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LA PAGE DES LECTEURS - unesdoc.unesco.orgunesdoc.unesco.org/images/0010/001065/106528f.pdf · 1,3 milliards de pauvres dans le monde dont la très grande majorité dispose d’«un

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L A P A G E D E S L E C T E U R S

S O U R C E S U N E S C O N ° 9 2 / J U I L L E T - A O Û T 1 9 9 7

2. . . . . .

Notre ONG s’attache àpromouvoir les droits des enfants et desfemmes à Mwanza. Outre nos activités deconseil, recherche, formation, sensibilisa-tion et publications, nous gérons le plusgrand centre pour enfants de la rue en Tan-zanie. Pour nous aider dans notre travail,nous sommes toujours à l’affût d’informa-tions sur ce qui se passe dans le reste dumonde. C’est pourquoi nous avons parti-culièrement apprécié votre dossier du n° 88sur les enfants de la rue.

Sources UNESCOest accessible sur

Internet

dans les rubriques:Nouveautés

ou Publicationsà notre adresse:

http://www.unesco. org

contentés d’utiliser la langue de bois? Àmoins que je ne me trompe, leurs proposi-tions me paraissent manquer de réalisme.

Les débats ne semblent avoir fait preuve ni de languede bois: «Nous n’avons cessé d’encourager les languesétrangères aux dépens de nos langues locales»; ni demanque de réalisme: «La mise en application (de cetteproposition) représente une tâche immense» (N.D.L.R.).

✉✉✉ ✉✉✉

✉✉✉

LANGUES AFRICAINESOU LANGUE DE BOIS?Betty WertherJournaliste à la retraiteOuessant (France)

ÉDUCATION SOMALIE:LE FAUX ET LE VRAISusan Van der VyncktDivision de l’éducation de baseUNESCO

Votre article sur le sys-tème éducatif en Somalie (Sources n° 89)présente une conclusion erronée en disantque jusque dans les années 80, il était con-sidéré comme l’un des plus développésd’Afrique sur ce plan. Les statistiques del’UNESCO et du PNUD montrent le con-traire, les taux somaliens d’inscription dansle primaire figurant parmi les plus bas ducontinent.

Vous avez raison en disant que les taux d’inscriptiondans le premier degré sont très bas en Somalie. La con-clusion de l’article à laquelle vous faites référence aen effet repris une erreur de traduction commise dansun autre document. Il aurait fallu écrire que «jusquedans les années 80, le système scolaire somali avaitconnu des développements parmi les plus impression-nants d’Afrique». Une campagne d’alphabétisationmassive avait été lancée en 1974 et le nombre d’en-fants fréquentant l’école primaire était passé de 28.000en 1960 à 271.704 en 1982 (N.D.L.R.).

TRADUIT EN THAÏSiriporn BoonyanantaBureau de la Commission nationale pour l’éducationBangkok (Thaïlande)

À L’AFFÛTAgnes MangwebaCentre pour les droits de l’enfantMwanza (Tanzanie)

Vos articles sur les dif-férents programmes et activités del’UNESCO sont extrêmement intéressants.Nous en sélectionnons quelques-uns pourles traduire en thaï et les diffuser auprèsdes décideurs et praticiens non seulementde l’éducation, mais également des autresdomaines de compétence de l’Organisa-tion.

✉✉✉

À la lecture de votre ar-ticle paru dans le n° 89 sur les langues afri-caines, j’ai la désagréable impression queles délégués à la conférence de l’UNESCOsur les politiques linguistiques en Afriqueont «un métro de retard», comme s’ils dé-couvraient subitement le problème,oubliant totalement les décennies durantlesquelles des spécialistes, souvent avecl’aide de l’UNESCO, ont pris la questionà bras le corps. En fait, «un des plus grandsproblèmes de développement du conti-nent», dont beaucoup semblent prendreconscience, est à l’ordre du jour del’UNESCO depuis plus de 40 ans, y com-pris la controverse à propos de la questiondes langues coloniales en opposition auxlangues locales.

À de rares exceptions près, commel’amharique et, bien évidemment le swa-hili, langue internationale et commerciale,les langues africaines n’étaient pas écrites.L’une des tâches premières de l’UNESCOa été d’aider ses États membres africains àpréserver leur riche tradition orale. Dansle même temps et poursuivant le travailentrepris en grande partie par les mission-naires, les spécialistes s’attelaient au labo-rieux travail de transcription, en se concen-trant toutefois sur les langues «majeures»ou «déterminantes»: yoruba, wolof, shona,haoussa, etc. Une réalisation indispensable,entreprise sous les auspices de l’UNESCO,a consisté à mettre au point un alphabetafricain.

Malgré tant années d’efforts hercu-léens, il est difficile de croire que les«2.000 dialectes» sont désormais transcritsde manière à pouvoir être utilisés dans lesmanuels scolaires ou les textes législatifs.Difficile de croire aussi que la P.A.O. estsuffisamment généralisée en Afrique pourpermettre la publication de matériel sco-laire en petite quantité nécessaire aux éco-les locales. La conférence se serait-elledonc engagée en faveur de quantité devœux pieux? Les délégués se seraient-ils

À L A U N E

Tou s l e s a r t i c l e s s on t l i b r e s d e t ou tdroit de reproduction. L'envoi à la rédactiond'une copie de l'art ic le reproduit seraitappré c i é . Le s pho to s sans l e s i gne ©sont d i spon ib les gra tu i tement pour lesméd i a s s u r s imp l e demande ad re s s éeà l a r éda c t i on .

Pages 6 à 16

PAGE ET IMAGES . . . . . . . . . . . . 4

FAITS ET GESTES . . . . . . . . . . . . . 5

S O M M A I R E

P L E I N C A D R E

S O U R C E S U N E S C O

Rédaction et diffusion: SOURCES UNESCO, 7 placede Fontenoy, 75352 Paris 07 SP. Tél. (33 1) 45 68 1673. Fax: (+33 1) 45 68 56 54 .Ce mensuel, destiné à l'information, n'est pasun document officiel de l'UNESCO.ISSN 1014 5494

Couverture: © TophamPicturepoint/PNUE

À SUIVRE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

S O U R C E S U N E S C O N ° 9 2 / J U I L L E T - A O Û T 1 9 9 7

RIO + 5 =SOMBRE BILAN

PLANÈTE:

Audiovisuel public• ACCROCHEZ VOS CEINTURES . . . . 18

Information électronique• «SAVOIR, C’EST POUVOIR» . . . . . . 20

Énergies renouvelables• LE SOLEIL AU ZÉNITH . . . . . . . . . . . 22

Statut de l’artiste• LES PROS DE L’ART . . . . . . . . . . . . . 23

Il était une fois la forêt...

Là où Internet n’est pasprêt de détrôner la radio...

3. . . . . .

L e P N U D , l a B a n q u e m o n d i a l e e t A m n e s t y I n t e r n a t i o n a l

v i e n n e n t d e p u b l i e r l e u r r a p p o r t a n n u e l . U n t h è m e

c o m m u n , a u m o i n s , l e s t r a v e r s e e t , p a r f o i s , l e s d i s t i n g u e :

l e r ô l e d e l ’ É t a t .

S a n s s u r p r i s e , A m n e s t y I n t e r n a t i o n a l d é n o n c e l e s v i o l a t i o n s

d e s d r o i t s d e l ’ h o m m e , e t r e l è v e a v e c i n q u i é t u d e q u ’ e l l e s

s e m u l t i p l i e n t : 1 4 9 É t a t s s o n t s u r l a s e l l e t t e . P a r m i l e s

a u t r e s , t r è s r a r e s s o n t c e u x q u i é c h a p p e n t a u r e p r o c h e d e

c o n n i v e n c e p a r c e q u ’ i l s f e r m e n t l e s y e u x d a n s l e s

i n s t a n c e s i n t e r n a t i o n a l e s a d h o c .

L e p l a i d o y e r d e l a B a n q u e m o n d i a l e p o u r u n e r é f o r m e

r a d i c a l e d e l ’ É t a t q u i i n c l u t « l a m i s e e n p l a c e d e s b a s e s

d ’ u n r é g i m e d e d r o i t » n ’ e n e s t q u e p l u s c o n v a i n c a n t . C ’ e s t

l a p r e m i è r e d e s m i s s i o n s « c i r c o n s c r i t e s à l ’ e s s e n t i e l »

q u ’ e l l e l u i a t t r i b u e , a v e c l e « m a i n t i e n d e l a s t a b i l i t é

m a c r o é c o n o m i q u e » , l ’ i n f r a s t r u c t u r e é c o n o m i q u e e t s o c i a l e

d e b a s e , l a « p r o t e c t i o n d e s p l u s v u l n é r a b l e s » e t d e

l ’ e n v i r o n n e m e n t . L a B a n q u e v o i t d a n s c e t t e « r é d u c t i o n » ,

s u i v i e d ’ a u t r e s r é f o r m e s v i s a n t u n e e f f i c a c i t é a c c r u e d e

l ’ a p p a r e i l p u b l i c , l a c l é p o u r r é u s s i r s o n e n t r e p r i s e

p r i o r i t a i r e : r é d u i r e l a p a u v r e t é .

C e l l e - c i e s t a u j o u r d ’ h u i u n « s c a n d a l e » , d é n o n c e l e P N U D :

1 , 3 m i l l i a r d s d e p a u v r e s d a n s l e m o n d e d o n t l a t r è s

g r a n d e m a j o r i t é d i s p o s e d ’ « u n r e v e n u i n f é r i e u r à c e l u i

a t t e i n t i l y a 1 0 , 2 0 e t p a r f o i s m ê m e 3 0 a n s » .

Q u e f a i r e ? L a B a n q u e n e s e m b l e p a s d o u t e r q u e l e m a r c h é

e s t l e m o t e u r d u d é v e l o p p e m e n t , y c o m p r i s d e l a

r é s o r p t i o n d e l a p a u v r e t é , e t q u e l e r ô l e d e l ’ É t a t d o i t s e

l i m i t e r à l u i s e r v i r d e « r é g u l a t e u r e t d e c a t a l y s e u r » . C e t t e

f o n c t i o n e s t a c q u i s e p o u r l e P N U D , m a i s e l l e d o i t a l l e r

j u s q u ’ à d e s i n t e r v e n t i o n s d e l ’ É t a t v i s - à - v i s d u m a r c h é e n

f a v e u r d e s p a u v r e s p o u r d y n a m i s e r l a c r o i s s a n c e e t e n

r é p a r t i r é q u i t a b l e m e n t l e s f r u i t s .

O ù c o m m e n c e e t o ù f i n i t c e r ô l e r é g u l a t e u r ? L e d é b a t e s t

s i i n t e n s e q u ’ i l t r a v e r s e t o u t e s l e s s o c i é t é s : l e s y s t è m e d e s

N a t i o n s U n i e s n e p e u t y é c h a p p e r.R e n é L E F O R T

L’ÉTAT ET LA PAUVRETÉ

Condamnés à ne vivre quede «petits boulots»?

P A G E S E T I M A G E S

S O U R C E S U N E S C O N ° 9 2 / J U I L L E T - A O Û T 1 9 9 7

4. . . . . .

Les publications et pério-diques de l’UNESCO sonten vente dans les librairiesdes Éditions UNESCO auSiège, ainsi que par l’inter-médiaire des agents devente dans la plupart despays. Ils peuvent être con-sultés dans chaque Étatmembre dans une biblio-thèque dépositaire del’UNESCO.Informations et commandesdirectes par courrier, fax ouInternet: Éditions UNESCO,7 Place de Fontenoy, 75352Paris 07 SP. Tel: (+33 1) 0145 65 43 00 - Fax (+33 1)01 45 68 57 41. Internet:http://www. unesco.org/publishing. En France surMinitel: 3615 UNESCO.

PÉRIODIQUES

LIVRES HISTOIRE GÉNÉRALEDE L’AFRIQUEDe l’avènement et la propaga-tion de l’islam aux conquêtes enAfrique au sud du Sahara parles berbères Almoravides, enpassant par les migrations sur lacôte orientale qui favorisèrentl’émergence de la langue et dela culture kiswahili: le volume IIIde cette collection, qui vient deparaître en édition abrégée,retrace cinq siècles (VIIe au XIe)«de stabilisation, d’enracine-ment des sociétés, de dévelop-pement, au sens le plus plein dece mot. Cinq siècles marqués àla fois par l’exploitation pluscohérente des environnements etl’apparition de l’islam quimodifie, sur le long terme, leséquilibres anciens. Cinq sièclesde développement inégal, oùcertaines zones du continentsortent pleinement de l’ombredocumentaire et permettent de

L’ÉDUCATION DANS LESPAYS LES MOINS AVANCÉSIls étaient 23 lorsque la premièreliste des pays les moins avancés(PMA) a été établie par lesNations Unies en 1971. Ils sontaujourd’hui près de 50.Comment les «compétencesendogènes» peuvent-elles lesaider à «améliorer dansl’adversité» leurs systèmeséducatifs? Après un rappel descaractéristiques des PMA et uneanalyse des effets des program-mes d’ajustement structurel surl’éducation, cet ouvrage proposedes mesures et options suscepti-bles de contribuer à sonamélioration dans le contextepropre aux PMA.

● L’éducation dans les paysles moins avancés - Améliorerdans l’adversité, par Gwang-Chol Chang. Études et docu-ments d’éducation, 64. ÉditionsUNESCO, 1996. Prix: 60 FF.

LA POLITIQUE NATIONALEDU LIVRE«Inutile de produire des livresen grande quantité s’il n’y a pasde réseau de diffusion, de créerdes bibliothèques s’il n’y a pasde livres, d’écrire des livres s’iln’y a pas d’éditeurs ou s’il n’y apas de lecteurs», constatel’auteur de ce guide en dressantle «portrait-robot» de chacundes acteurs à prendre encompte dans l’établissementd’une politique nationale dulivre. Après avoir défini lesobjectifs de la politique dedéveloppement du livre dans sa«dualité» - un bien à la foisculturel et économique - ilpropose une méthodologiesusceptible d’être adoptée pourla mise en chantier d’une tellepolitique, ainsi qu’une «loitype» qui «constitue la pierreangulaire de toute stratégie dedéveloppement de ce secteur».

REVUE DU PATRIMOINEMONDIAL«Quelle langue pourrait faire ladescription de ces églises? Jesuis incapable de vous expliquerla structure de leurs mursd’enceinte; n’attendez pas de

moi la description de leurintérieur; celui qui les voit nepeut se rassasier de leur vue, etdans son étonnement, le cœurne peut se lasser de les admi-rer», s’émerveillait un chroni-queur du roi éthiopien Lalibelaqui, au XIIIe siècle, «bâtit dixéglises en une seule pierre».Outre cette «nouvelle Jérusa-lem» creusée dans le roc, le n° 4de cette revue présente les sitessacrés ou religieux que sont lesmonuments du brahmanisme, dubouddhisme et du jaïnisme enInde ou la ville monastiquemédiévale fortifiée du MontAthos en Grèce.Les dangers qui planent surl’archipel des îles Galapagosainsi que sur les écosystèmesfragiles que sont les forêtshumides tropicales figurentégalement au sommaire de cenuméro.

LE COURRIER DE L’UNESCO«Pour tout comprendre en vousamusant», le numéro de juillet-août du Courrier propose dedévoiler «le secret del’UNESCO» en bande dessinée.Une seconde partie s’intéresse à«l’image de la femme dans leslivres pour enfants» en Afriquede l’Est, aux États-Unis, auJapon, ainsi que dans les paysd’Europe de l’Est pendant la

période soviétique. Le numéros’achève sur un entretien avec lecélèbre violoncelliste russeMstislav Rostropovitch qui fêtecette année ses 70 ans.

CAMBODGE - MUSIQUEPOPULAIREET CÉRÉMONIELLECertaines formes musicales dela civilisation khmère, quiconnut son apogée aux XIe etXIIe siècles, sont parvenuesjusqu’à nous. Ce CD présentedivers aspects des deuxprincipaux genres de l’époque:ensembles d’instruments àcordes et à vent, et orchestresoù dominent les percussions. Lesinterprètes y célèbrent les rituelsdu mariage, les «cérémonies

DISQUES

magiques» de guérison et deprise de possession des esprits,chantent des légendes, accom-pagnent le théâtre d’ombres oules arts martiaux.

● Cambodge - Musiquepopulaire et cérémonielle.Collection Musiques et musiciensdu monde. UNESCO/AUVIDIS.Prix: 145 FF.

restituer... les transformationstechniques, sociales, culturelleset politiques en cours. Cinqsiècles pendant lesquels, aussi,certaines régions demeurentencore très insuffisammentconnues de nous».

● Histoire générale del’Afrique. III - L’Afrique du VIIeau XIe siècles. Directeur duvolume: M. El Fasi. Éditionabrégée. Éditions UNESCO/Présence africaine/Edicef,1997. Prix: 70 FF.

● La politique nationale dulibre - Un guide pour le travailsur le terrain, par AlvaroGarzón. Éditions UNESCO,1997. Prix: 35 FF.

F A I T S E T G E S T E S

5. . . . . .

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LES NGARINYIN ETLES PEINTURES DE LA LOI

LE PATRIMOINEÀ LA SAUCE ALGROS

Jean-Jacques Algros est un ar-tiste. C’est en tout cas le seul

«passionné de cuisine» à avoirfait un an de stage chez LucasCarton - l’un des plus grands res-taurants parisiens - avant d’inven-ter des recettes de... mortier dechaux. Mais pour ce supermaçon

de 45 ans spécialisé dans les en-duits, qui a un jour caressé l’idéede devenir cuisinier, il n’est rienlà que de très cohérent. «Il y a unfil conducteur: je suis un bon vi-vant qui a toujours été attiré parles métiers manuels et la bonnechair. Je suis physique. Je travailleavec mes tripes, à l’instinct.»

À Luang Prabang, l’anciennecapitale royale du Laos inscritesur la Liste du patrimoine mon-dial en 1995, ce Français a pudonner libre cours à ses pulsionscréatrices. Envoyé en missiondans le cadre de la protection etde la mise en valeur de la villecoordonnées par l’UNESCO, ilétait chargé de retrouver la for-mule des enduits traditionnelscapables de préserver les édificesdu pourissement. «Ce n’était pasdu tout cuit, loin de là.» Une ar-chitecte lao lui avait bien fournides indications, retrouvées dans

un temple, mais elles étaient in-complètes. Une fois appliqué, lemortier ne tenait pas.

«Il contenait du sable, del’eau et de la chaux (la base detout mortier) et trois adjuvants(des produits que l’on ajoute enpetite quantité pour améliorer laqualité du mortier): du jus decanne à sucre, de la bouillie depeau de buffle et du Yang Bong,un arbre de là-bas. Mais ils nesavaient pas faire la bouillie niquelle partie de l’arbre utiliser.En plus les proportions étaientcomplètement fausses.» Et de rap-peler que la mémoire architectu-rale laotienne a été doublementamputée «du fait de l’utilisation,depuis le début du siècle, de ma-tériaux modernes comme le ci-ment ou la chaux artificielle, et àcause de la révolution, avec la dé-portation et le massacre de tantde gens de savoir».

Mais les commissaires poli-tiques n’avaient heureusementpas fini leur travail. «J’ai retrouvédes vieux: un maçon de 76 ans etun vénérable de 84 ans. Vous vousrendez compte comme c’était fra-gile...». Fort de leurs conseils,Algros a pu reconstituer la bonnerecette. Il devrait retourner àLuang Prabang dans quelquesmois pour la transmettre aux en-treprises locales. Mais il craintqu’après tant d’efforts, le goût del’argent ne finisse par l’emportersur la subtile saveur de l’authen-ticité retrouvée. «C’est vraimentformidable ce que l’UNESCO faità Luang Prabang. Mais réhabili-ter le patrimoine, c’est aussi créerdu tourisme, donc de la pressionfoncière.» Les appétits des inves-tisseurs qu’il sent déjà s’aiguiserlui en couperaient presque le sien.

Sophie BOUKHARI

Nos peintures, c’est notre vie(...), notre titre de propriété.

Mais nous sommes en train de leperdre. Voilà pourquoi nous som-mes venus en ce lieu internatio-nal.» David Mowaljarlai, PaddyWamma, Laurie Gawanali etPaddy Neowarra, les anciens dupeuple aborigène Ngarinyin de larégion du Kimberley, au Nord-Ouest de l’Australie, sont venusde l’autre bout du monde afin demobiliser des alliés pour la pro-tection de peintures rupestres pré-historiques et de rites attachés àleurs sites sacrés.

Lors d’un forum à l’UNESCOle 16 juin, ils ont expliqué le lienentre les images laissées par leursancêtres et les croyances et ritesqui régissent encore leur vie: lewunan, la loi universelle du

partage, fondement de toute leurculture. «Nous ne savons pasexactement quand il a été insti-tué, il y a 40, 50 ou 60.000 ans,peut-être», explique Neowarra,qui préside le «Kamali LandCouncil», créé par les Ngarinyinvoici 10 ans pour défendre leurpatrimoine culturel. Ce savoirest généralement gardé secret etne se transmet qu’à quelques ini-tiés, mais les menaces qui pèsent

sur leur culture ont décidé lesNgarinyin à le révéler.

«On nous a pris nos terres ily a 40 ans et placés dans descamps, explique Mowaljarlai. Leséleveurs et les sociétés minièresnous ont condamnés à fuir notrepropre territoire. Et le gouverne-ment tente d’annuler une décisionde la Cour suprême qui appuienotre requête concernant notredroit au ‘titre autochtone’. Pourfaire de nous des orphelins et desréfugiés dans notre propre pays.Nous éliminer à jamais.»

Ces dernières années, les an-ciens Ngarinyin ont travaillé avecdes anthropologues et ethnolo-gues pour consigner leur culture.Ils ont emmené des jeunes visiterleurs sites sacrés et en ont expli-qué la signification. «Si seulementnous disposions d’une culture vi-vante pour expliquer l’art rupes-tre de Lascaux en France ou FozCoa au Portugal!», ont souhaitéles participants au forum. Mais lesanciens avancent en âge et letemps presse.

Les Ngarinyin cherchent àfaire appuyer un projet à longterme pour sauvegarder les pein-tures rupestres de la «Grandematriarche Jillinya», l’émeu(oiseau coureur) Jebara qui violala Loi et créa la confusion et ladiscorde, ou la table de pierre quiaccueillait les clans pour déciderdu wunan et répartir les terres.«Que veulent dire les Australienseuropéens lorsqu’ils nous par-lent du titre autochtone?, s’inter-roge Neowarra. Nous avons tou-jours vécu ici. Nous sommes is-sus de cette terre. Notre Loi nousa été donnée, elle n’a pas changé(...) Tout est gravé dans ces pein-tures...»

Sue WILLIAMS

● «La paix, bien commun desêtres humains, est une valeuruniverselle et fondamentale àlaquelle tous les individus et tousles peuples, en particulier lajeunesse du monde, aspirent»,souligne dans son préambule le

projet de Déclaration sur leDROIT DE L’ÊTRE HUMAIN À LAPAIX. Ce texte a été élaboré lorsd’une réunion d’experts de hautniveau organisée à Oslo, du 6au 8 juin, par l’UNESCO etl’Institut norvégien des droits de

l’homme. Le texte en appelle àtous, instances de la viepolitique ou acteurs de la viesociale, pour appliquer et faireappliquer ce droit.À l’origine de cette initiative, leDirecteur général, Federico

Mayor, avait dès janvier dernierproclamé que la reconnaissanced’un tel droit serait «la meilleurefaçon de célébrer en 1998 le50e anniversaire de la Déclara-tion universelle des droits del’homme».

PADDY NEOWARRA(Pho t o © D r o i t s r é s e r v é s ) .

J EAN- JACQUES A LGROS( Pho t o © D ro i t s r é s e r v é s ) .

DANS LE TIERS MONDE, C’ESTSURTOUT LA PAUVRETÉ QUI MINEL’ENVIRONNEMENT EN POUSSANTÀ UNE SUREXPLOITATION DESRESSOURCES NATURELLES (Photo©Topham Picturepoint/PNUE).

P L E I N C A D R E

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Le doss ie r du mo is

7. . . . . .

RIO + 5 = SOMBRE BILAN

Quel bilan tirer des cinq ans écoulés de-puis le Sommet de la Terre?

M. T.: Je crois que personne ne peut voirce bilan en rose: les évolutions négativesl’emportent largement sur les positives.

Dans ces dernières, il faut ranger, surle plan institutionnel, la création d’une cen-taine de comités nationaux et d’organes decoordination des actions dans le domainedu développement durable, ainsi que laréaction très rapide d’ONG. Il faut aussinoter, mais uniquement dans les pays in-dustrialisés, une utilisation beaucoup plusefficace des ressources naturelles et del’énergie pour certaines entreprises, àl’exemple concret du Japon et de l’Alle-magne qui sont passés en cinq ans de une à0,8 unité énergétique pour produire unmême bien. De même, la pollution de l’air,de l’eau et du sol régresse.

Mais dans les pays en développement,on assiste au phénomène inverse: de plusen plus de pollution. Le seul point positifest qu’ils ont vraiment compris que le dé-veloppement économique et social et laprotection de l’environnement sont indis-sociables.

Les accords conclus à Rio reposaient surle principe que le Nord aiderait le Sud à sedévelopper selon un schéma différent decelui qui a conduit à la dégradation de l’en-vironnement. A-t-il été respecté?

M. T.: Non. Si l’on excepte les tigres d’Asiedu Sud-Est, le gouffre entre pays industria-lisés et en développement est de plus en pluslarge. Selon le dernier Rapport sur le déve-loppement humain du PNUD 1,3 milliardde personnes vivent dans la pauvreté abso-lue. Contrairement à l’engagement pris àRio d’accroître le soutien financier et letransfert de technologie du Nord vers leSud, l’aide publique au développement(APD) est passée de 0,34% du PNB despays industrialisés en 1992 à 0,27% en1996, et ce malgré l’objectif fixé par lesNations Unies d’atteindre 0,7%. Certes, lesinvestissements étrangers directs augmen-taient très vite pendant que l’APD baissait,et c’est dans ce cadre que des entreprisesconjointes ont vu le jour et que des trans-ferts de technologie ont pu se faire. Maisprobablement 80% de ces investissementsprivés sont allés uniquement à une dizainede pays, en Asie du Sud-Est en général,

tandis que le reste de ce continent ainsi quel’Afrique étaient totalement marginalisés.

Comment expliquez-vous que les engage-ments financiers pris à Rio n’aient pas ététenus?

M. T. : Il y a, un, la récession économique,deux, la montée du chômage et, trois, le sen-timent que l’aide n’est pas utilisée correc-tement. Mais on oublie que l’argent qui ar-rive sous forme d’aide dans les pays en dé-veloppement repart à 80% ou 90% vers lespays donateurs. On ferait mieux de s’asseoirà une table pour essayer de déterminer com-ment mieux utiliser cet argent, mais per-sonne ne veut de cette démarche.

Et qu’en est-il de la mise en œuvre des con-ventions sur les changements climatiqueset sur la biodiversité?

M. T. : Au point mort. Bien sûr, on en saitaujourd’hui beaucoup plus sur les ressour-ces biologiques de la planète et on a ten-dance à préserver certaines zones. Maisnous perdons toujours plus de 100 espècespar jour. D’autre part, dans le domaine du

Mostapha Tolba, président de la Commission du développement durable

Rio + 5 ou Rio - 5? Autrement dit, aurait-on regressé plutôt que progressé depuis la Conférence desNations Unies sur l’environnement et le développement (CNUED)? Ce jugement est excessif, cardes avancées ont été réalisées ici ou là. Mais même l’Assemblée générale extraordinaire de l’ONU,réunie fin juin, souligne que «les perspectives d’ensemble sont plus sombres aujourd’hui qu’en 1992»...C’est donc un bilan très critique que dressent le président de la Commission du développement durable,Mostapha Tolba, et le vice-président du Worldwatch Institute, Christopher Flavin (ci-dessous). Tandisque la mise en œuvre des conventions piétine (p. 10), que les indicateurs environnementaux restent aurouge (p. 12-13), que les industriels freinent le passage à des modes de production plus propres (p.15),la mobilisation croissante des opinions publiques (p. 11) et d’acteurs locaux (p. 14) n’a pas suffi pourréconcilier l’homme avec son environnement. Les grands programmes scientifiques de l’UNESCO devrontainsi démontrer que, plus que jamais, cet objectif doit et surtout peut être atteint (p. 16).

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Christopher Flavin, premier vice-président du Worldwatch Institute

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changement climatique, de grosses bagar-res opposent l’Europe, les États-Unis et leJapon sur les mesures concrètes à consignerdans le protocole additionnel qui sera fina-lisé à Kyoto à la fin de cette année.

Le projet de texte présente cinq options,allant de déclarations d’intention à des pro-positions fixant des échéances et des ob-jectifs précis. Celle qui va le plus loin pro-pose de réduire de 20% d’ici 2010 les émis-sions de gaz à effet de serre. Elle émane

bien sûr des petits États insulaires et despays les plus menacés par la montée duniveau des océans, comme l’Égypte et leBangladesh. L’Union européenne, elle,défend l’option 4 qui propose une réductionde 15% d’ici 2010. Les propositions améri-caines et canadiennes sont bien en-deçà.

En revanche, plusieurs États sont trèsclairs sur un point: ils veulent une conven-tion sur les forêts. Mais d’autres s’y oppo-sent formellement. Pour résumer, la com-munauté internationale, y compris les paysen développement, n’est pas prête à se lierles mains en s’entendant sur des objectifs

précis: les États considèrent qu’ils atten-tent à leur souveraineté. Or ils y ont sous-crit quand ils se sont engagés, y comprisau niveau national, à limiter les émissionsde CFC pour réduire le trou d’ozone. Pour-quoi? Parce que les implications économi-ques étaient très faibles. Voilà la pierred’achoppement: les implications économi-ques des changements climatiques, desbiotechnologies, etc. sont énormes. Lecœur du problème est là: quel est l’impact

de ces questions environnementales sur lemonde des grandes affaires et jusqu’à quelpoint celui-ci influe-t-il sur les gouverne-ments?

Les résistances viendraient donc essentiel-lement des forces économiques?

M. T. : Oui. Il n’existe pas de lobby desénergies renouvelables mais les lobbies dunucléaire et des énergies fossiles sont trèspuissants. Ils empêchent toute avancée dansles secteurs qui pourraient leur faire con-currence. Et si quelques entreprises virent

au «vert», c’est beaucoup plus lentementque nécessaire et moins sous la pression dela loi ou de l’opinion qu’au seul vu de leurspropres intérêts économiques: leurs profitsaugmentent quand diminue leur consomma-tion de matières premières ou d’énergie.

Alors quel changement espérer?

M. T. : Les populations, surtout au Nord,prennent ces questions au sérieux.N’oublions pas que les mesures en faveurde la réduction du trou d’ozone sont aussila victoire des opinions publiques. C’estseulement à partir du moment où le corpsmédical a expliqué qu’il entraînait plus decataractes, de cas de cécité, de cancers dela peau et moins de défenses immunitairesque les gens se sont inquiétés, que les ONGet les médias ont organisé d’énormes cam-pagnes: les gouvernements ont été forcésd’agir. Mais personne n’a encore réussi àlier avec assez de force le changement cli-matique et la biodiversité avec leurs consé-quences sur la santé et le bien-être de l’hu-manité.

Nous avons donc une double priorité.D’abord démontrer que la protection del’environnement paie ou, à l’inverse, quene rien faire pour l’environnement coûteles yeux de la tête. Et cette tâche revientd’abord aux économistes. Ensuite, il fauttraduire cette démonstration en un langagesuffisamment simple pour qu’il soit acces-sible au grand public afin qu’il se mobi-lise. Personne n’est mieux à même de lefaire que les ONG et, surtout, les médias.

Recueilli par R. L. et S. B.

Nous n’avons guère progressé sur la voied’une économie mondialement dura-

ble depuis 1992...

Dans l’ensemble, les résultats sont déce-vants. En cinq ans, nous avons réalisé cequi aurait dû se faire en deux. Mais il nefaut pas oublier qu’en voulant inverser destendances à l’œuvre depuis des décennies,le Sommet de Rio s’était fixé des objectifsambitieux. Peu de gouvernements ont ne se-rait-ce qu’ébauché les changements de po-litique nécessaires. Une demi douzaine seu-lement ont institué des écotaxes pourdécourager l’utilisation non durable de

matières premières et d’énergie, et nom-breux sont les États qui continuent à sub-ventionner la déforestation, l’utilisationinefficace de l’énergie ou de l’eau et l’ex-ploitation minière.

La réponse ne se trouve pas dans unplan centralisé imposé d’en haut, mais dansun mélange éclectique d’accords interna-tionaux, de politiques gouvernementalesjudicieuses, l’emploi à bon escient defonds privés et d’initiatives hardies d’or-ganisations et gouvernements locaux. Rio,c’était peut-être le baroud d’honneur deceux qui comptaient sur de vastes «plansMarshall» pour résoudre les problèmes de

la planète. Pourtant, Rio a eu le mérited’établir un lien officiel entre environne-ment et développement, reconnaissant ex-plicitement, entre autres, que la pauvretéest un moteur de la dégradation de l’envi-ronnement. Mais tant que les ministres desfinances, voire les Premiers ministres, neprendront pas ces questions aussi à cœurque les spécialistes, nous continuerons àsaper les fondements écologiques dont dé-pend l’économie.

Les pays industrialisés n’ont pas respectéleurs engagements de Rio pour aider le Sudà parvenir à un développement durable.

M A L É , C A P I -T A L E D E S

M A L D I V E S , E NP R E M I È R E

L I G N E E N C A SD E M O N T É E D U

N I V E A U D E SO C É A N S ( P h o t o© Ya n n - A r t h u s

B e r t r a n d / « L aTe r r e v u e d u

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Du fait des pressions socio-économiques,les pays «riches» se sentent pauvres, rédui-sent donc leurs propres programmes so-ciaux et, dans certains cas, effectuent descoupes sombres dans leur aide extérieure.La plus drastique s’est produite aux États-Unis, où l’aide publique au développementa chuté de 11,7 milliards de dollars en 1992à 7,3 en 1995. À cette date, le Japon y con-sacrait le double. Des coupes semblablesont été effectuées dans les budgets des agen-ces, notamment des Nations Unies, sur les-quelles beaucoup de pays comptaient pourpromouvoir un développement durable.

La seule grande initiative financière enrapport avec l’agenda de Rio est le Fondspour l’environnement mondial (FEM), gérépar la Banque mondiale, le PNUE et lePNUD. Lancé à titre expérimental en 1991,il devait, selon l’Agenda 21, soutenir desprojets dans les pays en développement; ilest devenu l’instrument de financement desconventions sur le climat et la biodiversité.Le FEM soutient des dizaines de projetsdignes d’intérêt, comme la création deparcs nationaux, la protection des espècesmenacées et la promotion des énergiesrenouvelables. Mais les dissensions entregouvernements et sa structure de gestionjugée compliquée - même au vu des critè-res byzantins des Nations Unies - gêne sonaction. De plus, les 322 millions de dol-lars approuvés pour le FEM en 1992 sonttombés à 315 en 1996.

La mise en œuvre des conventions n’a pasnon plus été à la hauteur des espérances...

Aux termes de la convention sur le climat,tous les pays doivent établir un inventairede leurs émissions de gaz à effet de serre,ainsi qu’un plan national sur le climat. Lespays industrialisés se sont engagés à main-tenir ces émissions à un niveau égal ou in-férieur à celui de 1990 en l’an 2000, unobjectif que la moitié d’entre eux ne res-pecteront vraisemblablement pas, les États-Unis et le Japon étant très loin du compte.Les émissions de gaz carbonique dans lespays en développement ont monté en flè-che entre 1990 et 1995: 28% en Chine et enInde, 39% en Indonésie. La demanded’énergie, freinée dans les années 80 par lecoût du pétrole et la crise, explose. Mais, làencore, les taux d’émission per capita enIndonésie ne représentent que le dixièmede ce qu’ils sont en Europe.

Si l’on ne met pas en œuvre de nouvellespolitiques, les émissions de gaz carbonique

provenant des combustibles fossiles dépas-seront les niveaux de 1990 de 17% en l’an2000 et de 49% en 2010. La conventionsur les changements climatiques risque dedevenir une coquille vide: forte dans sesprincipes, mais désespérément faible dansson application. Tout dépend du protocolejuridiquement contraignant qui doit être né-gocié à Kyoto. Qu’il ait fallu cinq ans poursimplement entamer les discussions prouvel’habileté des groupes de pression des in-dustries de combustibles fossiles.

La convention sur la biodiversité dé-marre, elle aussi, au ralenti. En novembre1996, 162 pays l’avaient ratifiée, mais pasles États-Unis. Il lui manque aussi des ob-jectifs, un calendrier et des mécanismesd’application.

Malgré les belles paroles, l’engagement po-litique en faveur du développement dura-ble reste une denrée rare.

La géopolitique environnementale actuellese caractérise par un «nouveau désordre

mondial» en mal de leadership et où la plu-part des pays présentent des résultats miti-gés. On ne peut pas aborder efficacementles questions économiques ou environ-nementales sans le monde en développe-ment. Il nous faut dépasser les différendsNord-Sud qui font souvent obstacle à lanégociation. Une solution viable consiste àremplacer le G-7 des pays industrialisés parle E-9, soit neuf pays écologiquement puis-sants, répartis à égalité entre pays indus-trialisés et en développement, et représen-tant 56% de la population mondiale, 59%de la production économique, 59% desémissions de gaz carbonique et 55% desforêts: Chine, Afrique du Sud, États-Unis,Brésil, Allemagne, Japon, Inde, Indonésie

et Russie. Il s’agit de créer une sorte de clubinformel pour attirer l’attention des chefsd’État sur ces questions et faire des sug-gestions aux Nations Unies.

La sensibilisation des responsables politi-ques et du public aura un rôle-clé à jouer...

Rio a eu un retentissement indiscutableauprès de l’opinion publique, surtout dansles pays en développement. Depuis 1992,environ 1.500 villes de 51 pays ont arrêtédes Agenda 21 locaux tandis que se créaientdes milliers d’ONG. Les sociétés privéeset institutions financières doivent être mo-bilisées. Une des priorités absolues estde réorienter les investissements privés, enréduisant les subventions aux industries mi-nières, créant des taxes sur la pollution etdéfinissant des critères d’investissementécologique au niveau international, notam-ment pour les projets soutenus par des agen-ces comme la Banque mondiale. Il existeune foule de possibilités d’investir avecprofit dans des produits et processus

écologiquement propres, de l’énergie so-laire aux usines à papier sans chlore. L’ac-célération de la croissance dans une grandepartie du monde en développement pendantles années 90 - avec le boom sur les ventesd’automobiles, la construction de logementset l’utilisation d’électricité - rend d’autantplus urgent d’engager l’économie mondialesur une voie plus durable. Ironie de l’his-toire: il se pourrait que la situation écologi-que en Chine, en Inde et dans d’autres paysen développement oblige un jour les États-Unis et d’autres pays industrialisés à me-surer la non-durabilité environnementale deleurs propres systèmes économiques.

C. F.

« R I O A E U L EM É R I T ED ’ É TA B L I R U NL I E N O F F I C I E LE N T R E E N V I -R O N N E M E N T E TD É V E L O P P E -M E N T »( P h o t o ©K h a l e d E l f e k y /P N U E - S e l e c t ) .

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C o n v e n t i o n s

LES DIVERGENCES PERSISTENTDeux conventions ont été ouvertes à la signature pendant la CNUED, qui a aussi approuvé un textesur les forêts et le principe d’une convention sur la désertification. Le point sur ces quatre dossiers.

10 . . . . . .

Convention sur les changementsclimatiques

• Entrée en vigueur le 21 mars 1994,ratifiée par 165 États.

• Objectifs: stabiliser la concentrationde gaz à effet de serre dans l’atmosphèrepour lutter contre le réchauffement de laplanète. Une liste de pays développés a étéadoptée en décembre 1995 (l’annexe 1). Res-ponsables de 75% des émissions totales, ilsdoivent prendre les premières mesures.

• Mise en œuvre: leur premier engage-ment était qu’ils ramènent leurs émissionsà leur niveau de 1990 dès que possible.Jusqu’en 1996, les États-Unis refusaienttout objectif quantitatif assorti d’échéan-ces précises. S’ils acceptent désormais ceprincipe, ils exigent la «flexibilité»: ils vou-draient notamment pouvoir honorer leursobligations non seulement sur leur territoiremais ailleurs dans le monde. Ils plaidentainsi pour un système de «droits à polluer»négociables, dans un premier temps, entrepays de l’annexe 1: il permettrait à uneentreprise d’un pays X d’acheter des «per-mis d’émission» à une entreprise d’un paysY, la première pouvant continuer à rejeterdes gaz à effet de serre à hauteur des droitsacquis, correspondant aux réductions opé-rées par la seconde. En face, l’Union euro-péenne se prononce pour une réduction de15% des émissions d’ici 2010, avec des ob-jectifs différenciés et non échangeablespour chaque État.

• Calendrier: des négociations se pour-suivent pour fixer des objectifs pourl’après-2000. Elles devraient aboutir àl’adoption d’un protocole, à la troisièmesession de la «conférence des parties», àKyoto (Japon) en décembre 1997.

Convention sur la diversitébiologique

• Entrée en vigueur le 29 décembre1993 et ratifiée par plus de 165 pays (lesÉtats-Unis l’ont signée mais pas ratifiée).

• Objectifs: conserver et utiliser de ma-nière durable les richesses biologiques dela planète et partager les bénéfices de cetteutilisation. Les pays en développement - quiabritent, entre autres, 90% des espèces deplantes - sont censés être financièrementaidés. La convention laisse aux pays lapossibilité de se voir dédommagés des

prélèvements de matériel génétique effec-tués chez eux - notamment en récupérantune part équitable des fruits de la recher-che, en étant associés à la recherchebiotechnologique ou en obtenant les tech-nologies à des conditions préférentielles.

• Mise en œuvre: les parties ont établiun organe subsidiaire chargé de donner desavis scientifiques et techniques et provisoi-rement confié au Fonds pour l’environne-ment mondial (FEM) le volet financier.

Mais tout reste à faire sur bien des points:prendre des mesures effectives pour con-server les habitats naturels et le patrimoinebiologique dans les pays en développe-ment, prévenir les risques liés à l’introduc-tion dans la nature d’organismes géné-tiquement modifiés et protéger les organis-mes vivants par des brevets.

• Calendrier: trois conférences des par-ties se sont réunies depuis 1994. La prochainese tiendra en mai 1998 à Bratislava (Slova-quie). Un protocole sur les mesures de sécu-rité pour limiter les risques biotechnologiquesdevrait être mis au point en 1998.

Convention sur la lutte contre ladésertification

• Entrée en vigueur le 26 décembre1996. Signée par 115 États, ratifiée par unesoixantaine.

• Objectifs: écarter les menaces desouffrances humaines et de catastrophesécologiques liées à la sécheresse et à la

désertification. Des mesures spéciales en fa-veur de l’Afrique, continent le plus touché(66% des terres y sont arides ou semi-ari-des) et le plus démuni, font l’objet d’uneannexe à la convention. Elle repose sur lacoopération internationale pour améliorer laproductivité des cultures, régénérer les sols,mieux gérer les ressources hydriques, etc.

• Mise en œuvre: il est encore tôt pouren juger, mais le financement demeure unproblème entier.

• Calendrier: La première conférencedes parties aura lieu à Rome du 29 sep-tembre au 10 octobre 1997 pour fixer lastratégie et les moyens de l’appliquer.

Déclaration de principe sur les forêtsLa «Déclaration non juridiquement

contraignante mais faisant autorité pour unconsensus mondial sur la gestion, la con-servation et l’exploitation écologiquementviable de tous les types de forêts» a étéadoptée à Rio.

• Objectifs: Tous les pays, et en parti-culier les pays développés, devraient s’ef-forcer de faire reverdir le monde en con-servant leurs forêts et en reboisant; les Étatsont le droit d’exploiter les forêts en fonc-tion de leurs besoins socio-économiques:le texte est faible du fait du blocage de paystropicaux. Mais il fait référence depuis Rio.

• Suivi: le Groupe intergouvernemen-tal sur les forêts, un sous-groupe de la Com-mission du développement durable (CDD),a été créé en février 1995 avec un mandatde deux ans pour dégager un programmed’actions prioritaires. Il a élaboré une cen-taine de propositions, approuvées par laCDD en avril puis fin juin à New York.Mais trois points - commerce, financementet transferts de technologies - restent ensuspens. Le groupe a aussi servi d’enceinteau débat sur la nécessité d’une convention:l’Union européenne, le Canada, la Malai-sie et l’Indonésie (ces derniers ayant opéréun revirement depuis Rio) y sont favorables;les États-Unis, l’Australie, la Nouvelle-Zélande, l’Inde et le Brésil s’y opposent.

• Calendrier: Le Forum intergouver-nemental sur les forêts a été créé à NewYork, avec un mandat de deux ans, pourveiller à la mise en œuvre du programmed’action et poursuivre les négociations.

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EN VERT ET POUR TOUS

Op in i ons pub l i ques

Si l’on en croit un récent sondage, tous les peuples du monde sont très préoccupés par la dégradationde leur environnement. Mais ils ne sont pas tous prêts aux mêmes sacrifices.

R io+5, ça déménage!». La sociologuefrançaise Michelle Dobré se délecte de

constater la sensibilité croissante des peu-ples du monde à la santé de la planète. Lesouffle de Rio, retombé sur bien des plans,est en effet plus vivant que jamais dans lesconsciences, selon une récente étude inti-tulée Moniteur mondial de l’environnement.Commandée par l’institut canadien «Inter-national Environmental Monitor Limited»(IEML), elle a été réalisée auprès de 27.000personnes dans 24 pays des cinq continents,début 1997. Autour de sept thèmes: la per-ception des questions d’environnement, lesrépercussions sur la santé, l’arbitrage entreenvironnement et économie, environne-ment et pouvoir politique, les changementsclimatiques, les entreprises et les attitudesde consommation.

C O N S O L I D É ELes chiffres sont éloquents. «Partout, le ni-veau de sensibilisation aux problèmesd’environnement est très élevé: 70% à 90%des populations se disent très ou assez con-cernés», constate Yves Rickebusch, direc-teur général de l’Institut français deDémoscopie, qui a conduit l’étude. Ce ni-veau n’a fait que monter depuis 1992, nousapprend la comparaison avec les résultatsde l’enquête Health of the Planet alors me-née par le Gallup Institute (États-Unis)dans une vingtaine d’États. Dans tous lespays sondés, à l’exception de la Russie etdes Pays-Bas, en léger recul, la conscienceenvironnementale s’est consolidée depuisRio. Le cas le plus extrême est la Pologne,où seul un quart de la population se disaitconcerné en 1992, contre 89% en 1997.

Les plus inquiets vivent en Inde, Aus-tralie, Nouvelle-Zélande, Chili, Chine etAmérique du Nord. Des résultats qui con-firment la forte préoccupation déjà cons-tatée, dans les pays en développementavant le Sommet de la Terre: alors que l’onsupposait que la protection de l’environ-nement était un luxe que ne pouvaient s’of-frir les damnés de la Terre, Health of thePlanet avait prouvé le contraire. Au Nigériapar exemple, 87% des sondés se disaientdéjà très ou assez concernés. Ils sontaujourd’hui 92%. Autres exemples, l’Inde:77% (92) et 94% (97), ou le Chili: 70%(92) et 91% (97). Comme dans les États

ex-communistes, les soucis pour l’environ-nement dans le Sud sont très liés à la santé.Il est vrai que la majorité des 1,3 milliardd’individus qui risquent des troubles res-piratoires graves vivent dans des méga-poles du tiers monde au bord de l’asphyxie;50% des Africains n’ont pas accès à l’eaupotable, ce qui en tue 2,5 millions par an.

À l’inverse, c’est «dans les pays où lesproblèmes d’environnement sont moindreset déjà intégrés dans les politiques publi-ques et industrielles», remarque Dobré, queles citoyens se déclarent les moins préoc-cupés: Suisse, Pays-Bas, Finlande. LesFrançais, avec 75%, représentent un cas unpeu à part: leur plus faible mobilisations’expliquerait par la priorité accordée auproblème du chômage. Pour le présidentde l’ONG France Nature Environnement,

Lionel Brard, c’est par l’argument santéqu’ils seront remobilisés. «La présence denitrates dans l’eau du robinet amène à s’in-terroger sur l’usage intensif de pesticides.On part de son verre pour déboucher surun questionnement plus général.»

Aussi concernées soient-elles, les po-pulations sont-elles prêtes à consentir dessacrifices? Là encore, les réponses fontapparaître deux groupes. Dans les pays endéveloppement et en transition, «il existeune très forte conscience des problèmes etde leurs conséquences sur la santé maison privilégie, in fine, le développementéconomique», note Rickebusch. C’est deplus en plus vrai au fur et à mesure qu’ilssubissent la crise. Au Mexique, où 71% despersonnes interrogées en 1992 répondaient

que l’environnement était plus importantque la croissance, elles ne sont plus que44% en 1997. En Pologne, on est passé de58% à 32% et en Russie de 56% à 47%.

En face, les pays industrialisés, bienque moins inquiets pour leur santé, arbi-trent au contraire en faveur de l’environ-nement. Mais si la plupart des Européenssont favorables à la mise en œuvre de me-sures dans le cadre multilatéral, en approu-vant la création d’une instance internatio-nale ad hoc, les Anglo-Saxons s’y opposent.

Là où les arbitrages se font en faveurde la protection de l’environnement, dèslors perçue comme un élément de consoli-dation du développement et non pluscomme une entrave, les populations chan-gent leurs attitudes de consommation. Enmoyenne, 60% des sondés préfèrent les

produits verts quand ils ont le choix. Lesplus actifs sont les Australiens (80%), sui-vis des Canadiens, Suisses et Allemands.«On trouve ensuite l’Italie et deux paysintermédiaires, la France et le Chili, puisles pays en transition et en développement.Mais ne négligeons pas que l’offre de pro-duits verts y est faible, donc la capacité dechoix restreinte», rappelle Rickebusch.

«Les opinions sont en période d’incu-bation, résume le président du Comité 21français, Serge Antoine. Mais les compor-tements changent lentement. Pour accélé-rer le mouvement, il faudrait que les ac-teurs intermédiaires, essentiellement lesindustriels et les collectivités locales, évo-luent à leur tour.»

S.B.

I L S S O N T D EP L U S E N P L U SN O M B R E U X ÀD É F E N D R E L E U RE N V I R O N N E M E N TM E N A C É ; I C I ,E N M A L A I S I E( P h o t o ©L i b m a n /G r e e n p e a c e ) .

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LE COMPTE N'Y EST PASQu'il s'agisse de la qualité de l'environnement - mesurée ici par le volume des émissionsde dioxyde de carbone et la superficie des forêts - ou de l'intensité du développement - dont l'évolution

ONZE MILLIONS D'HECTARES DE FORÊTS EN MOINS PAR AN

ÉVOLUTION ENTRE 1987 ET 1993 DU POURCENTAGE DE LA POPULATION VIVANT EN DESSOUS DU SEUIL DE PAUVRETÉMONÉTAIRE ET RÉPARTITION GÉOGRAPHIQUE DE CELLE-CI. Source: Rapport sur le développement humain, PNUD, 1997.

UNE PAUVRETÉ PERSISTANTE, VOIRE AGGRAVÉE

SUPERFICIE EN 1995 ET ÉVOLUTION (1990-95) DU COUVERT FORESTIER DANS LES RÉGIONS DU MONDE LES PLUS BOISÉES.Source: Rapport sur l’état de la forêt dans le monde, FAO, 1997.

Le lien entre pauvreté et atteintes à l’envi-ronnement est désormais patent: elle obligeà une exploitation immédiate des ressour-ces naturelles qui fait fi - et pour cause - detoute préservation à long terme.

Le graphique ci-contre donne le pour-centage de la population dans différentesrégions du monde vivant en dessous duseuil de pauvreté monétaire, fixé partout àun dollar par jour (en parité de pouvoird’achat) sauf pour l’Amérique latine et lesCaraïbes, où il est fixé à deux dollars. Ildonne aussi la répartition géographique deces 1,3 milliard de pauvres (près d’unquart des habitants de la planète).

Le rapport du PNUD souligne que lapersistance de la pauvreté malgré la crois-sance économique générale, voire son ag-gravation («plus d’un milliard d’individusont aujourd’hui un revenu inférieur à ce-lui qu’ils avaient voilà 10, 20 et parfoismême 30 ans») est un «scandale» en mêmetemps que le «reflet des échecs inexcusa-bles des politiques entreprises à l'échellenationale et internationale» .

Les forêts, en particulier tropicales (48%du couvert forestier mondial), jouent unrôle décisif dans la résorption du carboneémis ainsi que dans le maintien de labiodiversité. Le graphique ci-contre donnela surface des principaux couverts fores-tiers en 1995 ainsi que leur évolution pen-dant les cinq dernières années.

Leur superficie est partout stable ou enlégère augmentation dans les zones déve-loppées, en diminution dans les zones endéveloppement, que la forêt y soit tropi-cale ou non.

Aux rythmes actuels, il ne faudraitguère plus d’un demi-siècle pour que laforêt ait complètement disparu dans lesCaraïbes, moins d’un siècle pour la forêttropicale d’Amérique du Nord et centrale.Aux niveaux nationaux, ce peut être pireencore: 30 ans pour les Philippines, 16 anspour l’Afghanistan, 15 ans pour le Liban.

504.901453.270

79.443

827.946

279.766

816.167

-3,5%

+0,8%

-6,1%

-2,7%

-5,2%

+0,3%

% d'évolution (1990-95)

Milliers d'hectares

Afriquetropicale

Asietropicale

Amériquedu Sud

tropicale

Ex-URSS

Amérique du Nordet centrale tropicale

Amérique duNord

et centraletempérée

Répartition géographique des1,3 milliard d'individus vivantsous le seuil de pauvreté

39 34

1791

1987 1993

5 4

2224

30

26

38 39

4543

3432

%

Afriquesubsaharienne

Amérique latineet Caraïbes

Pays endéveloppement

Asie de l'Est,du Sud-Estet Pacifique

États arabesAsie du Sud

Asie du Sud

Afriquesubsaharienne

Asie de l'Est,du Sud-Est et

Pacifique

Amérique latineet Caraïbes

États arabes

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ÉMISSIONS DE CO2 : TOUJOURS PLUS

In fograph ie : A lexandre Darmon

Les émissions de CO2

provenant de lacombustion des énergies fossiles (char-bon, pétrole, gaz) jouent un rôle crucialdans l’accentuation de l’effet de serre etdonc le réchauffement climatique. Or,comme le démontrent les graphiques ci-contre, ces émissions ne cessent de croître:elles ont été multipliées par quatre depuis1950; elles ont augmenté de 5,5% pendantles cinq dernières années, contre 7,4%pendant les cinq années précédentes, maisce relatif recul est essentiellement dû àl’effondrement économique dans les paysde l’ancien bloc de l’Est.

Le graphique présente aussi cette évo-lution pendant les cinq ou six dernièresannées pour les pays qui, en volume, sontles plus gros émetteurs. La Chine, commenombre de pays en développement (Bré-sil, Inde, Indonésie, etc.) a vu ses émis-sions considérablement augmenter. Maisc’est aussi le cas, dans une moindre me-sure, pour le plus grand émetteur (États-Unis), l’un des plus grands (Japon) et lespays européens en général.

Et pourtant, comme le démontre le graphi-que ci-contre, le pire n’est pas inévitable:la communauté internationale a bien réussià s’entendre pour réduire les émissions dechlorofluorocarbones (CFC), qui jouentun rôle incontestablement néfaste vis-à-vis de la couche d’ozone. Il y a fallu laconjonction de l’alerte lancée par des scien-tifiques, de la sensibilisation de la popula-tion, et enfin - et peut-être surtout - d’alter-natives qui étaient économiquement via-bles et ne faussaient pas la concurrence.

Mais il était temps: les projections con-duisent à supposer que si tous les paysrespectent effectivement les engagementspris, ce ne sera pas avant le milieu du siècleprochain que la couche d’ozone retrouverason état «normal». En attendant, les émis-sions anormalement élevées de rayons ul-traviolets continueront.

LA RÉDUCTION RÉUSSIE DES CFC

VOLUME DES ÉMISSIONS DE CARBONE PROVENANT DE LA COMBUSTION FOSSILE, ET ÉVOLUTION DE CELLES-CI POUR QUELQUESPAYS CLÉS. Sources: pour le Worldwatch Institute, Lester R. Brown et autres dans Vital Signs 1997 (New-York:

W.W. Norton & Co., 1997), et Agence internationale de l'énergie.

L'ÉVOLUTION DES ÉMISSIONS DE CFC. Source: Worldwatch Institute, State of the World 1997(W.W. Norton & Co, New-York, Londres).

du nombre de pauvres, chiffrés par leur revenu, fournit un bon indicateur -, le bilan depuis Rio plongecarrément dans le rouge.

-10%

27% (1990-96)

8%

-28%

-7%

4%8%

-4%

Allemagne

Chine

États-Unis (1990-96)

Ex-URSS

France

Italie

Japon

Royaume-Uni

Émission de CO2 (1990-95)

Anciens paysde l'Est

Paysdéveloppés

1950 1960 1970 1980 1990 2000

500

1000

1500

2000

2500

3000

Pays endéveloppement

0

Millionsde tonnes

Milliers de tonnes

0

300

600

900

1200

1500

1950 1960 1970 1980 1990 2000

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P L E I N C A D R E

LA «GLOCALISATION» AU QUOTIDIEN«Penser globalement, agir localement» était le slogan de Rio. Mais pour que ça marche il faut quele global - le national en l’occurence - et le local soient aussi imbriqués que la pensée et l’action.

14. . . . . . .

Ac t i ons l oca les

Comme tout grand événement médiatique,Rio a été «vendu» avec un slogan accro-cheur: «Penser globalement, agir locale-ment!». Mais cette fois, il n’est pas passéde mode. À preuve: la démarche de ViolaCrowe, à Brightwell cum Sotwell, un vil-lage anglais de 2.000 habitants dansl’Oxfordshire. «Lors d’une réunion du con-seil municipal, en 1995, l’ONG ‘Rural Ac-tion’ nous a expliqué l’Agenda 21 et com-ment nous y associer. J’ai toujours été ac-tive dans ma communauté et, à la campa-gne, on s’intéresse tout naturellement àl’environnement. Mais participer à une ac-tion des Nations Unies, c’était autre chose».

À 72 ans, Viola a décidé de traduiredans les faits les engagements de Rio grâceà un réseau de comités pour le développe-ment durable qui s’étend du gouvernement

à son village. Une centaine de comités na-tionaux existent dans le monde. Et d’aprèsune enquête des Nations Unies réalisée ennovembre 1996, plus de 1.800 instances lo-cales dans 64 pays sont impliquées dansdes «activités locales de l’Agenda 21».

«Il faut savoir ce que l’on a avant de leprotéger, explique Viola. Après avoir créénotre comité en 1996, nous avons organiséun plan de formation pour faire l’inven-taire de la faune et de la flore. Nous avonstout recensé, les oiseaux, les papillons, etmême les rivières, les torrents, les haies».L’aménagement de pistes cyclables est enprojet. «Ça n’a pas été difficile de faireparticiper les gens. Le secret, c’est d’avoirune organisation souple, de les laisserchoisir ce qui les intéresse.»

Alors que les rapports des NationsUnies sont remplis de vocables comme«multisectoriel» ou «participatif» pourdécrire ces activités locales, les liens entreelles sont ténus. Chaque initiative est uni-que. L’expérience de Viola, par exemple,reflète largement la tradition britanniqued’associations communautaires actives.

À l’opposé, la Tunisie adopte une ap-proche centralisée et pyramidale fondée surune «image globale» de la société. «NotreComité national pour le développementdurable est supervisé par le Premier mi-nistre. Il conseille le gouvernement sur lesquestions sociales, économiques etenvironnementales, explique un écologistedu ministère de l’environnement qui pré-fère garder l’anonymat. Il y a peu de dé-saccords car le Comité est composé en

majorité de membres du gouvernement.Depuis Rio, on ne parle plus de dévelop-pement intégral - l’exploitation massivedes ressources naturelles - mais de déve-loppement durable basé sur le temporel etle rationnel. Cette notion est en train degagner les populations locales, avec lescampagnes de sensibilisation.»

L’une des décisions les plus courageu-ses de la Tunisie a été la création en 1992du Fonds de solidarité nationale pour four-nir services publics et équipements alter-natifs à des communautés trop petites outrop isolées pour être reliées au systèmenational. Grâce à un système de donationspar des organismes privés, publics ouparapublics, déductibles d’impôts, le Fondsa investi environ 180.000 dollars dans des

projets destinés à 200 à 300 villages, cons-truit de nouvelles routes et écoles tout engénérant des revenus dans des zones frap-pées par l’exode rural.

Un autre fonds consacré à la «dépollu-tion» encourage l’industrie à traiter leseaux usées. Une société finance 20% del’installation, le fonds 30%, les 50% res-tants étant couverts par des prêts bancai-res à taux préférentiels. Mais le chaînonmanquant, ce sont les ONG. Il en existe enTunisie, mais elles tendent à demeurer àl’écart des processus de décision.

Assurer une contribution locale à lapolitique nationale est aussi quelque chosede nouveau en Thaïlande. Ses dirigeantsse trouvent confrontés aux effets du déve-loppement économique rapide du pays oùle revenu par habitant est passé de 545 dol-lars en 1980 à plus de 2.675 dollars en1995. Plans d’action et «politiques agres-sives» abondent, interdisant par exemplel’essence au plomb et restreignant la con-sommation d’énergie qui a augmenté de20% par an en moyenne depuis 1988.

B O N N E S I N T E N T I O N SMais ainsi que l’explique SunthadSomchevita, du ministère de la science, dela technologie et de l’environnement, «lesprincipaux instruments» ne peuvent pasfaire plus que ce qu’a démontré le cas de ladéforestation: malgré l’interdiction d’abat-tage édictée en 1989, plus de 160.000hecatres de forêt ont été annuellement dé-truits entre 1992 et 1996. Il existe de nom-breuses explications, mais Somchevita in-siste sur le fait que l’on a «négligé le rôledes communautés et le soutien des ONGpour gérer les ressources de la forêt». Endépit des bonnes intentions des experts, depetites communautés se sont retrouvées, dujour au lendemain, «occupants illégauxd’une forêt protégée».

Aujourd’hui, le mouvement est lancépour réviser une série de lois sur la pêche,l’industrie forestière et l’utilisation del’eau, et donner aux autorités locales lepouvoir de concevoir et d’imposer desplans de gestion prenant en compte lescommunautés. En Thaïlande commeailleurs, appliquer l’Agenda 21, c’est ne ca-cher ni l’arbre ni la forêt.

Amy OTCHET

« À L AC A M P A G N E ,O N S ’ I N T É -

R E S S E T O U TN A T U R E L L E -

M E N T ÀL’ E N V I R O N N E -M E N T » ( P h o t o

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LES ENTREPRISES FONT DE LA RÉSISTANCEPeut-on concilier les intérêts de l’environnement et ceux des affaires? La théorie et certainesexpériences prouvent que oui. Mais la plupart des industriels privilégient toujours le statu quo.

I n d u s t r i e

L ’industrie, voilà l’ennemi. Les princi-paux freins à la protection de nos res-

sources, dit-on, sont ses lobbies, qui tien-nent les politiques sous influence. Avec unargument choc: la mondialisation, qui exa-cerbe la concurrence internationale, ne per-met pas la moindre perte de compétitivité.Hors du laissez-faire donc, point de salut.Pourtant, si l’on considère les projectionsactuelles de développement industriel, oncourt à la catastrophe. À moins que...

À moins que la crise de l’environne-ment ne soit soluble dans le libéralisme.Le secrétaire général de la conférence deRio, Maurice Strong, le croit. «Nous nepourrons faire la transition vers le déve-loppement durable qu’en rendant vert lecapital privé.» Et c’est possible puisque«l’éco-efficacité va autant dans l’intérêtdes affaires que de l’environnement».

RENTABLELe PNUE s’emploie à le démontrer avecle concept de production propre: «ne paspolluer à la source, utiliser les matièrespremières de façon optimale, ne pas reje-ter de produits toxiques, explique Jacque-line Aloisi de Larderel. Cela fait faire deséconomies aux entreprises et l’amortisse-ment des investissements n’est que de sixmois à un an. Mettre en place une stationde retraitement des déchets coûte cher etil faut payer tous les ans pour la faire fonc-tionner. Mais si vous prévenez à la source,vous n’en avez plus besoin... En bref, çamarche parce que c’est rentable mais per-sonne ne veut le croire. Il faut un change-ment de mentalité.» Une façon de dire quedans les faits, presque tout reste à faire.

Nous serions en période de gestation.«La prise de conscience de l’industrie enmatière d’environnement est nette. Le dé-clic a été la catastrophe de Bophal. Elle aamené le secteur de la chimie à dévelop-per un code de conduite volontaire.» Demême, quelque 2.000 entreprises ont signéune Charte pour le développement dura-ble qu’elles s’engagent à respecter «cha-cune à son rythme», précise DeniseO’Brien, de la Chambre de commerce in-ternationale. Autre avancée: la mise enplace de la norme ISO 14.000, l’équiva-lent vert des normes de qualité. «De plusen plus d’industriels demandent à leurs

fournisseurs étrangers s’ils sont certifiés.Cette norme crée un effet boule de neige»,estime Mme Aloisi.

Mais selon le PNUE, les petites etmoyennes entreprises manquent encore deconscience environnementale et d’accès àl’information et à l’expertise. Dans les paysen développement, l’industrie n’a pas lesmoyens d’investir dans la production pro-pre tandis que dans les pays en voie d’in-dustrialisation rapide, il n’existe ni cadrejuridique ni système de contrôle qui lesobligerait à moins polluer. Et au Nord, ladépollution l’emporte encore sur la préven-tion. «Même si traiter après coûte plus cher,les industriels le font parce que lorsque lesnormes arrivent, ils n’ont plus le temps demettre en place un nouveau processus de

production, ce qui demande cinq à 10 ans»,constate Mme Aloisi. Elle reconnaît égale-ment que tous les secteurs ne sont pas aussimobilisés. «La chimie et la sidérurgie sontproactifs. Mais le bâtiment ou le tourismecommencent à peine à prendre cons-cience.» Quant à l’industrie automobile,elle fait des efforts pour concevoir des voi-tures légères, recyclables, consommantmoins d’énergie et émettant moins de pol-luants. «Mais le problème va bien au-delà;c’est tout le système de transport qu’il fau-drait réformer.»

On touche sans doute là à l’essentiel:si des efforts sont consentis ici et là pourlimiter les risques environnementaux, leschoix fondamentaux en matière de déve-loppement industriel, ceux-là même qui les

accroissent, ne sont pas remis en cause.Tout le monde reconnaît que le secteur del’énergie fossile - 1.000 milliards de dol-lars par an -, est au cœur de la question. Orselon une récente étude de Greenpeace,plus de 90% des subventions directes desgouvernements européens à l’industrie del’énergie vont aux combustibles fossiles(63%) et au nucléaire (28%). Aux États-Unis, 58% des subventions fédérales ontbénéficié aux combustibles fossiles et 30%au nucléaire, et au Japon, la production decharbon était subventionnée à hauteur de88% en 1993. «Bien sûr, note l’hebdoma-daire britannique The Economist, les gou-vernements préfèrent éviter les risquespolitiques que leur ferait courir une sup-pression des subventions...»

«Seuls les Pays-Bas, le Danemark, laSuède - toujours les mêmes - ont mis enplace des politiques fiscales incitatives enfaveur de la production propre, reconnaîtMme Aloisi. L’idée est de taxer les res-sources naturelles plutôt que l’emploi, defaçon à économiser les premières en favo-risant le second.» De manière générale, lesincitations économiques en faveur du dé-veloppement durable n’ont pas été institu-tionnalisées du fait de l’opposition des lob-bies industriels, résume un document duPNUE. C’est ainsi, entre autres, que le pro-jet d’écotaxe que les Européens voulaientpromouvoir pour limiter les émissions degaz à effet de serre dans les pays indus-trialisés semble avoir été enterré.

S.B.

C O N T I N U E RC O M M E Ç A ,

C ’ E S T C O U R I RÀ L A

C A T A S T R O P H E( P h o t o ©

To p h a mP i c t u r e p o i n t /

P N U E ) .

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P L E I N C A D R E

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Prog rammes de l ’UNESCO

AU SINGULIER PLURIELSi Rio n’a pas renfloué les caisses dégarnies des programmes scientifiques de l’UNESCO,il les a poussés à mettre au cœur de leur travail les besoins et les capacités des hommes.

Pour porter un jugement sur Rio, GunnarKullenberg, le patron de la Commis-

sion océanographique intergouvernemen-tale (COI), se tourne vers les Évangiles ouLa Palice. Invoquant les premiers, il rap-pelle que «l’esprit est fort, mais la chairest faible», faisant ainsi comprendre que sila direction a été tracée voilà cinq ans, lesavancées concrètes sont plus que modes-tes. Et les mânes du second lui inspirent uneréflexion de bon sens: pour juger de la por-tée de Rio, il faudrait qu’il n’ait pas eu lieu,sinon comment établir aussi une comparai-son valide?

Plus directement: «les choses ne se sontpas améliorées», tranche-t-il. AndrasSzöllösi-Nagy, qui dirige le Programme hy-drologique international (PHI), fait chorus:«Rio a changé les mentalités, mais pas lespolitiques, et encore moins les actes». EtFederico Mayor, Directeur général del’UNESCO, est allé droit au but lors de lasession spéciale de l’Assemblée généraledes Nations Unies, consacrée à Rio+5:«Nous n’avons pas fait ce que nous nousétions engagés à faire... Aussi la dégrada-tion de l’environnement planétaire a-t-ellecontinué... Le fossé entre riches et pauvress’est élargi, entre et au sein des nations».

Symptôme de cet immobilisme: la per-sistante pingrerie des donateurs, en dépitdes engagements pris à Rio, est l’un desgrands facteurs de la déception des respon-sables des grands programmes scientifi-ques de l’UNESCO. Kullenberg estime quesi son programme a accru son budget d’en-viron 25%, les moyens relatifs restent cons-tants étant donné l’augmentation des acti-vités demandées. Et la COI n’a pas reçuun centime du Fond pour l’environnementmondial (FEM). Pas plus d’ailleurs que leProgramme sur l’homme et la biosphère(MAB) et son réseau de 337 réserves,

même si des contacts prometteurs sont encours. Le budget du MAB est ainsi restéstable. Et Szöllösi-Nagy résume l’opiniongénérale: «l’Agenda 21 nous a confié unemission, mais aucun moyen supplémen-taire; nous sommes toujours en dessous duminimum minimorum».

L’après-Rio est-il pour autant un purdécalque de l’avant-Rio? Au plan concep-tuel, ce sommet ne pouvait pas apportergrand-chose à l’Organisation: PierreLasserre, responsable du MAB, soulignequ’elle faisait «œuvre de pionnier» depuisdes années dans les domaines des relationshommes/environnement et dans l’émer-gence du concept de développement dura-ble en particulier. Rio a simplement enté-riné la pertinence de cette approche. Enrevanche, il a accéléré un virage que l’Or-ganisation tardait parfois à prendre: marierplus intimement le potentiel des sciencesavec les besoins et les capacités des gens.

T E S T E R L E S S O L U T I O N SSzöllösi-Nagy le reconnaît: «le PHI faisaitdes sciences mais n’allait pas au-delà pourvoir ce que faisaient les hommes». Lasserrerenchérit: «avant Rio, il y avait peu d’exem-ples de réserves de biosphère qui ne privi-légiaient pas la conservation au détrimentde l’exploitation durable des ressources».Face à la montée de la crise économique,l’accentuation de la dégradation de l’envi-ronnement, la sensibilité croissante de l’opi-nion publique, l’implication, fût-elle jugéedéclinante, des gouvernements, ces grandsprogrammes scientifiques ont glissé de laseule recherche pure, considérée commeune fin en soi, vers une recherche focaliséesur les enjeux les plus cruciaux et appliquéeà élaborer et tester des solutions durablesmais concrètes, via les autorités et les po-pulations locales. «Il faut déboucher sur des

résultats», résume Kullenberg.Par exemple, le PHI travaille de plus

en plus sur les facteurs culturels dont lepoids est incontestable dans les conflitsnationaux ou internationaux qui surgissententre usagers, à plus forte raison face à lapénurie qui se profile. La COI redoubled’attention pour les petites îles et les zo-nes côtières, très peuplées et en mêmetemps sous la menace directe de la pollu-tion et d’une possible montée des océans.Les réserves du MAB accentuent leur fonc-tion de banc d’essai où la conservation dela nature va de pair avec un développementéconomique et social qui repose sur la miseen valeur des ressources naturelles et laconclusion de «contrats de plan» souscritspar les autorités et les populations locales.La formule doit avoir du bon puisque ja-mais les demandes d’inscription de nou-velles réserves n’ont été aussi nombreu-ses. En moins de deux ans, le Programmesolaire mondial est devenu le moteur dela coopération multilatérale en matièred’énergies renouvelables.

En conséquence, un mot fait fureur:holistique, qui qualifie une approche où unensemble est appréhendé comme un tout,comme la résultante de l’interaction de tou-tes ses composantes, plutôt que comme unmécano dont chacune des pièces joueraitde manière autonome. Les verrous entredisciplines, entre programmes de sciences«exactes» et sciences «humaines» sautentdonc les uns après les autres. Il en est demême au plan institutionnel, où l’œcu-ménisme entre les agences des NationsUnies, les ONG, les centres de rechercheva son bonhomme de chemin. Par raisonou par adhésion, peu importe. De toute fa-çon, conclut Kullenberg, «c’était ça ou dis-paraître...».

R. L.

POUR EN SAVOIR PLUS …

Dans la série Environnement et développe-ment durable, qui fait le point sur labiodiversité, les forêts, la prévention descatastrophes, etc. (disponible auprès du Bu-reau de coordination pour les programmesde l’environnement):

L’UNESCO ET LA MISE EN ŒUVRED’ACTION 21 présente la contribution del’Organisation à la quasi-totalité de ses 40chapitres de ce plan adopté à Rio, en raisonde l’interdisciplinarité de la mission de l’Or-ganisation (1997).

MOBILIZING MINDS («Mobiliser lesesprits», en anglais seulement) présente lesactivités des grands programmes del’UNESCO et leur contribution au dévelop-pement durable (1997).

Nom Prénom

Rue Code postal et ville Pays

Veuillez m’adresser . . . exemplaires de «SCIENCE ET POUVOIR» au prix unitaire de 98 FF (plus frais de port de 30 FF).Éditions UNESCO, Service des ventes, 7 place de Fontenoy, 75352 Paris 07 SP.

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Les relations entre

scientifiques

et gouvernants

sont souvent

difficiles ...

To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

S O U R C E S U N E S C O

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P L A N È T E

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A u d i o v i s u e l p u b l i c

Pou r é change r de s expé r i en c e s , s u s c i t e rde s r éa c t i on s , v o i r e de s c on t r ove r s e s , l eRé s eau mond i a l d ’ i n f o rma t i on s u rl ’ ÉDUCAT ION PRÉVENT IVE CONTREL’ABUS DES DROGUES ( P EDDRO)pub l i e un bu l l e t i n . P r em i e r d ’ une

nouve l l e f o rmu l e - pa ra i s s an t en a r abe e ten r u s s e en p l u s d e s v e r s i on s ang l a i s e ,e s pagno l e e t f r an ça i s e - l e numéro dema i p r é s en t e c e p r o j e t c on j o i n t d el ’UNESCO e t d e l a Commi s s i on eu ro -péenne , a i n s i que de s expé r i en c e s qu i on t«é r i g é en a c t eu r s d e l a p r éven t i on c euxq u ’ e l l e c o n c e r n e» . I l s e t e r m i n e a v e c u n ei n t e r v i ew de l ’ e t hnop sy ch i a t re f r an ça i sTob i e Na than s u r « l ’ a f f i l i a t i on au v i d e »que r ep r é s en t e l ’ a bu s de s d r ogue s .

☞ S e c t i o n d e l ’ é d u c a t i o n p r é v e n t i v e

«DIALOGUE INTERCULTUREL auquotidien chez les jeunes en Afrique»était le thème d’une rencontre organi-sée à Lomé (Togo), du 11 au 14 juin, àl’initiative de l’UNESCO. Une quaran-taine de jeunes ont notammentrecommandé la pratique des échangesculturels interethniques, ainsi que lamise en place d’un «réseau d’associa-tions et de mouvements de jeunes pourun dialogue interculturel débouchantsur une culture de paix».

ACCROCHEZ VOS CEINTURES...Du Pacifique à la Baltique, le service public audiovisuel doitaffronter bien des turbulences pour gagner son indépendance.Petaia Uelese travaille dans l’audiovisuelau Paradis. C’est le nom qu’il donne à sonlointain pays, les Samoa occidentales dansle Pacifique Sud. Son odyssée céleste versle soleil de minuit de Tampere (Finlande)en juin dernier lui a pris 48 heures. Les con-signes de sécurité données aux passagers luiinspirèrent son message devant la confé-rence organisée par l’UNESCO sur «l’in-dépendance éditoriale et le service publicde la radiotélédiffusion - soutien aux voixdémocratiques»: «l’équipage informe lespassagers qu’en cas d’urgence, un compar-timent situé au-dessus de leur tête libéreraautomatiquement un masque à oxygène.Tout adulte voyageant avec un enfant doitd’abord fixer son masque avant de s’occu-per de l’enfant». «Mesdames et Messieursles représentants du service public audio-visuel, a paraphrasé Petaia devant les 50délégués à la réunion, ayez l’obligeance demettre rapidement vos masques pour aiderl’enfant que je suis dans cette profession!»

À Tampere, l’anecdote a fait un tabacmais elle a aussi soulevé un lièvre quant àla situation du service public audiovisuel àtravers le monde: on a fait état de nombreuxexemples de «régression et de menacespesant sur l’indépendance et l’autonomiede l’audiovisuel public, même dans les paysdémocratiques avec une tradition de libertéde la presse».

P U B L I C V E R S U S P R I V ÉDe toute évidence, le service public traverseune zone de turbulences juridiques, éthi-ques, politiques, économiques et socialesqui menacent sa mission - une mission quel’audiovisuel privé ne peut pas remplir. «Lebut ultime d’une chaîne commerciale est defaire du profit, a constaté Hope S. Green,vice-présidente du Conseil d’administrationdu Service audiovisuel public des États-Unis. Si en plus elle arrive à faire quelquechose de bien, c’est un objectif souhaita-ble... Un service public est là pour servir.Et en plus, il nous faut trouver de l’argentparce que nous devons payer les facturespour survivre. Mais le but ultime est d’amé-liorer, dans la mesure du possible, la qua-lité de la vie du téléspectateur.»

«Le rôle du service public consiste às’adresser aux gens en tant que citoyens»,a ajouté Karol Jajubowich, du Conseil

national de la radiotélévision polonaise, età aller ainsi à l’essence de la démocratie.Pour les délégués, l’indépendance édito-riale, la fiabilité et la pluralité de l’infor-mation ont donc une importance cruciale.«Malheureusement, tous les jours nous en-tendons parler de nouvelles atteintes à laliberté de la presse», a fait observer ClaesAndersson, ministre finlandais de la culture.

«Le Nigéria avait une presse coura-geuse, mais elle a changé avec le régime,a renchéri Polycharp Ochilo, président duConseil africain d’éducation à la commu-nication. La presse kenyane avait aussi sonfranc parler jusqu’à la fin des années 90,quand le gouvernement s’est montré plusintéressé à édicter des règlements et nom-mer des hommes de parti à la tête desmédias. Si l’information est juridiquementlibre, une clause stipule que la liberté estnulle et non avenue lorsqu’il s’agit de santéet de sécurité nationale. En Namibie, lePremier ministre a déclaré que les journa-listes peuvent écrire, mais qu’il y a des mo-ments où ils sont libres, d’autres pas.»

C E N S U R EEn Asie, selon Nobuh ro Sato, directeur duDépartement des programmes de l’Unionde radiodiffusion Asie-Pacifique, de nom-breux pays continuent de pratiquer la cen-sure et le contrôle de l’information: «Il y adeux mois, le gouvernement central d’ungrand pays (qu’il a refusé de nommer) asanctionné des responsables locaux del’audiovisuel pour avoir produit un docu-mentaire sur des leaders de l’opposition.»

En Europe, c’est moins la politique quel’économie qui fait des vagues, avec denouvelles pressions comme la libéralisa-tion de l’infrastructure audiovisuelle et laprivatisation. La technologie numériqueexploitée par les diffuseurs privés suscitedes incertitudes quant au financement fu-tur de la télévision publique. Mais des pion-niers, comme la BBC au Royaume-Uni etla société finlandaise de radio-télédiffusionYleisradio Oy (YLE) ont décidé de pren-dre le risque de relever le défi numériqueen y investissant des sommes considéra-bles. «Nous estimons que la technologienumérique est l’amie du service public plu-tôt que son ennemie, a expliqué ArneWessberg, directeur général de l’YLE.

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P L A N È T E

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A u d i o v i s u e l p u b l i c

S .A .R . l a p r i n c e s s e Ma r i a Te re sa deL u x e m b o u r g a é t é n o m m é e A M B A S S A -DEUR DE BONNE VOLONTÉ del ’UNESCO pa r l e D i r e c t eu r géné ra l , l o r sd ’ une c é r émon i e qu i s ’ e s t d é r ou l é e l e 10j u i n . L a g r ande -du che s s e hé r i t i è r e at ou j ou r s f a i t p r euve d ’ un v i f i n t é r ê t pou rl e s que s t i on s human i t a i r e s .

Baptisées «perles de l’Orient», ellesfurent conquises par Gengis Khan etTamerlan; Avicenne et Ulugh Beg yvécurent. Pour célébrer le 2.500anniversaire de la fondation des villesouzbèkes de BOUKHARA et KHIVA,une exposition était organisée àl’UNESCO du 16 au 20 juin. Y étaientprésentés poteries, céramiques etbijoux anciens, documents historiques,objets artisanaux.De nombreuses photos restituaientl’art architectural de ces cités, lieux depassage obligé sur les routes de lasoie où se croisaient les cultures del’Orient et de l’Occident.

Pour nous, la numérisation de la radio-télédiffusion terrestre va relancer la com-pétitivité du service public.»

La menace d’une réduction des finan-cements a amené certaines des personnali-tés les plus en vue du service public à serendre compte qu’elles avaient encore

beaucoup à apprendre pour traverser lesturbulences que la réunion de Tampereabordaient.

Grâce au Panama et à son modeste ser-vice public - la Fondation pour la télévi-sion éducative (FE-TV) - elles auront ap-pris qu’il existait une alternative à la télé-vision commerciale et gouvernementale,qui réussit à fournir aux gens l’outil dontils ont besoin pour améliorer leur vie, cons-truire la démocratie et se divertir sans vio-lence ni immoralité. «C’était l’unique ob-jectif de FE-TV», a expliqué sa directricegénérale, Maria Eugenia Fonseca, rappe-lant que son réseau avait trouvé son che-min auprès des Panaméens «pendant unepériode de confusion, où leur vie subissaitles effets de 20 ans d’un régime militaire,mais aussi le traumatisme d’une invasionpar une armée étrangère, celle des États-Unis».

L’archevêque de Panama a réuni desgens d’horizons divers pour fonder FE-TV.Ils ont emprunté de l’argent aux banques,racheté une société câblée locale et injectéses bénéfices dans la station de télévisionterrestre. Puis ils ont revendu le systèmecâblé et placé le produit de la vente - plusde 25 millions de dollars - dans un fonds

spécial afin de garantir longue vie et indé-pendance à FE-TV.

L’exemple du Panama a conduit les dé-légués à s’interroger sur la nature de leurprofession. Ils se sont rendu compte que s’ilsla connaissaient, il leur fallait encore y ré-fléchir pour être à même de mieux l’expli-

quer à ceux auprès de qui ils demandaientla liberté de l’exercer, ainsi qu’à ceux qu’ilsdevaient servir.

Au bout du compte, les participants ontestimé que la radio-télédiffusion de servicepublic devait constituer une composante es-sentielle du paysage audiovisuel. Ils ont de-mandé à l’UNESCO et aux autres organis-mes internationaux concernés de promou-voir la reconversion de l’audiovisuel con-trôlé par l’État ou le gouvernement en unservice public, indépendant sur le plan édi-torial et doté d’un financement et d’une ges-tion exempts de toute pression politique.

Alors que Petaia s’apprêtait à reprendrele chemin des Samoa occidentales, un dé-légué des Caraïbes a rappelé à tous ceux quitravaillent dans le service public que, mêmesi la conférence de Tampere les avait suffi-samment rassurés pour qu’ils retirent leurmasque à oxygène, ils seraient bien inspi-rés de garder leur ceinture attachée: la suitede leur mission de service public dansl’audiovisuel pouvait encore traversé deszones de turbulences.

Jones P. MADEIRAjournaliste à The Independent

de Trinité et Tobago, à Tampere

« N o n , i l n e p e u tp a s v r a i m e n t

v o l e r . . . N o n , l em é c h a n t n ’ a p a s

v r a i m e n t u n f u s i l àl a s e r. . . N o n , c e t t e

c é r é a l e n ’ e s t p a sv r a i m e n t l a

m e i l l e u r e n o u r r i -t u r e d u m o n d e . . .

N o n , ç a n e t er e n d r a p a s v r a i -

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Lors d’une cérémonie marquant leretour officiel du ROYAUME-UNI ÀL’UNESCO, le 1er juillet, Clare Short,ministre d’État du développementinternational, a expliqué la rapidité dece retour par le fait que «les objectifsde l’UNESCO sont essentiels auprocessus de développement»,d’autant que «l’éducation est lagrande libératrice». «Nous participe-rons au processus continu de change-ment engagé voici dix ans par leDirecteur général», a-t-elle ajouté.

To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

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«SAVOIR, C’EST POUVOIR»Comment les nouvelles technologies de l’information peuvent-ellesaider à éliminer la pauvreté?

I n f o r m a t i o n é l e c t r o n i q u e

Organisée par l’UNESCO, la Banque mon-diale (BM) et le gouvernement canadien, laconférence «Savoir mondial 97» (Toronto,22-25 juin) s’est doublement singularisée:en refusant d’emblée d’aboutir à quelqueconclusion que ce soit; en accueillant tou-tes les organisations internationales qui tra-vaillent de près ou de loin à améliorer lesort des pays les plus pauvres.

Elle a rassemblé des délégués très di-vers, du secrétaire général des NationsUnies et du président de la BM au direc-teur général de l’UNESCO, d’organisationsnon gouvernementales aux présidents del’Ouganda et du Costa Rica, de certainesdes plus grandes sociétés informatiques àdes élèves des classes élémentaires deRankin Inlet, venus des lointains territoi-res du Nord-Ouest canadien.

En arrivant, de nombreux conférencierscraignaient d’entendre un énième discourssans grand intérêt sur les technologies depointe. Or malgré l’abondance des expo-sés et des démonstrations sur l’avenir pro-metteur d’Internet, des ordinateurs et de lacommunication par satellite, les techno-phobes n’ont pas tardé à se décrisper lors-que James Wolfensohn, président de la BM,a avoué se sentir plus à l’aise face à un postede radio «qu’il faut remonter pendant deuxminutes et qui vous diffuse ensuite uneheure d’émission» que devant certains desappareils high-tech qu’il manipuleaujourd’hui.

P R I V I L È G E D E N A N T I SMais la conférence s’est accordée sur unpoint: les modes de dissémination du savoirimportent peu du moment qu’il atteint ceuxqui en ont le plus besoin: les pauvres. Il leurfaut de l’information pour améliorer leurvie, ont déclaré plusieurs intervenants, maisils pourraient aussi apprendre une chose oudeux au monde dit industrialisé si la com-munication passait. Fawzi Al-Sultan, le pré-sident du Fonds international pour le déve-loppement agricole (FIDA) a déclaré à cesujet qu’on a longtemps «tenu les millionsde cultivateurs, éléveurs et pêcheurs pau-vres pour des ignorants et arriérés... Maisen cherchant à mieux comprendre leur vie,nous avons pris conscience qu’ils possé-daient une connaissance considérable etirremplaçable de leur environnement: des

sols qu’ils labourent, des variations de leursclimats, des caractéristiques de leurs cul-tures et des animaux qu’ils élèvent.» Il adéploré que «les communautés villageoisesqui s’efforcent de résoudre un problèmeparticulier n’aient guère accès à l’expé-rience d’autres groupes, parfois proches,qui peuvent avoir rencontré et surmonté lesmêmes difficultés». Il est dès lors fondamen-tal que les nouvelles technologies qui con-tribuent au transfert et à la communicationdes savoirs «ne restent pas le privilège desseuls nantis (et) que les pauvres puissenten disposer afin de dégager des solutionsmondiales réalistes face à des problèmestrès concrets.»

I N F O R M AT I O N E T L I B E RT ÉLe secrétaire général des Nations Unies,Kofi Annan, est allé plus loin: «savoir, c’estpouvoir; informer, c’est libérer; l’éducationest une condition du progrès dans toutesles sociétés, toutes les familles... C’estl’ignorance, et non le savoir, qui conduitcertaines personnes à prôner la tyrannieplutôt que la démocratie... L’information etla liberté sont indivisibles. La révolution del’information est impensable sans la démo-cratie et la vraie démocratie ne se conçoitpas sans la liberté de l’information.»

Vivienne Wee, directeur exécutifd’Endenger, une ONG qui cherche à don-ner des moyens d’action politique et éco-nomique aux femmes des pays en dévelop-pement, a alors lancé une mise en garde:la théorie bien connue de «savoir, c’estpouvoir» doit inclure les femmes pour don-ner des résultats. Les nouvelles technolo-gies disponibles, a-t-elle estimé, leur of-frent une nouvelle chance d’agir. «Soixantedix-huit pour cent des pauvres sont desfemmes, a-t-elle rappelé. Elles produisentla moitié de l’alimentation du monde maisne possèdent que 1% de la terre et tra-vaillent dans des maisons qui ne sont pasà elles. Les femmes n’ont ni l’accès à leursmoyens de subsistance, ni leur maîtrise nileur propriété.»

Pour en finir avec la pauvreté donc, latechnologie doit donner des moyens d’ac-tion aux femmes. Un point repris et sou-tenu par le principal économiste de la BM,Joseph Stiglitz. Par ailleurs, a-t-il insisté,les entreprises de télécommunication, une

Symbole de la résistance, le Requiemde Mozart était interprété en 1994dans les ruines de la Bibliothèquenationale par l’Orchestre philharmoni-que de SARAJEVO; symbole de larenaissance, l’Ode à la joie de laneuvième symphonie de Beethovenétait donnée à l’UNESCO le 28 maipar les mêmes musiciens associés à

l’Orchestra Sinfonica di Milano.Avant la guerre, l’Orchestre deSarajevo, multi-ethnique, comptaitquelque 80 musiciens. Ils ne sont plusque 35 aujourd’hui. Parmi la quaran-taine de programmes d’assistance del’UNESCO en Bosnie-Herzégovinefigure la revitalisation des institutionsmusicales, en particulier la formationdes musiciens, ainsi que la restaura-tion et l’acquisition d’instruments.

À l ’ annon ce de l a mo r t d e JACQUES -YVES COUSTEAU l e 25 j u i n , l eD i r e c t eu r géné ra l , F ede r i c o Mayo r, ar endu hommage à c e p i onn i e r d el ’ o c é a n o g r a p h i e d o n t « l e t r a v a i l s c i e n t i f i -que e t l e s t a l en t s d e vu l ga r i s a t eu r on t euun impa c t i n e s t imab l e s u r no t r e c ompré -hen s i on de s dange r s mena çan t l ’ e nv i r on -nemen t » .Pa r t ena i r e de l ’UNESCO depu i s d enombreu se s année s , i l a va i t c o l l a bo r é àp l u s i eu r s d e s e s p r og rammes e t é t a i t àl ’ o r i g i n e d ’ une Dé c l a r a t i on s u r l as auvega rde de s géné ra t i on s f u t u r e s , d on tl e p r o j e t s e r a s oum i s pou r adop t i on à l ap r o cha i ne Con f é r en c e géné ra l e enn o v e m b r e 1 9 9 7 .

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fois dynamisées et privatisées, pourraientaider de nombreux pays en développementà marcher sur les traces de l’Asie du Sud-Est, en particulier de la Corée du Sud, et àaméliorer spectaculairement leur sort.«Nous sommes au seuil d’une ère nouvelle,a-t-il affirmé. Le miracle de l’Asie de l’Esta montré que l’on peut rattraper son re-tard. La Corée, par exemple, était voilàquelques décennies l’un des pays les pluspauvres de la planète: elle affiche un re-venu par tête de 10.000 dollars; elle estpassée du statut de débiteur à celui d’im-portant bailleur de fonds; elle est un mem-bre à part entière du club des pays indus-triels avancés.»

Une autre composante décisive du «mi-racle est-asiatique» a été, selon lui, de«combler la disparité en matière de savoiravec les pays les plus développés». Et l’undes meilleurs moyens de stimuler les fluxde connaissances est d’améliorer les télé-communications. Selon Stiglitz, la priva-tisation des entreprises de ce secteur dansles pays industrialisés a fait jouer la con-currence et assuré une baisse des prix dontont bénéficié les pays en développementen quête du savoir-faire de ces géants destélécommunications.

Il a poursuivi en disant que l’amélio-ration des communications avait permisaux agriculteurs et aux petites entreprisesfamiliales installées dans des régions iso-lées de prendre conscience de la demandeet de la valeur réelle de leurs produits.Grâce aux communications modernes, desfermiers du Sri Lanka, par exemple, onteu accès à des informations qui leur ont

permis de «réévaluer leur prix de 50% ouplus».

À Rankin Inlet, où un résident sur cinqa désormais son adresse électronique,Internet a ouvert aux enfants inuits de nou-veaux horizons qui, ont estimé leurs res-ponsables, les détournent de la drogue etde la tentation du suicide.

Mais avant d’en arriver là, a toutefoisaverti Federico Mayor, nous devons gar-der à l’esprit que l’information ne se con-fond pas avec le savoir mais qu’elle enconstitue seulement une composante. «Per-sonne ne doute de l’énorme potentiel del’ICT ( information, communication, tech-nologie) en tant qu’outil permettant

d’ériger de nouveaux édifices de savoir àpartir d’informations éparses. Mais ils doi-vent être mis en forme - une pile de briquesne suffisant pas à faire un bâtiment. À l’èrede l’information, ceux qui apprennent doi-vent... oui, ils doivent affiner leurs capaci-tés de sélection et de tri pour faire face auxproblèmes de surcharge et de désinforma-tion.»

Mais quel sort sera réservé à ces com-munautés isolées privées d’électricité, et afortiori d’ordinateurs et de modems? «Ellesont besoin de gens comme nous, a réponduWijtek Gwiazda, producteur exécutif àRadio Canada International. Les servicesmondiaux de radiodiffusion peuvent encoreamener de l’information, des nouvelles etdes documentaires là où Internet ne dit rienà personne.»

Howard WILLIAMSà Toronto

I n f o r m a t i o n é l e c t r o n i q u e

Même constat avec le BulletinÉDUCATION POUR TOUS - Situation ettendances 1997, consacré àl’«éducation des adultes dans unmonde à deux vitesses». Il se penchesur la menace de marginalisation deceux «privés de la possibilité deréaliser leurs potentialités d’êtreshumains», sur la situation de l’éduca-tion de base des adultes pour leurdonner «les moyens de devenirautonomes», sur les raisons pourinvestir davantage dans ce secteur.Des tableaux comparatifs présententdivers indicateurs éducatifs et socio-économiques pour 132 pays endéveloppement.

L’ « app ren t i s s age pe rmanen t » que do i td even i r l ’ÉDUCAT ION DES ADULTES ,s e l on l ’ exp r e s s i on de J a cque s De l o r s ,p r é s i d en t d e l a Commi s s i on i n t e r na t i ona l esu r l ’ é du ca t i on pou r l e XX I e s i è c l e , e s tl e t h ème du n° 27 du bu l l e t i n E FA 2000 .Ap rè s une ana l y s e de l ’ é c a r t c r o i s s an ten t r e pay s i ndu s t r i a l i s é s e t en déve l op -pemen t , e t l e «po i n t d e vue » de J a cque s

De l o r s , i l p r é s en t e l ’ expé r i en c e de l aN a m i b i e a v e c « l a v o l o n t é p o l i t i q u e e tl ’ e ngagemen t f i nan c i e r n é c e s s a i r e s pou rr édu i r e l ’ ana l phabé t i sme de s adu l t e s » ,a i n s i que l e p r og ramme qu i d ébu t e enSuède en me t t an t l ’ a c c en t s u r l ’ i n s t r u c -t i on géné ra l e de s adu l t e s .

L À O Ù L E SN O U V E L L E S

T E C H N O L O G I E SS O N T I N A C -

C E S S I B L E S , L AR A D I O R E S T E

U N M É D I A D EP R E M I È R E

I M P O R T A N C E( P h o t o

U N E S C O /S t u d i o

R a c c a h ) .

☞ Secrétariat du Forum«Éducation pour tous»

To u s l e s a r t i c l e s s o n t l i b r e sd e t o u t d r o i t d e r e p r o d u c t i o n .

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É n e r g i e s r e n o u v e l a b l e s

LE SOLAIRE AU ZÉNITHLe Programme solaire mondial prévoit de doter d’électricité d’ici ledébut du XXIe siècle les 2,4 millions de personnes qui en sont privées.La Commission solaire mondiale, compo-sée de 18 chefs d’État et de gouvernement,fonctionne à plein régime. Pour maintenirla dynamique née du Sommet solaire mon-dial de Harare (Zimbabwe) en septembredernier, une réunion d’experts désignés parla Commission s’est tenue les 9 et 10 juin àl’UNESCO. Elle a approuvé la version fi-nale d’un programme ambitieux qui entendmontrer ce que peuvent faire les énergiesrenouvelables et écologiquement propres.

Le Programme solaire mondial 1996-2005 (PSM) comporte quelque 300 «pro-jets nationaux de haute priorité», ainsi quedes «projets à caractère global» et régio-nal. Ces derniers concernent l’électrifica-tion des zones rurales, le dessalement et letraitement de l’eau, l’éducation et la forma-tion, l’information et la communicationpour faire connaître les énergies renou-velables, le développement d’une politiqueindustrielle qui favorise leur pénétration surle marché et le transfert des technologies.L’objectif ultime: doter d’électricité d’icile début du XXIe siècle les 2,4 millions depersonnes qui en sont privées.

Vous avez dit ambitieux? Sans doute. Maisdes projets sont déjà en cours dans nombrede pays. En Inde, par exemple, un vaste pro-gramme utilise l’énergie solaire et éoliennepour fournir l’électricité aux zones rurales,faire fonctionner les signaux ferroviaires oules réseaux de télécommunication dans lesvillages reculés. Fortement encouragé parle gouvernement grâce à des avantages fis-caux, des facilités d’accès aux données pourles producteurs et la connexion au réseauélectrique national, ce système - considérélors de la réunion de juin comme un mo-dèle du genre - est désormais financé par lesecteur privé. «Nous sommes le troisièmeproducteur d’énergie éolienne du monde»,s’enorgueillit Tara Chandra Tripathi, direc-teur au ministère des sources d’énergie nonconventionnelles.

Au plan régional, les pays de la Médi-terranée devancent tous les autres. Les mi-nistres de l’énergie et de l’environnementont institué un Programme solaire méditer-ranéen avec pour partenaires l’industrie etles institutions concernées. La Tunisie,l’Algérie et le Maroc mettent en œuvre des

projets d’électricité solaire dans les villa-ges et envisagent de développer les stationsde dessalement: la construction d’une usinepilote a démarré en Tunisie et des étudesde faisabilité sont en cours dans la plupartdes autres pays de la côte méridionale.

La coopération internationale pour ledéveloppement des énergies renouvelablesporte aussi ses fruits. Au Zimbabwe, lesautorités nationales travaillent avec le E7,composé des présidents des services d’élec-tricité du G7, à un projet hydroélectriquede 1,5 million de dollars pour électrifier10.000 villageois au sud de Harare. «L’E7va équiper le barrage avec des turbinesnécessitant un minimum de maintenance,explique Pierre Mollon, président de sonComité de direction. Ce projet aura unimpact à long terme. Non seulement il vaaméliorer la vie des gens dans l’immédiat,mais il servira aussi à doper le développe-ment économique.»

Si certains participants ont critiqué lePSM comme étant «une énumération deprojets sans faire grand cas de leur viabi-lité à long terme», un véritable engagementen faveur des énergies renouvelables anéanmoins été pris: la Commission est con-vaincue que le projet de PSM, qu’elle ap-prouvera le 23 juin dans le cadre du suivide Rio (voir dossier), fera boule de neige.

S. W.

Le s 506 s i t e s i n s c r i t s s u r l a L i s t e duPATR IMOINE MOND IAL f i gu r en t s u rune c a r t e que l ’UNESCO v i en t d e f a i r epa ra î t r e . A c c ompagnée de pho t o s d ec e r t a i n s d e c e s 380 s i t e s c u l t u r e l s , 107na tu r e l s e t 19 m ix t e s , e l l e p r é s en t e l eu remp la c emen t pa r c on t i n en t e t pa r pay s ,de s ex t r a i t s d e l a Conven t i on du pa t r i -mo i ne mond i a l adop t ée vo i c i 25 an s ,a i n s i que l a da t e à l aque l l e 149 É t a t s yon t adhé r é ( au 31 ma i 1997 ) .

«Aller éternellement à la rencontre...»Ainsi s’achève un poème de l’Autri-chien Peter Handke. Et c’est ce quiinspire des ONG qui, partout, luttentcontre l’exclusion. Sous le titre Laculture, chemin de LUTTE CONTRE LAGRANDE PAUVRETÉ, un ouvragepublié dans le cadre de la Décenniemondiale du développement culturel(1988-1997), rend compte d’unedizaine d’actions pour atteindre lespopulations défavorisées et «contri-buer à reboiser l’âme humaine»: lethéâtre pour les «hors-caste» en Inde,les «bibliothèques aux champs» auGuatemala, «l’école à la maison», àSoweto en Afrique du Sud ou les«interventions culturelles dans uneville (de banlieue) qui n’a pasd’histoire» en France.

☞ ONG «Culture et développement»4, av. Van-Dyck, F-75008 Paris

D E L’ I N D E A U Z I M B A B W E

T É L É P H O N E S O L A I R E E N J O R D A N I E( P h o t o U N E S C O / B . P e t i t ) .

☞ Cen t r e du pa t r imo i ne mond i a l

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23. . . . . .

SOURCES UNESCO est un mensuel publié par l'Or-ganisation des Nations Unies pour l'éducation, lascience et la culture [tél: (+33 1) 45 68 16 73; fax:(+33 1) 45 68 56 54]. Les éditions en anglais et enfrançais sont entièrement produites au Siège; l' édi-tion en espagnol avec le Centre UNESCO de Catalo-gne, Mallorca 285,08037 Barcelone, Espagne; l’édi-tion en chinois avec l'Agence XINHUA, 57 XuanwumenXidajie, Beijing, Chine; l'édition en portugais avec laCommission nationale pour l'UNESCO, Avenida InfanteSanto No 42 - 5°, 1300 Lisbonne, Portugal.

Responsable de la publication: R. Lefort. Rédac-teurs: S. Williams, S. Boukhari, A. Otchet. Secré-taire de rédaction: C. Mouillère. Version espa-gnole : E. Kouamou (Barcelone), L. Sampedro,(Paris). Mise en page: G. Traiano, F. Ryan. Se-crétariat et diffusion: D. Maarek.

Photogravure et impression dans les Ateliers del'UNESCO. Distribution par les Services spécialisésde l'UNESCO.

LES PROS DE L’ARTLes artistes veulent que l’État reconnaisse leur profession, avecle statut, les droits collectifs et les rémunérations qui s’ensuivent.

S t a t u t d e l ’ a r t i s t e

«Les nouvelles technologies nous mettentau pied du mur: elles forcent les artistes àfaire pression sur les gouvernements pourqu’ils considèrent d’un œil nouveau ce que

nous proposions en 1980» dans la Recom-mandation relative à la condition de l’ar-tiste, constate le Canadien Paul Siren, an-cien responsable syndical et expert en poli-tique culturelle. Pour voir où en sont lesÉtats quant à sa mise en œuvre, un congrèsmondial, organisé à l’UNESCO du 16 au20 juin, a rassemblé 600 artistes de toutesdisciplines ou leurs représentants, expertset délégués gouvernementaux (voir aussiSources, n° 90).

«La Recommandation est toujoursd’actualité. C’est trop facile de la laisserde côté après 17 ans de relative inactivité»,estime Hubert Lussier, du ministère cana-dien du patrimoine. Par conséquent, «nousavons besoin que l’UNESCO incite les di-rigeants à la relire avant que nous osionsleur dire ‘Vous n’en avez pas fait assez,voire rien fait du tout’», s’insurge KonradScheel de l’Union des artistes indépendantsdu Luxembourg. Plus réaliste, un artisteisraélien suggérait que le congrès accou-che d’«un document clair d’une page quiforce les gouvernements à agir».

Facile à dire... Il a fallu cinq jours pourparvenir à une longue déclaration mais qui

affirme le rôle fondamental de l’État dansla promotion des arts et formule trois pro-positions. D’abord, les pays devraient con-sacrer au moins 1% des fonds publics à lacréation artistique. Les législations natio-nales doivent stipuler que les associationset syndicats représentatifs ont le droit denégocier collectivement au nom des artis-tes professionnels. Enfin, les lois sur le droitd’auteur doivent être harmonisées dans unsens contraignant afin que les artistes ob-tiennent une «juste rémunération» pourleurs œuvres et prestations, en particulierdans un environnement numérique dominépar les multinationales. Objectif: permettreaux artistes de négocier avec les «industriesculturelles» et leur «tendance à l’uniformi-sation des modes de pensée et des produc-tions culturelles» au nom de la «rentabilité».

De l’Afrique du Sud au Luxembourg,les contrats et emplois stables disparaissentet les artistes sont livrés à eux-mêmes.«Nous changeons de tactique, explique Bar-bara Leach du Conseil néerlandais des arts.En ayant l’air de demander à être proté-gés, nous nous sommes souvent marginali-sés». Les artistes souhaitent maintenant lareconnaissance professionnelle. Ce qui si-gnifie, par exemple, que le loyer d’un ate-lier d’artiste soit considéré sur le plan fis-cal comme un investissement et non commeun luxe, ou qu’un danseur blessé pendantune répétition perçoive une indemnité.

D A N S L E S A R C A N E SÀ cet égard, le Canada montre l’exempleavec une législation fédérale qui reconnaîtaux artistes le droit de négocier collective-ment. Leurs associations peuvent aussi faireappel à une instance spéciale qui les aidedans les arcanes administratifs et juridiquesà éviter d’être victimes de discriminations,compte tenu de la nature intermittente de leurtravail, lorsqu’ils s’inscrivent à l’assurance-maladie ou au chômage.

«Nous nous sommes servis de la recom-mandation de l’UNESCO pour convaincrele gouvernement de l’importance de laquestion. Mais je ne veux pas donner l’im-pression que le Canada a fait tout ce qu’ilfallait, explique Lussier. Peut-être mêmeque cette loi doit l’intérêt qu’on lui porte àson caractère limité.»

A.O.

P i è c e s un i que s d ’ un a r t un i que , l e sJARRES DE L’A LHAMBRA é t a i en texpo sée s à l ’UNESCO du 6 au 20 j u i n .L e s c é r am ique s o r i g i na l e s n e s on t p l u squ ’ au nombr e de s i x c on s e r vée s dan sd i f f é r en t s mu sée s du monde . A f i n der e s t i t u e r c e « v i van t s ouven i r d ’ unecu l t u r e a s s oup i e » , i l a u ra f a l l u d e sannée s au s c u l p t eu r e s pagno l M i gue l Ru i zpou r r e c on s t i t u e r l e s p r o c édé s qua s ia l c h im ique s u t i l i s é s pa r l e s c é r am i s t e s duX IVe e t XVe s i è c l e s , au t emps du r oyaumemusu lman de G r enade ( E s pagne ) .L’ expo s i t i o n p r é s en t a i t l e s r ép l i que s dec e s j a r r e s r éa l i s é e s en éma i l où s emar i en t l ’ o r e t l e b r onze , a i n s i qued ’ au t r e s p i è c e s du c é r am i s t e .

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Un séminaire européen sur la promotion de MÉDIAS INDÉPENDANTS ET PLURALIS-

TES se tiendra à Sofia (Bulgarie) du 10 au 13 septembre. Il se penchera plus particulièrement sur la situa-

tion en Europe centrale et de l’Est. La Commission internationale sur l’ÉDUCATION POUR LE

XXIe SIÈCLE se réunira au Siège du 15 au 17 septembre pour évaluer l’impact de son rapport publié

l’an dernier et examiner les mesures de suivi. Du 15 au 18 septembre, au Siège, aura lieu une session

spéciale du Comité conjoint OIT/UNESCO d’experts sur l’application de la Recommandation concernant la

condition du PERSONNEL ENSEIGNANT . Y seront examinés notamment les possibilités de

formation, les conditions de travail et le degré d’implication des enseignants dans le processus de décision en

matière d’éducation. La COMMUNICATION ET LE DROIT D’AUTEUR dans la

société de l’information de la région Europe seront débattus lors d’un comité d’experts qui se réunira à Monte-

Carlo (Monaco) du 15 au 19 septembre. Dans le cadre d’un projet intitulé «TUNIS, CAPITALE

CULTURELLE RÉGIONALE», une conférence au Siège, le 16 septembre, abordera le mouve-

ment pictural tunisien des années 50. Quelque 200 chercheurs et archéologues sont attendus au Siège, du

19 au 21 septembre, pour un colloque sur L’HISTOIRE ET LA CULTURE DU SINAI.

Le Comité directeur du Forum sur l’ÉDUCATION POUR TOUS se réunira au Siège, du 29

septembre au 1er octobre, pour passer en revue les projets prévus d’ici la fin de la décennie, notamment en ce

qui concerne l’éducation de la petite enfance et des adultes. Au titre du programme de culture de paix, un

séminaire scientifique se tiendra à Grenade (Espagne) du 2 au 4 octobre sur les ROUTES D’AL-

ANDALUS , espace de dialogue entre l’Europe, le monde arabe et l’Afrique. Le 5 octobre, la

JOURNÉE MONDIALE DES ENSEIGNANTS sera célébrée par l'ensemble du système

des Nations Unies.

À la veille de la Conférence générale (Siège, 21 octobre-12 novembre), un NUMÉRO SPÉCIAL qui

paraîtra en septembre tracera, dans son dossier central, les grandes lignes de l’action de l’Organisation pour

1998-1999. Il présentera également quelques projets représentatifs de ses orientations.

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U N E S C OSOURCES

(Les dates et lieux ne sont donnés qu’à titre indicatif)