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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Programa de Pós-Gradua!o em Le"ras
DISCIPLINA# L$"era"uras A%r$&a'as de L('gua Por"uguesa
TÓPICO# Te'd)'&$as s$g'$%$&a"$*as das L$"era"uras
A%r$&a'as de L('guas Por"uguesa+Narra"$*a
PROF,+ Dra. Maria Nazareth Soares Fonseca
Gruo .# Anna Motta, Leocádia Chaves e Roberta
Alves.
Gruo /: Francesco, Jucilene e Juliana Salvadori
e!to base: DISSEMINA01O# TEMPO2 NARRATIVA E AS MARGENS DA
NA01O
MODERNA2 de "o#i $. %habha
&Ar'u#entei contra o uso do conceito (cho)ue de
civiliza*+es. Antes de #ais nada, -or)ue no acredito)ue as culturas
tenha# anta'onis#os re'ionais ou essenciais. /ode# e!istir siste#as
de cren*a distintos,no*+es #uito diversas de hábitos e -ráticas,
#as no acredito )ue as culturas continua#ente se )uere#o-or ou
erradicar. 0..1 2s anta'onis#os 0..1 deve#3se a decis+es -ol4ticas,
a #at5rias 'eo'rá6icas e
-ol4ticas, 7 hist8ria.9
%"A%"A, "o#i $.
.+ 3uem 4 5OMI 6+ 75A75A8
Nascido e# Mumbai, na ndia, no seio de u#a 6a#4lia
Parsi. ;studou e 'raduou3se na
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;# seu trabalho, o te8rico, te# incentivado u#a ri'orosa
reavalia*o do nacionalis#o, are-resenta*o, resistncia e )ue aci#a
de tudo salienta a 9a#bivalncia9 ou 9hibridis#o9 )uecaracteriza o
-lano Colonial de contesta*o 3 u# es-a*o li#4tro6e no )ual as
di6eren*asculturais, co#o ele ar'u#enta, real#ente -roduza# a
i#a'inada 9constru*o9 da identidadecultural e nacional.
;# outras -alavras, ar'u#enta )ue identidades culturais no -ode#
ser i#-utadas 7 -r53deter#inados, -adr+es irredut4veis, a tra*os
hist8ricos culturais )ue de6ina# as conven*+es daetnia. a#b5# no
-ode o 9colonizador9 e o 9colonizado9 sere# vistos co#o entidades
distintas)ue se de6ine# de 6or#a inde-endente. ;# vez disso, su'ere
)ue a ne'ocia*o da identidadecultural envolve inter6aces e trocas
culturais )ue, -or sua vez, -roduze# u# reconheci#ento#Ktuo e
#utável ou re-resenta*o da di6eren*a cultural.
;screveu trabalhos si'ni6icativos e reconhecidos )ue 3 a t4tulo
de enri)ueci#ento biblio'rá6ico6uturo 3 acrescenta#os:
• @ Nation and Narration editor• The Location of
Culture @st edition @• B A Global Measure • B The
Right to Narrate • B A Measure of Dwelling Reflections on
!ernacular Cosmo"olitanism
L$*ros ed$"ados or 79a:9a
• @O #dentit$ The Real Me, ed.• 9Cos#o-olitanis#s9
in Public Culture @.P, ed.• Q %dward &aid
Continuing the Con'ersation, ed.• B (rant) (anon Reader ,
ed.
;or'a$s2 ar"$gos < &a+ de =$*ros
• @O Modernit$, Culture, and The *ew, Gith Laura Marcus
%ran Cheette• The Third +orld of Theor$ Gith "enr Louis Tates•
n Cultural Choice • @ !.&. Nai"aul •
Democrac$ De-Reali)ed • P n +riting
Rights •
P Maing Difference The Legac$ of the Culture +ars •
Adagio • &till Life • UForeGordU to The
+retched of the %arth b Frantz Fanon, trad. Richard /hilco!•
Q (raming (anon • V +ithout /oundar$, Gith Fereshteh
Da6tari 2ehan /a#uW• V The /lac &a'ant and the Dar
Princess
>+ O E'sa$o
D$ssem$'Na!o# "emo2 Narra"$*a e as Marge's da Na!o Moder'a
a-resenta3se dividido
e# &sete subt4tulos, a saber:
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a. o te#-o da na*o
:. o es-a*o do -ovo
&. sobre #ar'ens e #inorias
d. anoni#ato social e ano#ia cultural
e. a di6eren*a cultural
% a natureza estran'eira das l4n'uas
g. o cli#a brit>nico
Nessas -artes narrativas %habha a-resenta o )ue ele
deno#ina de tens0o "roduti'a da
"er"le1idade da linguagem em '2rias locali)a34es do
'i'er -. QV. A -artir da -r8-ria
vivncia co#o &e!-atriados, -ro-+e entender e )uestionar,
desde o in4cio, as tens+es
dual4sticas eXou dial5ticas entre: -ovo = sociedade = cultura 3
colonizador e -ovoY #inoria 3
social = cultura 3 i#i'rante = e!-atriada 3 colonizado.
Assi#, de-endendo do &lu'ar de onde se olha, da na*o da )ual
se 6az obZeto de observa*o,
-ercebe3se u# deter#inado #ovi#ento3deslocado de u# -ovo:
seZa de dis-erso desse -ovo,seZa de unio desse #es#o -ovo. ;sse 6az
-arte de #inorias ou #icro3sociedades citadas, co#o
e!-atriados, e!ilados, e#i'rantes ou re6u'iados, )ue se
encontra# e# es-a*os de &culturas
estran'eiras, nos ghettos e ca65s no centro das
cidades. %habha considera )ue essas -essoas
vive# u#a es-5cie de semi-'idas, -or)ue ne# so
considerados, ne# considera# a si #es#os
inte'rantes da sociedade na )ual deveria# estar inseridos. A
se-ará3los concorre# o &no
do#4nio dos idio#as estran'eiros, a &no 6luncia dessas
l4n'uas, ou ainda u#a &6luncia
sinistra, gauche, da l4n'ua do 2utro. ;les 3
os semi- cidad0os - no t# u# &dialet coach -ara
aZudar a li#-ar o sota)ue, a #elhorar a dic*o, a-ri#orar a
entona*o. Na 6ala da l4n'uaestran'eira, o 6alante tende a
trans6erir sua entona*o nativa -ara o se'undo idio#a = o )ue no
s8 #uda o sentido do )ue 5 dito co#o conteKdo a 6or#a 6ica#
co#-ro#etidos.
5A"rendeu 'inte "ala'ras da no'a l6ngua. Mas "ara seu es"anto, o
sentido destas
mudou 7uando ele as "roferiu. Pediu um caf89. -.QV.
No te!to, 5 -oss4vel -erceber as estrat5'ias de
identi6ica*o cultural de u# -ovo, nu# es-a*o3
na*o, )ue corres-onde a u#a inven*o hist8rica arbitrária. /ara
%habha, a constru*o da
nacionalidade 5 6o#entada -or u# #ovi#ento a#bivalente entre os
discursos -eda'8'icos dana*o e o -er6o#ático da unidade -ol4tica. 2
discurso das #inorias e a a6ir#a*o das di6eren*as
culturais no seio de u# -ovo so co# #uita 6re)[ncia asso#bradas
-ela in)uietante i#a'e#
do discurso #onol4tico e castrador. Ressalta3se )ue o -roble#a
identitário 6oi o do#inante
durante o s5culo \E\.
?+ No"as so:re as es"ra"4g$as d$s&urs$*as@'arra"$*as
DESS;MENA]^2: 2D2 ;\2 A/R;S;NA
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/luralidade
Disse#ina*o Multi-licidade
Endecidibilidade
Mi'ra*o
Dis-erso
Disse#iNa*o Reunio
Diás-ora
;!4lio
Disse#ina*o co#o
Descentra#entoXDesloca*oXDerra-a'e#XDesliza#ento
&...Rushdie -arece su'erir 0e# s !ers6culos &at:nicos1
)ue 5 a-enas atrav5s do -rocesso dedisse#iNa*o = do sentido, do
te#-o, dos -ovos, das 6ronteiras culturais e das
tradi*+eshist8ricas = )ue a alteridade radical da cultura nacional
criará novas 6or#as de viver e deescrever -.QVQ
Me"%ora :ase do "eB"o# &oer@&os"urar "eB"o@textum
"e&$do
&2 )ue 6a*o tenso de 0estou a tentar1 6or#ular neste ensaio
so as estrat5'ias complexas deidentificação cultural e de alocução
discursiva )ue o-era# e# no#e do `-ovo ou da `na*o e6aze#
destes os suZeitos e os obZectos i#anentes de u#a #ulti-licidade de
narrativas sociais eliterárias -.QP.
Na cita*o de Tellner sobre &0o1s retalhos e
remendos culturais usados -elo nacionalis#o-.QPV
&2s recortes, os remendos e os farrapos da
vida )uotidiana t# de se tornar re-etida#entesi'nos da cultura
nacional -.Q@, reto#a na -. Q
&S8 -rocuro alinhavar al'u#as notas sobre o te#-o
inter#itente, e o es-a*o intersticial, )uee#er'e co#o estrutura da
indecidibilidade nas 6ronteiras da hibridez cultural -.QQ.
Na cita*o )ue 6az do te!to de Rushdie &... A)uela
manta de retalhos e#brulhada -ela#e#8ria era na realidade o cerne,
o >#a'o da sua -essoa, o seu auto3retrato -.QVB.
Co=aso e'"re d$s&urso "eór$&o e o
ar"(s"$&o-=$"err$o# seu te!to se coloca co#o u#a narrativa)ue
dialo'a co# outras narrativas, seZa# elas de natureza te8rica ou
literária: e!e#-lo disto soos te!tos citados3analisados neste
ensaio Tellner, Foucault, Anderson, $risteva, Fanon,
Rushdie, "arle# Renaissance etc. Nesta conce-*o, a na*o, seZa e#
te!tos literários, seZa e#te!tos te8ricos a-arece co#o
narrativa:
Nação como estratégia narrativa
Nação como metáfora = &H necessário ta#b5# )ue
haZa u#a tribo de int5r-retes destas#etá6oras = os tradutores da
disse#ina*o de te!tos e discursos atrav5s das culturas -.QPQ
Nação enquanto narração
Contra-narrativa
Ato disseminatório da narrativa
Inversão ou circulação da narrativa
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Aror$a!o@Des=o&ame'"o de &o'&e$"os# A a-ro!i#a*o
entre o /assado Futuro Future
/er6ect de $risteva e a indecidibilidade cultural de Fanon, a
tradu*o de %enZa#in tradu*ocultural. 2utro e!e#-lo disto so
as notas de roda-5:
& Areviei o argumento de Foucault -ara #inha
convenincia -QV
&/ara #inha convenincia, constru! uma citação
composta a -artir das várias descri*+es )ueAlthusser 6az dos
e6eitos ideol8'icos do historicis#o. -.QB
& Alterei ligeiramente a apresentação deste -asso
de #odo a en)uadrar3se co# a se)[ncia de#inha ar'u#enta*o.
-.QVO
Su=eme'"o
&A estrat5'ia su-le#entar su'ere )ue, a-esar de se
acrescentar , não se te# )ue 6or*osa#entesomar , #as
5 -oss4vel )ue o resultado 6inal do cálculo seZa a6etado -.QQ@
No te!to, o discurso da #inoria a-arece co#o o su-le#ento
do discurso nacional: &A totalidadeda na*o 5 con6rontada co# u#
#ovi#ento su-le#entar de escrita e atravessada -or ele-.QQ@
Na estrat5'ia discursiva, o nacionalis#o 5 o su-le#ento da
discusso -osta: &2 discurso donacionalis#o no 5 o obZeto
central deste ensaio -.QP, ou seZa, &2s #uitos co#o u# evocao
le#a do nacionalis#o &
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TeB"o sem uma =óg$&a &ausa= &e'"ra=$adaH -QPQ,
&teoria viaZante, 6lutuante: contra ohistoricis#o, contra o
encadea#ento causa3conse)[ncia, contra o centro:
;SCREA3 D
