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La main dans l'art
r é f é r e n c e s
Les différentes conceptions de la main dans l'art
Danièle PérezINSPE de La Réunion
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La main est l’instrument avec lequel les artistes composent leurs œuvres d’art. Elle est à l’origine de toutes ses manifestations. Non contentée par ses missions artistiques, elle cherche à s’imposer dans le paysage plastique de tous temps. Sujet, objet, matériaux, trace, outil elle s’invite dans la scène artistique avec toutes ses facettes.Plastique, c’est un exercice de style pour les peintres et sculpteurs. En effet, un tableau peut être ruiné si les mains ne sont pas assez anatomiques et précises. Aux Beaux-Arts autrefois, les étudiants suivaient des cours de dessin anatomique et la main était à l’étude.
La main peut être tendre, dure, en colère ou sévère avec le poing levé, elle exprime bien des émotions. Elle est expressive. La main délivre des messages codés en fonction de sa position avec ses doigts. Elle est loquace et délivre de savants discours : le langage des signes en est un exemple.
Dans cet article nous verrons les différentes postures que la main occupe dans la scène artistique.
Mains
L e s h o m m e s p r é h i s t o r i q u e s o n t p o c h é d e s m a i n s s u r l e s p a r o i s d e s g r o t t e s . L e s m a i n s s u r l e s p a r o i s d e s g r o t t e s s o n t a p p l i q u é e s s e l o n p l u s i e u r s t e c h n i q u e s . L a g r a n d e m a j o r i t é s o n t d e s m a i n s n é g a t i v e s q u i a p p a r a i s s e n t a u m i l i e u d ’ u n h a l o d e c o u l e u r . N e t t e m e n t m o i n s n o m b r e u s e s , o n t r o u v e é g a l e m e n t d e s m a i n s p o s i t i v e s , r a p p e l a n t l e s e m p r e i n t e s d e c o u l e u r q u e t o u t l e m o n d e a p u r é a l i s e r p e n d a n t s o n e n f a n c e . L a d e r n i è r e t e c h n i q u e u t i l i s é e , l a p l u s r a r e , e s t c e l l e d e l a m a i n g r a v é e d a n s l a r o c h e . L a m a i n e s t u n o u t i l .
G a b r i e l O r o z c o , a r t i s t e m e x i c a i n , " M e s m a i n s s o n t m o n c o e u r " 1 9 9 1L e s m a i n s o n t m o d e l é l a t e r r e a r g i l e u s e . E l l e s s o n t a u s s i c o m m e u n e s o r t e d e c o c o n p o u r l a m a s s e d e t e r r e .
Mains de la grotte Chauvet
La main comme outil
C h e z l e s J u i f s , l a H a m s a e s t u n s y m b o l e é c a r t a n t l e s f o r c e s d u m a l .L a m a i n d e F â t i m a , d u n o m d e l a f i l l e p r é f é r é e d u p r o p h è t e M a h o m e t , s y m b o l i s e d a n s l a t r a d i t i o n , l a p l a c e d e l a f e m m e e t e s t u n t a l i s m a n c e n s é é c a r t e r l e m a l .
L a m a i n d e v i e n t u n s y m b o l e e t d é s i g n e a u t r e c h o s e q u ' e l l e -m ê m e . E l l e e s t s o u v e n t s t y l i s é e e t o r n e m e n t é e .
Main de Hamsa
La main comme symbole
L a m a i n ( d u l a t i n : m a n u s , « c ô t é d u c o r p s 1 » ) e s t l ’ o r g a n e p r é h e n s i l e e f f e c t e u r s i t u é à l ’ e x t r é m i t é d e l ’ a v a n t - b r a s e t r e l i é à c e d e r n i e r p a r l e p o i g n e t . C ' e s t u n o r g a n e c a p a b l e n o t a m m e n t d e s a i s i r e t m a n i p u l e r d e s o b j e t s . C h e z l ' H o m m e , l a m a i n e s t u n o r g a n e e x t r ê m e m e n t d é v e l o p p é e t i m p o r t a n t , e l l e d i s p o s e d ' u n e p a l e t t e d ' a c t i o n s t r è s l a r g e . E l l e a u s s i d o t é d e s i g n i f i c a t i o n s e t e s t c a p a b l e d e c o m m u n i q u e r , p e n s o n s a u l a n g a g e d e s s i g n e s d e s m a l -e n t e n d a n t s .
L e C h r i s t P a n t o c r a t o r e s t u n e r e p r é s e n t a t i o n p r i v i l é g i é e d e l ' a r t b y z a n t i n q u i m o n t r e l e C h r i s t e n b u s t e , t e n a n t l e l i v r e d e s S a i n t e s É c r i t u r e s d a n s l a m a i n g a u c h e e t l e v a n t l a m a i n d r o i t e d a n s u n g e s t e d ' e n s e i g n e m e n t c o d i f i é q u i i n v i t e à l a v i e é t e r n e l l e .
Le langage des signes
La main comme signe
E s c h e r , g r a n d i l l u s i o n n i s t e f a i t l e d e s s i n d ' u n e m a i n t e n a n t u n e b o u l e r é f l é c h i s s a n t e .
P a r m e s a n f e r a s o n a u t o p o r t r a i t a v e c s a m a i n m i s e a u p r e m i e r p l a n a f i n d e m o n t r e r l ' i m p o r t a n c e d e c e l l e -c i d a n s s o n A u t o p o r t r a i t d e 1 5 2 0
Escher, mains se reflétant dans une sphère, 1935
La main comme sujet
M a i n s e n p r i è r e , p a r ; A l b r e c h t D ü r e r ( 1 5 0 8 ) . L ' a r t i s t e f a i t u n e é t u d e r i g o u r e u s e d e s m a i n s t e n u e s l o r s d e l a p r i è r e .
L é o n a r d d e V i n c i l u i a u s s i é t u d i e r a a v e c p r é c i s i o n l e s p a r t i e s f o r m a n t l e s m a i n s a v e c l e u r v o l u m e , o m b r e s e t l u m i è r e .
L e s a r t i s t e s f o n t d e c e t t e é t u d e u n e o e u v r e à p a r t e n t i è r e . L e r e n d u a n a t o m i q u e d o i t ê t r e c r é d i b l e .
L e s a r t i s t e s f o n t c e s é t u d e s à p a r t i r d e m o d è l e s v i v a n t s .
G é r i c a u l t e n 1 8 1 8 f e r a u n e a u t r e é t u d e s u r l e s m a i n s e t l e s p i e d s d e m a n i è r e r é a l i s t e .
Dürer Vinci
La main comme détail
L e s m a i n s p h o t o g r a p h i é e s p a r J e a n - P h i l i p p e B e u x n e m o n t r e n t p a s q u e l e s d é f o r m a t i o n s p r o f e s s i o n n e l l e s . To u t c o m m e l a p h o t o g r a p h i e , e l l e s s o n t l e r e f l e t , d e n o s c a r a c t è r e s , d e n o t r e h i s t o i r e , d e n o s v i e s . E l l e c o n t i e n n e n t à l a f o i s n o t r e p a s s é e t l a p r o j e c t i o n d e n o t r e f . . .
Jean-Philippe Beux, 2014
La main comme témoin et mémoire
G i u s e p p e P e n o n e m o n t r e l e t e m p s q u i p a s s e a v e c c e t a r b r e e t c e t t e m a i n e n b r o n z e f i xé e s u r s o n t r o n c . O n v o i t l e s m a r q u e s d u t e m p s s u r l ' é c o r c e a v e c l ' e m p r e i n t e d e l a m a i n s ' a g r a n d i s s a n t a u f u r e t à m e s u r e q u e l e s a n n é e s p a s s e n t . C ' e s t u n t r a v a i l s u r l a m é m o i r e .
C h o i X o o - A n g , d e s m a i n s p o u r f o r m e r d e s a i l e s d ' u n a n g e . L e r é s u l t a t e s t é t r a n g e e t s u r p r e n a n t .L ' a r t i s t e n o u s m o n t r e d e s a s p e c t s d u c o r p s e f f r a y a n t s .
L a m a i n e s t u n m a t é r i a u c o m m e u n a u t r e . L e s a i l e s s o n t e n m o u v e m e n t .
) L a m a i n a u d é p a r t f a m i l i è r e e t d ' a s p e c t a g r é a b l e d e v i e n t d é r o u t a n t e i c i . E l l e e s t l e m a t é r i a u d e l a c o n s t r u c t i o n .
L a m a i n e s t é t r a n g e c a r n o u s n e s o m m e s p a s h a b i t u é s à l a v o i r a i n s i p r é s e n t é e .
Choi-Xoo-Ang
La main comme matériau
i L o u i s B l a n c p h o t o g r a p h i e s e s m a i n s p o u r l e s r e n d r e m o n u m e n t a l e s .
E l l e s c r è v e n t l ' é c r a n : e l l e s s o n t e x p r e s s i v e s e t p a r a i s s e n t g é a n t e s .
L ' a r t i s t e e s t à l a f o i s p h o t o g r a p h e e t m o d è l e .
Louis Blanc, série Corpus, 2017
La main comme monument
C é s a r f a i t d u p o u c e u n e s c u l p t u r e g i g a n t e s q u e a v e c u n g r a n d c h a n g e m e n t d ' é c h e l l e .
C h r i s t i n e L u c a s , d a n s A l i c e , m o n t r e é g a l e m e n t u n e s c u l p t u r e g i g a n t e s q u e d ' u n e m a i n d ' u n e f e m m e s o r t a n t d ' u n m o n u m e n t e n E s p a g n e
Boulogne-Billancourt, samedi 15 septembre 2018. Une des versions du Pouce de César, une sculpture de 6 m de hauteur, a été installée sur l’île Seguin, sur le parvis de la Seine musicale
La main comme échelle
L i u B o l i n r é a l i s e u n p o i n g g é a n t . C e t t e s t a t u e d e 3 , 6 0 m d e h a u t e t p e s a n t p l u s d e 7 t o n n e s a é t é e x p o s é e f i n m a r s s o u s l a n e f d u G r a n d P a l a i s , d a n s l e c a d r e d u s a l o n A r t P a r i s , d o n t l a C h i n e e s t l ’ i n v i t é e d ’ h o n n e u r .
SUPPORTS La main comme support de l'oeuvre
L a m a i n s e r v a n t d e s u p p o r t p o u r d e s e f f e t s h y p e r r é a l i s t e s : G u i d o D a n i e l e
L a m a i n e s t à l a f o i s l e s u p p o r t d e l ' o e u v r e m a i s a u s s i e l l e e n d o n n e l a f o r m e .
Juin 2020
