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Médecine du travail

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Page 1: Médecine du travail
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Médecine du travail

Page 3: Médecine du travail

CHEZ LE MÊME ÉDITEUR

D a n s l a m ê m e c o l l e c t i o n :

ABREGE DES URGENCES TOXICOLOGIQUES. P r o d u i t s c h i m i q u e s i n d u s t r i e l s n o n p h a r m a -

c e u t i q u e s , p a r M . - J . LEFEVRE. 1 9 8 0 , 184 p a g e s . ABREGE DE FISCALITE DES PROFESSIONS MEDICALES ET PARAMEDICALLS, p a r

C . G o s S E R E Z . 1 9 7 9 , 1 9 2 p a g e s .

ABREGE DE SOCIOLOGIE ET ECONOMIE MEDICALES, p a r Y. PELICIER e t P h . M o u e in z .

1 9 7 3 , 168 p a g e s , 12 fig., 61 t a b l .

A u t r e s o u v r a g e s :

PRECIS DE MEDECINE DU TRAVAIL, s o u s l a d i r . d e H . DESOILLE, J . S i-iLRRF-R e t

R . TRUHAUT. 31 éd . c o m p l é t é e , 1 9 7 9 , 1 1 0 4 p a g e s , 149 fig., 3 0 t a b l . , 4 pl . e n cou ! .

PHYSIOLOGIE DU TRAVAIL. E r g o n o m i e , p a r J . SCHERRER e t co l l .

T o m e 1. - T r a v a i l p h y s i q u e . E n e r g é t i q u e . 1 9 6 7 , 3 8 8 p a g e s , 198 fig.

T o m e 2 . - A m b i a n c e s p h y s i q u e s . T r a v a i l p s y c h o - s e n s o r i e l . 1 9 6 7 , 3 4 2 p a g e s , 160 fig.,

t a b l e a u x , 1 d é p l i a n t e t 1 p l a n c h e e n c o u l .

LE PSYCHOLOGUE ET L'ENTREPRISE, t e x t e s r é u n i s e t p r é s e n t é s p a r CI . LEVY-LLBOÏ Lk.

C o l l e c t i o n d e P s y c h o l o g i e a p p l i q u é e . 1 9 8 0 , 176 p a g e s , 7 fig., 2 6 t a b l . et s c h é m a s .

L'AMELIORATION DES CONDITIONS DE TRAVAIL DANS L'INDUSTRIE, p a r J . REGNIER. C o l -

l e c t i o n d e P s y c h o l o g i e a p p l i q u é e . 1 9 8 0 , 1 8 2 p a g e s , 3 5 fig.

LE BRUIT ET SES EFFETS NOCIFS, p a r I . VALCIC. 1 9 8 0 , 1 4 4 p a g e s , 6 7 f igures .

LA RESPONSABILITE DU MEDECIN DU TRAVAIL, p a r L ' É P E E , LAZARINI, DOIGNON.

M o n o g r a p h i e s d e M é d e c i n e d u t r a v a i l . 9 6 p a g e s e n v i r o n . ( E n p r é p a r a t i o n )

LE SECRET PROFESSIONNEL EN MEDECINE DU TRAVAIL, p a r L ' É P E E , LAZAKIM,

DOIGNON. M o n o g r a p h i e s d e M é d e c i n e d u t r a v a i l . 8 0 p a g e s e n v i r o n . ( E n p r é p a r a - t i o n . )

Page 4: Médecine du travail

Médecine du travail

J . P R O T E A U

Professeur de médecine du travail Université Pierre et Marie Curie-Paris VI

M . P H I L B E R T

Professeur de médecine du travail Université René Descartes-Paris V

avec la collaboration de

F. CONSO, A. DOMONT, M.-L. EFTHYMIOU,

A. LECLERCQ, J. LORIOT, A. RAIX, F. REYBOZ

MASSON Paris New York Barcelone Milan 1 9 8 0

Page 5: Médecine du travail

Tous droits de traduction, d'adaptation et de reproduction par tous procédés réservés pour tous pays.

La loi du 11 mars 1957 n'autorisant, aux termes des alinéas 2 et 3 de l'article 41, d'une part, que les « copies ou reproductions strictement réservées à l'usage privé du copiste et non destinées à une utilisation collective » et, d'autre part, que les analyses et les courtes citations dans un but d'exemple et d'illustration, « toute représentation ou reproduction intégrale, ou partielle, faite sans le consentement de l'auteur , ou de ses ayants droit ou ayants cause, est illicite » (alinéa 1 er de l'article 40).

Cette représentation ou reproduction, par quelque procédé que ce soit, constituerait donc une contrefaçon sanctionnée par les articles 425 et suivants du Code pénal.

cg Masson, Paris, 1980

ISBN : 2-225-66770-5

MASSON S . A . 120 B d S a i n t - G e r m a i n , 7 5 2 8 0 P a r i s C e d e x 0 6

MASSON PUBLISHING U S A I n c . 14 E a s t 6 0 t h S t r e e t , N e w Y o r k , N . Y . 1 0 0 2 2

TORAY-MASSON S . A . B a l m e s 151 , B a r c e l o n a 8

MASSON ITALIA EDITORI S . p . A . V i a G i o v a n n i P a s c o l i 55, 2 0 1 3 3 M i l a n o

Page 6: Médecine du travail

PRÉFACE

Ce livre n'a nullement la prétention de donner une connaissance approfondie et encore moins exhaustive de la Médecine du Travail.

Il est essentiellement destiné aux étudiants du cursus normal des étu- des de Médecine mais aussi aux médecins praticiens confrontés aux problèmes médicaux du travail dans leur exercice normal, voire à cer- tains médecins du travail qui peuvent y trouver une sorte de recyclage.

La multiplicité des collaborateurs qui ont participé à la rédaction de ce livre, a nui indiscutablement à son unité, mais elle a en même temps permis, compte-tenu de leur compétence spécifique, de dégager plu- sieurs facettes de la Médecine du Travail.

De toute façon, que l'on ne s'y trompe pas: comme la médecine prati- cienne, mais peut être plus encore qu'elle, la maîtrise de la Médecine du Travail ne s'acquiert pas par l'accumulation de données théoriques mais par la pratique quotidienne sur les lieux du travail.

Puisse cet ouvrage apporter un soutien à ceux qui en ressentent le besoin.

Page 7: Médecine du travail
Page 8: Médecine du travail

TABLE DES MATIÈRES

PREFACE V

P R E M I È R E P A R T I E

L É G I S L A T I O N

CHAPITRE PREMIER. — O r g a n i s a t i o n d e s s e r v i c e s m é d i c a u x d u t ravai l , 3

Les d i f f é r e n t s t y p e s d e s e r v i c e s m é d i c a u x (3). L e m é d e c i n d u t r a v a i l

(4). Le p e r s o n n e l i n f i r m i e r (4). L e s s e c o u r i s t e s (4). Les l o c a u x et le

m a t é r i e l (4). C a s p a r t i c u l i e r d e l ' a g r i c u l t u r e (5).

CHAPITRE 2. L e m é d e c i n d u t r a v a i l .

S o n s t a t u t 7

Ses f o n c t i o n s 8

A u c a b i n e t m é d i c a l (8). H o r s d u c a b i n e t m é d i c a l (10) . L i a i s o n s d u m é d e c i n d u t r a v a i l i l

D a n s l ' e n t r e p r i s e ( I I ) . H o r s d e l ' e n t r e p r i s e ( 14).

CHAPITRE 3. — L ' e n t r e p r i s e .

S a s t r u c t u r e : « L ' o r g a n i g r a m m e » 17

Les s y n d i c a t s 18

Les d é l é g u é s d u p e r s o n n e l 19

Le C o m i t é d ' E n t r e p r i s e 2 0

S a c o m p o s i t i o n (20) . Ses a t t r i b u t i o n s (20) . S o n f o n c t i o n n e m e n t (21) .

Le C o m i t é d ' H y g i è n e et d e S é c u r i t é 22

S a c o m p o s i t i o n (22) . S a m i s s i o n (22) .

CHAPITRE 4. - L e s a c c i d e n t s d u t r a v a i l 25

H i s t o r i q u e ( 2 5 ) . D é f i n i t i o n et p r i n c i p e s ( 2 5 ) . L e s f o r m a - l i tés à e f f e c t u e r (26) . P r e s t a t i o n s en n a t u r e et en e s p è c e s t e m p o -

r a i r e s (28) . C e r t i f i c a t f inal - c o n s o l i d a t i o n - g u é r i s o n - i n c a p a c i t é

p e r m a n e n t e (28). C o n t e s t a t i o n s (30) .

CHAPITRE 5. - L e s m a l a d i e s p r o f e s s i o n n e l l e s 33

H i s t o r i q u e (33) . D é f i n i t i o n et p r i n c i p e s (33) . L a r é p a r a t i o n p r o p r e m e n t d i t e (34) .

D E U X I È M E P A R T I E

E R G O N O M I E ET P H Y S I O L O G I E D U T R A V A I L

CHAPITRE 6. G é n é r a l i t é s et d é f i n i t i o n s 3 9

CHAPITRE 7. - P h y s i o l o g i e d u t r a v a i l m u s c u l a i r e 41 G é n é r a l i t é s

Le d i a g r a m m e t e n s i o n - l o n g u e u r 42

Le d i a g r a m m e t e n s i o n - l o n g u e u r c h e z 1 a n i m a l (42) . D i a g r a m m e ten-

Page 9: Médecine du travail

s i o n - l o n g u e u r c h e z l ' h o m m e (43) . S u r le p l a n p r a t i q u e : i n t é r ê t

d e l a c o n n a i s s a n c e d u d i a g r a m m e t e n s i o n - l o n g u e u r (44 ) .

L e t r a v a i l s t a t i q u e 4 4

L e t r a v a i l s t a t i q u e c o n t i n u (44) . L e t r a v a i l s t a t i q u e i n t e r m i t t e n t (45) .

Le t r a v a i l d y n a m i q u e 4 6

L e t r a v a i l d y n a m i q u e l o c a l (46) . L e t r a v a i l d y n a m i q u e g é n é r a l (48) .

N o t i o n d ' a n g l e d e m o i n d r e i n c o n f o r t 4 8

D e s c r i p t i o n d e l ' a c t i v i t é m o t r i c e a u p o s t e d e t r a v a i l 4 9 P o s t u r e s 5 0

CHAPITRE 8. — P h y s i o l o g i e c a r d i o - r e s p i r a t o i r e e t t r a v a i l 51 G é n é r a l i t é s 51

P h y s i o l o g i e r e s p i r a t o i r e e t t r a v a i l 5 2

C o n s o m m a t i o n d ' o x y g è n e et d é b i t v e n t i l a t o i r e (52) . A d a p t a t i o n

r e s p i r a t o i r e a u t r a v a i l l o c a l (53) . A d a p t a t i o n r e s p i r a t o i r e a u t r a v a i l

g é n é r a l (53 ) . É t u d e d e p o s t e e t p a r a m è t r e s r e s p i r a t o i r e s (53) .

P h y s i o l o g i e c a r d i a q u e e t t r a v a i l 5 4

C o n s o m m a t i o n d ' o x y g è n e et d é b i t c a r d i a q u e (54 ) . L a c o n s o m m a t i o n

m a x i m a l e d ' o x y g è n e (54) . A d a p t a t i o n c a r d i a q u e a u t r a v a i l l o c a l

(55 ) . A d a p t a t i o n c a r d i a q u e a u t r a v a i l d y n a m i q u e g é n é r a l (57) .

É t u d e d e p o s t e et p a r a m è t r e s c a r d i a q u e s (58 ) .

CHAPITRE 9. — A s t r e i n t e s p h y s i o l o g i q u e s e t a m b i a n c e s d e t r a v a i l 61 G é n é r a l i t é s 61

A s t r e i n t e s p h y s i o l o g i q u e s e t f a c t e u r s p h y s i q u e s d e l ' e n v i r o n n e m e n t d u p o s t e d e t r a v a i l 6 2

T r a v a i l e t a m b i a n c e t h e r m i q u e (62) . T r a v a i l et a m b i a n c e l u m i n e u s e

(64) . R a d i a t i o n s i o n i s a n t e s e t t r a v a i l (70 ) . B r u i t , t r é p i d a t i o n e t t r a v a i l

(71) .

A s t r e i n t e s p h y s i o l o g i q u e s et f a c t e u r s p h y s i c o - c h i m i q u e s : les p o u s s i è r e s . . 76

A s t r e i n t e p h y s i o l o g i q u e et f a c t e u r s c h i m i q u e s : l es t o x i q u e s 79

CHAPITRE 10. — R y t h m e s b i o l o g i q u e s e t t r a v a i l p o s t é 81

R y t h m e s b i o l o g i q u e s et t r a v a i l 81

G é n é r a l i t é s (81 ) . D é f i n i t i o n s — T e r m i n o l o g i e (83) . A c t i v i t é d e t r a v a i l

e t n i v e a u x h i é r a r c h i s é s d e c o m m a n d e (84) .

T r a v a i l p o s t é : t r a v a i l d e n u i t e t h o r a i r e s a l t e r n a n t s : . . . . 85

M o d a l i t é s d ' o r g a n i s a t i o n d u t r a v a i l e n h o r a i r e s a l t e r n a n t s (85) .

V a r i a t i o n s d e s r y t h m e s b i o l o g i q u e s et t r a v a i l d e n u i t (86) . E f f e t s d u

t r a v a i l d e n u i t (86 ) . A m é n a g e m e n t d u t r a v a i l d e n u i t (88) .

T R O I S J È M E P A R T I E

P A T H O L O G I E

CHAPITRE I I . — T o x i q u e s 91

G é n é r a l i t é s s u r les i n t o x i c a t i o n s p r o f e s s i o n n e l l e s 91 B e n z o l i s m e 9 6

Q u e l q u e s d é f i n i t i o n s (96) . L e s p r o f e s s i o n s e x p o s é e s (97) . R é p a r t i t i o n

m é t a b o l i s m e et e x c r é t i o n (97) . P a t h o l o g i e (98) . L e s m o y e n s d e su r -

v e i l l a n c e b i o l o g i q u e (98) . P r é v e n t i o n (99) . R é p a r a t i o n ( 1 0 0 ) .

I n t o x i c a t i o n p a r les s o l v a n t s ( h y d r o c a r b u r e s b e n z é n i q u e s e x c e p t é s ) . . . . . . 101

S o l v a n t s c h l o r é s a l i p h a t i q u e s .

Page 10: Médecine du travail

L e s p r o f e s s i o n s e x p o s é e s ( 1 0 1 ) . P é n é t r a t i o n e t d e v e n i r d a n s l ' o r g a -

n i s m e ( 1 0 1 ) . D é t e c t i o n et d o s a g e s ( 1 0 2 ) : P a t h o l o g i e l iée a u x s o l v a n t s

c h l o r é s ( 1 0 3 ) . P r é v e n t i o n ( 1 0 6 ) . R é p a r a t i o n ( 1 0 6 ) . S u l f u r e d e c a r b o n e .

Les p r o f e s s i o n s e x p o s é e s ( 1 0 6 ) . P a t h o l o g i e ( 1 0 7 ) . P r é v e n t i o n (107) .

R é p a r a t i o n ( 1 0 7 ) . A u t r e s s o l v a n t s .

L ' h e x a n e ( 1 0 7 ) . L e s a l c o o l s ( 1 0 8 ) . L e s c é t o n e s ( 1 0 8 ) . P l o m b 108

G é n é r a l i t é s ( 1 0 8 ) . L e s s o u r c e s d u p l o m b ( 1 0 8 ) . L e s m é t i e r s e x p o s a n t

à l ' i n t o x i c a t i o n s a t u r n i n e ( 1 1 0 ) . T o x i c o l o g i e ( 1 1 0 ) . P a t h o l o g i e ( 1 1 4 ) .

D i a g n o s t i c t o x i c o l o g i q u e ( 1 1 7 ) . T r a i t e m e n t ( 1 1 8 ) . P r é v e n t i o n ( 1 1 9 ) .

R é p a r a t i o n ( 1 2 0 ) . C o n c l u s i o n ( 1 2 1 ) .

M e r c u r e e t o r g a n o - m e r c u r i e l s 122

E m p l o i s i n d u s t r i e l s e t s o u r c e s d e c o n t a m i n a t i o n ( 1 2 2 ) . C i n é t i q u e et

m o d e d ' a b s o r p t i o n ( 1 2 3 ) . S y m p t o m a t o l o g i e ( 1 2 4 ) . P a r a m è t r e s d e su r -

v e i l l a n c e i n d u s t r i e l l e ( 1 2 6 ) . P r é v e n t i o n ( 1 2 6 ) . L a l é g i s l a t i o n ( 1 2 7 ) .

L a r é p a r a t i o n ( 1 2 7 ) .

O x y d e d e c a r b o n e 127

S o u r c e s ( 1 2 7 ) . M é c a n i s m e ( 1 2 8 ) . I n t o x i c a t i o n a i g u ë ( 1 2 9 ) . L ' i n t o x i -

c a t i o n s u b a i g u ë ( 1 3 0 ) . L ' i n t o x i c a t i o n c h r o n i q u e ( 1 3 1 ) . L e d i a g n o s t i c

(131) . L a p r é v e n t i o n ( 1 3 1 ) . L a l é g i s l a t i o n ( 1 3 2 ) .

I n t o x i c a t i o n p a r les p e s t i c i d e s 132

L ' i d e n t i f i c a t i o n ( 1 3 3 ) . I n s e c t i c i d e s o r g a n o - p h o s p h o r é s ( 1 3 3 ) . I n s e c -

t i c i d e s c a r b a m a t e s ( 1 3 6 ) . L e s i n s e c t i c i d e s o r g a n o - c h l o r é s ( 1 3 6 ) . L e s

p y r é t h r o i d e s ( 1 3 7 ) . L e s d é s h e r b a n t s ( 13 7). L e s fong i c i d e s (137) . A u t r e s

p r o d u i t s ( 1 3 8 ) . C o n c l u s i o n ( 1 3 8 ) .

CHAPITRE 12. — A g e n t s p h y s i q u e s 139

P a t h o l o g i e l iée a u b r u i t et a u x t r é p i d a t i o n s 139

G é n é r a l i t é s ( 1 3 9 ) . P a t h o l o g i e d u e a u x b r u i t s ( 1 4 0 ) . P a t h o l o g i e l iée

a u x t r é p i d a t i o n s ( 1 4 5 ) .

P a t h o l o g i e d u e à l ' a i r c o m p r i m é 148

G é n é r a l i t é s ( 1 4 8 ) . P r o f e s s i o n s e x p o s é e s ( 1 4 9 ) . P h y s i o l o g i e . L a v ie

e n p r e s s i o n ( 1 5 0 ) . P a t h o l o g i e (154) . T r a i t e m e n t ( 1 5 8 ) . P r é v e n t i o n

( 1 5 9 ) . R é p a r a t i o n ( 1 6 0 ) . C o n c l u s i o n ( 1 6 0 ) .

P a t h o l o g i e d u e à l ' é l e c t r i c i t é • 160

G é n é r a l i t é s ( 1 6 0 ) . É t i o l o g i e ( 1 6 0 ) . P h y s i o - p a t h o l o g i e ( 1 6 1 ) . É l e c -

t r i s a t i o n s a v e c l a b a s s e t e n s i o n ( 5 0 V à 4 3 0 V) ( 1 6 3 ) . É l e c t r i c i t é

a v e c m o y e n n e e t h a u t e t e n s i o n ( p l u s d e 4 3 0 V) ( 1 6 4 ) . A c c i d e n t s s e c o n -

d a i r e s ( 1 6 4 ) . S é q u e l l e s (166) . D i a g n o s t i c (167) . T r a i t e m e n t (167) .

P r é v e n t i o n ( 1 6 8 ) .

P a t h o l o g i e d u e a u x r a d i a t i o n s i o n i s a n t e s 169

G é n é r a l i t é s ( 1 6 9 ) . P a t h o l o g i e d u e a u x r a d i a t i o n s i o n i s a n t e s (171) .

L a p r é v e n t i o n t e c h n i q u e ( 1 7 6 ) .

CHAPITRE 13. — P a t h o l o g i e d u e a u x p o u s s i è r e s : l es p n e u m o c o n i o s e s 179 S i l i cose 179

P n e u m o c o n i o s e d u h o u i l l e u r ( 1 8 3 ) . A s b e s t o s e 183

A s b e s t o s e (184) . C a n c e r b r o n c h i q u e (185) . P a t h o l o g i e p l e u r a l e

( 1 8 5 ) . P r é v e n t i o n ( 1 8 6 ) . I n d e m n i s a t i o n ( 1 8 6 ) . C o n c l u s i o n (186) . S i d é r o s e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186

Page 11: Médecine du travail

CHAPITRE 14. — P a t h o l o g i e p a r a p p a r e i l s 189

D e r m a t o s e s p r o f e s s i o n n e l l e s 189

C l a s s i f i c a t i o n ( 1 8 9 ) . L e s d e r m a t o s e s o r t h o e r g i q u e s ( 1 9 0 ) . D e r m a t o s e s

a l l e r g i q u e s ( 1 9 3 ) . P r i n c i p a l e s p r o f e s s i o n s r e s p o n s a b l e s d e s d e r m a t o s e s

p r o f e s s i o n n e l l e s ( 1 9 4 ) . P r o p h y l a x i e ( 1 9 7 ) . R é p a r a t i o n ( 1 9 8 ) .

A s t h m e p r o f e s s i o n n e l 2 0 2

G é n é r a l i t é s ( 2 0 2 ) . P h y s i o p a t h o l o g i e ( 2 0 2 ) . C l i n i q u e ( 2 0 3 ) . M o d a l i t é s

d e l ' e n q u ê t e é t i o l o g i q u e ( 2 0 3 ) . E n q u ê t e p a r a - c l i n i q u e ( 2 0 4 ) . É t i o l o g i e

( 2 0 5 ) . P r é v e n t i o n ( 2 0 7 ) . R é p a r a t i o n ( 2 0 8 ) . C o n c l u s i o n ( 2 0 8 ) .

P n e u m o p a t h i e s a l l e r g i q u e s e x t r i n s è q u e s à p r é c i p i t i n e s 2 1 3

G é n é r a l i t é s ( 2 1 3 ) . L a m a l a d i e d u p o u m o n d u f e r m i e r ( 2 1 3 ) . F o r m e s

c l i n i q u e s : a u t r e s é t i o l o g i e s ( 2 1 6 ) . P r é v e n t i o n e t t r a i t e m e n t ( 2 1 8 ) .

R é p a r a t i o n ( 2 1 8 ) .

C a n c e r s p r o f e s s i o n n e l s 2 1 9

G é n é r a l i t é s ( 2 1 9 ) . P h y s i o p a t h o l o g i e ( 2 1 9 ) . L e s d i f f é r e n t e s v a r i é t é s

d e c a n c e r s p r o f e s s i o n n e l s ( 2 2 0 ) . P r é v e n t i o n ( 2 2 6 ) . R é p a r a t i o n ( 2 2 6 ) .

R e c l a s s e m e n t ( 2 2 6 ) .

A f f e c t i o n s n e u r o - p s y c h i a t r i q u e s p r o f e s s i o n n e l l e s ( é p i l e p s i e e x c e p t é e ) 2 2 7

M a l a d i e s i n f e c t i e u s e s ( 2 2 7 ) . A g e n t s p h y s i q u e s ( 2 2 8 ) . A g e n t s c h i m i -

q u e s ( 2 3 0 ) . C o n c l u s i o n s ( 2 3 4 ) .

É p i l e p s i e e t t r a v a i l 2 3 5

C a r a c t è r e d e s m a n i f e s t a t i o n s é p i l e p t i q u e s ( 2 3 5 ) . R é s u l t a t d e s s t a t i s -

t i q u e s e t d e s t r a v a u x m o d e r n e s ( 2 3 5 ) . P r o b l è m e s d ' a p t i t u d e e t r ô l e

d u m é d e c i n d u t r a v a i l ( 2 3 6 ) . R e s p o n s a b i l i t é ( 2 3 7 ) . L é g i s l a t i o n ( 2 3 7 ) .

C o n c l u s i o n ( 2 3 7 ) .

H é p a t h i t e s p r o f e s s i o n n e l l e s 2 3 8

G é n é r a l i t é s ( 2 3 8 ) . P h y s i o p a t h o l o g i e ( 2 3 8 ) . É t i o l o g i e ( 2 4 1 ) . P r é v e n -

t i on ( 2 4 5 ) . R é p a r a t i o n ( 2 4 6 ) . C o n c l u s i o n s ( 2 4 6 ) .

N é p h r i t e s p r o f e s s i o n n e l l e s 2 4 7

G é n é r a l i t é s ( 2 4 7 ) . P h y s i o p a t h o l o g i e ( 2 4 7 ) . S y n d r o m e s a n a t o m o - b i o -

c l i n i q u e s ( 2 4 8 ) . É t i o l o g i e ( 2 4 9 ) . P r é v e n t i o n ( 2 5 3 ) . R é p a r a t i o n ( 2 5 4 ) .

H é p a t o - n é p h r i t e s p r o f e s s i o n n e l l e s 2 5 4

G é n é r a l i t é s ( 2 5 4 ) . P h y s i o p a t h o l o g i e ( 2 5 5 ) . É t i o l o g i e ( 2 5 5 ) . P r é v e n -

t i o n ( 2 5 8 ) . R é p a r a t i o n ( 2 5 8 ) . C o n c l u s i o n ( 2 5 8 ) .

L e s h é m o p a t h i e s p r o f e s s i o n n e l l e s 2 5 8

G é n é r a l i t é s ( 2 5 8 ) . P h y s i o p a t h o l o g i e ( 2 5 9 ) . P a t h o l o g i e h é m a t o l o -

g i q u e : les g r a n d s s y n d r o m e s b i o c l i n i q u e s ( 2 6 0 ) . P r é v e n t i o n ( 2 7 4 ) .

R é p a r a t i o n ( 2 7 5 ) . C o n c l u s i o n ( 2 7 5 ) . A f f e c t i o n s c a r d i o - v a s c u l a i r e s et t r a v a i l 2 7 6

G é n é r a l i t é s ( 2 7 6 ) . P h y s i o l o g i e c a r d i o - v a s c u l a i r e d u t r a v a i l (276) .

R e t e n t i s s e m e n t p a t h o l o g i q u e d u t r a v a i l s u r le c œ u r ( 2 7 7 ) . A f f e c t i o n s

c a r d i o - v a s c u l a i r e s e t t r a v a i l ( 2 7 8 ) . L a r e m i s e d u t r a v a i l a p r è s af-

f e c t i o n c a r d i o - v a s c u l a i r e ( 2 8 1 ) . R é a d a p t a t i o n à l ' e f fo r t , r é é d u c a t i o n

f o n c t i o n n e l l e , r e c l a s s e m e n t p r o f e s s i o n n e l ( 2 8 3 ) . C o n c l u s i o n s (283) . D i a b è t e e t t r a v a i l 2 8 5

G é n é r a l i t é s ( 2 8 5 ) . I n c i d e n c e d u d i a b è t e s u c r é s u r le t r a v a i l (286) .

I n c i d e n c e d u t r a v a i l s u r le d i a b è t e ( 2 8 7 ) . L e d é p i s t a g e d u d i a b è t e

s u c r é ( 2 8 8 ) . R ô l e d u m é d e c i n d u t r a v a i l ( 2 8 9 ) . L ' o r i e n t a t i o n p r o f e s -

s i o n n e l l e d u d i a b é t i q u e ( 2 8 9 ) . C o n c l u s i o n ( 2 9 0 ) .

Page 12: Médecine du travail

Q U A T R I È M E P A R T I E

P R O B L È M E S D I V E R S

CHAPITRE 15. — A p t i t u d e , i n a p t i t u d e , l i c e n c i e m e n t 2 9 3

A l ' e m b a u c h a g e ( 2 9 3 ) . Vi s i t e s p é r i o d i q u e s o u d e r e p r i s e s ( 2 9 3 ) . L e s

c o n s é q u e n c e s d e l a d é c i s i o n d ' i n a p t i t u d e ( 2 9 4 ) . P r o p o s i t i o n s (295) . C o n c l u s i o n s ( 2 9 6 ) .

CHAPITRE 16. - A l c o o l i s m e e t t r a v a i l 2 9 7

A s p e c t s g é n é r a u x ( 2 9 7 ) . C o n s é q u e n c e s d e l ' a l c o o l i s m e ( 2 9 8 ) . A l c o o l

e t m a l a d i e s p r o f e s s i o n n e l l e s ( 2 9 8 ) . P r é v e n t i o n e n m i l i e u d u t r a v a i l ( 2 9 9 ) .

CHAPITRE 17. — R e s p o n s a b i l i t é d u m é d e c i n d u t r a v a i l 3 0 3

R e s p o n s a b i l i t é o r d i n a l e ( 3 0 3 ) . R e s p o n s a b i l i t é p é n a l e ( 3 0 4 ) . R e s p o n -

s a b i l i t é c iv i l e ( 3 0 5 ) .

CHAPITRE 18. S e c r e t p r o f e s s i o n n e l d u m é d e c i n d u t r a v a i l 3 0 9

S e c r e t m é d i c a l ( 3 0 9 ) . S e c r e t p r o f e s s i o n n e l ( 3 1 0 ) .

CHAPITRE 1 9 . - L ' o r i e n t a t i o n p r o f e s s i o n n e l l e 311

L a f o r m a t i o n p r o f e s s i o n n e l l e d e s a d u l t e s ( 3 1 1 ) . L e r e c l a s s e m e n t p r o -

f e s s i o n n e l d e s t r a v a i l l e u r s h a n d i c a p é s ( 3 1 4 ) .

C I N Q U I È M E P A R T I E

A N N E X E S

M o d è l e s d e c e r t i f i c a t s 321

T a b l e a u x d e s m a l a d i e s p r o f e s s i o n n e l l e s 3 2 5

R é g i m e g é n é r a l ( 3 2 5 ) . R é g i m e a g r i c o l e ( 3 6 4 ) .

C e r t i f i c a t s d ' é t u d e s s p é c i a l e s d e m é d e c i n e d u t r a v a i l , . . . . . . . . . . . . . . 3 8 8

O r g a n i s a t i o n d e s s e r v i c e s m é d i c a u x d u t r a v a i l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 8 9

INDEX ALPHABETIQUE /' 3 9 5

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P R E M I È R E P A R T I E

LÉGISLATION

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ORGANISATION DES SERVICES MÉDICAUX DU TRAVAIL

L'organisation des services médicaux du travail a été définie par la loi du 11 octobre 1946, pour ce qui concerne les entreprises et établissements indus- triels et commerciaux.

Différentes modifications sont intervenues depuis la promulgation de cette loi, dont la plus récente remonte au décret du 20 mars 1979.

LES DIFFÉRENTS TYPES DE SERVICES MÉDICAUX

- Lorsque le temps que doit consacrer le médecin à sa mission dans l'entre- prise ou l'établissement est égal au moins à 173 heures par mois, un Ser- vice médical d'entreprise (service autonome) doit être créé. Ce service est administré par l'employeur, sous la surveillance du Comité d'Entreprise ou d'Établissement.

- Si le temps de travail du médecin est inférieur à 20 heures par mois, l'en- treprise ou l'établissement doit faire appel à un service inter-entreprises. Le service inter-entreprises est un organisme à but non lucratif, doté d'une personnalité civile et d'une autonomie financière, administré par un prési- dent et soumis à la surveillance du comité inter-entreprises (ou, à défaut, d'une commission de contrôle, où siègent des représentants des employeurs et des salariés).

- Lorsque le temps de travail du médecin est compris entre 20 heures et 173 heures par mois, l'employeur peut choisir entre l'une et l'autre for- mule, après accord du comité d'entreprise ou d'établissement.

- Une troisième formule est offerte aux entreprises ayant plusieurs établisse- ments pour lesquels le temps minimal de travail du médecin est au total égal à 20 h par mois au moins : la création d'un service inter-établisse- ment d'entreprise. Ce service est administré par l'employeur, sous la sur- veillance du comité central d'entreprise.

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LE MÉDECIN DU TRAVAIL

Il ne peut être nommé ou licencié qu'avec l'accord du comité d'entreprise (ou du comité inter-entreprise ou du comité central d'entreprise, suivant le cas).

Il doit être docteur en médecine et titulaire du certificat d'études spéciales de Médecine du Travail, et doit être lié avec son employeur par un contrat.

Le médecin du travail doit assurer personnellement l'ensemble de ses fonc- tions et consacrer à sa mission au moins 1 heure par mois pour :

- 20 employés ou assimilés. - 15 ouvriers ou assimilés. - 10 salariés - y compris les travailleurs temporaires - soumis à surveil-

lance spéciale.

LE PERSONNEL INFIRMIER

- Dans les entreprises de type commercial, l'effectif du personnel infirmier doit être d'au moins une infirmière pour 500 à 1 000 salariés; au-delà de ce chiffre, une infirmière supplémentaire est nécessaire pour chaque tran- che de 1 000 salariés.

- Dans les entreprises de type industriel, l'effectif doit être d'une infirmière pour 200 à 800 salariés. Au-delà, une infirmière est nécessaire pour cha- que tranche de 600 personnes.

Ce personnel infirmier doit être titulaire du diplôme d'état, être recruté avec l'accord du médecin et a pour mission d'assister le médecin du travail dans l'ensemble de ses activités.

LES SECOURISTES

La législation prévoit que, dans chaque atelier où des travaux dangereux sont effectués, un membre du personnel (différent du personnel infirmier) doit avoir reçu l'instruction nécessaire pour donner les premiers secours en cas d'urgence.

LES LOCAUX ET LE MATÉRIEL

La loi précise de façon détaillée la superficie des locaux affectés aux services médicaux du travail, et la répartition de cette superficie entre les différents élé- ments constitutifs : salle d'attente, salle de pansements, déshabilloirs, cabinet médical, salle de repos.

Sont prévus également les conditions d'aménagement des camions dispensai- res et l'existence de postes de secours dans les chantiers.

Page 18: Médecine du travail

CAS PARTICULIER DE L'AGRICULTURE

La protection sociale des travailleurs de l'agriculture est confiée à la Mutua- lité Sociale Agricole. La médecine du travail en Agriculture est obligatoire pour tous les salariés et les apprentis depuis 1970. Les caisses de mutualité agricole ont donc organisé des services de médecine du travail agricole qui sont constitués :

- soit de centres fixes pour l'examen des salariés des organisations agricoles ou des grandes entreprises agricoles:

- soit des centres mobiles pour l'examen des salariés des exploitations dis- persées.

Les médecins du travail de ces caisses doivent être titulaires du certificat d'études spéciales de médecine du travail ou du diplôme délivré par l'Institut National de Médecine Agricole, à Tours.

Les missions du médecin du travail agricole sont très proches de celles du médecin du travail des entreprises industrielles ou commerciales.

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LE MÉDECIN DU TRAVAIL

Le médecin du travail a une position particulière dans l'ensemble du corps médical. Son rôle étant exclusivement préventif - en dehors des cas d'urgence - il est déchargé des actes thérapeutiques et peut parfois s'en sentir frustré. Mais il a la responsabilité de la surveillance de la santé de l'homme dans son milieu de travail; cette tâche est très importante, puisqu'elle recouvre la préven- tion des accidents du travail et des maladies professionnelles, mais aussi la prévention de l'ensemble des nuisances physiques et psychiques liées à la situa- tion de travail.

C'est pourquoi ses efforts porteront sur des activités aussi variées que, par exemple, l'ergonomie des postes de travail, l'amélioration des conditions de tra- vail, la prévention de la psychopathologie du travail et la qualité des relations humaines dans l'entreprise.

S O N S T A T U T

Il est également très particulier :

- Médecin, le médecin du travail doit être obligatoirement inscrit au tableau de l'ordre du département où il exerce et il est soumis à la juridiction ordinale qui sanctionne les infractions au code de déontologie.

Il doit par ailleurs soumettre au conseil de l'ordre le contrat qui le lie avec son employeur.

- Salarié, il est placé sous l'autorité directe du chef d'entreprise, dont il est le conseiller en matière de santé, hygiène, sécurité et conditions de vie.

Mais il est un salarié à part, puisque choisi par l'employeur avec l'accord

Page 21: Médecine du travail

du comité d'entreprise; son service est sous la surveillance de ce comité d'entre- prise - émanation du personnel - et il doit lui rendre compte de ses activités.

- Chef de Service, il est un cadre de l'entreprise, choisissant son personnel (les infirmières) et en assurant la direction, la gestion et la progression profes- sionnelle.

SES FONCTIONS

Le médecin du travail a des tâches nombreuses et variées au sein de l'entre-

prise. On peut essayer de grouper ces tâches en un essai de classification mais il est difficile, par une simple description, d'exprimer à quel point peut être important le rôle de conseiller, d'arbitre ou de conciliateur joué par le médecin du travail, en dehors de ses activités purement médicales, c'est-à-dire de techni- cien.

Il peut être, au travers de ses multiples activités, et en fonction de sa person- nalité et de son sens de la relation, l'animateur, le promoteur ou le réalisateur de nombreuses actions - ponctiformes ou de longue haleine - ayant trait à la santé mentale et physique de l'entreprise.

AU CABINET MÉDICAL

M Les examens médicaux. - Ce sont des examens médicaux auxquels tout médecin a été formé, mais qui offrent la particularité d'être effectués dans l'es- prit de recherche d'une bonne adéquation entre la personne examinée et le poste de travail occupé.

- Les visites d'embauches ont lieu avant l'embauchage, ou pour les travaux non soumis à surveillance spéciale, avant la fin de la période d'essai.

Elles permettent de vérifier que le candidat est apte, médicalement, au poste de travail proposé et qu'il est indemne d'affection dangereuse pour les autres travailleurs. Cet examen médical peut, par ailleurs, amener le médecin à propo- ser une adaptation du poste ou l'affectation à un autre poste.

- Les visites systématiques ont lieu au moins une fois par an: pour certaines catégories de salariés : ceux qui sont affectés à des travaux comportant un ris- que spécial. les handicapés, les femmes enceintes. les mères d'un enfant de moins de 2 ans et les travailleurs de moins de 18 ans. le médecin adoptera une fréquence de visite plus grande. laissée à son appréciation.

- Les visites de reprise concernent les salariés qui reprennent leur travail après une maladie professionnelle. un accident du travail, une maternité: en

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cas d'absence d'au moins 21 jours pour maladie ou accident non professionnel, ou après des absences répétées, un examen médical sera également pratiqué. Il a pour but de vérifier que la cause de l'absence n'a pas modifié l'aptitude au poste de travail et la sécurité des autres travailleurs.

Ces visites se traduisent par un avis d'aptitude ou d'inaptitude transmis à l'employeur. On comprend combien une décision d'inaptitude totale et défini- tive est lourde de conséquence pour le travailleur; aussi doit-elle être méticuleu- sement pesée. Le médecin du travail peut, pour prendre sa décision, avoir recours à des examens complémentaires et à des avis de spécialistes. Les frais engagés pour ces compléments d'information sont à la charge de l'employeur. Il en est de même pour les examens complémentaires prévus par la législation dans le cadre de la surveillance systématique des travailleurs soumis à des ris- ques spéciaux.

- Les consultations spontanées. - Elles constituent une part importante de l'activité médicale, traduisant la confiance des salariés dans leur médecin du travail.

Elles peuvent avoir trait directement à la situation de travail, ou concerner la santé du consultant indépendamment de son travail : il s'agit alors de demandes très diverses.

Mais le motif avoué de la consultation peut cacher des problèmes plus pro- fonds et le médecin du travail ne devra pas laisser passer l'occasion de ces échanges très fructueux, au cours desquels il pourra aller beaucoup plus loin dans la compréhension de son interlocuteur ou des problèmes de l'entreprise.

3 Tâches administratives. - Le médecin du travail doit effectuer un certain nombre de travaux administratifs; nous en donnerons quelques exemples :

- Le dossier médical est constitué lors de la visite d'embauchage d'un nou- veau salarié; il est complété après chaque examen ultérieur et ne peut être communiqué qu'au médecin inspecteur du travail ou au médecin traitant (à la demande de l'intéressé).

- La fiche d'aptitude est un document établi en deux exemplaires, l'un pour le salarié, l'autre pour l'employeur, à chacune des visites d'embauche systéma- tique ou de reprise du travail.

- La fiche d'entreprise est un document dans lequel le médecin du travail décrit les caractéristiques de l'entreprise, les observations qu'il est amené à faire, et la suite qui y est donnée. Cette fiche est à la disposition de l'employeur, des représentants du personnel, de l'inspecteur du travail et du médecin inspec- teur du travail.

- Enfin, le médecin du travail est tenu de faire un rapport annuel d'activité, dont la forme est prévue par arrêté ministériel. Ce rapport est présenté par le médecin du travail au comité d'entreprise; il est ensuite adressé par le chef

Page 23: Médecine du travail

d'entreprise à l'inspecteur du travail et au médecin inspecteur régional du tra- vail.

Pour faciliter l'établissement de ce rapport le médecin du travail aura intérêt à établir différents documents relevant de ses différentes activités, dont le plus utile est probablement le cahier d'activité journalière.

HORS DU CABINET MÉDICAL

Le médecin du travail est le conseiller de la direction, des représentants du personnel, des salariés, des services sociaux pour tout ce qui a trait à l'hygiène, la sécurité, les conditions de travail et de vie dans l'entreprise.

a Le tiers-temps. - Le médecin du travail doit consacrer 1/3 de son temps en milieu de travail. Dans les ateliers, dans les bureaux, sur les chantiers, ses tâches seront dans ce domaine très nombreuses et porteront principalement sur :

- L'hygiène générale de l'établissement et particulièrement celle de la can- tine; l'éducation sanitaire en relation avec l'activité professionnelle devra être un de ses constants soucis.

- La protection des salariés contre les différentes nuisances; il participe à la prévention des accidents du travail et l'établissement des mesures de protec- tion lors de l'utilisation des produits dangereux. Dans le cadre de cette activité, il peut être amené à faire effectuer des prélèvements et des mesures aux fins d'analyse (aux frais de l'employeur).

- Il joue un rôle important dans la formation des secouristes et l'organisa- tion des secours d'urgence.

- Il doit se préoccuper de l'adaptation des postes à la physiologie humaine. Il devra connaître les machines, les outils, les produits employés ainsi que

les techniques utilisées et les rythmes de travail imposés, et donner son avis sur leur bonne adaptation à l'homme (notons à ce propos que le médecin du travail est soumis à un double secret professionnel : le secret médical mais éga- lement le secret concernant la fabrication).

Il doit également être consulté sur les projets de construction d'aménage- ments nouveaux, ainsi que sur les modifications apportées aux équipements.

- Il doit être attentif à l'amélioration des conditions de vie et de travail dans l'entreprise.

- Ses visites d'ateliers, dans le cadre du tiers-temps, doivent lui permettre également d'examiner médicalement les raisons des demandes de mutation, de favoriser la réinsertion et la réadaptation des handicapés, et d'une façon géné- rale de vérifier que tous les sujets fragiles travaillent dans des conditions adap- tées et satisfaisantes.

a Les commissions. - Pour toutes ces missions, le médecin intervient au tra- vers de ses actions propres, mais également par sa participation aux réunions spécialisées.

Page 24: Médecine du travail

- A u comité d'entreprise il apportera sa compétence lorsque l'ordre du jour comporte des questions d'hygiène, de sécurité ou de conditions de vie ou de travail.

- Au C.H.S. dont il est membre de droit, il doit être un élément moteur et dynamisant.

- A la commission d'amélioration des conditions de travail. Le médecin du travail agit ainsi par toute une série d'échanges avec les diffé-

rents éléments de l'entreprise, ou certains éléments hors de l'entreprise. C'est pourquoi nous croyons utile, pour terminer cette rapide esquisse de l'activité du médecin du travail, de résumer les différentes liaisons qu'il a, à l'intérieur ou à l'extérieur de l'entreprise.

L I A I S O N S D U M É D E C I N D U T R A V A I L

Dans l'exercice de ses fonctions, le médecin du travail est appelé à avoir de nombreuses relations tant à l'extérieur qu'à l'intérieur de l'entreprise.

DANS L'ENTREPRISE

M A vec la hiérarchie.

- Le chef d'entreprise. - Le médecin du travail dépend hiérarchiquement du chef d'entreprise; il en est le conseiller sur les problèmes de sécurité, d'hy- giène et de conditions de vie. Par ailleurs, il doit le tenir informé des conditions de fonctionnement du service médical, et des conditions d'application de la réglementation en matière de médecine du travail.

Les relations entre eux doivent être étroites; elles s'ébaucheront lors des entretiens précédant l'embauche du médecin; rappelons qu'entre le médecin du travail et son employeur, il y a un choix réciproque, mais que ce choix est soumis à l'approbation du comité d'entreprise.

- Bien souvent c'est le chef du personnel qui est le véritable interlocuteur du médecin et qui établira avec lui les options en matière de politique de santé dans l'entreprise; il l'informera sur les embauches, les absences et toutes les modifications intervenant dans l'entreprise. Le médecin du travail, en retour, lui communiquera les avis d'aptitude ou d'inaptitude, le renseignera sur les demandes de mutations, l'état de santé de l'entreprise, et sur les problèmes par- -ticuliers (épidémies, problèmes psychologiques généraux d'un service, d'un in- dividu).

Page 25: Médecine du travail

Si la collaboration peut être fructueuse avec une direction « de bonne volonté », le médecin devra néanmoins veiller à garder son indépendance (par exemple, exiger que son courrier ne soit pas ouvert, et que le personnel in- firmier dépende de lui) et surtout rester vigilant quant au secret médical.

- Les directeurs de divisions, les chefs de services ou d'ateliers, les ingé- nieurs, les membres de la maîtrise : il est souhaitable que le médecin entre- tienne avec eux des relations suivies. Elles seront instaurées lors des visites d'ateliers ou des études de poste, ou lors d'entretiens concernant le cas particu- lier d'un membre du personnel. La bonne connaissance de chaque responsable par le médecin permettra de mieux évaluer les difficultés qui se présentent.

a Hors hiérarchie : les « fonctionnels ».

- Le service social. - Il est assuré essentiellement par des assistantes socia- les dont le rôle est triple :

- Aider les individus et certaines catégories de personnels (jeunes, femmes, travailleurs âgés, handicapés, étrangers) soit par une aide directe, soit par une orientation vers la personne ou l'organisme compétent.

- Participer à la vie et aux réalisations sociales institutionnelles de l'entre- prise (comité d'entreprise, commissions d'emploi, de formation, d'amélioration des conditions de travail) ou aux œuvres sociales (restaurant, organisations culturelles, activités sportives et de loisirs, colonies de vacances, œuvres d'en- traide).

- Participer à l'évolution de la politique sociale de l'entreprise. Le médecin du travail et le service social seront donc quotidiennement en

contact pour évoquer par exemple le cas d'un malade, d'un accidenté, d'une grossesse, d'un alcoolique, d'un drogué, d'un travailleur à temps partiel, d'une inaptitude, d'une retraite anticipée, d'un changement de poste, de problèmes familiaux, etc.

- Le service de sécurité. - Le responsable de ce service est soit un ingénieur (ou un agent de maîtrise) ayant cette attribution en plus de son rôle profession- nel, soit un spécialiste uniquement chargé de ces problèmes. Avec le médecin du travail, il effectuera un travail de collaboration étroite en plusieurs occa- sions :

visite des ateliers, recherche de mesures de prévention, aménagements de poste de travail, examen des accidents du travail et enquêtes à leur sujet, for- mation à la sécurité du personnel (et en particulier celle des secouristes, pom- piers et gardiens).

- Le service formation. - La relation entre le responsable du service forma- tion et le médecin du travail s'établira à propos des travailleurs pour lesquels on envisage une formation : la question posée au médecin sera de savoir si ces travailleurs sont aptes aux postes auxquels leur formation leur permettra d'accéder (exemple cariste): les différentes formations à la sécurité ou celle des secouristes sont également un problème à résoudre en commun.

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- Le service Études-Méthodes. - Le service études, installations et travaux neufs fera appel au médecin du travail pour certains aspects de la conception des bâtiments, des emplacements de postes, de l'aération, de la ventilation, du chauffage, de l'aspiration.

- Le service méthodes demandera au médecin d'apporter son appui ergono- mique à la conception des machines, des postes de travail et de leur sécurité.

- La section chronométrage utilisera également les compétences du médecin du travail pour l'étude des cadences, de l'évaluation des charges physiques et mentales, le pourcentage du temps de repos, etc.

- Les psychologues, le service psychotechnique. - Ils doivent travailler en bonne collaboration avec le médecin puisque leur mission est identique : réali- ser la meilleure adaptation entre le travailleur et le poste de travail.

a Hors hiérarchie : les représentants du personnel.

- Le comité d'entreprise. - Nous avons vu sa composition; en ce qui concerne ses relations avec le médecin du travail, rappelons que ce dernier ne peut être nommé ou licencié qu'avec l'accord du comité; le comité exerce de plus une forme de contrôle sur les activités du service médical. C'est surtout par l'examen du rapport annuel (rapport d'activité, et rapport administratif et financier) que s'exerce ce contrôle : le médecin lit son rapport en séance, et le comité émet critiques, remarques et suggestions concernant ce rapport.

Par ailleurs le médecin est le conseiller du comité en ce qui concerne toutes les questions relevant de leur compétence commune. Le comité, inversement, informe le médecin de certains problèmes relevant de l'hygiène, de la sécurité et des conditions de vie de travail dans l'entreprise; il étudie enfin - sur le plan financier - les propositions du médecin du travail dans le domaine médico-so- cial. On voit qu'il y a entre médecin et comité une collaboration importante.

- Le comité d'hygiène et de sécurité (C.H.S.). - Le médecin du travail, membre de droit du C.H.S. participe activement à chacune de ses actions.

C'est certainement au sein de cette commission que le dynamisme du méde- cin du travail pourra le mieux s'exprimer, et donner une impulsion importante aux actions de prévention.

- La commission d'amélioration des conditions de travail. - Le médecin devra participer à ses travaux; il apportera son concours à l'examen des ques- tions portant sur la durée et les horaires du travail, l'organisation du travail, les ambiances et les facteurs physiques du travail, etc.

- Les délégués du personnel. - Dans le cadre de leur mission, les délégués du personnel peuvent présenter au chef d'entreprise des réclamations portant sur l'application du code du travail en matière d'hygiène, de sécurité, de condi- tions de travail - le médecin étant le conseiller de la direction, mais aussi des

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représentants du personnel pour l'ensemble de ces questions, sera bien souvent interrogé par les deux parties et jouera un rôle de conciliateur.

HORS DE L'ENTREPRISE

M A vec les confrères.

- Les médecins traitant. - Il appartient au médecin du travail de multiplier les contacts de bonne confraternité par appels téléphoniques, ou mieux lettre, chaque fois qu'il sera amené à intervenir pour soins d'urgence ou pour un pro- blème concernant un travailleur : accident du travail, maladie professionnelle, décision d'invalidité ou inaptitude totale ou partielle, temps partiel, etc.

En ce qui concerne le secret professionnel, il est souvent partagé mais le médecin traitant n'est absolument pas tenu de donner au médecin du travail tous les éléments de sa connaissance, risquant de compromettre l'insertion pro- fessionnelle de son malade.

- Le médecin inspecteur régional du travail. - Son rôle est de veiller à l'ap- plication de la législation relative à l'hygiène du travail et à la protection de la santé des travailleurs. Parmi ses tâches, il a également la charge de contrôler le bon fonctionnement des services médicaux du travail; en particulier, il reçoit le rapport annuel des médecins du travail, a le droit d'entrée dans les entrepri- ses et de consulter les fichiers médicaux, mais il a également un rôle de conseil, de soutien et d'information des médecins du travail de sa région.

- L'ordre des médecins. - Rappelons simplement que le médecin du travail doit être inscrit au tableau de l'ordre de son département, qu'il doit respecter les règles de déontologie et qu'il doit soumettre au conseil le contrat qui le lie à son employeur.

M A vec les non médecins.

- L'inspecteur du travail. - Il a pour mission de veiller à l'application de la réglementation du travail; il est assisté par les contrôleurs du travail et dis- pose d'un droit d'entrée dans les entreprises où il peut conseiller et même exiger certaines modifications; il assiste s'il le désire aux réunions des comités d'hy- giène et de sécurité et reçoit les plaintes éventuelles des délégués du personnel.

Il a également un rôle d'information de son administration - le ministère du travail - et sur le plan pratique joue un rôle de conciliateur et d'arbitre lors des grèves, licenciements collectifs, etc.

Avec le médecin du travail, ses relations se situent sur le plan de la préven- tion des risques professionnels et celui du fonctionnement administratif du ser- vice médical: il joue le rôle d'arbitre lors de certaines divergences entre le médecin du travail et son employeur.

Page 28: Médecine du travail

Inspecteur du travail et médecin du travail sont l 'un pour l autre des sources d'information sur les nuisances existantes ou potentielles.

- Le service prévention de la caisse régionale d'assurance maladie. - Ce service comprend des ingénieurs conseils et des contrôleurs de sécurité qui peu- vent faire des enquêtes et des visites d'établissement; les mesures qu'ils sont amenés à conseiller sont consignées dans des rapports adressés à l'employeur.

Le médecin du travail a intérêt à suivre ces visites.

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L'ENTREPRISE

S A S T R U C T U R E : « L ' O R G A N I G R A M M E »

La vocation d'une entreprise est de concevoir et de mettre à la disposition des consommateurs, des produits ou des services. Selon la taille de cette entre- prise, la nature des produits fabriqués ou des services offerts, la structure pourra revêtir des aspects très différents. Mais dès lors qu'une entreprise a atteint une certaine dimension, on peut dégager une structure-type, dont le schéma simplifié permet de distinguer cinq grandes directions.

Sous la responsabilité au plus haut niveau d'une direction générale (chef d'entreprise, ou lorsqu'il s'agit d'un société anonyme : Président Directeur Général) on trouve :

- La Direction Scientifique - ou de la recherche - dont la mission est de mettre au point les produits à venir, ou de perfectionner les produits existants.

- La Direction de la production est responsable de l'ensemble de la fabrica- tion des produits actuellement offerts par l'entreprise.

- La Direction Commerciale (ou du marketing) a pour but d'assurer la pro- motion, la vente et la distribution des produits ou des services.

- La Direction Financière a pour tâches l'établissement des différents coûts et prix, le suivi de la comptabilité, la gestion et les investissements de la firme: en un mot, d'équilibrer et si possible maintenir positif le budget de l'entreprise.

- La Direction du Personnel enfin, a en charge l'ensemble des problèmes relatifs à l'homme dans I*entreprise : recrutement, classification, rémunération, conditions de travail...

Cette structure classique, permet, à partir d'une politique définie par la Direction Générale (et le conseil d'administration s'il s'agit d'une société ano- nyme) d'assurer une bonne distribution des tâches. A l'intérieur même de cha- cune de ces directions, une hiérarchie précise permet de situer les responsabili- tés. depuis les directeurs jusqu'aux ouvriers et employés, en passant par les chefs de service (ingénieurs et cadres) et la maîtrise.

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FIG-1. - Exempled'organigrammed'uneentreprise.

Parallèlement à cette organisation qui est laissée à l'initiative des responsa- bles de l'entreprise, le législateur a créé des structures et des institutions dont les buts sont d'assurer aux travailleurs :

- la représentativité auprès de l'employeur, - la défense des intérêts matériels et moraux, - la protection physique, - une meilleure qualité de vie.

LES SYNDICATS

Un syndicat est « l'association de personnes exerçant la même profession, des métiers similaires ou des professions connexes concourant à l'établissement

- produits déterminés, ou la même profession libérale» et a exclusivement pour objet « l'étude et la défense des intérêts économiques, industriels, commer- ciaux ou agricoles ».

Ayant de nombreuses attributions le syndicat joue un rôle important dans l'entreprise, qu'il soit constitué dans cette entreprise ou qu'il existe en dehors d'elle, dès lors qu'il y est représentatif - c'est-à-dire que la notoriété et le nom bre de ses adhérents sont suffisants.

En effet. chaque syndicat représentatif peut constituer dans l'entreprise une section syndicale, qui dispose d'un local syndical s'il y a plus de 200 salariés. collecte des cotisations, effectue un affichage, diffuse tracts et journaux et orga-

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nise des réunions syndicales - tout ceci dans des conditions fixées par le légis- lateur.

La section syndicale désigne un ou plusieurs délégués syndicaux (leur nom- bre est fonction de l'effectif de l'entreprise) pour la représenter auprès du chef d'entreprise.

Les syndicats jouent un rôle important dans l'élection des représentants du personnel; en effet, les délégués du personnel et les membres du comité d'entre- prise ne peuvent être élus au premier tour, que sur des listes établies par les organisations syndicales.

Un représentant syndical peut assister les délégués du personnel dans leurs réunions avec le chef d'entreprise ou d'établissement. Un représentant syndical peut également assister aux réunions du Comité d'entreprise.

Les syndicats jouent encore un grand rôle dans : - La conclusion de conventions d'entreprise, (qui sont des accords relatifs

aux conditions de travail conclus entre l'employeur et les syndicats). - Le déclenchement et le soutien des conflits collectifs (grève)... et leur règle-

ment. - L'étude des problèmes de la durée et de la répartition du travail. - Les modalités d'intéressement des travailleurs ou de participation aux

fruits de l'expansion de l'entreprise.

L E S D É L É G U É S D U P E R S O N N E L

Dans chaque établissement occupant habituellement plus de 10 salariés, la désignation de délégués du personnel est obligatoire.

Le nombre de ces délégués est fonction de l'effectif de l'établissement: quant à leur mode de désignation, il se fait par voie d'élections: rappelons que seules les organisations syndicales représentatives peuvent présenter des listes de can- didats, au premier tour.

- Les missions des délégués du personnel sont essentiellement : - de présenter à l'employeur des réclamations collectives ou individuelles

« qui n'auraient pas été directement satisfaites ». Ces réclamations peuvent por- ter sur les taux de salaires et les classifications professionnelles, mais aussi sur l'application du code du travail en ce qui concerne la protection ouvrière, l'hy- giène, la sécurité et la prévoyance sociale.

- Les délégués du personnel sont habilités à saisir l'Inspecteur du travail de plaintes ou observations relatives à l'application du droit du travail.

- Ils peuvent aussi transmettre au comité d'entreprise des suggestions et ob- servations du personnel sur des questions de sa compétence.

- Enfin, ils participent - conjointement avec les membres du comité d 'entre- prise - à la désignation des membres du comité d'hygiène et de sécurité.

Sur le plan pratique, ils sont réunis au moins une fois par mois par le chef d'entreprise.

Avec les salariés ils disposent d'un large éventail de possibilités de liaisons :

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contacts personnels, boîtes aux lettres, permanence au local, affichage, tracts, réunions d'information.

L E C O M I T É D ' E N T R E P R I S E

Son statut a été fixé par l'ordonnance du 22 février 1945, dont l'esprit est d'associer plus étroitement les travailleurs à la marche de leur entreprise. Il est obligatoire dans toute entreprise (ou établissement) dont l'effectif est de 50 salariés.

SA COMPOSITION

Le comité d'entreprise comprend : - Le chef d'entreprise ou son représentant, qui en est le président. - Des délégués titulaires ou suppléants, élus par le personnel sur des listes

présentées par les syndicats les plus représentatifs - ceci pour le premier tour; le nombre de ces délégués est fonction de l'effectif de l'entreprise.

Peuvent assister aux réunions, avec voix consultatives : - Les représentants syndicaux des syndicats représentatifs. - Le conseiller du travail (lorsqu'il y en a un), ou plutôt l'assistante sociale

lorsque les réunions sont consacrées à des questions sociales. - Le médecin du travail lorsqu'on traite des questions de son ressort. Un local est mis en permanence à la disposition du comité. Une fois par

mois au moins le comité d'entreprise se réunit, sur un ordre du jour établi à l'avance; pour les résolutions ou les décisions, un vote peut avoir lieu et chaque réunion donne lieu à un procès-verbal.

SES ATTRIBUTIONS

On peut en distinguer trois groupes :

M Attributions professionnelles. - Le comité d'entreprise a un rôle consulta- tif sur tout ce qui touche à l'amélioration des conditions collectives de travail et d'emploi, ainsi que sur les conditions de vie du personnel de l'entreprise, c'est-à-dire par exemple :

- le règlement intérieur de l'entreprise, - les périodes de congés payés, - les salaires, - la formation professionnelle, - l'association, l'intéressement du personnel; la participation. - les conditions de travail et d'emploi.

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M Attributions économiques. - Le comité d'entreprise a également un rôle consultatif pour ce qui concerne l'organisation, la gestion et la marche générale de l'entreprise : il étudie les mesures envisagées par la Direction et les sugges- tions émises par le personnel en vue d'améliorer la production et la producti- vité. Il est informé et consulté sur les questions d'organisation, de gestion et de marche générale de l'entreprise : conversions, concentrations, spécialisation, décentralisation, emplois, licenciements...

Pour jouer ce rôle le comité a besoin d'informations précises et détaillées, que doit lui communiquer le chef d'entreprise.

M Attributions sociales. - Dans ce domaine, le comité a un pouvoir de contrôle et de gestion, qui s'exerce au niveau :

- des institutions sociales de prévoyance et d'entraide, - des œuvres sociales tendant à l'amélioration des conditions de bien-être

des travailleurs et de leurs familles : cantines, coopératives de consommation, logements, crêches, colonies de vacances, etc.,

- des œuvres sociales ayant pour objet l'organisation des loisirs et des sports,

- des institutions d'ordre professionnel ou éducatif, - des services sociaux, - du service médical d'entreprise. Rappelons que le médecin du travail ne peut être nommé ou licencié qu'après

accord du comité. Par contre, le comité ne dispose que d'un droit de contrôle sur le fonctionnement du service médical (contrôle qui s'exerce en fait surtout par l'examen du rapport annuel du médecin du travail).

SON FONCTIONNEMENT

Pour fonctionner valablement, le comité d'entreprise, surtout dans les gran- des entreprises, peut ou doit désigner des commissions, il peut également utili- ser du personnel; ce personnel est alors indépendant de l'entreprise, et le comité est l'employeur de ce personnel (exemple : la cantine d'une grande entreprise).

Certaines commissions sont obligatoires dans les entreprises d'au moins 300 salariés :

- La commission chargée d'étudier les problèmes généraux relatifs à la for- mation et au perfectionnement professionnel.

- La commission chargée d'étudier les questions d'emploi et du travail des jeunes et des femmes.

- La commission d'amélioration des conditions de travail dont le médecin du travail a intérêt à faire partie; elle se réunit au moins deux fois par an sur un programme détaillé et chiffré des actions à venir, et sur l'examen des réalisa- tions précédentes.

- Le comité d'hygiène et de sécurité (voir plus loin). D'autres commissions sont possibles et existent en fonction de la taille de

l'entreprise et de la politique sociale choisie par le comité.

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- Commission économique chargée d'examiner toute question intéressant la marche générale et l'organisation de l'entreprise.

- Commission financière chargée d'établir le budget des activités sociales du comité; c'est l'employeur qui alimente le budget de fonctionnement du comité d'entreprise.

- Commission des institutions sociales : colonies de vacances, maisons de repos, problèmes du logement...

- Commission de la cantine.

- Commission des sports et des loisirs. - Commission de la mutuelle et de la prévoyance qui associe le contrôle

d'une mutuelle d'entreprise, le fonctionnement d'un régime complémentaire de retraite et de prévoyance, les liaisons avec la sécurité sociale, etc.

- Commission du logement. - Commissions de contrôle d'un contrat d'intéressement ou d'association

des travailleurs, ou de la participation.

LE COMITÉ D'HYGIÈNE ET DE SÉCURITÉ

Le comité d'hygiène et de sécurité fonctionne comme une commission spé- cialisée du comité d'entreprise et doit obligatoirement être constitué :

- dans les établissements industriels ou agricoles occupant au moins 50 sa- lariés.

- les autres établissements à partir de 300 salariés.

SA COMPOSITION

Il comprend : - Le chef d'établissement ou son représentant qui en est le président. - Le médecin du travail.

- Le conseiller du travail. ou plus souvent l'assistante sociale. - Le responsable de la formation. - Un agent désigné comme secrétaire, qui est le responsable du service sécu-

rité. s'il existe dans l'entreprise. - Des représentants du personnel. dont le nombre est fonction de l'effectif

de l'établissement et qui sont désignés pour une période de deux ans par l'ensemble des membres élus du comité d'entreprise et des délégués du person- nel.

SA MISSION

La mission du comité d'hygiène et de sécurité est définie par le législateur. et actualisée par les décrets du 20 mars 1979. Elle sera menée à bien par les tâches suivantes :

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- L'analyse des risques professionnels encourus par les salariés. - Des enquêtes qui seront menées à l'occasion de chaque accident grave ou

de chaque maladie professionnelle grave ou ayant pu être graves. - Une inspection périodique de l'établissement visant à vérifier que l'hygiène

et la sécurité sont respectées. - La promotion des méthodes, matériels et aménagement des postes de tra-

vail les plus sûrs. - Le développement du sens du risque professionnel et de l'esprit de sécu-

rité.

- La coopération à la préparation des actions de formation à la sécurité et le suivi des programmes de cette formation.

- L'organisation et l'instruction des équipes des services d'incendie et de sauvetage.

- L'étude et les suggestions sur le programme annuel de prévention des ris- ques professionnels.

Le comité d'hygiène et de sécurité se réunit au moins une fois par trimestre, sur un ordre du jour préparé à l'avance, portant sur les différents points énumé- rés ci-dessus; l'inspecteur du travail peut assister à ces réunions. Les procès- verbaux des séances sont consignés dans un registre spécial.

Le comité d'hygiène et de sécurité joue un grand rôle dans la protection phy- sique des travailleurs; le médecin du travail, qui en fait partie de droit. en sera un des éléments actifs et moteurs.

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4 LES ACCIDENTS DU TRAVAIL

HISTORIQUE

Jadis seul le droit commun pouvait autoriser celui qui avait été victime d'un accident au cours de son travail à demander réparation à l'employeur, encore fallait-il démontrer devant les tribunaux soit la faute de celui-ci soit sa respon- sabilité du fait que l'accident avait été provoqué par une machine placée sous sa garde.

Ce n'est qu'avec la loi du 8 avril 1898 qu'a été instauré un régime spécifique d'indemnisation des victimes d'accidents du travail. Ce système limité au début aux salariés des entreprises industrielles a été étendu progressivement par une série de lois aux maladies professionnelles (1919) aux exploitations agricoles (1922) etc.

La loi du 1erjuillet 1938 qui constitue l'ultime étage de cette première période pose le principe que l'existence d'un contrat de travail est la seule condition mise à l'application de la législation sur les accidents du travail.

La réforme de 1945, la loi du 30 octobre 1946 ainsi que son décret d'applica- tion du 30 décembre 1946 envisagent les accidents du travail et les maladies professionnelles comme des risques sociaux analogues à ceux couverts par l'ensemble de la législation de l'assurance maladie.

C'est pourquoi l'assurance prend un caractère obligatoire. Dans le même temps enfin que ces textes modifient les fondements de la répa-

ration, ils introduisent un extension du champ d'application qui sera précisé quelques années plus tard et qui concerne les accidents du trajet c'est-à dire les accidents survenus au travailleur durant le parcours de sa résidence au lieu de travail et vice versa.

DÉFINITION ET PRINCIPES

L'article L. 415 du Code de la Sécurité Sociale (art. 2 de la loi du 30 octobre 1946) précise :

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« Est considéré comme accident du travail, quelle qu'en soit la cause, l'acci- dent survenu par le fait ou à l'occasion du travail à toute personne salariée ou non, travaillant, à quelque titre ou en quelque lieu que ce soit, pour un ou plusieurs employeurs ou chefs d'entreprise ».

Deux conditions essentielles à l'application de la législation sur les accidents du travail résultent de ce texte :

- Il faut un « fait accidentel », c'est-à-dire une cause extérieure agissant de façon soudaine et violente pour provoquer un préjudice physique (éléments nuancés progressivement par la jurisprudence).

- Il doit exister une relation entre le fait accidentel et le travail accompli sous la dépendance d'un employeur. C'est ce que l'on nomme le caractère pro- fessionnel de l'accident.

Est donc considéré comme accident du travail, quelle qu'en soit la cause, « l'accident survenu au lieu et au temps du travail »;

- le temps de travail étant entendu comme les heures de travail, même si celles-ci ne sont pas consacrées exclusivement au travail proprement dit (cantine);

- le lieu de travail étant entendu par tout endroit où l'ouvrier se trouve par ordre de l'employeur et dans l'intérêt de l'entreprise ou encore par la nécessité de son emploi (missions).

Il faut remarquer que ce lieu de travail ne se restreint pas à l'endroit où se trouve le travailleur mais s'étend à l'ensemble de l'entreprise, y compris ses dépendances et même au trajet effectué pour s'y rendre et en revenir.

Le législateur a en effet estimé qu'il était légitime de considérer ce trajet comme un élément des conditions de travail puisque, au fond, il est fonction du lieu de travail, et des horaires fixés par l'employeur.

Mais, dans le même temps, le législateur a limité, par des conditions de temps et de lieu très étroites, ce qu'il faut entendre par trajet ou mieux encore par parcours protégé.

C'est celui qui est obligatoirement suivi pour le trajet aller et retour, et le plus direct :

- entre la résidence principale ou la résidence secondaire habituelle et le lieu de travail;

- entre le lieu de travail et le lieu où le travailleur prend habituellement ses repas, tout au moins si celui-ci n'est pas situé dans l'enceinte de l'entre- prise.

Et ce trajet doit être effectué dans le délai qui est considéré comme la durée normale du parcours et dans le temps qui précède ou qui suit immédiatement le travail, sauf à justifier que l'allongement de ce temps a été provoqué par une nécessité essentielle de la vie courante ou par un motif non indépendant de l'emploi.

LES FORMALITÉS A EFFECTUER

a La victime. - La victime de l'accident doit, au plus tard dans les 24 heures où s'est produit l'accident, informer ou faire informer l'employeur.

Page 40: Médecine du travail

a L'employeur. - L'employeur ou son préposé doit :

1°) Déclarer tout accident du travail dont il a eu connaissance, dans les 48 heures et cela sur un imprimé spécial. Toutefois et sous certaines conditions très précises, certaines entreprises peuvent être autorisées à ne pas déclarer les accidents « bénins » sous réserve de tenir un registre d'infirmerie où ils seront inscrits.

2°) Délivrer, à la victime, une feuille d'accident à 3 volets dont (art. 473, C.S.S.)

- le volet n° 1 destiné à être conservé par l'assuré; - le volet n° 2 destiné à établir la facture du praticien ou de l'auxiliaire four-

nisseur; - le volet n° 3 destiné à établir la facture du pharmacien ou de l'établisse-

ment.

Dans le cas où, soit la victime, soit l'employeur, n'a pas satisfait aux obliga- tions de déclarations, le salarié conserve néanmoins la possibilité de demander et de bénéficier de la prise en charge de l'accident du travail pendant le délai de deux ans qui suit la survenance de celui-ci.

a Le praticien traitant. - Le praticien traitant choisi par la victime examine celle-ci, puis :

11) Rédige, s'il y a lieu, une ordonnance prescrivant des soins en nature.

2°) Établit en double exemplaire, un certificat initial : - soit sur papier à en-tête ordinaire; - soit sur un imprimé mis à sa disposition par la Caisse Primaire d'Assu-

rance Maladie.

Les points importants de cette rédaction sont : - l'identification du médecin signataire et de la victime; - les dates de l'accident et du certificat;

- la description de l'état de la victime et des conséquences de l'accident, étant étendu que cette rubrique doit mentionner en principe toutes les constatations susceptibles de présenter quelque importance pour la déter- mination de l'origine des lésions décrites;

- l'appréciation des suites éventuelles et notamment la durée probable de l'incapacité permanente;

- la prescription éventuelle d'un arrêt de travail. L'établissement de ce certificat médical initial est une obligation légale, sans

que le médecin ait à juger de la réalité du fait accidentel allégué.

3°) Adresse directement, dans le délai de 48 heures, un des exemplaires de ce document à la Caisse Primaire d'Assurance Maladie et remet immédiate- ment le second à la victime.

Page 41: Médecine du travail

4°) Porte sur les volets n° 1 et n° 2 de la feuille d'accident les indications correspondant aux actes qu'il a pratiqués : la date d'arrêt de travail, la durée prévue de cet arrêt, la façon suivant laquelle doit être exécutée la prescription de repos, la délivrance d'une ordonnance, et signe la prestation des actes. Conserve le volet n° 2 de la feuille d'accident et remet le volet n° 1 à la victime

qui doit le conserver et le présenter à chaque intervention d'un praticien ou d'un fournisseur.

PRESTATIONS EN NATURE ET EN ESPÈCES TEMPORAIRES

Pendant toute la durée de l'arrêt de travail et du traitement motivés par les conséquences médicales de l'accident du travail, c'est-à-dire durant la période d'incapacité temporaire partielle ou totale (I.T.P. ou I.T.T.) la victime :

- d'une part, perçoit des indemnités journalières (art. L. 448 C.S.S.) - versées dès le premier jour qui suit l'arrêt de travail; - sans distinction entre jours ouvrables et fériés, calculées sur la base du

salaire de la dernière paie antérieure à la date de l'accident; - fixées à la moitié du salaire journalier de base pendant les 28 premiers

jours puis aux deux tiers ensuite; - éventuellement maintenues, dans les limites du salaire journalier de base

en cas de reprise d'un travail léger ou partiel reconnu par médecin traitant et médecin-conseil de nature à favoriser la guérison ou la consolidation;

- d'autre part, munie de la feuille d'accident : - bénéficie des soins entiers gratuits : il n'a pas à faire l'avance des frais

de traitement de toute nature (même le ticket modérateur), la Caisse Pri- maire d'Assurance Maladie réglant directement praticiens, auxiliaires médicaux, fournisseurs, établissements de soins et transporteurs (1/3 payant);

- peut également bénéficier gratuitement, au titre des prestations en nature et en application des articles L. 441, 443 et 444 du Code de la Sécurité Sociale, de la réadaptation fonctionnelle, de la rééducation profession- nelle. l'une et l'autre devant être entreprises le plus précocement possible à l'initiative de la victime, de la Caisse Primaire d'Assurance Maladie après avis du médecin traitant et du médecin-conseil, soit qu'il s'agisse de favoriser la guérison, la consolidation de la blessure, d'atténuer l'inca- pacité permanente ou que la victime soit, du fait de l'accident du travail. inapte à reprendre son ancien métier.

CERTIFICAT FINAL - CONSOLIDATION GUÉRISON - INCAPACITÉ PERMANENTE

L'arrêt de travail et les soins prennent fin : soit sur décision du médecin trai- tant qui délivre un certificat final descriptif fixant la date de la guérison ou

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U

Ultra-sons, 228. Uranium, 224, 250.

V

Vanadium, 251. Vernis, 195, 197. Vibrations, 191, 228, 353, 380. Vinyle (chlorure de), 224, 225, 243, 355. Visites d'embauche, 8. - périodiques, 293.

Visites de reprise, 8, 293. - systématiques, 8. Vols spatiaux, 229, 230. Vulcanisation (accélérateurs de). 361.

X

Xylène, 96, 266, 329. 374. Xylidine, 272.

Z

Zinc, 223, 251.

Page 43: Médecine du travail

M A S S O N Éditeur

120, bd Saint-Germain, Paris-6e Dépôt légal : 3e trimestre 1980

Achevé d'imprimer le 12 septembre 1980 sur les presses des Imprimeries M A U R Y - 45330 Malesherbes

N° d' imprimeur : B80/8161