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Bens, Serviços e Turismo - Informativo Semanal - 27 .NOV .2015 - Ano 1 - Nº 23 Em outubro deste ano o setor do comércio em Sergipe fechou 206 vagas de trabalho (142 do comércio varejista e 64 do atacadista). No ano, o comércio fechou 1.427 postos de trabalho, (-1.317 no comércio varejista e - 110 no atacadista). A crise econômica que estamos atravessando tem comprometido o volume de negócios no Brasil, em Sergipe não é diferente. Em Sergipe, o volume de vendas do comércio varejista em setembro caiu 0,6% em relação ao mês de agosto. Considerando o mês de setembro de 2015 em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas sofreu uma redução de (-8,9%) no varejo restrito. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e de material de construção, além daquelas que com- põem o varejo restrito, o volume de vendas, considerando o mesmo período de análise, foi de (-15,4%). Ou seja, os principais indicadores do comércio atestam as suas dificuldades para manter o volume de negócios em pleno funcionamento. Os institutos de pesquisas especializados no varejo têm mostrado que as dificuldades de vendas no comércio têm refletido no volume de estoque das empresas. Os especialistas dizem que em um cenário de recessão, a gestão de estoques é extrema- mente importante. Quando as vendas caem, o giro de estoque fica lento e os custos aumentam para as empresas. A desa- celeração da economia e das vendas está se acentuando a cada mês, reduzindo a confiança dos empresários e sinalizando que os mesmos terão que reajustar seus estoques para baixo. Algumas categorias de produtos demandadas com a ascensão das classes de menor poder aquisitivo, já começaram a apresentar queda nas vendas, ou estão deixando de ser consumidas. O fato é que o comércio varejista passa por momentos de mudanças e adaptação à nova realidade econômica. O gráfico a seguir ilustra o estoque de algumas empresas do varejo da moda. A Grendene e a Hering tiveram um crescimento do prazo médio de estoque, comparando-se os 12 meses encerrados em setembro de 2015 com o mesmo período de 2014. A Marisa e a Guararapes apresentaram crescimento modesto na duração de estoque, enquanto a Arezzo e Lojas Renner, apresentaram queda. É importante destacar que estamos olhando para empresas de porte e listadas na bolsa de valores. Como o empresário pode enfrentar essa situação em momento de recessão? Podemos citar algumas ações: a) rever a política de compra e tentar se adequar aos novos hábitos de clientes endividados e mais cautelosos; b) conceder descontos nos pro- dutos, mas isso pode reduzir as margens; c) acompanhar o que sai e o que não sai da loja, pois os estoques precisam estar ajustados à demanda; d) não dá mais para ser só comerciante, isto é, saber comprar e vender bem. É preciso ser empresário, saber gerenciar bem o negócio, entender as regras de tributação, sanitárias, as questões trabalhistas e sindicais. É importante observar o comportamento do consumidor, em especial nesse momento de recessão que exige do empresário novas estraté- gias para gerir seu negócio, manter as vendas e os empregos. O Comércio Varejista e a Crise Econômica AREZZO Set/2014 Set/2015 GRENDENE GUARARAPES HERING MARIZA RENNER 68,2 86,2 155,8 156,1 143,9 93,1 95,3 113,5 107,7 125,9 75 65,7 Fonte: Valor Econômico, 24/11/2015. Caderno D2, EU&Investimentos. Estoque das Empresas do Varejo da Moda (Prazo Médio de Estoque/Dia)

Radar Fecomércio #23

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Boletim semanal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe

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Page 1: Radar Fecomércio #23

Bens, Serviços e Turismo - Informativo Semanal - 27.NOV.2015 - Ano 1 - Nº 23

Em outubro deste ano o setor do comércio em Sergipe fechou 206 vagas de trabalho (142 do comércio varejista e 64 do atacadista). No ano, o comércio fechou 1.427 postos de trabalho, (-1.317 no comércio varejista e - 110 no atacadista). A crise econômica que estamos atravessando tem comprometido o volume de negócios no Brasil, em Sergipe não é diferente. Em Sergipe, o volume de vendas do comércio varejista em setembro caiu 0,6% em relação ao mês de agosto. Considerando o mês de setembro de 2015 em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume de vendas sofreu uma redução de (-8,9%) no varejo restrito. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e de material de construção, além daquelas que com-põem o varejo restrito, o volume de vendas, considerando o mesmo período de análise, foi de (-15,4%). Ou seja, os principais indicadores do comércio atestam as suas dificuldades para manter o volume de negócios em pleno funcionamento.

Os institutos de pesquisas especializados no varejo têm mostrado que as dificuldades de vendas no comércio têm refletido no volume de estoque das empresas. Os especialistas dizem que em um cenário de recessão, a gestão de estoques é extrema-mente importante. Quando as vendas caem, o giro de estoque fica lento e os custos aumentam para as empresas. A desa-celeração da economia e das vendas está se acentuando a cada mês, reduzindo a confiança dos empresários e sinalizando que os mesmos terão que reajustar seus estoques para baixo. Algumas categorias de produtos demandadas com a ascensão das classes de menor poder aquisitivo, já começaram a apresentar queda nas vendas, ou estão deixando de ser consumidas.

O fato é que o comércio varejista passa por momentos de mudanças e adaptação à nova realidade econômica. O gráfico a seguir ilustra o estoque de algumas empresas do varejo da moda. A Grendene e a Hering tiveram um crescimento do prazo médio de estoque, comparando-se os 12 meses encerrados em setembro de 2015 com o mesmo período de 2014. A Marisa e a Guararapes apresentaram crescimento modesto na duração de estoque, enquanto a Arezzo e Lojas Renner, apresentaram queda. É importante destacar que estamos olhando para empresas de porte e listadas na bolsa de valores.

Como o empresário pode enfrentar essa situação em momento de recessão? Podemos citar algumas ações: a) rever a política de compra e tentar se adequar aos novos hábitos de clientes endividados e mais cautelosos; b) conceder descontos nos pro-dutos, mas isso pode reduzir as margens; c) acompanhar o que sai e o que não sai da loja, pois os estoques precisam estar ajustados à demanda; d) não dá mais para ser só comerciante, isto é, saber comprar e vender bem. É preciso ser empresário, saber gerenciar bem o negócio, entender as regras de tributação, sanitárias, as questões trabalhistas e sindicais. É importante observar o comportamento do consumidor, em especial nesse momento de recessão que exige do empresário novas estraté-gias para gerir seu negócio, manter as vendas e os empregos.

O Comércio Varejista e a Crise Econômica

AREZZO

Set/2014 Set/2015

GRENDENE GUARARAPES HERING MARIZA RENNER

68,2

86,2

155,8 156,1

143,9

93,1 95,3

113,5

107,7

125,9

75

65,7

Fonte: Valor Econômico, 24/11/2015. Caderno D2, EU&Investimentos.

Estoque das Empresas do Varejo da Moda(Prazo Médio de Estoque/Dia)

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PUBLICAÇÃO DA FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE SERGIPE Presidente Laércio Oliveira - Superintendente Alexandre Wendel - Assessoria de Comunicação Marcio Rocha - Assessoria Econômica Sudanês Pereira Assessoria Legislativa Breno Soares - Coordenação de Eventos e Multimeios André Gusmão - Coordenação do Instituto Fecomércio Edvar Caetano [email protected] - (79) 3214 2270 - Rua Dom José Thomaz, 235 - 4º Andar- Edf. José Raimundo dos Santos - Aracaju - SE

Legislativo2 Informativo Semanal - 27.NOV.2015 Ano 1 - Nº 23

Institui o Código de Defesa do Con-

tribuinte brasileiro.

Posição da CNC: Favorável com

ressalva. A proposição tem por

objetivo primordial zelar pelo cum-

primento do Código de Direitos,

Garantias e Obrigações do Con-

tribuinte e fazer a prospecção de

meios de aperfeiçoar a relação

entre a Fazenda Pública e os Con-

tribuintes. A proposta possui ca-

ráter consultivo, encaminhando

as reclamações dos contribuintes

frente à qualquer observância aos

dispositivos do Código Tributário

Nacional.

Modifica a Consolidação das Leis

do Trabalho para dispor sobre a

execução trabalhista e a aplicação

do princípio da desconsideração

da personalidade jurídica.

Posição da CNC: Favorável. O

Projeto exige para a aplicação

da desconsideração da perso-

nalidade jurídica a prévia com-

provação de ter ocorrido abuso

de direito, desvio de finalidade,

confusão patrimonial, excesso

de poder, ocorrência de fato ou

ato ilícito ou violação dos esta-

tutos ou contrato social. Arrola

uma série de condições para a

realização da penhora, de for-

ma a não prejudicar a gestão

da empresa, afinando-se com o

princípio segundo o qual a exe-

cução tem de se desenvolver de

forma menos gravosa ao deve-

dor.

Altera o art. 19 da Lei nº 7.102, de

20 de junho de 1983, para dispor

sobre o piso nacional de salário

dos empregados em empresas

particulares que explorem serviços

de vigilância e transporte de valo-

res.

Posição da CNC: Favorável.

Originalmente a CNC era con-

trária a aprovação do projeto.

Todavia, o relatório do deputado

Wellington Roberto (PR/PB), na

Comissão Especial, se tornou

benéfico pois retirou a obrigato-

riedade do piso salarial. Assim,

a CNC atuará de forma favorável

à aprovação do projeto, apoian-

do as emendas sugeridas pela

FENAVIST.

PROJETO DE LEI Nº 2557, DE 2011

PROJETO DE LEI 5140, DE 2005

PROJETO DE LEI 4238, DE 2012 (PLS 135/2010)

(79) 3211 3746(79) 98 125 3127

Fonte : CNC