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L A P A G E D E S L E C T E U R S

2. . . . .

Sources UNESCOest accessible sur

Internet

dans les rubriques:news ou publications

à notre adresse:http://www.unesco. org

idéaux de l’UNESCO, à leur fournir desexemples d’actions concrètes et des infor-mations sur des programmes précis.

Votre revue constitue un excellentoutil de travail, bien rédigé, proposant desprojets et programmes pertinents ainsi quedes pistes de travail très utiles à traversdes expériences menées tant par desfonctionnaires nationaux qu’internatio-naux ou des responsables d’organisationsnon gouvernementales ou intergouverne-mentales.

CONTRADICTIONSWilliam NforÉconomisteLagos (Nigéria)

J’ai trouvé votre dos-sier sur les énergies renouvelables (Sour-ces, N° 81) très instructif. Je dois dire, ce-pendant, que le débat sur ces formes d’éner-gie, dont les promoteurs souhaitent qu’el-les remplacent à terme les hydrocarbures,recèle, à mon sens, quelques contradic-tions.

Certes, on ne peut que souhaiter lamise en place de politiques énergétiquesfavorables à la préservation de notre envi-ronnement. Mais qu’adviendrait-il de nousautres, pays du tiers monde, tirant nos re-venus de l’exportation du pétrole ou du gaz,dont les Occidentaux nous encouragent àintensifier l’exploitation, si l’usage deshydrocarbures était abandonné? Nous ensommes, bien entendu, très loin. Mais laquestion que n’abordent pas les partisansde ces énergies nouvelles est celle de sa-voir quelle alternative proposer à des Étatsdont le pétrole ou le gaz sont, souvent, lepilier de l’économie nationale.

PORTEUR D’ESPOIRHugo MeirellesMonastère Saint-AndréOttignies (Belgique)

C’est toujours avecplaisir que je lis votre revue. Au fil desmois, elle m’apporte l’espoir d’un mondemeilleur et me prouve qu’un travail positifet constructif se fait, grâce à votre Organi-sation.

EN SAVOIR PLUSDoudou DrameFédération sénégalaise des clubs UNESCODakar

J’ai appris avec intérêtpar votre revue (n° 78) l’existence d’unebanque de bourses gérée par l’UNESCO,permettant aux étudiants de troisième cy-cle de poursuivre leurs études à l’étranger.Malheureusement, l’article n’est pas assezexplicite quant aux conditions d’obtentiondesdites bourses. Pouvez-vous m’en direplus?

Les objectifs de la banque de bourses, les différentstypes de bourses, conditions d’obtention et disciplinesoffertes figurent dans une brochure que vous pou-vez vous procurer auprès de la Division de l’équi-pement, des rapports et des bourses de l’UNESCO(N.D.L.R.).

PISTES DE TRAVAILAroussia LahmarVice-Présidente - Région arabeFédération mondiale des associations, centres et clubsUNESCOLa Marsa (Tunisie)

De par la fonction quej’assume au sein de la FMACU, je suis sou-vent appelée à sensibiliser les jeunes aux

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consommation d’hydrocarbures qui laisserait largementle temps aux uns et aux autres de trouver des solu-tions alternatives (N.D.L.R.).

DU BON USAGEFe M. PagadoInstitut de recherche en médecine tropicaleMuntinlupa (Philippines)

Abonnée depuis peu àSources, je tiens à vous dire que votre re-vue m’est très utile et que j’en ferai bonusage dans mon travail en tant que pro-fessionnelle de santé. En commençantpar la partager avec mes collègues carnombre de problèmes qu’elle traite nousconcernent.

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Le débat sur les moyens de protéger notre environne-ment porte en grande partie sur l’économie. Il est vraique réduire, par exemple, les émissions de gaz dansl’atmosphère passe inévitablement par l’usage dégres-sif des combustibles fossiles. Mais, dans le meilleur descas, il s’agirait d’une diminution très progressive de la

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Tou s l e s a r t i c l e s s on t l i b r e s d e t ou tdroit de reproduction. L'envoi à la rédactiond'une copie de l'art ic le reproduit seraitappré c i é . Le s pho to s sans l e s i gne ©sont d i spon ib les gra tu i tement pour lesméd i a s s u r s imp l e demande ad re s s éeà l a r éda c t i on .

Pages 6 à 16

PAGE ET IMAGES . . . . . . . . . . . . 4

FAITS ET GESTES . . . . . . . . . . . . . 5

S O M M A I R E

P L E I N C A D R E

S O U R C E S U N E S C O

Rédaction et diffusion: SOURCES UNESCO, 7 placede Fontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tél. (33 1) 45 68 1673. Fax: (+33 1) 45 68 56 54 [à partir du 18 octobre,fax: (+33 1) 45.68.56.54].Ce mensuel, destiné à l'information, n'est pasun document officiel de l'UNESCO.ISSN 1014 5494

À L A U N E

Couverture: © Igor/SIPA PRESS.

À SUIVRE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

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ASIE CENTRALE:

PLANÈTE:

Prostitution enfantine• LE COMBAT S'ENGAGE . . . . . . . . . . 18

Formation• L'ÉCOLE AUX QUATRE VENTS . . . 20

Patrimoine• INFORMATIQUE CONTRE TRAFIC . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Énergies renouvelables• COUP D'ENVOI AU SOMMET . . . . . 23

R e n é L E F O R T

LA FORCEDES SYMBOLES

À LA RECHERCHEDU TEMPS PERDU

Pendant des siècles,Samarkand est restée un

carrefour de civilisations.

Plus d'un million de jeunessont victimes

de la prostitition.

620 enseignants itinérantspour 15.000 femmes

nomades.

L a t é l é v i s i o n m o n t r e u n b o y a u é t r o i t , à p e i n e é c l a i r é ,

d é b o u c h a n t s u r u n e r u e « o r d i n a i r e » p a r u n e p o r t e o n

n e p e u t p l u s b a n a l e . To u t a u p l u s l e s s c h é m a s p u b l i é s

d a n s l e s j o u r n a u x a p p r e n n e n t - i l s q u e c e « t u n n e l »

a r c h é o l o g i q u e p l o n g e a u c œ u r d ’ u n e z o n e p l u s q u e s e n s i -

b l e p u i s q u ’ i l p a r t d u M u r d e s l a m e n t a t i o n s , l o n g e l e m u r

o c c i d e n t a l d u H a r a m E l - S h a r i f - t r o i s i è m e l i e u s a i n t d e

l ’ I s l a m - e t d é b o u c h e m a i n t e n a n t a u c œ u r d u q u a r t i e r

a r a b e d e J é r u s a l e m . M a i s p o u r q u o i s o n o u v e r t u r e a - t - e l l e

e n f l a m m é l a p o p u l a t i o n p a l e s t i n i e n n e a u p o i n t q u ’ é c l a t e n t

d e s a f f r o n t e m e n t s p i r e s q u e c e u x d e l ’ I n t i f a d a ?

I l é t a i t l ’ u n d e s é l é m e n t s c l é s d e l a « q u e s t i o n d e

J é r u s a l e m » q u i , d e p u i s p l u s d e v i n g t a n s , r e v i e n t c o m m e

u n e l i t a n i e d e v a n t l e s i n s t a n c e s d i r i g e a n t e s d e l ’ U N E S C O .

E l l e s s ’ a p p u i e n t e s s e n t i e l l e m e n t s u r l a C o n v e n t i o n e t l e

P r o t o c o l e d e L a H a y e d e 1 9 5 4 p o u r l a p r o t e c t i o n d e s

b i e n s c u l t u r e l s e n c a s d e c o n f l i t a r m é , a i n s i q u e s u r l a

C o n v e n t i o n d e 1 9 7 2 r e l a t i v e à l a p r o t e c t i o n d u p a t r i m o i n e

m o n d i a l , c u l t u r e l e t n a t u r e l , p o u r d e m a n d e r e n s u b s t a n c e

q u e r i e n n e v i e n n e m o d i f i e r l ’ é q u i l i b r e d ’ e n s e m b l e ,

c u l t u r e l e t r e l i g i e u x , d u s i t e d e J é r u s a l e m e n a t t e n d a n t

q u e l e s t a t u t d é f i n i t i f d e l a V i l l e s a i n t e a i t é t é n é g o c i é . À

c e t i t r e , l e s É t a t s m e m b r e s o n t t o u j o u r s c o n d a m n é l e s

t r a v a u x d e p e r c e m e n t d e c e t u n n e l . C ’ e s t p o u r q u o i l e

D i r e c t e u r g é n é r a l d e l ’ U N E S C O d e m a n d a i t s a f e r m e t u r e

d a n s l ’ a p p e l l a n c é l e 2 6 s e p t e m b r e p o u r q u e « t o u t e s l e s

p a r t i e s a b a n d o n n e n t l a v o i e d e l a c o n f r o n t a t i o n » e t

r e m p l i s s e n t l e u r s e n g a g e m e n t s d ’ O s l o .

M a i s l a v i g u e u r d e l a r é a c t i o n p a l e s t i n i e n n e n ’ e s t

é v i d e m m e n t p a s d u e à c e s a r g u m e n t s j u r i d i q u e s . A u f i l d e s

a n s , c e t u n n e l é t a i t d e v e n u , a u x y e u x d e s P a l e s t i n i e n s , l e

s y m b o l e d e l ’ a t t i t u d e d ’ I s r a ë l v i s - à - v i s d e J é r u s a l e m . P o u r

e u x , d é c i d e r s o n o u v e r t u r e s i g n i f i a i t q u ’ I s r a ë l d é c i d a i t d u

m ê m e c o u p q u ’ i l e x e r ç a i t u n e s o u v e r a i n e t é s a n s p a r t a g e

s u r l a V i l l e s a i n t e . U n p e u p l e p e u t a u s s i s e s o u l e v e r p o u r

d é f e n d r e u n s y m b o l e , à p l u s f o r t e r a i s o n l o r s q u ’ i l p o r t e

u n e t e l l e c h a r g e r e l i g i e u s e .

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P A G E S E T I M A G E S

MUSIQUE FOLKLORIQUEDE CUBALa musique de Cuba est aussivariée que ses composantesethniques. Cinq siècles d’ap-ports de cultures diverses ontabouti à une synthèse haute encouleur. Les éléments fondamen-taux en sont les expressionsmusicales hispaniques, tels quele punto, et afro-antillaises avecle son, ancêtre de la salsa etgenre musical le plus répandudans l’île.

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Les publications et pério-diques de l'Organisationsont en vente à la Librai-rie de l'UNESCO, ainsique dans les librairiesspécialisées de plus de130 pays. Dans chaqueÉtat membre, les livres etpériodiques peuvent êtreconsultés dans une biblio-thèque dépositaire.Informations: ÉditionsUNESCO, 7 Place de Fon-tenoy, 75352 Paris 07 SP.Tel: (+33 1) 45 68 49 73;Fax (+33 1) 42 73 30 07.Internet: http://www.unesco.org. En France surMinitel: 3615 UNESCO.

LIVRES

FARNATCHIAU PAYS DES MIRAGESLe petit Farnatchi s’échappe del’école pour un voyage en tapisvolant au pays de l’imaginaire.Il y est conduit par «un garçonqui lui faisait vivre des expérien-ces, comme des voyages dans

physicien, chimiste, historien etgéographe Abû-Rayhân al-Bîrunî (973-1050). Et c’est auretour d’une expédition en Indeque ce Persan ou Turc, peut-êtreOuzbek, nous livre ce magistraltraité sur l’Inde, un traité quireste, 10 siècles plus tard, unesource inépuisable d’informa-tions.En 80 chapitres, refusant toutepolémique et se limitant, selonses propres termes, à la «simplerelation historique des faits»,«sans calomnier les gens qui ontdes croyances contraires auxnôtres, et sans oublier de citerleurs propres paroles», il décritles religions et philosophiesindiennes, les mœurs etcoutumes des castes, la géogra-phie, la science, la grammaire,les écritures, «simplement pourmettre sous les yeux du lecteurles idées des Hindous». Et «si cequ’ils croient être leur véritédiffère de la nôtre... je diraiseulement: C’est là ce quecroient les Hindous et telle estleur façon de voir!».

• Le Livre de l’Inde, par Bîrûnî.Extraits choisis, traduits del’arabe, présentés et annotéspar Vincent-Mansour Monteil.Collection UNESCO d’œuvresreprésentatives. ÉditionsUNESCO/SINBAD, 1996. Prix:195 FF.

MUSEUM INTERNATIONAL«Le grand public a du mal àcomprendre la permanence deslois naturelles, oubliant tropfacilement que ce sont descomposantes déterminantes tantdu cadre général que de la

matrice des sociétés»: lesmusées d’histoire naturelle,auxquels le n° 190 de Museuminternational est consacré, sontlà pour nous aider à en prendreconscience. Y sont étudiées lesmultiples facettes de ces «refletsde la science», à commencerpar leur mission pédagogiquepour aider à la préservation desécosystèmes ou à l’utilisationrationnelle des ressourcesnaturelles.La Grande Galerie de l’évolu-tion, à Paris, présente «ladiversité des organismes dans ladiversité des milieux», «l’histoirede la vie et les mécanismes del’évolution», et «l’homme facteurd’évolution»; serpents noirs,rats-kangourous et autresanimaux rares sont exposés au«Desertarium» du Musée duHigh Desert, en Oregon (États-Unis); le tout nouveau Muséemexicain de l’oiseau, spéciale-ment créé pour l’éducation dupublic, est déjà le principalcentre d’attraction de la ville deSaltillo, dans le nord du pays.Les nouvelles technologies ontégalement fait leur entrée dansles musées d’histoire naturelle,que ce soit pour le traitementd’une information souventsurabondante en Afrique ou lapréservation de spécimens à laSmithsonian Institution des États-Unis.

LE COURRIER DE L’UNESCOS’il existe des exilés heureux,qui ont choisi de l’être et trouvédes lieux pour les accueillir afinque s’épanouisse leur espritcréateur, pour l’immense majo-rité d’entre eux, chassés de leurspays par la misère économique,la terreur politique ou la guerre,l’exil est forcé et aliénant.Sous le titre Les mondes del’exil, le numéro d’octobre duCourrier analyse les diversaspects de ce phénomène qui apris dans cette dernière moitiédu siècle des proportions alar-mantes. Du rêve d’une «impossi-ble ubiquité dans l’espace et letemps» aux catastropheshumanitaires qui ont fait cesdernières années des dizainesde millions de réfugiés ou depersonnes déplacées, ce numéros’interroge: «L’exil est-il en trainde devenir un mode de vienormal?»

DISQUES

PÉRIODIQUES

ŒUVRESREPRÉSENTATIVES

un univers différent». Très vite, lepays des mirages s’éloigne et ilredescend en enfer, celui de ladépendance à la drogue. Safamille, ses amis viennent à larescousse, lui font comprendreque «la vie n’a nul besoin deces produits pour être belle» etl’amènent à découvrir que lefantastique ne se trouve pasdans le «voyage» et sesillusions, mais dans ce quil’entoure.Destinés aux enfants de 8 à 13ans, ce livre illustré trilingue,anglais-arabe-français, apporteune information simple maisprécise sur la drogue et seseffets. Plus qu’un simple conte, ila pour but d’offrir à l’enfantl’occasion d’une discussion avecses parents et ses enseignants.

• Farnatchi au pays desmirages, par Roland Fayard.Illustrations de Jean Breuil.Éditions UNESCO/Vie et Santé/CIPADED, 1995. Prix: 75 FF.

LE LIVRE DE L’INDE«Quel est l’homme, en bonnesanté physique et morale, qui nevoudrait pas voyager, pourobserver ce qui se passe?»,s’interroge l’astronome,

Au son du tres (guitare à troiscordes), du luth ou du tambou-rin, les 17 chants et danses quicomposent ce disque chantent lamangrove ou le tabac, évoquentdes légendes venues d’Afriqueou le romancero espagnol,célèbrent les divinités ou lapratique religieuse.

• Musique folklorique de Cuba.Musique et musiciens du monde.UNESCO/AUVIDIS. Prix:145 FF.

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F A I T S E T G E S T E S

GLORIA ISABEL CUARTAS:LES IDÉAUX ET LES FUSILS

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DESMOND MIDGLEY:«DE L'EAU POUR LA PAIX»

● Dans un message délivré le9 septembre à l'occasion de laJournée internationale del'alphabétisation, le Directeurgénéral a rendu hommage auxquatre lauréats des PRIXD'ALPHABÉTISATION 1996pour leur «dévouement profond

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P lus de 120.000 mégawattsqui tombent à l’eau: de quoi

alimenter en électricité l’Afriqueet l’Europe du sud réunies.» À 82ans, l’ingénieur en hydrauliquesud-africain Desmond Midgleycroit toujours en son rêve: mettreen valeur les grands cours d’eaud’Afrique centrale et australe - leZaïre, le Zambèze et les fleuves duMozambique et de l’Angola - pournon seulement fournir de l’électri-cité à tous, mais aussi assurer lapaix et la stabilité par une coopé-ration entre les pays de la région.

«Imaginez les avantages»,explique le lauréat du prestigieuxPrix international d’hydrologie del’UNESCO pour n’avoir jamaiscessé de se battre pour faire del’hydrologie une discipline scien-tifique à part entière en Afriquedu Sud. «L’ensemble des centra-

les électriques de mon pays fonc-tionnant pour la plupart au char-bon, produisent 35.000 mé-gawatts, alors que les fleuves etrivières au nord du pays pour-raient produire quatre fois plusd’énergie quasiment inutilisée.En tant qu’ingénieur, je trouveque c’est insensé. Nous devrionsconjuguer nos efforts pour déve-lopper ce potentiel. Nos voisinsen bénéficieraient à travers la

création d’emplois et d’importan-tes infrastructures et, surtout , ilsdisposeraient d’une source ap-préciable d’exportation. De soncôté, l’Afrique du Sud, en impor-tant l’électricité dont elle a be-soin, pourrait fermer ses centra-les à charbon polluantes.»

Desmond Midgley, qui a reçuson prix à l’UNESCO le 19 sep-tembre dernier, se bat depuis desannées pour son projet d’«eaupour la paix», mais n’a guère étésuivi. «Les gens préfèrent parlerd’indépendance nationale. EnAfrique du Sud, beaucoup affir-ment que nous ne devrions pasimporter plus de 8% de notreélectricité. Ridicule! À mon sens,ce devrait être 88%. Ces gensn’ont pas encore comprisqu’aujourd’hui l’interdépen-dance est la seule voie possible.»

Avec la fin de l’apartheid etla réintégration de l’Afrique duSud au sein du continent noir, sespropositions ont peut-être unechance d’être entendues. «LaCommunauté de développementde l’Afrique australe (SADC) -l’organisation de coopérationrégionale du cône de l’Afrique -s’y intéresse et l’Égypte, dont lesbesoins ne sont plus entièrementcouverts par le Nil, se tourne versle sud du continent. Il y en a as-sez pour tout le monde, à condi-tion que les pays concernés ac-ceptent de travailler main dansla main.»

Il faudrait bien sûr persuaderalors les responsables politiquesde dépasser les frontières, et sur-tout de comprendre qu’«un pro-jet conjoint apporte toujours plusque la somme de projets partiels».

Sue WILLIAMS

Mercredi 21 août,15 heures.Deux hommes armés font

irruption dans une école de laville d’Apartado, dans la régiond’Uraba (nord-ouest de la Colom-bie). Une centaine d’enfants com-mencent la campagne scolaire«Faisons ensemble les devoirs dela paix» avec Gloria IsabelCuartas, 36 ans, maire de la ville.Elle leur explique qu’il s’agit dedessiner une image symbolisantla vie, mais c’est la mort qui sur-git: «Ils ont pris un élève de 12ans qui tentait de s’enfuir, ra-conte-t-elle en larmes. Il lui ontcoupé la tête, l’ont brandie de-vant tous les autres et se sont misà tirer. Nous sommes parvenus ànous cacher dans une classe, etce n’est qu’à la nuit tombée quenous avons pu nous échapper.»

Une grande force se dégagede cette femme de 1m55 quifonce dans ce paradis oublié deDieu où s’affrontent cinq frontsde guerrilleros, autant de forcesparamilitaires et l’armée régu-lière. «Il y a trop de souffrancesà Apartado, déplore-t-elle: celledu citoyen qui a perdu son fils,du soldat dont l’ami a été tué sousses yeux, du guerillero dont lecamarade a disparu.» Sa volontéd’en finir avec la guerre est telleque le monde a fini par s’inté-resser à elle. Une semaine aprèscette tragédie, elle recevait àRio de Janeiro le Prix UNESCOMaires pour la paix des mains duDirecteur général de l’Organisa-tion.

«La première chose à chan-ger à Apartado est dans le cœurdes gens», explique cette spécia-liste de la réhabilitation des zo-nes sinistrées. Elle a commencéà travailler en 1982 avec les vic-times du tremblement de terre de

Popayan, puis en 1985 lors duglissement de terrain de Armeroqui a enseveli 23.000 personnes.Mais, pour elle, «en Colombie, lespires catastrophes sont d’ordresocial». Ce qui l’amène tout na-turellement dans cette régionmartyre qu’est Uraba, où elle tra-vaille successivement comme as-sistante sociale, consultante

auprès des Nations Unies, média-teur lors d’un conflit opposant lacompagnie électrique locale à unefaction de guerrilleros, enfin di-rectrice d’un projet gouverne-mental de construction de loge-ments, avant d’être élue en 1994maire d’Apartado.

Gloria Isabel Cuartas connaîtles risques de sa fonction, maiselle refuse les gardes du corps.«Où, en Colombie, peut-on vivresans avoir peur de la mort? Jesouffrirais bien davantage demourir à la maison sans avoirrien fait.» Elle sait qu’elle peutêtre la prochaine victime de laguerre - elle a reçu de sérieusesmenaces - mais elle poursuit sonutopie: «Ne vaut-il pas mieux ris-quer de se faire tuer pour défen-dre ses idéaux que de continuerà vivre dans la peur des fusils?»

à la cause de l'éducation et aubonheur d'autrui»: le pro-gramme des Petites Écoles duquartier de La Saline à Port-au-Prince (Haïti) qui a remporté lePrix Association internationalepour la lecture; le programmeCroisade de l'État pour

l'alphabétisation des adultes,menée dans l'Hildago(Mexique), qui s'est vu décernerle Prix Noma; le Départementde la culture et de l'éducationdes Forces armées au ministèrede la défense de l'Arabiesaoudite et le Club UNESCO

Dibwa Ditumba, à l'est deKinshasa (Zaïre), tous deuxrécompensés par le Prixd'alphabétisation Roi Sejong.Cette année, chacun des prix aété décerné dans le pays deslauréats.

German HERNANDEZà Bogota

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LES IMMENSES RÉSERVES DE GAZ ET DE PÉTROLE DE L’ASIE CENTRALE:SOURCES DE PROFITS CONSIDÉRABLES, MAIS PEUT-ÊTRE AUSSID’INÉGALITÉS ET DE CONFLITS (Photo © Igor/Sipa Press).

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P L E I N C A D R E

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Le doss ie r du mo is

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ASIE CENTRALE:

À LA RECHERCHE DU TEMPS PERDULes cinq républiques d'Asie centrale émergent peu à peu de leur réclusion au fin fond de l'immensitésoviétique pendant plus d'un demi-siècle. Mais cette renaissance est pleine d'embûches si ce n'estde risques d'explosion (voir ci-dessous). En particulier, si elle peut s'appuyer sur une histoiredes plus prestigieuses, l'Asie centrale souffre de l'enchevêtrement de ses multiples nationalités etde sa pauvreté, malgré ses immenses gisements de pétrole et de gaz (pp. 12-13).L'UNESCO a été appelée à la rescousse pour préserver l'environnement (p. 9), rénover les systèmeséducatifs (p. 10), développer des médias indépendants (p. 11), faire renaître l'identité de cette régionà travers son héritage culturel (pp. 14-15) ou aider à la découverte de ces pays de la Route de la soiequi servirent jadis - et veulent servir à nouveau - de pont entre l'Occident et l'Orient (p. 16).

L ’Asie centrale, terre de légende, regagnepeu à peu sa place sur la scène inter-

nationale. Le fait que cette immense ré-gion recèle quelques-uns des plus grandsgisements de pétrole et de gaz de la pla-nète y est pour beaucoup. Ainsi, les paysd’Europe et d’Asie qui en manquentvoient de plus en plus dans l’accès àl’Asie centrale l’une des clés de leurprospérité économique. Quant aux indus-triels, tablant sur l’énorme potentiel dece marché de 52 millions d’habitants, ilss’y bousculent.

Jusqu’en 1991, de tels contacts auraientété difficiles pour ne pas dire impossiblescar cette région était l’une des moins ac-cessibles de l’empire soviétique. Alma-Ataet Tachkent, capitales du Kazakstan et del’Ouzbékistan, avaient beau être géogra-phiquement plus proches d’Islamabad,New Delhi ou Téhéran que de Moscou,toutes les liaisons aériennes, téléphoniquesou postales avec le monde extérieur pas-saient par la capitale soviétique. Quant auxliaisons routières et ferroviaires avec lesvoisins immédiats de l’Asie centrale, ellesétaient pratiquement inexistantes avec laChine et l’Iran, et coupées avec l’Afgha-nistan pour cause de guerre.

Cinq ans après l’effondrement del’Union soviétique, l’Asie centrale est entrain de redevenir le «pont» entre l’Asie etl’Europe qu’elle fut pendant trois millénai-res, jusqu’en 1917. Si les luttes qui se pour-suivent en Afghanistan compromettent les

contacts avec le Sud, des liaisons routièreset ferroviaires s’ouvrent en direction del’Iran, la Chine, et au-delà, le Pakistan etl’Inde. Des vols directs relient les paysd’Asie centrale à l’Europe, l’Asie, leMoyen-Orient et l’Amérique du Nord, etle développement des télécommunicationsleur permet d’entrer instantanément encontact avec le reste du monde.

UNE ID ENT I T É RETROUVÉEParallèlement, l’Asie centrale retrouve sonidentité. Les cinq pays qui la composent -Kazakstan, Kirghizistan, Ouzbékistan, Ta-djikistan et Turkménistan - se sont consti-tués en États indépendants, et leurs languesnationales sont désormais utilisées dansl’administration et le commerce. Les an-ciens noms de lieux ou de famille, autre-fois russifiés, sont remis en usage. Les sta-tues des anciens héros ornent les places pu-bliques et les monnaies nationales ont rem-placé le rouble.

Si les livres d’histoire de demain con-sidéreront sans doute la période actuellecomme un moment de grande efferves-cence, beaucoup d’habitants de la régionla vivent dans l’incertitude et l’angoisse.Toute initiative, aussi prometteuse soit-elle,se heurte à d’énormes obstacles. Les cinqex-républiques soviétiques se sont dotéesd’un gouvernement national, mais celui duTadjikistan n’a pas encore réussi à asseoirsa légitimité et reste aux prises avec uneguerre civile sanglante. Et si les quatre

autres pays ont acquis une certaine stabi-lité, c’est au prix du pouvoir d’un seulhomme au Turkménistan, du contrôle éta-tique de la presse en Ouzbékistan et de lasuprématie des groupes régionaux auKazakstan et au Kirghizistan. Ces réseauxrégionaux ou locaux sont d’ailleurs parmiles forces politiques les plus puissantes detoute la région: aujourd'hui tout l’art de lapolitique - et la clé de la paix intérieure -consiste à trouver un équilibre entre elles.Aussi la plupart des dirigeants, tout en pro-clamant leur attachement à la démocratie,redoutent-ils qu’un passage trop abrupt ausuffrage universel n’ouvre des fissures dansle corps social.

Le degré de liberté en Asie centralevarie beaucoup d’un pays à l’autre, mais ilest partout supérieur à ce qu’il était sous lerégime soviétique. Certains en ontd’ailleurs profité pour se lancer dans despratiques illégales. Cette corruption estdifficile à juguler quand l’argent manqueaux gouvernements pour entretenir des for-ces de police suffisantes. Et les tribunaux?Il faut du temps pour rédiger des lois etmettre en place un pouvoir judiciaire in-dépendant pour les appliquer.

Malgré ses ressources énergétiques,l’Asie centrale est relativement pauvre. Etmême au Turkménistan, avec ses vastesréserves de gaz naturel, et au Kazakstan,avec ses immenses gisements de pétrole,il faudra peut-être des années pour que lecitoyen ordinaire puisse en tirer profit.

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Les gouvernements savent que la pros-périté de leurs peuples passe par la privati-sation et l’économie de marché dans lessecteurs industriel et agricole. Mais ils crai-gnent que cette transformation ne soit dou-loureuse, voire déstabilisante.

Qu’ils soient partisans de changementsrapides ou préconisent la prudence, toussont d’accord pour stigmatiser le lourd hé-ritage de l’exploitation coloniale des po-pulations autochtones de la région par l’ex-URSS. Les taux élevés de natalité, la fortemortalité infantile, l’alcoolisme et la dimi-nution de l’espérance de vie chez les hom-mes ne font qu’accentuer la crise sociale.S’y ajoutent les effets de la surirrigationdes immenses champs de coton des plai-nes de l’Ouzbékistan et du Tadjikistan,doublés d’un usage effréné des engrais chi-miques. L’empoisonnement et lasalinisation des eaux de surface, la pollu-tion atmosphérique et l’assèchement de lamer d’Aral sont autant de conséquencesd’une exploitation désastreuse de l’écosys-tème. Certaines maladies ailleurs éradi-quées réapparaissent en Asie centrale, alorsmême que le système médical est sur lepoint de s’écrouler. De larges secteurs dela population se retrouvent en état de moin-dre résistance pour supporter le «traitementde choc» des réformes économiques.

ÉGARÉS

dont le haut niveau d’instruction, y com-pris celui des femmes, et les compétencestrès diversifiées sont des acquis de la pé-riode soviétique. Aujourd’hui, une bonnedouzaine d’établissements d’enseignementsupérieur, privés pour la plupart, explorentde nouveaux domaines d’étude et nouentdes contacts avec les grandes universitésétrangères. De leur côté, les vieilles uni-versités d’État se réforment et se réorga-nisent pour répondre aux besoins nou-veaux, et les programmes du secondaires’ouvrent aux langues et à la technologie.

Autre atout important de l’Asie cen-trale, son patrimoine. Si certains de sespeuples, comme les Kazakhs et les Kirghi-zes, étaient essentiellement nomades,

LE PROJET ASIE CENTRALE (CAP)

Entre 1992 et 1993, les cinq républiques ex-soviétiques sont devenues membres de l’UNESCO et luiont demandé de les aider à s’acquitter d’une tâche difficile: adapter leurs sociétés à leur nouvellesituation.

Les conflits au Tadjikistan ont empêché l’Organisation d’intervenir, mais des accords de coopé-ration ont été signés avec les quatre autres États, dont le dernier, avec le Turkménistan, date du 10septembre. Ils portent principalement sur: la réforme et la reconstruction des système éducatifs(révision des programmes, formation permanente du personnel enseignant en politiques éducati-ves, planification, gestion et administration); la protection de l’environnement et la promotion dessciences écologiques en faveur du développement durable; la préservation et la réhabilitation dupatrimoine culturel et sa prise en compte dans les stratégies de développement, la promotion dutourisme culturel; les réseaux de recherche et de formation en sciences sociales et humaines ainsiqu’en sciences fondamentales et appliquées; le pluralisme des médias pour soutenir les réformes etla transition, le développement des capacités dans les domaines de la communication, de l’informa-tion et de l’informatique; enfin, et peut-être surtout, des initiatives en faveur de la construction dela paix et la consolidation des systèmes démocratiques.

d’autres, surtout les Tadjiks et les Ouzbeks,ont eu de grands centres urbains. Desfouilles au Turkménistan ont mis au jourdes établissements vieux de 3.000 ans. En1995, les Kirghizes ont fêté le millénairede leur héros épique national, Manas.Quant aux Ouzbeks et aux Tadjiks, ils peu-vent être fiers des institutions et des réali-sations de leurs ancêtres en mathémati-ques, astronomie, droit, théologie, archi-tecture et art, dont témoignent les villes deBoukhara, Samarkand, Khokand ou Khiva.Certes, la paternité de ces réalisations restecontroversée, mais ce qui est sûr, c’est quel’Asie centrale n’était pas un simple pontentre cultures différentes, mais un grandfoyer de civilisation.

L’Islam constitue une part importantede ce patrimoine. À l’exception des Ismaé-liens de la région du haut Pamir au Tadji-kistan, la plupart des autochtones d’Asiecentrale sont des Musulmans sunnites.

Chez les nomades kazakhs et kirghizes,l’Islam n’a jamais pu s’enraciner aussi pro-fondément que chez les populations plussédentaires du Sud et de l’Ouest, mais avecl’effondrement de l’idéologie communiste,la foi traditionnelle a partout pris une im-portance nouvelle, devenant le guide de lavie et le fondement de la morale.

Certains s’en inquiètent et évoquent lasombre perspective d’une vague «d’inté-grisme» qui balayerait l’Asie centrale. Ilest encore trop tôt pour savoir jusqu’où irace réveil de l’Islam ou comment il s’ac-commodera des tendances à la sécu-larisation, elles-mêmes renforcées parl’ouverture de l’Asie centrale à ce que l’eth-nologue français Levi-Strauss appelle la

«monoculture planétaire». Pour le moment,il n’y a des tendances «fondamentalistes»perceptibles qu’au Tadjikistan, et, même là,il ne s’agit que d’un courant parmi biend’autres.

Après une période initiale de tension,les régimes laïques de tous les autres paysde la région en sont venus à accepter etmême à encourager l’Islam dans la sphèresociale et personnelle, mais lui interdisenttoute participation directe à la vie politi-que. Loin de considérer la religioncomme une menace, les dirigeants ont finipar y voir un soutien pour des individus etdes communautés soumis à des change-ments parmi les plus profonds et les plusdéroutants qu’une société puisse connaî-tre.

Autres raisons de redouter l’influencedéstabilisante de changements trop rapides:le sentiment de l’identité locale, ethnique,linguistique et culturelle demeure fort, maisles frontières nationales traduisent mal cesréalités. Suite aux machinations cyniquesde Staline, il existe une importante mino-rité ouzbek au Tadjikistan et tadjik enOuzbékistan. Cette situation, que l’on re-trouve dans toute l’Asie centrale, est unesource potentielle permanente de conflit -sans compter les millions de Russes etd’autres Slaves venus s’installer sous lestsars et à l’époque soviétique, notammentau Kazakstan et au Kirghizistan, et qui sesentent égarés dans un univers postcolonial.Jusqu’ici, les gouvernements ont réussi àtraiter ces problèmes explosifs avec beau-coup de doigté. Mais que se passera-t-il sile rythme du changement s’accélère, si lesentreprises improductives ferment leursportes, faisant des milliers de sans-emploi,et si des régions brusquement s’enrichissentquand leurs voisines dépérissent?

Quels sont les atouts des pays d’Asiecentrale pour affronter ce défi? Le premier,bien entendu, est la population elle-même,

S. Frederick STARRPrésident de l’Institut d’Asie centrale

Johns Hopkins University, Washington, DC.

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L'aide internationale est décisive pour limiter les dégâts engendrés par la plus grave catastropheécologique du XXe siècle.

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LA MER QU'ON VOIT MOURIR

Mer d 'A ra l

U n navire échoué au milieu d’unpaysage lunaire. Cette image terrible

d’une région autrefois recouverte par leseaux de la mer d’Aral a fait le tour dumonde. Quatrième lac de la planète, par sataille, en 1960, cette mer intérieure, à che-val sur le Kazakstan et l’Ouzbékistan, s’estréduite comme une peau de chagrin en àpeine un peu plus de trois décennies. Versle milieu des années 90, le niveau des eauxavait baissé de 16,5 mètres, la surface di-minué de près de moitié (de 66 000 km2 à40 000 km2), le volume d’eau décru de prèsdes deux tiers et la salinité quadruplé. Undésastre écologique et économique pour larégion. Les réserves de pêche ont pratique-ment disparu, les populations riveraines ontperdu leur source de revenus, l’écosystèmeoriginal du bassin de la mer d’Aral, qui as-surait la régulation naturelle du climat dela région, a été détruit. Par ailleurs, l’assè-chement de la mer provoque des rejets mas-sifs de sel qui, portés par le vent, menacentla santé des populations et l’agriculture detoute l’Asie centrale.

BESO INS EN EAUComment expliquer une telle catastrophe?D’après la thèse la plus répandue, elle estune conséquence directe du développementaccéléré de la culture du coton, le long desdeux grands fleuves qui se jettent dans lamer intérieure: l’Amou-Daria et le Syr-Daria. Les besoins en eau des zones agri-coles riveraines au Kazakstan, en Ouzbé-kistan, au Turkménistan, au Kirghizistan etau Tadjikistan ont pris une telle ampleurdepuis 30 ans que le volume déversé dansla mer d’Aral a considérablement chuté.

La confusion consécutive à l’effondre-ment de l’URSS n’a pas contribué à amé-liorer la situation. Ne pouvant plus bénéfi-cier d’un apport financier ou scientifiquede l’ancienne Union soviétique et, notam-ment, des recherches menées depuis 1985sous l’égide du Comité d’État de la scienceet de la technique, les nouveaux États in-dépendants n’avaient plus les moyens demener leurs propres recherches et de finan-cer des programmes d’aide aux habitantsde la région. C’est pour cette raison qu’enmars 1993, lors d’une conférence réunieà Kzyl-Orda (Kazakstan), les républiquesd’Asie centrale ont décidé de créer un

Fonds international et un Conseil inter-gouvernemental pour les problèmes dubassin de la mer d’Aral. En janvier 1994,réunis à Nukus en Ouzbékistan, les respon-sables des cinq pays d’Asie centrale, la

Banque mondiale, la Communauté euro-péenne et l’UNESCO ont approuvé un pro-gramme (le « programme de Nukus ») visantà relancer les recherches dans le bassin del’Aral et à apporter l’aide de la communautéinternationale aux populations directementtouchées par cette catastrophe.

Un premier bilan de ce vaste projet derecherche a été dressé à Tachkent en juin1996. Organisé sous les auspices del’UNESCO avec un financement du gou-vernement allemand, il a permis à 140scientifiques des cinq pays de la régionainsi que de Russie et d’Allemagne de re-prendre, dans le cadre de 21 sous-projets,les recherches précédemment entreprises.Côté kazak, l’un des sous-projets les plusintéressants est celui de l’Institut de géo-graphie de l’Académie des sciences duKazakstan. Intitulé «Évaluation des pro-cessus de désertification dans les deltas du

Syr-Daria et de l’Amou-Daria», il associedes spécialistes de diverses disciplines:géographes, botanistes, pédologues, etscientifiques d’instituts de mathématiquesappliquées et des ressources minérales.Cette coopération a notamment permisd’étudier les sels présents dans les sols etle terrain du fond desséché de la merd’Aral, comment fixer progressivement cessols en voie de désertification et donc, àl’avenir, réduire considérablement les re-jets de poussière saline. Pour observer cesprocessus, une station de recherche a étéaménagée non loin de la ville de Kazalinsk,à partir de l’ancienne station d’observationde l’ionosphère de l’Académie des scien-ces, et une autre à Muniak, avec l’aide dugouvernement allemand et de l’UNESCOqui a débloqué 300.000 dollars pour ache-ter du matériel moderne.

C O N F L I T D E P R I O R I T É SAutre priorité: le débit des cours d’eau quialimentent l’Aral. En raison de l’aménage-ment des fleuves Amou-Daria et Syr-Daria,une partie des eaux se déverse dans les bas-sins qui se sont constitués en amont et neparvient pas à l’Aral. Les plus vastes d’en-tre eux occupent d’immenses surfaces dansles dépressions naturelles et, les eaux char-gées en résidus d’engrais chimiques ne serenouvelant pas, ils se transforment en lacssalés. Les spécialistes envisagent de renfor-cer le débit du Syr-Daria pour augmenterle rejet d’eau dans la mer. Ce qui exige desmoyens considérables et les scientifiquesne sont pas unanimes sur les causes ou lesconséquences de la catastrophe écologiquedevant être traitées en priorité. « Une choseest sûre, souligne Vefa Moustafaev, respon-sable du projet de l’UNESCO, la mer d’Aralne retrouvera jamais son niveau originel.Il faut donc concentrer nos efforts sur lapréservation du niveau actuel des eaux etaider les riverains à s’adapter à cette nou-velle situation». L’Allemagne a promis desoutenir la deuxième phase du projet Nukus.Mais il faudra une action rapide et concer-tée de tous les acteurs impliqués pour en-rayer l’exode des populations riveraines qui,pour beaucoup, n’ont d’autre solution quede quitter cette zone sinistrée.

L E S V A I S S E A U X F A N T Ô M E SD ' U N E M E R D É F U N T E

( P h o t o © N O V O S T I / Y . K o u ï d i n e ) .

Sultan AKIMBEKOV, à Almaty

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Comment réformer un système éducatif quand ses moyens sont divisés par deuxet que la demande change du tout au tout? Le cas du Kazakstan.

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AUTRES TEMPS, AUTRES FINS, AUTRES MOYENS

É d u c a t i o n

Budget en baisse constante, inadaptationdes enseignements, établissements

scolaires de moins en moins fréquentés: lesecteur éducatif kazak paye au prix fort lesmutations en cours depuis l’indépendancede ce pays d’Asie centrale. Selon les auteursdu rapport intitulé Étude sur le secteur del’éducation et de la formation profession-nelle, commandé à l’UNESCO par la Ban-que asiatique de développement, il ne s’agitrien moins que d’un véritable bouleverse-ment. Les chiffres parlent d’eux-mêmes.

En 1990, jusqu’à 25% des dépenses del’État et près de 7% du PNB allaient àl’éducation. Avec par exemple un tauxd’analphabétisme de quelque pour mille,un ratio maîtres/élèves dans le primaireinférieur à dix, ou 35 étudiants pour 1.000habitants, le Kazakstan figurait certaine-ment parmi les nations du monde les plusméritantes en matière d’éducation. Maissurvint l’indépendance et, dans son cor-tège, la fin des largesses de l’anciennemétropole, un PNB par habitant diminuantchaque année en moyenne de plus de 6% pen-dant la dernière décennie, un État mis à ladiète et un virage à 180° pour tourner le dosau socialisme et foncer vers l’économie demarché. Résultats: les dépenses éducativesdépassent désormais à peine les 3% duPNB; les dépenses par élève, rapportées auPNB par habitant, ont diminué du tiers pourles élèves du secondaire et de 40% pourles étudiants pour 1994 par rapport à 1993.

C O U P E S S O M B R E SEn outre, nombre de subventions ont étésupprimées. Les prix des manuels, équipe-ments et matériaux éducatifs notamment,autrefois artificiellement bas, ont été alignéssur ceux du marché. Quant aux salaires desprofesseurs, ils ont été revus à la baisse etsont souvent payés avec plusieurs mois deretard.«Résultat, explique un enseignantd’Almaty, l’école ne survit que grâce auxinfrastructures héritées de l’ex-Union so-viétique et à la motivation de professeursqui continuent à travailler malgré la min-ceur de leur traitement.» En conclusion, lesystème éducatif kazak doit se transformerpour vivre avec des moyens - durablement- réduits et en même temps réussir à ré-pondre à des besoins tout à fait nouveaux.Or, au-delà des restrictions budgétaires, ses

carences sont aussi dans ses structures etles mentalités de ses agents.

Par exemple, les collectivités localessupportent la majorité de la charge finan-cière des écoles sans pour autant pouvoirdécider librement de leur fonctionnement.Une municipalité a récemment décidé d’avan-cer la rentrée des classes pour compenserl’inévitable fermeture pendant l’hiver en

raison du froid. Mais le ministère de l’édu-cation a exigé le retour à l’ancien calendrier.

Autre exemple: cette jeune républiquene manque pas d’enseignants. Mais leursméthodes de travail ne correspondent plusà la situation actuelle du pays et ils ont unbesoin urgent de recyclage. D’autre part,les matériaux d’apprentissage sont insuf-fisants et, souvent, inadéquats. «Certainsdes derniers manuels scolaires disponiblessont conformes aux nouveaux programmesrusses mais pas à ceux du Kazakstan», ex-plique un professeur.

La situation est comparable dans le troi-sième degré. Les experts de l’UNESCOconsidèrent, notamment, qu’il faudrait ré-duire le nombre d’établissements supé-rieurs et revoir les supports d’enseignementafin de le rendre plus adapté aux besoinsprioritaires du pays. Par ailleurs, une partcroissante des recherches commence êtreeffectuée dans les universités en collabo-ration avec l’Académie des sciences quien avait le monopole, les entreprises pu-bliques ou privées, et des partenairesétrangers.

Les responsables kazaks sont cons-cients de la nécessité des réformes, maisils ont du mal à rompre avec l’ancien sys-tème. Aussi les experts de l’UNESCO pré-conisent-ils une réforme visant à consolideret préserver les acquis tout en proposant unemeilleure répartition des ressources finan-cières afin de tenir compte des moyen réelsde l’éducation et du marché du travail.

Premier appui concret dans cette direc-tion: un prêt de la Banque asiatique de dé-veloppement s’élevant à 20 millions dedollars et destiné en priorité à la remise enétat des écoles, aux livres scolaires, à laformation des enseignants, à l’adaptationdes programmes et à la gestion de l’éduca-tion. Un autre prêt de 35 millions de laBAD devrait servir à financer un secondprojet en droite ligne avec les recomman-dations du rapport. «Le premier crédit re-présente le plus gros investissement con-sacré jusqu’à maintenant au secteur édu-catif, estime Akyizhan Almasov, chef dudépartement des relations internationale auministère de l’éducation. Environ 180 éco-les secondaires à travers tout le pays vontrecevoir de nouveaux équipements, lesenseignants vont pouvoir améliorer leurformation et les bibliothèques vont aussien bénéficier. Ce n’est qu’un début, puis-qu’il y a en tout 8.000 écoles secondairesau Kazakstan, mais un début encoura-geant.»

avec Andrey KUKUSHKINà Almaty

U NE N S E I G N E M E N TA U T R E F O I SP E R F O R M A N TM A I S R I G I D EP h o t o ©A . P. N . ) .

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RELAIS ET TÉMOINS DU CHANGEMENTL'essor des médias prouve et accélère l'évolution des républiques nouvellement indépendantes.Mais il est jalonné d'obstacles et de périls, que l'UNESCO aide à surmonter.

11. . . . . .

M é d i a s

Comment arracher les enfants aux des-sins animés pour leur faire écouter la

radio? En les distrayant avec des leçonsd’anglais. L’UNESCO a pu le constateravec une série de cours radiodiffusés dansla République kirghize, qui a immédiate-ment trouvé son public chez les jeunes. Cesprogrammes en langue kirghize, produitsavec l’aide de l’UNESCO par des étudiantsen journalisme de l’Université d’État, ontété rediffusés à plusieurs reprises par la ra-dio nationale.

Outre l’émission intitulée «English onthe Air», l’UNESCO a lancé au Kirghizis-tan plusieurs programmes novateurs dontla rubrique économique télévisée hebdo-madaire HAM BAM BCEM (littéralement«Nous, vous, tous» en russe) pour promou-voir la petite entreprise et encourager lesvocations entrepreneuriales.

RÉVOLUT IONSi les républiques d’Asie centrale n’en sontpas toutes au même point sur le chemin dela démocratie où elles sont engagées depuispeu, la plupart ont vécu une révolutionmédiatique. Dans l’effervescence de la pe-restroïka, juste avant l’indépendance,journaux, stations de radio et chaînes de té-lévision privés avaient commencé à surgir.La concurrence de ces nouveaux médias en-thousiastes et dynamiques vis-à-vis des or-ganes d’information financés par l’État s’estvite traduite par un effondrement del’audience de la radiotélévision publique etdes journaux trop marqués idéologiquement.

Dès le milieu de 1992, l’UNESCOavait reconnu la nécessité d’élaborer unprogramme de soutien à la presse indépen-dante d’Asie centrale. En octobre de lamême année, elle organisait à Almaty, avecle Département de l’information de l’ONU,un séminaire pour la promotion de médiasindépendants et pluralistes en Asie, qui aouvert la voie à la mobilisation de ressour-ces très diverses en vue de soutenir et ren-forcer les médias le long des anciennesroutes de la soie.

Ainsi n’y avait-il plus une place assiseau Centre de documentation pour lesmédias de Bichkek, la capitale, lorsque lesjournalistes de la République kirghize fu-rent invités à s’inscrire aux cours d’anglais.Financé par le Programme international

pour le développement de la communica-tion (PIDC) de l’UNESCO, ce centre of-fre aux professionnels des médias, outreles cours d’anglais, une série de program-mes et ateliers de formation aux techniquesspécialisées. Depuis qu’il a ouvert ses por-tes en mai 1995, plus de 200 journalistesen ont déjà profité.

Un autre centre va ouvrir ses portes àOch, dans le sud du pays, l’équipementétant fourni par le Service d’informationdes États-Unis (USIS) et l’UNESCO met-tant en place la gestion et le fonctionne-ment.

Par ailleurs, l’UNESCO contribue ac-tivement au développement des facultés dejournalisme dans les universités de la ré-gion. Des studios pour former aux métiersde la radio et la télévision à l’Universitéd’État kazakhe à Almaty ont été moderni-sés dans le cadre d’un programme financépar le PIDC, et la même opération est encours à l’Université d’État tadjike àDouchanbé, après quoi viendra le tour del’Université nationale kirghize. Des échan-ges universitaires ont été mis en place etune publication consacrée à la recherche,The Journal of Central Asian MediaStudies, a été imprimé sous les auspices del’UNESCO. La première chaire UNESCOde communication et de journalisme enAsie a été créée à l’Université d’Étatkazakhe.

L’un des aspects les plus remarquablesde l’évolution du paysage médiatique dela région est l’essor des radios et télévi-sions privées. Une Association des médiasélectroniques indépendants d’Asie centrale

s’est d’ailleurs constituée avec l’appuidu Bureau du Conseiller régional del’UNESCO pour la communication,pour offrir à ses membres des servicesjuridiques, de programmation et de con-sultation. Elle regroupe déjà quelque 70stations privées de radio et de télévi-sion.

Mais qu’ils soient financés ou non parl’État, les médias rencontrent souvent lesmêmes difficultés. Au Tadjikistan, la guerrecivile a déjà coûté la vie à 29 journalistes.Ailleurs, des journalistes ont été forcés dese réfugier dans les pays voisins. Les me-naces de poursuites que font peser de dra-coniennes lois sur la presse encouragentl’autocensure.

Il faut y ajouter les difficultés quoti-diennes des éditeurs à se procurer du pa-pier à un prix raisonnable ou à trouver dequoi financer les gros investissements re-quis dans l’informatique et l’impressionmoderne. Sur un marché publicitaire limitéà un petit noyau d’annonceurs dans un sec-teur des affaires étroit mais en pleine ex-pansion, la concurrence est féroce. Cetteassise financière réduite oblige bon nom-bre de propriétaires de médias à les sub-ventionner sur les bénéfices de leurs autresentreprises. Mais malgré les difficultés,tous font preuve d’une ingéniosité etd’une détermination qui laissent bienaugurer de l’avenir de ces jeunes médias,jalons modernes sur les anciennes rou-tes de la soie.

L A R É G I ED E « N O U S ,

V O U S , T O U S »( P h o t o U N E S C OA . K u k u s h k i n ) .

Martin HADLOWReprésentant de l’UNESCO à Almaty

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F A I T S E N C H I F F R E S

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IMMENSE ET DIVERSEAvec près de 4 millions de kilomètres carrés (plus que la superficie de l'Union européenne),l'Asie centrale est un immense ensemble uni par une histoire commune et des cultures très proches,

KAZAKSTAN

Superficie: 2.717.000 km2Population: 16,8 millions, croissanceannuelle moyenne: 0,1%; populationurbaine: 59%; 40% de Kazaks et 38% deRussesDensité: 6,2 hab/km2Capitale: AlmatyPNB/habitant: 1160 $Croissance annuelle moyenne du PNB/habitant (1985-94): -6,5%Espérance de vie à la naissance: 68 ansAnalphabétisme des adultes: 0,4%*

OUZBÉKISTAN

Superficie: 447.400 km2Population: 22,4 millions; croissanceannuelle moyenne: 2,2%; populationurbaine: 41%; 72% d'OuzbeksDensité: 50,1 hab/km2Capitale: TachkentPNB/habitant: 960 $Croissance annuelle moyenne du PNB/habitant (1985-94): - 2,3%Espérance de vie à la naissance: 70 ansAnalphabétisme des adultes: 0,3%*Réserve de la biosphère: Mont ChaktalSites du patrimoine: Itchan Kala (Khiva)et Boukhara

TURKMÉNISTAN

Superficie: 488.000 km2Population: 4,4 millions; croissance an-nuelle moyenne 4,6%; population urba-nisée: 45%; 72% de Turkmènes, 9% deRusses, 9% d'OuzbeksDensité: 9,0 hab/km2Capitale: AchkabadPNB/habitant: 1270 $*Croissance annuelle moyenne du PIB(1990-1994): -5,2%Espérance de vie à la naissance: 66 ansAnalphabétisme des adultes: 0,4%*

R

R

Ouralsk

Chemin de ferOléoduc/Gazoduc

Gisement de pétrole

Gisement de gaz

Réserve de biosphère

Ateraou

Aktioubinsk

Koustanaï

Aktaou

Khiva

Boukh

Krasnovodsk

TURKMÉNISTAN

OUZBÉKISTAN

KAZAKSTAN

IRAN

Mer Caspienne

Mer d'Aral

Our

al

Amou DariaAchkhabad

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F A I T S E N C H I F F R E S

13. . . . . .

F A I T S E N C H I F F R E S

KIRGHIZISTAN

Superficie: 198.000 km2Population: 4,5 millions; populationurbanisée: 39%; croissance annuellemoyenne: 0,4%; 52% de Kirghizes,21% de Russes et 13% d'OuzbeksDensité: 22,7 hab/km2Capitale: BichkekPNB/habitant: 630 $Croissance annuelle moyenne du PNB/habitant (1985-94): - 5,0%Espérance de vie à la naissance:68 ansAnalphabétisme des adultes: 0,4%*

TADJIKISTAN

Superficie: 143.100 km2Population: 5,8 millions; croissance an-nuelle moyenne: 2,0%; population ur-baine: 32%; 62% de Tadjiks et 23%d'OuzbeksDensité: 42,7 hab/km2Capitale: DouchambéPNB/habitant: 360 $Croissance annuelle moyenne du PNB/habitant (1985-94): - 11,4 %Espérance de vie à la naissance:67 ansAnalphabétisme des adultes: 0,3%*Réserve de la biosphère: Monts Chaktal

Sources de tous les tableaux: Rapport sur

le développement dans le monde, 1996,

Banque mondiale; Newsweek, 17 Avril

1996 pour la répartition par nationalités;

statistiques suivies d'un *: Annuaire

statistique de l'UNESCO.

Infographie: Éric Frogé

mais très hététogène quant à la superficie des pays qui le composent, leur densité, leur croissancedémographique, leur niveau de vie ou leurs richesses naturelles.

R

Kochetaou

Akmola

Karaganda

Pavlodar

Semei

Taldikorgan

Djamboul

Samarkand

Tchimkent

Ak-Mechet

khara

AN

TADJIKISTAN

KIRGHIZISTAN

FÉDÉRATION DE RUSSIE

AFGHANISTAN PAKISTAN INDE

CHINE

Lac Balkhach

Syr Daria

Syr Daria

Almaty

Bichkek

Tachkent

Douchambé

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P L E I N C A D R E

DES JOYAUX EN RUINE OU SANS ÂME

14. . . . .

La richesse et la diversité du patrimoine culturel de l'Ouzbékistan sont exceptionnelles.Mais le restaurer, et plus encore lui redonner vie, est ardu.

P a t r i m o i n e

S i je revivais, le monde tremblerait.»Telle est l’épitaphe de Timour, inscrite

à l’intérieur de son tombeau - le Gur Emir,à Samarkand, en Ouzbékistan. De fait, lors-qu’il était à l’apogée de sa gloire, l’inlassa-ble conquérant semait la terreur à traversl’Asie, menant ses troupes impitoyables jus-qu’aux rives de la Méditerranée et jusqu’enInde.

Mais six siècles plus tard, ce sont lesmurs et monuments datant de la glorieuseépoque de Tamerlan (son nom en Occident)qui tremblent, menacés qu’ils sont par le

délabrement, au point de nécessiter d’ur-gentes réparations et restaurations. Cettetâche est devenue d’autant plus pressanteque la jeune république s’est libérée dujoug soviétique. Les dirigeants ouzbekssont bien conscients qu’après des décen-nies d’isolement et d’anonymat, définir unenouvelle identité culturelle nationale estessentiel pour assurer la stabilité politiqueet un développement durable. Ils ont doncplacé l’épopée timouride au cœur du pa-trimoine national.

Mais il y a bien plus que les Timouri-des en Ouzbékistan. Les grandes cités com-merçantes de Samarkand, Boukhara etKhiva, édifiées au carrefour des routes ca-ravanières qu’étaient les Routes de la soie,avaient acquis une importance culturelleconsidérable du fait de leur situation géo-graphique: elles relient la région à la Tur-quie, le Caucase, la Chine occidentale,l’Iran, l’Afghanistan et l’Inde pour créerune grande zone économique. La libre cir-culation des personnes et des idées a pro-duit quelques-unes des personnalités

scientifiques et culturelles les plus remar-quables de l’histoire - notamment le savantet encyclopédiste Abu Ali Ibn Sina (Avi-cenne) ou le prince-astronome Ulug Beg -ainsi que des œuvres d’art, des produits ar-tisanaux réputés et exportés dans le mondeentier, des tombes, mosquées et écoles co-raniques - comme la medersa AbdulazzizKhan de Boukhara - qui comptent parmiles joyaux de l’Islam. Plus de 10.000 mo-numents et sites archéologiques vieux deplus de 3.000 ans ont été répertoriés par leministère de la culture.

Afin de préserver ce patrimoine excep-tionnel et en réponse à une demande d’aidedu gouvernement, l’UNESCO a lancé en1994 un Programme pour le patrimoineculturel d’Ouzbékistan, en coopérationavec le PNUD.

Une mission de reconnaissance a éva-lué l’étendue des besoins. Les experts ontconclu que la plus grave menace venait del’augmentation de l’humidité et des «atta-ques du sel» - un processus par lequel lessels dissous dans les eaux souterraines fil-trent à travers les matériaux de construc-tion et, en se cristallisant, fissurent les bri-ques, le ciment et même les vitres. Mais,peut-être plus grave encore, ils ont décou-vert que les monuments eux-mêmesavaient perdu leur âme. Pendant l’époquesoviétique, la volonté des urbanistes mo-dernes de faire du patrimoine islamique des«musées en plein air» a entraîné la démo-lition des vastes quartiers autour des prin-cipaux monuments. Des bazars, des cara-vansérails et des quartiers résidentiels onttotalement disparu, laissant place à des

perspectives imposantes mais sans vie,entourée de jardins de roses, de larges pro-menades et de parkings.

Pourtant, une étude socio-économiqueportant sur les centres historiques de Sa-markand, Boukhara et Khiva, entreprisepar une équipe de l’UNESCO en 1995, amis en lumière que, si on leur en laisse lachance, la grande majorité des habitants desvieux quartiers préfèrent réparer leur mai-son plutôt que d’emménager dans des ap-partements neufs. Les populations sont en-core incroyablement attachées à leur tra-ditions et à leur environnement historique.

Mais les impératifs d’une économiecentralisée et planifée ont fortement décou-ragé les artisans et tué de nombreux savoir-faire traditionnels.

C’est sur ces bases que l’équipe del’UNESCO, en collaboration avec le minis-tère de la culture d’Ouzbékistan, a travailléau cours des deux dernières années à lamise au point de projets visant à la conser-vation de certains des principaux monu-ments - et notamment la restauration desquartiers environnants qui ont été démo-lis -, la rénovation des quartiers résiden-tiels historiques et la renaissance de l’arti-sanat traditionnel. Plus de 30 projets, dontles coûts s’échelonnent entre 100.000 et3 millions de dollars, ont été présentés lorsd’une conférence en vue de réunir desfonds, à Boukhara, en février dernier.

CONSERVAT I SMESCependant, malgré de bonnes intentions etle ferme engagement du gouvernement ouz-bek, les progrès sont lents. Pas seulement àcause du manque de ressources. La nouvelleconception de la conservation, bâtie autourd’une «vision globale» où les villes histori-ques sont considérées comme des entités vi-vantes et en développement plutôt quecomme de simple monuments à rénover, negagne du terrain que petit à petit.

Mais cette vision a un allié de poid aumoment où le pays s’ouvre au monde ex-térieur et au tourisme: le patrimoine cultu-rel ouzbek pourrait devenir l’une des prin-cipales sources de ces devises ô combienprécieuses.

Giovanni BOCCARDIArchitecte-restaurateur

à Tachkent, avec Sue WILLIAMS

L E C Œ U R D E L A C I T É H I S T O R I Q U E D E B O U K H A R A ( P h o t o © G . B o c c a r d i ) .

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P L E I N C A D R E

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15. . . . . .

SUR LES ROUTES DE LA SOIEL'Asie centrale s'ouvre au tourisme culturel. Un moyen pour les cinq pays d'ancrer leur futurdans leur histoire... et de relancer leur économie !

Vo y a g e s

Pendant longtemps, voyager en Asiecentrale au long des Routes de la soie

relevait de l’imagination. Mais, aujour-d’hui, les voyageurs sont encouragés àréemprunter ces vieilles routes commercia-les. Ils sont chaleureusement accueillis pardes peuples qui ont soif de contacts avec lereste du monde et désirent promouvoir uneindustrie susceptible de contribuer large-ment à alimenter leurs économies sinistréeset d’aider à leur développement national.

Établir une industrie du tourisme à par-tir de rien n’est cependant pas chose aisée.Malgré une demande importante pour denouvelles destinations, le touriste contem-porain est bien plus averti, expérimenté etexigeant qu’il y a 20 ans. L’Asie centralese trouve toujours plus ou moins hors dessentiers battus - à six ou sept heures d’aviondes principaux marchés d’Europe occiden-tale -, les infrastructures comme les hôtelset les liaisons aériennes sont limitées, etles questions de visas et de bureaucratiepeuvent aussi entraver les déplacements.Pour aider à réduire ces obstacles et à dé-velopper un tourisme culturel de qualité,l’UNESCO et l’Organisation mondiale dutourisme (OMT), en coopération avec 18pays, ont lancé le projet de la Grande routede la soie qui vise à unir tous les paysqu’elle traverse sous une bannière com-mune et à les introduire dans les circuitsdes voyageurs.

«Nous n’avons pas des flots d’argent àapporter, explique Vettor Giusti, consultantde l’OMT pour ce projet, mais nous pou-vons aider les pays de la Route de la soieavec notre savoir-faire et en les introdui-sant sur les marchés qui génèrent le plusde tourisme, ce qui est bien plus importantque des millions de dollars.»

TOUR ISME CULTURELDe son côté, l’UNESCO apporte la «subs-tance». Pour Doudou Diene, directeur desprojets interculturels, «le touriste de laRoute de la soie ne sera pas quelqu’un quivoudra s’allonger sur une plage. L’histoireet la culture seront les grandes attractions,même si la région est aussi richement do-tée de zones naturelles vierges et splendi-des, comme les hauts sommets du Tien Chanau Kirghizistan ou le lac Issyk-Kul». Aucours des neuf dernières années, dans le

cadre de son Étude intégrale des Routes dela soie: routes de dialogue, l’UNESCO a ac-cumulé des masses de connaissances et dematériaux sur l’Asie centrale, y compris desfilms uniques qui sont utilisés à des finspromotionnelles et pour mieux faire con-naître la région. Avec son programme derestauration, l’Organisation aide aussi cespays à présenter au mieux leur somptueuxpatrimoine culturel. «Nous mobilisons desarchéologues et des historiens et nous

aidons les artisans à faire revivre leurs ta-lents traditionnels. Grâce à eux, nous pou-vons développer un tourisme de qualité plu-tôt qu’un tourisme de masse», poursuitDoudou Diene.

Depuis le lancement du projet en 1994,les deux institutions ont organisé plusieursévénements promotionnels lors de salonsspecialisés, y compris le plus grand dumonde, à Berlin, en mars dernier, ainsi quedes rencontres dans les pays de la Route dela soie pour présenter la région aux profes-sionnels. «L’Asie centrale a un potentiel con-sidérable pour le tourisme culturel et la pro-fession est très intéressée, affirme le repré-sentant de l’OMT en Europe, Peter Shackle-ford. Mais le message que celle-ci nous trans-met est: réglez les problèmes d’abord, nousamènerons les touristes ensuite.»

Il a été entendu. «En Asie centrale, toutle monde a repris les thèmes de la Routede la soie et les gouvernements ont réalisél’importance de travailler avec leurs voi-sins et le secteur privé», affirme Giusti. Leshôtels sont en cours de rénovation et denouvelles lignes aériennes en train d’êtreétablies par les compagnies nationales etpar d’autres, comme Lufthansa et TurkishAirlines.

PROMOT IONAvec les conseils et le soutien de l’OMT etde l’UNESCO, les personnes employéesdans le secteur touristique suivent des for-mations; des législations nationales relati-ves à ce secteur sont élaborées. L’Ouzbé-kistan a récemment mis en place une «ban-que du tourisme» pour financer des projetsde pointe privés et publics, ainsi que desopérations conjointes. Il a ouvert des bu-reaux à Londres, New York, Francfort etDoubaï pour promouvoir le pays. Quelque150 itinéraires ont déjà été tracés, dont lesroutes d’Alexandre le Grand, Marco Poloet Tamerlan.

En outre, tous les pays impliqués dansle projet ont signé la Déclaration de Sa-markand sur le tourisme de la Route de lasoie. Rédigée lors de la réunion de lance-ment du projet en 1994, elle les engage àréduire les obstacles à la circulation despersonnes et à stimuler les flux de touris-tes. Elle appelle aussi la profession à don-ner la priorité au développement d’un tou-risme durable et sans risque pour l’envi-ronnement.

«Qualité et authenticité sont les maî-tres-mots du projet, confirme DoudouDiene. Parce qu’à part sa contribution audéveloppement de la région, il fera aussila promotion d’une culture forte et vivanteen lui conférant la reconnaissance inter-nationale qui lui fut longtemps refusée.»

Les efforts entrepris jusqu’ici commen-cent à payer. L’an dernier, moins de 10.000personnes ont visité le Kirghizistan et leTurkménistan. Mais l’Ouzbékistan en areçu plus d’un demi-million, contre seule-ment 100.000 en 1993. Il est vrai qu’ilabrite des joyaux comme Samarkand,Boukhara et Khiva.

S. W.

L A G R A N D E P L A C E D E R E G I S T A N , ÀS A M A R K A N D , I L Y A 1 0 0 A N S

( P h o t o © C o l l e c t i o n B o c c a r d i ) .

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S O U R C E S U N E S C O N ° 8 3 / O C T O B R E 1 9 9 6

P L E I N C A D R E

En six volumes, dont trois déjà parus, l'Histoire des civilisations de l'Asie centraleest le premier ouvrage à couvrir toute la région.

CHRONIQUE DE L'ASIE CENTRALE

H i s t o i re

Chez ces hommes de langues différen-tes, il existe une grande variété d’in-

dividus et de lieux... La plupart s’adonnentavec extravagance à la débauche et se sa-tisfont à peine d’une multitude de concubi-nes... Ils ont des manières si libres et si na-turelles, il marchent en se déhanchant avectant d’abandon qu’ont pourrait les croireefféminés; mais ce sont de farouches guer-riers... Ils écorchent vif des hommes, d’ungeste ou à petit feu...».

Ces Sassanides, tels que les décrit l’his-torien romain Amianus Marcellinus (IVesiècle), sont quelques-uns des protagonis-tes de l’Histoire des civilisations de l’Asiecentrale que l’UNESCO publie en anglais.Cette collection monumentale en six volu-mes fait découvrir les cultures qui s’épa-nouirent et disparurent de l’aube de la ci-vilisation à nos jours, au cœur de l’Eura-sie, de la mer Caspienne à l’Ouest jus-qu’aux frontières de la Chine à l’Est.

SANS ÉQU IVALENT«Cette collection n’a pas d’équivalent. Ilne s’agit pas d’un volume isolé assortid’une série de notes en bas de page, pré-cise Richard Frye, professeur à l’Univer-sité de Harvard et consultant du projet. S’ilexiste des ouvrages ici et là en un volumesur l’Asie centrale, cette collection desti-née au grand public est la première à cou-vrir la région dans son intégralité.»

Des outils les plus anciens de l’âge depierre, aux grands itinéraires nomades à tra-vers les steppes, les trois premiers volu-mes sont un véritable trésor. Ils évoquentaussi avec précision les campagnesd’Alexandre le Grand et expliquent le syn-crétisme du zoroastrisme, du bouddhismeou de la religion des Grecs, tandis quel’Asie centrale s’affirmait peu à peucomme le carrefour des routes de la soie.L’aventure se poursuivra avec trois autresvolumes, actuellement en chantier, qui con-duiront le lecteur jusqu’à nos jours.

L’histoire de cette collection remonteà 1977 lorsqu’un historien russe lançal’idée. Deux ans plus tard, la Conférencegénérale de l’UNESCO lui donnait le feuvert en octroyant environ 120.000 dol-lars pour chaque volume, le plan desouvrages et le choix de leur directeur depublication étant confiés à un comité

scientifique de dix neuf membres, composénotamment de deux spécialistes pour l’en-semble de l’URSS et d’autant pour chacundes pays voisins concernés.

Le projet ayant été lancé à l’époque del’URSS, il ne pouvait être exempt de touteconsidération politique. Mais d’après IreneIskender-Mochiri de l’UNESCO, qui estvenue ensuite à coordonner cette opération,le rôle des Soviétiques était aussi très bé-néfique. «Ce sont eux qui ont procédé àpresque toutes les fouilles archéologiques,dont beaucoup n’auraient pu être réalisées

sans eux. Heureusement, le premier volumecouvrait une période ancienne et se fon-dait sur des conclusions largement admi-ses, ce qui a permis d’éviter les problèmespolitiques d’interprétation historique.» Ettel fut le cas pour les deux volumes sui-vants, qui portent jusqu'à 750 après J.C.

À ces contraintes d'ordre politiques'ajoutaient, au départ, des lourdeurs bu-reaucratiques. Résultat: le premier volumede la collection ne fut achevé et mis envente qu’en 1992, avec un tirage total de4.000 exemplaires après réimpression. Ceretard, dont la critique s’est fait l’écho, aurafinalement été peut-être une bénédiction:la réalisation des volumes suivants, qui exi-geaient infiniment plus d’indépendance in-tellectuelle dans l’interprétation des sour-ces historiques puisqu'ils allaient jusqu'à

nos jours, ne se fit qu’après la chute du murde Berlin.

Les cinq nouveaux pays indépendantsdisposent désormais d'un poids accru dansle comité scientifique qui ne comprend plusque quatre membres du groupe initial.«Pour la première fois, relève MmeIskender-Mochiri, les Tadjiks sont à mêmed'écrire leur histoire, les Ouzbeks la leur.»Même si tous les peuples de la région n’ontpas pu y jouer un rôle aussi actif, la col-lection a pris un nouvel envol avec la pa-rution du deuxième volume en 1994, letroisième étant sur le point de paraître etle quatrième entrant dans la dernière li-gne droite.

L’avenir de cette collection uniquen’est cependant pas assuré. Dès la fin del’année prochaine, des coupes budgétai-res affecteront toutes les collectionsd’histoires de l’UNESCO. Et il faudraprobablement passer le relais à un édi-teur extérieur ou à des instituts nationauxde recherche pour espérer voir un jour lasuite de l’Histoire des civilisations del’Asie centrale.

CR I T ÈRES À RESPECTERMême si l’on peut s’inquiéter que cette dé-marche nuise à l’approche scientifique etobjective adoptée par l’UNESCO, RichardFrye juge l’opération possible.«L’UNESCO devrait confier le travail àd’autres éditeurs et associations à condi-tion qu’un comité international de consul-tants veille strictement au respect des cri-tères internationaux d’érudition. C’est sonrôle. S’ils ne sont pas respectés, elle ne don-nera pas son feu vert à la parution desouvrages.»

Remplacer l’UNESCO dans son rôled’éditeur sera en tous cas plus facile quede combler le vide laissé par le présidentdu comité scientifique, le professeur Mu-hammad S. Asimov, assassiné lors de laguerre civile au Tadjikistan. Sa contribu-tion à la promotion des idéaux de l’Orga-nisation a été qualifiée d’«exceptionnelle»par le Directeur général, Federico Mayor:«C'était un homme remarquable qui man-quera cruellement à tous ceux qui ont eula chance de le connaître».

Amy OTCHET

16. . . . . .

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Tadjiks

et

Turkmènes

à travers

leurs

musiques

CollectionUNESCO/AUVIDIS

Prix du CD: 145 FF

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S O U R C E S U N E S C O N ° 8 3 / O C T O B R E 1 9 9 6

P L A N È T E

To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

S O U R C E S U N E S C O

P r o s t i t u t i o n e n f a n t i n e

LE COMBAT S'ENGAGELe congrès de Stockholm a insisté sur l'importance de l'éducationdans la lutte contre l'exploitation sexuelle des enfants.

«Il faudrait vraiment avertir les enfants etleur apprendre comment les hommes commemoi se comportent», reconnaît Sven, un pé-dophile suédois de 28 ans, qui purge dansson pays une peine de deux ans de prisonpour avoir eu des relations sexuelles avecdeux petites filles.

Les diverses formes de pédophilie, aux-quelles s’adonnent des hommes tels queSven, étaient au cœur des débats du Con-grès mondial contre l’exploitation sexuellecommerciale qui s’est tenu à Stockholm du27 au 31 août. Il était organisé par le gou-vernement suédois, conjointement avecl’UNICEF, l’ECPAT (sigle anglais d’uneorganisation non gouvernementale qui s’estdonné pour mission de «mettre un terme àla prostitution des enfants et au tourismesexuel en Asie») et l’ONG pour la Conven-tion des droits de l’enfant. Premier du genreà inviter tous les pays du monde à s’infor-mer des diverses formes de cette exploita-tion et des moyens de la prévenir et de lacombattre, il a réuni les délégués de 119pays et de quelque 500 ONG.

Elle a pu constater personnellement la com-plexité du problème dans cette région et sesent soulagée de voir enfin inscrites à l’or-dre du jour de la communauté internatio-nale les différentes formes de cette exploi-tation: traite, pornographie et prostitutionenfantines. «C’est là, estime-t-elle, l’undes résultats les plus importants du con-grès. Tous les pays sont touchés d’unemanière ou d’une autre. Les gouverne-ments n’ont aucune raison d’avoir honte».

La tâche à laquelle l’UNESCO s’estattaquée pour essayer d’y mettre un termes’annonce redoutable. «Dans la région oùje travaillais, nous avons surtout fait del’éducation préventive. En coopérationavec l’ONG népalaise Maiti Népal, parexemple, nous nous sommes occupés del’éducation des petites Népalaises rentréesdans leur pays après avoir vécu comme pros-tituées à Bombay.» Par des chants et d’autresmoyens informels, elles expliquent main-tenant aux fillettes de leurs villages les réa-lités et les dangers de la vie dans cettegrande ville de l’Inde, et les mettent engarde contre la tactique employée pour lesattirer dans les réseaux de prostitution.

«Nous avons aussi organisé des atelierssur ces questions avec les ONG et les re-présentants des gouvernements, poursuitMarianne Höök, dont un en novembre 1995sur la violence sexuelle au Sri Lanka; sesconclusions ont été transmises à l’ECPATqui est l’organisation avec laquelle nouscoopérons en permanence.»

«P o u r l e s é l è v e s , l e m a î t r e c ’ e s t c o m m ela p l u i e pou r l e c hamp» , exp l i que l ape t i t e Mex i c a i ne Za i r a , 11 an s . Ave cFa t ouma ta , J ana , Ro s e ou Young j i n , e l l ef a i t pa r t i e d e l a t r en t a i ne d ’ en fan t s d e41 pay s don t l e s c on t r i bu t i on s on t é t és é l e c t i onnée s l o r s d ’ un c on cou r s o r gan i s épa r l ’UNESCO su r l e t h ème «QU’EST-C EQU’UN BON MA Î TRE ?»

Le s r épon se s d e c e s en f an t s , s ou s f o rmede me s sage s e t d e de s s i n s , s on t pub l i é e sdan s une b r o chu r e t r i l i n gue ( ang l a i s -e s pagno l - f r an ça i s ) qu i v i en t d e pa ra î t r e àl ’ o c c a s i on de l a J ou rnée i n t e r na t i ona l ede s en s e i gnan t s ( 5 o c t ob r e ) .

☛ Sy s t ème de s é c o l e s a s s o c i é e sde l ’UNESCO

Les estimations les plus fiables donnent àpenser que chaque année un million de jeu-nes, en majorité des filles, sont victimes dela prostitution et autres formes de violencessexuelles à des fins commerciales. L’exploi-tation des enfants par l’industrie du sexe aété relevée pour la première fois dans lespays d’Asie grâce à l’ECPAT, active depuissix ans. Mais on estime que ce «commerce»se pratique partout dans le monde et que secréent des «marchés» partout où existe unedemande de «consommateurs», comme enl’Europe de l’Est, où le problème prend deplus en plus d’ampleur.

Selon Marianne Höök qui faisait partiede la délégation de l’UNESCO, «pour com-prendre comment s’organise ce commerce,il est très important d’écouter les pédophi-les, car les enfants eux-mêmes sont souventtrop traumatisés pour parler de ce qu’ilsont vécu». Cette Suédoise vient de prendresa retraite après avoir passé six ans commespécialiste de l’éducation au Bureau del’UNESCO à New Delhi, qui sert de base àl’Organisation pour ses activités en Inde,Népal, Bangladesh, Sri Lanka et Maldives.

PA RT O U T D A N S L E M O N D E

Tout en soulignant l’importance du travailmené par l’UNESCO en matière d’éduca-tion préventive, et en coopération avec lesintéressés à tous les niveaux (autres orga-nisations du système des Nations Unies,gouvernements, ONG et communautés lo-cales), elle estime aussi «très important des’occuper des filles - et des garçons - quiont quitté la prostitution». «Ces enfants sonttraumatisés, et ils ont besoin d’un traite-ment psychiatrique spécialisé. Il faut quechacun d’eux reçoive une éducation adap-tée à son cas, à son âge et à son état desanté. Beaucoup des jeunes ex-prostituéesnépalaises reviennent contaminées par levirus du sida.»

U N T R A I T E M E N T A D A P T É

Au terme d'une visite officielle auBRÉSIL, du 4 au 6 septembre, leDirecteur général de l'UNESCO et lesautorités brésiliennes ont signéplusieurs accords de coopérationportant notamment sur la sauvegardede l'écosystème de l'État de Tocantinset l'enseignement des droits del'homme aux forces de sécurité dupays.Le Brésil participera également auprojet de la Route de l'esclave qui,selon Federico Mayor, constitue «uneforme de reconnaissance de l'apportde la culture noire à l'humanité».

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S O U R C E S U N E S C O N ° 8 3 / O C T O B R E 1 9 9 6

P L A N È T E

P r o s t i t u t i o n e n f a n t i n e

Asa Anderson, 31 ans, suédoise égale-ment, s’est occupée pendant deux ans d’édu-cation préventive contre le sida au Bureaude l’UNESCO de New Delhi, où elle éla-borait, en liaison avec les gouvernementsindiens et népalais, des programmes

les femmes comme des êtres sans défense,comme des denrées à exploiter, comments’étonner que la prostitution des filles con-tinue à être tolérée? Il reste donc encorebeaucoup à faire dans presque tous les payspour améliorer la qualité des émissions et

L’ i np r e s c r i p t i b i l i t é d e s c r ime s c on t r el ’ human i t é , l ’ a bo l i t i o n du t r a va i l f o r c é ,l e s t a t u t d e s r é f ug i é s , l a p r o t e c t i on dud ro i t s ynd i c a l , l e s d r o i t s d e l a f emme ouceux de l ’ e n f an t : t ou t e s c e s d i s po s i t i o n sf on t l ’ o b j e t d e c onven t i on s , c ha r t e s e tt r a i t é s . Qua t r e - v i ng t s d ’ en t r e eux s on tr e c en s é s dan s l a b r o chu r e i n t i t u l é eDRO ITS DE L’HOMME - L e s p r i n c i pauxi n s t r u m e n t s i n t e r n a t i o n a u x q u i v i e n t d epa ra î t r e . E l l e énumère l e s i n s t r umen t s d epo r t é e un i v e r s e l l e adop t é s pa r l e s y s t èmede s Na t i on s Un i e s , a i n s i que c eux duCon se i l d e l ’ E u r ope , d e l ’O rgan i s a t i on del ’ un i t é a f r i c a i n e e t d e l ’O rgan i s a t i on de sÉ t a t s amé r i c a i n s .

☛ D iv i s i on de s d r o i t s d e l ’Homme ,de l a d émoc ra t i e e t d e l a pa i x

L’ÉDUCATION DES ADULTES et la luttecontre la pauvreté, la responsabi-lisation des femmes, le développementdurable et la technologie multimédia:tel était le thème de la premièreréunion préparatoire en vue de laConférence internationale surl’éducation des adultes qu’organisepour juillet 1997 à Hambourg(Allemagne) l’Institut de l’UNESCOpour l’éducation. Elle a réuni àBangkok (Thaïlande), du 16 au 18septembre, des participants de 41pays de la région Asie-Pacifique.Les prochaines réunions régionalesauront lieu à Dakar, Sénégal (14-18octobre), Brasilia, Brésil (6-8 novem-bre) et Barcelone, Espagne (12-14décembre).

U N « M A R C H É »P A R T O U T D A N S

L E M O N D E( P h o t o ©

U N I C E F /G . M a g a o n i ) .

d’éducation sexuelle. «Lorsque je visite lesécoles, je constate souvent qu’il est très dé-licat d’informer les élèves sur la sexualitéet le sida. Parfois, on m’interdit même deprononcer le mot ‘préservatif ’, ce qui estbien entendu gênant, puisque c’est lameilleure protection contre le VIH. J’aiquand même l’impression, et dans le casdes adolescents des classes moyennes, jesuis sûre que les élèves sont souvent plusconscients et mieux avertis des problèmesque ne le croient les adultes.»

Un autre aspect important de l’éduca-tion sexuelle consiste, selon elle, à sensi-biliser les garçons et les filles à leurs droitsen tant qu’êtres humains. «Les filles lesplus traumatisées ne se rendent même pascompte que ce qu’on leur a fait subir estmal. Il est donc très important de leur don-ner la maîtrise d’elles-mêmes et de leurapprendre ce qu’est leur corps et commentil fonctionne».

John Bennet, chef de la délégation del’UNESCO à Stockholm et responsable duprojet «Le jeune enfant et le milieu fami-lial», estime que la communication est undomaine dans lequel l’Organisation auraitune contribution capitale à apporter.« D’une manière générale, les programmeséducatifs sont tristement absents desmédias de service public, et la participa-tion des enfants à peu près nulle, alors queles écrans sont envahis par la violence,sexuelle notamment. Si les médias montrent

promouvoir l’éducation et la participationdes enfants». Il indique que l’UNESCO adéjà commencé, dans le cadre de son Pro-gramme international pour le développe-ment de la communication, en consacrant àces questions un rapport sur «La violence àl’écran et les droits de l’enfant».

En dehors des campagnes de prise deconscience, il est essentiel de mettre enplace des projets visant les groupes les plusvulnérables: les familles à risque (où se per-pétuent le plus souvent les premiers abussexuels), les filles employées de maison etles enfants délinquants. Par ailleurs, selonles rapports soumis au congrès, nombre depays n’offrent pas - ou très peu - d’éduca-tion aux enfants détenus ou en maison deredressement, dont beaucoup sont des fillescondamnées pour prostitution.

Là encore, l’UNESCO a un rôle clé àjouer pour «aider ses États membres a ap-pliquer la Convention sur les droits de l’en-fant », précise John Bennett. Tout en s’atta-quant expressément, dans ses articles 34 et35, à cette forme d’exploitation, «elle re-place aussi les droits de l’enfant dans uncontexte social, économique et culturelplus général qui, s’il devenait réalité,mettrait un terme à l’exploitation des en-fants, sinon partout, du moins sur une plusvaste échelle».

Susanne HOBOHMà Stockholm

La f i na l e de s d eux i èmes J EUX DE LAPA IX s ’ e s t d é rou l é e à L omé ( Togo ) du23 au 26 s ep t embre . S o r t e de J euxo l ymp i que s pou r l y c éen s e t c o l l é g i en s ,c e t t e c ompé t i t i o n , qu i s ' i n s c r i t d an s l ec ad r e de l ' a c t i on de l 'UNESCO en f aveu rd 'une c u l t u r e de pa i x , r éun i s - s a i en t d e sj eune s de 10 à 18 an s v enu s du Bén i n ,du Co s t a R i c a , du Ma ro c , d e Rouman i e e td u To g o .

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P L A N È T E

To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

S O U R C E S U N E S C O

F o r m a t i o n

L'éducation à distance donne aux femmes du désert de Gobiles savoirs nécessaires à leur nouvelle autonomie.

L'ÉCOLE AUX QUATRE VENTS○

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Dès l’aube, après avoir allumé le poêle fa-milial où brûlent des bouses séchées,Ouymaa prend ses jumelles pour scruter lasteppe et repérer son troupeau. C’est l’été,et le grand désert mongol de Gobi devientun immense tapis vert parsemé de fleurs, oùles enfants font galoper leurs chevaux.

Mais pas question pour les femmesnomades comme Ouymaa de profiter desbeaux jours: elle doit s’occuper de sontroupeau - une centaine de moutons, chèvresdu Cachemire, vaches, chameaux et che-vaux - pour que ses trois jeunes fils, sa sœuret sa mère aient de quoi vivre l’hiverprochain, quand il fera -30°. Outre la traite,elle a les bouses à ramener et l’eau à puiser,tout en faisant la cuisine et en fabriquantdivers produits à base de lait. Mais son plusgros souci est l’engraissement des bêtes -car les chèvres ont tôt fait dépuiser lespâturages.

Aussi, deux ou trois fois par mois,Ouymaa plie bagage, enveloppant sesmaigres possessions - quelques ustensilesde cuisine, un miroir à trois faces et une ra-dio - dans des couvertures et dans lesmatelas des enfants. En moins d’une heure,la famille a roulé sa ger (tente circulaire enfeutre blanc) de quelque mètres carrés etpart à la recherche d’une herbe plusverdoyante.

aïeux. Elle a en outre renonçé au mariage«parce que la plupart des hommes se croientsupérieurs aux femmes et boivent trop».

Il est difficile de mesurer la pauvretédes habitants du Gobi, car tout y dépendde la taille et de la qualité du troupeau fa-milial, qui compte en moyenne de 100 à200 têtes. Il y aurait, estime-t-on, entre 12et 24% de foyers dirigés par une femme,beaucoup comme Ouymaa, préférantapparemment avoir des enfants à la faveurde rencontres avec des «hommes de pas-sage». Cette pratique n’est pas neuve dansle désert, où l’isolement extrême et les con-ditions climatiques n’incitent guère leshommes à fonder une famille. Le problèmec’est qu’aujourd’hui l’aide sociale du ré-gime communiste a disparu.

C’est précisément pour venir en aide àOuymaa et à ses quelque 15.000 sœurs no-mades que le Projet «Femmes du Gobi»offre un service de télé-enseignement in-formel et d’acquisition de savoir-faire, avecl’assistance technique de l’UNESCO et unbudget de 1,7 million de dollars apportépar l’agence danoise de coopération tech-nique DANIDA.

«S H A P E e s t u n é t a t d ’ e s p r i t» , « u n s o u f f l ede l i b e r t é e t d ’ i n i t i a t i v e» : a i n s i s ec a ra c t é r i s e l e P l an d ’ a c t i on pou r uneédu ca t i on au t onome en Zamb i e , quep r é s en t e , s ou s l e t i t r e D E C U I V R E E TDE F EU , l e n° 10 de l a s é r i e É du ca t i onpou r t ou s , en f a i r e une r éa l i t é .A s s o c i a n t h a r m o n i e u s e m e n t t r a v a i ls c o l a i r e e t p r odu c t i f , l e s 4 . 750 é c o l e s qu iy pa r t i c i p en t d i s pen sen t une édu ca t i on deba se , e t c ompo r t en t un vo l e t é c onom iedomes t i que e t ag r i c u l t u r e , adap t é à l eu r sl i e ux d ' imp l an t a t i on . Chaque i n s t i t u t i one s t à l a f o i s une é c o l e , un c en t r e def o rma t i on de s ma î t r e s e t une un i t é d ep rodu c t i on l o c a l e d e ma t é r i aux e t d esuppo r t s p édagog i que s .

Angelus du compositeur argentinAlejandro Iglesias-Rossi, Epiphora duPolonais Pawel Mykietyn et Aerosondu Néerlandais Arno Peeters sont lestrois œuvres primées par la Tribuneinternationale de MUSIQUEÉLECTROACOUSTIQUE qui s’est tenue àAmsterdam (Pays-Bas) du 2 au 4 sep-tembre. Créée par le Conseil interna-tional de la musique avec l’appui del’UNESCO, cette Tribune est destinée àmieux faire connaître ce type de musi-que grâce aux organismes deradiodiffusion qui retransmettent lesœuvres sélectionnées.

«La vie était plus facile avant», soupire-t-elle, quand la coopérative, aujourd’hui fer-mée, assurait l’approvisionnement en eaupotable, l’éducation des enfants et les ser-vices de santé et de médecine vétérinaire.Près de sept décennies de communisme -avec sa masse de services sociaux - avaienttransformé le mode de vie traditionnel deshabitants du Gobi en leur donnant un senti-ment de sécurité dont ils n’auraient jamaisrêvé. Plus besoin des techniques et des sa-voir-faire qui avaient permis aux générationsprécédentes d’être autonomes. Ouymaa, parexemple, a reçu une simple formation d’em-ployée de laiterie, qui ne l’a nullement pré-parée à s’occuper toute seule, à l’âge de 30ans, de ce troupeau dont elle est propriétairedepuis peu. Mais elle ne bénéficie plus de lasécurité dont jouissait sa mère, sans pourautant avoir l’expérience qu’avaient ses

« P L U S FA C I L E AVA N T »

C O U T U R E E T M AT H SIl s’agit à la fois d’offrir à ces femmes lapossibilité d’acquérir des compétences quele socialisme avait négligées, et de renfor-cer celles qu’il leur avait assurées par l’édu-cation: 80% environ d’entre elles ont faitau moins quatre ans d’études primaires.S’adressant aux femmes d’une région pra-tiquement dépourvue de routes et de télé-phones, où le courrier arrive au mieux unefois par mois, le projet s’appuie sur des pro-grammes de radio hebdomadaires et desbrochures, conçus pour répondre à leursbesoins, depuis la couture d’une selle dechameau à des rudiments de mathémati-ques, en passant par les soins aux enfants.Les cours sont complétés par les visitesmensuelles d’une équipe composée de 620enseignantes itinérantes. Adya en fait par-tie. Cette «volontaire désignée d’office»(difficile de refuser un tel honneur!) faitenviron 85 kilomètres tous les week-endspour visiter sa trentaine d’élèves, grâce à la«jeep du projet» qu’elle partage avec huitautres volontaires.

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F o r m a t i o n

Pour Adya, la matière la plus délicateà enseigner est aussi la plus importante: laplanification familiale, un sujet neuf enMongolie. Le projet communiste de dis-poser d’une puissante armée de travailleursa transformé ce vaste pays de 1.565.000km2 en doublant sa population, passée de

appris «pour économiser au lieu de créerdes revenus», selon Ann Fenger Benwell,anthropologue danoise qui collabore auprojet. «Au lieu d’acheter certains objetsau magasin, je peux les fabriquer chez moi,confirme Bolornaa, éleveuse de bétail de22 ans, mariée et mère d’un enfant. Le seul

A L L E RE N S E I G N E RÀ C H E V A L ,

À M O T O O UÀ D O S

D E C H A M E A U . . .( P h o t o ©

S t e f a nN O W A K ) .

moins d’un million en 1960 à quelque2.149.000 en 1990, en partie grâce auxmaternités, crèches gratuites ou retraitesanticipées qui ont encouragé les femmes àavoir une moyenne de cinq ou six enfantsdans les campagnes.

Mais pour Tserendulam, éleveuse debétail et mère de sept enfants à 41 ans, c’estd’abord l’ignorance qui a joué. «Si j’avaissu tout cela, dit-elle en feuilletant l’ouvrageoù sont exposés les avantages et les incon-vénients des contraceptifs et de l’avorte-ment (interdit jusqu’en 1989), je n’auraisjamais eu autant d’enfants.» Ouymaa, elle,a trouvé le livre «intéressant» mais son vi-sage s’illumine quand elle formule «l’es-poir» de donner encore à ses trois fils quel-ques frères, dont «certains iront à l’écoleet les autres resteront à la maison pourm’aider dans mon travail». Losolma, quis’occupe d’éducation non formelle dans lecadre du projet, ne s’en étonne pas. «Onvoit bien, dit-elle, que les auteurs de cesouvrages sont très loin des réalités de lavie quotidienne. Celui sur le planning fa-milial, par exemple, est sans doute accep-table d’un point de vue strictement médi-cal, mais les lectrices auraient besoin d’ex-plications plus détaillées.»

Les titres à succès sont les livres surles métiers d’artisanat, pour apprendre lestechniques traditionnelles comme la tapisse-rie. Les élèves ont d’ailleurs donné un tourimprévu au projet, utilisant ce qu’elles ont

problème est de trouver le temps.» C’estaussi l’opinion d’Ann Benwell, qui se de-mande si le projet n’est pas en train de don-ner encore plus de travail à ces femmes.

Et c’est vrai que les belles tapisseries àfleurs qui décorent de nombreuses gern’aident pas à faire bouillir la marmite. «Maisen même temps, observe Battogoo, enseignantqui fait de la formation pédagogique, avecces produits de leur artisanat, ces femmesvoient les résultats tangibles de l’éducation.Elles ont envie de continuer à apprendre etelles prennent de l’assurance.»

Leurs maris ne voient cependant pastoujours ces activités d’un bon œil. Certainsvont jusqu’à se plaindre qu’on oublie que «leshommes aussi ont un rôle à jouer au foyer.Aujourd’hui ce sont les femmes qui fonttout; nous aussi, nous pourrions appren-dre à nous rendre utiles et à faire des cho-ses qu’elles ne peuvent pas faire, comme letravail des métaux pour décorer les selles».

Cet éleveur pourrait bientôt être pris aumot, car l’UNESCO prévoit d’élargir le pro-jet, avec un financement de DANIDA à hau-teur de 1,5 million de dollars. Les taux d’aban-don scolaire étant en hausse,une formuled’«éducation centrée sur la famille» est envisa-gée pour que les enfants puissent étudier chezeux, tout en donnant aux hommes une occa-sion idéale de «rattraper» leurs femmes.

Amy OTCHETen Mongolie

Ap rè s Genève e t New Yo rk , l e s c r éa t i on sd ’ une c i nquan ta i ne de J E U N E SSTYL I S T ES on t é t é p r é s en t ée s à Be i j i n gdu 2 au 29 s ep t embre . Qu ’ i l s s o i en tpé ruv i en s , ma ro ca i n s , b én i no i s oubo sn i aque s , c e s c r éa t eu r s s on t t ou sl au r éa t s d ’ un c on cou r s i n t i t u l é «Unmonde un i pou r l e s g éné ra t i on s f u t u r e s ,au - de l à du t emps , au - de l à de sf r on t i è r e s » , o r gan i s é en 1995 àl ’ i n i t i a t i v e de l ’UNESCO e t d e l a s o c i é t éj apona i s e F e l i s s imo , à l ’ o c c a s i on du 50eann i ve r s a i r e de s Na t i on s Un i e s .Ap r è s l a c ap i t a l e c h i no i s e , v ê t emen t s e ta c c e s s o i r e s s e r on t expo sé s en novembree t d é c embre à Tokyo pu i s à Kobe , s i è gede F e l i s s imo .

L’ édu ca t i on à d i s t an c e , l a g e s t i on de sr e s s ou r c e s en eau , l ’ é c o t ou r i sme e t l am i c r ob i o l og i e : t e l s s on t que l que s - un s de sp rog rammes auxque l s l ’ UNESCO vaappo r t e r s on c on cou r s en AFR IQUE DUSUD p ou r a i d e r c e pay s à « l u t t e r c on t r eno t r e ame r hé r i t age» , c omme l ’ a i nd i quél e m in i s t r e d e l ’ é du ca t i on , S i bu s i goBengu , l o r s d ’ une v i s i t e o f f i c i e l l e duD i re c t eu r géné ra l , F ede r i c o Mayo r, du 11au 13 s ep t embre . Aux t e rme s d ’ un a c c o rds i gné à c e t t e o c c a s i on , une c ommi s s i onna t i ona l e d ’A f r i que du Sud pou rl ’UNESCO va ê t r e c r é ée .

L'accès des communautés rurales àl’ENSEIGNEMENT TECHNIQUE ETPROFESSIONNEL, la formation auxtechniques entrepreneuriales, l’édu-cation environnementale au serviced’un développement rural durable:telles sont quelques-unes des recom-mandations adoptées par un atelierinternational tenu à Ottawa (Canada)du 17 au 20 septembre. Organisé autitre du projet UNEVOC de l’UNESCO(Projet international pour l’enseigne-ment technique et professionnel), il aréuni des responsables gouverne-mentaux, administrateurs et spécia-listes qui ont examiné différentsschémas permettant d’adapter cetenseignement aux zones rurales.

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To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

S O U R C E S U N E S C O

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Pat r imo ine

Pour traquer les biens culturels volés, il faut d'abord qu'ils soientinventoriés dans une banque de données internationale.

INFORMATIQUE CONTRE TRAFIC○

«Beaucoup de pays se plaignent de volsd’objets d’art. Mais s’ils n’en ont pas dephoto et de description détaillée, on ne lesretrouve jamais». En quelques mots,Étienne Clément, de la Division du patri-moine culturel de l’UNESCO, résume l’en-jeu du projet dont il a la charge: laBanque de données internatio-nale sur les biens culturelsvolés ou disparus.

L’ampleur du traficmondial de biens culturelsn’est plus à démontrer. Lesexemples abondent depuis lespillages de sites historiques ouarchéologiques jusqu’auxcambriolages de muséesnationaux. Nombre degouvernements et certainsorganismes internationaux,dont l’UNESCO et l’ICOM(Conseil international desmusées), tentent depuisplusieurs années de luttercontre un fléau difficile-ment contrôlable. Desconventions internatio-nales et des législationsnationales encouragentla répression de cespratiques. Les expertsestiment cependantqu’elles sont inopérantessi les pays victimes n’ontpas préalablement inventorié leurs objets etbiens culturels. L’expérience montre eneffet que la diffusion de photographies etd’informations sur les œuvres disparues estun élément essentiel de la lutte contre cecommerce illicite. La publication parl’ICOM d’une brochure sur le pillage dusite d’Angkor au Cambodge a, parexemple, contribué à retrouver des objetsdisparus.

Plusieurs pays, pour la plupartoccidentaux, ont déjà constitué des banquesde données informatiques dans ce domaine,généralement destinées aux policesnationales. Interpol, l’organisation inter-nationale de police criminelle, est en trainde mettre en place son propre fichierinformatisé. Et certains organismes privés,notamment en Grande-Bretagne, disposentde banques de données payantes. «Le

problème, estime Étienne Clément, c’estque ces sources d’informations sont rare-ment accessibles au public et ne sont pastoujours diffusées d’un pays à l’autre».Quant aux États victimes du trafic, souventdes pays en développement, ils peuvent

rarement s’offrir de tels instru-ments. Conséquence: lesacheteurs, y compris lesgrands musées nationaux,n’ont pas toujours les

moyens de vérifier si lesobjets qu’ils acquièrent sontvolés. C’est pourquoi les Na-tions Unies ont chargél’UNESCO de mettre en placeune base de donnéesinternationale sur la question.

Le projet, officiellementlancé en 1990, a été évo-qué lors de la 9e session duComité intergouvernementalpour la promotion du retourdes biens culturels à leurpays d’origine ou de resti-tution en cas d’appro-priation illégale, qui s’esttenue au siège del’UNESCO du 15 au 19septembre. L’idée étantde connecter entre ellesles bases de donnéesdéjà existantes afin deconstituer un réseau sur

lequel pourraient se brancher par la suiteles pays qui le souhaitent.

Une étape préliminaire doit êtrefranchie en novembre prochain. Les huitpays disposant déjà de systèmes de ce typedoivent se réunir à Prague pour débattredes aspects techniques du projet. Les par-ticipants devront notamment s’accorder surl’accès à cette banque de données - la ques-tion étant de savoir si les informationspourront être accessibles à tous surInternet, par exemple, ou s’il s’agira d’unréseau réservé aux professionnels. LesÉtats présents devraient aussi discuter del’harmonisation de leurs méthodes dedescription des biens culturels, indispen-sable pour créer un réseau d’informationsefficace.

Christophe CHAMPIN

L ' U N E D E S B R O C H U R E S D E L ' I C O M AP E R M I S D E R E T R O U V E R C E C O R P S D E

D I V I N I T É V O L É À A N G K O R .

«L A J E U N E S S E B A LT E au s e r v i c e dudéve l oppemen t d ’ une s o c i é t é démoc ra -t i que» é t a i t l e t h ème d ’ une r en con t r ei n t e rna t i ona l e à N i da du 26 au 30 aoû t .O rgan i s ée en c oopé ra t i on ave c l aCommi s s i on na t i ona l e l i t u an i enne pou rl ’UNESCO , e l l e a r éun i pou r l a p r em iè r ef o i s une t r en t a i ne de ga r ç on s e t f i l l e sd ’ E s t on i e , L e t t on i e e t L i t uan i e r ep r é -s en t an t d e s mouvemen t s d e j eune s s e ,pou r un é change de vue s e t d ’ i n f o rma -t i on s a ve c l e s au t o r i t é s l o c a l e s e t

Un séminaire tenu à Fès (Maroc) les16 au 18 septembre sur le thème«L’artisanat face aux défis du designet de l’innovation» était la premièremanifestation organisée par le Centreinternational de PROMOTION DEL’ARTISANAT. Mis en place en 1995en vertu d’un accord entre legouvernement marocain et l’UNESCO,ce centre a pour mission de collecteret diffuser des données sur les formeset techniques des artisanats à traversle monde, d’en faire ressortir lescomplémentarités et de promouvoir lacoopération dans ce secteur d’activité.

na t i ona l e s . L e s p r o j e t s qu ’ i l s on tp r é c on i s é s c omprennen t une c ampagnecommune aux t r o i s pay s s u r l a d r ogue ,un c amp de va can ce s s u r l e t h ème«ouv re z vo s e s p r i t s » e t une « c a ravanecu l t u r e l l e d e l a j e une s s e ba l t e » pou r unet ou rnée de j eune s a r t i s t e s d e l a r ég i on .

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SOURCES UNESCO est un mensuel publié parl'Organisation des Nations Unies pour l'éducation, lascience et la culture [tél: (+33 1) 45 68 16 73; fax:(+33 1) 40 65 00 29 et, à partir du 18 octobre, fax:(+33 1) 45 68 56 54]. Les éditions en anglais et enfrançais sont entièrement produites au Siège; l' éditionen espagnol avec le Centre UNESCO de Catalogne,Mallorca 285,08037 Barcelone, Espagne; l'édition enchinois avec l'Agence XINHUA, 57 XuanwumenXidajie, Beijing, Chine; l'édition en portugais avec laCommission nationale pour l'UNESCO, Avenida InfanteSanto No 42 - 5°, 1300 Lisbonne, Portugal.

Responsable de la publication: R. Lefort.Rédacteurs: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet.Secrétaire de rédaction: C. Mouillère. Versionespagnole : E. Kouamou (Barcelone), L. Sampedro,C. Medrano (Paris). Mise en page: G. Traiano, F.Ryan. Secrétariat et diffusion: D. Maarek.

Photogravure et impression dans les Ateliers del'UNESCO. Distribution par les Services spécialisésde l'UNESCO.

É n e r g i e s r e n o u v e l a b l e s

COUP D'ENVOI AU SOMMET○

Aboutissement d'un processus entamé voici trois ans par l'UNESCO,le Sommet solaire a aussi été le point de départ d'ambitieux projets.

Le s i n f r a s t r u c t u r e s i n f o rma t i que s , l at e chno l og i e numér i que e t l e s d r o i t sd ’ au t eu r, a i n s i que l ’ o r gan i s a t i on de si ndu s t r i e s c u l t u r e l l e s e t d e l ’ e n s e i gnemen tà d i s t an c e dan s un «env i r onnemen tmu l t iméd i a» é t a i en t au cœu r de s d éba t sd ’ un c om i t é d ’ expe r t s s u r LA COMMU-N ICAT ION E T L E DRO I T D ’AUTEURdan s l a s o c i é t é d e l ’ i n f o rma t i on , r éun i àBogo t a ( Co l omb i e ) du 2 au 6 s ep t embre .Qu ’ i l s ’ ag i s s e de s t é l é c ommun i c a t i on s , d el a p r o t e c t i on de s œuv re s ou au t r e sp r odu i t s d e l a c r éa t i on , l e s que l que 60pa r t i c i p an t s v enu s d ’Amér i que l a t i n e , d e sCa ra ï be s e t du Canada , on t no t ammen tr e c ommandé « l ’ un i f o rm i t é j u r i d i que s u r l ep l an i n t e r na t i ona l» .

Un Répertoire officiel des SITES WEBDES ORGANISATIONS DU SYSTÈME DESNATIONS UNIES vient d’être lancé surInternet. Il permet aux utilisateurs de serepérer rapidement parmi les dizainesd’institutions qui forment le système del’ONU. Les sites traitent d’un vasteéventail d’informations concernant laquasi-totalité de ses institutions. Unindex oriente l’utilisateur vers les sitesoù trouver les réponses aux questionsqui reviennent le plus souvent à proposde l’ONU.

☛ Accès: http:/www.unsystem.org

Selon la légende, la capitale du Zimbabwe,Harare, doit son nom - «la ville qui ne dortjamais» - à la population qui s’émerveillaitde voir de loin ses réverbères briller toutela nuit. Mais cette anecdote ne peut faireoublier la réalité: quelque 2,4 milliardsd’habitants de la planète - plus de 40% -n’ont pas l’électricité.

Des délégués d’une centaine de pays- dont 20 chefs d’État et de gouverne-ment - réunis à Harare, les 16 et 17 sep-tembre, ont solennellement adopté la Dé-claration sur l’énergie solaire et le déve-loppement durable, et débattu des possibi-lités qu’offrent les énergies renouvelablespour éclairer, à moindre coût, les salles declasse, irriguer les champs ou réfrigérer lesaliments et les vaccins jusque dans les ré-gions les plus isolées.

Le Sommet solaire mondial étaitl’aboutissement d’un processus entamé parl’UNESCO en 1993 pour encourager la re-cherche, la formation, l’éducation et la sen-sibilisation du public dans tous les domai-nes de l’énergie renouvelable. Il marquaitaussi le coup d’envoi du Programme so-laire mondial qui a reçu le soutien aussibien des pays développés qu’en dévelop-pement. Prévu pour 10 ans, il devra mettreen œuvre dans un premier temps quelque300 projets considérés comme «hautementprioritaires» dans plus de 60 pays. Il pré-voit également la mise en place d’un ré-seau mondial d’information et de commu-nication pour encourager la formation etla recherche, promouvoir les initiativesayant fait leur preuve sur le terrain et fa-voriser l’utilisation écologiquement du-rable de l’énergie.

L’UNESCO assurera le secrétariat du pro-gramme, ses projets étant financés par lesgouvernements concernés, des organismesdonateurs et le secteur privé. Parmi les prin-cipaux partenaires: la Commission euro-péenne, l’Organisation des Nations Uniespour le développement industriel, l’Agenceinternationale de l’énergie, la Société inter-nationale de l’énergie solaire, le PNUD,l’OMS et l’OMM.

Le Sommet solaire a déjà suscité unsoutien politique en faveur d’initiativesutilisant les énergies renouvelables. Ainsi,

le Président de la Tanzanie, BenjaminMkapa, a annoncé que son pays allait met-tre en place un fonds d’investissement etdes incitations fiscales en vue de l’utilisa-tion et de la production de systèmes fonc-tionnant à l’énergie solaire. Le Président del’Autorité palestinienne a également an-noncé la création d’un vaste réseau de dis-tribution d’électricité solaire. Quant au

Zimbabwe, il prévoit d’investir 38 millionsde dollars dans trois nouveaux projets, dontl’un vise à introduire un volet énergie so-laire dans les programmes d’enseignement,du primaire au supérieur.

Le Sommet a mis en lumière les pro-grès importants réalisés pour diminuer lescoûts de production et optimiser l’utilisa-tion des énergies renouvelables. Les pan-neaux solaires photovoltaïques, par exem-ple, ont désormais une durée de vie de 15 à30 ans sans maintenance; ces 10 dernièresannées, plus de 200.000 foyers de pays endéveloppement en ont été équipés; des pro-duits de consommation fonctionnant àl’énergie solaire et fabriqués en grandequantité - de la calculatrice japonaise à lacuisinière indienne pour faire cuire le riz -deviennent tout à fait compétitifs.

Nombre d’entre d’eux étaient exposésau Centre de conférences de Harare, oùpopulation et diplomates ont pu s’émer-veiller devant la perspective qu’un jourles réverbères brilleront grâce à l’éclat dusoleil.

Jo HIRONAKAà Harare

(© Sidney Harris)

PARTENARIATS

«Une fois que l'énergie solaire fonctionnera, notreproblème sera de trouver le moyen de continuer à fairepayer tous les mois nos concitoyens dont les maisons

seront chauffées par le soleil.»

Page 24: Asie Centrale: à la recherche du temps perdu; …unesdoc.unesco.org/images/0010/001041/104122f.pdf · phie, la science, la grammaire, les écritures, «simplement pour mettre sous

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U N E S C OSOURCES

À l’occasion de la JOURNÉE INTERNATIONALE DE LA TOLÉRANCE, le Prix

UNESCO Madanjeet Singh pour la promotion de la tolérance et de la non-violence sera remis pour la première

fois au Siège le 18 novembre. Cinq cents universitaires, responsables gouvernementaux, représentants

d’ONG et chefs d’entreprise sont attendus à La Havane du 18 au 22 novembre pour une conférence sur les

politiques et stratégies pour la réforme de l’ENSEIGNEMENT SUPÉRIEUR en Amérique la-

tine et dans les Caraïbes. Aux mêmes dates, également dans la capitale cubaine, un groupe d’experts

débattra du TOURISME CULTUREL dans cette région. Le Conseil du Programme sur

L’HOMME ET LA BIOSPHÈRE (MAB) tiendra sa 14e session au Siège, du 19 au 22 novem-

bre, afin d’examiner la gestion d’écosystèmes intégrés et la prise de conscience du public vis-à-vis de l’envi-

ronnement. Une conférence intergouvernementale sur les POLITIQUES LINGUISTIQUES

EN AFRIQUE, organisée à Harare (Zimbabwe), réunira ministres et experts du 25 au 29 novembre.

La Journée mondiale de LUTTE CONTRE LE SIDA, le 1er décembre, et la Journée internatio-

nale des PERSONNES HANDICAPÉES , le 3 décembre, seront célébrées par l’ensemble du

système des Nations Unies. Les multiples questions que posent les «AUTOROUTES DE L'IN-

FORMATION» - notamment le fossé entre pays développés et en développement - feront l’objet de

plusieurs réunions au Siège: le Conseil intergouvernemental du Programme général d’information (PGI), les 2

et 3 décembre; le Comité du Programme intergouvernemental d’informatique (PII), les 5 et 6 décembre, qui

sera précédé, le 4 décembre, des groupes régionaux du PII; enfin quelque 70 experts se réuniront les 5 et 6

décembre pour débattre des PERSPECTIVES TECHNOLOGIQUES DE L’INFOR-

MATION à l’aube du XXIe siècle.

Le PROCHAIN DOSSIER sera consacré aux nouvelles approches de l’UNESCO vis-à-vis de la

recherche sur l’EAU DOUCE et de sa gestion rationnelle. Elles ne nécessitent, en effet, plus que des

connaissances scientifiques: la prise en compte de facteurs politiques, sociaux et culturels.