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ACCÉDEZ À UNE OFFRE À LA HAUTEUR - PortugalMagportugalmag.fr/wp-content/uploads/2017/05/ptmagazineED83_revista-7... · 12 18 22 30 31 32 Dália Mendes organizou a primeira edição

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DirectorPedro António

Director de redação Frankelim AmArAl

Director Cultural Adélio Amaro

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ColaboradoresGuida Amaral, lucia lopes, Angélique David-Quinton,

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Portugal Magazine é uma publicação mensal gratuita

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ISSN2105-7761

INPI 16/4311957

Tiragem15.000 exemplares

todos os direitos reservados

os textos assinados são da responsabilidade dos autores e não reflectem, necessariamente,

a opinião da revista.

A revista bilingue da comunidade portuguesa em França

COlAbOrE NA POrTUgAl MAg!A Portugal magazine está aberta à colaboração.

Colabore enviando artigos, crónicas, textos associativos ou ligados às artes em geral. Para submissão de textos, deve--se enviar um e-mail para [email protected] com o nome completo do autor e uma foto. Se você é fã de algum assunto ou gosta de escrever, envie-nos seus artigos e atinja

mensalmente mais de 50 mil leitores !

neste mês de maio, a mãe terá um lugar preponderante na vida de todos os portugueses. Dia 13, milhares serão aqueles que com devoção e em oração irão até Fátima louvar a nossa Senhora nossa mãe, e dia 28, louvar aquela que nos deu a luz ao celebrar o Dia da mãe.

Fechamos esta edição antes do 2° turno das eleições em França do 7 de maio, em que marine le Pen e Emma-nuel macron disputarão a presidência da França e o destino da Europa. Uma vitória de le Pen representaria um pe-ríodo de grande incerteza, tanto para a UE devido à sua defesa da saída da zona do euro, como para milhares de emigrantes. Salientamos a importância de ir votar, pois cada voto conta.

nosso destaque este mês vai para os irmãos rio, Armando e Fernando que em 1990 criaram a empresa fami-liar rio Conseils & Crédits, tendo ao longo destes anos dado auxílio a di-ferentes tipos de clientes, quer a nível financeiro, quer na parte aconselha-mento. rigor, experiência, seriedade, exigência, profissionalismo e escuta do cliente são alguns dos lemas da empresa conferindo-lhe um sucesso contínuo na prestação de serviços.

leia nossa entrevista nas páginas centrais.

Em destaque também a apresen-tação do 2.° número da colecção « memórias Fotográficas, Preservação do Património Cultural Português » da Portugal mag Edições e dedicado à associação ACPV lezírias do ribatejo de Vincennes, associação que desde sua criação em 1997 destaca-se pelo trabalho exemplar que desenvolve na preservação e valorização da cultura portuguesa em França. igualmente a apresentação no passado dia 30, do primeiro livro de Fernanda rumor mi-randa intitulado « resistir ao tempo » no restaurante Canto da Saudade em Champigny.

Descubra também nesta edição, o decorrer do espectáculo “Portugal Comedy Festival” organizado pela Por-tugal magazine e a Dyam Produções no passado dia 23 de abril no trianon de Paris e que acolheu em palco os come-diantes Jonathan da Silva e José Cruz em primeira parte, antes da apresenta-ção do espectáculo principal, “loucura dos 50” com os actores Joaquim nico-lau, António melo, Almeno Gonçalves e Fernando Ferrão.

Boa leitura !

Pedro Antóniodiretor

FrAnkelim AmArAldiretor de redAÇÃo

ErrATAna edição anterior, por lapso, mencionamos no artigo da página 26 intitulado

“Casal Gomes de Sá foi homenageado na sala D. Antónia”, o nome do Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva ao invés do correto, Prof. Dr. marcelo rebelo de Sousa.

Pedimos desculpa pelo sucedido.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Índice4

Preservar e divulgar a lusofonia em França

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Rio Conseils Crédits, Armando e Fernando Rio :

27 anos ao serviço da comunidade

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Dália Mendes organizou a primeira edição do ‘Salon du Bébé’

Feira do Livro e Festa Lusófona em Genebra para divulgação da cultura

“O fado a entrar pela janela do coração”

Altina Ribeiro apresentou o seu último livro, Dona Zézinha

Montante de vendas da biografia de Jean Pina em prol da solidariedade

Exposição “Revolução e democracia: A memória dos cravos” em Paris

25 de Abril... Terra da Fraternidade

ABP acolhe em Paris presidente da Associação Desportiva do Campanário

Viagem de França a Portugal em carro sem carta de condução “microcar”

Portugal Magazine dá voz todos os meses a várias pessoas da comunidade

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Emission « Le top du Portugal », tous les dimanches sur Radio RTF

Tereza Carvalho grava video clip do seu novo trabalho “Amantes”

Valença do Minho, e a ocupação humana

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A locação financeira para compra de bens de capital

Dicas para surpreender a mulher da sua vida

Livro da associação ACPV Lezírias do Ribatejo de Vincennes,

Memórias Fotográficas, apresentado em clima de festa

Apresentação do livro « Resistir ao Tempo »

de Fernanda Rumor Miranda

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Helena Batista, uma luta pela dignidade e justiça

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Portugal Comedy Festival encheu Trianon de gargalhadas

5Maio 2017 • www.portugalmag.fr Comunidade

Preservar e divulgar a lusofonia em França

dália mendes organizou a primeira edição do ‘Salon du Bébé’

o espace Caroussel, em ozoir-la-Ferrière, foi palco da primeira edição do “Salão do Bebé - et de l’enfant - Sweet Baby”, uma iniciativa de dália mendes, responsável pela empresa laureva dragées.

A laureva existe desde 2010, e des-de então, a empresária portuguesa de Pontault-Combault tem organizado vários eventos, desde baptizados, ca-samentos e comunhões.

Com a criação da laureva nasceu também o “Salon du mariage”, que tem aberto as portas em Pontault--Combault, e atraído mais visitantes de ano para ano.

Dália decidiu apostar no Salon do Bebé e confessa que “era uma coisa que já queria fazer há muito tempo”. Como não havia nenhum Salão do Bebé, a não ser em Paris, decidiu or-ganizar, no departamento 77, este ano em ozoir-la-Ferrière, mas o objectivo é trazê-lo para Pontault-Combault.

ideia que foi um sucesso, tendo pas-sado ao longo do fim-de-semana (dias 22 e 23 de Abril) “mais de 400 pessoas adultas, acompanhadas por bebés, ul-trapassando assim as 700 pessoas, no total”, revelou à Portugal magazine.

na parte dos expositores, os visi-tantes puderam encontrar todo o tipo de serviços dedicados aos bebés e a

esta primeira fase da vida, como orga-nizadores de eventos, fotógrafos voca-cionados para as fotografias de crian-ças, jogos e brinquedos, vestuário… um vasto leque de ofertas. Alguns dos expositores presentes neste Salon du Bebé eram também portugueses.

Além da venda de produtos para os bebés e crianças, a organização preo-cupou-se também em focar as atenções nas mamãs. “Porque muitas vezes este

tipo de iniciativas é muito comercial, dando destaque apenas à venda de produtos. Quisemos colocar os peque-nos produtores na linha da frente, e mostrar que também se podem fazer coisas com pequenos criadores”, des-tacou Dália mendes. “tivemos ainda uma parte onde foram dados alguns conselhos às mães, quer da forma como cuidar o bebé, quer para lidar com as coisas depois do parto, porque é tam-bém uma fase fundamental na vida para as mães, enquanto mulheres”.

Este evento teve ainda um lado de-dicado à solidariedade. “no sábado, o valor das entradas serviu para apoiar o serviço de Cardiologia Pediatria, do Hôpital necker Enfants malade, em Paris. Conseguimos mais de 750 eu-ros, sei que é uma gota no oceano, mas uma gota hoje, outra depois, e por ai adiante… pode mudar as coisas”.

Dália mendes salienta que “foi com muito entusiasmo que organizamos esta edição”, e adianta que “já estamos agora a pensar na próxima, que será em Pontault Combault”.

Dália MenDes

Feira do livro e Festa lusófona em Genebra para divulgação da cultura

A Associação luso-Suíça « la-ços » organiza pela terceira vez a Fei-ra do livro e Festa lusófona nos dias 17 e 18 de Junho em Genebra.

Esta feira da cultura será, como sempre, bastante rica em temas como a literatura, artes plásticas, moda, fotografia, música, dança e gastrono-mia.

Ana Casanova, escritora e poeta, assume o papel de Coordenadora Cultural da Associação e falou-nos de todo o trabalho que tem junta-mente com os restantes membros da organização, mas como disse, é um trabalho que faz por amor, com vontade em nome da lusofonia, e a recompensa é bastante gratificante, juntar varias pessoas em nome da cultura e em terras distantes de Por-tugal.

ana Casanova

nesta edição, podemos salientar um jantar espectáculo de fado com João Chora acompanhado por Cus-tódio Castelo na guitarra clássica, assim que a passagem de modelos africanos com a estilista Goretti Pina.

Diversas editoras estarão presen-tes como a Portugal mag Edições com sede em Paris, que irá reunir no seu stand vários autores para apresenta-ções, sessão de autógrafos e convívio com o público.

Vista a importância do evento e querendo a associação laços pro-mover da melhor forma a cultura lusófona, contamos com a presença da comunidade nesta feira que será certamente bem acolhida pela comu-nidade não só lusófona, mas também francófona como nos anos anteriores, concluiu Ana Casanova.

“o fado a entrar pela janela do coração”

Quem vive longe de Portugal, a saudade, esse sentimento tão lusitano que se traduz por um misto de falta e nostalgia, traz-nos pedacitos do país através de sabores, cores e sons… uns acordes de fado e eis-nos projectados para uma ruela, à porta duma tasca tradicional,

sem que venha uma gaivota trazer-nos o céu de lisboa.

Vozes de longe trazem-no pela « telefonia » como antigamente se chamavam os radios. E foi assim que por um desses domingos a casa se encheu de Portugal, saudade e sons trazidos da orla do mar pela voz on-dulante de Ana Pacheco.

Ana Pecheco, nasceu em lisboa, filha de pai do Baixo Alentejo, com familiares cantores populares do can-te alentejano e mãe da Beira Alta, dis-trito de Coimbra. A trabalhar no en-sino como professora, a paixão pela música levou-a a frequentar o curso de canto lírico na Academia de Ama-dores de música e Conservatório de Almada. Fadista de coração, de voz e alma traz-nos o fado a entrar pela radio, pela casa dentro, a falar-nos ao ouvido.

Canta esporadicamente em vários locais de lisboa: Café nicola, tasca do Chico, Café luso ou em locais onde é convidada. Ultimamente tem apresentado o CD na rádio e em con-certos. o próximo espectáculo pro-gramado será em Palmela no dia 21 de maio e as receitas reverterão a fa-vor da escola onde trabalha.

Já foi entrevistada pela tSF, rDP internacional, rádio Amália, Popu-lar Fm, rádio Quinta do Conde, no programa “Bocas do Fado” na rádio “Alma lusa” de Genebra e várias fai-xas do seu CD foram difundidas na rádio Alfa, em Paris, no programa “Passagem de nível”.

Há fados e fados! Vozes que nos comovem, outras que nos transpor-tam e a voz da Ana traz-nos lisboa até Paris ou pelo contrário, transpor-ta-nos até lisboa. Quem diz lisboa, diz Portugal e todos os sentimentos que o fado acorda em nós, de nor-te a sul. o fado deixou as ruelas de lisboa para ser internacional. onde esteja um português está também um pedacito desta alma portuguesa. E

bem-haja aos que precisam de o can-tar porque cantar é preciso” como diz o título do bonito CD, cuja escolha musical homogénea e de bom gosto dá relevos d’ouro a este género mu-sical.

Fazem parte do primeiro CD de Ana Pacheco dez temas, entre os quais, “Estarei onde”, versão portu-guesa de “tango to Évora”, de lore-ena mcKennitt, “Com que voz”, poe-ma de Camões, com música de Alain oulman, “Fado das Cerejas”, letra de José Gago e música de Fado Pintadi-nho, “Fado das Violetas”, palavras de Florbela Espanca e música de Augus-to Hilário, “Fado loucura”, letra de Frederico de Brito e música de Júlio de Sousa, “A minha oração”, poema de mário rainho e música de menor do Porto, “o sonho e a Vida”, letra e música de Ana Pacheco, “Costumei tanto os meus olhos” letra popular e música de “Fado das Horas”, “Voz do Fado”, poema de Arnaldo ruaz e música de “Fado Santa luzia” e “tantos Fados, tanta Vida”, poe-ma de manuela de Freitas e música de Fernando Alvim. Ana Pacheco é acompanhada neste trabalho por Sér-gio Costa à guitarra portuguesa, Al-bano Almeida à viola, Filipe martins no contrabaixo, rui rosado na per-cussão e miguel Batista na guitarra de Coimbra.

E o resultado é impar e vale a pena ouvir, vezes sem conta, quantas vezes a saudade nos chamar, e são tantas...

Que a voz nunca lhe falte, porque cantar é preciso e também fadista a cantar e encantar assim: com alma na voz!

o CD “Cantar é preciso” pode ser encomendado à Ana Pacheco atra-vés do mail: [email protected]

Cristina Branco

www.portugalmag.fr • Maio 2017Música6

Preservar e divulgar a lusofonia em França

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www.portugalmag.fr • Maio 2017Literatura8

Preservar e divulgar a lusofonia em França

livro da associação ACPV lezírias do ribatejo de Vincennes, memórias Fotográficas,

apresentado em clima de festa

A colecção « memórias Fotográficas, Preservação do Património Cultural Português » que tem a assinatura da edi-tora Portugal mag Edições, consiste em recuperar testemunhos, provas, vivên-cias e história de associações e institui-ções lusófonas criadas em França.

Para a apresentação deste livro, a associação organizou uma grande festa juntamente com um jantar onde tiveram que recusar vários pedidos, a ACPV lezírias do ribatejo de Vincennes, tem vindo ao longo dos anos a organizar eventos, onde são centenas de pessoas a marcar presença. Fernando das neves, o actual presidente, disse a Portugal ma-gazine, que o problema é o espaço da sala, muitas das vezes tem que dizer que não, e com muita pena.

mas antes da festa, teve lugar a ceri-mónia mais cultural, a apresentação do livro memórias Fotográficas, o público pode contar com a apresentação do depu-tado pelo círculo da Europa Carlos Gon-çalves, que fez questão de estar presente, discursando para o público um discurso de agradecimento e respeito para todos aqueles que trabalham, que se dedicam na divulgação das nossas raízes, nos nos-sos costumes e tradições, como é o caso desta associação, e a todos os presentes.

Carlos Gonçalves, também disse que já à muitos anos é um grande amigo da

associação ACPV lezírias do ribatejo de Vincennes, tendo uma forte amizade com o presidente, Fernando das neves e restante membros e aderentes.

Fernando das neves agradeceu a presença de todos, salientando a do de-putado, retribuindo e acrescentando que Carlos Gonçalves faz parte da associa-ção, no qual aparece no livro também, em mérito de todo o apoio e reconheci-mento, continuou agradecendo todos os membros e Direcção da associação pela disponibilidade e trabalho que têm tido ao logo destes anos.

Um dos representantes da Portugal mag Edições, Frankelim Amaral, agra-deceu a Associação ACPV lezírias do ribatejo de Vincennes e todos seus ele-mentos pela maneira como foram aco-lhidos e pela disponibilidade que foi dada para a recolha e realização do livro.

Depois dos discursos e apresentação do livro, passaram à mesa com seguida do grande baile animado por ricardo Graciano vindo de Portugal para abri-lhantar esta festa, um grande artista sempre bem recebido na associação.

A associação ‘ACPV’ l’ Amicale des Portugais de Vincennes foi criada a 3 de Fevereiro de 1997 por Joaquim mendes, acompanhado por Carlos e marta, tendo sido Joaquim mendes o primeiro presi-dente da associação.

Passados 4 anos de existência, Joa-quim mendes demitiu-se do cargo numa assembleia realizada a 4 de abril de 2001, sendo Fernando das neves eleito novo presidente acompanhado de Patrick Gerard como presidente de honra e Joa-quim mendes presidente fundador, ele-gendo uma direcção composta por Sal-vador dos Santos como Vice-Presidente, michel Bézin no posto de Secretário Ge-ral, Francisco ribeiro nas condições de Secretário geral adjunto e manuel dos Santos no posto de tesoureiro.

na ‘ACPV’ l’ Amicale des Portugais de Vincennes destaca-se o seu Grupo Folclórico « lezírias do ribatejo de Vin-cennes », onde a lusofonia marca sem-pre presença na dança, conferências, exposições ligadas à cultura, noites de fado, festas populares com espectáculos abrilhantados com artistas vindos de Portugal e também entre a comunidade, grandes festas que a associação propõe aos seus membros e à comunidade por-tuguesa, juntamente com refeições típi-cas, realçando os seus festivais de folclo-re, convidando vários grupos vindos de Portugal e de França.

Agradecemos a Associação ACPV

lezírias do ribatejo de Vincennes e to-dos seus elementos pela maneira como acolheram a equipa da Portugal mag.

este é o segundo número da colecção « memórias Fotográficas, Preservação do Património Cultural Português » número dedicado à ACPV lezírias do ribatejo de Vincennes, associação que desde sua criação em 1997 por Joaquim mendes, destaca-se pelo trabalho exemplar que desenvolve na

preservação e valorização da cultura portuguesa.

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www.portugalmag.fr • Maio 2017Literatura10

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Altina ribeiro apresentou o seu último livro, dona Zézinha

Seu filho fez parte do ensino primá-rio e tinha como sentimento a missão de ser um dos melhores alunos.

Foi com amor ao papel e caneta que Altina nos conta as lembranças de Carlos Alexandre, filho de Dona Zézinha, pre-sente na sala Eça de Queiroz em Paris.

Altina aceitou responder a algu-mas perguntas para que possamos fi-car a conhecer igualmente o seu ponto de vista e seus sentimentos sobre esta obra pouco comum.

Altina, como tiveste conhecimento da história da “Dona Zézinha” ?

Foi o filho da Dona Zézinha, o Car-los Alexandre Araújo, que me contou a

Foi no passado 30 de março que Altina ribeiro apresentou o seu 4° livro “dona Zézinha“ no Consulado Geral de Portugal em Paris. Altina conta neste livro a história de uma professora

que ensinou em várias vilas desde Guarda a Sabugal entre 1935 e 1971.

história da mãe. Depois da leitura dos meus primeiros livros, “le fado pour seul bagage” e “Alice au pays de Sala-zar”, vieram-lhe lembranças de tempos passados e começou a contar-me tudo o que lhe vinha à mente, essencialemente momentos dolorosos vividos com a mãe, descritos, apesar das circunstâncias, com muito humor ! Adorei a história e sobre-tudo a maneira dele contar. Vivi o ensino em Portugal durante os meus primeiros anos de escola primária como aluna e es-

crever a história de uma professora qua-se na mesma época, foi para mim uma experiência muito interessante. o Carlos nunca teve na ideia de publicar a sua au-tobiografia. mas, na medida das nossas conversas, pensei que o seu percurso e o da mãe eram muito interessantes e que seria pena de não os partilhar. Sugeri-lhe então de o publicar. o Carlos respondeu--me que a sua história não interessava ninguém e que não tinha recordações suficientes. mas, a cada vez que ele me

Inês OlIveIra

11Maio 2017 • www.portugalmag.fr literatura

Preservar e divulgar a lusofonia em França

falava da sua infância, das relações com a mãe, seja em casa ou na escola, os dois anos passados no seminário, a sua adolescência no colégio e a sua viagem a salto para França aos dezoito anos não decidida por ele próprio, mas pela mãe, com humor que o caracteriza, eu ia escrevendo... Um dia, enviei-lhe quarenta páginas e foi assim que o convenci. o Carlos disse-me então que se alguém devia escrever a história dele, devia de ser eu e ofereceu-ma. E foi as-sim que começou a aventura que durou dois anos e meio.

O que se sente ao contar a história de uma outra pessoa sem trair as suas lembranças?

não é nada fácil contar a história de outra pessoa, mas é muito enrique-cidor. no caso do Carlos, tornou-se complicado para ele porque tinha di-ficuldades em lembra-se de certos mo-mentos e também a confessar algumas situações. Para mim, foi difícil obter dele certas lembranças que estavam em parte esquecidas, mas, pouco a pouco, com a sua ajuda, paciência, dis-ponibilidade, generosidade e amizade, consegui contar esta linda história.

O que achas-te do decorrer da apresentação no Consulado?

Foi para mim uma honra poder lançar este novo livro no Consulado Geral de Portugal em Paris, onde já tive o prazer de apresentar as minhas precedentes obras. Agradeço imenso o Senhor Consul António de Albuquer-que moniz pelo convite e o acolhimen-

to, a presença do Senhor Consul Adjunto, tanto como o apoio de miguel Costa, responsável do serviço cultural, que orga-nisou este evento. também queria agradecer os jornalistas presentes, começando pelo Frankelim Amaral, diretor de redação desta revista, Carlos Pereira, diretor do lusoJor-nal, o fotógrafo mário Canta-

rinha, os jornalistas de lusopress e de radio Enghien, não esqueçendo as pes-soas presentes que participaram ativa-mente ao debate que surgiu depois da apresentação feita por Dominique Stoe-nesco, que escreveu o prefácio do livro. o Senhor Consul, que tomou a palavra no início da apresentação, sublinhou e agradeceu a presença do Carlos Ale-xandre Araújo, dizendo que era bom de o ver ao vivo depois de ter lido a sua his-tória. As pessoas presentes ficaram entu-siasmadas em vê-lo e puderam fazer-lhe perguntas durante o debate e conversar com ele no fim à volta de um copo.

Tens outras apresentações agenda-das para este ou outros livros?

Sim, sábado 13 de maio estarei pre-sente no mercado europeu de Saint--Germain en laye, place du marché neuf e Place de la Victoire, no stand da SAlF “Société des Auteurs lusopho-nes de France” criada em 2011 por um grupo de autores cujo sou membro co-fundador, que tem como principal ob-jetivo de promover as obras de autores lusófonos em França.

Sábado 27 e Domingo 28 de maio, terei o prazer de participar a um fim de semana cultural, evento organizado

pelas agências it Agency e meleana, que terá lugar route des Fortifications em Paris 12.

Em junho, vou apresentar “Dona Zézinha” na livraria Chandeigne, jun-tamente com a biografia de Dan inger, “trois notes de blues pour un fado”, que co-escrevi com o músico e que foi editada há um ano, também pela Chia-do Editeur.

“Dona Zézinha” será também apre-sentada em Portugal, precisamente em Guarda e Sabugal em Julho, no Porto e lisboa em Agosto.

Qual a tua preferência de escrita?As biografias interessam-me por-

que mexem mais comigo e aprendo muito em escrevê-las. As histórias pes-soais, que reflitam também histórias coletivas interessam muito os leitores que se identificam nelas.

Há algum outro projecto previsto?Antes da publicação de “Dona

Zézinha” e de “trois notes de blues pour un fado”, tinha começado a es-crever a história de uma amiga que, in-felizmente, faleceu de maneira trágica. o facto de ela ter partido antes de eu terminar de escrever a história e a pena que ela me deixou, impediram-me de continuar.

Depois da promoção deste novo li-vro, vou mergulhar de novo na histó-ria dessa amiga que será, como ela me tinha pedido, um misto de biografia e de romance.

obrigada Altina pelo teu carinho e pela dedicação, que esta obra tenha o sucesso merecido e desejado.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Literatura12

Preservar e divulgar a lusofonia em França

montante de vendas da biografia de Jean Pina em prol da solidariedade

o empresário João Pina, entregou ao Provedor da Santa Casa da misericórdia de Paris, Joaquim Sousa, um cheque de 1500 euros, valor resultante da venda das biografias “Jean Pina

de Sonhador a Promotor”, escrita por elizabete dente.

João Pina conta que esta foi uma das preocupações iniciais, “parte das receitas da venda da mesma seriam para ajudar instituições de cariz social, em Portugal e em França”.

A primeira apresentação foi no dia 13 de outubro de 2016, na Guarda, “data com grande simbolismo, dada a gran-de crença que tenho por nossa Senhora de Fátima. mais de cinco centenas de pessoas estiveram presentes nesse dia. Seguiu-se Paris, Bélgica e Estrasburgo”, referiu. “Este ano, esta obra será ainda apresentada na Suíça e Canadá”, acres-

centou.Este não é o primeiro donativo con-

cretizado, com o montante angariado com as vendas. “Foram entregues, an-tes da Páscoa, 1.000 euros à AStA- As-sociação Sócio terapêutica de Almeida, Presidida por maria José Dinis relativos à venda da minha biografia em Estras-burgo”.

Este cheque de 1.500 euros, entregue à Santa Casa da misericórdia de Paris, visa impulsionar o apoio desta institui-ção à comunidade portuguesa “da cida-de que me acolheu há mais de 30 anos”.

num futuro próximo vão ser entregues “mais 1.500 euros a uma instituição da Guarda que, neste momento, prefiro não divulgar o nome”.

João Pina agradece a todos os leitores desta biografia, “pois sem eles não seria possível, em tão pouco tempo, entregar estes contributos”.

na fotografia 1, estão, respectiva-mente, João Pina, Joaquim Sousa e o Pa-dre nuno Aurélio, reitor do Santuário de Fátima, onde foi a apresentação ofi-cial da biografia “Jean Pina De Sonhador a Promotor”.

“Há quem se derreta pela nata com chocolate…”

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Preservar e divulgar a lusofonia em França

Helena Batista, uma luta pela dignidade e justiça

Helena Batista é vice-presidente da AmElP, Associação movimento Emi-grantes lesados Portugueses, associa-ção constituída no dia 2 de Fevereiro 2016, é a passagem do mEl (movimen-to Emigrantes lesados ) a Associação de direito português.

o mEl foi constituído em maio de 2015 em Paris por um grupo de emi-grantes portugueses que foram lesa-dos pelo banco BES, esses emigrantes organizavam várias manifestações em Paris e em Portugal. o mEl era assim representado em França pela Helena Batista e em Portugal pelo Sr. luís marques, sendo nomeada Helena como coordenadora e porta voz deste movimento

Em 28 de Dezembro de 2016, a AmElP é reconhecida pela CmVm - ( Comissão Do mercado de Valores mo-biliários ) como associação de defesa

A Portugal magazine esteve à conversa com Helena Batista, uma mulher simpática, simples e bem-disposta, bastante investida na ajuda a quem necessita, uma mulher rigorosa e recta,

como o tem provado nos trabalhos e nas funções que ocupa.dos investidores não qualificados.

A AmElP esteve, no passado dia 12 de Abril, na Assembleia da república em lisboa, onde os dirigentes entrega-ram em mãos próprias ao vice-presi-dente da Assembleia uma petição com cerca de 8.000 assinaturas, petição que visa nos direitos dos lesados do BES.

A AmElP também reuniu em As-sembleia Geral ordinária, em Barrose-las (Viana do Castelo) Portugal no dia 14 de Abril, esteve presente o jornalista da SiC Pedro Coelho, autor da reporta-gem “ Assalto ao Castelo”

A Associação movimento Emigran-tes lesados Portugueses conta com perto de 600 associados inscritos que reclamam os seus direitos e que dese-jam ser tratados como cidadãos Por-tugueses e não como emigrantes de “segunda” visto que a maioria dos ca-sos de residentes em Portugal já estão

resolvidos e que, aqui em França, « es-queceram-se dos filhos da Pátria que estão lá fora». Foram mais de 8.000 fa-mílias que foram lesadas, como realça Helena Batista, que para além de ten-tar recuperar o seu próprio dinheiro, Helena aderiu a este movimento para ajudar os outros, as outras pessoas que por vezes não têm possibilidades nem meios nem forças para se defenderem, nem administrativamente nem até mes-mo intelectualmente, sendo pessoas que podem facilmente ser enganadas por pessoas mais hábeis que utilizam seus postos como meio de pressão.

Helena batista, conte-nos um pou-co a sua luta para não deixar esquecer estas pessoas e dar dignidade a quem trabalha, trabalhou e hoje ficou sem o seu dinheiro.

Eu até digo mais do que essas pa-

15Maio 2017 • www.portugalmag.fr entrevista

Preservar e divulgar a lusofonia em França

lavras « ficar sem o di-nheiro », eu digo que es-tas pessoas foram « rou-badas » dentro de um banco, enganadas pelos gestores em quem confia-vam totalmente, que lhes falavam com palavras lindas e palmadinhas nas costas e “ponha aqui mais umas eco-nomias”. A maior parte desses gesto-res sabiam o que estavam a fazer, isso é traição, isso é crime. Foram enganados por todo um sistema bancário, regula-dores financeiros, etc.

muitas dessas pessoas agora lesa-das viveram em condições de misé-ria, trabalharam duro e até chegaram a morar nos bairros de lata aqui em França quando fugiram à ditadura que assombrava o nosso país, à procura de um futuro melhor para elas e para os seus filhos e hoje, passados estes anos todos, são roubadas desta forma cruel e fria. não só lhes roubaram o dinheiro mas também a sua dignidade, e é por esse motivo que travo este combate, não só pelo dinheiro mas sobretudo pelas pessoas, às quais até chego a ser-vir de psicóloga para algumas delas, ouvi-las, dar-lhes forças, até enxugar as lágrimas ao telefone. isto é injusto, é uma profunda injustiça e isso revolta--me. É um desrespeito total pelos emi-grantes no seu todo. E é também con-tra isso que lutamos, só queremos ser considerados e tratados como aquilo que somos: Portugueses, que sentem a pátria tanto ou mais do que os que ficaram nas nossas terras lusitanas.

Vê-se que é uma pessoa muito sensível, preocupa-se pela causa dos outros, estou certo ?

Posso dizer que sim, (risos) já no meu trabalho tento ser a mais humani-tária possível. Por vezes tento ir mais longe na compreensão de uma pessoa quando essa não se encontra bem no trabalho, tento ajudar, escutar, com-preender e agir com acções concretas e não só com ouvidos, e neste caso espe-cífico dos lesados do BES, há pessoas que estão a viver com uma reforma mínima. tinham amealhado com to-das as dificuldades que isto implica – e que todos conhecem - o seu pé de meia e contavam com essas economias para ter um pouco de descanso e se-rem felizes para o fim das suas vidas e ajudarem quem mais gostam, comprar umas prendas aos filhos, aos netos e aproveitarem a vida e isso foi-lhes re-

tirado, assim sem mais nem menos na noite do dia 3 de Agosto de 2014. Vi-das, projetos, sonhos destruídos…

Uma luta sem a força do coração nunca será vencida, é necessário mui-ta coragem, muita energia, e esque-cer por vezes a nossa própria pessoa e pensar nos outros. Por tudo isso eu continuo nesta associação a defender todos por igual, e a continuar a lutar seja pela via judicial ou extrajudicial, esgotando todas as possibilidades ao nosso alcance. A ver vamos o que ire-mos conseguir, mas no entanto há que continuar a acreditar diariamente que este sofrimento todo pelo qual estamos a passar, no fim, vai valer a pena.

Como está agora a situação dessas famílias ?

A complexidade da situação é que as economias destas famílias tinham sido usadas em offshores pelo BES para fins especulativos. A responsabili-dade sobre estes produtos transitaram para o novo Banco que foi criado com a resolução, mas pouco tempo depois, percebemos que aquilo que nos tinha sido vendido como depósitos a pra-zo com capital e juros garantidos na maturidade afinal não o eram e todo o nosso dinheiro já estava bloqueado. Foi-nos então apresentada uma pro-posta por parte do novo Banco no mês de Agosto 2015 para recuperar parte daquilo que nos tinha sido roubado, proposta esta que consideramos des-de logo vergonhosa, e são essas pes-soas que não se quiseram submeter a um novo ‘roubo’ que estão a lutar. São cerca de 2200 famílias, continuam a re-ceber um extrato bancário virtual e as economias estão lá bloqueadas desde Agosto 2014. As outras 6000 famílias voltaram a ser outra vez enganadas, assinaram um contrato de 19 páginas, onde estavam a entregar de uma cer-ta forma de mão beijada todos os seus direitos ao novo Banco. A chantagem que se começou a vislumbrar por parte dos gestores que entravam em contac-to connosco, clientes, era que se não assinássemos, perdíamos tudo.

muitas destas famílias já tinham

advogados e até eles não perceberam o conteúdo da proposta, onde esta-va estipulado que em 6 anos, quem assinasse o documento, iria receber o capital total, mas o que é certo é que depois de ler e reler o documento,

acabamos por compreender que, o que o Banco estava realmente a que-rer fazer, era com que concordásse-mos que tinhamos comprado acções, e isso é pura e simplesmente mentira! É mentira porque este dinheiro era co-locado em depósitos a prazo para não residentes, e também ao assinar, estes emigrantes perdiam o direito de pro-cessar o BES, o novo Banco, o Banco de Portugal, etc…, ficavam assim sem direitos nenhuns. E nos melhores dos casos, o que realmente acontece é que estas pessoas que acabaram por assi-nar a proposta, vão receber apenas 30 por cento do capital total em 6 anos, e a restante percentagem fica convertida em obrigações do novo Banco, com maturidades em 2049 e 2051, sem valor nem garantia de rentabilidade.

muitas destas pessoas, a esmaga-dora maioria tem acima de 65 anos, e infelizmente já não vão cá estar quan-do o prazo das obrigações chegar ao fim, ficando assim sem nada, nem para elas nem para os seus familiares, por quem tanto sofreram. É uma pura injustiça, e sentimo-nos de uma certa forma abandonados pelo País e pelos nossos Governantes porque sentimos que fomos postos de parte, que a nossa situação não é prioritária nem relevan-te para quem governa em lisboa, e que estamos por nossa conta própria a lu-tar contra os tubarões da finança.

isto é grave, gravíssimo para estas pessoas, para estes emigrantes, e ficará sem dúvida na história nacional esta mancha indelével de desconsideração para com os emigrantes que tanto de-ram ao nosso país.

Helena, sabemos que recebe men-sagens de apoio pelo trabalho e ajuda neste processo, um dos seus braços direito é luis Marques, o actual pre-sidente da AMElP, como foi a vossa união?

tive a sorte de encontrar o luis marques através das redes sociais. Ele é uma pessoa extraordinária, já esta-va a lutar do lado dele em Portugal, a ajudar como podia as pessoas e a de-fender com os meios que tinha ao seu

“...devolvam a dignidade a estas famílias antes que seja tar-de demais, devolvam a dignidade a estas famílias, apaguem

esta mancha negra na emigração.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Entrevista16

Preservar e divulgar a lusofonia em França

alcance e nós aqui também estávamos a fazer o mesmo. o luís, foi emigran-te e hoje está a residir em Portugal, é lesado tal como eu e todos aqueles que fazem parte da AmElP, também tem lutado muito por esta causa, temo-nos apoiado um ao outro, somos comple-mentares. temos sacrificado parte das nossas vidas pessoais, familiares e profissionais para tentar ajudar os ou-tros lesados. Quando é necessário não hesitamos, vamos sempre com força e coragem cada vez que o dever chama por nós. E acreditamos que a união faz a força, foi por isso que foi criada esta associação.

Helena, qual a mensagem que queria transmitir aos governantes, os quais, se quisessem, podiam ter um papel importante nesta situação?

onde estão as promessas do 11 de Junho de 2016, no antigo bairro de lata em Champigny-sur-marne? onde está a justiça? três anos já passaram desde que aconteceu a resolução do BES e continuamos à espera!

ninguém fez nada por estas pes-soas honestas que sofreram para pro-curar o pão que o país que os viu nas-cer lhes negou. muitos deles vieram a

salto, fugindo do fascismo, salazaris-mo, mas sobretudo da miséria. Vive-ram em condições precárias e indig-nas! Eram os “refugiados de outrora” e hoje sentem-se discriminados, rou-bados e quando a sociedade fala deles é quase como se fossem pestiferados! Quando são eles as vítimas que confia-ram no país e foram levados por gesto-res e banqueiros indecentes.

Senhores Deputados, Senhor Se-cretário de Estado das Comunidades, Exmº Senhor Presidente da repúbli-ca, Senhor Primeiro ministro, Senho-res Governantes de uma forma geral, a mensagem que quero transmitir é esta: devolvam a dignidade a estas famílias antes que seja tarde demais, devolvam a dignidade a estas famí-lias, apaguem esta mancha negra na emigração. Façam a vossa parte, não se trata só de fazer justiça por e para alguns, mas trata-se também de dar uma nova confiança a todo um siste-ma financeiro e banqueiro completa-mente descredibilizado com os acon-tecimentos dos últimos anos. E esta confiança passará sempre por acções, decisões e medidas tomadas por vo-cês, aqueles que têm os poderes go-vernativos.

Helena batista, como vê Portugal? Qual a sua ligação além da sua inter-venção neste caso ?

Eu adoro Portugal, custou-me mui-to habituar-me a Paris, à França quan-do tive eu também de emigrar. não posso dizer que me sinto totalmente feliz em Paris, não, porque os meus fi-lhos estão a viver em Portugal, o que me faz ir lá várias vezes e eles, quando conseguem, também vêm cá algumas vezes a Paris e assim vamos matando as saudades.

Eu amo Portugal além destas coisas que acontecem e que por vezes nos fa-zem sentir traídos, mas eu apaixonei--me principalmente pela cidade do Porto, pelas pessoas, pelas suas ruas típicas e coloridas, pelo rio, pelo mar, pela magia da cidade, pelas suas gen-tes, e é lá que residem os meus filhos. Vou sempre que posso.

também tenho muito afecto pelas minhas raízes transmontanas, e sou fe-liz quando estou lá por Valpaços.

Vivo em Paris, mas sem dúvida o meu coração está em Portugal.

Obrigado Helena por esta entre-vista, tens mais algumas palavras a deixar ?

Queria agradecer à minha famí-lia, amigos e a todos os que se irão reconhecer, que têm lutado ao meu lado, apoiado, que me têm ajudado nesta missão. muita coragem a todos os lesados e a todos os membros da AmElP.

Deixo também umas palavras de apoio a todos e que nunca desistam de lutar pelos vossos direitos, pela vossa dignidade, por aquilo que trabalharam toda uma vida, e que nunca deixem os valores materiais passarem acima dos valores humanos.

“A complexidade da situação é que as economias destas familias tinham sido usadas em offshores pelo BeS

para fins especulativos.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Exposição18

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exposição “revolução e democracia: A memória

dos cravos” em ParisA oitava temporada do festi-

val, organizado por Emmanuel Demarcy-mota, diretor do théâtre de la Ville, contará com artistas de Portugal, Espanha, Grécia, Croácia, reino Unido e Países Baixos, que apresentarão espectáculos recentes até ao final de maio.

A abrir, o Chantiers d’Europe inaugurará, no Espace Cardin, a ex-posição “revolução e democracia: A memória dos cravos”, produzi-da pelo museu do Aljube (lisboa) e que inclui cartazes do período revolucionário português, fotogra-fias, testemunhos e a exibição de três filmes. na sessão de abertura será prestada homenagem a mário Soares.

o festival Chantiers d’Europe

estender-se-á até ao dia 24 de maio com propostas culturais que in-cluem teatro, dança e música.

no dia 4 de maio, Vera mantero apresenta o espectáculo “o limpo e o sujo”, que a coreógrafa vai in-terpretar com Elizabete Francisca e Francisco rolo, e, no dia 6, é apre-sentada a peça “Habrás de ir a la guerra que empieza hoy”, de e com Pablo Fidalgo lareo, que será coin-terpretada com o ator português Claúdio da Silva.

A 13 de maio, o coreógrafo mar-co da Silva Ferreira interpreta a co-reografia “Brother”.

o Chantiers d’Europe terá ain-da duas propostas artísticas para os mais novos: “Sopa nuvem”, da Companhia Caótica, descrita como

um “thriller culinário”, e “Do bos-que para o mundo”, de miguel Fra-gata e inês Barahona, com a crise do refugiados como pano de fundo.

A programação dedicada a Por-tugal termina no dia 20 de maio com o espectáculo de voz e piano com Sérgio Godinho, o pianista Fili-pe raposo e a participação especial da rapper Capicua.

nos últimos anos, Portugal tem estado consecutivamente em desta-que na programação do Chantiers d’Europe, contribuindo para uma internacionalização dos artistas portugueses, e muitos dos espectá-culos têm sido concebidos em par-ceria entre o théâtre de la Ville e estruturas e organismos culturais portugueses.

Uma exposição para recordar os valores da revolução de Abril de 1974 abrirá, a 2 de maio, o festival Chantiers d’europe, organizado pelo théâtre de la Ville, em Paris.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Literatura20

Preservar e divulgar a lusofonia em França

essa calma que Fernanda não « con-segue » ou não conseguia encontrar até escrever este livro, como refere Fernanda, uma maneira de fazer um luto, depois da morte do pai, que fa-leceu quando Fernanda tinha 3 anos.

Apresentação do livro « resistir ao tempo » de Fernanda rumor miranda

resistir ao tempo é mais um livro da jovem editora Portugal mag Edi-ções, editora que tem vindo a editar varias obras e trabalhos no seio da comunidade.

A apresentação foi na sala de eventos do restaurante Canto da Sau-dade em Champigny, Fernanda esta-va rodeada de amigos, família e tam-bém outras pessoas que gostam de li-teratura e que assiduamente marcam presença nestes eventos culturais.

A apresentação contou com lei-tura de poemas pelas filhas Cecília miranda, Cláudia miranda, o irmão manuel rumor e a sobrinha Jennifer miranda, a autora fez questão em ser a família a ler os poemas, visto a im-portância que dá à família e os senti-mentos retratados no livro.

na maioria das paginas deste li-vro, podemos encontrar poemas, al-guns textos que transcrevem para o papel as vivências de Fernanda mi-randa, as aventuras, as lembranças, as saudades, as dificuldades sempre acompanhada pela fé, pela esperan-ça, pelo acreditar que a força de von-tade e a luta numa vida serena podem ser o caminho para a calma interior,

Fernanda miranda apresentou o seu primeiro livro intitulado « resistir ao tempo ». A apresentação esteve a cargo de Fankelim Amaral, Alice machado, Ana ribeire e a própria autora.

Fernanda rumor miranda conta--nos que este seu livro de Poesia é « fundamentado sobre o que transi-ta nos caminhos da vida. Quando os pensamentos divagam no meio dum espírito saturado, sentia um impulso que me dava vontade para escrever. Uma pequenina voz murmurava ao ouvido, escutando o que me ditava a alma, ia fazendo uns rascunhos, perdida no meio da minha loucura, pouco a pouco brincando com as pa-lavras, umas frases foram ficando no papel e como por magia, à medida que o tempo passava, encontrando--me em silêncio no meu refúgio ocul-to, descobria uma certa serenidade ».

Acrescentando a autora : « So-nhos todos temos, mas há sempre contratempos que nos rodeiam, que nos fazem frente, nos travam as for-ças e nos deixam o corpo carregado de dores, tristezas no meio de sepa-rações, revoltas, saudades, tantos sofrimentos que não conseguimos expressar e há tantas lágrimas que tentamos esconder por traz de sorri-sos. Quanto às dificuldades, elas são experiências que nos podem tornar mais fortes, apenas temos de encon-

FernanDa ruMor MiranDa

21Maio 2017 • www.portugalmag.fr literatura

Preservar e divulgar a lusofonia em França

trar maneira de as contornar para re-sistir ao tempo. »

na apresentação, Ana rebeire, es-critora e artista plástica, citou a força e a coragem que Fernanda teve em escrever este livro, como as poesias eram sentimentos que transbordam para fora do papel, gritando momen-tos de sua infância até aos dias de hoje .

Alice machado, escritora com dezenas de livros editados, tomou a palavra por sua vez : « as vozes e os silêncios na poesia de Fernanda rumor miranda, neste conjunto har-mónico de poemas que deu o título a este livro « resistir ao tempo », a autora atinge aqui uma beleza muito sensível, através, por vezes, de metá-foras que nos tocam directamente a alma.

os sinais, os secretos apelos que na natureza se inscrevem – entre os quais o oceano – as montanhas – a luz divina – os arvoredos, as lágri-mas, a ausência, a viagem, sempre a recomeçar, o tempo não para, escreve a autora, mas temos que ser resisten-tes neste mundo em plena agitação, nestas turbulências incessantes…

São vozes positivas da poetiza, mesmo quando melancólicas, fontes de amor, revelação de grande huma-nidade, que chegam até nós, traçam o caminho.

Escrever é uma das formas de dar corpo aos nossos sentimentos mais profundos, aos nossos estados de es-pírito, à nossa visão do universo.

Eu diria que todos os poemas des-te texto, são fruto de uma apurada sensibilidade da autora, feminina,

essencial, atenta à voz da consciên-cia, magoada com injustiças, os ma-les físicos e morais, ela escreve com a alma, sente e faz sentir aos leitores o que escreve, todas as palavras es-boçadas, que saíram enfim da gaveta, gritos e mensagens de tal modo for-tes que podem mesmo sensibilizar até as lágrimas…

Um hino à saudade, ao amor, às origens… um canto de louvor, doçu-ra, de tristeza em versos de encantar ! A luz da fé, o apelo à transcendência, ao divino, ao eterno.

Vale a pena extasiar a alma com estes magníficos poemas, que vêm ecoar nas montanhas da consciên-cia… vamos subir com a poetiza, para respirarmos os ares puros, esté-ticos e poéticos da sua mensagem…

nunca deixe secar a fonte da sua

inspiração Fernanda rumor miran-da, lembre-se de que há tanta bele-za, tantos sentimentos que nos são necessários, tanta generosidade para não enlouquecer-mos, como deixa transparecer em alguns versos, para continuar-mos a resistir ao tempo re-tratado nesses tão belos poemas, nos quais podemos misturar lágrimas e sorrisos, numa mensagem criado-ra que faz com que o leitor caminhe sempre em frente, apesar de todas as contrariedades da existência,… Assim: rosas perfumadas, com espi-nhos, continue a desenhar poemas, tal um príncipe encantado, vendedor de sonhos, para juntos reencontrar-mos o caminho certo »…

Eu vou consigo!…obrigada por este tão belo, tão

profundo, tão cristalino, tão emotivo testemunho, por este seu primeiro percurso de memoria escrita, arran-cada à gaveta da sua Alma que é ca-paz de nos interrogar: Como posso eu, entre vozes e silêncios, resistir ao tempo? » Acabou assim Alice macha-do as palavras dirigidas à autora.

Frankelim Amaral também falou da autora, do percurso e desenrolar do livro.

no final, Fernanda agradeceu a todos os presentes, aos proprietários do restaurante Canto da Saudade, pela disponibilidade em lhe ceder a sala, acabando a sessão por agrade-cer ao seu marido, às filhas e netos pela confiança, pelo apoio e pela for-ça à sua mãe, seus familiares e às sin-ceras amizades que na vida a acom-panham.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Comemoração22

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25 de Abril... terra da Fraternidade

Portanto foram homens e mulheres que neste jantar dito da liberdade, en-toaram o Grandola Vila morena e outras canções do carismático Zeca Afonso. Canções simbólicas da nossa revolução, considerada a mais bela de todas as revoluções que o mundo conheceu até agora (e talvez a jamais), sem vítimas, sem violência.

Esta comemoração do quadragésimo terceiro aniversário da revolução dos Cravos, onde todos tinham histórias e lembranças desse tempo, e como sempre e logo que se fala de “relembrar”, alguns convivas com emoção contaram como viveram o 25 de Abril, antes, durante e depois e até como atores ! Como o tes-temunho de José oliveira que foi oficial e serviu sobre as ordens do capitão Fer-nando José Salgueiro maia . o deputado PS Paulo Pisco também relembrou que o povo português se libertou do Fascismo e que devemos ser vigilantes e responsá-

Homens e mulheres juntaram-se em montesson para comemorarem o 25 de Abril. esta iniciativa de dois amigos começou à 4 anos com 18 pessoas, agora a organização não pode satisfazer todos os pedidos devido à capacidade

de acolhimento do restaurante “Jardins de montesson” que pode acolher até 100 pessoas.

veis pelas nossas acções. E que é um dever de relembrar esta data do 25 de Abril... E o porquê dessa revolução! Porque o mundo em que vivemos é um mundo incerto, mundo de tentações, mundo onde milhões de humanos vivem sobre o domínio de ditadores e outros “mar-chand de rêves” que prometem mundos e maravilhas. ninguém se deixe cair na tentação de “experimentar” outra varian-te da democracia para ver se as coisas são melhores...

A França está neste momento a escolher um presidente para dirigir os destinos durante os próximos 5 anos. Há muitos homens e mulheres que dizem « nem um nem outro »! Eu não digo que o candidato “republicano” seja o melhor... mas é o que defenderá melhor os valores deste lindo país que é a França! Como pode haver hesitação entre ele e a outra ...Acordem ! Como é que se pode hesitar entre um candidato

de um partido familiar que cujos valores são : a mentira, a xenofobia, o racismo... como se pode hesitar ! não se esqueçam de onde veem ou vieram os vossos pais ! mais de 40 anos de ditadura, de opressão, fome e miséria! não vos deixais cair na tentação... e livrai-nos do mal! São pala-vras da oração universal do Pai-nosso... fazei delas vosso lema.

Deixo-vos com esta citação de nelson mandela:

“ninguém nasce odiando outra pes-soa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar! “

Abril Sempre !

luis Gonçalves

23Maio 2017 • www.portugalmag.fr literatura

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Portugal Comedy Festival encheu trianon de gargalhadas

o primeiro a subir ao palco foi o co-mediante Jonathan da Silva, um rosto conhecido das redes sociais, pela co-munidade portuguesa, onde divulga os seus vídeos de humor. Debruçando--se sobre o tema da emigração e outros, Jonathan da Silva fez soltar as primei-ras gargalhadas do público.

A animação continuou com o hu-morista José Cruz, que trouxe ao públi-

o humor português foi até Paris! o teatro “le trianon” recebeu o espectáculo “Portugal Comedy Festival”, organizado pela Portugal magazine e a dyam Produções, que proporcionou

a toda a plateia uma tarde repleta de gargalhadas e bom humor.

co o seu trabalho da “Double Culture”, onde expõe as várias situações carica-tas com as quais se identifica, por ser filho de emigrantes portugueses e ter nascido em França. Uma paródia iné-dita onde as duas culturas “entram em conflito”, e o resultado é hilariante.

Seguiu-se o espectáculo principal, “loucura dos 50”, com os actores Joa-quim nicolau, António melo, Almeno

Gonçalves e Fernando Ferrão, que su-biram ao palco e levaram toda a pla-teia numa “viagem bem-humorada”. Dando vida a quatro personagens, amigos que não se viam há algum tem-po e se reuniram para comemorar a festa do quinquagésimo aniversário de um deles. todos com algo em comum, já passaram a fasquia dos 50 anos.

o espectáculo desenvolve-se numa

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www.portugalmag.fr • Maio 2017Evento24

conversa super animada onde todos falam dos seus problemas, os dese-jos… sempre com muita gabarolice à mistura.

trata-se de uma peça escrita por Frederico Pombares, Henrique Dias e roberto Pereira, que fez sucesso nos teatros portugueses, e nasceu do se-guimento da anterior “loucura dos 40”.

o feedback do público, durante e no final do espectáculo, foi bastante positivo. todos saíram da sala com um sorriso estampado no rosto, reflexo dos momentos bem passados dentro da sala.

A Portugal magazine falou com os artistas do Portugal Comedy Festival, que nos deram o feedback de ter actu-ado em Paris, no trianon.

opinião colectiva dos actores do es-pectáculo “loucura dos 50” :

o público que esteve presente recebeu-nos e acolheu-nos de forma calorosa, generosa e muito afável, dei-xando-nos a vontade de voltar a Paris e levar mais momentos de boa dispo-sição. reagiu, participou, riu muito, aplaudiu e fez-nos sentir em casa. Foi uma excelente experiência conhecer e actuar no trianon. Sentimos que ao fa-

zer chegar a todos e com a mesma in-tensidade que representamos sempre, um espectáculo adequado, com a boa energia dos momentos que por aqui vivemos, permitimos que mantenham o coração mais perto de Portugal. Fi-car mais perto e ficámos todos mais perto. Desejamos muito poder voltar adaptando cada vez mais os nossos espectáculos ao encontro das necessi-dades do povo Português fora de casa. Continuar a manter as ligações cultu-rais é o nosso interesse. Estamos gratos a todos!

Jonathan da Silva (facebook.com/Jonathan-da-silva)Foi muito bom! Foi um espectácu-

lo importante para mim, claro. Falei sobretudo da situação dos emigran-tes portugueses, em França. o meu objectivo é brincar com a situação, e tem corrido bem. É um tema comum a todos porque os portugueses sentem muita falta de Portugal. E nessa parte de saudade, também podemos tirar a parte boa, de rir. Como emigrante que sou, falo também um pouco da minha vida… sobre os temas actuais, de tudo um pouco. nasci em França, e estou a gostar deste trabalho, que começou numa brincadeira e tem sido bem rece-

bido pelas pessoas. Quanto ao trianon, apesar dos nervos… foi uma experiên-cia muito boa, gostei bastante de pisar o palco e interagir com o público.

Pelo que vi, as pessoas fartaram-se de rir, por isso, fico satisfeito. É sinal que gostaram do que viram.

José Cruz (facebook.com/JoseCruzofficiel)o espectáculo “Double Culture”

fala sobre a minha dupla nacionalida-de… Como é que um jovem pode vi-ver com essa dupla cultura, retirando o que tem piada e a riqueza que nos trás. nos princípios da emigração, as coisas eram bastante diferentes de hoje em dia. E tudo mudou, porque falo agora como actor… graças aos meus sonhos, à vontade e toda a dedicação que os ‘nossos’ pais tiveram. Estou muito agradecido.

Já tinha estado no trianon. mas esta foi a primeira vez, com um espectáculo em português. Foi uma grande honra actuar para um público português, tendo eu também raízes portuguesas e partilhar o palco com os outros actores.

Acho que funcionou muito bem, porque as pessoas reconhecem-se nas coisas que falo e revêem-se em algu-mas situações caricatas ditas em palco.

25Maio 2017 • www.portugalmag.fr evento

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Preservar e divulgar a lusofonia em França

A rio Conseils & Crédits nasceu em 1990, e desde então tem dado auxílio a diferentes tipos de clientes, quer a nível financeiro, quer na parte aconselhamento.

rio Conseils Crédits, Armando e Fernando rio:

27 anos ao serviço da comunidade

Com mais de 25 anos de experiên-cia, a seriedade, o rigor, a exigência, o profissionalismo, a escuta do cliente e o acompanhamento, são os ingredientes que estão na base da linha de trabalho desta empresa, e que tem conferido, ao longo destes anos, o sucesso contínuo na prestação de serviços.

trata-se de uma empresa familiar, fundada pelos irmãos Armando e Fer-nando rio, que assumem a liderança e têm dado resposta aos desafios que lhes são apresentados.

Em paralelo, foi criada a empresa riVE Assurances, de forma a obter os seguros de vida para os financiamen-tos com as melhores condições do mer-cado.

Após uma análise cuidada, sobre a compra de bens em Portugal, nasceu também a empresa Sublime ribalta, que foi criada em lisboa e hoje tem concretizado vendas na área da gran-de lisboa e um pouco por todo o país.

Para uma abordagem mais pro-funda, a Portugal magazine esteve à conversa com os dois pilares da rio Conseils & Crédits, que nos abriram as portas e mostraram como as coisas funcionam.

Como nasceu a « Rio Conseils Cré-dits»?

A génese da empresa derivou da chegada a Paris do actual Presidente da S.A.S, Armando rio, natural de Via-

na do Castelo. Então tenente oriundo da Academia militar no curso de ad-ministração, tendo efectuado o Smo (serviço militar obrigatório) no regi-mento de Comandos em 1984. logo à chegada, no ano de 1990, tendo o espí-rito de sacrifício e a garra incutida nas forças Comandos enveredou pela vida empresarial, pelo desafio latente, pela vontade de singrar e desmoronar um a um os obstáculos fixando e atingin-do objectivos sucessivos. objectivos que ultrapassados e com visão retros-pectiva deixam de o ser e permitem relativizar os vindouros! nada, a não ser factores de saúdes inalienáveis po-derão deter “vontades férreas”! o su-cesso da empresa foi exponencial.

27Maio 2017 • www.portugalmag.fr entrevista

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Quem faz parte da equipa desta empresa?

nunca quisemos ter quantidades de comerciais para os quais a serieda-de não é razão de trabalhar. Por isso mantemos o espírito de família. A base do sucesso está bem assente neste cri-tério. Somos todos comerciais e admi-nistrativos, nesta empresa não há uma relação patrão/empregado. A imagem é: estamos todos numa embarcação re-mando no mesmo sentido. Por vezes em calmas águas, por vezes turbulen-tas. mas sempre coesos e prontos a so-lucionar em conjunto. não há elo mais fraco. Puxamos pela exigência a cada dia dando o melhor de nós, não con-tando horas nem dias. nosso leitmotiv é só a satisfação do cliente. organigrama linear: Armando rio, Fernando rio (irmão), Bruno rio (sobrinho), marc Veron, antigo bancário francês, que não vai tardar a falar português(risos).

Enquanto dirigentes da empresa, como avaliam o desenvolvimento da mesma ao longo destes anos?

A empresa ao longo destes 27 anos adquiriu uma notoriedade que por ve-zes ainda me surpreende. Em todo o lado encontramos clientes e quão bom é de cabeça alta poder olhar nos olhos, ver sorrisos nesses rostos. Para mim mesmo antes do aspecto peculiar é essa a verda-deira recompensa.

Assente na seriedade, antigos clien-tes foram já financiados pela rio Cré-dits no decorrer dos anos por várias vezes nas diferentes compras efectua-das tanto em habitação principal, como para arrendamento. Clientes trazem os filhos que entretanto cresceram e com-pram casa. não será a maior prova de confiança? óbvio que sim!

no preambulo da empresa, as re-lações com os bancos eram mais flexí-veis, a posteriori, mas a legislação veio enquadrar de forma um pouco mais rigorosa a atribuição dos créditos habi-tacionais. normas que vieram apurar e pela positiva seleccionar empresas deste ramo.

É com grande agrado que vi meus compatriotas comprarem residência

própria e muitos enveredarem pelo investimento para arrendamento a ter-ceiros constituindo um património por vezes alargado.

o facto de ter relações estáveis com os bancos, não havendo problemas de maus pagamentos, contribui para a imagem de rio Crédits, sendo hoje uma referência no mercado parisiense e arredores. Atendendo ao fluxo de pe-didos, alargamos a nossa intervenção aos empréstimos para compras imo-biliárias em Portugal e o crescimento destes têm sido notório.

A compra de bens em Portugal, nunca esteve tão dinâmica!

Com análise neste avanço, empre-sa Sublime ribalta, foi criada na zona da expo em lisboa e hoje efectuamos vendas na área da grande lisboa e um pouco por todo o país.

Quais são os serviços que a Rio Con-seils Crédits ‘oferece’ aos seus clientes?

rio crédits é uma empresa inde-pendente, nunca dependeu de franchi-sing ou outras correntes.

“rio crédits é uma empresa independente, nunca dependeu de franchising

ou outras correntes.

Com o conhecimento adquirido ao longo destes anos, rio Crédits sabe qual o plano de crédito mais adaptado a cada solicitação porque cada pedido é único apesar das pessoas terem ten-dência a generalizar.

negociamos as melhores condi-ções a nível de taxa, de garantias de supressão de penalidades em caso de reembolso de parte ou totalidade dos capitais em dívida.

temos um « Know-how » das re-lações CliEntE /rio CrEDitS /BAnCo que só a experiência garante. Ao constituir um pedido temos quase certeza das características inerentes a cada processo do banco com suas res-trições, suas exigências, para obter o acordo do crédito.

Um ganho de tempo, uma negocia-ção de condições que rio Credits pode obter porque ao entrar num dos nossos escritórios é como se entrasse numa multitude de organismos bancários e mesmo sem marcação.

Em paralelo a esta actividade fi-nanceira, criamos a empresa riVE As-surances, de forma a obter os seguros de vida para os financiamentos com as

melhores condições do mercado.o custo de um crédito não se resume

a uma só taxa. Diferentes custos adicio-nais, como despesas de garantia, despe-sas do processo, seguros… etc., devem ser tomados em consideração. A perpé-tua mudança na legislação de atribuição de capitais e fiscalidade fazem de rio Crédits um interveniente importante.

Enquanto empresa deste ramo, que valores são venerados, no desen-volvimento do vosso trabalho?

Condição sinequanone essencial na nossa actividade é a seriedade, sem a qual é impossível avançar e ser respei-tado. o rigor, a exigência , o profissio-nalismo, a escuta do cliente e o acom-panhamento!

Sendo a rio Crédits o elo de ligação Cliente/Banco, temos que conciliar in-teresses “antagónicos”, procurando o justo equilíbrio satisfatório para este triângulo económico.

Quais os projectos reservados para o futuro da Rio Conseils Crédits?

Ao defrontar com o elevado nível das rendas, a opção compra é cada vez

mais vigente.Com um crédito, há a parte de

amortização de capital criadora de ri-queza. A compra de um apartamento por um jovem casal serve de trampo-lim para a futura casa. Para além do facto de terem a cobertura do seguro em caso de doença.

As rendas não têm retorno em ter-mos de capitais. É um recomeçar cons-tante de zero.

A rio Crédits intervém no ‘reagru-pamento’ de créditos, criando condi-

ções ao estabelecer um cré-dito global com taxa baixa de forma a permitir um ganho substancial nos custos finais com mensalidades menos im-portantes. A rio Crédits sem-pre foi apenas e exclusiva-mente vocacionada e orienta-da para o crédito imobiliário

e só agora com as condições reunidas diversificou no seguros e imobiliário Portugal. E sempre com intuito de aju-dar a clientela!

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www.portugalmag.fr • Maio 2017Entrevista28

Preservar e divulgar a lusofonia em França

“Sendo a rio Crédits o elo de ligação Cliente/Banco, temos que conciliar interesses “antagónicos”, procurando o justo

equilíbrio satisfatório para este triângulo económico.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Associativismo30

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ABP acolhe em Paris presidente da Associação desportiva do Campanário

no dia 22 de abril de 2017, foi a vez de os compadres acolherem em Paris luís Drumond, presidente da associação.

A noite foi preparada para propor-cionar um evento de classe: um passeio de barco pelo rio Sena, acompanhado de um jantar. o ponto de encontro, ao pé da torre Eiffel, obrigou alguns compa-dres e comadres a apressarem-se para não perderem o barco, que levou os 34 convivas a apreciar alguns dos mais

na iniciativa roupa Sem Fronteiras 2015, a Academia do Bacalhau de Paris apoiou a Associação desportiva do Campanário, na madeira. na sequência desse apoio, um grupo de compadres e comadres

da ABP deslocou-se àquela ilha portuguesa em outubro de 2016.

belos monumentos da capital francesa.A ementa, 100% de origem france-

sa, incluiu foie gras, poulet de bresse ou salmão grelhado, seguido de um bolo de chocolate para sobremesa. mas mais que um jantar, esta foi uma ocasião para os presentes conviverem, debaterem e aproveitarem um bom momento juntos.

De regresso ao cais, os compadres apressaram-se de novo, desta vez para chegar a tempo ao Portologia, onde

foram extremamente bem-recebidos pelo gerente, Julien dos Santos. Ao entrar no espaço, no bairro de Arts et métiers, os convivas foram invadidos pelo odor do vinho do Porto, dos cafés acabados de servir, dos queijos de cabra e da charcutaria tradicional portuguesa. Enquanto esperavam para degustar os típicos pastéis de nata, luís Drumond agradeceu a todos os presentes pela simpática receção e pela amizade que se instalou entre as pessoas das ABP e da Associação Desportiva do Campanário.

A noite teria terminado pelas 23h00, após uma degustação de vinhos do Porto, não fosse o facto de Fernando lopes, presi-dente da ABP, fazer anos no dia seguinte. o grupo ficou então até à meia-noite, altura em que começou a cantar os parabéns em uníssono. Seguiu-se o hino da Academia do Bacalhau – tudo à porta fechada, para impedir que os turistas curiosos que por ali passavam se juntassem à festa.

DIana BernarDO

31Maio 2017 • www.portugalmag.fr aventura

Preservar e divulgar a lusofonia em França

Foi no dia 27 de Abril que esta aventura arrancou. em Coignèeres (78), local onde está sediada a empresa destes veículos. Jean-michel martins, acompanhado do jornalista nicolas meunier, da revista ‘Géneration sans Permis’, deu à chave (do carro para o qual não é necessário

carta de condução) e arrancou com destino a Penacova.

Viagem de França a Portugal em carro sem carta de condução “microcar”

Com uma velocidade máxima permitida de 50 km/hora, 1800 qui-lómetros separavam o ponto de par-tida, do ponto de chegada.

Depois de três dias ao volante, percorrendo apenas estradas nacio-nais… e passando por duas frontei-ras, ao volante da viatura, o percurso culminou com a chegada à aldeia na-tal de Jean-michel martins, Penacova (distrito de Coimbra). A recepção foi calorosa, tendo recebido toda a equi-pa em festa, com direito a foguetes e à presença de várias dezenas de po-pulares. Ainda o presidente da câma-ra local, que ofereceu ao condutor e mentor desta ideia, um brinde, pelo sucesso da aventura, uma placa, com a imagem do carro que percorreu os 1800 quilómetros.

Ao longo da viagem, os internau-tas foram recebendo notícias, através

das publicações regulares na página do facebook do ‘Groupe EA’, mos-trando o registo de algumas passa-gens e paragens que foram feitas du-rante o percurso.

Jean-michel martins dirige o Groupe EA, que assume a liderança no sector das vendas de carros sem carta de condução.

Esta viagem teve como objectivo principal a promoção da marca ‘li-gier’ dos carros sem carta de condu-ção, a fim de mostrar que são carros modernos e fiáveis. Jean-michel mar-tins reitera pertencer a “uma activi-dade que está a seguir uma estrada nova, e por isso temos de democra-tizar as ideias que temos sobre estes carros”, que afirma serem idênticos aos ditos “normais, quer a nível de segurança, quer a nível de equipa-mento”. Só a questão da velocidade

é que é diferente. Só podemos andar até 50 quilómetros por hora. mas ti-rando isso, é perfeitamente normal”, garante.

mais uma meta atingida, na vida do empresário Jean-michel martins, que até ao momento, a maior via-gem que tinha feito ao volante de um carro assim foi de 50 quilómetros. o que, fazendo as contas, foram “ape-nas” mais 1750 quilómetros!

o carro sem carta percorreu assim as estradas de França, até Portugal, acompanhado pela carrinha de as-sistência, que lhe serviu apenas de companhia. não tendo sido necessá-ria nenhuma intervenção. neste mo-mento, o veículo já se encontra nova-mente em território francês, mas com “uma história para contar” e… 1800 quilómetros a mais!

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no mês de maio, dia 7 em Portugal e dia 28 em França, celebra-se o Dia da mãe.Qual mensagem gostaria comunicar à sua mãe ?

Pergunta do mês :

Portugal magazine dá voz todos os meses a várias pessoas da comunidade

JOSé A. SArMENTO-lAMEIrãO DirECtor CommErCiAl

mãe, onde quer que esteja, gostava que pudesse ouvir o que tenho para lhe dizer. Gostava tanto que soubesse que sinto uma enorme falta do seu terno olhar, das «mordomias» que sempre me concedeu, mas também das suas reprimendas, das suas tareias e de tudo quanto me privou propositadamente para fazer de mim o homem que hoje sou. Fez-me à sua imagem e muito lhe agradeço.As mães de hoje continuam a proteger e a criar extremosamente os seus filhos mas, infelizmente, cada vez « têm mais dificuldades » para os educarem. A mãe talvez não teve a formação que a maioria das mães têm hoje, mas soube, com enorme sabedoria e mestria, dar-nos carinho, protecção e educação. Soube igualmente transmitir-nos fortes valores familiares. Valores que infelizmente se vêm tornando cada vez mais raros.

obrigado mãe.

33Maio 2017 • www.portugalmag.fr opinião com voz

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NElSON FErrEIrAConSUltor FinAnCEiro E CrÉ-DitoS DE HABitAção

mãe : natalia dos Santos mota Ferreira.

mãe, tu que me deste o bem mais pre-cioso, a vida. Esperaste-me com tanto carinho.

Ensinaste-me os primeiros passos, és a minha primeira palavra.tu que lutaste tanto, sorriste e protegeste-me, tu que me ensinaste a ser um homen. Abriste meu caminho, tomando sempre cuidado de mim.Contigo aprendi a ser um homen de respeito. Aprendi a ter fé, aprendi a aceitar os defeitos das pessoas. Aprendi que o amor tem que ser incondicional.minhas melhores lembranças são o teu carinho e amor que sempre me deste.mãe, desejo que tenhas forças para continuar tua luta. E que eu possa sempre sentir e ter esse amor maior em todos os momentos de minha vida.mãe, um feliz dia da mãe, amo- te !

MArIA JOSé HENrIQUESDiriGEntE ASSoCiAtiVA

mãe...Amaste...Amaste e sofresteAmaste e padecestePor quem não te compreendiaE no teu ventre geraste

Um ser pequeno e frágilQue à luz deste um dia

mais tarde voltaste a amarE novamente a sonharCom quem não te conheciaE então de novo errastenesse amor acreditasteE à luz me deste um dia

Se as lágrimas que chorasteEm pérolas se transformassem

tu serias rica, mãe !mas a dor ninguém a quernem mesmo leiloadanão interessa a ninguém

tua cruz foi bem pesadatua vida amarguradaE teu calvário sem fimmas digna sempre vivesteE além do que sofresteSerás sempre tU, assim !

mas não te arrependas mãePor teres amado alguémmesmo quem não te mereciaPois mais vale amar em vãoSofrer crua desilusãoQue a vida viver vazia E agora mãe... agora que partiste e que a saudade me dilacera o coração, posso dizer-te o que certamente nunca ousei dizer-te, mas que agora podes ouvir …Amo-tE mãE !!!Descansa enfim em paz, bem mereces !

CArlOS VINHAS PErEIrADirEtor GErAl DA FiDEliDADE FrAnçA

mãe : maria da Gloria Gonçalves Garrido.

Querida mãe, gostaria tanto poder celebrar novamente contigo este Dia da mãe, hoje apenas posso relembrar aquele dia onde ainda era possível desejar-te um dia feliz.Podes ter a certeza que no dia 7 de maio em Portugal ou no dia 28 em França, todos os meus pensa-mentos irão para ti, no céu com certeza onde estás desde 2008. não consigo e nem quero esquecer tudo o que fizeste por mim.A vida é assim e temos que continuar a viver como tu me dizias, estou convicto que permaneces lá em cima a nos proteger das infelicidades da vida e em particular os teus netos que tanto adoravas.o teu filho que nunca te vai esquecer.Feliz dia a todas as mães assim na terra como no céu.

DIANA bErNArDOJornAliStA

mãe : Célia Bernardo.

Provavelmente não vais ler estas linhas porque, apesar de eu andar pelo estran-geiro, tu sempre viveste em Portugal. mas sei que no dia em que eu aterrei em França, o teu coração foi comigo. E

quando a mana me seguiu as pisadas, outra parte do teu coração emigrou também. nunca deixaste de te preocu-par, de nos apoiar e, mesmo longe, tens estado sempre presente. obrigada por quereres sempre o melhor para nós, mesmo quando, por vezes, isso é também o mais difícil.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Rádio34

Preservar e divulgar a lusofonia em França

l’émission « le top du Portugal » est diffusée tous les dimanches matin de 10h à midi sur radio rtF.

emission « le top du Portugal », tous les

dimanches sur radio rtFCette émission a été créé en collabo-

ration avec la communauté portugaise de limoges et à destination de tous les auditeurs désireux de découvrir la cul-ture portugaise, ou de suivre les évè-nements et les actualités de celle-ci.

l’équipe est composée de 3 anima-teurs : Walter Fernandes, Eva Picard et oscar Perreira et d’un technicien : Eric Amorim qui, à travers leurs rubriques transmettent leur passion pour ce pays dont ils sont originaires.

Ces rubriques diverses et variés ba-layent cette culture en proposant diffé-rents thèmes : des débats sur le cham-pionnat footballistique portugais, de la découverte de danses folkloriques, de la découverte de régions ou villes du

Portugal, ou encore des présentations de personnalités ou artistes natifs de ce pays.

l’émission « le top du Portugal », c’est également et surtout de la mu-sique, avec pour diffusion toutes les nouveautés tout droit sorties du Por-tugal, mais aussi de la musique popu-laire indémodable dont les auditeurs sont demandeurs. il est donc possible de suivre cette émission sur radio rtF 95.4Fm ou sur le www.rtflimoges.com.

Pendant cette émission, oscar nous fait découvrir ses « clins d’œil » en re-lation avec les actualités du Portugal et/ou des légendes du pays. Eric Amo-rim présente également les nouveautés musicales du Portugal.

Dimanche18 JUIN

Dimanche 18 JUINIle de Loisirs

CRÉTEILIle de Loisirs

CRÉTEIL

Tony CARREIRATony CARREIRABONGABONGA

Diogo PIÇARRADiogo PIÇARRASusana FELIXSusana FELIX

Ville de Créteil

Informations au 01 45 10 98 60 www.radioalfa.net

98.6 FMParis

www.radioalfa.netALSATCAN

Arrêt :CRÉTEIL-PREFECTURE navettes gratuites

PARTENAIRES OFFICIELS

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Katia AVEIROKatia AVEIROChris RIBEIROChris RIBEIRO

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Billets au tarif de préventejusqu’au 17 juin dans les agences

ET DR UE PV OU RO TC UE GD AA LL A

Radio ALFA

2017

30 ANS

tereza Carvalho grava video clip do seu novo trabalho “Amantes”

tereza Carvalho canta desde os 12 anos, nasceu a 7 maio de 1982 e já passou por vários estilos musicais, mas sempre foi cantado fado, uma das suas maiores paixões e nos últimos

anos teve a possibilidade de fazer vida com e só com ele.

espectáculos são cheios de alma, voz, amor e alegria.

“Gosto que o público interaja comi-go, cante, apauda, se divirta”, a maio-ria do seu público é a comunidade por-tuguesa espalhada pelo mundo, mas tambem há os que não compreendem o que diz, mas sentem o que canta.

no passado dia 12 de abril esteve em São Paulo, Brasil, para gravar o vi-deo clip do tema original, ”Amantes” com o profissional Julio Azevedo, es-crito pela própria.

os músicos foram escolhidos a dedo, melhor guitarra portuguesa de São Paulo, Wallace oliveira e o viola de fado Sergio Borges.

o tema fala de uma mulher que en-frenta a perda de um amor, da realida-de do dia a dia sozinha e da decisão de seguir a vida em frente.

tem vários projetos, um deles, muito próximo, é o lançamento do seu novo trabalho discográfico com temas originais que está a ser gravado em lisboa com os melhores profissionais.

Uma voz doce, vibrante e forte. De-fende o velho fado, mas gosta de criar uma ligação entre velho e novo através do seu vestuario e forma de estar em palco.

tereza Carvalho assume-se como amaliana de alma e coração, “foi ou-vindo Amália rodrigues que aperfei-çoei o meu fado”, nas suas atuações podem ouvir alguns temas da grande diva Amália rodrigues e também te-mas originais escritos pela própria.

nos últimos anos, divide-se en-tre Portugal e França onde tem vários espectáculos agendados com asso-ciações, restaurantes e salas. os seus

“nova luta, novo mundo, novo fado…” gravado num aparte hotel no centro de São Paulo na avenida paulis-ta , com decoração modernista, român-tica e intimista.

o video clip será visto pela primei-ra vez dia 19 de maio no lançamento da coleção “Amor” da designer Elsa lopes , da marca “le coeur d’Elsa”, depois poderá ser visto e ouvido no youtube.

Pode serguir o trabalho e agenda da fadista tereza Carvalho através da sua página facebook “tereza carvalho fado”.

outros projetos estão a ser desen-volvidos com diferentes parcerias. A mesma procura um empresário no ramo da música para trabalharem jun-tos.

35Maio 2017 • www.portugalmag.fr Música

Preservar e divulgar a lusofonia em França

www.portugalmag.fr • Maio 2017Crónica36

Preservar e divulgar a lusofonia em França

o invisível a preto e brancoSinto ternUrA PeloS ACtoreS de FilmeS

PortUGUeSeS doS AnoS trintA e QUArentA. É UmA ternUrA BrAndA, QUe Se AlAStrA PelAS CoiSAS e,

Como o Pôr-do-Sol, Se ColA à PAiSAGem.Por via desse sentimento, os actores

de filmes portugueses dos anos trinta e quarenta pertencem-me um pouco. Por essa mesma via, também eu lhes pertenço. Somos contemporâneos nesse sentimento, temos longas conversas dentro dele.

nesse convívio, eles articulam cada palavra com cuidado. As frases mais simples são esculturas, moldadas sílaba a sílaba pela pronúncia de lisboa, entre a Estrela e Campo de ourique. os actores de filmes portugueses dos anos trinta e quarenta, encontram-se nas mesas de uma pastelaria, pedem garotos de limão e bolos de arroz. ouvi dizer que, aos domingos, se juntam em bailes, matinés onde os se-nhores estendem a mão às senhoras e lhes pedem a honra da próxima dança. nunca assisti a esses bailes, mas não me é difícil imaginá-los, leves, a flutuarem aos pares, com os corpos a dois palmos de distância, mas com as mãos juntas, pele.

Uma vez, há alguns anos, quis mostrar um desses filmes a uma amiga croata que tinha aprendido português. Ela falava bas-tante bem, cantava canções portuguesas no duche. talvez por isso, escolhi A Can-ção de lisboa, que clássico, Vasco Santana, Beatriz Costa, ribeirinho, o primeiro filme sonoro português. Sentámo-nos no sofá, à meia-luz. Eu comecei a emocionar-me logo no genérico: os nomes, o tipo de letra, os tons de cinzento. E a música, melodia/felicidade. Falando de melodia, é possível falar-se de perfeição. A melodia transporta um sentido próprio que preenche os mo-mentos, que os harmoniza. nessa tarde,

JOsé luIs PeIxOtO

crIstIna BrancO

Parfois j’ai encore besoin de te rê-ver autrement et dans les rêves tu redeviens beau et solaire. mais trop tôt l’illusion a fait rime avec déception… Parfois tu me dis que mes mots sont de lames et moi je crois qu’ils sont de larmes.” Foto: “l’Amour captif” - Jardin des Plantes, Paris V

não sou capaz de enumerar. Aquilo que é certo, já o comprovei mais vezes, é que os filmes portugueses dos anos trinta e quarenta não tocam esse público que não é português ( x = 7 mil milhões - 10 milhões).

É pena. não é pena para esse x de milhares de milhões de pessoas que não sabem o que perdem, é pena para esses actores dos filmes portugueses dos anos trinta e quarenta, com cara de bonecos, estereotipadamente cómicos, a sentirem talvez que a sua cortesia foi em vão. não foi. Por isso, rio-me mil vezes da mesma piada, ensino-a aos meus filhos e, se en-contro algum actor dos filmes portugueses dos anos trinta e quarenta junto a uma passadeira, dou-lhe o braço e, devagar, ao seu ritmo, ajudo-o a atravessar a rua.

de estores baixos, os actores surgiram no ecrã da televisão a trocarem sorrisos, bem dispostos. logo nas primeiras cenas, ao escutar frases que sabia de cor, frases que antecipava palavra a palavra, comecei a re-parar que a minha amiga croata não se ria, não sorria sequer. o Vasco Santana dava o seu melhor e ela olhava-o indiferente. Decidi esperar dez minutos. Quando pas-saram, decidi esperar mais dez. Ao longo desse tempo, a minha amiga continuou impávida, com um ar de tédio ligeiro.

não tenho explicações definitivas. tal-vez o humor desses filmes assente muito na escolha de palavras, nos trocadilhos com a língua e com a pronúncia; talvez as referências à realidade do país sejam muito específicas; talvez haja outras razões que

www.portugalmag.fr • Maio 2017Cultura38

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Adélio AmaroVice-presidente

do Centro do Patrimónioda Estremadura

Conheça o significadodo Brasão da sua freguesia

4 Envie um e-mail com o nome

da sua freguesia...

COVãO DO lObOConcelho: VagosDistrito: Aveiro

Escudo de ouro, com dois pi-nheiros de verde, arrancados e frutados de prata e um lobo de negro, passante, lampas-sado, de vermelho; em cam-panha, vale de vermelho, firmado e movente. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com legenda: «CoVão Do loBo».

lEIrIAConcelho: leiriaDistrito: leiriaEscudo de ouro, um castelo de vermelho, aberto e ilumi-nado de prata, acompanhado de dois pinheiros de verde, frutados de ouro e sustidos de negro, tudo saínte de um terrado de verde realçado de negro. os pinheiros re-matados cada um por um corvo de negro, voltados para o centro. A torre central acompanhada em chefe de

duas estrelas de oito raios de vermelho. Em contra-chefe, três faixetas ondadas de pra-ta e azul. Coroa de mural de prata de cinco torres. listel branco com os dizeres: «Ci-DADE DE lEiriA», a negro.

AlgArVIAConcelho: nordesteIlha: São miguel – Açores

Escudo de azul, monte de três cômoros de prata, o do centro rematado por vigia de ouro, lavrada de negro e aberta do campo; campanha de prata e azul, de três tiras ondadas. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a ne-gro: «AlGArViA».

POrCHESConcelho: lagoaDistrito: FaroEscudo de ouro, uma alfar-robeira de verde, arrancada do mesmo e frutada de ouro, entre duas ânforas de verme-lho; em chefe uma flor-de-lis de azul; ponta ondeada de verde e prata. Coroa mural de prata de quatro torres. listel branco, com a legenda

a negro : «PorCHES».

SEIXASConcelho: CaminhaDistrito: Viana do Castelo

Escudo de verde, uma gavela de centeio de ouro, atada de prata; em chefe, duas chaves passadas em aspa, com os pa-lhetões para cima, a da dextra de ouro e a da sinistra de prata, atadas do mesmo e, em ponta, três burelas ondadas de prata e azul, sendo esta carregada de dois peixes de ouro. Coroa mu-ral de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro: «SEiXAS - CAminHA».

POrTOConcelho: PortoDistrito: PortoEscudo de azul com um castelo de ouro, constituído por um muro ameado e flan-queado por duas torres ame-adas, abertas e iluminadas de verde, assentes num mar de cinco faixas ondadas de, sendo três de prata e duas de verde sobre a porta e assente numa mísula de ouro, a ima-gem da Virgem com diadema sobre a cabeça, segurando

o manto, tendo o menino Jesus ao colo, vestidos de vermelho com manto azul, acompanhado lateralmente e superiormente por um resplendor que se apoia nas ameias do muro. Em chefe dois escudos de Portugal antigo. Escudo cercado pelo Colar da ordem de torre e Espada do Valor, lealdade e mérito. Coroa mural de prata de cinco torres. listel branco com os dizeres a negro: «An-tiGA mUi noBrE SEmPrE lEAl E inViCtA CiDADE Do Porto».

ArrIFANAConcelho: GuardaDistrito: Guarda

Escudo de ouro, castanheiro desfolhado e arrancado de verde; em chefe, um cin-zel de vermelho posto em pala, tendo sobrepostos um pico e um maço, ambos de vermelho e encabados de negro, passados em aspa. Coroa mural de prata de três torres. listel branco, com a legenda a negro: «ArriFA-nA - GUArDA».

39Maio 2017 • www.portugalmag.fr Cultura

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Sugestões culturaisPor Fabio Jesus

Porque estamos no mês de maio, onde se celebra o Dia da mãe… a minha primeira sugestão é o filme “A mãe é que Sabe”.

no dia de aniversário de Adelino, toda a família se reúne em casa de Ana luísa, a filha mais velha. À medida que o almoço decorre, todas as conversas vão, constante e inevita-velmente, convergindo para a mesma pessoa: Josefa, a falecida esposa de Adelino e mãe de Ana luísa. Cheia de saudade – e de inevitáveis mágoas –, a dona da casa embarca numa viagem ao passado, desabotoando memórias dos dias distantes da sua in-fância e adolescência, em constante desacordo com a mãe, uma matriarca forte e controladora mas de coração enorme. Apesar das lutas e discórdias com Josefa durante a vida em comum, Ana luísa vai perceber que, por mais que se tenha esforçado por combater a “ditadura” em que foi criada, acabou por se trans-formar numa cópia da progenitora…

FilmeA mãe é que SabeGénero: Comédia

Em 2013 foi relançada a colecção “Grandes Êxitos” conseguindo-se plenamente recuperar o forte brandname que a colecção foi conquistando ao longo dos anos. Para isso foi criado um novo conceito gráfico moderno e atraente e a maioria dos alinhamentos foram refeitos de forma a que a colecção ganhasse uma homogeneidade e fôlego que lhe permitiu continuar a senda do sucesso que já fez ultrapassar a interessante marca das 125.000 unidades vendidas.

É altura para refrescar a colecção com mais 15 novos títulos de artistas consagrados da música portuguesa.

Várias músicas desta grande voz do Fado que marcou gerações, e ficou eternamente conhecida como referência musical de um país… e de um povo!

mÚSiCAAmália rodriguesAmália rodrigues (intérprete)

o cantor nelson Frei-tas, de origem cabo-ver-diana, vai estar no dia 27 de maio, na sala olym-pia.

A vinda do cantor a Paris, à tão prestigiada sala, conferirá aos fãs um grande espectáculo. nelson Freitas canta em Português, em inglês ou crioulo.

É particularmente popular em Portugal e nou-tros países de língua portuguesa.

Com temas como “Bo tem mel”, “miúda lin-da”… e outros, este espectáculo promete não dei-xar o ritmo diminuir, ao som de vários êxitos que fizeram e fazem sucesso em Portugal.

Por isso já sabe… se aprecia este estilo musical, já pode reservar o seu lugar, para este concerto.

ConCertonelson Freitaslocal: l’olympiatendo sido assinalado o feriado da

‘revolução dos Cravos’, no passado mês, em Portugal. A sugestão das letras vai para o livro “Capitãs de Abril”.

o amor colocou-as no centro da re-volução que derrubou 40 anos de di-tadura em Portugal. E elas cumpriram o seu papel. Em casa, para que a liberdade chegasse à rua. lutaram nas fileiras da conspiração, dando cobertura a reuni-ões clandestinas, passando à máquina manifestos, instigando a revolta ou simplesmente “assobiando” para o lado como quem não vê o golpe em marcha. Esta é a história das mu-lheres dos capitães de Abril. A jornalista Ana Sofia Fonseca, autora de Angola terra Prometida, conta-nos a revolução dos cravos no feminino, com os seus heróis revelados na intimi-dade da família. os momentos decisivos, a última noite, o primeiro dia de liberdade. num país de homens, as mulheres dos militares de Abril lutaram com as armas que tinham. São personagens de um dos mais importantes acontecimentos do século XX português. todas elas, cada uma à sua maneira, protagonistas na sombra.

liVroCapitãs de AbrilAutora: Ana Sofia Fonseca

www.portugalmag.fr • Maio 2017Redescobrir Portugal40

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Manuel DO nascIMentO

Valença do minho, e a ocupação humana

Valença era um importante local de atravessemento do rio minho, através da via romana que ligava Brácara (Braga) a lucas (lugo), que se pode explicar a fixação humana neste local. Pensa-se que em 137 a.C. o Cônsul romano Júlio Bruto teria acampado neste local, mas foi com o impera-dor Augusto que se começaram a definir-se pequenas fortalezas, então designadas por Castelli (Castelo), de localização estratégica sobre a via de comunicação, sendo uma delas Va-lença do minho. Ao domínio romano sucederam-se, posteriormente, os Sue-vos e os Godos. o aglomerado de Va-lença viria posteriormente a sofrer de forte esvaziamento da sua população em consequência da ocupação árabe occorida no ano de 716, que obrigou os seus habitantes a dispersarem-se pelos núcleos de resistência cristã no norte da Península ibérica. no entanto, a maior invasão árabe foi a de Almansor em 997, que se estendeu até Santiago de Compostela e arrasou Valença, de que só ficou a memória da sua fundação. Com a reconquista Cristã, esta região foi recuperada, tendo sido posteriormente integrada no Condado Portucalense e, mais tarde, no reino de Portugal, ligada à presença do rei D. Sancho i, nos finais do século Xii. Com a anulação do ca-samento entre Afonso iX de leão e a

As origens de Valença do minho são muitas antigas, admitindo-se como provável presença humana neste território desde a pré-história. este local era propício à fixação humana, em grande medida devido aos diversos recursos

naturais. mais tarde foram encontrados vestígios que remontam ao tempo do império romano.

infanta teresa, filha do rei português D. Sancho i, este decide uma série de tentativas de ocupação de tui e de Pontevedra na Galiza. É no quadro destes conflitos que Valença, ganha por volta do ano 1200, um protagonismo inédito. Por outro lado, graças à sua posição estratégica entre o rio minho e a velha estrada romana constituía o local ideal para vigiar ataques galegos e para planear as investiridas sobre tui e Pontevedra. Por outro lado, devido à importância que a antiga via romana ganha enquanto local de peregrinação rumo ao túmulo de Santiago, para a qual confluíam peregrinos e viajantes de toda a Península ibérica. Saliente-se ainda que D. Afonso ii concedeu o foral a (Contrasta) Valença em 15 de agosto de 1217. Em 1262, Contrasta muda de nome para Valença, por decisão de Afonso iii. o rei ordena também uma profunda reforma do sistema militar da vila, passado as muralhas a abarcar toda a povoação. Valença passa então

a dispor de um alcaide e de uma guar-nição militar. Ao longo das décadas e séculos seguintes a Praça-Forte de Valença continuou a beneficiar de uma atenção privilegiada, por parte das au-toridades políticas e militares, devido à importância geoestratégica que nunca perdera. no entanto, será somente em finais da década de 50 do século XVii, durante a Guerra da restauração, que se dão as primeiras tentativas para reforçar a muralha de Valença, ficando esta obra a cargo do francês miguel lescole. o seu projeto (1668-1683), acaba por nunca ser aprovado pelo Conselho de Guerra. Será, portanto, manuel Pinto Vilalobos (aproveitando em grande parte das plantas do enge-nheiro francês), que dará início à obra em finais de 1691, que ficará, em gran-de medida, concluída em 1700. Esta nova Fortaleza de Valença dividia-se em duas áreas distintas, interligadas pela Porta do meio, a “Vila”, a norte, abrangendo o velho núcleo medieval, mais densamente povoado e onde se reuniam os principais equipamentos sociais, com menor dimensão e prati-camente desimpedida de construções, a “Coroada”, a sul. no início do século XViii a Praça-Forte de Valença era a mais importante Praça-Forte do mi-nho e uma das mais importantes de toda a linha fronteiriça de Portugal. A Ponte rodoferroviária (ponte metálica sobre o rio minho) que liga Valença a tui constituiu um importante sinal de progresso no século XiX em que os governos de Portugal e de Espanha chegam, sendo inaugurado em 25 de março de 1886. Esta Ponte simbolizou um importante elo de ligação histórica, económica e social entre o norte de Portugal e a Galiza, continuando ainda a assumir um papel muito relevante no desenvolvimento de Valença do minho ao longo deste último século.

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OUTRAS LOJAS NA REGIÃO ÎLE-DE-FRANCE

www.portugalmag.fr • Maio 2017Direitos do Leitor42

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A locação financeira para compra de bens de capital

na locação financeira, a locadora é que realiza a aquisição de bem de capital, de acordo com a escolha do locatário, para que o mesmo seja a ele alugado. Este aluguel financeiro tem duração certa, além do pa-gamento de prestações que assumem a forma de rendas, que podem ser iniciadas com o pagamento de algumas rendas antecipadas (o que terá relevância no valor das rendas regulares). Ao final do contrato, o locatário pode optar por devolver o bem à locadora, renovar o contrato por outro período, ou ainda adquirir o bem pelo seu va-lor, ou por um valor residual anteriormente acordado, tudo em termos com o con-trato firmado entre as partes.

A posição de locador fi-nanceiro é normalmente ocupada por instituições financeiras, como os bancos.

Fundado na necessidade de financiamento de equipamentos ou bens de produção para que as empresas possam modernizar ou ampliar as suas atividades produtivas, a locação financeira, ou

leasing, é um contrato comercial que tem despertado o interesse dos particulares.

Já a posição de locatário cabe em geral às sociedades comerciais, mas as pessoas singulares também podem ser locatárias financeiras em algumas circunstâncias. A circunstância mais comum de leasing de particulares é na compra de automóveis, sobretudo pela facilidade de pagamento e a opção de compra por valor residual.

Esta pode ser uma boa solução para a realização de investimentos em que a compra do equipamento não é determinante, permitindo uma renovação tecnológica dos meios objetivos de pro-dução. Permite ainda uma amortização antecipada do investimento, como forma de se diluir o risco da operação através do pagamento das rendas, ao invés do inves-timento do valor total do bem necessário. Além disso, o facto de se escolher tanto

o equipamento, quanto o fornecedor permite que se negoceie valores mais com-petitivos. Por fim, o processo de concessão da locação financeira não é particular-mente complexo, implicando alguma rapidez.

Há que ter, no entanto, alguns cuidados. o locatário não é dono do bem, o que pode ser conveniente caso não haja interesse em adqui-rir o bem, mas pode implicar em responsabilidade civil nos casos em que a utilização sob imprudência, imperícia ou negligência provoquem danos. Por essa razão, a ge-neralidade dos contratos de locação financeira é acom-panhada por contratos de seguro contra esses riscos. outras formas de incum-primento contratual, como a falta de pagamento das rendas, por norma implicam em sansões severas, como é

a da resolução antecipada do contrato com a devolução do bem locado.

Caso pretenda realizar um contrato de locação fi-nanceira, tenha em conta as vantagens e desvantagens envolvidas nesse tipo de operação e sempre peça ao seu advogado que analise o contrato antes de assinar.

43Maio 2017 • www.portugalmag.fr Poesia

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Poesia Contemporânea V

Anos 1960 – As Vanguardas - «Poesia 61»- (i)

mesmo se a Europa continua a ignorar a poesia portuguesa, esta pode ser considerada como estando a partir dos anos 60, na vanguarda das novas pesquizas. Após orfeu, Presença, os néorealistas, o Surrealismo, que soube por vezes libertar-se dos ensinamentos do movimento francês, para tomar vias mais nacionais, a decenia de 50 foi uma proveta onde se misturaram todos os elementos anteriores, preparando a aproximação dos anos 60, onde dois movimentos vanguardistas, vieram renovar a poesia, dando-lhe um novo alento. Sob o título de “Poesia 61”, foi publicado em lisboa um volume colec-tivo e em fascículos que incluiu os textos de Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Gastão Cruz, luisa neto Jorge et maria teresa Horta. o grupo da Poe-sia 61 « propose une inversion des valeurs et, contre la tradition encore dominante de la poésie du «référent», héritée du lyrisme romantique, met l’accent sur la forme : la poésie n’est pas un épanchement sentimen-tal ou une rêverie, mais un langage. Les figures ne sont pas des ornements, mais des structures du discours (…)» (Georges Le Gentil, «La Littérature portugaise éd. A Chandeigne, 1995»).A maior parte destes poetas seguiram caminhos divergentes, mas sempre fiéis às propostas de origem.

Casimiro de Brito

Do Poemao problema não é meter o mundo no poema; alimentá-lo de luz, planetas, vegetação. nem tão-pouco enriquecê-lo, ornamentá-lo com palavras delicadas, abertas ao amor e à morte, ao sol, ao vício, aos corpos nus dos amantes — o problema é torná-lo habitável, indispensável a quem seja mais pobre, a quem esteja mais só do que as palavras acompanhadas no poema.

Casimiro de Brito, in “Canto Adolescente”

Casimiro de Brito, primeiramente orientou os «Cadernos do meio Dia», dos quais já falámos, antes de se lançar na aventura revolucionária da «Poesia 61». Publicou 3 livros de poesia antes de escrever «Canto Adolescente», pu-blicado em 61 e continuou a produzir livros de poesia nas decenias seguintes assim como também ficção, um ensaio e os «Aforismos».maria teresa Horta é desde sempre uma declarada feminista e uma grande parte da sua vida foi dedicada ao com-bate pela liberdade da mulher. Como jornalista e crítica de Arte, escreveu e dirigiu revistas e jornais, mas o seu amor pela poesia nunca foi desmentido tendo publicado numerosos livros de poemas.

Maria Teresa Horta

Tatuagemossifico a dor

o dia

tatuagem de tatuar o espaço

livre

onde a queda a neve

ou o meio-dia multiplica

a multiplicação

do sangue um sulco claríssimo

um regresso de

células nas veias qualquer coisa

de vário ou de estanho

a moleza branca

de um calor rosado

tatuagem feita vezes quatro

actividade espessa

de chuva sem passagem

olhos animais de cornos

azuis

e perfilados com lágrimas por dentro

ou neve ossificada

tatuagem tatuo no ventre um filho

mãe depois e nunca verificada

mãe de ovários

duros e peitos de madrugada

com um amante por noite

(...)

© Maria Teresa Horta In Cidadelas Submersas, 1961

Cada um destes poetas teve a sua importância e falaremos deles proxi-mamente.

temPoS de PoeSiA – lV

escolha de isabel meyrellestradução e colaboração de maria Fernanda Pinto IsaBel Meyrelles

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Pequeno-almoçoPrepare algo especial logo

de manhã: pão, scones, pan-quecas (o que for do agrado dela), doces, manteiga, sumo natural, ovos mexidos ou es-trelados, queijo, fiambre, en-fim... a ideia é que na véspera deixe tudo mais ou menos alinhavado e na manhã se-guinte se levante um pouco mais cedo para, em silên-cio, preparar e colocar tudo de forma bonita e elegante numa mesa. Coloque uma flor para dar um toque de romantismo. Como presente pode oferecer um óleo de massagens com sabor que, pode colocar subtilmente em cima da mesa ou colocar na mala dela às escondidas. Faça acompanhar o mesmo com um pequeno cartão com uma mensagem sugestiva, tipo “vai ser um prazer fazer--te descontrair...”.

Flores, chocolates, pos-tais, entre outros, são sempre bem-vindos, mas a tendência é que sejam banalizados, não só por parecer sempre a mesma coisa, mas por ser a coisa mais fácil e imediata que se lembra. não se está a menosprezar o gesto, não pense... simplesmente o mes-mo pode ser um pouco mais enriquecido e prazeroso, ser romântico com uma pitada de luxúria. leia as suges-tões...

Caso não vivam na mes-ma casa pode sempre apare-cer-lhe à porta com um cabaz preparado.

lanche tardioPrepare uma cesta com

algumas iguarias que sabe que ela gosta e leve-a num piquenique. Uvas, moran-gos, tostas, patês, queijos, chocolates, etc... iguarias ex-postas numa tolha que sejam fáceis de preparar e degustar sem ser precisa muita logís-tica. o vinho é essencial e os copos idem. nada de copos de plástico! opte por levar uma jarra pequenina com 2 ou 3 flores para compor.

Jantaro que conta é a intenção

por isso tente cozinhar para ela o prato que ela tanto gosta (pode sempre comprar algo preparado e ter como

precaução). Se sabe cozinhar, provavelmente já sabe o que fazer. Vista-se a rigor (de fato ou smoking, se tiver), prepare um bom jantar, um bom vinho, velas, espalhe pétalas de flores desde o hall de entrada à mesa e receba--a quando chegar com um ramo de flores. no fim da refeição, coloque uma músi-ca que ache sexy e sensual.

CabazSe a sua agenda não per-

mite nenhum tempo dispo-nível (ainda que deva tentar ao máximo) pode sempre mandar entregar um cabaz com iguarias ou outros no local de trabalho dela ou noutro sítio. não precisa de ser nada exagerado, mas sim coisas que sabe que ela gosta e não tem de ser só comida. Algo que a faça ver que você presta atenção!

lucIa lOPes

dicas para surpreender a mulher da sua vidaProporcione-lhe um momento inesquecível e veja algumas coisas

que pode fazer no dia a dia para manifestar o seu amor. Porque ele está nos mais pequenos gestos.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Agenda46

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A G e n d Ale 13/05 à 20h30brotherSpectacle de marco Silva Fer-reira, 2017.Après avoir présenté Hu(r)mano (Chantiers d’Europe 2015), marco da Silva Ferreira revient avec sept dan-seurs pour une danse tribale et urbaine. Condensé d’humanité, tentative d’un effort commun, mimétisme constant entre les interprètes… Cette pièce interroge la généalogie et les similitudes d’une géné-ration à l’autre. Une réflexion sur les pro-cédés d’héritage, de mémoire mais aussi de transmission.Théâtre des Abbesses31 rue des Abbesses - 75018 Paris

Du 16 au 18/05Os serrenhos do CaldeirãoSpectacle chorégraphique de Vera mantero.Après avoir étudié la danse classique et intégré le Ballet Gulbenkian, Vera mantero réalise sa première création, Ponto de interrogação, le premier de nom-breux projets présentés à travers l’Europe, l’Amérique du Sud, l’Asie et les Etats-Unis. Figure majeure de la nouvelle danse portu-gaise, elle participe à des projets interna-tionaux avec lisa nelson, mark tompkins, meg Stuart et Steve Paxton. Depuis 2000, elle développe son travail autour de la voix, interprétant le répertoire de différents auteurs et créant des projets musicaux ex-périmentaux.Centre National de la danse1 rue Victor Hugo - 93500 Pantin

le 20/05 à 18hFado na Academial’Académie de fado organise pour la 3e année consécutive un spectacle entièrement mené par les élèves de guitare por-tugaise, de guitare classique et de chant. l’occasion de découvrir le travail de l’Académie de fado, ses élèves et ses professeurs.information et réservation : [email protected] ou 01 43 28 14 61.Théâtre Ménilmontant15 rue du retrait - 75020 Paris

le 20/05 à 19hAnna Torresoriginaire du marahão, Anna torres possède un timbre très personnel et une voix puissante, une musica-lité originale, auxquels s’ajoute une grande présence scénique, ce qui en fait l’un des grands artistes brésiliens de la jeune géné-ration. Elle réussit à unir le jazz, la samba, le funk et la musique traditionnelle du nor-

deste avec beaucoup d’harmonie et de swing. Sunset60 rue des lombards - 75001 Paris

le 20/05 à 21hSérgio godinho et ses invitésUn voyage musical à travers un récital pour voix et piano. Chanteur, compositeur, poète, Sérgio Go-dhino sera accompagné du pianiste Filipe raposo et de la voix de cristal de la capver-dienne et guitariste Sára tavares. l’occasion de voyager au cœur des classiques de l’un des musiciens portugais les plus influents de ces quarante dernières années. il a invité la rappeuse Capicua.Espace Pierre Cardin1 av. gabriel - 75008 Paris

le 27/05 à 20h30Nelson Freitas en concertnelson Freitas est un chanteur d’origine capverdienne, mais il est né et vit aux Pays-Bas.Sa musique est un mélange de zouk capverdien, qui rappelle le kizomba, et de r ’n’b. il chante aussi bien en portugais, qu’en anglais ou en créole. il est particuliè-rement apprécié au Portugal ainsi que dans les pays lusophones.Olympia28 bld des Capucines 75009 Paris

le 31/05 à 20hSeu Jorgelife Aquatic, A tribute to David Bowie. Concert exceptionnel Seu Jorge en homma-ge à David Bowie, où il interprétera pour la première fois en live la bande-son du film de « Wes Anderson », qui comprend des morce-aux de David Bowie chantés en portugais tels que Starman, life on mars ou Five Years...Olympia28 bld des Capucines 75009 Paris

le 11/06 à 19hHommage à Cesária évoraHommage à Cesária Évora avec teófilo Chantre (Cap Vert), Fla-via Coelho (Brésil), lura (Cap Vert), Bonga (Angola) et Cesária Évora orchestra.Des bars de mindelo (la capitale culturelle du Cap-Vert) aux scènes internationales, Cesária Évora a révélé au monde la richesse de la morna, ce genre musical qui chante volontiers les exils et la nostalgie. Autour de l’orchestre désormais légendaire réunissant les musiciens qui l’ont suivie toute sa vie, un hommage par de grands artistes capverdiens, brésiliens ou angolais.Philharmonie de Paris221 av. Jean Jaurès - 75019 Paris

47Maio 2017 • www.portugalmag.fr Publicidade

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www.portugalmag.fr • Maio 2017Lazer48

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Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bas-tante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9. não há nenhum tipo de matemática envolvida.

Sudoku

Solução Edição 83

Pub.

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Um turista que passeia pelo campo, ao ver uma quinta, pergunta ao dono:- Essa galinha branca põe muitos ovos?- Até agora nenhum.- Penso que ficará muito contente quando ela puser o primeiro...!- Bom, nessa altura venderei o ovo e a ave a peso de ouro...

- Porquê?o dono da quinta desatou a rir e respondeu:- Porque essa galinha é um galo.

Estava um rato a roer uma fita de vídeo chega o outro ao pé dele e pergunta-lhe:- Então meu, estás a gostar?- Por acaso gostei mais do livro!!

- Porque levas a cama às costas?- ordens do médico. Disse-me para não largar a cama até à próxima semana.

numa festa:- o senhor é a cara da minha sogra. A única diferença é o bigode.- mas eu não tenho bigode!- Pois é! A minha sogra tem.

no médico:- Então miguelito, quantos anos tens?- 4!- E quando fazes 5?- Quando os 4 se acabarem!

50 PeQUenAS CUrioSidAdeS SoBre o UniVerSo• Olhando-se da Terra, é possível distinguir 500 mil crateras na Lua.• Uma viagem de carro até a Lua demoraria 130 dias para ser concluída.• Os astronautas à bordo da ISS (a estação espacial internacional) veem o Sol nascer “apenas” 16 vezes por dia.• O telescópio espacial Hubble é tão potente que consegue fotografar uma mosca a uma distância de 13 700 quilômetros.

AdiVinHASou frio e também sou quente, sou fraco

e também sou forte, nunca posso estar parado,vejam lá a minha sorte!

o VEnto

ProVÉrBioSmaio couveiro não é vinhateiro.

maio frio e Junho quente: bom pão, vinho valente.maio hortelão, muita palha e pouco grão.maio pardo e ventoso faz o ano formoso.

mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo.mais homens se afogam num copo do que no mar.

49Maio 2017 • www.portugalmag.fr Culinária

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Quer dar a conhecer as suas receitas aos leitores da Portugal mag? mande-as para [email protected] juntamente com a sua foto e serão publicadas neste espaço.

PeSCAdA eStUFAdA Com FAtiAS de PÃo torrAdo

AS reCeitAS dA PortUGAl mAG

SUGESTÃO: Recorte as receitas e arquive

PUdim el mAndArim Com CHoColAte e CôCo

O Oceano

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

73 bld Gabriel Péri94500 Champigny

sur Marne

Tél.: 01 48 80 87 60

La Grillade

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

92 avenue Louis Blanc94210 Saint Maur

des Fossés

Tél.: 01 48 83 11 76

Les Oiseaux

Bar-RestaurantSpécialités Portugaises

12 place d’Anvers75009 Paris

Tél.: 01 48 78 23 64

recomenda

Le LongchampRestaurant-Bar

Spécialités Portugaises

40 Rue de Longchamp75016 Paris

Tél.: 01 47 27 53 50

Ingredientes :4 pacotes de pudim2 litros de leite com chocolate200 gr. de côco ralado400 gr. de açúcar6 ovos

Preparação:Deite o leite num tacho grande e leve ao lume para ferver.Entretanto, misture o açúcar com o pó dos pudins e o côco ralado. Abra uma cova no centro, adicione os ovos e envolva tudo muito bem.Quando o leite levantar fervura, baixe

Ingredientes : 1,200kg de postas de pescada sal grosso 1 cebola 2 dentes de alho 1 cenoura 1/2 alho françês 1 raminho de salsa 1/2 pimento 2 tomates maduros 2 c de sopa de margarina 1/2 chouriço de carne 3 dl de caldo de peixe fatias de pão da véspera Preparação:Depois de limpas, colocam-se as pos-tas de pescada numa tigela com água.

Junta-se sal grosso em abundância e deixa-se repousar por 30m. Pica-se grosseiramente a cebola, a cenoura, o alho, a salsa, o pimento e o tomate sem sementes. reserva-se. Derrete-se a margarina e junta-se o chouriço aos pedaços e os legumes à excepção do tomate. Cozinha-se por 2 minutos e só depois adiciona-se o tomate. Passa-se as postas de pescada por água e junta-se ao preparado anterior. rega-se com o caldo de peixe e deixa--se cozinhar por 35 minutos. no final, rectifica-se os temperos e serve-se guarnecido com as fatias do pão torrado.

o fogão e misture de uma só vez o ba-tido dos ovos. Vá mexendo para não se pegar ao fundo, quando levantar fervura novamente, o creme engrossa um pouco, deve então retirar do lume e verter de imediato para dentro de uma forma previamente passada por água fria. (A forma que usei é de alu-mínio e tem capacidade de 2 litros.)Guarde no frigorífico para solidificar.Desenforme mergulhando a forma durante alguns minutos numa pia com água quente.Antes de servir, decore a gosto.

www.portugalmag.fr • Maio 2017Horóscopo50

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CapricorneUn mois pour continuer à profi-ter des opportuni-tés d’étendre votre

influence sur le monde et plus concrètement au travail même si en mai, la plupart d’entre vous auront pour préoccu-pation majeure de maintenir, restaurer l’entente en famille.

VerseauUn mois actif où la communication sera à l’honneur. À vous de jouer donc et d’abattre

les bonnes cartes en évitant de déraper sous la possible emprise de peurs compulsives.

PoissonUn mois où vous aurez envie de ré-former, de transfor-mer votre vie privée

et d’améliorer votre cadre ou vos conditions de vie. Vous en aurez certainement l’oppor-tunité pour peu que vous ne preniez pas trop vos rêves pour la réalité.

bélierUn mois où vous n’aurez guère le temps de vous tour-ner les pouces, mais où vous serez bien

conscient des enjeux et de l’importance de vos actions et décisions.

TaureauUn mois favorable aux initiatives dis-crètes, mais effi-caces. Pour parvenir

en mai et désormais à faire ce qui vous plaît, misez sur vos ressources cachées et vos appuis dans l’ombre pour pro-gresser, marquer les esprits et des points mine de rien.

gémeauxUn mois qui vous permet de larguer les amarres et de vous lancer dans

l’aventure bientôt voire illico ? la possibilité alors en mai de faire ce qui vous plaît, d’ouvrir de nouvelles portes et d’assu-rer vos arrières pour long-temps si vous osez sans abuser.

CancerVous avez l’op-portunité en mai d’accomplir beau-coup, de rayonner

tous azimuts, de marquer les esprits et des points ; à charge pour vous cependant de tenir compte de la sensibilité (sus-ceptibilité) de vos partenaires pour éviter les dérapages.

lionUn mois pour dé-cidément ouvrir l’avenir, réaliser vos ambitions et vous

dépasser. En mai, vous souhai-terez donc réellement faire ce qui vous plaît quitte à devoir prendre des risques calculés.

ViergeUn mois pour conforter vos suc-cès et asseoir votre autorité ? Pas sans

tenir compte toutefois de la sensibilité (susceptibilité) de collaborateurs que vous aurez intérêt à ménager un peu si vous souhaitez qu’ils vous apportent beaucoup.

balanceUn mois pour ré-fléchir et agir sans oublier de composer avec l’autre, l’entou-

rage. Vous avez bien l’intention de confirmer les ouvertures que vous avez initiées depuis la fin de l’été dernier et de tracer votre route à votre idée.

ScorpionUn mois qui devrait vous aider à faire bouger les lignes et à reconsidérer votre

activité, votre emploi du temps et vos priorités. Plus question alors de vous laisser déborder par votre activité, mais bien d’apprendre à la contrôler pour mieux la vivre.

SagittaireUn mois prometteur où vous aurez du pain sur la planche, mais disposerez éga-

lement de tous les moyens nécessaires pour poser les jalons d’entreprises solides et commencer à réaliser vos rêves.

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A enfermidade do meu marido era desco-nhecida para os médicos e tudo o que eles recomendavam não ajudava em nada. Mi-nha mãe não confiava que a doença era natural e recomendou o irmão Marcos, porque tinha ouvido muitos testemunhos de pessoas que ele ajudou. Depois de ver o meu marido quase a morrer, Marcos curou-o e agora, a saúde dele está a me-lhorar cada vez mais. Família Gonçalves

Uma BRUXARIA tinha sido feita contra a nossa família, tendo-nos afastado tanto que o negócio (Padaria) e a harmonia em casa foram destruídos. O desespero levou a minha mãe a procurar o IRMÃO MARCOS e ele MOSTROU-NOS O ROSTRO DO INIMIGO. Ficamos surpreendidos ao ver de nossa a PRÓPRIA FAMILIA. Mas AGORA SEM A BRUXERIA TUDO é MELHOR! RECO-MENDAMOS o Marcos. Família Vidinha

Sou de poucas palavras, mas devo dizer que o Marcos fez voltar a alma ao meu corpo. Sofri muito sem a minha família por causa dos meus erros, mas esse sofri-mento acabou, depois de visitar o Marcos. Recomendo o Marcos! Andrés

Fidelidade - Companhia de Seguros, S.A. Siège : Largo do Calhariz, 30 1249-001 Lisboa - Portugal - NIPC e Matrícula 500 918 880, CRC Lisboa - Capital Social 381.150.000 €Succursale de France : 29, boulevard des Italiens - 75002 Paris - RCS Paris B 413 175 191 - Tél. : 01 40 17 67 20 - Fax : 01 40 17 67 29Crédits photo : Fotolia

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