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Marie-Pierre Robert a vu le jour dans le sud, entre ombre et lumière ; de ces couleurs, de ces contrastes et de la rencontre d'amis artistes est née sa passion pour la photo. Son envie de ger le présent et de rêver l'ailleurs l'emmène à aiguiser son regard au cours de nombreux voyages. Au début, mêlant texte et image sur fond de paysages méditerranéens, elle introduit peu à peu la gure humaine dans ses clichés, dans ses collages et ses peintures. Son œil aguerri ge des formes énigmatiques, des humains fondus dans le décor , des villages écrasés de soleil, des ponts enjambant des eaux troubles, des forêts enrobées de brume, des portes patinées par le temps, des surimpressions sur des vues urbaines... Par son extrême sensibilité Marie-Pierre nous interpelle et ses images interrogent, fascinent, dévoilent un autre espace tels ses derniers paysages urbains et ruraux. Elle expose régulièrement au sein du collectif photographique niçois Photon. Mais Marie-Pierre a plus d'un art à son arc. Elle fait partager sa passion pour la littérature par le biais d'un atelier d'écriture "Lettres de soi" au Court Circuit Café, rue Vernier à Nice. Elle pratique la reliure d'art pour redonner vie aux œuvres fatiguées. La nature est son lieu ressource, par le biais d'activités comme l'escalade, la marche. Marie-Pierre Robert est psychologue au Cae La Guitare et au Chrs. Mais ceci est une autre histoire... par Claude Goiran, éducateur spécialisé au CAE La Guitare claude.goiran@psp-actes.org TALENT D’ACTES - Marie-Pierr e Robert, ps ychologue au CAE La Guitar e et au Chr s Solid’actes, épicerie solidaire, création de notre Fondation Souhaitée depuis longtemps par notre Président et travaillée par la cellule proj o et à partir de constats de terrain, Solidactes a ouvert ses portes le 3 novembre 2015. Après un mois d'ouvertur e, vingt-cinq ménages ont déj é à été orientés ver s Solidactes. Les économies sont donc au rendez-vous pour ces usagers qui ne payent que 10% de la valeur du panier . Cependant, une épicerie solidaire n'est pas un hard discounter. À travers l'accompagnement proposé, ce pouvoir dachat ainsi dégagé va permettre à la personne de réaliser un projet : remboursement de dettes, relogement, paiement du permis de conduire... Tous les mardis et jeudis après-midi, Sabine accueille les personnes et effectue avec elles un rapide bilan qui détermine le montant dachat hebdomadaire. Alors la personne, devenue adhérente de lépicerie, peut venir faire ses courses une fois par semaine et participer à la vie du lieu : rangement de l'espace dépôt vente, mise en rayon des denrées, proposition dateliers... Un espace « pause-café » faisant le lien entre la boutique et le dépôt-vente est également mis à la disposition des personnes afin de leur permettre de se poser et de discuter . Pour soutenir ces échanges, des activités pédagogiques et conviviales sont proposées : décoration de Noël à base de matériels récupérés, sortie familiale « Noël de Frankie » à Monaco... Ces sorties ou ateliers ouverts à tous les bénéficiaires seront à chaque fois communiqués par email. Solidactes, création de la Fondation, bénéficie de lintervention de jeunes volontaires dUnis- cités qui sont force de propositions et dénergie au sein de cette nouvelle structure et du soutien logistique de la Banque alimentaire. Outil dinsertion innovant pour intervenir financièrement, lépicerie Solidactes propose aussi de retrouver une dynamique personnelle et collective ! Pour plus de renseignements merci de contacter Sabine Suc et Géraldine Cardona : epicerie.solidaire@psp-actes.org par Moufida Bouzazi, assistante de direction ACTUALITÉS - Sol i da c t e s a ouv e r t s e s por t e s l e 3 nov e mbr e ! 4 © Fondation PSP-Actes L e s dé é b u t s d a n né é e s o n t s o u v e n t s y n o n y m e s d a u g m e n t a t i o n e n t o u t g e n r e p o u r l a m a j o r i t é d e s m é n a g e s e t l e b u d g e t s a n t é n é c h a p p e p a s à c e t t e r è g l e . L e c o m i t é d e n t r e p r i s e d e l a F o n d a t i o n , s o u c i e u x d e l a s a n t é e t d u p o u v o i r d a c h a t d e s s a l a r i é s , a d o n c d é c i d é d e t o r d r e l e c o u à c e t t e « f a t a l i t é » e n c o n t i n u a n t à p a r t i c i p e r d e m a n i è r e s i g n i f i c a t i v e a u f i n a n c e m e n t d e l a m u t u e l l e d e n t r e p r i s e . P o u r r a p p e l , l a m u t u e l l e d e v i e n t o b l i g a t o i r e à p a r t i r d u 1 e r j a n v i e r 2 0 1 6 p o u r t o u s l e s s a l a r i é s d e d r o i t p r i v é a v e c u n e c o t i s a t i o n r é p a r t i e d e m a n i è r e é g a l e ( 5 0 % ) e n t r e l e m p l o y e u r e t l e m p l o y é , l a c o n t r i b u t i o n d u c o m i t é d e n t r e p r i s e a u t i t r e d e s œ u v r e s s o c i a l e s é t a n t f a c u l t a t i v e . L o r s d e s a s é a n c e d u 1 7 d é c e m b r e 2 0 1 5 , l e c o m i t é d e n t r e p r i s e d A c t e s a d o n c f a i t l e c h o i x d e p a r t i c i p e r à h a u t e u r d e 1 3 p a r m o i s e t p a r s a l a r i é . C e t t e d é c i s i o n p e r m e t a u s a l a r i é , p o u r l e c o n t r a t s o c l e d e b a s e d i t r e s p o n s a b l e , d a v o i r u n r e s t e à c h a r g e d e 1 0 , 1 7 m a j o r é d e C S G - R D S s o i t u n e c o t i s a t i o n m e n s u e l l e t o t a l e d e 1 3 , 0 6 . p a r S S té é p h a n i e T a v e r n i e r , d i r e c t r i c e d e s r e s s o u r c e s h u m a i n e s ŒUVRES SOCIALES / CULTURELLES DU CE - P a r t i c i p a t i o n d u C E à l a m u t u e l l e o b l i g a t o i r e L ' e n t r e t i e n p r of f e s s i o n n e l c ré éé é p a r l a d e r n iè è r e ré éf f o r m e s u r l a f f o r m a t i o n ( ( l o i d u 5 m a r s 2 0 1 4) ) e s t u n n o u v e a u r e n d e z - v o u s e n t r e l e s a l a r i é e t l ' e m p l o y e u r . C e t e n t r e t i e n , q u i c o m p l è t e l e n t r e t i e n a n n u e l d e d é v e l o p p e m e n t p r o f e s s i o n n e l ( E A D P ) , v i s e à : a c c o m p a g n e r l e s a l a r i é d a n s s e s p e r s p e c t i v e s d ' é v o l u t i o n p r o f e s s i o n n e l l e ( c h a n g e m e n t d e p o s t e , p r o m o t i o n . . . ) , i d e n t i f i e r s e s b e s o i n s d e f o r m a t i o n . L ' e n t r e t i e n p r o f e s s i o n n e l d o i t a v o i r l i e u t o u s l e s d e u x a n s e t ê t r e s y s t é m a t i q u e m e n t p r o p o s é à t o u t s a l a r i é q u i r e p r e n d s o n a c t i v i t é a p r è s u n e p é r i o d e d i n t e r r u p t i o n l o n g u e t e l l e q u e c o n g é d e m a t e r n i t é o u s a b b a t i q u e . . . T o u s l e s s i x a n s , u n é t a t d e s l i e u x r é c a p i t u l a t i f d u p a r c o u r s p r o f e s s i o n n e l d u s a l a r i é s e r a e f f e c t u é . C e l a p e r m e t t r a d e v é r i f i e r q u e l e s a l a r i é a e f f f e c t i v e - m e n t b é n é f i c i é d e s e n t r e t i e n s p r o f e s s i o n n e l s p r é v u s p e n d a n t c e t t e p é r i o d e e t p e r m e t t r a é g a l e m e n t d e s ' a s s u r e r q u i l a p u b é n é f i c i e r d a u m o i n s d e u x a c t i o n s s u r l e s t r o i s p r é v u e s : s u i v i d u n e a c t i o n d e f o r m a t i o n , a c q u i s i t i o n d u n e c e r t i f i c a t i o n p r o f e s s i o n n e l l e ( d i p l ô m e , t i t r e p r o f e s s i o n n e l . . . ) , b é n é f i c e d ' u n e p r o g r e s s i o n s a l a r i a l e o u p r o f e s s i o n n e l l e . A f i n d a c c o m p a g n e r l e n s e m b l e d e s s a l a r i é s d a n s c e n o u v e l e x e r c i c e , v é r i t a b l e a c t e m a n a g é r i a l e t n o u v e l o u t i l p e r t i n e n t d e g e s t i o n p r é v i s i o n n e l l e d e s e m p l o i s e t c o m p é t e n c e s ( G P E C ) , d e s r é u n i o n s d i n f o r m a t i o n s o n t o r g a n i s é e s d a n s t o u s l e s s e r v i c e s d e l a F o n d a t i o n . p a r S S té é p h a n i e T a v e r n i e r , d i r e c t r i c e d e s r e s s o u r c e s h u m a i n e s ACTUALITÉS SOCIALES - L e n t r e t i e n p r o f e s s i o n n e l © DL © © D D D L L L L L L L L Lors des dernières grosses intempéries du mois d'octobre, la villa Marie-Ange a subi de fortes infiltrations. La cage d'escaliers porte des traces de dégoulinures d'eau de pluie. Et qui salissent aussi le mur extérieur . Pourtant des tr avaux conséquents avaient été eff ectués début 20 14, avec le changement complet des tuiles coté droit. Mais le chéneau avait du mal à évacuer l'eau et celle-ci, par débordement, pénétrait dans l'établissement. Une évacuation extérieure n'avait pas pu être installée, du fait du voisinage. Ce problème technique devait êtr e corrigé au plus vite. Une entreprise spécialisée pr oposa de recouvrir le chéneau de tuiles et d'ajouter une gouttière sur le mur droit avec une évacuation sur l'arrière de la villa. Début novembre, sous l'oeil avisé de Serge Masotti, l'entreprise réalisa les travaux très rapidement et put ainsi mettre la villa Marie-Ange définitivement à l'abri de toute nouvelle intempérie. © Marie-Pierre Robert Marie-Pierre Robert, psychologue par Claude Goiran, éducateur spécialisé au CAE La Guitare ACTES EN TRAVAUX - Marie-Ange s auvée des eaux !

Des faits des actes 19 - fondationdenice.org · parL ydieAppassamy,stagiaireEHESP(Écoledeshautesétudesensantépublique) TÉMOIGNAGE-L’atelierdemusicothérapieNotremaisond’enfantsàLaTrinitédisposed

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Page 1: Des faits des actes 19 - fondationdenice.org · parL ydieAppassamy,stagiaireEHESP(Écoledeshautesétudesensantépublique) TÉMOIGNAGE-L’atelierdemusicothérapieNotremaisond’enfantsàLaTrinitédisposed

Marie-Pierre Robert a vu le jour dans le sud, entre ombre et lumière ;de ces couleurs, de cescontrastes et de la rencontre d'amis artistes est née sa passion pour la photo. Son envie de figerle présent et de rêver l'ailleurs l'emmène à aiguiser son regard au cours de nombreux voyages.

Au début, mêlant texte et image sur fond de paysages méditerranéens, elle introduit peu àpeu la figure humaine dans ses clichés, dans ses collages et ses peintures. Son œil aguerri figedes formes énigmatiques, des humains fondus dans le décor, des villages écrasés de soleil, desponts enjambant des eaux troubles, des forêts enrobées de brume, des portes patinées par letemps, des surimpressions sur des vues urbaines... Par son extrême sensibilité Marie-Pierre nousinterpelle et ses images interrogent, fascinent, dévoilent un autre espace tels ses derniers paysagesurbains et ruraux. Elle expose régulièrement au sein du collectif photographique niçois Photon.

Mais Marie-Pierre a plus d'un art à son arc. Elle fait partager sa passion pour la littératurepar le biais d'un atelier d'écriture "Lettres de soi" au Court Circuit Café, rue Vernier à Nice. Ellepratique la reliure d'art pour redonner vie aux œuvres fatiguées. La nature est son lieu ressource,par le biais d'activités comme l'escalade, la marche. Marie-Pierre Robert est psychologue au CaeLa Guitare et au Chrs. Mais ceci est une autre histoire...

parClaude Goiran, éducateur spécialisé au CAE La Guitare • [email protected]

TALENT D’ACTES -Marie-Pierre Robert,psychologue au CAE La Guitare et au Chrs

Solid’actes, épicerie solidaire, création de notre Fondation

Souhaitée depuis longtemps par notre Président et travaillée par la cellule projo et à partir deconstats de terrain, Solid’actes a ouvert ses portes le 3 novembre 2015.

Après un mois d'ouverture, vingt-cinq ménages ont déjé à été orientés vers Solid’actes. Les économiessont donc au rendez-vous pour ces usagers qui ne payent que 10% de la valeur du panier.

Cependant, une épicerie solidaire n'est pas un hardr� discounter.r� À travers l'accompagnementproposé, ce pouvoir d’achat ainsi dégagé va permettre à la personne de réaliser un projet :remboursement de dettes, relogement, paiement du permis de conduire...Tous les mardis et jeudis après-midi, Sabine accueille les personnes et effectue avec elles un rapidebilan qui détermine le montant d’achat hebdomadaire. Alors la personne, devenue adhérente del’épicerie, peut venir faire ses courses une fois par semaine et participer à la vie du lieu : rangementde l'espace dépôt vente, mise en rayon des denrées, proposition d’ateliers...Un espace «pause-café » faisant le lien entre la boutique et le dépôt-vente est également mis à ladisposition des personnes afin de leur permettre de se poser et de discuter. Pour soutenir ceséchanges, des activités pédagogiques et conviviales sont proposées : décoration de Noël à base dematériels récupérés, sortie familiale «Noël de Frankie » à Monaco... Ces sorties ou ateliers ouverts àtous les bénéficiaires seront à chaque fois communiqués par email.

Solid’actes, création de la Fondation, bénéficie de l’intervention de jeunes volontaires d’Unis-cités qui sont force de propositions et d’énergie au sein de cette nouvelle structure et du soutienlogistique de la Banque alimentaire.Outil d’insertion innovant pour intervenir financièrement, l’épicerie Solid’actes propose aussi deretrouver une dynamique personnelle et collective ! Pour plus de renseignements merci de contacterSabine Suc et Géraldine Cardona : [email protected]

parMoufida Bouzazi, assistante de direction

ACTUALITÉS -Solid’actes a ouvert ses portesle 3 novembre !

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Les déébuts d’annéée sont souvent synonymes d’augmentation en toutgenre pour la majorité des ménages et le budget santé n’échappe pasà cette règle. Le comité d’entreprise de la Fondation, soucieux de lasanté et du pouvoir d’achat des salariés, a donc décidé de tordre le couà cette « fatalité » en continuant à participer de manière significative

au financement de la mutuelle d’entreprise.Pour rappel, la mutuelle devient obligatoire à partir du 1er janvier 2016 pour tous les salariés dedroit privé avec une cotisation répartie de manière égale (50%) entre l’employeur et l’employé,la contribution du comité d’entreprise au titre des œuvres sociales étant facultative.Lors de sa séance du 17 décembre 2015, le comité d’entreprise d’Actes a donc fait le choix departiciper à hauteur de 13 € par mois et par salarié. Cette décision permet au salarié, pour lecontrat socle de base dit responsable, d’avoir un reste à charge de 10,17 € majoré de CSG-RDSsoit une cotisation mensuelle totale de 13,06 €.

par SStééphanie Tavernier, directrice des ressources humaines

ŒUVRES SOCIALES / CULTURELLES DU CE -Participationdu CE à la mutuelle obligatoire

L'entretien proffessionnel créééé par la dernièère rééfforme sur la fformation ((loi du 5 mars 2014))est un nouveau rendez-vous entre le salarié et l'employeur.Cet entretien, qui complète l’entretien annuel de développement professionnel (EADP), vise à :• accompagner le salarié dans ses perspectivesd'évolution professionnelle (changement deposte, promotion...),

• identifier ses besoins de formation.L'entretien professionnel doit avoir lieu

tous les deux ans et être systématiquementproposé à tout salarié qui reprend son activitéaprès une période d’interruption longue telle quecongé de maternité ou sabbatique...

Tous les six ans, un état des lieux récapitulatifdu parcours professionnel du salarié sera effff ectué.Cela permettra de vérifier que le salarié a effff eff ctive-ment bénéficié des entretiens professionnels prévus pendant cette période et permettra égalementde s'assurer qu’il a pu bénéficier d’au moins deux actions sur les trois prévues :• suivi d’une action de formation,• acquisition d’une certification professionnelle (diplôme, titre professionnel...),• bénéfice d'une progression salariale ou professionnelle.

Afin d’accompagner l’ensemble des salariés dans ce nouvel exercice, véritable actemanagérial et nouvel outil pertinent de gestion prévisionnelle des emplois et compétences(GPEC), des réunions d’information sont organisées dans tous les services de la Fondation.

par SStééphanie Tavernier, directrice des ressources humaines

ACTUALITÉS SOCIALES - L’entretienprofessionnel

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Lors des dernières grosses intempéries du moisd'octobre, la villa Marie-Ange a subi de fortes infiltrations.La cage d'escaliers porte des traces de dégoulinures d'eaude pluie. Et qui salissent aussi le mur extérieur. Pourtant destravaux conséquents avaient été efff& ectués début 2014, avecle changement complet des tuiles coté droit. Mais lechéneau avait du mal à évacuer l'eau et celle-ci, pardébordement, pénétrait dans l'établissement.

Une évacuation extérieure n'avait pas pu être installée, du fait du voisinage. Ce problèmetechnique devait être corrigé au plus vite. Une entreprise spécialisée proposa de recouvrir le chéneaude tuiles et d'ajouter une gouttière sur le mur droit avec une évacuation sur l'arrière de la villa.Début novembre, sous l'oeil avisé de Serge Masotti, l'entreprise réalisa les travaux très rapidementet put ainsi mettre la villa Marie-Ange définitivement à l'abri de toute nouvelle intempérie.

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Marie-Pierre Robert, psychologue

par Claude Goiran, éducateur spécialisé au CAE La Guitare

ACTES EN TRAVAUX -Marie-Ange sauvéedes eaux !

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desfaits... des actc esJ O U R N A L D ’ I N F O R M A T I O N D E L A F O N D A T I O N P A T R O N A G E S A I N T - P I E R R E A C T E S

Retrouvez-nous aussi sur www.psp-actes.org ACTION ÉDUCATIVE ET SOCIALE

Trimestriel n°19 – Décembre 2015

Décloisonner les services de la Fondation pourassurer une meilleure continuité et efff� icacitédans l’accompagnement de nos publics est plusfacile à dire qu’à faire.

Les financements, les habitudes de travail, nousentrainent plutôt vers un fonctionnementvertical.Travailler de manière transversale c’est aussimettre nos compétences au service de tousnos publics : informer sur le risque des

addictions des lycéens mais aussi de nos jeunes confiés par l’aide sociale à l’enfance, idem pourl’accompagnement au passage du permis de conduire ou l’accès à l’emploi financé pour desadultes et qui s’ouvrent à nos jeunes.

La pauvreté aussi est l’affaire des entreprises comme le précise Jacques Berger, directeur del’Action Tank Entreprise et Pauvreté (cf. site Internet www.w� at-entrer prise-pauvrer� te.orgr� ),laboratoire d’expérimentations associant acteurs économiques et sociaux afin de faciliter l’accèsdes personnes précaires à des biens et services essentiels. Interviewé dans le magazine Directionsde novembre 2015, il nous dit que pour lui «de nouvelles alliances sont indispensables pourpror� duirer plus d’i’ ntelligi ence collective ».

Faire tomber les barrières, les représentations, tester de nouveaux modes de travail, créateursde lien pour réduire la fracture sociale, un joli message d’espoir et un plan d’action à partagerpour 2016.

Par Caroline Poggi-MaudetDirectrice générale de la fondation Patronage Saint-Pierre Actes

ÉDITO -Un plan d’actionà partager pour 2016

Ce journal des faff its... des actes est édité par laFondation Patronage Saint-Pierre ActesDirectrice de la publication / Caroline Poggi-Maudet

Comité de rédaction

Catherine Birtwisle, administratrice • Moufida Bouzazi,assistante de direction •Mireille Henryrr , directrice du secteurInsertion logement emploi • Claude Goiran, éducateur à LaGuitare • Céline Martel, secrétaire de direction, secteur

Enfaff nce-faff milles • Joséphine Rudelle-Prudhon, éducatrice spécialisée, Caarud • Stéphanie TaTT vernier,directrice des ressources humaines • Annie VoVV lant, chargée de mission, Cap entreprise

Siège social Casa-Vecchia | 8, avenue Urbain-Bosio | 06300 NiceTél. 04 97 08 82 30 | Fax 04 93 56 88 70 | email [email protected]

Imprimé sur Cyclus Offsetpar Les Arts Graphiques, Nice Graphic design / [email protected]

ACTUALITÉS - Le changement dans la continuité

ACTUALITÉS .............. PAGE 1

Le changement dans la continuitépar Caroline Poggi-Maudet, directrice générale

PORTAIT EN 3D .............. PAGE 2

Trois questions posées à Marie-Dominique Saillet, administratricepropos recueillis par Joséphine Rudelle-Prudhon, éducatrice spécialisée au Caarud

DIVERSITÉ .............. PAGE 2

Convention avec le centre LGBT Côte d’Azurpar Nicolas Michaud, éducateur spécialisé au CHRS et Mireille Henry, directrice dusecteur Insertion par le logement et l’emploi

BON À SAVOIR .............. PAGE 2

SUCCESS STORY .............. PAGE 3

Inauguration du premier chantier d’insertion de la Fondationpar Céline Martel, assistante de direction du secteur Enfance-Familles

QUELS ACTES POUR DEMAIN ? .............. AGE 3

1, 2, 3... partezpar Caroline Poggi-Maudet, directrice générale

LA PAROLES AUX SALARIÉS .............. PAGE 3

Patricia Aicardi, comptable du secteur accompagnementmédico-social

TÉMOIGNAGE .............. PAGE 3

L’atelier de musicothérapiepar LyL die Appassamy, stagiaire EHESP

TALENT D’ACTES .............. PAGE 4

Marie-Pierre Robert, psychologue à La Guitare et au Chrspar Claude Goiran, éducateur spécialisé au CAE La Guitare

ACTUALITÉS .............. PAGE 4

Solid’actes a ouvert ses portes le 3 novembrepar Moufida Bouzazi, assistante de direction

ŒUVRES SOCIALES / CULTURELLES DU CE .............. PAGE 4

Participation du CE à la mutuelle obligatoirepar Stéphanie Tavernier, directrice des ressources humaines

ACTES EN TRAVAUX .............. PAGE 4

Marie-Ange sauvée des eauxpar Claude Goiran, éducateur spécialisé au CAE La Guitare

ACTUALITÉS SOCIALES .............. PAGE 4

L’entretien profef0 ssionnelpar Stéphanie Tavernier, directrice des ressources humaines

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Grâce à une mobilisation énergique, la Fondation sedéveloppe et offre de nouveaux services aux personnesaccompagnées en 2016. L’opportunité de départs etl’émergence de nouvelles actions va lui permettre defonctionner en plus grande cohérence et efficacité.En conséquence, les secteurs de la Fondation seredéploient ainsi :• développement du secteur accompagnement social etmédico-social avec la fusion des CHRS et la créationd’un nouveau service dédié aux migrants,

• création d’un secteur accès à l’emploi émoignant denotre volonté d’être plus visible sur ce champ prioritairequi regroupera Cap entreprise, la Ressourcerie, Reprises,le centre de pré-orientation, l’auto-école sociale, lesactions appui intensif emploi et Flash...

• poursuite de la refonte du secteur Enfance-familleliée au CPOM et engagement d’une réflexion sur lapertinence de créer une activité d’accompagnement àl’autonomie des jeunes majeurs/j/ eunes adultes intégrantle dispositif Actes jeunes

par Caroline Poggi-Maudet, directrice générale de la Fondation

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Une réorganisation du travail associée à des recherchesde locaux et de nouvelles compétences seront à l’œuvrepour démarrer ces actions et accompagner ces change-ments en 2016.C’est avec ambition que nous abordons cette nouvelleaannnnééee !!

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Mon parcours en trois éétapesJe suis actuellement engagée dans le conseil d’administration entant que déléguée au secteur Enfance-Familles.Je participe également à plusieurs commissions de la Fondation(financière, informatique, GPEC).

1988. Après avoir obtenu une maîtrise en langue anglais/espagnol et un Dess en développement industriel j’ai occupé monpremier poste profeff ssionnel à Thomson Sintra au service formation.

1990. J’ai assisté à mon premier conseil d'administration entant qu'observatrice à la demande de mon père. J’ai été étonnéepar la ferveur qui se dégageait de l’assemblée et par les membres,unis autour des mêmes valeurs et œuvrant pour faire changer leschoses. Je m’y suis engagée à mon tour après une deuxièmeréunion. Au conseil d’administration, toutes les voix ont la mêmevaleur, que les administrateurs soient membres de droit ou duconseil, fondateurs ou conseillers techniques.

1998. Aprèès avoir eu trois enffants, je rentre àà l’ÉÉducationnationale en tant que professeur des écoles.

Trois moments foff rts au sein du conseil d'administration• Les discussions importantes autour de « l’échange de seringues »et la naissance du Caarud

• La fermeture du pôle formation, et la plan de sauvegarde del’emploi

• Le label diversité : Caroline Poggi-Maudet nous en a parlélorsqu’elle était directrice de Cap Entreprise. À l’époque, je mesouviens, personne ne voyait l’utilité de ce label puisque laFondation portait déjà les valeurs de la diversité. Elle nous aconvaincus de la nécessité d’avoir ce label dans le cadre de nospratiques et de notre partenariat avec les entreprises, pour luttercontre toute forme de discriminations. Le moment d’étonne-ment passé, nous avons pris conscience de son intérêt et avons

lancéé la procéédure en vue d’obtenir le label diversitéé, créééé lacellule d’écoute diversité et recruté ses membres.

Trois idées à chaud• Rester innovants et continuer à développer des projo ets dont nousavons l'initiative (la ressourcerie, l’épicerie solidaire, l’auto-écolesociale...). Les besoins évoluent : la Fondation doit s’adapter à unenvironnement en perpétuelle mouvance. Elle doit être active etréactive dans un monde où la précarité et la fragilité atteignentde plus en plus de personnes.

• Rapprocher conseil d'administration et salariés. Se retrouver dansla Fondation, par exemple à l'initiative de la cellule diversité,autour de thèmes fédérateurs tels que la laïcité.

• Améliorer la « réorganisation » prévue des secteurs pour êtretoujours plus efficaces dans nos missions au service des plusdémunis.

propos recueillis par Joséphine Rudelle-Prudhon, éducatrice spécialisée au Caarud

PORTRAIT EN 3D - Trois questions posées à Marie-Dominique Sailletadministratrice déléguée au secteur Enfance-Familles

Vendredi 4 décembre 2015 – Hélène Papadoperakis,coordinatrice administrative du centre LGBT de Nice etNicolas Michaud référent à ACTES, ont échangé avec lacellule d’écoute diversité.Le centre LGBT Côte d’Azur (lesbien-gay-bi-trans) a été

inauguré le 16 mai 2011 ; il regroupe vingt-deux associations et souhaite « défef� ndrer� les vav� leursr� du viv� vrv� er -

ensemble et du rer spect des persr� onnes dans leursr� difff éf� rer� nces, tant dans la divev rsr� ité des sexe� ualités, des

genrer� s,s des identit� tés de genrer� et des sexe� es ». Le centre, situé au 123 rue de Roquebillière à Nice, accueille,protège et accompagne toute personne LGBT en difff� iculté, «qui qu’e’ lle soit».Les valeurs défendues par le centre ne pouvant que faire écho à celles défendues par notre Fondationet la cellule d’écoute diversité ; un partenariat s’est mis en place au mois d’avril 2015 par la signature

d’une convention reposant sur un engagement mutuel. Ils’inscrit dans la volonté de la Fondation de lutter contretoutes fof� rmes de discriminations, dans la lignée du travaileffectué sous l’égide du label diversité.En effet la Fondation s’engage à accueillir les personnes

orientées par le centre LGBT afin qu’elles puissent bénéficier de ses services. En échange, le centreLGBT Côte d’Azur s’engage à recevoir les personnes suivies par la Fondation qui en expriment lesouhait et le besoin. Il est également un lieu ressources pour tous les salariés par la mise à dispositionde matériel de prévention et d’informations (flyers, affiches, préservatifs...). Le centre s’engage aussià soutenir les salariés de la Fondation dans la lutte contre les préjugés et les discriminations enorganisant deux fois par an une demi-journée desensibilisation et de débat autour de ces thématiques.Au sein de la Fondation, Nicolas Michaud, éducateurspécialisé au Chrs, a été désigné en tant que personneressource pour faire le lien entre le centre et laFondation. Il peut être joint au 04 93 80 88 10 ou parle biais de son mail [email protected] que ce partenariat soit une opportunité pournous ouvrir davantage à la diversité !

– lutter contre toutesformes de discriminations –

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par Nicolas Michaud, éducateur spécialisé au CHRS etMireille Henry,directrice du secteur Insertion par le logement et l’emploi

DIVERSITÉ -Convention avecle centre LGBT Côte d’Azur

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Rester innovants et continuerà développer des projets dontnous avons l'initiative.

La Fondation doit être activeet réactive dans un monde oùla précarité et la fragilitéatteignent de plus en plus depersonnes.

• VILLA MARIE-ANGEa villa Marie-Ange a un nouveau chef de service en la personne de BrigitteBianco depuis le 2 novembre 2015. La Fondation lui souhaite pleine réussitedans ses nouvelles missions.

• APPELS À PROJETLa Fondation a été retenue sur de nouveaux appelsà projet concernant l’hébergement et l’accompa-gnement des demandeurs d’asile, l’accès à l’emploides allocataires du RSA.

• ACTES RESSOURCESa Fondation Niarchos accorde également et pour trois ans 150000 euros desubvention à la ressourcerie pour l’accueil de jeunes.

• CAARUDLe centre d’accueil et d’accompagne-ment à la réduction des risques pourles usagers de drogue s’est équipéd’une nouvelle unité mobile mieuxadaptée à l’accueil des usagers !

• CONVENTIONS DE PARTENARIATS La Fondation officialise et renforce sescollaborations avec laMission locale pournos jeunes et poursuit son action Reprises(retour à l’emploi progressif et d’insertionsociale avec des entreprises solidaires) avec Erdf et démarre un nouveau chantier avec la Sncf.

BON À SAVOIR

Objectif Jeunes Nice Côte d'Azur

MISSION LOCALE COMMUNAUTAIRE

Page 4: Des faits des actes 19 - fondationdenice.org · parL ydieAppassamy,stagiaireEHESP(Écoledeshautesétudesensantépublique) TÉMOIGNAGE-L’atelierdemusicothérapieNotremaisond’enfantsàLaTrinitédisposed

par LyL� die Appassamy, stagiaire EHESP (École des hautes études en santé publique)

TÉMOIGNAGE - L’atelier de musicothérapie

Notre maison d’enfants à La Trinité dispose d’un espace de jeux et d’un vaste terrain en terrequi ne permet que la pratique du football, impraticable en cas de pluie. Le projet est d’y aménagerun véritable terrain multisport (basket, volley, fitness…) pour construire un projet éducatif autourdu plaisir du jeu, de la découverte de la pratique sportive, du goût de l’effort et des valeurs dusport. En outre cet équipement répondra aux attentes plusieurs fois formulées en conseil de jeunes.

C’est ainsi qu’une délégation composée de personnels et de jeunes s’estrendue à Monaco le 18 novembre à l’occasion de la course no fif� nisi h lineorganisée par l’association Children & Future qui collecte lors de cetteépreuve des fonds pour les enfants.À cette occasion, les bénévoles de cette association ont décidé definancer notre projo et qui se concrétisera en 2016 ! Nous les enremercions chaleureusement.

Nous avons décidé de créer une équipe « Fondation Actes » composée de salariés et jeunes quiparticipera à l’édition 2016 de la course no fif� nish line.Merci d’adresser vos candidatures à Patrick Favot – [email protected]

par Caroline Poggi-Maudet, directrice générale de la Fondation

QUELS ACTES POUR DEMAIN - 1, 2, 3… partez !Inauguration de la boutique Actes Ressources le 5 novembre 2015

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Les bénévoles de l’association Children & Future / Monaco

Sylvain Changenot, l'animateur de cet atelier, est à la guitare...

par Céline Martel, secrétaire de direction du secteur Enfance-familles

SUCCESS STORY - Inauguration du premierchantier d’insertion de la Fondation

Premier chantier d’insertion de la Fondation PSP-Actes et première ressourcerie adhérenteau réseau national et régional du département.

Envie de meubles uniques et originaux ? Voici la boutique de la Ressourcerie au 2 ter rueSpitalieri à Nice (derrière Nice-Étoile). Vous y trouverez du mobilier customisé « fait main », maisaussi des objets déco portés par une action sociale dans un esprit écologique de recyclage. Dumardi au samedi de 9 h à 19 h, cinq personnes en insertion professionnelle encadrées par JulienMallié se relaient pour vous y accueillir chaleureusement. Venez nombreux !

La boutique est la vitrine de l’atelier Actes Ressource situé au 270 route de Turin à Nice. Letravail de collecte et de revalorisation est efff� ectué par des personnes en réinsertion, bénéficiaires del’Aava. Marie-Paule, Jessica, Christian, Karine et Patricia ont été recrutés le 5 octobre dernier pourtravailler au sein de la boutique de la ressourcerie. Orientés par Pôle Emploi qui détermine l’éligibilitéà l’insertion par l’activité économique, ils sont embauchés en CDDI de quatre mois à 26 heures parsemaine ; c’est pour eux un «tremplin» dans l’attente de trouver un emploi pérenne. Des entretiensréguliers leur permettent de faire le point sur leurs recherches et leur projo et professionnel.

Marie-Paule, secrétaire juridique de métier, au chômage depuis deux ans : « L’équipi e est

sympathique, on me faf� it confif ance et cela me remotive, me redonne confif! ance en moi. Cette

alternative me plaît beaucoup, j’aime tout ici ! »

Jessica, 26 ans, vient d’obtenir un bac pro commerce : « Je me sens utile même à vingt-sixi"

heurer# s par semaine. Cela me permet de m’ouvrir au monde exe$ térieur et auxu% gens ; la boutique me

permet aussi d’avoir un rer' venu en attendant un emploi stable. »

Christian, 60 ans, commercial pendant 40 ans, au chômage depuis un licenciement : «La boutiqueme rer( donne des ailes ! Je suis dans mon métier ce qui me permet de trar) nsmettrer* mon savoir et

mon exe+ px érience, de développer la strar, tégie commercr- iale. Nous avons beaucoup de réflf. exe/ ion au

sein de l’équipi e par rar1 pport à la rer2 ssourcr3 erie mais aussi par rar4 pport à nos rer5 chercr6 hes d’emplois.

Je me sens moins isolé, et le contact avec les clientst7 et cette équipi e dyny8 amique me motive. »

L’inauguration de la boutique a eu lieu le 5 novembre dernier en présence de M. S. Humbert,sous-préfet, secrétaire général adjoint chargé des politiques sociales et de la ville, M. A. Verola,conseiller départemental, Maître L.-X. Michel, président de la Fondation, Madame C. Poggi-Maudet,directrice générale de la Fondation et Madame Marchand, représentante de la Caisse d’Épargne.

Dans le cadre de sa formation, Sylvain Changenot, éducateur spécialisé au Caarud, anime unatelier de musicothérapie au Csapa. Une vraie énergie, un véritable enthousiasme partagé a traversél’atelier de musicothérapie ce mercredi !

L'orchestration : un grand tapis gris est installé, ornementé de djembés, xylophone, guitare,maracas, bâton de pluie, œufsf9 sonores... stores baissés pour créer l'ambiance. Trois hommes et unefemme arrivent et s’installent. Le gong donne le « la» tel un rituel d’ouverture, canalisateur d'énergieset unificateur du groupe. Chacun, avec l'instrument de son choix est alors invité à «se défouler». Lajeune fille choisit de se lancer dans l’interprétation d’une chanson issue d’une BO de Disney quisemblait la toucher. Ensuite, différents petits jeux sonores sont proposés, permettant à chaqueparticipant de «dépasser ses propres censures». Un homme s’allonge au centre du groupe et Sylvainraconte une histoire, enrichie par l'intervention des instruments de chacun. Moment extraordinaire...Sylvain invite alors à une verbalisation des ressentis. «TrT: ès surpr; rir< si= et satisi> faf? it d'a' vov@ ir été trarA nsporté

ailleursrB », répond le jeune homme. Tous partagent alors ce plaisir des émotions suscitées par la musique.Lors des improvisations, ce sont les instruments qui parlent... un vrai moment de partage s’est

créé entre l’animateur et les apprentis musiciens, la consigne étant de s’écouter les uns et les autreset de se répondre. Tous se laissent prendre au jeu, même les plus hésitants, Sylvain jouant sur l’intensitédu son, le rythme, pour tour à tour diminuer l’énergie ou la rendre plus intense.L’orchestre a terminé le morceau dans l’euphorie, transcendé par toutes les sensations positives quiont jaillies. La personnalité de chacun des participants s’est révélée : la jeune fille, outre des talentspour le chant, a démontré de réelles dispositions pour la danse...

J’ai d’abord travaillé dans un cabinet d’expertisecomptable puis j’ai été la gérante d’une entreprise de ventede matériel informatique. En janvier 2008, j’ai rejoint laFondation.

Installée dans les locaux du Csapa (Centre de soinsd’accompagnement et de prévention en addictologie), jegère au quotidien la comptabilité des difffC érents services dusecteur. Les chefsfD de service me transmettent leur comptabilité, dépenses, recettes. Je contrôle lesdépenses engagées, je règle l’ensemble des factures, j’assure le suivi de conventions, j’étudie les deviset négocie les prix... J’assure aussi le suivi d’une soixantaine d’appartements sur le département pourles usagers des Act, de La Halte et du Dhda (vérification et règlement des loyers ainsi que desconsommations d’énergie).

La particularité de mon poste, c’est la communication. Je suis en relation en interne avec desprofessions difffE érentes : travailleurs sociaux, infirmiers, médecin, chefsfF de service, administratifsfG desservices et du siège ; en externe, avec les fournisseurs, les bailleurs, la Caf ou la Ddcs. Cette diversitéde contacts me permet de m’investir autrement qu’au travers des chifffH res et des plans comptables.Je suis amenée à rencontrer les usagers du Csapa ; cela donne un côté humain et concret à montravail qui s'en trouve ainsi enrichi.

Patricia Aicardi

LA PAROLE AUX SALARIÉS - Patricia Aicardi,comptable du secteur accompagnementmédico-social

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