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Boletim semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe 45 30 2016 MAI Ano 2 Sudanês Pereira Assessora de Economia e Assuntos Legislativos O Varejo de Shopping no Brasil Enfrenta a Crise Fonte: Alshop, 2015 Elaboração: Fecomércio-SE - Infográfico : André Gusmão - Ilustrações : freepik.com De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), o Brasil possuia 893 shoppings em 2015. Os shoppings estão distribuídos nas modalidades: tradicional (674), rotativos (87), temáticos (83) e atacado (49). Em 2015 os shoppings tiveram um faturamento em torno de R$ 145 bilhões. A região Sudeste foi a responsá- vel pela maior parte do faturamento de shoppings no país (59%), seguida pelas regiões Sul (15%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (8%) e Norte (4%). O varejo de shopping é responsável por mais de 1,375 milhão de trabalhadores empregados, sendo que 1.285.980 estão empregados nas lojas dos shoppings e 89.330 diretamente nos shoppings. Um ganho para o setor foi a abertura de shoppings aos domingos, resultando em mais dias para as vendas e faturamento. As vendas do segmento crescem a cada ano, com exceção dos últimos dois anos, quando os resultados foram estáveis (ver ilustração), influenciados pela combinação da dificuldade de obtenção de crédito, do aumento de juros, da inflação e do desemprego. Ao longo dos últimos dez anos a interiorização dos shoppings tem sido uma rea- lidade no Brasil. Hoje, cerca de 52% dos shoppings estão no interior e 48% nas capitais. Segundo a Alshop, serão abertos 134 novos shoppings até 2017, acres- centando mais 26.000 novas lojas e abertura de mais oportunidades de trabalho. O varejo de shopping tem demonstrado uma dinâmica melhor que o varejo tradi- cional, por reunir lojas de diversos segmentos, em um ambien- te fechado e refrigerado, transmitindo mais se- gurança para os con- sumidores. Para a Alshop, as vendas do primeiro semestre de 2016 devem ser iguais às do primeiro semestre de 2015, o que para o setor é considerado um bom resultado. 93 104,1 123,1 132,8 143,4 145 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Radar Fecomércio #45

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Publicação Semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe

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Page 1: Radar Fecomércio #45

Boletim semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe

4530

2016MAI

Ano 2

Sudanês PereiraAssessora de Economia e Assuntos Legislativos

O Varejo de Shopping no Brasil Enfrenta a Crise

Boletim semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe

3621

2016MAR

Ano 2

Sudanês Pereira Assessora de Economia da Fecomércio/SE

Fonte: IBGE-PMC/Janeiro, 2016. Elaboração: Fecomércio-SE. - Infográfico/Ilustração Freepik - Modificado por André Gusmão

O comércio varejista de Sergipe apresentou leve recuperação de 0,1% no mês de janeiro deste ano, logo após uma queda de (-3,6%)

em dezembro de 2015. Considerando a análise comparativa com o mês de janeiro de 2015, o comércio apresentou uma queda de

(-15,9%). Para o comércio varejista ampliado, o volume de vendas de janeiro de 2016 em relação ao mesmo mês do ano anterior,

apresentou uma queda significativa de (-22,9%). A receita de vendas também foi negativa (-13,0%), considerando o mesmo período

de análise.

Analisando o comportamento de vendas do comércio varejista restrito (que responde mais à renda) e do varejo ampliado (inclui o

varejo restrito mais veículos e material de construção) em Sergipe, no período de janeiro de 2015 até janeiro deste ano, veremos que

o varejo ampliado possui uma trajetória declinante desde fevereiro de 2015, refletindo a dinâmica do mercado da construção (que

apresenta redução das atividades, com queda nas vendas e demissões) e de veículos (recuo das vendas de carros novos, financia-

mento mais caro etc).

Esses dois segmentos, em particular, ainda estão com dificuldades para retomar o crescimento. Os dados da Fenabrave mostram

que as vendas de automóveis e comercial leves em fevereiro deste ano, caíram 13,75% em Aracaju e 9,10% no Estado. O setor da

construção civil ainda ensaia uma retomada e espera-se que as novas condições para financiamento, melhorem as vendas. O gráfico

ilustra a situação do varejo em Sergipe.

O ano de 2015 apresentou uma trajetória difícil para o comércio varejista em Sergipe e inicia o ano de 2016 com perspectivas difíceis.

O resultado de janeiro mostra que o comércio continua com dificuldades de retomar o crescimento das vendas. A conjuntura não está

contribuindo: desemprego, inflação alta, redução do poder de compra, inadimplência, crédito mais caro, fechamento de 625 lojas do

varejo em Sergipe. Tudo isso contribuiu com a piora do ambiente para o varejo, no Brasil e em Sergipe.

Comércio varejista de Sergipe ainda com dificuldades

5,3

-7,5

-3,6

0,1

-8,0

-22,8-22,9

1,2

JAN/15

Varejo Ampliado

Varejo Restrito

JUL/15

JAN/16

JAN/16

DEZ/15

DEZ/15

Sergipe: Variação do Volume de Vendas do Varejo Restrito e Ampliado (Jan-2015/Jan-2016)

Fonte: Alshop, 2015 Elaboração: Fecomércio-SE - Infográfico : André Gusmão - Ilustrações : freepik.com

De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop), o Brasil possuia 893 shoppings em 2015. Os shoppings estão distribuídos nas modalidades: tradicional (674), rotativos (87), temáticos (83) e atacado (49). Em 2015 os shoppings tiveram um faturamento em torno de R$ 145 bilhões. A região Sudeste foi a responsá-vel pela maior parte do faturamento de shoppings no país (59%), seguida pelas regiões Sul (15%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (8%) e Norte (4%).

O varejo de shopping é responsável por mais de 1,375 milhão de trabalhadores empregados, sendo que 1.285.980 estão empregados nas lojas dos shoppings e 89.330 diretamente nos shoppings. Um ganho para o setor foi a abertura de shoppings aos domingos, resultando em mais dias para as vendas e faturamento.

As vendas do segmento crescem a cada ano, com exceção dos últimos dois anos, quando os resultados foram estáveis (ver ilustração), influenciados pela combinação da dificuldade de obtenção de crédito, do aumento de juros, da inflação e do desemprego.

Ao longo dos últimos dez anos a interiorização dos shoppings tem sido uma rea-lidade no Brasil. Hoje, cerca de 52% dos shoppings estão no interior e 48% nas capitais. Segundo a Alshop, serão abertos 134 novos shoppings até 2017, acres-centando mais 26.000 novas lojas e abertura de mais oportunidades de trabalho.

O varejo de shopping tem demonstrado uma dinâmica melhor que o varejo tradi-

cional, por reunir lojas de diversos segmentos, em um ambien-

te fechado e refrigerado, transmitindo mais se-

gurança para os con-sumidores. Para a Alshop, as vendas do primeiro semestre de 2016 devem ser iguais às do primeiro semestre de 2015, o que para o setor é considerado um bom resultado.93 104,1

123,1132,8

143,4

145

2010

2011

2012

2013

2014

2015

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Radar Fecomércio SE Legislativo2 Informativo Semanal - 30.MAIO.2016 Ano 2 - Nº 45

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(79) 3211 3746 - 99 125 3127O Radar Fecomércio SE é uma publicação semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe Presidente: Laércio Oliveira - Superintendente : Alexandre Wendel - Assessora de Economia e Assuntos Legislativos : Sudanês Pereira Assessor de Comunicação : Marcio Rocha - Coordenador de Eventos e Multimeios : André Gusmão. [email protected] Rua Dom José Thomaz, 235 - Edf. José Raimundo dos Santos - 4º Andar - São José - Aracaju - SE - (79) 3214 2270 - www.fecomercio-se.com.br

Projeto isenta aviso prévio indenizado de contribuição

previdenciária

Em análise na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 4685/2016, do de-putado Marinaldo Rosendo (PSB-PE), inclui o aviso prévio indenizado entre as verbas trabalhistas de caráter indeniza-tório que são isentas de contribuição previdenciária.

Hoje, a legislação que trata da or-ganização da seguridade social (Lei 8.212/1991) determina que a verba recebida nos casos de aviso prévio tra-balhado está sujeita à tributação. En-tretanto, deixa de mencionar o caso da verba indenizatória recebida quando há quebra de contrato entre as rendas não tributáveis.

Segundo o autor da proposta, mesmo após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhecer a cobrança tributária indevida, a Receita Federal continua exigindo das empresas o pagamento de contribuição previdenciária sobre a verba indenizatória.

Tramitação : A proposta será analisa-da de forma conclusiva pelas comis-sões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e Constitui-ção e Justiça e de Cidadania. Íntegra da Proposta: PL-4685/2016 - http://goo.gl/j1JhDY - Fonte: Renalegis/CNC. 30.05.2016

Projeto proíbe cobrança de juros abusivos por cartões

de crédito

A Câmara dos Deputados analisa o Pro-jeto de Lei Complementar (PLP) 278/16, do deputado Roberto de Lucena (PV--SP), que proíbe as operadoras de car-tão de crédito a praticarem taxas de ju-ros abusivas. A proposta limita em 12% ao ano os juros que ultrapassarem a média de mercado atual, que é de 12% ao mês.

Segundo Lucena, é preciso proteger os trabalhadores, principalmente aqueles que ficaram desempregados nos últi-mos tempos em razão da crise finan-ceira do País. O deputado informa que, atualmente, de maneira abusiva, os ju-ros chegam a quase 480%.

O projeto estabelece também que, no caso de renegociação da dívida, deve-rá ser observada a menor taxa de juros praticada no mercado. Se o inadimplen-te comprovar que a dívida do cartão se deu por razão da perda de seu empre-go, a renegociação da dívida junto às instituições financeiras incluirá o aumen-to do prazo de financiamento e a aplica-ção dos juros com base no sistema de juros simples e não compostos.

Tramitação : O PL 278/16 está trami-tando apensado ao PLP 52/03, que trata do mesmo assunto, e aguarda votação na Comissão de Defesa do Consumidor. Fonte: Agência Câmara, 25.05.2016

Atendimentos médicos poderão ser critério para distribuição de verbas

O repasse de verbas do Ministério da Saúde para os estados, Distrito Federal e municípios poderá levar em conta o número de atendimentos médicos realizados. É o que prevê o Projeto de Lei 4636/16, do deputado Alberto Fraga (DEM-DF).

Pela proposta, metade dos recursos destinados a estados, Distrito Federal e municípios será distribuída segundo o quociente da divisão da população pelo número de atendimentos médi-cos realizados, independentemente de qualquer procedimento prévio.

O autor do projeto argumenta que “vá-rios estados estão sendo penalizados, uma vez que recebem os repasses de verbas em razão da sua população quando atendem uma quantidade mui-tas vezes superior”

Tramitação : A proposta será ana-lisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social e Fa-mília; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Íntegra da Proposta: PL-4636/2016 - http://goo.gl/zxi5cm