitans artificiels.

  —Ac t ion

  de c e s e xc i t a ns .

  —Différons

m o d e s

  d'aclior.

  — L i m i t e s  d u r a c o r n i s s e m e n t e t d e l a

c on t r a c t i on v i t a l e .   Pages  369-373

D° la contractilité organique tynsible, considérée sous le rap

port des organes.

  OJO

Première  variété. Diversité du tissu muscu laire.  —  Chaque

m u s c l e

  es:  surlout

  en rappor t avec t e l l e ou t e l l e subs

t a n c e d é t e r m i n é e . — A p p l i c a t i o n d e c e p r i n c i p e a u x

f lu ides na ture l s e t é i rangers .

  373-375

Deuxi&me  variété. Age.  —  Vivacité  de l a cont rac t i l i t é dans

l ' e n f a n c e . — C o n s é q u e n c e s . — P h é n o m è n e  i nve r s e da ns

le v ie i l l a rd .  370-376

Troisième  variété. Tempérament.

  — Di f fé renc e des ind i

v i dus s ous l e r a ppor t de l a f o r c e mus c u l a i r e o rga n i que .

— Cet te fo rce n 'e s t po in t tou jours en rappor t avec l a

fo rc e m us c u l a i r e a n i m a l e . — O n n e pe u t l ' a c c ro î tr e

c o m m e c el le -c i p a r l ' h a b i t u d e . 3 7 6 - 0 7 8

Quatrième  variété. Sexe.  378-379

Cinquième  variété. Saison et climat.  379

Contractilité  organique  sensible, considérée relativement à

l action

  des stimulons sur les organes.

  — E x i s t e n c e h a b i

t u e l le d ' u n i n t e r m é d i a i r e p o u r c e t t e a c t i o n . — N a t u r e

de c e t i n t e rmé d i a i r e .  379-382

Contractilité organique sensible, considérée relativement à sa

permanence après la mort.  — D i v e r s i t é d e c e t t e p e r m a

n e n c e s u i v a n t  le g e n r e d e m o r t . — R e m a r q u e s .  382-384

Sympathies.

  — S y m p a t h i e s d u c œ u r . — S y m p a t h i e s d e

l ' e s t o m a c . — R e m a r q u e s s u r

  les vomissemens

  b i l i e ux .

— C o n s i d é r a t i o n s g é n é r a l e s . — S y m p a t h i e s d e s i n t e s

t ins , de la  v e s s i e ,  e t c .  084-390

Caractère des propriétés vitales.  —Energ ie

  v i t a l e t r è s -p ro

noncée dans ce sys tème . — Ses a f fec t ions por ten t sur sa

f o r c e v i t a l e p r é d o m i n a n t e .

  — R a r e t é

  des affec t ions qui

s uppos e n t un t roub l e de s p rop r i é t é s o rga n i que s .  390-392

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Phénomènes de  Faction  du Système musculaire

de la vie organique

§  1er.  Force  de contraction.  — D i f f é r e nc e d ' a v e c  la  force

de c on t r a c t i on du s ys t è me p ré c é de n t . — Ce l t e fo r c e e s t

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D E S M A T I E R E S .  XXUJ

p l us g r a nde da ns l e s phé nomè ne s v i t a ux que da ns l e s ;

e xpé r i e nc e s . — Ine xa c t i t ude de s c a l c u l s .  Pages

  392-395

§ 1 1 .

  r

1

 itesse des contractions.  — D a n s l es e xp é r i e nc e s . —

P e nda n t l a v i e . — Compa ra i s on a ve c l a v i t e s s e de s mus

c l e s p r é c é l e n s .  395-3q6

§ 1 1 1 .

  Durée des contractions.

  396-397

§ I V .  Etat des muscles en  contraction.—Différence  sous

ce rapp or t en t re l e cœ ur e t l e s m usc les ga s t r iq ue s .

  397-398

§ V .  Mouvem ens imprimés par les muscles organiques.

398-399

g ' V I .  Phénomènes du relâchement des muscles organiques.

•—Différences  de c e r e l â c h e m e n t d ' a ve c l a d i l a t a t i on

a c t i ve de s mus c l e s . — P re uve s de s phénomènes  de ce t t e

d i l a t a t i o n .  399-403

A R T I C L E  C I N Q U I È M E .

Développement du Système musculaire de la vie

organique.

g I

e r

.  Etat de ce Système chez  le fœtus.  — P r é d o m i n a n c e

d u  cœur. —  E t a t de s a u t r e s m us c l e s . — Foiblesse  d e  la

c on t r a c t i l i t é o rga n i que à c e t

  â g e .

  403-406

§ 1 1 .  Etat du Système muscu laire organique pendan t l'ac

croissement.  —  A u g m e n t a t i o n g é n é r a l e d ' a c t i o n  à l a na i s

san ce . — D e l ' acc ro i s sem ent en épa i s se ur e t de ce lu i e n

l o n g u e u r .  —Leurs  d i f fé rences .  406-410

§ I I I .  Etat du Système muscu laire organique après  l  ac

croissement.

  4

1 0

" 4

I a

g I V .  Etat du Système muscu laire organique chez le vieil

lard.

  — Ce s ys t è me s u rv i t pou r a i n s i d i r e a u p r é c é de n t .

— P h é n o m è n e r é s u lt a n t d e s o n a f f a ib l i ss e m e n t .

  412-414

S Y S T E M E

  M U Q U E U X .

A R T I C L E  P R E M I E R .

Des  divisions  et des formes du Système muqueux.

§

  1er.

  Des deux  membranes  muqueuses générales  ,  gastro

pulmonaire, et génito-urinaire.  — Di f fé renc e de ces de ux

m e m b r a n e s .  — L e u r  r a p p o r t .  415-420

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Xxiv P R É C I S

  A N A L Y T I Q U E

g  1 1 .  Swface  adhérente des membranes muqueuses.  — Ses

ra ppor t s . — El l e e s t pa r - t ou t  subjacenle  a u x m u s c l e s .

— T i s s u s o u m u q u e u x . — E x p é r i e n c e s .  Pages  420-421

g I I I .

  Surface libre des membranes muqueuses.

  —  Des p l i s

qu ' e l l e p r é s e n t e . —

  i ° .

  D e c e ux qu i c om

i

  r e n n e n t t o u t e s

l e s m e m b r a n e s . — 2 ° . D e c e u x q u i s o n t  permanenssur

l a s u rf ac e m u q u e u s e . — 3 ° . D e c e u x q u i d é p e n d e n t d e

l ' é t a t de vacu i t é des organes  c reux .—Expér iences  d i

ve r s e s . — L ' é t e n du e des s u r f a ce s m uq ue us e s e s t t ou j o u r s

à peu près l a même, que l que so i t l ' é t a t de l eurs o rganes .

— R a p p o r t d e l e u r

 surface

  li b r e a ve c le s c o rps e x t é r i e u r s .

— L e u r s e n s i b il it é es t a c c o m m o d é e à c e r a p p o r t . — L e

m o t

  corps étranger

  n ' e s t que c ompa ra t i f .  421-428

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système muqueux.

g I

e r

.  Tissu propre.  — C e q u ' i l p r é s e n t e à c o n s i d é r e r .

4 2 8 - 4 2 9

Chorion muqueux.  — S o n é p a i s s e u r v a r i a b l e . — N a t u r e

m u q u e u s e d e la m e m b r a n e d e l ' o r e il l e . — C o n s é q u e n c e s

p a t h o l o g i q u e s .

 —

  Mollesse du t issu

  muqueux .—Act ion

d e  l ' a i r ,  de l 'eau , du ca lor ique , des ac ides , des sucs

digestifs  s u r l e t i s s u muque ux .  429-4.37

Papilles  muqueuses.—Leurs

  v a r i é t é s d e

  fo rmes .—Leur

n a t u r e n e r v e u s e .

 —Preuves

  d e c e t t e n a t u r e n e r v e u s e . —

L e u r i n f lue nc e s u r l a s e ns i b i l i t é de s o rg a ne s m u q u e u x .

437-441

§ 1 1 .

  Parties communes.

  441

Des glandes muqueuses et des fluides  qu'elles  séparent.  —

Sit u a t io n . — F o r m e s . — V o l u m e . — T e x t u r e . 4 4 2 - 4 4 3

Fluides muqueux.

  — P r o p r i é t é s p h y s i q u e s .

  —Ac t ion

  d e

d i ve r s a ge ns s u r e ux . — Le ur s

  fond

  ions . — P ar t i e s où i l s

a b o n d e n t

 et

 o ù

  ilssont

 e n m o i n d r e

  p r o p o r t i o n . — S u s c e p t i

b i l i t é d ' ê t r e

  augmenléspar

  t ou t e

  irritai

 ion por té e sur l eu rs

e x cr é t eu r s, — C o n s é q u e n c e s .  —R e ma rque s  s u r l ' e xc i t a

t i on de s s u r fa c e s m uq ue u s e s da n s l e s m a l a d i e s . •— U s a ge s

d e s m e m b r a n e s m u q u e u s e s  sous  l e r a ppor t de l ' é va c ua

t ion hab i tu e l l e de leurs

 fluides.—Remarques

  g é n é r a l e s s u r

les flu ides séc r é tés . — Se nt im en t s ing ul i e r n é du sé jou r

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D E S M A T I E R E S .

  XXV

des f lu ides muqueux sé journant sur l eurs sur faces respec

t i v e s .

  Pages

  443-453

Vaisseaux

  sanguins.  —

  L e u r s v a r ié i é s d e p r o p o r l i o n s . —

Le ur pos i t i on s upe r f i c i e l l e . —  C o n s é q u e n c e.  —Rougeur

d u s y s t è m e m u q u e u x . — 11 la p e r d s o u v e n t . — E x p é

r i e nc e s s u r l ' é t a t de s va i s s e a ux muque ux da ns l a p l é n i

t ude e t l e r e s s e r r e me n t de l e u r s o rga ne s c r e ux . — Aut r e s

expér iences sur l ' i n f luence des gaz sur l a co lora t ion du

systèm^e

 m u q u e u x . —

  Causes

  de s a roug e u r . — Sub s t a nc e

c o l o r a î l t e , c o m b i n é e e t l i b r e .  453-464

Exhalons.

  — Y

  a-t-il

  e xha l a t i on s u r l e s y s t è me muque ux ?

«—Exhalation  pu l m on a i r e . — U ne g ra nd e pa r t i e de l a

persp i ra t ion pu lmona i re v ien t de l a d i s so lu t ion des sucs

m u q u e u x . —Aut re s  e x h a l a t i o n s m u q u e u s e s . — H é m o r

r a g i e s . 4 6 4 - 4 6 6

Absorbons.—Preuves

  d e l 'a b s o r p t io n m u q u e u s e .

  — I r r é

gu la r i t é de ce t t e abso rp t io n . — C au se de ce t t e i r régu la

r i t é .

  4 6 6 - 4 6 8

Nefs.  — C e u x d u c e r v e a u . — C e u x d e s g a n g l i o n s . — L e u r

d i s t r i bu t i o n r e s pe c t i ve s u r c e s ys t è m e . 4 68 -4 69

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système muqueux.

g  I

e r

.  Propriétés de tissu.  — E l les son t

  moindres

  qu ' i l ne

le sem ble d 'a bo rd . — C ep en da nt e ll e s son t rée l l e s . —

L e u r v a r i é t é . — L e s c o n d u i t s m u q u e u x n e

  s'oblilèrent

po i n t pa r conl rac t ilité de t issu qu an d ils son t v ide s . 469-471

g

  I L

  Propriétés vitales.

  47*

Propriétés de la vie. animale.

  — V i v e  sensibililé  du s ys t è me

muque ux . — In f l ue nc e de l ' ha b i t ude s u r c e t t e p rop r i é . ' é .

— C o n s é q u e n c e s d e c e t te r e m a r q u e . — S e n s ib i li lé m u

que u s e da n s l es i n f l a m m a t i ons . 4 7 1 -4 7 5

Propriétés de la vie organique.  — L a  sensibilité  o r g a n i q u e

e t l a con t rac t i l i t é insens ib le son t t rè s -marquées i c i . —

P o u r q u o i . — C o n s é q u e n c e s p o u r le s m a l a d i e s . — V a

r i é t és de ces p ropr ié tés . — Espèce de cont rac t i l i t é o rga

n i que s e ns i b l e da ns l e t i s s u muque ux .  475-479

Sympathies.

  — C om m e n t nous l es d i v i s e ro ns . 4 79 -4 80

Sympathies actives.  — E x e m p l e d e c e s s y m p a t h i e s p o u r

c h a q u e p r o p r i é t é v i t a l e . 4 8 0 - 4 8 3

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XX V]

  P R É C I S A N A L Y T I Q U E

Sympathiespas.sives.  —  L e s p r é d o m i n a n t e s s o n t c e l l e s d e c on

t r a c t i l i t é o rga n i que i n s e ns i b l e . —  P o u r q u o i .  Pcg-.483-486

Caractère des propriétés vitales.  — A c t i v i t é v i t a l e de c e

s y s t è m e . — S e s v a r i é t é s . — C o n s é q u e n c e s p o u r l e s m a

l a d i e s . — R e m a r q u e s s u r l e s s y m p a t h i e s s t o m a c a l e s .

4 8 6 - 4 8 9 .

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Développement du Système muqueux.

g I

e r

.  Etat du Système muqueux dans le premier âge.  — I I

s u i t l ' é t a t de s o rga ne s a uxque l s i l a ppa r t i e n t . — F i ne s s e

de s pa p i l l e s . — L e roug e mu qu e u x e s t a l o r s fonc é . —

C h a n g e m e n t s u b i t à l a n a i s s a n c e . — P o u r q u o i . — P h é

n o m è n e d e la p u b e r t é . 4 8 9 - 4 9 3

g

  I L

  Etat du Système muqueux dans les âges suivons.  —

S es p h é n o m è n e s c h e z l ' a d u l t e . — S e s p h é n o m è n e s c h e z

le v ie i l l a rd .  493-495

S Y S T È M E S É R E U X .

R e m a r q u e s g é n é r a l e s .  495

A R T I C L E  P R E M I E R .

De  l étendue,  des formes

  et des

 fluides du Système

séreux.

D i s p o s it io n g é n é r a l e d e s es m e m b r a n e s . — D e  la  s u r f a c e

s é re us e c ons i dé ré e e n gé né ra l .  — T o u t e  m e m b r a n e s é

r e us e e s t un s a c s a ns ouve r t u r e .  4 9 6 - 5 0 0 .

g 1

e r

.

  Surface libre des Membranes séreuses.

  — El l e e s t

l i s se e t po l i e . .— Cet a t t r ibu t e s t é t ranger à l a compres

s i on . — Ce t t e s u rf a ce i s o le l e s o rg a ne s a ux qu e l s a pp a r

t i e nn en t l es sur faces sé reus es . — So n in f lue nce sur l e

m o u v e m e n t d e c e s o r g a n e s . — A d h é r e n c e s d e s s u r f a c e s

s é r e u s e s. — L e u r d i v i s i o n . 5 o o - 5 o 7

g  I L  Surface adhérente du Système séreux.  — M o y e n

d ' u n i o n . — L e s m e m b r a n e s s é r e u s e s c h a n g e n t s o u v e n t

de rappor t s avec l eurs o rganes . — Cela es t dû à l a  laxité

d e s a d h é r e n c e s . — A d h é r e n c e s p l u s s e r r é e s .

  507-509

g  I I I .  Fluides séreux.  — L e u r q u a n t i t é . <— V a r i é t é s d e

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D E S M A T I È R E S .  XXVij

c e t te q u a n t i t é .

 —

T

 E x p é r i e n c e s . — V a r i é t é s m o r b i f i q u e s .

— N at u re de ces f luides .  Pages  5og-512

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système séreux.

L e s m e m br a n e s s é r e us e s n ' o n t qu 'u n f e u i l le t . — Sa c ou

l e u r . — Son é pa i s s e u r .  512-513

g 1

e r

.  Nature celluleuse du tissu séreux.  — P r e u v e s d e

c e t t e na t u re c e l l u l e us e . — Expé r i e nc e s pa r l a ma c é ra

t i o n , l ' é b u l l i t i o n , l a  des:-ic--alion  , la c oc t i o n , l a pu t r é

fac t ion . — D ifférenc es en t re les t i ssus ce l lu la i re e t sér eu x.

513-518

§ 1 1 .

  Parties communes à

  l organisation

  du Système séreux.

Exhalons.  — P re u ve s d i ve r s e s de  l'exhalation  s é r e us e .

5i8-5i9

Absorbons.  — P r e u ve s de l ' a b s o rp t i on s é r e us e . — Ex pé

r i e n c e s .

  —

  M ode d ' o r i g i ne de s a bs o rba ns .

  519-521

Vaisseaux sanguins.

  —Lesmembranesséreuses

  en on t peu .

— C e u x q u i l e u r s on t

 subjacens ne leur

 a p p a r t i e n n e n t p a s .

—  P r e u v e s .  521-522

§   I I I .  Variétés

  d organisation

  du Système

  séreux.—Exem

ples d ive rs de ces va r i é t és . —Conséquences  pour l e s ma

l a d i e s . — R e m a r q u e s s u r l e p é r i c a r d e . — C a r a c t è r e s

c o m m u n s .  522-525

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système séreux.

§ . I

e r

.

  Propriétés de tissu. Extensibilité.

  — El le es t m oi ns

m a r q u é e q u 'i l

  ne

 le s e mbl e d ' a bo rd .

  • — P ourquo i . —Usage

de s r e p l i s de s me mbra ne s

  séreuses .—De

  l e u r dé p l a c e

m e n t .

  —

  D o u l e u r d e c e s d é p l a c e m e n s d a n s l ' in f l a m m a

t i o n .  525-527

Contractilité.   — M o i n d r e q u ' e l l e n e l e paroît.  — C e p e n d a n t

e l le es t rée l le .  527-528

§ 1 1 .  Propriétés vitales.

  — El les jou i s sen t de peu d e sen

s i b i l i t é a n i ma l e .  — P o u r q u o i . — E x p é r i e n c e s .  — L e s

prop r i é t é s o rga n i que s s on t t r è s - s e ns i b l e s .— Co ns é qu e nc e s .

52 8-530

Sympathies..—Exemples  d i v e r s . —Remarque  sur les exha-

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XXVLlj

  P R E C I S A N A L Y T I Q U E

l a t io n s s y m p a t h i q u e s . — R e m a r q u e s u r l a s é r o s it é c a d a

v é r i q u e .

  Pages  53o-532

A R T I C L E

  Q U A T R I È M E .

Développement du Système séreux.

§ I

e r

.  Etat de ce Système dans le premier âge.  —Ext rême

t é nu i t é de s s u r f a c e s .

  —Qua n t i t é

  de s flu ides. — Q u a l i t é .

  C h a n g e m e n s à l a n a i s s a n c e . — E x p é r i e n c e s .

  532-534

§ 1 1 .  Etat du Système séreux dans les âges suivons.  — L e s

sur faces sé reuses  suivent  l e s lo i s de l eurs o rganes respec

t i f s .  -—Densité

  acc r ue chez l e v ie i l l a rd . — Oss i f i ca t ion

r a r e .

  5 3 4 - 3 3 6

§ 1 1 1 .

  Développem ent accidentel du Système séreux.

  R e

m a r q u e s d i v e r s e s . 5 3 6

S Y S T E M E  S Y N O V I A L .

R a p p r o c h e m e n t e t é l o i g n e m e n t e n t r e c e s y s t è m e e t l e p r é

c é den t . —  Sa d i v i s i on .

  537-538

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Système synovial articulaire.

§ I

e r

.  Com ment la synovie est séparée de la masse du sang.

— T r i p l e voie de sépa ra t ion ouv er te a ux flu ides q u i é m a

n e n t d u s a n g .

  " 53o

La synovie est-elle transmise par

  sécrétion

  aux surfaces

articulaires ?  — P r e u v e s n é g a t i v e s . — D e s p r é t e n d u e s

glandes  s y n o v i a l es . — E x p é r i e n c e s .  53g-54a

La synovie, est-elle transmise par transsudation aux surfaces

articulaires?  — P r e u v e s  n é g a t i v e s .  — A u t r e  o p i n i o n .

542-545

La  synovie  est-elle transmise par exhalation aux  surfaces

articulaires?  —

  P re uve s pos i t i ve s .

  —Analogie

  en t re l e s

f lu ides exha lés e t l a synovie . — Conséquences .  545-547

g

  I L

  Rem arques sur la synovie.

  — S a quan t i t é .—El l e

v ar ie pe u. — A lté ra t io ns rare s de ce f luide.— Sa di f fé

rence d 'avec les f luides séreux.  547-549

Des membranes synoviales.  5

4

q

Formes.

  — Elles représentent des sacs sans ou vertu re.

 «—

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1

  D E S M A T I E R E S .

  . JC

Diffé renc e d 'a ve c les cap sule s f ibreuses .—Ces cap sules m a n

q u e n t d a n s l e g r a n d n o m b r e d e s a r t ic u l a t io n s . — E x p é

r i e nc es . — Pr eu ve s de l ' ex i s t en ce de l a syno via le l à où e l l e

a d h è r e .  Pages

  54g-555

Organisation.  — A na log ie ave c l e s sur faces sé reu ses . —

S t r u c t u r e d e s p r é t e n d u e s g l a n d e s s y n o v i a l e s .

  555-557

Propriétés.

  —Propriétés

  de t i ssu.

  —Propriétés

  v i t a l es . —

E x p é r i e n c e s .  — L e  s ys t è m e s yno v i a l r e s t e é t r a ng e r à l a

p l u p a r t d e s m a l a d i e s .

  557-559

Fonctions.  — El les son t é t ra ng ères à l a so l id i t é de l ' a r t i cu

l a t i o n . — El l e s n ' on t r a ppor t q u ' à l a s yn ov i e . 55g -56 o .

Développement naturel.  — E ta t de l a syn ov ia le dan s l ' en

f a n t , l ' a du l t e e t l e v i e i l l a rd .  56o-56i

Développement accidentel.  — R e m a r q u e s s u r c e d é v e l o p p e

m e n t .

  56i-56a

A R T I C L E D E U X I È M E .

Système synovial des tendons.

I l s e c on fond s ouv e n t a ve c l e p r é c é de n t . 5 62 -5 63 .

Formes,

  rapports ;

 fluide

  synovial.

  — F o r m e s

  de sac sans

o uv er tu re . — V ar ié té s de ces form es . — Sur faces l is se

e t a d h é r e n t e . — R a p p o r t a v e c l e t e n d o n . — A u g m e n t a

t io n co nt re n a t u re du flu ide. 56 3-5 66

Organisation , propriétés ,

 développement.

  •— L e u r s p h é n o

mè ne s s on t a na l ogue s à c e ux du s ys t è me p ré c é de n t . —

R em ar q ue s sur l e s a f fect ions d e ces sor tes de s yn ov ia le s .

|66-568

S Y S T È M E G L A N D U L E U X .

R e m a r q u e s g é n é r a l e s . «— C e q u e c 'e s t q u ' u n e g l a n d e .

569-570

A R T I C L E  P R E M I E R .

Situation , formes , divisions , etc. du Système

glanduleux.

P os i t i ons s ou c u t a né e e t p ro fond e . «— R a p po r t de l a pos i

t i on de s g l a nde s a ve c l e u r e xc ré t i on . — V a r i é t é s de s

fo rme s g l a ndu l e us e s . — D i s t i nc t i on de c e s va r i é t é s . —

Sur fa c e e x t e rne de s g l a nde s .

  5-0-574

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XXX

  P R E C I S A N A L Y T I Q U E

A R T I C L E

  D E U X I È M E .

Organisation du Système  glanduleux.

§ I

e r

.  Tissu propre à

  l organisation

  de ce Système.  — L a

dis po si t io n fibreuse est é tr an g èr e a u x g*an< e«\ — P eu d e

ré s i s i a nc e du t is su g l a nd u l e ux . — T r i p l e  d i s

t

  osii ion de ce

t issu —

  Vaj;ue

  d e s r e c h e r c h e s s u r s a n a t c r e . — E v p é -

riences

  d i ve r s e s s u r c e r i s s u .— D e s s i c c a t i on . —

  Piésultat

p a r t i c u l i e r d e l a c o c . i o n . — R ô t i s s a g e . — M a c é r a t i o n ,

a c t i on de s a c i de s , du s uc ga s t r i que .  Pages  574-581

Des excréteurs, de leur origine de leurs divisions, etc., des

réservoirs glanduleux.

  — O r i g i n e . — T r a j e t . — D i v i

s ion des g landes en t ro i s c l as ses , sous l e rappor t de

  la

t e r m i n a i s o n d e l e u r s e x c r é t e u r s . — D e s r é s e r v o i r s . —

C e q u i l es r e m p l a c e l à o ù i ls m a n q u e n t . — M o u v e m e n t

des f luides dans les excré teurs .  581-584

Volum e, direction, terminaison des excréteurs.  — R e m a r

q u e s .  — T o u s l e s e xc r é t e u r s s ' ouv re n t s u r l es s y s t è m e s

m u q u e u x o u c u t a n é . «— O b s e r v a t i o n s u r le t u b e i n t e s

t i n a l . 5 8 5 - 5 8 6

Rem arques sur les fluides sécrétés.

  —  Us  p e u v e n t r e n t r e r

da ns l a c i r c u l a t i on . — Expé r i e nc e s d i ve r s e s à c e s u j e t .

— C o n s é q u e n c e s .  586-5g3

Structure des excréteurs.  — M e m b r a n e i n t e r n e . — T i s s u

e x t é r i e u r .  5g3-594

§ 1 1 -  Parties communes à  l organisation  du Système glan

duleux.

  Tissu cellulaire.  — D i v i s i o n de s g l a n de s e n de u x

classes , sous le rapport de ce t i ssu.

  •—

  Séros i t é e t g ra i s se

de ce t i s su . — Des fo ies g ra i s seux .  594-597

Vaisseaux sanguins.  — D i v e r s e s m a n i è r e s d o n t ils p é n è

t r e n t l e s g l a n de s , s u i v a n t qu ' e l l e s s on t ou no n e n v i r on

né e s de m e m br a n e s . — T ra j e t de s a r t è r e s da n s l e s

g l a nd e s . — V e i ne s . — El l e s ve r s e n t l e u r s a ng d a ns le

s a ng no i r gé né ra l . — R e f l ux de pu i s l e c œ ur j u s que da ns

les gla nd es . 597--600

Du  sang  des glandes.  — D iv i s ion de ces o rg an es en t ro i s

c las ses , sous l e rap po r t du f lu ide qu i y p én è t re . — G ra n d e

qua n t i t é de s a ng c on t e nu da ns l e  foie  e t l e r e i n . — V a

r i é t é su ivan t l a

  s é c r é t i o n .  6oi-6o3

Nerfs.  — D e c e u x d e s g a n g l i o n s e t d e s c é r é b r a u x . — L e u r

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D E S M A T I E R E S .

  XXX

p r o p o r t io n . — C o m m e n t  ils  p é n è t r e n t  les  g l a n d e s . —«

L a

  sécrétion

  es t i nd é p e n da n t e de l 'i n f lue nc e ne rve us e .

Pages  6o3-6o6

Exhalons et absorbons.

  606

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriété du Système glanduleux.

§ I

e r

.  Propriétés de  tissu.—Elles  s o n t p e u m a r q u é e s . -

P r e u v e s . —Nouvelle  remarque sur l e re f lux du sang no i r

da ns l e s g l a n de s . 60 6 -60 8

§ 1 1 .

  Propriétés vitales.  — P ro pr ié té s de la v ie an im a l e .

Expé r i e nc e s s u r l a s e ns i b i l i t é a n i ma l e .  —Varié tés  des

r é s u l t a t s . '

  608-610

Propriétés de la vie organique.  — L a  contractiliié  insens ib le

e t l a sens ib i l i l é cor respondante

  sont

 le s p r é d o m i n a n t e s . —

Le ur i n f l ue nc e s u r l a s é c r é t i on . —  Variélés des f luides

s é c ré t é s . — Af fe c t i ons o rg a n i q ue s de s g l a n de s . — R e

m a r q u e s .

  610-614

Sympathies.

  614

Sympathies passives.  E x e m p l e s d i v e r s . — S y m p a t h i e s d o n t

les

  c a us e s a g i s s e n t à l ' e x t r é m i t é de s e xc ré t e u r s . — In

f luence des sym pa th ie s pass ives des g landes dan s l e s m a

l a d i e s . — R e m a r q u e s u r c e ll es de c ha que g l a nd e .  614-619

Sympathies actives.

  —Remarques

  d i ve r s e s .

  619-620

Caractères des propriétés vitales.  6 2 0

Prem ier caractère. Vie propre à chaque glande.

  — P r e u v e s

de c e t t e v ie p ro pr e . — D e son in f luence dans l ' é t a t

  de

s a n t é  et d e m a l a d i e . 6 2 0 - 6 2 0

Deuxième caractère.  Rémzttence  de la vie glanduleuse.

  —

L e s g la n d e s o n t u n e e s p è c e d e s o m m e i l . — E x e m p l e s

d i v e r s ,  623-625

Troisième caractère. La vie glanduleuse

  n est  jamais

  simul

tanément exaltée dans tout le système.  — A p p l i c a t i o n

de c e t t e r e m a rq ue à l ' o rd re

 digestif.—Avantage

  de l 'exci

t a t ion a r t i f i c i e l l e des g landes dans l e s malad ies .  625-627

Quatrième caractère. Influence du climat et de la saison sur

la vie glanduleuse.  «— L a su eu r et plu sie urs f luides séc ré

t és son t  en  sens inve rse sous ce rap po r t . 62 7-6 29

Cinquièm e caractère. Influence du sexe sur la vie glandu

leuse.  62 q

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xxx

P R É C I S A N A L Y T I Q U E

A R T I C L E

  Q U A T R I È M E .

Développement du Système glanduleux.

§ I

e r

.

  Etat de ce Système chez le fœtus.

  —Lesglandes  son t

t r è s-p rononc é e s à ce t â g e . — C e p e n da n t l e s  sécrétions  n e

s on t pa s s i ma rqué e s .

  Pages  629-631

§ 1 1 .

  Etat du Système glanduleux pendan t

  l accroissement.

— A c t i v i t é  subi.'ement  a c c r u e à l a n a i s s a n c e . — C e p e n

d a n t c e n ' e s t p a s le s y s t è m e g l a n d u l e u x q u i p r é d o m i n e

da ns l e p r e mi e r â ge .

  —Remarques

  s u r

  ses

  m a l a d i e s . —

L e s g l a nde s m uq ue us e s e t l a c r ym a l e s s on t le p l u s f r é

q u e m m e n t e n a c t i o n c h e z l ' e n f a n t .

  63i-635

§ I I I .  Etat du Système glanduleux après

  l accroissement.

—Epoque  d e la p u b e r t é . —Sou  i n f l ue nc e s u r l e s g l a nde s .

— In f l ue nc e de s g l a nd e s de l a d i ge s t i on à l ' â ge a d u l t e .

6 3 5 - 6 3

7

g

  I V

  Etat du Système glanduleux chez le

  vieillard.—Du

changement dans l e t i s su des g landes pa r l ' e f fe t de l ' âge .

— P l us i e u r s g l a nde s  sécrètent  en cor e b ea u c o u p de flu ide

chez l e v ie i l l a rd . —  R a p p o r t d e c e p h é n o m è n e a v e c la n u

t r i t i o n .  637-639

S Y S T È M E D E R M O Ï D E .

R e m a r q u e s g é n é r a l e s . 6 4 0

A R T I C L E  P R E M I E R .

Formes du Système dermoide.

§

  1er.

  Surface externe du Système derm oide.

  — P l i s  d i v e r s

de c e t t e s u r f a c e . — Le ur na t u re d i f f é r e n t e .

  641-644

§ 1 1 .  Surface interne du Système dermo ide.  —Ses  r a p p o r t s .

— A b s e n c e d u p a n n i c u l e c h a r n u c h e z l ' h o m m e . — C o n

s é q u e n c e s . 6 4 4 - 6 4 6

A R T I C L E

  D E U X I È M E .

Organisation du Système

  dermoide.

§

  I

e

r .

  Tissu propre à cette organisation.

  6 4 6

Chorion.  — Son é pa i s s e u r da ns l e s d i ve r s e s r é g i ons . — Sa

structure. — Manière de la voir. —

  Variété

  de cette

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D E S  M A T I E R E S .  XXXllJ

^structure  s u i va n t l e s r é g i ons .  —Aréoles  du c ho r i on . —

F i b r e s . — L e u r n a t u r e . — E l l e a p p r o c h e d e c e l l e d u

t issu f ibreux. — C ep en da n t e lle en di f fère. — L e ch or ion

es t é t ranger aux fonc t ions de l a peau re la t ives à l a v ie

a n i ma l e e t à l a v i e o rga n i que .  Pages  646-655

Du corps réticulaire.  — I d é e  qu 'o n s ' en es t fo rm ée .  — C e  qu i

e x i s t e .

 —Réseau

  va s c u l a i r e . — Subs t a nc e c o l o ra n t e . —

Ana l og i e a ve c l a d i ve r s i t é de s r a c e s . —«-Comment  on do i t

cons idé re r ce t t e d ive rs i t é . — Des cas où l e sang pénè t re

da ns l e c o rps r é t i c u l a i r e . —Singulière  pro pr ié té des va i s

s e a u x d e

 la face à

 e n r e c e v o i r

 plus

  que l e s au t res .

 —CàUse

d e c e p h é n o m è n e . — T r i p l e m o y e n d ' e x p r e s s i o n d e s p a s

s i o n s — R a p p o r t d e la t e n d a n c e ,d u s y s t è m e ca p i ll a ir e

f a c i al à r e c e v o i r d u s a n g , a ve c le s m a l a d i e s .  —Double

é t a t d u c o r ps r é t i c u l a i r e . — P h é n o m è n e s à

  l'instaht

  de la

m o r t . — E x p é r i e n c e s . 6 5 5 - 6 6 5

Papilles.  S i t u a t i o n s .

  — I l

  ne fau t pas prendre

  pour

  telles les

.  s a i ll ie s c u t a né e s .  -—Expérience  pou r p rou ve r la n a t u re

de ces sa i l l ies .

  —Leurs var ié tés .—Formes

  , s t r u c t u re

iferveuse  de s pa p i l l e s .  •-»-  665-66Î5

Action de  dijférens  corps sur le tissu dermo ide.

  6 6 8 - 6 6 9

action  de la lumière.  — L e s  ho m m e s s ' é ti o l e n t c om m e l e s

p l a n t e s .

  — E x e m p l e s .

  6 6 9 - 6 7 0

Action du calorique.  — Effe ts qu ' i l p ro du i t sur l a peau d an s

l e v i va n t s u i va n t s e s d i ve r s de g ré s .  —Effet  du froid. —

R e ma rque s gé né ra l e s s u r l a ga ng rè ne e t s u r l e s a n t i s e p

t i q u e s .

  —

  Fa u s s e s op i n i o ns de s a u t e u r s . 670 -676

Action de  l air.

  —R e ma rque s

  su r l ' influe nce de ce f luide

s u r l a v a po r i s a t i on de l a t r a ns p i r a t i on .  — I l  est  é: r a nge r

.  à c e t t e fonc t ion e l l e -m ê m e .  •—  De ss icca t ion de l a pea u

p a r  l'air.  — Sa pu t r é f a c t i on . 676 -680

Action de l'eau.

  —Usages

  g é n é r a u x d e s b a i n s .

  — L e u r

u s a g e

  est.dans

  l a n a t u r e .

  —Macérat ion

  de l a peau . —

E t a t p u l p e u x .

  -—

  Coc t i on de l a pe a u .

  — M o d e

  de racor

n i s s e m e n t . — P h l yc t è n e s qu i s ' é lè ve n t à l ' i n s t a n t où  il  a

i [

e u

.—-Autres phénomènes  de l a coc t ion . 68o-6 85

Action des acides, des alcalis, et

 d autres

  substances.  — E x p é

r i e nc e s d ive r s e s a ve c les ré ac ti fs . — R e m a r q u e s .  685-687

§

  I L

  Parties communes à

  l oiganisation

  du

  Système

  der

moide.  °"

8

7

Tissu cellulaire.  — M a n i è r e d o n t i l se c o m p o r t e . — R e -

1 1 .

  r

-

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XXxiv

P R E C I S

  A N A L Y T I Q U E

m a r q u e s sur l e fu ro nc le . —Quelquefois  il- es t tou t  détruit;

—Aspect

  que p re nd a l o r s l a pe a u .

  —R e ma rque s

  sur les

l e u c o p h l e g m a s i e s .

  Pages  6 8 7 - 6 8 9

Vaisseaux sanguins.

—Manière  don t i ls s e c o m po r t e n t . —

D i l a t a t i o n de s ve i n e s e n c e r t a i n s c a s . 68 9 - 69 0

Nerfs.

  —M ode

  d e l e u r d i s t r i b u t i o n .

  690-691

Absorbons.  — P r e u v e s d e l ' a b s o r p t io n c u t a n é e . — A b s o r p

t i on de s v i ru s . — T a b l e a u de c e t t e a b s o rp t i on .  -—  V a

r i é t é s q u ' e l l e é p r o u v e . — A b s o r p t i o n d e m é d i c a m e n s . —

E x p é r i e n c e s . — C a r a c t è r e d ' i r r é g u l a r i t é d e s a b s o r p t i o n s

c u t a né e s . — A quo i t i e n t c e c a r a c t è r e . — In f l ue nc e de

la

  foiblesse

  s u r c e t t e a bs o rp t i on .

  691-696

Exhalons.

  —  M o d e d e  dis tr ibution.—Exhalat ion  c u t a n é e .

— Insuf f i sance de s ca lcu l s sur ce po in t . — R ap p or t de

c e t t e e xha l a t i on a ve c l e s s é c r é t i ons . — R a ppor t a ve c

l ' e xha l a t i on

 pulmo naire. —Expéri ences sur cet

 t e d e rn i è r e

e xha l a t i on . — R e ma rque s s u r l e s c a us e s de p l u s i e u r s

to ux . — D éfau t de va po r i sa t i on du flu ide dép osé sur l es

b ro nc h e s . — L e s e xha l a n s c u t a n é s va r i e n t . — Son t - il s

s ous l ' i n f l ue nc e ne rve us e ?  —•  Ce l a ne  paroît  p a s  p r o

b a b l e . 6 9 6 - 7 0 4

Glandes sébacées.  — H u m e u r h u i l e u s e d e l a p e a u . — S a

qua n t i t é . — Se s va r i é t é s . — Se s s ou rc e s . — Nous a vons

pe u de donn é e s s u r l e s g l a nd e s s é ba c é e s . 70 4 -70 7

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système dermoide.

§ I

e r

.

  Propriétés de tissu.

  — E l l e s s o n t t r è s - m a r q u é e s . —

Souv e n t e ll e s s on t mo i nd re s qu ' i l ne l e s e m bl e . — P hé

nomè ne de l ' e x t e ns i b i l i t é e t de l a c on t r a c t i l i t é .

  707-711

§

  I I .

  Propriétés vitales.

  711

Propriétés de la vie animale.  — S e n s i b i l i t é .

 — D u

  t ac t . —

D u

  toucher.—Ses

  c a r a c t è r e s .

  —Ses

  d i f fé rences

  des

  a u

t res s en s . —   Siège  de l a s e ns i b i l i t é c u t a né e . • — M ode . —

D o u l e u r p r o p r e à  la p e a u .  —  In f l ue nc e de l ' ha b i t ude s u r

c e t t e s e ns i b i l it é . — R é f l e x i ons d i ve r s e s . — D i m i n u t i o n

de l a s e ns i b i l i t é c u t a né e .  711-720

Propriétés

  de. la vie organique.  — C e s o n t s p é c i a l e m e n t

  la

sens ib i l i t é o rganique ' et la co n t ra c t i l i t é insens ib le qu i com

posent  c es p r o p r i é t é s . — P h é n o m è n e s a u x q u e l s e ll es  préj

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D E S M A T I E R E S .  XXXV

siéent.  — D i v i s i o n d e s m a l a d i e s c u t a n é e s .

 —Excitans

  d e

l a s e n s i b i l i t é o r g a n i q u e c u t a n é e .  :—La  cont rac t i l i t é o r

g a n i q u e s e n s i b l e e s t p e u m a r q u é e .  Pages  720-724

Sympathies.  724 -725

Sympathies passives.

  —-Exemples  d i ve r s e t r e ma rque s s u r

l es s y m p a t h i e s d e  chaleur. —  R e m a r q u e s g é n é r a l e s s u r

l es sensa t ions de chaud e t de f ro id . — Inf luence des sym

p a t h i e s  sur la  s u e u r .  725-729

Sympathies actives.

  —C e s

  s ympa t h i e s s on t r e l a t i ve s à c ha

c une de s clasesdes  m a l a d i e s c u t a né e s a ss i gné e s p l u s ha u t .

— E x e m p l e s d i v e r s . — R e m a r q u e s g é n é r a l e s.  729-735

Caractères d es propriétés vitales. Prem ier caractère. La

  vie

cutanée varie  dans  chaque région.

  — Var ié tés de sens i

b i l it é a n i m a l e .

 —Vari étés dans

 le s p rop r i é t é s o rga n i qu e s .

735-737

Deuxièm e caractère . Intermittence sous un rapport; conti

nuité sous un autre rapport.

  — L a

  v ie p ropre de l a peau

es t in te rmi t t en te du cô té des fonc t ions de re la t ion . — Sa

c on t i nu i t é du c ô t é de s fonc t i ons o rga n i que s .

  737-759

Troisième  caractère. Influence du sexe.  73g

Quatrième caractère. Influence du tempéram ent.

  739-740

A R T I C L E  Q U A  T R I È M E .

Développement du Système dermoide.

§  1er.  E tat de ce Système chez le fœtus.  — E n d u i t  g l ua n t

da ns l e s p r e mi e r s t e mps . — Abs e nc e de c e r t a i ne s r i de s

chez le

  fœ t us .

  — L a x i t é d ' a d h é r e n c e . — E t a t d e s p r o

pr ié tés vi ta les de la peau chez le fœtus . — Ses fonct iops

à cet  , â g e .  74 0 -74 4

§ I I .

  Etat du Système  dermoide  pendan t l'accroissement.

— R é vo l u t i on s ub i t e à l a na i s s a nc e . — Abord du s a ng

rou ge à l a pe au . — Co nséq uen ces . , — E ta t des forces

v i t a l e s c u t a né e s da ns l ' e n f a nc e .  — E t a t  du t i s su cu tané .

7 4 4 - 7 4 9

g I I I .  Etat du Système dermo ide après

  l accroissement.  —-

Proportion croissante

 de la su bs tan ce fibreuse, et dé cr oi s

s a n t e de l a gé l a t i ne u s e . — R e m a r qu e s u r l es  maladies

et ; les affect ions de la peau.  74975a

g I V -

  Etat du Système dermo ide chez le vieillard.

  —Eta t

d u t i s s u c u t a n é . — P h é n o m è n e s a u x q u e l s i l d o n n e l i e u . —

Éta t des forces v i t a l es .  —  Eta t des fonc t ions .

  702-756

c ij

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XXXViij

  P R ÉC IS A N A L Y T I Q U E D E S M A T I E R E S .

O r g a n i s a t i o n d e c e l u i - c i . — R e n f l e m e n t d u p o i l à  son

or i g i ne . — Son t r a j e t j u s qu ' à l ' e x t é r i e u r .

  Pages  807-810

§

  I I .

  Enveloppe,  extérieure  des poils.  — A n a l o g i e d e c e t t e

e nve l oppe a ve c l ' é p i de rme . — Se s d i f f é r e nc e s . —   A c t i o n

de s d i ve r s  agens- s u r c e t t e e n ve l o pp e . «— Sa d i s pos i t i on

e x t é r i e u r e .

  810-812

g

  I I I .

  Substance, intérieure des poils.  — N o u s e n i g n o r o n s

la   n a t u r e . — C a p i l l a i r e s d e s c h e v e u x . — L e u r s u b s t a n c e

c o l o r a n t e . — L a s u b s t a n c e i n t é r i e u r e d e s c h e v e u x e s t e s

s e n t i e l l e m e n t s o u m i s e à l ' i n f l u e n c e d e s p h é n o m è n e s v i

t a ux . — P re uve s de c e l t e a s s e r t i on . — Ce l a l a d i s t i ngue

d e l ' e n v e l o p p e e x t é r i e u r e .

  813-818

A R T I C L E  T R O I S I È M E .

Propriétés du Système pileux.

I I é p r o u v e p e u d e r a c o r n i s s e m e n t .

  — D e

  l a f r i sure .

  —Les

prop r i é t é s de t i ss u pe u m a rq ué e s . — L e s a n i m a l e s s on t

n u l l e s . — L e s o r g a n i q u e s u n p e u

  plujs

  c a r a c t é r i s é e s .

818-821

A R T I C L E  Q U A T R I È M E .

Développe/tient du Système pileux.

§ I

e r

.

  Etat de ce Système dans le premier âge.

  -—

 D u  duvet

du fœ t us .

  —L'accroissement

  des poi ls es t a lors inverse

de c e l u i de s a u t r e s pa r t i e s . — L e u r a c c ro i s s e m e n t a p rè s

la naissance.—Leurs  couleurs son t peu foncées dans l ' en

f a nc e .  821-822

§ 1 1 .  Etat du Système pileux dans les âges suivons.  —

R é v o l u t i o n à l a p u b e r t é .  — D e s  po i l s qu i pous s e n t a l o r s .

•—H  y a pe u de ' c h a n ge m e n s da ns l e s â ge s s u i v a n s .

8 2 2 - 8 2 3

g  1 1 1 .  Etat du Système pileux chez le vieillard.  —  Des

po i ls qu i m e u re n t l è s p r e m i e r s . — D e la b l a nc he u r qu ' i l s

p r e n n e n t

  a l o r s . —

  I l s c ro i s se n t e n c o re da n s c e t é t a t . —

P ou rq u oi . — Poussen t - i l s ap rès l a m or t ? — Di f fé rence s

gé n é ra l e s de s c o rps v i v a n s e t

 bruts

  d a n s l e u r d é c r é p i t u d e .

8 2 3 - 8 2 7

§ I V -

  Développement  accidentel.  —

  D é v e l o p p e m e n t

  sur

l es s u rf a ce s mu qu e u s e s . — D é v e l o pp e m e n t s u r l a pe a u .

— D é v e l o p p e m e n t d a n s l e s k y s t e s .  827-828^

F I N  D E L A T A B L E .

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ANATOMIE

G É N É R A L E .

S Y S T È M E S P A R T I C U L I E R S

A  Q U E L Q U E S

  A P P A R E I L S .

Considérations générales.

J _ J E

  premier volume de cet ouvrage a été consacre' à

des recherches su r les systèmes comm uns à la structure

de tous les appareils , sur les systèmes primitifs qui

forment pour ainsi dire le parenchyme  nutritif,  la

base de to us les organ es, puisq u'il n 'est presque auc un

de ces organes où les a r t è re s , les ve ine s, les ex ha lan s,

les absorbans, les nerfs et le tissu cellulaire n'entrent

po ur pa rtie plus ou m oins essentielle. Ch acu n est tissu

d'abo rd d e ces parties co m m un es, puisd'autres parties

pro pres qu i les caractérkent  spécialement.

Le s systèm es qui seront exam inés dans ce volum e ,

ne sont point aussi généralement répandus dans l 'éco

nomie animale .

  Ils

  n 'ap part ie nn ent qu 'à quelques

app areils partic uliers : ainsi les s ystèm es o sseux ,

m usculaire an im al , car t i la gin eu x, fibreux, sont- ils

spécialement destinés aux appareils de la

  locomo-r

t ion ;

 ainsi les systèmes séreu x, m u qu eu x , m usculaire

I I .

  i

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2 C O N S I D E R A T I O N S

organique, e tc . , entrent- i ls sur tout dans les appareils

d iges t i f s , r e sp i ra to i res ,  circulatoires;ainsi

  le système

glanduleux  forme-t-il  l 'appareil des sécrétions; ainsi

le

  système cutané

 entre

:

t-il

  pr inc ipa lement dans

  l 'ap

pareil sensitif externe, etc.

Tous l e s  systèmes-qu'il  nous reste à examiner

sont donc bien plus isolé s,  jouent  un rôle bien moins

étendu que ceux qui nous ont occupés jusqu' ic i . Con

centrés dans quelques ap par eils , ils sont é tran gers

aux autres , i ls ont une  yie.indépendante  de la leur ,

au lieu qu e par-tou t les systèm es prim itifs m êlen t le ur

m od e de vitalité à celui des au tres or ga ne s, da ns la

com position d esquels ils en tren t : la pl up art on t u n

mode d'exister et des formes extérieures qui les dis

tinguent de ces derniers. Les différentes parties qui

composent chacun, sont

  presque

  toujours isolées, ne

tiennent point les unes aux autres

 :

 les

 o s ,

  les muscles

de la vie animale et de la vie organique, les carti

lage s , les

 fibro-cartilages ,

  les organes

 m é d u l l a ir e s ,

 les

glandes , les membranes séreuses , les poi ls ,e tc . pré

sentent ce t i solement d 'une manière remarquable .

Chaque pièce appartenant à ces différens systèmes ,

a toujours entr 'elle  et  les pièces du m êm e systèm e

un e foule d'org anes  intermédiaires,qui  sont dé  na ture

très-différente, et qui  appar^fennent  par conséquent

à d'autres systèmes. I l n 'y a guères que les  sj

r

stèmes

cutané, f ibreux et muqueux, qui soient par- tout con

t inus dans leurs diverses part ies; encore ce dernier

n'a-t-il

  point de

 communication

  entre sa port ion qui

se déploie sur les appareils digestifs et respiratoires,

et sa portion qui appartient aux organes urinaires et

géni taux.

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G

  i N

  l

R-

 A

  L

  E S.

  3

iNous

  avons vu au contraire les systèmes primitifs

être par- tout continus, ne point avoir

  entr'eux

  d ' in

te r rupt ion. Le ce l lu la i re , l ' a r té r ie l , le ve ineux, l ' ab

sorb ant , le ne rve ux , sont tellem ent disposés , qu e s'il

étoit possible d'enlever tous les organes qu'ils pénè

tr e n t, en les laissant seu ls, on au roit u n véritable to ut

div erse m en t figuré suivant ces systèm es. L es exhalans

peuvent ê tre aussi vér i tablement considérés comme

se tena nt p ar - t o u t , a insi que no us l 'avons vu . Su p

posez au contraire que les organes intermédiaires aux

o s ,

  aux cartilages , aux fibro-cartilages , etc., soient

enlevés; toutes les pièces de ces systèmes tombent

aussitôt,  et vous n'avez point un tout continu.

L 'ordre à suivre dans l ' examen de ces systèmes,

est assez indifférent; nous les placerons les uns après

les au tres dan s la série suivante , qu i co m pre nd ra

les systèmes

  i ° .

  osseux, 2° . médul la i re , 3° . car t i la

gineux ,

 4 °-

  fibreux , 5°. fibro-cartilagineux , 6°. mus

cu la i re an imal ,  7

0

.  musculaire organique , 8°. mu

q u e u x , ^ . s é r e u x ,

  i o ° .

  g l a n d u l e u x ,  i i ° .  c u t a n é ,

12° , épidermoïde  ,

  i 3 ° .

  enfin le système des poils.

Remarquez que la nature ne s 'astreint à aucun

ordre méthodique, en distr ibuant ces systèmes dans

les divers appareils ; elle n'a point égard aux grandes

différences qu'elle a établies en tre les fonction s. C h a

cun peut appartenir en même temps à des appareils

de fonctions qui n'ont aucune analogie. Ainsi le

fibro-cartilagineux qu i se tro uv e su rto u t dans les

organes locomoteurs, dans la vie animale par consé

q u e n t ,  entre-1-il  aussi dans l 'appareil respiratoire

par la trachée-artère ; ainsi le système m u qu eu x, pres

que par-tout destiné aux organes de la vie interne,

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4 CONSIDERATIONS  G E N E R A L E S .

appartient-il à la vie externe dans la conjonctive,

dans les fosses nasales , etc., à la génération dans les

vésicules séminales, dans la prostate, etc.; ainsi le

système glandu leux verse-t-il tour à to u r des fluides su r

les organes des deux vies , comme sur ceux de la gé

nération; ainsi les surfaces séreuses se déploient-elles

sur des parties qu e leu rs fonctions ne rap pr oc he nt

nullement,

  sur le cerveau et l 'estomac par exemple ,

su r les cartilages artic ula ires et sur les po um on s , e tc .. ..

Co ncevon s don c les systèmes sim ples par  abs t rac t ion ,

si je puis parler ainsi; représen tons -no us les d 'u n e m a

nière isolée , com m e des espèces de m atér iau x d is

t incts les uns des autres, quoiqu'assemblés deux à

deux, trois à trois , quatre à quatre , e tc . , pour for

m er les édifices partiels de no s ap p ar ei ls , édifices

dont résulte

  1

  édifice général de no tre éc on om ie.

Chacun de ces appareils est destiné à exercer une

fonction

  déterminée,et

  doit se classer par co ns éq ue nt

comme les fonctions : c 'est aussi de cette manière

que nous les d is t r ibuerons dans l 'Anatomie descr ip

t ive.

  Mais les systèmes simples ne tendant à un but

commun qu 'autant qu ' i l s sont réunis en appare i ls ,

on ne pe u t ,

 en

  les considérant isolé m ent, s 'astreindre

à aucune classification empruntée de leur destination.

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S Y S T E M E

  O S S E U X .

V-j E

  système , remarquable entre tous les autres par

la dureté et la résistance qui le

  caractérisent,

  reçoit

de ce dou ble attr ibu t l 'ap titude à servir à tous de b ase

commune sur laquelle i ls reposent, e t autour de la

quelle ils se trouvent suspendus et f ixés. L'ensemble

des pièces

 qui

 le form ent tienn ent les unes au x au tr es ,

pour cet

  u sag e ,

  au moyen de liens souples et

  rés i s -

t a n s ,

  qui composent de ces pièces un tout qu'on

nomme le squelet te . Ce tout osseux, placé au milieu

de la foule des organes qu'il soutient, par-tout con

t inu dans ses diverses part ies, n 'a point cependant,

commelessystëmes pr im it ifs , continuité dévie prop re

d 'u n e de ses extré m ités à l 'aut re. Le s liens qui a s

sem ble nt ses pièces d iv er se s, très-différens d'elles p ar

leur nature et par leurs propriétés, y produisent un

isolement de vitalité, que les différentes parties des

systèmes ci-dessus ne présentent

  point,

  parce que

dans leur continuité leur nature est par-tout la même.

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Des Formes du Système osseux.

l_j O N

 S I D É R É S

  sous le rapport de leurs formes, les

os

 so n td e trois so r te s, lo ng s, plats e t courts . U ne seule

dimension domine dans les premiers, la longueur ;

deux s 'observent en proportion à peu près égale dans

les seconds, la longueur et la largeur; ces deux der-

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(y  S Y S T È M E

niè resd im en sio ns , plus l 'épaisseur , caractér isent

  lesos

cour t s . Ex am inon s  chacun  d 'une manière généra le .

§  1er.  Des Os longs.

Les os longs appartiennent en général à l 'appareil

locomoteur,  ou Us form en t des espèces de leviers  que

meuvent les muscles en différentes directions. Tous

sont placés dans les m em br es , où leu r ensem ble consti

tue u ne espèce de colonne cen trale, et mob ile en div ers

sens.  On les y voit successivement diminuer en lon

gueur e t augmenter en nombre , en les examinant de

la par t ie supérieure à l ' in fér ieu re, du fém ur ou de

l 'humérus aux phalanges des orteils ou des doigts. I l

résulte de cette double disposition opposée, que le

haut des membres est caractérisé par l 'étendue des

mouvemens, et le bas par la multiplicité , la variété

et les bornes étroites de ces mouvemens.

Ces os ont tous un e confo rm ation analogu e : épais

e t volum ineux à leurs extré m ités ,

  ils

 sont plus

 minces

et ordinairement arrondis dans leur mil ieu ou dans

leur corps, comme le disent les

  anatomistcs .

L e volum e des extrém ités osseuses présen te

 le

 dou ble

avantage ,  i ° .  d'offrir aux articulations de larges sur

faces et par conséquent plus de causes de résistance

aux divers déplacemens , 2°. de concourir à la régu

lar ité des formes du m em bre au quel ils app art ie nn en t.

Remarquez en effet que les muscles et les os sont

juxta-posés en sens inverse dans les membres. Le

m ilieu dés

 premiers,qui

  est leur partie la plus grosse,

corres pon d au m ilieu des se co nd s, qui form e leur

po rtion grêle ; tand is qu e les ex tré m ité s de ceux-ci

suppléent par leur volume à la ténuité des tendons

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O S S E U X .  7

qui terminent les autres, e t qui se trouvent placés à

côté d 'e l les . L 'augmenta t ion de volume des extré

mités des os longs n 'est point subite; e l le commence

insensiblement sur le corps. On observe sur ces ex

t rémités d iverses ém in en ce s , soit d 'a r t icu la t ion , soi t

d ' inser t ion.

Le milieu ou le corps ne présente aucune   é m i -

ne nc e; seulem ent on y voit des l ignes sai l lantes, tou

jours dest inées à des implanta t ions aponévrot iques ,

et qui , lorsqu'el les sont très-marquées, ôtent à l 'os

sa forme cylindrique qu' i l conserve cependant à

 l 'in

t é r ieur

 :

 ainsi le tibia est-il m an ifeste m ent trian gu laire

au-dehors, quoique au-dedans son canal a i t la forme

de celui du fémur. En général ces lignes d' insertion,

toujours séparées

  entr'elles

  par des surfaces planes,

sont au nombre de trois sur chaque os long, comme

on le vo i t à l ' humérus , au cub i tus , au rad ius , au

tibia , au péroné, e tc . J ' ignore la raison de cette loi

de conformation. Une autre observation

  généra le ,

c'est que le corps de presque tous les os longs est

comme tordu sur lui-même; en sorte que la direction

de sa partie supérieure n'est pas la même que celle

de l ' inférieure : en suivant de haut en bas une des

lignes dont je parlois tout à l 'heure, on peut faire

cette remarque, qui du reste est plus sensible chez

l 'adulte que chez le fœtus. Ce changement  de  direc

tion n'a rien de général dans le sens qu'il affecte.

Les formes intérieures des os longs se distinguent

très-bien en sciant ceux-ci lon gitu dina lem ent. L e tissu

celluleux les rem pli t aux ex tré m ité s; il est , com m e

no us le ve rro ns , plus m ince et m oins abond ant dans le

milieu qui offre le canal médullaire.

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8  S Y S T È M E

Ce canal n'existe point dans le premier mois du

f œ t u s ,

  et tant que l 'os est cartilagineux: l 'état osseux

est l 'époque de sa formation. Toute la gélat ine du

milieu de l 'os est alors absorbée, l 'exhalation n'y en

apporte point de nouvelle , excepté dans le tissu

  cel-

luleu x très-rare que renferm e ce can al; cette fon ctio n,

par-là même qu'elle est nulle au centre, devient plus

active à la circonférence de l 'os. Ce surcroît d 'acti

vité des exhalans ex tern es favorise la form atio n du

tissu compact dont le développement se fait précisé

ment en même temps que celui du canal dont il forme

les pa roi s; en sorte qu 'à cette pério de d e l 'ossification,

l 'exhalation et l 'absorption semblent être en sens in

verse d an s les de ux partie s de l 'os : l 'u ne est trè s-

énergique à l 'extérieur pour apporter le phosphate

calcaire dont s 'encroûte le parenchyme déjà existant;

l 'autre est  très-active  à l ' intérieur pour enlever la gé

latine dont l 'absence forme le vide

  d'où

  naît le canal

médul la i re .

Il n'y a de cavité médullaire bien caractérisée que

dans l ' humérus , l e r ad ius , l e cub i tus , l e

 fémur,

  le

tibia, le péroné et la clavicule, etc. Les côtes, les pha

langes, qui par leur forme se rapprochent de ceux-ci,

ont dans leur milieu beaucoup de tissu  celluleux  o r

dinaire, et presque jamais de ce tissu celluleux plus

m in c e , qui occupe le centre des os ci-dessus in di qu és ,

et qui ne se trouve que dans la cavité médullaire.

Cette cavité ne s'étend point au-delà du corps de

l 'os : là ou le tissu compact commence à s 'amincir ,

elle disparoît, remplacée par la grande quantité de

tissu celluleux qui remplit l 'extrémité de l 'os. Sa

forme est cylindrique, sa direction droite. Elle ne

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O S S E U X . 9

varie point dans sa forme, suivant les aspérités ou les

lignes saillantes extérieure s du corps de l 'os , qu i p re nd

seulement en ces endroits plus d'épaisseur.

  Ses

  parois

sont plus lisses dans le milieu , qu'aux extrémités

d'où

  se détachent

  déjà

  beaucoup de filets celluleux

très-cons idérables . Elle est traversée dan s plusie urs su

jets par des cloisons osseuses, minces et. horizontales,

qui interrompent presque entièrement sa continuité

en cet

 endroit,

 et sem blent la diviser en deu x ou trois

parties très-distinctes.

Le canal médullaire sert  non-seulement  à loger

l 'organe m éd ul la i re , à le déf en dr e , mais encore, à

donner plus de résistance à l 'os : car on sait que de

deux cylindres égaux par la quantité de matière qui

les forme , mais dont l 'un sera creux, et par consé

quent à plus grand diamètre que l 'autre qui sera

plein, le premier résistera plus que le second, parce

qu'on le ploiera , e t on le rompra par là même avec

moins de facilité. Des cylindres  p l e i n s ,  égaux en

diamètre aux os  l o n g s ,  eussent empêché, par leur

pesanteur , les mouvemens des membres; tandis que

d'autres cylindres de même pesanteur , mais sans ca

v i t é ,  eu ssent offert tro p peu d e surface po ur les inser

t ions musculaires. Réunir peu

  de*

 pesan teur à un e

largeur suffisante dans le milieu des os

 longs ,

 est donc

un grand avantage du canal médullaire.

Ce canal disparoît dans les premiers temps de

  îa

formation du cal au niveau des fractures, parce que

tou t

  l'organe .médullaire

  se pénètre en cet endroit de

gélat ine, e t devient car t i lagineux; mais peu à peu

cette gélat ine, absorbée de nouveau, sans être rem

placée, favorise le développement d'une cavité nou-

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I O

  S Y S T E M E

vel le ,

  et la com m un icatio n se rétab lit en tre les parties

supérieure et inférieure du canal.

J'ai observé

  q u e ,

  dans le premier âge, e t tant que

les

  extrémités de l 'os sont cartilagineuses, le canal

médullaire est moins long à proport ion que dans l 'a

dulte; i l ne forme guère à la naissance que le tiers

moyen de l 'os, les deux t iers  supérieur  et inférieur

étant formés d'abord par la portion cartilagineuse de

chaque extrémité , puis par un t issu celluleux inter

médiaire à cette portion et au canal. A mesure qu'on

avance en âge, sa proport ion de longueur devient

plus marquée .

§ IL  Des Os plats.

L es os plats o n t, en gé né ra l, pe u de rap po rt à la

locomotion, qu'ils ne favorisent guères que par les

insert ions des m usc les , .qui  vont de là se rendre aux

os longs. La nature les destine surtout à former les

cavités, telles que celles du cr ân e, d u b assin . Le u r con

formation les rend très-propres à cet usage. Leur

nombre varie suivant les cavités auxquelles ils con

courent : toujours plusieurs se réunissent pour en

composer une, et c 'est même cette circonstance qui

en assure en partie la solidité. En effet, l 'effort des

coups

  extérieurs

  se perdant dans leurs jointures, les

fracture avec moins de facilité. Si le crâne n'étoit que

d'une seule

  p ièce ,

 ses solutions de co ntin uité seroient

beaucoup plus fréquentes qu'elles ne le sont d'après

son organisation naturelle. A mesure que les sutures

s'ossifient chez les v ie ill ar ds, il de vien t plu s fragile.

Dans les enfans  ou l 'ossification n'est pas complète,

ou le nombre des pièces osseuses isolées est par cou-

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1 2 S Y S T E M E

§ 1 1 1 .

  Des Os courts.

L es os courts son t placés en général da ns les parties

oii doivent se trouv er réun ies la m obilité et la solidité,

comme dans la colonne vertébrale , le tarse , le méta

tarse .  T ou jou rs peu v olu m ine ux , ils se t rouvent ra

massés en assez grand nombre dans les régions qu'ils

occupent; ce nombre supplée à leur peti tesse dans

la formation des portions du squelette auxquelles ils

concourent. C'est aussi ce nombre qui assure à ces

po rtion s la réunion des deux attr ib uts presqu e opposés

dont nous parlions, savoir, la solidité parce que les

efforts extérieurs se perdent dans les liens nombreux

qui les unissent, et la mobilité parce que l 'ensemble

de leurs mouvemens isolés donne un

  mouvement

  gé

néral considérable.

Rien n'est constant ni uniforme dans la confor

m ation extérieure de ces os ;  elle se modifie suivant le

plan général du tout dont ils sont les parties: ainsi les

usages différens du carpe, du métacarpe, de la co

lonne vertébrale , déterminent des formes diverses

dan s leurs os respectifs. Ce s os pré sen ten t toujou rs

beaucoup de cavités et d 'éminences sur leurs surfaces

externes, nécessaires à leurs nombreuses ar t icula

t i o n s ,

  à l ' insertion des liens ligam en teux m ultipliés

qui les un iss en t, et des m uscles qu i les font m ou vo ir.

A l ' intér ieur , ces os n 'ont r ien de part iculier que

bea uco up de tissu celluleux qui les forme

  presque

  en

totalité

 •, et

  qui les expose à de fréquentes caries.

Il ne faut point croire du reste que la nature

  s'as-

servisse avec régularité à la division des os en longs,

en plats et en cou rts. Ici com m e  ailleurs,elle se joue de

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O S S E U X .  l 3

nos méthodes de

  de sc r ip t ion ,

  et nous montre les os

tantôt présentant et le caractère des os longs et celui

des os courts, tantôt réunissant les attr ibuts de ces

derniers et des os plats. L'apophyse basilaire et la

partie supérieure de l 'occipital, le corps et les parties

latérales du sph én oïd e, mis en opp osit io n, pro u

vent cette assertion. Quelquefois par

  sa'

 forme exté

rieu re u n os ap partie nt a ux lo n gs , et doit se classer

pa rm i les plats d 'après son organisation in té r ie u re ,

com m e les côtes en prése ntent un ex em p le , e tc . e tc .

§  IV'Des

  Éminences osseuses.

Les éminences osseuses portent en général le nom

d'apophyses; e l les sont .épiphyses, lorsque le car t i

lage d'ossification qui les réunit à l 'os, n'est point

encore encroûté de substance calcaire.

O n peut rapp orter ces ém inences à quatre grandes

d iv is ions ;

  savoir,à

  celles  i ° .  d 'a r t icula t ion, 2° . d ' in

ser t ion , 3 ° . de réf lexion, 4 ° . d 'impress ion.

i ° .  Les éminences d 'ar t iculat ion varient suivant

que l 'articulation est mobile ou immobile : je ne les

considérerai point ici d 'une manière générale , pour

n'être pas obligé de me répéter au chapitre des arti

culations.

2 ° .  Les éminences d ' inser t ion sont extrêmement

multipliées dans les os; elles ne donnent jamais at

tache qu 'à des organes fibreux, co m m e à des ligam ens,

à des te n d o n s, à des aponévroses , à la du re-m ère :

tou t organe différent de c eu x -c i par sa st ru c tu re ,

ne s ' imp lante au x ém inence s osseuses et aux os en

général, que par leur intermède ; les muscles en sont

un exemple remarquable .

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l 4

  S Y S T È M E

Ces éminences sont en général beaucoup moins

prononcées chez la femme que chez l 'homme , chez

l'enfant qu e chez l 'adu lte , chez les an im au x foibles

que chez les carnivores qui vivent en attaquant et

en détruisant leur proie . Toujours la sai l l ie des émi

nen ces d' ins ertio n est u n indice de la fo rc e , de la

vigueur des mouvemens. Elles se développent d 'au

tant plus , qu e les mu scles sont p lus pro no ncé s. E x a

m inez com para t ivement le squele t te d 'u n hom m e

fo r t , sang uin , don t le système m uscula i re se dess i -

no it avec énergie à travers les té g u m « is , et celui d 'u n

h o m m e

  fo ib le ,

  phlegmatique, dont les formes arron

dies com m e chez les fem m es, n e se pro no nç oien t point

au-dehors : vous verrez la différence.

La forme de ces éminences d' insertion varie prodi

gieusement : tan tôt les m uscles s'insè rent par u n e foule

de fibres

 aponévrotiques isolées;

 elles

 sont

 petites alors ,

très-multipliées, et ne forment presque que des aspé

rités im prim ées sur un e surface plus ou m oin s large :

tantôt c 'est par un seul tendon que le muscle tire son

or igi ne ; alors assez ord inaire m ent l 'apoph yse est  t r è s -

sailla nte , et occupe peu de place. Qu elquefois un e

aponévrose  laiçe  donne naissance aux fibres char

nues ; c 'est alors une ligne osseuse, plus ou moins

sail lante , qui don ne inser t ion.

En général les éminences sont

  proportionnées

  aux

muscles qui

  s'y

  f ixent: par exemple, dans trois mus

cles égaux à peu près en masse , et dont l 'un s'attache

pa r des fibres

 isolées,

 l 'autre par un

 t e n d o n , l'autre

 par

une  aponévrose , on rem arqu e qu e la somme des aspé

rités d' insertion du premier, l 'apophyse isolée du se

cond, la ligne saillante du troisième, sont à peu près

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O S S E U X

  l 5

égales par la

  quantité

  de substance osseuse qui les

forme ; en sorte qu'en supposant que l 'apophyse fût

disséminée en aspé ri tés, ou étendu e en

  l i g n e , ou

 bien

que les aspérités fussent réunies en

 m a s s e ,

  ou que la

ligne se concentrât sur elle-même pour former

  l ' apo

physe, cet te quanti té de substance osseuse se trou-

veroit à peu près la même.

On conçoit tout l 'avantage des éminences pour les

insertion s des muscles qu'elles ' éloignen t du cen tre

de l 'os, dont elles diminuent le parallélisme avec son

a x e ,

  et qu 'e l les favorisent c ons équ em m ent dans leurs

mouvemens d 'une maniè re év iden te .

Sont-elles produites parles tiràillernens desmuscles?

Ce t te op in ion , em prun tée d es lo is de la format ion

des corps mous e t inorganiques ,

  ne

  s 'accorde nul

lement avec les phénomènes connus de la vi ta l i té ,

avec l 'existence

  des

  éminences à inser t ion non mus

culaire, et qui souvent font plus de saillie que celle-

c i ,

 avec la disp rop ortio n qu i existe entre

 l'alongement

de certaines

 apophyses

 à im plantat ion

  muscu la i r e ,

  de

la

  s t y l o î d e ,

  pa r

  e x e m p l e ,

  et la force des muscles qui

s 'y a t tachent , e tc .

Le s ém inences à inser t ion l igamenteuse  on f l ' avan

tage , en élo igna nt

 uni

 peu le ligam ent d e l 'articu latio n,

  faciliter les m o uv em en s de celle-ci ; ce qu i est s u r

tou t rem arqu able pou r les

 ligamens

 la téraux du coud e,

du genou , e tc .

Quant aux autres éminences d ' inser t ion, on ne

peut-guère  considérer d 'une manière générale leurs

fonctions respectives.

2 ° .  L es

  éminences

  de réflexion sont celles sous

lesquelles passe un

 t e n d o n ,

  en se

 déviant

 de son

  trajet

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l 6  S Y S T E M E

primitif:

  tel est le crochet de l 'apophyse ptérygoïde ,

l 'extrém ité malléolaire du p ér o n é, e tc . Pre squ e toutes

ces éminences présentent , dans un sens, une échan-

crure ou excavation que complète en sens opposé

un ligament; ce qui constitue un anneau pour le pas

sage du tendon.

3 ° .

  Les éminences d' impression sont celles qui

naissent, dit-on, lorsque divers organes creusent sur

les  surfaces  osseuses des enfoncemens que séparent

les éminences, lesquelles ne sont autre chose que l 'os

q u i ,  en cet endroit,  reste à son niveau ord ina ire. Les

impress ions cérébra les , muscula i res , sont données

comme des exemples de cette disposition. Mais ces

impressions sont-elles en effet un résultat de la com

pression des organes sur l 'os, ou dépendent-elles des

lois du développement osseux, lois qui donnent aux

os des formes accommodées aux organes environ-

nans? J 'adopterois plus volontiers la seconde,

  que

 la

première de ces opinions qu'on a crue

  très-probable

à cause de l'effet des anévrismes sur les os qui leur

sont contigus, et qu'ils usent et détruisent peu

  à

 peu.

Mais remarquons que si les muscles , le cerveau, les

vaisseaux, par leurs mouvemens de p r e s s i o n ,  avoient

, su r les

 o s ,

  dans l 'é ta t naturel , un mode d 'act ion ana

logue à celui de l 'a né v ris m e, l 'état des parties d e-

vroit être le m êm e que da ns ce cas. L a lam e compacte

devroit ê tre détruite au niveau des enfoncemens, e t

laisser à sa place un e surface in ég ale , rab ote use : or le

contraire arrive; ce qui me fait  penser  que ce qu'on

appel le communément impress ion d 'organes , n 'es t

qu'un effet naturel de l'ossification.

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O S S E U X .  17

§

  V .

  Des Cavités osseuses.

Les cavités osseuses sont  très-nombreuses  ; celles

seules qui se trouvent à

  l'extérieur

 d<es'os vont  nous

occuper . On les

 d iv i s e ,

 comme  les ém inence s , en  ar

ticulaires e t en  nôn-articulairès.-Les'premieréi'Seront

examinées comme les éminences analogues;, 'au  c h a

pitre des ar t iculat ions.

 P^rmi

  léS sec on dé s, il est dès

cav i t é s ,  i ° .

  d'insertionj

  2<".  dé

  i'éce'pt-îolî-,

  3° . de

g l i s semen t ,  4°«

  d'impression;

  5

d

i'

 de « transmission*

6 ° .  d é n u t r i t i o n . ' "

  "

  :

 ' " -'

i ° .  Les cavités  d'insertion-donnent  attache  'aux

aponévroses des muscle», â«\ixi ïgamens, '

  eto'.

  Elles

on t l ' avan tage ,  i ° .  de multipliai-'  les implantations

des fibres, sans  augmenter  la* largeu r  de  l-

?

-bs;

 

p u i s

qu'une surface concave est  -évidémrrieft* «bien  plus

é t endue qu 'un e  surface  plane  qui ôccuperoit  l 'espace

intercepte entre ses bords;  2 ° .

  dé

  laisser aux fibres

musculaires plus

 d'espace,' et

  par

 conséquent

  de leur

donnerjpius

  de longueur que si elles

 naissoient

  d 'une

éminencet,

  ce qui donne

  plus

  d ' é t endue

  a«x

  m o u v e

m e n s .

  L es

  .cavités ptérygoïdes'y 'digastriques  ,

:

' e t c .

offrent des exemples de cette disposition.

2°.« Les cavités  de réception sont celles qui servent

à recevoir un orgeme,

 <à

 le

 loger,

  à

 le

;

garantir

  : telles

sont les fosses des os du

  c r â n e ,

  celles des os ilia

q u e s ,

  etc. Ces cavités appartiennent tantôt à la tota

lité de l'os,

1

 dont

  la

  forme est concave, comme on le

voit au coronal, tantôt se trouvent creusées sur une

partie isolée, comme la dépression maxillaire de la

mâchoire inférieure ; toujours elles sont destinées à

une part ie essen tie l le , à une glan de , à un vis cère , e tc .

1 1 -

  2

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l 8 S Y S T È M E

3° . Les cavités de glisseme nt se tro uv en t en g énéral

à l 'extrémité des os longs. Ce sont des rainures plus

ou moins profondes où glissent les tendons, pour se

rendre à l 'endroit

  où

  i ls s ' insèrent . Toutes sont revê

tues d 'u n car t i lag e, e t com plétées par un anne au l iga

menteux t rès- for t . Les tendons, par leur  frottement,

creusent- i ls ces cavités? C'est l 'opinion commune;

mais elle ne nie  paroit pas plus vraisemblable que la

théorie des impressions m us cu lair es, v ascu laires, e tc .

Ces  cavités  devroient  a lors ê t re d 'autant p lus pro

fondes , que les muscles se sont plus exercés ; elles ne

devroient* pa s exis ter da ns les sujets

  paralytiques

 d e

puis leur enfance; elles ne devroient pas exister sur

les  cartilages.d'ossification du  fœtus dont les mem

bres ,ne se m eu ve nt pre squ e pas : or le con traire

s 'observe;c0nstamment. Envisageons donc toutes les

configurations diverses des

  o s ,

  comme une consé

quence

 des lois de

 l 'ossification, lois d'a pr ès lesquelles

les formes osseuses , toutes pr imit ivement arrêtées,

ne font que

 se

 développer . L e volum e des ex trémités

des os longs

 favorise

  l 'existence de ces diverses cavi

tés qui ne  sauraient,  à cause de c e la , nu ire à la

solidité osseuse.

4 ° -  Les cavités d ' impression correspondent aux

éminences du même nom. J 'en ai par lé plus haut .

5°c  Les cavités de transmission sont spécialement

destinées aux vaisseaux et aux nerfs. On en trouve

beaucoup à la tête ;  elles affectent tantôt la forme de

trou, tantôt cel le de conduit , d 'autres fois cel le de

f e n t e ,

  suivant l 'épaisseur ou la largeur des os que

ces vaisseaux ou ces nerfs traversent  pour  aller d'un

endroit à un autre. Le périoste les tapisse

 ;

  plus ou

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O S S E U X .  iCf

moins de tissu cellulaire les remplit. Les nerfs et vais

seaux qu' i ls t ransmettent sont é trangers aux os.

6 ° .

  Les cavités de nutr i t ion, au contraire , la issent

passer les vaisseaux qu i ap po rten t aux

 os

  ou à l 'organe

médullaire les substances qui les réparent. Elles sont

de trois sortes.

Les unes forment des condui ts qu 'on observe ex

clusivement

 sur les oslongsàcavité

 m édul la i re . Chaq ue

os n 'en a qu 'un, s i tué toujours sur son corps , obl i

quement dirigé entre les fibres du tissu  compact,  pé

nétrant tantôt de

  bas

  en haut , tantôt de haut en bas

dans

  Ici cavité

  de

  l ' o s ,  et

  établissant ainsi une com

munication entre le dehors et Je dedans pour le vais

seau de l 'organe médullaire. Ce trou sert en effet

spécialement  à l'exh ala tion e.t à l

a

  nutr i t ion de cet or

g a n e ,

 et

 n'est

  nourr ic ier de l 'os , que secon dairem ent .

La seconde espèce

  de

  cavi tés de nutr i t ion appar

t ient

  spécialement

  au tissu celluleux des os. Aussi

les voit-onpar-lout  où abonde ce tissu,aux  extrémités

des os longs, à la circonférence des os plats, sur

toute la superficie des os co ur ts. L e u r dia m ètre est

plus, considérable qu e celui d u con du it qui pé nè tre

dans la caVité médullaire; i l est moindre que  celui

des conduits du t issu compact. Leur nombre-est t rès-

considérable

 ;

  j 'en ai compté jusqu'à cent quarante

sur l 'extrém ité tibiale du fé m u r, vingt sur le corps

d'une vertèbre dorsale , cinquante sur le calcanéum  ,

etc.

  En général ce nombre est toujours proport ionné

à la quantité de tissu celluleux que renferme  1  os.

Voilà pourquoi on en observe peu sur les os plats du

c r â n e ,

  pourquoi i ls sont plus mult ipl iés

  sCfr

  les os

plats du b as sin , su rto ut là où. ce tissu dev ient  abon-«

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2 0 S Y S T E M E

dant, comme à l ' ischion, à la port ion i l iaque de la

circonférence de l 'os il iaque, etc. En versant du mer

cure dans le tissu spongieux, ils sort en ruisselant de

tous ces tr o u s, e t prou ve ainsi leurs co m m un icatio ns.

Ils sont irrégulièrement dispersés par-tout où ils exis

ten t . O n n 'en renco ntre point sur le corps des os

l o n g s ,

  parce que ce corps ne contient pas ou presque

pas de tissu celluleux.

La troisième espèce de conduits de nutrition est

uniquement dest inée au t issu compact. C'est une in

finité de petits pores que l 'œil distingue manifeste

m e n t, e t par où s 'introduisen t de peti ts vaisseaux qui

s 'arrêtent dans ce tissu. Une preuve manifeste qu'ils

n e

 vont

  point jusqu'au

  t issu-celluleux,

  c 'est que dans

1 expérience p récé de nte , le m ercu re n e

  tt-ôuVe

 jamais

en eux une voie pour s 'échapper aù*dehors. Leur

no m br e est impossible à dé te rm iner ; il estprodigieux

chez l 'enfant. A mesure que dans le

  vieillard

  les os

se chargent de substance calcaire, i ls s 'oblitèrent, et

les vaisseaux qu'ils renfe rm oien t de vie nn en t de petits

l igamens étrangers à la nutr i t ion osseuse qui va tou

jours en

  s'affaiblissant,

  et qui finiroit par s'anéantir,

et à permettre à la nécrose de  s 'emparer des os, si la

m o r t  générale  ne prévenoit cet te mort par t ie l le

  di*

système osseux.

A R T I C L E

  D E U X I È M E .

Organisation du Système osseux.

J L I E

  ti&u  propre au système osseux, y forme la

(partie pr inc ipa le et pr éd om in an te , sur tou t à  mesure

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O S S E U X . 2 1

qu'on  avance en âge. Les organes communs y sont

en bien moindre propor t ion.

§ I

e r

.  Tissu propre au  Système  osseux.

Le tissu des os, comme celui de la plupart des au

tres organes, se paésente  sous l 'aspect de fibres dont

la na ture est par- tout la m êm e , mais qui diverse m ent

a r r angées ,  forment  deux modif icat ions pr incipales:

da ns l 'un e ces fibres plus ou m oins écarté es, pré sen ten t

une foule de cellules; dans l 'autre, serrées les unes

con tre les au tre s, e lles com posent u ne substance co m

pacte , où il est difficile de les distinguer. De là deux

subdivisions du tissu osseux, le celluleux et le com

pact . Les auteu rs en a dm et tent une t ro is ièm e, le ré

ticulaire ; mais il rentre dans le premier.

Tissu  celluleux.

Le tissu celluleux n'existe point dansles premières

périodes de

  l'ossification»

  L'époque de sa formation

est celle où le phosph ate c alcaire s'ajoute à la gélatine

du cartilage

  primitif,  et,donne

  à l 'organe la nature

osseuse. Alors la masse solide du cartilage se creuse

d'une infinité de cellules, parce

  que

  reprise par les

absorbans, la gélatine disparoît à l 'endroit qu'elles

occupent. Une nouvelle n'y est plus apportée par les

exhalans qui continuent à en déposer , e t qui com

mencent à charier du phosphate calcaire dans les tra

verses fibreuses, dont l 'entrecroisement constitue ces

cellules; en sorte que le développement du tissu cel

luleux t ient visiblement à la disproport ion qui sur

vient dans les os à une certaine époque de leur

accroissement, entre les fonctions jusque-là en

  équ i -

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2 2 S Y S T È M E

l i b re ,

  des systèmes exhalant e t absorbant. On ignore

la cause de cette disp rop ortio n

  :

 elle paroît être u n e loi

de l 'ossification. C'est en vertu de cette loi et par  u n

mécanisme ana logue , que

  l'ethmoïde

  d'abord solide

et ple in, ta nt  qu'il étoit car tilag e, se creuse à l 'époqu e

de son ossification, d 'un grand

  nombre

  de cellules.

C'est ainsi que

  les

  sinus

  s p h é n o ï d a u x ,

  f rontaux, e tc .

se forment et s 'agrandissent.

La formation du tissu celluleux est terminée

lorsque toutes les  épiphyses  ont disparu. A cette

épo qu e il no us pr ése nte un e infinité de fibres qui

paraissent naître de la surface interne du tissu com

pact , se portent dans tous les sens, se croisent ,

s 'unissent , se

  séparent,

  se b i fu rqu en t , en un mot

affectent  des directions si irrégulières, qu'il est im

possible d'en suivre le trajet. Leur volume n'est pas

m oin s variable : telle est quelquefois leur té n u it é ,

qu 'à peine peùt-on les toucher sans les rompre ; leur

grosseur est d 'autres fois assez marquée. Souvent au

lieu de fibres  ,  ce sont des lames plus ou m oin s  larges ,

d'où naissent d 'autre s

 lames'plus

 peti te s, qu i sem blent

se

 ramifier,

 et d'o ù

 résultent,

  lorsqu'elles sont rappro

chées , des espèces de conduits que l 'on voit très-bien

en sciant l 'extrémité d 'u n os long tran sv ersa lem en t,

de manière à avoir un segment d 'un demi-pouce.

Les cellules qui résultent de leur écartement, ont

une forme et des capacités très-inégales.

Toutes communiquent ensemble ; les expér iences

suivantes en sont la preuve :  i ° .  Si on fait un trou à

l 'extré m ité d 'u n os lo n g , sur la surface d 'u n os cou rt

ou p la t , e t qu 'on y verse du m e rc u re , il t raverse

toutes les communications, pour al ler sor t ir par les

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O S S E U X .

  2 3

différens tr ou s na ture ls de la surface de l ' o s , qui

 s'ou

vrent

  eux-mêmes

 dans

 les

 cellules. 2 ° .

 Sciez un os lon g

à l 'une de ses extrémités , appliquez sur toute sa sur

face un enduit qui en bouche les

  p o r e s ,

  exposez-le

ensuite au soleil : le suc médullaire ne pouvant s 'é

chapper parles

  pores extér ieurs , v iendra , en passant

successivement par toutes les cellules, sortir par l 'en

dro i t scié.  3 ° . E n vernissant u n os

 s e c ,

  et en l 'ouvrant

seulement en deux points opposés, on fai t passer

par ces

  c o m m u n i c at io n s ,

  de l 'une à l 'autre ouver

t u r e ,

 l'air,

  l'eau et toute espèce de fluide.

On peut donc concevoir l ' intér ieur de tout os

comme formant une cavité générale que rempli t une

foule de fibres entrecroisées. Je n'ai point remar

qué de différence sensible pour la

  direction

  de ces

fibres dans les trois espèces d'os.

Tissu compact.

Il n'en est pas des fibres qui forment le tissu c o m

pact, comme de celles du précédent. Ces fibres juxta

posées ne laissant

 entr'elles

  aucun in terva l le , donnant

par leur rapprochement une densité remarquable au

tissu qu'e l les composent, se

 trouvent»dirigées  longi-

tudina lement dans les os

  l o n g s ,

  en forme de rayons

dan s les

  p l a t s ,

  et sont entrecroisées en tous sens dans

les courts. Cette tr iple disposition des fibres du tissu

compact

  paroît absolument tenir au

  mode

  d'ossifi

cat ion. En effet , lorsqu'on examine ses progrès

  sûr

les cartilages primitifs, on voit ces organes

  s'en

croûter de phosphate calcaire , suivant

  la

 m êm e d i rec

tion que dans la suite doivent affecter les fibres.

Aussi ces fibres sont-elles très-a pp are nte s dan s le  pre-

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2 4 S Y S T È M E

mier  âg e , sur les os du crâne en pa rticulie r. A m esu re

que le phosphate calcaire su ccessivem ent entassé dan s

le  parenchyme car t i lagineux, v ient  à y p r é d o m i n e r ,

tout semble se confondre dans le tissu compact en

une masse homogène. Mais alors encore, i l est  dif

férentes circonstances qui nous indiquent la

 direction

primitive des fibres :  i ° .  lorsque par un acide on en

lève aux os leur po rtio n calcaire, alors la po rtio n carti

lagineuse

 garde, com m e un e espèce de

 moule,-la

  forme

qu'affectojent

  les substances qu i la rem pl iss oie nt , et

offre des espèces de fibres dont la direction est la

m ê m e

  que celle

  indiquée dans les trois espèces d'os.

Aussi si

 on

  vient alors à déchirer les lames cartilagi

neuses , c 'est dans cette direction qu'il est le plus fa

cile

 de

 les enlever. 2 ° . Le s fentes qui sur vie nn en t aux

os long-temps exposés à

 l'air,

  suivent en géne'ral le

sens naturel des fibres.

  5 ° .

  Les os calcinés offrent à

peu près le même phénomène.

La direction

  des

  fibres du tissu compact change

absolument dans les apophyses , où elle ne suit point

celle de l 'os principal. Dans celles qui par leur forme

part ic ipent au caractère des os longs, comme  dans la

styloïde ,  ces fibres sont longitudinales; elles se diri

gent suivant tous les sens dans celles qui, comme la

mastoïde, les diverses espèces de condyles, e tc . , se

rapprochent de la conformation des os courts .

L'assemblage des f ibres forme, suivant les anato-

mis t e s ,

 des lames qu'ils on t considérées co m m e juxta

posées , e t tenant  enlr*elles  par des chevilles suivant

les uns, par l 'entrecroisement des fibres suivant les

autres. Ces lames osseuses ne me paraissent point

exister dans la naLure.  Toutes les  fibres du tissu

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O S S E U X .

  2.5

compact se tiennent,  se croisent , e t forment un tout

qu 'on ne peut point concevoir de ce t te manière ,

.laquelle  d'ailleurs ne s'accorde point avec l ' irrégula

rité de la distribution des vaisseaux. L'art sépare ici

les fibres couche par couche, comme il le fait dans

un muscle , dans un l igament, e tc . ; mais ces couches

sont purement factices :

  présenter les

  os comme

étant leur réunion, c 'es t donner une idée inexacte

de leur structure. I l est plus inexact encore de consi

dérer ces couches comme adhérentes les unes aux

autres par des chevilles osseuses, par l 'attraction, par

une matière glutineuse qui ser t de colle . Toutes

ces idées, contraires à l ' inspection anatomique, sug

gérées par une fausse application des lois de l 'adhé

rence des corps inorganiques à l 'adhérence de fibres

organisées, n 'appart iennent plus qu 'à l 'histoire des

erreurs physiologiques. I l est une circonstance qui

prouve, di t-on, t rès-manifestement la structure lami

né e de s os ; c 'est le ur exfoliation. Il est vrai q ue

souvent des lames très-distinctes se séparent de l 'os

v iv a n t; m ais ces lame s ne* sont au tre chose qu e le

produit de l 'exfolia t ion el le-même. Alors, en effet ,

l'os meurt à sa surface ; les vaisseaux superficiels ne

reçoivent plus de sang ; ce fluide s'arrête sous la por

tion privée de vie; l 'exhalation du phosphate calcaire

y trouve ses

  limites

 ; tou te espèce de

  vaisseau

  s a n

g u i n ,

  exhalant, absorbant,

  se détruit ; une inf lam

mation lente , avec suppura t ion, survient , é tabl i t la

ligne de dé m arc atio n, et com m e cette ligne est so uve nt

au même niveau, tout ce qui est au-dessus d'elle de

vient une  lame  inorganique qui tombe peu à "peu,  et

qui

  conserve sa solidité osseuse, parce que les ab-

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O S S E U X .  2 7

osseuses qui s 'écartent les unes des autres, et laissent

entr'elles  des espaces qui n 'existoient pas; ce qui

do nn e au corps d es os longs rachit iqu es, un e épais

seur  très - co nsi dé rab le. J 'ai fait plu sieu rs fois cette

observation.

Disposition des deux Tissus osseux dans les trois

espèces d'os.

Les tissus osseux, considérés dans les diverses es

pèces d 'os, se comportent différemment. En général

le compact forme l 'extér ieur , l 'enveloppe de l 'os, e t

le celluleux en occupe l ' intérieur. Les cornets du nez

offrent seuls une exception à cette règle, dont nous

allons examiner les modifications.

i ° .  D a n s les os longs , le tissu com pact a un e

épaisseur très-remarquable au centre , où i l rempli t

le triple

  u s a g e ,

  d'abord de protéger efficacement

l 'organe médullaire , dont i l est l 'enveloppe, ensuite

d'assurer la solidité de l 'os en cet endroit où se rap

por tent , p lus qu 'aux extrémités , les grands ef for ts

de la locomotion, des c h u t e s ,  des contre-coups, e tc . ,

et où l 'os, traversé seulement par quelques fibres  cel-

luleuses très-foibles,ne peut emprunter sa résistance

que de

  ses

  parois externes, enfin de diminuer ainsi

sans danger le volume de l 'os à la partie moyenne du

membre , dont la forme devient par là , comme nous

l 'avons v u , beaucoup plus régul iè re . A m esure q u 'o n

s'éloigne du centre, on voit sur un os long, scié lon-

gitudinalement,

  le t i ssu compact d iminuer d 'épa is

seu r, et ne form er enfin aux extrém ités

 qu

  une couche

mince analogue à celle qui revêt les os courts. Aussi

la force de résistance des os longs à leur extrémité

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2

8  S Y S T E M E

est-el le moins dans leur écorce compacte , que dans

la grande quantité de tissu celluleux entassé sous.

celte écorce; c'est elle surtout qui empêche les frac

tures :  d'où l 'on voit comment la proportion des tissus

compact et celluleux étant inverse dans les deux par

ties de l 'os, le mode de leur résistance est également

inverse.

Le tissu celluleux dans les os longs diffère un peu,

examiné dans le canal médullaire ou aux extrémités.

Dans le canal , ce sont des f i lamens extrêmement

minces, continus et aux fibres plus grosses qui rem

plissent en haut et en bas les extrémités de l 'os, et

 à

la portion compacte qui forme le cylindre osseux.

Rares et semés comme au hasard dans le milieu du

canal, ces filets se rapprochent entr 'eux , et forment

un e espèce de réseau à m es ur e qu 'ils s'éloignen t de

 ce

milieu : de là le

  nom

  de substance réticulaire par

lequel on l 'a désigné. Mais ce n'est point un tissu

distinct; c 'est seulement une modification du cellu

leux, modification qui est caractérisée  spécialement,

i ° .  par la ténuité des fibres, 2°. par l 'absence cons

tante de ces lames minces et courtes qui app artienn ent

fréquemment à ce tissu considéré dans les autres

parties. Au reste, l 'usage manifeste de cette portion

de tissu celluleux , trop  foible  pour concourir à la

résistance  de  l ' o s ,  .est  évidemment de servir d 'appui

au

  sj"stème

 méd ul la i re , et

 d'insertion

  à sa membi'ane.

Aux extrémités  des os long s,

  les

  fibres'du tissu cellu

leux grossissent peu à peu, se rapprochent entr 'elles,

sont parsemées de la m es , e t do nn en t à l 'o s, par

  leur

ensemble et par leur n o m b re , une épaisseur et une ré

sistance

 rem arqu able s , sans cependant en augm enter

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O S S E U X .  2 9

le poids

 ; ce

 qu i favorise s ingulièrem ent

 la locom ot ion ,

vu que ce poids, placé à l 'extrémité du

  levier,

  eût

été  très-pénible à soulever.

2

0

.

  Dans les os plats , le tissu compact forme deux

lam es ex tér ieu res , do nt l 'épaisseur est m oy enn e entre

Celle

  du milieu des os longs, et celle de l 'extrémité

d e

  ces,

 m ê m e s

  o s ,

  ou celle des

  os

  cour ts . Entre ces

deux lames se trouve le tissu celluleux, semblable

  en

général à celui de l 'extrémité des os longs, un peu

plus laminé cependant, plus épais ordinairement à là

c i rconfé rence ,

  souvent presque

 -nul

 da ns le m ilieu de

l 'os où les deux lames compactes

  juxta-posées

:

la is

sent a lors voir une lumière qu 'on place par derr ière .

E n gé né ral, p ar-tout où les os larges sont ainsi m in ce s,

parle

  défaut de tissu

 ce l lu leux ,

  des muscles très-forts

se rencon t ren t ,

 et

 suppléent par

 leurscouches

1

 épaisses

à la solidité de l 'os. On en voit des exemples dans

les fosses iliaque,  souscapulairey  occipitale in fé

r ieure , e tc .

3 ° .  Dans les os courts, le tissu celluleux prédo

mine toujours; l 'os

  eh

  est presque tout formé ; une

légère couche de tissu compact forme seulement son

enveloppe, e t sous ce rapport l 'organisat ion de  ces

0$

  est la même que celle des os longs à leurs

  e x t r é

mités : aussi la résistan ce d e l'os dépend -elle de la tota

lité d e sa m as se , et auc un po int n e fait-il un plus g rand

effort pour s 'opposer aux fractures. On voit,

  d'après

tout ce qui a été dit jusqu'ici, le mode   successif  de

solidité des divers os. Dans le milieu des os longs ce

n'est presque qu'au t issu

  compact,

  dans les os plats

c'est

 au ta nt à ce tissu qu  au celluleux, dans les extré

mités des  os  longs et dans les

  os

  courts ce n'est

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3 o S Y S T È M E

pres qu e qu 'à ce d e rn ie r, qu est d u e cett e solidité'.

4 ° .  Dans les éminences osseuses, le t issu compact

est en général plus abondant qu 'a i l leurs,  sur-tout

dans celles d ' inser t ion, comme dans les l ignes sai l

lantes des os longs qui en sont toutes formées, dans

les aspérités des surfaces osseuses, dans leurs angles.

Si l 'éminence est un peu c on sidé rab le ,

 il

 y en tre aussi

plus ou moins de t issu celluleux, comme on le voit

dans les apophyses épineuses, t ransverses, des vertè

b r e s ,

  coracoïde  , mastoïde , e tc . Les éminences des

articulations mobiles sont en général moins pourvues

de tissu

  compact,

  le cartilage articulaire

  y.

  suppléant

pour la solidité de l 'os. Celles des articulations im

m o b i l e s ,

  au co ntr a i re , m oins grosses en gén éra l ,

co m m e, par ex em ple , les dente lures des os du crâne ,

e tc . ,

 son t à pro po rtio n plus com pacte s qu e celluleuses.

5 ° .

  Dans les cavités osseuses, toutes celles qui

servent aux ar t iculat ions mobiles, ne sont pourvues

qu e d 'un e lame com pacte très-légère ; elle est plus

épaisse lorsque l ' immobilité est le caractère des arti

culations. En général tous les trous, cavités et con

d u i t s ,  qui t ransmet tent d 'une région à l ' autre , des

vaisseaux, des nerfs ou d 'autres organes, sont par

tout tapissés d'une couche compacte qui les garantit

de l ' impression de ces parties. Les trous de la base

du crâne , les condui ts denta i res , v id iens , e tc . sont

un exemple de cette disposit ion.

De la Com position du Tissu osseux.

Quelles que soient les modifications sous lesquelles

il se présente, le tissu osseux a  par-tout  la même

nature ; les mêmes élémens le forment : or ces

  é ié-

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O S S E U X .  3 l

mens sont spécialement une substance saline calcaire,

et une substance gélatineuse.

L'existence de la substance

  salin»

 da n s les os est

prouv ée de différentes m anières :

  iP.

 La com bus t ion ,

en détruisant la portion, gélatineuse, laisse un corps

f r i ab le ,  cassant,

  de forme analogue à celle de l 'os,

et qui

 n'est

  autre chose que cette substance sal ine,

laquelle ressemble, pour ainsi dire , à un corps moulé

qui garde la forme du moule après que celui-ci a été

en levé .

  Si la combustion est poussée très-loin, et

qu 'on ; fasse rou gir les

  os

  calcinés, i ls éprouvent une

demi-fusion

  qui les rapproche de l 'état de porcelaine;

.U§,pn,t  a lors un gra in s er ré , f in , de m i-v i t reu x, u ne

demir-transparençe et  cet aspect qui appartient aux

terres vitr if iées. 2°. L'exposition des os à l 'air très-

longrtpmps  continuée, produit un effet à peu près

ana^pgue  à celui du  premier  degré de combust ion,

quoique cependant la gélat ine se trouve rarement

alors exactement enlevée, et la portion saline si par

faitement

  à nu que par

  l'action

  du feu. Au reste ,

i l faut un temps très- long pour produire cet

  effet,

surtout sur les os épais

 ;

  les os minces sont plus fa

cilem ent altérés : j 'a i souvent fait cette obs ervatio n.

Après-«dix  ans d'exposition à l 'air  et à ,1a

 p l u i e ,

  j ' a i

observé, qu e d es clavicules prises au ci m etiè re de

  Cla-

mart,

:

p_rése-ntoient

  par l 'act ion des acides, un paren

ch ym e cartilagineux presq ue égal à celui d 'u n os séché

depuis quelque temps. Mais enfin ce parenchyme

disparaît,

  et l 'os finit par tomber en poussière lors

qu'il n 'est plus soutenu par lui, et que les molécules

de la.-substance  calcaire restante ont été désunies

par . le tem ps . 3 ° . D an s toutes les maladies  cancé-

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3 2 S Y S T È M E

reuses portées au dernier pér iode, les os prennent

une friabilité qu'ils ne doivent  qu'à  la proport ion

plus grande  de'cette dernière  subs tance , p ropor t ion

née elle-même du peu de gélatine qui

  s'exhale

  alors

dans les os . 4° . Lorsqu 'un os  a  été exposé pendant

quelque temps à l ' ac t ion d 'un ac ide , de  l'acide  ni

t r ique par exemple , une por t ion de sa substance

lui est enlevée par cet acide

 ,•

  et cette portion est ma

nifestement un sel calcaire , comme on le voit

  en

mêlant à la dissolution un alcali qui,  s'unissant

  aus

sitôt à l 'acide, met à découvert ce sel, en le fiiisàijt

précipiter . 5°. La machine de Papin, en dissolvant

par l 'action de l 'eau réduite en vapeurs la

  portiôïr

gélatineuse , met également

  en évidence cette -partie

saline calcaire.

Schéele a trouv é qu e cette po rtio n est u n sel neutre

à base terreuse ,  le-phosphate  de chaux. Souvent  'le

phosphore immédiatement à nu sur les os frais ,

  leur

donne une apparence lumineuse qui la fait distinguer

de très-loin pendant la nuit. C'est tantôt la totalité

de l 'os, tantôt quelques points seulement qui devien

nent lumineux. Toujours j ' a i remarqué dans les en

droits éclairés une exsudation huileuse, soit qu'elle

provînt du  suc  médullaire , soit qu'elle  fût  formée

par la graisse des parties molles voisines de l 'os.

Différens faits aussi évidens que les précédens,

cons ta ten t , d 'une maniè re non moins i r r évocable ,

l 'existence dans les os d 'une substance gélat ineuse:

i

 ° .

  Lorsque dans la dissolution des os par les acides,

le phosphate de chaux les a abandonnés , i l reste un

corps cartilagineux, f lexible, élastique, jaunâtre lors

qu 'on a em ployé l 'ac ide ni t r iqu e ,

 de

 m êm e forme

  que

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O S S E U X . 3 3

l 'os. Or on sait que la

 gélatine

  nourrit spécialement

les cartilages. 2°. Si on soumet d'ailleurs ce résidu

cartilagineux à

  l'ébullition,

  on en extrait  une  très-

gran de qua nti té de gélat ine, qui se dissout d ans

 l'eau,

et que le tan précipite ensuite. Cette substance peut

être même enlevée aux os, sans l 'extraction prél imi

na ire d u pho sph ate calcaire : c 'est ainsi qu 'ave c de s

os dépouil lés de tout organe environnant, e t réduits

en fragmens très-peti ts , e t même en poudre par l 'ac

tion de la

  r â p e ,

  on parv ient à faire des bouillons très-

nourrissans, des gelées fortif iantes. Ce n'est pas sans

raison que dans la préparation du bouilli , on laisse

l 'os attaché à la viande: outre les organes blancs qui

l 'entourent , e t l 'huile médullaire qu ' i l contient , i l

fournit au bouillon une substance qui lui est propre.

3 ° . JLa  combustion des os, e t sur tout de leur résidu

cart i lagineux, don ne un e ode ur exactem ent semblable

à celle de la com bu stio n d es différentes colles anim ales

que la gélat ine forme spécialement, comme on sai t .

4 ° .  Dans les différentes affections où les os se ramol

l issent , la substance terreuse diminue plus ou moins

sensiblement, e t la gélat ineuse reste plus abondante.

en propor t ion que de coutume.

Ce s de ux su bs tan ces , gélat ineuse et

  s a l i n e ,

  qui

en t ren t

  essentiellement

  dans la composit ion des os,

leur imp r imen t des

 caractères

  très-différens. Le phos

phate calcaire, presque étranger

  à

 la

  vie,n'est

  dest iné

qu'à donner aux os la solidité et la résistance qui les

caractérisent. La substance gélatineuse au

  cont ra i re ,

po rte spécialem ent le caractère anim al : aussi l'activité

vitale  est-elle,en  raison inverse de l 'une, et directe  de

l'autre, com m e no us le verron s. Pr ivé s de la seco nd e,

1 1 .  3

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3 4  S Y S T E M E

les os ne sont plus susceptibles d 'ê tre d igé rés , ils

 n'of

frent point de prise aux sucs gastriques; ceux-ci ne

sauraie nt en ex traire de m atière nu tr i t iv e, parce qu'i ls

agissent à peu près sur eux comme l 'eau qui dissout

la substance gélatineuse et l 'extrait de la portion sa

l ine. Divers anim aux qu i avalent  les os frais pour s'en

n o u r r i r , m o u r r a ie n t

 à

 côté d'u n os ca lcin é: aussi plus

les os contiennent de cette

  s u b s t a n c e ,

  plus ils sont

nourr issans; ceux des jeunes animaux sont sous ce

rapport plus propres à faire des bouillons  géla t ineux,

à être digérés tout crus par l 'estomac de certaines

esp èce s, etc. Si on expose un os à l 'action d'un

a c i d e ,

  de manière à n 'avoir que son parenchyme car

t i lagineux, e t qu 'on fasse ensuite ramoll ir ce paren

chyme dans l 'eau bouil lante , i l devient un al iment

qu 'on peu t manger .

Outre le phosphate calcaire et la  g é l a t i n e ,  les os

contiennent encore quelques pr incipes sal ins, comme

le sulfate et le carbonate de soude , etc. Mais leur

proportion est trop petite pour nous occuper ici. Je

renv oie sur ce po int au x traité s des chim istes , au

grand ouvrage

  du

  ci t . Fourcroy en part iculier .

§ I I .

  Parties comm unes qui entrent dans l'orga

nisation du Système osseux.

Les anciens rangeoient ' les os parmi les parties

blanches, parmi les

  t e n d o n s ,

  les cartilages , etc. Ce

pendant il suffit d 'en examiner l ' intérieur pour voir,

par la rou geu r qu i les dis tingu e , qu e bea uc ou p de

sang y aborde. Ce sang y pénètre par trois ordres de

vaisseaux  :  les uns appart iennent à la cavité médul

laire des os lo n g s, les au tres au tissu cel lul eu x, les

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O S S E U X .  3 7

et te l , qu ' i l excède de beaucoup le diamètre naturel .

L es o stéo-sarcomes, les spina

 ven tosa ,

 e t c . ,

 présentent

cette

  d i spos i t i on ,

  laquelle est plus souvent observée

dans les tumeurs cancéreuses que dans toute autre .

Ces va isseaux communiquent tous ensemble par

des anastomoses multipliées : c 'est ce qu'on voit sur

tou t dans les os lon gs, entre ceux de l 'organe m édu l

laire et ceux du tissu celluleux. Par ces communi

cations , ils

  se

  suppléent mutuel lement dans leurs

fonctions. J 'ai vu le trou no urr icie r d u tibia com plè

tement obli téré dans un cadavre que

  j ' injectois.

  U n e

espèce de cartilage remplissoit ce trou ; l 'artère ne

formoit plus qu 'un véri table l igament. Cependant sa

bifurcation dans le canal médullaire se trouva très-

bien injectée, et d 'ailleurs aucune altération ne se

manifestoit dans la nutr i t ion de l 'organe médullaire ,

qui avoit prob ablem ent reçu autan t de sang qu'à

  l'or

dinaire . Je ne trouvai  rien  aux environs du trou, qui

ina

  quàt

  la cause de cette oblitération qu'une exos-

t o s e ,  une affection  du  périoste ,  un#  in f lammat ion ,

peuvent t rès-bien produire .

D 'u n autre c ô té , on sait qu e des lames osseuses

très-considérables sont souvent enlevées sur l 'extré

mité des os longs par la carie, qui détruit par consé

quent tous les vaisseaux correspondans à ces lames,

et que cependant l 'os vi t au-dessous, pr incipalement

aux dépens du sang qu'il reçoit par les extrémités de

l 'artère de l 'organe médullaire. C'est aussi à peu près

ce qui  arrive  aux os longs dans le pre m ier âge où les

extré m ités cartilagineuses n'offrent point de vaisseaux

du second

  o r d r e ,

  où presque tout le sang vient par

conséquent de cette même ar tère de l 'organe médul-

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3 8 S Y S T È M E

laite : aussi est-elle bien plus grosse à proportion, et

le trou qui la reçoit est-il bien plus prononcé.

R ien n 'est encore con nu sur les systèm es des vais

seaux absorbans et exhalans des os, e t nous ne pou

vons raiso nn er sur ce po int q ue p ar analog ie. D u reste

le travail nutritif les y suppose incontestablement.

Quant à leur tissu cellulaire, i l paroît être presque

n u l ;

  on peut même dire qu en

 quelque-endroit

  que

l 'on rom pe les fibres celluleuses ou co m pa ct es , jamais

ses filamens n'y sont distincts : m ais c 'est leu r  textuse

den se et serrée qui nous les dé ro be . E n effet,

  i

 °. quand

cette texture se ramollit , que l 'os se carnifie, comme

on dit, le tissu cellulaire y devient très-apparent.

2 ° . Les bourgeons  c h a r n u s ,  nés sur les endroits frac

turés , ou mis à découvert, ne sont que l 'extension

de ce tissu cellulaire qui se trouve pénétré d une trop

gran de qu an tité de sub stance calcaire , po ur être

aperçu dans  létal  na ture l .

  3^ .

  Après avoir enlevé à

un os frais toute cette substance par un acide, j 'ai

rémarqué  quelquefois des fikmens cellulaires en

séparant les fibres cartilagineuses qui forment le pa

renchyme

  restant . 4 ° . L or sq u 'o n fait bouillir ce paren

chyme cartilagineux pour en extraire la gélatine, i l

reste des portions  de membranes qui sont manifeste

ment celluleuses.

On ne peut suivre les nerfs dans les os, tant sont

tén us les filets qu i y p én èt re nt : je ne sache pas que

l 'anatomie ai t sur te point aucune donnée posit ive.

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O S S E U X .  3 p

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système osseux.

§

  I

e r

.

  Propriétés physiques.

Xjes

  os ont des propriétés physiques très- cara cté-

r isées.

  La solidi té , la dureté sont leur apanage part i

culier : or ils em pr un ten t cet te dou ble pro priété du

phosphate calcaire qui les pénètre; aussi  va- t -e l le

toujo urs en croissant avec l 'âge , parce que cette sub s-

tancey devient de plus en plus préd om inan te . L 'é las

ticité est une autre propriété physique des os , qui se

trouve combinée avec les deux précédentes, mais qui

es t en ordre inverse ; comme

  c'est

  dans la substance

gélat ineuse, dans la port ion car t i lagineuse de l 'os,

qu 'e l le

  r é s i d e ,

 e lle est d 'au tant p lus m ar q ué e , com m e

cette port ion, qu 'on est plus près de l 'enfance. Chez

le viei l lard, les os perdent entièrement e t leur sou

plesse et leur é las tic ité; ils se ro m pe n t plus facile

ment. L'élasticité est plus sensible dans les os longs et

grêles, que dans ceux qui ont plus de volume

 :

  le pé

roné se courbe et revient très-manifestement sur lui-

même; ce que le tibia ne fait qu'avec difficulté. Ce

n'es t pas qu e l 'un soit plus élast ique que l ' a u tr e ,

mais c'est que sa conformation est plus favorable au

développement de cette propriété .

§ 1 1 .  Propriétés de tissu.

Quoique la dureté et la solidité du tissu osseux

sem blen t s 'opposer à tou te espèce d'ex tens ion et de

contrac t ion, cependant ces deux phénomènes y sont

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4«0 S Y S T E M E

souvent très-apparens, et les propriétés de tissu dont

i ls dér ivent , t rès-sensibles.

L'extensibilité des fibres osseuses est prouvée par

l 'observation d 'u n e foule de m al ad ie s, par le spina

ventosa, par le péthradocace, par le gonflement du

sinus maxillaire lorsqu'il contient un polype, par l 'é

largissemen t des os du crâne dans l 'hydro céph ale , e tc .

Je rem arqu e au sujet de ces diverses exte ns ion s,

qu e souv ent p ar l 'influence de causes a na lo gu es , les

os qui prêtent et se distendent dans les cas ci-dessus,

sont br isés , usés , dé t rui ts dans d 'autres . Un polype

du nez perce la c loison naso-palat ine, sans l 'avoir

pré l imina i rement d i s tendue ;

  l'anévrisme

  de l 'aorte

ne fait point ployer le sternum en devant, f léchir les

vertèbres; mais il perce, i l détruit ces os. Aquoi tient

cette différence d'effets, sous l ' influence de causes à

peu près identiques? Cela n'est pas facile à détermi

n er . La contrac tilité de tissu est très-man ifeste da ns les

o s ,

  dès que la cause qui en distendoit les fibres,

  est

enlevée. On voit l 'alvéole se resserrer, et même

  s'ef

facer , qu and la de nt en a été arrach ée. L a di m in ut ion

d'épaisse ur de la m âc h oi re , après la pousse des de n ts ,

ne vient que du resserrement de  ses  fibres, que ces

os ne distendent plus  autant,  parce que la racine a

moins de  largeur  que la couronne qui se trouvoit

jusque- là to ta lement dans l 'os . Le s inus maxi l la i re

se rétrécit quand on a enlevé le fungus, ou donné

issue au pus de l 'os carié,

  etc .

  etc. Si la mort n 'étoit

pas trop promptement le résultat de la ponction à la

tête des hydro céph ales, je suis persuadé qu 'on verrai t

peu à peu les os revenir sur eu x- m êm es , e t rendre

à la cavité du crâne ses dimensions naturelles. Lors-

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O S S E U X .  4

1

qu 'on a enlevé le séquestre d 'u n os long né cr os é, l 'os

n ou v ea u, formé à l 'extér ieur aux dépen s du pério ste ,

se resserre et revient sur lu i-m êm e d 'un e m aniè re

manifeste . Dans l 'a trophie  du-nerf  optique , le trou

du m êm e nom devien t plus étroit . L 'or bi te se resserre

qu an d l 'œil canc éreux en a été extirpé . J 'ai disséqué

le conduit carotidien dans un chien dont j 'avois lié

une carot ide : il n 'y avoit au cun resserrement,  parce

que le sang venant des anastomoses , dilatoit l 'artère

comme à l 'ordina ire .

Ce retour des os sur  eux -mêmes ,  en vertu de  la

contracti l i té de t is su , n 'est point aussi pro m pt qu e

celui des muscles, de la peau,  etc.,lorsqu'ils  cessent

d 'ê tre distendus par une tumeur, par une collect ion

a q u e u s e ,

 e t c . .

  Cela tient à la différence du tissu or

ganique , à la rigidité

  des^

  fibres osseuses par la subs

tance calcaire qui les su rch arg e,

 etc.

 A insi la sensibilité

organique y est-el le moins prononcée.

§ 1 1 1 .

  Propriétés vitales.

Les os n 'ont presque pas de propriétés animales

dans l 'état naturel. La sensibilité y est nulle : la

  sc ie ,

le

  maillet,

  le c iseau , a l tèrent presque im pu né m en t

leur tissu  ;  le sentiment obscur du tact est le seul ré

sultat de l 'action de ces instrumens ; le feu les attaque

m êm e sans faire souffrir bea uco up l 'anim al. M ais

dans l 'état pathologique , cette sensibilité s 'y déve

loppe au plus haut degré : on

  connoit

  les douleurs

atroces qui accompagnent le spina ventosa, le péthra-

docace, celles non moins vives que la carie détermine

en certains

  c a s ,

  e tc . Si un os es t enf lammé, comme

par exemple l 'extrémité sciée du moignon dans une

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4 2 S Y S T È M E

amputation, cet os qui dans l 'é ta t naturel avoit sup

por té , sans t ransmet t re une impress ion pénible , l ' ac

tion de la scie , d evie nt po ur ainsi dire u n organe

sensilif  nouveau, où le moindre contac t es t doulou

reux. La contractili té animale est nulle dans le sys

tème osseux.

Les propr ié tés organiques animent ce système,

comme tous les autres. La sensibilité de cette espèce

y existe certainement; ils sentent les fluides qui les

p én èt re nt ; ils s 'approp rient en vertu de ce s entim ent

ceux qui conviennent à leur nutr i t ion. Mais réagis

sent-ils sur ces fluides? ont-ils ces oscillations insen

sibles qui composent la contractili té organique insen

sible? Le ur du reté semble s'y refuser . M ais cepend ant

la  circulation s'y opère ; il se fait en eux un travail

co nt in u el , une décomposi t ion e t une composit ion

habituelles, qui ne peuvent guères se concevoir sans

réaction de leur pa rt. A u reste , cette réaction est plus

l e n t e , plus difficile à cause de leu r st ru ct u re ; et de

là  sans doute la lenteur dont nous allons parler dans

les phénomènes vitaux du système osseux. La con

tractili té organique sensible lui est étrangère.

Caractère des Propriétés vitales.

La vie propre des os ne se compose donc que de

deux propriétés vitales , la sensibilité organique et la

contracti l i té organique insensible . De ces deux pro

priétés dér ivent tous les phénomènes vitaux que nous

présentent ces organes, les inf lammations, la forma

tion des tumeurs, la cicatrisation de leurs solutions

de cont inui té , e tc . Cet te v ie propre es t remarquable

en général , comme je viens de l 'observer , entre les

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O S S E U X .  4 3

vies propres des autres

  o r g a n e s ,

  par sa lenteur par

t iculière , par l 'enchaînem ent

 tardif de

 ses phé nom ènes .

Toutes choses égales du côté des

  âg es ,

  de s p ropor

tion s diverses de su bstances terreuse et ca rtilagin eus e,

l ' inflammation y est plus lente que dans les autres

parties. Le cal est remarquable entre les autres cica

trices par la du rée d e sa formation  : com parez un e exos-

tose dans son origine, ses progrès et son développe

m en t , à une tu m eu r des parties

 m ol les,

 à un phlegmon

pa r ex em pl e, et vous verrez la différence. Q ui ne sait

que tandis que la suppuration n 'exige souvent que

quelques jours dans les autres organes, elle reste des

mois entiers à se former au milieu des os? Voyez la

différence qu'il y a entre une gangrène des parties

molles où la mort succède à la vie dans un court es

p a c e ,

  et la carie, la nécrose des

  o s ,

  où de longs in

tervalles sont nécessaires pour le passage du premier

au second de ces

  états^

  En général on peut dire que

par là m êm e qu el le existe dan s un

  o s ,

  l ' inflammation

y est chronique.

Sympathies.

Ce caractère des propriétés vitales en imprime un

analogue aux rapports  sympathiques  du système os

seu x avec les autre s sys tèm es. D 'ab or d la con tractili té

animale, la contracti l i té organique sensible ne sau-

roi en t être mises en jeu dan s ces ra pp o rts , puisqu 'elles

n 'existent pas dans les os. La

  sensibilité

  animale ne

s 'y développant

  qu'avec

  peine et avec lenteur par les

maladies qui les affectent

  essentiellement,

  les sym

pathies ne sauraient l 'y mettre en jeu que d 'une ma

nière obscure. Ces sympathies doivent donc essen-

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4 4 S Y S T È M E

tiellement porter sur la sensibilité organique et sur la

contracti li té organiqu e insensible , e t com m e ces deux

propriétés ne se développ ent qu 'avec le n te ur , les sym

pathies diverses do iven t être étran gère s au x affections

aiguës des autres organes; c 'est ce que l 'observation

prouve évidemment . En ef fe t , remarquez que pen

dant que divers autres systèmes répondent avec une

extrême prompti tude aux maladies a iguës d 'un or

g a n e ,

  celui-ci, ainsi que les systèmes cartilagineux,

fibro-cartilagineux, etc., reste presque toujours alors

dans

 l'inaction.

 Q ue

 Y

 es tom ac, le p o u m o n , le cerveau ,

e tc . ,

 soient le siège d unemaladie un peu grave qu i porte

ce caractère

  a i g u ,

  vous voyez aussitôt une foule de

phénomènes sympathiques naître dans les systèmes

ne rveux , va scu la i r e , muscu la i r e , g l andu leux , cu

t a n é ,

  muqueux, e tc . e tc . ; tous semblent ressentir le

mal de l 'organe affecté ; chacun , suivant les forces

vitales  qui y

  dominent,

  présente différens phéno

m èn es , qu i ne

 sont

 que des ab erra t io ns , des dévelop-

pemens  irré gu liers de ces forces : da ns le systèm e

musculaire animal, c 'est la contracti l i té animale qui

est sur tou t exa ltée; de là les spas m es, les convulsions :

dans le g landuleux, le séreux, le cutané , le mu

queux, e tc . , ce sont la  contractibilité  organique in

sensible , la sensibili té org an iq ue , qui é prou ven t pr in

cipalement des altérations ;  de là les troubles divers

et sympathiques des sécré t ions, d e la

 sueur -,

 de s exha

lations : dan s le ner v eu x c'est la sensibilité anim ale

qui es t sur tout mise en jeu sympathiquement ; de là

les douleurs vagues ou fixes en diverses parties;

da ns le mu scula ire o rg an iq ue , c 'est la contractili té

organique qui est exas pérée ; de là les m ou vem ens ir -

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O S S E U X .

  4 5

régul ie rs du cœur , de l ' es tomac, des in tes t ins . Dans

toutes les maladies aiguës d'un organe il y a toujours

deux ordres de symptômes, les uns relat ifs à

  l'or

gane affecté, comme sont la toux, le point de côté, le

crachement de sang , la difficulté de

  respirer,

  e t c . ,

dans le s pé r ipneumonies , l e s au t res purement

sympathiques et dér ivant des rapports qui l ient

la vitalité de cet organe à

  celLe

  de tous les autres :

or ceux-ci sont souvent bien plus nombreux que les

autres .

Considérez les os au milieu de tout ce trouble

sympathique général des systèmes où la vie est très-

ac t ive ; i l s n 'éprouvent aucune a l té ra t ion; leur v ie ,

plus lente que celle des autres systèmes, ne se prête

po int à ces ph én om èn es , qui porte nt le caractère aigu ;

il en est de même des cartilages, des fibro-cartilages ,

des poi ls , des cheveux, des aponévroses , e tc . Tous

ces sy stè m es, remarq uables par le m êm e caractère d e

vitalité, ne répondent point aux affections aiguës des

autres systèmes; i ls ne sont point sympathiquement

affectés, pendant ces affections, d 'une manière sen

sible au moins. Voyez toutes les fièvres aiguës; leurs

no m bre ux p héno m ènes ne portent que sur les

 systèmes

où la vie est très-active : tous  ceux où elle est m arq ué e'

par un caractère opposé, restent constamment étran

gers à ces phénomènes : i ls sont, pour ainsi  d i r e ,

calm es et tran qu illes, au milieu d es orages qui agitent

les autres. Prenons pour exemple les éruptions di

verses qui ont  lieu  dans les fièvres; c'est sur la peau,

sur les surfaces m u qu eu se s, e tc . qu 'e lles arr iv en t:

nées pendant la fièvre, elles s'en vont avec elle : or les

o s ,

  les car t i lages, e tc . ne pourraient

  point

  se prêter,

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^6

  S Y S T È M E

par leur mode de vie , à cet te or igine soudaine et à

cette dispari t ion rapide.

C'est donc dans les affections lentes et chroniques

qu'il faut chercher des exemples de sympathies des

systèmes osseux, car t i lagin eux , e tc . D an sles prem iers

temps de l ' invasion de la maladie vénérienne, où el le

s 'annonce par des symptômes  a i g u s ,  ou du moins

dont la marche n'est pas très-lente , comme par des

bubons, des inf lammations de l 'urè t re , e tc . , e l le ne

porte point son influence sur le système osseux; ce

n

  est qu e qu an d elle est an ci en n e, qu'elle a, po ur ainsi

d i r e ,  dégénéré , qu 'e l le es t devenue chronique , que

les os deviennent par elle le

  siège

  de dou leu r s , de

tumeurs d ive r ses , e tc . Du

  r e s t e ,

  je ne sache pas

q u'o n ait encore bien analysé les sym path ies osseus es.

J 'ai montré seulement leur caractère général. On les

appréciera mieux lorsqu'on aura f ixé plus d 'a t tention

sur le rap po rt q u'il y a da ns les m aladies en tre l 'affec

t ion de chaque organe, e t son mode de vita l i té .

Siège

  des Propriétés vitales.

Pénétrés de substances sal ines qui tendent sans

cesse à obéir aux lois d'affinité, d 'attraction, et à

faire dominer

  ces

  lois sur celles de la sensibilité et de

la

 motilité o r g a n i q u e ,

  les os sem blen t

  tenir

  le

  m i l i eu ,

dans les corps

  v i v a n s ,

  entre ces corps eux-mêmes et

les corps br ut s . I l n 'y a vraim ent q u ' un e part ie de

leur t issu osseux qui par t ic ipe aux phénomènes vi

taux , savoir , leur substance car t i lagineuse; l 'autre

partie ou la substance calcaire, y est étrangère : aussi

la proport ion de chacune de ces substances mesure-

t-elle

 dans

  les os ,

 leur deg ré de vie. Ch ez l'enfant

  où

 la

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O S S E U X .

  A ^

première prédomine , dans les premiers temps de la

formation du cal où elle se rencontre  exclusivement,

dans le ramollissement des os où elle reste presque

seule , tous les phénomènes vitaux deviennent plus

m ar q u és , p lus énergiques . A u contra i re , à m esure

qu e l 'âge entasse da ns les os la su bsta nce

  sa l ine ,

 à me

sure que dans cer tains animaux cette accumulation

a lieu par les lois na ture lles de l 'ossification da ns

quelques port ions extér ieures du système à base cal

caire , comme dans les cornes de cerfs , dans les en

veloppes des crustacées, e tc . , la vie est , pour ainsi

d ire , succ essivem ent dé tru ite d an s le» o s ; elle finit

par ê tre n u lle , qu an d cette port ion calcaire vient

à prédominer considérablement; c 'est ce qui arr ive

dans la nécrose qui détermine la chute des cornes ,

des enveloppes des crustacées , etc.

D 'ai l le u rs , ce qui m esure l 'énergie vi ta le d ans u n

Organe

  , c 'est la rapidité avec laquelle l ' inflammation

y parco urt ses pé r iod es,

  et

 la fréquence de c ette

  affec

t ion, etc. Or dans les os les

 inflammations

  sont d 'au

tant plus ra p id es , qu'elles ont lieu lorsqu'ils con

tiennent plus de tissu cartilagineux : considérez les

périodes de la formation du cal aux différens âges ,

périodes qui sont mesurées par la durée de l ' inflam

m ation nécessaire à cet te form atio n, vous verrez que

chez l 'enfant elles sont cou rtes et rap pr oc hé es , qu'elles

Sont  beaucoup plus longues chez le vieillard, et que

sou ven t m êm e la conso lidation ne peu t se faire ,

tandis qu'elle s'opère avec facilité dans toutes les

autres parties molles. Sans doute

  l'affaiblissement

général qui porte sur toutes les forces vitales par

l'effet de l'âge, est une cause de

 cette

  lenteur

  et d&

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4 8 S Y S T È M E

cette rapidité d u cal au x d eu x ex trém ités de la vie ;

mais les proportions diverses des substances gélati

neuse et calcaire y en tren t aussi pou r bea uco up :

car qu'on compare d'autres cicatrices à celles-ci, les

cicatrices cutanées par exemple ; l 'âge y établit une

différence infiniment moins sensible sous le rapport

de cette rapidité ou de cette lenteur de la réunion,

que dans le système osseux. Déjà  les os  ne vivent

plus assez pour s'enflammer et se réunir, qu e la p eau ,

les muscles présen tent encore ce ph éno m ène d'une ma

nière très-marquée. J 'ai vu un vieillard dont le col du

fém ur fractu ré, étoit resté de pu is lon g-tem ps sans réu

n io n , et chez lequel u n e plaie de la face fut agglu tinée

par prem ière in tension avecbeaucoup de pro m pti tude .

Enfin, voici une expérience simple, que j 'a i fa i te

souvent,

  et qui prouv e b ie n , com m e les fai ts préc é-

d e n s ,

  que c'est dans le cartilage de l 'os qu'est vrai

m en t sa par t ie anim ale. O n sai t q u 'u n d es grands

attr ibuts des corps animalisés, c 'est de brûler en se

raco rnis san t, en se resse rrant : or tant qu e l 'os est pé

nétr é de son sel te rr e u x , il n 'a poin t ce m od e de

com bu st ion ; pr ivez- l' en par un ac id e ; le parenchym e

cart i lagineux qui reste , brûle de cette manière . L'os

plat chez l 'enfant où ce parenchyme prédomine, offre

aussi ce phénomène en brûlant ; i l force la portion

calcaire qui est en petite q u an ti té , à obéir à l ' imp ulsion

qu' i l lui donne en se contournant en différens sens;

mais dans l 'adulte où cette portion calcaire devient

excédente, l 'os reste immobile pendant que le feu le

pénètre, et tout son cartilage lui est enlevé sans que

ses fibres puissent obéir à leur tendance au racornis

sement que leur imprime la combustion.

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O S S E U X .

  4 ^

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Des Articulations du Système osseux.

_L ous  les os sont unis entr 'eux; leur assemblage

form e le squ elette. L e m od e de leur un ion varie ; m ais

quel qu ' i l soi t , on le désigne sous le nom général

d 'a r t icula t ions .

§ I

e r

.

  Division des Articulations.

T o u te s les ar t iculat ions se rapp orten t à de ux classes

générales. La mobilité est le caractère de la première,

l ' immobilité celui de la seconde.

L 'u n e ap par tient à tous les os qui servent à la loco

m otio n , à quelqu es-uns d e ceux dest inés a ux fonc

t ions in tér ieures , comme aux côtes , à la mâchoire

infér ieure , e tc . L 'au tre se rencon tre spécialem ent

dans les os dont l 'ensemble forme des cavités desti

nées à garantir les organes , comme on le voit à la

t ê t e ,

  au

  b a s s i n ,

  etc .

Articulations mobiles. Considérations sur leurs

mouvemens.

Je divise les articulations m obiles en qu atre genres ,

dont les caractères sont empruntés des mouvemens

divers qu'ils exécutent. Pour concevoir cette division,

il faut do nc prél im inairem ent conn oître les m ouv e

mens ar t icula i res en généra l . Ces mouvemens peu

vent se rapp orter à qu atre espèces qui so n t ,

  i ° .

  l 'op

position ,

  2

0

.

  la c ircumduction, 3°. la rotat ion ,

 4°« '

e

glissement.

1 1 .  4

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5 o S Y S T E M E

i ° .  L e mo uv em en t d 'op po sit ion est celui qui se

fait en deu x sens opposés , par e x e m p le , d e la f lexion

à l 'extension , de l 'adduction à l 'abduction, e t réci

p roquement . Ce mouvement e s t vague ou

  b o r n é ,

vagu e lorsq u'il se fait da ns tou s les

  s e n s ,

  d 'abord dans

les qu atre éno ncés ci-dessus , pu is da ns tous ceux qui

leur sont

  intermédiaires

  , borné lorsqu'il n 'a lieu que

de la f lexion à l ' exte ns ion , de l ' adduc t ion à la b d u c -

t i o n , e tc . Le fémur dan s son ar t iculat ion pelvienne

jouit d 'un mouvement vague d 'opposit ion. Le t ibia

da ns son articulation fémorale  a un m ou ve m en t borné

d 'opposi t ion.

2 " .

  La c i rcumduct ion es t le mouvement dans le

quel l 'os décrit une espèce de cône dont le sommet

est dans son articulation supérieure , et la

  base

 dans

l ' inférieure; en sorte qu'il se trouve successivement

en f lexion , en ad d u c ti o n , en extension et en ab du c

tion , ou bien en

  a b d u c t i o n ,

  en extension , en adduc

tion et en flexion, suivant le mouvement par lequel

i l commence, e t que de plus i l parcourt

  tous

  les sens

intermédiaires à ceux-ci . D'où l 'on voit que la c ir

cumduct ion es t un mouvement qui es t composé de

tous ceux d 'opposit ion, e t dans lequel l 'os, au l ieu

de se mouvoir d 'un sens au sens opposé, comme

dans le cas précédent, se meut d 'un sens au sens le

plus voisin , en décrivant ainsi par son extrémité un

cercle qui est base du cône dont j 'ai  p a r l é ,  et qui

est d 'autant plus grand , que l 'os est lui-même plus

long . O n com pre nd facilement que parm i les o s, ceux

seuls dont le m ouvem ent

 d'opposition

 est v ag u e, jouis

sent

 de.la

  c i rcumduc t ion .

. 3 ° . La rotat io n est  toute  di f férente du mouvement

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O S S E U X .

  5 i

précéd ent . Da ns ce lui-là , ily avoit locom otion, passage

de l 'os d'une place

 à

 une autre

 ;

 ici il reste tou jou rs au

m êm e l ieu

 ;

  il ne tourne qu e sur son axe . L 'h u m ér u s ,

le fémur jouissent de ce mouvement qui est s imple.

4 ° .

  Le glissement appartient à toutes les articula

t ions .

  C 'es t un mouvement obscur par lequel deux

surfaces se portent en sens opposé, en glissant pour

ainsi dire l 'une sur l 'autre . Dans tous les autres mou

vemens, celui-ci se rencontre; mais souvent i l existe

sans eux.

Il est facile de concevoir, d'après ces notions sur

les.

 m ou ve m en s articulaires , la division en genres de

la classe des articu lations m ob iles. E n effet,

  il

  est des

ar t iculat ions o ù tous les m ou vem ens  se  t rouvent réu

nis ; dans d 'a u tr e s , il y a de mo ins la rota t ion ; d ans

plusieurs , la ro ta t ion, la c i rcumduct ion  manquent,

et l 'opposit ion n 'existe qu 'en un sens; quelques-unes

n'ont que la rotation. Enfin il en est où la rotation,

la c ircumduction et  1  opposit ion sont nulles, le gl is

sement restant seul .

D'où l 'on voit  q«e  la nature marche ic i comme

ail leurs par gradation, que des ar t iculat ions les plus

mobiles à celles qui le sont m'oins, il est divers degrés

de

  décroissement,

  que la nature descend peu à peu

aux articulations immobiles, qu'elle y arrive enfin

réduite au seul mouvement de glissement, te l que

celui qui existe au carpe, au tarse , e tc . I l est même

encore un intermédiaire au glissement e t à l ' immo

bil i té ; c 'est l 'ar t iculation de la sym physe p u b ie n n e,

qui peut être considérée avec celle de l 'humérus

comme formant les deux extrêmes de la sér ie des

articulations mobiles.

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5 2  S Y S T È M E

Toutes les ar t iculat ions dont je viens de parler

sont à surfaces contiguës; c 'est le caractère général

de celles qui sont mo biles. C ep en da nt il y a un e

exception à cette règle; c 'est l 'articulation du corps

des vertèbres, où i l y a continuité e t mobil i té . La

symphyse pubienne est aussi en part ie continue dans

ses surfaces, e t a cependant quelquefois des mouve

m en s obscurs. D e là naît un e division d es ar t iculations

mobiles, en celles à surfaces continues, et en celles à

surfaces contiguës.

Articulations immobiles.

Les articulations immobiles sont tantôt à surfaces

engrenées comme les os du crâne où une foule

d'aspérités et

  d'enfoncemens

  se reçoivent d 'une ma

nière ré cip roq ue , tantô t à surfaces juxta-posées comm e

dans l 'ar t iculat ion du temporal avec le par iétal , des

d eu x os maxi l la i res supér ieurs e n tr 'e u x , tantôt à sur

faces implantées comme dans les dents.

Toutes les différentes divisions que je viens

d'énoncer se concevront facilement par le tableau

sui va nt; il n 'est pas le m êm e que celui que j 'a i do nn é

dans mon Tra i té des membranes ; j e c ro is qu ' i l p ré

sente une classification un peu plus utile en ce qu'il

offre pour caractère les deux choses essentielles à

co nn oî t re , dans toute espèce d 'a r t icula t ions m ob i les ,

savoir ,  i ° .  le rapport des surfaces articulaires qui

caractérise les

 o r d r e s ,

  2 ° . le nom bre des m ouvem ens

de chacune qui distingue les genres. I l n 'y a que des

ordres dans les a r t icula t ions immobiles , parce que ,

ou tre le rappo rt des surfaces, les ar t iculations ne p ré

sen tent pas assez de

 différences

  pour les subdiviser.

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O S S E U X .

5 3

Tableau des Articulations.

tn

fc

O

M

H

^

^

P

H

Pi

«<

r C L A S S E S .

Ire

Mobiles.

  <

I

1

Ile

Immobiles.

  J

r  O R D R E S .

1er

à Surfaces

contiguës.  J

r

G E N R E S .

1er

Opposition vague ,

Circumduction

 et

 Rotation

I

 le

à Surfaces

continues.

r

  Ier

à Surfaces juxta-])

Ile

à Surfaces engre

I l le

osé

lées

Ile

Opposition vague

 ,

  et

Cûcumduction.

~ II le

Opposition bornée.

lVe

Rotation.

Ve

Glissement.

es.

à Surfaces implantées.

A pr ès avoir ainsi divisé les artic ula tio ns , présen ton s

sur chaque classe quelques considérations générales.

Mais r emarquons auparavant

  que

  le tableau précé

dent, considéré dans les ar t iculat ions mobiles à sur

faces contiguës, indique parfaitement la disposition

de ces ar t iculat ions aux luxations, qui sont d 'autant

plus fréquentes que les m ou vem ens sont plus éten du s.

L e prem ier gen re y est le plus exposé ;. le dern ier en est

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6 |  S Y S T E M  E

le moins fréquemment affecté; les autres

 y

 sont d'au

ta n t plu s ou d 'a u ta n t m o in s suj ets , qu'ils sont plus

voisins de l 'un ou de l 'autre, dans l 'ordre indique'.

§ 1 1 .  Considérations sur

  les

  Articulations mobiles.

La classe des  ar t iculat ions mobiles est  la plus im

por tan te à

  considérer,

  pa rce que le mécanisme de

celles-ci est

  leddus compliqué

  des deux ordres

 compo

sant cette classe comme nous l'avons vu. Le dernier

ou celui des articu lati on s à surfaces con tinues, ne

nous occupera pas dans ces considérations générales:

com m e il ne

 comprend

 q u 'u n e espèce de mouvement,

celui des v e rt è b re s , ce m ou ve m en t sera traité dans

l 'examen de l 'épine.

L'ordre des articulations mobiles à surfaces conti

guës r en fe rm e , com m e no us l 'avo ns d it , cinq genres

caractér isés par leurs mouvemens respectifs .

Premier Genre.

L'o pp os itio n va gu e, la c irc um du cti on et la rotation

cara ctéris en t ce gen re , le pr em ie r pa r l 'étend ue et le

nombre des mouvemens. Les ar t iculat ions scapulo-

humérale  et  ilio-fémorale  en sont  des  exemples; elles

le composent même exclusivement .

O n

 conçoit

 p ou rq uo i c'est à la pa rtie sup érieure des

membres, que la nature a placé ce genre. Un double

avantage résulte de cette si tuation. D'un côté ,  très-

éloigné  de la par t ie du membre immédia tement en

butte à l 'act ion des corps extér ieurs, i l échappe  plus

facilement aux luxations auxquelles le dispose son

peu de solidité. D'un autre côté, i l peut par cette si

tua t ion , impr imer au membre de s mouvemens  de

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O S S E U X .  55

totalité qui suppléent à ceux des articulations infé

r i e u r e s ,

  dont la solidité exclut la mobilité en tous

sens.

 P ar exem ple , les de ux ar t iculat ions don t je v iens

de parler , sont non-seulement les articulations des

os qui les

  forment,

  de l 'humérus e t du fémur , mais

encore les ar t iculat ions de tout le membre qu'e l les

dir igent en divers sens: aussi

  l'ankilosede

  ces ar t i

culat ions rend-elle le membre  complètement  inut i le ,

' tandis que celle des articulations  inférieures  e n a n -

nul le seulement les mouvemens

  partiels.

Le mode de mobil i té de ce genre d 'ar t iculat ions

nécessite un e forme arro nd ie dan s ses surfaces art i

culaires , soit qu'étant concaves elles  reçoivent,  soit

qu 'é tant convexes  elles  soient  reçues .  Celte forme

est en effet la seule qui puisse se prêter  à ï  opposit ion

vague, à la rotat ion et à  là  c i rcumduct ion réunies :

aussi est-ce celle des parties supé rieur es de l 'hu m éru s

avec l 'om op late , e t du fémur avec l 'os inn om m é. L 'os

qu i se m eu t est à surface co nve xe , celui qui se rt

d'appui'est

  à surface concave.

 H

 y a dans les an im au x

des exem ples d 'u ne disposition in ve rse ; c 'est-à-dire

qu'une concavité se meut entoussens sur une

 convex ité;

mais l 'homme ne présente point cet te disposit ion.

Quoique les deux membres a ient  ehtr'eux la  plus

gran de analogie p ar  leurs m ouvem ens , cependant  il y

a quelques différences relatives surtout à leurs usages

respectifs, qui sont pour l 'un de servir à saisir , à re

pou sser les corp s, pou r l 'autre d 'ê t re dest inés à la

locomotion. La principale de ces différences, c 'est

que la rotat ion et la c ircumduction s 'y trouvent en

raison exactem ent inverse. L a  raison  mécanique e t

les avantages de cette disposition sont

  faciles

  à

 saisir,

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56

  S Y S T È M E

Au fémur , la longueur du col qui est le

  levier

 de

ro ta t ion , dé t e rmine beaucoup d 'é t endu e

  dans

 ce mou

vement , lequel supplée à la pronation et à  la  supi

nation qui manquent à la jambe ; en sorte que toute

rotat ion du pied est un mouvement de total i té du

membre . A l 'humérus au contra i re , le col t rès-cour t ,

rap pro ch an t de l 'axe de l 'os le ce ntre du mouve

ment , borne la rotat ion qui est moins nécessaire , à

cause de celle de

  l'avant-bras

  : le m ou ve m en t en de

hors ou en dedans de la main, n 'est donc jamais

communiqué que pa r une pa r t ie du membre .

Q uan t à la c i rcum duct ion ou au m ouv em ent en

fro nd e, la lon gu eur du col du fém ur y est u n obstacle.

E n ef fe t, rem arquo ns

 que

 ce m o u v e m e n t

 est

 en général

d'autant plus facile  ,.qu'il  est exécuté par un  levier

recti l igne, parce qu'a lors l 'axe du mouvement est

l ' axe même du  levier  ; qu'au contraire , si le levier

est angulaire , le mouvement devient d 'autant plus

difficile, parce qu e l 'axe du m o uv em en t n'est pas

celui du  levier ; e t en gé n éra l , on pe ut dire que la

difficulté du  mouvement  est en raison directe de la

distance de ses deux axes.

Cela posé, observons que l 'axe du mouvement de

circumduction du fémur est évidemment une l igne

droite , obliquement dir igée de la tê te aux condyles,

et éloignée par conséquent en haut de l 'axe de l 'os,

par tout le col. Or d'après ce qui vient d'être dit , i l

est évident que la difficulté de la circumduction sera

en raison directe de la longueur du col, et par con

séqu ent assez gran de. A l 'hu m éru s au contraire , le

col étant

  très-court,

  l 'axe de l 'os et celui du mouve

ment sont presque confondus : de là la facilité et  l'é-

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O S S E U X .  5y

t endue

 delà  c ù c u m d u c t i o u .

  On pourrait f ixer rigou

reusement le rapport de ces mouvemens par cet te

proport ion : la c ircumduction de l 'humérus est à

celle du

  fémur,

  comme la longueur du col de l 'hu

m éru s est à la long ueu r du col du fému r  ; ce qui no us

m èn e à dé term iner de combien la c i rcumdu ct ion du

fémur est plus difficile que celle de l'humérus. Il suffit

en  effet,  pour le savoir , de connoître l 'excès de lon

gu eu r du col du pre m ier sur la longu eur du col du

second.

Il est facile de sentir les avantages de cette éten

due très-grande dans la c ircumduction des membres

supérieurs dest inés à l 'appréhension, e t des bornes

mises par la nature à celle des membres inférieurs

destinés à la station  et à la locom otion. O n com pren d

aussi pourquoi les luxations sont plus faciles dans les

prem iers q ue dan s les seconds. L e déplacem ent a

presque toujours l ieu , en effet , dans un des mouve

m e n s

  s imp les ,

 d on t la succession forme le m ou ve m en t

composé de

 c i rc u m d u c t io n ,

  par exemple , dans l 'élé

va t ion ou

  l'abaissement,

  dans l ' adduct ion ou l ' ab

duction , e tc . Or tous ces mouvemens étant portés

bien

  pjus

  loin à l 'humérus qu'au fémur, les surfaces

doivent plus facilement s 'abandonner .

Second Genre.

Ce genre diffère

  dû

  premier par l ' absence du mou

vem ent de rota t ion. L 'oppo si t ion e t la c i rcum duct ion

s'y  rencontrent seules. On en trouve des exemples

dans les ar t iculat ions temporo-maxil la ire ,

  sterno-cla-

vicula i re , radio-carpienne ,  métaca rpo-pha langienne ,

carpo-métacarpienne du pouce , e tc .

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5 8 S Y S T È M E

L e défaut de ro ta t ion suppose év id em m en t , d 'après

ce qu i a été dit plus ha u t, l 'absence d'u n e tête osseuse

do nt l'axe fasse , com m e dans le genre pré céd en t , un

angle avec l 'axe du corps de l 'os. Aussi dans tous les

os des articulations qu e je viens d ' in d iq u e r, la surface

art iculaire est à l 'extrémité même de l 'os, e t non sur

le cô té; l 'axe est le m êm e po ur tou s d eu x . I ls form ent

u n  levier  recti l igne, au l ieu d 'en représenter un an

gulaire.

Les surfaces articulaires sont en général, comme

dans le cas précédent, uniformes , sans éminences et

enfoncemens réc iproques; ce qui gênera i t , empêche

rait

  mêmelâ

 c i rcum duc t ion .

 Pour l'osqui

  ser t d 'appui,

c 'est une concavité plus ou moins profonde; pour l 'os

qu i

 se meut, c'est

 un e conv exitéan alogu e. L es surfaces

correspondantes du temporal e t de l 'os maxil la ire in

fé r ieur ,

  des os

  du métacarpe et des premières pha

langes, e tc . , sont des exemples de cette disposit ion.

Ce mode articulaire est le plus favorablement dis

posé pour la c ircumduction qui  est ,  comme nous

l 'avons

  v u ,

  constamment en raison inverse de la ro

tati on , et qu i pa r co ns éq ue nt offre la plu s gra nd e

facilité possible, quand le  levier  est rectiligne, cir

constance où la rotat ion devient nulle . Cependant

dans plusieurs ar t iculat ions de ce genre, la c ircum

duct ion es t manifes tement moins é tendue qu 'à l 'hu

mérus et au fémur; mais cela tient à la disposition

des puissances motr ices qui , en beaucoup plus grand

nombre dans les ar t iculat ions de ces deux

  o s ,

  s u p

pléent à la disposition désavantageuse pour  la  cir

cumduct ion des  surfaces  ar t iculaires.

Dans le genre d 'a r t icula t ions qui nous occupe ,

  il

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O S S E U X .  5g

y

  a toujours un sens où le mouvement d 'opposit ion

est plus facile q ue d an s les autre s : par ex em p le , c 'est

l'élévation et l'abaissement

 d an s la m âc ho ire , la flexion

et l 'extension dans les premières phalanges, dans le

poignet,

 etc . E n général i l y a de ux ligamens latéra ux

et la capsule dans le sens où les mouvemens sont

p lus

  b o r n é s ,

  la capsule seulement dans celui où ils

sont plus étendus.

Troisième Genre.

A mesure que nous avançons dans l 'examen des

genres articulaires,l'étendue de leur mouvement dimi

n u e .

 Celui-ci a de m oins q ue le

  précédent

  l 'opposition

en plusieurs  s e n s ,  et la circumduction qui suppose

toujo urs un e opp osition va gue. Ici cette opposition est

tou joursbornée à

 un

  sens u n iq u e , à celui de la flexion

et  de  l ' extension, par exemple .

O n renc on tre spécialem ent ce genre articulaire d ans

le mi l ieu des m em bre s , com me au coud e , au ge no u ,

au milieu des doigts "dans  les articulations des pha

langes. Quoique l 'os qui les compose infér ieurement

ne se m euve par lu i -mêm e qu 'en un  s e n s ,  cependant

i l emprunte des mouvemens vagues de l 'ar t iculat ion

supérieure du membre, e t peut par là se dir iger de

tous côtés.

Les surfaces articulaires se trouvent  i c i ,  comme

d a n s

 le

  genre précédent , à l ' extrémité de

  l ' o s ,

  ayant

le même axe que lui ; mais e l les diffèrent ,  i ° .  en ce

qu ' i l y

 a plusieurs

 ém inenc es et cavités qui se reçoiven t

réciproquement,

  disposition

  q u i ,

  en permettant le

mouvement dans un sens , l ' empêche dans les autres .

Assez ordinairement ce sont deux espèces de saillies

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60

  S Y S T È M E

arro nd ies , nom m ées c on dy les , qui roulent d 'avant

en

  a r r i è r e ,

  ou de dehors en dedans, e tc . , sur deux

cavités analog ues, et qu e sépare une ém in en ce , laquelle

est reçue dans l 'écar temen t des co nd yle s , com m e on

le voit aux articulations fémoro-tibiale, phalangien-

n e s ,

  etc. 2°. La largeur des surfaces distingue aussi

ce genre du précédent; cette largeur assure sa soli

d i t é ,

  prévient les luxations qui du reste sont plus à

craindre quand elles arrivent ici où plus de ligamens

sont rompus dans cette c irconstance.

Il y a toujours da ns ce genre plus d'é te nd u e d e

mouvement d 'un côté , que de ce lui qui es t opposé .

En général toujours la flexion a des limites plus re

cu lées qu e l 'exte ns ion : voyez en effet les con dy les

du fém ur , des phalanges , e t c . , ils s 'é tendent b ea u

coup plus loin dans la première que dans la seconde

direction : po urq uo i? parce que tous nos m ou vem ens

principaux sont de flexion, et que les

  mouvemens

d'extension ne sont pour ainsi dire que les modéra

teurs des premiers , n 'ont pour but que de ramener

le membre dans une posi t ion d 'où

  il-

  puisse partir

pour se f léchir de nouveau. Voilà pourquoi le nom

bre , la force des fibres sont plus grands dans les flé

chisseurs que  dans  les extenseurs; pourquoi les gros

troncs vasculaires et nerveux sont toujours du côté

de la flexion, com m e o n le voit à la cu isse , à la ja m b e ,

à l 'avant-bras, aux phalanges, e tc . I l y a toujours

quelque chose qui borne le mouvement du côté de

l 'exte nsio n, com m e l 'olécrâne à l 'art iculat ion hu m éro-

cubitale, les ligamens croisés dans l 'articulation fé

moro-t ibiale , e tc .

Quoique dans

  le genre

  qui nous occupe, i l n 'y a i t

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6T.  S Y S T È M E

à

  r avanWbras ,

  comme on le voit dans les

  ankiloses

de celui-ci.

Cinquième

  Genre.

T o u t e

 e s p è c e d e r o t a t i o n ,

 d 'oppo sit ion et de circum

d u ct io n , est nu lle dan s ce g en re , qui est le plus nom

breux, e t qui renferme les ar t iculat ions du

  caçpe ,

  du

métacarpe , du tarse et du métatarse, des vertèbres

entr'elles  par leurs apophyses articulaires, de l 'atlas

avec l 'occipital, des extrémités humérale de la clavi

cule , sternale des côtes, supérieure du péroné. I l n 'y

a qu'une espèce de glissement plus ou moins obscur ,

et dans lequel les surfaces osseuses ne s'abandonnent

presque pas. Ces surfaces sont presque  toutes plane s,

très-serrées les unes contre les autres, unies par un

nombre considérable de l igamens, e t te l lement for t i

fiées dans leur rapport, que les luxations n y arrivent

presque jamais. Une autre raison les rend d'ailleurs

difficiles; c'est que

 tout

 ce genre d'art icu latio ns appar

tient presque à des os courts : or on sait que le mou

vement imprimé à un os a une efficacité d'action

qui est en raison directe de sa longueur, et inverse

de sa petitesse; par exemple, la même puissance ap

pliquée à l 'extrémité tibiale du fémur, en luxera

bien plus facilement son extrémité ischiatique, que

si elle agit sur le milieu de cet os.

Comme le mouvement isolé de chacune des ar t i

culat ions du cinquième genre est presque

  n u l ,

  la

na ture en réun it ord inaire m ent plusieu rs dans le

m ê m e

  endroit,

  af in de produire un mouvement gé

néral sensible, comme on le voit au carpe, au tarse,

aux vertèbres, etc. : c 'est encore là une raison de

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O S S E U X .  6 3

la difficulté' des luxations de ce genre articulaire. En

effet , quelque violens que soient les mouvemens gé

néraux, deux os pr is i solément se meuvent peu l 'un

sur l ' autre ; or ce n 'es t que l ' é tendue du mouvement

des deux os isolés qui peut en produire le déplace

men t .

§

  I I I .

  Considérations  sur les Articulations imm o

biles.

Nous n ' avons ind iqué  cjue  des ordres dans celte

classe , parc e qu e ses variétés ne so nt pas assez g ran de s

pour y assigner des genres.

i ° .  L'ordre des ar t iculat ions immobiles à surfaces

juxta-posées, se rencontre là où le seul mécanisme

de la partie suffit presque pour assurer la solidité des

os qu i se tro uv en t seule m en t placés* l 'un à côté d e

l 'autre , sans tenir par aucune engrenure , e t n 'ayant

seulement  entr'eux  qu'une lame cartilagineuse légère:

ainsi les os maxillaires enclavés entre les pommettes,

le s unguis ,  l'ethmoïde,  les palat ins, le  vomer  ,  le

coronal , e tc . , sont soutenus plus par le mécanisme

général de la

  face>

  que par les liens articulaires qui

les

  unissent l 'un à l 'autre : ainsi la portion écailleuse

du tem po ral soutient-elle le pa rié tal, plus par le m éca

nisme des arc-boutans , que par le mode d 'union de

leurs surfaces respectives. O tez ce m écan ism e général

de la

  p a r t i e ,

  vous verrez bientôt toutes les ar t icula

t ions tomber comme d 'e l les-mêmes.

2 ° .  L'ordre des ar t iculat ions immobiles à surfaces

engrenées, doit aussi en partie sa solidité au

  m é

canism e général de la région ; m ais ce m éca nism e

serait insuffisant pour assurer cette solidité: aussi les

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64

  S Y S T È M E

os au lieu d e

 présenter des

  surfaces

  presque-planés,of

frent-ils des aspérités et des enfoncemens très-sensi

bles qui s 'engrè nen t les un s da ns les

 a u t r e s ,

 com m e on

le voit dans les articulations

  des

  par ié taux entr 'eux,

avec le sphéno ïde , Y oc cip ital , le co ro n al , etc. ; c 'est ce

q u 'o n appelle les su tu res . Cet or dr e articulaire se rap

proche tantôt du p récé den t , comm e dans l 'union du

 pa

riétal et du co ronal q u i , appuyant réci proquement  l'un

sur l 'au tr e , se sou tienn ent pa r ce m éc an ism e, plus en

core que par leurs engrenures , e t tantôt ont  plus de

rapport avec l 'ordre suivant , comme dans l 'ar t icula

tion

  pariéto-occipitale

  où des engrenures t rès-pro

fondes assurent presque seules la solidité de l 'union.

Cet ordre ne s 'observe jamais que sur les bords des

os plats; l 'engrenure de ces bords supplée à leur peu

de largeur , en mult ipl iant les points de contact . Les

éminences et enfoncemens composant l 'engrenure,

ont toujours une grandeur et une forme irrégulières.

Ils sont exactement moulés les uns sur les autres, ne

se ressemblent point dans deux os de même espèce,

et t irés de deux sujets différens; en sorte qu'on ne

peut point unir à un pariétal gauche détaché, le pa

r ié tal droit d 'un autre individu. On a beaucoup dis

puté sur la formation des sutures :  elles sont un effet

isolé des lois de l'ossification, effet dont nous ne

po uv on s pas plus rend re raison que de to us les autres,

e t que des phénomènes généraux de l 'accroissement;

nous verrons la marche qu'elles suivent dans celte

formation. Cet ordre articulaire s'efface peu à peu

avec l'âge, et les os se réunissent par l'ossification du

léger cartilage intermédiaire. I l est plus rare que

 l'or

dre précédent disparoisse. J 'a i vu cependant, dans

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o s s  E  tr  Xi  65

l'extrême

 vieillesse^ diverses articu lation s de cet o rd re

cesser

  d'être-sensibles ^

  celle des

  os

  maxillaires en

t r ' eux, spéc ia lement .

3 ° .

  L'ordre des articulations à surfaces implantées

n 'emprunte nullement sa solidi té du mécanisme de

la part ie ; i l la doit entièrement au rapport des sur

faces ,

  qui sont

  tellement unies et embrassées les

unes par les autres, que tout déplacement est

  impos

sible.  11

  n'y a qu'un exemple de cet ordre articulaire^

ce sont les dents avec les mâchoires.

L'âge n'efface point ici l 'articulation, et ne confond

point par là même les

 deux

 os com m e dans les

 ordres

p r é c é d e n s

, parce

  que le moyen

  d'union

  est la mem

brane palat ine, qui appart ient au système

 muqueux ,•

et qui

  par,cette  organisation^

  n 'a jamais de tendance

à

 l'ossification;

  au lieu que dans les cas précédens

  le

cartilage

  intermédiaire a une disposit ion naturel le

 'à

s 'encroûter «de phosphate  calcaire*

§ I V .  Des moyens d'union entre  les  Surfaces

articulaire^*

L es surfaces articulaires s 'aba nd on nera ient bie ntô t,

si divers

  organes

  ne les

  retènoient

  en place. Ces

  or

ganes sont pour les articulations immobiles les

  car

tilages et  le s membranes , pour le s articulations  m o

biles  les  l igamens et  lès m uscles*

Union des Articulations imm obiles.

Les deux premiers ordres  des  ar t iculat ions immo

biles , celles à surfaces engrenées, et celles à surfaces

juxta-posées,ont des cartilages intermédiairesaux  sur

faces os seu se s, cartilages d o n t la larg eu r et l 'épaiss eur

i i .

  5

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66  S Y S T È M E

sont d ' au tan t p lus g randes , qu 'on  les  examine dans

unâ^e

 p lus voisin de l'enfance. P res qu e tou s

  les

 os de

la tê te t iennent entr 'eux de ce t te manière , qui leur

pe rm et d e céder un peu d an s les efforts q u'ils essuyen t,

e t qui par conséquent

  prévient

  leurs fractures.

D an s les ar t iculations

  p e l v i e n n e s ,

 il y

  a ,

  outre les

cartilages, des ligam ens; m ais co m m e ces articulations

exécutent en certains cas de légers glissemens , on

peut les considérer comme intermédiaires aux ar t i

culations mobiles et aux immobiles ; c 'est pour cela

qu'elles réunissent les deux genres d'organes spécia

lem en t de stin és à affermir les surfaces articulaires

de chacune de ces

  classes^

  sav oir , les cartilages

  et

 les

l igamens.

Le sar t icula t ions im m ob iles , à surfaces implantées ,

ordre qui ne comprend  q u e '  les dents

  i

  n 'ont pour

moyen d 'union entre les sur faces qu 'une membrane

muqueuse , l a pa la t ine . Voilà  p o u r q u o i ,  dans les en-

gorgemens de cette membrane, dans les affections

scorbut iques , à la sui te de l 'usage du mercure , e tc . ,

les dents deviennent vacillantes , etc.

.

Union des Articulations mobiles.

Les ar t iculat ions mobiles à surfaces contiguës,

ont spécialement pour moyen d 'union les l igamens

que l 'on rencontre dans les c inq genres, mais sous

des formes différentes qui seront par la suite exa

minées .

  Ce genre

  d 'organe réunit à beaucoup de

souplesse une

  grande

  résistance , do ub le attr ibut

qu' i l doit à sa texture part iculière , e t qui le rend

très-propre à cet te fonction. Remarquons cependant

que ces deux propriétés sont en raison inverse dans

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£ 8

  S Y S T È M E

g u é s ,

  a pour moyen d 'union une substance dont la

nature est moyenne à celle des ligamens et à celle

des cartilages.

A R T I C L E C I N Q U I È M E .

Développement du Système

  osseux.

X L

  n'est point de système dont les anatomistes aient

suivi d'une manière plus rigoureuse qu'ils l 'ont fait

dans celui-ci, les états divers, aux divers âges de la

vie.

 La rem arqu able différence d 'u n os consid éré dans

les premiers mois où la gélatine seule le compose

presque, d 'avec un os examiné chez l 'adulte où  la

substance calcaire est prédominante, a spécialement

f ixé leur a t tention sur ce point . Examinons les phé

nomènes de l 'ossification  dans  tous les âges; ces

phénomènes peuvent se considérer pendant e t après

l 'accroissement. En général , tant qu ' i l dure, i l y a

quelques portions non ossifiées dans le système

o s s e u x ,

  comme'le

 col du fém ur , par ex em ple : l 'ossi

fication n'est bien complète, les os ne sont

  bien

développés que vers l 'âge de seize à dix-huit

  a n s ,

quelquefois même plus tard.

5

  I

e r

-

  État du Système osseux pendant  l accrois

sement.

O n dis tingue co m m un ém en t tro is é ta ts d ans le

développement des os, savoir , l 'é ta t

  muqueux,.l'état

cartilagineux et l 'état osseux.

État muqueux.

L'état

  m u q u e u x p e ut

  se

 concevoir à deux épo que s;

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O S S E U X .

  69

i ° .  dans les premiers jours du développement de

l 'em bry on , épo que à laquelle la totalité de ses organ es

ne forme qu 'une masse homogène e t muqueuse , où

il n 'est possible de distinguer aucune ligne de démar

cation, e t où les parenchymes de nutr i t ion existent

seuls.

  Tous les organes sont de même nature alors :

l 'os est en effet muqueux comme tous les autres

organes, si par ce mot on entend un état où le tissu

cellulaire existant seul avec les vaisseaux et les nerfs,

est pénétré d 'un e si gran de q uan ti té d e su cs , qu ' i l a la

forme d 'u n m ucil age , e t en do nn e l 'apparence à l 'em

bryon. 2 ° . O n peut entendre par ce m ot é ta t m uq ue ux ,

cette époque plus avancée de la nutr i t ion osseuse,

où les os se distinguent déjà, où ils se dessinent à

travers la transparence que

  conservent

  les autres par

ties du m em b re , où ils ont  déjà  une consistance bien

supérieure à celle de ce qui les entoure : or cet état

n'est que le commencement de celui de cartilage; car

le parenchyme de nutr i t ion prend le caractère car t i

lagineux dès qu ' i l commence à se pénétrer de

 gela-**

t ine ,

  et il se pénètre en effet de cette substance dès

qu'il prend plus de consistance, puisque c 'est elle qui

lui donne cette  cons i s t ance ,  et par là même une

existence d istincte des parties en viro nn an tes. S i, d an s

les premiers temps, ce cartilage est plus mou , s ' i l

s affaisse  sous  les doigts qui le compriment,  s i même

il a une apparence en part ie muqueuse, c 'est que la

gélatine n'y est pas encore en assez grande propor

tion , et q u e le parenchyme  nutr i t i f la do m ine encore j

à mesure qu 'on avance , sa qua nt i té au g m en te , e t

par là même la nature cartilagineuse se développe

plus évidemment .

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7 0

  S Y S T E M E

Il suit de là, que les os ont trois périodes dans leur

dévelo ppem ent : l 'une leur est com m un e avec tous

les autres o rg an es ; c 'est la pé riod e m uq ue us e : les

deux autres les caractérisent spécialement; ce sont

les périodes cartilagineuse et osseuse. Examinons-en

les phénomènes.

État cartilagineux.

Tous les os sont cartilagineux avant de prendre

leur dernière forme. Cet état de cartilage commence

à une époque qu'il est difficile de déterminer; c'est

lorsque d'une part le système circulatoire commence

à

  charter

  de la gélatine et à la présenter aux organes,

et

  que

  d'une autre part la sensibilité organique du

parenchyme de nutr i t ion des os

 s'est

  mise en rapport

avec cette substance. Alors la consistance de l 'os va

toujours

  en croissant, parce que la gélatine va

  en

 s'y

accumulant

  : or elle s'y accumule

  dans

 le mê m e sens

que dans la suite doit affecter le phosphate calcaire;

c'est-à-dire que dans les os longs c'est au milieu du

c o r p s ,

  que dans les os

 plats

  c 'est au centre, et que

dans les os courts  c'est  au centre aussi que s'exhale

d'a bo rd cette sub stanc e , laquelle se po rte ensuite

successivement et de proche en pro che aux extrémités

des pr em ie rs , à la c irconférence des se co nd s,  et à la

surface des troisièmes. J 'observe cependant que l 'on

ne voit point pendant la formation des os cartila

gineux , ces stries longitudinales dans les os longs,

rayonnées

 dans les

 plats, irrég uliè rem en t entrecroisées

d.-.us

  les courts, qui distinguent l 'état osseux dans sa

f o r m a t i o n ,

  et qui semblent indiquer à l 'œil le trajet

du phosphate calcaire.

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O S S E U X .

  y i

L état

  car t i lagineux présente une part icular i té qui

le dist ingue de l 'é ta t osseux;

  c'est

  que tous les os

unis par la suite au moyen de car t i lages, te ls que

ceux du

  c r â n e ,

  de la

  f a c e ,

  de la colonne ver tébra le ,

du

 bass in ,

 n e font qu' un e seule et m êm e pièce

 ;

  tandis

que tous ceux qui ne doivent tenir que par des liga

m e n s ,

  dont l 'ar t iculat ion est mobile par conséquent,

se t rouvent t rès-dis t inc ts , comme le fémur , le t ib ia ,

la clavicule, etc. etc.

L es os larg es, ceu x du crâne spécialem ent, n 'offrent

pas d 'u n e m an ière aussi distincte l 'état cartilag ineu x.

Leur apparence à cette période de l 'ossification, est

même plutôt membraneuse. Voici à quoi cela t ient :

comme ils se trouvent interposés entre le périoste et

la d u re -m èr e , e t que leur ténu i té es t extrêm e , on n e

peut que difficilement les distinguer à l ' intérieur de

ces deux membranes. Mais lorsqu'on dissèque les

part ies avec at tention, on peut dist inguer l 'os encore

mou de cette double

  enveloppe.

L 'état car t i lagineux paroît dan s la c lavicule , l 'om o

plate , les côtes, avant d 'ê tre dist inct dans les autres

os où il se manifeste ensuite. Lorsqu'on examine les

os en cet

 état,

  on les trouve de consistance et de soli

dité différentes: là où l 'exhalation de la gélatine a

commencé , i l s sont

  incomplètement

  cartilagineux; à

mesure qu'on s 'éloigne de ce

 point,

  ils participent en

core p lus ou moins à l ' é ta t muqueux.  L o s  car t i lagi

neux n 'a point de cavi té in terne , point de système

m é d u l l a i r e ,  etc .

État osseux.

Lorsque tout l os est

 carti lagineux ,

  e t même

  que

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» 2  S Y S T E M E

quelques points y  paraissent  enco re muqueux , l ' ex

halation de la substance calcaire commence, et par

là même l 'é ta t osseux se manifeste; voici comment:

l 'os devient alors plus dense, puis d'une couleur

plus foncée , enfin d'un jaune très-sensible dans son

milieu, c'est-à-dire là où doit commencer l 'ossifica

t ion: peu à peu un point  rougeâtre  s'y développe ; ce

sont les vaisseaux qui commencent à recevoir la por

tion rouge du sang, et non à

  s'y

  développer , comme

le prétendent certains anatomistes , à y être creusés,

suiva nt leur expression , pa r la force d' im pulsio n du

cœur. I ls préexistent toujours; les sucs blancs les

pén étraien t seuls auparavant

 ;

 alors les globules rouges

y sont aussi

 admis .

 E n m êm e temps les

 parties

 voisines

s 'encroûtent

  de-substance

  calcaire. Cette période est

do nc rem arqu able par de ux choses, savoir, par l 'abord

du sang dans les os cartilagineux, et par l 'exhalation

du phosphate de chaux. En général ces deux phéno

mènes sont toujours inséparables; dès qu'il y a rou

geur dans une partie des cartilages , il y a aussi des

poin ts osseux : cela s 'observe n on -s eu le m en t dans

l'ossification ordinaire , mais encore dans celles qui

ne sont pas dans les lois communes, telles que les

ossifications des cartilages du larynx, des côtes, etc.

L or sq u'o n exam ine les prog rès de l 'exhalation de la

substance terreuse , on voit toujours dans les

  os,

 soit

longs , soit plais , soit courts, une couche

  vasculaire

très-rouge, intermédiaire au cartilage et à la portion

des os ossifiée. Cette couche semble servir de précur

seur à l 'état osseux. Pourquoi les vaisseaux des os

qui  jusque-làn'admetloient  que des sucs blancs, re

çoivent-ils alors des globules rouges? Ce n'est pas,

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O S S E U X .  73

comme Boerhaave l'auroit dit s'il se fût occupé de

l'ossification , parce que leur calibre augmente, mais

bien parce que la somme de leur sensibilité organique

s'accroissant,

  ils se trouvent alors en rapport avec la

portion

  rouge,

  qui jusque - là leur étoit étrangère.

Leur calibre seroit triple , quadruple du diamètre des

globules rouges, que ceux-ci ne  s y  engageraient pas

si le mode de sensibilité organique les repousse ,

comme le larynx se soulève contre un corps qui tente

de s'y  engager,  quoique ce corps soit infiniment

moindre que la glotte. C'est par un accroissement de

sensibilité organique, qu'il faut aussi expliquer com

ment l'os, jusque-là étranger à la substance calcaire,

ne se trouvant en rapport qu'avec la gélatine , s'ap

proprie aussi la première de ces substances, et s'en

pénètre avec facilité.

J'observerai seulement cju'il y a cette différence

entre l'exhalation de l'une et de l'autre, que la pre

mière vient toujours immédiatement de la portion

rouge du sang, puisque par-tout où elle se dépose,

il y a , comme j'ai dit, des vaisseaux sanguins

 ;

  tandis

que la seconde paroît immédiatement provenir des

fluides

  blancs,

  puisque les vaisseaux des tendons,

des

  cartilages,

  et des autres parties qui s'en nour

rissent , ne reçoivent sensiblement dans leur état na

turel aucun globule

  rouge,

  et que tout ce qui y cir

cule paroît blanc.

L'état osseux commence avec la fin du premier

mois pour la clavicule, les  côtes,  etc. ; il est un peu

plus tardif dans les autres os : on ignore du reste son

époque précise. Voici sa marche dans les trois es

pèces d'os.

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7 4

  S Y S T È M E

Progrès de  ï  état osseux dans les os longs.

On dist ingue d 'abord au milieu de ces

 o s ,

  un petit

cyl indre osseux, t rès-mince dans son centre ,

  s'élar

gissant en s'avançant  vers les extrémités , creux dans

son in tér ieur pour les rud im ens du systèm e m é

dullaire , percé du trou nourricier dont la proportion

de grandeur est alors

  t r è s -mani fes te ,

  recevant aussi

un très-gros vaisseau. Ce cylindre osseux, d 'abord

très-mince en comparaison des extrémités car t i lagi

neu ses de l 'o s, offre avec elles un e disp ropo rtion

manifeste sous ce rapport, est formé de fibres très-

déliées, grossit et s'alonge peu à peu, s'avance enfin

jusqu e près des extrém ités où il est parven u à l 'épo que

de la naissance; alors la plupart de ces extrémités ne

sont point encore osseuses. Quelque temps  a p r è s ,  et

à u ne ép oq ue qu i varie pour les différons os , il se

développe dans ces extrémités un point osseux qui

commence au centre, et qui est toujours précédé par

le passage du sang dans les vaisseaux. Ces germes

nouveaux croissent aux dépens du cartilage qui se

rétrécit p eu à peu entre le corps de l 'os et l 'e xt ré

m i t é ;

  au bout d'u n certain tem ps , il ne reste plus

qu'une cloison légère que l 'ossification envahit aussi;

en sorte qu'alors l 'os est tout osseux d'une extrémité

à l 'autre. Les points secondaires qui se sont déve

loppés dans les diverses ap op hy se s, se réu nis sen t éga

leme nt ; en sorte que sa subs tance est par-tout hom o

gène.

  Ce n'est guère qu'à l 'époque de seize à dix-huit

a n s ,

  que la nature a  complètement  achevé ce travail.

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O S S E U X .  >J5

Progrès de V état osseux dans les os larges.

L e m od e d'orig ine d e l'ossification varie dan s cette

espèce d 'os. Ceux qui sont s ym étr iq ue s , ont toujours

deux points ou d 'avantage, qui se correspondent sur

chaque côté de la l igne médiane; en quelques cir

constances un d 'eux se trouve sur cet te l igne. Tou

j o u r s , lorsq ue ces po ints

 d'ossification

 sont en no m bre

pair, i ls se trouvent sur les côtés; l 'un d'eux est sur

la l igne ,

  s'ils

  sont en nombre impair .

L es os irréguliers n 'en ont quelquefois q u 'u n ,

co m m e les pa r ié ta u x ; d 'au tres fois plusieurs y pa

raissent, com m e dan s les tem po ra ux ; mais jamais ils

n'affectent alors de disposition parallèle

  enlr'eux

  :

seulement ils correspondent à ceux de l 'os opposé.

Là où le premier point d'ossification survient dans

un os large, on aperçoit d 'abo rd de s po ints ro ug eâtres ,

pu is on voit le phosp hate calcaire se rép an dre en

rayonnant du centre à la circonférence de l 'os. Les

rayons osseux sont très-sensibles sur les os du crâne.

Des portions non ossifiées remplissent d'abord leurs

intervalles , que com plètent ensuite de no uv eau x

rayon s. T o u s se te rm inen t d 'une manière inég ale ,

sans se toucher, de manière qu'en isolant alors de la

por tion m em braneuse

 à

 laquelle elle tien t, un e p ortion

ossifiée d'un os larg e, sa circonférence paroît déco upé e

com m e l 'extrémité d 'u n pe igne : de là , com me nou s

le verrons, l 'or igine des sutures.

La ténuité de ces os est extrême dans les premiers

tem ps ; i ls n 'o n t po int enco re de tissu celluleux. A

la na issance , peu de  centres  osseux s'y sont encore

réunis; des espaces car t i lagineux et membraneux  les

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j6  S Y S T È M E

séparent ; ces espaces sont plus grands au

  niveau-des

angles qu'au niveau des bords, et en général dans

les points les plus éloignés des centres osseux pr i

miti fs. Les os à plusieurs points d'ossification  sont

formés de pièces isolées, plus ou moins distantes les

unes

 des autres.

 Ceu x à

 un seul point n' en ont qu' un e.

Après la naissance ces os s' étendent de plus en

p l u s ;  leur épaisseur et leur dureté augmentent; ils

se divisent en deux lames compactes, dont le tissu

celluleux remplit le milieu ; peu à peu ils se touchent

par leurs bords , et alors les su tures se fo rmen t au

crâne;

 car il

 y a cette différence entre leur ossification

et celle des os longs, qu'elle se fait toujours du cent re

à la circonférence , et que de nouveaux points osseux

ne se développent pas dans celle-ci pour venir à la

rencontre des premiers. Quand cela arrive, alors la

réunio n ne se fait point comm e aux os longs ; mais

des sutures se forment ; et c'est ce qui constitue les

os  wormiens  , qui sont d' au tant plus larges , que le

point  osseux  s'est  plutôt développé , parce qu'il a eu

le temps de s'étendre davantage, avant de rencontrer

l'ossification générale de l'os.

Lor squ'un os plat se développe par plusieurs points ,

et que sur sa surface existe une surface art iculaire ,

elle est ord inai rement le centre où tous les points

viennent se réunir à l'époque où l'ossification se ter

mine ; on le voit dans la cavité co ty lo ïde, dans le

condyle de l'occipital, etc.

Souvent il est dans les os plats deux périodes bien

marquées pour leur ossification : c'est dans ceux qu i ,

comme le sacrum , le sternum , se développent par

  un

grand no mb re de points . Ces  points commencent

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-o s s £ u x.

  77

•d'abord

  à se réu ni r en trois ou qu atre pièces p r i n

cipales

 qu i divisent l 'o s; c 'est la première p ér io de :

puis

 , ,à

  une époque beaucoup plus avancée , la réu

nion de ces pièces entr'elles  s'opère ; c'est la seconde

pér iode .

Progrès de l'état osseux dans les os courts.

Les os cour ts restent,  en général, plus long-temps

cartilagineux que les autres. Souvent à la naissance

plusieurs le sont encore, ceux du tarse et du carpe

en particulier. Le corps des vertèbres s'ossifie plutôt :

un point se développe au centre , e t s 'é tend à toute

la ,surface.

Ces

  phénomènes sont à peu près analogues à ceux

d e

  l'ossification,

  des extrémités des os

  l o n g s ,

  a u x

quelles les os courts ressemblent

  s\

  fort. Après la

na i s sance ,  toute la portion cartilagineuse

  est

,

  pour

ainsi dire, envahie par la substance calcaire qui se

mêle

  à elle, et i l ne reste

  enfin-que

  les cartilages

articulaires.

I l est des os qui , comme l 'occipita l , le sphénoïde,

par ticip en t au caractère des os larges et des os co urts ;

leur ossification est mixte, et suit le mode des  uns

ou d es au tr es , suivant la partie de l 'os où on l 'exa m ine .

§  I I .  État du Système  osseux  après son accrois

sement.

L es o s , devenus

 complètement

  osseux , con t inuen t

à  éprouver divers • phén om ènes qu e les anatom istes

on t tro p négligés. L'accroissem ent général en hau teu r

est fini lorsque l'ossification est achevée,* et même il

paroî t  que  le terme de tous deux est à peu près le

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78  S Y S T È M E

même;

 mais celui en épaisseur continue encore long

temps : comparez le corps grêle et mince d'un jeune

homme de dix-huit

  a n s ,

  au corps épais et bien pro

portionné d'un homme de quarante, et vous verrez

la différence. Les os suivent la loi générale; leur

nutrition se prolonge suivant l'épaisseur, lorsque celle

suivant le sens longitudinal ne se fait plus. Il paroît

qu'alors les vaisseaux qui pénètrent par les trous du

premier et du second ordres, ne fournissent guère

plus à cette nutrition qui puise spécialement ses ma*

tériaux dans ceux du troisième

  :

  or comme on sait

que ces vaisseaux très-superficiels s'arrêtent dans Ifes

fibres extérieures de l'os, et ne pénètrent point-âu-

dedans,

 on

  conçoit, 1

 °. comment, l'accroissement se

faisant en dehors, l'os augmente en épaisseur;  2

0

;

comment cette augmentation porte spécialement sur

le tissu compact, dont l'épaisseur proportionnelle est

en raison directe de l'âge, comme il est facilede s'en

assurer par l'inspection comparée des différons os

d'enfant, d'adulte et de vieillard.

Cet accroissement extérieur

  a-

 fait croire que

  le

périoste y concourait spécialement par  l'ossification

de

  ses

  lames; mais nous verrons à l'article de cette

membrane ce qu on doit penser sur ce point.  '

C'est principalement à cette époque où le travail

de la nutrition semble disséminé à

 la

 surface osseuse,

que les éminences diverses dont cette surface est

parsemée se prononcent davantage ; alors surtout

toutes les apophyses d'insertion deviennent  plus sail

lantes : il y a sous le rapport de ces éminences une

différence remarquable entre le squelette de l'enfant

et celui de l'homme fait. Dans le fœtus, à peina

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8 0 S Y S T È M E "

d'exhalat ion et d 'absorption de ce pr incipe? I l

 paroît

manifeste que le système

  urinaire

  est la voie par la

quelle la na tu re se débarrasse d e la substa nce calcaire,

et même de la gélatineuse. I l seroit curieux de bien

analyser l 'urine des rach itiques , et celle des m a

lades

  aitaqués

  du cancer :

  il

  est probable que la

première de ces substances domine dans l 'ur ine des

p re m ie rs , et la seconde da ns celle des au tres : je ne

connois là-dessus rien de bien positif en expériences.

P e u t- o n , en don na nt aux m alades ou de la gélatine

ou du phosphate calcaire, rendre à leurs os ou la so u

plesse ou la solidité qu'ils ont perdues? Non, parce

qu' i l ne

  s'agit

  pas seulement d ' introduire ces subs

tances  dans  l ' économie , mais encore de rendre  aux

os le mode de sensibilité organique qu'ils n 'ont plus

et qui, les mettant en rapport avec elles, fait qu'ils

se les approprient pour s 'en nourrir . Le sang seroit

surchargé  de pr incipes terreux et gélat ineux,  que les

os repousseront ces pr inc ip es, tant que leur m od e de

sensibilité ne sera pas en rapport avec eux.

Le double mouvement de nutr i t ion cont inue tou

jours dans les os, à mesure qu'on avance en

  âge ;

mais

 ses

 prop ortion s cha ngen t. L a gélatine va toujours

en y diminuant, e t la substance calcaire en y aug

mentant . Enfin, dans l 'extrême viei l lesse, cet te der

nière y d om ine te l le m en t, qu 'e l le y étoufferait la vie*

si la mort générale ne prévenoit celle des os.

C'est à cela qu'il faut attribuer la couleur grisâtre

que prennent alors ces organes; de là encore leur

pesanteur toujours croissante; delà , par conséquent,

la difficulté des m ouv em ens des m em b re s , puisqu'en

même temps que la force des puissances musculaires

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O S S E U X . -  S i

d i m i n u e p a r l ' â g e , l a r é s i s t a n c e o s s e u s e q u ' e l l e s o n t

à v a i n c r e a u g m e n t e .

A ce l t e époque de l a  v i e ,  la subs tance ca lca i re

d o m i n e t e l l e m e n t d a n s l ' é c o n o m i e , q u ' e ll e se j e t te

su r d i f f é rons o rganes , t e l s que l e s a r t è r e s ,  les  c a r

t i l a g e s , l e s t e n d o n s , q u i a l o r s  prennent  le ca rac tè re

o s s e u x . O n d i r a i t q u ' e n a c c u m u l a n t d a n s n o s p a r t i e s

ce t t e subs t ance é t r angè re à l a \ i e

  j

  l a na tu re veu t i n

sens ib l emen t l e s p répa re r à l a  mort*

E n g én é r a l , c e son t l es o rga nes do n t l a sub s t an ce

nu t r i t i ve hab i tue l l e e s t l a gé l a t ine , qu i on t l e p lu s du

t e n d a n c e à s e m e t t r e e n r a p p o r t a v e c l a s u b s t a n c e

c a l c a i r e , e t p a r c o n s é q u e n t à s ' e n e n c r o û t e r . V o i l à

pou rquo i l e s ca r t i l ages s ' o s s i f i en t p lu s pa r t i cu l i è r e

m e n t ; p o u r q u o i c e u x d e s s u t u r e s d i s p a r a i s s a n t ,  les

o s d u c r â n e d e v i e n n e n t c o n t i n u s ; p o u r q u o i l e l a r y n x

es t en f in p re sque tou t o s seux ; pou rquo i l e s ca r t i l ages

d e s  côtes  sont souvent auss i so l ides que les côtes e l les-

m ê m e s ; p o u r q u o i  souvent  p l u s i e u r s v e r t è b r e s  unies

entr'elles

  f o r m e n t a l o r s u n e m a s s e c o n t i n u e p l u s o u

m o i n s c o n s i d é r a b l e . J e r e m a r q u e c e p e n d a n t q u e le s a r

t è r e s ,

  qu i on t tan t de te n da nc e à l 'o ss i f ica tion ,

  ne

  son t

p a s s i m a n i f e s t e m e n t g é l a t i n e u s e s q u e b i e n

  d'autres

subs tances qu i s ' o s s i f i en t beaucoup mo ins

  facilement,

q u e l e s t e n d o n s p a r e x e m p l e .

§  III*  Phénom ènes particuliers du développement

du Cal.

Rien de p lu s f ac i l e , d ' ap rè s ce qu i a é t é d i t j u s

q u ' i c i  suv  la nu t r i t i o n o s se us e , q ue de con cevo i r lu

fo rma t ion du ca l . On sa i t

  qu'eile-préseiite

  t ro i s pé

r i o d e s ,

  i ° .

  le  développement,  d e s b o u r g e o n s  char-

ï  i. fi

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8 a  S Y S T È M E

n u s ,

  2 ° . leur transform ation en car t i lag e, 3° . le chan

gement de ce cartilage en os. Ce triple phénomène

se passe dans un espace de temps qui varie suivant

l 'âge, le mode de fracture, l 'espèce d 'os, e tc . , mais

qui en général est plus long que celui des autres ci

catrices.

Le développement des bourgeons charnus est un

phénomène commun à toute espèce d 'organe qui a

éprouvé une solution de continuité , e t dont les bords

de la division ne son t pas en contac t im m éd iat . Ici ces

bourgeons naissent de toutes les parties de la surface

div isée, du pé rio ste , des t issus com pact e t cel lu leu x,

de celui-ci spécialement. Ceux d'un côté s 'unissent à

celui du côté opposé. Jusque-là la cicatrice osseuse ne

diffère nullement de celles des autres parties. Cet état

correspond à l 'état muqueux de l 'ossification natu

relle.

 C om m e les bou rgeon s charnus ne sont qu e l 'ex

tension du parenchyme  nutritif,  ils en ont les forces

vitales; leur sensibililé organique suit les mêmes

lois que dans la nutr i t ion ordinaire; e l le commence

d'ab ord à se m ettr e en rapp ort avec la gé latin e; celle-

ci y est donc exhalée : alors commence l 'état cartila

gineux : alors la cicatrice osseuse prend un caractère

p r o p r e ,

  et qui la distingue de celle des autres or

ganes.

Au bout d'un temps plus long, la sensibililé orga

nique s'accroît dans le parenchyme de cicatrisation

que forment les bourgeons charnus

 :

  alors ceux-ci se

trouven t en rapport avec la sub stanc e calcaire qui arrive

à l 'os , et que jusque-là ils repo usso ient; ils l 'ad m ette nt

d o n c ,  ainsi que la portion rouge du sang qui la pré

cède  toujours dans toute espèce d'ossification.

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O

  S S E U

  Xi 8 3

O ri

 voit

  par là que le cal est cellulaire et vasculaire

da ns la pre m ière périod e ; qu e d ans la seconde il con

tient du tissu cellulaire et des vaisseaux, plus de la

gélatine ;  que dans la troisième il  présente  du tissu

cellulaire, des vaisseaux, de la gélatine, plus de la

substance  calcaire.

Il n'a point les formes

  régulières

 de l'os sain , parce

que le parenchyme de cicatr isat ion naissant ir régu

lièrement sur les surfaces osseuses, l 'exhalation et

l 'absorption de la gélatine ne peuvent se faire d'une

manière précise et uniforme. Le cal est d 'autant plus

gros qu e les bo uts on t resté plus

 é c a r t é s ,

  parce que les

bou rgeon s charn us ayant eu plus d 'espace à parcou rir

pour se rencontrer , se sont, plus ét en d u s, e t par con

séquent ont absorbé plus de substance nutr i t ive.

Si le mouvement continuel des pièces fracturées

em pêch e de l 'u n et l 'autr e côtés les bo ur ge on s, o u , ce

qui est la même chose, les deux parenchymes de ci

catrisation, de se réunir, alors malgré l 'exhalation des

substances nutr i t ives dans chacun d 'eux, l 'os reste

désuni; e t de là les ar t iculat ions contre nature.

Le cal est difficile quand les bouts divisés et mis à

nu , viennent à suppurer avec les parties voisines

  i

co m m e il arrive dans les fractures  compliquées , parce

que la formation du pus dépense les substances nu

tritives destinées à réparer la fracture. Les considé

rat ions ultér ieures sur cet te production singulière ,

appartiennent à la pathologie.

Je n'ai point exposé dans ce chapitre les idées des

anciens qui croyoient que

  les

  os se formoient par

l 'endurcissement d 'un suc osseux dont r ien ne dé

montre l ' exis tence ,

 cellesdeHaller

 qui

 voyoit

  le cœur

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84

  S Y S T È M E

se creusant des routes artérielles dans la substance

osseuse, par voie d ' impulsion, e t durcissant cet te

substance par le battement des

  a r t è r e s ,

  celle de Du

hamel qui faisoit tout dépendre du périoste. Je ren

vois aux ouvrages  divers  qui ont mille fois exposé

ces opinions.

Sans en réfuter aucune en part iculier ,

 je

  remarque

qu'elles

  ont toutes un vice fondamental, celui de con

sidérer la nutr i t ion osseuse d 'une manière isolée, de

ne pas la présenter comme une division de la nutr i

t ion g énéra le , d 'adm et t re

  pour

 l'expliquer

 des raison-

nemens  uniquement appliquables aux

  o s ,

  et qui ne

dérivent point com m e conséquences de ceux qui ser

vent à établir la nutrition de tous  les  organes. Ne

percions jamais de vue ce principe essentiel et sur

lequel reposent tous les phénomènes de l 'économie,

savoir , qu 'à une mult i tude d 'effets , préside un très-

pelil  nombre de causes. Défiez-vous de toute expli

cation qui est partielle, tronquée, qui circonscrit les

ressources de la nature, suivant les bornes de notre

foible

  intelligence.

D

§  IV .  Phénom ènes particuliers du développement

des Dents.

L es

  d e n t s ,

  différentes en partie par leur tissu,

 des

autres os , ont aussi un mode particulier de nutrition

que nous al lons examiner . Mais comme sa connois-

sance

 suppose celle de la stru ctu re générale des de n ts ,

il est bon d'exposer ici cette structure, en renvoyant

eur  description à l 'examen des. os de la face.

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O S S E U X .  o 5

Organisation des Dents.

Les dents sont formées par deux substances, l 'une

ex tér ie ur e , d 'un e na tu re par t icul iè re , e t qu 'on appelle

l 'émail , l 'autre intér ieure, qui en est comme la base,

et dont la texture est la même que

  celle

  des autres

os.

  D e  p l u s ,  el les ont une cavité moyenne qui ren

ferme une substance spongieuse encore peu connue.

Portion dure de la Dent.

L'émail de la dent ne se voit qu 'autour de la cou

ronne : plusieurs anatomistes prétendent qu ' i l se pro

page aussi un peu sur

  la

  racine, fondés sans doute

su r l 'extrêm e blan cheur q u 'a souvent cet te racine, dans

certaines den ts détac hées , et qui fa i tq u 'on ne dis tingue

aucune l igne de démarca t ion. Mais a lors une expé

rienc e très-sim ple établit cette dém arcatio n : elle c o n

siste à faire m ac ére r la dent da ns l 'acide ni tr iqu e

  affoi-

bli  par une cer taine quanti té d 'eau. Cet acide at taque

aussitôt et la racine et la couronne qu'il ramollit ;  mais

1

l 'une jaun it com m e presq ue toutes les substances an i

males tra i tées par  l u i ,  tand is qu e l 'autre garde sa

couleur,devient

 m êm e plus blanche. Ce tte expérience

prouve aussi que leurs natures respectives diffèrent

essentiel lement.

L 'é m a il , épais à la par t ie l ibre de la co u ro n n e,

s 'amincit à mesure qu'il s 'approche de la racine , dis

position que nécessite son usage , qui est de garantir

la dent, de supporter principalement les efforts de la

m as tic at io n, lesquels se passent spécialem ent sur la

part ie l ibre de la couronne.

Cet te substance dure , compacte sur - tout quand

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8 6  S Y S T È M E

elle a res té

 long-temps

 à  l'air,  ne cédant qu'avec peine

à l'action de la lime , est composée de fibres

  très-rar*

prochées ,dont on ne peut suivre

  Jadirec t ion.

  L'huile

médullaire ne paroît pas la pénétrer; elle ne brûle

point, mais s'éclate par l 'action du feu, et se sépare

ainsi de l 'autre substance qui, exposée à la chaleur,

noirc i t d 'abord, puis brûle comme les autres os ,

  et

en répandant la même odeur .

L'émail est-il organisé, ou n'est-il qu un suc qui,

suintant d'abord de la surface externe de la dent,

s 'y endurcit  ensuite  et s 'y concrète? Cette question

ne me paroît pas facile à résoudre. L'émail a en effet

des attributs qui semblent également favorables à ces

deux opinions. D'un côté, i l est sensible comme tout

ce qui est organique; il nous donne bien plus mani

festement que les cheveux et les ongles, la sensation

des  co.'

-

ps qui le h eu rt en t. L es acides affoiblis, ceux

tires des végétaux spécialement, exaltent tellement

sa sensibilité, que le moindre contact devient très-

douloureux , long-temps après leur usage. Les dents

sont alo rs, com m e on le d it , agacées. D 'u n autre côté,

l 'émail a une foule de caractères, qui semblent y dé

no ter une absence

 d'organisation,  i

 ° . Il ne s'enflamm e

point , ne devient le siège d 'aucu ne tu m e u r , d 'aucune

altération qui ramollisse son tissu ; il n'éprouve au

cune altération qui, y exaltant la vie, la rende plus

sensible que dans l 'état

  n a t u r e l ,

  comme il arrive par

exemple aux cheveux qui ordinairement iner tes,

p-ewicnt une activilé vitale très - énergique dans la

; ' ' .":e  polonaise. Souvent en effet nous jugeons de

i

 •• Y,:-] . té

  des organes plus par leurs altérations

  mor-

-s , que par leur état naturel. 2°.  11  paroît qu'il

« < - « .( e i

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O S S E U X .  8 7

ne se fait point dans l 'émail d 'exhalation et d 'absorp

t ion al ternatives de s m atières nut r i t iv es, ou du m oins

sensib lem ent. L e frottemen t use cette substance sans

qu'elle se répare de nouveau ; cela est remarquable

da ns les vieilla rds, dan s les gens qu i grincent sou ven t

les de nt s. O n sai t qu 'on l ime l 'émail comm e un corps

inorganique , e t qu ' i l ne se reprodui t point , tandis

que les cheveux, les ongles croissent manifestement

lorsqu' i ls sont coupés. Limez l 'extrémité sciée d 'un

os long dans une amputation ; bientôt des bourgeons

charnus naîtront de la surface limée

 ;

 l 'action de l ' ins

trument sera un aiguillon qui y développera les phé

nomènes vi taux.

La portion osseuse de la dent en compose toute  la

racine et le dedans de la couronne; elle n'est formée

que par du t issu compact, t rès-dense, t rès-analogue

à celui du rocher. Le tissu celluleux lui est étranger.

Ses fibres, très-serrées les unes contre les autres, ont

des directions variées, difficiles à saisir, mais qui en

général suivent le même sens que les racines; i l faut,

pour bien voir cette direction, faire ramollir les dents

dans un acide.

Chaque dent présente une cavité , s i tuée dans la

couronne , de même forme qu 'e l le , d iminuant tou

jours de diamètre à mesure que l 'on avance en âge,

communiquant en dehors par des peti ts cond uits do nt

le no m br e égale celui des racines distinctes de la d e n t,

et qui s 'ouvrent au sommet de ces racines. Cette ca

vité est tapissée d 'une membrane très-mince où se

ramifient les vaisseaux, et qui par sa face opposée

revêt

 la

 pulp e .

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S u

  S Y S T  ï M E

For/ion

  molle

  de

  la Dent.

C e l l e - c i e s t u n e s u b s t a n c e s p o n g i e u s e , q u i p a r o î t

fo rmée pa r l ' en t r e l acemen t de s va i s seaux e t de s ne r f s

p r o p r e s à c h a q u e d e n t ,

  mais

 do n t la na tu re n ' e s t po in t

enco re b i en connue ; s eu lemen t on sa i t qu ' e l l e j ou i t

d'une sensibilité a nima let rès-prononcée,égaleaumoins

à cel le de l ' o rgane m éd u l l a i r e . Ce la es t p ro u v é ,

  ï

 ° . pa r

l e s dou leu r s de s

 dents

  car iées où la pulpe es t à nu, e t

q u i s o n t , c o m m e on le s a i t , e x t r ê m e m e n t v i v e s ;

  2 ° .

 par

1 i n t r o d u c t i o n d ' u n

  siylet

  dans l ' ouve r tu re de l a ca r i e ,

i n t r o d u c t i o n q u i , i n s e n s i b l e d ' a b o r d , d e v i e n t c r u e l l e

lorsque 1  i n s t r u m e n t a r r i v e  à la p u l p e ;

  5 ° .

  pa r l ' ouve r

tu re d ' u ne a lvéo le da ns un t r è s - j eun e an im a l do n t l a

pousse des den ts es t encore é lo ignée . A ce t âge la

pu lpe e st t r è s - co ns idé rab le , e t la de n t pe t i t e à p r o

por t ion es t fac i le à en lever de dessus sans l ' in té resse r ,

pa rce qu ' e l l e n ' a po in t enco re de r ac ine , e t que l ' ou

ve r tu re de l a ba se de l a cou ronne  c»st  t rès- large . Si

on en lève  doue  la  den t ,  e t que la pulpe a ins i mise à

d é c o u v e r t , s o i t i r r i t é e d ' u n e m a n i è r e q u e l c o n q u e ,

l ' an ima l donne l e s marques de l a p lu s v ive dou leu r .

J ' a i fa i t p lus ieurs fo is ce t te expér ience , tou jours t rès -

fac i le à cause du peu d ' épa isseur des lames osseuses ,

qu i fo rment a lo rs les a lvéo les .

L e s d e n t s o n t d e s s y m p a t h i e s r e m a r q u a b l e s , e t

q u i p o r t e n t n o n s u r l e u r p o r t i o n s o l i d e , m a i s s u r  la

p u l p e . C o m m e c el le -c i e st b e a u c o u p p l u s g r o s s e p r o

po r t io nn e l l em en t d an s le p r em ie r âge , qu ' e l l e e s t

p r e s q u e la p a r t i e d o m i n a n t e d a n s la d e n t , c e s s y m

p a t h i e s s o n t a l or s e t p l u s n o m b r e u s e s e t p l u s m a r

q u é e s .

  D a n s c e s s y m p a t h i e s , t a n t ô t c e s o n t l e s p r o -

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O S S E U X .  8 9

priétés an im ale s, tantôt les org aniq ues , qui sont m ises

e n j e u .

Lessympathiesdesensibi l i té animale se m anifestent

dans les douleurs dont

  les

  dents deviennent le

  siège

par l 'action du froid ou de l 'humidité sur le système

cutané ; dans celles produites à la face, à la tête par

la car ie d 'u ne de nt . Fa uch art c i te l 'exem ple d 'u ne m i

graine rebelle depuis long-temps, e t que l 'extraction

d'une dent f it disparoître sur le champ. La sensibilité

de l 'oreille, des yeux, est altérée dans certaines odon-

talgies  violentes , etc. La contractili té animale est

aussi mise en jeu dans les sympathies dentaires; r ien

de plus fréquent dans la denti t ion, que les convul

sions des m uscles volon taires; Tissot parle d 'u n spasm e

des muscles de la mâchoire, qui fut guéri par l 'ex

traction de deux dents car iées, e t d 'une convulsion

aux muscles de la gorge qui occasionna la mort, et

dont la source primitive étoit

  dans

  une dent gâ tée ,

e t c .

  etc.

Les sympathies organiques ne sont pas moins sou

vent déterminées par les

  affections

  des dents. Les

vomissemens s pas m od iqu es , les d iarrhées

 9

  la fré

quence du

  p o u l s ,

  souvent les évacuations involon

taires de l 'urine , phénomènes auxquels préside la

contractili té organique sensible de l 'estomac, des in

tes tin s, du c œ u r, d e la vessie, sont les fréquens effets

des dent i t ions , de la première sur tout , des douleurs

violentes de d en ts , etc . La contractili té org aniq ue

insensible , la sensibil i té organique sont mises sym-

pathiquement en activi té , dans les  engorgemens  d e

la parotide , dans  le  gonflement général de la face ,

dans la sécrétion  augmentée de la sal ive, quelquefois

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OO  S Y S T E M E

dans les érésipèles qui se manifestent par une affec

tion aiguë  des  dents .

Souvent les sympathies dentaires ont lieu entre

les dents correspondantes  delà  même rangée ou des

deux rangées. J 'ai la première grosse molaire supé

rieu re du côté ga uc he , u n p eu cariée ; de tem ps à

autre elle me fait beaucoup souffrir : or toujours alors

la première molaire du côté droit devient aussi dou

loureuse , quo iqu ' in tac te . Il est

 d'autres

 casoùunedent

souffrant en ba s, des do uleu rs sym pa thiq ue s se mani

festent

 dan s celle qui est au-dessus, et récipro que m ent.

La structure des dents é tant exposée, voyons com

ment leurs diverses substances se développent. Ce

point de la nutrition osseuse me paroît avoir été ex

posé peu clairement par tous les auteurs. Je

  vais

tâcher de m ieux le dévelop per. Il y a deu x de nti

tion s , l 'un e est proviso ire e t se bo rn e a u prem ier

â g e ,  l 'autre appartient à toute la vie; chacune doit

se considérer avant, pendant e t après l 'éruption.

Première Dentition considérée avant

  l éruption.

L e s phénomènes  de la dentition sont ceux-ci avant

l 'époque de l 'éruption

  :

  les mâchoires du fœtus sont

fermées tout le long de leur bord libre ; elles parais

sent homogènes au premier coup d'oeil; mais exa

minées dans leur intérieur, elles présentent une ran

gée de petits follicules membraneux, séparés par de

minces cloisons, logés dans des alvéoles, arrangés

comme les dents auxquelles ils doivent servir de

g e r m e ,

  et ayant la disposition suivante :

La membrane qui sert d 'enveloppe au follicule

forme u n sac sans ou ve rtur e qui tapisse d'ab or d toutes

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O S S E U X .

  p i

les parois de l 'alvéole, auxquelles il t ient par des

prolongemens. Arr ivé à l ' endroi t où pénètrent les

vaisseaux et les nerfs , ce sac abandonne l 'a lvéole ,

devient l ibre , se replie , forme un canal qui accom

pagne le paquet vasculaire e t nerveux, e t s 'épanouit

ensuite sur la pulpe de la dent qui termine le paquet.

I l résulte de là que cette membrane a la confor

m atio n générale des m em bra ne s sé reu se s, celle ,

comme on le di t , de ces espèces de bonnets dont on

enVeloppe la tête pe nd an t la nu it. Elle a de ux p or tio ns ,

l 'une adhérente et tapissant l 'alvéole, l 'autre libre et

recouvrant la pulpe , comme, par exemple , la p lèvre

a une port ion costale e t une pulmonaire . La pulpe et

les vaisseaux, quoiqu e renfermés dan s sa dup licature ,

se trouvent donc vraiment hors de la cavité , qu 'une

simple rosée lubrifie. J'ai trouvé que cette rosée étoit

comme ce l le des membranes séreuses , de na ture es

sent ie l lement a lbu m ineu se ; l 'ac tion de l 'ac ide n i

tr iq u e, celle de l 'a lcool, celle du fe u , le pro uve nt i n

contestablement.

 Soumise àl'action

 d'un

 de ces age ns ,

sur tou t du

 premier,

 la m em br an e blanchit tou t à coup .

La couche d 'a lbumine qui la recouvre , devient con

crète et coagulée, comme quand on fai t une sem

blable expérience sur une surface séreuse.

L a p u l p e ,  très-grosse à cet âg e , se trouve su spen due ,

comme une grappe de ra is in , à l ' extrémité des va is

seaux et des nerfs.

C'est sur la port ion pulpeuse de la membrane du

fo llic ule , et à la surface d e son ex tré m ité flottante,

que se développe le premier point osseux; i l s 'é tend

bientôt e t prend exactement la forme du sommet de

la co ur o nn e q ue par la su ite il do it fo rm er , c'est-à-dire

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Q 2

  S Y S T E M E

qu'il est quadrilatère sur les molaires, pointu sur les

canines, taillé en biseau sur les incisives. Développé

d'abord du côté des gencives, i l s 'étend ensuite du

côté du pédicule vasculaire et nerveux, se moule sur

lui en

  s'avançant

  vers l 'endroit de l 'alvéole où il

p é n è tr e ; en sorte qu'il prése nte de ce côté u ne surface,

concave qui embrasse la portion pulpeuse de la mem

brane , et  y tient par divers prolongemens vasculaires;

et comme cette portion est f lottante, le premier ru

diment de la dent flotte aussi dans la cavité de la

membrane , comme on le voi t t rès-bien en inc isant

la portion alvéolaire de cette membrane, après avoir

détruit la paroi correspondante de l 'alvéole.

L es

  conséquences

  suivantes résultent de ce mode

de développement :

  ï

 °. La co uro nn e est la prem ière

formée , et la racine n'est produite qu'à mesure que

l'ossification suivant la longueur s'avance sur la por

tion de membrane tapissant le paquet vasculaire et

nerveux. 2°. Comme tous les vaisseaux qui arr ivent

à la d e n t, pé nè tren t par sa surface int ern e

  ,

 puisque

l'ex tern e est en tièr em en t libre dan s la cavité de la

m e m b r a n e , l 'ossification suivan t l 'épaisseur se fait

spécialement aux dépens de la cavité interne qui va

toujours en se

  rétrécissant,

  ainsi que la pulpe, dis

position inverse de celle des  autres  o s , do nt l 'ossifi

cation com m ence pa r un po int placé au cen tre du

cartilage , et  q u i ,  d'abord solides au milieu , devien

nent ensuite creux pour les cavités  celluleuse  et

m éd ul la ire , qui von t toujours en s 'agrandissant .

3° .  Après l 'ossification de la dent, la portion

  delà

membrane du follicule qui tapissoit l 'alvéole , reste

la m êm e , tand is q ue sa portion co rres po nd an te à la

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O S S E U X .  p 3

pulpe j  l ibre pr im it ivem ent de l 'autre cô té , devient

de ce côté adhérente à toute la cavité dentaire qu'elle

tap iss e, do nt e l le forme la m em bra ne indiquée plus

ha ut à l 'article de la stru ctu re des d e n t s , et qui se

trouve ainsi intermédiaire à la pulpe et à la substance

osseuse. 4°> L a pulpe de la de nt est la prem ière partie

formée , et la plus considérable dans les premiers

temps. I l paroît que c 'est la substance osseuse qui se

forme la seconde , et que l 'émail naît ensuite à l 'exté

rie u r de celle-ci. Je n'a i p oin t pu e nco re re nd re sensible

le mode de son origine.

L'époque à laquelle le follicule membraneux se

forme , est difficile à saisir ; celle de la première os

sification paroît être du quatrième au cinquième

mo is .  Au terme de la naissance , on trouve  les  vingt

de nts de la prem ière denti t ion déjà avancé es; toute

la couron ne en est form ée; le com m ence m ent de la ra

cine se présente aussi sous la forme d'un tuyau large,

à parois extrêmement minces , et qui va toujours en

s'alongeant et en épaississant; lorsqu'il est arrivé au

fond de l 'alvéole , celle-ci est trop étroite pour con

tenir la dent qui se fait jour au-dehors.

%

 L e nom bre des de nts , m oind re dans la première

que dan s la seconde denti t ion , do nn e un e forme par

ticulière aux mâchoires du fœtus et de

 l'enfant,

  sur

tout à l ' inférieure, qui est moins alongée en

  devant,

et par co nséq uen t p lus large

 proportionnellement,

 que

chez l 'adulte où pour recevoir toutes les dents

  le

  re

bord alvéolaire doit être nécessairement plus

  é tendu .

Ce t t e disposition delamâchoire inférieure influe beau

coup sur l 'expression de la physionomie.

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S Y S T È M E

94

Prem ière Dentition considérée à l'époque

  de

ï  éruption.

On observe les phénomènes suivans à l 'époque du

sixième ou septième mois de la naissance, t rès-rare- ,

m e n t  avant,  plus rarement encore pendant la  gros

sesse, ce qui n' est pas cep en dan t sans exem ple , com m e

l 'histoire de Louis  xiv  en est la pr eu ve . O n voit

d 'abord paroî t re , tantôt  simultanément,  tantôt isolé

ment, les deux petites incisives de la mâchoire   infé

rieure. Bientôt après les incisives correspondantes de

la mâchoire supérieure se font jour. Un mois ou deux

a p r è s ,

  les quatre autres incisives sortent. A la fin de

la prem ière année , paroissent o rdin airem ent les quatre

canin es. A la f in de la sec on de , ou souven t plus ta rd ,

on voit sortir à chaque mâchoire deux molaires que

de ux autres suivent bien tôt . C 'est presque toujours

par la mâchoire inférieure que commence chaque

éruption. A l 'âge de quatre ans, quatre ans et demi,

quelquefois de cinq ou six

 a n s ,

  toujours à une époque

assez variable , se manifestent en bas, puis en haut,

deux autres molaires qui complètent le nombre de

vingt-qu atre de nt s form ant la pre m ière dentition ;

toutes en effet

  tombent,

  et sont remplacées par Je

nouvelles.

Le mécanisme de cette première denti t ion est

celui-ci : l'ossification faisant tou jou rs de s prog rès

vers la racine , la dent ne peut plus être contenue

dans l'alvéole ; elle perce et la portion alvéolaire de la

m em b ra n e , e t la m em brane m uque use de la bouch e ,

et un tissu pulpeux intermédiaire qui les sépare, avec

d'autant plus de facilité, que cette triple couche s'a-

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O S S E U X .  <}5

mincit peu à peu à mesure que l 'éruption approche.

C e ph éno m ène est- il dû un iqu em en t à la pression

m écan ique de la d e n t ? Je crois qu ' i l y a un e au tre

cause; car observez qu' ic i les membranes sont très-

peu soulevées avant de se ro m p re ; tandis que da ns les

polypes et au tres tum eu rs qui naissent quelquefois

sous la membrane gengivale, elle est infiniment plus

tiraillée, et cependant alors elle ne se déchire pas ,

mais se soulève seulement. Le mécanisme de l 'ou

verture des gencives n'est pas plus connu , que le

principe des accidens terribles qui se manifestent

quelquefois alors. Le sac que

  formoit

  la membrane

primitive du follicule se trouvant ainsi ouvert, sa

portion qui tapisse l 'alvéole

  s'unit

  à la membrane de

la bouche , lu i devient cont inue , se col le en même

tem ps au collet d 'un e m anière très- int ime

 ;

  et comme

pe nd an t le dévelop pem ent de la raci ne , la face intern e

de cette port ion

  m e m b r a n e u s e ,

  l ibre d 'a b o rd , a insi

que nous avons vu , a peu à peu contracté des adhé

rences avec elle, il s 'ensuit que cette racine se trouve

enchâssée  entre la portion alvéolaire qui tapisse son

extérieur,  et la portion pulpeuse qui revêt son in

térieur : c 'est ce qui assure sa solidité. A mesure

que les adhérences de la membrane

 augmentent,

  on

peut moins facilement la distinguer. I l est rare que

dans cette première denti t ion la formation de la ra

cine s'achève aussi  complètement  que dans la s e

conde; sa cavité interne reste aussi t rès- large, e t la

pulpe est plus développée.

Deuxième Dentition considérée avant

  l éruption.

Il

  faut,

  comme dans le cas

  précédent,

  distinguer

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û 5 S Y S T E M E

les phénomènes nutr i t i fs en ceux qui  ont

 lieu avant,

pendant e t après l 'éruption. Avant l 'éruption , on ob

serve, en ouv ran t la m âc ho ire , un e rang ée de follicules

dentaires, correspondans à la rangée des dents déjà

formées, situés au-dessous ou à  côté,etséparésd'elles

par de petites cloisons, dont l 'épaisseur est d 'autant

plus grande, qu'on l 'examine dans un âge plus voisin

de la première enfance.

Ces follicules

  ont

  exactement la même disposition

que ceux de la prem ière d en ti t io n ; com m e eux ils

forment des sacs sans ouverture dont la portion al

véo laire est ad hé ren te , et d on t la pu lpe use libre se

rev êt à sa surface des pre m ières

 couches

 osseuses pour

la couronne .

  L'accroissement

  est le même dans son

m o d e ,

  c'est-à-dire

  qu'il a lieu de l 'extérieur à

  l'in

tér ieu r , à l ' inverse des. au tres o s, disp ositio n qui fait

que la partie de la

 dent ,

  immédiatement en contact

avec les corps étrangers, («tant la première formée,

a plus le temps d'acquérir la solidité nécessaire a

ses fonctions.

A mesure que les dents secondaires croissent, on

voit leur système vasculaire se prononcer davantage,

et  celui des anciennes dents diminuer , ce qui lient à

ce que la se nsib ilité,  affaiblie  dans celles-ci, n'appelle

plus le sang, tandis qu'exaltée dans l 'autre, elle l'at

tire avec force. On remarque aussi que la cloison des

alvéoles dim inu e en

 épaisseur,

 et qu e la racine des pre

mières  se détruit . Ce double phénomène ne paroît

point tenir à la pression exercée par la nouvelle

 dent,

puisqu'alors

  la racine s 'élargirait ,

  s'applaliroit

  seule

ment ,

  ou si elle éprouvoit une destruction réelle, on

en

  trouverait

  ics

  débr is ; ce qui n 'a r r ive point .

  Il

 est

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O S S E U X .  97

donc probable que c 'est par l 'absorption du phos

ph ate calcaire qu e la cloison et la racin e

  disparaissent,

à peu près co m m e n ou s avons dit que les cavités

internes des os cartilagineux se forment.

O n

  voit,

  d 'après

  ce la ,

  que l'ossification des racines

des prem ières de nts est d 'assez courte du rée ; elle

commence la dernière , e t f in i t la première . Lors

qu 'e l le n 'a p lus que peu d 'é tendue , les dents com

mencent à vacil ler , faute d ' inser t ion. La dispari t ion

delà  cloison au gm en te leur mo bilité. C'est à peu près à

l 'âge de six ou sept ans que co m m ence leur chu te : cette

chute se faitsuivantl'ordredeleuréruption,c'est-à-dire

qu e les incisives, puis les ca nin es , puis les m ola ires ,

se dé tachent . Remarquez cependant que la dernière ,

celle qui a paru à quatre ans, n 'est point renouvelée.

Deuxième Dentition considérée à l'époque de

l éruption.

P en da nt l 'éruption des secondes d e n ts , on les voit

sortir à mesure et dans le même ordre que celles

  qui

leur correspondent se détachent.  i ° .  Les hui t inc i

s ives ,

  2°. les quatre canines se manifestent. 3°. A la

place de la première molaire , deux nouvelles se dé

veloppent; ce sont celles  q u i ,  dans la suite , portent

le nom de peti tes molaires.  4 ° -  La seconde molaire

r e s t e ,  comme nous venons de le dire; c 'est la pre

mière des grosses. 5°. A huit ou neuf

  a n s ,

  deux

secondes»molaires

  paroissent à chaque mâchoire.

6 ° .  Enfin à dix-huit , vingt , t rente ans, quelquefois

plus tard, i l se développe encore une troisième mo

l a i r e ;

  c'est ce qu'on appelle la

 dent

  de sagesse.

Alors il y a à chaque mâchoire seize  d e n t s ,  dont

il

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9 8

  S Y S T È M E

qu atre incisives, de ux can ine s, deu x peti tes molaires,

et trois grosses.

Q uelq uefo is, pen dan t qu 'e lles se fo rm en t, les dents

secondaires, au lieu de s 'approprier la substance nu

tritive des racines des pre m ière s et de leu r cloison , les

laissent intactes ; ni les un es n i les au tre s ne se d ét ru i

sent , et l 'éru ptio n des seco nde s d en ts se fait à côté des

prem ières restées en place. Ce ph én om èn e n'arrive or

dinairement qu'à une dent isolée; quelquefois cepen

dant plusieurs et même toutes le présentent; et alors

il

  y a une double rangée. En général les dents secon

daires

  n

  ont de la tendance à sortir que du côté des

gencives. Lorsque, t rès-obliquement placée par un

vice de conformation , leur couronne regarde en de

vant ou en arrière, au lieu de percer la mâchoire,

elles restent ensevelies pour toujours dans leurs

alvéoles.

Phénomènes subséquens

  à

 l éruption  des secondes

Dents.

4

  Aprè s

  l'éruption,

  les dents croissent manifeste

m e n t ,  i ° . suivant la lon gu eu r, 2

0

. suivant l'épaisseur.

Il n'y a que la racine qui

  s'alonge

  dans le premier

s e n s ;

  la  couronne  garde toujours

  ses

  mêmes dimen

s ions ; et s i , d an s les vie illard s, elle par oît plu s longue,

c'est qu e les gencives se son t affaissées; phénom ène

que d'ailleurs ou observe très-souvent dans les per

sonnes qui maigrissent, dans celles qui ont4ait  usage

du mercu re , e t c .

L'accroissement dans le second sens ne se fait

point en dehors; i l n 'a lieu qu'en dedans : le canal

de la racine et la cavité du corps vont toujours en se

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O S S E U X .

  9 9

ré tré cis sa nt ; ils finissent enfin par s'oblitérer. A lors

le sang né pénétrant plus dans la

  dent,

  les nerfs n'y

portant plus leur inf luence, e l le meurt , e t tombe.

Mais cet te mort paroît  aussi ' dé term inée par l ' accu

m ulatio n dan s la substan ce os seu se, d 'u ne très-grande

quantité de phosphate calcaire qui y devient telle

m en t pré do m ina nt sur la gélat in e, que le pr incipe de

vie est entièrement étouffé; en sorte que, sous ce

rapport,

  la chute des den ts prése nte un phén om ène

analogue à celui de  la  chute des cornes des herbi

v o r e s ,

  de l 'enveloppe calcaire des crustacées, etc.

Po urq uo i la na ture

 a-t-elle

 m arq ué à la vie des de nt s

un terme plus court qu'à celle des autres os, qui ne

finissent d'exis ter q u'av ec tous les autres org an es ,

tandis qu 'e lles me ur en t long-temp s avant ? Est-ce

parce que l 'estomac

  s'affoiblissant

  avec

 l'âge,

  les ani

maux se trouvent forcés par là de ne se nourrir , dans

leur vieillesse, qu ed e substances molles , accom modées

à l 'état de langueur de leurs forces gastriques? Sans

doute que chez l 'homme mille causes, nées surtout

de la nature des al imens, de leur degré de chaleur ,

de fro id , de leur co ctio n, de leurs qualités infinim ent

va riée s, accélèrent l 'épo que naturelle de la mo rt et d e

la chute des dents , parce qu'en excitant sans cesse ,

en agaçant ces organes, elles les entretiennent dans

un état d'activité habituelle qui épuise leur vie plutôt

qu'elle ne devroit f inir . Ainsi mille causes, nées de

la société, mettent-elles à la vie générale un terme

bien

  antér ieur à celui f ixé par la nature. Mais,

  .en

gén éra l , dans tous les an im au x, la mor t des den ts

précède celle des autres o rg an es ,

  quoiqu

  ils ne soient

point

  sous l'influence

  sociale,

  que

 leur

 mastication

  ne

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10O  S Y S T È M E

s 'exerce par conséquent que sur des alimens destinés,

par

  la

  nature, à ê tre en contact avec leurs dents.

Les mâchoires, dépourvues de dents chez le vieil

la rd , se res se rre nt ; les alvéoles s'effacent; le tissu des

gencives se raffermit, et la mastication continue,

quoiqu'avec plus de peine. Dans ce changement de

co nfo rm atio n, le bo rd alvéolaire se rejette en arrière:

de là la saillie du menton en devant. Il diminue en

hauteur : de là le rapprochement de cette partie près

d u

  n e z ,

  phénomène qui tient aussi spécialement à

l 'absence des dents.

§

  V .

  Phénom ènes particuliers du développement

des Sésamoïdes.

L es sésamoïdes offrent un e ex ce pt io n, mo ins mar

quée q ue celle des d e n t s , m ais aussi réelle

  cepen*-

dant, aux lois générales de l 'ossification.

7

  D

  te

ù

Disposition générale des Sésam oïdes.  ^

Ce s petits

 o s ,

 de fo rme com m uné m ent a r rond ie ,

 de

grosseur var iable , n 'excèdent guères communément

ce l le d 'un pois , excepté la ro tule cependant ;

  ils

 ne

se trou ven t en général qu e

 dans

 les m e m b re s ; le tronc

n'en présente jamais.

Dans les membres supérieurs on n'en voit guères

qu'à la main où l 'articulation du pouce avec le pre

mier os métacarpien en présente toujours deux, e t

où quelquefois l 'articulation analogue du doigt indi

cateur , t rès-rarement cel le .du peti t doigt , e t l 'ar t i

culation phalangienne du

  p o u c e ,

  en offrent aussi.

Dans les membres inférieurs au contraire, i ls sont

no m breu x e t sur tout beau coup plus pron oncé s . Deux

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O S S E U X .

  I O I

s 'observent sur chaque  condyle  du fémur, dans les

tendons des jumeaux , der r iè re le genou; au-devant

est la rotule . Dans le pied, le tendon du jambier

postérieur près son insertion à la tubérosité du sca-

phoïde, celui du long péronier à son

  passage

  sous

le cuboïde , offrent aussi des sésamoïdes. On en voit

constamment deux sous l 'ar t iculat ion métatarso-pha-

langienne du gros orteil; sous la plupart des articula

tions analogues des autres

 d o ig t s ,

  il s'en trouve

  auss i ,

quoique ceux-ci soient plus variables. Dans les arti

culat ions

  pha langiennes ,

  j 'en ai vu aussi plusieurs

fois.

  E n

  g é n é r a l ,

  les os sésamoïdes n'existent que

dans le sens de la flexion qui est celui où les plus

grands efforts sont à supporter. Dans le sens de l 'ex

tension je ne connois que la rotule.

Ce s peti ts os n 'o nt point com m e les autres u ne

existence isolée; ils se développent toujours dans un

organe fibreux, soit dans un tendon, comme ceux des

jum ea ux , du pé ron ie r , du jambier pos té r ieur , com me

aussi la rotule , soit dans un l igament, comme tous

ceux placés au-devant des ar t icula t ions métacarpo-

phalangiennes , méta tarso-phalangiennes ou phalan

gie nn es , lesquels ont po u r base le faisceau fibreux

considérable et transversal, que nous avons appelé

ligament antérieur de ces articulations.

État fibro-cartilagineux.

Les deux bases pr imit ives des sésamoïdes restent

long-temps sans en offrir les rudimens, et sont telles

à l 'endroit où ces os doivent exister, qu'elles sont

par-tout ailleurs. Leur organisation est généralement

uniforme. Quelque temps après la naissance, un peu

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1 0 2

  S Y S T E M E

p l u s d e g é l a t i n e q u e n ' e n c o n t i e n n e n t p o u r l e u r n u

t r i t i o n p r op re ce s d e u x co rp s fibreux , co m m en ce à s'y

e x h a l e r à l ' e n d r o i t o ù u n j o u r

  osseux

  f

  ils offriront les

sé samo ïdes : a lo r s na i s sen t de s ca r t i l ages e s sen t i e l l e

m e n t  différons  des ca r t i l ages d 'oss i f ica t ion o rd ina i re ,

l e sque l s son t à peu p rè s de même na tu re que ceux

des ex t r émi té s de s o s longs des adu l t e s , t and i s que

ceux -c i appa r t i ennen t v ra imen t à l a c l a s se des subs

ta n ce s fibro-cartilagineuses. Ils r e s s e m b le n t pa r leur

n a t u r e a u x fibro-carti lages

  i n t e r a r t i c u l a i r e s ,

  à

  ceux

d e s c o u l i s s e s t e n d i n e u s e s , e t c . C e n e s o n t

  pa s

  des

c a r t i l a g e s , mais d e s f i b r o - c a r t i l a g e s d ' o s s i f ic a t i o n ,  dont

on di s t i ng ue d 'a u ta n t m ie u x la ba se f ibreuse, qu 'on

e s t p l u s p r è s d u t e m p s d e l e u r d é v e l o p p e m e n t .

Étal  osseux.

P e u à pe u les v ai ss ea ux de ces fibro-cartilages qui

ne  cha r io i en t que des sucs b l ancs , s e me t t en t en r ap

po r t de  sensibilité  avec le sang; ce f luide les pénètre;

e n m ê m e t e m p s le p h o s p h a t e c a l ca i re c o m m e n c e à

s 'y déposer : a lors le t issu cel lu leux s 'y forme à  l'in

térieur  par un mécan isme ana logue à ce lu i des au t res

o s ;  une légère couche compac te se déve loppe à l ' ex

té r ieur . Mais au mi l ieu de ce t os nouveau la base

fibreuse res te tou jo u rs ; les fibres d u t e n d o n , supé

r i eu re s au sé samo ïde , s e con t inuen t pou r a in s i d i r e

à t ravers sa subs tance avec les in fé r ieures : auss i  les

c ica t r ices

 de ces os, lorsqu 'i ls

 s o n t f r a c t u r é s , p r e n n en t -

e l les un ca rac tè re par t icu l ie r e t

  distinctif;

  c'est leur

base f ibreuse

  q u i ,

  en

  s'étendant

  p o u r l a r é u n i o n , é t a

bl i t ce t te d if f ére nc e. O n sa i t q u e le ca l d e la ro tu le

n 'es t pas

  le

  m ê m e q u e c e l u i d e s a u t r e s o s . S o u v e n t ,

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O S S E U X .  10D

lorsque l 'appareil n 'a pas été exactement maintenu,

il reste en tre les d eu x frag m ens u n tissu fibro-carti

lag ineux , pour moyen d 'un ion : o r

  ce, tissu

  c'est le

développement non-seulement de la por t ion car t i la

gineuse de l 'o s, mais encore de la port ion du ten do n

des ex te ns eu rs, qui fait partie de l 'organisation de cet

os.

  La vie des sésamoïdes participe presque autant

à celle du système fibreux qu'à celle du système

osseux.

A mesure qu'on avance en âge, ces petits os crois

sent et deviennent plus caractérisés dans l 'économie

animale; souvent il s 'en développe très-tard, à l 'âge

de vingt , t rente e t même quarante ans . Chez cer

tains

  viei l lards,

  ils ont au pied un volume très-mar

q u é .  J 'ai vu sur deux cadavres de personnes attaquées

de la goutte, qu'ils s 'étoient développés au point de

gêner probablement la progression. Y  auroil-il  quel

que rapport entr 'eux et cette cruelle affection? Je

n'ai là-dessus que ces deux   faits.

Les sésamoïdes éloignent leurs tendons du centre

du mouvement, facilitent leur glissement sur les os,

garantissent leurs ar t iculat ions, concourent même à

leurs moyvemens. Tous ceux développés dans les l i

gam ens a ntér ieurs des ar t iculat ions m étacarpo et

  m é-

t a ta r sopha langiennes , des phalangiennes elles-mêm es,

concourent aussi au mouvement de ces ar t iculat ions.

Une portion de la synoviale se déploie sur  leur  face

qui y correspond et qui reste  légèrement  car t i lagi

neuse . •

La formation des sésamoïdes n'est point un effet

mécanique  de la pression des tendons ou des liga

mens contre les os , comme on l ' a (pré tendu, mais

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1 0 4

  S Y S T È 31 E

  O S S E U X .

bien un résu ltat des lois de l'ossification. E n effet,

dans la première

  s u p p o s i t i o n ,

  pourquoi toutes les

articulations de la main et du pied, autres que celles

indiquées plus haut, étant exposées à peu près à un

mouvement égal au mouvement de celles-ci , ne se-

roient-elles

  pas pourvues de ces os ?

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S Y S T È M E M É D U L L A I R E .

I / U O I Q U E

  le système médullaire ne se

 ^encontre

 que

dans les os, quoique ses usages principaux leur pa-

roissent absolument relatifs; cependant ses propriétés

et sa vie

 diffèrent

  tellement de la vie et des propriétés

de ces organes, qu 'on ne peut s 'empêcher de l 'exa

miner d 'une manière isolée.

On dis t ingue deux espèces de systèmes médul

laires : l 'un occupe le tissu celluleux des extrémités

des os longs, de tout l ' intérieur des os courts et

plats ; l 'autre se trouv e seulem ent dan s la partie

moyenne des premiers : examinons-les chacun sépa

rément .

A R T I C L E  P R E M I E R .

Système médullaire des os plats, des os

courts,  et des extrémités des os longs.

§

  I

e r

.

  Origine et Conformation.

• L J E  système paroît être l 'épanouissement  des  vais

seaux qui pénètrent dans les os par les trous du se

cond ordre, c 'est-à-dire , par ceux qui vont se rendre

dans  le tissu celluleux commun. Ces vaisseaux arrivés

à la surface interne des cellules, s'y divisent à

  l'in

fini, et s 'y anastomosent de mille manières. Leur  en

trelacement donne à l ' intérieur du tissu celluleux  cet

aspect rouge

  qui.le

  caractér ise , e t qui est d 'autant

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1 0 6 S Y S T È M E

plus marqué qu'on l 'examine dans un âge plus voisin

de l 'enfance, parce qu'en effet le système vasculaire

qui y est très-prononcé à celte époque, se rétrécit et

s'efface à mesure qu'on s'en éloigne.

Ce sont ces vaisseaux  q u i ,  dans la section des os

d u crâne par* le tr é p a n , d o n n en t à la sciure la rou

geur qu'on lui observe. Ce sont eux qui produisent

le même phénomène dans l 'amputation de l 'extré

mité des membres . Quoiqu 'en généra l i l s

  restent

gorgés de beaucoup de sang, à l ' instant de la mort,

cependant on peut , comme je l 'a i fa i t souvent, y en

accumuler encore

 .plus

  par des injections fines qui

pou ssen t de va nt elles celui qui se tro uv e da ns les vais

seaux , et le concentrent à leur extrémité : alors le

tissu spongieux de l 'adulte est presque aussi rouge

que

  celui

  de.l'enfant

  qu 'on n 'a point préparé .

§

  I I .

  Organisation.

Les auteurs admettent une membrane f ine qui ta

pisse l ' intérieur de toutes les cellules osseuses, et

qu'ils considèrent comme l 'organe exhalant du suc

médullaire . Je n 'a i jamais pu, quelque nombreuses

qu'aient é té mes recherches, découvrir une sembla

ble m em bra ne . On ne voit que les prolongem ens vas-

culaires dont je viens de parler, lesquels, prodigieu

sement mul t ip l ié s ,

  parôissent

  en effet former une

membrane , ma is qu i , a t ten t ivement examinés , son t

très-distincts

  les uns des autres, nullement continus,

si ce n'est à l 'endroit des anastomoses , et laissent

une foule de petits espaces où l 'os est immédiatement

J

  n u ,  et en contact avec le suc médullaire.

L exhalat ion de ce suc paroît do nc un iqu em en t pro-

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1 0 8 S Y S T È M E

§.

  I V .

  Développement.

*

Le réseau vasculaire , qui forme ce système mé

dullaire, existe dans l 'état cartilagineux; mais alors,

d 'u ne p ar t , il n 'a dm et point la port ion rouge du sang;

de l 'autre part, les interstices de ses mailles se trou

vent tellement remplies par la gélatine, que le carti

lage paroît homogène. A l'époque de l 'ossification, le

sang rouge pénètre d 'un

  côlé

  dans Jes vaisseaux,

tand is que , d 'un au t re

  c ô t é ,

  ces vaisseaux  restent à

nu

  par l 'absorption de la gélaline, à l 'endroit des cel

lules , sur la surface interne desquelles ils rampent.

Dans

 le fœtus et dans le

 premier,

  âge, ce système

médullaire offre une disposition remarquable.  11  ne

contient presque point de ce suc huileux, dont il em

prunte son nom, e t  q u i ,  dans la  s u i t e ,  remplit en si

grande proportion les interstices du tissu celluleux

des divers os : en examinant ces organes comparati

vement dans les divers âges, je m'en suis facilement

convaincu.

  i

p

.

  Exposé à un degré de chaleur un peu

considérable, le tissu celluleux des os d'adulte laisse

écouler en abondance ce suc huileux qui se fond. De

la m êm e exp érience résulte seulem ent da ns le fœtus la

dessiccation  de ce tissu par l'évaporation des fluides

qui le pénètrent. 2°. Si on brûle l 'extrémité d'un os

long

  d'adulte,

  la combustion est spontanément en

tretenue par le suc huileux qui

  'échappe

  des pores

de la seconde espèce, et qui donne de la flamme

jusqu'à ce qu'il soit épuisé. Dans le fœtus, l 'os cesse

de brûler dès qu'on le retire du feu, parce que les

fluides qu'il contient n'entretiennent point sa com

bustion.

  5° .

  Rien n'est plus difficile que de conserver

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M E D U L L A I R E .

  IO9

blancs

 les

 os d 'a du lte , parce qu e l 'huile qui en pé nè tre

les intervalles, les jaunit toujours un peu. Dans le

fœtus et l 'enfant où cette cause n'existe pas, la blan

cheur des os est facile à obtenir.  4°« Par

  l'ébullition,

on n 'extrai t point ou presque point d 'huile du t issu

celluleux dans le premier âge; beaucoup nage à la

surface de l 'eau où on a mis bouillir ce tissu dans les

âges suivans. En général le fœtus paroît absolument

manquer d 'huile médullaire; e l le se forme après

  sa

naissance, e t sa proport ion va toujours en augmen

tant , jusqu'à l 'entier accroissement. Quel f luide rem

place celui-ci dans les prem ières années ? D 'ab o rd

beaucoup de sang

 ;

  car en général la rougeur du sys

t ème

 médullaire*est

  en raison inverse de l 'huile qui

s

 y

  trouve; mais les intervalles des cellules

 paroissent

de plus être humides d 'un autre f luide qu'on ne con-

noît pas, e t qui s 'évapore, comme j 'a i di t , lorsqu'on

présente au feu l 'os d'un fœtus.

A R T I C L E  D E U X I È M E .

Système médullaire du milieu des os longs.

\ _ > E

  système diffère essentiellement du précédent

par sa

 n a t u r e ,

  ses p ro p rié té s, ses fonction s, etc. Il oc

cupe le centre des os longs, dont il remplit la grande

cavité.

* §

  I

e r

.

  Conformation.

Chacun des organes de l 'ensemble desquels

  il

  ré

sulte , se présente sous la form e d 'un e m em br an e

mince , tapissant toute la cavité,.se  repliant sur elle-

même un grand nombre de fois , donnant naissance

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1 1 0

  S Y S T È M E

à une foule de prolongemens, dont les uns enve

lo pp en t les filets déliés d u tissu cel lul eux qu i se ren

contrent dans cette cavité , les autres

  passent,

  sans

adhé rer à auc un e port ion os seu se, d 'u n côté de la

m em br an e à l 'a u tr e, et d o n t tous form ent d es cellules

nombreuses où se trouve contenue la moelle .

On peut donc se former de cet organe une idée

analogue à celle que nous présente l 'organe cellulaire;

savoir, celle d'un corps spongieux, à cellules com

municantes. La place qu' i l occupe donne à son en

semble une forme cylindrique.

Il  paroît qu'aux deux extrémités du canal, les cel

lules ou m em br an es ne s 'ou vren t poin t d ans celles du

tissu celluleux, et que le suc'médullaire  du système

précédent ne communique nullement avec la moelle

de celui-ci. En

  effet,

  la ligne de démarcation qui les

sépare est sensible;  ils  ne se confondent point d'une

manière graduelle. L'air injecté

  d'un

  côté du cylindre

médullaire , ne pénètre qu 'avec peine et en déchirant .

les membranes, dans le tissu celluleux de l 'extrémité

opposée de l 'os : cependant, malgré ces considéra

tions , j 'avoue que la question n'est point exactement

résolue. Les transsudations

  cadavériques-

  sont nulles

pour la déc ider ,  à  cause de la perméabilité que nos

parties

  acquièrent

  après la mort.

§  I I .  Organisation.

La texture de la m em brane

  médullaire

  est

  très-peu

connue, parce que son extrême ténuité la dérobe à

nos recherches; car ce n'est que dans les os des

  rachi-

t iques que son augm entation  morbifiquc  en épaisseur

m'a permis d'en poursuivre exactement le trajet. Elle

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M É D U L L A I R E .

  1 1 1

a l 'apparence du tissu cellulaire; cependant ses pro

priétés , et pa r là m êm e sa

  n a t u r e ,

  sont très-diffé

rentes de celles de ce tissu : elle ne peut se rapporter

à aucune des trois classes des membranes séreuses ,

f ibreuses ou muqueuses. Quelques-uns ont prétendu

qu'el le é toi t une expansion du périoste , qui s ' insinue

par les t rous no m br eu x d on t l 'os est perc é , et pénè tre

dans la cavité médullaire ; mais le moindre parallèle

établi en tre ces m em bra ne s suffit po ur faire voir qu 'es

sentiellement différentes par leurs fonctions, leurs

forces

 v i ta les ,

 et c ., elles ne peuv ent avoir la m êm e tex

t u r e .  Un

  vaisseau principal pénètre la membrane

m éd ul la i re ; c'es t l ' a rtè re qui entre par le t rou u n iq u e ,

mais

  très-marqué

  , qui se voit sur le corps

  des

  os

longs : les deux branches de cette

  a r t è r e ,

  et celles de

la veine

 c o r r e s p o n d a n t e ,

  se ramifient en sens opposé

sur le cylind re mé du llaire , et par l ' inno m brable qu an

t i té de leurs

  r a m e a u x ,

  lui donnent une couleur rou-

geâtre  très-marquée, e t qui disparoît avec l 'âge. Les

extré m ités em pr un ten t leurs vaisseaux de ceux d u

tissa celluleux voisin. O n ne  peut y suivre auc un nerf.

Telle est quelquefois l 'abondance des fluides qui pé

nètre nt ce t te me m bra ne , e t son extrêm e té n u i t é ,

qu 'on diroit vraiment qu 'e l le n 'existe pas. Pour vous

conv aincre de son existence , exposez le cylind re

quelle

  forme à l 'action très-intense du calorique; elle

se resserre , se racornit aussi tôt comme tous les so

lides , et dev ient ainsi plus app are nt e.

§  I I I .  Propriétés.

Les propriétés de t issu sont

  très-caractérisées

 dans

l 'organe m édul la i re . ï ° .L e spina ventosa où cet organ e

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1 1 2 S Y S T È M E

se distend d'une manière très-sensible avec le corps

de l 'os, prouve son extensibilité. 2°. Sa contractili té

de tissu est caractérisée par le retour des cellules sur

e l les-mêm es, après l ' ampu ta t ion  de la parti e m oyenne

d'un os long, re tour qui empêche l 'écoulement de la

moelle, qui sans cela seroit inévitable, à cause

  delà

communication

  de ces cellules.

Il est pro bab le qu e la contra ctilité org an iqu e insen

s ib le ,

  do nt l 'exercice est d ét er m in é alors par le con

tact de l 'air sur cette membrane qui se crispe sous

son irritation, influe aussi sur ce phénomène : car ce

mode de contractilité, ainsi que la sensibilité corres

pondante , es t évidemment le par tage de ce t te mem

brane .

La sensibilité animale y est développée d'une

  ma

nière exquise dans l 'état naturel

 :

 les dou leur s les plus

aiguës sont le résultat de l 'action que la

  sc^e

  exerce

sur elle dans

  l'amputation,

  de l ' introduction d 'un

stylet, de l ' injection d'un fluide irritant dans la cavité

médullaire, ou de tout autre moyen qui l 'excite très-

vivement. Je ne parle pas des

 douleurs osseuses

 dans

le spina ven tosa ,1a

 v é r o l e ,

 etc . : com m e la m embrane

n'est point a lors dans son état naturel ,  on-ne  peut en

tirer des conséquences pour-juger  du mode des forces

vitales dont elle est naturellement douée. J'ai observé

que  sa  sensibilité est d 'autant plus marquée, qu'o'n

approche davantage du centre précis de  l'qs  avec le

stylet q u'o n y pousse dans les an im au x viva ns. A l'ex

trémité du canal médullaire, cette sensibilité est peu

marquée; au milieu, la section de l 'os est extrême

ment douloureuse. D'où dépend cette inégali té de

force sensitive, ce décroissement du centre aux ex-

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M É D U L L A I R E .  I l 3

t rémités? Je l ' ignore. La contracti l i té animale et la

contractilité'organique

  sensible sont manifestement

étrangères au système médullaire .

Il est

 évident,

  d'après cet exposé des forces vitales

qui animent ce

  s y s t è m e ,

  que la vie y est beaucoup

plus active que dans le système osseux, que les phé

nomènes vitaux doivent y être par conséquent plus

ra p id es , s 'écar ter de •cette m arche chroniqu e  qui  ca

ractérise toutes les maladies des os, répondre avec

plus de prompti tude aux exci ta t ions sympathiques

des autres organes. Je suis persuadé que beaucoup

de douleurs vagues qu 'on rappor te ordina irement

aux os dans les maladies, ont plutôt leur  siège  dans

le système médullaire , dans celui du milieu des

os longs surtout : remarquez en effet que la plupart

de ces do ul eu rs sont fixées au milieu des m em bre s  j

qu'elles existent vraiment dans le sens de ce système.

Le système médullaire des extrémités des os

  l o n g s ,

des os plats e t courts , jouit cer tainement aussi de

plus d'énergie vitale que le tissu osseux lui-même ;

l ' inflammation y est plus facile à se développer; ses

effefcs  sont plus prompts à se manifester. Qui ne sait

que la carie est d 'autant plus

 r a p i d e ,

  que plusxle  tissu

celluleux existe dans les os? Ce n'est pas ce tissu   q u i ,

par sa nature, inf lue sur ce phénomène; mais c 'est

que plus

  il

  est abondant, plus le système médullaire

y p r édom ine  :  or comme celui-ci participe à toutes ses

affections, il leur im prim e un e rapidité

  qù

  elles n'ont

point dans le tissu compact où il n 'existe pas.

§  I V -  Développement.

ibrane  existe dans l'état car

i i .

  8

Cette membrane existe dans l 'é ta t

 cartilagineux

  de

V

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I l 4 S Y S T È M E

la partie moyenne des os longs; mais alors elle sert

de parenchyme nutr i t i f à la gélat ine qui

  s'y

  exhale,

et

  q u i ,

  accumulée en très-grande quanti té dans

 seî

cellules, rend l 'os homogène en apparence, e t em

pêc he d e la di stin gu er. Q u a n d l 'ossification se fait,

cette substance est

  a b s o r b é e ,

  la cavité médullaire se

forme; la  membrane  médullaire reste à nu; le sang

pénètre dans

  ses

  vaisseaux, jusque-là accessibles

seulement à des fluides blancs, parce que son mode

de sensibilité organique change. Au lieu de recevoir

de la gélatine dans ses cellules, c 'est la moelle ou

 uri

autre fluide qu'elle y admet, phénomène également

dép end ant de ce changem ent de

 sensibilité

  organique.

De là une forme extérieure toute nouvelle, un organe

nou veau formé en ap p ar en ce , tandis qu 'en réalité

ce n'est pas l 'organe qui change, mais le fluide qui

s 'y sépare. Le même phénomène s 'observe à peu près

dans la formation du cal, où la portion de membrane

médullaire correspondante à la fracture est d 'abord

cartil ag ine us e, pu is os se us e, et red ev ien t enfin ce

qu el le é toi t pr imit ivement.

Cependant l 'exhalat ion de la moelle ne commence

pas

  dès^jue

  le sang aborde dans le canal médullaire,

ou plutôt e lle com m ence bie n;  mais  j'ai trouvé qu'elle

est toute différente de ce qu'elle sera chez l'adulte.

La proportion de la substance huileuse y est presque

nulle, ainsi que nous l 'avons vu dans le suc médul

laire,  ï".

  Elle se présente sous un aspect mucilagi-

neux et rougeâtre : pressée entre les doigts, elle n'y

laisse  point une hui le comme chez l ' adul te , mais un

f luide comme gélat ineux.  2 ° .  En comparant l 'eau qui

a  servi à l'ébullition de la moelle dans ces deux âges,

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M É D U L L A I R E .

  1 l 5

on ne voit point dans le

  premier,

  comme dans le

suivant, surnager une foule de gouttelettes huileuses.

3 ° .

  Exposé à l 'action du feu, le milieu d'un os long

laisse tomber une infinité de gouttelettes enflammées,

d 'u n e teinte ble uâ tre, très-agréables à l 'œ il,

 et qui

 sont

fournies par la moelle qui brûle après

  s'être

  fondue.

Rien de semblable ne s 'observe dans le fœtus.  4° -  O n

sait que le goût de la moelle est bien différent dans

les jeunes animaux , dans le veau , par exemple , de

ce qu' i l est dans les animaux adultes. Elle est fade,

pe u agréable , pe u recherchée dan s les pre m ier s.

5 ° .  J'ai observé que la moelle des enfans se putréfie

avec prompt i tude , dev ien t ve rdâ t re , pu is no i râ t re ,

pour peu que leurs os frais aient été gardés pendant

quelque temps à l'air.  L 'odeur de ce t te moel le putré

fiée est très-fétide. Conservez au contraire pendant

u n cer tain tem ps des os d 'adu lte dépouil lés , vous

observerez que leur moelle rancit , devient d 'un jaune

foncé, comme toutes les graisses qui ont été gardées.

En général l 'action de l 'air est toute différente sur

l 'organe médullaire dans le premier âge et dans les

suivans. Quel est le f luide que sépare spécialement

cet organe dans le fœtus et l 'enfant, et qui remplace

alors la substance huileuse? C'est un objet intéressant

de recherches. Est-ce que le vulgaire, qui allie l ' idée

de graisse à celle de moelle , connoît ce phénomène,

quand il dit que les enfans n'ont pas encore de moelle

dans les os? Cette absence de graisse médullaire dans

le   f œ t u s ,  distingue essentiellement la moelle de la

graisse ord ina ire q u i , à cet â g e, est  déjà  t r è s - : tbon-

dante .

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I l 6  S Y S T È M E

Fonctions.

Le premier et principal usage de l 'organe médul

laire , est de séparer la moelle de la masse du sang,

par voie d 'exhalat ion, car  elle  n'a point de glandes,

et de l 'y réi ntr od uir e ensu ite pa r abso rptio n, dès

qu'el le a séjourné pendant un cer tain temps

 dans son

réserv oir. Ce do ub le ph én om èn e est très-analogue à

celui qu i a lieu p o u r la graisse

 :

 d'o ù l 'on v oitq ue deux

ordres de vaisseaux dist incts des sanguins, entrent

de plus dans son tissu; il n'est pas possible cepen

dan t de les y d ém on t re r ana tom iquem ent .

L'activité de l 'exhalation  varie-t-elle suivant l'exer

cice ou le repos, la chaleur ou le

 froid,

  l'embonpoint

ou la maigreur? Nous n'avons sur ce fait aucune ex

périence précise, quoiqu'on ait fait là-dessus une

foule de conjectures. Mais ce que nous  savons,c'est

que dans la  plithisie  , l 'hydropisie et le marasme, et

en général dans tous les états du corps où la débilite

générale est portée à l 'extrême par la perte lente et

graduée des forces,la m oelle co m m e les au tres fluides,

comme les solides

  a u s s i ,

  se dénature ,

 perd

 ses carac

tères essentiels, sa

  cons is tance ,

  et prend une appa

rence toute différente , sans que  cependant  la mem

br an e m édu llaire é pro uv e de lésion orga niqu e , sans

qu'elle s'épaississe. Je n'ai encore observé cette lésion

que dans le rachitisme. L'aspect de la moelle dans

ces maladies est

  muc i l ag ineux ,

  gélatineux , sembla

ble pour ainsi dire à  celui  qu 'ell e no us offre dans le

fœtus , à la différence près de la rougeur que déter

mine dans le premier

  âge

  le grand nombre des

 vais

seaux sanguins.

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M É D U L L A I R E . 1 1 7

L a m em bra ne m édul la i re a un rapp or t d i rec t avec

la nutr i t ion de l ' o s, rappo rt qui a é té mis en évidence

par les belles expériences de Troja, desquelles il ré

sulte que la destruction de cette membrane entraîne

la mort de l 'os , qui se nécrose et qui est remplacé par

un os nou veau , auquel le pér ioste ser t de pare nch ym e

nutritif.

  Ces expériences se font ordinairement en

sciant un os long à son extrémité , e t en introduisant

dans la cavité médullaire un stylet rougi au feu, qui

désorganise tout . Bientôt

  a p r è s ,

  le périoste se gonfle,

s 'enflamme , et devient d'une extrême sensibilité au

contact extérieur. Peu à peu cette sensibilité s 'é-

m ou ss e ; l 'inflammation disparoî t . Beaucoup de gé

lat ine pénètre les lames internes de cette membrane,

qui devient un sac cartilagineux dont l 'os est enve

loppé. Au bout d'un temps qui varie suivant la classe

des animaux soumis à l 'expérience, suivant leur

  âge,

leur  tempérament,  et su iva nt d 'au tre s causes , le

système vascula i re , dé t rui t au-dedans du canal , e t

replié  en totalité sur le périoste , y dépose le phos

phate calcaire destiné à l 'os. Au cylindre cartila

gineux succède alors un cylindre osseux. L'os au-

de dan s est u n corps étrange r à la v ie , q u 'u n corps

vivant ent ou re de toutes par ts. Il y a do nc d an s les os

sifications artificielles trois périodes bien distinctes ,

i ° .  gonflement e t inf lammation du périoste ,

  2

0

.

  état

car t ilagineux des lames in ternes de ce tte m em b ra n e ,

3 ° .  état osseux. Au reste , ces deux derniers étals ne

sont point aussi réguliers et distincts , ni aussi faciles

à observer que dans l 'ossification naturelle.

1

La membrane médul la i re ser t -e l le indirec tement

à fournir une part ie de la synovie par la transsuda-

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I l 8 S Y S T È M E  M É D U L L A I R E .

t iondela

  m oelle à travers l 'e xt rém ité d es os longs ?

L a plupa rt des au teu rs l 'affirment. O n sait aujourd'hui

ce qu'il faut penser de ces transsudations mécaniques

qu'on observe dans les cadavres , mais qui répugnent

aux phénomènes connus de la vitalité ; d 'ailleurs ,

l 'expérience suivante ne laisse aucun doute sur ce

point. J 'ai ouvert sur les côtés, deux os longs d'un

des membres postér ieurs d 'un chien , de manière à

y faire parvenir un stylet rougi, qui ayant été porté

à plusieurs reprises , a d ét ru it  complètement  les

de ux systèmes m édullaires : la nécrose a

  été

 le résul

tat assez prompt de cette expérience ; et cependant

l 'ar t iculation interm édia ire au x de ux os nécro sés, a

continué comme à l 'ordinaire à recevoir la synovie,

circonstance qui ne seroit pas arrivée , si la transsu

da tion de la moe lle étoit nécessaire à la prod uction de

ce fluide. Qui ne sait d'un autre côté que dans les

maladies des articulations où la synovie est altérée ,

v i c i é e ,

  la moelle des os

  correspondans

  est presque

toujours dans un état d ' intégrité parfaite , et que ré

ciproquement dans les maladies qui a t taquent  l'or

gane médullaire , la synovie n'est point altérée dans

sa nature, comme le fluide que cet organe renferme

dans ses cellules ?

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SYSTÈME CARTILAGINEUX.

J L J E

  mot de car t i lage est t rop vaguement employé.

Il désigne dans l 'acception

  c o m m u n e ,

 des corps d on t

l 'organisat ion diffère essentiel lement. Certainement

les cartilages du nez et ceux de surfaces articulaires

n ' o n t  entr'eux  qu'une analogie très-indirecte : i l faut

donc établir dans ces généralités une ligne de dé

marcation. J 'ai tâché de le faire en formant deux

systèmes de celui-ci ; l 'un comprend les cartilages

p rop remen t d i t s , l'aiftre  les subs tances fibro-cartilagi-

neuses ,

  teUes

 qu e celles qu i sont en tre les ve rt èb re s,

celles d u m ilieu êe cer taines ar t iculat ions ,

 etc .

 C o m m e

celui-ci est un composé des systèmes cartilagineux et

fibreux, je n 'e n traite rai qu 'ap rè s avoir parlé de ce

dern ie r .

E n

  rétrécissant ainsi

  le sens du mot cartilage, i l

nous présente l 'idée d 'un e substance d u re , é las t ique ,

blanchâtre , ayant une apparence inorganique , quoi

que son organisation soit très-réelle. On trouve cette

sub stan ce anim ale en différentes parties du corps ;

e lle se ren con tre sp écialem ent,  i ° .  aux extrémités ar

ticulaires de s os m o b ile s, 2 ° . au x surfaces articu

laires des os immobiles, 5°. dans les parois de cer

taines cavités qu'elle concourt spécialement à for

mer : tels sont les cartilages de la  eleison  nasale , des

cô te s ,

  du larynx , etc. De là trais classes différentes

qui présentent des variétés dans leurs formes, dans

leur o rgan isa t ion , e tc .

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1 2 0  S Y S T E M E

A R T I C L E P R E M I E R .

Des Form es du Système cartilagineux.

J_j  ES

  formes cartilagineuses varient suivant la classe

à laquelle appartient le cartilage.

§

  I «

r

.

  Form es des Cartilages des Articulations

mobiles.

D an s toute articulation m o b il e, il y a à chaque

ex trém ité o ss eu se , un cartilage qui enc roû te cette

extrémité, qui facilite par sa souplesse le mouvement

des deux os dont la substance trop dure éprouverait ,

en

  se

  froltant,

  un choc trop for t ,

  qu,i

  réfléchit, en se

comprimant d 'abord et en revenant ensuite sur lui-

m êm e, une part ie considérable du m ou ve m ent devenu

par là plus éten du , q ui am ollit, en céd an t u n pe u, l'effet

des violentes secousses qu 'ép rou ve nt les m ew b re s, et

qui rend ainsi ces secousses moins dangereuses.

Le caractère général de conformation intérieure

propre à ces cartilages , est d'être toujours beaucoup

moins épais que large, d 'avoir cependant une épais

seur qui est en raison de sa largeur; en sorte que les

cart i lages des grandes ar t iculat ions excèdent deux,

t ro is , qu atre fois m ê m e , sous ce rapport,  ceux des ar

ticulations peu éten du es , de se m ou ler su r les formes

art iculaires, de présenter deux faces et une circon

férence.

L'une des faces est adhérente à l 'os; elle y tient

d'u ne m aniè re si intim e , qu e la fracture arrive plutôt

en tout autre en droit q u 'à celui-ci. L e m oy en d 'un ion

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C A R T I L A G I N E U X .

  1 2 1

n 'es t  paj  exactement connu; ce qu ' i l y a de cer ta in ,

c 'est que le car t i lage n 'est pas un prolongement, une

suite du parenchyme cartilagineux de l 'os; les fibres

de ce parenchyme ne sont point continues avec celles

des cartilages.

 Si

  cela étoit en effet, en enlevant à un

os long , frais et revêtu de son cartilage, le phosphate

calcaire qui le pénètre , on

  dcvroit

  voir cet te co n ti

n u i t é , l'os et le cartilage ne dev roien t plus différer:

or j 'a i con stam m ent observé dan s cette expérience ,

que l 'action de l 'acide fait détacher le cartilage de

dessu s l 'o s, soit par fra gm en s, soit en totalité. O n voit

les fibres cartilagineuses de l 'os privé de sa base sa

l i n e ,

  se terminer manifestement à la

 surface

  convexe

qu 'em bra sse le cartilage ; il n 'y a point eu de solution

de continuité . En général l 'aspect du parenchyme

cartilagineux, isolé de sa portion calcaire, est tout

différent de celui d u n véritable cartilage. Je pré su m e

qu e cette différence tien t à la qu an tité de gélatine

qui est plus grande dans le second que dans le pre

mier . L'act ion des acides, du nitr ique  surtout,  est le

moyen le plus avantageux pour séparer un car t i lage

de sa tête osseuse; la macération ne produit ce phé

nomène qu'à la longue; dans l 'ébull i t ion , comme la

gélatine se fond, il est moins apparent.

La surface du cartilage, opposée à l 'os, est inti

mement unie à la synoviale de l 'articulation. Elle en

emprunte le poli qui la distingue; car par-tout où ces

substances ne correspondent point à ce tte m em b ra n e ,

el les perdent ce caractère , comme on le voit au la

rynx , aux cartilages costaux, etc. Ici le moyen

  d'ad

hérence est un t issu cellulaire extrêmement serré ,

que la macération ni la dissection ne peuvent enlever

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1 2  2  S Y S T E M E

par lames. Comme la synoviale est toute  fo/mée  de

ce tissu, il paroit que sur le cartilage elle n'est qu'un

prolongement de ce lui

  q u i ,

  aprè s avoir con couru à la

contexture  de cet organe , se condense à sa surface,

et s 'y organise en membrane.

La circonférence des cartilages, qui nous occupe,

se termine insensiblement sur la surface osseuse; elle

y cesse comme en mourant , à l 'endroit où la syno

viale abandonne l 'os pour se réfléchir.

Les deux car t i lages correspondans d 'une ar t icula-

lion mobile, sont tellement disposés et moulés l 'un

sur l 'autre , que dans la posit ion moyenne de l 'ar t i

culation , ils se touchent  exactement  par tous leurs

points

 :

  or on sait que la position moyenne d'une ar

ticulation est celle où l 'os n'incline pas plus dans un

sens que dans un autre , où tous les muscles unifor

mément contractés et se faisant entr 'eux une égale

résistance , le forcent à s'éloigner également de l 'ex

tension et de la flexion, de l 'adduction et de l 'abduc

t ion , e t c . ,

 e t c . ,

 et

 à tenir

  le milieu précis. C'est cette

position qu'affectent les membres lorsque la volonté

ne dir ige point l ' e f for t muscula i re , comme, par

exemple , chez le fœtus , dans le sommeil , dans le

r e p o s ,

  etc.; c 'est elle que déterminent certaines»con-

vulsions où tous les muscles d'un membre sont agités

avec un effort égal, par l ' influx extraordinaire des

n er f s ,

  etc . Dans toute autre posit ion, jamais le con

tact de deux cartilages articulaires ne se fait par tous

leurs poin ts ; toujo urs un e po rtio n de la surface de

chacun pousse avec plus ou moins de force les par

ues  environ nan t l 'ar t icu lat ion , e t les diste nd . La mol

lesse du tissu cartilagineux rend moins pénible celte

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C A R T I L A G I N E U X .  1 2 3

press ion, dont le sent iment seroi t douloureux  dans

les grands mouvemens, s i les os gardoient leur du

reté à l 'extrémité du  levier  qu ' i l s représentent .

L es formes car t ilagineuses qui nou s oc cup ent , ou tre

ces caractères communs, en ont de part iculiers à

chaque genre d 'ar t iculat ions mobiles.

i ° .  Dans le premier

  g e n r e ,

  la croûte convexe qui

recouvre la tête osseuse, présente de l 'épaisseur au

c e n t r e ,

  mais très-peu à la circonférence. Une dispo

sition inverse se remarque  à l 'encroûtement concave

qui reçoi t ce t te tê te ; souvent même, comme à l 'hu

m é r u s , au fé m u r , l 'épa isseur de cet enc roûte m ent

est augmentée à sa circonférence par un bourrelet

fibro-cartilagineux. D e celte m a n iè re , l 'effort est su p

porté inégalement par l 'un et l 'autre car t i lages, dans

leurs diverses part ies; mais l 'uniformité du contact

est assurée .

2 ° .

  Dans le second genre, qui diffère du premier

par l ' absence du mouvement de rota t ion, comme en

général une convexité est aussi reçue dans une con

c a v i t é ,  la disposition est à peu près la même pour

les deux car t i lages. Cependant si deux surfaces con

vexes glissent l 'une sur

  l 'autre,

  comme le

  condyle

de la m âch oire et l 'apoph yse transv erse no us e n of

frent un exemple, alors le cartilage va toujours en

s'amincissant

  à la circonférence de chacu ne ; m ais

alors un cartilage inierarticulaire, épais à sa circon

férence, mince au milieu, supplée à cet te disposit ion,

et établit sur tous les points un contact qui sans  lui

ne

  s'exerceroit

  qu 'au centre .

3 ° .  Dans le t ro is ième  g e n r e ,  la croûte cartilagi

neuse qui tapisse les saillies et les enfoncemens qui

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1 2 4 S Y S T E M E

se'reçoivent

  réciproquement sur les extrémités des

deux

 o s, présente à peu près une épaisseur uniform e,

comme on le voi t au coude , au genou, e tc . ;  en sorle

que la  pression  se répart i t également  .sur  toute la

surface articulaire.

4 ° .

  Dans les quatr ième et c inquième genres, les

encroûtemens cartilagineux moulés sur la forme des

surfaces osseuses, ont aussi une épaisseur à peu près

uniforme dans tous leurs points : j 'ai trouvé sur les

os d'un adulte, que cette épaisseur est d 'une ligne et

demie dans les a r t icula t ions radio-cubi ta le ,

  atloïdo-

axoïdienne  , d 'un e ligne da ns les articulation s car-

p iennes , mé taca rp iennes , e tc .

§ 1 1 .  Form es des Cartilages des Articulations

immobiles.

Les cartilages ne se rencontrent que dans deux

genres

 des articulation s im m o bi le s, s avo ir, dan s celles

à surfaces ju xt a-p os ée s, et celles à surfaces engrenées.

I ls forment dans toutes une couche extrêmement lé

g è r e ,

  continue aux deux os qui s 'ar t iculent

  ensern^

b l e ,  naissant de leur port ion osseuse, comme ceux

décri ts p récé dem m ent , é tan t

 de

 m êm e natu re qu 'e l le ,

et formant un lien d'autant plus serré, qu'on avance

plus en âge.

A la  t ê t e ,  ces sortes de cartilages sont très-multi-

p l iés ;

  ceux du crâne ont plus d'épaisseur du côté de

sa con vex ité que d u côté de sa conca vité : de là la

disp arition plus pr om pt e des su ture s da ns le dernier

que dans le premier sens.

Par- tout où i ls se trouvent, i ls concourent à unir

des

  os qui forment des cavités : de là, comme nous

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C A R T I L A G I N E U X .  1 2 5

l 'avons

  dit,

  moins de danger pour celles-ci de la part

des corps extér ieurs , puisque le mouvement perdu

alors en partie dans leur tissu mou, produit un effet

bien moindre, que si la cavité  étoit  d 'une seule pièce

osseuse.

Il paro ît qu e ces cartilages on t bea uc ou p plus d'affi

ni té avec le phosphate de chaux, que ceux des ar t i

culations mobiles qui s 'ossifient rarement, tandis qu'à

un âge avancé ceux-c i deviennent toujours osseux,

comme le c râne nous en fourni t sur tout des exem

ples.

  Je remarque cependant que les cartilages des

surfaces en gren ées ont plus de tend an ce à l 'ossification

que ceux des surfaces juxta-posées. Au moins est-il

plus commun de voir les par iétaux soudés entr 'eux

avec l 'occipital, le coronal, que de voir la réunion

des maxil la ires, des os palat ins, e tc .

§

  I I I .  Form es des Cartilages des Cavités.

Les cartilages des cavités affectent deux formes

différentes, suivant les par t ies qu ' i ls concourent à

former. I ls

 sont,  ï

 ° . longs com m e aux

  cô t e s ,

  i°.  plats

comme au larynx , à la cloison nasale, etc.

Tous sont tapissés à l 'extér ieur d 'une  membrane

fibreuse identique au périoste^, et à laquelle  s'implan

tent

 différons m uscle s. P o u r

 bien voir

 c e t te m e m b r a n e ,

il faut faire macérer pendant un jour ou deux le car

tilage : elle blanchit alors sensiblement, devient par

là très-manifeste dans son épaisseur, dans la d irectio n

de

  ses

  fibres, etc. Les cartilages des cavités ne pré

sentent point les t rous no m bre ux qu 'on rem arqu e su r

les os, parce que les vaisseaux sanguins  ne  les pé

nètrent point . Peu d 'éminences s 'y observent; de?

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1

2

6  S Y S T E M E

enfoncemens s 'y trouvent rarement creusés. Au reste ,

on ne peut  guèrçs  considérer  leurs  formes d 'une ma

nière gén éra le , parce q u e , des t inés chacun

 à

 des usages

très-différens, i ls ont  entr'eux  peu d'analogie de con

format ion.

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système cartilagineux.

A  voir u n cartilage dan s son

  intérieur,

  il est diffi

cile d'y reco nn oître un e tex tu re org aniq ue ; elle y est

très-réelle  cependant,  et se compose d'un tissu pro

p r e ,  et de t issus communs.

§ I

e r

.

  Tissu propre au Système cartilagineux.

Le tissu cartilagineux propre présente un entrela

cement de fibres tellement serrées, qu'il paroît au

prem ier aspect , absolum ent hom og èn e, e t formé d 'un

amas de gélatine, sans ordre et sans direction parti

culière . Cependant. , avec un peu d 'a t tention, on dis

tingue des fibres longitudinales, que d'autres trans

versales et obliques coupent en sens inverse.

Ces fibres sont plus apparentes dans les cartilages

des extrémités osseuses

 m o b i l e s,

  que dans les autres.

Elles ont infiniment moins de souplesse que les fibres

de s substa nce s fibro-cartilagineuses : aussi celles -ci

plient-elles sans se rompre, tandis que lès premières

cassent dès qu 'on veut les cou rber u n peu for tem ent;

l 'endroit de la rupture est net, avec peu d' inégalités.

Le tissu cartilagineux est remarquable par une

foule de caractères qui le distinguent des autres.

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C A R T I L A G I N E U X .  127

Après le tissu osseux, aucun ne résiste autant à la

putréfac t ion,

  à

 la m acératio n. Au m ilieu d 'un cadavre

tout putréfié , on trouve ce tissu presque

  intact,

  con

servant son apparence , sa texture , souvent même sa

blanc heu r natu rel le . Les m em bre s gangrenés nou s of

frent f réquemment sur le vivant une semblable dis

posit ion. J 'a i conservé pendant  très-longtemps  dans

l 'eau des substances cartilagineuses qui n'y ont nul

lement é té a l térées, excepté Un peu dans leur cou

leur , comme je le dirai . I l faudrait peut-être plus

d 'un an pour les réduire à cet te pulpe mollasse, mu

qu eu se , f luente, où la m acératio n amè ne la plu pa rt

des organes.

Le tissu cartilagineux se crispe sous l 'action très-

concentrée du calor ique, comme tous les autres  tis

s u s ;

  cependant ce phénomène n 'es t point apparent

sur le thyroïde à cause de son épaisseur, sur les car

tilages qui encroûtent les os à cause de leur adhé

ren ce à ces os.. M ais si on co upe l 'un par lam es

minces , si on détache aussi les autres par tranches ,

et qu'on tes plonge dans l 'eau bouillante , ils revien

nent tout de suite et avec force sur eux-mêmes.

Exposé à  la dessiccation , le tissu cartilagineux de

v ien t j aunâ t re , p rend une demi -- transparence  ana

logue à celle des

  t e n d o n s ,

  des ligamens desséchés ;

il devient d u r , se resser re , d im inue d e vo lum e, perd

son élasticité à mesure qu'il se durcit .

L'ébulhtion lui donne aussi d 'abord une couleur

jaunâtre, puis sur les extrémités articulaires elle

le fait

  gercer,

  fendre en différons  e n d r o i t s ,  et

enlever par plaques qu'elle ramollit , et qu'elle fond

enfin presque

  complètement,

  à

 un

  petit résidu près,

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1 2 8 S Y S T È M E

qui ne paroît pas gélat ineux. Le ramoll issement du

tissu cartilagineux dans l 'eau bouillante le rend beau

coup plus propre, qu ' i l ne l 'est naturel lement, à ê tre

dissous par les sucs digestifs. Avalés crus, les carti

lages resteroient  long-temps  dans l ' es tomac, tandis

qu 'ils son t d igérés très -

 prornptement

  étant cuits;

c'est là un des grands avantages de la coction des

viandes. Dans différentes expériences faites sur la

digest ion, j 'a i t rouvé des port ions de car t i lages en

core intactes dans l 'estomac des chiens, tandis que

déjà les chairs étoient réduites en pulpes.

Dans certains cas, le tissu cartilagineux s 'altère

singulièrement. Dans les maladies de l 'articulation

de la han che , il p re n d u n aspect tou t différent ;

c 'est une substance molle , comme lardacée, à vais

seaux très-distincts, à fibres quelquefois très-sensi

b les ,

  présentant un volume double , quadruple même

d u

  n a t u r e l ,

  et remplissant la cavité cotyloïde. Alors

j 'a i  observé qu'ils ne jaunissent point, ne se fondent

po int par l 'ébu llition, ne sont plus gélatineux par con

séqu ent. D an s les m êm es m ala die s, j 'a i t rouv é le tissu

cart i lagineux, sur le fémur et sur l 'os i l iaque, non-

seulem ent ossifié, mais changé en une su bsta nce exac

tem en t analogue à l 'ivoire : je co nserv e d eu x pièces

analogues.

Lorsque les cartilages deviennent osseux , il se dé

veloppe dans leur milieu un tissu analogue au tissu

celluleux des os, où les fibres entrecroisées laissent

entr'elles  des espaces très-distincts , et où se dépose

même une espèce de suc médullaire . Cette observa

tion est surtout applicable à ceux des cavités  ,  du

larynx, de la poi t r ine , e tc .

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C A R T I L A G I N E U X .

  i2<;

§ 1 1 .  Parties comm unes à  l Organisation  du

Système  cartilagineux^

Il

 y

  a

 d u tissu cellulaire d an s

 les

 cartilages, qu oiqu e

le défaut d'interstice entre leurs fibres le rende

 très-««

difficile à distinguer dans l'état ordinaire : en effet

le développement des bo urg eon s charnu s sur les plaies

qui les intéressent ,

  l'ébullilion

  qui, après avoir en

levé la gélatine* laisse un résidu  membraneux  et cel

luleux, prouvent assez l 'existence de ce t issu,  qu'on

voit d 'ailleurs d'une manière très-manifeste dans

 cer

tains états pathologiques où la gélatine moins abon

damment séparée dans les car t i lages, cesse de leur

donner la dureté qui leur est habituelle, et y laisse

un tissu

  m o u ,

  souvent comme spongieux.

On n 'y dist ingue point de vaisseaux sanguins. Le

système exhalant n 'y charie que des sucs blancs;

mais comme ce système est continu aux

  artères

  des

part ies voisines,  dès que la sensibilité organique y  est

ex alté e par les irrita ns m aladifs, et qu'ain si il se trou ve

en rapport avec les globules rouges du sang, ces glo

bules y passent avec facilité, et de là  la  rougeur que

prennent a lors les car t i lages, comme on le voit  dans

leur inf lammation, dans leurs plaies, e tc . C'est ce

même phénomène qu 'on observe sur la  conjonctive

enflammée, e tc . Quand la cause ir r i tante a

  cessé ,

  la

sensibil i té reprend son type naturel , les globules

rouges deviennent

  par

  là même hétérogènes au car

tilage qui reprend sa blancheur.

On ignore la nature des fluides blancs qui circulent

ordina irement dans le système  vasculaire  des carti

lages.'Ces fluides sont  très-susceptibles  de devenir le

1 1 .  9

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C A R T I L A G I N E U X . l 3 l

reviennent sur elles-m êm es après avoir été ployée3

o u com prim ées. P arm i celles-ci, les cartilages  t iennent

un des premiers rangs chez l 'homme. Leur élasticité

est ex t rêmem ent p rononcée ,

 surtout

  dans l 'âge adulte

où leur consistance est moyenne entre la mollesse

qui les caractérise dans l 'enfance, et la dureté qui est

leur apanage dans les vieillards. Ces deux dernières

propriétés ne sont en effet guères favorables à la force

élastique.

Si on enfonce dans un cartilage une lame de scal

p e l ,

  les bords de

  la

  division

  réagissent

  sur elle , et

l 'expulsent . Pressée contre un corps résistant , l 'ex

trémité cartilagineuse d'un os long s'applatit,  e t r e

prend sa forme dès que la compression cesse. Coupé

longitudimJement  dans l 'opération de la bronchoto-

m i e ,  le  thyroïde  se rapproche subitement dans ses

deux parties divisées. La section de l 'anneau cricoï-

dien offre le même phénomène. Enfoncés du côté

de l 'abdomen, les cartilages des dernières côtes re

viennent d 'eux-mêmes en

  d e h o r s ,

  etc. etc. Tous ces

phénomènes sont un résultat manifeste de la force

élastique. Aussi la nature

  a-t-elle

  placé les cartilages

par-tout où pour produire ses phénomènes elle a

besoin d'associer cette force physique aux forces vi

tales , co m m e au la r y n x , à la cloison nasale po ur

éprouver une sorte de vibration dans le passage de

l 'air,  à l 'extrémité des côtes pour être le

 siège

  d 'une

espèce de torsion nécessaire à la respiration m éc a

nique, aux extrémités ar t iculaires pour amortir les

c o u p s ,

  e t c . . . .

Il paroît que l 'activité vitale rend plus énergique

cette propriété qui reste cependant extrêmement

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J 3 2

  S Y S T E M E

apparente après la mort . Je présume que  les  carti

lages la doivent à la  grande quantité de gélatine qu'ils

con t iennent ,  i ° .  On  sait que cette substance en jouit

à un haut degré, comme le prouvent le tremblement

de gelées qui se prennent  par le froid , l'examen des

différentes colles animales , etc. 2°. Si par l'ébullition

on enlève celte substance aux cartilages, le paren

ch ym e n utr itif res te flasque et m o u . 3 ° . A mesure

que dans

  noj

  organes la gélatine diminue, l 'élasticité

y est moindre, comme on le voit en examinant le

décroissement de cette propriété des cartilages oh

elle prédomine, aux organes fibro-cartilagineux

  oh

elle

 est en

  plus petite proportion, et aux corps fibreux

où elle est enco re m o in d re . Il faut av ou er cependant

que beaucoup de corps très-gélatineux par leur na

t u r e ,

  offrent de s traces p eu sensib les d'élasticité : la

peau en est u n exem ple  ; les te ndons offrent aussi cette

d ispos i t ion . Comment

  là

  même substance peut-el le ,

suivant qu'elle est diversement travaillée par les lois

organ iques , ê t r e le  siège  de propriétés toutes dif

férentes ?

§ I I .

  Propriétés de tissu.

Les car t i lages sont peut-être de tous  les  organes

ceux où l'extensibilité et la contractilité de tissu

sont le moins développées. On les voit rarement se

d is te n d re , s 'alonge r; ils ro m pe nt plu tôt. L es maladies

n e no us offrent po int da ns le lar yn x ces dilatations

s i communes aux autres

  cav i t é s ,

  même osseuses.

L oin de s 'écar ter , com m e dans la p e a u , dans un

m usc le , e tc ., les bo rd s de leu r section se

 rapprochent,

ainsi que nous l 'avons vu, par l 'effet de l 'élasticité:

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C A R T I L A G I N E U X . l 3 3

on dirai t que cette dernière propriété y a é té accu

mulée  aux dépens de celles de tissu.

§ I I I .

  Propriétés vitales.

Les propriétés vitales y sont aussi assez obscures.

Jamais de sensibilité animale dans l 'état naturel; ce

n'est que lorsque l ' inflammation ou une autre cause

exalte leur sensibilité organique, sensibilité que sup

posent nécessairement les fonctions qui s 'y exercent,

ce

 n'est,

 dis-je, qu'alors qu e le cerveau perçoit doulo u

reu se m en t les irritations diverses do nt ces organes sont

le

 siège.

  Ceci devient manifeste, surtout par les corps

étrangers formés dans les ar t iculat ions, lesquelles

souffrent de leur présence ou y sont insensibles,

suivant que par leur position ils irr itent ou n' irr itent

pas les extrémités cartilagineuses. Point de contracti

lité animale ni organique sensible dans les cartilages ;

l 'organique insensible ou tonicité y existe seule ; en

core y est-elle à un degré assez obscur.

Les sympathies sont obscures, presque nulles dans

le système cartilagineux. Je ne sache pas que dans

les affections aiguës des divers

  o r g a n e s ,

  on observe

des phénomènes sympathiques de sensibil i té ou de

contractili té dans ceux-ci. I ls restent tranquilles au

milieu du trouble général qui affecte les autres sys

tèmes dans ces sortes de maladies. Dans les affec

t ions chroniques mêmes, i ls éprouvent peu d 'a l téra

t ion : par exemple , examinez compara t ivement le

cadavre d 'un homme péri d 'une mort violente qui a

laissé

 ses

 orga nes in tact s, et celui

 d'un

 phthisique, d 'un

hy dr op iq ue , d 'u n can cére ux , e tc . , vous ve r rez en t re

presque tous les organes de l 'un et de l 'autre une

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l 3 4 S Y S T È M E

d i f f é rence f r a pp an te ; l ' a spec t de s m usc le s , de s su r

f ac es m u q u e u s e s e t s é r e u s e s , d e s v a i s s e a u x , d e s n e r f s,

e t c . ,

  e s t en t i è r emen t changé pa r l ' a l t é r a t ion l en te

qu ' i l s on t ép ro uv ée da ns l e s eco nd : eh b i en au mi

l ieu de ces a l téra t ions , les car t i lages n en ont presque

p a s s u b i ; l e u r  aspect est  p r e s q u e l e m ê m e q u e d a n s

l ' é t a t na tu re l .

Caractère des Propriétés vitales.

D ' a p r è s c e q u i v i e n t d ' ê t r e

  dit ,

  on conçoi t que la

v ie ca r t i l ag in euse do i t ê t r e t r è s -p eu ac t i v e , qu e

  tous

l e s p h é n o m è n e s m a l a d i f s d o i v e n t ê t r e

  caractérisés

d a n s c es o r g a n e s p a r u n e l e n t e u r p a r t i c u l i è r e , q ue

f inflammatio n,par

  e x e m p le , c lo ity a f fec t er t ou jou r s,

c o m m e d a n s l es o s , u n e m a r c h e c h r o n i q u e : c 'e st ce

q u e  f e x p é r i e n c e s u i v a n t e r e n d t r è s - é v i d e n t . M e t te z

un ca r t i l age à

  découver t ,

  fa i tes -y une so lu t ion de

con t inu i t é , e t é t ab l i s sez ensu i t e un con tac t en t r e lu i

el  u n e p o r t i o n d ' u n m u s c l e , d e la p e a u , e t c . , aussi

in té ressés à leur su r face ; l a réun ion ne s opérera  pas ,

ou du m o i ns e ll e n ' au ra l ieu qu ' a u b ou t d ' u n temps

t rès - long . P o u rq u o i ? parc e q ue la v ie d u m usc le ou'

d e la pe au é ta n t b e a u c o u p p l us ac t iv e qu e cel le des

c a r t i l a g e s , l ' i n f l a m m a t i o n d e s p r e m i e r s o r g a n e s sera

b ien p lu s r ap ide que ce l l e de s s econds , que pa r consé

q u e n t l a

  première

  pé r iode in f l ammato i r e de s uns co r

r e spond ra à l a de rn iè re des au t r e s . Or l a r éun ion e s t

d ' au ta n t p lu s f ac i l e , qu e l es pé r io de s in f l amm ato i r e s

s e c o r r e s p o n d e n t p l u s e x a c t e m e n t d a n s l e s d e u x p a r

t ies

 d i

 v isée s e t en con tac t . V o i l à po u r qu o i d e u x pa r t ie s

du

  m ê m e o r g a n e s e r é u n i s s e n t b i e n p l u s f ac il em e n t

qu e d eu x su r f aces ap pa r t en an t à de s o r ga ne s d iffè-

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C A R T I L A G I N E U X .

  l 3 5

r en s . Voilà pou rquo i plus la vie d e de ux organes a d'a

na log ie, m oins leur réun ion offre de difficultés; p ou r

qu oi les difficultés cro issen t à m es ur e qu e les diffé

rences de la vie devien nent plus m arqu ées. D eu x sur

faces osseuses en contact restent trente à quarante

jours à se réunir ; les deux bords d 'une division cu

tanée offrent le même

  phénomène

  accompli en deux

ou trois jours. Si vous voulez rendre continus deux

organes aussi disparates par leur mode de cicatrisa

t ion, en les mettant en contact , vous ne réussirez

jamais que lentement. Recouvrez avec la peau l 'ex

trémité osseuse du moignon amputée ; déjà celle-ci

s u p p u r e r a ,

 que

 l 'os com m encera à peine

 à

 se ra m oll ir :

aussi les bons praticiens ont-ils renoncé à

  ces

  p ré

tendues réunions par première intension , s i vantées

à la suite de l 'amputation à lambeaux. Sans doute

elles auroient lieu ces réunions, si la vie des organes

qui entrent dans la composit ion des lambeaux  étoit

la même. Mais avec la diversité de ces organes mus

culaires, osseux, tendin eu x, cel lulaires, ner veu x, e tc . ,

i l faut un temps toujours assez long, pour que toutes

leurs vies se me tten t pou r ainsi dire en équilibre , et qu e

ces organes s 'agglutinent à leurs extrémités divisées.

J'ai déjà observé que la division d es inflam m ations en

aiguës et en chroniques présente à tous les médecins

une idée inexacte; car la-durée des phénomènes in

flamm atoires da ns les org ane s est ab so lum en t rela

tive au m od e de leur vie . U ne inflamm ation du tissu

cellulaire, de la peau , est

  a i g u ë ,

 qu an d elle n'est qu e

de quelques jours

 ;

 elle est chron iqu e,

 lorsqu

  elle passe

qu ara nte ou cinq uan te jours : eh b ie n dan s u n car

t i lage, ce de rnier term e p eut ê tre celui d 'u ne

  inf lam-

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l 3 6 S Y S T È M E

mation

  a i g u ë , t a n d i s q u ' u n e d u r é e d e p l u s i e u r s m o i s

e st n é c e s s a ir e p o u r q u ' e l l e d e v i e n n e c h r o n i q u e , c o m m e

les ma lad ies a r t i cu la i re s e n o f f ren t d e s i fréquens

e x e m p l e s .

L e s fon c t ion s na tu r e l le s , c o m m e les a ffec tions

ma lad ives* se r e s sen ten t de ce l t e l en teu r de s phéno

m è n e s

  \iinux

  d e s c a r t i l a g e s . L e m o u v e m e n t h a b i t u e l

d e c o m p o s i t io n

  et

 d e d é c o m p o s i t i o n q u ' y s u p p o s e le u r

nu t r i t i o n e st t r è s -peu r ap id e . Il fi. u t l on g - t e m ps aux

s u b s t a n c e s n u t r i t i v e s p o u r s e

  combiner

  avec eux. Je

s u i s p e r s u a d é q u e d a n s l es a n i m a u x q u i

  meurent

  rapi

d e m e n t d u c h a r b o n , e t

  dont

  l es m u sc le s , l es g l andes ,

l c s « m e m b r a n e s , e t c ,

  p re sq ue tou t à co up pén é t r é s de s

principes contagieux par le mo uv em en t  nut r i t i fdecom-.

p o s i t i o n ,

  offrent un a l iment s i funeste , je su is , d is- je ,

p e r s u a d é q u e , c e s p r i n c i p e s c o n t a g i e u x n ' a y a n t p o i n t

encore péné t ré les ca r t i l ages , ceux-c i pour ra ien t ê t re

digères

  s ans dange r . C ' e s t à l a l en teu r du mouvemen t

de d éc om po s i t io n , qu ' i l f au t a t t r i b ue r ce ll e de la  ré*

so lu t ion des  engorgtmens  c a r t i l a g i n e u x ; c a r l e s t u

m e u r s s e r é s o l v e n t p a r les mê me s  lo i s qu e no s organes

se  décomposent,  c o m m e e lles se fo rm en t pa r les lois

•qui p r és i de n t à leu r  c o m p o s i t i o n .

L es ca r t il ages e t le s o rga nes an a l o g u e s , son t aux

a u t r e s p a r t i e s d e l ' é c o n o m i e , p a r r a p p o r t à l e u r m o d e

de v i t a l i t é , c e que l e s  zoopbytes  e t a u t r e s a n i m a u x à

c i r cu la t ion cap i ll a ir e s eu le , son t au x a n im au x m ieux

o r g a n i s é s , a u x a n i m a u x à c i r c u l a ti o n g é n é r a l e , a ux

a n i m a u x q u i o n t u n

  cœur

  à d o u b l e v e n t r i c u l e . A u t a n t

la v ie cons idérée en généra l dans la sé r ie des ê t res

q u ' e l l e a n i m e , p r é s e n t e d e d i f f é r e n c e d a n s s o n a c t i

v i t é ,

  a u t a n t e l l e d i f f è r e s o u s l e m ê m e r a p p o r t ,

  exa«

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C A R T I L A G I N E U X .  l 3 /

minée en particulier dans les organes de chacun de

ces

  êtres.

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Développement du Système cartilagineux.

J _ J E S  systèmes osseux et cartilagineux sont confon

du s dans l ' em bry on ; à m esure que le premier se dé

veloppe , le second se rétrécit : celui-ci a bien mani

festem ent po u r base principa le la gélatine ; je n e

reviendrai pas sur les preuves qui l 'ont démontrée

dans le système osseux.

J 'a i m o n tr é , en parlant de ce sy stè m e, com m ent le

parenchyme cellulaire et vasculaire, existant d'abord

seul e t consti tuant l 'éta t m u q u eu x , se pénètre ensuite

de cette base; ce qui forme le cartilage. Le mode

primitif de formation de ce système d'organes est

donc dé jà connu. Voyons comment son développe

ment cont inue .

§ I

e r

.  État du Système cartilagineux dans le

premier

  dge.

A mesure que l 'ossification envahit l 'os, que la gé

lat ine s 'y porte par conséquent en moindre quanti té ,

il semble qu'elle afflue plus abondamment aux sur

faces articulaires; car les cartilages qui s'y trouvent

perdent a lors leur mollesse pr imit ive, e t prennent

une consistance toujours croissante . Cependant bien

plus

 de

 gélatine disparoît

 de deda ns les os, qu 'il

 ne s'en

introduit'dans  les cartilages; en sorte qu 'o n peu t di re

que ce t te substance va toujours en diminuant , pro

por t ionnel lement aux

 o r g a n e s ,

 à m esure qu 'on avance

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l 3 8

  S Y S T È M E

en âge. On sait que ce sont spécialement les parties

des jeunes animaux qu'on choisit pour faire les colles,

les gelées, etc. Les cartilages articulaires à cette épo

qu e présen tent un phé no m ène q ue j 'a i f réquemm ent

constaté dans mes expériences : quand on les met

macérer dans l ' eau pendant deux ou t ro is jours ,

  ils

prennent une couleur rouge extrêmement marquée .

Cet te couleur ne pénètre pas profondément ; mais

si on coupe en plusieurs endroits le cartilage de ma

ni ère à m ett re aussi son in térie ur en con tact avec le

fluide, il roug it en tot alit é. L es cartilages d'ossification

présentent le même phénomène, qui devient moins

sensible à mesure qu'on avance en âge; en sorte que

chez la plupart des adultes, les cartilages conservent

leur couleur blanche par la macération. Chez quel

ques-uns cependant i ls prennent encore une te inte

r o s é e ,  qui du reste est toujours infiniment moins

vive que dans le fœtus. D'où naît ce phénomène?

L eau  donne-t-elle  au cartilage la cause de sa colora

t ion, ou lu i  enlève-1-elle  par dissolution certaines

substances qui empêchaient cette coloration de se

développer? Quoiqu ' i l en

 soit,

  au cu n des organes de

larticulation  ne rougit ainsi; tous au contraire, la

syn ov iale , les l igam ens, e tc . , dev ienn ent plus blancs.

Il

  n y

  a ordina irem ent aucune dém arca t ion sen

sible entre le cartilage qui doit devenir os, et celui

qui doit rester tel; quelquefois cependant d'un côté

on remarque une couleur plus terne à l 'extrémité

des

  o s ,

  tandis que d 'un autre côté jamais on n 'y

découvre

  les

  str ies rougeàtres, qu ' i l est

  si

  fréquent

de voir i r régulièrement disséminées dans les

  carti^

lages

  d'ossification.

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C A R T I L A G I N E U X .  l3f>

T a n t que l'ossification d u r e , il y a en tre le ca r

tilage et la portion osseuse déjà formée, une couche

vasculaire très-sensible, et i l est extrêmement facile

de séparer ces deux por t ions , qu 'une

  très-foible

  ad

hérence unit lune à l 'autre . On remarque aussi sur

la surface de chacune, lorsqu'elles sont isolées, di

verses-inégalités, des saillies et des enfoncemens qui

se reçoivent réciproquement. C'est le défaut d 'adhé

rence des deux port ions osseuse et car t i lagineuse,

avan t la com plète ossification, qui a sans do ute d on n é

lieu à tou t ce q u' o n a écrit sur le décollem ent de s

epiph yses , décol lement

  cpie

  les observations des chi

rurgiens de nos jours ont rarement constaté .

A mesure que la substance calcaire arrive aux ex

trémités de l 'os, les vaisseaux disparoissent peu à

peu, et les adhérences vont en croissant. Enfin l 'os

sification étant achevée, d 'un côté il n 'y a  plus  d e

raiseau vasculaire sensible entre le cartilage et l 'os,

d'uh

  autre côté leur unio n est te l le , que toute r u p

ture est presque impossible

 en t r ' eux .

 Ces deux carac

tères distinguent spécialement le rapport du cartilage

d'ossification avec l 'os, d'avec le rapport du cartilage

réel

 avec le m êm e os. J 'ai re m arq ué aussi qu e p resq ue

toujours au-dessus de son union avec la portion os

seuse, le cartilage d'ossification présente une blan

cheur moindre , une te in te p lus foncée , qui s 'é tend

l'espace  de de ux ou trois lign es, et don t la différence

est souvent très-marquée; c 'est le prélude de l 'abord

du sang. Cette disposition est étrangère au cartilage

d 'encroûtement chez l ' adul te .

On a t t r ibue communémen t aux mouvemens a r t i

culaires , le dé fau t d'ossification des cartilages de s

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l 4 o S Y S T È M E

articulations mobiles; mais je crois que cela dépend

uniquement des lois de la nutr i t ion osseuse. La na

ture borne là l 'exhalation du phosphate calcaire,

co m m e elle bo rn e à l 'origine d 'u n ten do n l'exhala

tion de la fibrine du muscle qui lui correspond : c 'est

parce que le mode de sensibilité organique change,

et que les vaisseaux du cartilage ne sont plus en rap

port ni avec la partie rouge du sang, ni avec la subs

tance calcaire. En effet, en supposant vraie l 'hypo

thèse pré cé de nt e, p ou rqu oi les cartilages de s articula

t ions imm obiles existent- i ls? Po urq uo i le mouvement

qui favorise ailleurs les exhalations et les sécrétions,

empêcheroil-il  ici les premières? Pourquoi les ossifi

cations contre nature se font-elles dans les parties les

plus mobiles, comme les artères nous en fournissent

u n exem ple? P ou rqu oi da ns plusieu rs ankiloses où

les surfaces articulaires s'unissent, et où le mouve

ment se perd, les cartilages ne

  disparoissent-ils

  pas?

Les cartilages des cavités ont un mode d'origine,

de développement et de nutr i t ion, parfai tement ana

logue à celui des cartilages articulaires. J'observe que

leur tissu diffère, ainsi que le tissu de ceux-ci, de

celui d es cartilages d'o ssifi catio n, en ce qu e ces der

niers  sont parcourus par diverses lignes grisâtres,

qu ' i ls ne présentent poin t . Lo rs qu 'o n coupe les car ti

lages d'ossification dans un sens quelconque, leurs

surfaces divisées offrent différons petits points qui

sont les extrémités coupées de ces lignes, lesquelles

paroissent être des vaisseaux qui, sans charier en

core du sang, contiennent cependant un fluide plus

foncé que le tissu cartilagineux.

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C A R T I L A G I N E U X .

1/fi

§ IL

  Jhtat

  du Système cartilagineux dans les

âges suivons.

A mesure qu'on avance en âge, les car t i lages de

viennent plus durs, plus for ts , moins élast iques. La

gélatine qui les nourrit prend un caractère particu

lier; car  on  sait que les colles  tirées  d- s  jaunes  a n i

m a u x ,  diffèrent essentiel .-^ncnt  de celles que four

nissent les vieux. Les cuisiniers savent très-bien faire

la différence d'un pied de veau et d'un pied de bœuf

pour les gelées qui en tren t da us leurs assaison ncm ens.

C et te différence dan s la substance qu i compose essen

tiellem ent les ca rtila ge s, et qu i est sans do ute leur m a

tière n utrit ive , ind iqu e m anifestem ent q u'elle ne

reste pas toujours dans ces organes, mais qu'elle y

est

  habituellement

  exhalée et absorbée, comme le

phosphate calcaire dans les os, la fibrine dans les

muscles , e tc . , e tc .

Dans les dernières années de la vie, l 'ossification

s'empare de tcus les cartilages; mais elle commence

d'une manière inverse dans ceux des cavités et dans

ceux des ar t icula t ions . Dans

  les

  premiers c 'est par

le centre, dans les seconds c 'est par leur surface qui

corre spo nd à l*„s, qu'elle se fait d 'a b o rd ; en gén éral

elle est beaucoup plus tardive dans ceux-ci, et parmi

eux, e l le est plus tardive dans les ar t iculat ions mo

b i l e s ,

  que dans les immobiles.

Les cartilages du larynx et des côtes sont osseux

dans leur centre

  dès

  l 'âge de trente-six à quarante

a n s ,

  et même bien avant ; i ls le deviennent ensuite

de plus en plus : c 'est ce qui rend la section du thy

roïde très-difficile dans les derniers temps de la vie.

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l 4 2 S Y S T È M E

Dans le grand nombre d 'opérations que j 'a i fa i t ma

nœuvre r aux

  é lèves ,

  j 'ai toujours eu occasion de me

convaincre

  qu'au-tlelà

  de soixante ans, le bistouri à

trempe  ordinaire est presque toujours insuffisant pour

cette section ; i l faudroit une trempe beaucoup

 plus

forte.

  C'est l'ossification des cartilages costaux qui

fait qu e les vieillard s n e so nt plus susceptib les de ces

grands effor ts d ' inspirat ion si communs

  aux

  jeunes

gens ;  chez eux le diaphragme agit spécialement. J'at

tribue aussi à cette ossification précoce des cartilages

de s ca v ité s, ossification qu 'acc om pa gn e toujours le

développement du système vasculaire, la fréquence

bien plus grande de la carie dans ces sortes de car

tilages que dans tous les autres. Je ne sais pourquoi

au laryn x les ary thé no ïde s son t les plu s exposés à

cette affection ; mais dans les ouvertures de ca

davres, c'est un fait constant : toutes les phthisies

laryngées avec c ar ie , que j 'ai observées sur le ca

davre

  ,

  me l 'ont présenté .

§ 1 1 1 .

  Développement accidentel du Système

cartilagineux.

Le système

  ca r t i l ag ineux ,

  comme le système os

seux , se développe souvent dans des organes aux

quels il

 esjt naturellement

  étranger. Mais il y a cette

différence, que ce phénomène paroît être un effet de

l'âge pour le premier , au lieu qu'il n'est jamais pour

le second, qu'un effet

  maladif.

  Rien de plus com

mun que de trouver des noyaux cartilagineux dans

les tum eurs

  squ i r reuses ,

  can céreu ses, e tc . , au milieu

de ces produ ctions  morbifiques  si fréquentes, où nos

part ies prennent un aspect lardacé dans le poumon,

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C A R T I L A G I N E U X .

  l 4 3

dans le foie e ng or gé s, etc. Je ne sais pou rquo i la m em

bra ne pro pre de la rate a un e tendance extrême à s'en

croûter de gélatine : c 'est peut-être de tous  les  o r

ganes celui où les cartilages accidentels sont les plus

fréquens. Ordinairement c 'est par plaques ir régu

l ières que le développement car t i lagineux s 'y mani

fes te ;

  quelquefois il envahit toute la membrane, qui

présente alors une surface convexe analogue aux sur

faces convexes des articulations mobiles, et que le

péritoine revêt, comme celles-ci sont recouvertes

  prr

la synoviale. La rate ainsi cartilagineuse au-dehors,

peut-elle se prêter aux changemens de volume qu'elle

éprouve souvent? Je l ' ignore .

On connoît les productions cartilagineuses mobiles

et sou vent libres dan s les articulations. Vien nent-elles

de l 'ossification d'une portion de la synoviale? Je le

présume; car souvent on les a vues tenir au cartilage

par des expansions membraneuses. J 'a i observé, l 'an

p a s s é ,

  sur

  ufi

  cadavre la portion de synoviale allant

du paquet graisseux qui est derrière la rotule, à l 'en

foncement qui sépare les condyles du fémur, presque

toute cartilagineuse. Si pendant la vie elle se fût dé

tachée par

 l'effet

 des

 m o u v e m e n s,

 cela

 auroi t

 formé un

de ces cartilages mobiles et l ibres. Au reste, comme

je n'ai que ce fait qui me soit propre sur ce point, je

ne puis qu'offrir des conjectures, d 'autant plus qu'on

sait que la synoviale et les membranes séreuses sont

d e m ê m e

  n a t u r e ,

  et que cependant ces dernières ne

deviennent presque jamais car t i lagineuses.

A u

  r e s t e ,

  ces sortes de productions suivent abso

lu m en t la m arch e ord inaire de l 'ossification. D 'ab o rd

cartilagineuses et sans vaisseaux sanguins, elles pré-

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l44  S Y S T È M E C A R T I L A G I N E U X .

sen ten t b ien tô t ,

  pour

  peu qu'elles soient

 anciennes ^

un centre rouge, puis osseux, qui s 'é tend du centre

à la circonférence, et qui f init quelquefois par en

vahir tout le cartilage; en sorte que ce sont de véri

tables os. Cette dernière circonstance est cependant

assez rare. L'état où on a trouvé le plus communé

ment ces productions, est celui où elles sont osseuses

au

  m i l i e u ,

  et cartilagineuses à la circonférence. J'en

ai rencontré une dans l 'ar t iculat ion du

  pisiforme

avec le pyramidal, qui avoit le volume de la tête

d'une grosse épingle, et qui, dans toute son épais

s e u r , é toit plus du re que l ' ivoire .

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S Y S T È M E

  F I B R E U X ,

J _ J E S  organes fibreux n'ont point été considérés par

les anatom istes d 'un e m anière générale : pers on ne

n 'e n a encore fait de sys tèm e. Isolément décrits pa rm i

les pa rtie s où ils se

 trouvent,

 ils ne peu ven t

 offrir

  dans

l'état actuel de  la science , aucun e de ces vues gra nde s

et s i ut i les à la prat iq ue de la m éd ec in e, qui no us

montrent chaque appareil organique résultant de la

com binaison de différons systèmes do nt nou s r e

trouvons les analogues dans les autres appareils ; en

sorte qu e , quo ique

  très-différens par

  rapport à leurs

fonctions,"ces

  appareils sont cependant sujets aux

mêmes maladies, parce que des systèmes semblables

entrent

  dans leur structure.

J 'a i présenté , i l y a deux ans, sur les membranes

fibreuses , divers aperçus généraux qui ont ouvert

la voie; mais ces m em bra nes ne son t qu 'un e division

du système fibreux qu'il faut ici considérer plus en

grand.

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Des Form es et des Divisions du Système

Jlbreux.

i Juo iQUE  tous les organes fibreux aient une nature

absolument ident ique , quoique la même f ibre  entre

dans la composit ion de tous, cependant les formes

qu 'ils affectent sont ex trê m em en t variables :

  c'est

1 1 .

1 0

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1^6  S Y S T È M E

même cette var iété de

  f o r m e s ,

  jointe à celle de leur

position et de leurs fonctions, qui les a fait diffé

r e m m e n t  dénommer,qui  les a fait désigner sous les

nom s de ten do ns , d ' aponév roses , de l igam ens , e tc .;

car il n 'y a point ici de dénomination générale pour

tout le

  s y s t è m e ,

  de mot qui réponde par exemple à

ceux de m us c le , de nerf,  e tc . , lesquels ,

 dans

 les sys

tèmes muscula i re , ne rveux , e tc . , donnent l ' idée de

l 'organisation, quelle que soit la forme de l 'organe.

Je ne créerai point ce mot, on m'entendra facilement

sans lui.

Toutes les formes fibreuses peuvent se rapporter

à deux générales; l 'une est la membraneuse, l 'autre

est celle en faisceaux . L 'or ga n e est large et m ince dans

l a p r e m i è r e ;

  il-est alongé

  et plus épais dan s la se

co nd e. Ainsi les m us cl es , les n e r f s ,  les os eux-mêmes

présentent-ils alternativement cette disposition dans

leur conformation, comme on le voit dans la rét ine

com parée aux nerfs e n c o r d o n , dan s les couches

musculeuses de l 'estomac, des intest ins, comparées

aux muscles locomoteurs, dans les os du crâne com

parés à ceux des membres .

§  I

e r

.

  Des Organes fibreux à forme

  membraneuse.

Les organes f ibreux disposés en membranes

  sont,

i ° .  les membranes f ibreuses proprement

 d i t e s , 2 ° .

 les

capsules fibreuses, 3 ° . les gaines

  t e n d i n e u s e s , 4 °« l

es

aponévroses.

ï ° . L es m em bran es fibreuses co m pr en ne nt le

 pé

rioste , la dure-mère , la sclérotique , l 'albuginée, les

membranes propres du re in , de la ra te , e tc . , e tc .

Elles sont en général destinées à former l 'enveloppe

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F I B R E U X .  147

de certains

  o r g a n e s ,

  dans la texture desquels elles

entrent .

2

0

.

  L e s  capsules  fibreuses,  très-distinctes,comme

no us le

 v e r r o n s ,

  des surfaces synoviales , sont des es

pèces de sacs cylindriques qui se trouvent autour de

certaines articulations, spécialement à celles de l 'hu

mérus et du fémur , dont elles assurent les rapports

avec l 'om oplate et l ' i l iaqu e, en em brassant l 'une et

l ' autre "surfaces  de l 'art iculat ion par leurs de ux e x -

t remi tes .

3 ° .  Les gaines fibreuses sont destinées à assujettir

les tendons

  à

 leu r passage

 sur les

 os , da ns les en dro its

de leur

  réf lexion,

  par-tout en général où par la con

traction m usculaire ils po urro ient éprouv er une d é

viatio n , et par là ne tra ns m et tre qu 'ave c difficulté

  aux '

o s ,

  le mouvement qu ' i ls reçoivent des muscles. On

pe ut les diviser en d eu x espèces : les un es en effet

reçoivent e t t ransmettent les tendons réunis de plu

sieurs muscles, comme celles qu 'on observe au poi

g n e t , au coude-pied, etc . ; d 'a u tr es , com m e celles des

doigts , sont dest inées à un tendon isolé , ou à deux

seulement .

4 ° .

  Les aponévroses sont des espèces de toiles

f ibreuses, plus ou  moins , l a rg es ,  entrant toujours

dans le système locomoteur, et disposées de m an ière

qu e tantô t elles form ent des enveloppes à diverses

pa rties , tantôt elles fournissent aux m uscles des po ints

d' insertion. De là les aponévroses d'enveloppe et les

aponévroses d' insertion : chacune d'elles se divise en

espèces.

Les aponévroses d'enveloppe sont placées tantôt

au tour d 'un

  muscle,auquel

  elles forment comme une

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l 4 8  S Y S T È M E

gaine

 générale,ainsi

 qu 'on le

 voit à

 la

 cuisse,

 à

 l'avant-

bras , etc. , tantôt sur certains muscles qu'elles retien

nent par t ie l lement dans leurs places respectives,

comme celle qui du petit dentelé postérieur et supé

rie ur , va au petit den telé po stérie ur et inférie ur,

comme l 'aponévrose abdominale , comme celle si tuée

antér ieurement au soléa ire ,

 derrière

  les muscles pro

fonds de la jambe, e tc .

Les aponévroses d ' inser t ion sont tantôt à sur

faces plus ou moins larges, comme dans les attaches

du tr iceps crural , du droit antér ieur , des jumeaux ,

e t c . ,

  tantôt à f ibres isolées les unes des autres, et

donnant attache par chacune de ces fibres à une fibre

charnue, comme à l ' inser t ion supérieure de l ' i l iaque,

du jam bier a n té ri eu r, etc . , tan tô t enfin en forme

d'arcades, et alors en même temps qu'elles offrent

aux muscles des points d'insertion , elles laissent

passer au-dessous d'elles des vaisseaux , comme au

diaphragme, au soléa ire ,e tc .

§ I I .  Des Organes fibreux à forme de faisceaux.

Les organes fibreux disposés en

  faisdeaux

  sont ,

i ° .

  les tendons, 2°. les l igamens.

i ° .  L es tend on s se trou ven t à l 'o rig in e, à l 'insertion

ou au milieu des m uscles. I ls son t ou

  s imp les ,

  en

forme de cordes alongées comme aux péroniers, aux

ja m bi er s, et à presque tous les m us cle s, ou com posés,

comme au droit antérieur , aux fléchisseurs , etc.

2

0

.

  Les ligamens affermissent les articulations os

seuses ou cart i lagineuses, a ut o ur desq uelles ils se trou

vent. I ls sont à faisceaux réguliers, comme les liga

mens la téraux du coude, du genou , de la

  mâchoire ,

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F I B R E U X .  l49

e t c . ,

  ou  à  faisceaux irréguliers, comme ceux du

bassin.

§ I I I .

  Tableau du Système fibreux*

O n

 peut,

  dans le tableau

  suivant,

  se représenter

sous un simple coup  d'œil,  la classification que je

viens d'indiquer pour les organes fibreux.

VI

W

c r i

V)

M

<

O

fti

o

à Forme

membraneuse.,

à Forme

de faisceaux.

Membranes fibreuses.

Capsules fibreuses.

| Gaines

 fibreuses

  ,

  <

Aponévroses,

l Tend ons,

Ligamens,

Partielles.

Générales,

(  Partielle.

j

 à Enveloppe,

 t

\

  Générale.

ri si

•K

  e n

  i

(m

i Surface large.

| d Insertion,  V„

  Arcade

.

bres isolées.

f

  Simples.

(

  Composés.

à Faisceaux réguliers,

à Faisceaux irréguliers.

Quoique les nombreux organes qui entrent dans

cette  classification,  appartiennent à des appareils

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l 5 o

  S Y S T È M E

très - différons, quoiqu'ils semblent être disséminés

cà et là dans

 l'économie,

  sans tenir aucunement en-

semble, quoique tous paroissent isolés; cependant

tous sont presque cont inus , tous se t iennent ; en

sorte qu'on pourroit considérer le système fibreux

comme les systèmes vasculaire et nerveux cérébral,

c 'es t -à-dire comme ayant un centre commun d 'où

partent tous les organes

  divers

  qui forment

  ses

  di

visions.

Ce centre commun du système fibreux me paroît

ê t re le pér ios te , non que je pré tende que , comme

le cœur ou le

  c e r v e a u ,

  il exerce des irradiations sur

les organes qui en partent, mais parce que l ' inspec

tion an ato m iqu e nou s m on tre to us les organ es fibreux

liés é troitem ent avec lui , e t co m m un iqu an t ensemble

par son moyen : les observations suivantes en sont

la prouve.

ï °. P ar m i les m em b ra n es fibreuses, celle du corps

cav erneu x s 'entrelace avec le pér ioste au -de sso us

de l ' ischion; la dure-mère se continue avec lui à tra

vers les trous de la base du crâne; en

  s'unissant

  par

la lam e qu i acco m pag ne le ne rf o pti qu e avec la sclé

rotiq ue , elle joint à lui cette m e m b r a n e , et leur

ser t d ' in term édia i re .

  2

0

.

  T o u te s les capsules fibreuses

s'entrela cen t en hau t et en bas de l 'artic ula tion avec le

périoste. 3°. Par-tout où existent des gaines fibreuses,

leurs fibres s 'entremêlent aux siennes.  4 ° .  Toutes les

apon évroses , soit d 'env elop pe , soit d ' insertion ,

offrent un semblable entrelacement. 5°. Par-tout les

tendons en

  s'épanouissant

  ,se confondent aussi avec

cet te membrane . 6° . Aux deux extrémités des l iga

m en s elle un it aussi ses fibres au x le u rs . Il n'e st "uères

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F I B R E U X . l 5 l

q ue

  l'albuginée,

  le pér ichondre du

  l a r y n x ,

  les me m

branes de la rate et du rein, qui fassent exception à

cette règle générale.

L e systèm e fibreux do it do nc être conçu d 'u n e

manière générale , c 'est-à-dire , se prolongeant par

tout , appartenant en même temps à une foule d 'ap

pareils org ani qu es, dist inct dan s chacun par sa fo rm e,

mais se continuant dans le plus grand

 n o m b r e ,

  ayant

par- tout des com m unica t ion s . Ce t te m anière de l ' en

visager paroîtra plus naturelle encore, si on consi

dè re qu e le périoste , abo utissant général des diverses

por t ions de ce système, es t lu i -même par- tout con

tin u , et q u'à l 'end roit où les articulations le séparent,

les capsules fibreuses et les ligamens servent, ainsi

que nous l 'avons dit , à le réunir .

On conçoit , d 'après cet usage du périoste par rap

p o rt au sy stèm e fibreux, qu el est l 'avantage de sa

situ atio n su r les os qui lui offrent u n app ui

  so l ide ,

 et

par là même aux organes dont il est l 'aboutissant.

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du  Système  Jibreux.

J\.

  v

  milieu des variétés de formes que nous venons

d'examiner,

  l 'organisation générale des organes

fibreux est toujours à peu près la même. Je vais con

sidérer ici cette organisation ; je traiterai ailleurs des

variétés qu'elle éprouve dans chaque partie. Elle  r e

suite de l 'assemblage d'un tissu propre et des sys

tèmes  vasculaire , cel lulaire ,  etc.

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\5%   S Y S T È M E

§  h

1

.  Du  l issu  propre à  l Organisation  du

Système fibreux.

Tout organe fibreux a pour base une fibre d'une

nature par t icul iè re , dure , un peu é las t ique , insen

s ib le ,

  presque pas contracti le , tantôt juxta-posée et

para l lè lement assemblée , comme dans les tendons,

les ligamens, tantôt entrecroisée en divers sens,

comme dans les membranes, les capsules, les gaines

fibreuses,

  e t c . ,

  mais par tout la même, par- tout d 'une

couleur blanche ou gr ise , d 'une résistance

  très-

marquée .

Cette résistance du tissu fibreux rend tous les or

ganes qu 'il com pose pro pre s à s ou tenir les plus grands

efforts. Aussi ces organes sont-ils tous destinés à des

usages qui y nécessitent cette faculté. Les ligamens

retiennent avec force les surfaces articulaires en rap

po rt. L es apon évroses b rid en t les m uscles et résistent

à leur déplacement. Les tendons sans cesse en butte à

la contraction de ces organes, se trouvent à chaque

instant placés entre la puissance énergique qu'ils re

présentent et les résistances plus ou moins consi

dérables situées à l 'extrémité des muscles, etc. Telle

est cette résistance, que souvent elle est supérieure à

celle des os eux-mêmes. On sait que dans les efforts

musculaires, la rotule , l 'olécrâne et le

  calcanéum

  se

frac ture nt quelquefois : or cela n e po ur ro it avoir lieu

si les tendons extenseurs qui correspondent à ces

divers os

  offroient

  aux contractions un tissu plus

facile à déchirer.

C'est à cette résistance qu'il faut attribuer les phé

nomènes suivans :  ï

 ° .

  on éprouve les plus grandes

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F I B R E U X .

  l 5 3

difficultés à faire des luxations sur le cadavre,

pr incipalement dans lès

 articulations

  c o m m u n é m e n t

nommées énarthrodiales; 2°. sur le vivant les effor ts

ex térie urs suffisent rare m en t po ur les prod uire : i l

faut que l 'action efficace des muscles y soit jointe.

3 ° .  Le supplice autrefois usité, par lequel on tirait à

qu atre chevaux les mem bres des cr im inels ,

 étoit

  d ' au

tant plus affreux , que la résistance des ligamens le

faisoit durer plus long-temps

 :

 presq ue toujours les

chevaux étoient impuissans pour produire l 'arrache

m en t des m em br es ; il fa llo it que l ' ins t rum ent t r an

chant aidât à leurs efforts.  4°«  Des poids suspendu s à

u n ten do n, ne le rom pe nt q ue lorsqu' ils sont énorm es :

aussi les meilleurs liens à employer dans les arts se-

roient-ils  ceux tissus avec des organes fibreux , si la

dessiccation n'enlevoit à ces organes leur mollesse et

leur flexibilité, si l 'humidité ne les altérait, etc.

5 ° .  On ne peut qu'avec des efforts extrêmes déchirer

une aponévrose, celles qui sont un peu épaisses spé

cialement, comme le fascia lata, l 'albuginée, la dure-

m e r e ,  etc.

Cependant cette résistance est quelquefois sur

montée dans le

 vivant,

  et la pratique chirurgicale

offre en quelques cas la rupture des tendons du so

léaire , du plan taire

  g rê le ,

 des extenseurs de la cuiss e,

etc .

  Alors , comment se

 fait-il

  que le tissu du muscle

p lus

  m o u ,

 n e cède jam ais, tandis que celui du ten do n

bea uco up plus de n se , se ro m p t? C 'es t que toujours

dans ces cas les fibres charnues sont en contraction;

par conséquent lo in d 'ê t re d is tendues ,

 comme

  le sont

les fibres ten din eu ses qu i se tro uv en t alors , po ur

ainsi d ir e , pass ives, leurs port ions

 diverses

  font effort

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l 5 4 S Y S T È M E

po ur se ra p p ro ch er , et se rap pr oc he nt e n effet ; ce

qu i don ne au m uscle un e d ensité e t une dureté

égales, et mê m e en certains c a s , be au co up supérieures

à celles de leur

  t e n d o n ,

  co m m e on p eu t le voir en

app liquan t la m ain sur un m uscle en con traction. Une

preuve que ces sortes de ruptures tiennent à la cause

qu e j ' i n d iq u e , c 'est q ue si da ns un cadavre on sus

pend un poids à un muscle détaché de l 'os par une

d e

  ses

 ex tré m ilé s, ce sera la po rt ion c h a rn u e , e t non

la tendineuse

  ,

 qui se ro m pra .

Le tissu fibreux a été considéré par quelques ana-

tomisles , comme é tant d 'une na ture approchant de

celle du t issu musculaire , e t même comme en étant

quelquefois la co ntin ua tion . A insi ont-ils dit que le

t endon

 ne

 résultoi t que d 'u n rapp roc he m en t des f ibres

charnues q u i ,  sans changer de

 n a t u r e ,

 perdoient seu

lement leur rougeur . Ainsi les aponévroses d 'enve

lop pe ont-elles été envisag ées c o m m e u n effet de la

pression des corps environnans sur les fibres char

nues les plus extérieures. Pour faire voir combien

peu de fondement a cette opinion, il suffit de remar

que r ,

  ï °. que

 la d u re -m èr e, la s clé ro tiq ue , le périoste,

les l iga m en s, sont évidem m ent de m êm e n atu re que

les tendons et les aponévroses, e t que cependant i ls

diffèrent totalement du t issu musculaire; 2°. que la

composit ion chimique , les propriétés

  v i t a l e s ,

  la tex

tur e ap p ar en te , sont entiè rem en t différentes dans la

f ibre tendineuse et dans la musculeuse; 3°.

 qu'il

 n'y

a aucun rappor t  entre  les fonctions de l 'une et de

l 'autre .

  Il

 y a cer taine m ent m oin s d 'analogie en tre le

muscle et le tendon qui reçoit son insertion, qu'entre

celui-ci et l'os  qui  lu i fourni t une a t tache , et dont la

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F I B R E U X .

  \55

po rtion car ti lagineuse se rapproche par sa na tu re. U n

muscle

  et son ten do n forment u n appareil org an iqu e,

et non un organe simple.

Quelle est la nature du tissu fibreux ? On l'ignore-,

parce qu'on ne lui connoit pas de propriétés bien

caractérisées; i l n 'en a que de négatives de celles

du tissu musculaire que caractérise la contractili té,

et de celles  du  t issu nerveux que dist ingue la sen

sibilité. On la voit toujours dans un état  passif;

  elle

obéit à l 'action

 qui

  lui est imprimée, e t n 'en a guères

qui lui soit propre.

Elle établit un e gra nd e différence entre les organes

où elle existe, et la peau, le tissu cellulaire, les car

tila ge s, les m em br an es séreuses,, etc. : aussi a-to n eu

tort de rapporter toutes ces parties à une même classe

désignée

  sous

 le no m d'organes bla ncs , m ot vague qui

ne porte que sur les apparences extér ieures, sur des

rapp roch em ens d 'analyses encore inco m plets , e t nu l

lement sur la texture, les propriétés

  v i ta les ,

  la vie ,

les fonctions des organes. Le ci t . Fourcroy a bien

pressenti que cette division extrêmement générale ,

devoit ê tre subordonnée aux expériences ultér ieures.

Quoiqu'il en soit, voici les résultats que donne le

tissu fibreux soumis à la macération, à l 'ébullition,

à la dessiccation, à l 'act ion des acides, e tc .

Exposé à la macéra t ion dans une tempéra ture

moyenne, le t issu f ibreux y reste

  long-temps

  sans

y éprouver d 'a l térat ion; i l conserve son volume, sa

f o r m e ,  sa densité ;  peu à peu cette densité diminue ;

le tissu se ramollit; mais il ne se dilate point, ne se

boursoufle point, comme on l 'a dit; ses fibres alors

peuvent s 'écar ter les unes des autres; on voit dis-

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l56

  S Y S T E M E

t inc tement

  cntr'elles

  le tissu cellulaire qui les unit.

E n fi n , au b ou t d 'u n te m ps très -lo ng , elles finissent

par se changer en une pulpe mollasse blanchâtre, qui

paro ît ho m og ène . T o u s les orga nes fibreux ne se ra

mollissent pas de cette manière aussi vite les uns

qu e les autre s. Les ten do ns sont les pre m iers à céder

à la macération. Viennent ensuite les aponévroses;

parmi celles-ci, celles qui sont formées par l'épanouis

sem ent d 'un te n d o n , se ramo ll issent plus vite que

celles destinées à envelopper les m e m b r e s , que le

fascia  lata  par exemple. Les membranes f ibreuses,

les capsules et les gaines de même nature sont plus

résistantes. Enfin ce sont les ligamens qui cèdent le

plus tard à l 'action de l 'eau qui tend à les ramollir;

cependant, lorsqu' i ls viennent pr imit ivement d 'un

tendon, comme le l igament infér ieur de la rotule ,

ils sont plus prompts à être macérés. J'ai fait com

para tivem ent des ex périence s su r tou s ces organes ;

e l les donnent le résulta t que j ' indique:

Tout organe fibreux plongé dans l 'eau bouillante,

ou exposé à un calorique

  très-vif,

  se crispe, se res

serre comme la plupart des autres t issus animaux;

 il

se ramasse en un volume moindre que celui qu'il oc«*

cupoit : par là il devient plus solide, prend une élas

ticité qui lui est étrangère dans l 'état naturel, et qu'il

perd ensuite en se ramollissant pour passer à l 'état

 gé

latineux. En mettant toutes les parties de ce système

en même temps dans une eau qu'on fait bouillir par

d e g r é ,

  on voit que ce ramollissement survient dans

toutes au même

  d e g r é ,

  et avec à peu près la même

force. Cette force qui tend alors à faire contracter les

fibres d e ce sy st è m e , est très -co ns idé rab le; elle suffit

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F I B R E U X .

  l5j

pour rompre à l 'endroit de leurs a t taches, cel les du

périoste qui s 'enlève, par ce m écan ism e, de dessus

tous les os  bouillis  un peu longuement ; pour faire

détacher les ligamens

  in t e rosseux ,

  la membrane ob

turatr ice, e tc . , lorqu'on les plonge dans l 'eau bouil

lante , avec les os auxquels ils adhèrent

 ;

  pour serrer

si fortement les surfaces articulaires les unes contre

les autres , qu 'on ne peut p lus les remuer , lorsqu 'on

les a exposées, entourées de leurs l igamens, à l 'ac

tion concentrée du calorique.

Peu à peu le tissu fibreux se ramollit dans l 'eau

bo ui l lan te , devient jau nâ tre , demi -

 transparent,

  e t

enfin se fond en partie . E n m ett an t bou illir ensem ble

toutes les parties du système fibreux, j 'ai observé

que les

  tendons

  se ramollissent

  d'abord,

  puis les

aponévroses, puis les membranes, capsules et gaines

fibreuses, et enfin les lig am en s, qui s o n t, co m m e

dans la m acé ratio n, ceux qui cèdent les dern iers. Plu

sieurs on t déjà fait cette re m a rq u e, à laquelle

  j 'a joute

que tous les ligamens ne résistent pas  également.

Ceux placés entre les lames des  vertèbres  sont les

plus tenaces; i ls ne prennent point cette couleur jau

nâtre , ce t te demi- t ransparence , communes à tout le

système fibreux bouilli ;  ils restent blancs, coriaces;

ils paroissent contenir beaucoup moins de gélatine ,

et être entièrement différons par leur nature.

Exposé à l 'act ion de  l'air,  le système fibreux perd

sa blancheur par l 'évaporation des fluides qu'il con

t ient; i l se racornit , jaunit , devient en part ie trans

parent , se rompt avec facil i té . Quelques jours après

avoir été séché, si on le replonge dans l 'eau, il re

prend sa blancheur, sa mollesse

  et

  presque son

  a p -

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l 5 8

  S Y S T È M E

parence

  pr imit ive; en sorte qu 'on dirai t vér i table

m en t q u'à l'eau seule est d u e cette cou leur blanchâtre:

ce ph éno m ène a lieu su r- to ut da ns Jes ten don s. J'a i

observé aussi sur ces derniers un autre

  phénomène

remarquable; c 'est que quand i ls ont macéré pendant

qu elqu e te m p s , et qu 'o n les expo se ensu ite à la des

siccation, ils ne prennent plus en séchant de couleur

ja u n e , m ais restent d 'u n blanc très-m arq ué . Sans

doute que tout le système fibreux se comporte

 de

m ê m e .

L'action des acides sulfurique et nitrique ramollit

p ro m p te m en t le tissu fibreux, et le ré d ui t en une

espèce de pulpe noirâtre dans l 'un, jaunâtre dans

l 'autre  :  à l ' instant où on plonge ce tissu dans l 'acide,

il se crispe, se resserre comme dans l 'eau bouillante.

Le tissu fibreux résiste en général moins à la pu

tréfaction que le cartilagineux ; mais il y cède plus

difficilement que le

  m é d u l l a i r e ,

  le

  c u t a n é ,

  le mu

queux, etc. Au milieu de ces tissus pourris et désor

ganisés dans no s cad ayres d es am ph ithéâtres , on

trouve celui-ci encore intact; enfin il finit par

  s'al

térer aussi. L'eau dans laquelle il a macéré donne

un e od eu r m o in s infecte qu e celle q u i a servi à la

macération de la plupart des autres systèmes.

P lus d igestible qu e les cartilages et q u e les fibro-

cartilages, le tissu fibreux l 'est moins que la plupart

des autre s. L es ex périences d e Spallanzani et d e Gosse

l 'ont prouvé .

  Il

 paro ît q u'i l cèd e à l 'action des sucs di

gest ifs dans le même ordre qu 'à la macération,

  àl 'é-

bullition : ce so nt ,  ï ° . les

 t e n d o n s ,

 2 ° .

 les apon évros es,

3 ° .  les diverses membranes fibreuses, 4°. les liga

m e n s ,  lesquels sont les plus indigestes. Je remarque

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F I B R E U X .  l5g

cep en dan t q u 'u n e fois que la coction a ramolli le tissu

fibreux, il se dig ère à peu près un ifor m ém en t. A ins i

les cartilages sont-ils d'aussi facile et même de plus

facile digestion que les tendons, quand ils sont de

venus gélat ineux, comme Spallanzani l 'a expérimenté

s u r l u i - m ê m e ,  quoiqu'étant  crus ils soient bien plus

indigestes.

§ 1 1 .  Des Parties com munes qui entrent  dans

*

[Organisation du Système fibreux.

Le tissu cellulaire existe dans tous les organes fi

breux; mais i l es t p lus ou moins abondant , suivant

que leurs fibres sont plus ou moins rapprochées. Dans

certains ligamens, il forme aux faisceaux fibreux des

gaines analogues à cel les des muscles; dans d 'autres,

dans les tendons, les aponévroses , e tc . , on l ' aper

çoit avec peine ; m ais p ar-to ut il dev ient très - sen

sible par la macération, par les affections maladives,

c o m m e , par exe m ple , par les fongus de la dure-m ère ,

pa r le carcino m e d u testicule qui a envahi

  l'albuginée,

par cer tains engorgemens du périoste , e tc . Dans tous

ces cas le tissu fibreux relâché, ramolli , dénaturé ,

devenu comm e spong ieux , laisse ses fibres

 s'écarter,

 e t

l 'organe

  cellulaireparoîtretrèsànu.Ledéveloppement

des bourgeons

  c h a r n u s ,

  la nature mollasse que pren

nent ces bourgeons dans certaines plaies qui intéres

sent l 'organe fibreux, y prouvent encore l 'existence

de l 'organe cellulaire, qui du reste y est en général

en peti te qu an ti té ; ce qu i ne co ntr ibu e pas peu à pr o

d u ire la résistan ce et la force de s orga nes qui lui app ar

tiennent. Ce tissu cellulaire contient-il de la graisse?

Au premie r coupd'œilon n'enn'observe  point , puis-

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l6o  S Y S T È M E

qu'à peine peut-on distinguer ce tissu. Cependant j 'ai

observé  plusieurs fois qu'en soumettant à la dessicca

t ion des port ions d 'apo név ros es, de périos te , de dure-

m è r e ,

  etc., exactement dépouillées de toute partie

é tr an g èr e, lorsque to us ces fluides s 'étdient évaporés,

et que l 'organe avoit pris cette apparence de parche

min qu'on y remarque alors , une exsudation grais

seuse

  restoit

  en divers endroits de sa surface.

L'existence des vaisseaux varie dans le système

fibreux  : très-developpés da ns certains org an es, comme

dans la dure-mère, le périoste, etc. , i ls le sont moins

dans  d m i t r e s ,  comme dans les aponévroses, e t nul

lement dans certains, comme dans les tendons. J 'ob

serve en général qu e c'est d an s ceu x où ils sont le

plus pro no nc és , que les inf lamm ations ainsi  que les

diverses espèces de tumeurs sont le plus fréquem

ment observées. Les affections de la dure-mère, du

périoste , e tc . , comparées à cel les des tendons, en

sont une preuve remarquable .

Je ne sache pas qu'on ait suivi de vaisseaux absor-

ba ns da ns le sy stèm e fibreux.

Les nerfs lui paroissent également étrangers, mal

gré ce qu'on a écrit sur ceux du périoste, de la dure-

mère , e tc . , e tc .

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système fibreux.

§ I

e r

.

  Propriétés physiques.

J L I E

  système f ibreux n 'a qu 'une  très-foible élasticité

dans l 'é ta t naturel ; mais lorsque, extrai ts du corps,

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F I B R E U X .  Î O I

Ses  d iv e r s o rga nes son t sou m is à la de s s i c ca t ion ,  ils

e n a c q u i è r e n t u n e  très-manifesie  : auss i le s te n d o n s ,

l e s l a m b e a u x  a p o n é v r o i i q u e s ,  e t c . , q u i n e  seraient

dans l ' é t a t f r a i s su scep t ib l e s d ' aucune v ib ra t ion , s e

t rouvent- i l s  su scep t ib l e s de  résonner  dans les

  i t i s -

t r u m e n s , l o r s q u ' i l s  sont  très-secs.

§

  11 .

  Propriétés de tissu.

Les p ropr ié tés de t i s su son t sens ib les c lans le  sys-

tè.me

  fib reux ; m ais e lles s 'y t rou ve n t m oi ns p ro n o n

cées qu e dan s p lu s i e u r s a u t r e s .

L ' ex t en s ib i l i t é se m an i f e s t e p ou r la du r e -m ère da ns

l ' h y d r o c é p h a l e , p o u r l e p é r i o s t e d a n s l e s d i v e r s e n -

g o r g e m e n s d o n t l e s o s s o n t s u s c e p t i b l e s , p o u r l e s

a p o n é v r o s e s d a n s le g o n f le m e n t d e s m e m b r e s , d a n s

l a d i s t e n s i o n d e s p a r o i s a b d o m i n a l e s q u i , c o m m e

on le

  sai t ,

  s o n t a u t a n t a p o n é v r o t i q u e s q u e c h a r n u e s ,

p o u r les ca psu les f ibreuses d an s les hy dr op is i es  a r

t i cu la i r e s , pou r l a s c l é ro t ique e t  l'albuginée  dans la

tum éfa c t io n d e l eu r s o rga nes r e spec t i f s .

C e t t e e x t e n s i b i l i t é d u

  système

  f ib reux e s t soumise

à une lo i cons tan te e t qu i es t é t rangère à  l'extensibi*

lité

  de la  plupart,  des a u t r e s s y s t è m es : e lle ne pe u t

s ' o p é r e r

  cjue

  d ' u n e m a n i è r e le n te , g r a d u é e , i n s e n

s ib l e . Auss i , quand e l l e e s t t rop  brusquement  m i s e

e n  j e u ,  i l a r r ive deux phénomènes d i f f é rons , qu i

s u p p o s e n t é g a l e m e n t l ' i m p o s s i b i l i t é d e s ' é t e n d r e t o u t

à c o u p , c o m m e le f o n t , p a r e x e m p l e , u n m u s c l e ,

l a p e a u , l e  lissu  c e l l u l a i r e , e t c .  i ° .  S i l ' o rgane

fib reux qu i se t ro uv e d i s t en du es t su pé r ie ur pa r sa

ré s i s t an ce à l 'e f fo r t qu ' i l é p r o u v e , a lo r s il ne cède

po in t , e t d i f f é rons  accidens  en r é s u l t en t . O n en a

I I . I I

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l 6 3 S Y S T È M E

des exemples dans les engorgemens inflammatoire»

qu i se m anifesten t sous les apo név roses des mem bres,

sous celles du cr ân e, a u -d e d an s de s gaines fibreuse*

d e s

  t e n d o n s ,

  etc. Alors ces divers organes fibreux

ne pouvant se distendre avec la même rapidité que

les parties subjacentes qui se gonflent, compriment

douloureusement ces parties tuméfiées, les exposent

même quelquefois à la gangrène : c 'est ce qui arrive

dans ces étranglemens si fréquens dans la pratique

chirurgicale , et qui nécessitent diverses opérations

pour les débrider. 2°. Si l 'organe fibreux est  infé

rieur par sa résistance à l 'effort subit qu'il éprouve,

il se rompt au lieu de céder : de là la rupture des

tendons, la déchirure des capsules fibreuses et des

ligamens dans les luxations , celle des aponévroses

dans certains cas assez rares rapportés par divers au

t e u r s ,

  etc., etc. On conçoit facilement que la grande

résistance dont se trouve doué le tissu fibreux, est

principalement due à cette impossibilité de céder

subitement à l ' impulsion qui lui est donnée.

Dans l 'extension lente et graduée , à laquelle se

prêtent les organes fibreux, on observe que souvent

loin d e s 'amincir , de s 'élargir au x dé pe ns de leur

épaisseur,

  ils augmentent au contraire en cette di

mension. L'a lbuginée d 'un test icule squirreux, la

sclérotique d 'un  œil  hyd ropiqu e ou canc éreux , le

périoste d 'un os rachit ique, e tc . , nous présentent ce

phénomène , dont l ' inverse est quelquefois observé,

co m m e dan s les distensions des aponévroses abdomi

nales pr od ui tes pa r la grossesse, par l 'hydropisieascite,

dans l 'hydrocéphale etc .

La contracti l i té de t issu est accommodée, dans lis

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F I B R Ê Û

v

  Xi i 6 3

Système fibreux, au mode de son

  extensibilité

  ;

  dé

même qu' i l ne peut tout à coup se distendre, i l

  ne

saura i t  avenir  sub item en t sur lui-mêm e , qu an d il

cesse d'être distendu. Ce fait est remarquable dans

la sect ion d 'u n te n d o n , d 'une por t ion aponévrotique

d'un l igament mis à nu sur un animal vivant , dans

l'incision de la du re-m ère , po ur do nn er issue au

sang épanché sous elle lors de l 'opération du

  t répan^

e tc .

  Dans tous ces

  c a s ,

  les bo rd s de la division

ne subissent qu'un écartemént à peine sensible : aussi

dans la ru ptu re des ten do ns , l 'écartemen t é tant pro

duit , non par le retour sur elles-mêmes , des extré

mités divisées , mais seulement par les mouvemens

du membre, le contact s 'obtient par la posit ion où

dans l 'état naturel ce tendon n'est point tiraillé ,

tandis que dans un muscle divisé, i l faut non-seule

ment cette position, mais celle où le relâchement est

le plus grand possible, et encore souvent le contact

ne s 'obt ient- i l pas . S i , pend ant qu 'un muscle est d is

t endu

  ,

 on coupe son tend on sur un animal viva nt , le

bout tenant aux fibres charnues s 'écarte un peu de

l'autre par la rétraction de ces fibres; mais celui qui

tient à l 'os reste immobile ; en sorte qu'il n'y a alors

qu 'une cause

 d'écartemént,

  au lieu qu'il y en a-deux

da ns un e po rt ion charnue divisée. Si on coupe un ten

don quand le muscle est re lâché, ses bouts restem

affrontés.

La contractili té de tissu se manifeste cependant au

bo ut d 'u n cer tain tem ps dans le  système  fibreux  ,

surtout lorsque l 'organe a été  préliminairement  dis

tendu ; car lorsqu'il est divisé dans son état naturel,

elle est toujours presque

  nulle;

  L a sclérotique  après

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l 6 4

  S Y S T È M E

la ponction, à l 'œil ou après l 'amputation de la moitié

antérieure de cet organe et l 'évacuation de

  ses

  hu

meurs , l ' a lbuginée , l a tun ique propre de ta  rate et

celle du rein, après la résolution d'une tumeur qui

avoit distendu leurs organes respectifs, les capsules

fibreuses après l 'écoulement du fluide des hydropi-

sies articulaires , les aponévroses abdominales après

Je

  p rem ier e t m êm e le second a cco uch em ent, le pé

rioste à la suite de la résolution des exostoses   jetc ,

reviennent peu à peu sur eux-mêmes, e t reprennent

leurs formes pr imitives.

§ 1 1 1 .

  Propriétés vitales.

Il n'y a jamais dans le système fibreux ni contrac

tilité an im al e, ni contractili té orga niqu e sensible. La

sensibililé organique et la contractilité organique in

sensible

 s

 y

  trouvent comme dans tous les autres or

ganes.

La sensibilité animale y existe dans l 'état naturel;

mais elle s 'y présente sous un mode particulier, dont

au cu n sy stème de l 'écon om ie n'offre, je cro is, d'exem

ple , et que personne n'a encore exactement indiqué.

Ijes

  agens ordinaire s qu i la m et te n t en je u , tels que

les

  irritans

  d ive rs , m éca niq ue s ,

  c h i m i q u e s , e t c . ,

  ne

sauroient ici la développer, à moins que l 'organe ne

soit dans un état inf lammatoire . Les tendons,

 les apo

névroses , les m em br an es fibreuses, les lig am en s,

 etc.,

mis à découvert dans les opérations, dans les expé

r iences sur les animaux  v i v a n s ,  et agacés de diffé

rentes manières, ne font éprouver aucune douleur .

C e qu on a écrit su r la sensibilité d u p ér io st e, de la

du re-m ère, e t c . , pr ise dan s ce sens ,  est manifestement

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7  I R  R  E U X . l 6 5

contraire à l 'observation. Mais si les organes fibreux

sont exposés à une extension violente et subite, alors

la sensibilité anim ale s'y ma nifeste au plu s hau t po int :

ce fai t est sur tou t rem arquab le dans les l ig am en s,

les capsules fibreuses , les aponévroses, etc.

Mettez à découvert une articulation sur un chien ,

celle de la jambe

  ,

  par exemple ; disséquez avec soin

les organes qui l 'entourent ; enlevez surtout exac

tement les

  n e r f s ,

  de manière à ne laisser que les

l igamens ;  irritez  ceux-ci avec un agent chimique ou

mécanique: l ' animal res te immobile , e t ne donne

au cu n signe de do uleu r. D isten de z après cela ces

mêmes l igamens

  ,

  en im pr imant un mouv ement de

torsion à l 'articulation , l 'animal à l ' instant se débat,

s'agite , crie , etc . C ou pe z enfin ces ligam ens d e

manière à laisser seule la membrane synoviale qui

existe ici sans capsule fibreuse , et tordez ces deux

os en sens contraire; la torsion cesse d'êlre doulou

reuse. Les aponévroses , les tendons même mis à

découvert et t irés en sens opposé, produisent le

même phénomène. J 'ai fréquemment répété ces ex

périences qui prou ven t incontestablem ent ce que j 'a i

avancé , savoir

  ,

  qu'incapable d'être mise en jeu par

les moyens ordinaires, la sensibilité animale du sys

tème fibreux se prononce fortement dans les disten

sions dont il est le

  siège.

  Remarquez que ce mode

d'être excité est analogue aux fonctions qu'il rem

pl i t . E n

 effet,

 écarté par sa position profonde de tou te

excitation extérieure qui puisse agir sur lui chimi

quemen t ou mécan iquemen t , i l

  î ïa

  pa s be so in ,

com m e le systèm e cutané par exemple , d 'u ne se n

sibil i té qui en transmette l ' impression; au

  cont ra i re ,

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l66  S Y S T È M E

la plupart de

  ses

  organes, tels que les ligamens, les

capsules fibreuses, les

  t e n d o n s ,

  e t c . , é tan t

  très-sujet?

à ê t r e d i s t endus ,

  t i ra i l l és ,

  tordus dans les violens

mouvemens des membres, i l é toi t nécessaire qu ' i ls

avertissen t l 'am e de ce gen re d ' irr ita tio n, do nt l'excès

auroit

  pu sans cela devenir funeste aux articulations

ou aux membres. Voilà comment la nature accom

m od e la sensibilité anim ale de chaq ue org an e, aux

excitations diverses

  qu'il

 peu t

  éprouver,

 à celles sur

tout qui deviendra ient dangereuses

  ,*si  l'ame

  n'en

étoit prévenue; car cette force vitale est l 'agent es

sentiel par lequel l 'animal veille à sa conservation.

C'est

  à ce mode de sensibilité du système fibreux,

qu ' i l faut pr inc ipa lement a t t r ibuer ,

  ï

0

.

  les douleurs

vives qui accompagnent la production des luxations;

2 ° .  celles plus cruelles qu'on fait éprouver aux ma

lades dans les extensions propres à les réduire, sur

tou t l o r sq ue , comm e

  dans

  les anciens déplacemens,

on est obligé d'employer des forces considérables;

5 ° .  les intolé rab les souffrances d u supp lice qui con-

sistoi t à t i rer un malheureux à quatre chevaux;

 4°« I

e

sentiment  pénible que font naître toutes les entorses

que détermine une distension forcée de la colonne

épinière  et par conséquent de

 ses

  l igamens, un mou

vement t rop brusque pour dé tourner la tê te , e tc . ;

5 ° .

  la douleur aiguë qu'éprouvent immédiatement

avant l 'accident , ceux qui se rompent un tendon,

douleur que la rupture elle-même fait en partie

cesser; 6°. celle moins sensible que nous ressentons

lors qu 'un tend on q u el co nq u e, celui d 'Achil le par

exemple , se t rouve , par une mauvaise

  position,un

peu fortement tiraille    7°. le surcroît considérable

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F I B R E U X .  167

de douleur qu on  ressent,  lorsque dans un engorge

ment  subjacent à une aponévrose, cel le-ci ne pou

van t  prêter,  se trouve très-fortement soulevée ; 8 ° . le

sent iment pénible qu 'on  éprouve  derr ière le jarret ,

lorsqu'on veut forcer l 'extension de la

 j a m b e ,

  et que

par là on tiraille les deux ligamens obliques des

t inés à borner ce t te extension, e tc .

  e t c . .

C'est

 sans d ou te à l ' insensibilité des organ es fibreux

pour un mode d 'excita t ion, e t à leur sensibil i té pour

un autre mode, qu ' i l faut rapporter les résulta ts con

tradictoires qu'ont offerts les expériences de Haller

d'une

  p a r t , d e

  ses

  antagonistes de l 'autre , sur la

membrane du re -mère .

Caractère des Propriétés vitales.

L'activité

  vitale co m m en ce à de ve nir bien plus*

prononcée dans le système fibreux, que dans les sys

tèmes osseux et cartilagineux. Cela est prouvé très-

manifestement,  ï

0

.

  par le mode de sensibil i té ani

m ale qu e no us v eno ns d'y obse rver, et qu i est étrang er

au x d eu x a utres ; 2 ° . par la disposit ion beaucou p plus

grande de ce système à devenir le  siège  de douleurs

plus ou moins fréquentes, e t spécialement de

  l 'in

flammation,

  e t c . ;

  3°. par le caractère bien plus aigu

qu'y prend cette affection , comme on peut le voir

da ns les rhu m atism es aig us, lesquels affectent princ i

palem ent les parties fibreuses des gra nd es articu lation s

d e

  l'aisselle,

 de la han che , du ge no u , du

  c o u d e ,

  e t c . ,

les par t ies aponévrotiques des muscles, e tc . ;  4 ° -

  de

p l u s , p ar la grand e m obil i té des dou leurs rhum atisan

tes , qui passent avec un e pro m ptitu de é tonn ante

 d'un

endroi t à

 l'autre,qui

  supposent par conséquent une

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I

j 6 8 S Y S T È M E

gr an de p ro m p tit u d e d an s l 'altérat ion des forces vitales

les

 différentes

  pa rties de ce système-; 5 ° . par

 la

 rapidité

plus  grai.de  de sa cicatrisa tion : a in s i, en m ettant à

découvert des fractures faites exprès sur des animaux,

j ' a i

  constamment

  observé que déjà les bourgeons

charnus provenus du périoste et de l 'organe médul

laire sont tous

 formés

  , qu'à peine ceux fournis par

l 'os lui-mêm e

 ont

 pris naissan ce. J 'ob serv e

 àl égard de

celte  cicatrisation, que les parties du système fibreux

où pénétrent le plus de vaisseaux sanguins, comme

le périoste, les membranes fibreuses, les capsules,

e t c . ,

  sont les plus susceptibles de ce phénomène, qui

csl

  bien plus difficile dans ceux où peu et même

pres qu e pas de sang  aborde,comme dans les tendons,

dont les bouts se réunissent avec peine. 6°-

  On

 peut

enfin se convaincre de la

 différence

  de vitalité

 du*sys

tèm e fibreux d 'ave c celle de s p ré cé d en s , p ar la marche

d*

 une

 exoslosc

 com paré e aux pr og rès bi en plus rapides

d'une périoslose , d un engorgement à la dure-mère,

etc.

  Cependant il y a encore sous le rapport de la

vita l i té une lenteur remarquable

 dans

 ce systèm e. On

le voit surtout dans certaines affections des membres

où la gangrène se manifeste , et fait, ainsi que

  l'in

flamm ation qui la pr éc è d e , de rapides prog rès dans

 le

tissu cellulaire , les m uscles , e tc ., tan di s q u e ,  comme

je l 'ai d i t , les ten do ns qu 'elles ont m is à découvert ne

s

  altèrent

  que quelque temps après, e t sont remar

quables par leur blancheur au milieu de la noirceur

ou de la lividité générales.

L e systèm e fibreux prése nte u n ph éno m ène re

marquable; c 'est que presque jamais il ne se prête à

la formation du pus. Je ne sache pas

  q u '

  à la fuite

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F I B R E U X .  169

des inflammations de ce système, on ait observé des

collect ions purulentes. Le rhumatisme qu'on range

dans les phlegmasies, n 'est jamais accompagné de ces

collections ; quelques

  exlravasions

  gélatineuses ont

seulement é té trouvées autour des tendons. Ce qu'on

prenoit autrefois pour un e su ppu ration de la d u r e -

mère dans les plaies de tête , est bien évidemment

un suintement purulent de l 'arachnoïde, analogue à

celui de toutes les autres membranes séreuses. Pour

quoi ce système se

 refuse-t-il,

  ou se

 prête-l-il

  si diffici

lement à produire le

  p u s ,

  ou au moins n'y

  est-il

  pas

autant disposé que la plupart des autres? Je l ' ignore.

Je ne sache pas non plus qu au milieu des cartilages

on ait trouvé des collections de ce fluide. Les inflam

mations du système cart i lagineux sont remarquables,

parce qu'elles se term ine nt rarem en t ou presq ue jamais

par la suppuration,

Sympathies.

Toutes les espèces de sympathies se font observer

da ns le systèm e fibreux. P ar m i les sym pathies a n i

m ales , en voici quelq ue s-un es de sensibilité.

  1

 ° . D an s

certaines  périosloses  qui n 'occupent qu 'une peti te

surface, la totalité du périoste de l 'os resté sain , de

vient douloureu se .

  2

0

-

  A la suite d'u ne

  p i q û r e ,

  d 'une

m eurtr is sure du pé rios te , souvent la total ité du m em

bre se

  gonfle,

  et devient douloureuse. 3°. Dans les

affections de la dure-mère, souvent l 'œil s 'affecte, et

ne peut supporter le contact de la lumière , phéno

mène qui peut aussi dépendre de la communication

du tissu cellulaire, comme je l 'ai dit ,mais qui cer

ta inement est quelquefois sympathique. 4°- Dans le

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fjO  S Y S T E M E

temps où on

  fait

 les exten sions po ur réd ui re un e luxa

tio n , et que les ligam ens articula ires souffrent par

conséquent,  le malade se plaint souvent de douleur

dans un endroi t du membre t rès-é loigné , e tc .

 çtc...

La contractilité est aussi

 mise

 en jeu da ns les sym

path ies animales du systèm e fibreux.

  ï

 °. L a piqûre du

«entre

 phrén ique cau se ,

  d i t - o n ,

  dan s les muscles fa

ciaux, une contraction

 d'où

 naît le r ire sardon ique. 2°.

L a lésion des ap on év ros es, la disten sion d es ligamens

dan s les luxation s du p ie d , la déch irure des tendons,

sont f réquem m ent accompagnées de m ouv em ens con-

vulsifs des mâchoires, du tétanos même caractérisé.

3 ° .

 U n e esquille fixée da ns la du re-m ère d éter m ine des

contraction s en

 divers

 mu scles

 de

 F économie .

 4°«

 Dans

les lésions d e F albuginée, des aponévroses extérieures,

on observe souvent de semblables ph énom ènes.

Dans les sym pathies organ iques du s ystèm e fibreux,

tantôt  c'est  la contractilité organique insensible qui

est m ise en je u , tantô t

 c'est

  la contractilité organique

sensible : voici des exemples du premier cas.  i ° .  La

dure-mère étant enflammée, l ' inf lammation qui sup

pose toujours un accroissement de forces toniques

ou de contractilité organique insensible, se manifeste

souvent au péricrâne, e t réciproquement. 2°. L' ir r i

ta t ion

 d'une

 étend ue u n peu considérable

 du

  périoste

enflamme souvent et fait suppurer l 'organe médul

laire.

 3 ° . Le s ligamens articulaires étan t d isten du s dans

une entorse, toutes les parties voisines, et souvent

tout le membre, se gonflent et deviennent un centre

d'irritation où toutes les forces de la vie, la contrac

tili té insensible en particulier, se trouvent beaucoup

plus exaltées qu 'à l 'ordinaire ,

 etc»

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F I B R E U X .  171

D'autres fois c 'est la contractili té organique sen

sible qui entre en action.  i ° .  O n  observoit  souvent

dans l 'opération de la cataracte par

 abaissement,

  que

la lésion de la sclérotique donnoit l ieu à des  vomis -

semens

  sympa th iques , à de s

  soulèvemens

  de l ' e s

to m ac , des intest ins , e tc . 2

0

. Une for te douleur née

dan s un e part ie q u el co nq u e, da ns le systèm e fibreux

en

  pa r t icu l ie r ,

  augmente

  beaucoup la contracti l i té

organique sensible du cœur, e t fa i t a insi naître

  s y m -

pathiquement une accé léra t ion dans le mouvement

qu ' i l impr ime au sang. 3° . J 'a i vu un homme à qui

Desau l t  réduisoit  une luxa t ion , e t  q u i ,  pendant que

les l igamens for teme nt

  distendusluioccasionnoientles

plus vives dou leurs , ne pu t s 'empêcher de ren dr e

ses excrémens, tant é to i t grande la contrac t ion du

rec tum.

On voit que dans ces sympathies, tantôt c 'est le

système fibreux qui exerce son influence sur les au

t r e s ,  tantôt ce

 sont

 les autres qui exercen t sur

  lui

  leur

action. C 'est prin cipa lem ent lorsqu 'il est t iraillé, lors

que le mode particulier de sensibilité animale dont

il

  jouit,

  y est for tement mis en

  j e u ,

  qu ' i l dé termine

dans toute l ' économ ie u n trouble sym pathique re

m arqua ble. Je pr ésu m e que les anciens considéroient

comme des nerfs toutes les parties blanches, les liga

m e n s ,  les tendons, e tc . , à cause des accidens très-

graves qu'ils avoient observés résulter de leur disten

s ion dans les entorses , dans les luxat ions compli

quées du genou , d u co ud e , du

 coude-pied,

  luxations

qui ne peuvent ê tre produites sans un violent t i ra i l-

«lement  d 'u ne foule de l igam en s ,  départies  aponé-

Vro tiques , t end ineu se s ,

  etc»

  Un coup de

  sabre  qui,

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J 7 2 S Y S T E M E

divise les l igamens du tarse , un corps qui les meur

trit , pro du isent des accidens bie n m oin s graves

qu'une fausse position qui les distend. Ceci nous

mène à une belle considérat ion générale , dont l 'exa

men des autres systèmes constate aussi la réalité;

savoir, que c 'est le mode de propriété vitale domi

nante dans un système, qui est mis spécialement en

jeu par les sym pathies. Co m m e  le node  de sensibi

lilé animale, susceptible de répondre aux agens de

distension, est ici le plus caractérisé, c 'est lui qui

joue le rôle princ ipal dan s les sym pa thies fibreuses.

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Développement du Système

  Jlbreux.

§  I

e r

.  État du Système fibreux dans le premier

âge.

J\.  v  milieu de l 'é ta t muqueux de

 l'embryon,

  on ne

distingue point encore les organes fibreux. Tout est

confondu : ce n'est que lorsque déjà  plusieurs autres

organes sont formés, qu'on en aperçoit les

  traces.

Ceux en forme de membranes se présentent d 'abord

sous l 'aspect de toiles transparentes; ceux disposés

en faisceaux paroissent être un corps homogène. En

général les fibres ne sont point distinctes dans le

premierâge

 :

 les apo név roses , les m em br an es fibreuses,

les tendons, e tc . ne m'en ont offer t aucune trace;

tout alors semble être uniforme dans la texture des

organ es fibreux. D an s le fœtus de sept m ois , on com

mence à y distinguer insensiblementlesfibres blanches.

Rares d'abord, et écartées les unes des autres, elles

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F I B R E U X .

  173

se rapprochent peu à peu après la naissance, se dis

posent pa ral l è le m en t, ou s 'entrecroisent en divers

•sens,

  suivant l 'organe qu'elles finissent enfin par en

vahir

  entièrement

  à un certain âge, si je puis me

servir de cette expression. C'est surtout au centre

phrénique du diaphragme, sur la dure-mère , sur

l 'aponévrose de la

  c u i s s e ,

  qu'on fait facilement ces

observations.

A mesure que les fibres se développent dans

  les

org an es fibreux, ils pr en n en t plus de résistance et

de dure té . Dans le  f œ t u s ,  et dans les premières an

nées ,

 ils sont extrêm em ent

  m o u s ,

  cèdent facilement.

Leur blancheur a une teinte toute différente de celle

qu'ils affectent à un âge plus avancé : ils sont d'un

blanc perlé. Ce n'est que peu à peu qu'ils parviennent

à ce degré de force qui caractérise spécialement leur

tissu.

C'est à cette mollesse, à ce défaut de résistance

du système f ibreux dans les premières années, qu 'on

doit a t tr ibuer les phénomènes suivans :

  1

  °. les arti

culations se prêtent à cet âge à des mouvemens que

la roideur des ligamens rend impossibles dans la

su i te ;

  toutes les extensions peuvent alors se forcer

au-delà de leu r d egré na tu rel. O n sait que c 'est à cette

époq ue que les faiseurs de tours com m enc en t à

 s'exer

cer; jamais ils ne

  pburroient

  parvenir à exécuter les

m ou vem ens extraord inaires qui no us frappen t, si l 'ha

bi tude

  n'entretenoit

  chez eux depuis l 'enfance la fa

culté de ces m ou vem ens . 2

0

. L es luxation s sont en gé

néral rares dans le prem ier â ge , parce que les capsules

fibreuses cèd ent et ne se ro m pe nt pas . 5 ° .  Les entorses

ont

  alors des suites moins funestes.  4 ° -  Les engorge-

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I 7 4 S Y S T È M E

mens inflammatoires subjacens aux aponévroses sont

rarement susceptibles de ces

  étranglemens

  souvent

funestes dans un âge adulte. 5°. Cette mollesse du

système fibreux s 'accommode aussi dans les tendons,

les l ig am en s, les apo név roses, e t c . , d 'u ne part à la

multiplicité et à la fréquence, de l 'autre au peu de

force des mouvemens de l 'enfant .

Je remarque que , quoique le système fibreux ait

dans le premier âge une mollesse de texture à peu

près uniforme dans toutes les parties qui appar

t iennent au même

  o r d r e ,

  il est cependant plus ou

m oin s dé ve lop pé , suivant les régions où i l se

 trouve*

E n

  géné ra l ,

  quand i l appart ient à des organes

 prêt

coces dans leur

  développement,

  comme au cerveau

par la dure-mère, aux yeux par la sclérotique, e tc . ,

i l a plus de volume, plus d'épaisseur proportionnel

lement; mais ce n 'est que sur

  ses

 d i m e n s io n s , et non

sur son organisation

  i n t i m e ,

  que portent alors  ces

différences.

Il est vraisemblable que ce mode

  d'organisation

d u système fibreux

  influe,

  à F époq ue qu i nou s occupe,

sur son mode de vitalité , et par conséquent sur ses

m aladies. O n sait q ue le rh um at ism e, qui paroît assez

probablement affecter ce système, est rarement

  l'a

panage des enfans du premier âge; que sur cent ma

lades affectés de ces sortes de douleurs , il en est

q u a t r e - v i n g t - d i x au m o i n s a u - d e s s u s d e l'âge

  de

quinze à seize ans.

Soumis à Fébull i t ion, dans le fœtus et dans l 'en

fant, le système fibreux se fond avec facilité, mais

ne prend point cet te couleur jaunâtre , qui est son

attribut constant, lorsqu'on le fait bouillir dans l 'âge

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F I B R E U X .  I 7 5

adu lte ; o n sait qu e les gelées des jeun es a ni m au x

sont beaucoup plus blanches que celles des animaux

avancés en âge.

§ I I .

  État du Système fibreux dans les

  dges

suivans.

A mesure qu 'on avance en â g e ,  le système fibreux

devient plus

  fort ,

  plus dense : i l reste, dans l 'âge

adul te , comme s ta t ionnaire , quoique cependant l ' ab

sorption et l 'exhalation alternatives des substances

nutr i t ives continuent toujours. Ces deux fonctions

se dist inguent diff ic i lement dans l 'é ta t ordinaire;

mais la première est t rès-apparente , lorsque, par une

contusion ou un e cause in terne qu elco nq ue , le pé

rioste , les capsules fibreuses, les li g a m en s, e tc. se

gonflent, s'engorgent,

  etc . L a seconde à son tou r de

vient  p r é d o m i n a n t e ,  lorsque le dégorgement et la

résolut ion surviennent .

Dans les vieillards, le système fibreux devient de

plus en plus dense et serré ; il cède bien plus diffici

lement à la macération et à la putréfaction. Les dent$

des anim aux q ui

 s'en

 nourr issent

 le

 déchiren t avec plus

de difficulté; les sucs gastriques l 'attaquent moins

facilement. Spallanzani a observé que les tendons,

les aponévroses des vieux an im au x , é toient b eau cou p

plus indigestes que ceux des jeunes. Avec l 'âge, la

force du tissu fibreux augmente; mais sa mollesse

diminue : de là la diff iculté des mouvemens, leur

roideur.

  Les ligamens, les capsules fibreuses ne per

mettent qu'avec peine aux surfaces articulaires de

s'écarter les unes des autres; les tendons ne se plient

qu 'avec

  difficulté

  : lorsqu'on

  presse-à

  l 'extérieur les

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1 7 6  S Y S T È M E

en d r o i t s où ils son t à nu so us l e s t é g u m e n s , on sen t

q u ' i l s s o n t d u r s , p e u s o u p l e s , e t c . O n n e p e u t q u 'a v ec

p e i n e , e t q u ' a u b o u t d ' u n t e m p s t r è s - l o n g , l es ra m o llir

p a r

  l'ébullition.

  T o u t le sy s t è m e fibreux j au n i t . On

dirpit

  qu ' i l s e r app roche a lo r s de ce t é t a t dense , r a

co rn i e t demi - t r anspa ren t , auque l l e r édu i t l a de s s i c

ca t i o n ; en so r t e qu e s i l ' on po uv o i t s up pos e r ce sy s

t ème pa rcou ran t p lu s v i t e que l e s au t r e s , l e s pé r iodes

d ive r se s de son  décroissement,  tous l e s mouvemens

ces se ra i en t pa r l a r ig id i t é de s l i gamens , de s t endons ,

d e s a p o n é v r o s e s , q u o i q u e l ' é n e r g i e d e c o n t r a c t i o n

subs i s t e ro i t enco re dans l e s musc le s .

§   I I I .  Développem ent accidentel du Système

fibreux.

N o u s a v o n s v u q u e d i v e r s e s p r o d u c t i o n s a p p a r t e

n a n t , p a r l e u r n a t u r e , a u s y s t è m e o s s e u x o u a u c a r

t i l ag in eu x , s e dév e lop pen t que lque fo i s acc iden te l le

m e n t d a n s certaines  p a r t i e s . L'anatomie  pathologique

n o u s m o n t r e a u s s i d e s p r o d u c t i o n s o ù l ' a p p a r e n c e

f ibreuse es t t rès-manifes te . J 'a i fa i t p lus ieurs fo is ce t te

o b s e r v a t i o n d a n s d e s t u m e u r s d e l a m a t r i c e , d e s

t r o m p e s , e t c . A u l i eu d e la m a t i è r e l a rda cée qu i est si

c o m m u n e dan s ce s a f fec tions o rg an iq ue s , on vo it un

ou p lus ieurs amas de f ib res en tassées , t rès -d is t inc tes ,

j a u n â t r e s , e t c . J e n e  puis  c e p e n d a n t  répondre que ces

e x c r o is s a n c e s a p p a r t i e n n e n t e s s e n t i e l l e m e n t , p a r les

substances

  qu i le s c o m p o s e n t , au sy s t è m e fibreux ,

n ' ayan t po in t f a i t su r e l l e s de s expé r i ences compara

t ives à ce l les tentées sur les organes de ce système.

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F I B R E U X .

  177

A R T I C L E C I N Q U I E M E .

Des Membranes

  Jibreuses eh

  général.

A P R È S  avo ir con sidéré le systèm e fibreux d 'u n e

manière générale, sous les rapports de son organisa

tion , de sa v i e ,  de ses propriétés et de sa nutrition, je

vais l 'exam iner plus en particulier

 dans

 les grand es d i

visions qu'il nous offre, et que nous avons indiquées

plus ha ut. Je co m m en ce par les m em br an es fibreuses.

§ I

e r

.

  Formes des Membranes fibreuses.

Ces sor tes de membranes qui comprennent , a ins i

qu ' i l a é té d i t , le pér ios te , la dure-mère , la sc léro

t i q u e ,  l'albuginée,

  les membranes propres du re in ,

de la ra te , celle du corps cav ern eu x, et c. , sont pre squ e

toutes destinées à former des enveloppes extérieures,

des espèces de sacs où se tro uv en t con tenu s les o r

ganes qu'elles revêtent.

Ces organes

  ne

  sont point , comme ceux autour

desquels se déploient les surfaces séreuses, comme

l'esto m ac, les int es tin s, la vessie et les p o u m o n s, sujets

à des dilatations et à des contractions alternatives.

Cela ne s 'accommoderoit point avec leur mode d 'ex

tensibilité. Elles se moulent exactement sur la forme

de ces organes, ne présentent point ces replis nom

breux qu'on voit dans les membranes séreuses, s i on

en excepte cepe nda nt la

  d u r e - m è r e .

  Leurs deux sur

faces so nt adh éren tes ; caractère qui les  distingue spé

c ia lement des membranes précédentes , a ins i que des

muqueuses .

L 'u n e de ces sur faces , in t im em ent un ie à l 'org ane ,

I I .

  12

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1 7 8  S Y S T È M E

semble y envoyer différens prolongemens, qui iden

tifient au premier coup  d'œil  son existence à celle de

la membrane. Une foule de fibres détachées de

l'albuginée,

  de l 'enveloppe des corps caverneux, de

la tunique propre de la rate , e tc . , ou plutôt ad

hérentes à ces tuniques, pénètrent dans les organes

respectifs de ces membranes, et s 'y entrecroisant en

divers sens, forment, pour ainsi dire , le canevas,

la charpente, autour desquels s 'arrangent et se sou

tiennent les autres parties constituantes de ces or

ganes qui semblent, d 'après cela, avoir pour moule

leurs membranes extér ieures : aussi les

  v o i t - o n ,

lorsque ces moules viennent à être

  en l ev és ,

  pousser

çà

  et là

  d'inégulières

  végétations. Le cal, dans les

déplacemens  trop considérables pour permettre au

périoste de se prolonger sur les surfaces divisées, est

inégal, raboteux, etc. La figure du testicule s 'altère

dès que l 'albuginée a été intéressée dans un point

quelconque, e tc . Cette adhérence de la membrane

fibreuse qui enveloppe divers organes, avec les pro

longemens intérieurs de ces

  o r g a n e s ,

  avec les fibres

qui composent leur

  can ev as ,

  a fait croire aux ana-

tomistes que la nature de l 'une étoit la même que

celle des

 a u t r e s ,

  que ceux-ci n 'étoient que des pro

longemens de la membrane : je le croyois aussi en

publ iant mon Tra i té des Membranes; mais de nou

velles expériences m'ont convaincu du contraire.

Je puis assurer d 'abord que la m em br an e des

 corps,

caverneux app art ient seule , dans

 ces corps ,

 au système

fibreux. Le tissu spongieux intérieur, renfermé dans

la cavité de cette membrane, n 'en a nullement la

na ture , n 'en es t point , comme le d isent

  tous

 les ana-

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F I B R E U X .  179

tom istes , un prolong em ent . Ce ne sont pas des lames

q u i ,

  suivant l ' express ion commune, se dé tachent de

la membrane , e t p roduisen t , pa r leur en t rec ro ise

m ent , le tissu sp on gie ux . Celu i-ci est u n corps à

 par t,

distinct par sa

 vieet

  par

  ses

  propriétés.

En exposant un corps caverneux à

 l'ébullition,

  j ' a i

m anifestem ent observé cette différence

  :

 la m em bran e

extern e se com po rte co m m e tous les organes fibreux,

devient épaisse , jau nâ tre , dem i- t ransp arente , puis se

fond plus ou m oin s en gélatine : le tissu spon gieux

reste au contraire

 b l a n c ,

  mol lasse , n 'augmente point

de volume, ne se cr ispe presque point sous l 'act ion

du feu, présente un aspect , en un mot , que je ne

puis comparer à celui

 d'aucun

  tissu traité également

par l 'ébullition.

La macération sert très-bien aussi à distinguer ces

deux t issus. Le premier n 'y cède que lentement, ses

fibres restent long-temps distinctes ; elles ont encore

leur disposit ion naturel le , que  déjà  le second est ré

dui t en une pulpe homogène, rougeâtre , où r ien de

fibreux, r ien d 'orga niq ue ne se distingu e plus. E n gé

néral, il paro ît qu e le tissu spo ngieu x des corps caver

neux est leur partie essentielle, celle où se passent les

grands phénomènes de

  l'érection,

  celle qu'anime le

mode particulier de mo tilité qui le distingu e des au tre s

organes.

  Lécorce

  fibreuse n'est qu'accessoire à ses

fonctions ; elle n'est qu'une enveloppe ; elle ne fait

qu 'obéi r, dan s l ' é rec t ion ,

 à l'impulsion qui

 lu i

 est

 c o m

muniquée .

Lorsqu'on expose le corps caverneux à l 'act ion d&

l 'acide nitr ique, le tissu

  s p o n g i e u x ,

 lavé du sa ng

 qu'iL

cont ient , devient d 'un jaune

  bien

  p lus marqué que

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T

8 o S Y S T E M E

la membrane fibreuse :

  ceia

  les fait distinguer l'un

de l 'autre d 'une manière sensible .

En exposant le testicule à l 'action de l 'eau bouil

lante, on remarque également que son tissu intérieur

prend un aspect tout différent de celui de sa mem

brane extérieure; i l devient d'un brun foncé, tandis

qu'elle reste blanchâtre : elle ne prend pas l'apparence

gélatineuse d 'u n e m an iè re aussi m ar q ué e et aussi

prompte que celle du corps caverneux.

Soumis à la macération, le testicule est aussi tout

différent dans son enveloppe et dans son tissu in

tér ieur .

L a surface d es m em br an es fibreuses, opposée à

celle qui correspond à leur organe, est jointe aux

parties voisines, tantôt d 'une manière lâche , comme

l'enveloppe caverneuse, tantôt par des liens très-ser

rés , co m me la d ure -m ère. E n g én ér al , les mem

br an es , et m êm e tons les organ es fibreux, ont une

tendance singulière à

 s'unir

  intimement aux surfaces

séreuses et muqueuses. On en trouve des exemples

p ou r les m em bra ne s séreuses dans l 'unio n de la dure-

m ère avec l'arachnoïde,  de l'albu gin ée avec la tunique

vaginale, des capsules fibreuses avec les synoviales.

Telle est l ' intimité de cette adhérence, que la dissec

tion la plus exacte ne peut la détruire dans

  l'âge

adul te . Dans

  l'enfance,

  elle est beaucoup moindre,

comme on le voit surtout très-bien dans le rapport

qui existe entre la base du péricarde et le centre

phrénique, rapport qui est tel, qu'on peut avec faci

lité isoler dan s le pr em ie r âge les deu x surfaces qui

sont plutôt contiguës que continues, tandis que dans

les.

 âges suivans on ne sau rait y parv enir.

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F I B R E U X . l 8 l

Q ua nt à l 'uni on des surfaces m uqu euse s avec

les fibreuses, lorsqu'elles se trouvent

  con t iguës ,

elles se co nfo nd en t en tiè re m en t : Cela s'observe da ns

la pi tu i ta ire , dan s la m em br an e des sinus., dan s celle

de l 'orei l le , e tc . L e  péricondre  du la rynx , de la t r a

chée ne fait qu 'u n avec leur m em bra ne in te rne . D an s

toutes ces part ies, le  périoste  s 'entrelace tellement

avec la surface muqueuse, qu'il est impossible de les

sépa rer , e t qu 'on les enlève en m êm e temps de dessus

l 'os, qui a lors reste à nu. Le conduit  déférent,-les

t rompes de Fal lope , les ure tères , e tc . , sont auss i

très-manifestement

  fibro-muqueux.

§ 1 1 .  Organisation des Membranes fibreuses.

Les membranes f ibreuses ont en général une tex

ture très-serrée, une épaisseur remarquable  :.elles  n e

sont formées que d 'un seul

  feuillet.

  La  d u r e - m è r e

semble faire exception à

 cette, rè gl e,

 p ar les replis q ui

forment la faux et la tente du cervelet ; m ais excepté

à l 'endroit des sinus, i l est très-difficile, impossible

même, d 'y t rouver deux lames dis t inc tes .

Ces, m em br an es o nt p lus de vaisseaux, qu e toutes

les au tre s divis ions du sy stè m e fibreux; elles so nt

percées d 'u n t rès-g rand no m bre d e t rous pour le pas

sage de ces vaisseaux, dont la plupart ne font que

les traverser,

  et se rendent ensuite dans les organes

qu'el les recouvrent . Ces trous, dont chacun est plus

large qu e le ram eau qu ' i l

  transmet,

  forment encore

un caractère des membranes fibreuses,  distinctif  des

séreuses qui se replient toujours , et ne s 'ouvrent

jam ais, po ur laisser

 pénétrer lesystème

 vasculaire d an s

leurs organes respectifs.

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1 8 2 S Y S T È M E

A u res te, la description particulière des mem branes

qui nous occupe sera jointe à celles des organes

qu'elles en tou ren t . J 'e n excepterai cepend ant le pé

rioste , dont la description appartient à ces générali

t é s , soit parce qu e revê tant t ou t le systèm e osseux , on

ne peut point le con sidérer  isolément,  soit parce que ,

comme je l 'ai dit , i l est le centre d'où naissent  et où

se rendent tous les  organes  du système fibreux, en

sorte que ses fonctions sont relatives plus encore à ce

système qu'à celui des os.

§ 1 1 1 .

  Du Périoste. De sa Forme.

Celte membrane entoure tous les os. Dure, résis

ta n te , grisâtre , elle leur form e un e envelop pe qui se

prolonge

  par-tout,

  excepté là où

  lés

 cartilag es les re

vêtent. Son épaisseur est remarquable dans l 'enfance;

p lus mince à p ro po r t ion dans l ' adu l te ,  elle  devient

plus dense et plus serrée.

Les anciens se la figuroient comme se prolongeant

d'un os à l 'autre sur l 'articulation, et formant ainsi

un sac continu pour tout le squelette. Cette idée est

inexacte .

  A.

  la jon ction des

  o s ,

  le périoste s'entrelace

avec les ligam ens qui lui servent d e

 moyen

 de

 comrriu-

nication , et ce n'est qu'ainsi qu'on peut  concevoir sa

continuité . La couronne des dents en est dépourvue,

ainsi que tou tes les productions  osseuses qui's'élèvent

sur la tète de certains animaux.

Le périoste est foiblement

  uni à-

 l 'os da ns

  l'enfance;

on l'en

  sépare alors avec une extrême facilité, surtout

sur la partie moyenne des  os  longs. Dans l 'adulte,

comme la substance calcaire encroûte peu à peu ses

fibres les plus

  i n t e r n e s ,

  l 'adhérence devient très-sen-

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F I B R E U X .

  l 8 3

sible  ; elle est ex tr êm e d an s le vieillard o ù cet te

m em bran e se t rouve rédui te souvent à une lame t rè s-

mince par les progrès de l 'ossification. La pression

habituelle exercée par les muscles dans leurs contrac

t i o n s ,

  peut bien aussi influer un peu sur cette adhé

renc e. D iv ers prolongem ens passent du périoste à

l 'os. I ls sont beau cou p plus no m b re u x au x extrém ités

des os longs et sur les os courts, que sur le milieu

des os long s et su r les os larges ; ce qui se co nço it

fac i leme nt , d 'après le no m bre b eaucoup plus consi

dérable de trous dans l 'une que dans l 'autre par t ie .

C es prolo nge m ens accom pagnen t les vaisseaux , ta

pissent les co nd uits qui per cen t l 'os de part en part,  se

pe rden t dans ceux qui se term inen t dans sa su bs tan ce,

ne pénètrent point dans la cavité médullaire , e t bor

nés uniquement au t issu osseux, é tablissent entre lui

e t la membrane dont i l s

 émanent,

  des rappor t s im

média t s .

Ce sont ces rapports qui , é tant anéantis lorsque le

périoste est malade ou détruit dans une part ie un

peu considérable de son étendue, font que l 'os meurt

et se sép are au-dessou s. Il y a ce pe nd an t cette

  dif

férence entre ce phénomène et la mort de l 'os par là

lés ion de la membrane médul la i re , que s i celle-ci  est

désorganisée , tout l 'os se nécrose, tandis que si on

irr i te e t q u 'o n d échire le pér ioste à la par t ie m oy en ne

d 'un os lo ng , dans un e é ten due à peu près co rres

pon dan te à celle de ce t te m em bra ne m éd ul la i re ,

les lames externes  seules  du t issu compact se déta

chent par l 'exfoliation , et c 'est le même os qui resté.

J 'ai fait cette expérience l 'an passé sur deux chiens.

Q ua nt à cel le qu i consiste à enlever le pé r io ste , no n-

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l 8 4

  S Y S T È M E

seulement de dessus la partie moyenne , mais de

dessus toute la surface de l'os , je ne sais si quel

qu'un a pu la tenter , e l le

  m'a

  paru impossible ;

 elle

seroit prat iquable, que bientôt l 'animal mourroit à

cause de l 'é tendue du délabrement, e t qu 'a insi on

n'auroit aucun résulta t .

Les rapports du périoste avec les organes voisins

varient s ingulièrement. Dans le plus grandnombre des

o s ,

  ce sont des muscles qui glissent sur lui ; le tissu

cellulaire F unit à eux pluso u m oins lâche m ent, suivant

que les m ou vem en s sont plus ou m oin s considérables.

A la suite des inflammations, i l perd cette laxité, et

souvent tout mouvement cesse.

Organisation du Périoste.

La direction des fibres du périoste est à peu près

analogu e à celle des o s , sur les os longs spéc ialem ent,

ainsi que sur les os cou rts ; m ais il n'a po int la struc

ture rayonnée des os plats qu'il recouvre. Ces fibres

superposées les unes aux autres , ont des longueurs

différentes : les superficielles

 sont

 plus ét en dues , celles

qui correspondent immédiatement à l 'os ne parcou

ren t qu 'un petit espace. T o u te s en général deviennent

très-app arentes dan s certaines maladies des os. Je me,

rappelle , entr 'autres exemples de ce développement

accidentel des fibres, l 'observation d'un homme af

fecté

  d'ëléphantiasis

  , et en même temps d'un gonfle

ment dans le tissu compact du tibia , qui avoit pris

une épaisseur remarquable. Le périoste de  cet os étoit

très-épais, si peu adhérent à l 'os, que le plus léger

effort suffit pour l 'enlever dans toute son étendue,

et à f ibres te l lement prononcées, qu 'on

  F

 au rai t pris

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F I B R E U X .  l 8 4

pour une portion de l 'aponévrose plantaire ou

  pal

maire, lorsqu' i l en fut séparé.

L e périoste em pr un te ses vaisseaux de ceux des en

virons . Leurs branches innombrables

  s'y

  ramifient à

l 'infini ,y form ent u n réseau que les injections re nd en t

extrêmement sensible , sur tout chez les

  e n f a n s ,

  s'y

perdent ensui te , ou  pénètrentdans le t issu compact de

l 'os, ou bien reviennent dans les par t ies voisines

former diverses anastomoses.

Ce t te membrane reço i t , comme nous l ' avons d i t ,

l ' insertion de presque tout le système fibreux, des

te n d o n s, des ligam ens et d es aponév roses spéciale

m en t. C ette inser t ion paroît é trangère à l 'os dan s

l 'enfant; en

  détachant*à

  cet âge le périoste, tout

  s'en

lève en m êm e te m ps ; mais l'ossification envahissant

bientôt'les

  lames les plus

  i n t e r n e s ,

  tous les

  organes

fibreux paroissent identifiés  à

 l'os

 dans l ' adul te . J 'ob

serve que ce tte dispo sition  coïncide  avec la force pro

digieuse de tract ion que les muscles, devenus plus

prononcés exercent souvent à cet

  â g e ,

  et

  q u i ,

  u n i

quement répart ie sur le pér ioste , comme elle

  l'au

rait été sans son ossification , n'aurait pu y trouver

une résistance suffisante, au lieu que  s'opérant  aussi

sur l 'o s, elle le m eu t sans dan ger po ur son en velop pe.

L'org anisa t ion g én éra le , les prop riétés , la vie du p é

rioste , sont les m êm es qu e celles d u  système  fibreux :

je ne m'en occuperai pas.

Développement du Périoste.

Dans le fœtus , ce t te membrane es t mol le , spon

gieuse , pé né trée de be au cou p de fluide g élatineux ;

elle se

  fond

  dans l 'eau avec facilité;

  ses  fibres sont

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l 8 6 S Y S T È M E

peu distinctes; elles le deviennent à mesure qu'on

avance en  â g e ,  et en même temps la mollesse dimi

n u e ,

  et la résistance augmente. Le périoste dans le

vieillard est d 'u ne ex trêm e té n ac ité , il résiste presque

autant que les ligamens à l 'ébullition : ceux qui pré

parent des squelettes le savent très-bien. Il se fend

en dive rs e n d ro it s , parce qu e ses fibres en se raccour

cissant se détachent de l 'os; mais ce qui reste adhé

rent , ne devient qu'avec beaucoup de difficulté gé

lat ineux.

Fonctions du Périoste.

L e périoste garantit les os qu' i l revêt, de

 l'impression

des parties mobiles qui l 'en to u re n t, de celle des mus

c l e s ,  des artères dont le battement au ro it pu les user,

comme il arrive dans certaines tumeurs anévrismales

vois ines du s te rnum, des ve r tèbres , e tc .

Il est une espèce de parenchyme de nutrition de

réserve, si je puis

  m'exprimer

  a ins i , toujours

  prêta

recevoir le phosphate calcaire, lorsqu'il ne peut se

porter sur l 'os devenu malade : de là les nécroses na

turelles et artificielles qui n'ont jamais lieu dans les

d e n t s ,  faute de cette m em br an e. Ce s petits os ont

des car ies, des al térat ions diverses, e t non de véri

tables nécroses.

On ne peut douter que les lames internes du pé

rioste ne s'ossifient successivement, et ne contribuent

ainsi un peu à au gm en ter l 'os en

 épaisseur,

 lorsqu'une

fois son accroissement en longueur est fini. J 'observe

à ce sujet que non-seulement  l u i ,  mais encore tout

le système fibreux, a une affinité singulière avec le

phosphate calcaire; Après le système cartilagineux»

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F I B R E U X .

  187

c'est celui qui a le plus de tendance à s 'en encroûter,

sans do ut e p arce qu e son m od e de vitalité générale, de

sensibilité organique en particulier , a beaucoup d'a

nalogie avec celle des os. Là où les ten do ns en glissant

sur

 les os y épro uv en t un grand frotte m en t, ils

 devien

nent osseux. La d u r e - m è r e , l'a lbuginée s 'oss if ient

assez souvent ;

  la

  sclérotique sert de parenchyme à

beaucoup de substance terreuse dans les oiseaux qui

par là l 'ont extrêmement dure .

L e pé rios te est étra ng er à la form ation des os ; il

n'est qu'accessoire à celle du cal : il est une espèce

de limite qui circonscrit dans ses bornes naturelles,

les  progrès de l 'ossification, et F empêche  de se livrer

à

  d'irrégulières

  aberra t ions .

  Prépare-t-il le

  sang qui

•sert

  à nourr ir l 'os ?

  Oh

  ne peut résoudre cette ques

t ion par aucu ne exp érience ^-fnais  on peut assurer que

les propriétés vitales dont il

  jouit,

  ne lé rendent nul

lement  propre à accélérer la circulation du sang ar

r ivant aux os , comme quelques auteurs

  l'onfcru.

Au reste , i l me semble qu'on a trop envisagé le

périoste exclusivem ent par rapport aux os : sans do ute

il est nécessaire à ces organes; mais peut-être

  joue-t

:

il

pair

  rapport aux organes fibreux, un rôle encore plus

important. Si la nature l 'a par-tout placé sur le sys

tème osseux, c 'est peut-être en grande part ie , comme

je l 'ai dit , parce qu'il trouve sur ce système un appui

g én ér al , solide , résistant , e t qui le m et à m êm e de

ne point céder aux tractions diverses

  que

  tout le sys

tème fibreux exerce sur  l u i ,  tractions qui sont elles-

m êm es com m uniq uées à ce dernier sy stèm e. C 'es t là

un nouveau point de vue sous lequel il faut envisager

le p ér io st e , e t qui prête ra b ien plus à des considéra-

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l 8 8 S Y S T È M E

t ions générales , qu e celui sous lequel Du h am e l, Fou-

geroux , e tc . , ont considéré ce t te membrane .

§ I V  Péricondre.

On trouve sur tous les cartilages non articulaires

un e m em br an e exac tem ent analogue au périoste , et

qu 'on nom m e pér icondre . L e la ry n x, les côte s , e tc .,

l 'offrent d 'u n e m an ière très-sensible : il est m in ce , à

fibres entrecroisées en tous sens, moins strictement

un i aux organes

 qu'il

 re co u v re , que le périoste ne l'est

au x

  o s ,

  parce que les cartilages ayant à leur surface

des trous m oins

 n o m b r eu x ,

 il n 'y env oie pas un e aussi

grand e qu antité de pro lon gem ens fibreux

  :

 de là un

 rap

port moins intime entre la vie du péricondre et celle

du cartilage, qu'entre celle de Fos et de son périoste.

J 'a i dénudé

 deux fois

 sur un jeu ne chien le

 thyroïde

de sa m em bra ne e x te rn e, et refermé tou t de suite la

p l a i e ,

  qui a été guérie sans altération apparente dans

l 'organisat ion du car t i lage; au moins a-t-il  continué

à remplir ses fonctions. La même expérience seroit

facile sur les cartilag es des côtes

 :

 je ne l'ai point tentée.

L e périco ndre m 'a paru dan s plusieurs injections con

tenir beaucoup moins de vaisseaux sanguins que le

périoste ;

  ses

  usages sont analogues à ceux de cette

de rn iè re membrane .

A R T I C L E S I X I E M E .

Des Capsules

  Jibreuses.

X-/ES

  capsules fibreuses son t infinim en t plus rares

dans l 'économie , qu 'on ne l ' a c r u jusqu ' ic i. Les articu

lations scapulo -

 numérale

  et

  ilio

 - fém orale en sont

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F I B R E U X .  189

presque exclusivem ent po urv ue s. Ail leurs il n 'y a

guères que des membranes synoviales.

§ I

e r

.

  Form es des Capsules fibreuses.

Ce s capsules form ent u ne espèce de sac cylin driq ue

ouvert par ses deux extrémités , attaché par la cir

conférence de ses ouvertures, autour des surfaces

articulaires, supérieure et inférieure, entrelacées dans

cette insertion avec le périoste. Elles sont d'autant

plus lâches que l 'articulation exerce des mouvemens

plus éte nd us : cel le de l 'hu m éru s, par exem ple, per m et

u n  écartemént  b ien plu s con sidérab le d es surfaces

osseuses articulaires, que celle du fémur; en effet

leur longueu r est presque la m êm e. O r com m e, d 'u ne

part , le col du premier

  os

 est bie n m oin dre q ue celui

du second , et que de l 'autre part toutes deux  s'im

plantent au bas de ce col, i l en résulte que l 'étendue

de F

 écartemént

  des deux articulations est en raison

inverse d e la lon gu eu r d es cols articulaires.

Be auco up de tissu cellulaire en tou re en deh ors

ces cap sule s, que des fibres ten din eu ses , des ten do ns

m ê m e ,

 pr ov en an t des m uscle s voisins , fortifient sin

gulièrement. Elles s 'ouvrent quelquefois pour laisser

passer ces tendons qui se fixent â l'os

  entr'elles

  et la

synoviale

  ,

  comme on en voit un exemple à l 'ar t i

culation scapulo-humérale pour le

  souscapulaire .

 Le s

anatomistes qui ont remarqué l ' inser t ion des tendons

au x capsules , en o n t co nclu qu e les m uscles de ces

tendons étoient destinés à empêcher que la capsule

ne fût pincée par lés surfaces articulaires en mouve

m e n s .  Cela me paroît peu probable ;  mais au moins

les muscles sont-ils destinés à empêcher la laxité de

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jOO  S Y S T È M E

la capsule pendant les grands mouvemens, qui au

raient été affoiblis pa r cette lax ité : aussi y a-t-il  plu

sieurs de  ces  sortes  démuselés à la cap sule nu m érale,

tandis qu'on n'en voit point à la fémorale , qui est

beaucoup moins lâche, comme je l 'a i di t . En dedans

les capsules sont très-intimement unies à la syno

v ia l e ,

  surtout dans les adultes; car dans les enfans,

cette adhérence est moindre. Le voisinage de leur

extrémité manque cependant de ce

  rapport,

  parce

que la synoviale se réfléchissant sur le cartilage , un

espace triangulaire reste  entr'elle  et la capsule qui

va s'attacher à l'os

 ;

  et comme cette disposition règne

tout autour de l 'articulation, il en résulte une espèce

de canal circulaire, rempli de tissu cellulaire, par

semé de vaisseaux, et que j 'ai quelquefois distendu

avec une injection poussée par une petite ouverture

faite à dessein.

L'union intime de la capsule avec la synoviale

empêche les replis de celle-ci, et par là même sa con

tusion dans les grands mouvemens articulaires.

§ 1 1 .  Fonctions des Capsules fibreuses.

Pourquoi les capsules fibreuses ne se trouvent-elles

qu 'auto ur d u prem ier genre d 'ar t iculat ion s? La raison

en est si m pl e: com m e ces articulations exercent en

tous sens des mo uv em ens à peu près é g a u x , elles

dévoient  trouver de tous côtés une égale résistance ,

tandis que les autres ne se m ou van t q u 'e n deux  ou

trois sens  seulement,  le s  ligamens  n'éloient  néces

saires qu 'en cer tains endroits , pour borner ces mou

vem ens. V oilà p o u rq u o i, par exem ple , le système

fibreux est dissém iné en m em br an e au to ur de Farticu-

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F I B R E U X .  I 9 I

lation

  ilio-fémorale

  , et rassem blé en faisceaux isolés

autour de la fémoro-tibiale où la synoviale est pres

que par-tout à nu.

On conçoi t , d 'après tout ce qui v ient d 'ê t re d i t ,

qu e l'usage un iq u e des capsules fibreuses est

  d'affermir

les rapports articulaires, et que cet usage est abso

lument étranger à l 'exhalat ion synoviale .

Quand,

  dans les luxations non réduites, la tê te de

l 'os a ab an do nn é la cavité

  a r t icu la i re ,

  une membrane

nouvelle se forme autour d'elle dans le tissu cellulaire,

e t lui ser t comme de capsule; mais cet te membrane

n'a nullement la texture de l 'ancienne. J 'a i observé

sur de ux suje ts , qu 'on n 'y dist inguo it aucu ne fibre ,

que son tissu étoit

 absolument

 analog ue à celui de ces

kystes divers que l 'on trouve souvent en plusieurs

endroits de l 'économie , de ceux sur-tout qui se for

ment autour des corps étrangers, dont la présence

n'est pas une cause de suppuration, e t que par con

séquent ces capsules contre nat ure ap part ienn ent plu

tôt à la classe des membranes séreuses, qu'à celle dçs

membranes

  fibreuses.

A R T I C L E  S E P T I È M E .

Des Gaines Jibreuses.

J L J E S

  gaines f ibreuses sont , comme nous l 'avons

dit, partielles ou générales.

§ I

e r

.

  Gaines fibreuses partielles.

Les gaines partielles, destinées à un seul tendon ,

sont de deux sortes : les unes parcourent un trajet

assez long; telles sont celle des fléchisseurs du pied et

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S Y S T È M E

I92

de la m a i n , qui co rresp on den t à tou te la surface

concave des phalang es : les au tre s ne fo rm ent que des

espèces d'anneaux où se réfléchit un tendon, comme

on en voit un exemple au grand oblique de l 'œil.

T o u te s en général parc oure nt u n dem i-cercle , et

font un demi-canal que l 'os complète d'autre part;

en sorte que le tendon glisse dans un canal moitié

osseux, moitié fibreux. Ce canal est tapissé d'une

membrane synoviale, dont l 'adhérence avec la gaine

fibreuse est égale  à  celle de la synoviale articulaire

avec sa capsule. Par leur surface externe, les gaines

fibreuses correspondent aux organes voisins, auxquels

les unit un tissu cellulaire lâche.

Toutes ces gaines sont d'un tissu très-dense, très-

serré ; elles sont plus fortes , proportionnellement à

l'effort q ue les ten do ns pe uv en t exe rcer s ur elles, que

les capsules fibreuses ne le sont par rapport aux im

pulsions diverses que les os peuvent leur communi

q u e r, et qui ten den t à rom pr e ces capsules. Elles se

con fond ent avec le périos te p ar leu rs d eu x bords.

Celles des fléchisseurs s'unissent aussi par leur ex

trém ité avec l 'épano uissem ent des tend on s

 :

 de là l'en

trecroisem ent fibreux très -co ns idé rab le qui se re

marque à l 'extrémité des dernières phalanges.

Aux membres il n'y a de ces sortes de gaines que

pour les fléchisseurs : les tendons extenseurs en sont

dép ou rvu s. Cela tient d'ab ord à ce qu 'il y a deu x ten

do ns d e la prem ière espèce à chaqu e

  doigt,

  tandis

qu'on n 'en voit qu 'un seul

 delà

  seconde , queconsé-

quemment

 plus de force est nécessa ire po ur

 les

 retenir

dans le premier sens. En second

  l i eu ,

  chaque tendon

extenseur reçoit sur ses côtés l ' insertion des petits

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F I  B  R £  tr  x .

  1 9 ^

tendons des interosseux et des

  l o m b r i c a u x ,  q u i ,  le

t i rant en sens opposé dans les grands m o u v em en s,

le retiennent à sa place , et suppléent ainsi aux gaines

fibreuses qui manquent. Enfin les efforts des exten

seurs sont bien moindres que ceux des fléchisseurs

dont ils ne sont pour ainsi dire que des espèces

  de

modéra teurs*

§ 1 1 .  Gaines fibreuses

  générales*

Lès gaines générales se  voyent  surtout au poignet

et au  coude p ied , où  ellçs po rtent le nom  de ligamens

annulaires* E lles so nt destinées à bri de r plus ieurs

tendons réunis . Comme dans ces deux endroi ts , tous

ceux de la m ain ou du  pied passent en un espace assez

étroit,

  il falloit qu'ils fussent fortement maintenus.

D 'aille ur s ces sortes de gaines serven t aussi quelquefois

à  changer leur d ire ct io n , com m e on le voit dan s ceux

qui vont se rendre au pouce , soit à sa face palmaire,

soit à sa face dorsale, et qui font manifestement un

angle à l 'endroit de leur passage sous la gaine. Les

tendons du

  petit

  doigt offrent aussi une disposition

analogue.

Ces sortes de gaines présen tent deu x grandes m o d i

fications : da ns les u n e s, co m m e à la partie an térie ure

d u

  poignet,

  tous les tendons se trouvent contigus

  ,

séparés seulem ent par u ne espèce de m em bra ne lâche

qui se trouve placée en tr ' eu x ; dans les au tres, com m e

à

  la partie postérieure du poignet, sous la gaine

  gé

nérale , se tro uv en t de p etites cloisons fibreuses qu i

isolent les tendons les uns des autres. En général  ,

la résistance de ces gaines est e xtrê m em en t co ns i

dérable .

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I 9 4

  S Y S T È M E

A R T I C L E

  H U I T I È M E .

Des Aponévroses.

JN ou

  s avons distingué deux classes d'aponévroses,

celles à enveloppe, et celles à insertion.

§

  I

e r

.  Des Aponévroses à enveloppe.

Les aponévroses à enveloppe sont générales ou

partielles.

Aponévroses à enveloppe générale.

'

  Elles se trouvent autour des membres, dont e l les

assujettissent les muscles. Le bras, l 'avant-bras et la

m a in , la cu isse , la jam be et le

 pied,

  en sont pourvus.

Formes.

Elles

 sont,

 par leur

 conformat ion ,

 analogues

 à

 la for

m e du m em bre qu'e lles dé term ine nt en pa rt ie , et sur

tout qu 'e l les maintiennent, en prévenant le déplace

ment des parties subjacentes, déplacement qui aurait

lieu

  sans ce sse , à cause de la laxité

 de F

 organ e cutané.

Leur épaisseur var ie . En général , plus les muscles

qu'el les recouvrent sont nombreux, plus cette épais

seur est gran de : voilà po urq uo i l 'apon évro se du fas-

cia  lata  l 'emporte sous ce rapport sur la brachiale;

po urq uo i F antibrac hiale est plus épaisse en devan t

qu'en arrière; pourquoi la plantaire et la palmaire

sont si pro no ncé es, tandis que que lques fibres se trou

ven t à peine sur la région dorsale du pied et de la m ain .

Il y a cependant quelques exceptions à cette règle:

par exemple, l 'enveloppe aponévrotique de la par t ie

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F  î B  R È Û  Xi

  i^5

postér ieure de la jambe n 'est point proport ionnée à

la force des jumeaux et du soléaire; aussi ces muscles

sont- i ls , plus que tous les autres, exposés à des dé-

placemens souvent très-douloureux qui forment la

c r ampe , e t qu ' i l  faut  bien dist inguer des douleurs ou

de l 'engourdissement qui résultent de la compression

d 'u n des ner fs des m em bres infér ieurs , com m e du

sc ia t ique , du planta i re ex tern e , compress ion pro du i te

par une fausse

  pos i t i on ,

  ou par toute autre cause ana

logue , etc.

En dehors , les aponévroses d 'enveloppe

  générale

sont cont iguës aux tégumens. Un t issu extrêmement

lâche les unit à eux ; en sorte que ceux-ci peuvent

facilement glisser dessus dans les pressions exté

r ieures. Immobiles entre ces mouvemens et ceux des

muscles, elles les isolent entièrement; en sorte que la

peau et les m uscles qui lui corres pon den t , n 'o n t , sous

ce rapport , aucune inf luence l 'un sur l 'autre .

En dedans ces aponévroses sont en général lâche

ment jointes aux muscles par du tissu cellulaire.-

D'espace en espace, e l les envoient entre les diverses

couches muscula i res des p ro longemens nombreux ,

qui vont ensuite s 'a t tacher à l 'os, e t qui , en même

temps qu'e l les fournissent des points d 'a t tache, assu

rent la solidité de l 'enveloppe du membre*

Muscles tenseurs.

Les aponévroses à enveloppe générale ont presque

toutes un ou deux muscles par t icul ie rs , qui s 'y in

sèrent en tout ou en

  p a r t i e ,

  et qui sont destinés à

leur imprimer un degré de tension ou de relâche

ment p ropor t ionné à l ' é ta t du membre . Ce t te

  dispo-

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l o 6  S Y S T È M E

si t ion  est remarquable  dans F inse r t ion ,  i ° .  des grands)

do rsal et pec toral à la b rachiale , 2 ° . d u biceps à

Fantibrachiale , 3°. du grêle de

  l'avant-bras

  à la

  pal

maire , 4° . du grand fess ier , du  fascia lata  à l 'apo

névrose de ce nom , 5° . des demi- tendineux, demi-

membraneux et biceps à la

  t ib ia le ,

  etc.

Co m m e dans les g rands m ouvem ens des m em bres ,

où tous les muscles sont le plus disposés à se dépla

cer , ceux-ci sont nécessairement en action, i ls dis

tendent fortement l 'aponévrose qui par là réfléchit le

m ou ve m en t q ui lui est co m m un iqu é , e t sur tout

résiste à tout déplacement. Le membre est

 --

  il en

r e p o s ,

  les muscles tenseurs cessent leur contraction,

et l 'aponévrose se relâche. Je remarque que les mus

cles qui vont s'attacher aux capsules fibreuses, comme

à celle de l 'h u m ér u s, par ex em p le , remplissent vrai

ment , à leur

  égard,

  les fonctions des muscles ten

seurs à l 'égard de leurs aponévroses respectives.

La couleur de ces dernières est d 'un blanc res

plendissant ; sous ce rapport elles  diffèrent  de tous

les organes fibreux examinés jusqu'ici, et sont ana

logues aux ten do ns don t elles diffèrent cepend ant

u n p eu par leur n atu re : en effet, elles so nt m oins

pro m pte s à céder à la ma cération et à F ébulli lion ; leurs

fibres sont plus roides, plus résistantes.

 11

  n 'y a d 'a

ponévroses exactement identiques aux tendons, que

celles qui sont essentiellement formées par

  leur

  épa

nouissement ou qui

  soni

 à leur o rig ine , co m m e celles

répandues

 sur le droiuantérieur

 de la cu is se , celles qui

se cachent d ans les fibres charn ues d 'u n m uscle , et en

sortent ensuite pour devenir un tendon. En  certains

endro i t s des membres ,

  comme

  au haut du bras par

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F I B R E U X .  197

exemple ,  les apo név roses d'env elopp e générale se

perdent insensiblement dans le tissu cellulaire, sans

qu'on puisse t irer de l igne de démarcation. Celte

disposition est presque exclusive au  système  fibreux;

au moins je n 'en connois aucun qui entrelace et

perde ainsi ses fibres dans le tissu cellulaire : elle est

d 'autant p lus remarquable , que la na ture des deux

tissus est essentiellement différente; i ls ne donnent

point les m êm es pro du its , n 'on t point le m êm e

ordre organique .

Les fibres des aponévroses générales ne sont guères

entrelacées qu 'en deux ou trois sens; cet entrelace

ment y est presque toujours assez sensible à l 'œil

nu. Mais j ' a i remarqué qu 'en plongeant une aponé

vrose dans l 'eau bouillante, et en l 'y laissant quelque

t e m p s ,

  ses

  fibres, dans le racornissement qu'elles

éprouvent a lors , deviennent encore beaucoup plus

sensibles. Cette observation est au reste applicable à

tout

  le système fibreux, à ses organes surtout, dont

la textu re peu app arente semble au prem ier

  coup,

d'œil

  ê t re hom ogèn e. De ce tte m an ière , on dis tingue

aussi t rès-bien les f ibres de la membrane dure-mère.

Fonctions.

La compression habituelle exercée sur les mem

b r e s ,  par leurs aponévroses, outre les usages indi

qu és , a celui d'y favo riser la circula tion des fluides

rouges ou blan cs. A ussi les varices très - rares d an s

les veines profondes qui

  accompagnentdes

  a r t è r e s ,

sont-e l les extrêmement communes dans les super

ficielles placées hors de l'influence de

 cetle

  compres

sion que Fart imite dans l 'application des bandages

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i o 8 S Y S T È M E

se r ré s ,

  dont l 'effet est si avantageux dans une foule

de maladies

  externes

  nées du défaut de

  t o n ,

  du re

lâchement des part ies. J 'a i constamment observé que

les

  infîltrasions

  séreuses commencent toujours par le

tissu cellulaire soucutané, que ce n'est que dans une

période avancée de

 l'hydropisie,qu'on

  trouve infiltré

celui qui est au-dessous des aponévroses, et qu'en

général il ne contient à proportion jamais autant de

sérosité que l 'autre. Dans la plupart des grandes dis

tensions des membres hydropiques , quand on a en

levé la peau, et que l 'eau subjacente  s'est  écoulée,

le membre enveloppé de son aponévrose n'est guères

plus gros que dans l 'état ordinaire. Les muscles non

revêtus de ces sortes d 'enveloppes, comme ceux si

tués sur les côtés de l ' abdomen, par exemple ,

  s'in

filtrent avec bien plus de facilité.

Aponévroses à enveloppe partielle.

Ces  apo?iévroses  se rencontrent sur des parties

isolées , au-devant de l 'abdomen, sur la tête, au dos,

etc.

 ; elles sont ord ina irem en t d estin ées à retenir en

place  vzi  certain nombre de muscles qu'elles n'en

tourent point de tous côtés, comme les précédentes,

mais auxquels elles répondent seulement dans un

sens.

  Leur épaisseur est beaucoup moindre que celle

des précédentes; elle est analogue aux efforts qu'elles

doivent supporter .

Toutes ont un muscle tenseur qui proport ionne

leur degré de relâchement ou de tension à l 'effort

des muscles voisins. Le droit antérieur au moyen

de ses intersections,

  et

  le pyramidal , remplissent cet

usage à l 'égard de l 'aponévrose abdominale; les pe-

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F I B R E U X .

  1 9 9

t i ts dentelés po stérieu rs à l'égard de celle qu i r e

cou vre les m uscle s des g outtières vertébrales ; les

auriculaires, les frontaux et les occipitaux à l 'égard

de Fépicrânienne , e tc .

Les aponévroses d 'enveloppe dont l 'usage est uni

quem ent b orn é à un m uscle , com m e ce l le , par exem

p l e ,  du tempora l , manquent de musc le tenseur , e t

sont par conséquent toujours au même degré de

tension : c 'est sans doute pour cela qu'elles ont un

tissu très-serré , t rès-épais, comme celle que je viens

de citer en offre un exemple.

En général , l 'usage de toutes les aponévroses d 'en

veloppe soit générale, soit particulière, relatif à la

compression des muscles, est nécessi té par les dé-

placemens dont ils seroient susceptibles en se con

t rac tant , déplacemens manifes tes ,  i ° .  lorsqu'on place

la main sur un muscle en action, e t qui est dépourvu

d ' aponévrose , comme l e

  massetçr;

  2

0

. lorsque , une

plaie ayant intéressé une partie un peu considérable

d 'une aponévrose d 'enveloppe , les muscles subja-

cens deviennent accidentel lement contigus aux tégu-

m e n s ;  5 ° .  lorsque dans un animal on  'met  à décou

vert les muscles d 'un membre, qu 'on ne la isse pour

les assujettir que le tissu cellulaire , et que dans cet

état on excite leur contraction.

  4

0 >

  Dans cer taines

plaies des m uscles arrivées à l ' instan t de leur con trac

tion, il est difficile de sonder ces plaies, parce que,

dans leur relâchement les muscles prenant une po

sition différente, les rapports changent entre les par

ties qui

  formoient

  les deux bords de la plaie, etc.

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2 0 O S Y S T E M E

§ 1 1 .  Des Aponévroses  d'insertion.

Nous avons distribué en trois espèces les  aponé»

vroses

  d'insertion.

Aponévroses d'insertion

  à

  surface large.

Elles sont très-nombreuses. Tantôt elles résultent

de l 'épanouissement d 'un tendon, comme on le voit

dans celles du droit antérieur de la cuisse; tantôt,

comme au masseter , e l les t i rent immédiatement leur

origine des os. Quelquefois c'est d'un seul côté que

se fait l ' insertion; d'autres fois c 'est des deux en

m ê m e

  t e m p s ,

  et alors elles représentent des espèces

de cloisons placées entre des faisceaux charnus,

qu'elles servent en même temps à séparer et à unir ,

comme on l 'observe dans le paquet de muscles qui

naît de chacun

  des*

 condyles de

  1

 hum érus .

Toujours ces aponévroses reçoivent dans une di

rectio n très-o bliq ue F inse rtion des fibres charnues,

Leur adhérence mutuelle est intime; j 'en parlerai en

trai tant des tendons.

Elles ont le grand avantage de multiplier prodi

gieusement les points d' insertion, sans nécessiter de

grandes surfaces osseuses. La largeur de toute la

fosse temporale ne suffirait pas  pour  le masseter ,

s'il

  s'implantoit

  par des fibres isolées.  Au  moyen des

cloisons aponévrotiques qui reçoivent ses fibres et

vont ensuite se fixer à l 'os, son insertion est con

centrée sur un des bords de l 'arcade zygomalique,

Aussi , en général , tous les muscles très-for ts , dont

les fibres sont

  très-mullipliées

  par

  conséquent,

  sont-»

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F I B R E U X . 2 0 1

ils entrecoup és par de semblables apo névro ses, co m m e

le de lto ïd e, les pté ryg oïd ien s, e t c . , en sont la preu ve.

Presque toutes ces aponévroses sont exactement

identiques aux tendons; plusieurs se continuent avec

eux, et alors leurs fibres restent dans la même di

rection. En général, c 'est un caractère de ces aponé

vroses, de

 n'avoir

  point leurs fibres entrelacées en di

vers sen s, com m e celles des aponév roses d'en velo pp e;

la raison en est simple

 :

  les fibres charnues auxquelles

elles donnent attache étant toutes à peu près dans

un sens , ou du moins ne

  s'entrecroisant

  pas, i l faut

qu'elles se comportent comme elles, puisqu'elles leur

sont continues.

J 'a i fa i t une expérience qui montre bien manifes

tement l ' identi té des tendons avec ces aponévroses:

elle consiste à faire macérer pendant quelques jours

un tendon : il devient souple alors; ses fibres

  s'écar

tent; eu le distendant suivant son épaisseur , on en

fait une espèce de membrane qu'il seroit impossible

de dist inguer d 'une vraie aponévrose.

Aponévroses

  d insertion

  en arcade.

Elles sont beaucoup plus rares que les précédentes.

Lorsqu'un gros vaisseau passe sous un muscle, la

nature

  emploie ce moyen, pour ne pas

  interrompre

l ' insertion des fibres charnues. Le diaphragme pour

l'aorte , le soléaire p ou r la tibiale , en offrent un

exemple. L'insertion se fait sur la convexité, et le

passage du

  va i s seau ,

  sous la concavité de l 'arcade

dont les deux extrémités sont f ixées à l 'os. On a cru

long-temps

 que les artères pouvoien t être com prim ées

sous ces arcades; et de là l 'explication des

 anévrismes

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2 0 2

  S Y S T E M E

p o p l i t é s ,

  de l 'apoplexie par le reflux vers la tête du

sang gêné dans l 'aorte, etc. Mais il est bien évident

q u 'e n se co ntra cta nt, les f ibres charn ues doivent élar

gir le passage, loin de le  rétrécir , puisque l 'effet né

cessaire de ces contractions est d 'agrandir en tous

sens la courbure aponévrotique, effet qui seroit tout

opposé, si leur insertion se faisoit à la concavité. Ces

sortes d 'aponévroses sont for tement entrelacées, e t

résistent beaucoup.

Aponévroses

  d insertion

  à

 fibres

  isolées.

Elles sont l 'assemblage d'une infinité de petits

corps fibreux tous distincts les uns des  a u t r e s ,  qui

semblent se détacher du périoste , comme les fils du "

velours sor tent de leur trame commune. Chacune se

co ntin ue avec un e fibre cha rnu e ; en s orte q u e , lorsque

par la macération on a enlevé toutes les fibres, ces

pe tits corps de vie nn en t flottans et se vo ye nt parfaite

m en t b ie n , sur tout q uan d le pér ios te qu 'on a dé ta

c h é ,  est plongé dans l 'eau.

On conçoit que ce mode d' insertion de la part des

muscles, exige toujours de larges surfaces osseuses,

puisque chaque fibre a sa place propre : on en voit

un exemple dans la partie supérieure de l ' i l iaque,

du jambier  antérieur,  du te m p o ra l , e tc . Si tous les

muscles s ' inséroient de cette manière, dix fois plus

de surface dans le squelette ne suffiroit pas pour les

recevoir.

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F I B R E U X .  2 0 3

A R T I C L E

  N E U V I È M E .

Des

  Tendons.

J L J E S

  te n do n s sont des espèces de corde s fibreuses,

intermédiaires aux muscles et aux

  o s ,

  t r ansme t t an t

aux seconds  le  m o u v e m e n t  des  premiers , e t jouant

dans cette fonction un rôle absolument  passif.

§ I

e r

.

  Forme des Tendons.

Communément s i tués aux extrémités du fa isceau

charnu, ils en occupent cependent quelquefois le

milieu, comme on le voit au digastr ique ; presque

toujours c 'est à l 'ex trém ité la plus m obile qu'ils se

rencontrent,  celle qui sert d 'appui ayant des aponé

vroses po ur in ser t ion , com m e on le voit spécialement

à l 'avant-bras et à la jambe , dont tous les muscles

implantés en haut sur de larges surfaces osseuses ou

apo név rot ique s , se te rm inen t en bas par un tendon

plus ou moins grêle. De cette disposition résultent

i ° .  peu d 'épa isseur à l ' extrém ité des m em br es , et par

conséquen t la faci li té de leurs m ou vem ens ; 2 ° . b e a u

coup de résistance aux pressions extér ieures tr è s -

fréquentes en cet

  endroit,

  le tissu fibreux

  étant,

comme nous l ' avons d i t , ex t rêmement rés i s tan t ;

3° .  la concentration de tout l 'effort d 'un muscle sou

vent très-épais sur une surface osseuse très-étroite ,

et par là m êm e l 'é te n d u e , la force des m ouv em ens

de l 'os, e tc .

Les formes tendineuses sont ordina irement a r ron

dies , sans doute parce que ce sont celles où sous le

moins de volume entre le p lus de mat ière . Quel-

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2 0 4 S Y S T È M E

quefois

  cependant , comme aux tendons des ex

tenseurs de la jambe, de l 'avant-bras, e l les sont

applaties.

Parfois bifurques ou divisés en plusieurs prolon

gemens secondaires, les tendons s ' implantent aux

o s ,

  ou bien reçoivent les fibres charnues en deux ou

plusieurs points différons. Tous sont recouverts d'un

tissu lâche qui leur permet de glisser facilement les

vns  sur les autres , ou sur les parties voisines. Quel

quefois ce .tissu  manque , et alors des capsules syno

viales les entourent pour favoriser leurs mouvemens.

L e u r  extrémité  où se fixent les fibres charnues re

çoit ces fibres différemment. Quelquefois c'est d'un

seul côté

 qu'elles  s'y

  re nd en t; de là les mu scles

  demi-

pen niform es : d'a u tre s fois c'est des de u x côtés en

même temps; ce qui consti tue les penniformes. Sou

vent le tendon enfoncé dans leur épaisseur ne peut

être m is à dé co uv ert , que par leur section longitu

dinale.

L'adhérence est extrême entre la f ibre charnue et

la tendineuse. Cependant, en les faisant long-temps

macérer,

 en les sou m ettant

 à

 l'éb ull itio n, elles s'isolent

peu à peu l 'un e de l 'au tre . J'ai remarqué qu e dans les

jeunes sujets l 'union étoit bea uco up m oins intim e :

aussi en raclant à

  cet

 âge le te n do n avec un scalpel,

on en enlève le muscle, sans qu'ensuite il y paroisse ;

le poli est presq ue le m êm e là où s 'im plan toien t les

fibres, que là où elles manquent naturellement. L'ex

trémité du tendon fixée à l 'os , s 'entrelace avec le

périoste en s 'y épanouissant ordinairement; en sorte

que c 'est avec celte membrane, et non avec l 'os lui-

m ê m e ,  que le tendon fait  c o r p s ,  parce  qu'en  'effet

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F I B R E U X .  2 0 5

ce n'est qu'à elle qu'il est identique par sa nature :

aussi

  s'il

  trouve une membrane analogue , i l

  s'y

  fixe

également, comme on le voit dans l ' inser t ion des

muscles droits et obliques à la sclérotique , des  ischio

et

  bulbo

 -

 caverneux

  à

  la

 m em bra ne du corps caver

n e u x ,

  e t c . .

  En général jamais les tendons ne s 'unis

sent qu'aux membranes fibreuses; les séreuses, les

muqueuses, tout organe en un mot étranger au sys

tème fibreux leur est aussi hétérogène.

§ . I .

  Organisation des Tendons.

Le tissu fibreux

<

  es t extrêmement ser ré dans

  les

tendons; p lus ieurs

 paroissent

  homogènes au premier

coup d œil; mais , en les examinant avec soin, on v

distingue bientôt des fibres que réunit un tissu cellu

laire ser ré

 et

 en général très-peu a bo nd an t.

 L

  ébullition

rend très-sensibles ces fibres ; lorsqu'on plonge  tout à

coup le ten do n dan s l 'eau bo uillan te à l 'end roit où il a

été coupé trans ve rsa lem en t, elles pr en ne nt un peu plus

d'épaisseur à cette extré m ité

  d iv isée ,

  se renflent pour

ainsi d i r e , et devie nn ent ainsi très-apparentes. A l 'en

droit où elles s 'épanouissent pour former une aponé

vrose ou

  s'unir

  au périoste, ces fibres se montrent

dist inctement sans nulle prép aration . D 'u n autre

  cô té ,

comm e on pe ut tou jo urs , a insi que je l'a i

 dit,

  réduire

artif iciellement en aponévrose un tendon macéré, et

que dans cet état de macération, mou et lâche , i l se

prête à toutes les formes

 qu on veut

  lui donner , c 'est

encore un excellent moyen de bien distinguer les

libres tendineuses. Dans cette expérience très-simple

à

 répéter,

 je n'ai jam ais  vu la form e en spirale des c y

lindres

  t e n d i n e u x ,

  dont quelques auteurs modernes

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2 o 6 S Y S T È M E

o nt pa rlé. Ce s fibres son t da ns le te n d o n comme à

l 'end roit où elles s 'en éca rten t p ou r form er u ne apo

névrose, c 'est-à-dire en l igne droite .

Le sang n'aborde presque point dans le système

vasculaire des te n d o n s; m ais da ns certaines inflamma

tions , ils en son t tou t p én étr és . J'ai vu u n de ceux des

extenseurs , mis à découver t  dans u n pa na ris , par un

chirurgien de campagne,  tellement  rouge, qu'il avoit

l 'apparence d'un phlegmon. Cependant je remarquai

qu e cette couleur n'élo it po in t, co m m e dan s plusieurs

autres organes enflammés, dépendante de beaucoup

de petites stries ro ug eâ tre s, indices des exhalans rem

plis de sang : mais elle étoit uniforme, comme par

ex em ple un corps tein t en ro ug e. E n gé né ra l, il paroît

que de tout le système fibreux , ce sont les tendons

qu i on t le m od e d e vitalité le m oin s énergiq ue , et les

forces vitales les plus obscures. En les disséquant sur

u n animal

 vivant,

 j 'ai  trouvé qu'ils avoient exactement

la mê m e disposition q ue s ur le cada vre

 :

 les sucs blancs

qui les pénètrent, ne coulent point sous le scalpel;

ils sont

  seds ,

  s'enlèvent par couches. Ils ne paraissent

avoir à eux qu 'une tempéra ture

  très-foible;

  car, en

général, le degré de chaleur d'un organe est propor

tio nné à la q uan tit é d e vaisseau x sa ng uin s qu 'il reçoit'.

Si dans le corps ils sont à la température générale, ce

ne peut être que parce que les organes voisins leur

communiquent la leur .  11  ne se dégage pas dans leur

tissu de calorique.

L es ten do ns ont un e affinité rem arq ua ble avec la

gélatine, et même avec le phosphate calcaire : là où

ils glissent sur un

  o s ,

  et où ils souffrent un grand

frottement  ,-ils présentent un endurc issemen t  que les

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F I B R E U X .  2 0 7

auteurs a t tr ibuent à la

  p r e s s i o n ,

  en le comparant à

l 'endurcissem ent calleux de la plante des pi ed s, m ais

qui est dû év ide m m en t à un e exhalation dan s le

tissu tend ineux des d eu x substances pré céd en tes , ex

hala t ion que dé termine le mouvement , e t d 'où na î t

une ossification véritable.

C 'es t

 ainsi,comme

 no us l 'avons

 dit,

 qu e se form ent

les différens

  sésa m oïd es, e t la rotule en p art ic uli er ,

os dont le tissu diffère manifestement de celui des

autres, parce qu'au milieu de la gélat ine et du phos

phate calcaire qui le pénètrent, i l lui reste une partie

de tissu fibreux, qui n'est point envahie par ces subs

tances,

 et

 qu i est assez con sidérab le p ou r

 que son

 mo de

de vitalité et d 'organisation tienne autant et plus de

celui du système fibreux, que de celui du système

osseux.

A u re st e, si on détache la rotule ou u n os sésamoïde

quelconque, en y la issant une port ion tendineuse de

chaque

 c ô t é ,

  et q u'o n les expose à Faction d 'un ac id e,

cette substance calcaire est enlevée , les fibres de l'os

restent à

 n u ,

  et on voit qu'elles sont un e co nti nu atio n

de celles du tendon qui est alors ramolli.

Le s muscles delà  vie organique, la plupart de ceux

qui dans la vie animale forment des sphincters, sont

dépo urvus des ten do ns . C e t issu bla nc , ces cordes ar

gentées qu 'on t rouve dans le cœur , n 'ont nul lement

la na ture des tendons des membres .

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2 o 8 S Y S T È M E

A R T I C L E

  D I X I È M E .

Des

  Ligamens.

IN ou

  s avons distingué les ligamens en ceux à fais--

ceaux rég ul ier s, et en ceux à faisceaux irréguliers.

§   Ie

r

*  Ligamens  à  faisceaux réguliers.

Ils se rencontrent en général dans presque  toutes

les articulations

  mo b i l e s ,

  sur les côtés spécialement :

de là le no m de ligam ens latéra ux sous lequel la

plupart sont désignés. Quelques-uns cependant

  sont

étrangers aux ar t iculat ions, comme on en voit un

exemple dans celui tendu entre les apophyses eora-

coïde et acromion, dans ceux qui complètent les di

verses échancrures  osseuses , Forbitairc  par exemple.

Ces organes forment des faisceaux tantôt arrondis,

tan tô t

  app la t i s ,

  fixés ou plutôt entrelacés au périoste

par leurs deux extrémités, faciles à enlever avec lui

dans l 'enfance, tenant à l 'os dans l 'adulte par

  l'ossi

fication des lames internes de cette membrane.

Leur analogie avec les tendons est très-marquée:

la différence extérieure est qu'ils tiennent au périoste

des deux côtés, tandis que d 'un côté

  les

  tendons se

co ntin ue nt aux m uscle s. On voit quelquefois le même

organe être tendon à un âge ,et l igament

  à

 u n autre.

Celte disposition est remarquable dans le ligament

inférieur de la rotule. C ep en da nt il y a , com m e nous

l 'avons r e m a rq u é, des différences de composition

entre les uns et les autres.

Tous résultent d 'un assemblage de f ibres

  parai-

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F I B R E U X .  209

lèles

 au

 m i l ie u ,

 divergentes aux e xtré m ités , unies par

un tissu

  cellulaire

  plus lâche que celui des

  t e n d o n s ,

et qui souvent contient quelques floccons graisseux.

Ce tte substance s 'y p orte quelquefois si ab on d am

ment , qu'ils prennent un aspect analogue à

 celui

  des

muscles graisseux

 :

 j 'a i fait cette obse rvation aux liga

mens du genou d'un sujet d 'ailleurs très-maigre.

Il y a qu elqu es vaisse aux sang uins da ns les liga

m e n s .  Dans cer taines maladies désar t iculat ions, leur

système vasculaire se développe d'une manière

  très*

rem arq ua ble , e t ils sont pénétrés d 'une grande qua n

tité de sang ; aucun nerf n'y est sensible.

Quelquefois le tissu ligamenteux se transforme en

une matière lardacée où toute espèce de fibres dispa

raît, qu i revien t rare m en t à son état

  primitif,

  et

qui se rencontre presque toujours dans des affections

organiques, mortel les pour le malade.

Les ligamens unissent fortement les surfaces os

seuses , empêchent leur déplacement , e t cependant

permettent de faciles

  m o u v e m e n s ,

  double fonction

qu'ils remplissent en vertu d'une double propriété ,

de leur résistance d'une  part,  de leur mollesse et de

leur flexibilité d'autre part : quelquefois en dehors ils

servent à quelques insertions musculaires.

§

  IL  Des ligamens à faisceaux irréguliers.

Ce sont des fibres

  i r régul iè res ,

  parsemées

 çà

  et là

sur les surfaces osseuses, sans aucun ordre , entre

croisées en divers sens entre le sacrum et l 'os iliaque,

sur le sommet de Facromion, e tc . On voit plusieurs

de ces fibres, qui se trouvent aussi çà et là, autour

de plusieurs articulations mobiles ; beaucoup de tissu

11.

  *4

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2 1 0 S Y S T È M E

  F I B R E U X .

cellulaire les sépa re. Elle s n e peu ve nt offrir aucune

considération générale.

En général le système fibreux n'est point aussi ré

gulièrem ent organisé d an s les ligamen s qu 'il l 'est dans

les tendons, que le système musculaire l 'est dans

  les

muscles , etc. Dans les ligamens, même à faisceaux

réguliers, on voit souvent des fibres se porter en

différentes

  directions,s'écarter

  du faisceau principal,

sans aucun ordre bien dist inct .

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S Y S T E M E

FIBRO-CARTILAGINEUX.

J _ J E  système fibro-cartilagineux se compose de divers

organes que les anatomistes ont tantôt placés parmi

les cartilages,  et  tantôt parmi  les  l igamens, parce

qu'en effet ils participent de la nature des uns

 et

 des

autres .  J 'en fais  un système m oyen aux deux p ré

cédens

 ,

  dont l'intelligence facilitera celle de celui-ci.

A R T I C L E  P R E M I E R .

Des Formes

  du

 Système Jibro -  cartila

gineux.

U N  pe ut dis tribu er dan s trois classes  les organes

fibro-cartilagineux.

La première comprend ceux  qui  occupent  les

oreilles ,  les  aîles  du nez ,  la trachée-artère , les pa u

pières,

 etc .

 Ils sont très-m inces , comme m emb raneux ,

tantôt disposés en un  plan uniforme, tantôt recourbés

sur eux-mêmes en  différens  sens. Comme leur posi

tion

  ni

 leurs fonctions n 'on t r ien de c o m m u n , no us

n 'en em prun teron s point leur dén om inat io n, qui sera

tirée

  de

  leurs formes. O n peu t désigner

  ces

 subs

tances sous

  le

  nom de fibro-cartilages membraneux.

Au res te , c 'es t non-seulement

  par sa

 forme

  ,

  mais

encore par sa

  n a t u r e ,

  que cette classe diffère des au

t r e s ,  comme nous

  le

 verron s.

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2 1 2

  S Y S T E M E

Dans la seconde classe se rangent les substances

interarticulaires , qui occupent l ' intervalle des arti

culations  m o b i l e s ,  soit que libres en partie dans la

cavité , comme celles du genou , de la mâchoire infé

rieu re , etc . , elles se p o rte n t, suivant les mou vem ens,

en différons sens, soit que, comme celle du corps des

vertèbres , elles se fixent d'une  manière solide, quoi

que mobile, sur lessurfaces osseuses. Cesorganes sont

en général plus épais que les précédens, singulière

ment variables dans leur fo rm e, représen tant commu

né m en t des espèces de la m e s , quelquefois percés à

leur milieu dans les cavités articulaires , disposés en

faisceaux très-épais et figurés c om m e le corps des ver

tèbres à la colonne vertébrale. On peut les désigner

sous le nom de fibro-cartilages articulaires.

Je rapporte à la troisième classe certaines portions

du périoste où cette membrane change entièrement

de

 n a t u r e ,

  se pénètre de gélatine, et offre un aspect

d'abord analogue à celui des cartilages , mais où il est

facile cependant de distinguer le tissu fibreux. Ces

port ions se trouvent dans les gaines tendineuses, où

elles facilitent le glissement des tendons, et garantis

sent les os de leur impression. On peut les nommer

fibro-cartilages des gaines tendineuses.

Ces trois classes de fibro-cartilages, quoique très-

analogues , n 'ont exactement n i la même s t ruc ture ,

niles

  mêmes propriétés vi ta les, ni la même  v ie ;  en

sorte que le système qu'elles forment n'est point aussi

homogène dans ses diverses divisions, que les sys

tèmes osseux, muscula i re , animal , e tc . , e tc .

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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X .

  2 l 3

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisation du Système fibro  -  cartila

gineux.

§ I

e r

.  Tissu propre à  l  Organisation du Système

fibro-cartilagineux.

J L I E

  tissu propre à l 'organisation du système fibro-

car t i lagineux es t composé , comme son nom l ' indi

q u e ,  d'une substance fibreuse,  p l u s ,  d'un véritable

cartilage.

La substance fibreuse est comme la base de  l'or

gane.  On

  dist ingue cette base d 'une manière  très*,

manifeste dans les fibro-cartilages des coulisses ten

dineuses et des ar t iculat ions, dans ceux surtout du

corps des v ertè br es ; e lle est b ien m oins app arente

dans les fibro-cartilages membraneux. Elle se trouve

tantôt entrelacée , tantôt parallèlement disposée. En

général sa na tu re est abs olum ent la mê m e q ue dan s

le systèm e fibreux,dure,résistante, de ns e et s er ré e :

de là la force très-grande qu'ont en partage les diffé

rons organ es d e ce systèm e

 ;

  de là ,

  ï °.

  la solidité avec

laquelle les vertèbres sont maintenues

  entr'elles

  .

2P. la difficulté d e r o m p r e , de dé ch irer les fibro-car

tilages d u genou , de la m âc h o ir e , de la clavicule, etc. ;

3° . la résistance qu'op po se celui du cub itus aux luxa

tions  inférieures  de cet

  os , .

  luxations qui clans les

pronations forcées ont beaucoup de tendance à se

faire , et qui n e saur oie nt avoir lieu san s la ru p tu re

de ce fibro-cartilage.

  J'ai

 vu un exemple d 'un dé pla -

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2

i 4 S Y S T È M E

cernent semblable non réduit: le fibro-cartilage avoit

ent iè rement d isparu .  4° -  Ln  ployant les véritables

cartilages, i ls se cassent à peu près comme  une rave:

ces organes au contraire se ployent en tous

  sens,ré

sistent au x agens qu i les d is te n d en t. 5° . O n voit des

hommes imprudens soulever des enfans par les pa

villons des oreilles,

 dont

  les fibro-cartilages supportent

avec facilité le poids de tout le corps. Je suis persuadé

que ceux du nez po urro ien t rem plir la m êm e fonc

tion. 6°. On sait que dans les anévrismes de l 'aorte

pectorale ou v e n tr a le , les corp s m êm es des vertè

bres sont beaucoup plutôt

  u s é s ,

  résistent moins par

conséquent que les substances qui les unissent.

La portion cartilagineuse paroît être comme inter

posée dans les fibres, dont elle remplit les intervalles.

Elle est très-manifeste surtout dans les fibro-cartilages

articulaires et dan s ce ux d es coulisses : c'es t d'elle qu'ils

em pr un ten t la co uleur blan châtre qu i les caractérise,

l'apparence inorganique que leur section offre en plu

sieurs endroits, l 'élasticité qu'ils ont spécialement

en pa rtage . So um is à l 'é bu llit io n, les fibro-cartilages

articulaires, comme ceux des coulisses tendineuses,

dev ienn ent jau nâ tre s, tran spa ron s, se fondent en géla

t i n e ,

 qu oiq u'a ve c p lus de peine qu e les vrais cartilages.

Q u an t au x fibro-cartilages m em b ra n eu x d e l 'oreille,

du nez , de la trachée-ar tère , de

  l'épiglotte

 , des pau

pières , leur composition paroît être très-différente,

l 'action de l 'eau bouillante ne les réduit point à l 'état

gélat ineux, au moins d 'une manière sensible; i ls

 res

tent blanchâtres , se ramollissent peu , présentent un

aspect tout différent  de celui d'un organe fibreux ou

des autr es organ es fibro-cartilagineux bou illis , qui se

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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X . 2 l 5

l iquéfient, après être devenus jaunâtres et demi-trans-

p aren s .

 L' in spe ction des orei lles des anim aux qu 'on

sert sur nos tables le pro uv e m anifestem ent  : j e F ai fré

qu em m en t constaté dan s m es expériences. Je connois

peu de tissus qui da ns l 'écono m ie ressem blent à celui-

là . Q ua nd il

 a

 bouilli u n peu lo ng-tem ps, F espèce de p é

r ios te qui F en to ur e ,

 s'en

 dé tach e; lu i-mêm e se ro m p t ,

éclate en plus ieurs en dro its

 :

 les ann eau x de la trachée -

ar tère nous offrent sur to ut un exem ple d e ce dern ier

phénomène .

Exposé quelques jours à la macéra t ion, ce t i ssu ,

de blanc qu ' i l é to i t , devient d 'u n rouge très-apparent .

Cette couleur est plus foncée que celle qu'acquièrent

dans  F eau les cartilages d'ossification : tient-elle au x

m êm es cause s? Je l 'ignore .

Lorsqu'on fait macérer les fibro-cartilages inter

vertébraux, leurs lames fibreuses prennent aussi cette

teinte  rougeâtre  que je n'ai point vue se manifester

d an s les au tre s fibro-cartilages articulaires , n o t a m

ment dans ceux du genou.

L a dess iccation ren d d u rs et ca ssa nts , les fibro-car

t i lages membraneux :

 ils

  ne prennent point non plus

alors la co uleur jaun âtre d es

 t e n d o n s ,

 des apon évroses

desséchés; ils ont un aspect particulier.

Soumises à cette expérience , les substances inter

vertébrales prennent une transparence

  r emarquab le ,

différente aussi de celle du système fibreux, sans teinte

jau nâ tre . Da ns les prem iers jours de leur macération ,

ces substances, lorsqu'el les ont é té détachées entiè

rement de leurs ver tèbres , se gonf lent ,

  s'élèvent

  en

form ant un e espèce de cône creu x do nt le som m et est

repré sen té par le m ilieu qu i se boursoufle  surtout,  e t

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2 l 6

  S Y S T È M E

la base par la circonférence qui reste à peu près dans

l 'é ta t naturel .

La plupart des fibro-cartilages manquent en général

de péricondre : cela est manifeste dans ceux des cou

lisses tendineuses où l 'os d'un

  c ô t é ,

  la membrane sy

noviale de l 'autre , revêtent l 'organe, dans ceux des

art iculat ions qu e cette m em br an e en tou re des deux

c ô t é s ,

  dans ceux des vertèbres auxquels correspon

de nt seulem ent les ligam ens ve rté br au x antérieurs et

postérieurs. Quant aux fibro-cartilages membraneux,

il y a sur eux un tissu fibreux extrêmement distinct;

il est épais, intimement adhérent au tissu propre de

l'o rg an e , facile à être b ien vu pa r la m acération qui

le blanchit d 'une manière

  très-sensible ,

 et qui par là

le différencie totalement du tissu fibro-cartilagineux

qu i est au m ilieu . E n fen da nt u n fibro-cartilage de

l 'oreille , du nez, celui de Fépiglotte, etc.,après qu'ils

ont séjourné dans l 'eau , ce fait devient très-évident,

surtout pendant l 'époque où ils ont la rougeur que

j 'ai  indiquée.

Le système fibro-cartilagineux paroît avoir à peu

près les mêmes rapports avec les sucs digestifs, que

les systèmes fibreux et cartilagineux de la nature des

qu els il pa rticip e ; il est difficilement alté ré par ces

sucs dans l 'état de crudité. La coction, en le ramol

l issant , donne plus de pr ise à

  leur

  action : il devient

alors plus digestible. E n gé né ral, il do nn e un aliment

m oins propre à la

  n u t r i t i o n ,

  que celui fourni par

beaucoup d 'autres systèmes.

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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X . 2 1 7

§

  11.  Parties communes à l  Organisation du Sys

tème fibro-cartilagineux..

L e s org anes co m m un s des fibro-cartilages sont assez

pe u pron on cé s ; le tissu cellulaire y est en p etite p ro

port ion , e t s 'y trouve te l lement serré , qu 'à peine

peut-on le dist inguer : la macération le rend cepen

dant apparent .

Peu de sang pénètre leur système vasculaire dans

l 'état ordinaire : je m'en suis assuré en disséquant un

animal tué exprès par

  Fasphixie

 , m aladie où le sang

s'accumulant dans les capillaires intermédiaires aux

artère s et aux ve ine s, vers la tête su rto u t, ren d ces c a-

pillaires extrêmement apparensjmaisdans

  l ' inflamma

tion, qui du reste est rare dans les fibro-cartilages, ils

sont ex trêm em en t injectés. O n n 'y suit point de nerfs .

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système  Jibro-cartïlagineux.

§

  I

e r

-  Propriétés physiques.

A-/ÉLASTICITÉ

  appartient essentiellement à ce sys

tème. Cette propriété est t rès-manifeste ,  i ° .  dans les

fibro-cartilages de s ore ille s, lo rsqu 'on les ploie su r eux -

m ê m e s ;

  2

0

.

  dans ceux du nez , lorsqu'on les tord en

divers sens ; 3°. dans ceux de la trachée-artère, lors

qu'on vient à les comprimer, ou qu'après les avoir

coupés longitudinalement, on écarte les bords de  là

d iv i s ion , comme on le prat iqu e  dans  la trachéotomie

dont le but est l 'extraction d'un corps étranger. Elle

rempli t un usage important dans l 'espèce de vibra-

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2 l 8

  S Y S T E M E

tio n qu i se fait dan s les pr em ier s lors de la perception

des  s o n s ,  dans les seconds lors de la production de

la voix.  4°'"C'est  en vertu de leur élasticité, que les

fibro-cartilages articulaires servent comme d'espèces

de coussins qui  favorisent,  en se  comprimant,  et

en revenant ensui te sur eux-mêmes, le mouvement

des surfaces osseuses auxquelles ils correspondent;

5 ° .  que ceux des vertèbres en particulier, affaissés

pendant le jour , réagissent durant le repos, e t ren

dent ainsi la stature du matin supérieure de quel

qu es d egrés à celle du soir. 6 ° . En fin da ns le glisse

ment des tendons sur leurs fibro-cartilages, l'élasticité

de ces dern iers favorise le m ou ve m en t d 'un e m a

nière manifeste.

Cette élasticité des fibro-cartilages est réunie en eux

à une souplesse remarquable ;  ils se plo ien t dan s tous

les sens sans se ro m p re . Pa r la pre m ière pr op rié té, ils

tiennent surtout au système cartilagineux; par celle-

c i ,  ils se rapprochent du système fibreux. Il n'est pas

étonn ant q u 'é tan t interm édiaires à ces de ux systèmes

par leur te x tu re , ils le soient aussi par le urs pro priétés .

§  IL

  Propriétés de tissu.

L'extensibilité est assez souvent mise en jeu dans

le systèm e fibro-cartilagineux. J'a i vu u n poly pe

qui avoit tellement dilaté les

  ouvertures

  an té r ieures ,

et par conséquent les fibro-cartilages des

 n a r i n e s ,

  que

leur diamètre étoit au moins tr iplé en étendue. L'ex

trémité externe et cartilagineuse du conduit auditif

présente souvent,  par la même cause, une distension

analogue. Dans les torsion s diverses d e la colon ne ver

tébrale, la portion des fibro-cartilages  correspondante

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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X .  2 1 9

à  la convexité  des  c o u r b u r e s ,  s*alonge  bien manifes

tem ent , tand is que la po rtion opposée, se d ép rim e, etc.

Cette extensibilité est au reste soumise , dans beau

coup de cas, à la même loi que dans le système

fibreux , c 'est-à-dire qu'elle ne peut être mise en ac

tivité que d'une manière lente et insensible.

La contractili té de tissu s 'observe lorsque, dans les

cas do n t je viens de p ar le r, la cause de distension

disparaît . Ainsi après l 'extraction du polype cité, la

narine repri t peu à peu son diamètre naturel . J 'a i

enlevé dans un chien un tendon de sa coulisse, en le

cou pan t à une ex tré m it é , e t en le t i rant par F a u t r e , de

m an ière à laisser intacte et vide la gaine qui le c o n te -

noit : cette gaine et le fibro-cartilage sont peu à peu

revenus sur eux-mêmes, e t la cavité a disparu. Dans

le  carcinorne  de l 'œil , où on n 'enlève pas les pau

pières , les tarses q u i s'étoient  très-alongés  avec ces

voiles m ob iles , revienn ent peu à peu sur eu x-m êm es,

e t reprennent leurs d imensions , après l ' ext i rpa t ion

de la tumeur qui les distendoit. Au reste, i l faut bien

dist inguer ces phénomènes de ceux qui sont le pro

du it de l 'élasticité : ces de rnie rs sont pro m p ts , su bits ;

fortement distendu, le f ibro-cartilage de l 'oreille

cède un

  p e u ,

  et revient tout à coup sur lui-même :

les autres, au contraire, sont caractérisés le plus sou

vent par une lenteur remarquable.

§

  111.  Propriétés vitales.

Toutes les propriétés vitales sont très-peu caracté

risées dans les fibro-cartilages ; point de sensibilité

ni de contractili té animales dans l 'état naturel :

  la

prem ière se développe cepen dant p ar l 'inf lamm ation.

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2 2 0 S Y S T E M E

La sensibilité organique et la contractilité insensible

ne s 'y trouvent qu'au degré nécessaire à la nutrition.

Jamais il n 'y a de contractili té organique sensible.

C ette obscuri té dans les prop riétés

  vi tales ,

 impr ime

à tous les phénomènes de la vie des organes qui nous

occupent,

 un e lenteur rema rqua ble . J'a i

 observé

 qu'en

faisant aux oreilles d'un chien une section longitu

dinale , e t en réunissant ensuite les bords

  delà

  plaie

par un point ou deux de suture , la peau, au bout

de peu de

  j o u r s ,

  est e xa cte m en t recollée ; m ais ce

n 'est qu 'au bout d 'un temps bien plus long, que

  la

réunion du car t i lage s 'opère au-dessous, comme

  on

peut

  le

  voir en examinant les parties après la réunion

des tégumens. Je présume que la même chose arr i-

voit dans l 'opération autrefois usitée de la trachéo

tomie, où les parties molles formant d'abord la cica

trice , m ain ten oie nt en co ntact les  demi-anneaux

cartilagineux, qui finissoient enfin par s'agglutiner

en t r ' eux .

C'est encore à cette obscurité des prop riété s vitales

de s fibro-cartilages, à leur peu d 'é n e rg ie , qu'i l faut

rapporter sans doute aussi la rareté des maladies de

ces organes. Je connois peu de systèmes organiques,

dans l ' économie animale , qui soient p lus rarement

affectés que celui des fibro-cartilages du nez, des

oreil les, de la trachée-ar tère , e tc . La gangrène les

attaque difficilement ; ils ne sont presque pas altérés

par elle , tan dis q ue les partie s molles qu i les e n to u re n t

sont  déjà  toutes noires. On connoît peu l 'espèce de

fluide qu'ils ren de nt dans leur su pp ura tio n. L a form a

tion du pus paroît même y être très-rare , vu leur

peu d'activité vitale.

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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X . 2 2 1

Comme ces organes ne sont presque jamais ma

lades , o n rie pe ut que difficilement  connoître  leurs

sympathies : je n 'e n p uis citer au cu n exe m ple.

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Développem ent du Système fibro-cartila

gineux.

§ I

e r

.  État de ce système dans le premier âge.

JL/A N S

  les premiers temps de

 l'existence,

  les fibro-

cartilages articulaires sont assez développés ; ce qui

paroît être l'effet de la largeur des articulations à

cette époque. En

  effet,

  comme les extrémités des os

sont plus grosses à proportion, pendant qu'elles sont

cartilagineuses, qu e lorsqu e

 F

 état osseuxles a env ahies ,

les articulations sont aussi proportionnellement plus

larges,et

 les organes qu'elles renfe rm ent plus m arq ués .

Les fibro-cartilages des coulisses, qui se trouvent

presque tous, comme on sai t , s i tués aux extrémités

des os longs, ne sont point , dans le premier âge,

distincts des cartilages d'ossification, qui forment

alors ces ex tré m ités . C on fo nd us avec e u x , ils n'offrent

aucune ligne de démarcation lorsqu'on coupe l 'os à

leur niveau. Cet état subsiste jusqu'à l 'entière ossifi

cation ;  alors les fibro-cartilages des coulisses restent

isolés,

  comme les cartilages des extrémités osseuses.

La port ion gélat ineuse interposée paroît prédo

miner, chez l 'enfant, sur la portion fibreuse dans les

fibro-cartilages articulaires et dans ceux des coulisses.

Cela est remarquable dans les substances interverté-

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2 2 2  S Y S T E M E

braies, où cette espèce de mucilage qui occupe

  le

ce n tr e, est en raison inverse d e l 'âge pou r la quan tité,

et où les fibres se prononcent aussi toujours davan

tage.

  Au pubis, tout est presque homogène chez le

fœtus ; les fibres transversales ne deviennent bien

apparentes que dans un âge plus avancé. Les articu

lat ions du genou,

 de

 la m âch oire , etc. , no us présentent,

da ns leurs fibro-cartilages la m êm e disp ositio n. L 'ébul

lit ion en extrait alors une quantité beaucoup plus

grande de gélatine; ils ont plus l 'aspect lisse des car

tilages.

Les fibro-cartilages membraneux se développent

en général de bonne heure, ceux de l 'orei l le , des

yeux et du nez spécialement. On les voit très-pro

noncés

 dans

 le fœ tus . J'ai observé

 sur

 d eu x acéphales,

q u e ,  comme toutes les autres parties de la face, ils

avoient un volum e extrême m ent rem arq ua ble , e t b ien

supérieur à celui de l 'état ordinaire. Au

  r e s t e ,

 tout le

systèm e fibro-cartilagineux es t, da ns le fœ tu s, extrê

m e m e n t

  m o u ,

  souple et peu résistant.

§ 1 1 .  État du Système fibro-cartilagineux dans

les

  âges

  suïvans.

Ce système se fortifie à mesure qu'on avance en

âge

 :

 da ns le vieillard , il de vie nt d u r , difficile à cé der ,

parla  nature particulière que prennent ses substances

nutritives.C'est à cettecirconstance qu'il faut attr ibu er

ï °. la roid eu r et l 'inflexibilité de la colo nn e ve rté br al e,

d o n t les fibro-cartilages m ain tie nn en t to ute s les pièces

dans une espèce d ' im m ob il i té ; 2 ° . unepartiedes  diffi

cultés que le vieillard éprouve à entendre les

  s o n s ,

la conque ne pouvant plus vibrer et les réfléchir aussi

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F I B R O - C A R T I L A G I N E U X .  2 2 3

bien;  5 ° . la m oin dre susceptibi l ité de ses nar ines pou r

se dilater,  leurs fibro-cartilages cédant moins à l'effort

musculaire  q u i ,  d u  r e s t e ,  est aussi moindre ; 4°«  les

difficultés du glissement des

  t e n d o n s ,

  leurs coulisses

étant beaucoup moins souples, e tc .

Les fibro-cartilages

  on t ,

  en

  g é n é r a l ,

  beaucoup

moins de tendance à s'ossifier chez le vieillard, que

les cart ilages p rop rem en t di t s . L es m em bra ne ux n e

m 'ont jam ais offert ce ph én om èn e : peu t-être cela

tient-il chez eux à cette texture particulière, et même

à la différence des principes qu i en tre nt dans leur

composition, à la petite quantité de gélatine qu'on y

trouve. P ar m i les articu laires , il n 'y a guère qu e ce ux

des vertèb res q ui quelquefois se pé nè tren t d e phos

phate calcaire ; ce qui est rare cependant. Ceux des

coulisses sont comme les cartilages des articulations

mobiles

 ;

 ils gardent constam m ent leur n a t ur e ; seule

ment dans l 'extrême vieillesse, leur épaisseur paroît

un peu diminuer par l 'ossification de leurs lames qui

correspondent à l 'os; ce qui , du reste , est t rès-peu

sensible.

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S Y S T E M E M U S C U L A I R E

D E L A V I E

  A N I M A L E .

|

  j E

  système musculaire général est bien manifes

tement divisé en deux grandes sections , différentes

essentiellem ent l 'un e de l 'a u tr e , pa r les forces vitales

qui les animent, par leurs formes extér ieures, par

leur mode d'organisation, et surtout par les usages

qu'ils remplissent, les uns dans la vie animale, les

autres dans la vie organique. Nous ne

  les

 considére

rons donc point ensemble . Co m m enço ns

 pari'examen

des muscles de la vie animale : ceux-ci sont répandus

en très-grand nombre dans le corps humain.  Aucun

système ne

  f o r m e ,

  par son ensemble , un volume

plus considérable; aucun n'occupe plus de place dans

l 'économie. Outre les régions nombreuses que rem

plissent les m us cle s, ils form ent un plan gén éralement

répandu sous la peau, qui par tage, pour ainsi dire ,

les fonctions de cet organe, protège comme lui les

part ies subjacentes, essuie impunément comme lui

Faction des corps extérieurs, peut même être divisé

dans une étendue plus ou moins considérable , sans

que les fonctions générales de la vie en souffrent sen

siblement; ce qui le rend très-propre à défendre les

•organes

  plus profonds, dont la lésion serait funeste.

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S Y S T È M E M U S C U L A I R E

  e t C .

  2 2 $

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Des Formes du Système musculaire de la

Vie animale.

U o u s

  1? rapport de leurs formes extér ieures, les

muscles peuvent se diviser, comme  les o s, en m uscles

longs,

  larges et courts. Leur disposition varie suivant

ces trois formes générales.

§

  I

e r

-

  Formes des M uscles longs.

Les muscles longs occupent en général les mem

b res ,  à la conformation desquels la leur est accom

modée. Séparés de la peau par les aponévroses , de

l 'os par le périoste, i ls se trouvent comme dans une

espèce de gouttière fibreuse qui les relient fortement,

et où ils sont disposés par couches plus ou moins

nombreuses, dont les profondes se trouvent assujet

ties dans leur place par les superficielles, qui, à leur

tour, ont les aponévroses pour les maintenir . I ls sont

très-longs dans celles-ci; communément ils y appar

t iennent aux mouvemens de t ra is ou quatre

  o s ,

  et

même davantage , comme le coutur ier , les demi- ten

dineu x et m em b ra n eu x , le bic ep s, les fléchisseurs, les

extenseurs ,nous en offrent des exemples. A mesure

qu'ils de vie nn en t plus p ro fo n ds , ils sont aussi plu s

courts e t presque toujours dest inés seulement aux

mo uvem ens de deux

 o s ,

  com m e le brachial an tér ieu r ,

les adducteurs, le pectine, e tc . en sont la prouve.

D e s co uches celluleuses les s épa rent ; elles son t

lâches là où s 'exercent de grands mouvemens, plus

11.  i5

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2 2 6

  S Y S T E M E

  M U S C U L A I R E

serrées là où ces mouvemens sont moindres, t rès-

épaisses là où des vaisseaux et des nerfs glissent entre

les  faisceaux musculaires. Souvent des espaces plus

ou moins larges, remplis de tissu cellulaire, éloignent

ces faisceaux les un s d es au tre s. On distingu e les mus

cles longs en simples et en composés. Ils sont simples

quand un seul faisceau entre dans leur formation,

composés quand ils résultent de l 'assemblage de plu

s ieurs .

  Ces faisceaux se comportent alors de deux

manières différentes : tantôt en effet c'est en haut du

muscle qu'est sa  d i v i s i o n ,  comme on le voit aux

biceps brachial et fémoral; tantôt c'est inférieurement

d u

 côté le

 plus m ob ile, que cette division se ren co ntre ,

co m m e aux m uscles fléchisseurs et e xten seurs de la

jambe et de l 'avant-bras.

Souvent isolés les uns des

 a u t r e s ,

  les muscles longs

tiennent quelquefois ensemble par des aponévroses

m o y en n e s, qui confondent un e port ion plus ou moins

considérable de deux, trois e t même quatre de ces

organes voisins. L'or ig ine des m uscles des

  lubérosités

interne et externe de l 'humérus présente cette dispo

sition , d'o ù résu lte un avan tage essen tiel dan s les

«mouvemens généraux du membre. Alors en effet la

co ntrac tion de chaque m uscle s er t, et à faire mouvoir

en bas le po int m obile auq uel il

 s'attache,

  et à affermir

en haut le point fixe des muscles voisins qui se con

t rac tent en même temps que lu i .

T o u t m usc lelon g est en général plus épais dan s son

milieu qu'à

  ses

  extrémités, forme qui t ient au mode

d'insertion des fibres charnues, lesquelles naissant

en haut et se terminant en bas, successivement les

unes au-dessous des aut re s, sont d 'au tan t m oins no m -

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D E L A V I E A N I M A L E .

  2 2 7

breuses

  qu'on les examine plus près de chaque ex

trémité , tandis qu 'au milieu el les se trouvent toutes

juxtaposées. Le droit antér ieur , le long

  supinateur,

les radiaux ex ter ne s , e tc . , présentent d 'un e m anière

manifeste cette conformation.

11 est u ne espèce pa rticu lière de m uscles longs $

qui n 'a au cun e analogie que l 'apparence ex tér i eu re,

avec celle des muscles des membres. Ce sont ceux

couchés en avant et surtout en arrière de

  l'épine*

Quoique simples au premier coup

 d'œil,

  ces muscles

présentent autant de faisceaux distincts qu'il y a de

Vertèbres. Le transversaire épineux, le long du cou

 »

le sacro-lombaire, etc. , représentent bien un faisceau

alongé comme le couturier , le droit antér ieur de

  la

cuis se, etc. ; m ais la str uc tu re de ce faisceau n'a r ien

de commun avec celle de ces muscles; c 'est une suite

de petits faisceaux, qui ont chacun leur origine

  et

leur terminaison dist inctes, e t qui ne paraissent con«

fondus en un seul muscle que parce qu'ils sont

  juxta

posés.

§

  11.  Formes des Muscles larges.

Les muscles larges occupent en général les parois

des cavités de l 'économie animale, celles de la poi

tr ine et du bas ventre spécialement. I ls forment en

partie ces  p a r o i s ,  garantissent les organes

  i n t e rn es ,

en même temps que par leurs mouvemens i ls a ident

à leurs fonctions.

Leur épaisseur est t rès-peu marquée ; la plupart

représentent des espèces de m em bra ne s m uscu leuse s,

tantôt disposées par couches, comme à

  l'abdomen,

tantôt app liquées sur des m uscles longs, com m e  dans

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2 2 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

le dos : i ls sont, dans le premier cas, d 'autant plus

étendus qu'on les examine plus superficiellement.

Toutes les fois qu'un muscle large naît et se ter

mine sur une des grandes cavités, i l conserve par

tout à peu près sa largeur , parce qu'il trouve pour

ses insertions de grandes surfaces. Mais si d'une ca

vité il se po rte à un os lo n g , à un e apo phy se peu éten

due , alors

  ses

  fibres se rapprochent peu à peu

 ;

 il

perd de sa la rg eu r, au gm en te en é pais seu r, et se

termine par un angle auquel succède un tendon, qui

concentre  en un espace très-petit des fibres largement

disséminées du côté de la cavité. Les grands dorsal

et pectoral nous présentent un exemple de celte

disposition, que l 'on rencontre aussi dans l ' i l iaque,

le

  m o y e n ,

  le petit fessiers , etc. Les muscles larges

de la cavité pectorale ont une disposition particu

lière que nécessitent les côtes; leur origine se fait par

des languettes fixées à ces os, et séparées par les in

tervalles qui se trouvent entr 'eux.

Les muscles larges sont le plus souvent simples;

rarement plusieurs se réunissent pour former des

m uscles com po sés. D ive rses couch es celluleuses les

séparent, comme les muscles longs; mais ils ne sont

presque jamais comme eux recouverts par des apo

névroses; le p lus grand nombre es t s implement

  sub-

jacent aux tégumens : la raison en est que leur forme

les met  naturellement à l 'abri de ces déplacemens

dont nous avons parlé à l 'article des aponévroses,

et qui, sans ces membranes, seraient si fréquens

dans  les  muscles longs. Je ne sache pas qu'on ait

jamais observé la crampe dans ceux qui nous occu

pen t. Lo rsqu e les m uscles ab do m inau x sont à de-

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D E L A V I E  A N I M A L E .  2^.9

couvert par des incisions faites aux tégumens d'un

animal v ivant , j ' a i remarqué qu 'en se contrac tant ,

la masse de chacun conserve la même place.

§ 1 1 1 .

  Formes des M uscles courts.

Les muscles courts sont ceux dont les trois di

mensions à peu près égales, offrent une épaisseur

proportionnée à leur largeur et à leur longueur. I ls

se trouvent en général dans les endroits où il

  faut,

d'un côté, beaucoup de force , de l 'autre , peu d'é

tendue de mouvement : a insi autour de l 'ar t icula

tion  temporo-màxillairo  le masseter et les  ptérygoï-

eliens,  autour de  l'ischio-fémorale  le carré, les ju

meaux , le s ob tura teurs même, e tc . , au tour de la

scapulo-humérale  les susépineux et peti t rond, dans

la main les muscles des éminences thénar et hypp-

thénar, au pied divers faisceaux charnus, à la co

lonne vertébrale les interépineux, à la tête les pe

t i ts e t grands droits antér ieurs, postér ieurs e t la té

raux , prés enten t plus ou m oins régulièrement la

forme qui nous occupe, e t remplissent le double

but que je viens

 d'indiquer,

  d 'un côté par le nombre

très-considérable , de l 'autre par la

 brièveté

  de leurs

fibres.

Les m uscles cou rts son t, plus souven t que les larges^

unis les uns aux autres, soit dans  leur  or igine, soit

dans leur t erm ina iso n, com m e on le voit au pied e t

à la main. Tantôt ils affectent la forme triangulaire,

com m e dan s ces deu x p art ies; tantôt ils s 'approchent

de la forme cubique , comme le masseter , les ptéry-

goïdiens nous en présentent un exemple. En général ,

i ls sont rarement recouverts par des aponévroses^

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•2'i O  S Y S T E M E  M U S C U L A I R E

..ans

  doute parce que la

  brièveté

  de leurs fibres

  les

rend peu susceptibles de grands déplacemens.

A u

  r e s t e ,

  la division des muscles en

 l o n g s ,

 en larges

et en c o u rt s , e s t, com m e celle des o s , sujette à une

infinité de m od ification s. E n effet, plusie urs de ces

organes affectent des caractères mixtes : ainsi le sou-

scap ulaire , le sou sép ine ux sont-ils interm édiaires à

la forme large et à la forme courte; ainsi le crural,

les

  jumeaux de la jambe , etc. , ne peuvent-ils préci

sément se rapporter ni aux muscles longs, ni aux

m uscles larges. La na ture

  v a r i e ,

  suivant les fonctions

des o rganes , la con form atio n des agen s de leurs mou

vemens, et sa marche ne nous permet que d'établir

des approximations dans nos divisions anatomiqucs,

A R T I C L E D E U X I È M E .

Organisatio7i  du Système musculaire de

la  Vie  animale.

J_j A

 partie pro pr e au m uscle est ce qu on nomme

communément la f ibre musculaire; les vaisseaux,

les nerfs, les exhalans et absorbans, le tissu cellu

laire qu i est très - ab o nd an t a u to u r de cette fibre,

forment ses par t ies communes.

§

  I

e r

.  Tissu propre

  à

  l Organisation  du Système

musculaire de la Vie animale.

La f ibre musculaire est rouge, mollasse, d 'une

grosseur uniforme dans les grands et dans les petits

muscles, tantôt disposée en faisceaux très-apparens

et  isolés les uns des autres par des sillons remar-

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7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III

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D E

  T, Y

  V I  Y.

  À

  TVJ-  i  M

  A

  L E .

  201

quables ,  comme

  au grand fessier , au deltoïde, e tc . ,

tantôt plus également juxta-posée, comme dans la

plupart des muscles

  l a r g e s ,

  toujours réunie à plu

sieurs autres fibres de même nature qu'elle, facile

par cette ré un io n à être distingu ée à l 'œil

  n u ,

mais se dérobant même aux recherches microscopi

q u es ,

  lorsqu 'on veut l ' examiner d 'une manière iso

lée ,

  tant est grande sa ténuité. Malgré cette ténuité

extrême, on a fait dans le siècle passé une infinité

de recherches pour déterminer avec précision le vo

lume de cette fibre. On peut lire sur ce point le ré

sultat des travaux de  Lcuwenoek,  Muysk , e tc . Je

n'exposerai point ici ce résullat, parce que la science

ne peut en tirer au cu n p arti , et qu 'o n n e sauroit

compter sur son exactitude : que nous importe d'ail

leurs le volume précis de la fibre musculaire ? sa

connoissance

  n'ajouterait

  r ien aux notions physio

logiques sur le mouvement des muscles.

Toute f ibre musculaire parcourt son trajet , sans

se bifurquer ni se diviser en aucune manière , quoi

que plusieurs l 'aient prétendu; elle se trouve seule

ment juxta-posée à celles qui

 Favoisinent,

  et non en

trelacée, comme i l arr ive souvent dans le système

fibreux : disposition qui  étoil  nécessaire aux mouve

mens isolés qu'elle exécute ; car la contraction gé

nérale d 'u n m uscle est l 'assemblage d 'u n e foule de

contractions part ie l les, toutes dist inctes e t indépen

dantes les unes des autres.

La longueur des fibres charnues varie singulière

ment. Si on examine en général la masse qu'elles

forment par leur ensemble, on voit que cette masse

a tantôt beaucoup plus

 d'étendue

  que la portion ten-

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2 3 a

  S Y S T E M E M U S C U L A I R E

dineuse du musc le , comme au b iceps , au

  coraco-

brachial, au droit interne de la cuisse, que tantôt

elle lui est bien inférieure en longueur, comme aux

plantaire et palmaire grêles, etc., et que quelquefois

el le est en proport ion presqu'égale , comme aux ra

diaux externes, e tc . Si de

  f

  examen de la masse char

n u e ,  on passe à celui des fibres isolées qui la compo

sent,

  on voit que la longueur de la première est

rarement la même que celle des secondes. I l n 'y a

gu ères que le co utu rier et que lques m uscles analogues,

où les fibres parcourent toute l 'étendue de la masse

charnue; dans presque tous les autres, elles se trou

vent obliquement disposées entre deux aponévroses,

ou entre un tendon et une aponévrose; en sorte que,

quoique chacune d'elles soit assez courte, leur en

semble est très-long, comme on le remarque au droit

antér ieur de la cuisse , au demi-membraneux, e tc .

Cette disposition peut aussi résulter de diverses in

tersections tendineuses qui coupent à différentes dis

tances la longueur des fibres. En général, les muscles

qui doivent leur longueur à de longues fibres, ont

beaucoup d 'é tendue et t rès-peu de force de mouve

ment; tandis que ceux à f ibres courtes, mais mult i

pliées de manière à assurer beaucoup de longueur à

leur totalité , sont remarquables par une disposition

opposée. En voici la raison : toutes les fibres étant

égalem ent grosses , quelle qu e soit leu r lo ng ue ur ,

ont le même degré de force: donc il est évident que

cette force considérée dans un muscle en totalité,

est mesurée par le nombre de ses fibres. D'un autre

cô té ,  plus une fibre est longue, plus elle se raccourcit

dans sa con t rac tion : donc,ense contractant,

 unm usc le

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7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III

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D E L A

  V I E

  A N I M A L E .

  2 3 3

r a p p r o c h e d ' a u t a n t p l u s l ' u n e d e l ' a u t r e s e s d e u x a t

taches , que ses f ib res son t p lus longues .

T ou te s l e s f ib re s de s musc le s vo lon ta i r e s son t

d ro i t e s , c e ll es de s sph inc te r s ex cep tée s . E l l e s se t r ou

v e n t o u p a r a l l è l e s , c o m m e d a n s l e s r h o m b o ï d e s , o u

o b l i q u e m e n t s i t u é e s l e s u n e s p a r r a p p o r t a u x a u t r e s ,

c o m m e d a n s l e g r a n d p e c t o r a l . Q u e l q u e f o i s d a n s l e

m ê m e m u s c l e p l u s i e u r s  phns  se c ro isen t su ivan t des

d i r ec t ions d i f f é r en te s , comme l e masse te r en o f f r e un

exe m ple ; m a i s ce t en t r e c r o i se m en t es t t ou t d i f f é r en t

de ce lu i de s m us c le s inv o lo n ta i res où i l y a de p lu s

en t re lacement de f ib res , t and is qu ' ic i on ne vo i t que

des f a i s ceaux à d i r ec t ion d i f f é r en te ,  juxta-posés  les

u n s a u x a u t r e s .

Je ne parlerai point ici de la f igure  cylindrique  se lon

les  u n s ,  g lobu leuse se lon l e s au t r e s  ,  de la f ibre char

n u e ;  l ' i n s p e c t i o n n e n o u s a p p r e n d r i e n s u r c e p o i n t :

commen t donc a - t -on pu en f a i r e un ob je t de r eche r

c h e s ,

 e t é m e t t r e u n e o p i n i o n q u i n e p e u t a v o i r a u c u n e

b a s e r é e l l e ? D i s o n s - e n a u t a n t

  de

  la n a t u r e i n t i m e d e

ce t te f ib re , su r laque l le on a tan t éc r i t . E l le nous es t

i n c o n n u e , e t

  tout

  ce q u ' o n a d i t su r sa co n t in u i t é avec

le s ex t r émi té s va scu la i r e s e t ne rveuses , su r l a cav i t é

don ton l ' a

  p r é t e n d u e c r e u s é e ,

  sur

  la m oe l l e qu i , s e lon

q u e l q u e s - u n s , la r e m p l i t , e t c . , n ' e st q u ' u n a s s e m

b l a g e d ' i d é e s v a g u e s , q u e  r iende  pos i t i f ne con f i rme ,

e t a u q u e l u n e s p r i t m é t h o d i q u e n e s a u r o i t s ' a r r ê t e r .

C o m m e n ç o n s à é t u d i e r l a n a t u r e l à o ù e l l e c o m

m e n c e à t o m b e r s o u s n o s s e n s . J e c o m p a r e l e s r e

c h e r c h e s a n a t o m i q u e s s u r l a s t r u c t u r e i n t i m e d e s

o rganes , aux r eche rches phys io log iques su r l e s causes

p r e m i è r e s d e s f o n c t i o n s . D a n s l e s u n e s e t l e s a u t r e s ,

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  >   /

? J4

S

  Y S

  T E

  M  E M U S C U L

  A

  I R E

nous sommes sans guides, sans données précises et

exactes : pou rquoi don c nous y l iv rer ?

Tout ce que nous pouvons savoir sur la nature de

la f ibre musculaire , c 'est qu 'e l le est par t iculière ,

qu elle n'est identique ni à celle des nerfs, ni à celle

des vaisseaux , ni à celle des tendons ou du tissu cel

lul air e; car où il y a ide ntité de n a t u r e , il doit y

avoir identité de propriétés vitales et de tissu. Or nous

verrons que tous ces systèmes diffèrent essentielle

ment , sous ce point de

 v u e ,

  les uns des autres : donc

il ne peut y avoir  entr'eux  d'analogie sous le rapport

de  la

  n a t u r e ,

  d'où dérivent toujours les propriétés.

L e tissu m uscu laire est rem arq ua ble par sa mol

lesse, par son peu de résistance. C'est par là qu'il est

essentiellement différent du tissu fibreux. Il se rompt

avec facilité sur le cadavre. Sur le vivant, cette rup

ture est rare, parce que la contraction où il se trouve

da ns tou s les efforts vi ol en s, lui d o n n e u ne densité

dont i l emprunte un surcroît énorme de résistance,

mais qu'il perd dès qu'il n'est plus dans cet état de

contraction. Cependant i l est des exemples de rup

tures musculaires : c 'est principalement aux muscles

droits et carrés de l 'abdomen qu'on en a observé.

J 'en ai vu une à ce dernier. Remarquez que lui et

tou s ceux placés en tre les côtes et le bas sin , so nt très-

d isposés ,

  parleur

  position, à ces ruptures. En effet,

quand le bassin et la poitrine sont portés en sens in

verse , ces muscles sont d'a ut an t plus v iolem ment

te n d u s, que dans ces m pu vem ens toute la par t ie supé

r ieure du corps repré sen te , avec la po i t r ine , u n grand

levier qu i se m eu t en sens opposé d 'u n au tre grand

levier  que forment le bassin et toutes les parties infé-

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D E L A V I E A N I M A L E .  2 3 5

r ieures : or , par leur longueur, ces

 leviers

  son t sus

ceptibles de recev oir u n très-g rand

 mouvement,

 de le

communiquer par conséquent aux muscles abdomi

naux qui sont é tendus entr 'eux deux, e t qui servent

à les unir . Voilà comment, dans une violente incli

naison à droite, le carré du côté gauche peut être

déchiré , e tc . Observez que peu de muscles dans l 'é

conomie se trouvent entre deux  leviers aussi gra nd s,

sont

  susceptibles

  par conséquent d 'ê tre autant dis

ten du s , et su rto ut de l 'être avec un e force plus gra nd e

que celle de leur contraction : car toute rupture mus

culaire suppose l 'excès du mouvement extérieur qui

distend , sur celui des fibres charnues qui se res

serrent pour s'opposer à la distension. Si les efforts

extér ieurs se concentroient sur un muscle

  s e u l ,

  ils

po urro ient plus souv ent en vaincre la résistance; m ais

presque toujours plusieurs partagent et l 'effort à sup

porter, et la résistance à opposer.

Com position du Tissu musculaire.

Le t issu musculaire a é té , pour les chimistes, un

objet de recherches plus spécial que la plupart des

autres tissus organiques. I ls Font examiné sous tous

les rapports. Je renvoie à leurs ouvrages, à celui du

cit . Fourcroy surtout , pour tout ce qui n 'est pas

strictement relatif à la nature de ce

  t i s su ,

  pour tout

ce qui regarde les conséquences non applicables à la

physiologie, qu'on peut tirer de la connoissance des

principes qui entrent dans sa composit ion.

Exposé à l 'act ion de

  l'air,

  le tissu m uscu laire s'y

compor te de deux manières

 :

  i ° .  il se dessèche, si on

le coupe en tranches minces et susceptibles d'une

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2.7)6

  P  V  5 T  ',  M  E  3T TJ

 n

  C U T, A I R E

prompte évaporaLion  d e s  fluides  qu ' i l con t i en t . A lo r s

son aspect es t d 'un brun obscur ; ses f ibres se serrent

l e s unes con t r e

  les

  a u t r e s ; i l s ' a m i n c i t , d e v i e n t d u r

et cassant . Si on le replonge dans l ' eau quelques jours ,

e t m ê m e q u i n z e o u t r e n t e j o u r s a p r è s s a d e s s i c c a t i o n ,

i l re p re n d sa m ol lesse e t sa forme  p r imi t ive s , o f f r e une

te in t e m o i ns fonc ée . L ' e au qu i a s e rv i à ce r amo l li s

semen t e s t p lu s ou mo ins f é t ide , e t s emb lab le à ce l l e

des macé ra t ions . 2 ° . La i s sé en masses t rop épa i s se s

a u c o n t a c t d e  Fair  , l e t i s su muscu la i re ne peu t se des

sé ch e r ; i l s e p o u r r i t . A us s i p o u r p r ép a r e r l es p ièces

ana tomiques pa r de s s i cca t ion , a - t -on so in de d iminue r

l ' épa i s seu r de s

  plans

  c h a r n u s , o u d e l e s d i s p o s e r d e

man iè re à ce que l ' a i r pu i s se l e s péné t r e r pa r - tou t .

La pu t r é fac t ion e s t i név i t ab le s i F a i r e s t humide , s i

l ' év ap o ra t ion des flu ides n ' e s t pa s a s sez p ro m p te pou r

p r o d u i r e l a d e s s i c c a t i o n . E n s e p u t r é f i a n t , l e m u s c l e

p r e n d u n e c o u l e u r v e r t e , l i v i d e ; i l e x h a l e u n e o d e u r

in fec t e . Sous l ' i n f luence des mêmes c i r cons tances , i l

se p ou r r i t b ea uc o up p lu s v i te q ue les sy s tè m es fib reux,

c a rt il a g in e u x , fibro-cartilagineux.L'odeur q u 'i l exh ale

alors es t auss i t rès-dif férente de cel le de  ce s s y s t è m e s :

s o u v e n t u n e l u e u r  phosphorique  s ' e n é c h a p p e . U n

putrilage

  é p a i s ,  où toutes les f ibres ont presque dis

p a r u , r e m p l a c e le m u s c l e , l o r s q u e la p u tr é f a c ti o n  est

a v a n c é e . P e u à p e u c e p u t r i l a g e s ' é v a p o r e e n p a r t i e ,

e t i l r e s t e un r é s idu b run -no i r â t r e qu i s e de s sèche e t

d e v i e n t d u r e t c a s s a n t , à p e u p r è s c o m m e l e m u s c l e

d e s s é c h é d a n s l ' é t a t o r d i n a i r e , q u o i q u e c e p e n d a n t

l ' a spec t so i t b i en d i f f é re n t .

Exposé à l ' a c t ion de l ' e au , l e musc le ép rouve des

p h é n o m è n e s d i f f é r o n s , s u i v a n t q u ' e l l e e s t c h a u d e o u

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D E L A  V I E  A N I M A L E .  2 3 7

froide. L'eau froide lui enlève d'abord sa couleur

rouge, dont e l le paroît dissoudre le pr incipe. Pour

obtenir pro m pte m en t ce ph én om èn e, il faut exposer

la ch air ,

 d'abord

  par couches

 min ces ,

 àl'action  d 'une

eau qu 'on ren ouv elle so uv en t, en plaçant par

  exemple

ce muscle sous le robinet d'une fontaine, au courant

d 'une r ivière , ou, ce qui vaut encore mieux, en le

traitant par l 'expression souvent répétée de l 'eau

dont on l ' imbibe; car si on le garde dans un bocal ,

son extér ieur seul blanchit un peu, l ' intér ieur con

serve sa couleur. L'eau qui a servi à laver un muscle

est rougeâtre, et ressemble à du sang étendu de ce

fluide : elle contient la substance colorante, plus un

peu de

 substance extractive,

 de la gélatin e,

 etc.

 Je c rois

q u e ,

  de tous les organes, le muscle est celui auquel

on enlève le plus facilement sa couleur par les mé

thod es artificielles. Devon s-nous n ou s étonner,d'après

cela, si la nature fait varier si manifestement  et si

fréquemment cette couleur par les phénomènes de la

nutr i t ion, comme nous aurons bientôt occasion de le

faire remarquer? Conservé dans l 'eau à une

  t e m p é

ratu re m od éré e , le tissu m usculaire reste  long-temps

à s'y ramollir; il en vient enfin là, et se change succes

sivement couche par couche en une espèce de pu

trilage, très-différent cependant de celui qui se

  forme

à l 'air l ibre, comme je l 'ai

  fréquemment

  observé en

mettant macérer les muscles dans une

  <*ive

  dont la

température est uniforme. D'autres fois , au l ieu de

se putréfier ainsi, le muscle se change, comme l 'a

rem arq ué le c i t. F ou rcro y, en un e substance analogue

au blanc d e baleine : alors sa fibre est d u r e , so lide.

Mais il s 'en faut de beaucoup que tous les muscles

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2 3 8 S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

conservés dans l 'eau prése nten t ce ph én om èn e. Quand

il a

 l ieu ,

 très-souv ent une espèce de pr od ui t rou geâtre,

dis sém iné d'esp ace en espace su r la surface d u muscle,

et qui est un effet manifeste de la décomposition,

annonce et ensuite accompagne cet

  état ,

  sans

  lequel

i l a aussi souvent lieu. Les macérations des amphi

théâtres présentent souvent ce produit .

L or sq u on a enlevé au x m uscles leur  substance

colorante par des lotions répétées, i l reste un tissu

blanc fibreux, dont on peut extraire encore par l 'é

bullition de l 'albumine qui s 'élève en écume, de la

gélatine qui se pr en d par le refroid issem ent, une por

tion de matière extractive qui offre une couleur

foncée en se

  concentrant,

  et quelques  sels  phospho-

r iques. Quand toutes ces substances ont disparu, le

résidu du muscle est une substance fibreuse, grisâtre,

indissoluble dans l 'eau chaude, dissoluble dans les

acides foibles, donnant beaucoup d'azote par l 'action

de l 'acide nitr ique, et présentant tous les caractères

de la fibrine du sang. I l paroît, comme

  Fa

  remarqué

le ci t . Fourcroy, que cette substance est vraiment

la substance nutr i t ive du muscle , cel le qui , exhalée

et absorbée sans

  c e s s e ,

  concourt à ses phénomènes

nutr i t i fs  plus  que toutes les autres : elle compose l 'es

sence du m u sc le , le caractérise

 spécialement,

  comme

le phosphate calcaire est la matière nutritive caracté

r ist ique  de$  os. Cette substance est-elle formée dans

le san g , et de là po rtée dan s le m u sc le , ou bie n est-elle

formée dans le muscle par la nutr i t ion, e t de là re

portée dans le sang ? Je l ' ignore. Quoiqu'il en

  soit,

elle paro ît épro uve r de très-gran des variétés dan s son

exhalat ion et dans son absorption.

  L état

  de laxi té ,

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D E L A V I E

  A N I M A L E .

  23<}

de cohésion, les apparences mille fois variées du tissu

musculaire, paroissent tenir en partie à ces variétés

de proportion. Ainsi le phosphate calcaire ou la géla

t i n e ,

  diminués par la nutr i t ion, donnent- i ls aux os

de la mollesse ou de la friabilité? C'est dans cette

portion fibreuse et essentielle du muscle, que réside

essentiellement la faculté de se crisper par l 'action

du ca lor ique ,

  soit

  en plongeant un muscle dans l 'eau

bouil lante , soit eu l 'approchant du feu; car cet te

crispation est aussi sensible dans le muscle privé de

sa substance  c o l o r a n t e ,  de sa gélatine, de son albu

mine , e t m êm e d 'u ne p ort ion de sa substance extrac-

t ive ,

  que dans le muscle

  ordina ire .

  Il y a en général

un rapport constant entre la quanti té de cette subs

tance fibreuse contenue dans les muscles, et la quan

tité qu'en renferme le sang. Dans les  tempéramens

fo r t s ,  v igoureux , sanguins comme on le  di t ,  les

muscles sont épais et bien plus fibreux. Dans toutes

les cachexies lente s où le sang est a p p a u v ri , où le

pouls est petit , foible, et oii  la nutr i t ion musculaire

a eu le temps de se ressentir du peu de fibrine du

ï a n g ,

  les muscles sont

  p e t i t s ,

  foibles ,

  m o u s ,

  etc.

En général , les muscles et

  le

  sang sont toujours en

rappor t constant , tandis que d 'autres systèmes pré

dominent souvent, pendant que ce f luide semble être

dans l ' économie en moindre quant i té .

Exposé longuement à l 'ébull i t ion, comme dans le

bouil li ord in air e , le t issu mu sc ula ire , uni encore aux

organes adjacens à ses parties communes ,

  d o n n e ,

i ° .  une écume albumineuse qui paroît dépendre plus

de la lymphe des cellules que du muscle lui-même;

a

0

,

  beaucoup de gouttelettes graisseuses provenant

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2 4 o

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

aussi spécialement du tissu cellulaire, presque étran

gères au tissu d u m uscle par co ns éq ue nt , et qu i nagent

à sa surface ; 3°. de la gélatine formée surtout

  parles

intersectious  aponévro t iques ;  4°«

  u n e

  substance ex-

tractive qui colore en partie le bouillon, lui donne

u n goû t pa rtic ul ier , et reste en partie a dhé rente à la

chair à laquelle elle communique une teinte foncée

toute différente de celle des chairs crues , teinte qui

dépend aussi de la substance colorante du muscle, et

qui du reste se change, lorsque le bouillon  refroidit,

en une te inte moins foncée, e t même comme blan

châ t re ; 5 ' .  différons sels qui concourent beaucoup à

la

 saveur

 du b o u il lo n , et qu e les chim istes o nt assignés.

Voilà

 les

 phén om ènes naturels de l 'ébullition dum uscle.

L'analyse plus étendue du bouilli n 'est pas de

mon ressort ; mais ce qui ne doit pas nous échapper

i c i ,

  ce sont les phénomènes dont la fibre est le

 siège

pendant que les produits précédens sont extrai ts ,

soit d elle , soit des tissus environnans. Ces phéno

m ène s peuvent se rapp orter à trois pér iod es.  ï °.  Ta nt

que l 'eau n'est que tiède, et même un peu au-dessus

de la température du corps, elle laisse le tissu mus

culaire dans le même état , le ramoll i t même un

peu. 2°. Quand el le approche du degré

  d'ébullition,

qu'elle co m m ence à se charger d

  écume

 a lbum ineuse ,

il se

 c r i s p e ,

  se condense , se res se rre , do nn e au mus

cle une densité très-supérieure à celle qui lui est na

turel le , e t augmente beaucoup sa résistance. J 'a i ob

servé que les muscles dans cet état supportent des

fardeaux bien plus pesans que dans l 'é ta t naturel .

 Ils

se rapprochent pour ainsi dire de cette densité

  remar«-

quable qu i les caractérise pe nd an t qu 'ils se contractent

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D E L A V I E A N I M A L E ^  241

sur le v iv an t, et qui s 'oppose si

  efficacement

  à leur

ru pt ur e. Ce tte cond ensation du t issu musculaire ,

qui es t prompte , subi te , augmente un peu jusqu 'à

l'instant de l 'ébullition où elle est à son plus haut

deg ré ;

 elle

 s 'y t ient pen dan t u n cer tain tem ps. 5° . Pe u

à peu

  elle

  diminue ; les fibres se

  ramollissent,

  d e

viennent plus faciles à se

 -déchirer

  que dans leur état

ordinaire , Ce

 ramollissement,

  à l 'opposé de l 'endur

cissement qui pr éc èd e, se pro du it lente m ent et par

gradation . Q u an d il est à un certain

 d e g r é ,

  la coction

est suffisante po ur no s tables. R em arq ue z qu'alors le

muscle n'est p oin t reven u à l 'état où il se trou vo it

avant son endurcissement ;  entr'autres  phénomènes

qui l 'en distin gu en t, en voici un essentiel : il a perdu la

faculté d e se crisper,  de se rac or nir , soit dans les acides

très-concentrés  , sojt  dans l 'alcool, soit surtout sous

l'action vive du calorique auquel on l 'expose de nou

veau . Il se po ur rit en général plus difficilement. Sa p u

tréfaction ne do nn e poin t la mê m e ode ur. O n sait com

bien sa saveu r

 différa»

  L es principes qu'il

 a

 perdu s sont

sans do ut e un e des gra nd es causes de ces différences.

Quand le muscle est exposé à un feu nu , comme

dans le rôtissage, l 'albumine s 'y condense ; la géla

tine se fond ; la fibrine pénétrée de sucs s'attendrit ; la

sub stance ex trac tive s'écoule en partie avec la gélatine

et avec des sels ten us en disso lution . C'est ce qui form e

lejus

 qui est, co m m e on sait, très-différent de la graisse

fondue. L 'extér ieur

  delà

  viande reste plus dense que

l'intérieur ; il est coloré par la substance extractive.

L ' inté r ieu r perd en part ie sa couleur naturel le ; sa con

sistance, son goût, sa composit ion même changent

entièrement. Les fibres ont, comme dans l 'ébullition ,

11 .

  16

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2 4 2  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

perdu la faculté de se resserrer, de se crisper par

les forts excitans et surtout

  parle

  feu.

Aucune partie dans l 'économie animale n'est plus

altérable par les sucs dige stifs, qu e les m usc les. Pres

que tous les estomacs su pp ort en t le bo ui lli , tandis que

plusieurs répugn ent à d 'au tres organes cuits . Les ani

maux carnaciers se jettent de préférence sur les

muscles de leur

  p r o i e ,

  que s ur les viscères pecto

raux et gastriques. La chair musculaire est pour la

plupart des

  p e u p l e s ,

  l 'aliment le plus fréquent, celui

dont

  ils n e se dé go ûte nt j am ai s; elle paro ît être le

plus nou rr issant de tous ceux que fournissent

 les

 tissus

divers

 des anim aux

  :

  es t -ce , comme on le

  di t ,

  parce

qu'il contient le plus d'azote? Quelle qu'en

  soit

 la rai

so n , c 'est une observation rem arq ua ble qu e ce rôlegé-

néral qu e joue le sys tèm e m us cu laire da ns la digestion

de  tous les carn ivo res , de l 'h om m e en particulier. Ce

pendant toutes les parties de ce système ne paroissent

pas également propres à flatter le goût des animaux.

Par exemple , c'est u n e o bs erv atio n sin gu lière , que les

cadavres apportés dans nos amphithéâtres, et que les

rats ont attaqu és dan s les cim etiè res , se trouv ent tou

jours presque exclusivement rongés dans les muscles

de la face.

Observez à l 'égard de cet usage des muscles dans

la digestion , que c'est la portion du système fibreux

qui est ad hére nte a ux m us cle s, et qu i fait , pour

ainsi

  d i r e ,

  corps avec eux, je veux dire les tendons,

qui est la plus altérable par la macération, par l 'ébul

lit ion, et sans doute par les sucs digestifs. Remar

quez encore que la grande masse que représentent

les muscles dans le corps de tous  les  animaux dont

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D E L A V I E A N I M A L E .

  243

ils form ent plu s d u

  t i e r s ,

  offre aux espèces carni

vores d'amples matériaux à leur nutrition : ainsi la

nature, en multipliant ces organes pour les besoins

de l ' individu qu'ils

  meuvent,

 semble-t-elle  les multi

plier aussi pour ceux des individus que celui-ci doit

un jour nourr ir . En les formant dans chaque espèce,

elle travaille pour les autres espèces autant que pour

celle-là. Qui sait si ce but général que l 'observation

nous présente d ans la série de tous les an im au x , n 'est

pas la cause de cette préd om inan ce rem arqu able q ue

les muscles présentent sur les autres systèmes ? Qui

sait si la nature n'eût pas diminué les puissances de

la mécanique animale qui sont et  si  nombreuses et si

com pliquées en com para ison d e celles de nos m achin es

artificielles, qui sait si elle n'eût pas simplifié les

moyens en laissant les mêmes résultats, si les mou

vemens des animaux avoient été l 'objet unique de la

formation des muscles ?

L é sexe influe bea uc ou p sur laq ua lité de la chair des

anim aux . Je ne crois pas qu 'on ait aucu ne do nn ée sur la

nature de F influence qu 'exe rcen t sur ellesles parties gé

nitale s; m ais voici à ce sujet plusieurs faits re m ar q u a

bles. L es m uscles des

 mâles,

 plus fo r t s , m ieux nou rr is ,

ont plus de sa ve ur , résistent plus long-temp s à la

coction, sont plus fermes, e tc . L'eau bouil lante al

tère au contraire plus vite le tissu des femelles; il est

plus tendre, donne au bouil lon une saveur moins

forte.

  Dans la saison du

  rut ,

  le système musculaire

des premiers se pénètre d'une odeur particulière , qui

même souvent le rend désagréable au goût. C'est une

observation facile à vérifier  dans les qu ad rup èd es, les

oiseaux,les

  poissons même qu'on sert sur nos tables.

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2 4 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

Sans prendre une odeur aussi marquée, les chairs

des

  secondes deviennent à cette époque mollasses,

flasques et peu savoureuses.

§ 1 1 .  Parties communes à  l Organisation  du

Système m usculaire de la Vie animale. Tissu

cellulaire.

L e tissu cellulaire est très-a bo nd an t da ns le système

musculaire : je ne connois pas même de système qui

en soit po urv u en pr op ort ion plus gra nd e. Ce tissu

forme une couche extrêmement marquée autour de

chaque muscle. Cette couche est le plus communé

m en t lâc he , rem plie de gra isse , facile à être distendue

par l 'air dans les emphysèmes, par la sérosité dans

l'anasarque.

  D'autres fois elle est plus dense, plus

se rré e, vér i tablem ent disposée en m em br an e. Telle

est,

  par ex em p le , celle qui recou vre le gran d oblique

de l 'abdomen dont la dissection est, à cause de

  cela,

difficile pour les commençans. Les autres muscles ab

dominaux, le trapèze, le grand dentelé e t le grand

dorsal présentent aussi cette disposition. On  diroit

que par elle la nature supplée aux aponévroses qui

manquent sur les muscles larges du tronc. Au reste

cette couche n 'a que l 'apparence membraneuse, e l le

n'en a nullement l 'organisation; elle disparoît dans

les infiltrations où toutes les membranes véritables

restent.

Outre cette enveloppe générale du muscle, chaque

faisceau a une enveloppe moindre, chaque fibre une

enveloppe encore moins considérable , chaque  fibrille

une  gaine presque insensible , quoique réelle. O n peut

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D E L A V I E

  A N I M A L E .

  2 4 ^

donc se représenter

  le

  tissu cellulaire des muscles,

comme formant une série d'enveloppes successive

m ent décro issantes. Ce s enveloppes favorisent le m ou

vement des fibres qu'elles isolent, soit par la sérosité

des cellules , soit par la graisse qu i s'y tr o u v e , do ub le

fluide

  q u i ,

  en

 lubrifiant,

  rend plus facile leur glisse

m ent m u tu el . So u ve nt , entre ces fibres, le tissu cellu

laire paroît former des espèces de traverses qui les

coupent à angle droit. On voit surtout cette disposi

tion dans l 'extenseur propre du gros orteil , dans l 'ex

tenseur  c o m m u n ,  do nt les faisceaux cha rnu s son t

larges et m inces lo rsq u'o n les dis ten d. D an s la plupa rt

des muscles épais, r ien de semblable ne s 'observe.

La quantité de tissu cellulaire intermusculaire est

singulièrement variable. En général dans tous les

muscles larges, dans les grands muscles longs, i l est

très - abo nd ant. Il est m oin dre propo rt ionnellem ent

en tre les fibres de c eu x des

 gouttières

 vertébrales. De r

rière le cou, les

  sp lén ius ,

  les co m plex us, e tc . , en ont

moins que beaucoup d 'autres , sur tout dans les es

paces qui les séparent.

Quelquefois des prolongemens cellulaires assez

considérables se trouvent au milieu des muscles, et

sem blent les pa rtag er en d e u x : tel est celui qui sé

pare la portion claviculaire du grand pectoral ; cela

a même embarrassé quelquefois les anatomistes sur

la division de ces organes.

En général le tissu cellulaire fixe les muscles dans

leur position : Fart de la dissection le prouve. Les

fusées de pus qui souvent font l 'office du scalpel,

rendent aussi très-sensible cet

 u s a g e ,

  lequel n'exclut

point la mobilité en tous sens à laquelle se prête la

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2 4 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

grande extensibilité du tissu cellulaire. Non-seulement

le tissu cellulaire fixe les muscles les uns aux autres,

mais encore il attache chacune de leurs fibres aux

fibres vo isi ne s; il s 'affaisse d an s leur c on trac tion ,

s'alonge dans leur distension; si elles en sont privées,

leurs mouvemens deviennent ir réguliers e t

  vagues,

j ' a i

  plusieurs fois isolé par le scalpel un muscle mis à

découvert sur un animal vivant,  en plusieurs petits

faisceaux ; en faisant ens uite co ntr ac ter ce mu scle par

l ' irr itation de la m oelle, au m oy en d 'u n stylet introduit

dans son ca na l , j ' a i rem arqu é d 'une m anière mani

feste cette ir régular i té de m ou vem en t.Fe nd ezlo ng itu-

dinalement un muscle d 'un membre depuis son ten

don supérieur jusqu'à

  l'inférieur,

 de m an ièr e à le di

viser en deux ou trois portions entièrement isolées;

irritez en suite une de ces p o rt io n s, l 'au tre ou les deux

autres resteront presque toujours en

  r e p o s ,

  tandis

qu une seule fibro irritée dans un muscle sain, met

en

  mouvement

  la totalité de ce muscle. La section

des vaisseaux , des nerfs, peut sans doute influer un

peu sur ce phénomène; mais cer tainement cel le du

tissu cellulaire y concourt aussi.

Souvent dans les hydropiques, la sérosité du tissu

intermu sculaire est rou ge âlre ; c 'est un phén om ène ca

davérique qui  dépend  de ce que celte sérosité a agi

après la mort sur la substance colorante. Je crois que

l'effet de celte lotion ne peut avoir lieu pendant la

vie que difficilement. La graisse surabonde quel

quefois dans ce

  t i s su ,

  au point que les fibres char

nues étouffées par elle pour ainsi dire, disparoissent

et la laissent voir uniquement; mais souvent aussi on

prend pour cet état graisseux des muscles, l 'aspect

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D E L A V I E A N I M A L E .

  2 4 ^

jaunâtre de leurs fibres , aspect produit par l 'absence

de substance colorante. Je n'ai vu le premier état que

rarement ; le second est extrêmement fréquent

  ;

  on

s'y

  méprendroit  quelquefois au premier coup

  d'œil.

Mais l 'ébullition et la combustion prouvent facile

men t

  qne

  la graisse est absolument étrangère à cette

décoloration des muscles examinés dans cet état.

Vaisseaux.

L es artère s des m uscles so nt très-apparentes ; elles

viennent des troncs

  v o i s in s ,

  pénètrent par toute la

circonférence de l 'organe, plus cependant vers son

milieu q ue vers ses extrém ités. Elles ram pen t d 'abo rd

entre les faisceaux principaux, se divisent ensuite et

se portent par leurs divisions entre les faisceaux se

con daires , se sub div isen t et se rpe nte nt e ntr e les fi

bres , de vi en ne nt enfin capillaires et acco m pag nen t

les fibrilles où elles déposent par le système exhalant

la matière natritive. I l est peu d'organes qui

  aient,

à prop ort ion de leur v o lu m e, plus de sang que les

muscles.

Ce sang est essentiellement nécessaire à entretenir

leur ex cit a t io n, co m m e no us le v er ro n s: c 'est lui

qui colore le t issu musculaire , mais non, comme

il le semble  d'abord,  en circulant dans ce tissu. La

portion circulante ou libre n'y concourt que peu.

C'est la portion combinée avec le tissu rhusculairc,

celle qui concourt à sa nutrition, qui lui donne sa

couleur; en voici les preuves :  i ° .  Les fibres des

intestins sont aussi et même plus pénétrées du sang

circulant,

  que celles des muscles de la vie animale ,

et cep end ant leur tissu est m anifestement blanchâtre

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2 4 8  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

là où ces vaisseaux ne se trouvent pas. 2°. Plusieurs

animaux à sang rouge et f roid,

  les

  grenouilles en

part iculier , ont des muscles presque blancs, e t ce

pendant beaucoup de vaisseaux rouges parcourent

ce tissu blanc. 3°. J'ai observé que dans les animaux"

asphixiés, la substance colorante ne change point de

couleur, sans doute parce qu'elle est lentement com

binée avec le muscle par la nutr i t ion; qu 'au con

traire, si on coupe alors un muscle dans les derniers

instans  de la  v i e ,  pendant que le sang veineux cir

cule encore dans le système artériel, ce sang s'écoule

par des jets noirs des artères musculaires, le tissu

m usculaire lui-m êm e restant rou ge. C ette expérience

curieuse, que j 'a i indiquée dans un autre ouvrage,

se fait en asphyxiant exprès un animal par une com

pression sur la trachée-ar tère , ou par tout autre

moyen d ' intercepter l 'a ir dans ce conduit , pendant

qu'on examine le système des muscles. Lorsqu'un

muscle a resté exposé pendant quelque temps au con

tact de Fair , à celui de Foxigène spécialement, sa

couleur rouge devient sensiblement plus brillante.

Les vaisseaux musculaires laissent dans certaines

circonstances échapper le sang qu'ils con tienn ent : de

là diverses espèces d'hémorragies remarquables sur

tout dans les scorbutiques, quelquefois dans les fiè

vres pu tride s , rarem en t et m êm e jam ais dans les

maladies que l 'accroissement de vitalité caractérise.

Infiltrés de sang dans les hémorragies accidentelles,

spécialement dans les anévrismes faux par diffusion,

les muscles perdent en partie leur mouvement; cela

arrive aussi dans les contusions, où de semblables

infiltrations s'observent.

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D E L A V I E

  A N I M A L E .

  249

Les veines suivent par-tout les artères dans les

muscles; e l les ont les mêmes distr ibutions, e t reçoi

vent des contra ction s de ces organ es u n secours es

sentiel à leur actio n. L e jet de sang est plus fort  quand

le m alade q u 'o n saigne con tracte ses m us cle s, que

quand il les relâche ;  il y a pour ainsi dire expression

du f luide, comme d 'une éponge humide qu'on serre .

La circulation artérielle ne présente point ce phéno

mène. J 'ai observé que si on ouvre l 'artère du pied

d'un animal, e t qu 'on fasse contracter for tement,

par l ' irritation des nerfs, les muscles de la jambe et

de la cuisse à travers lesquels cette artère passe avant

d'arriver au pied, le jet n 'est pas plus fort que pen

dant le relâchement.

J'ai plusieurs fois injecté les veines des muscles

de la vie animale, avec facilité, des troncs vers les

branches ; ce qui m e fait

  c r o i r e ,

  malgré ce qu'a

di t Hal le r , que dans  ces  or ga ne s , comm e dans le

cœur,

  les valvules sont moins nombreuses que dans

plusieurs autres. Sans doute que les secours que les

veines empruntent de leurs organes environnans,

suppléent à ces replis, ou plutôt les rendent inutiles,

le poids de la colonne de sang ne faisant pas un

grand effort contre les parois veineuses. Les varices

des veines musculaires sont , comme on le sai t , ex

trêm em ent rares. Ces veines sont de deu x ordres :

les unes accompagnent les artères et suivent le même

trajet, les autres rampent superficiellement à la sur

face de l 'orga ne , sans avoir d'artère s corresp ond antes.

Il y a des absorbans et des exhalans dans les mus

cles ;

  mais on ne peut que difficilement suivre les

premiers, et les seconds ne

  s'aperçoivent

  point .

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2 5 o S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

Nerfs.

Les nerfs des muscles de la vie animale viennent

pre sq ue tou s du cerveau ; les ganglions en fournissent

peu : quand cela

  a r r i v e ,

  comme au cou, au bassin,

e tc . ,

 ou tre les filets pro ve na nt des

 ces

 centres n erveux,

il y a toujours des filets de nerfs cérébraux ; sans cela

ces muscles seroient involontaires. Peu d'organes

reçoivent plus de nerfs à proportion de leur volume,

que les muscles. En général les extenseurs paroissent

en avoir un peu moins que les fléchisseurs; mais  la

différence est très-peu se ns ible . Il est vrai que tous

les gros tron cs ne rv eu x son t d an s le sens de la flexion;

que dans celui

 de F

 exte nsio n il n 'y a qu e de s branches

ou des rameaux, comme on le voit à la partie posté

r ieure du  b r a s ,  de l 'avant-bras , de la colonne verté

brale , etc. Il est vrai aussi que cette remarque est

encore applicable à l 'existence des  vaisseaux  , qui

sont et plus gros et plus nombreux dans le premier

que dans le second sens ;  mais ce nombre plus grand

de vaisseaux et de nerfs, vient de ce qu'il y a bien

plu s d e fléchisseurs qu e d 'ex te ns eu rs , de ce que les

premiers sont plus  fo r t s ,  à fibres p lus m ultipliées ;

en sorte que chacune de ces fibres ne reçoit guères

plus de filets nerveux ou

  vasculaires dans

 les un s que

dan s les au tres m uscles. Je crois peu fondé ce qu'ona

dit sur la différence de force des fibres des fléchisseurs

et des ex ten seu rs, sur la prédom inan ce des premiers,

etc.

  Si ceux-ci l 'emportent, c 'est qu'ils sont ou plus

nombreux , comme au p ied , à la ma in , e tc . , ou

plus avantageusement disposés, comme au tronc sur

lequel les muscles abdominaux agissent

  très-loin

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D E L A V I E A N I M A L E .

  2 5 l

du point d'appui pour fléchir

  l'épine,

  tandis que

pour l 'étendre les muscles dorsaux exercent leur ac

t ion immédiatement à côté de ce point

  d'appui,

comme encore au cou où les muscles qui abaissent

la mâchoire inférieure et la tête lorsque cet os est

fixe, sont bien plus éloignés des condyles  occipitaux,

que les mu scles qui agissent po ur pro du ire F exten sion.

Quelle que soit la cause de la supériorité des fléchis

seurs, on ne peutlarévoquer e n d o u t e . ï «.Dans les con

vulsions hy sté riq ue s, da ns celles des

 enfans ,

 et c . , dans

tous les mouvemens spasmodiques où la volonté est

n u l l e ,

  les contractions ont lieu bien plus dans le sens

de la flexion, que dans celui de

  l'extension,

  ce qui

arrive

  cependant. 2°. Chez les vieillards les fléchis

seurs finissent enfin par l'emporter sur les

 extenseurs

 :

par exemple les doigts se courbent presque constam

ment au pied et à la main. 3°. Dans tous les mouve

mens la force est toujours du côté de la flexion.

E n p én étra nt les m u sc le s, les nerfs les cou pen t aux

m em bre s à angle très-aigu , parce que les tron cs ne r

veux sont dans la direction naturelle de ces organes.

Au tronc au contraire , les nerfs sortant de l 'épine,

les cervicaux su rto u t, pén ètre nt leurs mu scles à angle

presque droit ou moins sensiblement aigu : cette

circonstance est indifférente. Chaque branche ar

rivée dans les fibres charnues, se divise d'abord et

se subdivise dans leurs interstices, puis se perd dans

leur tissu. Chaque fibro

  reçoit-elle

  une ramuscule

nerveuse? On seroit porté à le croire , d 'après cet te

observation que la branche principale étant irr itée,

toutes les fibres entrent en action, aucune ne reste

inerte . M ais d 'un autre cô té , si on en ir r ite u n e ,

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2 5 2 S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

toutes se meuvent

  au s s i ,

  ce qui est certainement un

phénomène sympath ique , ou dépendant des com

munications celluleuses.

L es nerfs se dépo uillent-ils de leu rs envelopes cellu

leuses, deviennent-ils pulp eu x

 en

 entran t dan s

 les

 mus

cles ? La dissection ne m'a montré rien de semblable.

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système musculaire de là

Vie animale.

I L  est peu de systè m es da ns l 'écon om ie où les pro

priétés vitales et de tissu se trouvent à un degré aussi

énergique et aussi

 prononcé,que

  dans celui-ci. C'est

dans les muscles qu'il faut choisir des exemples de

ces propriétés , pour en donner une idée précise

  et

exacte. Les propriétés physiques au contraire y sont

peu marquées ; une mollesse remarquable les carac

térise : point de force élastique dans leur tissu

 ;

  très-

peu de résistance de la

  pari

  de ce tissu dans l'état de

mort : ce n'est que de la vie qu'il emprunte la force

qui

  le caractérise da ns ses fo nctio ns.

§ I

e r

.

  Propriétés de tissu. Extensibilité.

L'extensibilité se manifeste dans le système mus

culaire animal , en une foule de circonstances. Les

mouvemens divers de nos part ies rendent évidente

cette pr op rié té. T el le est en effet la dispo sition du

système musculaire , qu'une de ses portions ne peut

être contractée sans que l 'autre ne soit distendue. La

cuisse fortement fléchie, alonge les demi-nerveux,

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D E  L A '  V I E  A N I M A L E .  253

demi-tendineux  et biceps. Le bras porté en dehors

met en extension le gran d pe cto ral; éle vé , il distend

le grand dorsal et le grand rond. Toutes les grandes

flexions mettent en  jeu  cette prop riété dan s les exten

seurs ;  toutes les extensions la rendent sensible 'dans

les  fléchisseurs. Un muscle qui est étendu par son

antagoniste , est dans un état purement  passif;  il est

pour ainsi dire momentanément abandonné de sa

contractili té, ou plutôt il la possède, mais elle n'y

est point en action; il ne fait qu'obéir au mouvement

qui lui est co m m un iqu é. R em arq ue z que d ans ces cas

la distension p orte exclusivem ent sur la portion char

n u e ,

  que le tendon y est étranger; i l reste le même ,

quelle que soit la distance des points d'attache, que

ces points s'éloignent ou se rapprochent dans les di

verses extension s auxque lles

 les

 m uscles sont exp osés;

les plus longs  sont les plus susceptibles de s'y p rê te r.

Le couturier , les muscles postér ieurs de la cuisse,

e t c . ,  présentent ce phénom ène d 'un e manière sen

sible : aussi  l

e u r

  position y est-elle acco m m od ée. E n

général tous les muscles remarquables par leur lon

gueu r sont superficiels , et passent le plus co m m un é

ment sur deux ar t iculat ions, quelquefois même sur

trois et

 q u a t r e ,

  comme aux membres . Or le nombre

de ces articulations rend susceptible de très-grandes

variations F espace co m pris en tre les de ux poin ts d'at

tache , v ariatio ns aux que lles se prê te la g rand e ex

tensibilité de ces m uscles. O n co n ço it, d 'après ce

qui a été dit plus haut, que c 'est à la longueur des

fibres charnues, et non à la longueur totale du mus

c le ,

  que son degré d'extensibilité est

  relatif.

  Ceux

auxquels beaucoup d 'aponévroses sont entremêlées,

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2 5 4

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

et qui em pr un ten t en part ie de ces m em bran es ou des

tendons leur étendue , jouissent moins de cette pro

pr ié té . Voi là p ou rqu oi , dans les m êm es mouvemens,

des m uscles de m êm e lon gu eu r totale deviennent

plus ou m oins c o u r t s , plus ou m oi ns alongés dans leur

port io n cha rnu e. Ob servo ns ce pen dan t que quand la

por t ion tendineuse

  prédomine

  beaucoup d 'une part ,

et que de l 'autre elle est très-mince, elle prête un peu

de son

  c ô t é ,

  comme on le voit aux plantaires et aux

palmaires grêles.

Si de l 'état na ture l no us p asson s à l 'état pathologique,

nous voyons l 'extensibilité musculaire se manifester

à un degré bien plus sensible encore. A la face , l'air

accumulé dans la bouche, la gonfle en alongeant les

buccinateurs ; les tumeurs diverses de cette cavité,

les fongus, les sarcomes distendent souvent les petits

muscles faciaux d'une manière qui nous frapperait ,

si no us avions

 égard,

 dans ce ph én om èn e, au peu

 d'é

ten du e natu relle de ces m uscles qu 'ils tr iplent et qua

dru ple nt m êm e. L es m uscles des paup ière* et de l'œil

dans les carcinomes volumineux de cet

  organe,ceux

de la partie antérieure du cou dans les grands engor-

gemens

 de la thy ro ïd e, le gra nd pecto ral dans les ané-

vrismes considérables ou dans les autres tumeurs de

l 'aisselle, les muscles abdominaux dans la grossesse,

dans

  l'hydropisie,

  dans les tumeurs diverses du bas-

ventre , etc., les muscles superficiels et larges du dos

dans certains lipomes qui leur sont subjacens, nous

présentent ces phénomènes de distension d 'une ma

nière remarquable. Les muscles des membres y sont

m oins sujets, parce que d 'un côté m oin s de causes dé

veloppent des tum eu rs au-dessous d 'e u x , e t que d 'un

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D E L A V I E A N I M A L E .  255

autre côté les apon évroses ne se prêtero ient po int

aussi aisément à ces phénomènes.

Contractilité de tissu.

La contractili té de tissu est portée au plus haut

point dans les muscles. Ces organes sont dans une

tendance continuelle à la contraction , surtout quand

ils ont dépassé, en s 'alongeant, leur grandeur natu

relle.

 C ette ten dan ce est indép end ante de l 'act ion des

ner fs ,

  et de la propriété irritable du tissu mu scu laire.

Elle est influencée par la  v i e ,  mais elle n'y est pas

spécialement liée : c 'est de la structure des muscles

qu'el le dépend essentiel lement. Le phénomène re

marquable des muscles antagonistes en résulte. Voici

ce p héno m ène :

Chaque point mobile de la charpente animale est

toujours entre deux forces musculaires opposées ,

entre*celles

  de flexion et d'ex tens ion , d'élévatio n

et

  d'abaissement,

  d 'adduction et d 'abduction , de

rotation en deh ors et de rotation en ded ans , etc .

Ce tte oppo sition est un e co nd ition essentielle au x

mouvemens ; car pour en exercer un, il faut que le

point mobile soit dans le mouvement opposé ; pour

se fléchir, il faut qu'il soit préliminairement  é t endu ,

et réciproquement. Les deux positions opposées ,

que pre nd un e partie m obile , sont alternativ em ent

pour elle, et le point de départ et le point d'arrivée ;

les deux extrêmes de ces positions sont les deux

bornes entre lesquelles il peut se mouvoir. Or entre

ces deux bornes il y a un point moyen; c 'est le point

de repos d e la partie m obile : qu an d elle s'y tr o u v e,

ses muscles sont dans leur état naturel; dès qu elle le

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2.56  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

franchit,

  les uns sont tendus, les autres

 contractés J

et telle est leur

  d i spos i t i on ,

 que la contraction et l'ex

tension qui ont lieu en sens opposé, sont exactement

en raison directe. D'après cela, dans l ' influence ré

ciproque que les muscles exercent les uns

  sur

 les au

t r e s ,

  ils sont donc alternativement actifs et passifs,

puissance et résistance , organes mus et organes qui

font mouvoir. L'effet de tout muscle qui se contracte

n'est do nc pas seulem ent d 'agir sur l 'os auquel il s'im

p la n te , m ais enco re sur le m uscle opp osé. Souvent

m êm e en tre de ux m uscles ainsi op po sés, il n'y a point

d'organes solides intermédiaires,comme  aux lèvres,

sur la ligne blanche , etc. Le muscle d'un côté agit

alors directement sur celui qui lui

  correspond,

 pour

le di ste nd re . O r cette action d es m usc les les uns sur

les autres est précisément le phénomène des anta

gonistes : deux muscles sont

  t e l s ,

  quand l 'un ne peut

pas se contracter sans que l 'autre ne  s'alonge,et réci

pro qu em en t. E xa m ino ns dans ce phé nom ène le rôle

de la contractilité de tissu :

 il

 faut bi en distin guer son

influence de celle des forces

  v i ta les ,

  ce qu'on n'a

point fait assez jusqu'ici.

U n mu scle un e fois placé dans sa position m oyenn e,

ne peut s'en  éloigner  que par l'influence des forces

vitales , que par la contractilité animale ou par l'or

gan ique sen sib le, parce q ue da ns cette position la con

tractilité de tissu de son antagoniste

  fait

  équilibre à

 la

sienne, et qu'il faut par conséquent une force ajoutée

à celle-ci, p o u r su rm on te r celle qu i lui est opposée.

Mais si ce muscle se trouve dans une des deux posi

t ions extrêmes de la précédente, par exemple dans

l'adduction,l'abduction,

  la flexion,l'extension ,etc.j

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D E L A V I E A N I M A L E .

  2.5j

alors il y aura inégalité d'action dan s les antag on istes,

sous le ra pp or t de la con tractilité de tis su ; le plus

ten du fera pou r se co ntr acte r un effort bien plus gr an d

que celui qui est déjà raccourci. Pour maintenir l 'é

quilibre, il faut donc que les forces vitales co nti nu en t

à influencer les muscles contractés. Aussi toute posi

t ion extrême des membres, e t d 'une part ie mobile

quelconque, ne peut dans l 'é ta t ordinaire , ê tre main

tenue que par

  1

  influence des forces vitales. Que ces

forces cessent d'être en action, aussitôt la con

tractili té de tissu d u m uscle al on gé , qui tendo it à

.s exercer

  ,

  mais qui en étoit empêchée, s 'exerce en

effet,

  dev ient efficace, et ram èn e la partie m obile à sa

position moyenne , position où l 'équilibre se rétablit .

Voilà pourquoi dans tous les cas où l ' influence céré

brale est nulle sur les muscles, où ils ne sont point

irrités par des slim ulans , les m em bre s se tro uv ent

constamment dans une posi t ion moyenne à l ' exten

sion et à la flexion ,

 à

 l 'abduction et à l 'addu ction ,

 etc»

C 'est ce qu i arrive dan s le som m eil ,chez le f œ t u s ,  etc.

J 'ai montré ailleurs comment la disposition osseuse

de chaque articulation est accommodée à ce phéno

m èn e , co m m en t tou te espèce de rapport entre les sur

faces articulaires, autre que celui de cette position

m o y e n n e , présente un état forcé où cer tains l igamens

son t néces saire m en t plu s tiraillés que les au tres , et

où jam ais les surfaces ne son t e n contact aussi gén éral

que dans celte position. Dans certaines fièvres qui

portent sur la vie et la texture musculaires une in

fluence comme délétère, la prostration horizontale et

l 'extension des m em bres ne viennent pas d 'u n s u r

croît d 'act ion des extenseurs, mais du peu d 'énergie

i l .  17

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2 6 8

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

des fléchisseurs qui n'ont point la force de surmonter

le poids du m em bre : aussi rem arq ue z q ue toute

 atti

tu d e an alogu e coïn cide to ujo urs avec des signes de foi-

Liesse générale ; c 'est celle des fièvres pu tr id e s , etc.

La section d'un muscle vivant nous offre

  d«ux

phén om ènes qui sont m anifestem ent le produit de

la contractilité de tissu.

i ° .  Les deux bouts se rétractent en sens opposé;

il reste entre ces bouts divisés un intervalle propor

tionné à la rétraction. Cette rétraction n'est pas

mesurée, comme on Fa cru, par les degrés des con

tractions du muscle ; si cela

  étoit,

  il suffiroit dans

une plaie transversale de mettre le membre dans le

plus grand relâchement possible, pour affronter les

bouts divisés

 :

 or so u ve n t, da ns ce ca s , ces bouts res

tent encore écartés; donc la rétraction est souvent

supérieure à la plus grande contraction du muscle

considéré dans son état naturel .

2 ° .  L'antagoniste du muscle coupé qui n'a plus

d'effort à s u rm o n te r, se co ntr act e et fait pencher de

son côté la partie mobile, s ' i l n 'y a pas d'autres  mus-

«

  les qui, agissant dans le sens du premier, suppléent

à ses fonctions. Ce dernier phénomène a lieu aussi

jusqu'à  un certain po int da ns les paralysies de la

lace .

  La bouche se tourne alors du côté sain. J'ob

serve

  cependant à cet égard que cette déviation n'est

jamais aussi sensible qu'elle le seroit par là section

du muscle devenu paralytique, lequel a conservé

sa contractilité de tissu. Cette contractilité restante

fait en p artie équilib re avec celle des m uscles du

côté  sa in , pen da nt l 'absence des m ou ve m en s : aussi

«-a déviation ne dev ient très-m arqu ée qu e lorsque les

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D E  LA  V I E A N I M A L E .  269

malades veulent par ler , que lorsque par conséquent

les forces vitales mettent en jeu les muscles sains,

auxquels les autres ne peuvent  s'opposer*  L a p a

ralysie du  sterno-mastoïdien  présente pour toute

la tête un phénomène analogue à celui que les mus

cles précédens inactifs déterminent sur la bouche.

Souvent le strabisme tient encore à cette cause.

En général , dans tous ces phénomènes , i l faut

bien distinguer ce

  qui

  appartient aux forces vitales,

de ce qui dé pe nd de la contractili té du tissu. L es

muscles sont antagonistes sous le rapport de ces

forces, comme sous le rapport de cette contractili té :

or , comme la contraction dépendante de l ' inf luence

nerveuse ou

 de F

 ir r i tabil i té ,

 est bien

 plus marquée que

celle provenant du tissu organique, les phénomènes

des antagonistes sont bien plus

 frappansdans

  la para

lysie,

  lorsque les muscles sains sont mis en jeu de la

prem ière m aniè re . Il paroît que dans beauco up de p a

raly sies , la con tractilité de tissu

 est

 aussi

 un

 peu altérée

du côté affecté; mais jamais elle n'est totalement dé

tru ite , de manière à ce que dans l 'amp utation d 'u n

membre paralysé , il  n'y ait point de rétraction mus

cula ire. J'ai fait celte exp érien ce su r u n chien : les nerfs

ayant été coupés dix jours auparavant, et le  membre

étant resté immobile depuis cette époque, la section

des muscles produisit un  écartemént  manifeste entre

leurs bords; e t même, en coupant ensui te compa

rat ivem ent le m em bre resté sain, je ne trouvai au cune

différence.

C'est surtout lorsque les muscles ont été  prélimw

nairement  distendus, et qu'on fait cesser leur disten

sion , q ue la con tractilité de tissu se pr on on ce . L a

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2 6 0 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

ponct ion dans Fascite et l 'accouchem ent  pour les mus

cles abdominaux ,

  l'ouverture

  des dépôts profonds

pou r ceux du t ro nc , l 'ext i rpa t ion d 'u ne tum eur

 située

sous un m uscle qu elco nq ue , e t c . , no us m ontren t cette

prop riété en action d 'u ne m an ière extrêm em ent mar

q u ée .

  Il est cependant une observation à cet égard;

sav oir, que si l 'exten sion a été de longu e d uré e, ou

bien si elle

  s'est  fréquemment

  r é p é t é e ,

  la

  contrac

tion con sécu tive est b ien m o in dr e , parce que le

tissu m us cu lair e a été affoibli pa r l'état pénible où

il

  s'est

  t r ouvé : de l à ,  i ° .  la flaccidité d u ven tre , à

la suite des grossesses multipliées; 2

0

. la laxité du

scrotum, après la ponction d'un ancien hydrocèle.

3 ° .  J 'ai vu chez Desault un homme opéré en Alle

magne, d'un f 'ongus de la bouche, et qui avoit con

servé du côté où étoit la maladie des rides remar

q u a b l e s ,

  dé pe nd an tes de l 'éten du e plus grande du

plan charnu de ce côté , qui ne pouvoit  plus  se con

tracter comme l 'autre; la mastication ne se faisoit à

cette époque que du côté sain. 4°« Q uan d les femmes

ont fai t beaucoup d 'enfans, le diaphragme  s'affaiblit

pa r des pression s ré p ét ée s, et de là en partie la mo

bilité plus grande des côtes qui suppléent plus chez

le sexe, au défaut d'action de ce muscle. Je crois

que dans diverses affections chroniques de poitrine

et de bas-ventre, où il y a distension prolongée de

ce m us cle , les m édecin s de vr oi en t , plus qu 'i ls ne

le

  font,

  avoir égard à cette cause de la difficulté de

respirer, lorsque le principe de la distension n'existe

plus , comme à la suite de l 'évacuation des hydro-

pisies ,

  etc.

L'étendue de la contractili té de tissu est dans

 les

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D E L A V I E

  A N I M A L E .

  2 6 1

muscles, proportionnée à la longueur des fibres: voilà

pourquoi, dans les amputations, le plan superf ic iel

se rétracte dav antag e qu e le profond ; pou rqu oi , dans

le sommeil, les phénomènes de contractili té de tissu

sont très-apparens dan s les m em bres don t les mu scles

sont très- longs; pourquoi, dans les antagonistes, la

nature a opposé, en général , l 'un à l 'autre ,

  des

  m u s

cles prop ort ionn és ; p ou rq u oi , par co nsé qu ent, un

muscle à longues fibres a rarement pour

  1 équilibrer

un m uscle à fibres

 c o u r t e s ,

 et récip roq uem en t. Le s flé

chisseurs et les extenseurs du bras, de

 1

  avant-bras ,

de la cuisse , de la jambe, sont à peu près de même

étendue

 ;

  les rotateurs en dehors et ceux en dedans

de l 'humérus, implantés les uns dans la fosse sous-

épineuse, les autres dans la

  souscapula i re ,

  se res

semblent aussi sous ce rapport. La proportion entre

les antagonistes est encore plus remarquable à la

face où les mêmes muscles agissent le plus commu

nément en sens inverse de chaque côté de la ligne

médiane.

La vitesse des contractions,

 née de

  la contractilité

de

  t i s s u ,

  n'es t poin t co m m e celle pro du ite par la

contractilité an im ale , ou par l 'organiqu e sensible, qu i

sont constamment plus ou moins marquées, suivant

que l ' influence nerveuse ou le stimulant agissent plus

ou moins fo r tement . T o u t mouvem ent d épendant

de la contractili té de tissu est lent, uniforme, régu

lier ; ce n'e st que qu an d le tissu m uscu laire est affoibli

qu'il diminue ; i l n 'augmente que quand ce tissu est

plus prononcé : d'où il suit que les variétés de vitesse

ne peuvent s 'observer que dans différons individus,

ou sur le mê m e à différentes épo qu es, e t n o n , com me

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fi62

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

da n s F exercice des forces

 v i ta les ,

 d 'un ins tant à l'autre,

C'est là une grande et remarquable différence entre

l 'une et l 'autre espèces de propriété,

La mort affoiblit la contractilité de tissu, mais

elle ne l 'anéantit point : un muscle étant coupé, se

rétracte long-temps après que la vie ne l 'anime plus,

La putréfaction seule met un terme à l 'existence de

cette propriété. Il en est de même de l 'extensibilité,

J'o bs er ve ce pe nd an t qu e tan t q ue la chaleur vitale

pénètre encore les muscles , i ls sont plus  rétractiles

que quand le froid de la mort s'en est emparé.'

Haller place sur la même ligne , et fait dériver des

m êm es p rin ci p es , les ph éno m ène s résultant de la

contractilité de tissu qui, à certaines différences près,

répond à sa force morte, et ceux produits par l 'action

des acides co n ce n tré s, d e l 'alcool, du fe u , etc. sur les

substan ces anim ales qui se cri sp en t, se resserren t, se

rac or ni ssen t p ar l'effet de ces différons agens. Mais

voici plusieurs différences qui isolent essentiellement

les uns des autres ces phénomènes.

  ï

  °. La contracti

lité de tissu est très-peu prononcée dans des organes

où la faculté de se rac orn ir est tr è s -s e n s ib le , par

exemple , dans  tous les org ane s des systèm es fibreux,

fibro-cartilagineux, s é r e u x , et c. et c. 2 ° . L a contrac

tilité de tissu est ré p a n d u e , à des deg rés très-variables,

da ns les parties ; de pu is les m uscle s et la p ea u , qui en

jouissent au plus haut degré,  jusqu  au x cartilages qui

en sem blent d ép o u rv u s, i l est un e foule de variations;.

la faculté de se racornir par les agens indiqués est,

au contra i re , presque uniformément d is t r ibuée , ou

au moins ses différences sont bien moins sensibles,

3 ° .  L'une devient nulle dans les organes desséchés,

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D E L A V I E A N I M A L E .  2 6 3

Fautre

  s 'y conserve manifestement après des années

e n t i è r e s ,

  comme le parchemin en est la preuve.

4 ° .  La première reçoit d 'une manière évidente un

surcroît d 'énergie de la vie, surtout dans les muscles;

la seconde ne paroît presque pas être modifiée par

elle.

  5°. Celle-ci offre toujours des effets subits, des

contractions rapides. Sentir le contact du feu, des

acides ou de l 'alcool concentrés, et se racornir , sont

deux phénomènes que la même seconde rassemble

dans les parties animales; au contraire, la contracti

l i té de t issu ne s 'exerce que lentement, comme nous

avons dit . 6°. Cette dernière ne peut jamais donner

aux  p a r t i e s ,  aux muscles  spécialement,  cette remar

quable densité qu'ils nous offrent dans leur racor

nissement. 7°. Le défaut d'extension des fibres est la

-seule  condition nécessaire à la contractilité de tissu

qui tend sans cesse à entrer en activité; il faut au

contraire pour crisper les fibres, qu'il y ait contact

d un corps étrang er sur elles. Je pou rrois ajouter bea u

coup de preuves à celle-ci, pour établir une démarca

tion

 essentielle

  entre des

  phénomènes

  confondus par

l ' i l lustre physiologiste d'Helvétie.

§ I I .

  Propriétés vitales.

La plupart de ces propriétés jouent un rôle très-

impor tan t  dans les m uscles. N ou s allons d'ab ord exa

m in er celles de la vie anim ale ; no us traitero ns

  ensuite

de celles de la vie organique.

Propriétés de la Vie animale. Sensibilité.

La

  sensibilité animale est celle de toutes les pro-

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2 ^ 4  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

priétés vitales, qui est la plus obsc ure dan s

 ces organes,'

au moins si on les considère dans l 'état ordinaire.

Coupés t ransversa lement  dans les am pu tati on s, dans

les expériences sur les animaux vivans, i ls ne font

éprouver aucun sentiment pénible bien remarquable:

ce n'est que lorsqu'un filet nerveux se trouve inté

re ss é, que la doule ur se m anifeste. L e tissu propre du

muscle n'est que très-peu sensible; l ' irr itation  parles

stimulans chimiques n'y montre pas plus à découvert

la sensibilité.

Cependan t  il  est un sentiment particulier  qui,dans

les m uscles, app art ient bien év idem m en t à cette pro

p rié té ; c 'est celui qu 'on épro uv e après des contractions

répétées, e t qu 'on nomme lassi tude. A la suite d 'une

longue station, c'est dans l 'épais faisceau  des muscles

lomb aires que ce sentim ent se rapp orte su r tou t . Après

la  progression, la course, etc. , si c 'est sur un plan

ho rizon tal qu'elles ont eu lieu, ce sont tou s les m uscles

des membres infér ieurs; s i c 'est sur un plan ascen

dant , ce sont surtout les fléchisseurs de l'articulation

ilio-fémorale; si c 'est sur un plan

 descendant,

  ce sont

les m uscles p osté rieu rs d u tro nc , qui se fatiguent

plus part iculièrement. Dans les métiers qui exercent

surtout les membres supérieurs, souvent on y éprou

ve ce sent iment d 'une manière remarquable , lequel

sentiment n 'est cer tainement pas dû à la compres

sion exercée par les muscles en contraction sur

les petits nerfs qui les parcourent. En effet, i l

  peut

avoir lieu sans cette contraction an téc éd en te, comm e

on l 'observe dans l ' invasion de beaucoup de mala

dies où il se répand en général sur tout le système

muscula i re , e t où  les  malades

  sont,

  comme i ls

  d i -

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D E L A V I E A N I M A L E .

  2 6 5

sent,

 fatigués,

 l assés ,

 de mê m e qu'à la suite d 'un e lon

gue marche. Ce sentiment paroît dépendre du mode

particulier de sensibilité animale des muscles, sensi

bilité que les au tres agens ne dév elop pen t

 point,

 et que

la permanence de contraction rend ici très-apparente.

Ainsi le système fibreux, sensible seulement aux

moyens de distension qui agissent sur lui, ne reçoit-

il point une influence douloureuse des autres agens

d' ir r i ta t ion. Remarquez que ce sentiment pénible ,

qu 'un mouvement trop prolongé fai t naître dans les

muscles, est un moyen dont se ser t la nature pour

avertir l 'animal d'y  mettre  des bornes, sans quoi  il

finiroit par lui devenir funeste. Ainsi le sentiment

particulier que font naître  les  ligamens distendus ,

est-il destiné à provenir l 'animal de mettre des bornes

à leur exte ns ion . Voilà com m ent chaque o rgane a

son mode propre de sensibilité ; comment on auroit

une fausse idée de l 'existence de cette propriété, si

on ne la jugeoit que d'après les agens mécaniques et

chimiques; comment sur tout la na ture accommode

aux usages de chaque organe son mode de sensibilité

animale.

Dans les phlegmasies du t issu musculaire propre,

souvent la sensibilité animale s'exalte à un point très-

marqué; le moindre contact sur la peau devient dou

lo ur eu x; à peine le m alade p eu t- i l suppo rter le poids

des couvertures : souvent la moindre secousse qui le

fait vaciller lui cause dans les membres les plus vives

douleurs. Mais en général ces douleurs-là sont toutes

différentes du sentiment pénible que nous nommons

lassitude : ainsi la doule ur d'u n ligamen t diste nd u

dans l 'état sain, n 'est-elle point celle qui naît

  d un

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2.66  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

ligament ou de tout autre organe fibreux enflammé.

J'ajoute  à ce que j ' a i dit plus haut  sur ce sentiment,

que quelques organes

 se

 fatiguent com m e les muscles,

par la durée trop prolongée de leurs fonctions : tels

sont les yeux par le contact de la lumière, les oreilles

pa r celui des son s, le cerveau p ar

 les

 mé ditat io ns, e tc .,

et en général tous les organes de la vie animale; c'est

même cette lassitude générale qui amène le sommeil,

co m m e je l'ai pro uv é dan s m es R ech erche s sur la vie.

Mais remarquez que le sentiment que font  éprouver

l 'œ i l ,

  l'oreille,

 le cer ve au , et tous les org anes externes

ainsi fatigués, n 'est point le même que celui des

muscles qui ont beaucoup agi

 :

 autre p rouve

 du

 mode

particulier de sensibilité de ceux-ci, et en général de

toute part ie vivante .

Contractilité animale.

C ette pro prié té an im al e, sur laquelle roulent tous

les phénomènes de la locomotion et de la voix, qui

aide à beaucoup de ceux des fonctions intérieures et

exté r ieure s, a exclusivement son

 siège dans le

 système

musculaire animal; c 'est elle qui le distingue de

 l'or

ganiqu e , et m êm e de to us les au tre s. Elle consiste dans

la faculté de se mouvoir sous l ' influence cérébrale,

soit qu e la v ol o nt é, soit qu e d'au tres causes déter

minent cette influence. La contractili té animale porte

d o n c , co m m e la sensibilité de m ê m e espèce,un  carac

tère propre et distinctif des deux contraclilités  orga

niques , caractère qui consiste en ce que son exercice

n'est pas concentré dans l 'organe qui se meut, mais

qu'il nécessite encore l 'action du cerveau et des nerfs.

Le cerveau

  est

  le pr incipe d 'où part , pour ainsi dire ,

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D E L A V I E A N I M A L E . 2 6 7

cette propriété , comme il est celui où arrivent toutes

les sensations : les nerfs cérébraux sont les agens qui

la t ran sm et te nt , com m e ils s o n t , quo iqu 'en sens

opposé, les conducteurs des phénomènes sensil ifs .

D'où i l suit que pour bien concevoir cet te propriété ,

il faut l 'examiner dans le cerveau, dans les nerfs,

e t dans le muscle lui-même.

Con tractilité animale considérée dans le Cerveau.

Tout  dans les phénomènes de contractili té animale

annonce l ' influence du cerveau.

Dans l 'état ordinaire, si plus de sang est porté à

cet organe, comme dans la colère; si l 'opium pris à

dose modérée , l 'excite légèrement ; si le vin produit

le même effet, l 'action musculaire accroît en énergie

à proportion que celle du cerveau est aussi accrue. Si

la  terreur , en ralentissant le pouls, en diminuant la

force du cœur, et par là

  m ê m e ,

  la quantité de sang

poussée au

  ce rveau ,

  le frappe comme d'atonie ; si les

narcot iques d ivers , por tés à l ' excès , produisent le

même effet; si le vin empêche son action

 par

 sa quan

tité tro p g ra n d e , alors voyez ces muscles languir dan s

leur

 mouvement,

  éprouver même une in termit tence

remarquable. Si le cerveau est tout concentré dans

ses rapports avec les

  s e n s ,

  ou dans

  ses

  fonctions in

tellectuelles , il oublie les muscles pour ainsi dire;

ceux-ci restent inactifs : l 'homme qui regarde ou en

tend avec a t ten t ion ,

 ne

  se meut point ; celui qui con

temple, médite , réf léchit , ne se meut point non plus.

Les'phénomènes  de l 'extase, l 'histoire des études des

philosophes, nou s présen tent f réquem m ent ce fai t

im po r ta nt , cet te iner tie m usc ula i re , don t le pr inc ipe

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2 6 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

est  dans la distraction de  1  influence céréb rale qui

n 'au gm ente dans d 'autres fonct ions , qu 'en dim inuant

dans la locomotion.

Dans les maladies, toutes les causes qui agissent

fortement sur le

  cerveau

  , réagissent subitement sur

le systèm e m usc ulaire an im al : or c ette réaction se

manifeste par deux états opposés, par la paralysie et

par les convulsions. Le premier est l ' indice de l 'éner

gie d im in u ée , le second celui de l 'énergie au gm enté e:

l 'un a lieu dans

  les

  compressions par

  du

 p u s , par du

sang épanché, par des os enfoncés au-dessous de leur

nive au n at u re l, par les suites de l 'ap op lex ie; il se

montre dans l ' invasion de la plupart des hémiplégies,

invasion subite dans laquelle le malade tombe, perd

connoissance , et a tous les signes d'une lésion céré

brale. Cette lésion disparoît, mais son effet  reste,et

cet effet est l ' immobilité d'une division du système

musculaire . L'autre état ou le

 convulsif,

  dépend des

irritations diverses de l 'organe cérébral par des es

quilles osseuses enfoncées dans sa substance, par son

inflammation ou par celle de ses membranes , par les

tumeurs diverses dont i l peut ê tre le

  siège

 , pa r les

lésions organiques qu'il peut éprouver, lésions que

j 'a i  rarement observées dans l 'adulte

 , mais

 que l ' en

fance offre quelquefois, par les causes même de com

pressions ; car souvent nou s vo yon s coïncider cet état

convulsif avec les

  épanchemens

  dive rs , avec l 'hydro

céphale , etc.

L'état du système musculaire animal est vraiment

le thermomètre de l 'état du cerveau ; le degré

  de

  ses

m ouv em ens indiqu e le degré d 'énergie d e cet organe.

Ceux qui font la médecine dans une salle de fous,

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D E L A V I E

  A N I M A L E .  269

ont l 'occasion de consulter souvent ce thermomètre.

A côté du furieux dont la force musculaire est dou

blée , tr iplée m êm e , est un ho m m e do nt tous les

mouvemens languissent dans une iner t ie remarqua

ble.  Mille

  tlegrés

  divers s 'observent dans ces mou

vem ens : or ces degrés ne dép en de nt pas des mu scle s;

le fou le plu s furieux est so uv en t celui don t les for

m es ex térieu res les plus grêles in diq ue nt la plus

  foible

consti tut ion musculaire ; com m e le plus au tom ate est

parfois celui dont les muscles sont le plus énergi-

quemeht développés. Les muscles sont au cerveau

ce qu e les artère s sont au c œ ur. L e m édecin reconno ît

par ces vaisseaux l 'état de l 'organe central de la cir

culat ion qui leur communique l ' impulsion; par les

m uscles de la vie anim ale , i l recon noît com m ent est

l 'organe central de cette vie. V oy ez les malades dan s

une foule de fièvres essentielles : le m at in il y avo it

prost ra t ion,

 le

 soir vous trouv ez une agitation extrê m e

da ns les m usc les. O r que l est le

  siège

  de cette révo

lution ? ce ne sont pas les muscles ; c 'est le cerveau.

Il y a eu transport à la

  t ê t e ,

  comme on le dit vul

ga irement .

Si du lit des malades nous nous transportons dans

le labo ratoire des physiologistes , n ou s voyo ns ces ex

périences parfaitement d'accord

 avec

  les observations

précédentes. La ligature de toutes les artères qui

vont au

  ce rveau ,

  in ter rompt tout à coup les mouve

mens de cet organe, mouvemens nécessaires à son

action, fait cesser subitement la motilité volontaire ,

et ensuite

  la

 vie.  En injectant

 par

  la carotide et

 vers

 la

t ê t e ,

 de l 'en cre, des dissolutions de sels n eu tre s, d 'aci-

• d e s , substances do nt le contactest

  funeste

  à Faction

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2 7 O S Y S T E M E

  M U S C U L A I R E

céréb rale, j 'ai toujours vu pé rir l 'anim al avec des mou*

vemens  convulsifs prélim ina ires. L'in jectio n de l'eau

ne p ro du it po int cet effet; elle pe ut im pu né m en t pour

la vie d u Cerveau être in tro du ite da ns le sang arté

r i e l ,

  si elle est injectée modérément; mais poussez-la

avec force, vous ir r i tez vivement cet

  organe,et

  à

l'instant l 'animal est pris de violentes agitations ; ra

lentissez l ' impulsion, le repos succède. J 'a i

  déja^ap-

porté ailleurs cette expérience.

  Si

 on met à découvert

la masse céphalique, et qu'on l ' irr ite avec un agent

mécanique ou chimique , e tc . , à l ' instant  le'système

m uscu laire anim al e ntre en ac tion . C ep en da nt il est

à observer que dans ces expériences la convexité de

l 'organe paroît bien moins  liée  a u x m o u v e m e n s , que

sa base. Bornée à la substance corticale, aux couches

superficielles de la médullaire, l ' irritation est presque

nulle; ce n'est que quand on arrive vers les couches,

inférieures que les convulsions su rv ien ne nt . J 'ai voulu

essayer plusieurs fois de déterminer avec précision

l 'end roit où l ' irr itation dev ient u ne cause de con

vulsion ; mais cela m'a paru toujours très-difficile, et

les résultats on t é té infinim ent varia bles . Je crois qu'on

ne pe ut guères établir qu' un e

 donnée

  gé né ra le, savoir,

que plus on se rapproche dans les expériences de la-

pro tub éra nc e an n u la ir e , et en général de la base

cérébrale , plus les phénomènes convulsifs sont appa-

r e n s ;

  ils sont d'autant moindres, qu'on s 'en éloigne

davantage; ils

 sont

  nuls à la surface convexe. Remar

qu ez qu e c'est du côté de sa b as e, c'est-à-dire du côté

de sa partie

  essentiel le ,

 qu e le cervea u reçoit les nom

breux vaisseaux qui y portent l 'excitation et la vie,

soit par le

  mouvement

 q u'ils lui

  communiquent,

 soit

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D E L A V I E A N I M A L E .

  2 7 1

par la natu re du sang rouge qu' i ls lui ap po rte nt ,

comme mes expériences publiées Fan passé

  l'ont,

je

  c r o i s ,

  d é m o n t r é .

.  A joutez à ces exp érien ces celles  destommotions

artificielles. L es m usc les

 du

  bœuf vacillent, et cessent

de se

 soutenir,

 dès l ' instant du cou p qui lui est po rté.

D 'aut res fois les an im au x exp irent en agitant con

vulsivement leurs me m bre s sous le cou p q ui les frappe

à l'occipital : les lapins offrent souv ent ce phé no m èn e.

Les pigeons meurent avec des mouvemens convulsifs

des ailes. Toujours des agitations irrégulières déter

minées par un influx irrégulier du cerveau, précèdent

l ' instant de la m or t q ue la com m otio n a produ ite*; ' '

Co ncluon s de toutes ces expérie nce s, e t des

 obser*

vations qui les

  précèdent,

  que l 'action du système

musculaire animal est toujours essentiellement liée

à l 'état du cerveau , que quand il augmente ou di

minue cette action ,

 il

 y a presque toujours au gm en

tation ou diminution de Faction cérébrale.

N 'exagé rons pas cepe nda nt le rappo rt qui

  liefaux

phénom ènes céréb raux les phéno m ènes m usculaires :

l 'observation nous

  démentiroit.

  Il est divers exem

ples de congestions aqueuses, sanguines, purulentes

même dans le c e r v e a u ,  sans que le mouvement mus

culaire en ait été altéré. Diverses tumeurs, des vices

divers de

  confo rma t ion ,

  on t do nn é lieu au trou ble

des fonctions intellectuelles , sans troubler celles des

muscles : co m bie n d e fois le ceryeau n'est-il pas d é

rangé dans les diverses espèces d'al ién atio ns , com bien

de fois l ' intelligence, la mémoire , l 'attention, l ' ima

gination n ' indiquent-el les pas ces dérangemens, par

leur*

  irrégulières aberrations, sans que le système

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2 7 2  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

muscula i re s 'en ressente? Le sent iment  extérieur*

xi est-il pas sou ve nt

  a l t é r é ,

 sans qu e le m ouv em ent le

soit ? En général le cerveau a trois grandes fonctionsi

i ° .

  Il  reçoitles  impress ions des sens externes;  il est

sous ce rapport le

  siège

  de la

  percept ion 2°.

  Il est

le principe, le centre des mouvemens volontaires qui

ne s 'exercent que par son influence. 5°. Les

 phéno*

m èn es intellectuels sont essen tiellem ent liés à la ré

gularité de sa vie ; il en est pour ainsi dire le  siège.

Or il peut être dérangé pour l 'une de ces fonctions,

et rester intact pour les autres , être un principe

 régu*

lier de s m o u v em e n s, et u n centre irrégulier des phé

no m èn es de l 'intelligence , ne po int communiquer

avec les objets extérieurs par les sens , et déterminer

des mouvemens , ou présider aux fonctions intellec

tuelles , co m m e il arrive da ns le so m m eil qu'agitent les

r ê v e s ,

  etc.

On conçoit, d 'après ce qui vient d'être dit , que les

fœtus complètement  acéphales ne sau ro ien t vivre hors

d u  scinde  leur mère. Comme la vie animale est nulle

chez le fœtus, que la respiration ne

  s'y

  fait pas, que

les fonctions sont bornées à la grande circulation,

aux sécrétions, aux exhalations et à la nutrition , les

acéphales peuvent vivre dans le sein de leur mère, y

prendre même des d imensions t rès-marquées; mais

à la naissance, ils ne sauroient

  respirer,

  les intercos

taux et le diaphragme ne pouvant agir. Les viscères

gastriques ne

 reçoivent

  aucune influence de leurs pa

rois musculaires; tous les membres sont immobiles.

L a vie an im ale , qui com m ence po ur les autres à la

na issance , ne peut c om m encer po ur e u x , parce qu'ils

n'ont point le centre de cette vie

 ;

  ils ont des sens,

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D E L A V I E A N I M A L E .  l jZ

mais

 rien pour recevoir leur im pre ssio n; d es m us cles ,

mais rien pour les faire mouvoir; i ls ne peuvent que

cont inuer un peu à v ivre en eu x-m êm es, sans co m

mencer à vivre au-dehors. Mais comme en général i l

paroît que dès que l 'enfant quitte la matrice, le sang

rouge lui devient nécessaire, qu'il faut, pour  l'avoir,

qu'il res pir e, et que cette fonction ne peu t com m encer ,

i l pe rd lav ie in t é r i eu requ ' i l avo i tdans le se indesamère .

Il est des acéphales qu i on t à l'origin e d es nerfs un pe tit

renflement médullaire ; chez

 d'autres

 la moelle est plus

prononcée. Si ces

 renflemens

 m éd ulla ires, si la m oelle

épinière

  par sa texture particulière, remplacent le

cerveau , la vie peut avoir lieu, et

  c'est

  comme cela

qu'on pourroit expliquer quelques exemples d 'acé

phales qui ont vécu un certain temps. Mais certaine

ment un acéphale organisé comme nous,

  et chez

 qui

rien ne remplace le  c e r v e a u ,  ne peut vivre. Aussi

presque tous les exemples de cette monstruosité, rap

portés par les au te ur s, par H aller

 surtout,

 ont-ils

  offert

la mort de l ' individu à sa naissance.

Contractilité animale considérée dans les Nerfs.

Éloigné de presque tous les muscles, le cerveau

com m uniq ue avec eux par le système  n e r v e u x ,  et

leur transmet par eux son influence : or cette com

munication se fai t de deux manières.  i ° .  11  est des

nerfs qui vont directement du cerveau aux muscles

de la vie animale. 2°. Le  plus grand nombre ne part

point de ce t organe m êm e ,  mais de la m oelle ép iniè re.

Presq ue tous les m uscles du co u , tous ceux de la poi

tr ine , de l 'abdo m en et des m em b re s, reçoivent leurs

nerfs de cette de rniè re so urce . La m oelle épinière

  est,

I I .  18

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2 7 4

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

pour ainsi dire, un nerf général, dont les autres ne

sont que des divisions et des branches principales.

Toutes les lésions de ce nerf principal sont ressen

ties par les muscles qu'il a sous son influence;

  les

compressions qu'il éprouve par une fracture des ver

tèb res, par un dé placem ent q ue lco nq ue , par un épan-

c h e m e n t d e s a n g ,

  de sérosi té ,

 de

 pu s , e t c .,

 dans

 le ca

nal ver téb ral , les com m otions qui arr iven t par un coup

violent reçu sur toute la région de l 'épine, par une

chute sur les

  l o m b e s ,

  sur la partie supérieure du sa

crum , sont suivies

  d'\jn

  engourdissement,  d'une

paralysie des muscles subjacens. Coupez la moelle,

en introduisant un scalpel dans le canal, tout mou

vement cesse aussitôt au-dessous de la section. Vou

lez-vous au contraire faire naître les convulsions,

introduisez un stylet dans le canal ; irritez la moelle,

soit avec ce

 stylet,

  soit avec différons agens chimiques

que vous y porterez par son moyen ; aussitôt vous

verrez frémir, s'agiter tout ce qui est inférieur dans

le système musculaire animal.

Plus la lésion de la moelle est supérieure, plus elle

est d ang ereu se. D an s la région lom baire , elle ne

porte son influence que sur les membres inférieurs,

et sur les muscles du bassin ;  au dos elle paralyse et

ces muscles , et ceux de l 'abdomen : or comme ces

derniers

  concourent indirectement à la respirat ion,

cette fonction com m ence à deve nir

 sjênée:

 si la lésion

est au-dessus de la région dorsale, elle devient en

core plus péniblte, parce que les intercostaux perdent

leur action : seul alors, le diaphragme en  continue

les ph én om èn es , parce que le nerf diaphragmatique

reçoit et transmet encore l ' influence cérébrale. Mais

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D E L A V I E A N I M A L E .  2j5

que la lésion arrive au-dessus de l 'origine de ce nerf;

alors plus d 'act ion du diaphragme, plus de contrac

t ion des intercostaux , ni des muscles abdominaux :

la respiration cesse; par là même la circulation

  s'in

terrom pt : le sang n'éta nt plus porté au cerveau ,

l 'action de cet organe s'anéantit. Voilà pourquoi les

luxations de la première vertèbre sur la seconde sont

subitem ent m orte l les, qu and le déplacem ent est t rès-

grand ; po urq uo i les chirurgiens in struits n 'o sen t

quelquefois pas courir les hasards de la réduction,

quand el les sont incomplètes, de peur de les rendre

complètes, et de voir périr entre leurs mains le ma

lade qu' i ls veulent seco urir ; p ou rq uo i, qua nd on veut

assom m er un an im al , c 'est tou jours à la partie supé

r ieure et postér ieure de l 'épine qu'on porte le coup;

pourquoi un stylet enfoncé entre la première et la

seconde vertèbre tue tout à coup,

  eLc.

On voit surtout très-bien l ' influence successive des

diverses parties de la moelle sur les muscles et sur la

vie générale, en introduisant une longue tige de fer

dans la partie inférieure du canal vertébral d'un ani

m al , d 'un coch on-d inde pa r exem ple , et

 en

 la faisant

remonter par ce canal jusque dans le

  c r â n e ,

  à travers

la moelle épinière qu'elle déchire. On observe sen-

s ib lementà

  mesurequ'elle  m o n t e , d ' a b o r d l e s c o n v u l -

sions des m em br es in férie urs , puis celles des mu scles

abdominaux, puis le trouble de la respirat ion, puis

sa cessation, puis la mort qui en est le résultat.

D ' ap rè s

 tous

 ces faits,

 on

 ne p eu t, je crois, révo que r

en doute l ' influence de la moelle épinière sur le mou

vement ,

 dont

 elle reçoit du cerveau le prin cipe qu 'elle

transmet ensuite aux nerfs . Ces derniers portent

  si

  r

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2 7 6  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

les musc le s ce p r inc ipe qu ' i l s on t r eçu , ou pa r  l 'in

t e r m è d e d e l a m o e l l e , c o m m e d a n s p r e s q u e t o u s c e u x

d u t r o n c e t d e s m e m b r e s , o u d i r e c t e m e n t d u c e r v e a u ,

c o m m e da ns ce ux de la face , de la lan gu e , des

y e u x , e t c . M ê m e s p r e u v e s p o u r

  cette

  in f luence ner

veuse que pou r ce l l e de s o rganes

  sensitifs

  p récédens .

La l i ga tu re , l a s ec t ion , l a compres s ion d ' un ne r f pa

r a ly se l e musc le co r r e spondan t . I r r i t e z avec un agen t

q u e l c o n q u e u n n e r f m i s à d é c o u v e r t s u r u n a n i m a l ,

a u s s i t ô t d e s c o n t r a c t i o n s  convulsives  se manifes tent

da ns le m us c le . C es ex pé r i en ces on t é t é t an t e t si

e x a c t e m e n t r é p é t é e s p a r u n e f o u l e d ' a u t e u r s , q u e j e

c r o i s i n u t i l e d ' e n p r é s e n t e r a v e c é t e n d u e l e d é t a i l ,

que l e lecteur  t r o u v e r a par-tout. L ' i r r i t a t i o n c o n t in u é e

q u e l q u e t e m p s s u r u n p o i n t d u

  nerf ,

  épu i se son in

f luence su r le m us c le ; ce lu i -c i reste im m o b i l e ; m ais

i l s e m e u t d e n o u v e a u , s i o n t r a n s p o r t e  l'imitation

su r une pa r t i e p lu s in fé r i eu re du

  nerf.

  Si on lie celui-

c i ,

  l e m o u v e m e n t c e s s e , e n i r r i t a n t a u - d e s s u s d e l a

l i g a t u r e ; il r e v i e n t l o r s q u ' o n le d é t a c h e , o u q u ' o n

l ' i r r i t e a u - d e s s o u s .

Je remarque que tous les ner fs de la v ie an imale

ne paro issen t pas auss i suscep t ib les les uns que les

a u t r e s d e t r a n s m e t t r e a u x m u s c l e s l e s d i v e r s e s i r r a

d i a t i o n s d u c e r v e a u . E n  effet,  t and i s que dans l e s

m a l a d i e s , d a n s l e s p l a i e s d e t è t e , d a n s n o s e x p é

r i e n c e s , e t c . , l e s m u s c l e s d e s m e m b r e s e n t r e n t e n

convu l s ion ou son t pa ra ly sé s avec une ex t r ême f ac i

lité  , c eu x du ve n t r e , du cou , e t su r to u t d e la p o i t r in e ,

n e p r é s e n t e n t c e s p h é n o m è n e s q u e q u a n d l e s c a u s e s

d ' e x c i t a t i o n o u

  d'affaiblissement

  son t por tées au p lus

l i an t po in t . R ien de p lu s f r équen t que de

  voir

  le

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D E L A V I E

  A N I M A L E .  277

ventre, la poitrine dans leur  degré  ordinaire de con

traction musculaire ,  .tandis  que les membres ou la

face sont agités de m ou ve m en s convulsifs. R éc ip ro

quement exa m inez la plu pa rt de s hém iphlégies ; la

bouche se

  tord,

  le m em bre supér ieur e t le m em br e

infér ieur d 'un côté deviennent immobiles, e t cepen

dant les m ouv em ens pec torau x e t abdom inaux con

tinuent. Ceux du larynx sont plus faciles à

  s'inter

rompre que ceux-ci, dans les paralysies; de  là  les lé

sions diverses de la vo ix. O n po u rra it faire un e échelle

de la susceptibilité des muscles pour recevoir

  l ' in

fluence cérébrale,

  ou

  des nerfs pour la propager (car

il est difficile de dé te rm in er a laque lle d e ces d eu x

causes est dû ce phénomène); on pourrait, dis-je, faire

une échelle, au haut de laquelle on placèroit les mus

cles des membres, puis ceux de la face ,  puis ceux du

la rynx , ensuite ceux du bassin et du ba s-v en tre , enfin

les intercostaux et le diap hra gm e. Ces derniers  son t ,

de tous,ceux qu i en tre n t le plus difficilement en co n

vulsion et en paralysie. Observez combien cette

échelle est accommodée à celle des  fonctions.-Que

seroit devenue la vie, qui est toujours actuellement

liée à l ' intégrité de la res p ir at io n , si tou tes les lésions

cérébrales étoient aussi facilement ressenties par le

diaphragme et les intercostaux, que par les muscles

les m emb res . La p ara lys ie , d ans ces de rn ier s , n 'ô te

a l 'animal qu 'un moyen de communication avec les

objets ex tér ieu rs; da ns les autre s elle i nt err o m pr ai t

tout à co up , et sa vie in te rn e, et sa vie ex ter ne .

L'influence nerveuse ne se propage que de

  la

;

 partie sup érie ure à l ' inférieu re

  ,

  et jamais en sens in-

,

  Yerse. Coupez un nerf en

  d e u x ,

  sa partie inférieure

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n

2 7 b S Y S T E M E M U S C U L A I R E

irr itée  fera  contracter les muscles subjacens; on a

beau exciter l 'autre , e l le ne détermine aucune con

traction da ns les m uscles sup érieu rs ; d e m êm e la

m oe lle , divisée transv ersalem ent et agacée en haut et

en

 b a s ,

 ne p ro du it un effet sen sible qu e da ns le second

sens.  Jamais  1  influence nerveuse ne remonte pour le

mouvement,

  comme elle le fait pour le sentiment.

Con tractilité animale considérée dans les M uscles.

Les muscles essentiellement destinés à recevoir

I influence cérébrale

  parle

  moyen des nerfs , ont ce

pendant une part active à leur contraction propre.

II

 faut

  qu'ils

 soient

 dans létat

  d' intégrité pour exercer

cette propriété, pour répondre à l 'excitation du cer

veau.

 Des

  qu'une lésion quelconque

 affecte

  leur tissu,

que ce tissu n'est plus com m e à

 l'ordinaire,

  le muscle

reste immobile , ou se meut avec ir régular i té , quoi

qu 'il reçoive u n influx ner ve ux rég ulie r. Voici diverses

circonstances relatives au muscle lui-même, qui em

pêchent où altèrent ses contractions.

i ° .  Un muscle enflammé ne se contracte point;

le sang qui  1  infiltre alors et qui pénètre

  ses

  fibres,

l'éréthismeoù

  elles se tr o u v en t, l 'accro issem ent de ses

forces o rg an iq ue s, ne lui pe rm ette nt point d 'obéir à

l 'excitation qu'il reçoit. Dans les esquinancies, la

déglutition est empêchée autant par l ' inaction des

musc les ,

 que par

 F inflamm ation de la m em bra ne mu

qu eu se. O n sait qu e l' inflam m ation de la vessie est

une cause de rétention d'urine; celle du diaphragme

rend très-pénible la

  respiration

  qu'exécutent presque

seuls les  in t e r cos t aux ,  etc. etc.

2

0

.  Tout

  ce qui tend à

 affoiblir,

  à relâcher le tissu

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D E L A V I E

  A N I M A L E .

  2 7 9

m uscula i re , com m e les coups extér ie urs , les meu r t r is

sures , les  contusions, les infiltrations de sérosité dans

les membres hydropiques , la d is tension long- temps

cont inuée par une tumeur subjacente ,

  a l t è re ,

  d é n a

t u re , peu t m êm e annihiler la contracti l ité anim ale.

3° .  Toutes les fois que le sang cesse d'aborder aux

muscles par les ar tères, ces organes restent immo

biles.

 Stén on a ob serv é, e t j 'a i toujours vu , qu 'en l iant

l 'artère aorte au-dessus de sa bifurcation en iliaques

primitives, la paralysie des membres infér ieurs sur

vient tout à coup. On «ait que dans l 'opération de

Fanévr i sme ,

  un engourdissement

  plus

 ou m oins m ar

qué suit presque toujours la ligature de l 'artère. Cet

engourdissement dure jusqu'à ce que les collatérales

suppléent à l 'artère qui n'apporte plus de fluide. Le

mouvement intest in né dans le muscle par l 'abord

du sang, est donc une condition essentielle à la con

traction musculaire . Ainsi le mouvement habituel

imp rimé à tou s les autre s or ga ne s, et spécialement au

cerveau, entretient-il leur excitation et leur vie.

4 ° .  Non-seulement i l faut que pour obéir à

  l'in

fluence cérébrale le muscle reçoive le choc du sang,

mais encore du sang rouge, du sang artériel. Le sang

noir ne

  peut,

  par son contact , entretenir le mouve

m en t. U n e foiblesse gé nér ale, la

 chu

 te de

 F

 an imal ,

 sont

les premiers symptômes de l 'asphyxie, maladie dans

laquelle ce sang noir pénètre dans toutes nos parties.

Je ne retracerai pas ici les preuves de cette assertion,

que mes Recherches

  sur

  les diverses espèces de mort

m e paroissent avoiram plem ent dé m on trée . Je renvoie

à mon ouvrage sur ce point .

5 ° .  Un fluide différent du sang, l 'eau, les fluides

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2 8 0  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

hui leux, a lbum ineux,

 e tc . ,

 à plus forte raison les  fluides

acres  ir r i tans, l 'ur ine, les dissolutions des acides,

des alcalis, e tc . , ne sont po int pro pres à entretenir

Faction musculaire; i ls la paralysent au contraire:

injectés

 parles

 artères crurales da ns un anim al v ivant,

en place du sang qu on arrête en haut par une liga

t u re ,

  ils affaiblissent, ané antiss ent m êm e les mouve

m ens , com m e je m 'en suis f réquem m ent convaincu.

Le résultat varie dans ces expériences, suivant le

fluide qu'on emploie pour les faire; la rapidité

 de

 la

cessation des mouvemens est plus ou m oins m arquée;

ils sont ou affoiblis, ou totalement suspendus

 ;

 m ais il

y a toujou rs un e différence frappan te d e l 'état naturel.

6 ° .  Le contact des différons gaz sur les  mascles

modifie-t-il  leurs contractions? Depuis la publication

de mon Traité des Membranes, je n 'a i fa i t sur ce

point aucune expérience. Celles qui y sont consignées

offrent les résult ats s uiv ans : les gren ou illes et les

cochons-d'inde rendus emphysémateux par l ' insuffla

tion dans le tissu souculané, de Fair qui pénètre en

suite les interstices cellulaires, et se met par-tout en

contact avec le système m uscu laire , se m euv ent pres

que comme à l 'ordinaire. Si on emploie de

  l'oxigène

pou r l 'insuff la tion, les m ou vem ens de l 'animal em

ph ys ém ate ux ne so nt pas plus accélérés : ils ne sont

pas diminués si on le souffle avez du gaz acide car

bonique, avec de l 'hydrogène, e tc . En général , tous

les em ph ys èm es artificiels qu e j'a i faits sur les deux

espèces indiqu ées, p ou r avoir un exem ple dans chaque

classe des animaux à sang rouge et froid, et de ceux

à sang rouge et chaud , réussissent très-bien, ne pa

roissent causer aucune gène sensible à l 'animal, qui

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D E L A V I E A N I M A L E .

  2 8 l

en est peu à peu débarrassé. L'emphysème avec le

gaz nitreu x est co nsta m m en t m o rte l ; le contact de ce

gaz semble presque subitement frapper les muscles

d'atonie.

7° .

  Si au lieu de souffler des gaz dans le tissu cel

lulaire d 'u n anim al vivant,  ony fait passer différentes

subs tances fluides, elles pr od ui sent de s effets différons

sur les m us cle s, suivant leur n a tu re , leurs qualités

acres ,  douces, s typtiques, e tc . Aucune injection ne

produit un effet plus prompt,  plus frappant que celle

de l 'opium étendu

 d'eau,

  ou que celle de ses diverses

préparations : dès que les muscles en ressentent le

contact, leurs m ou vem ens cessent ; ils tom bent com m e

en paralysie.

En général , j 'observe qu' i l vaut inf iniment mieux

faire les expériences du contact des gaz et des fluides

divers sur les muscles, en soufflant les

  u n s ,

  ou en

injectant les au tres dans le tissu interm uscu laire d 'u n

animal vivant , qu 'en arrachant un muscle , e t en le

plongeant ensu ite tout pé né tré de vie dan s les un s

ou les au tre s , comm e

  ont

 fait beau cou p d 'a ute ur s, ou

bien en mettant un muscle à découvert , pour dir iger

sur lui le courant d'un gaz , ou pour l 'humecter d'un

fluide, afin d'observer les phénomènes du contact.

I l résulte de tout ce que nous venons de dire ,

i ° .  que pour répondre à l 'excitation cérébrale en se

contractant,  le muscle doit être en général dans un

état déterminé par les lois de son organisation; que

hors de cet état il n'est plus susceptible de contrac

tions , ou du moins qu'il n'en exerce que de foibles et

d ' i r régul iè res ;  2°. que le contact des différentes subs

tances étrangères produit sur le muscle un effet très-

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2 8 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

var iable . Au res te , beaucoup de causes ,

  autres"que

celles exposées plus h au t,

 meparoissent

 en core altérer

les con tractio ns, en agissant directem ent sur les mus

cles : tel est l 'usage d u m er cu re pris en friction pour

la maladie vénérienne, l ' inf luence de ce métal , du

cuivre et du pl o m b, su r les ou vriers qui y travaillent,

l 'action du

  froid,

  celle de certaines fièvres, etc. Le

trem bl em en tm us cu lair e , n é de ces différentes causes,

ne paroît point provenir du cerveau ; cet organe au

moins ne donne le p lus communément aucun s igne

d'affection dans ce cas : cependant  j 'avoue que dans

ces diverses espèces de tremblement, i l n 'est point

facile de bi en assigner ce qu i tien t à l'affection prop re

du muscle , d'avec ce qui dépend de celle des nerfs:

peut-être ceux-ci sont-ils affectés spécialement; mais

certainement le cerveau n 'y est pour r ien.

Causes

  qui mettent

  en

 jeu la Contractilité animale.

Nous venons de voir que dans l 'état naturel cette

propriété exige constamment trois act ions,  i ° .  celle

du cerveau, 2

0

. celle des n er fs ,  5° .  celle des muscles;

que c 'est du cerveau que part le principe du mouve

ment qui se propage par les

 n e r f s ,

  et que les muscles

reçoivent. Mais

 il

 faut qu ' un agent q uelco nqu e ébranle

le cerveau po ur le dé te rm in er à exe rcer son influence.

En effet, la contractilité animale étant essentiellement

intermittente dans son exercice, chaque fois qu'après

s'être

  exercée elle a été suspendue

 ,*

  il est nécessaire

qu'une cause nouvelle la remette en activité : or cette

cause agit d 'abord sur le cerveau dans l 'état naturel.

Je rapporte à deux classes les causes qui excitent

le cerveau pour produire la contractili té animale.

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D E L A V I E

  A N I M A L E .  2 8 3

Dans la première est la volonté, dans la seconde

sont toutes les impressions que reçoit cet organe, et

qui échappent à l 'empire de

  l a m e .

Le cerveau n 'est qu 'un intermédiaire à  lame  et

aux nerfs, comme les nerfs le sont aux muscles et

au ce rv ea u; le p rincipe qu i v e u t, agit d abo rd sur

.cet  organe, lequel réagit ensuite. Quand ils sont ainsi

produits , nos mouvemens sont tantôt précis e t régu

liers J  c'est lors qu e les fonction s intellectuelles sont i n

tactes ,

  lorsque la mémoire , l ' imaginat ion, la percep

t ion s 'exercent

  pleinement,

  que le jugement étant

droit,

 dirige avec régu larité les

 actes de la

 volonté; tan

tôt ils sont irréguliers, bizarres; c'est lorsque les fonc

tions intellectuelles , tro ub lée s, agitées en divers se n s,

font naître une volonté bizarre et i r régulière , comme

dans les diverses aliénations mentales, dans les rêves,

dans le délire des fièvres, etc. Mais dans tous ces

c a s ,

  ce sont toujours des mouvemens volonta i res ;

i ls par tent du pr incipe immatériel qui nous anime.

Dans la seconde classe de causes qui influencent

le cerveau, la contracti l i té animale devient involon

t a i r e ;

  elle s 'exerce sans la participation du principe

intel lectuel , souven t mê m e co ntre son gré. V oyez

  l'a

nimal dont on irrite artif iciellement le cerveau dans

les expériences; i l veut se roidir pour empêcher les

co nt ra ct io ns , e lles arr iven t malgré lui : piquez u n

nerf dans une opération, le muscle se contracte

  s u

bi tement au-dessous , sans que

  Famé

  participe à ce

m ou vem ent ; le malade n 'en a pas m êm e la consc ience;

il n 'a que celle de la douleur. Que beaucoup de sang

afflue au cerveau dans le transport des fièvres inflam

matoires; cet organe excité par le f luide, réagit aus-

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2 8 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

si tôt sur les muscles,

  sans

  que la volonté y soit pour

r ien. Tous les phénomènes de contraction ou de re

lâch em en t, nés des accidens divers.qui accompagnent

les plaies de tête, les inflammations cérébrales, etc. ,

sont également involontaires, quoiqu'ayant  leur siège

da ns des m uscles que la volonté dirige habituellem ent.

Voilà différentes circonstances où Faction d'un agent

quelconque sur le cerveau est directe et immédiate,

où il y a une cause mécanique appliquée sur cet

organe.'

Dans d'autres circonstances le cerveau n'est affecté

que sympathiquement. Dans une foule d'affections ai

g u ë s ,

  ce qu'on appelle transport au cerveau ne vient

point de ce que plus de sang

  s'y

  porte; le pouls n'est

pas plus pl ei n, la face pas plus colo rée; s ou ven t m ême

il y a des signes de ralentiss em ent da ns l 'action du sys

tème vasculaire. Le cerveau s'affecte comme tous les

autres organes, par sympathie , mot heureux qui ser t

de voile à no tre ignoran ce sur les rapp ort s des organes

entr'eux : le cerveau s'affecte do nc co m m e le cœ u r, le

foie,

 etc . Soit par exemple un e périp ne um on ie; le pou

m o n est alors l 'organe lésé essentiellem ent

 ;

 de cette lé

sion essentielle et

 locale,

 en naissen t un e foule de sym

pathiques plus ou moins fortes. Si le foie est sym

pathiquement affecté , des symptômes bilieux se

joignent aux sym ptôm es de l 'affection pr in cip ale;

si c 'est Festomaç, ce sont des symptômes gastriques

qui se manifestent. Le cœur est toujours agité; de

là la fièvre. Quand

  1

  influence sympathique se porte

sur le

  ce rveau ,

  il y a

  transport,  convuls ions ,  etc.

 ;

car, comme je l 'ai dit , l 'état des muscles est

  l'in

dice de l 'état de cet organe : or, dans cette dernière

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D E L A V I E  A N I M A L E .  285

circonstance , la volon té est nulle po ur la con tractili té

animale en exercice; le malade ne pourroit s 'empê

cher d'agiter convulsivement ses muscles; l ' irr itation

sym pathique du cerveau est plus forte  queT  influence

de la volonté. Cet exemple d'affection cérébrale dans

une péripneumonie , quoique plus rare que dans

d'autres affections, pe u tn o u s donn er cependant l 'idée

de ce qui arrive clans tous les autres cas où les mus

cles s'agitent con vu lsiv em en t par la lésion

 d'un

  organe

quelconque, par cel le du système f ibreux distendu,

des l igamens, des aponévroses

  spécialement,

  par le

travail de la

  d e n t i t i o n ,

  par les douleurs violentes

fixées dans les reins, dans les salivaires ou le pan

créas, à

 F occasion d 'u n e p ie rre , par les lésions du d ia

phragme , des

  n e r f s ,

  etc. Dans tous ces

  c a s ,

  il y a

un point affecté dans l 'économie; de ce point partent

des ir radiat ions sympathiques qui a t te ignent sur tout

le cerveau; celui-ci irrité par elles, entre en action,

excite les muscles ; leur contraction arrive, et la vo

lonté y est étrangère.

Voilà encore com m en t les passions qui po rten t spé

cialement leur influence sur les organes intérieurs ,

qui affectent su rto ut ceux placés au tou r d u cen tre

épigast r ique , le cœur , le fo ie , l ' es tomac, la

  r a t e -

e tc . ,

  impr iment à nos mouvemens une impétuosi té

dont la volon té ne peu t plus no us rend re m aîtres. L'o r

gane intérieur affecté réagit sur le cerveau, celui-ci

excité stimu le les m us cle s; i ls se co nt ra ct en t, et la

volon té est

 presque

 nu lle pour cette contractio n. V oy ez

l 'homme que la jalousie, la haine, la fureur, agitent

au plus haut point : tous ses

 mouvemens

  se succèdent

avec un e im pétuo sité que le jugem ent répr ou ve, mais

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2 8 6  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

que la volonlé ne peut modérer , tant prédomine

  sur

son influence celle de l 'affection sympathique du cer

veau. D'autres fois, les passions présentent un phéno

mène opptfsé. Elles sont marquées par un affoiblisse-

ment

  général de tous les mouvemens musculaires.

DansFétonnement

  que le chagrin accompagne, dans

celui auquel

 se

 mêle un e vive

 joie,

 les bra s vous tom bent

comme on le dit vulgairement; l ' influx cérébral cesse

presque entière m en t, e t cepend ant ce n 'est

 pas

 au cer

veau que

 s'est

  portée l'influence de la

 pa ss ion ,

 c'est au

centre épigastr ique,  comme le pro uv e le resserrem ent

subit qui  s'y  esi  fait sentir. Un des organes épigastri-

qucsaé téa f fec té ;  il a réagi su r le ce rveau ;  celui-ciaété

interrompu en partie dans ses fonctions; les muscles

s'en sont ressentis; ils on t cessé la leu r. D an s la crainte

où ce m êm e phéno m ène s 'observe, com m e la pâleur du

visage indique le ralentissement du système circula

t o i r e ,  il peut se faire que l ' inaction cérébrale et mus

culaire dépende en grande partie de ce qu'il ne reçoit

point une impulsion suffisante du cœur sur lequel

se porte la première influence de la passion, et qui

par cette influence est ralenti dans ses mouvemens.

La c ra in te ,

  d i t - o n ,

  ôte les

 j a m b e s ,

  elle pétrifie, etc. :

ces expressions empruntées du langage vulgaire, in

diquent l 'effet de cette passion sur les muscles; mais

cet effet n'est que secondaire : la première influence

a été portée sur le cœur, la seconde sur le cerveau;

ce n'est qu'en troisième ordre que les muscles  s'af

fectent. Voilà comment certains animaux restent im

mobiles à la vue de celui qui va se saisir d'eux pour

en faire sa

  proie*.

C'est encore à l ' influence sympathique des organes

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D E L A V I E A N I M A L E .

  287

internes sur le cerveau,

  qu

  on doit attr ibuer les

  m o u -

vemensdu

 f œ t u s ,

 m ou vem en s que la volonté ne dir ige

point; car la volonté n'est qu'un résultat des phéno

mènes intellectuels : or ces phénomènes sont encore

nuls à cette époq ue de la vie. Les fonctions inté r ie ur es ,

très-actives  a l o r s ,  supposent une grande action  dans

le foie, le c œ u r , la r a t e , etc. : or ces organes i n

fluencent par là efficacement le cerveau, et celui-ci

met à son tour les m uscles en m ou ve m en t; en sorte

que la contractili té animale n'est aucunement volon

taire chez le fœ tu s; elle ne c om m enc e à d even ir te lle,

que lorsque les sensations ont mis en jeu les phéno

mènes de l ' intel l igence; jusque-là , i l faut les com

parer à tous ceux dont nous venons de parler plus

haut.

D'après tout ce que je viens de dire , on concevra

sans peine, je l 'espère, comment la contracti l i té ani

male peut être ou n'être pas soumise à l ' influence de

la volonté. Dans l 'un et l 'autre cas, la série des phé

nomènes qu'elle nécessite est toujours la même; il

y a toujours excitation par le cerveau, transmission

par les ne rfs, exécu tion par les m us cle s, ou inactivité

successive de ces trois organes. La différence n'est

que dans la cause qui produit l 'excitation cérébrale:

or cet te cause peut ê tre ,  i ° .  la volonté , 2° . une i r r i

ta t ion immédiatement appliquée , 3°. une ir r i ta t ion

sympathique. 11 est essentiel de se former des idées

précises et rigoureuses sur cette force vitale qui joue

un si grand rôle dans l 'économie vivante»

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2 8 8  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

Permanence de la Contractilité animale après la

Mort.

La différence des causes qui agissent sur le cerveau

dan s la contracti li té a ni m al e, po ur le

  déterminera

exciter les m us cle s, paroît sur to ut d 'u ne manière

rem arqu able à l ' instant de la m or t. Q uelle q ue soit la

manière dont elle arrive, les fonctions intellectuelles

sont toujo urs les pre m ière s à cesser ; c'est m êm e à cela

que nous attachons surtout l ' idée de l 'absence de la

vie. D où il suit que le pre m ier ph éno m èn e de cette ab

sence doit être le défaut de la contraction musculaire

soum ise à l 'influence de la vo lo n té , qu i est le résultat

de ces fonctions intellectuelles. Tout reste donc im

mobile dans le système musculaire , si aucune autre

cause n'agit sur le cerveau ou sur les nerfs ; mais ces

deux organes

  sont,

  pendant un temps encore assez

long, susceptibles de rép on dre au x excitationsdiverses

des i r r i t ans .S t imulezd

  unemanièrequelconquelecer

veau, la moelle ou les nerfs d'un animal récemment

tu é ; à l ' instant ses m uscles se co ntra cte nt convulsive

m en t ; c 'est le m êm e ph éno m èn e qu e celui obtenu

pendant la vie de la même cause. Souvent même tout

de suite après la mort ce phénomène est encore plus

app arent que pe nd an t la vie : je m 'e n s u i s très-fré

quemment assuré dans mes expériences. Si pendant

la vie on irrite un nerf quelconque, souvent la con

traction est presque nulle, parce que la volonté agis

sant par d'autres nerfs sur le même muscle, ou au

moins sur ceux du membre , dé termine des contrac

tions o pposées à celle qu e ten d à pr od ui re l ' irritation .

J'ai  plusieurs fois observé que les phénomènes galva-

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D E

  L A

  V I E  A N I M A L E .  2od

n iques son t au s s i i n f in im en t p lu s faci le s à p ro du i r e

  un

i n s t a n t a p r è s l a m o r t , m ê m e s u r l e s a n i m a u x à s a n g

r o u g e e t c h a u d , q u e p e n d a n t l a v i e ; s o u v e n t d a n s c e

d e r n i e r c a s o n n ' e n o b t i e n t p r e s q u e a u c u n

  résultat,

pa rce qu e l e u r  influence  es t con t ra r iée par l ' in f luence

cé réb ra l e née de l a vo lon té . Quand

  1

  i r r i ta t ion es t d i

r ec t emen t app l iquée su r l e ce rveau ou su r l a pa r t i e su

pé r i eu re de l ' ép in e , a lo r s e lle l ' em po r t e su r la vo lon té ;  ,

e l le es t p lus fo r te dans l ' an imal qu i v i t ; mais su r un

nerf iso lé , souvent e l le a le dessous ; non que la

  v o

lon té ag isse par le ner f i r r i t é ; dans ce lu i - là son in

fluence s ' a r r ê t e à l ' en d ro i t q u ' o n s t im u le ; m a i s e ll e

s ' exerce par les ner fs ad jacens .

C 'es t à la sus cep t ib i l i t é du c e rv ea u e t des ner fs p o u r

t r a n s m e t t r e e n c o r e le p r i n c i p e d u m o u v e m e n t a p r è s

la m o r t , q u ' i l f a u t r a p p o r t e r t o u s l es  phénomènes

q u e n o u s p r é s e n t e n t l e s d i v e r s g e n r e s d e

  d é c o l l a t i o n .

L e s c a n a r d s , l es o ie s e t a u t r e s a n i m a u x d e c e t t e fa

m i l l e m e u v e n t e n c o r e a s s e z  régulièrement  le u r s m u s

c l e s vo lon ta i r e s , ap rè s que l eu r t è t e e s t

  séparée,pour

courir,  s a u t e r , f air e d i v e r s b o n d s , e t c . Q u e l q u e t e m p s

a p r è s l e s u p p l i c e d e l a g u i l l o t i n e , l e s m e m b r e s i n f é

r i eu r s e t l e s supé r i eu r s

  sont

  enco re l e

  siège

  d e

  di-*

ve r s f r émis semens ; l e s musc le s du v i sage se son t

m ê m e c o n t r a c t é s q u e l q u e f o i s d e m a n i è r e à d o n n e r à

c e t t e p a r t i e l ' e x p r e s s i o n d e c e r t a i n e s p a s s i o n s , e x

p r e s s io n f a u s s e m e n t r a p p o r t é e a u p r i n c i p e  sensitif

r e st é e n c o r e q u e l q u e t e m p s a u c e r v e a u . L e s m ê m e s

p h é n o m è n e s s ' o b s e r v o i e n t a u t r e f o i s d a n s l e s u p p l i c e

q u i

  consistoità

  t r a n c h e r l a

  tête

  avec une hache . J ' a i

e u F a n p a s s é u n e p r e u v e d o u l o u r e u s e d e c e s

 faits

  s i n

gu l i e r s : un cochon -d ' inde à qu i j e  venois  d ' e n l e v e r

u .

  l

9

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2 Q O

  S Y S T E M E

  M U S C U L A I R E

l e c œ u r , m ' e n fo n ç a p r o f o n d é m e n t d a n s  un  do ig t  les

q ua t r e de n t s s a i l l an te s qu i d i s t in gu en t ce t t e e spèce .

T o u s c e s p h é n o m è n e s n e s o n t q u e l e r é s u l t a t d e  l'ir

r i t a t i o n p r o d u i t e , s o i t p a r l ' i n s t r u m e n t q u i a c o u p é ,

so i t pa r  l 'air ,  su r l e s deux ex t r émi té s d iv i sée s de l a

m o e l l e  :  cela es t s i vra i ,  qu  en augmen tan t l ' i r r i t a t ion

p a r u n i n s t r u m e n t p i q u a n t , t r a n c h a n t , e t c . , p ar u n

a g e n t c h i m i q u e a p p l i q u é s u r c e s e x t r é m i t é s , o n a u g

m e n t e b e a u c o u p l e s m o u v e m e n s . R i e n d e p l u s f a c i l e

que  de s 'as su rer de ce fa it su r un an im a l : je l 'a i vé

r i f ié p lus ieurs fo is su r des gu i l lo t inés , su r lesque ls on

ma v o i t

  au to r i sé à fa i re de s ex pé r ie nc es po ur le gal

v a n i s m e . V o i l à e n c o r e c o m m e n t l e s m o u v e m e n s a l

te rn a t i f s de la resp ira tion p eu ve n t co n t in u er pend an t

q u e l q u e s i n s t a n s , a p r è s q u e l e c e r v e a u a é t é d é t r u i t ,

ap rès un e p la ie de tè te où sa m asse a é té écrasée  , après

u n e l u x a t i o n d e l a p r e m i è r e v e r t è b r e o ù l e c o m m e n

c e m e n t d e l a m o e l l e a é t é c o m p r i m é a u p o i n t

  d'ar

rê te r tou t à coup la v ie , après l ' in jec t ion d 'un f lu ide

t r è s - i r r i t a n t p a r la c a r o t i d e , e t c . , e t c .

D a n s c e t t e p e r m a n e n c e d e c o n t r a c t i l i t é a n i m a l e

a p r è s la m o r t , l e s m u s c l e s s o n t a b s o l u m e n t p a s s if s ;

ils  obéissent,  co m m e p en d an t la v i e , à l 'impu l s ion

qu ' i ls reç oiv en t d es n erfs : c 'es t ce qu i la d is t in gue

e s s e n t i e l l e m e n t d e la p e r m a n e n c e d e l ' i r r i t a b i l i t é ,

p r o p r i é t é p a r la q u e ll e , a p r è s la m o r t c o m m e p e n d a n t

la

  v i e ,

  le muscle a en lu i le pr incipe qui le fa i t mou

vo i r .

L a p e r m a n e n c e e s t  plus o u m o i n s d u r a b l e s u iv a n t

la c lasse des an imaux : ceux à sang rouge e t f ro id gar

den t p lu s long - t emps ce t t e p rop r i é t é que ceux à s ang

rouge e t chaud ; pa rmi ceux -c i , les o ise au x de la famille

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D E L A V I E A N I M A L E . 2 0  1

des

 canards

 sont,

  com m e je l 'a i d i t , remarqua bles pa r

ce phénomène qui est bien plus rapidement éteint

dans les autres et dans les quadrupèdes. Dans la pre

mière

  c lasse ,

  il y a aussi

  des

  variétés pa rm i les rep

tiles , les poissons , etc.

En général , j a i constamment observé que la con

tractilité animale cesse après la mort, d'abord par le

cerveau, puis par la moelle, et enfin par les nerfs.

Déjà les muscles ne se meuvent plus en irritant le

premier de ces organes, qu'ils entrent encore en con

traction en agaçant les autres. Les nerfs irrités peu

ven t encore com m uniqu er un m ouvem ent

  ,

  que

déjà

  la moelle ne présente plus ce phénomène. Je n'ai

pas observé que la pa rtie su pé rieu re du nerf fût plus

prompte à cesser de transmettre le mouvement, que

la partie infér ieure . M ais ce qu 'il y a de re m ar q ua bl e,

c'est que certains nerfs , sous l ' influence de la même

irritation , font plus fortement contracter leurs mus

cles, que d'a utr es ; tel est par exem ple le d iaphrag m a-

tique.  Déjà  tous les m uscles cessent d'être m obiles

par l 'excitation artificielle de leu rs n e rf s, qu e le dia

phragme se meut encore par ce moyen. Tandis que

les exp érienc es lang uissen t ailleurs , elles sont da ns

toute leur force sur ce muscle; ce qui est d 'autant

plus

  frappant,

  que

  pendant

  la

  vie

  c'est précisément

lui qui se ressent le moins de l 'état du cerveau et de

la moelle: la paralysie et les convulsions ne le frap

pent presque jamais , comme nous avons vu.

A u

  r e s t e ,

  en comparant a insi la permanence de

contractilité animale, il faut toujours se servir du

même irr i tant ; car suivant ceux qu'on emploie , les

effets sont plus ou moins marqués. Déjà tout le

  cer-

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2 Q 2

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

veau e t  k s  ner fs ne son t p lus sens ib les aux agens

  me*

caniqucs

  n i c h i m i q u e s , q u ' i l s o b é i s s e n t e n c o r e a vec

u n e f o r c e e x t r ê m e a u x i m p u l s i o n s g a l v a n i q u e s .  L'ir-

r i t a l ion des m é ta u x e s t , de to u te s , c e l le qu i j u squ 'à

présen t o f f re le moyen le p lus e f f icace de perpé tuer

l a c o n t r a c t i l i t é a n i m a l e q u e l q u e t e m p s a p r è s la m o r t .

Propriétés organiques.

L a sens ib i l i t é o rg an iqu e e s t l e pa r t ag e man i f e st e

de s m usc le s qu i n ou s occ up en t : s ans ce s se m ise en jeu

chez eu x pa r la n u t r i t i o n , l ' ab so rp t ion e t l ' exha la t ion ,

e l l e y dev ien t enco re p lu s appa ren te , l o r squ 'on po r t e

u n p o i n t d ' i r r i t a t i o n s u r l e s m u s c l e s m i s à d é c o u

ve r t ; i l s r e s sen ten t ce t t e i r r i t a t ion , e t l a mo t i l i t é don t

nous a l lons par le r es t un résu l ta t de ce sen t iment

q u i

  se

  c o n c e n t r e d a n s l e m u s c l e , e t q u i n e se r ap

p o r t e p o i n t a u c e r v e a u .

La con t r ac t i l i t é o rgan ique in sens ib l e e s t l ' a t t r i bu t

de ce sy s t ème muscu la i r e , comme de tous l e s au t r e s .

La con t rac t i l i t é o rgan ique sens ib le y es t t rès -év i

den te . S i on me t un musc le à découve r t su r un an ima l

v ivan t , e t qu ' on l ' i r r i t e avec un agen t que lconque ,

il s e c r i s pe , se r e s s e r r e , s ' ag i te . U n e po r t io n m uscu

l a i r e dé t ac hée p ré se n te pe n da n t qu e lq ue s in s t ans le

m ê m e p h é n o m è n e .

T o u t e st e x c i t a n t p o u r l e m u s c l e m i s

  à

 n u ,

  l'air

1

,

l ' e a u ,

  les

 se ls n e u t r e s , l e s ac id es , le s a lca li s , l e s te r r es ,

l e s mé taux , l e s subs t ances an ima le s , végé ta l e s , e t c .

Le s imp le con tac t su f f i t pou r dé te rmine r l a con t r ac

t i o n . C e p e n d a n t o u t r e c e c o n t a c t , il y a e n c o r e q u e l

que chose qu i dépend de l a na tu re des exc i t ans , e t

qui fa i t var ier  1  i n t e n s i t é d e s c o n t r a c t i o n s . U n e p o u d re

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D E  L  V V I E A N I M A L  E .  2 Q 3

de bo is , de charbon , de m é ta l , e tc . , répandue sut

les muscles d'une grenouille , n 'y détermine que de

légers m ou vem ens ; versez-y un sel ne utre en p o u d re ,

le sel marin  par  exemple , aussitôt des agitations ir

régulières, mille oscillations diverses s'y manifestent.

Chaque corps est par sa nature susceptible d' irr iter

dif féremment les muscles , comme, suivant les indi

vidus , les â g e s ,  le s tem pé ram en s , le s

  sa isons ,

  les cli

mats , e t c . , les muscles sont susceptibles de

  ic'pondro

différemment aux excitations déterminées sur eux.

Il

  n'est pas besoin d' irr iter la totalité du muscle

pour obtenir sa contraction; deux ou trois f ibres seu

lement piquées mettent en action toutes les autres.

Souvent

  m ê m e ,  lorsqu

  on fait ces expériences sur un

animal v ivant , la contrac t ion se communique d 'un

muscle à l 'autre . En général , j 'a i constamment re

m arqué que pe nd an t la vie ces exp ériences son t

moins faciles, et donnent des résultats beaucoup plus

variables, ainsi que nous l 'avons  déjà  indiqué pour

la contractili té animale. Mettez un muscle à décou

vert, irritez-le à plusieu^p  reprises; tantôt il ne donne

pas le m oi nd re signe de con tractili té; tan tôt il se m eu t

avec force : cela varie d'un instant à l 'autre. Au lieu

que si c'est

  sur*

  un animal récemment tué que se font

les expériences, les résultats sont toujours à peu près

les m êm es d an s u n tem ps do nn é , aux différences

près cependant de

  l'affoiblissement

  que subissent les

contractions à mesure qu'on s 'éloigne de l ' instant de

la mort. Jamais il n 'arrive de voir le muscle obstiné

ment immobile sous les excitans, comme cela n 'est

pas rare dans un animal qui vit . Cette différence

essentielle,

 que

 les au teu rs n'o nt poin t assez

  ind iqu ée ,

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2 9 4 S Y S T E M E M U S C U L A I R E

e t q u e j ' a i f r é q u e m m e n t v é ri fi ée s u r d i v e r s a n i m a u x ,

d é p e n d d e c e q u e , p e n d a n t l a v i e , l e s e f f e t s d e  l'in

fluence ne rv eu se co n t ra r ie n t ce u x de s ex c i tan s : par

e x e m p le , si l ' an im a l é t e nd avec fo rce sa cu is se pa r

l e s m usc le s p os t é r i e u r s , on a beau i r r i t e r l e s an té r i eu r s

mis à nu , on ne peu t dé te rminer la f lex ion par ce t te

i r r i t a t i o n . L ' e x c i t a t i o n c é r é b r a l e d a n s l e s e x t e n s e u r s

é t a n t p lu s fo r te qu e l 'ex c i t a t io n m éc an iqu e dans les

fléch isseu rs, l ' e m po r t e . S o u v e n t , pe n da n t qu ' o n ap

p l ique le s t imulan t , l e ce rveau ag i t avec fo rce su r le

m u s c le , e t l 'e ff et q u ' o n ob t i en t e s t a lo r s b i en supé

r i e u r à l 'e x c i t a ti o n q u ' o n d é t e r m i n e . On en es t é ton né ;

m a i s  Fétonnement  cesse s i on a ég ar d a u concours

d e s d e u x e x c i t a t i o n s , d e c e l l e d e l ' a g e n t e x t e r n e , e t

de ce l l e du ce rveau . En géné ra l , c eux qu i on t  fait  des

expériences  n ' o n t po in t fa i t a ssez d ' a t te n t io n à ce

c o n c o u r s d e s d e u x f o r c e s s u r u n a n i m a l v i v a n t .

P o u r b i e n e s t i m e r l a c o n t r a c t i l i t é o r g a n i q u e s e n

s ib l e , i l f au t r end re nu l l e l ' an ima le .  T a n t  que l 'une e t

l ' a u t r e se h e u r t e n t , s e c h o q u e n t , se c o n t re b a l a n c e n t ,

o n n e p e u t b i e n l e s a p p r é c i e ^ d i s c e r n e r c e q u i a p p a r

t i e n t à c h a c u n e , e t c e q u i l e u r e s t c o m m u n . O r o n

rend nu l l e l a con t r ac t i l i t é an ima le su r l e v ivan t , en

c o u p a n t t o u s le s n e rf s d ' u n m u s c l e o u d ' u n m e m b r e ,

qu i de v i en ne n t a lo r s pa ra ly sé s . L e ce rveau ne peut

p lus ag i r su r eux , e t tou t ce qu 'on ob t ien t de résu l ta t s

p a r l e s s t i m u l a n s , a p p a r t i e n t

  à

  la co n t ra c t i l i t é o rga

n ique sens ib l e .

L a p e r m a n e n c e d e c e t t e d e r n i è r e p r o p r i é t é , a p r è s

l ' e x p é r i e n c e q u e j ' i n d i q u e , p r o u v e b i e n q u e l e s n e r f s

l u i s o n t a b s o l u m e n t é t r a n g e r s , q u ' e l l e r é s i d e e s s e n

t i e l l e m e n t d a n s l e t i s s u m u s c u l a i r e , q u ' e l l e

  lui

  est

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D E L A V I E A  N I M A L E.  2 9 5

i n h é r e n t e , c o m m e l e  disoit  H u i l e r . A u s s i t a n d i s q u e

dans l es pa ra ly s i e s d iv e r se s l e s m usc le s pe rd en t l a

f acu l t é d ' obé i r à l ' i n f luence cé réb ra l e , ou p lu tô t que

ce t t e i n f luence dev ien t nu l l e , i l s conse rven t ce l l e de

se c o n t r a c t e r s o u s l es s t i m u l a n s d ' u n e m a n i è r e s e n

sible.

C e t t e c o n t r a c t i o n d e s m u s c l e s d e l a v i e a n i m a l e

p a r l e s s t i m u l a n s , s e p r é s e n t e s o u s d e u x m o d e s

  t r è s -

différens.

  i ° .

  L a t o t a l i t é d u m u s c l e p e u t s e c o n t r a c

t e r , e t s e r accou rc i r de man iè re à r app roche r l ' un de

l ' au t r e l e s deux po in t s d ' i n se r t ion . Ce la a r r ive en

généralfcpiand  l a m o r t e s t r é c e n t e , q u a n d l e m u s c l e

est enc ore to u t p én é t ré de sa v ie . 2

0

. Ce son t souven t

des osc i l la t ions m ul t ip l ié es de s fib res; to u te s so n t

en ac t ion s im u l t an ée : o r ce l t e ac t ion n ' e s t po in t u n e

c o n t r a c t i o n , m a i s u n e v é r i t a b l e v i b r a t i o n , u n t r é

moussemen t l eque l n ' a po in t un e f f e t s ens ib l e su r l a

t ot al it é d u m u s c l e q u i , n e se c o n t r a c t a n t p o i n t , n e

s a u r a i t r a p p r o c h e r s e s p o i n t s m o b i l e s .  Lorsque  la vie

est p r è s d ' a b a n d o n n e r t o t a l e m e n t le m u s c l e , c ' e st

com m e cela qu ' i l se m e u t . L a d ive r s i t é de s exc i t an s

d o n n e l i e u é g a l e m e n t à c e d o u b l e m o d e d e c o n t r a c

t ion . P romenez un sca lpe l su r un musc le b i en

  vivant,

c ' e s t une con t r ac t ion de to t a l i t é qu i en r é su l t e r a ; s au

p o u d r e z e n s u i te

  lemème  n i u s c ï e d 'u n s e l n e u t r e ,

  q u e l

quefois

  i l y a c o n t r a c t i o n a n a l o g u e ;

  ma i s sou ven t ce n e

son t que des o sc i l l a t ions , de s v ib ra t ions

  semblables

à ce l l e s d ' un musc le que l a v i e abandonne .

P e n d a n t la v ie d e l ' a n i m a l , sa c o n t r a c t i li t é o r g a

n i q u e s e n s i b l e e s t r a r e m e n t  eu  ac t ion , pa rce que l e s

m u s c l e s n ' o n t

  point

 d'agens

 qu i ag i s sen t su r eux d ' u n e

m a n i è r e s e n s i b l e a u m o i n s . P o u r q u o i d o n c c e t t e

  p r o -

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•J   O 6  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

piiété

  y e s t - e l l e s i déve loppée? Je ne pu i s l e  déter*

m i n e r .

T o u s l es m u s c l e s n e la p o s s è d e n t p a s a u m ê m e

de g ré : l e d i ap h r ag m e e t le s i n t e r co s t a ux son t le s p lu s

i r r i ta b le s ; ils son t auss i ce ux do n t la con t rac t i l i t é or--

ganique

  e st la p l u s p e r m a n e n t e a p r è s la m o r t . R e m a r i

quez  q u e c e c i c o n t r a s t e , c o m m e l e u r s u s c e p t i b i l i t é ,

pou r r ecevo i r l ' i n f luence ne rveuse pa r l ' i r r i t a t ion de

l e u r s n e r f s , s u r t o u t d u d i a p h r a g m a t i q u e , a v ec le p eu

de d isp os i t io n qu ' i l s o n t à se res se n t i r p en d an t la vie

des  con vu ls ion s ou de la pa ra ly s ie . A p rè s e u x , je c ro is

q u e l e c r o t a p h y t e , l e m a s s e t e r , l e  hùccinat<ftr,  etc,

so n t les p lus i r r i t ab les . C e r t a in e m e n t i l y a sous le

r appo r t de l ' i r r i t ab i l i t é une g rande d i f f é r ence  entr'eux

e t l es m usc le s de s m e m b r e s , q u i son t t ous à peu p rè s

éga lemen t su scep t ib l e s de r épond re aux exc i t a t ions .

A u r e s t e , c e n ' e s t q u e s u r u n g r a n d n o m b r e d ' e x p é

r i ences qu ' on peu t é t ab l i r de s données géné ra l e s ; c a r

r ien n ' es t p lus f réquen t que de t rouver des inéga l i tés

e n t r e d e u x m u s c l e s a n a l o g u e s , e t m ê m e e n t r e l e s c o r -

r e s p o n d a n s d e s d e u x m o i t i é s d u c o r p s .

Sympathies.

L e s y s t è m e m u s c u l a i r e a n i m a l j o u e u n r ô l e t r è s -

i m p o r t a n t d a n s l e s

  s y m p a t h i e s .

  O n le vo i t t rès - f ré

q u e m m e n t a g i t é d e m o u v e m e n s  irréguliers  dans les

a f fec t ions d iverses de nos

  o r g a n e s ,

  s u r t o u t c h e z

 l'en-,

fant

  ou tou te im pre s s io n u n pe u v ive po r t é e su r un

o r g a n e q u e l c o n q u e e st p r e s q u e t o u j o u r s s u iv i e d e

mouvemens

  s p a s m o d i q u e s e t c o n v u l s i f s

 dans les mus-r

des de l a v i e an ima le . Remarquez en e f f e t que c ' e s t

 la

p r o p r ié t é vit ale p r é d o m i n a n t e d a n s ce s y s t è m e ,  c'est*

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D E L A V I E A N I M A L E .  2 9 7

à-dire

 la contracti l ité a nim ale,

 qui

 y est le plus sd uv ent

mise

  enjeu

  sympathiquement, par les inf luences que

les organes exercent les uns sur les autres.

En général, i l paraît que lorsque la sensibilité ani

male se développe fortement dans un organe, ce sys

tème tend aussitôt à se contracter. Les douleurs vives

que déterminent les pierres dans les reins, dans l 'ure

t è r e ,  dans l 'urètre même, les distensions des l iga

m e n s ,

  des aponévroses, la denti t ion, les opérations

chirurgicales où le m alade a bea uco up souffert, et c . ,

donnent l ieu à des convulsions sympathiques très-

nombreuses et très-fréquentes. Je sais bien qu'il y a

des douleurs très-vives sans mouvemens convulsifs

sympathiques; mais il est assez rare que vous obser

viez des mouvemens convulsifs de cette nature, sans

que l 'organe d 'où partent les ir radiat ions sympathi

q u e s ,

  ne soit  très-vivement  affecté, ne soit le  siège

d'une sensibilité animale très-aevelôppée.

Remarquez au contraire que la plupart des sympa

thies qui développent très-fortement dans une partie

la contractili té organique insensible, ou la contracti

lité

 organicjue

  sensible , ne sont point marquées par

ces douleurs vives

 dans F

  organe affecté d'où part l'ex

citation : par exemple , les

 s u e u r s ,

 les sécrétions sym

pathiques , les contractions intestinales et gastriques,

sont ra re m en t pro du ites p ar des affections qui portent»

le caractère de celles d'où naissent les sympathies de

contractili té animale.

Le cerveau est toujours

  préliminairement

  affecté

dans cette dernière espèce de sympathies où les

muscles sont , pour ainsi dire , passifs , comme  déjà

nous l 'avons

  v u ,

  et où ils ne font qu 'ob éi r à

  l'impul*

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2 9 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

siou

  qu'ils reçoivent. L'organe affecté agit d'abord sur

le cerveau, puis celui-ci réagit sur les muscles.

Les auteurs ont considéré les sympathies d 'une

m anière t rop vague . Les uns ont ad m is , les autres ont

rejeté l ' intermédiaire du

  ce rveau ;

  quelques-uns n'ont

point prononcé . Tous seroient d 'accord

  s i ,

  au lieu

de vouloir résoudre la question d 'une manière géné

r a l e ,

  ils avoient distingué les sympathies comme les

forces vitales dont elles ne  sont que des aberrations,

des développemens irréguliers ; i ls auroient vu que

dan s les symp athies an imales de c on trac tili té, l 'action

cérébrale est essentielle ; car on ne conçoit aucune

contractilité de cette espèce, sans la double influence

cérébrale et nerveu se sur les m usc les; qu 'au con traire,

dans les sympathies organiques de contractili té, l 'ac

tion du cerveau est n u ll e, l 'organ e affecté agit directe

m e n t , et sans in te rm éd ia ire , sur celui qui se contracte

sympathiquemerit.

 Quand  le cœur, l 'estomac , les in

testins , e tc . , se

 meuvent,

  quand la glande parotide et

les autres au gm en ten t leur action par l' influence sym

pathiqu e d'u n organe affecté, certa inem ent cet organe

n'agit point

 préliminairement sur le

 ce rv ea u ; car il fau-

droit alors que celui-ci réagît sur

  ceux

 qui se contrac

tent : or il ne pourvoit les influencer que par les nerfs,

puisque ce n'est que par eux qu'il leur est uni; mais

toutes les exp érien ces,

  tous

 les faits p ro u v en t, comm e

nou s ve rro ns , que le cerveau n 'a , par ce m o ye n, au

cun e influence sur les organes à mo uv em en s involon

taires : donc l 'action est directe, donc il n'y a point

d in termédia i re .  Il  en es t des mouvemens sympa

thiques comme des naturels; les contractili tés insen

sible et sensible sont constamment mises en jeu dans

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D E L A V I E  A N I M A L E .  2991

ceux-ci par un slimulus direct appliqué sur l 'organe,

tandis que la contractili té animale n'entre jamais en

exercice que par le stimulant cérébral, qui lui-même

exige une ca us e, soit sym pa th iq ue , soit dir ect e , po ur

agir sur les muscles.

Après la contracti l i té animale,  c'est  la sensibilité

de même nature qui est le plus souvent mise en jeu

sympathiquementdansle

  système musculaire animal.

Les lassi tudes, les douleurs vagues, le sentiment de

pesanteur,

  les

  liraillemens

  qu'on éprouve dans les

membres au début

 d'une

  foule de maladies, sont des

phénomènes purement sympa th iques ,  où  ce t te p ro

priété en tre en action dans les muscles. A u x

 périodes

avancées de plusieurs autres affections, ces troubles

sym pathiques sont aussi très rem arqu ables , m ais

moins en général qu 'au début.

Les pro priété s organ iques sont en général rare m en t

en action

  sympalhiquement

  dans l 'espèce de muscles

qui nous occupe. Au reste, si elles le sont, nous ne

pouvons guère en juger , parce qu 'aucu n signe ne no us

l ' indique. La sueur

  dans

  la peau, les fluides

  sécrétés

dans les glandes , les fluides exhalés sur beaucoup de

surfaces , sont des résultats généraux qui nous in

diquent les troubles sympathiques de la sensibilité o rga

niq ue , et de la contractili té insensible de m êm e espèce.

Dans

 les m usc les, nous n 'avons point

 le

 mêm e m oyen

de connoître ces altérations.

Caractère des Propriétés vitales.

D'après ce que nous avons dit jusqu'ici sur les pro

priétés et sur les sympathies musculaires, on conçoit

facilement que l 'activité vitale doit être en général

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3 o O S Y S T È M E M U S C U L A I R E

b e a u c o u p p l u s  aciive  dans l e s musc le s que dans l e s

o r g a n e s p r é c é d e m m e n t e x a m i n é s d a n s c e v o lu m e :

aus s i t ou te s l eu r s a f f ec t ions

  commencent-el les

  à

p re n d re u n c a rac t è re pa r t i cu l i e r q u i l es d i s t ingue de

ce l les de ces o rg an es ; e l les so n t be au co up p lus

p r o m p t e s , p l u s r a p i d e s . C e p e n d a n t r e m a r q u o n s q u e

tou te s l e s a l t é r a t ions de

  fondions

  q u ' i l s n o u s p r é

sen ten t ne do iven t pa s s e rv i r à nous f a i r e e s t imer

ce t te ac t iv i té v i ta le . En e f fe t , p lus ieurs de ces a l té ra

t io ns ne r é s ide n t po in t e s sen t i e l l em en t da ns le tis su

m u s c u la i r e , n ' y on t p o in t l e u r cause : t e ls son t pa r

e x e m p l e t o u s l e s m o u v e m e n s c o n v u l s i f s o ù , c o m m e

n o u s a v o n s v u , l e s m u s c l e s a g i s s e n t e n o b é i s s a n t ,

m a i s n ' o n t po in t en eu x le p r inc ipe d ' a c t io n . I ls son t

alors  les ind ice s des a l t é r a t i on s cé réb ra l es : a insi le s

a r t è r e s qu i nous p ré sen ten t de s i nombreuses va r i é t é s

d a n s l ' é t a t d u p o u l s , n e s o n t - e l l e s , p o u r a i n s i d i r e ,

q u e p a s s i v e s , n e  servent-elles  le p lus souven t qu 'à

n o u s i n d i q u e r l ' é t a t d u c œ u r p a r l e u r  mouvement,

t and i s que l e s ve ines qu i n ' on t po in t à l ' o r ig ine de

l e u r c i r c u l a t i o n u n a g e n t d ' i m p u l s i o n a n a l o g u e , n e

p r é s e n t e n t q u e d e s v a r i é t é s t r è s - r a r e s , q u o i q u e c e pe n

dan t l eu r t i s su so i t péné t r é d ' au tan t de fo rce s v i t a l e s ,

q u o i q u ' i l v i v e a u s s i e t p e u t - ê t r e p l u s a c t i v e m e n t q u e

ce lu i des a r tè res .

U n e p r e u v e q u e l e t i s s u m ê m e d u m u s c l e e s t m o i n s

s o u v e n t a l t é r é q u ' i l n e le s e m b l e d ' a b o r d , e n c o n s i

d é ra n t la f réq ue nc e de s a f fec tions d e ces o rganes ,

c ' e s t l a ra re té de leurs lés ions o rgan iques . Ces lés ions

y s o n t m ê m e m o i n s c o m m u n e s q u e d a n s l e s o s . O n

n ' y v o i t p o i n t d e c e s s q u i r r e s , d e c e s e n g o r g e m e n s ,

de ces

  changemcns

  d e t e x t u r e e n u n m o t , q u ' i l

  ess

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D É L A V I E

  A N I M A L E .

  3 o i

Si

  ordinaire de rencontrer dans les autres organes»

Parmi le grand nombre de sujets que j 'ai eu occasion

de disséquer ou de faire disséquer, je ne me rappelle

point avoir vu dans les muscles de la vie animale

d'autres altérations que celles de leur cohésion, de

leur densité , de leur couleur . C'est un phénomène

qui les rapproche de ceux de la vie organique où

l 'on renco ntre rarem ent des changemens de t is su ,

com m e le cœ ur , l 'estom ac , etc . en offrent des

exemples.

Le tissu musculaire de la vie animale suppure rare

ment: aussi connoît-on  très-peu son mode de suppu

ration. E n gé n ér al , il paroît qu e l 'inflamm ation s 'y

termine presque toujours par résolut ion. L ' indura

tion, la gangrène et la suppuration, tr iple issue que

cette affection présente souvent dans les autres par

t ies ,

  son t étra ng ère s à celle-ci dans le plus grand no m

bre des cas.

A R T I C L E Q U A T R I È M E .

Phénomènes de Faction du Système mus-»

culaire de la Vie animale.

J

  U S Q U ' I C I

  nous n'avons parlé que de la motilité

m us cu laire , abstraction faite des phén om ènes qu'e lle

présen te dan sles m us cle s, lorsqu'elle y est en exercice.

Ces phénomènes

 vont

 à présen t nous occup er.

  Ils

  sont

spécialement relatifs à la

  con t r ac t ion ,

  qui est l'état

essentiellement actif du muscle , le relâchement étant

toujours un état purement

  passif.

  N ou s concevrons

facilement les phénomènes de celui-ci , lorsque ceux

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3 0 2 S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

d e l ' a u t r e d o n t i l s s o n t l ' i n v e r s e , n o u s s e r o n t c o n n u s .

§  I

e r

.  Force de la Contraction musculaire.

L a fo rce de la co n t ra c t i on de s mu sc l es de la v ie

an ima le va r i e beaucoup , su ivan t qu ' e l l e e s t mi se en

jeu par les i r r i t ans , ou par  Faction  cé réb ra l e .

T o u t i r r i t a n t p o r t é s u r  un  m u s c l e  misa  d é c o u v e r t ,

n e d é t e r m i n e q u ' u n m o u v e m e n t b r u s q u e , r a p i d e ,

ma i s en géné ra l peu éne rg ique . J e me su i s f r équem

m e n t c o n v a i n c u d a n s m e s e x p é r i e n c e s q u ' i l e st im

p o s s i b l e d ' a p p r o c h e r

  même

  de t rès - lo in par ce moyen

d e l ' e x t r ê m e  énergie  q u e c o m m u n i q u e l e c e r v e a u a u x

musc le s de l a v i e an ima le . Le sy s t ème muscu la i r e

o r g a n i q u e q u e l e s e x c i t a n s i m m é d i a t e m e n t a p p l i q u é s

m e t t e n t p r i n c i p a l e m e n t e n m o u v e m e n t , n ' a ja m ais

des exace rba t ions de fo rce co r r e spondan te s à ce l l e s

crue la con t rac t i l i t é an im ale no u s p ré se n t e à u n si hau t

po in t en ce r t a ines c i r cons tances . C ' e s t donc spéc ia

l em en t qu an d le s m usc le s se m eu ve n t en ve r tu de ce tte

de rn i è re p r o p r i é t é , q u il f au t co ns idé re r l a fo rce de

l e u r c o n t r a c t i o n . O r c e t t e c o n t r a c t i o n p e u t , c o m m e

n o u s a v o n s

  v u ,

  ê tr e d é t e r m i n é e ,

  i ° .

  en agaçant le

ce rveau dans l e s expé r i ences , 2 ° . l o r sque son exc i

ta t ion a l i eu dans l ' é ta t na tu re l pa r la vo lon té , ou par

sympa th ie . Dans l e p remie r ca s , l a fo rce de con t r ac

t ion n ' es t j amais t rès -énerg ique , que l que so i t l ' ex

c i t an t  cpie  l ' on em p lo ie , so i t su r le ce rv ea u , so it su r

le s n e r fs m i s à d é c o u v e r t . J ' a i c o n s t a m m e n t  observé

u n m o u v e m e n t c o n v u l s if t r è s - r a p i d e , a s se z a n al og u e

à ce lu i q u ' o n ob t i en t en exc i t an t l es m usc le s eu x -

m ê m e s , m ais jam ais auss i fo r t qu e ce lu i qu i es t le

r é su l t a t de l ' a c t ion v i t a l e . Ma lg ré ce qu ' on t éc r i t c e r -

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D E L A V I E A N I M A L E .  3<0.3

tains physiologistes, jamais, en irritant les nerfs des

fléchisseurs, on ne peut imprimer à ceux-ci une éner

gie d'actio n co m pa rab le à celle qu e la volo nté pe ut

leur do nn er. Irritez par exem ple le nerf sciatique dan s

un membre infér ieur qui vient d 'ê tre amputé, jamais

les orteils ne se fléchiront avec la force qu '

 ils

 offrent en

certains cas da ns l 'état n atu rel .

 J'ai fait

 deux fois cette

expérience dans des amputations prat iquées par De-

sault.

  Etranger encore à la physiologie , j 'avois é té

vivement frappé de ce phénomène.

Dans l 'excitation cérébrale et dans celle de la

moelle , on ne peut aussi bien apprécier la force des

contractions qui en  résultent,  que quand on agace

un ne rf isolé : en effet, to ut le systèm e en tra nt alors en

actionconvulsive,les  extenseurs détruisent en part ie

l 'effort des fléchisseurs, et réciproquement. Les mus

cles simultanément en action, se contrebalancent, se

heurtent

  et

  se nu isen t . L'excitan t qui im prim e le plus

de force aux contractions, m'a toujours paru être le

galvanisme.

Dans l 'état de vie , la force de contraction muscu

laire dépend de deux

  cau ses ,

  ï ° . du m uscle , 2 ° . du

cerveau. Ces deux causes sont en proport ion varia

b l e ;

  il faut les considérer isolément.

Sous une influence cérébrale égale, le muscle bien

nourri, qui se dessine avec énergie à travers les té-

g u m e n s ,

  qui a des formes

  très-prononcées

 parce que

ses fibres sont très-grosses, se contractera bien plus

fortement

  que celui qui est

  g r ê l e , m i n c e ,

  à fibres

l âches , pâ le s ,

  peu prononcées , et qui ne fait sous les

tégumens qu'une sai l l ie légère. Dans notre manière

ordinaire de concevoir la force musculaire, c 'est à cet

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B o 4  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

état du muscle que nous nous arrêtons surtout . Les

statues qui nous peignent la force et la vigueur, ont

toujo urs pou r at tr ib ut le dévelo ppem ent énergique

des formes musculaires. Quand le cerveau agit sur

ces muscles-là avec énergie , ils sont susceptibles de

mouvemens extraordinaires. Je ne rapporterai point

d'exemples des efforts étonnans dont ils sont alors

susceptibles. Haller et d'autres en ont cité une foule,

soit dans les muscles du dos pour porter des far

deaux, soit dans les muscles des membres supérieurs

pour lever des poids considérables, soit dans ceux

des membres inférieurs pour faire des sauts, pour

conserver des at t i tudes qui supposent d 'énormes ré

sistances à surmonter .

C 'est su rto ut l' influence céréb rale qui augmente

beaucoup la force de contraction musculaire . La  vo

1

-

lonté  peut élever très-haut cette force ; mais les dif

férentes  excitation s qui lui sont ét ra ng èr es , l'exaltent

infiniment plus. On connoît la force qu'acquiert un

ho m m e en co lèr e, celle des ma nia qu es , celle des in

dividus dans le transport cérébral d une fièvre essen

tielle , etc.Dans tous ces cas,F impu lsion communiquée

par le cerveau , est telle quelquefois , que les muscles

les plus grêles de la femme la plus foible surpassent

en énergie ceux de

  l'homme

  le plus vigoureux con

sidéré dans l 'état ordinaire.

La force de contraction musculaire est donc en

raison composée et de la force d'organisation du tissu

des muscles, et de la force d'excitation cérébrale. Si

toutes deux sont peu marquées, les mouvemens sont

presque nuls; si toutes deux sont au plus haut point,

il est difficile de concevoir jusqu'où peuvent aller les

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D E L A V I E A N I M A L E . 3 o 5

effets qu i en rés ulte nt : u n m an iaq ue à m uscles épais

et prono ncés est capable d'efforts qu e vainem ent on

essaierait d e calc uler. Si la force nerv eu se est très -

énergique , et le t issu mu sculaire peu p ro n o n cé , o u

que l 'é ta t inverse se re m a rq u e , les phéno m ènes de

contraction sont moindres. En général la nature a

presque toujours réuni ces deux choses de cette der

nière manière . Les femmes et les enfans que carac

térise la foiblesse d u tissu c h a rn u , on t un e m otilité

nerveuse très-grande ; les ho m m es au con traire , ceux

su rtou t à form es athlétiqu es , m oin s faciles à s' é

mouvoir dans leur systèm e ne rv eu x, en reçoivent des

causes plus rares d'une forte influence sur leurs

muscles.

Qu el que soit le po int de vue sous lequel no us con

sidérions la force des contractions du système mus

culaire de la vie animale , elle est toujours extrême

ment considérable, à proportion de l 'effet qui résulte

de ces contractions. La nature dans l 'économie suit

une loi inv ers e de celle du m ou vem en t de nos m a

chines ordinaires, dont le grand avantage est d 'aug

menter beaucoup les puissances motr ices , de pro

du ire u n gr an d effet avec pe u de force. Ici il y a

toujours grand déploiem ent deforces  pour peu d'effet;

ce qui t ient aux causes nom breus es tenda nt à dé truire

l'effet de ces forces.  i ° .  Les muscles agissent presque

toujours sur un

  levier

 très-défavo rable, sur celui où la

puissance qu ' i ls rep rés en ten t , est plus près du poin t

d 'appui

  que

 la résistanc e. 2 ° . T o u s

 ont

 à vain cre, en se

con tracta nt , la résistance des antagonistes. 3° . C om m e

dans chaque m ou ve m en t i l y a

 toujqurs

  un point fixe,

l'effort

  q u i ,

  d'après la contraction, se porte sur ce

I I .

  -

20

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3 o 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

point f ixe, est perdu entièrement. 4 ° .  Les frottemens

divers nuisent aussi au mouvement. 5°. L'obliquité

de l ' insertion des muscles sur les os, obliquité bien

plus voisine en général de la direction  horizontale que

de la perpendiculaire , l 'obliquité non moins remar

quable des attaches charnues sur le tendon ou l 'apo

névrose, offrent une double cause d'affoiblissement.

Toutes ces raisons et plusieurs autres

  qu'on-pourrait

y ajo uter avec Borelli qu i a été le p re m ie r à faire

ces remarques impor tantes sur le mouvement mus

culaire, prouvent que la force absolue ou réelle des

muscles, est infiniment supérieure à leur force effec

t ive .

 C ep en da nt tous ne sont pas aussi

 défavorablement

disposés : dans les uns, comme au soléaire, l ' inser

tion est perpendiculaire à l 'os; dans d'autres , comme

au x m uscles qui agissent su r la

  t ê t e ,

  on observe

qu'ils sont puissances d'un  levier  du premier genre.

En général, pour estimer la force d'un muscle isolé,

du deltoïde par exemple, i l faut surtout avoir égard

à la distance de leur insertion au point  d'appui,  au

deg ré d'o uv er tu re des angles form és parle s fibres char

nues sur le tendon , et ensuite par le tendon sur l 'os,

au partage des forces entre le point fixe et le point

mobi le .

Q uelq ues avantages sem blent com pen ser légèrement

da ns certains muscles leur dispo sition peu prop re à la

force du mouvement : te ls sont ,

  ï

0

.

  les sé sam oïd es, la

rotule , les éminences diverses d' insertion, le gonfle

m en t des os longs à leurs ex trém ités , e tc . , qui é loi

gnent les fibres des points mobiles; 2°. la graisse in

t e rmuscu la i r e ,  cçlle  qui est aux enviions des mus

c l e s ,  le fluide des gaines synouales, qui facilitent les

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D E L A V I E A N I M A L E .  3c<7

m ou vem ens en lubrifiant les surfaces qui les exéc ute nt;

3°.les

  toiles apon évrotiqu es qui répercute nt les m ou

vemens sur les membres ;  4 ° -  ces mouvemens eux-

mêmes , ceux de f lexion par exemple,

 q u i ,

  à mesure

qu'ils ont lieu , di m in u en t l 'obliquité de l ' insertion

des fléchisseurs, la rendent même perpendiculaire ,

comme Fa t rès-bien

  obsePvé

  un au teur moderne .

O n a beau co up fait d e calculs sur le déchet d û

mouvement musculaire , sur l 'effor t d 'un muscle qui

se con tra ct e, co m pa ré à l'effet qui en résu lte. I ls n 'o n t

jamais p u êtr e p ré c is , parc e qu e les forces vitales

varient à

  l'infini,

  qu'elles ne sont point les mêmes

dans deux individus , que l ' influence cérébrale et la

force d 'organ isation m usc ulaire ne sont jamais en

proport ion con stante dan s le m êm e sujet . C'est le

propre des phénomènes vitaux d 'échapper à tous les

calculs,

  et de

  présenter,

  comme les forces dont ils

émanent,

  un caractère d' irrégularité qui les distingue

essent ie l lement des phénomènes physiques . Con

cluons seulement des observations précédentes, que

l'effort musculaire porté au plus haut point par l 'ex

citation

  cérébrale,peut

  produire des effets é tonnans,

et

 qui su pp ose nt une force de contractio n qu 'à pein e

nous concevon s : telle est la r u p tu re des forts

  t en d o n s ,

de la rotule , de  Folécrâne  , etc. ; telle est encore la

résistance souvent opposée par les muscles aux énor

mes distensions q u'o n emploie pour les lu x ati on s,

pour les f ractures, e tc .

§  11.  Vitesse des Contractions.

Les contractions doivent être considérées sous le

rapport de leur vitesse comme sous celui de leur force.

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3 o 8 S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

ï ° .

 Si c'est

 parles

  stimulans qu'elles sont produites,

en mettant un muscle à découvert et en agissant di

rectement sur lui, elles varient suivant l 'état de vita

lité du muscle, et suivant le corps qui stimule. Dans

les premiers

  momens

  de l 'expérience, e l les se suc

cèdent avec rapidité, s 'enchaînent quelquefois avec

une vitesse que l 'œil peut suivre difficilement. A me

sure que le muscle  languit,  ses contractions devien

n en t m oin s pr om pt es ; elles cessent au bo ut d'un

certain temps. On les ranime en employant un st i

mu lan t  très-actif;  les fibres finissent enfin  par y être

aussi insensibles.

2 ° .  Si c'est en irritant le nerf que l 'on fait con

tracter u n muscle volontaire , on dé term ine une

vitesse de contraction plus grande encore qu'en aga

çant le muscle lui-même. La course seroit d 'une ra

pidité presque incommensurable , s i chaque contrac

tion qu'elle nécessite,  éloit  égale à celles qu'on ob

tient alors, surtout lorsqu'on agit d 'une part sur des

animaux t rès-vivaces , d 'une

  autre

  part avec des sti

mulans très-actifs, avec le galvanisme par exemple.

J'ai fait à cet égard u n e r em ar q u e; c'est q ue la vitesse

ni la force d es con tractions ne sont pas com m uném ent

plus augmentées si on irrite en même temps tous

les nerfs qui vont à un muscle, que si on n'en agace

qu 'un seul .

3° .  Quand c'est la volonté qui règle la vitesse des

contractions musculaires, cette vitesse a des degrés

infiniment variables; mais toujours il en est un au-

delà du qu el on n e pe ut aller. C e degré n'est pas le

même pour tous les hommes; i l y a même

  cntr 'eux,

sous ce rappor t , de

  très-grandes

  différences, les-

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D E L A V I E A N I M A L E .  3c<9

quelles sont étrangères à la force d'organisation des

muscles ; il est rare mê m e qu e les ind ivid us à s y s

tème musculaire très-prononcé, soient les meil leurs

coureurs. Je ne sache pas qu'on ait encore observé

une habitude extér ieure du corps qui indique la vi

tesse des contractions, comme i l en est une qui dé

note leur force : elle doit exister cependant. Les ani

maux sont comme les hommes; le degré de rapidi té

auquel chacun peu t a t te in d re , est inf inim ent var iable .

Je ne citerai pas des exemples de courses

  r ap id es ,

  de

mouvemens analogues imprimés par les membres su

périeurs , comme ceux des doigts dans le jeu de cer

tains

  i n s t r u m e n s ,

  du violon , de la flûte

  ,

  etc . : une

foule  d 'auteurs en rappor tent d 'é tonnans; on pourra

lesdire  dans ces auteurs. Je remarque seulement qu ' i l

est peu de mouvemens qui nous donnent plus l ' idée

de cette vi tesse, que les contractions brusques et ra

pides qui , dans les membres infér ieurs , dé terminent

le

 saut,

 ou la for te propulsion d e ces m em bres qu an d

on donne un coup de p ied ;  qui  dans les supérieurs

servent à la projection des corps graves; qui dans les

mêmes membres concourent à repousser le tronc en

arr ière , lorsqu on les appuie contre un point résis

ta n t , e t q u 'o n les é ten d ensuite tout à coup po ur

pousser en avant ce

  point,

  lequel ne cédant

  pa s ,

répercute le mouvement sur le t ronc; qui prés ident

à Faction de donner un coup de poing; qui dans les

doigts produisent le mouvement subit d 'où résulte

ce qu 'on nom m e un e ch iquen aude , e t c . , etc . Je con

fonds tous ces mouvemens

  presqu'entièrement

  a n a

logues au saut, et qui n'en diffèrent que par les effets

plus ou moins manifestes qu ' i ls produisent . Les au-

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3 l O S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

t e u r s ,

 pou r le dire en

 passant,

 n 'o n t p as assez établi de

rapprochemens entre ces diverses contractions brus

ques et rapides; ils ont considéré le saut trop isolé

ment. Mais revenons. Le degré de rapidité des con

tractions musculaires est puissamment subordonné à

l 'exercice. L'habitude de faire agir certains muscles

nous rend plus prompts dans leur contraction : par

exemple, la marche qui nous habitue à contracter

alternativement les extenseurs et les fléchisseurs des

membres infér ieurs, nous dispose singulièrement à

la vitesse de la course. Pour peu que chaque homme

se livre

 à

 ce de rn ier e xe rci ce , il a bientô t atteint

 le

 plus

haut point de rapidité dont soit capable son système

m usc ula ire . Au contraire , les m ou vem ens d 'adduction

et d'abduction étant plus rares dans l 'état ordinaire,

il faut un long appren tissage po ur a pp ren dr e aux dan

seurs à porter avecrapidilé leurs jambes en dehorset en

de da ns afin d 'ex éc ut er les pas où ils les croisent alter

nativement. En général , l 'habitude modif ie beaucoup

plus

 la vitesse

 que

 la force de s co ntra ction s. Cepen dant

i l est toujours un terme qu'on ne dépasse jamais,

quel que soit l 'exercice qu'on ait donné aux muscles:

ce terme dépend de la consti tut ion; chaque homme

est par elle, sauteur et coureur plus ou moins agile.

§ 1 1 1 .

  Durée des Contractions.

Il

 y a sous le rap po rt de la du rée des contractions

une différence remarquable dans les muscles, sui

vant qu'on excite artif iciellement ou naturellement

ces contractions.

Que sur un animal vivant ou sur un récemment

t u é ,  on excite le muscle lui-même, ou qu'on agace

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D E L A V I E A N I M A L E .

  3 l

  I

ses nerfs, le relâchement succède à la contraction

presque su bit em en t : jama is ni l 'un n i l 'autre états ne

sont du rab les , qu oi qu 'on fasse du rer long-temps Fac

tion du stimulant; l 'effet qu'il a produit s 'épuise tout

de suite . Que le galvanisme, que les agens mécani

ques ou chimiques, servent à nos expériences, c 'est

le même phénomène .

Au contraire , quand la volonté dir ige la contrac

t ion , e lle peu t la souten ir p en da nt u n tem ps très-

long. Le support des fardeaux, la sta t ion, e tc . , prou

vent ce fai t manifestement. Lors même que pendant

la vie, une irritation morbifique est dirigée sur les

nerfs,la contrac t ion peut être très-perman ente com m e

le tétanos nous en présente de si terribles preuves.

L a perm ane nce de la contraction m usculaire fat igue

beaucoup plus le muscle qu 'un relâchement et une

contraction al ternatifs . Voilà pourquoi, lorsque nous

sommes long-temps

 debout,

  nous faisons tour à tour

porter le poids du corps plus sur un membre que

sur l 'autre .

§  I V -

  État du Muscle en contraction.

Les muscles qui se contractent présentent divers

phénomènes que voic i :

ï ° . Ils

 durcisse nt sensib lem ent, comm e on peut s 'en

assurer en plaçant la main sur le  masseter,  le tem

p or al , ou sur un autre muscle superficiel q uelcon que,

en contrac t ion.

2 ° .  Ils augmentent en épaisseur : de là la  Saillie

plus grande de tous les muscles soucutanés pendant

que le corps est dans une violente action. Les sculp

teurs connoissent très-bien cette différence. L'homme

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3 l 2 S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

en repos et l 'homme qui se meut, ont dans leurs

statues un extérieur tout différent.

3 ° .  Les muscles, lorsqu' i ls ne sont pas br idés

par les aponévroses, éprouvent quelquefois un léger

déplacement .

4 ° .  Us  diminuent en longueur, e t par là même i ls

rapprochent  les  deux points auxquels ils se fixent.

5 ° .  Leur volume reste à peu près le même. Ce

qu'ils perdent du côté de la longueur, i ls le gagnent

à peu près en épaisseur. La proportion est-elle bien

ex acte ? Q ue no us im p o rte ; cet te question isolée à

laque lle , depu is Glisson,ona  attaché de l ' importance

n 'en mér i te aucune .

6 ° .  Le sang contenu dans les vaisseaux des mus

cles , d an s les vein es

  surtout,

  en est exprimé en

partie : l 'opération de la saignée le prouve ; on aug

mente le je t du sang par les mouvemens du bras.

7 ° .

  Cependant le muscle ne change pas de cou

leur; c 'est que ce n'est pas la portion colorante du

sang circulante avec lui dans les vaisseaux muscu

l a i res ,  qui colore les muscles, mais, comme je l 'a i

dit ,  celle qui est inhérente à leur tissu et combinée

avec leurs fibres : or cette substance colorante com

binée , reste la même dans le relâchement et la con

traction. Le cœur de la grenouille pâlit en se con

tractant; mais c 'est que le sang qu'il contenoit sléva-

cue , et qu e la tra ns pa ren ce de ses paro is ren d ce phé

nomène sensible .

8 ° .  En se  contractant,  les muscles deviennent le

siège

  d'une foule de petites rides transversales, sen

sibles surtout dans  les  contractions d 'oscil la t ion,

moins apparentes dans celles de total i té , presque

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D E L A V I E  A N I M A L E .  3 l 3

, nulles m êm e lo rs q u e, u n m uscle étant à décou vert

sur un animal  vivant,  celui-ci le contracte avec un

peu de force.

9 ° .

  Tous les auteurs considèrent la contraction

d'une manière trop uniforme : i ls  en  ont décrit les

phénomènes comme si dans tous les cas le muscle se

contractoit de même; mais il est évident qu'il y a

de no m bre us es différences da ns l 'état où il est alors .

i ° .  Il y a la contra ction lente et insensible d éte rm i

née par la contractili té de tissu, lorsqu'on coupe un

m uscle , ou qu e son antagoniste est p ara lys é; 2 ° . la

contraction bru sq ue et

 su b i t e ,

 produ ite par la volo nté ,

ou par l 'excitation d'un  nerf;  mode de mouvement

qui a l ieu le plus communément, soit dans l 'é ta t or

dinaire , soit même dans les convulsions; 3°. l 'espèce

d'oscillation dont j 'ai déjà

  parlé,*

  et q u i , affectant

chaque f ibre dans un muscle , ne produit cependant

aucun effet bien sensible sur sa totalité, le raccourcit

peu, ne rapproche presque pas , par conséquent , ses

points mobiles : c 'est le mode de mouvement qui

a l ieu dans les tremblemens produits par le  froid,

par la crainte, par le début des accès de fièvres in

te rmit tentes , e tc . En met tant à découver t un muscle

sur un animal que l 'appareil de l 'expérience fait fris

sonner, on voit que cette espèce de contraction res

semble entièrement à cel le qu 'on produit en versant

du sel en poudre sur une part ie du système muscu

laire.

  Alors, quoiqu' i l y a i t dans tous les muscles un

mouvement intest in inf iniment plus sensible que

dans les grandes contrac t ions , cependant les mem

bres se dép lacen t peu , il n y a presqu e point de m ou

vem ens de tota lité; ce ne sont q ue d e légères secousses.

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3 l 4

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

4 ° .

 H

 est encore d 'a ut re s m od es de contraction m oins

sensibles que ceux -ci , m ais qui pré sente nt cependant

des différences. En général, à chaque espèce de mou

vem en t d u m uscle est adap tée un e man ière part iculière

de se contracter

 ;

 p o u r peu qu 'o n ait fait d 'expériences

sur les animaux vivans, on se convaincra facilement

combien les auteurs les plus judicieux se sont mépris

sur  ce point.

Souvent deux modes de contrac t ion sont combi

n é s :

  par exemple, quand on coupe un muscle en tra

vers sur le viv an t, i l y a d'a bo rd u ne contraction lente

de totalité, produite par la contractili té de tissu, en

suite des oscillations partielles dans toutes les fibres

div isé es; or ces oscillations son t é trang ères à la ré

trac tion qu i a lieu sans elle , s ou ve nt su r le vivant

et toujours sur le cadavre. De même les oscillations

peuvent se combiner avec la contraction subite née

de l 'influence nerve use pa r l 'acte de la vo lo n té, comme

dan s les derniers  momens  de l 'existence, ou bien ne

po in tlu i être associées, co m m e cela arrive presque tou

jours quand l 'animal jouit de toute sa vie. On peut se

convaincre de ce dernier fait sans le secours des ex

périences, en plaçant la main sur le muscle masseter

ou sur le biceps d 'une personne maigre, pendant

qu'ils se contractent; on n'y sent à travers la peau

aucun mouvement analogue à ces oscil la t ions.

§ V -

  Mouvemens imprimés par le Muscle.

Tout mouvement muscula i re es t ou s imple , ou

combiné. Parlons d 'abord du premier; i l nous fera

comprendre le second.

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D E L A V I E A N I M A L E . 3 l 5

Mouvement simple.

I l faut le considérer ,

  i ° .

  dans les muscles à direc

t ion droite , 2°. dans ceux à direction réf léchie , 3°.

dans  ceux  à direction circulaire.

D ans les p rem ie rs , com m e dans ceux de s m e m b r e s ,

du t r onc , e t c . , s'ils  sont à forme alongée, et qu'ils se

terminent par un tendon, chaque f ibre se contractant

tire ce tendon de son côté : d'où il résulte que toutes

sont congénères pour le rapprocher du centre du

muscle , mais qu 'en même temps el les tendent à lui

donn er chacune une au tre dire ctio n, e t sous ce

 rapport

elles sont antagonistes. L e m ou ve m en t co m m un reste ;

l 'opposé est détruit .

Tout l 'effort de la contraction dans les muscles

longs se concentre sur un seul

 point,

  sur le tendon.

Dans la plupart des muscles larges, au contraire , les

attaches se faisant des deux côtés par des points  dif

férons , to utes les fibres ne conco uren t poin t au m êm e

but. Aussi les par t ies diverses du même muscle peu

vent-elles avoir des usages très-différens, et même

opposés : ainsi la portion inférieure du grand dentelé

n 'agit point comme la supérieure; souvent même les

port ions diverses du même muscle se contractent en

des temps différons. Dans un muscle long, au con

tr ai re , com m e toutes les fibres conc ouren t à pro du ire

le même effet, elles agissent toujours simultanément.

Pour estimer l 'effet que produit un muscle à direc

tion droite sur les os auxquels il s ' implante, on a

employé différons moyens. Un très-simple me paroît

être celui-ci qui, je crois, n 'a pas été indiqué. I l con

siste à examiner la direction du muscle depuis son

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3 l 6 S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

point f ixe jusqu'à son point mobile, et à prendre Fin-

verse de cette direction ; ce dernier sens est toujours

ce lui du mouvement . Voulez-vous savoir comment

le  radial  antérieur agit sur le poignet; prenez-le à son

insertion au condyle, suivez de là sa direction en bas

et en de ho rs; v ous verrez qu' i l po rte la m ain en haut

et -en dedans, qu'il la fléchit et la met un peu dans

l 'adduction. Le jambier antér ieur dir igé en bas et en

dedans élève le pied et le porte en dehors. Le droit

antérieur de la cuisse directement dirigé du bassin

vers la

  r o t u l e ,

  relève la jambe sans la faire dévier.

T o u s les autres muscles vous présenteront cette dispo

sition. Quelle que soit l'attache qui leur serve de point

fixe ou de point mobile, toujours  ils  agissent en sens

inverse de leur ligne de direction supposée partie du

premier  point; e t comme chaque at tache peut ê tre

alte rn ativ em en t m obile et fixe, les d eu x os qui en

serven t sont po rtés en sens opposé  : le coraco-brach ial,

dirigé en bas et en d eh ors de

 1

  épaule vers

 le

 br as , porte

ce dern ier en hau t e t en ded an s

 ;

 dirigé de bas en haut

et de dehors en dedans du bras vers l 'épaule, i l meut

celle-ci en

  bas

 et en deh ors . D 'ap rè s cette règle géné

r a l e ,

  il suffit de voir un muscle sur le cadavre, pour

prononcer sur

  ses

 usage s.

Lo rsqu e tou t u n m uscle large se réun it

 sur

 un point

commun, comme le deltoïde qui ayant une foule de

points d'attache en haut se fixe en bas à un tendon

unique, la l igne de direction moyenne à celle de

tou tes ses fibres do it être prise p o u r es tim er ses usages.

Quand un muscle s 'attache par ses deux extrémités

sur plusieurs points, que par conséquent les fibres

qui le com pose nt form ent plusieu rs faisceaux à direc-

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D E L A V I E

  A N I M A L E .  3 l 7

t ion différente et à m ou ve m en s isolés, iMàut exam iner

la ligne de direction de chaque faisceau pour estimer

l'action du muscle. C'est ainsi que doit s'étudier celle

du t rapèze , du grand dente lé , du rhomboïde , e tc .

D an s les mu scles à direction réf léchie , com m e le

grand oblique de l 'œil , les  péroniers  la té raux, le

péri-staphylin e x te rn e, e tc . , Faction du muscle ne d oit

s'estimer que du point de la réflexion  :  ainsi le grand

oblique  porte-t-il  l 'œil en dedans, quoique sa port ion

charnue se contracte de manière à porter le point

mobile en arr ière .

Les muscles orbiculaires, ceux placés autour des

lèvres , des yeux , de l ' anus , e tc . , n 'on t pas en gé

néral de point f ixe, ni de point mobile; i ls ne sont

point dest inés à rapprocher deux part ies l 'une de

l 'a u tr e , mais seulement à ré t réc ir l 'ouver ture autour

de laquelle ils sont situés. L'anus est fermé par son

sp hin cte r, tant qu e les exc rém ens ne le dilatent

 point.

L a bou che reste close, tan t que les ab aiss eur s, les élé

vateurs ou les abducteurs des lèvres sont inactifs.

L'œil est fermé, tant que l 'é lévateur de la paupière

supérieure est relâché. Je remarque à ce sujet que la

paupière infér ieure n 'ayant point

  d'abaisseur,

  c'est

pr incipalement l 'autre qui  concourt  à fermer ou à

ouvrir l 'œil ; e t comme son muscle ne peut ê tre en

contraction permanente, les a l ternatives de ses

  relà-

chemens déterminent ces cl ignotemens continuels

qui ont lieu pendant que l 'œil est ouvert; i ls sont à

l 'œil ce qu'est aux membres inférieurs le transport

alternatif d u poids du corps d'u ne jam be à l 'autre pen

da nt un e station imm ob ile. A chaque instant le m uscle

se relâche; le sphincter agit aussitôt; puis il se cou-

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3 l 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

tra cte et disten d le sph incte r

 :

 le clig no tem ent est donc

une lutte habituelle entre le  rcleveur  de la paupière

et l 'orbiculaire . Dans le sommeil , ce n 'est pas par

la contraction de celui-ci que l 'œil se

  f e r m e ;

  il est

relâché comme tous les muscles : c 'est parce que  le

précédent é tant

  inactif,

  la paupière tombe par son

propre poids sur l 'œil ; e l le communique pour ainsi

dire  le mouvement à l 'orbiculaire qu 'e l le renferme,

tandis

  q u e ,

  pendant le jour, c 'est au contraire l 'orbi

cula i re qui lu i communique ce mouvement .

Mouvemens composés.

Il est

 peu

 de m ouv em ens dans l 'écono m ie qui soient

« i m p i e s ,

  peu de muscles qui puissent se contracter

isolément. Presque toute sorte de contraction en

suppose un e a u tr e , et voici po urq uo i : les deu x points

auxquels se fixe ordinairement un muscle, sont tous

deux susceptibles de se mouvoir; si un d'eux n'étoit

re tenu, tous deux se mettroient  donc en mouvement

quand le muscle se contracte : ainsi dans la contrac

tion de ses extenseurs, la jambe seroit rapprochée du

pied presqu'autant  que le pied de la jambe, si celle-ci

n étoit fixée : or elle ne peut l'être que par des muscles

qui agissent en sens opposé de l 'effet que les exten

seurs tendent à produire sur elle; donc toutes les fois

que les deux attaches d'un muscle sont mobiles, le

mouvement isolé de l 'une d'elles suppose la contrac

tion de divers muscles pour fixer l 'autre.

Il n 'y a que les muscles attachés d'une part à un

point f ixe, de l 'autre à un point mobile, comme ceux

de l 'œil, la plupart de  ceux de la face, qui puissent se

mouvoir d 'une manière isolée, e t sans

  nécessiter

  un

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D E L A V I E A N I M A L E .

  3 1 9

mouvement dans d ' au t res musc les . Remarquons ce

pendant qu'en général les contractions destinées à

fixer le point qu i doit être imm obile dan s les m o u v e

mens ord in air es , sont m oins grandes qu' i l ne le semb le

d 'abord. En

  effet,

  dans ces mouvemens ord ina i res ,

le point qui se meut est toujours le plus mobile; celui

qui reste sans m ou ve m en t l 'est le m oin s

 :

 par exe m ple ,

il faut bien plus d'effort aux fléchisseurs pour incliner

le bras

 sur

 F av an t-b ras , qu e po ur fléchir les phalanges

surcelui-ci,etcelui-ci

 sur

 le

 bras .

 E n

 supposant

  mobiles

leurs de ux at tach es, les jum eau x agiront bien plus

efficacement sur le pied que sur le fémur, etc. Dans

les  membres , le point supér ieur es t toujours p lus

mobile que l ' inférieur : or c'est celui-ci qui se meut

presque to uj ou rs, l 'au tre é tant fixé : d o n c , com m e il

offre plus de résistance par sa position, il faut moins

d'effort aux puissances musculaires pour le retenir .

Ce n 'est qu e dan s les m ou ve m ens u n peu violens que

la contraction préliminaire des muscles destinés à

fixer un des points d' insertion est très-pénible. C'est

ce qui arrive à la po itrine lorsque le tra p èz e, le gran d

dentelé, le grand pectoral se contractent avec force :

alors

 tousles

 au tres m uscles de cette cavité se con trac

tent

 fortement,

  pour la mettre dans la  d i la ta t ion ,  et

offrir ainsi une atta ch e plu s large et plu s fixe à ces

  m u s -

cles,quimeuventl'épauledanslesupport des

 fardeaux ,

ou dans tout autre effort analogue. Le diaphragme se

contracte aussi ; de là les

  h e r n i e s ,

  les descentes qui

ar r ivent par contre-coup dans ces mouvemens qui ,

au premier coup

 d'œil,

  n 'o n t auc un e analogie avec la

cavité abd om inale . Lo rsq ue dans un e posit ion h o ri

zontale du corps on relève la tète, les muscles droits

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3 2 0  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

abdominaux se contractent pour f ixer la poitr ine, e t

offr ir un point solide au sterno-mastoïdien, e tc .

O n appelle spécialemen t m ou ve m en t com posé celui

que deux ou plusieurs muscles, agissant sur le m ême

po in t , concourent s im ul taném ent à pro duire . Dans

ce cas, le point mobile ne suit la direction ni

 de

  l'un

ni de l 'autre muscles, s ' i l y en a deux, mais la diago

nale de leur double direction. C'est ainsi que l 'œil se

m eu t en dehors et en

  haut,

  en dehors et en

 b a s ,

  etc. ;

que la tête s 'abaisse, qu'elle se porte de côté, et que

le bras s 'applique contre le tronc, etc. En général,

la nature n'a distribué les muscles que dans quelques

sens pr inc ipaux au tou r d 'u n point m o b i le , par

exemple autour de l 'œil , dans ceux de l 'é lévation,

de l 'abaissement, de l 'adduction et de

  l'abduction;la

combinaison de ces mouvemens simples produit les

com posés. Si l 'add ucte ur e t

  l'abaisseur

  se contractent

également, l 'œil sera exactement porté dans une di

rection moyenne; si l 'un agit avec plus de force que

l 'autre , i l se rapprochera un peu plus du premier; en

sorte que les quatre muscles, en se mouvant isolé

ment , ou deux à deux d 'une manière égale , por tent

déjà

  l 'œil en hu it sens différons. D a n s tous les sens in

term édiaires , il y a aussi action sim ulta né e de deux

muscles, mais toujours supérior i té d 'act ion de l 'un

d'eux. Ainsi s 'opèrent presque tous les mouvemens

de c i rcumduct ion.

Quand deux muscles opposés se  contractent,  le

poin t mob ile ne se m eu t pa s; i l y a antagon isme par

fait . Quand deux muscles qui se contractent simulta

nément sont placés dans le même sens , i l n 'y a pas

de perte de force; c'est ce qui arrive quand le génio-

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D E L A V I E A N I M A L E .  3 2 1

hyoïdien et le

 mylo-hyoïdien

 abaissent la mâchoire Ou

élèvent

  Fbs

  hyoïde : ces muscles sont complètement

congénères. Mais quand deux muscles sont en partie

opposés et en partie dans le même sens,

  comme

  les

sterno-mastoïdiens, une portion des forces se détruit

et l 'autre res te. L 'ac tio n pa r laquelle les sterno-mastoï

diens ten de nt à po rter la tète à dro ite ou  à gauche, est

nulle ; celle seule pa r laquelle ils la d irig en t en bas pr o

duit son effet qui est d o u b le , vu l 'action des deux mu s

cles,

 lesquels sont ainsi en m êm e tem ps congénères et

antagonistes. On voit d'après cela que ces mots

 s'ap--

pliquent  non-seulement  au mouvement produi t par

la con tractilité de

 t i s su

, m ais aussi très-so uve nt à ceux

que détermine la contracti l i té animale.

§

  V I .

  Phénom ènes du relâchement des Muscles.

Q ua n d un m uscle cesse de se co nt rac ter, il dev ient

le

 siège

  de phénomènes exactement opposés aux pré

cédens, qu'il suffit de

 connoître

  pour concevoir ceux-

ci. L e mu scle s'alonge et se ramo llit ; ses diverses rides

disparoissent : il revient exactement de l 'état où il se

trouvoit.  Il est inutile de présenter la série de ces

phénomènes .

Je remarque que dans l 'é ta t de relâchement des

muscles , les par t ies exécutent souvent des mouve

m ens qu'elles ne doiv ent qu'à leur prop re poids

 :

 telles

sont la f lexion de la tête en devant dans le sommeil,

la chute de

  F

 avant-bras

  et

  du bras dans le même

cas .

  Alors la pesanteur s 'oppose souvent à ce que les

m e m b r e s , cjui ne sont pas so u te nu s, restent dans leur

position moyenne. On voit spécialement ces sortes

de phénomènes dans les paralysies.

1 1 .

  2 1

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3 2 2

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

A R T I C L E

  C I N Q U I È M E .

Développem ent du Système musculaire de

la Vie animale.

.1  iv .  système musculaire présente de grandes diffé

rences , suivant qu 'on l 'examine avant

 1

  accroissement

complet, ou dans les âges qui suivent celui où

  êet

accroissement se termine.

§  I

e r

.  État du Système musculaire chez le Fœtus.

Dans le premier mois du fœtus, ce système

  est,

comme

  les

 autres

  , confondu en une masse muqueuse

h om og èn e, où l'on ne distingue p resque aucun e ligne

de dém arca tion .

 A p o n é v r o s e s , m u s c l e s,

 ten do ns, e tc . ,

tout a la même apparence. Peu à peu les limites s 'é

tablissent, le tissu musculaire se prononce en prenant

d'abord une teinte plus foncée, par le sang qui y

ab ord e. C epe nd an t cet te te inte est d 'abo rd bien moins

marquée que dans l 'adulte ; elle reste même telle jus

qu'à la naissance. Si on se sert des os pour terme de

comparaison, cela devient f rappant. Dans l 'adulte ,

le dedans des os est moins rouge que le tissu mus

culaire; la différence est même tranchante. C'est le

contraire dans le fœtus ; beaucoup  plus  de sang pé

nètre la portion déjà ossifiée des

 o s ,

 qu e l ' inté rieu r des

m uscles. La n atu re d istr ibue le sang d 'u ne manière

inverse à ces deux époques de la vie dans l 'un et

l 'autre systèmes.

Je présume que cephénomènedépend  principalement

de l 'espèce d inertie dans laquelle restent les muscles

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D E L A

  V I E , A N I M A L E .  Z'fh

avant la naissance. Remarquez en effet que malgré

que quelques mou vem ens anno ncen t dans les dernie rs

mois la présence du fœtus dans le sein de sa mère

  ,

cependant ces mouvemens sont inf iniment moins

m arq ué s, qu 'ils ne do iven t l 'être p ar la suite. L a

preuve en est

 dans la

  position constante qu'affectent

les membres et le tronc

  demi - f léchis ,

  dans le peu

d'espace qu 'il y aur oit p ou r ex écute r ces

  m o u v e m e n s ,

surtout dans les derniers temps où les eaux sont sin

gulièrement diminuées. Aux premières époques de la

gross esse, qu oiq ue l 'espace soit p lus g ra n d , en ou

vrant les femelles d 'animaux, on trouve constamment

le fœtus couché sur lu i-m êm e, et dan s un e at t i tud e

comme immobile .

Plusieurs physiciens estimables ont trouvé les

muscles du poulet dans sa coquille bien moins irri

tables qu'après la naissance, soit par  les  agens or

dinaires , soit par l'influence galvanique. J'ai fait les

mêmes expériences sur des peti ts cochons-dinde qui

n 'avoient pas vu le jo u r , en ir r i tant direc tem ent

leurs muscles, ou en agaçant leurs nerfs, leur moelle

épinière et leur cerveau. Plus on se rapproche du

terme de la

  concep t ion ,

 m oin s on obtien t par là de

m ouv em ens. Ce qu ' i l y a sur tout de  r emarquab le*

c'est la rapid ité avec laq ue lle , dè s qu e le fœtus est

mort,  les muscles perdent leur irritabilité ; l ' instant

qui éteint la  v i e ,  sem ble étouffer cette pro prié té.

Dans les derniers temps qui précèdent l 'accouche

ment, e l le est un peu plus permanente , e t plus sus

ceptible d 'ê tre mise en jeu, mais toujours  moins

qu'après la naissance. Nous ne pouvons donc guère*

douter que les mouvemens ne soient moindres

  à

  cet

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3 2 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

â g e ,

  quoiqu' i ls existent cependant. Nous verrons que

la nutrition, le volume et la rougeur des muscles,

sont en général dans  1  adulte proport ionnés au nom

bre des mouvemens qu' i ls exécutent; i l n 'est donc

pas étonnant que moins de sang les pénètre dans le

fœtus .  Au reste, plus on se rapproche de l 'époque

de la  conception  , moins  ce  fluide y est abondant.

J'a i eu occasion de faire cette re m ar q u e sur des co

chons -dinde tués à différentes époques de la gesta

tion. Dans les premiers temps, les muscles des petits

ressemblent vraiment à ceux des grenouil les; blan

châtres comme eux, ils sont parcourus par des lignes

rougeâtres, qui indiquent le trajet des vaisseaux.

Je présume aussi que l 'espèce de sang qui circule

à cet âge dans les  a r t è r e s ,  et qui pénètre les mus

cles , est m oin s pr op re à en tre te ni r et à développer

leurmotilité. En effet, c 'est du sang noir qui aborde

alors aux muscles par les vaisseaux. Or on sait que

dans l 'adulte, toutes les fois que ce sang circule dans

le système artériel accidentellement, la vie s 'altère,

le mouvement muscu la i re  s'affoiblit,  et bientôt l'as

phyxie survient. C'est à la nature et à la couleur du

sang

  du fœtus, qu'il faut attr ibuer la teinte livide et

souv ent m êm e foncée que ses m uscles prés en ten t; car

c'est encore un caractère qui les distingue de ceux

de l 'adulte. Non-seulement leur coloration est moins

marquée , i ls sont plus

  p â l e s ,

  m ais leu r teinte est

to ut e différente ; et c ette tein te a constam m ent le

caractère q ue j ' in d iq u e , avant qu e le fœtus ait respiré.

L es m uscles son t grêles , peu p ron on cés chez le

fœtu s .

  Leur développement est inf iniment moindre

que celui des muscles de la vie organique. Le

 volumtt

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D E L A V I E  A N I M A L E .  32.5

des m em br es vient sur tou t de leur graisse

  soucutanée .

Lorsque

  cette

  graisse est peu

  a b o n d a n t e ,

  e t qu 'on

compare les membres au

  t r o n c ,

  ils sont bien moin

dres à prop ort io n de c e l u i - c i , qu ' i ls ne le seront

dans la suite. Chez les fœtus qui ont beaucoup de

graisse cutanée, dont on enlève toute la peau et dont

on fait par  conséquent  des écorchés , on observe éga

lement cet te disproport ion de volume. On sai t qu 'à

cet âge toutes les cavités d'insertionmusculaire,  toutes

les apophyses destinées au même usage, sont presque

nulles. Les parois de la fosse temporale par exemple,

plus déjetées en dehors, agrandissent l 'espace céré

bral, et rétrécissent celui que remplit le crotaphyte.

C'est un petit fait anatomique qui

 est

 la conséqu ence

d'une g rande loi de la nu tr i t ion , sav oir , de la pré do

m inance d u systèm e nerv eux auquel appart ient le

cerveau, sur le musculaire animal, sous le rapport

du développement . Remarquons que ce t te prédomi

nance, d 'où naît à cet âge une disproportion sensible

entre les deux systèmes musculaire e t nerveux , re

lativement à ce qu'ils seront par la suite, prouveroit

seule que les muscles ne sont pas, comme on l 'a

  dit,

une terminaison et un épanouissement des nerfs

 :

  en

effet d eu x espèces d'organ es do nt le dév elopp em ent est

inverse ,ne sauroient appartenir  à un  même sys tème .

Plusieurs auteurs ont prétendu que la port ion

charnue é toit propo r t ionnel lem ent b ien plus dé ve

loppée chez le fœtus , que la tendineuse, que celle-ci

même n 'exis to i t pas . Jeoie  puis présumer d 'où a pu

naître cette op inio n. Q u 'o n ait cru q ue les aponévroses

des membres manquent dans les premiers mois , cela

se conçoit: en effet j 'ai constamment

  observéém'alors

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2)2.6  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

elles n'ont point cette couleur blanche qui les caracté

rise dans la suite, couleur qu'elles  ne'prennent  que

quand leurs fibres se développent ; elles sont  trans-r

parentes , comme une membrane séreuse , e t peuvent

au premier  coupd'œil  ne pas s'apercevoir. Mais les

tendons ont une couleur blanchâtre , t rès-prononcée;

on  les.

 d is tingue t r è s -b ien ;

  ils

  sont

  tout

  aussi gros et

tout aussi longs proportionnellement qu'ils le seront

par la suite,

§ 1 1 .

  État du Système

  musculaire

  pendant

l accroissement.

A la naissance, le système musculaire de la vio

anim ale éprouv e , a insi que tous les a u tr es , une

  réi

volution remarquable. Jusque-là le sang noir seul

pénétroit ses artères : alors le sang rouge y aborde

tout à coup; car ce sang se forme dès que la respira

tion a lieu ; or elle a lieu dans presque toute sa plé

nitude au même instant où le fœtus sort du sein de

sa mère. On voit d 'ailleurs manifestement la teinte

livide de la peau être remplacée presque tout à coup

par une couleur ro sé e, qui

  ne

  vient que de cette

différence du sang. Ce fluide nouveau , abordant aux

muscles, est une cause nouvelle d 'excita t ion, e t par

là même de mouvemens. Ajoutez à cet te cause l 'ac

croissement subit de l 'act ion cérébrale . Ju sq u e- là ,

pé né tré de sang noir, le cerveau étoit com m e dans une

espèce d' inertie qui ten oit aussi princ ipalem ent à l'ab

sence de sensations, comme je l 'ai prouvé ailleurs.

T o u t à coup le sang rouge y a b o rd e ; il le s t imule,

soit par les principes qu'il contient, soit par la raison

seule

  qa'il

  est différent de celui

  qui

 y p én ét ro it ; car

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D E L A V I E A N I M A L E .

  3 2 7

telle est la nature de la sensibilité, qu'elle est suscep

tible de s'affecter dans un

 organe,par

  là même qu 'un

excitant qui y est ap pl iqu é, est

 nouveau

  pour  lui.  Su

bitement excité par le sang rouge, le cerveau réagit

sur les m us cl es , et les déter m ine à se con tracte r.

Cette ca u se , jointe à la pr éc éd en te , m e paroît ê tre

une de celles qui influent le plus sur le passage subit

de l'espèce d' in erti e où étoit le fœtus , ou du m oin s

du peu de mouvement qu ' i l  exécutoit,  à l 'agitation

générale de ses membres , de son  v e n t r e ,  de sa poi

trine , de sa

 f ace ,

  etc . ;  car aussitôt après la naissance ,

presque tous les m uscles se m eu ve nt plus ou m oin s

fortement.

Gardons-nous cependant d 'exagérer les inf luences

d'une cause qui n'est certainement pas unique : par

exemple les m ou ve m en s du diaphragm e et des m us

cles pe ctora ux sont certa ine m en t antérieu rs à l 'abord

du sang rouge au cerveau , puisque leur action est

nécessaire  à la p rod uctio n  de ce sang rouge. C es m us

cles entrent en action, parce que l 'excitation par l 'air

de tou te l ' hab i tude du corps , des membranes mu

queuses en contact avec ce fluide, stimule le cerveau

qui est le centre de toute sensation. Emu par cette

excitation , cet organe réagit sur les muscles, et com

mence à les faire contracter. Les contractions aug

m en ten t , qu an d , à c ette

  excitation

  extérieure et in

directe , se joint l 'excitation inté rieu re et directe

dont nous venons de parler. Cette seconde excitation

n'est pas pour le fœtus d 'une

  nécessité

  absolue ; car

souvent on voit des enfans restés livides quelques

instans après la na iss an ce , se m ou vo ir très-bien ; m ais

en général les mouvemens ne sont point aussi

  mar-

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3 2 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

qués  que quand l a co lo ra t ion en rouge de l a peau

i n d i q u e l ' a b o r d d u s a n g a r t é r i e l q u i

  a

 su bi l ' inf luence

d e la r e s p i r a t io n .

L ' a b o r d d u s a n g r o u g e d a n s l e s m u s c l e s n e l eu r

donne pas tou t de su i t e l a cou leu r qu ' i l s conse rven t

da ns la su i t e . P en d a n t qu e lq ue t em ps ap rè s la na is

s a n c e , ils g a r d e n t e n c o r e u n e t e i n t e f o n c é e , c o m m e

l e s d i s s e c t io n s le p r o u v e n t d ' u n e m a n i è r e m a n i f e s t e ,

pa rce que , comme j e l ' a i d i t , l eu r cou leu r ne v i en t

pas de l a po r t ion co lo ran te c i r cu lan t dans l eu r t i s su ,

m ai s b ie n d e ce lle co m bi né e avec ce t i s su . O r la nu

t r i t i on seu le p rodu i t l a combina i son ; ma i s ce t t e fonc

t io n ne s 'opè re qu e peu à p e u ; e lle es t vé r i ta b lem ent

u n e f o n c t i o n c h r o n i q u e , e n c o m p a r a i s o n d e l ' e x h a

l a t i o n , de l ' ab so rp t io n , de la c i r cu la t ion , qu i a ffectent

m a n i f e s t e m e n t u n e m a r c h e a i g u é .

A mesu re qu ' on avance en âge , l e s musc le s p ren

n e n t u ne t e in t e d e p lu s en p lu s ro u g e ; p lu s de sang

le s pénè t r e ; i l s s e nou r r i s sen t à p ropo r t ion p lu s que

divers

  a u t r e s o r g a n e s : ce la e s t r e m a r q u a b l e s u r to u t

d a n s c e u x d e s m e m b r e s i n f é r i e u r s . J e r e m a r q u e c e

p e n d a n t q u e t a n t q u e l ' a c c r o i s s e m e n t d u r e

  ,

 c 'est spé

c i a l emen t su r l a l ongeu r e t non su r l ' épa i s seu r de s

m u s c l e s , q u e p o r t e l ' é n e r g i e d e l a n u t r i t i o n . V o ilà

p o u r q u o i i l s s e p r o n o n c e n t p e u s o u s l e s t é g u m e n s , e t

n ' y fon t  presque  pas de sa i l l i e ; pourquo i les fo rmes

s o n t  pins  a r r o n d i e s , p lu s g r a c i e u s e s , m a i s m o in s

m â l e s à c et â g e . L ' e x t é r i e u r d u j e u n e h o m m e est

sous ce r ap po r t t ou t d i f fé r en t de ce lu i de l ' ad u l t e ,

en cons idé ran t l ' un e t l ' au t r e , ab s t r ac t ion f a i t e de

ton te cause qu i pu isse in f luer su r leur

  c o n f o r m a -

l i o n . L ' h a b i t u d e e x t é r i e u r e d e l' e n f a n t e t d u je u n e

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D E L A V I E  A N I M A L E .  0 2 9

homme est, en général, assez analogue à celle de la

femme.

Quoique nous ne

 connoissionspas

  aussi bien la

 dif

férence des substan ces qui p én ètren t les muscles dans

les premières années et dans l 'âge adulte, que nous

la connoissons pour les os où l 'addition du phos

phate calcaire à la gélatine offre un phénomène nu

tritif

 si tranchant,

  cepen dant nous ne pouvo ns dou ter

que ces différences n'existent d'une manière réelle.

T rai tée par l 'ébull i tion, la com bu stion , la ma cé rat ion ,

e t c . ,

  la chair du fœtus ne donne point les mêmes

résultats que celle de l 'adulte.

Le bouillon fait avec les muscles d'un jeune animal

contient beaucoup plus de gélat ine, substance qui

prédomine si fort à cet âge de la vie. Il a beaucoup

m oins de saveur que celui des an im au xa du ltes . La subs

tance extractive paroît être moindre par conséquent

dans le système musculaire . Un goût fade, nauséa

bond même pour cer taines personnes, caractér ise les

bouillons de veau. La différence des principes qu'ils

contiennent influe même sur les organes gastriques

dont ils excitent la contraction; ils lâchent le ventre,

comme on le di t ,"phénomène étranger aux bouil lons

ordinaires. Il ne paroît pas que la fibrine soit en aussi

grande proportion dans les muscles à cet âge de la

vie : les considérations suivantes me le font penser.

i ° .  Au lieu de cette substance, le cit . Fourcroy  n'a

trouvé dans le sang du fœtus qu'un tissu mollasse,

sans consistance , et comme gélatineux : or le sang

paroît être le réservoir de la fibrine. 2". La force et

l 'énergie des contractions sont en général en propor

tion de la quantité de ce principe contenue dans les

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3 3 o  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

muscles : or cette énergie est peu marquée dans le

prem ier âge. 3° . L es m uscles brû lent a l or s, en se

crispant et en se resserrant moins sensiblement que

dans l 'adulte. J 'ai vu même deux ou trois fois leur

tissu, lorsqu'on le place sur des charbons ardens, être

le

  siège

  d'une espèce de boursouflement analogue à

celui de la gélatine traitée de la même manière.

En général, i l paroît que celte dernière substance

occupe en partie dans les muscles la place que doit,

par la suite, y tenir la substance fibreuse. Ceux qui

fréquentent les amphithéâtres ont remarqué sans

do ut e qu e , toute s choses égales d'aille urs , les muscles

de jeunes

 sujets

  se putréf ient m oins pro m pte m en t que

la plup art des autres su bs tan ce s, et qu 'en se putréfiant

ils donnent une odeur moins fétide. On sait que le

bouillon de veau passe à l 'aigre plus facilement que

celui de

 bœuf.

  Il est toujours blanchâtre, n 'a jamais

cette couleur foncée du bouillon fait avec le dernier.

I l se pre nd en gelée be auc ou p plus facilemen t. Le rô

tissage des viandes dans le premier âge et dans l 'âge

adulte , présente aussi de grandes différences. Toute

espèce de coction, soit à feu nu, soit dans un fluide

quelconque, es t beaucoup plus prompte , beaucoup

plus facile dans le premier âge. Le jus qu'on extrait

alors des muscles présente un caractère essentielle

m en t diffé ren t; il est m oin s fort. L es effets de la ma

céra tion so nt aussi plus rapid es ; on ob tien t plutôt

cette pulpe m u q ue us e, à laquelle l 'act ion

  deF-eau

 finit

enfin par réduire presque toutes les substances ani

males.

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D E L A V I E

  A N I M A L E .

  3 3 l

§   111 .  Etat du Système musculaire après

l accroissement.

Après que l 'accroissement général est f ini en

  lon

gueur, nos organes croissent encore en épaisseur; et

c 'est surtout dans les muscles que ce phénomène est

remarquable . Au corps

  g rê l e ,

  mince et à formes ar

rondies de l 'adolescent e t du jeune homme, succède

un corps gros, for t , épais e t à formes prononcées.

hes

  m uscles se dessin ent à travers les  t égumens ;  des

bosses et des enfoncemens s 'observent sur ceux-ci;

diverses lignes dép rim ées servent de lim ites à diverses

lignes saillantes. Le système musculaire animal ressort

mieux alors dans l 'état de repos, qu'il ne se prononce

dans l 'adolescent lors de ses plus grands mouvemens.

Les peintres et les sculpteurs ont

  é t u d i é ,

  plus qu e les

anatomistes, les degrés divers du développement des

muscles .

L'époque où les poils croissent, celle où les parties

génitales commencent à entrer en activi té , est pr in

cipalem ent celle où les m uscles com m ence nt à deven ir

saillans chez l 'homme.  Chez la fem m e, cette de rnière

époque n'offre point un semblable phénomène : les

muscles conservent leur rondeur pr imit ive; i ls ne la

perd ent m êm e presque pas . D ans ce se xe , l 'a r rondis

sem ent des m em bre s, leurs formes

 d o u ces ,

  contrastent

avec l 'espèce de rudesse de ceux de l 'homme.

L'accroissement en épaisseur dans les muscles pa

roît porter bien plus sur la portion charnue que sur

la tend ineuse , e t su r tou t

  que

  sur

  l'aponévrotique.

Le s aponévroses

 intcrmusculaires principalement,

  ne

paroissent  pas croître à proportion  des fibres qui s'y

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3 3 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

implantent; en sorte que celles-ci font saillie, et qu'à

l 'endroit de l 'aponévrose est une dépression. C'est ce

qu'on voit surtout très-bien dans les muscles coupés

pour leurs insertions par beaucoup de ces toiles fi

br eu se s, dans le deltoïde en particulier.Non-seulement

la s aillie, à trav ers la peau

 delà

  totalité du

  muscle,d'ait

ressortir les dépressions qui le séparent des autres,

ma i s  encore  chaque plan charnu fait une saillie que

sépare une ra in u re ; ce qu 'on ne dist in gu e, il est vra i ,

que sur les sujets un peu maigres.

A m esu re qu e le mu scle accroît en ép aisseu r, il aug

mente en densité . I l devient plus ferme, plus résis

tant. Si on place comparativement la main sur deux

muscles semblables d 'un adulte  et d 'u n e nfan t , pen

dant qu'ils sont en contraction, on sent une diffé

rence sensible dans leur dureté. Des poids suspendus

comparativement à des muscles des deux âges, pr is

clans

 les

  cad av res , p rou ve nt le degré différent de leur

résistance. Le tissu musculaire des adultes cède plus

lentement à tous les réactifs.

La couleur des muscles continue  à être rouge dans

l'adulte; mais en général, et toutes choses égales sous

le rapport des causes qui font varier cette couleur,

elle commence à devenir d'un rouge moins vif au-

delà de la trentième année. C'est en général dans les

dernières années de l 'accroissement, e t même

  delà

dix ième à la v in g tiè m e, qu e le rou ge est le plus brillant

le plus rutilant.

Dans l ' adul te , ce t te couleur  présente  un phéno

m ène bien rem arquab le . T o u s les ho m m es ont leurs

m uscles ro ug es, m ais à peine de ux offrent-ils la mêm e

nuance. Ceux qui ont fa i t beaucoup d 'ouvertures  de

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D E L A V I E

  A N I M A L E .

  3 3 3

cadavres ont pu s 'en convaincre; le séjour des amphi

théâtres prouve cette assertion. Mille causes peuvent

influencer cette couleur  : le tem péra m ent est la pr inci

pale .

 L'habitude

 extérieure de F écorché indique le t em

pé ram en t , auss i bien que le s tégumens pa r leurs nuan

ces de couleur. Les maladies la font aussi prodigieuse

ment var ier . Toutes cel les qui  affectent  une marche

chronique l 'altèrent singulièrement ; elle pâlit alors et

devient terne, etc. Les hydropisies la blanchissent ,

pour ainsi

  d i r e ,

  quand elles sont très-anciennes. En

général, tout ce qui porte sur les forces de la vie une

influence lente et affoiblissante, diminue la vivacité

de cette couleur. Les maladies aiguës, quelle que soit

leur n at u re , la changent

  peu .

 L es fièvres, av eclap ros? .

tra t ion la plus marquée, s i e l les déterminent tout à

coup la

 mort ,

  la laissent intacte, parce que cette cou

leur ne peut changer que par la nutrition : or comme

cette fonction est

  lerçfce

  dans

  ses

  p h é n o m è n e s ,

  elle

n'est que peu troublée par les maladies très-aiguës;

ce n'est qu'au bout d'un certain temps qu'elle se res

sent des affections  régnantes  dans l 'économie.

Je remarque que les var iétés de couleur qu 'on ob

serve dans les muscles des adultes , même dans l 'état

sa in , les dist inguen t spécialement de ceux

  des

  fœ tus ,

lesquels ont en général une pâleur uniforme. Cette

différence t ient à ce que, dans le premier âge, nous

ne sommes point sujets à Faction  de cette foule d'a-

gens qui modifient, d 'une manière infiniment variable

dans les âges

  su iv an s ,

  les gran des fo nct ion s, et p ar

là même la nutrition qui en est le terme. C'est dans

ces variétés de couleur du système musculaire de

l 'adulte , qu 'on dist ingue bien que le sang circulant

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3 3 4 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

dans les

  a r t è re s ,

  y est absolument étranger

  :

  en effet,

i l est uniforme, et ne participe jamais à ces variétés

de coloration, quelles qu'elles soient.

Beaucoup de circonstances chez l 'adulte font va

r ier la nutr i t ion musculaire : le mouvement est la

principale . L'homme qui passe sa vie dans le repos,

est remarquable par le peu de saillie de ses muscles,

su rt o u t si o n c om pa re ce tte saillie à celle des muscles

de l 'homme qui prend un grand exercice. Non-seu

lement le mouvement général offre ce phénomène,

mais encore le mouvement local , comme on le voit

da ns les bras des bou lan ge rs, dan s les jam bes des dan

seu r s ,

  dans le dos du portefaix, e tc .

§

  I V .

  État du Système musculaire chez le

Vieillard.

Dans le vieillard, le tissu des muscles change sin

gul iè rement

 ;

 il de vie nt rés ista nt et coriace : la den t le

déchire avec

  pe ine .

  Cette densité trop grande nuit à

ses contractions, qui ne peuvent plus se faire qu'avec

lenteur; l 'act ion du cerveau devient moindre sur les

muscles ; la durée de leurs mouvemens n 'es t p lus

aussi prolongée : ils se fatiguent plus vite.

Je remarque que la densité des muscles ne doit

point se confondre avec leur cohésion. Elle dépend

des substances qui entrent dans la composition du

muscle. La cohésion paroît tenir au contraire à l'in

fluence  v i t a l e ,  dont l 'effet se conserve après la mort.

D isséqu ez les mu scles d'un a du lte fort et vigou reu x; la

m asse ch arn ue est ferme ; elle reste d an s sa pla ce; elle

se soutient par elle-même, quoique le scalpel l 'ait

isolée de tout le t issu env iron nan t . Au co nt ra i re , dans

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D E L A V I E  A N I M A L E .

  3 3 5

u n c a d a v r e m o r t d e m a l a d i e c h r o n i q u e , d a n s u n h y

d r o p i q u e , u n p h t h i s i q u e , e t c . , l es m u s c l e s s o n t l â c h e s ,

n e p e u v e n t s e s o u t e n i r ; l es r a p p o r t s se p e r d e n t d è s q u e

l e t is su e n v i r o n n a n t es t e n l e v é . A u t a n t l e s p r e m i e r s

su je ts son t ava n ta ge ux à la d i s sec t ion de la m yo lo g i e ,

au tan t ceux -c i y son t peu p rop re s . Le t i s su muscu

l a i r e e s t , chez l e s v i e i l l a rd s , à peu p rè s comme chez

ces d e r n i e r s , f lasque e t lâche : on se nt ce t te f laccidi té

s o u s la p e a u , d a n s le s o l é a i r e , le s j u m e a u x , le b i

ce p s , e t c . ; e ll e n ' em p êc he pas que cha qu e fib re n e

s o it d e n s e , c o r i a c e , e t c . E n g é n é r a l , la c o h é s io n m u s

cu la i re es t en ra i son inverse de l ' âge : l e s musc les du

j e u n e h o m m e s o n t f e r m e s , s e r r é s ; i l s n e s o n t p o i n t

m o b i l e s s o u s la p e a u . V e r s la q u a r a n t i è m e a n n é e e t

a u - d e l à , o n c o m m e n c e à a p e r c e v o i r p l u s d e l a x i t é :

l e s g r a s d e j a m b e s v a c i l l e n t d a n s l e s g r a n d s m o u v e

m e n s ;

  l e s f e s s i e r s , e t en géné ra l t o us l e s m e m b re s

s a i l l a n s , p r é s e n t e n t a u s s i

  déjà

  ce t t e vac i l l a t io n , su r

t o u t s i l ' i n d i v i d u e s t m a i g r e . L e s m u s c l e s

  deviennent

de p lu s en p lu s su scep t ib l e s de se mouvo i r a in s i , à

m e s u r e q u ' o n a p p r o c h e d e l a v i e i l l e s s e , é p o q u e o ù l e

m o i n d r e m o u v e m e n t f a i t v a c i l l e r t o u t l e s y s t è m e

m u s c u l a i r e . P o u r q u o i ? P a r c e q u e le m u s c l e n 'e s t p l u s

en con t r ac t ion su f f i s an te ; i l e s t , pou r a in s i d i r e , t r op

long pou r l ' e space qu ' i l r emp l i t . Ce la pa ro î t t en i r à

ce que l a con t r ac t i l i t é de t i s su a d iminué dans l e

d e r n i e r â g e ; o n p e u t s 'e n c o n v a i n c r e e n c o u p a n t t r a n s

ve r sa l emen t un musc le dans l e v i e i l l a rd e t l e j eune

h o m m e  comparativement  : i l se retire plus en effet

en sens opposé dans l e s econd que dans l e  premier.

C e t t e c o n t r a c t i l i t é d e t i s s u r a p p r o c h o i t t o u t e s l e s m o

l é c u l e s d u m u s c l e p e n d a n t s o n r e p o s ;  elle  ne peu t

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3 3 6

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

plus produire ce rapprochement; i l reste lâche. Les

auteurs n 'ont point assez observé ce phénomène re

marquable qu 'éprouve le système musculaire par les

progrès de

  F

 âg e , phé nom ène qui est rée llement

  l'in

dice de son degré de force contractile.

L e vieillard

 présente

 f réquemm ent dans

 le

 tissum us-

culeux  une altération telle, que celui- ci a perdu sa

co ul eu r , pour pre nd re un jaun e peu fo ncé, e t une ap

parence graisseuse, quoique cependant cette couleur

ne dépende point de la graisse, mais de l 'absence de

la substance colorante du sang. J'ai souvent fait cette

remarque. Si on dépouille de toute graisse environ

na nte ces pré ten du s muscles graisseux, et qu 'on neleur

laisse que leur tissu, la combustion ou l 'ébullition

n'en retirent point d'huile animale; i ls sont dans leur

état fibreux comme à l 'ordinaire; la couleur seule est

différente. J 'ai remarqué que les muscles profonds

du dos, ceux placés dans les gouttières vertébrales,

sont beaucoup plus sujets que tous les autres à perdre

leur couleur et à se présenter sous cet aspect jaunâtre,

aspect qui ne s'observe presque jamais sur tout le

système, mais seulement sur quelques muscles isolés.

Les adultes sont

 su je ts ,

  comme les vieillards, quoique

moi ns f réquemm ent

 cependant,

 à cette alté ration . Plu

sieurs fois , dans des membres atrophiés, on  a trouvé

que leur aspect est à peu près analogue. Dans les

paralysies récentes, dans celles mêmes qui datent

de trois, quatre et six mois, i l n 'y a en général r ien

de changé dans les membres; les muscles conservent

et leur couleur et leur volume; mais au bout d'un

temps plus long, l 'absence du mouvement, peut-être

aussi le défa ut de l'influx n er v eu x , finissent par

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D E

  L A V I E A N I M A L E .  3 3 /

altérer

  la n u t r i t io n restée lo ng - te m ps in ta c te sans ce t

in f lux , e t a lo r s l e s musc le s s e déco lo ren t , s e r e s se r

r e n t , d i m i n u e n t . M a i s ce p h é n o m è n e n 'e s t p as m ê m e

t o u j o u r s c o n s t a n t , et il y a à l ' H ô t e l - D i e u d e s h é m i

p lég ie s de s ix , s ep t e t même d ix ans , s ans que l e

m e m b r e d u

  CÔLC'

  s a in p r é d o m i n e p a r sa n u t r i t i o n s u r

ce lu i du cô té ma lade .

L e s p r e s s i o n s e x t é r i e u r e s  lo n g - t e mp s  c o n t i n u é e s

su r u n m us c l e , p r od u i s en t à peu p rè s l e m êm e e ff et

qu e l ' a t ro ph ié relies le déco lor en t e t l e b la nch isse n t en

y empêchan t l a c i r cu la t ion . Ceux qu i s e s e rven t de

b re t e l l e s hab i tue l l emen t pa s sées sous l e s b ra s , qu i

p o r t e n t c o n s t a m m e n t d e s c e i n t u r e s a u t o u r d e  l ' a b

d o m e n , q u i s o u l è v e n t d e s f a r d e a u x , o n t s o u v e n t l e s

m u s c l e s c o r r e s p o n d a i s a u x p r e ss i o n s

 habituelles

 qu ' i ls

é p r o u v e n t , d a n s l ' é t a t d e c e u x d e s v i e i l l a r d s . J e r e

m a r q u e q u e c e s m u s c l e s s e c o n t r a c t e n t  cependant;

ce qu i p rouve b ien que l a subs t ance co lo ran te n ' e s t

pas d ' u n e néc es s i t é abso lue à F ac t ion m usc u la i r e .

L e s a n g s e p o r t e e n g é n é r a l e n b e a u c o u p m o i n d r e

q u a n t i t é d a n s l e s m u s c l e s d e s v i e i l l a r d s ; l e u r s v a i s

seaux s ' obs t ruen t en pa r t i e ; c ' e s t c e qu i l e s d i spose

à l ' é ta t don t je v iens de  parler*

§ V -

  État du Système musculaire à la Mort.

A l ' i n s t an t de l a mor t , l e s musc le s r e s t en t c l ans •

deux é ta t s d i f fé rons : t an tô t i l s son t ro ides e t in f lex i

b l e s ;  t a n t ô t i ls l a is s e n t e x é c u t e r a u x m e m b r e s d e s

m o u v e m e n s a s sez f aci le s . Il f aut que lque fo i s be au co up

d ' e f fo r t p o u r p loy e r la cu i s se d ' u n ca da v r e ; d ' au t r e s

fo is la moindre secousse la fa i t f léch i r , comme par

exemple dans l e s a sphyx ie s pa r l e cha rbon . Ces é t a l s

I I .

  2*

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^ 3 8 S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

  e t C .

d e rigidité ou de relâchement, on t de s degré s infinis.

L 'un es t

  porléquelquefois

  au p oint q ue , relevé contre

un mur, le sujet reste debout; d 'autres fois il est

n u l .

  Cer ta ins muscles sont  roides  sur des

  sujets ,

tandis que d'autres restent lâches. Il

  parait

  que ces

états divers dépendent de l 'espèce de  mort ,  des phé

no m ène s qui accom pagnen t les dern iers soupirs . Mais

comment arr ivent- i ls précisément? C'est un objet de

recherches intéressant. J 'ai remarqué que les muscles

restés roides à l ' instant de la m o r t , se déch irent sou

vent avec facilité, pour peu qu'on force les mouve

mens des membres auxquels i ls vont se rendre; que

la déchirure n'arrive au contraire presque jamais dans

ceux restés souples, quelles que soient les impulsions

communiquées à leurs points mobiles; i l faut les t i

railler

  directement,

  y su spe nd re des poids , e t c . ,

pour produire ce phénomène qui alors est facile.

Le tissu musculaire ne se développe jamais acci

den tel lem ent dans les divers organe s où la nature

ne Fa point pr imit ivement placé, comme cela arr ive

aux tissus osseux, cartilagineux et même fibreux. I l

s 'y

  développeroit,

  qu ' i l n 'ap pa rt ien dro it point à la

vie anim ale , m ais à l 'organique : car p ou r dépendre

de la première, les nerfs cérébraux sont essentielle

ment nécessaires, le muscle n 'é tant que l 'agent des

mouvemens que ceux-c i communiquent .

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S Y S T E M E M U S C U L A I R E

D E L A V I E O R G A N I Q U E .

VJ E

 système n 'es t point auss i abo nda m m ent répan du

dans l 'économie que le

  précédent.

  La masse totale

qu'il représente, comparée à la masse totale de celui-

ci qui forme plus du tiers du corps , offre sous ce

rapport une différence très-remarquable. Sa position

est aussi dif fére nte :

 il est

 concen t r é ,

 i°.dansla

 po itr ine

où le cœur et l 'œsophage lui

  appartiennent,

  2° . dans

le

 bas-ventre

  où l 'estomac et les intestins sont en

partie formés par

 l u i ,

  3 ° . da ns le bassin où il con cou rt

à former la vessie et même la matrice, quoique celle-

ci appartienne à la

  géné ra t ion ,

  qui est une fonction

distincte de la vie organique. Ce système occupe

donc le mil ieu du t ronc , es t é t ranger aux membres ,

et se trouve loin de l 'action des corps extérieurs,

tandis que l 'autre superficiellement situé, formant

presque seul les membres , semble , comme nous Fa-

vons d i t , presque autant de st in é , dans le t ron c , à pro

téger les aut res orga nes , qu 'à e xé cute r les div ers

mouvemens de l 'animal. La tê te ne renferme point

de divisions du système musculaire organique; cet te

région du corps est toute consacrée aux organes de

la vie animale.

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3 4 o

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R B

A R T I C L E

  P R E M I E R .

Des Formes du Système musculaire de la

Vie organique.

J_  ous

  les muscles du système précédent affectent

en général une direction droite. Ceux-ci sont tous

au contraire

  recourbés

  sur eux-mêmes; i ls représen

tent tous des poches musculaires différemment con

tournées , tantôt cyl indr iques comme aux in tes t ins ,

tantôt coniques comme au cœur , tantôt arrondies

co m m e à la ve ss ie, quelqu efois très - irrégulières

com m e à l 'es tomac. Au cu n n 'es t a t taché  aux  os; tous

son t dé po urv us d e fibres tend ine us es. L es fibres blan

ches naissant de la surface intérieure du cœur, et

allant se fixer aux  valvules  de ses ventricules, n 'ont

nullement la nature des tendons. L'ébull i t ion ne les

réduit point facilement en gélatine; la dessiccation

ne leur donne point l 'aspect jaunâtre de ces

  organes;

i ls résistent plus qu 'eux à la macération.

C'est en général un grand caractère qui

  distingue

le système musculaire organique d 'avec

  celui'de

  la

vie an im al e, de ne point naître des organes fibreux,

et de ne point se terminer à eux. Toutes les fibres

de celui-ci sont continues ou avec des tendons, ou

avec des aponévroses, ou avec des membranes f i

breuses. Presque toutes cel les du premier par tent ,

eu contra i re , du t issu ce l lu la i re , e t v iennent

  s'y

rendre de nouveau après avoir parcouru leur trajet.

J 'avois cru d'abord que la couche dense et serrée qui

est entre la membrane muqueuse et les f ibres char-

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  3 4 t

nues des in tes t ins , de la vess ie , de l ' es tomac, e tc . ,

étoit l 'assemblage et F entrecroisem ent d 'une foule de

pet i ts tendons  correspondans  à ces fibres, et entre

croisés en forme d'aponévroses : la densité de cette

couche m'en avoit imposé au premier coup

  d'œil.

L'ébull i t ion, la macération, la dessiccation m'ont ap

pr is de pu is , qu e , com plè tem ent é t rangère au système

fibreux , cette couche devoit être , ainsi que Haller

l 'a dit , rapportée au cellulaire qui est plus dense

seulement et plus serré là qu'ailleurs. C'est cette

couche que j 'ai désignée , dans le système cellulaire,

par le nom de t issu soumuqueux. Plusieurs f ibres

du système qui nous occupe, paroissent former une

courbe entière , e t qui n 'est t raversée par aucune in

tersection cellulaire; quelques plans du cœur offrent

cette disposit ion, laquelle est , en général , t rès-rare;

en  sorte qu'il y a presque toujours origine et termi

naison des fibres, sur un organe de nature différente

de la leur.

On ne peut guères considérer d 'une manière géné

rale les formes du système qui nous occupe; chaque

organe lui appartenant se moule sur la forme du

viscère à la form ation du qu el il con co urt. E n effet,

les muscles organiques n'existent point en faisceaux

isolés ,  comme ceux de la vie animale; tous, excepté

le cœ ur , ne sont que po ur un t ie rs , un q ua r t , souvent

même pour moins , dans la s t ruc ture d 'un viscère .

Le plus grand nombre est à forme

  m i n c e ,

 plate

  fk

membraneuse . Ce sont des couches plus ou moins

larges, et presque jamais des faisceaux caractérisés.

Placées les unes à côté des autres, les fibres sont

très-peu sup erpo sées : de là vient qu'oc cu pan t un o

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3 4 2 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

très-grande étendue , ces muscles ne forment cepen

d a n t  qu  un très-petit volume. Le grand fessier seul

seroit plus considérable que toutes les fibres de l 'es

tomac, des intestins et de la vessie, si elles étoient

réunies comme lui en un faisceau épais et carré.

A R T I C L E

  D E U X I È M E .

Organisation du Système m usculaire de la

Vie organique.

J _ J ' O K G A N I S A T I O N   des muscles involontaires n'est

point aussi uniforme que celle des précédens. Aux

différences près, dans ceux-ci , de la proport ion des

fibres charnues sur les tendineuses, de la longueur

des premières, de la saillie de leur faisceau, de leur

assemblage en muscles plats , longs ou courts , tout y

est exactement semblable ; en

  quelqu'endroit

  qu'on

les examine, leurs variétés portent sur les formes et

non sur la texture .

  I c i ,

  au contraire , i l y a dans

ce tte tex tu re des différences m arq ué es ; le cœur

comparé à l 'estomac, les intestins mis en parallèle

avec la vessie , suffisent p ou r en co nv ain cre . C'est

en vertu de ces différentes textures,  que  la contrac

t i l i té et  la sensibili té var ien t , c om m e no us le ve rron s,

dan s chaqu e mu scle , que la force de contraction

n'est pas la même, que la vie est différente pour

«feacun, tandis qu'elle est uniforme pour tous ceux

de la vie animale. Nous allons cependant considérer

d'une manière générale l 'organisation des muscles

involontaires.

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D E L A V I E

  O R G A N I Q U E .

  3 4 3

§  I

e r

.

  Tissu propre

  à  l Organisation

  du Système

musculaire de la Vie organique .

La fibre musculaire organique est en général beau

coup plus mince et plus

  d é l i ée ,

  que celle du système

précédent;

  elle n'est point assemblée en faisceaux

aussi épais . Très-rouge dans le cœur , e l le est blan

châtre dans les organes gastriques et urinaires. Au

r e s t e ,  cette couleur varie singulièrement. J 'ai observé

que quelquefois la m acération la rend d 'u n b ru n

foncé sur les intestins.

Jamais cet te f ibre n 'est à direction unique, comme

celle d es mu scles pré céd en s ; elle s'entrecroise to u

jours , ou se trou ve juxta-posée en divers sens : tan tô t

c 'est à angle dro it qu e se coupen t les faisceaux,com m e

1

dans les fibres longitudinales et circulaires des tubes

gastriques  ; tan tôt c 'est sous des angles plus ou m oi ns

obtu s ou aigus , c om m e à l 'esto m ac, à la vessie , e tc .

A u

  cœur,

  cet entrecroisement est tel dans les ven

tricules , qu e c 'est un véritable réseau m us cu laire .

De

 ces varié tés

 Se

  direction, résulte un avantage pour

les mouvemens de ces sortes de muscles

  q u i ,

  étant

tous creux , peuvent en se contractant diminuer sui

vant plusieurs diamètres l 'é tendue de leur cavité .

Toute f ibre musculaire organique est en général

co ur te ; celles

 q u i ,

  comme les longitudinales de l 'œso

phage , du

  r e c t u m ,

  e t c . , paroissent parcou rir u n

long

  trajet,

  ne sont pont continues ; elles naissent et

se terminent dans de courts espaces , pour renaître et

se terminer ensuite suivant la même ligne : aucune

n'est comparable à celles du couturier, du grêle in

terne , e tc . , sous le rapport de la longueur.

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§44

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

N ou s ne connoissons pas m ieu x leur na ture que

celle des fibres de la vie animale; mais du reste elles

se comportent à peu près de même sous l 'action des

différons réactifs. La  dessiccation,la  putréfaction, la

macération, l 'ébull i t ion y présentent les mêmes phé

no m èn es. J 'a i observé au sujet de cette dern ière , q u 'une

fois bouillies, les fibres de 1  un et de l 'autre systèmes

sont beaucoup  moins  altérables par les acides suffi

samment affoiblis. Après un certain séjour dans le

sulfur ique , le m nr ia l i qu e , le n i t r i qu e , é tend us 'd 'eau,

elles se ramollissent  bien  un peu , mais gardent leur

form e p rim iti ve , et ne se chan gen t poin t en cette

pulpe à laquelle se réduisent toujours dans la même

expérience les fibres crues. Le dernier de ces acides

les colqre en jaune comme avant l 'ébullition.

J'ai-fait

  aussi une observation à  1  égard du racor

nissement qui est produit à l ' instant où commence

l 'ébullition ; c 'est qu 'il est co ns tam m en t le m êm e ,

quelle que soit la dilatation ou le resserrement anté

cédent des fibres. L'estomac resté assez dilaté à la

m ort pou r contenir plusieurs pintes de l iq uid e, se

rédui t au même volume, toutes choses

  éga les ,

  que

celui resserré au point de n'être pas plus gros que

le cœcum. Les maladies influent un peu sur le racor

nissement. Le cœur d 'un phthisique m'a présenté

dans la même expér ience , b ien moins sensiblement

ce phénomène , que celui d 'un apoplectique.

La résistance de la fibre musculaire organique est

à proportion plus grande que celle des fibres du sys

tème musculaire animal. Quelle que soit l 'extension

des muscles creux par le fluide qui les remplit pen

dant la vie, i l ne s 'y fait presque jamais de ruptures.

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D E

  L A V I E

  O R G A N I Q U E .

  345

La vessie seule présente quelquefois ce phénomène,

qui du reste y est très-rare. Dans les grandes réten

tions d'urine, où il se fait des crevasses, c 'est pres

que toujo urs l 'ur ètre qu i se r o m p t , la vessie restant

intacte .

 Il

 y a

 dans

  la pratique cent fistules au périnée,

venant de la por t ion membraneuse , pour une au-

dessus du pubis. On trouve dans les auteurs beau

coup d 'exemples de rupture du diaphragme; on en

connoî t peu de déchirure à l ' es tomac, aux in tes

tins et au cœur,

§ 1 1 .  Parties comm unes à  l Organisation  du Sys

tème

  musculaire de la Vie organique.

L e tissu cellulaire est en général be au co up p lus rare

dans les muscles organiques que dans les autres. Les

fibres du cœur sont juxta-posées, plutôt qu'unies par

ce tissu. Il est un peu plus marqué dans les muscles

gastriques et urina ires . Il est presqu e nul dans la ma

trice

 :

 aussi ces m uscles n e s'infiltrent-ils point c om m e

les précédens, dans

 le shyd ropis ies;

  jamais ils ne pré

sentent cet état graisseux dont nous avons

  p a r l é ,

  et

qui étouffe pour ainsi dire quelquefois les fibres. Je

n'ai point observé non plus dans ces muscles la teinte

jaunâtre que les fibres des autres prennent

  souvent,

dans les gouttières vertébrales surtout.

Les vaisseaux sanguins sont  très-multipliés  dans

ce système ; i ls s 'y trouvent même à proportion plus

abondans que dans l 'autre : plus de sang les pénètre

par conséquent. Ce fai t est remarquable, sur tout aux

intes tins où pour un plan charnu extrêm em ent

  m i n c e ,

les mésentér iques distr ibuent une foule de rameaux.

Mais je remarque que cette apparence est jusqu'à un

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3 4 6  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

certain point i l lusoire , a t tendu que beaucoup de ces

vaissea ux ne faisant qu e trav erse r le

 plan

 ch arn u, vont

à la membrane muqueuse . Dans

  l'état

  ordinaire , i ls

d o n n en ta u x viscères gastr iques une te inte rosée,qu'on

re n d à volonté livide , et q u 'o n ram èn e ensuite à son

aspect  primitif,  en ferm ant et en ou vr an t ensuite le

robine t adapté à la t rachée -ar tè re , dans mes expé

riences sur l 'asphyxie.

L es  absorbans  et les exhalans n'ont r ien de parti

culier dans ces muscles.

Les ner fs leur v iennent de deux sources ,  i ° .  du

système cérébra l ,

  2

0

.

  de celui des ganglions.

Exceptédansl'estomacoùsedistribuela  pairevague,

les nerfsdcs

 ganglions

 prédominent

 par- tout .

 Au

 cœ ur,

ils sont les pr inc ipau x; aux int es t in s,

 ils

 ex istent seuls;

à

 l'extrémité

 du r ectu m et de la

 v es s i e ,

 leur propo rtion

est sup érieu re à celle des nerfs ve na nt de l 'épine.

Les nerfs cérébraux s 'entrelacent avec ceux-ci, en

pénétrant dans les muscles organiques. Les plexus

cardiaque, soléaire , hypogastr ique, e tc . , résultent de

cet entre lacem ent qu i paroît avoir une influence sur les

mouvemens , quoique nous ignor ions la na ture de

cette influence.

Tous les nerfs des ganglions qui pénètrent dans

les muscles organiques, ne leur paroissent pas exclu

sivement dest inés. Un grand nombre de f i le ts n 'ap

pa rtie nt q u 'a u x artè res : tel est en effet leu r entre

lacement , qu ' i l s forment , comme nous l ' avons vu,

au to ur de ces vaisseaux un e véritable m embrane

nerveuse, surajoutée aux leurs, e t exclusivement

destinée à eux. Je compare cette enveloppe nerveuse

à l 'enveloppe cellulaire qui se trouve aussi autour

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D E L A V I E  O R G A N I Q U E .  347

des artères, et qui est absolument distincte du tissu

cellulaire environnant: ainsi celle-ci

 n'a-t-elle

  que des

communications avec les nerfs des muscles organi

ques , sans se distribuer dans ces muscles. Au

  res te ,

com m e les nerfs d es ganglions y sont toujours les plu s

no m bre ux et les plus essen tiels , e t que leur ténu ité

est extrême, la masse nerveuse dest inée à chacun,

est infinim ent inférie ure à celle qu i se trou ve da ns les

muscles volon taires. L e cœur et le de ltoï de , com parés

en se m bl e, offrent sous ce rapp ort une rem arquable

différence.

A R T I C L E T R O I S I È M E .

Propriétés du Système musculaire de la

Vie organique.

O o u s  le rapport des propriétés, ce système est en

partie analogue au

  précédent,

  et en partie

  très-dif

férent de  lui.

§

  I

e r

.

  Propriétés de tissu. Extensibilité.

L'extensibilité est très-manifeste dans les muscles

organ iques . L a dilatation des intestins et de l 'estom ac

par les

  a l i m e n s ,

  par les gaz qui

  s'y

  développent, par

les fluides qui s'y rencontrent, celle de la vessie par

l 'urine,par

  les injections qu'on y pousse, e tc . , dé

rivent essentiellement de cette extensibilité.

Cette propriété est caractérisée ici par deux attr i

bu t s r emarqu ab le s ,  i ° .  par la rapidité avec laquelle

elle peut être mise

  e n j e u ,  s

0

,

  par l 'é tendue très-

grande dont elle est susceptible.

L 'e s tomac , l e s

 intestins

 pa sse nte n un ins tant d 'u ue

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3 4 8

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

vacuité complète à une grande extension. Artificiel

lement distendue, la vessie prend tout de suite un

volume tr iple , quadruple même de celui qui lui est

n atu re l. C ep en da nt quelquefois elle résiste , mais

cela ne prouve point son défaut d'extensibilité; c 'est

que le fluide injecté 1  irrite et la fait contracter; la con

tractilité orga niq ue en exercic e , em pêc he alors le

développement de l 'extensibil i té , comme elle-même

ne peut quelquefois être mise en jeu par les irri-

tan s sur un m uscle m is à dé co uv ert da ns u n animal

vivant, parce que la contractili té animale en exer

cice dans ce muscle, y forme obstacle. Les muscles

de la vie animale ne sont jamais susceptibles de

cette rapidité dans leur extensibilité, soit parce qu'ils

sont en trecoupés par de no m bre use s aponévroses qui

ne se di la tent que lentement, soit parce que leurs

plans de fibres sont trop épais, double circonstance

qui n'existe point dans les muscles de la vie orga

niq ue . D e là un phén om ène rem arquab le que j 'a i

observé dans toutes les tympanites. Lorsqu'on ouvre

le bas-ventre des sujets morts en cet état, sans in

téresser les intestins boursouflés , aussitôt ceux-ci

font ir ruption au-dehors, se gonflent davantage, e t

occupent un espace double de celui où  ils»éloient

resserrés dans le bas-ventre : pourquoi ? Parce que

les parois de l 'abdomen n'ayant pu céder en pro

portion de la quantité des gaz qui se sont développés,

ceux-ci ont été comprimés dans les intestins pendant

la vie, et reviennent tout de suite par leur élasticité,

lorsque la cause de compression cesse. Dans les hy-

dropisies où la distension est lente, les parois abdo

minales s 'agrandissent beaucoup plus que dans la

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D E L A V I E

  O R G A N I Q U E .  3 4 ç

tympani te . Le volume du ventre seroi t double dans

celle-ci, si l 'extensibilité de

  ses

  parais étoit propor

tionnée à celle des intestins.

Quant à l 'é tendue d 'extensibil i té des muscles or

ganiques, on peut s 'en former l ' idée en comparant

l 'estom ac vid e qui sou ven t n est pas plus gros q ue

le cœcum  dans son é ta t ordina ire , à l ' es tomac con

tenant quelquefois c in q, s i x , hu it pintes m êm e de

fluide; la vessie ret iré e su r elle-m êm e et cachée der

r ière le pubis, à la vessie pleine d 'ur ine dans une

rét en tio n remontant qu elquefois au-de ssus de l 'om

bi l ic ;

  le rectum vide, au rectum remplissant une

partie du bassin chez les vieillards où les excré-

mens

  s 'y sont accumulés; les intest ins contractés,

aux intest ins for tement météorisés.

C'est à l 'étendue d'extensibilité des muscles orga

niques et aux bornes mises à celle des parois abdo

minales, qu ' i l faut rapporter un phénomène constant

q u 'o n observe dan s les viscères gastriqu es; savoir, q ue

dans la série naturelle de leur

  fonc t ion ,

  ils ne sont

jamais tous distendus en même temps : les intestins

se rem plissent qu an d les m atières co ntenue s dans l 'es

tomac s 'évacuent; la vessie n'est pleine d'urine dans

l 'ordre

  digestif,

 que qu an d les autres organes creux se

vi d en t, e tc . E n g énéral , c 'est u n ordre contre n a tu re ,

que celui où tous les organes sont distendus à la fois.

I l est pour les muscles organiques un mode d'ex

tensibilité tout différent de celui dont je viens de

pa rle r; c 'est celui du cœ ur dans les an év rism es, de

la matr ice dans la grossesse. Le premier prend, par

ex em ple , u n volum e do ub le, t riple m êm e quelquefois

dans sa partie gauche, et cependant il croît en même

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3 5 o S Y S T È M E M U S C U L A I R E

temps en épaisseur . Ce volume n 'est pas dû à

  une

distension, mais bien à un accroissement contre na

t u r e .  Le cœur anévrismatique est au cœur ordinaire ,

ce que celui-ci est au cœur de l 'enfant; c 'est la nutri

tion qui a fait la différence, et non la distension  : car

toutes les fois que celle-ci agit, elle diminue en épais

seu r ce qu 'e l le augm ente en é te n d u e; il n 'y a pas ad

dit ion de substance. D'ai l leurs, le cœur anévrisma

tique n'a souvent point de cause qui le distende, car

communément dans ce cas les valvules mitrales lais

sent un libre passage au sang; tandis que lorsqu'elles

sont ossifiées, le ventricule gauche reste souvent dans

l 'état naturel. D'ailleurs, la marche lente de la forma

tion de

  l'anévrisme

  prouve bien que c 'est une nutri

tion contre nature qui a présidé à cet accroissement

du cœur. Vous auriez beau vider alors cet organe du

sangqu'il cont ient , il ne rev iend roit po int s ur lui-même

etnereprendroitpointses

  d imens ions ,

  comm el 'in tes-

t in météorisé qu 'on piq ue po ur en faire sortir Fair.

D an s la m at r i ce , il y a de ux causes de disten

sions :  i ° .  les sinus largement développés, et conte

nant beaucoup de sang; 2° . une addi t ion de subs

tance , un véritable accroissem ent m om en tan é des

fibres de l 'organe qui reste aussi épais et même plus

que dans l 'état

  na ture l .

 A l 'épo qu e de l 'accouchem ent,

les sinus

  s'affaissent

  to ut à co up par la contractio n des

fibres : de là le resserrement subit de l 'organe. Mais

com m e d 'u n côté la nu tr i t ion seule peu t enlever par la

déco m position les substanc es ajo utées aux fibres pour

les grossir , et que d'un autre côté, cette fonction

s 'exerce lentement, après que la matr ice a  éprouvéle

resserrement subit dû à l 'affaissement des sinus,

 elld

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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 5 l

ne revient que peu à peu e tau bout d ' un  certain tem ps ,

àsonvolume o rd ina i re .

 L'extensibilité n'est

 do ncpo in t

mise

  en jeu dans la matr ice remplie par le fœtus, e t

dans le cœ ur anévr ismat ique : ces organes devien nen t

vraiment alors le

 siège

 d 'u ne nutr i t ion plus

  active;ils

croissent accidentel lem ent, co m m e ils ont crû natu rel

lement

 avec

 les autre s o rga ne s; mais ceux-ci n 'ép ro u

vant point a lors un phénomène analogue, i ls devien

nen t mons t rueux compara t ivement . La mat r ice dé

croît parce que le mouvement de décomposit ion pré

domine naturel lement sur celui de composit ion après

l 'accouchement, tandis qu 'avant cel te époque

  c'étoit

l ' inverse. Le cœur anévrismatique reste toujours tel.

C'est ici le cas de bien distinguer ces dilatations

du cœur, de celles produites réel lement par l 'exten

sibilité, co m m e dan s l 'oreillette et le ven tricule d ro it ,

par exemple, qui se trouvent pleins de sang à  1  ins

tant de la

 mort,

 parce que le po um on qui

 s'affoiblit

  ne

pe rm ett an t plus à ce fluide de le

 traverser,

  le force d e

refluer vers F endroi t

 d'où

  il vient. Il est peu de cœurs

qui ne présentent à des degrés très-Variables, ces

di la ta t ions qu 'on es t maî t re , sur un animal v ivant ,

d 'augmenter ou de diminuer à volonté , suivant l 'es

pèce de mort dont on le fai t pér ir . Deux cœurs ne

présentent presque jamais le même  vtdume  dans les

cadavres : une foule de variétés se

 rencontrent,

  et ces

variétés dépendent du plus ou du moins de difficul

tés

 qu'a

 le san g,

 dans

 les derniers m om en s, à traverser

le poumon. Voi là

  p o u r q u o i ,

  d an s les affections d u

cœur , on manque d 'un type auquel on puisse com

parer le volume

  maladif,

  surtout si on examine

 l'or

gane en totalité. En effet la distension du   côté  droit

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3 5 2

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

peut lu i donner une apparence anévr ismat ique ,

 et

 un

volume même supérieur à celui de cer tains  anévris-

m e s .  Si on considère isolément le côté gauche,  l'er

reur est, dans cette maladie, plus facile à vérifier,

parce que ce côté est sujet à de moindres variations.

Mais la différence principale consiste dans l 'épais

seur. La vigueur de contraction paroît croître en pro

portion de cette épaisseur qui naît de la substance

ajoutée par la nutrition. C'est cette vigueur qui

  dé

termine les battemens  si prononcés qui se font sentir

sous les côtes, la force du pouls, etc.

Contractilité.

Elle est proportionnée à l 'extensibilité. Souvent

elle est mise en jeu dans l 'état ordinaire. C'est  en

vertu de cette propriété, que l 'estomac , la vessie,

les intest ins, e tc . , se contractent , se resserrent sur

eux-mêmes, et offrent un volume si petit en compa

raison de celui qu'ils présentoient dans leur pléni

t u d e .

  E n g én ér al , i l n 'y a au cu n m uscle dans la vie

animale, qui soit susceptible d'avoir des extrêmes

aussi éloignés de resserrement et de contraction, que

ceux de la vie organique.

Il faut  remarquer  que la vie, sans avoir la contrac

tili té sous sa dépendance immédiate , puisque les in

testins, FesLomac et la vessie se resserrent après la

mort lorsqu'on fait cesser leur distension, la modifie

cependant d 'une manière t rès

 -

  sensible. Les causes

mêmes qui altèrent ou diminuent les forces vitales

influent sur elles : de là l 'obs erva tion suiva nte que

tous ceux habitués à ouvrir des cadavres ont pu

  faire.

Quand le sujet est mort subitement, et que l 'estomac

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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 5 3

e st v i d e , il e s t t r è s - r e s s e r r é p a r l u i - m ê m e ; q u a n d

a u c o n t r a i r e l a m o r t a é t é p r é c é d é e d ' u n e l o n g u e

ma lad ie qu i a

  affoibli

  s e s f o r c e s , l ' e s t o m a c , q u o i q u e

v id e , res te flasque e t se t r o uv e t rès -pe u re v en u su r

l u i - m ê m e .

O n d o i t c o n s i d é r e r l es s u b s t a n c e s c o n t e n u e s d a n s

le s m u s c l e s c r e u x d e la v ie o r g a n i q u e , c o m m e le s

v é r i t a b l e s a n t a g o n i s t e s d e c e s m u s e h s ; c a r i l s n ' o n t

po in t d e mus c le s qu i ag i s sen t en sens opp osé d u

l e u r . T a n t q u e c es a n t a g o n i s t e s l e s  distendent  , ils

n ' ob é i s s en t p o in t à l eu r con t r ac t i l i t é de  t i s s u ;  dès

qu ' i l s cessen t de les rempl i r , e l le se met en  j u i .  L e

n ' e s t po in t c ependan t su r ce t t e p rop r i é t é que rou le l e

m é c a n i s m e d e l ' e x p u l s i o n d e s m a t i è r e s h o r s d e c e s

o r g a n e s , c o m m e d e s  alhnens  ho r s de l ' e s tomac e t de s

i n t e s t i n s , d e l ' u r i n e h o r s d e la v e s s i e , d u  sang ho r s d u

c œ u r , e t c . C ' e s t la c o n t r a c t i l i té o r g a n i q u e q u i p r é s i d e

à ce mécan i sme . I l e s t f ac i l e de d i s t ingue r ce s deux

p r o p r i é t é s e n e x e r c i c e . L ' u n e o c c a s i o n n e u n r e s s e r r e

m e n t l en t e t g r a d u é , qu i e s t s ans a l t e rna t ive de r e l â

c h e m e n t ; l ' a u t r e , b r u s q u e e t p r o m p t e , c o n s i s t a n t e n

u n e s u i t e d e r e l â c h e m e n s e t d e c o n t r a c t i o n s , p r o d u i t

les m o u v e m e n s

  péristallique

  , de sy s to l e , de d i a s to l e ,

e t c .  C ' e s t a p r è s q u e l a c o n t r a c t i l i t é o r g a n i q u e a p r o

c u r é l ' é v a c u a t i o n d e s m u s c l e s c r e u x , q u e l a c o n

t rac t i l i t é de t i s su les resse r re . Dans les mor ts pa t -

hé m or rag ie d ' u n e g ros se a r t è r e , le cô té gauch e e t

m ê m e l e cô té d ro i t d u cœ ur chas sen t t ou t le  sancr

o

q u ' i l s c o n t i e n n e n t ; v i d e s e n s u i t e , ils r e v i e n n e n t f or

t e m e n t s u r e u x - m ê m e s , et l ' o r g a n e e s t t r è s - p e t it . A u

c o n t r a i r e , i l e s t

  t rès-gros

  q u a n d b e a u c o u p d e s a n g

r e s t é d a n s s es c a v it é s le d i s t e n d , c o m m e d a n s l ' a s -

IU  23

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3 5 4  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

phyxie. Ce sont là les deux extrêmes. I l est , comme

je l 'a i di t , une

  foule

  d ' in termédia i res .

La contractili té de tissu est, dans le système qui

nou s oc cu pe , propo r t ionnée au no m bre des fibres

charnues . Ainsi ,

  toutes

  choses égales, le rectum étant

v i d e ,  est retiré avec bien plus de force sur lui-même

que les autres gros intestins; la rétraction des ventri

cules est bien supérieure à celle des oreillettes, et celle

de l 'œsophage est bien plus grande que celle du duo

dénum , e tc . , e tc .

§ 1 1 .  Propriétés vitales.

Elles sont presque en ordre inverse de celles du

système  précédent.

Propriétés de la Vie animale. Sensibilité.

La sensibilité animale est peu marquée dans les

muscles organiques. On connoît l 'observation rap

portée par Harvey  sur une carie du sternum qui avoit

mis le cœur à découvert  : on irr ito it , sans que le ma

lade s 'en ape rçût p re sq u e, cet organe qu i se

 contractoit

seulement

 sous F

 irrit an t. E nlev ez le périto ine derrière

la vessie d'un chien vivant, et irr itez la couche  mus-

culeuse subjacenle, l 'animal donne peu de marques

de douleur. Il est difficile de faire ces expériences sur

les intestins et l 'estomac ; leur couche musculaire est

si m i n c e , q u' on n e p eu t agir sur elle sans agacer en

même temps les nerfs subjacens.

Il paroît que les muscles organiques sont beaucoup

m oin s susceptibles du sen tim en t de lassitude dont les

précéd ens dev iennen t le

 siège

 ap rès un gr an d exercice.

Je n e sais cep end ant si dan s ceux où se

 rendent

  beau-

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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 5 5

co up de ne r f s c é r éb ra ux il n ' a po in t li eu : pa r ex em

p l e ,  q u a n d l ' e s t o m a c a é t é l o n g - t e m p s r e s s e r r é s u r

l u i - m ê m e , i l e s t p r o b a b l e q u e l a l a s s i t u d e q u i  s 'em

pa re d e ses fib res, d é te rm in e en par t ie le se n t im en t

p é n i b l e q u e n o u s é p r o u v o n s a l o r s , e t q u e n o u s n o m

m o n s l a

  faim

  ; s en t imen t qu ' i l f au t b i en d i s t ingue r de

l ' a f f ec t ion géné ra l e qu i l u i succède , e t qu i

  devient

v é r i t a b l e m e n t u n e m a l a d i e ,

  lousque

  l ' ab s t inence e s t

t r o p p r o l o n g é e . O n s a i t q u e d e s

 stdjsianc.es

  n o n n u

t r i t iv es ap pa ise n t a lo rs ce se n t im en t sans remédie r

à l a m a l a d i e , q u a n d o n e n r e m p l i t

  1

  e s t o m a c . J e r a p

po r t e au

  même mode

  d e

 sensibilité 1

  anx ié té e t l a gène

q u ' é p r o u v e n t l e s m a l a d e s d o n t o n e n t r e t i e n t l a v e s s i e

e n c o n t r a c t i o n p e r m a n e n t e p a r u n e s o n d e o u v e r t e

q u i s é j o u r n e d a n s l ' u r è t r e , e t q u i t r a n s m e t l e s u r i n e s

à m e s u r e q u ' e ll e s t o m b e n t d e s u r e t è r e s . C e s e n t i m e n t

ne ressemble pas à ce lu i de la fa im, parce que la sen

s ib i l i lé de la vess ie e t ce l le de l ' es tomac é tant d if fé

rentes,leurs modificationsnesauroient être l es m ê m e s .

A ins i chacun de ce s deux sen t imens e s t - i l d i f f é r en t

de ce lu i don t les muscles de  l a v i e a n i m a l e , l o n g - t e m p s

c o n t r a c t é s , d e v i e n n e n t le s i è g e. J e n e c r oi s p a s q u e

la s ensa t ion de l a f a im t i enne un iquemen t à l a cause

qu e j ' i n d iq u e , e t d on t on n ' a po in t pa r l é ; m a i s on ne

sau ra i t d i s conven i r qu ' e l l e n ' y a i t beaucoup de pa r t .

Q u i sa i t s i , ap rès u ne fièvre où l ' ac t io n du cœ ur a

é t é

  lon«

T

-temps

  p r é c i p i t é e , l a

  foiblesse

  du pou ls qu i

accompagne l a conva le scence , n ' e s t pa s un s igne de

la lass i tude où se t rouven t ses f ib res charnues , à cause

d u m o u v e m e n t a n t é c é d e n t ? O n

  connoit

  l e s e n t i m e n t

pén ib le de f a t igue qu ' ép rouve l ' e s tomac ap rè s l e s con

t r a c t i o n s d u v o m i s s e m e n t .

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3 5 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

Contractilité.

La contractili té animale est étrangère aux muscles

de la vie organique. Pour nous en convaincre, rap

pelons-nous que d'un côté cette contractili té suppose

toujours l ' influence du cerveau et des nerfs, pour

mettre en jeu l 'act ion du muscle; que d 'un autre

côté le cerveau, pour exercer cette influence, doit

être excité par la volonté, par les irritans ou par les

sympathies. Or aucune de ces trois causes, agissant

sur le

  ce rveau ,

  ne fait contracter les muscles orga

niques .

Tout le monde sait que ces muscles sont essen

tiellement involontaires. Si quelques hommes ont eu

jamais la faculté d 'arrêter les mouvemens du cœur,

ce n'est pas sur cet organe que le cerveau a agi ; l'ac

t ion du diaphragme et des intercostaux a été sus

pendue d 'abord ; la respirat ion a cessé momentané

ment ; puis par contre-coup, la c i rcula t ion.

Si on irrite le cerveau avec un scalpel ou un exci

tan t qu elc on qu e, les m uscles de la vie anim ale entrent

en convulsion; ils se paralysent si on comprime cet

organe . C eu x de la v ie orga niq ue , au contra i re ,con

servent leur degré de mouvement naturel dans l 'un

et l 'autre cas. Le cœur continue encore à battre, les

intes tins et l 'estomac se m eu ve nt qu elqu e tem ps après

que la masse cérébrale et la moelle épinière ont été

en lev ées . Q u i ne sait que la circula tion se fait très-bien

ch ez les fœtus acéphales ; q u'a pr ès le coup qui a

assommé un animal, e t rendu tout son système mus

cula i re volonta i re immobile , le cœur

  s'agite

  encore

lon g-t em ps , la vessie rejette l 'u ri n e , le rec tu m expulse

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  3 5 /

les  ex c rém en s , e t c . , l 'e s tomac mêm e vomit qu e l

quefois les

 alimens?

  L 'opium, qui engourdi t toute la

vie animale, parce qu'il agit spécialement sur le cer

veau qui en est le ce n tre , qui paralyse tous les mu scles

vo lonta ires, laisse intacts les autres dan s leurs co ntrac

t ions .

  L' ivresse pro du ite par le vin présente le m êm e

ph éno m ène . L 'h o m m e chancelle après la boisso n; ses

m em bre s refusent de le p o rte r , e t cependant son cœu r

 •

bat avec force ; souvent son estomac se soulève, et

rejette le superflu des fluides qui le rem pliss ent. T o u t e s

les substances narcotiques produisent aussi cet effet.

Si des expériences n ou s passons à l 'observation des

m al ad es , n ou s voyon s toute s les affections cérébrales

étrangères au système musculaire organique. Les

plaies de tête avec enfoncement, les  fongusdu  c e r

veau , les épan chem ens de sa n g, de pus et de sér os ité,

les apoplexies, e tc . , portent entièrement sur les mus

cles volontaires, dont elles exaltent, affoiblissent ou

rendent nulle Faction. Au milieu du bouleversement

général de

  la

 vie an im ale , l 'organiqu e est alors intac te.

L es accès de m an ie ,

 ceux

 de fièvre m aligne , pro uv en t

également ce fait. Qui ne sait que dans ces

  dcrriières

le pouls n'est souvent presque pas changé, que quel

quefois même il est plus ralenti ?

S o u v e n t ,  dans  les maux de tête, i l y a des  vomis-

semens  spasmodiques ;  le cœur précipite son action

dans les inflammations cérébrales; etc. Mais ce sont

là des phén om ènes sym pathiques qui arr ivent dans les

m uscles org aniq ue s, comm e ils surviennen t dans tous

les autres systèmes; ils peuvent ne pas se manifester,

com m e être dév elop pés ; mille irrégularités

 s'observent

dans leur m arch e. A u l ieu que la contraction des m us -

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3 5 8

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

cles  de la v i e a n im a le , pa r l e s a f f ec t ions d u ce rv ea u ,

est

  u n p h é n o m è n e c o n s t a n t , i n v a r i a b l e , q u e r i e n n e

t r o u b l e , d o n t r i e n n ' e m p ê c h e le dével oppement ,  pa rc e

q u e le m o y e n d e c o m m u n i c a t i o n e st t o u j o u r s le m ê m e

ent re l ' o rgane a f fec té e t ce lu i qu i se meut .

S i d a n s l ' e x a m e n d e s p h é n o m è n e s r e l a t i f s à

  l 'in

f luence cé réb ra l e su r l e s musc le s o rgan iques , nous su i

v o n s u n o r d r e  inverse,c'est-à-dire  que , dans l e s a f f ec

tions

 de ce s m us c le s ,

 nous examinions 1 état

 d u c e rveau ,

n o u s o b s e r v o n s l a m ê m e i n d é p e n d a n c e : c o n s i d é r e z

la p l u p a r t d e s v o m i s s e m e n s , le s m o u v e m e n s i r ré g u

l ie r s des

  intestins

  qu i on t l i eu dans l e s d i a r rhées , c eux

su r t ou t qu i fo rm en t le s vo lv u lu s , e t c . : vo yez le cœ ur

d a n s  1rs  ag i ta t ion s d es f ièvres , d a n s les pa lpi ta t io ns

irréguheres

  , don t i l dev ien t le

  siège

  f r é q u e n t , e t c. :

d a n s t o u s c e s t r o u b l e s d e s m u s c l e s o r g a n i q u e s , v o u s

ne t rouve rez p re sque j ama i s de s s ignes de l é s ions à

l ' o rg ane cé réb ra l : il e s t c a lm e , ta nd is q ue tou t es t

b o u l e v e r s é d a n s la v ie o r g a n i q u e . C u l l e n a c r u q u e ,

dans

 le s sy nc o pe s , l ' a c t ion du ce rve au ce s so it d ' a bo rd ,

e t q u e c e l l e d u c œ u r é t o i t e n s u i t e s u s p e n d u e c o n s é

c u t i v e m e n t . C ' e s t p r é c i s é m e n t l ' i n v e r s e d a n s l e p l u s

g r an d n o m b re de ca s . L e c œ u r , d ' a bo rd a f f ec té , ce sse

d 'ag i r : o r son ac t io n é ta n t essen t ie l le à ce lle du ce r

v e a u , s o i t p a r l e m o u v e m e n t q u ' i l l u i c o m m u n i q u e ,

so i t pa r le sang rouge qu ' i l y pousse , ce dern ie r in te r

ro m p t tou t à co up se s fon c t io ns , et t ou t e la v i e an ima le

ces se . C'«la  e s t r emarquab le su r tou t dans l e s syncopes ,

qu i na i s sen t de s pas s ions , dans ce l l e s p rovenan t de s

h é m o r r a g i e s ,

 des p o l y p e s ,

 d e s g r a n d e s é v a c u a t i o n s , e t c .

J e r envo ie du r e s t e su r ce po in t à mon T ra i t é de l a

Vie e t de l a Mor t .

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .

  359

Si de l ' influence du cerveau nous passons à celle

des nerfs , nous trouvons de nouvelles preuves de

l 'absence de contractili té animale des muscles orga

niques. La plupart de ces muscles reçoivent, comme

nous avons vu, deux espèces de

  n e r f s ,

  les uns céré

braux , les autres des ganglions.

Le cœur, l 'estomac, le rectum et la vessie , sont

manifestement pénétrés par la première espèce de

nerfs : or en cou p an t, en

 irritant

  d 'une manière quel

conque les filets cardiaques de la paire vague, le cœur

n'e n épro uve a ucu ne a l térat io n; il n 'est ni ra l en ti , ni

précipité  dans  son mouvement. La section des deux

nerfs vagues est mortelle,  il est v r a i ,  mais seulement

au bo ut de q uelq ues jours ; et je do ute que ce soït  par

le cœur que commence la mort dans cette c ircons

tance . Les pr inc ipaux phénomènes, sui te de ce t te

sec t ion, annoncent un t rès-grand embarras  dans  le

poumon, une grande diff iculté de respirat ion; la c ir

culat ion paroît n 'ê tre troublée que consécutivement.

Les mêmes nerfs se distr ibuant à l 'estomac, la

même expérience ser t à constater  F influence cé ré

brale sur ce viscère. Or la section de celui d'un côté

est or din aire m en t nulle sur lu i; celle de tous les

deux y dé termine bientôt un t rouble remarquable .

Mais ce trouble est tout différent

  d^

  celui qui suit

la section du nerf d'u n m uscle de la vie a n im a le ,

lequel

  devient

  subi tement immobile , tandis qu 'au

contraire l 'estomac ne communiquant plus avec le

cerveau

  par

 les nerfs va gu es, semble acquérir m om en

tanément un surcroît de force : i l se contracte, et de

là les vomissemens spasmodiques qui s 'observent

presque toujours pendant

  les.

 de ux ou trois jou rs où

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3 6 ô S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

l 'animal survit à l 'expérience,

  vomissemens que j ai

con stam m ent rem arqués sur des chiens , et que déjà

Ilaller  et Cruiscank avoient indiqués. 11  paroît donc,

d'après cela, que quoique le cerveau ait une influence

réelle sur  F es to m ac , cette influence est d 'un e nature

toute différente de celle qu'il exerce

  sur

  les muscles

volontaires. Je remarque cependant que l ' irr itation

d'un des nerfs vagues, ou de tous les deux, fait tout

de su ite c on tracter l 'esto m ac , com m e cela arrive pour

un muscle volontaire dont on irrite le

 nerf.

  Il faut,

pour faire cet te expérience, ouvrir l 'abdomen d 'un

animal vivant , e t

 irriter

 e nsu ite la hu itièm e paire dans

la région du cou, afin d'avoir sous  les yeux l'organe

que l 'on fait contracter.

La vessie et le rectum paraissent plus se rapprocher

des mu scles volouiait

 e s ,

 dans leur ra pp ort avec le cer

veau , que 1  estomac et le cœur. On sait que les chutes

sur le

  s a c r u m ,

  d'où naît une commotion de la partie

inférieure de la moelle, déterminent la rétention d'u

r i n e ,

  qu elles frappent, pour ainsi dire, cet organe

de

 la même

  paralysie que les membres inférieurs, qui

alors cessent aussi de se mouvoir. Cependant comme

la vessie est très-puissamment aidée dans ses fonc

tions par les muscles abdominaux, par le releveur de

l 'anus, et par d'autres muscles volontaires qui l 'en

to u re n t , l ' im m obil i té de ces muscles entre pour beau

coup dans le défaut d'évacuation des urines. Ce qui

m e le fait pen ser, c 'est q u e ,  i ° . l ' i r r ita t ion de

 la

 moelle

vers sa partie inférieure qui met en mouvement tous

les muscles volontaires des membres inférieurs  et du

bass in ,

  ne produit aucun effet sur cette partie.

 Je

 m e

suis assuré de ce fait plusieurs fois sur des cochons*,

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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 6 l

d' inde et sur des chiens. 2°. En irr i tant les nerfs ve

na nt d es tro u s sacrés et allant à la vessie, nerfs q ue so u

ven t il est très-difficile  de tro uv er, à cause du sang, da ns

un an imal r écemment  t u é ,  j 'ai vu ce muscle rester

im m obile . A u co nt ra i re , tous ces ner fs ayant é té cou

p é s ,

  l ' injection d'un fluide un peu irritant le fait con

tracter avec force. 3°. Dans les expériences sur les

a n i m a u x

 v iv an s ,

 com m e dan s les opérations chirurgi

cales ,

  la violence des douleurs qui met quelquefois

tous les muscles de la vie animale dans des contrac

t ions

  spasmodiques

  , dé term ine fréquem m ent le je t

involontaire des urines. Or dans ce cas ce n'est

  point

la vessie qui est agitée de co nv uls ion s:

 car

 si c 'est d an s

une expér ience que ce phénomène a

  l i e u ,

  ouvrez les

parois abdominales; à l ' instant le je t de l 'ur ine

  s'ar

r ê t e ,

  parce qu e d 'u n côté les m uscles de ces parois n e

pe uv en t agir su r les intestin s  et'Jes  presser contre la

v es s i e ,  et que d'un autre côté le  releveur  de l 'anus

qui se contracte et relève cet organe, n'a aucun point

résistant  contrqjequel  il puisse le co m prim er en h au t.

R em ar qu ez en effet que d ans les je ts un peu viole ns,

la vessie est placée entre deux efforts opposés, l 'un

supérieur, ce sont les viscères gastriques pressés par

le d iaphragm e e t par les muscles abd om in au x, l ' autre

inférieur,

  c 'est spécialement le releveur de l 'anus qui

agit en se con tracta nt de bas en

 haut,

  tandis que l'ef

fort opposé agit de haut en bas : or ces deux efforts

sont manifestement sous l ' influence cérébrale. J 'ai eu

u n e infinité d e fois occasion d'ob serv er la vessie pleine

d 'ur ine sur un animal v ivant  dont  le ventre étoit

ouve r t ; j ama i s

  je

  ne l 'ai vue se contracter assez vio

lemment

  pour expulser ce fluide.

  -

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3 6 2

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

Je ne disc on vien s pas qu e pa r les nerfs qu'elle reçoit

des p lexus sacré s, la vessie ne so it, jusq u'à u n  certain

poin t , musc le vo lon ta i re ;

  mais

  je dis que c'est prin

cipalement par les forces accessoires aux siennes et

nécessaires à ses fonctions, qu'elle est soumise à la

volonté; que la contracti l i té animale est pour beau

coup plus dans ses fonctions que la contractilité orga

nique sensible . Comment donc les ur ines sont-el les

retenues dans cet organe, où expulsées de sa cavité

à volonté ? Le voici : quand les urines tombent dans

la vessie, qu'elles y sont d epu is peu de tem ps d 'une

p a r t , e t de l 'autre par t en peti te q u a n ti té , a lors elles

ne sont pas un irritant assez actif pour déterminer

l 'exercice de la contractili té organique sensible. L'ef

fort que fait la vessie est si peu

  cons idé rab le ,

  qu'il ne

peut surmonter la résistance de l 'urètre qui , resserré

sur lui-même par la contractili té de tissu, doit être

dila té par l ' impulsion communiquée aux urines. Pour

rendre ce fluide, il faut donc ajouter à la contraction

delà

  vessie celle des m uscles volontaires env ironn ans;

or le moindre effort de ces muscles suffit pour vaincre

la résistance de l 'urètre. Mais si l 'urine est en grande

quant i té

 dans

 la ve ssie , e t que d 'u n autre

 côté elle

 y ait

acquis, par un séjour prolongé, celte couleur foncée

qui indique la concentrat ion de ses pr incipes, a lors

l ' irr itation qu'elle détermine sur l 'organe y met forte

ment en jeu la contractili té organique sensible; la

vessie se co nt ra cte , e t m algré

 l'animal,  il

 y a évacua

t ion d 'ur ine .

Dans le rec tum, où les excrémens n 'ont point

  un

long canal , mais une simple ouverture à traverser ,

celle-ci est ga rn ie

 d'un

 sphinc ter qui m anq ue à l 'urètre.

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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 6 3

Ce sphincter, habituellement resserré, doit être dilaté

par l ' impuls ion communiquée aux excrémens . Tan t

qu'ils sont depuis peu et en petite quantité dans le

rectum, la contractili té organique sensible n'y est

point assez efficacement mise en jeu pour les expul

ser; il faut Faction des muscles volontaires voisins.

Si cette action n'est pas déterminée par l ' influx du

cerveau , les excrémens restent dans l ' instestin : voilà

comment , pendant un cer ta in temps, nous les re te

nons à volonté . Mais qu ' i ls augmentent en quanti té ;

que par leur séjour ils

 deviennent,

  plus âcrès  , et par

conséquent plus irritans, alors la contractili té orga

nique sensible , for tement mise en

  j e u ,

  vide involon

tairement l ' intest in.

 Si

 le sphin cter, qu i est v olo nta ire,

es t para lysé ,

  il

 y aura inc on tine nc e, parce que nulle

résistance n 'est opposée à la tendan ce du rectum à se

contracter , tendance qui , quoique foible tant qu ' i l

est peu rempli, est toujours réelle cependant.

D'après tout ce que nous avons dit , on voit mani

festem ent qu e la vessie et le

 r e c tu m ,

  quoique recevant

des nerfs cérébraux, sont cependant moins influencés

pa r l ece rveau

  qu'il

 ne le pa roî tau prem ier

 coup

 d œ il ,

et qu'il y a certainement une très-grande différence

enlr'eux  et les muscles volontaires. Ils ne sont pas

mixtes, comme on le di t ; i ls se rapprochent inf ini

ment plus des muscles organiques que des autres :

je doute même que si aucune puissance accessoire

n'agissoit avec eux et ne les comprimoit, l 'ame  pût,

par les nerfs  qui y vie nn en t des plexu s sac rés, les faire

contracter à volonté. Je n'ai jamais vu un animal

rendre ses excrémens, le ventre

  étant,

  ouvert .

Concluons de tout ce que nous avons dit jusqu' ic i ,

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3 6 4

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

que les nerfs cérébraux qui se portent aux muscles

organ iques ont sur eux u ne influence qui ne ressemble

aucunement à celle des nerfs cérébraux allant aux

muscles de la vie animale. J ' ignore du reste la nature

de cette influence.

Tous les muscles organiques reçoivent des nerfs

des ganglions, soit les précédens qui sont pénétrés

aussi par les cérébraux, soit les intestins grêles, le

cœcum, le colon, e tc . , qui sont exclusivement par

couru s par eu x. O r , en co up an t , en l ia nt , en ir ri tant

d 'une manière quelconque ces nerfs , en agaçant les

ganglions dont ils  partent,  en les détruisant, en les

brû lan t

 avec

 un acide ou un alcali c o nc en tré , le m us

cle reste dans son état naturel : i l n 'est ni précipité,

ni ralenti dans ses contractions.

Je ne me suis pas contenté des agens ordinaires

pour bien m'assurer du défaut d'action actuelle des

nerfs sur les muscles organiques ; fait que tous

  les

bo ns physiologistes o nt toujou rs ad m is , m algré les opi

nions hasardées de quelques médecins qui adaptent

le mot vague d' influence nerveuse à des organes qui

n 'en sont nullement susceptibles.

J 'ai donc employé le galvanisme , et je me suis

convaincu que ce moyen de mettre en jeu les con

tractions musculaires est très-peu efficace, presque

nul dans la vie organique, tandis qu'il est le plus

puissant de tous dans la vie animale. Je ne rapporte

pas ici mes expériences sur cet objet; on les lira dans

mes Recherches sur la Mort .

On peut conclure de tout ce qui précède , que

 l'in

fluence cérébrale et nerveuse sur les muscles orga

niques ne nous est nullement connue; qu 'e l le n 'agit

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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 6 5

point comme sur les muscles volontaires.

 Elle

  est ce

pendant réelle jusqu'à un certain

 point,

  puisqu 'il faut

bien que les nerfs qui entrent dans la composition

de ces m us cle s, servent à quelques usag es; mais nous

ignorons ces usages.

Propriétés organiques.

La sensibilité organique est très-caractérisée dans

les muscles q ui nou s occu pen t. A van t

  qne

  la con

tractili té org aniq ue sensible s'y d év elo pp e, il faut qu e

celle-ci y soit m ise  e n j e u .  Mais comme ces deux pro

priétés ne se sépa rent p o in t, co m m e elles se succèd ent

toujours dans leur exercice, ce que nous allons dire

de la contractili té organique sensible se rapportera

aussi à la sensibilité de même nature.

La contracti l i té organique insensible , ou la toni

cité , existe dans le système musculaire , au degré

nécessaire à sa nutrition; mais elle n'y offre rien de

part iculier .

C'est la contractilité organique sensible qui est la

propr ié té dominante  dans  ce système , dont toutes

les fonctions reposent presque sur cette contractili té,

comme toutes les fonctions du système musculaire

précédent dérivent pour ainsi dire de la contractili té

anim ale. N ou s allons don c exam iner plus en détail

cette propriété essentielle, sur laquelle la physiologie

doit tant à l ' illustre

  Haller.

  On peut la considérer

sous t ro is rappor ts ,  i ° . d ans les excitans , 2° .

 dans

 les

o rg an es , 3

 °. da ns F action des prem iers sur les seconds.

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3 6 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

Delà  Contractilité organique

  sensible

y

  considérée

sous le rapport des Excitans.

L e s exc i t ans son t na tu re l s ou a r ti f ic i e ls . L ' ac t ion

d e s  premiers  es t con t inue l le pendan t la v ie : su r eux

rou len t en pa r t i e le s ph én om èn es o rg an iq ues ; ils

m e t t e n t en j eu l es m u sc le s , qu i s ans eu x se ra i en t

im m ob i l e s ; ils son t po u r a in s i  dire  à ces organes

ce qu e l es ba l a nc ie r s son t à no s m a c h in e s ; ils

d o n n e n t l ' i m p u l s i o n . L e s s e c o n d s n e p e u v e n t g u è r e s

a v o i r d 'e f fe t q u ' a p r è s l a m o r t , o u d a n s n o s e x p é

r i e n c e s .

Excitans naturels.

Ces exc i t ans son t l e s ang

  po-ir

  le cœur , l ' u r ine

p o u r l a

  ve«sie

  ,

  les alimens

  e t l e s excrémens pour les

o r g a n e s g a s t r i q u e s . T o u t m u s c l e o r g a n i q u e a u n co rp s

q u i ,

  h a b i t u e l l e m e n t e n c o n t a c t a v e c

  l u i ,

  en t r e t i en t

s es m o u v e m e n s , c o m m e t o u t m u s c l e a n i m a l , ha bi

tuellement,  e n r a p p o r t a v ec le c e r v e a u , e m p r u n t e d e

lui sa  m o t - I U ,  L e s e x c i t a n s n a t u r e l s e n t r e t i e n n e n t

l e u r s o r g a n e s  respectifs  a u m ê m e d e g r é d e  motilité

t an t qu ' i l s r e s t en t l e s mêmes . T ou te s choses éga le s du

cô té de s or ga ne s , le po ul s ne var ie-

  point ,

  les pé

r i o d e s d i g e s ti v e s d u r e n t le m ê m e t e m p s , le s i n te r

v a l l e s d e l ' e x c r é t i o n d e l ' u r i n e s o n t u n i f o r m e s , t a n t

q u e le s a n g , le c h y le o u l ' u r i n e , n e p r é s e n t e n t p o in t

d e d i f f é r e n c e s . M a i s c o m m e c e s s u b s t a n c e s é p r o u v e n t

u n e in f in i t é d e va r i é t é s , l es o rg an es con se rva n t le

m ê m e m o d e d e s e n s i b i l i t é o r g a n i q u e ,  éprouvent  c e

p e n d a n t d e

  fréquens changement

  d a n s l e u r s m o u v e

m e n s .

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D E

  L A

  V I E

  O R G A N I Q U E .

  o6j

A l ' instant où le chyle pénètre dans le sang , p e n

dant la digestion, le pouls change , parce que le cœur

est différemment ir r i té . On observe le même phéno

mène , mais avec des différences,  ï ° . dan s les r é

so rpti on s où le pu s passe da ns la m asse d u sam* ;

2 ° .  dans l ' injection de différens fluides , dans les

veines , injections si fréquemment répétées dans le

siècle passé, à l 'époque des expériences sur la trans

fusion, et que j 'ai eu occasion de faire aussi par

d 'au tres vues que j ' ind iqu erai ; 3° . dans les m aladies

inflam m atoires où le sang pr en d u n caractère pa rti

culier encore peu connu , et qui donne lieu à la for

mat ion de la couenne pleuré t ique;

  4°-

  dans diverses

autres affections, où la nature de ce fluide est singu

lièrement altérée ; 5°. dans le passage du sang rouge

d an s le système à sang noir . J 'a i rem arqu é qu'en adap

tan t , sur u n chien un peu gr os , u n tub e recourb é à la

carotide

 d'un

  c ô t é , et à la jugulaire du côté op po sé , de

m an ière à ce que l 'une pousse d u sang dans l 'a u tr e ,

le passage du sang rouge dans les veines n'est point

mortel comme celui du sang noir dans les artères ;

mais

  il

  y a presque constamment dans les premiers

instans un e accélération des m ouv em ens du cœ ur.

On a sans doute exagéré l ' influence de la dégéné

rescence des fluides dans

  les

  m aladies : on a placé

dans cette port ion de l 'économie, une source trop

fréquente des

  dérangemens

  morbifiques. Mais on ne

sauroit nier que, suivant les altérations diverses que

ces fluides présentent, ils ne soient susceptibles d'ex

citer différemment les solides qui les con tiennen t. O n

sait que dans le même individu, e t avec la même

masse d 'a l im en s, la digestion varie d 'u n jour à l 'autre

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3 6 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

d a n s l a d u r é e d e  ses  pé r iodes ; que t e l s a l imens l a p ro

l o n g e n t , t el s a u t r e s l ' a c c é l è r e t ; q u e ce r ta i . s  res ten t

t r è s - l o n g - t e m p s s u r l ' e s t o m a c ,  comme onle  d i t ,  et que

d ' a u t r e s n e f o n t p o u r a i n s i

 d i requ

  y pas se r . Or , dans

tou s ces c a s , l ' o rga ne r e s t e l e m ê m e , l e flu ide seu l

va r i e . Su ivan t que l e r e in s épa re des u r ine s p lu s ou

m o i n s

  acres

  , p lu s ou m o i ns i r r i t an te s pa r consé

q u e n t la vess ie les re tient p lus ou m o in s long - tem ps .

T e l l e s s o n t s o u v e n t l e u r s q u a l i t é s s t i m u l a n t e s , q u ' à

l ' i n s t a n t où e ll es t o m be n t da ns ce t o rg a n e , il se sou

l è v e e t l e s r e j e tt e i n v o l o n t a i r e m e n t .

  Parlerai-je

  des

effets de

  Fémélique

  e t des

  évacuans

  par le tube in

tes t ina l , don t les e f fe t s son t s i va r iab les? On sa i t que

c e s m o t s d r a s t i q u e s , p u r g a t i f s , m i n o r a t i f s , l a x a t i f s ,

e t c . ,

  i n d i q u e n t d e s

  degrés

  d ive r s de s qua l i t é s s t imu

l a n t e s q u e p r é s e n t e n t c e r t a i n e s s u b s t a n c e s i n t r o d u i t e s

d a n s l e s v o i e s a l i m e n t a i r e s , d e g r é s q u i d o i v e n t ê t r e

co ns id ér és ab s t r ac t io n fa i te de ce u x de la sens ib i l it é

des o rganes : ce l le -c i en e f fe t peu t ê t re te l le , qu 'un

l a x a t if p r o d u i s e d e s e ff ets p l u s g r a n d s q u ' u n d r a s t i q u e .

N o n - s e u l e m e n t l a q u a l i t é , m a i s e n c o r e l a q u a n

t i t é de s f lu ides con tenus dans l e s musc le s o rgan iques ,

in f luen t su r l a con t r ac t i l i t é de ceux -c i .  i ° .  Le mo t de

p l é t h o r e e s t c e r t a i n e m e n t t r o p v a g u e m e n t e m p l o y é

en m éd ec in e ; m a i s on ne sau ro i t d o u t e r que l 'é t at

qu ' i l expr ime n ' a i t l i eu que lquefo is : o r , a lo rs p lus de

sang abo rdan t au cœur , c e lu i - c i a ccé lè re s e s con

t rac t ions . 2° . J ' a i eu occas ion de fa i re p lus ieurs fo is

la t r a n s f u s i o n s u r l es c h i e n s , s o it p o u r e l l e - m ê m e ,

so i t pour des recherches re la t ives à la resp i ra t ion e t à

la c i r c u l a t i o n . O r , j ' a i t o u j o u r s o b s e r v é q u ' e n n ' o u

v r a n t p o i n t u n e v e i n e , p o u r v i d e r d u s a n g à m e s u r e ,

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D E  L A V I E

  O R G A N I Q U E .

  369

qu e sa jugu laire ex terne en reçoit (c a r c 'est toujours

celle-ci que je choisis pour l 'expérience), en détermi

nant ainsi par conséquent une pléthore artif icielle,

j 'ai

  , dis- je , toujours observé que le mouvement du

cœ ur étoit accéléré. J 'ai m êm e

 v u ,

 dan s un c hie n, l 'œil

devenir a rdent e t com m e enf lam m é; dans les au tre s ,

ce phénomène nes'est  point fait remarquer. 3 ° . On sait

que dans la course, où tous les muscles en contrac

tion expriment de tous côtés le sang veineux contenu

dans leur tissu , celui-ci qui aborde au cœur en abon

da nce , le fait pa lpite r avec force.

  4°« H

 est ho rs de

do ute que la qua nt i té d 'ur in e et d 'ex cré m en s, autant

et plus que leur qualité, est pour la vessie et le rec

tum , une cause de contraction involontaire . 5°. On

connoî t

  les

  effets funestes de l'émétique,  des purga

tifs donnés à trop fortes doses. 6°. Un verre d'eau

tiède ne prov oqu e souvent pas le vom issement qu 'u n e

pinte détermine avec énergie , etc. etc.

Excitans artificiels.

Les excitans artificiels sont en général tous les

corps de la nature. Telle est en effet l 'essence de la

contracti l ité organique , que par là m êm e q u 'un

muscle est en contact avec un corps dont il n'a pas

l 'habitude, il se contracte à l ' instant. Si les muscles

ne sont pas irrités par les organes qui les

  entourent,

et avec lesquels ils sont en

  rapport,

  c'est que l 'habi

tude a émoussé le sentiment qui naît de ce rapport .

Mais que ces organes changent de modifications ,

qu'extraits du corps de l 'animal, ils se refroidissent ,

et soient en suite appliqués sur les m uscles organiqu es

m is à n u , ils les feront  contracter.

11 .

  24

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3 7 0 S Y S T E M E M U S C U L A I R E

L e calorique , par son absence qu i con stitue le

froid, comme par sa présence d 'où naît le chaud,

peut également exciter les muscles et , en général ,

tous les organes. A l ' instant où on ouvre la poitrine

et le pér icarde d 'un animal vivant , le cœur s 'agite

avec une force subitement accrue : c 'est que Fair agit

su r  l u i ,  et qu'il passe de la

  température

  d u corps à

une autre qui est différente.

  Tous

  les fluides

  aérifor

m e s ,  la lumière, tous les liquides, etc. , sont excitans

des muscles. Si nous voyons le cœur vide de sang,

l 'estomac et les intestins privés des substances qui les

pénè t r en t

  ordinairement,

  se contracter avec plus ou

moins de force lorsqu'ils ont été extraits du corps,

c 'est qu e le mil ieu en vi ro nn an t, et  les substances dont

il est chargé , concourent à produire cet effet : ils

sont alors les excitans de ces organes.

E n  g é n é r a l ,  les excitans artificiels agissent de

 dif

férentes manières ,  ï ° . parleur  simple con tact; 2° . en

déchirant ou en coupant mécaniquement les f ibres;

3 ° .

  en tendant à se combiner avec elles.

 4°« H en

 est

d o nt on ignore co m plètem ent le m od e d 'act ion :

te l le est , par exemple, l 'é lectr ic i té .

Lorsque les excitans n'agissent que par le simple

contact,

  les fluides

  sont,

  toutes choses égales, plus

efficaces qu e les so li d es , pa rce qu 'ils stimulent

par un plus grand nombre de points ; qu'ils agacent

non-seulement les surfaces de l 'organe, mais pénè

trent encore l ' interstice des fibres. Les solides

produisent un effet proport ionné à l 'é tendue de

leur e x cit a t i o n, à la pression plus ou  mpins  m a r

quée qu ' i l s exercent , à leur densi té , à leur mol

lesse, etc. Ce sont presque toujours des substances

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D E

  L A V I E O R G A N I Q U E .

  3 T I

fluides que la nature emploie pour excitans dans

l 'é ta t ordinaire .

Le déchirement est un mode d 'excita t ion plus

actif que le contact . Le cœur, les intest ins, iner tes

souvent lorsqu'ils sont touchés seulement par le scal

pel , se contractent avec force lorsque la pointe de

celui-ci les excite. La section produit un effet moins

sensible que le déchirement. Coupées transversale

ment , les fibres oscillent et frémissent seulement par

la contractili té organique sensible, pendant que par la

contractili té de tissu elles éprouvent une rétraction

manifeste .

L 'ex cita tio n chim ique est , dans le plus  grand

nombre de cas , la plus avantageuse ; mais ici il faut

bien dist inguer ce qui appart ient au

  racornissement,

de cequ i

 est

 F effet de

 l'irritabilité

 m ise en jeu.

 ï

 ° . Plon

gez une grenouille écorchée et vivante, dans un acide

très-concentré : à l ' instant tout est presque désorga

n i s é ;

  le réactif agit si fort , qu'on ne peut distinguer

ni racorn issem ent, ni contracti l ité .

 2

0

.

  Affoiblissez un

peu

  l 'acide et plongez-y une autre grenouille , par

ses m em b re s inférieurs seulem ent : à l ' instan t ils se

raidissent pa r la co ntra ctio n des ex ten seu rs , qu i

l 'emportent sur les fléchisseurs ; car , dans cette ex

périen ce , c 'est u n phé no m ène presqu e constant :

re t irez l 'animal ;  ses  cuisses resten t im m obiles ; la

vie y a été éteinte ; la contraction qui est survenue

est un  racornissement,  et non un phénomène vita l .

Plong ée dans la m êm e  liqueur,  une grenouille morte

épro uve le m êm e ph éno m ène . 3° . Affoiblissez encore

l'acide  ; à l ' insta nt qu e l 'an im al y est plongé ses

membres se contractent ; mais aux contractions suc-

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ZjCL

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

cède le relâchem ent ; il y a des m ou ve m en s al ter

natifs : c 'est l ' irr itabilité qui commence à être mise

en jeu. Cependant si l 'acide n 'est pas  très-affoibli ,

quelques marques de racornissement res tent encore ,

et F anim al conserve u ne gêne dan s les m ou vem ens des

membres infér ieurs , résul ta t évident du premier de

gré de ce racornisse m ent.  4°« Enfin si l'acide est très-

affoibli , il devient un simple irritant qui met en jeu

la contractilité organique sensible , sans altérer le

tissu des fibres; l 'animal sorti du fluide, conserve

la même force de mouvement .

Ces expériences qu'il seroit facile de multiplier sur

les animaux à sang  chaud,  mais que je n'ai point

tentées sur eux , montrent évidemment ce qui appar

tient au  racornissement,  d'avec ce qui est l'effet de

la contraction vita le . C ep en da nt il n ' y a pas une

limite rigoureuse entr 'eux , et i l est un degré d'af-

foiblissemen t de l 'acide , où ces de u x  causes  de

mouvemens se confondent .

I l est un m ode d 'excita t ion auqu el les auteurs n 'ont

point fait attention ; on peut l 'appeler  négatif:  c'est

celui dont je parlois tout à l 'heure au sujet du calori

qu e , do nt la priva tion est un excitan t sou ven t

 très-vif.

Dans les diverses expériences que j 'ai eu occasion

de faire , cela m'a sou ven t frapp é. A pp lique z un

ex citan t su r u n m uscle , il se con tracte ; m ais au

bou t d ' un

  certain,

  temps le mouvement cesse , quoi

que le contact continue : enlevez

  l'excitant,

  souvent

le mouvement revient à l ' ins tant . En généra l , r ien

de plus com m un da ns le cœ u r , les in te s t i n s , e t c . , que

les contractions cessant sous l 'action continuée d'un

excitant,

  e t r evenant momentanément pa r son ab-

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D E L A V I F .

  O R G A N I Q U E .

  3j5

sence. J 'avoue que ce phénomène n 'est pas aussi

in v ar ia b le , aussi constant que celui de la contraction

dé te rminée pa r

  l'application

  du st imulus qui suc

cède à l 'état de non-excitation ; mais cela arrive très-

souvent. On diroit que la sensibilité organique est,

dans ces cas , comme l 'animale ; que tout é ta t nou

veau pour elle l'affecte , que cet état soit positif ou

négatif.  L e passage de la non -excitation à l 'excitation

est p lus vif; m ais le passage inverse n'e st pas m oin s

ressenti lorsqu'il est brusque. Au

 r e s t e ,

  cette m anière

d'envisager la contractilité organique sensible en

exercice , mérite des expériences ultérieures.

De la Contractilité organique

  sensible,

  consi

dérée par rapport aux organes.

Considérée dans l 'organe où el le a son

  s i èg e ,

  la

contracti l i té organique sensible présente de nom

breuses variétés qui sont re lat ives,

  i ° .

  à la diversité

de t iss u , 2 ° . à l ' âge , 3° . au s ex e ,

  4°«

  a u

  t e m p é r a

men t , e t c .

Première

  Variété.

  D iversité de tissu musculaire.

La contractili té animale est

  par- tout

  la même

dans les muscles volontaires, parce que leur organi

sat ion est uniforme. Toutes choses égales du côté

du nombre et de la longueur des f ibres, les phéno

mènes de contraction sont exactement les mêmes

par- tout :  i c i ,  au contraire, les variétés de tissu  en

déterminent inévi tablement dans les propr ié tés v i

tales.

Chaque muscle involontaire est d 'abord spéciale

ment en rapport avec le fluide qui lui sert ordinai-

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Oj4  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

rement d 'excitant . Le sang seul peut

  régulièrement

entre ten ir les m ou vem ens du c œ ur . Qu e ce fluide soit

altéi

 é d 'un e m anière qu elco nq ue , les contrac t ions de

viennent ir régulières. Toutes substances étrangères

poussées dans les veines, produisent ce phénomène.

L'ur ine qui entret ient avec harmonie les mouvemens

de la vessie, troubleroit ceux du cœur, si elle cir-

culoit dans

  ses

  cavités. Le sang, plus doux en appa

rence que l 'ur ine, peut agiter convulsivement la

ve ssi e, lorsqu 'il vient à y tom be r. J 'ai soigné avec

Desault un malade affecté depuis long-temps de ré

tention d 'ur ine, e t qu ' i l avoit ta i l lé pour une très-

grosse pierre. A la suite de l 'opération, les urines

stagnoient dans la vessie, tant qu'elles étoient seules;

mais dès qu 'un peu de sang pénétroit dans cet or

g an e ,

  il se contractoit inv olo nta i rem en t ,

  et

 les urines

sanguinolentes étoient évacuées. Les excrémens qui

sé journent pen dan t un cer ta in tem ps dans le re ctu m ,

sans le faire contracter,

  feroient

  à l'instant soulever

F

 es tom ac, e tc . T o u s ces phéno m ènes se rall ient

aussi aux variétés de sensibilité des  membranes  m u

queuses , variétés sur lesquelles nous reviendrons.

Us  prouvent manifestement que chaque muscle a un

degré de contractili té organique qui lui est propre,

et que tel ou tel fluide de l 'économie peut exclusive

ment,  dans l 'é ta t naturel , mettre en exercice d 'une

manière régulière .

Les fluides étrangers offrent le même résultat :

l'émétique

  qui fait contracter l 'estomac , est impu

n ém en t poussé da ns la vessie pa r les injections : les

purgatifs ne font point vomir , e tc . Ce rapport

  des

fluides étrangers avec la contractilité organique sen-

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D E L A V I E

  O R G A N I Q U E .  375

sible

  a l ie u , soi t q u e , com me dans le cas précé de nt ,

ces fluides soient appliqu és sur les surfaces m uq ue us es

correspondantes aux muscles, soit qu 'e l les parvien

nent à ces muscles par la c irculat ion, comme l 'ont

prouvé les expériences faites dans le siècle passé sur

les infusions médicamenteuses

  <|ans

 les veine s, ex pé

riences dont Haller a recueilli un grand nombre de

résultats. On a vu dans ces expériences la circula

tion présenter à tous les organes tantôt  l'émétique,

et l 'estom ac seul se con tracter , tan tôt les pu rgatifs, et

les inte stin s seuls en tre r en a cti on , etc. Prises pa r voie

d'absorption cutanée,les substances

 m édicamenteuses

do nn en t l ieu au m êm e ph éno m ène. Appliqués en fric

t ions , les pu rga tifs , les ém étiq ue s, e tc . , font contrac

te r , non tou s les muscles org aniq ues , quoique la c ir

culation les présente à tous, mais ceux avec lesquels

leur sensibilité est en rapport.

Dans les affections diverses dont ils sont le

  siège,

on voit les muscles organiques avoir aussi chacun un

mode d ' ir r i ta t ion part iculier répondre à un excitant ,

e t rester sourd, pour ainsi dire , à la voix des au

t r e s ,  etc.

Deuxième Variété. Age.

L'âge modifie singulièrement la contractili té orga

ni qu e sensible. D an s l 'enfance elle est très-prono ncée;

les muscles répondent avec une extrême facilité aux

excitans; la vessie garde difficilement l 'urine; les

enfans la rendent dans le sommeil involontairement;

le cœur se contracte avec une rapidité dont le pouls

nous donne la mesure ;  tous les phénomènes digestifs

sont plus prompts; de là moins d ' intervalle dans le

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3 j 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

retour de la faim. C'est un phénomène analogue à

celui des muscles volontaires, où la rapidité  des  m o u

vemens se trouve, dans le premier âge, a l l iée avec

leur peu de force.

Au-delà de l 'enfance, la susceptibilité des muscles

pour répondre à leurfrexcitans, va toujours en dimi

n ua n t : aussi tous les gran ds phé no m ène s d e la vie or

ganique vont-ils toujours en se ralentissant. Le nom

bre des pulsat ions,

 la

 du rée d e la

 d iges t ion ,

 le séjour des

ur in es ,e t c . , son t le the rm om ètre

 de ce

 ralentissemen t.

Dans le vieillard tout

  s'affoiblit;

  l 'action des mus

cles organiques diminue peu à peu. Ceux de la vessie

et du rectum sont les plus exposés à perdre leur fa

culté contracti le : de là les rétentions d 'ur ine, ma

ladie qui est l 'apanage si fréquent de la vieillesse;

de là encore les ama*s de matières fécales au-dessus

de l ' anus , maladie presque auss i commune que  l'a

première à cet âge de la vie, quoique les praticiens

aient fixé sur elle mo ins d'a tte n tio n . L es gens riches et

accoutumés au luxe de la table, y sont surtout sujets.

J 'en ai vu beaucoup, e t même autant que de réten

t ions d 'ur ine, dans la dernière année de la prat ique

de-Desault.

 Le s intestin s et l 'estom ac languissent plus

tard dans leurs fonctions. C'est le cœur qui résiste

le plus : il est  Y

 ultimum moriens

, co m m e il a été le

premier en exercice; la durée de ses

  battemens

 m e

sure exactement la durée de la vie organique.

Troisième Variété. Tempérament.

L e

  tempérament

  modif ie d 'une manière remar

quable la contractili té organique. On sait que chez

les

  uns les pulsat ions sont plus fréquentes, les  plié-

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  377

nomènes

  digestifs urinaires plus rapides; que chez

d'autfes

  tout est marqué par plus de lenteur dans la

vie%rganique  : or ces variétés ont évidemment leur

source primitive dans les variétés de contractili té du

cœur , de l ' es tomac, des in tes t ins , e tc . , lesquel les

ont sous ce rapport une grande influence dans la dif

férence des te m pé ram en s. A cet égard il y a d eu x

observations essentielles à faire :

i ° .  Les variétés de force des muscles organiques

ne coïncident pas toujours avec celles des muscles de

la vie anim ale. A insi voit-on tel individ u rem arqu able

par des formes extér ieures peu m arq ué es , par une foi-

blesse éviden te dan s les mu scles des m em b re s, tandis

que l 'act ivi té de la digest ion, des évacuations ur i

naires, e tc . , annonce la plus grande énergie dans

la contractili té organique sensible. Je remarque à cet

égard que le cœur est plus fréquemment en rapport

de force avec les muscles extér ieurs, que l 'estomac,

les intestins et la vessie. Un pouls

  p l e i n ,

  bien déve

loppé, coïncide ordinairement avec la consti tut ion

athlétique , tandis que souvent cette constitution

est réunie sur le même sujet à un système gastrique

foible,  et que surtout la force de ce système gastrique

est  souvent alliée à la foiblesse extérieure. Ce fait,

que les d ivers tempéramens nous démontrent dans

l 'homme , est évident dans la série des animaux.

C e u x  q u i ,  comme les carnivores, ont un système

musculaire animal très-énergique, ont les parois des

cavités gastr iques comme membraneuses. Ces parois

se fortifient dans les classes herbivores : elles devien

ne nt très-prononcées d ans les gallinacées. E n gé né ral ,

la mastication à laquelle préside toujours la conlracti-

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3 7 8 S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

lité  animale , es t dans les animaux en ra isoninverse

de la force de tr ituration de l 'estomac, qui est pré

sidée par la contractili té organique sensible.

  •

2

0

.

  Les variétés de cette propriété , re lat ives aux

tempéramens , p résen ten t un au t re phénomène pres

que toujours étranger au système musculaire animal.

En effet, dans celui-ci ces variétés sont toujours gé

nérale s ; no us p ou vo ns bie n par l 'exerc ice fortifier

telle ou telle région musculaire, mais les différences

de forces qui sont naturel les, portent toujours sur

tout le système. Les bras et les jambes, la poitrine

et le bas-ventre, sont uniformément contractiles dans

les différentes divisions des muscles qui leur appar

t iennent. Au contraire , i l est rare de voir cet te uni

formité dans les muscles involontaires. Presque tou

jours l 'un prédomine sur les autres :  tantôt  c'est le

c œ u r ,

  tantôt 1

  est om ac , quelquefois la vessie. Souvent

m êm e les viscères gastriques ne sont pas tou s au mêm e

niveau de force. L'estomac languit que les intestins

conservent leur act ion ordinaire; réciproquernent les

intestins trop contractiles expulsent tout de suite les

matières fécales, e t déterminent la diarrhée, quoique

l'estomac fasse bien ses fonctions. Cette différence

essentielle entre les deux systèmes musculaires tient

à ce que la contractili té de l 'un dépend d'un centre

commun, du cerveau; que celle de l 'autre au con

traire a son principe isolé dans chaque organe  où

elle existe.

Quatrième Variété. Sexe.

Les femmes se rapprochent en général des enfans

par  les phénomènes de contractili té organique sen-

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D E L A V I E

  O R G A N I Q U E .  379

sible.

  La foiblesse des mouvemens coïncide avec leur

plus grande rapidité chez ce

  s e x e ,

  dont tous les mus

cles intérieurs

 sont,

 com m e les extér ieu rs, plus grêles

et à formes m oins pronon cées que chez l 'hom m e. O n

diroit qu e la force con tractile d e la m atrice a été pr ise ,

chez

  l u i ,

  aux dépens des forces de tous les autres

organes. Dans les expériences, les femelles donnent

des résulta ts bien moins marqués, e t toujours bien

moins durables que les mâles. Le cœur, l 'estomac,

les inte stin s, et c. , cessent plus vite leurs m ouvem ens ;

ces mouvemens sont moindres; i l faut pour les dé

terminer de plus forts excitans, etc.

Cinquième Variété. Saison et Climat.

Dans l 'hiver et dans les climats froids, où l 'organe

cutané, resserré et comme racorni par l ' impression

de Fair

  environnant,

  est dans une  foible  a c t i o n ,

toutes les fonctions intérieures plus

  ac t ives ,

  néces

sitent plus d'énergie dans les forces qui y président;

touslesphénomènesdigest i f s ,ur ina ires , et circulatoires

même, sont plus marqués. Je ne sache pas qu 'on ai t

fait encore des expériences comparatives sur l ' irrita

bilité, dans les saisons diverses, mais je suis per

suadé qu'elles donneraient des résultats différons.

Contractilité organique sensible, considérée rela

tivement à l action  des stimulans sur les organes.

Nous venons d'envisager isolément l 'excitant et

l 'organe excité; chacun étant isolé, est nul pour la

contractili té organique sensible ; de leur con cours seul

résulte l 'exercice de cette propriété.

  Qu'arnve-t-il

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3 8 0 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

dans ce concours ? Nous l ' ignorons. Vouloir le

  con-

n o i t r e ,

  ce seroit vouloir savoir comment un corps en

att ire un autre , comment un acide se combine avec

u n

  alcal i ,

 etc. D a n s l 'attra cti on , l'affinité et l 'irr itabi

l i té , nous ne pou von s suivre les phé no m ène s que jus

qu'à l 'action des corps les uns sur les autres. Cette

action est le term e de nos rech erches .

Mais ce qui ne doit pas nous échapper ici, c 'est

q u e ,  dans ce t te dernière propr ié té ,  Faction  n'est ja

m ais im m éd iat e. Il y a toujou rs en tre l 'excitant et

l 'organe un intermédiaire qui reçoit l ' i r r i ta t ion; cet

intermédiaire est une membrane f ine et continue à

celle des artères pour le cœur ; c 'est une surface mu

queuse pour les viscères gastriques et pour la vessie.

Cet intermédiaire est plus susceptible de recevoir

l 'excita t ion que le muscle lui-même. J 'a i constam

ment observé qu'en ir r i tant la surface interne du

cœur ,  ses

 contractions sont plus vives qu 'en m ettant

son tissu à déc ou vert à l 'ex térie ur par l 'enlèvement

de son enveloppe séreuse , et en l 'agaçant ensuite.

Il en est de même pour les muscles organiques de

l ' abdomen.

Y

  a-t-il

  entre l ' intermédiaire excité et l 'organe qui

se contracte , quelqu es com m unic ation s nerveuses

qui transmettent l ' impression ? Je ne le crois pas : le

tissu cellulaire suffit. En effet, les surfaces séreuses

n 'on t

  entr'elles

  et les m uscles org aniq ues , que ce

tissu pour

  moyen

  d 'un io n. L eu r vie n 'est nullement

liée à la le u r , puisque so uvent e lles les a ba nd on ne nt ,

comme nous le verrons , et cependant elles peuvent

leur servir à transmettre l 'excitation. Le péricarde et

le pér i toine, i r r i tés dans leur port ion correspondante

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  3 8 l

à l 'organe qu'on veut fa ire mouvoir , y déterminent

un e con tractio n. Ce fait est con nu de tous ceux qui o nt

fait la moindre expérience ; c 'est même presque tou

jours de cette ma nière qu 'on st im ule le c œ u r, l 'e s

to m ac , les in te s t in s , la ves s ie , e tc . E n ne p rom enan t

l'excitant sur la surface séreuse , que très-légèrement

et de manière à ce que le mouvement ne se commu

nique nullement aux fibres charnues , on obtient un

résu ltat. C ep en d an t le simp le con tact ne suffit pas

pour transmettre l ' i r r i ta t ion : par exemple, en la is

sant le feuillet externe du péricarde , appliqué sur

  le

cœur , et en l ' irr itant ensuite , l 'organe reste immo

bile.

  Si on décolle le péritoine de dessus la

  vess ie ,

qu 'on rom pe toutes les adhérences

  cefmleuses

  , qu 'on

le réapplique ensuite , e t qu 'on  l'agace,  la même im-»

mobilité s 'observe.

Quand l ' intermédiaire qui reçoit l 'excitation est

malade , la contractili té est constamment altérée. Le

même excitant détermine des contractions lentes ou

r a p i d e s ,

  suivant que l 'affection exalte ou diminue

la sensibilité de cet intermédiaire. La phlogose légère

de l 'extérieur de la

  vessie

  , dé term ine un e espèce

d'incontinence d'urine ; celle des intestins cause le

dévo iem ent , e tc . , e tc . A u c o n tr ai re , les vieux

catarrhes de vessie , les affections où la  foiblesse  de

la surface muqueuse de cet organe prédomine , sont

des causes fréquentes de rétention , etc.

J 'observe que c 'est une remarquable différence

entre la contractili té organique sensible et l ' insen

s i b l e ,  que l 'existence de cet intermédiaire , lequel

n 'a point l ieu dans cette dernière , où le même sys

tème reçoit l'impression et réagit sur le corps qui la

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3 8 2

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

détermine : par exemple , dans les systèmes glan

duleux, séreux , cutané , e tc . , le f lu ide qui aborde

pour la  sécrétion  ou l 'ex ha lat io n, y pro du it la sen

sation , laquelle est à l'instant suivie de la réaction.

Dans la contractilité sensible , au contraire , un sys

tème perçoit, et l 'autre se meut. Ce mode de motilité

s'éloigne moins de celui de la vie animale , où les

organ es des sens et ceux d u m ou ve m en t totalement

différons, sont

  très-éloignés

  les uns des autres.

Contractilité organique sensible

  ,

  considérée re

lativement à sa permanence après la mort.

C ett e pe rm an en ce est plus dur ab le qu e celle de la

contractili té animale. Déjà en irritant la moelle , les

muscles extér ieurs res tent immobiles , que les in

ternes sont encore en activité. On a cité tant d'exem

ples de cette permanence ; Haller a tellement mul

tiplié , sur ce  point,  les expériences , que je n'ai pas

besoin de rapporter ici des preuves d'un fait dont on

ne d ou te plu s. A cette pe rm an en ce sont dues les

évacuations de matières  fétîales  et d 'urine , qui sur

viennent souvent un instant après la mort; les

 vomis-

s e m e n s ,

  qu'on observe dans quelques sujets , s inon

d'une manière aussi marquée que pendant la vie , au

moins suffisamment pour faire remonter les alimens

jusque dans la bouche du cadavre, qui souvent

s 'en trouve toute rem p lie , com m e je l 'a i f réquemm ent

observé.

Il faut , sous le rapport de cette  pe rmanence ,

comme sous celui de la durée de la contractilité anir

maie

  , distinguer deux espèces de mort ,  i ° .  celles

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D E L A  V I E  O R G A N I Q U E .  3 8 3

qui arr ivent

  subitement,

  2°. cel les qu 'amène une

longue maladie .

Dans toute mor t subi te , dé terminée , soi t par une

lésion violente du cerveau , comme dans l 'apoplexie,

la co m m ot io n , la com press ion ,

  F

 épancheraient, et c. ;

soit par un e affection du cœ ur , com m e dans un e

gran de syn cope , un e plaie , un anévrism e rom pu ;

soit par une cessation d'action des poumons , comme

dans l 'asphyxie par  les'gaz  dé lé tères , par le v ide ,

pa r la submers ion , e tc . , l a pe rmanence de con

tractili té est très-sensible; la mort générale survient

d 'abord; puis les organes meurent par t ie l lement ;

chaq ue force vitale s'éteint ens uite succes sivem ent

pour ainsi dire.

Dans toute espèce de mort lentement produite ,

dans toutes celles surtout qu'une maladie de langueur

a précédées , c 'est la mort partielle de chaque organe,

qui  précède  ; chaque force vitale s'affoiblit et s'éteint

peu à peu , avant que la cessation de leur ensemble,

qui consti tue la mort générale , ne survienne; quand

cette mort arrive , aucune des vies propres à chaque

or ga ne ne re ste , tan dis qu e la plu pa rt de ces vies

durent p lus ou moins  long-temps  après la mort

subite .

O n n e pe ut faire d es expériences sur les cadavres que

l 'on n 'a guère dans les hôpitaux, que quinze heures,

et

  p l u s ,

  après la mort ; mais en faisant périr des

chiens de

  f a i m ,

  laquelle , trop prolongée , dégénère

en une véritable maladie qui dure chez ces animaux

huit,  dix , douze jours même , j 'ai vu la contractilité

entièrement é teinte à l ' instant de la mort . On m'a

amené souvent des chiens affectés de différentes ma-

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3 8 4  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

ladies , surtout il y a trois ans où il y eut une espèce

d 'épidémie sur ces animaux :

  o r ,

  en les ouvrant à

l ' instan t d e la mort ,  en les tua nt m êm e quelqu e temps

avant,

  et en déterminant ainsi une mort subite , bien

différente de celles qui arrivent dans l 'état sain où

toutes les parties sont intactes dans leurs fonctions,

et par conséquent dans leurs forces vitales , j 'ai tou

jours vu une absence constante de contractili té , ou

du moins un affoiblissement  t e l ,

  qu

  elle paroissoit

nulle .

Plu sieu rs physiologistes on t parlé d'u n e convulsion

générale qui survient dans les muscles organiques

à l ' instant de la

 mor t ,

  d 'un soulèvement du

  cœur,

de l 'estomac, des intest ins, e tc . Cet excès d 'act ion

est réel quelquefois dans les morts

 s u b i t e s ,

 dans celles

Surtout q ue nou s dé term ino ns p our nos expériences ;

e l le est t rès-rare dans les morts précédées d 'une

long ue m aladie dan s laquelle le m alad e

 s'éteint,

 pour

ainsi dire ,

  insensiblement,

  et passe , par grada

t ion, de la vie à la mort . C'est un défaut commun

à presque tous les auteurs , d 'avoir trop

 généraliséles

faits observés dans certaines circonstances. Une foule

de fausses conséquences sont résultées de là.

Sympathies.

Aucun organe ne reçoit plus facilement les in

fluences de s au tres , qu e les m usc les orga niqu es : tous

cep end an t n'e n son t pas égalem ent susceptibles. Le

cœur occupe le premier rang sous ce rapport ; vien

nent ensuite , d 'abord l 'estomac , puis les intestins,

et enfin la vessie. C'est dans cet ordre que nous al

lons examiner ces influences.

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D E L A V I E  O R G A N I Q U E .  3 8 5

C'est un phénomène remarquable , que toute es

pèce d'affection un peu forte , née dans l 'économie ,

a l tère tout de suite les m ouv em ens d u cœ ur. La m oin

dre plaie, la douleur souvent la plus légère, suffisent

pour

  y produire des dérangemens ; or cesdérange-

mens

  sont de de u x espèces : tan tô t son action est ar

r ê t é e m o m e n t a n é m e n t ;  delà  les syncopes, mode de

dérangement qui arrive surtout dans les douleurs vio

lentes et subites. L'expression vulgaire ,  le  cœur me

manque,  etc.,  qu'on emploie dans ces sas ,  est detoute

véri té .

 Tantôt ,

  et c'est le cas le plus ordinaire, cette

action est accélérée; de là les mouvemens fébriles si

fréquens dans toutes les affections

  locales ,

  mouve

mens purement sympathiques , e t qui cessent quand

l'affection disparoît. Dans une foule

  d'inflammations

locales, le mal est trop circonscrit pour admettre un

obstacle au cours d u sa ng , obstacle q u i , selon Bo-

he raa ve , force le c œ u r à redo ub ler son action po ur

le surmonter ; d 'a i l leurs , quand i l n 'y

  a.point

  engor

gement, mais seulement douleur dans une part ie , e t

que le mouvement fébri le

 survient,

  c'est bien là un

phénomène sympathique . L 'accroissement d 'ac t ion

du cœ ur peut dép end re sans do ute d 'un e substance

étrangère ,

 q u i ,

  mêlée au sang, l 'altère et le rend plus

irrita nt ; il pe ut tenir à un e affection de la sub s

tance de l 'organe qui la dispose à être plus irritable;

mais cer tainement i l est t rès-souvent sympathique,

et dépend de ce rapport inconnu qui lie les uns aux

autres tous nos

  o r g a n e s ,

  de ce  consensus  qui en

chaîne toutes leurs actions, et les met dans une dé

pendance réc iproque .

J 'en dirai autant de l 'estomac ; quoique sa réaction

I I .  25

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3 8 6 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

s y m p a t h i q u e n e s o it p a s t o u t - à - f a i t a u ss i f r é q u e n t e

q u e c e l l e d u c œ u r , c e p e n d a n t

  elle

  dev ien t t r è s -mar

q u é e d a n s u n e f o u l e d e c i r c o n s t a n c e s . L a p l u p a r t d e s

a f fe c ti o n s l o c a l e s , d e s i n f l a m m a t i o n s s p é c i a l e m e n t ,

s o n t a c c o m p a g n é e s d e v o m i s s e m e n s s y m p a t h i q u e s .

Diverses f ièvres  présentent,  d a n s l e u r début ,  de sem

b l a b l e s v o m i s s e m e n s . C ' e s t d a n s l es h ô p i t a u x s ur

t o u t q u ' o n o b s e r v e f r é q u e m m e n t c e s p h é n o m è n e s .

P l u s i e u r s m é d e c i n s n ' o n t p o i n t c o n s i d é r é c e s v o

m i s s e m e n s c o m m e d e s i m p l es s y m p a t h i e s , m ai s

c o m m e l ' i nd ice d ' u n e a f f ect ion b i l i eu se , f ondés su r

ce qu e l ' on r end p re sq ue tou jou r s a lo r s de l a b i l e . Ma i s

d a n s t o u s le s a n i m a n x q u e j ' a i o u v e r t s , j ' a i p r es q ue

toujours

  v u l ' e s t o m a c v i d e c o n t e n i r u n e

  certaine

  q u a n

t i té de ce f lu ide qu i avo i t re f lué du duodénum : d ' au

t r e s au teu r s on t f a i t au s s i de s emb lab le s obse rva t ions

  ;

en so r t e qu ' i l pa ro î t que dans l ' é t a t de vacu i t é , l ' ex i s

t ence de l a b i l e s tomaca le e s t un phénomène na tu re l .

D'aprèscela  , i l n ' e s t pa s é tonnan t

  que dans

  le débu t

d e s m a l a d i e s . , d a n s l e u r c o u r s m ê m e , l 'e s to m a c

é t a n t

  excité

 sympathiquement,  e t de v en an t par là le

siège  d u v o m i s s e m e n t , o n r e n d e p l u s o u  moinsdece

flu ide. O n le re j e t te ra i t de m ê m e d an s l ' é ta t de san té

s i on p rovo quo i t

  alorsle

  so u l è v e m e n t d e

 1

  e s tom ac pa r

Fémétique  ; c ' e s t même ce qu i a r r ive que lquefo is le

m a t i n q u a n d o n e s t à  jeun  , e t q u e qu e l q ue cause

é t rangère à tou te a f fec t ion du fo ie , comme la vue

d u n o bj et d é g o û t a n t , d é t e r m i n e le v o m i s s e m e n t :

la b i le so r t a lo rs comme tou t ce qu i es t con tenu dans

l ' e s tomac . Je ne d is pas que souven t le fo ie é tan t

sympathiquement

  exc i t é dans l e débu t de s ma lad ie s

  ,

n e f o u r n i s s e p l u s d e b i l e , q u e c e l t e b il e s u r a b o n -

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7/23/2019 S-47751-3 BICHATE Anatomie Generale Tomo III

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  3 8 /

dante , refluant dans l 'estomac, ne fasse contracter

ce viscère; mais certainement ce n'est pas là le cas

le plus ordinaire : on vomit de la bile comme on en

rejette par l 'anus , parce qu'elle se trouve dans l 'es

tomac et dans les intestins , et non parce qu'elle est

surabondante. Si le vomissement étoit une fonction

naturelle , les évacuations bilieuses supérieures se

raient aussi na ture lles qu e la tein te

 verdâtre

  des ex

crém ens , qu i se ren co ntr e toujours da ns l 'état de

santé . On voit

  d o n c ,

  d'après cela , que les vomisse

m ens bil ieux so n t, dan s beau cou p de cas , un e chose

purement accessoire , e t que le phénomène essentiel ,

c 'est la contraction sympathique de l 'estomac.

Dans le cas dont je viens de parler, i l est évident

qu ' i l n 'y a au cu n em barras gastr ique ; l 'a l térat ion

sympathique de l 'estomac ne porte que sur les fibres

charnues . Mais le  plus souv ent cet em barras gastrique

se manifeste au début des maladies où il y a affec

t ion locale; on v om it des m atières sab urra les, com m e

on le dit : c 'est qu'alors l 'organe essentiellement af

fecté , le poumon par exemple , si c 'est dans une

pé r ipneumon ie , a ag i

  sympathiquement

  non-seule

m en t sur les f ibres ch ar nu es , m ais encore sur la me m

brane muqueuse . Cel le -c i exc i tée , augmente sa

  sé

crétion : de là ces matières saburrales, qui ne sont

autre chose que des sucs muqueux mêlés à

 des

  sucs

gastriques et à de la bile ; or , la présence de ces ma

tières suffit souvent pour faire contracter

  l ' e s tomac ,

et pour produire le vomissement qui les expulse.

D'après cela , il est évident qu'il peut y avoir

vomissemens sympathiques sans embarras gastr ique,

et

  embarras gastr ique sympathique avec un vomis-

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3 8 8 S Y S T È M E M U S C U L A I R E

sèment

  p rodu i t imm éd ia t emen t .

  Dans

 le pre m ier cas ,

ce sont les fibres charnues qui ressentent l ' influence

sym path ique d e l 'organe affecté; dan s le secon d,

c 'es t la m em bran e m uq ueu se . Mais com m en t , le pou

mon , la plèvre , la peau , etc. , étant affectés , l'es

tomac

  entre-t-il

  en actio n ? Je l'ai di t , le m ot de

sympathie n 'est qu 'un voile à notre ignorance sur

les rapports des organes les uns avec les autres. Les

vomissemens produi ts par

  l'érésipèle,

  le phlegmon,

la pleurésie , la péripneumonie , etc. , sont donc , le

plus

 souvent,

  un effet absolument analogue à l 'aug

mentation d 'act ion du cœur, qui détermine la f ièvre.

Ils ressem blent au troub le cérébral d où naît le délire ,

trouble qui est bien plus  r a r e ,  etc . Tous ces phéno

mènes indiquent que les autres organes se sont res

sentis par contre-coup de l 'état de celui qui est af

fecté , etc. Le s m éde cins qui n'o nt point envisagé tous

ces phén om ènes d 'un e m anière g rand e et générale , ont

rétréci leur tra i tement dans des bornes trop étroites.

Autrefois on avoit beaucoup égard au trouble sym

pathique du cœur , e t on saignoit beaucoup dans

l ' invasion des maladies; depuis quelques années on

a spécialement égard au trouble sympathique de l 'es

tom ac , e t on émét ise f réquem m ent : pe ut- ê t re , dans

quelque temps , on fera plus d 'a t tention aux pesan

teurs de tê te , aux douleurs de ce t te région, à

 l'in

somnie , aux somnolences , e tc . , qu i son t des sym

ptôm es sym pathiques t r ès -c om m u ns , e t on dirigera

le tra i tement du côté du cerveau. Dans ces variétés,

les médecins judicieux envisageront tous ces phéno

mènes d 'une manière générale; i ls verront dans tous

une

  preuve de cet accord général qui  coordonue

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D E L A V I E O R G A N I Q U E . 3 8 c ;

toutes les fonctions les unes aux autres , qui les

enchaîne toutes , et qui par là même enchaîne leurs

dérangemens ;  ils verron t chaque organe se sou leve r ,

po ur ainsi d ire , co ntre le mal  qui  s'est  in t rodui t

dan s l 'éco no m ie , chacu n réagir à sa m an ière ; ils ver

ront ces réactions produire des effets tout différons,

suivant  l 'organe  réagissant,  la fièvre naître de la réac

t ion du cœur , le délire , l 'assoupissement, l insom-

n i e ,  les convulsions, etc. de celle du cerveau, le vo

missement de celle de l 'estomac , la diarrhée de celle

des intestins, les embarras gastriques et intestinaux ,

les saburres de la langue de celles des membranes

muqueuses , les débordemens de bile de celle du

foie , ' etc. Ainsi dans une machine où tout se tient,

où tout se lie , si une pièce est dérangée , toutes les

autres se dérangent aussi. Nous rir ions du machiniste

qui ne s 'a t tacheroit qu 'à raccommoder une de ces

pièces, et qui négligeroit de réparer le dérangement

local d'où naissent tous ceux que présente la ma

chine. Ne r ions pas du médecin qui ne combat qu 'un

symptôme isolé , sans attaquer la maladie dont il ne

connoît  souvent pas le principe , quoiqu'il sache que

ce principe existe ; mais rions de lui , s 'il attache à

son trai tement une importance qui est

  n u l l e ,

  com

parée à celle du mal.

A près l 'estom ac ce sont les intes tins qui sont le plus

souvent affectés sympathiquement dans les maladies.

L a vessie est le m uscle o rgan ique qu i ressent le m oin s

facilement les influences qui partent de l 'organe ma

lade : cela arrive quelquefois cependant. Dans les

fièvres , on sait qu e les réte ntio ns d'u rin e par pa ra

lysie

 .sympathique

  et momentanée , ne sont pas très-

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3 0 0  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

rares

 ;

 les incon tinences se rem arq ue nt m oins souvent. '

Caractère des Propriétés Vitales.

O n

  voit ,

  d 'après ce que nous avons

 d i t ,

  que les

propriétés vitales sont très-actives dans les muscles

organiques , surtout sous le rapport de la contracti

l i té.

 Ces muscles sont

  réellement,

  pendant la  v i e ,  en

permanence d 'ac t ion  : ils reçoiven t avec u ne extrême

facilité les influences des autres organes. Leurs pro

priétés vitales s 'altèrent avec la plus grande prompti

t u d e ,  surtout celle que je viens d' indiquer; car la

contractili té insensible y est rarement altérée , parce

qu'elle n y joue pas un rôle essentiel. Remarquez en

effet que les dérangemens maladifs d'un organe por

tent toujours sur la force vitale dominante dans cet

organe. La contractili té animale est fréquemment

altérée dans le système précédent ; dans celui-ci,

c 'est la con tractili té orga niqu e sensible. A u con

traire, l ' insensible ou la tonicité l 'étant très-peu, les

phénomènes auxquels elle préside restent toujours

à peu près les mêmes ; ' la nutrition est toujours   uni

form e ; les lésions du tissu m us cu lai re sont rares ;

qu an d elles ar r iv en t , c 'est plutôt par com m unication,

co m m e d an s les cancers de l 'estom ac , où la maladie

co m m en ce s ur la surface m uq ue us e , et où les fibres

charn ues n e s 'affectent qu e con séc utiv em ent. Le cœur

et la m atr ice son t les m us cle s les plu s sujets à ces

altérat ions

  morbifiques

  ; encore dans le premier ap

part ien nen t-el les plus souv ent à la m em br an e interne

qu'aux f ibres charnues el les-mêmes. Au contraire ,

dans les systèmes où la contractili té organique

  seiv-

sible est sans cesse en ac tio n, co m m e dan s le cuta né,

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .

  3t)l

le

  s é r e u x ,

  etc. où elle préside et à la nutrition et à

l ' exhala t ion,

  dans

 le gla nd ule ux , le m uq ueu x , e tc . où

elle

 dé te rm ine et

 la sécrétion et

 la nu tr i t i on , e tc . , c est

elle spécialement qui est altérée. De ces dérangernens

naissent les altérations de tissu , les maladies oroani-

ques proprem ent d i tes, qui sont aussi com m une s dan s

ces systèmes , qu'elles sont rares dans ceux où la con

tractili té inse ns ibl e, très-obscure , n e se trouve qu 'au

degré nécessaire à la nutrition.

C'est à cela aussi qu'il faut rapporter la rareté des

inflammations aiguës de ce système. Autant dans le

c u t a n é ,  le séreux , le m uq ue ux , e t c . , cette affection

est f réquente , autant ce lui-c i , dont les fonct ions

naturelles nécessitent peu de tonicité, la présente

rarement. Ceux qui ouvrent beaucoup de cadavres ,

savent que presque jamais on ne trouve le tissu du

cœ ur enflamm é. R ien de plus com m un que les phleg-

masies  de la membrane externe ou séreuse , et de la

membrane in te rne ou muqueuse de

  l ' e s tomac ,

  des

intestins , etc. ; mais rien de plus obscur , rien de

moins observé que celle de leur tunique charnue.

Dans le rhumatisme il y a bien quelquefois , lorsque

les douleurs cessent autour des ar t iculat ions, des

coliques violentes , des vomissemens spasmodiques

même , indices peut-être d'une affection aiguë des

fibres stomacales ou inteslinaîes; mais on ne trouve

jamais de traces de ces affections : on ne voit point

le tissu musculaire présenter ce rouge vif des organes

muqueux , cutanés ou séreux enflammés ; au moins

je ne l 'ai jamais observé.

Les médecins n'ont point fait assez attention à

la différence des inflammations suivant la différence

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3 9 2  S Y S T È M E  M U S G U L A Ï R E

des systèmes ; mais surtout ils n 'ont point assez re

m ar qu é qu e cette différence s 'accorde parfaitem ent

avec celle de la tonicité ou contractilité organique in

sensible ; que là où cette force vitale est la plus carac

térisée , les inflammations ont plus de tendance à se

faire , parce que c'est elle qui préside à leur forma

tion ; parce que ces affections supposent son exal

tation ; comme les convulsions supposent l 'exaltation

de la contracti l i té animale, comme les vomissemens,

les batte m en s accélérés du cœ ur , sup pos ent celle de

la contracti l i té organique, e tc . Je ne saurais trop le

répéter , les maladies les plus fréquentes à chaque

système , mettent toujours en

  j e u ,

  exaltent ou dimi

nuent la force vitale prédominante dans ce système.

C'est un aperçu pathologique

  n o u v e a u ,

  qui peut

être fécond en résultats.

A R T I C L E  Q U A T R I È M E .

Phénomènes de Faction du Système mus

culaire de la Vie organique.

V J E S  phén om ènes son t , com m e dans le système pré

cédent, relatifs à l 'état de contraction, ou à celui de

re lâchement .

§

  I

e r

.

  Force des Con tractions.

Elle n'est jamais susceptible de s'exalter au point

où atteint quelquefois la force des muscles de la vie

animale. Entre le pouls le plus fort et le pouls le plus

fo ib le ,

  entre le jet affoibli qui précède certaines ré

tentions d 'ur ine, e t le je t de l 'homme le plus vigou

reux, i l y a bien moins de différence qu'entre la

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D E L A V I E

  O R G A N I Q U E .

  393

lang ueu r des muscles volontaires de cer taines fem m es,

et l 'énergie de ceux d 'un maniaque, d 'un homme en

colère, etc. Le cœur et le deltoïde sont à peu de

choses près égaux sous le rapport de leur masse char

nue : or que deviendrait la circulation, si le premier

poussoit q uelq uefo is le sang avec la force qu e le second

emploie à é lever le membre supérieur? Un accès de

co lè re , de ma ni e, e tc . , suffiroit pour produ ire des ané-

vrismes, e tc . D'un autre côté les muscles organiques

ne sont point atteints de ces prostrations de force si

co m m un es da ns les autres ; les paralysies leur son t

étrangères, parce qu'ils sont hors de l ' influence cé

réb ral e. H y a bien q uelque chose qui répo nd au x

con vuls ions : ce son t les agitations irrégu lières qu i

déterminent tant de variétés dans le pouls des fiè

vres aiguës, agitations qu'il faut bien distinguer de

celles produites par un vice organique du cœur;

m ais ces agitations sont toutes différentes des sp asmes

des muscles volontaires ; i l n 'y a même aucune ana

logie.

Il n 'y a point  dans  la force de contraction des mus

cles qui no us oc cu pe nt, les déchets qui sont si rem ar

quables dans celle des autres muscles; l 'effort est à

peu près proportionné à la cause agissante, et la dis

tinction de cette

  fo rce ,

  en absolue et en effective ,

ne sauroit s'appliquer ici : seulement il faut plus ou

moins d'énergie contractile, suivant que le corps à

expulser d'un muscle creux, est solide ou fluide.

Voilà pourquoi les gros intestins sont pourvus de fi

br es longitu din ales p lus caractérisées qu e celles des in

test ins

 grêles;

 pourquo i le rectum

 surtout,

 où les excré

mens ont leur maximum de

 solidi té ,

 présente ces

 fibres

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3 9 4  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

d'une manière encore plus marquée que le colon et

le

  c œ c u m ,

  quoique sous une forme différente; pour

quoi dans les diarrhées la plus foible contraction suffit

po ur évacuer les intes t ins, tandis que po ur rendre des

ex cré m en s très-solides, la co ntractili té organique sen

sible du rectum étant souvent insuffisante, il faut que

les muscles abdominaux aident beaucoup à l 'expul

sion; pourquoi quand un corps dur est introduit dans

l 'esto m ac, et que les sucs gastriques  ne  le ramollissent

p a s ,

  il y reste long -tem ps avan t d'ê tre ex pu lsé , et y

détermine un poids incommode , e tc . , e tc . On

  sait

avec quelle rapidité se fait le passage des boissons de

l 'estomac dans les intestins, combien au contraire les

alimens solides séjournent dans le premier, etc.

La force des muscles organiques est incomparable

ment plus grande dans les phénomènes

  delà

  vie, que

dans nos expériences. Une fois mis à découvert , le

cœur ne communique plus que des mouvemens foi-

b l e s ,

  et le plus souvent irréguliers. Il n'y a aucune

proportion entre la force nécessaire pour déterminer

le jet, quelquefois de sept à huit pieds, qu'offre le

sang sortant de la carotide ouverte dans un chien, et

la force de s

 contractions

 que dé te rm in en t les plus forts

excitans appliqués sur le cœur extrait du corps. Rien

n'égale dans nos expériences la force de contraction

nécessa ire au vomissement , e tc . , e tc .

O n a mult iplié dans les m uscles orga niqu es, comme

dans les précédens, les calculs sur la force de con

traction , et l 'on a eu les mêmes variétés de résultats.

Peut-on calculer en effet les degrés d'un phénomène

que mille causes font à chaque instant

  varier,

  non-

seulement

  dans les divers individus, mais encore

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .

  395

dans le même; que le sommeil , la digest ion, l 'exer

c i ce ,  le repos, le calme de l 'ame, l 'orage des pas

s i o n s ,

  le jour , la nui t , tout , en un mot , modif ie

sans cesse. Je ne sais si nous digérons deux fois dans

la même période, s i les

 -urines

  séjournent deux fois

le même espace de temps dans la vessie, avant d'en

être expulsées, si leur jet est deux fois exactement

égal , e tc .

Souvent la force des muscles organiques reste dans

son degré ordina ire , augmente même, tandis qu 'un

affoiblissement général s'empare des autres. La force

du pouls, les vomissemens, les diarrhées, e tc . , coïn

cidant avec une prostration générale des muscles de

la vie an im ale , ne sont point un phéno m ène rare

dans les maladies.

§ I I .

  Vitesse des Contractions.

Elle v arie sing ulièrem ent : très - rapides dan s les

expériences, lorsque la mort est récente et que

  les

excitans sont très-forts, les contractions sont en gé

néral plus lentes dans l 'état naturel; on diroit que

c'est l ' inverse de la force: souvent à l ' instant où l 'on

ouvre le péricarde, le cœur se meut avec une vitesse

qu e l 'œil peu t à peine sui vr e, si on injecte su rtou t u n

fluide irritant dans ce sac séreux, un peu avant que

de mettre l 'organe à

 découvert,

  etc. Les contractions

augmentent beaucoup de vitesse dans cer taines ma

ladies : celles du c œ u r, par ex em pl e, acquièrent alors

dans l 'adulte une rapidité souvent très-supérieure à

celle qu 'elles offrent da ns le pre m ier âg e; cette vitesse

est aussi dans ce cas entièrement distincte de la force

des contractions; i l est rare même que  ces  deux

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3 9 6 S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

choses se trouvent réunies au plus haut point. En

gé né ra l , qua nd la force du cœ ur est ac cru e, il y a

bien un peu plus de vitesse ; mais très-souvent il y

a diminution de force avec augmentation de vitesse,

ou

  la

  force reste la même, la vitesse étant beaucoup

augmentée .

Nous avons vu que les muscles volontaires avoient

en général un degré de vitesse au-delà

  duquel

  ils ne

peuvent aller, et que cette vitesse lient à la constitu

t ion pr imi t ive . Le même phénomène ne

  s'observe-

t-il

  point ic i?  Souvent  dans deux fièvres dont les

symptômes sont les mêmes, dont le degré d in ten

sité semble être exactement uniforme , le pouls est

infiniment plus fréquent dans un individu que dans

un autre. Cela ne dénote pas toujours une différence

dans la maladie ,  mais  dans la consti tut ion pr imitive,

une apti tude de l 'un des deux cœurs à se contracter

be au co up plus vite sous le mê m e ex citan t. Q ui ne sait

q u e , dans les ex pé rien ces , la rapidité contractile est in

finiment variable sous l ' influence des mêmes causes?

Chaque muscle organique a son degré de vitesse;

le c œ u r , l ' es tom ac, les in te s t in s , la vess ie , e tc . ,  dif

fèrent singulièrement sous ce rapport.

§

  I I I .

  Durée des Contractions.

Le cœur ne reste jamais en permanence de con

traction, comme cela arr ive souvent aux muscles vo

lontaires. Quoique la faim semble prouver

 le

 contraire

dans l 'estomac et les intest ins, cependant ce phéno

mène n 'es t point contradic toire : en ef fe t , la con

traction permanente des viscères gastr iques vides,

est un résultat de la contractili té de tissu. Toutes

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  397

les

  fois que la contractilité organique sensible y

  est

mise en jeu, i l y a alternative de contraction et de

dilatation; cette alternative caractérise même essen

t ie l lement cet te dernière propriété , e t la dist ingue

de la contractilité animale et de celle de

  t i s s u ,

  où

l 'é ta t de contraction est souvent permanent.

§

  I V -

  État du Muscle en contraction.

Tous les phénomènes indiqués pour les muscles

volontaires, sont presque applicables à ceux-ci, tels

que

  l'endurcissement,

  l 'augmentation en épaisseur ,

la d iminut ion en longueur , l ' express ion du sang,

e t c . ,

  etc. Mais il y a quelques différences entre le

cœur et les muscles gastriques, sous le rapport du

mode contractile. En effet, on voit très-sensiblement

dans le premier ,  i ° .  des contractions de totalité ana

logues à celles des muscles volontaires, contractions

qui ont lieu dans l 'état de santé, qui déterminent la

projection du sang, et qu'on produit facilement dans

les expériences, quand les animaux sont encore vi-

vans ; 2

0

. des oscillations multipliées qui s'emparent

des fibres, qui les agitent toutes sans produire aucun

effet sensible, sans resserrer la cavité, sans projeter

le sang par exemple. Ces oscillations s'observent à

l ' instant de la mort, quand le cœur va cesser d'être

contractile ; on a beau l ' irr iter  a l o r s ,  il n'y a plus

de contractions de total ité ; qu oiq u'un e vibrat ion

générale et ex trê m em en t manifeste se soit e m parée

de

  ses

  fibres, cependant sa cavité n'est point rétré-

c ie ;

  le sangy stagne. Le  cœur ressemble parfaitement,

sous ce double rapport , aux muscles volontaires; i l

est agité, comme on le voit pour ces muscles dans le

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3 9 8  S Y S T È M E  M U S C U L A T R E

f r isson, dans ce qu 'on nomme horr ip i la t ion, comme

on l 'observe encore dans certains muscles soucutanés

chez quelques individus. J 'a i déjà vu , par exemple,

plusieurs personnes affectées d'un frémissement ha

bituel d 'un e po rt ion d u soléa ire , f rémissement  très-

sensible à l 'œil à travers la peau, et qui n'avoit rien

de commun avec la contraction nécessaire à l 'exten

sion du pied.

Les muscles involontaires de l 'abdomen ne pré

sentent jamais ce double mode de contraction. Au

lieu des mouvemens brusques, subits e t de total i té ,

on n 'y voi t qu 'un resser rement

  lent,

  peu apparent

même souvent ; c 'es t une espèce de ramper ; i l n 'y

a pas

 m ê m e ,

  à proprement par ler , de contraction de

to ta l i t é , com m e celle du cœ ur où tou tes les f ibres

d 'une orei l le t te ou d 'un ventr icule se meuvent en

même temps; chaque plan charnu paroît ici successi

vement agir . Placé à l 'origine des gros

  vaisseaux,

la vessie ou l 'estomac seraient incapables de commu

niquer au sang ces mouvemens par saccades, que

nous offre le jet d 'une artère à chaque contraction.

D'un autre côté , à l ' instant où le mouvement f ini t

dans l 'estomac, les intest ins et la vessie , on n 'y

voit jamais ces oscillations, ces vibrations qui sont

presque constantes dans le cœur et les muscles vo

lontaires , et qu 'on pe ut m êm e y faire na ître à son

gré.

§ V>  M ouvemens imprimés par les M uscles

organiques.

I l n 'y a presque jamais de mouvemens simples

dans ces muscles; l 'entrecroisement divers de leur

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .

  399

plan charnu fait qu'ils agissent presque toujours en

tro is ou qu at re sens différons sur les sub stances qu 'ils

renferment. On ne peut r ien dire de général sur ces

m ou vem en s qui com posent la diastole du cœ u r, l 'agi

ta t ion

  péristallique

  du tube al imentaire , le resserre

ment de la vessie , e tc . Chaque muscle a son méca

nisme qui appartient à l 'histoire physiologique de la

fonction à laquelle il concourt.

§

  V I.

  Phénom ènes du relâchement des Muscles

organiques.

Dans le relâchement des  muselés  organiques , i l

survient en général des phénomènes opposés aux pré

cédens. Il est donc inutile de les exposer ; mais il

 se

présente ici une question à

 examiner,

  celle de savoir

quelle est la nature de cet état qui succède à la con

traction , et qui alterne avec elle.

D an s les m uscles de la vie an im ale , lorsque la con

traction cesse, ce n'est pas en général le muscle lui-

même qu i  revientà  son état antécédent d 'extension;

il y est ram ené par son antagoniste : par ex em p le ,

lorsque le biceps s'est  contracté pour fléchir  lâvant-

b r a s ,  et que sa contraction

  cesse,

  il dev ient  passif;  le

t r iceps se met tant a lors en mouvement ,  Fétend  et le

ramène à sa position naturelle, en agissant d'abord

sur les os qui communiquent le mouvement à ce

muscle . Chaque puissance musculaire de la vie ani

male trouve donc dans celle qui lui est opposée une

cause de retour â l 'état qu'elle avoit quitté pour

  se

contrac ter .

  H

  n'en est pas de même dans la vie

  orga

nique :

 ses

  muscles , qui sont tous creux, n 'ont  point

d 'antagonis tes . N o u s avons

 bien

  considéré jusqu'à un

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4 û O

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

certain point comme tels , les substances contenues

dans les muscles creux, substances qui s 'opposent à

l 'effet de la contraction; mais incapables le plus com

munément de réagir après avoir é té comprimées , à

cause de leur défaut d'élasticité, ces substances ne

sauroient faire le même office que les véritables anta

gonistes.

La plupart des physiologistes ont admis comme

cause de dilatation, l 'entrée des substances nouvelles

qui remplacent, dans les cavités musculaires, celles

expulsées par la contraction : ainsi l 'abord d'un sang

nouveau dans le

 cœur,

  des alim en s da ns les portions

diverses

 du tube a l imenta i re , a-t-il été envisagé com me

propre à dilater ces organes ; en sorte que dans cette

opinio n les m uscles seraien t pu re m en t passifs pendant

qu'ils s 'élargissent. Mais les considérations suivantes,

dont quelques

  a u t e u r s ,

  et Grimaud en particulier ,

o n t

  déjà

  présenté plu sie ur s, ne pe rm ette nt point de

considérer sous ce rapport la dilatation des muscles

organiques, cel le du cœur en part iculier .

i ° .  Lorsqu 'on met un muscle creux à découver t ,

le cœur, l 'estomac ou les intest ins, e tc . , e t qu 'on le

vide entièrem ent d es substances qu' i l co nt ien t , il se

contracte et se di la te a l ternativement comme quand

il est

  p l e in ,

 si

 on

  vient à y appliquer un stimulant ex

térieur. 2°. Si on vide par des ponctions tous les gros

vaisseaux qui vont au cœur, ou qui en partent , de

manière à l 'évacuer entièrement, ses di la tat ions et

contractions al ternatives continuent encore pendant

u n cer ta in tem ps. 3° . P ou r juger compara tivement

du degré de force de la co ntr act ion et de la dilatation,

on peut extraire deux cœurs à peu près égaux  en

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  401

volum e, de deu x anim aux vivans

 ;

 placez tout de suite

les doigts d'une main dans les oreillettes ou les ven

tricules du premier, et embrassez avec l 'autre main

l 'extérieur du second : eh b ie n vous Sentirez que ce

lui-ci fait un effort aussi considérable en se dilatant,

que l 'autre en se contractant. Ce fait, déjà observé par

Pechlin, est d 'autant plus remarquable, que souvent

l 'effort de dilatatio n est su pé rieu r à celui de co ntra c

t ion. J 'a i même observé , en répétant ce t te expé

rience, que quelque effort qu'on fasse avec la main,

on ne peut empêcher l 'organe de se dilater. 4°". L ' e x -

tensionetle resser remen t alternat fs,d  où naît le m ou

vement vermiculaire des intest ins, se voit pendant

la faim , lorsqu'on ouvre le ventre d 'un anim al. 5° . L a

dureté du tissu musculaire organique est aussi mani

feste pendant la dilatation que pendant la vacuité.

6 ° .

  J'ai observé plusieurs fois, à l ' instant où j ' irritois

le cœur avec la pointe d'un scalpel, qu une dilatation

en

  éloit

  le premier résu lta t , et que là contraction n é -

toit que consécutive à cel le-ci . I l

  arrive

  en général

plus souvent que la contraction commence le mouve

ment dans les expér iences; mais cer ta inement , le

muscle étant en repos, souvent c 'est une dilatation

qui se manifeste la première.

Il paroît donc très-probable que la dilatation des

muscles organiques est un phénomène aussi vital que

leur co ntr acti on ; q ue ces deu x états se t iennent d 'u ne

manière nécessaire; que leur ensemble compose le

mouvement muscula i re , dont la contrac t ion n 'es t

qu 'une part ie . Qui ne sai t même si chacune ne peut

pas être troublée

  isolément,

  si à une contraction ré

gulière ne p eut pas succé der un e dilatation irrég ulière ,

1 1 .

  26

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4 0 2

  S Y S T È M E M U S C U L A I R E

et réciproquement? Qui sai t s i cer taines al térat ions

da ns le pou ls ne tien ne nt pas au x lésions de dilatation ,

et d 'a ut res à celles de co n tra ct io n ? Je suis loin de

l 'assurer : car e n m éde cine

  il

 ne faut pas des présom p

t i o n s , mais

 des ce r t i t ud es , po ur fixer notre

 croyance

 ;

mais je dis  qu  on peut faire de ce point un objet de

recherches.

Il paroît que quelquefois les muscles volontaires

sont aussi le  siège  d'une véritable dilatation active.

i ° .

  Mis à dé co uv ert , e t extrai t du co rp s, u n muscle se

contracte , e t ensuite se di la te , sans qu'aucune cause

le ramène à cet é tat de dila tat ion. 2°. Dans une am

pu tat io n , on voit sou ven t su r le m oig no n le bout des

fibres divisées s'alonger et se raccourcir alternative

m e n t ; double  mouvement qui paroît ê tre également

vita l. 3 ° . D an s plusieu rs espèces de conv ulsions où les

m em bre s se ro idiss ent , dans ce lles , par exem ple , qui

accom pagn ent la plu part des accès hysté r iqu es, il pa

roît qu'il y a une dilatation active très-prononcée

  :

 en

plaçant en effet la main sur les muscles qui devroient

alors être relâchés, d 'après la disposition des parties,

on sent une dureté aussi considérable qu 'en

  tâtant

 les

muscles contrac tés , e tc .

Il y a beaucoup de recherches à faire sur ce mode

de dila tat ion de nos part ies, mode qui n 'est pas sans

doute exclusivement borné au système muscula i re ,

mais qui paroît appartenir encore à l ' i r is , au t issu

spongieux des corps

  c a v e r n e u x ,

  aux mamelons , e tc .

Tous ces organes se meuvent en se di la tant très-ma

nifestement; le resserrement y succède à l 'expansion,

comme dans les muscles ordinaires le re lâchement

à  la con tractio n. C'est l 'expan sion qui est le phén o-

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D E L A  V I E  O R G A N I Q U E .  4o3

m ène pr inc ipa l . Peut-ê t re aussi q u e , com m e quelques

modernes l 'ont d i t , les  gonflemens  subits du tissu

cellulaire , qui accom pagnen t les con tusio ns, les me ur

tr issures , e tc . , sont un résulta t de ce mode de mou

vement .

A R T I C L E

  C I N Q U I È M E .

Développement du Système musculaire de

la Vie organique .

J_J E

  système musculaire organique est absolument

l ' inverse du précédent, sous le rapport du dévelop

pement. Autant celui-ci est peu caractérisé dans les

premie rs  t e m p s ,  autant l 'accroissement du premier

est précoce. Suivons-le dans tous les âges.

§  I

e r

.

  État du Système musculaire organique

chez le Fœtus.  JS

D è s  les  premiers jours de la conception,  le  cœur

est déjà  fo rm é; il offre le p re m ie r, com m e on l'a di t ,

un point en

  mouvement,  punctum saliens.

  Les re

cherches de divers auteurs , de

 Halleren

  part iculier ,

ont mis en évidence les progrès successifs de son ac

croissement dans les premiers temps. Un peu plus

tardifs à se former, les muscles de l ' intérieur de l 'ab

domen sont cependant développés bien avant ceux

q u i fo rm en t les parois de cette cavité. C'est le volum e

des i n tes t ins , de l ' es tom ac,

 delà

  vessie , e tc . , presque

autant que celui du foie , qui donne à la cavité où se

tro uv en t ces viscères , la capacité remarquab le  qu  elle

présente alors.

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4n4

  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

Uniformes à peu près à cet âge, sous le rapport de

leur propor t ion de volume, tous les muscles orga

niques ne le sont pas autant sous celui de leur tissu.

Le cœur est manifestement plus ferme et plus dense

q ue t ou s les au tres ; sa te x tu re est très-caractérisée.

Molles et lâches, les fibres stomacales,

  intestinales'et

vésicales, ressem blen t ex acte m en t à celles des muscles

de

  la

  vie anim ale : peu de sang les arrose à propo rtion

de celui qui doit y pénélrer dans la suite . Au con

traire , denses et serrées, les f ibres du cœur ont une

énergie d 'act ion proport ionnée à cel le que dans la

suite elles doivent avoir. Leur rougeur est tout aussi

m ar q u ée ; auta nt de sang les p én èt re , e t les nou rr i t par

conséquent. Cette rougeur du cœur, analogue chez

F adulte à celle des m uscles vo lon taire s, con traste à cette

époque avec la pâleur remarquable de ceux-ci . Au

r e s t e ,

  el le présente , comme dans toutes les autres

parties

pii  el le existe , une te inte foncée, due à l 'es

pèce

 desangqui

  la produi t .

On conçoit facilement la raison de cette quantité

de sang qui pén ètre le c œ u r, p uisqu e cet org an e, t rès-

ac ti f a lors dan s ses m o u v em en s,

 a

 besoin de beaucoup

d e

  f o r c e ,

  tandis

  q u e ,

  p resque

  i m m o b i le s ,

  les autres

en nécessi tent peu.

Cependant on a exagéré la contracti l i té organique

sensible du cœur dans le fœtus et dans le premier

â g e ,  sans doute à cause de la rapidité extrême que la

circulat ion présente alors.

  Cetle

  rapidi té dépend au

tan t de l 'activité des forces ton iqu es d u systè m e capil

laire général, que de celle du cœur : car une fois

parvenu dans le système

  capi l la i re ,  le

  sang est hors

de l ' inf luence du cœur, comme nous l 'avons vu; le

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .

  4 ° ^

séjour q u 'i ly fait est absolument  dépendant des forces

de ce système lui-même : or très-actives  a l o r s ,  ces

forcesy précipitent le cours du sang, et le rejettent da ns

le système veineux, d 'où i l arr ive au cœur. L'excita

bilité de celui-ci seroit double, tr iple même, que si

le sang ne lui abordoitqu'avec  lenteur , i l ne pourroit

entretenir un pouls rapide et en même temps con

t inu . Ha l le r  s'est  laissé entraîner à cette opinion par

celle où il étoit que le cœur est l 'agent d'impulsion

unique du sang circulant même dans les peti ts vais

seau x. D 'a ill eu rs , i l est hors de do ute que la con trac

tilité organique sensible du cœur est moins facile à

être mise en jeu chez le fœtus par les expériences, et

qu 'e l le est aussi beauco up m oins durab le . Alors

 les

 ex

citans les plus forts ont moins de prise sur elle un

instant après la

 mort ,

  que ceux qui ont le moins d'é

nergie n'en offrent sur le cœur d'un animal qui a vu

le jour. J'ai vérifié plusieurs fois ce fait sur des fœtus

de cochons-d ' inde . Comparée à ce l le des muscles

vo lon taire s, la m otilité du cœ ur est sans do ute rem ar

qu able chez le fœtus ; mais comparée à ce qu'elle sera

après la naissance, elle est peu caractérisée.

Il en est absolument de même de la contractili té

de l 'e st om ac , de la vessie et des intes tins ; le plus co m

m un ém en t on ne peu t dé te rminer aucun m ouvem ent

dans ces muscles par les stimulans. Le cit .

 Léveillé

 a

fait

  déjà

  ces observations importantes; i l a aussi re

marqué que l 'urine séjournoit dans la vessie, et le

méconium dans les gros intestins , sans produire une

contraction suffisante pour les expulser. Je ne crois

pas cependant qu ' i ly a i t pendant la vie une immobi

lité parfaite de s viscères ga st riq ue s, et voici po urq uo i

 ;

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4 o 6 S Y S T È M E

  M U S C U L A I R E

le p lus communément le méconium ne se rencontre

que dans les gros intestins; i l faut donc qu'il s 'y

f o r m e ,  s'il

 y a im m ob ilité des mu scles g astriques : or

il est beaucoup plus probable qu'il est un résidu de

la bi le , de tous les sucs muqueux, e tc . ; que par con

séquent il a été successivement poussé par une action

len te de la pa rtie su pé rieu re v ers l ' inférieure des voies

a l imenta i res .

La mollesse des muscles organiques rend leur ex

tens ibilité d e tissu très-pronôncée à cette é po qu e. J 'ob

serve cependant que le cœur des cadavres de fœtus

ne présente point ces variétés sans nombre de volume

que celui de l 'adulte nous offre dans le côté droit,

suivant les divers genres de morts .

§ 1 1 .  Etat du Système musculaire organique

  ,

pendant  l accroissement.

L es prem iers jours de l 'existence sont m arqués par

un m ou ve m en t intér ieu r , aussi pro m pt à se m anifester

que l 'extér ieur dont nous avons parlé . La succion du

lait,  l 'évacuation des ur in es , celle du m éc o n iu m , e tc . ,

sont les indices de ce mouvement intér ieur général ,

de cette agitation presque subite de tous les muscles

involontaires.

Ce n 'est pas

  le

  cerveau qui , entrant en action à la

naissance, détermine la contraction de ces muscles,

puisque, comme nous l 'avons dit , i ls échappent cons

tamment à son empire ; ce la pa ro î t dépendre ,  i ° .  de

l ' influence sympathique exercée sur leur système par

l 'organe cutané qu'irrite le nouveau milieu où il se

t ro uv e; 2° . de l 'exc i ta t ion por tée au com m encem ent

de toutes les surfaces muqueuses, et sur la totalité de

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .

  4°7

celle du poumon, excitation qui réagit ensuite sur ces*

m uscles ; 3 ° . de celle p rod uite par les fluides intro

dui ts dans l ' es tomac;

  4°«

  de l 'abord subit du sang

rou ge dans tous les m uscles jusque-là pénétrés co m m e

les au tre s de sa ng no ir ; cette cause est essentielle :

l ' i r r i tabil i té paroît en être en part ie dépendante, ou

du moins en emprunter un surcroît de force remar

quable . 5° L 'excré t ion du méconium e t de l 'ur ine

est aussi puissamment aidée par

  les

  muscles abdo

m in au x , qui en tre nt alors en activité avec tout le

système auquel i ls appart iennent.

Le mouvement intér ieur général qui arr ive dans

les premiers  momens  de l 'existence , et qui est dé

terminé par l 'activité subitement accrue des muscles

involontaires , remplit un usage important à l 'égard

de s surfaces m u q u e u se s, q u'il débarrasse des fluides

qui

  les surchargent,

  et dont la présence devient pé

nible . Là où les surfaces muqueuses n 'ont point au

tour d'elles de

  plahs

  charnus involontaires , comme

au x b ro n ch es , au x fosses nasales, e t c . , ce sont des

muscles de la vie animale, plus ou moins éloignés,

qui remplissent cet te fonction, comme, par exemple,

le diaphragme et

  les  in t e r cos t aux ,

  qui débarrassent

par la toux la surface bronchique, et par FéYernue-

ment  la surface pituitaire.

E n

  s'éloignant

  de l 'époque de la naissance,  les

muscles organiques croissent en général moins pro

po rt ion ne llem ent qu e les autres ; ce qui  rétablit,

pe u à peu l 'équilibre ent re les de u x systèmes. J e

rémarque  ce pe nd an t, à l 'égard de la prédo m inanc e

d u '

 premier,

  qu'e l le est bien moins marquée dans

le fœtus que

  celle*

 du système nerve ux. Le  ce rveau ,

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4 o 8  S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

par exemple , es t propor t ionnel lement beaucoup

 plus

gros que le cœur.

Il est probable que les muscles qui nous occupent

présentent,  à cette épo qu e , les m êm es variétés de

com posit ion que les a u tr e s , que la gélatine y d o

m in e su rto ut , qu e la fibrine y est m oi nd re , etc.

Peut-êlre  cette dernière substance existe-t-elle, dans

les p remie rs te m p s , p lus abond am m ent

 dans le

 cœur

que dans les autres muscles de cette classe.

Nous avons observé deux périodes très-distinctes

dans

  l'accroissement

  des autres muscles : l 'une est

achevée lorsqu' i ls ont acquis leur longueur; l 'autre

l 'est lorsque leur épaisseur est complète. La pre

miè r e  n a  point,  dans le système orga niqu e ,  un«

term e aussi dist inct : déjà la sta ture n 'au gm en te plu s,

que les organes gastriques et urinaires, que le cœur

s'alongent  et croissent encore.

O n a considéré d 'u ne m an ière tro p générale l 'ac

croissemen t . Ch aque système a un te rm e dif férent ,

dans ce grand phénomène. Les systèmes osseux,

musculaire de la vie animale, e t ceux qui en dépen

dent , comme le f ibreux , le car t i lagineux, e tc . , in

fluencent spécialem ent la sta ture générale du co rp s:

ce sont eux qui déterminent telle ou telle taille;

mais cette taille n' influe nullement sur la longueur

des in tes t ins , sur la capaci té de l ' es tomac, du cœur ,

de la vess ie , e tc . Les systèmes glanduleux, séreux,

muqueux , e tc . , sont également indépendans de la

stature : aussi porte- t-cl le , dans ses nombreuses va

riétés ,

 bien

  plus sur les membres que sur

 F abdom e 'n ,

la poitrine , etc. Une grande taille indique la pré

dominance de l 'appareil de la locomotion, mais nul-

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D E L A V I E

  O R G A N I Q U E .  4 ° 9

lement

  de ceux de la

 d ige s t ion ,

 de la

  resp i ra t ion ,

 etc.

La f in de l 'accroissement en hauteur , que nous con

sidérons d 'une manière générale pour tout le corps,

n 'es t  que  la fin de l 'accroissement des muscles, des os

et de leurs dépendances, et non de celui des viscères

int érie urs , qu i s'épaississent et s 'alongent enc ore .

Il est facile de s 'en co nv ain cre , en com paran t les

m uscles organiques d 'u n jeune hom m e de dix-h ui t

a n s ,

  à ceux d 'un homme de t rente ou quarante .

Les muscles organiques ne paroissent point sujets

à ces irrégularités d 'accroisseme nt que les autres m us

cles et les os nous présentent fréquemment. On sait

que souvent la taille reste stationnaire pendant plu

sieurs an n ée s, et qu e tout à coup elle pren d des dim en

sions très-marquées en un court espace : ce phéno

mène est remarquable, sur tout à la suite des longues

maladies. Or, malgré ces inégalités, le cœur et tous

les autres muscles analogues croissent d'une ma

nière uniform e  :  la régu larité des fonctions intérie ures

auxquelles ces muscles concourent  spécialement,  ne

s'acco m m od ero it po int avec ces aberration s qui ne

sauroient troubler les fonctions des organes locomo

t eu r s .

  D'ailleurs, si elles avoient lieu, la circulation,

la digest ion, l 'excrét ion des ur ines, e tc . , devroient

présenter des aberrations correspondantes : or, c 'est

ce qu'on n'observe pas. Le cœur et les muscles gas

triques , etc. , grossissent toujours dans l 'enfant dont

la taille reste stationnaire; i ls ne grandissent point

brusquement dans celui qui croît

  tout à

 cou p : voilà

po urq uo i la po itrine et le ventre d evie nne nt gros

dans le premier

  c a s ,

  et restent rétrécis dans le

second,

  à propor t ion des membres .

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4 l O

  S Y S T È M E

  M U S C U L A I P t E

D'ail leurs , ces deux systèmes ne sont jamais

  ert

rapport précis de nutrition et de force. J 'ai déjà ob

servé qu e des m uscles organ iques très - prononcés

coïncident souvent avec des muscles volontaires

  très--

peu sa i l lans , e t réc iproquement .

Ne considérons donc point l ' accroissement , n i la

nu t r i t ion , d 'une maniè re un i forme: chaque sys tème

se développe et s 'agrandit à sa manière; jamais tous

ne se rencontrent aux mêmes périodes de cette fonc

t ion. Pourquoi? parce que la nutr i t ion es t , comme

tous les autres actes auxquels préside la vie, essen

t ie l lement dépendante des forces vi ta les, e t que ces

forces varient dans chaque système.

L'accroissement du système muscula i re involon

taire n'est point uniforme dans tous les organes qui

le composent . Chacun s 'agrandi t p lus ou moins , ou

se pron onc e dif férem m ent; l 'un préd om ine souvent

sur les autres d 'une manière manifeste: une vessie à

fibres charnu es trè s-m arq ué es , à colo nn es, comm e on

dit , se trouve souvent dans un sujet à estomac dé

bile, à pe t i ts in tes t in s ,

 etc .

 ;  réciproquement l 'estomac,

le cœur, e tc . , ont une prédominance souvent isolée.

§ I I I .

  État du Système musculaire organique

après

  Vaccroissement.

C'est vers l 'époque de la vingt-quatr ième à vingt-

sixièrtie

 an n ée , qu e les m uscles organiqu es ont acquis

la plén itude d e leur dév elop pem ent. A lors la poitrine

et l 'abd om en qui les con tien nen t sont parvenus au

maximum de leur capacité . Ces muscles sont te ls

qu' i ls doivent  rester .toute  la vie ; ils ont une densité

bien supérieure à celle de la jeunesse ; leur force s'est

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .

  4

1 1

accrue ; leur couleur est plus foncée. En général cette

couleur est

  su j e t t e ,

  dans le

  cœur,

  à de fréquentes

v a r i é t é s ,

  lesquelles se rapportent assez aux variétés

du systèm e préc éde nt. Les maladies aiguës et ch ron i

qu es on t à peu p rès sur elle la m êm e influence. Elle est

également l 'indice «des tem péram ens s an gu in , ly m

phatique, e tc . , par les te intes diverses qu 'e l le pré

sente. La couleur des fibres stomacales, intestinales,

vésicales , varie m oi ns ; leur  blancheur,  plus  u n i

forme , est rarement influencée par les maladies.

I l ne dépend point de nous d 'augmenter , par un

exercice habituel , la nutr i t ion des muscles organi

q u es .

  Les al imens pr is outre mesure, e t fa isant f ré

quemment con t rac te r

 l'estomac j l'affoiblissent

  au lieu

de faire davantage prononcer ses fibres, comme il

arrive par l 'exercice

  constant

  impr imé à un membre

su pé rieu r ou inférieur. L a vess ie, sans cesse en action

dans certaines incontinences, s 'affoiblit aussi peu à

peu, e t perd son énergie . On dirai t que ces deux sys

tèmes sont , sous ce rapport , en ordre inverse.

I l paroît que la nutr i t ion des muscles organiques,

co m m e celle des a u tr e s, est sujette à de fréquentes

variatio ns ; qu e da ns certaines époq ues ils sont plus

prononcés ; qu ' i ls le sont moins dans d 'autres. Les

m aladies influent beau cou p su r ce phé nom ène qui

prouve, comme le ramoll issement des os et leur re

tour à l 'état naturel, la composition et la décomposi

tion habituelles dont les organes sont le siège. Nous

trouvons

  dans les amphithéâtres une foule de diffé

rence s sur les différons suj ets, par ra ppo rt à la te in te ,

à la d en si té , à la cohésion des muscles. O r , ce que plu

sieurs nou s

 présentent

 a lors en m êm e t em ps , le m êm e

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4 1 2 S Y S T È M E  M U S C U L A I R E

l 'éprouve souvent successivement : le même homme

a sans doute, suivant les inf luences diverses aux

quelles i l est exposé, son cœur  r o u g e , d e n s e ,  gros

et bien nourri à une époque de la vie , foible ,

  pâle ,

peu vo lum ineux

 à

 un e au tr e; car les organ es intérieurs

doivent  éprouver les mêmes al térat ions que nous

montrent les extér ieurs. Or, on sai t combien l 'habi

tude extér ieure change souvent pendant la vie .

§  I V -  État du Système musculaire organique

chez le Vieillard.

A mesure qu 'on avance en âge , le système mus

culaire qui nous occupe s'affoiblit comme tous les

au tre s : cep end ant son action est plus d u ra b le ; elle

su rv it , pour ainsi d ir e , à celle de l 'au tre .

 Déjà

  le vieil

la rd , presque immobile , ne se t ra îne qu 'avec pe ine

e t avec len teu r , que son p ou ls , sa d iges t ion , e tc . , ont

encore de la vigueur. Cette différence des deux sys

tèmes es t d 'autant p lus remarquable , que le temps

d'activi té du second est presque de moit ié moindre

que celui du premier; le sommeil retranche en effet

presque la moit ié de la durée des mouvemens volon

t a i r e s ,

  tandis qu'il laisse les involontaires vraiment

intacts . Ce phénomène de l 'espèce de survivance des

muscles organiques aux muscles volontaires dans les

derniers temps de la vie , dér ive en grand du même

principe  d'où  naît en petit la lassitude qui suit la

con traction dans un m ou ve m en t isolé . Il faut un m ou

vement moins durable pour fat iguer les

  muselés

  vo

lo nta ires , que pou r fatiguer les inv olon taires: l 'esto

m ac vide reste  long-temps co ntr ac té sur lui-mêm e sans

fa i re éprouver un sent iment pénible ,

  taudis

  que si

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D E L A V I E O R G A N I Q U E .  4*l3

nou s tenon s serré for temen t pe nd ant un quart d 'heu re

un corps entre nos doigts, tous les fléchisseurs sont

bientôt douloureusement affectés. Après une convul

sion

 d'une

 demi-heure où tous

 les

 m uscles locom oteurs

on t é té ro id es , tout le corps est ro m p u , com m e on le

d i t ; il ne peu t se prêter à aucu n m ou ve m en t; tandis

qu'après un accès de fièvre de six ou huit heures où

le pou ls a été v iolem m ent agité , souv ent le cœ ur con

serve le type naturel de ses contractions; il faut des

accèsrépétés pour Faffoibiir.Touscesphénomènes

  des

deux systèmes musculaires prouvent manifestement

que celui de Ta vie animale se fatigue beaucoup plus

tôt ; c 'es t même

  ce

 qui déte rm ine son intermittence.

Est- il do nc étonn an t que , quoiqu e m oins souvent en

exercice que l 'autre , il épuise plus tôt la somme de

force-

 qu e lui a don né e la na tur e ? est-il éton nan t qu e

celui-ci survive plus

  long-temps?

  La vie est un grand

exercice qu i use pe u à peu les organ es en

  mouvement,

et qu i

 nécessite

  enfin leur repos

 ;

 ce rep os est la mor t :

or , chaque organe

 mobiley

  arrive plus ou moins

  tôt,

suivant le degré différent des forces qu'il a à dépen

ser, suivant sa disposition plus ou moins grande à se

lasser par ce grand exercice.

Cependant les muscles organiques

  s'affoiblissent

peu à peu. Le pouls se

 ralentit,

  les digestions s'alon

gent chez le vieillard; la vessie et le rectum cessent

d'abord d'agir; puis les intestins restent inactifs; l 'es

tomac et sur tout le cœur meurent les derniers.

Long-temps avant la mort , la cohésion musculaire

s'affoiblit dans ce système comme dans le précédent;

le tissu charnu devient flasque : les parois du cœur

se so utie nn en t d 'e lles-mêm es dan s le jeune h o m m e ;

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4 4

s T

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c u L A  x

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  o c

elles

  s'affaissent chez le vieillard . L e sys tèm e

  gas*

t r ique d 'un jeune animal tué subi tement pendant la

faim est

  f e r m e , d e n s e ,

  resserré sur  lui-meroè 

y

chë&

u n  v i e u x ,  il

 est,

  dans la même  c i r cons tance ,

 p é u r é *

ven u sur lui-mêm e ; l ' es to m ac , les intest ins restent

beaucoup plus dilatés ; i ls sont lâches et mous :

 c'e$

l e m êm e phén om ène que dans le s

 musclesprécédens)

qu i v acillent sous la peau,faute decohésion.La vessk

res te toujours ample , quoique vide d 'ur ine , e tc .

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E V C  i.  v

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1593

611 Bichat M.F.X.

B5Ê3a  natoaie générale