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27 .NOV .2015 Boletim semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe 24 04 2015 DEZ Ano 1 O Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou essa semana o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre desse ano. Segundo o IBGE, o PIB apresentou queda de 1,7% na comparação do terceiro trimestre de 2015 em relação ao segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2014, houve contração do PIB de 4,5%. No resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou recuo de 3,2% em relação a igual período de 2014. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2015 foi de 18,1% do PIB, inferioe ao mesmo período de 2014 (20,2%). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1.481 trilhão de julho a setembro de 2015. A participação do setores econômico no PIB revelaram que a Agropecuária (-2,4%), a Indústria (-1,3%), os Serviços (-1,0%) e o Comércio (-2,4%) tiveram retração. O IBGE apontou que na Indústria, a maior queda se deu na Indústria de Transformação: retração de 3,1%. Constru- ção civil (-0,5%) e Extrativa mineral (-0,2%) também registraram resultado negativo no terceiro trimestre do ano. Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana apresentou crescimento de 1,1%. Nos Serviços, Administração, saúde e educação pública (0,8%) e Intermediação financeira e seguros (0,3%) apresentaram resultados po- sitivos. As demais atividades sofreram retração em relação ao trimestre imediatamente anterior: Comércio (-2,4%), Outros serviços (-1,8%), Transporte, armazenagem e correio (-1,5%), Serviços de informação (-0,5%) e Atividades imobiliárias (-0,1%). O gráfico ilustra o valor do PIB, e os valores dos principais setores e subsetores da economia. Considerações: O recuo de 1,7% foi maior que o estimado pelas projeções das consultorias especializadas. Os indicadores do PIB mos- tram sinais recessivos da economia brasileira, tornando o momento atual especialmente preocupante. O desempenho da economia entre julho e setembro foi marcado por recordes negativos. Os dados mostram uma conjunção de retrações em quase todos subsetores do PIB, e em setores importantes da economia como o comércio (-2,4%), agropecuária (-2,4%) e indústria (-1,3%). É importante lembrar que a queda da atividade produtiva implica em queda na arrecadação de impostos, implicando no ajuste fiscal do governo. As famílias estão endividadas, o desemprego aumentando e a renda sendo deteriorada por decorrência da inflação. Os serviços e o consumo das famílias são compo- nentes importantes e estão diretamente ligados a dinâmica da renda e do mercado de trabalho. O setor de serviços, que vinha puxando a economia, apontou uma queda no trimestre (sobre o trimestre anterior) de 1,0%. Como serviços pesa 70,8% no PIB, foi fator relevante para o recuo do PIB no trimestre. Se essa tendência continuar, pode sinalizar uma contração maior no PIB nos próximos períodos. Outro fator importante: com menos investimento hoje (a taxa de investimento foi menor que o ano passado como foi citado acima) o resultado será menos crescimento amanhã, comprometendo o futuro. Muito embora os sinais sejam preocupantes, vamos torcer para dias melhores. Uma sinalização de mudança na conjuntura, é o sinal que os empresários precisam para apostar nos investimento. Brasil: PIB Cai (-1,7%) em Relação ao Segundo Trimestre de 2015 -1,3 -1,7 -1,0 -2,4 Agropecuária Indústria Comércio Serviços PIB -2,4 Fonte: Indicadores IBGE - Contas Nacionais Trimestrais, Julho/Setembro, 2015 Brasil : Variação do PIB do trimestre em relação ao trimestre anterior (2015)

Radar Fecomércio #24

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Boletim Semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe

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Page 1: Radar Fecomércio #24

27.NOV.2015

Boletim semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe

2404

2015DEZ

Ano 1

O Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou essa semana o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre desse ano. Segundo o IBGE, o PIB apresentou queda de 1,7% na comparação do terceiro trimestre de 2015 em relação ao segundo trimestre do ano, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2014, houve contração do PIB de 4,5%. No resultado acumulado do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou recuo de 3,2% em relação a igual período de 2014. A taxa de investimento no terceiro trimestre de 2015 foi de 18,1% do PIB, inferioe ao mesmo período de 2014 (20,2%). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1.481 trilhão de julho a setembro de 2015.

A participação do setores econômico no PIB revelaram que a Agropecuária (-2,4%), a Indústria (-1,3%), os Serviços (-1,0%) e o Comércio (-2,4%) tiveram retração. O IBGE apontou que na Indústria, a maior queda se deu na Indústria de Transformação: retração de 3,1%. Constru-ção civil (-0,5%) e Extrativa mineral (-0,2%) também registraram resultado negativo no terceiro trimestre do ano. Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana apresentou crescimento de 1,1%.

Nos Serviços, Administração, saúde e educação pública (0,8%) e Intermediação financeira e seguros (0,3%) apresentaram resultados po-sitivos. As demais atividades sofreram retração em relação ao trimestre imediatamente anterior: Comércio (-2,4%), Outros serviços (-1,8%), Transporte, armazenagem e correio (-1,5%), Serviços de informação (-0,5%) e Atividades imobiliárias (-0,1%). O gráfico ilustra o valor do PIB, e os valores dos principais setores e subsetores da economia.

Considerações: O recuo de 1,7% foi maior que o estimado pelas projeções das consultorias especializadas. Os indicadores do PIB mos-tram sinais recessivos da economia brasileira, tornando o momento atual especialmente preocupante. O desempenho da economia entre julho e setembro foi marcado por recordes negativos. Os dados mostram uma conjunção de retrações em quase todos subsetores do PIB, e em setores importantes da economia como o comércio (-2,4%), agropecuária (-2,4%) e indústria (-1,3%). É importante lembrar que a queda da atividade produtiva implica em queda na arrecadação de impostos, implicando no ajuste fiscal do governo. As famílias estão endividadas, o desemprego aumentando e a renda sendo deteriorada por decorrência da inflação. Os serviços e o consumo das famílias são compo-nentes importantes e estão diretamente ligados a dinâmica da renda e do mercado de trabalho. O setor de serviços, que vinha puxando a economia, apontou uma queda no trimestre (sobre o trimestre anterior) de 1,0%. Como serviços pesa 70,8% no PIB, foi fator relevante para o recuo do PIB no trimestre. Se essa tendência continuar, pode sinalizar uma contração maior no PIB nos próximos períodos. Outro fator importante: com menos investimento hoje (a taxa de investimento foi menor que o ano passado como foi citado acima) o resultado será menos crescimento amanhã, comprometendo o futuro. Muito embora os sinais sejam preocupantes, vamos torcer para dias melhores. Uma sinalização de mudança na conjuntura, é o sinal que os empresários precisam para apostar nos investimento.

Brasil: PIB Cai (-1,7%) em Relação ao Segundo Trimestre de 2015

-1,3-1,7

-1,0

-2,4

Agropecuária Indústria Comércio Serviços

PIB

-2,4

Fonte: Indicadores IBGE - Contas Nacionais Trimestrais, Julho/Setembro, 2015

Brasil : Variação do PIB do trimestre em relação ao trimestre anterior (2015)

Page 2: Radar Fecomércio #24

PUBLICAÇÃO DA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE SERGIPE Presidente Laércio Oliveira - Superintendente Alexandre Wendel - Assessoria de Comunicação Marcio Rocha - Assessoria Econômica Sudanês Pereira Assessoria Legislativa Breno Soares - Coordenação de Eventos e Multimeios André Gusmão - Coordenação do Instituto Fecomércio Edvar Caetano [email protected] - (79) 3214 2270 - Rua Dom José Thomaz, 235 - 4º Andar- Edf. José Raimundo dos Santos - Aracaju - SE

Legislativo2 Informativo Semanal - 04.DEZ.2015 Ano 1 - Nº 24

Dispõe sobre a obrigatoriedade de

Shoppings centers, galerias de lo-

jas e feiras permanentes com mais

de 100 estabelecimentos comer-

ciais disponibilizarem gratuitamente

espaço para a implantação de pro-

cons, juizados especiais e defenso-

ria pública, e dá outras providências.

Posição da CNC: Divergente. A pro-

posição onera a atividade empresa-

rial ao estabelecer a obrigatoriedade,

sem nenhuma contrapartida, para

que Shoppings centers, galerias de

lojas e feiras permanentes disponi-

bilizem, gratuitamente, espaço para

a implantação de procons, juizados

especiais e defensoria pública.

Altera a redação do art. 3º da Lei nº

6.321, de 14 de abril de 1976, que

dispõe sobre a dedução, do lucro

tributável para fins de imposto so-

bre a renda das pessoas jurídicas,

do dobro das despesas realizadas

em programas de alimentação do

trabalhador, para permitir a con-

cessão de auxílio alimentação em

dinheiro.

Posição da CNC: Favorável. A

CNC entende que o PL 1911/2015

não apresenta qualquer implica-

ção desfavorável ao setor empre-

sarial, pois além de reconhecer a

possibilidade do pagamento em

pecúnia do auxílio alimentação,

desvinculando-o da base de cál-

culo do salário de contribuição,

acaba por trazer segurança jurí-

dica no âmbito das relações do

trabalho.

Lei do Bem é revogada e smar-tphones e outros eletrônicos devem ficar 10% mais caros 02 de Dezembro de 2015

As revogações da Lei do Bem e do Programa de Inclusão Digi-tal, através da Medida Provisória 690/2015, já estão em vigor des-de o dia 1º de dezembro. As mu-danças devem representar um au-mento de ao menos 10% no preço de produtos eletrônicos, como smartphones, tablets, notebooks e roteadores, por exemplo. Ape-sar disso, parlamentares de uma comissão mista do Senado pro-põem uma errata para a Medida Provisória, que faria com que o fim da isenção valesse apenas a par-tir de 1º de janeiro de 2016. Eles também buscam fazer com que os incentivos fiscais voltem a ser implementados de maneira gra-dual entre 2017 e 2019. Segundo a Receita Federal, 95 milhões de produtos foram vendidos desde com isenção desde 2005. Fonte: Uol, 02.12.2015

PROJETO DE LEI Nº 1062, DE 2015

PROJETO DE LEI Nº 1911, DE 2015

Eletrônicos mais caros

Fonte : CNC

2016www.fecomercio-se.com.br/

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